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Mordomia Cristã
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✓ Artigos Teológicos
Subsídios EBD
Licenciado para Jose Carlos Vaz - 01692873946 - Protegido por Eduzz.com
SUBSÍDIOS EBD – AUXÍLIO PARA PROFESSORES E ALUNOS DA ESCOLA DOMINICAL sub-ebd.blogspot.com
Edição: 17
Ano: 2019
Formato: Digital - PDF
Periocidade: Trimestral
Trimestre: 3° de 2019
Comentarista: EV. Jair Alves
Publicação: Site Subsídios EBD: www.subsidiosebd.com
Contato com a Redação: projetosbiblicos@live.com
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Apresentação 2
• Nossos leitores têm subsídios para cada lição de adultos e vários artigos
teológicos.
Nisto cremos:
Informações:
Boa leitura
Site Subsídios EBD
www.subsidiosebd.com
Sumário 4
Apresentação.............................................................................................................................. 2
Subsídios para cada Lição Bíblica – 3° trimestre de 2019 ............................................... 3
Lição 1 – O que é a Mordomia Cristã ......................................................................................... 5
Lição 2 – A Mordomia do Corpo ............................................................................................... 11
Lição 3 – A Mordomia da alma e do espírito............................................................................ 17
Lição 4 - A Mordomia da Família .............................................................................................. 27
Lição 5 – A Mordomia da Igreja Local ...................................................................................... 35
Lição 6 – A Mordomia da Adoração ......................................................................................... 40
Lição 7 – A Mordomia dos Dízimos e Ofertas .......................................................................... 46
Lição 8 – A Mordomia do Tempo ............................................................................................. 52
Lição 9 – A Mordomia do Trabalho .......................................................................................... 58
Lição 10 – A Mordomia das Finanças ....................................................................................... 64
Lição 11 – A Mordomia das Obras de Misericórdia ................................................................. 69
Lição 12 – A Mordomia do Cuidado com a Terra ..................................................................... 74
Lição 13 – Seja um Mordomo Fiel ............................................................................................ 81
Recursos Adicionais ............................................................................................................ 84
(1) Aprendendo sempre para melhor servir ao Senhor .................................................................... 84
(2) Lendo e Estudando a Bíblia .......................................................................................................... 92
(3) O Professor Vocacionado e sua Capacidade de Incentivar o Aluno ............................................ 95
(4) Superintendente: Gestor e Professor ........................................................................................ 101
(5) O que uma mente cansada ou doente é capaz de gerar ........................................................... 108
(6) O ministério de mestre ou doutor ............................................................................................. 111
(7) Não julgueis ............................................................................................................................... 115
(8) Conhecendo nossa Personalidade ............................................................................................. 119
(9) A Igreja de Cristo ........................................................................................................................ 127
(10) A inspiração da Bíblia ............................................................................................................... 133
Referência Bibliográficas ........................................................................................................ 139
Subsídio 1
5
I – CONCEITO DE MORDOMIA
II - O MORDOMO NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
A palavra mordomo, no hebraico, é Ha-ish asher al: “homem que está sobre”,
referindo-se ao mordomo de José (Gn 43.19); Asher al bayth: “quem está sobre
a casa” — idem (Gn 44.4); Bem mesheq: “filho da aquisição”, referindo-se a
Eliézer, o mordomo de Abraão (Gn 15.2). A palavra sempre se refere a uma
pessoa de elevada confiança, a quem um rico proprietário confia os seus bens,
bem como a administração de sua casa e dos seus empregados ou servos.
2. No Novo Testamento.
Há várias palavras gregas traduzidas por mordomo.
3. Mordomo inteligente.
Riquezas Materiais
As riquezas materiais na perspectiva As riquezas materiais na perspectiva
mundana bíblica
Produz orgulho Produz humildade
Gera inveja Consideração para com os outros
Avareza Generosidade
Produz toda sorte de práticas ruins Bons frutos
Consumismo Consumo consciente
Acepção de pessoas Amor altruísta
Há quem sugira que a quantia retirada por ele da nota de crédito não
passava de propina que, desonestamente, havia acrescido ao valor
original do título de seu patrão. Ainda que este fosse o caso, para Jesus a 8
questão é irrelevante. O mordomo não é valorizado por sua
desonestidade, mas por ter imaginado usar o dinheiro para preparar o seu
futuro. 1
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Mordomo Astuto (Lucas l6.1-13)
Poucas passagens do Novo Testamento, e discutivelmente nenhuma
parábola de Jesus, geram tantas interpretações variadas como a Parábola
do Mordomo Astuto. O ponto crucial do problema é que Jesus parece
apoiar um ato criminoso como exemplo para seus seguidores imitar (w.
8,9). Em consequência, os intérpretes discordam com o que o mordomo
está fazendo e com o ponto primário Jesus tenciona transmitir com esta
história.
O mordomo não é louvado pelo seu senhor (ou por Jesus) porque furta,
mas porque premedita ao fazer provisão para o futuro.
2) Outros estudiosos sugerem que foi cobrado juro dos devedores, e que
a quantia original incluía o juro devido. Embora a lei do Antigo
Testamento proíba expressamente cobrar juro (Lv 25.36), pesquisas nas
práticas legais e financeiras do século I indicam que a lei judaica tinha
achado brechas para contornar esta advertência bíblica. Assim o
mordomo, quando confrontado com a perda de sustento, age dentro da
lei e reduz os saldos das contas dos devedores perdoando o juro devido e
ganhando o favor dos devedores. Ao mesmo tempo, seu senhor fica sob
luz generosa e, assim, pode desfrutar de uma imerecida reputação de ser
benevolente.
1
Guia do Leitor da Bíblia – Uma Análise da Gêneses a Apocalipse capítulo por capítulo - CPAD
9
Note que Jesus dirige esta história aos discípulos (v. 1). A audiência que
Ele tencionava é de suprema importância para determinarmos qual
interpretação da parábola faz mais sentido. Na primeira opção, o tema da
parábola só pode ser o uso sábio de dinheiro. Mas da segunda perspectiva,
a parábola tem dois temas igualmente importantes: o uso sábio de
dinheiro e o arrependimento.
Está claro desde o início que a acusação lançada contra o mordomo não é
falsa, porque ele não se defende. O senhor toma tão a sério a acusação que
ele já resolve despedir o mordomo (v. 2). A pergunta que o senhor faz no
versículo 2: “Que é isso que ouço de ti?”, não é uma verdadeira
investigação sobre as ações do mordomo. Ele já sabe a resposta. Esta é
essencialmente uma pergunta retórica que revela o sentimento de
decepção e traição que o senhor deve ter experimentado: “Como tu podes
ter feito isso comigo?”
Subsídio 2
11
1. O corpo do homem
✓ Sua criação:
Gênesis 2.7 e 3.19
✓ Suas designações:
➢ Corpo Mt 6.22
➢ Carne Gl 2.20
➢ Corpo de humilhação Fp 3.21
➢ Vaso de barro 2Co 4.7
➢ Templo do Espírito Santo 1Co 6.19
✓ Seu futuro:
Todos os homens serão ressuscitados dos mortos (Jo 5.28,29). Os não-
redimidos serão ressuscitados para uma existência eterna no lago de fogo
(Ap 20.12,15), e os remidos, no céu (Fp3. 20,21).
O corpo do homem foi formado por Deus do pó da terra (Gn 2.7), isto é,
da mesma terra que temos hoje sob os nossos pés. Através de análise
química, sabemos que o corpo humano consiste de vários compostos,
como ferro, glicose, sal, carbono, iodo, fósforo, cálcio etc.
O valor real do corpo está em sua alta finalidade de ser a morada da alma 12
e do espírito do homem (2 Pe 1.14,15; 2 Co 5.1,4; Jó 14.22; 32.8; Zc 12.1).
✓ Alimento saudável;
✓ Higiene do corpo, da casa e das roupas assim evitando doenças;
✓ Visitas ao médico em caráter preventivo - vacinas, por exemplo,
exames preventivos, etc.;
✓ Descanso;
✓ Usar trajes santos;
✓ Lazer;
✓ Fugir da prostituição (1 Co 6.15-18, Cl 3.5);
✓ Não fazer uso dos inimigos do corpo: fumo, bebida e drogas.
Cuidar do nosso corpo é um dever. Deus escolheu fazer dele o seu templo. 13
Sendo assim, deve ser usado de acordo com a vontade de Deus, que é boa,
perfeita e agradável. Sabendo que o nosso corpo não é nosso, mas de Deus.
2. O cuidado do corpo
Não devemos fazer mal uso do nosso corpo, pois é morada do Espírito
de Deus.
1 Coríntios 6.19: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo,
que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos”?
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei
tudo para a glória de Deus (1 Co 10.31).”
17
Subsídio 3
Lição 3 – A Mordomia da alma e do
espírito
Introdução
I – A MORDOMIA DA ALMA
2. Características da alma.
✓ A alma sente sede de Deus, (Salmos 42.2) “A minha alma tem sede de
Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de
Deus”.
homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?" (Mc 8.36). Devemos, 20
portanto, encomendar as nossas almas a Deus, como ao fiel Criador,
fazendo o bem (1 Pe 4.19).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A origem da alma e do espírito humano
Sabemos que a primeira alma veio a existir como resultado de Deus ter
soprado no homem o sopro de vida. Mas como chegaram a existir as almas
desde esse tempo?
2. O não-crente.
Assim, podemos observar com clareza que "o espírito do homem" não 22
significa "o Espírito Santo operando no homem", mas que esse espírito é
um órgão do seu "homem interior", onde o Espírito Santo opera, fazendo-
o ouvir a voz de Deus (At 2.7).
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
Que acontece com a alma e o espírito na hora da
morte?
Quando a Bíblia fala do espírito do homem, jamais se refere ao fôlego
(respiração) que se extingue na morte, conforme algumas doutrinas
materialistas querem afirmar. Com isso querem eles "provar" a
inexistência de uma vida real após a morte. Como uma "prova" dessa sua
afirmativa, dizem que a palavra "espírito" ou "alma" simplesmente quer
dizer "fôlego".
A Bíblia mostra claramente que "espírito" e "alma" são coisas inteiramente
distintas do fôlego do homem. Ela registra: "Assim diz Deus, o Senhor,
que criou os céus, e os estendeu, e formou a terra e a tudo quanto produz,
que dá a respiração ao povo que nela está e o espírito, aos que andam nela"
(Is 42.5), e ainda: "Se ele pusesse o seu coração contra o homem, e 26
recolhesse para si o seu espírito e o seu folego" (Jó 34.14).
O erro da afirmativa que "espirito", "alma" e "fôlego" na Bíblia significam
a mesma coisa fica patente, de modo palpável e drástico, se na leitura das
seguintes passagens for substituída a palavra "alma" pela palavra "fôlego".
Leia e compare, assim, os seguintes textos: Atos 23.8; 1 Coríntios 5.5;
Gálatas 6.18; 2 Coríntios 7.1; Mateus 10.28; Lucas 12.19 e Tiago 5.20. Vamos
transcrever uma dessas passagens: "Seja entregue a Satanás para
destruição da carne, para que o espírito [substitua por fôlego] seja salvo
no Dia do Senhor Jesus" (1 Co 5.5).
➢ A alma e o espírito que deixam o corpo voltam a Deus que os deu
(Ec 12.7), isto é, ficam à disposição de Deus para serem
encaminhados ao lugar que corresponda à relação que tiveram com
o Senhor na hora da morte para ali aguardarem o dia da
ressurreição. Existe uma "casa de ajuntamento" destinada a todos os
viventes (Jó 30.23), onde mais que qualquer outro lugar, vê-se "a
diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que
não o serve" (Ml 3.18). Logo, "rendendo o homem o espírito, então,
onde está?" (Jó 14.10).
Subsídio 4
27
SUBSÍDIO BÍBLICO
Família
"Várias palavras expressando a ideia de família aparecem na Bíblia. No
Antigo Testamento, o heb. bayith (lit., 'casa') pode significar a família que
vive na mesma casa (por exemplo, 1 Cr 13.14) e é frequentemente
traduzido por 'casa' (por exemplo, Gênesis 18.19; Êxodo 1.1; Js 7.18). Mais
frequentemente encontrado, é o termo heb. mishpaha com o significado de
'parentesco' (por exemplo, Gn 24.38-41), 'família' ou 'clã', usualmente com
uma conotação mais ampla do que a do termo 'família' que usamos (por
exemplo, Gn 10.31,32).
O Novo Testamento usa o gr. oikia ('casa', 'lar', 'os da casa', por exemplo,
Lucas 19.9; Atos 10.2; 16.31; 18.8; 1 Coríntios 1.16) e oikiakos ('membros do
grupo familiar de alguém', Mateus 10.25,36)"
Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 772).
I – DEVERES DO MARIDO
O marido é a cabeça (Ef 5.23) e isso significa que é dever do marido cuidar
das necessidades da família. “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e
principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel (1 Tm 5.8)”.
II – DEVERES DA ESPOSA
DEVERES FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA
Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos
maridos, como ao SENHOR (Ef 5.22).
1) Sujeição ao marido
a) Pais ausentes
b) Pais superprotetores
d) Pais agressivos
Pais que usam o bater como única forma pedagógica ou agridem para
impor “respeito” podem estar gerando uma repetição ampliada deste
comportamento nos filhos. “Aquilo que quero consigo sempre, nem que
seja preciso usar da minha força, da agressividade, ou de qualquer forma
para que eu consiga me impor. Tudo que é contrário aos meus interesses 30
ou à minha ideologia tem que ser destruído, pois está errado”.
A criança precisa ser “alimentada afetivamente” para depois ter afeto para
dar. Nutra a alma dos filhos com muito carinho.
Permita-se admitir estar errado, quando falhar na presença dos filhos. Eles 31
precisam de pais humanos e saber que “errar é humano”. Não se mostre
onipotente na presença dos filhos. Eles precisam de pais ao alcance, e não
de ídolos distantes.
f) Treinamento espiritual
g) Enriquecimento conjugal
1. Superação de crises.
5. Discuta o problema.
Para superar uma crise é preciso disposição para dialogar, para poder 33
considerar o ponto de vista do outro. Entretanto, falar para resolver a crise,
não para aprofundar mais ainda as feridas. Algumas vezes um casal
começa a tentar resolver um problema, mas um insulta o outro, então o
outro replica com outro insulto. Logo a meta se torna ver quem pode ferir
mais a outra pessoa. Não se deve dominar a discussão. E preciso deixar a
outra pessoa expressar seus pontos de vista. Muitos cônjuges só apreciam
quando outros só acatam seus pontos de vista, mas recusam-se a ouvir o
que o outro tem a dizer? (Mt 7.12).
7. Perdoem um ao outro.
V – O MORDOMO E OS RELACIONAMENTOS
REPROVADOS
1. Adultério.
sexual entre uma pessoa casada com outra que não seja seu cônjuge. A 34
Palavra de Deus nos diz: “Não adulterarás (Êx 20.14; Dt 5.18).
2. Homossexualismo.
35
Subsídio 5
Lição 5 – A Mordomia da Igreja Local
Introdução
Veremos algumas definições para o termo Igreja e definiremos Igreja Local
e Igreja Universal, além de destacarmos alguns compromissos dos crentes
como mordomos da Igreja Local.
I – O QUE É A IGREJA
A IGREJA LOCAL É:
✓ Lugar de louvor e adoração (Lc 24.53)
✓ Lugar de reverência (Ec 5.1)
✓ Lugar da glória de Deus (Ez 43.5)
1. Evangelizar e discipular
a) O "ide".
O "ide" de Jesus significa também atravessar fronteiras. Anunciar o
Evangelho em uma cultura diferente é o grande desafio da obra
missionária. Não podemos desprezar a cultura de um povo a quem
pretendemos evangelizar, nem lhe impingir a nossa (1 Co 1.1,2).
➢ A Simbologia da Luz
A luz simboliza clareza, transparência, conhecimento, direção e revelação
divina. Não podemos nos esquecer de que as trevas jamais podem
sobrepujar a luz porque quando esta chega, a escuridão desaparece (1 Jo
1.5; Jo 1.9).
2
VINE, W. E.; UNGER, Merril F. Dicionário Vine: O Significado Exegético e Expositivos das Palavras do Antigo e
do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD
40
Subsídio 6
Lição 6 – A Mordomia da Adoração
Introdução
Às vezes, adorar a Deus requer esforço e sacrifício. Quantas chuvas, frio e
calor já impediram você de adorar a Deus! Outros olham para o guarda-
roupa e queixam-se por terem de repetir as vestes da semana anterior e,
por isso, deixam de ir à igreja adorar a Deus. Com certeza Abraão riria de
situações tão banais quanto estas, uma vez que ele foi desafiado a adorar
a Deus sacrificando o que ele possuía de melhor — seu filho Isaque.
1. Adorar/ Adoração
• ADORAR. sãhãh: 'adorar, prostrar-se, curvar-se'. Esta palavra é
encontrada no hebraico moderno no sentido de 'curvar-se' ou 'inclinar-
se', mas não no sentido geral de 'adorar'. O fato de que ocorre mais de
170 vezes na Bíblia hebraica mostra algo do seu significado cultural.
Aparece pela primeira vez em Gênesis 18.2.
3
VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; WHITE JR., William. Dicionário Vine. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007
41
✓ Adorar a Deus é reverenciá-Lo com sinceridade e dedicação - Hb
12.28,29.
2. Culto
1. Definição etimológica e antropológica.
A palavra culto é originária do vocábulo latino 'culto', e significa
adoração ou homenagem que se presta ao Supremo Ser. No grego,
temos duas palavras para culto: 'latréia', significando adoração; e
'proskuneo', reverenciar, prestar obediência, render homenagem.
2. Definição teológica.
O culto é o momento da adoração que tributamos a Deus; marca o
encontro do Supremo Ser com os seus adoradores. Eis porque, durante
o seu transcurso, cada membro da congregação deve sentir-se e agir
com integrante dessa comunidade de adoração - a Igreja de Cristo.
3. A liturgia do culto.
Embora seja possível liturgia sem culto, não há culto sem liturgia (Is
1.11-I7; 29.13; Mt 15.7-9; 1 Co 11.17-22).
A parte litúrgica compreende diversas partes do culto:
oração (At 12.12; 16.16); cânticos (1 Co 14.26; Cl 3.16); leitura e
exposição da Palavra de Deus (Rm 10.17; Hb 13.7); ofertas (I Co 16.1,2);
manifestações e operações do Espírito Santo (I Co 14.26-32); e bênção
apostólica (2 Co 13.13; Nm 6.23-27).
3. Louvor
A música faz parte do culto cristão. Deus deu sabedoria para que os
homens criassem instrumentos musicais, e criou o homem com cordas
vocais para que pudesse cantar. Esse mesmo Deus conclama que todos
cantem louvores em sua presença (Sl 47.6-8).
5
JEREMIAH, D. O desejo do meu coração: vivendo cada momento na maravilha da adoração. RJ: CPAD, 2006,
Jesus não mediu palavras e disse à mulher que o tempo para a vivência de
uma verdadeira adoração já havia chegado (v.21). O erro daquela mulher,
que é o mesmo de muitas pessoas ainda hoje, foi imaginar que o louvor ao 45
Pai era algo apenas para um momento específico ou para um tempo
futuro. Não há mais tempo a perder, o desenvolvimento de uma vida de
adoração é algo urgente, uma viva necessidade da Igreja para o tempo que
se chama hoje!
46
Subsídio 7
6
Pr. Claudionor de Andrade
77
CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã: Aprenda como Servir Melhor a Deus. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003
4. Jesus e o dízimo.
Jesus estava dizendo que os fariseus não deveriam desprezar o juízo nem
o amor a Deus, e jamais deixar de serem dizimistas. Se ignorarmos essa
doutrina sancionada por Cristo somente porque ela era parte da Lei, então
8
http://www.iepaz.org.br/dizimo-uma-bencao-de-deus/ (Acesso em 12/07/2018)
“Aqueles que ainda hoje creem que o Antigo Testamento exige a prática
do dízimo, mas que o Novo não contém essa exigência, devem observar
que a natureza do culto e seus fundamentos no Novo Testamento não
mudaram. Mudou apenas a forma do culto, mas não a sua função. O culto
levítico com seus milhares de rituais já não existe, todavia o princípio do
sacerdócio continua ainda hoje (1 Pe 2.9; Ap 1.6). Passou o sacerdócio de
Arão, ficou o sacerdócio cristão (Hb 4.14-16; 10.11,12; 1 Pe 2.5,9; Ap 1.6)”.
CALCULANDO O DÍZIMO
O princípio bíblico que norteava a entrega do
dízimo no Antigo Testamento é o das
"primícias" (Pv 3.9,10). Por isso, nossa
O dízimo deve ser
orientação é que o dízimo deve ser retirado da
calculado a partir da renda bruta. Antes de preocupar-se em pagar
renda bruta as prestações, a água, a luz, o gás ou qualquer
outra despesa, honre ao Senhor com suas
primícias.
O faturamento empresarial não é renda, pois
inclui os custos da empresa e o lucro. O
faturamento pertence à empresa, e não ao
empresário. Assim, o lucro é o excedente sobre
O dízimo do empresário
o custo. Desse Lucro, além do valor que lhe
deve ser calculado com permite reinvestir nos negócios, o crente
base na renda empresário deve tirar a sua renda, ou o
tecnicamente denominado Pró-Labore. Ou
seja, dessa renda ele deve tirar o sustento
direto de sua família. Logo, o dízimo tem de
ser calculado a partir dessa renda familiar. 9
9
RENOVATO, Elinaldo. Lições Bíblicas Adultos – 3° Trimestre de 2019 - CPAD
DÍZIMOS E OFERTAS 50
O nosso sustento vem de Deus e não devemos ficar presos pelo amor ao
dinheiro (Mateus 6.24)
O bom senso dita que quem quer usufruir da igreja deve ajudar com as
despesas.
3. Sustentar os obreiros. 51
Quem trabalha servindo a igreja merece ser sustentado pela igreja. Jesus
deixou claro que todo trabalhador é digno de seu salário (Lc 10.7).
O cristão deve ajudar seus irmãos mais pobres. Os primeiros cristãos não
se limitavam ao dízimo; davam muito mais, de acordo com as
necessidades da igreja (Atos 4.34-35).
“A carteira do homem justo nunca ficará vazia, porque Deus sabe como
enchê-la e o faz abundantemente. Mas, o homem ganancioso e
mesquinho encontrará sua carteira vazia” (Russel Norman Champlim).10
10
Jornal Mensageiro da Paz, agosto de 2009 – Artigo: Pr. Carlos Alberto dos Santos
Subsídio 8 52
I – DEUS E O TEMPO
“No princípio, criou Deus (Gn 1.1)”, mas antes do princípio, não havia
nenhum “princípio”, não havia nenhum “antes”! Os antigos teólogos
costumavam dizer que a eternidade é um círculo. Nós percorremos o
círculo, mas antes, não havia nenhum círculo. Havia Deus (The Attributes
of God II)!
A Bíblia afirma que Deus é atemporal, pois habita na eternidade (Is 57.15),
e que Ele é Deus de eternidade a eternidade (SI 90.2), ou seja: Ele não teve
início, nem terá fim.
Deus criou o universo, ele também criou o tempo. Porém, antes de ter
havido o universo e antes de ter havido o tempo, Deus sempre existiu, sem
começo e sem ser influenciado pelo tempo.
O tempo é uma palavra ligada à criatura, porque tem a ver com coisas que
existem. Tem a ver com os anjos, com o lago de fogo, com os querubins e
todas as criaturas que estão ao redor do trono de Deus. Eles começaram a
existir; houve uma época em que não havia anjos. Então, Deus disse:
“Haja”, e os anjos começaram a existir.
Mas nunca houve uma época em que Deus não existiu! Ninguém disse:
“Haja Deus”. Se houvesse, aquele que dissesse “Haja Deus” teria que ser
Deus. E aquele a respeito de quem Ele dissesse “Haja” não seria Deus, mas
um “deus” secundário, que não mereceria que nos importássemos com
ele. Deus, lá no princípio, criou. Deus existia, e isso é tudo! 11
Deus habita na eternidade (Is 57.15) e o seu trono é desde a eternidade (SI
93.2). O eterno Deus não se cansa (Is 40.28). Este eterno Deus é o nosso
Deus!
11
Bíblia com Anotações A.W Tozer - CPAD
Kairós - É "o tempo de Deus", que só pode ser definido por Ele mesmo.
O apóstolo Pedro revelou que, para Deus, o tempo não pode ser
avaliado com as mesmas categorias humanas de medição: "Mas,
amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil
anos, e mil anos, como um dia" (2 Pe 3.8).
✓ Judas 1.18: Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria
escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias
concupiscências.
➢ Marcos 13.33: Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará
o tempo.
Estes são apenas alguns dos muitos textos do Novo Testamento onde
ocorrem os termos Chronos e Kairós, no original.
3) Use o tempo que você ainda tem, para fazer a vontade de Deus.
1 Pedro 4.2: Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais
segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
6) Use o tempo para ler e meditar na Palavra de Deus (Sl 1.1-6; 119.7)
➢ Ler a Bíblia é uma experiência transformadora. Pouco a pouco, o
Espírito Santo renova o nosso interior para que possamos
amadurecer e crescer em graça e diante de Deus e das outras
pessoas. Nessa jornada, às vezes enfrentamos oposição e
contratempos. Não desanime; lembre-se e confie que “aquele que
em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo”
(Fp 1.6).
10) Permaneça firme servindo a Jesus e acredite que ainda vai chegar o
tempo de glória para os sevos de Deus.
Romanos 8.18: Porque para mim tenho por certo que as aflições deste
tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser
revelada.
O nos Salmos 90, verso 12, Moisés ora dizendo: “Ensina-nos a contar os
nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios”.
Ensina-nos a contar os nossos dias é uma forma poética para dizer:
1) Ensina-nos a aproveitar a vida;
2) Ensina-nos a viver bem (Bíblia a Mensagem).
3) Compreender que a nossa vida aqui na terra é breve (isto é, de pouca
duração; curto).
Que possamos fazer constantemente esta oração diante do Senhor Deus.
Subsídio 9
58
Em Gênesis 1.26, lemos que Deus criou os seres humanos como macho e
fêmea para 'dominarem' sobre toda a terra. Na no versículo 28, está escrito:
“E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e
enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as
aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. Esse
domínio só pode ser exercido pelo trabalho. Somente depois do pecado de
Adão e Eva é que o trabalho ficou desgastante (Gn 3.19).
2. O que é trabalho?
12
PALMER, Michael D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.225,26).
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO
60
NECESSÁRIO PARA SUPRIR:
✓ As próprias necessidades (At 20.34; l Ts 2.9).
✓ As necessidades alheias (At 20.35; Ef 4.28).
RESULTADOS DO TRABALHO
• Aumento de bens (Pv 13.11)
• Afeição dos parentes (Pv 31.28).
O trabalho pode resultar em: • Desgaste físico e até mental (Gn
3.19
13
GONÇALVES, José. Lições Bíblicas Adultos, 1° trimestre de 2012 - CPAD
14
PALMER, Michael D. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O trabalho é uma maldição?
Qual foi a maldição que Deus pôs na criação (Gn 3.17-19)? Um dos mais
resistentes mitos da cultura Ocidental é que Deus impôs o trabalho como
uma punição ao pecado de Adão e Eva. Por causa disso, algumas pessoas
veem o trabalho como um coisa ruim. A Bíblia não sustenta essa ideia:
• Deus é um trabalhador.
O fato de que Deus trabalha nos mostra que tal atividade não é ruim, pois
todos nós sabemos que o Senhor não faz o mal. Pelo contrário, o trabalho
é um contínuo exercício divino (Jo 5.17).
Deus criou as pessoas a Sua imagem para que elas pudessem ser Suas
colaboradoras. Ele lhes deu a habilidade e a autoridade para administrar
Sua criação.
15
O Novo Comentário Bíblico: Antigo Testamento com recursos adicionais. Editores: Earl D. Radmacher -
Ronald B. Allen - H. Wayne House |1ª edição de 2010 - Editora Central Gospel
Subsídio 10
64
Aqueles que querem ficar ricos dedicam toda a sua força e atenção para
atingir esse objetivo. Por isso, caem em
tentação e ciladas (v. 9). Há um ditado “É bom ter as coisas
popular que afirma: "Uma coisa puxa outra", que o dinheiro pode
ou seja, a busca desenfreada por riquezas comprar, desde que
conduz à queda espiritual e moral. No não percamos as
versículo 10, Paulo deixa claro que o mal não coisas que o dinheiro
está no dinheiro em si, mas na cobiça e nos não compra”.
meios usados para adquiri-lo. O apóstolo
Paulo mostra que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males e que
muitos da própria igreja, ao se alimentarem desta cobiça, se desviaram da
fé. Ele acrescenta que os gananciosos são atormentados com muitas dores.
Deus devem ser desfrutadas e usadas, não para uma vida inútil e 65
egocêntrica, mas para uma vida produtiva e para o avanço do Reino de
Deus.
O Senhor Jesus, em Mateus 6.19-21, adverte quanto ao entesourar ou
acumular bens no céu. Como discípulos de Jesus, precisamos aprender a
acumular tesouros com sólidos fundamentos para serem desfrutados no
céu. Precisamos ter cuidado, pois é possível ser rico neste mundo e não ser
rico diante de Deus (Lc 12.13-21). Usemos nossos bens de forma sábia e
para a glória de Deus, pois Ele deseja que desfrutemos de uma vida plena
aqui e no céu.
4. Rejeite o consumismo.
Desses dois destinos relatos bíblicos, podemos extrair valiosas lições, entre
tantas destaco apenas quatro.
16
Finanças - Doutrina ou prática de utilização do dinheiro.
mansidão (Mt 11.29); teve fome e sede de justiça (Mt 17.17; 21.12,13). Jesus 67
foi misericordioso (Mt 9.13) e perseguido por causa da justiça (Jo 11.46-
53).
3. Ricos na Bíblia
a) Ensinamentos Bíblicos para os Cristãos ricos.
1) Atribuí-las a Deus (1 Cr 29.12).
2) Não confiar nelas (Jó 31.24; 1 Tm 6.17).
3) Não colocar seu coração nelas (SI 62.10).
4) Não se orgulhar de possuí-las (Dt 8.17).
5) Não se gloriar nelas (Jr 9.23).
Quem possui 6) Não acumulá-las (Mt 6.19).
7) Oferecê-las ao serviço de Deus (l Cr 29.3; Mc 12.42-44).
riquezas 8) Dá-las aos pobres (Mt 19.21; 1 Jo 3.17).
deve: 9) Usá-las para promover a salvação dos outros (Lc 16.9).
10) Ser liberal em todas as coisas (1 Tm 6.18). Considerar
um privilégio contribuir (1 Cr 29.14).
11) Não ser arrogante (1 Tm 6.17).
12) Se for convertido, alegrar-se na humildade (Tg 1.9, 10).
13) Os tesouros celestiais são superiores a elas (Mt 6.19, 20).
14) A riqueza dos ímpios é armazenada para os justos (Pv
13.22).
• Você é rico?
Exorte os ricos deste mundo a que não sejam orgulhosos, nem depositem
a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos
proporciona ricamente para o nosso prazer. Que eles façam o bem, sejam
ricos em boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; ajuntando para
si mesmos um tesouro que é sólido fundamento para o futuro, a fim de
tomarem posse da verdadeira vida (1 Tm 6.17-19 -NAA).
69
Subsídio 11
Lição 11 – A Mordomia das Obras de
Misericórdia
Introdução
No estudo de hoje veremos o conceito de misericórdia, discorreremos
sobre as boas obras e saberemos como realizarmos as obras de
misericórdia.
Se o seu desejo é que o próximo use de misericórdia para com você, então 70
deve tratá-lo com a mesma misericórdia (Mt 7.1,2). Se ninguém quer
mostrar-se amigável para conosco, é evidente que não nos temos
mostrado amigáveis também. Se ninguém sorri para mim, é porque não
tenho sorrido também (compare Lc 6.38 com Lc 6.36,37). Ou o sentido mais
próprio dessa bem-aventurança é que, se tratarmos o próximo com
misericórdia, Deus nos mostrará a mesma misericórdia (18.23-35).
17
É preciso estar claro que a fé a que Tiago se refere é a profissão de fé ao Cristianismo, o ato de declarar-se
cristão, crente em Jesus Cristo. Qualquer pessoa pode declarar-se cristã, e na verdade muitas o fazem. Contudo,
dada à natureza do Cristianismo — especialmente seu poder regenerador e renovador mediante o Espírito Santo
—, adeptos verdadeiros não somente professarão a coisa certa, mas agirão da forma certa.
“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg 4.17)”.
“[...] cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja
livre (Ef 6.8)”.
“O cristão puro e sem faltas, do ponto de vista de Deus o Pai, é aquele que
cuida dos órfãos18 e das viúvas, e cuja alma permanece fiel ao Senhor –
sem se contaminar nem se sujar em seus contatos com o mundo (Tg 1.17 –
Bíblia Viva)”.
18
Órfão - Significados: Que perdeu os pais ou um deles.
[Figurado] Que perdeu um protetor ou uma pessoa muito querida.
[Figurado] Que está no abandono; desamparado, desvalido.
[Figurado] Que foi privado ou deixou de possuir algo: órfão de carinho
(Fonte:<https://www.dicio.com.br/orfao/ > Acessado em 2019
b) Ajude em segredo.
“[...] você quando ajudar alguma pessoa necessitada, faça isso de tal modo
que nem mesmo o seu amigo mais íntimo fique sabendo do que você fez.
Isso deve ficar em segredo; e o seu Pai, que vê o que você fez em segredo,
lhe dará a recompensa... (Mt 6.3,4 – NTLH)”.
Subsídio 12
74
1. Mordomos da Terra.
19
Warren W. Wiersbe
b) Direito de todos.
No Brasil, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito
previsto na Constituição Federal, que assim estabelece em seu art. 225:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações”.
20
Lições Bíblicas Jovens – 2° trimestre de 2015 - CPAD
76
Como cidadão responsável e consciente, o cristão também possui o dever
legal de defender e preservar os recursos naturais, tanto para a presente
quanto para as futuras gerações. Que tipo de terra deixaremos para os
nossos filhos?
SUBSÍDIO CIENTÍFICO
A IDADE DA TERRA
Segundo pesquisas em rochas encontradas na Groenlândia, cientistas
chegaram à conclusão de uma proposta de que a Terra teria entre 4,5 e 4,6
milhões de anos. Essa informação figura apenas como uma teoria, como a
própria Teoria da Evolução — o mesmo que hipótese.
21
Lições Bíblica Adultos - 4º Trimestre de 2015 - CPAD
22
RENOVATO, Elinaldo. O final de todas as coisas – Esperança e glória para os salvos. 1ª edição de 2015 - CPAD
1) Tese da População
Desde os primeiros registros, o aumento populacional do mundo se
mantém estável. Se partirmos dos atuais 6 bilhões de habitantes (de
acordo com informações de 2017, a terra já tem 7,53 bilhões de habitantes),
e fizermos os cálculos retroativos, chegaremos ao número de 4,4 mil anos.
É justamente o tempo necessário para a respectiva multiplicação a partir
dos oito sobreviventes do Dilúvio, até chegar aos atuais 6 bilhões. Mas se
o homem já estivesse na Terra por milhões de anos, como procura provar
algumas teorias, os números seriam outros. O número mínimo seria de
150 mil pessoas por quilômetro quadrado.
23
Fonte: < https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-e-o-maximo-de-habitantes-que-a-terra-suporta/>
Acesso: 2019
79
3) Tese de Saturno
O planeta Saturno perde seus anéis, porque estes se afastam lentamente.
Caso este planeta tivesse milhões de anos, o material que forma os anéis
já teria se desagregado há muito tempo.
5) Idade da Lua
Como a Lua se afasta lentamente da Terra, fosse ela muito velha, como se
tenta provar, no seu início teria estado tão próxima da Terra, que teria
provocado marés extremamente altas, o suficiente para afogar toda a vida
terrestre, duas vezes por dia.
9) Tese do petróleo
O petróleo no subsolo da Terra encontra-se sob enorme pressão. Mas as
rochas petrolíferas são porosas. Se o petróleo se encontrasse ali há milhões
de anos, a pressão teria desaparecido há muito tempo.
80
10) Tese dos vegetais
Os vegetais mais antigos que existem na Terra, sequóias e recifes de
corais, têm idade máxima de “apenas” 4,5 mil anos. Mas por que não há
árvores mais velhas, se a Terra já existe há bilhões de anos?
Referências:
- MESQUITA, Antônio. Pontos difíceis de entender – Traduções, significados,
informações científicas, perguntas e respostas. Edição de 2006 – CPAD
- <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-e-o-maximo-de-habitantes-
que-a-terra-suporta/> Acesso: 2019
Subsídio 13
81
24
Pr. Antonio Gilberto
Coríntios 4.17: Por esta causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado, 82
e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo, como
por toda a parte ensino em cada igreja.
2) Tíquico
Efésios 6.21: Ora, para que vós também possais saber dos meus negócios,
e o que eu faço, Tíquico, irmão amado, e fiel ministro do Senhor, vos
informará de tudo.
3) Onésimo
Colossenses 4.9: Juntamente com Onésimo, amado e fiel irmão, que é dos
vossos; eles vos farão saber tudo o que por aqui se passa.
4) Epafras
Colossenses 1.7: Como aprendestes de Epafras, nosso amado conservo,
que para vós é um fiel ministro de Cristo,
5) Moisés
Hebreus 3.5: E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo,
para testemunho das coisas que se haviam de anunciar;
6) Silvano
1 Pedro 5.12: Por Silvano, vosso fiel irmão, como cuido, escrevi
abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de
Deus, na qual estais firmes.
Recursos Adicionais 84
Estudos Para Professores – Estudos Teológicos
I. Introdução
O mundo ao tratar da tríplice potencialidade inata em todo ser humano, começa
pelo seu “poder intelectivo”, porém Jesus ao abordar o referido assunto, começa
pelo “poder afetivo” (Mc 12.30 “de todo o teu coração, e de toda a tua alma”).
Portanto, diante de Deus, maior não é quem sabe mais, mas quem mais ama
irrestritamente a Deus (“de todo o teu coração e de toda a tua alma”). Na
referida passagem (Mc 12.30), Jesus colocou a cognição (o poder intelectivo,
“o entendimento”), em segundo lugar. A terceira potencialidade ou faculdade
inata no ser humano é a volição; a vontade; o poder de querer “de todas as
tuas forças”, (Mc 12.30).
mais abusos cometidos pelo ser humano reduz drasticamente a sua capacidade 85
de percepção.
2. A Razão (= A Mente)
O conhecimento através da razão; da inteligência; da mente; do raciocínio.
A razão é mais elevada faculdade do ser humano. Trata-se do estudo metódico,
individual ou em grupo; a investigação; a reflexão; a inquirição; a pesquisa. O
emprego devido e organizado da razão conduz ao discernimento do
conhecimento e ao tirocínio.
Ver Dn 9.2; Lc 1.3; At 17.11; Et 6.1,2
Como está a atividade do nosso raciocínio na aquisição do conhecimento,
necessário em geral?
3. A intuição
Intuição é o conhecimento direto das coisas, sem a ajuda da razão, nem da
percepção. É uma forma da pessoa “sentir” e “perceber” psiquicamente.
É um fenômeno psíquico na área da empatia humana. A intuição funciona ao
nível da alma da pessoa.
A mulher costuma ser mais intuitiva do que o homem, por ser mais suscetível a
“sentir” psiquicamente.
➢ Ver 2 Sm, cap.14 (com destaque no v.20). Ver também Jr 18.18. “O
conselho do sábio”. Na nossa aquisição de conhecimento, como está a
nossa capacidade “sentir” psiquicamente?
4. A Natureza Humana
Deus ao criar e também formar o ser humano, implantou no seu constituinte
imaterial, leis morais como uma das fontes de obtenção de conhecimento.
➢ 1 Coríntios 11.14 “Ou não vos ensina a mesma natureza (....)?
Trata-se aqui da ordem moral (=as leis morais) implantadas por Deus na
criatura humana, que além de outras finalidades é o um meio de aprendizagem.
Infelizmente, o homem pela sua incredulidade, práticas pecaminosas e estúpida
rebelião contra Deus, na sua ignorância espiritual, ele (o homem) oblitera e
atrofia essas leis implantadas pelo seu Criador. Graças a Deus que nós como
salvos, e vivendo para Jesus, Ele abençoa o nosso inteiro ser, como novas
criaturas nEle: espírito, e alma, e corpo.
➢ Jó 38.36 “Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o
entendimento?” Rm “a lei escrita em seus corações.”
5. A Meditação Humana
6. A Criação
Trata-se aqui do conhecimento adquirido através da natureza, do universo, da
criação, do cosmos.
A Criação é um livro de Deus, aberto, cujas palavras são os objetivos, as
pessoas, as coisas, a imagem em geral, os céus, campos, rios, animais de todas
as espécies, plantas, matas, montes, noites, dias, leis da natureza e seus
fenômenos etc.
O crente precisa ser sempre um atento aprendiz da Criação que Deus efetuou
e a sustenta. Ler Gn 1; 2; Sl 19.1-4; Jó 12.6,7; Rm 1.21; Jó capítulos 37-41; Jo
1.2,3; Hb 1.2,3; 11.3; At 17.24,25; 2 Pe 3.5 “eles propositalmente (...)”.
7. A Casa Do Senhor
8. Iluminação Divina
É uma forma de conhecimento espiritual provido por Deus para o crente, no seu
viver e serviço para Ele.
A iluminação divina vem pelo Espírito Santo operando no crente. Ela parte do
conhecido, ampliando-o; ela não é princípio, criativa, e sim ampliadora.
A iluminação divina faz-nos ver as coisas na perspectiva de Deus.
Ler Ef 1.18-23; Cl 1.8-10; Jo 14.26; 1 Sm 16.7; Sl 119.130; Jó 36.22; 1 Co
2.12,13.
9. Inspiração Divina
• A inspiração divina Bíblica: que foi a única quanto aos seus escritores (2 Pe
1.21; 2 Tm 3.16; 2 Sm 23.2).
• A inspiração divina em geral: Que Deus continua a conceder a seus servos
pregadores, mestres, escritores, pastores, missionários, administradores da sua
obra, testemunhas do Senhor, ganhadores de almas, crentes em geral, afinados
com o Espírito Santo. Ver Atos 20.7,11; 17.23; 24.24-27.
Outros exemplos:
➢ José ante Faraó e seus oficiais- (Gn, caps. 40;41) Daniel ante o rei
Nabucodonosor (Dn, cap. 2)
➢ Zacarias, o profeta (Zc, caps.13; 14). (E muitos outros)
➢ O apóstolo Paulo (1 Co 2.9,10; 2 Co 12.1; Rm 16.25; Ef 3.3-5).
João, o Evangelista, em Patmos (o Livro de “Apocalipse”, que literalmente
significa “Revelação”, Ap 1.1).
12. A Fé
A Fé é outro meio de conhecimento espiritual do crente.
O conhecimento e a sabedoria
“O meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento” (Os 4.6). 91
1. Amar a Bíblia.
Nossa primeira atitude em relação à Bíblia é amá-la como a inspirada Palavra
de Deus. Declara o salmista todo o seu amor às Escrituras: "Oh! Quanto amo a
tua lei! É a minha meditação em todo o dia" (Sl 119.97).
✓ Para conhecer a Deus. Ele criou o céu e a terra e tudo o que neles há
(Gn 1—3).
✓ Conhecer a Deus é ter vida eterna (Jo 17.3).
✓ Para se deleitar em Deus e amá-lo. Medite no caráter, nos princípios
e nas promessas de Deus. Regozije-se em seu amor, cuidado e perdão
(Sl 119.12-18,160- 162; 1 Tm 6.17).
25
Claudionor de Andrade
26
HODGE, K. A mente renovada por Deus. RJ: CPAD, 2002
27
Panorama da Bíblia - CPAD
A palavra hebraica hanak, “educar”, tem uma raiz original que quer dizer 96
“dedicar” ou “consagrar”. Sei que isso pode parecer romantismo exagerado de
minha parte, mas educadores cristãos autênticos amam e se dedicam a seus
alunos. Isso significa que o professor deve ir além da simples simpatia e
interesse por eles. O mestre vocacionado deseja imensamente auxiliar seus
pupilos em seus problemas, necessidades e expectativas. O professor
desenvolve um puro sentimento de empatia, ou seja, coloca-se no lugar do
aluno para sentir o que ele está sentindo, como se estivesse no lugar dele.
Um autêntico educador importa-se mais com a pessoa do aluno que com a
frieza do conteúdo e currículo. Xenofonte, grande filósofo da antiguidade, disse:
“Nunca pude aprender nada com aquele mestre: ele não me amava”.
c) Apreço e interesse pelos valores da inteligência e da cultura
O professor que tem vocação para o magistério é naturalmente um estudioso,
um leitor assíduo, com sede de novos conhecimentos capaz de se entusiasmar
pelo progresso da ciência e da cultura.
O professor que não se lança ao labor da pesquisa não pode lecionar de forma
relevante. Nunca é suficiente o conhecimento adquirido e acumulado ao longo
dos anos. Há sempre algo que precisa ser aprendido, revisado ou revisitado. O
professor deve ser um eterno aprendiz. Charles Spurgeon, o príncipe dos
pregadores, já dizia: “O que deixa de aprender também cessa de ensinar”.
2. Aptidões Específicas
São atributos ou qualidades pessoais que exprimem certa disposição natural
ou potencial para um determinado tipo de atividade ou de trabalho. São
características específicas da personalidade que, comumente, completam o
quadro com a vocação e que, quando cultivadas, asseguram a capacidade
profissional do indivíduo. Para o magistério, as aptidões mais importantes são
as seguintes:
a) Saúde física e equilíbrio mental
O ideal é que o mestre desfrute de plena saúde física, orgânica. É
imprescindível ao professor cuidar-se através de uma alimentação balanceada,
exercícios físicos, descanso, lazer e exames médicos periódicos.
Uma pessoa que viva, por descuido, constantemente enferma não estará apta
para as demandas do magistério. Equilíbrio mental e emocional é indispensável
àquele que ensina e educa. Você pode imaginar o estrago que um professor
mentalmente desequilibrado faria a uma determinada classe?
b) Boa apresentação
Há os que não concordam ou simplesmente ignoram, mas a boa apresentação
do professor é extremamente importante para a assimilação do conteúdo
didático. Como cativar a atenção de um aluno que não consegue deixar de
reparar a negligente aparência de seu professor?
Vejamos:
Motivação intrínseca – Quando o aprendiz tem motivos para estudar aquela matéria e
tem interesse real por ela.
Motivação extrínseca – Quando quem aprende está estimulado por aspectos correlatos
ao tema, e não pelo próprio tema.
Incentivos intrínsecos – Quando estimula o aluno a estudar o assunto pelo valor que ele
encerra.
Os pais de um jovem dão-lhe um violão, e ele, que até então não havia pensado
em tocar um instrumento, passa a ter aulas de música e acaba empolgando-se
por essa nova atividade (incentivo intrínseco).
Uma criança, desejando ganhar uma bicicleta, resolve ser boa estudante, sem
que tal resolução tenha sido sugerida por outra pessoa (motivação extrínseca).
b) Participação ativa
Todo ensino tem de ser ativo; toda aprendizagem não pode deixar de ser ativa, 99
pois ela somente se efetiva pelo esforço pessoal do aprendiz, visto que
ninguém pode aprender por alguém. O professor deve solicitar, quer no início,
quer no decurso de qualquer atividade, a opinião, a colaboração, a iniciativa e
o trabalho do próprio aluno. Essa técnica é usada no início e meio.
c) Êxito inicial
O professor deve facilitar por todos os meios possíveis uma perfeita
compreensão das ideias expostas e debatidas, prevendo e aplainando as
dificuldades que os trabalhos possam apresentar. O aluno que consegue
compreender bem o assunto ou resolver as questões propostas logo no início,
sentir-se-á disposto a dar seguimento ao processo de aprendizagem. Essa
técnica é usada somente na fase inicial.
d) O insucesso inicial
O insucesso deve ser de cunho passageiro, já que o professor deve orientar o
aluno a vencer as dificuldades, tão logo seja possível. É uma técnica
incentivadora valiosa quando se trata de um assunto aparentemente fácil ou
que o aluno supõe já ter dominado suficientemente.
e) Apresentação de tarefas
Consiste em pedir aos alunos que cumpram determinadas tarefas tais como,
fazer uma pesquisa, trazer determinado objeto ou realizar alguma atividade em
casa com a finalidade de utilizar os resultados dessas ações na próxima aula.
Essas são, sem dúvida alguma, excelentes maneiras de incentivar a classe.
100
i) Desejo de corresponder à dedicação e ao interesse do professor
Apela-se para a sensibilidade do aluno, procurando estabelecer um forte elo
afetivo entre educador e educando, pela demonstração do interesse pessoal
por aquele aluno e pelos problemas que estão prejudicando a aprendizagem.
Telma Bueno
2. Gestor e professor
área de educação cristã que nos capacitam e nos ajudam a alavancar o 103
crescimento da Escola Dominical.
Que fique bem claro que não existe uma “fórmula mágica” que seja única para
todas as igrejas. A Palavra de Deus é uma só, porém volto afirmar que cada
igreja é única, singular e tem as suas especificidades. Mas existem algumas
ações educativas que se enquadram bem em qualquer realidade, e devem fazer
parte da rotina de um gestor que deseja ser bem-sucedido. Vejamos algumas
dessas ações que podem melhorar a frequência e o aprendizado em sua Escola
Dominical.
➢ Aprenda a ouvir
Alguns gestores gostam de falar, mas na hora de ouvir deixam a desejar.
Precisamos aprender a ouvir com atenção o outro. Ouça o que os alunos estão
tentando lhe dizer, ouça os professores e secretários. O primeiro passo para
uma mudança significativa está no ouvir o que o outro tem a dizer, mesmo que
você discorde do posicionamento da pessoa. Não leve nada para o lado pessoal.
Para se chegar a um diagnóstico de determinada situação é preciso primeiro
ouvir. Um gestor que não sabe ouvir em breve verá o esvaziamento das classes.
O esvaziamento de uma Escola Dominical é uma forma de comunicação, os
alunos estão sinalizando que alguma coisa não vai bem. Não dá para tapar os
ouvidos e fingir que nada está acontecendo. Muitos adotam o silêncio como
uma fuga. Não falam nada e não fazem nada também. Estes estão fadados ao
fracasso. Admiro Moisés como líder e gestor do povo de Deus. O Senhor falava
com seu servo face a face, mas ele não hesitou em ouvir o que seu sogro, Jetro,
tinha a lhe dizer: “O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes”
(Êx 18.17). Moisés era humilde e “deu ouvidos à voz de seu sogro”, porém ele
não somente ouviu, mas tomou a iniciativa de fazer tudo quanto Jetro dissera
(Êx 18.24). Ouvir o que o outro tem a dizer é uma questão de humildade. Deixe
de lado a soberba, pois ela precede à ruína. Estabeleça uma gestão participativa.
mútuo, onde a troca de experiências faz com que todos possam crescer. A 104
Escola Dominical deveria incentivar os grupos de estudos entre os professores.
Na China, umas das economias que mais crescem no mundo, os professores do
Ensino Médio, procuram fazer parte de no mínimo três grupos de estudos. E
nós professores da Escola Dominical, quando nos reunimos? Quando temos
dúvidas, a quem recorremos? Por que não se reunir para aprender junto? Não
estou falando aqui de classe de professores, onde alguém dá uma aula, digamos
modelo, para os demais professores. Essas classes são até válidas, mas não
estou falando de uma aula onde uma pessoa fala e os outros apenas ouvem,
como acontece em algumas classes para professores. Refiro-me a um momento
em que os professores tenham a oportunidade de trocar ideias e aprender uns
com os outros.
mas começar ressaltando os pontos positivos vai demonstrar que você sabe 105
fazer críticas positivas.
4. Troque de posição.
Abra um espaço para uma inversão de papéis. Isso mesmo! Pergunte à sua
equipe se estão satisfeitos com o seu trabalho e com o ambiente da Escola
Dominical. É hora de pedir sugestões para que os pontos negativos e de conflito
sejam melhorados e solucionados.
trabalhavam no sábado até tarde e não conseguiam chegar às 9 horas, e com 106
disposição para estudar. A solução foi passar a Escola Dominical para a tarde,
antes do horário do culto vespertino. O resultado foi bem positivo, e houve um
crescimento quantitativo e qualitativo significativo. O que não se enquadra na
sua localidade? Não tenha medo de mudar. A palavra mudança às vezes
assusta, pois o novo sempre gera insegurança, mas mudar às vezes é preciso.
O que precisa ser mudado em sua Escola Dominical? Metodologia? Recursos?
Horário? Grade de professores? A única coisa que não podemos mudar é o
ensino bíblico ortodoxo.
Essas são apenas algumas sugestões que precisam ser observadas com cuidado
por aqueles que querem ver o avanço da Escola Dominical. Quando falamos em
avanço e crescimento da Escola Dominical, estamos falando do avanço do Reino
de Deus na terra. A Igreja de Cristo tem uma missão integral a cumprir, e essa
missão deve estar firmada em um tripé: evangelização (proclamação),
comunhão e serviço.
é capaz de gerar
Telma Bueno
• Ações erradas (Pv 20.11; Jr 26.13; Mt7.17,18) - ações que não condizem
com a Palavra de Deus.
Não podemos nos esquecer de que Jesus veio para nos dar vida abundante (Jo 109
10.10). Deus deseja restaurar todas as áreas da nossa vida: “Porque restaurarei
a tua saúde e sararei as tuas chagas, diz o Senhor...” (Jr 30.17).
• Fale com Deus. Verbalize o que está sentindo. O caminho da cura está no
falar. Ore e conte onde está doendo.
♦ Não descuide das atividades físicas. Uma boa caminhada faz bem para a
mente e o corpo, além de diminuir os níveis de estresse.
♦ Saiba dizer não. Às vezes é preciso aprender a dizer não para algumas
tarefas que vão surgindo, sem se sentir culpado por isso. Muitos querem abraçar
o mundo com as mãos. É preciso priorizar nossas ações, rever o que é mais
importante. Temos que fazer tudo conforme as nossas forças.
2. O mestre divino.
Em visita a Jesus, um mestre da Lei chamado Nicodemos, educado nas
melhores escolas religiosas de Israel e grande conhecedor das Escrituras
hebraicas, reconheceu em Jesus um personagem incomum de seu tempo (Jo
3.1,2). Esse mesmo fariseu, que era príncipe dos judeus, afirmou que o
Nazareno não poderia fazer o que fazia se Deus não fosse com Ele. Jesus é
chamado Mestre cerca de quarenta e cinco vezes ao longo do Novo
Testamento.
3. O mestre da humildade.
A fim de ensinar os discípulos acerca da humildade, Jesus "levantou-se da ceia,
tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois, pôs água numa bacia
e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com
que estava cingido" (Jo 13.4,5). Que cena chocante para os judeus! A pergunta
de Pedro descreve essa perplexidade (v.6). Era inimaginável um mestre
encurvar-se para lavar os pés de pessoas leigas. Jesus era um mestre e deu o
exemplo aos discípulos. O Emanuel, "Deus conosco", encurvou-se diante dos
homens! Isso se deu porque o ensino de Jesus não era mero discurso, mas
"espírito e vida" (Jo 6.63). Ele nos convida a fazer o mesmo: "Vós me chamais
Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre,
vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu
vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.13-
15).
3. Ensinamento persistente.
Os primeiros mestres das Escrituras foram os integrantes do Colégio Apostólico
(At 5.42, cf. vv.40,41). A Igreja começou nas casas, onde o ensino era
ministrado a pequenos grupos nos lares. Falando aos anciãos de Éfeso, o
apóstolo Paulo mostrou-se como um verdadeiro mestre que ensinava
"publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos,
a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo" (At 20.20,21). Deus
havia preparado homens para ensinar e levantado "doutores" na igreja em
Antioquia (At 13.1). O Pai Celestial igualmente deseja levantar mestres em sua
igreja. Vivemos dias em que este ministério nunca foi tão necessário.
do engano promovido pelas astúcias dos falsos mestres (2 Pe 2.1). Esse 113
dom do Senhor é para a igreja amadurecer em todas as dimensões da vida
cristã, ao mesmo tempo em que desmascara os falsos ensinos (Ef 4.14; Os
4.6).
CONCLUSÃO
É preciso desfazer a ideia propagada ao longo de décadas acerca do preparo
intelectual do crente. Não é verdade que necessariamente ele esfriará na fé se
estudar. Se fosse assim Paulo seria o mais frio dos apóstolos do Novo
Testamento, pois não havia obreiro mais bem preparado que ele (At 17.15-34;
Tt 1.12). Este, no entanto, soube conjugar preparo intelectual e poder do alto.
É disso que as nossas igrejas precisam: homens cheios do Espírito, mas do 114
mesmo modo, com a mente iluminada para responder, com mansidão e temor,
a razão da nossa esperança (1 Pe 3.15).
RC Sproul
Quase todas as pessoas, cristãs ou não, sabem que estas palavras estão na
Bíblia: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (v. 1). A cultura em que
vivemos afirma que todos têm o direito de fazer o que têm vontade, e, por isso,
este versículo é citado sempre que a igreja faz um pronunciamento contra
alguma forma de conduta pecaminosa.
Anos atrás, uma irmã da igreja trouxe o filho com problemas para falar comigo.
O jovem usava drogas e tinha um estilo de vida desenfreado. Sua raiva ficou
logo evidente para mim, e eu lhe perguntei com quem ele estava bravo.
— Estou bravo com a minha mãe. — disse ele.
— O que ela fez para te deixar tão bravo? — perguntei.
— Bem, ela é religiosa e tenta enfiar religião pela minha goela o tempo todo.
Perguntei-lhe:
1. Julgamento certo
Nesse momento, ele lhe fez uma pergunta: “Mulher, onde estão aqueles teus
acusadores? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “Ninguém, Senhor!”, e
Jesus disse: “Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (v. 10-11).
Jesus era o único homem ali que não tinha pecado e, por- tanto, o único que
tinha o direito de apedrejá-la. Todavia, em vez de exercer justiça, ele mostrou
misericórdia e benignidade - e o fez sem repudiar a lei contra o adultério. Jesus
executou o julgamento do discernimento. Ele reconheceu o pecado da mulher,
mas, mesmo assim, concedeu-lhe perdão.
O que define a vida do cristão é o perdão. De todas as pessoas neste mundo, 117
nós somos as que menos têm o direito de julgar, ser ríspidas ou criticar. Os
indivíduos com espírito crítico estão sempre implicando com algo. Eles não ficam
satisfeitos a menos que estejam infelizes e criticando algo ou alguém.
Jesus não está defendendo uma cosmovisão polianista aqui em Mateus. Embora
haja pessoas impossibilitadas de olhar para as coisas sem encontrar alguma
falha, há também aquelas que contemplam o mundo através de lentes cor-de-
rosa. Jesus está se manifestando contra o julgamento cruel de pessoas. Ele não
está pedindo que seu povo seja ingênuo; ele está pedindo que se faça um
julgamento de caridade. Como cristãos, somos aqueles que se apressam em
mostrar misericórdia e que demoram a condenar.
Um pastor que conheci anos atrás afirmava que não existe ressurreição dos
mortos e que quem acredita nisso é tolo. Quando verbalizei meu pesar diante
de tal afirmação, alguém me disse: “Esse irmão querido não pensa assim de
verdade. Ele está apenas tentando fazer você refletir.” A pessoa simplesmente
não conseguia pensar mal do homem, e é isso o que devemos ser: indulgentes
diante de uma falha. Fazer um julgamento de caridade significa interpretar as
ações das outras pessoas, especialmente as ações voltadas a nós, da melhor
maneira possível.
2. Julgamento errado
Os dois objetos que utiliza para fazer o contraste radical em questão eram 118
encontrados nas carpintarias da época. Os carpinteiros construíam casas, e
muita força lhes era necessária para carregar as grandes vigas de madeira
usadas na construção dos tetos. A palavra traduzida como “trave” refere-se a
uma daquelas toras ou vigas imensas. Em contraste com esta viga, temos uma
partícula de serragem. O argumento de Jesus é que um indivíduo cujos olhos
estão cobertos por uma viga maciça não pode enxergar os outros com clareza.
Ele está dizendo que, embora cada um de nós seja culpado de grandes pecados
e falhas, com muita facilidade apontamos para uma minúscula mancha na vida
do próximo.
Uma das razões por que voltamos a atenção para o argueiro no olho do próximo
é para desviá-la da trave em nosso próprio olho. Quando temos toras nos olhos,
consideramo-nas como simples farpas. Quando vemos farpas nos olhos dos
outros, enxergamo-nas como toras. E assim que o pecado destrói as relações
humanas e a comunidade, e é por isso que Jesus nos alerta a ter cuidado. Se
adotarmos um espírito julgador em relação aos outros, aquilo que vai volta, e
seremos julgados também.
3. Julgamento ponderado
Jesus faz distinção, em seus ensinos e em todo o Novo Testamento, entre aquilo
que chamamos de pecados graves ou hediondos e aquilo que chamamos de
ofensas menores ou pecadinhos. Somos chamados a demonstrar o tipo de amor
que encobre uma multidão de pecados. Encobrir um grande pecado é sério,
mas, se não estivermos considerando um pecado hediondo que afeta toda a
igreja ou a comunidade, devemos encobrir uns aos outros com esse amor. Se
eu notar um argueiro no olho de um irmão, devo encobri-lo em minha alma com
amor. Se um irmão notar um argueiro em meu olho, deve fazer o mesmo. Não
devemos destruir o corpo de Cristo por causa de serragem, e é este o
argumento de Jesus aqui.
Os cães em Israel não eram animais de estimação fofos e dóceis. Eles eram 119
animais desprezados que se alimentavam de restos e equivaliam a porcos no
chiqueiro. Jesus está instruindo as pessoas a ter o bom senso de não oferecer
coisas sagradas aos cães. Quem são estes cães? São indivíduos que se dedicam
a odiar o reino de Deus. Jesus não nos aconselha a odiá-los. Quando despediu
os discípulos à sua missão, ele disse: “E, em qualquer cidade ou povoado em
que entrardes, indagai quem neles é digno; e aí ficai até vos retirardes. Ao
entrardes na casa, saudai-a; se, com efeito, a casa for digna, venha sobre ela
a vossa paz; se, porém, não o for, tome para vós outros a vossa paz. Se alguém
não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou
daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés” (Mt 10.11-14). Embora seja correto
nos importarmos com aqueles que são hostis ao reino, não devemos gastar todo
o nosso tempo oferecendo-lhes coisas santas.
Em Mateus 7, Jesus faz um alerta. Ele nos concedeu uma pérola de grande
valor, e nós não devemos tomar esta joia valiosa e lançá-la aos porcos. O porco,
em meio a sua lavagem, não tem apreço pelo valor da pérola. Pelo contrário,
ele acha que a bolota vale mais do que ela.
Mais uma vez, Jesus não está dizendo que devemos adotar uma atitude ríspida
em relação ao incrédulo. Ele quer apenas que tenhamos discerni- mento na
proclamação do evangelho. Devemos discernir a mente e, ao mesmo tempo,
não julgar duramente com o coração. E a isso que somos chamados - um
chamado, de fato, bem sério.
Na vida cristã, depois da decisão pessoal de aceitar Jesus como nosso salvador, 120
não há nada tão importante quanto oferecermos nossa personalidade ao
controle do Espírito Santo. Mas, afinal, o que é personalidade? Mesmo entre os
teóricos e profissionais da Psicologia, a definição nem sempre é clara. Ao longo
de séculos, alguns termos têm sido utilizados pelas pessoas com o mesmo
significado, embora sejam distintos. A fim de aprofundarmos nosso assunto,
faz-se necessário definir alguns desses termos, como personalidade, caráter e
temperamento.
1. Temperamento
O temperamento pode ser definido como a disposição individual para reagir a
estímulos emotivos, sendo influenciado também por alterações metabólicas e
químicas. Temperamento é a forma como temperamos nossas emoções, como
percebemos e vivenciamos os fatos, fazemos escolhas e nos relacionamos com
os outros.
Como pais, sabemos que nossos filhos têm temperamentos diferentes entre si:
uma criança é mais calma, outra fica ressentida por mais tempo, e outro filho é
uma alegria e agitação constante.
Sei que ao ler cada um dos tipos acima, colocados aqui de forma resumida, você
se lembrou de pessoas que conhece. Mas se tentou se encaixar em um só deles,
percebeu que é impossível. Na verdade, podemos ter um dos quatro tipos como
mais predominante, mas sempre combinaremos qualidades e defeitos dos três
restantes.
O temperamento é inato e individual. Deve ser muito bem moldado pelos pais
na educação de seus filhos, especialmente quanto às características negativas.
Uma criança vingativa precisa aprender a perdoar, um filho egocêntrico e
indisciplinado deve ser ensinado a dividir e arrumar seus pertences, e uma
criança introvertida necessita do auxílio dos pais para estabelecer companheiros
e amigos.
2. Caráter
Quando uma criança nasce, podemos ir identificando seu temperamento. Por
mais que tenham sido estimuladas de forma semelhante na vida intrauterina,
os recém-nascidos reagem de forma diferente ao toque, à luz, aos sorrisos, a
barulhos e pessoas.
Há bebês que dormem a noite toda, uns gostam de chorar, outros gostam de
rir, e reagem diferente inclusive à dor.
Quanto ao caráter, quando uma criança nasce, não há nada formado! O caráter 122
é formado a partir de estímulos sensoriais, de exemplos observados na conduta
dos que a cercam, de conceitos e valores ensinados formal ou informalmente
desde o primeiro dia de vida.
Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração.
Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver
sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando
se deitar e quando se levantar. (Dt 6.6,7, NVI)
Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo
com o passar dos anos não se desviará deles. (Pv 22.6, NVI)
Até a criança mostra o que é por suas ações; o seu procedimento revelará se
ela é pura e justa. (Pv 20.11, NVI)
A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma
envergonha a sua mãe. (Pv 29.15, NVI)
➢ O termo caráter significa gravar. E temos muitas gravações em
nós, feitas ao longo dos anos, por amigos que nos ajudaram,
companheiros que nos deformaram ou feriram, por educadores e pais
persistentes e amorosos, por avós dedicados e cônjuges amigos.
Nosso caráter é nosso eu aparente (ego) que, em suas manifestações, nos
distingue de qualquer outra pessoa. Caráter é o que aparentamos ser, que
aprendemos a ser através do ensino, de exemplos, dentro do que é socialmente
aceito em uma sociedade. As pessoas leem nosso caráter, pois nele, mais
claramente, evidenciamos nossos hábitos e os papéis que vivenciamos, como o
de pai, mãe, cônjuge, profissional e irmão na fé, dentre outros.
Nosso caráter é nosso estilo de vida. Ele se compõe dos valores e princípios que
formatam e definem nossos comportamentos, direcionando nossas ações e
escolhas. É um traço fundamental da nossa personalidade.
3. Personalidade 123
125
➢ Personalidade Ansiosa – A pessoa apresenta sentimentos persistentes
de receio, tensão e apreensão; tem a crença de ser socialmente inepta,
pessoalmente desinteressante ou inferior aos outros; denota preocupação
excessiva em ser criticada ou rejeitada em situações sociais, levando a
família a evitar atividades sociais e ocupacionais.
O Espírito Santo está ao alcance de todos nós que recebemos Jesus como
salvador. O que precisamos é permitir que Ele transforme nossa personalidade,
enquanto tomamos decisões diárias para viver no Espírito.
4. Personalidade e Salvação
Quando aceitamos Jesus, e verdadeiramente somos convertidos, mudamos
alguns hábitos, simples expressões de nosso eu aparente.
Muitos deixam de fumar, beber, falar palavrão ou de frequentar espaços nocivos
e violentos. Mudam alguns hábitos, simples traços do caráter, mas não
necessariamente sua personalidade.
Muitos seguem além, e mudam também traços de seu temperamento. Tornam-
se mais calmos e bondosos, tornam menos agressivos e mais mansos e
amorosos. Contudo, Deus não quer pequenas mudanças no nosso
temperamento ou no nosso eu aparente. Ele quer mais!
Só o Evangelho tem o poder de mudar também o nosso eu interior. Só a palavra
de Deus “é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela
penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os
pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12, NVI).
Deus quer todo o nosso eu, a nossa alma, representada na Bíblia muito vezes
pela palavra coração. A alma pensa, sente, tem vontades, decide e se comporta.
Ela une temperamento, caráter, personalidade e comportamentos, e precisa ser
submetida inteiramente a Cristo.
Deus não olha para o que dizemos ou aparentamos ser, mas para o que
realmente somos, para o que pensamos, para as intenções das nossas ações, e
para cada atitude tomada por nós.
Ele quer nossa personalidade, nosso eu inteiro e interior, quer dominar sobre 126
nosso comportamento intencional, equilibrando nossa vida emocional — Deus
deseja a nossa alma totalmente restaurada!
E todas estas mudanças só serão possíveis com a nossa permissão.
Samuel Nelson
A Igreja de Cristo não é uma casa sem governo, onde cada um faz como quer
e onde existem tantas opiniões como há membros. Não! Há uma cabeça, e esta
é Cristo, e Ele planeja, dirige, providencia, corrige e faz a sua obra crescer. Não
há outro Senhor; e ainda que Ele esteja assentado sobre o trono no céu, está
conosco até a consumação dos séculos.
Os apóstolos afirmam que Cristo, depois da ascensão, tomava parte na sua obra
e governo. Está escrito: “Enquanto isso acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia,
os que se iam sendo salvos” (At 2.47, ARA). “Pela fé em o nome de Jesus, é
que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis;
sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de
todos vós” (At 3.16, ARA).
Os discípulos oram para que milagres e prodígios aconteçam em nome de Jesus
(At 4.30). Sobre o contínuo crescimento de crentes, a Escritura diz: “Cada vez
mais se agregavam crentes ao Senhor”. Os apóstolos eram só despenseiros e
testemunhas de Cristo e das coisas do Reino de Deus. Jesus revelou-se a
Estevão confortando o seu servo que sofreu o martírio. O Senhor falou a Ananias
para visitar Saulo em Damasco, pôs-se ao lado de Paulo na cidadela de
Jerusalém e falou-lhe depois de ter sido preso e apresentado ao Sinédrio.
O Senhor age do seu trono; por isso, Ele mandou o Espírito Santo para que não
fôssemos deixados órfãos; antes, por Ele, fôssemos consolados, ensinados,
conhecedores de Jesus, guiados, revestidos e para que por Ele Cristo fosse
glorificado (Jo 14.16,17,26; 15.26; 16.13,14; At 1.8).
Desse modo, a igreja onde Jesus Cristo é exaltado como Senhor e o Espírito
Santo é aceito como diretor e é obedecido ocupa o lugar designado por Deus
nesta dispensação. Existem muitas igrejas que estão fora do lugar espiritual,
que se chamam cristãs, mas que estão iguais à Igreja de Sardes, ou seja,
perecendo ou à morte. Já outras igrejas estão como a de Laodiceia, onde o
Senhor estava fora batendo à porta dos que tinham ouvidos para ouvir a voz do
Espírito e oferecendo privilégios para os que o desejassem e abrissem-lhe a
porta.
O governo de Cristo, o Sumo Sacerdote do povo de Deus na Nova Aliança, é
efetuado pelo mesmo Agente diretor e executor que operava com Cristo quando
Ele andava sobre a terra, isto é, o Espírito Santo (cf. Lc 4.1,14,18). Esse governo
foi anunciado por Cristo como provindo do Pai quando disse: “[...] rogarei ao
Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo
14.16).
O citado governo nunca será mudado enquanto durar a dispensação. Muitas
pessoas, até mesmo teólogos, quando tratam desse assunto, querem limitar as
manifestações do Espírito Santo para certo tempo ou tempos, como quando ao 128
período em que os apóstolos viviam sobre a terra. Há outros que limitam as
manifestações a certo avivamento que ocorrerá antes do começo do reino
milenial. Estes, porém, não veem o absurdo em que incorrem pela incredulidade
dos seus corações, limitando o Espírito Santo a certas manifestações inteligíveis
ao homem, enquanto desprezam outras como sendo desnecessárias ou não
compatíveis com os tempos atuais.
Presumem, assim, que o Espírito Santo, que é Deus, está acorrentado a opiniões
duma sabedoria que é humana e que exalta os valores da cultura e do intelecto
do homem destituído da glória de Deus. Seguindo tais opiniões e
transformando-as em dogmas, os homens tornam-se insubmissos ao Espírito
Santo, o diretor e executor de Cristo na Igreja, julgando-se mestres e guias.
Eles não entram e nem deixam os outros entrarem no domínio do Espírito Santo,
faltando-lhes, dessa forma, a visão celestial; por isso, laboram pensamentos e
caminhos tão diferentes aos de Deus e, assim como o céu está mais alto que a
terra, essas pessoas são verdadeiras “estrelas errantes” que fazem os outros
pecarem e, no seu atrevimento e obstinação, caluniam as coisas espirituais.
Apesar disso, ignoram que, “na destruição que fazem certamente serão
destruídos”, como dizem os apóstolos Pedro e Judas em suas epístolas.
Se estudarmos o livro de Atos dos Apóstolos — ou como era chamado no
segundo para o terceiro século, o Atos, e, neste título, seguido por um dos mais
eminentes editores dos textos gregos do Novo Testamento, Tiochendorff
(1815–74), que, no século passado, fez a descoberta do Codex Simaitico em
1859, um dos documentos bíblicos mais importantes, sendo assim chamado
pelo lugar onde foi encontrado —, veremos que o Espírito Santo é o diretor e
executor das obras narradas neste livro. Em função disso, muitos acham que o
nome do livro deveria ser Atos do Espírito Santo.
janelas espirituais fechadas e não deixam o Espírito Santo, que veio sobre Jesus 129
em forma de pomba, entrar e ter o lugar que lhe pertence. Estão cercadas de
vidro que impedem a entrada do sopro do Espírito que dá vida. Enquanto
procuram conservar a forma, a ética e a estética, estão como aqueles museus
em que podemos ver vidros que conservam animais em álcool ou formol — eles
não perderam as suas formas e suas cores, mas, sim, a vida.
Com a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, formou-se a Igreja, o
Corpo de Cristo, e como Paulo diz em 1 Coríntios: “Em um só Espírito, todos
nós fomos batizados em um corpo” (12.13, ARA). Essa unidade é uma realidade
surpreendente quando, entre os membros da igreja, existe diversidade de raças,
de posição social, de instrução e costumes, mas é o mesmo Espírito que domina
e opera em todos.
A unidade e a perseverança em esperar a promessa do Pai fez com que todos
os discípulos de Jesus reunidos ficassem cheios do Espírito Santo. A unidade do
domínio é clara. Os discípulos não usavam expressões extáticas desconexas de
galileus, num dialeto provincial, mas diversas línguas bem conhecidas deste
povo disperso, que estava reunido no Pentecostes em Jerusalém, que andara e
vivera entre todas as nações vizinhas e outras muito distantes.
Pelo domínio do Espírito Santo, a diversidade de pessoas funde-se numa
unidade completa, e a unidade perfeita da Igreja manifesta-se em diversidades
múltiplas que servem a um mesmo alvo que se torna um conjunto harmonioso.
O apóstolo Pedro não foi um agente do Senhor no dia do Pentecostes, mas ele
e os 11 apóstolos foram instrumentos usados pelo Espírito Santo. Em Atos 4.25-
29, Pedro e João voltaram da prisão e, reunidos com os seus, oraram:
“[Senhor]... por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu
servo. Senhor... concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez
a tua palavra” (ARA).
Davi não era o agente e muito menos o autor do segundo Salmo, pois os que
oraram também declararam que as palavras eram do Senhor, que o agente era
o Espírito Santo e que o instrumento era a boca de Davi. Assim também diziam
os apóstolos, uma vez que não tinham maior pretensão do que servir como boca
para exaltar o nome sobre todo o nome. Os verdadeiros servos do Senhor agem
dessa maneira. João Batista, por exemplo, estava satisfeito por ser uma voz que
clamava no deserto sem tornar-se notável entre os homens.
Muitas passagens das Escrituras confirmam a personalidade do Espírito Santo.
Pedro acusou a Ananias e Safira de mentirem contra o Espírito Santo; os
apóstolos disseram: “Nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e
também o Espírito Santo” (At 5.32; 20.23). O Espírito Santo aponta e comissiona
missionários (At 13.2), dirige ministros para onde deviam ir e pregar, detendo-
os para não seguirem os seus próprios caminhos (At 8.29; 10.19; 16.6,7).
As palavras do Espírito Santo são resistidas pelos corações endurecidos, mas 130
são para conforto dos que caminham no temor do Senhor (At 7.51; 9.31).
O concílio de apóstolos, presbíteros e a igreja em Jerusalém chegaram a uma
resolução unânime quando o bom parecer do Espírito Santo venceu a grande
discussão (15.7,28). Não sabemos como o parecer do Espírito Santo foi
revelado, mas havia diversos dons e ministérios do Espírito por meio dos quais
o seu parecer deve ter sido revelado, e não por votação da maioria como os
homens fazem.
O livro dos Atos dos Apóstolos revela-nos a importância do governo divino na
Igreja Primitiva e termina com um versículo para o qual ainda haveria
continuação, e creio que o Espírito Santo deixou Lucas assim, sem mencionar a
morte dos principais apóstolos, porque a obra é do Espírito Santo e ela não
terminaria com os apóstolos e ainda não terminou. Os homens eminentes em
Teologia em geral apreciam mais a sua própria exegese das Escrituras e o
governo que lhes apraz do que a interpretação do governo do Espírito Santo,
que exige ouvido aberto como discípulo, e não de mestre, e a submissão para
andar por fé, e não por vista.
Muitos crentes vivem uma vida espiritual, mas quando se trata do governo da
igreja, não veem o lugar do Espírito Santo, uma vez que procuram o saber e a
experiência dos homens, e é por isso que encontramos tantas divergências no
meio do cristianismo. Como tem havido homens que se têm salientado como
ministros do evangelho, em parte, uns têm-se firmado mais e outros menos da
Palavra revelada; já outros têm seguido algum ramo da evolução histórica no
cristianismo e, dessa forma, uns têm-se embaraçado mais e outros menos no
crescimento espiritual, por não permitirem que o Espírito Santo tenha o seu
lugar.
O livro dos Atos revela-nos que o Espírito Santo ocupou e deve ter o lugar
preeminente em tudo o que se relaciona com a escolha de ministros, preparo,
ordenação, direção, evangelização, confirmação, correção e crescimento da
igreja.
Cristo é o Sumo Sacerdote no céu sobre o trono; mas na Terra, no santuário de
Deus, os remidos lavados, os santificados e os justificados são santificados pelo
Espírito Santo, que intercede por nós com gemidos inexprimíveis (1 Pe 1.2; Rm
8.26,27). Ele é o Agente operador que reside em cada membro do Corpo, que
liga o Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque com a geração
eleita, o sacerdócio real.
Há muitos que dizem que são de Jesus, mas não aceitam a direção e a obra do
Espírito Santo, agindo, dessa forma, como os escribas e fariseus: Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! Pois que edificais os sepulcros dos profetas e
adornais os monumentos dos justos e dizeis: Se existíssemos no tempo de
nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos
profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os
profetas. Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. Serpentes, raça de víboras! 131
Como escapareis da condenação do inferno? (Mt 23.29-33)
Não há dúvida de que essa é uma linguagem forte, mas há muitas pessoas que
querem Jesus de longe, não de perto. Estes não têm o Espírito de Cristo; por
isso, preferem ser mimados como crianças para fazerem a consciência dormir e
terem belos sonhos religiosos. No começo, as concessões são pequenas, mas,
ao final, suas histórias de vida são parecidas com a de Sansão, que se deixou
envolver aos poucos. Eis o estado triste de muitos que resistiram ao Espírito
Santo e à sua obra.
Quando Deus habita em nós, modifica todo o nosso interior, pois o seu amor é 132
derramado pelo Espírito Santo. Ele estabelece um ambiente unitivo, uma vez
que nos foi dado beber de um só Espírito e não há mais sequer judeus ou
gregos, nem escravos ou livres, mas em um só espírito fomos batizados todos
nós em um só corpo (Rm 5.5; 1 Co 12.13).
Deste batismo glorioso no Espírito, veio a nós a unidade que é mais forte que
qualquer outra relação, pois é o amor de Deus que une, e tal unidade está
aconselhada para diligentemente guardar no vínculo da paz (Ef 4.3). Se não nos
enchermos do Espírito, até mesmo as coisas que são lícitas invadirão o nosso
coração, perturbarão a nossa comunhão com Deus e o vínculo entre os irmãos.
A vitória que vence o mundo é a nossa fé, e esta agiu no meio dos apóstolos,
pois eles receberam ameaças e viveram tribulações, mas, ao suportá-las,
ficaram cheios do Espírito Santo (At 4.24-31).
Portanto, o dom do Espírito Santo foi derramado para guardar a unidade e para
haver um governo completo e harmonioso de Cristo em sua igreja. A descida
do Espírito Santo com sinais, tais como houve no princípio, convenceu Pedro,
estando na casa de Cornélio, de que não havia separação de raças na Igreja de
Cristo, e ele lembrou-se da palavra do Senhor: “João, na verdade, batizou com
água, mas vós sereis batizados com Espírito Santo” (At 1.5) e, por isso, tendo
os que creram recebido o mesmo dom que os apóstolos receberam na descida
do Espírito Santo no Pentecostes, não resistiu a Deus, mas batizou-os em água.
Não foi a água que os uniu; muitos olham hoje para o batismo da água como
união, outros para a denominação a que pertencem, mas foi o batismo no
Espírito que os uniu; entretanto, ninguém despreze ou ignore o batismo na água
ou as denominações, mas tenhamos sempre em evidência as primeiras coisas
do Reino de Deus, para nunca colocarmos as de menor importância em primeiro
lugar. Lembremo-nos das palavras de Jesus aos escribas e fariseus: “[...]
hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes
negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a
fé; deveis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas” (Mt 23.23).
qual Deus falou aos homens mediante os profetas. Mais um sinal de que as 134
palavras dos profetas não partiam deles próprios, mas de Deus é o fato de eles
sondarem seus próprios escritos a fim de verificar "qual o tempo ou qual a
ocasião que o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, ao dar de antemão
testemunho sobre os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e sobre as glorias
que os seguiriam" (1 Pe 1.11).
Fazendo uma combinação das passagens que ensinam sobre a inspiração divina,
descobrimos que a Bíblia é inspirada no seguinte sentido: homens movidos pelo
Espírito, escreveram palavras sopradas por Deus, as quais são a fonte de
autoridade para a fé e para a prática cristã. Vamos a seguir analisar com mais
cuidado esses três elementos da inspiração.
a) Causalidade divina.
Deus é a Fonte Primordial da inspiração da Bíblia. O elemento divino estimulou
o elemento humano. Primeiro Deus falou aos profetas e, em seguida, aos
homens, mediante esses profetas. Deus revelou-lhes certas verdades da fé, e
esses homens de Deus as registraram. O primeiro fator fundamental da doutrina
da inspiração bíblica, e o mais importante, é que Deus é a fonte principal e a
causa primeira da verdade bíblica. No entanto, não é esse o único fator.
c) Autoridade escrita.
O produto final da autoridade divina em operação por meio dos profetas, como
intermediários de Deus, é a autoridade escrita de que se reveste a Bíblia. A
Escritura "é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender,
para corrigir, para instruir em justiça". A Bíblia é a última palavra no que
concerne a assuntos doutrinários e éticos. Todas as controvérsias teológicas e
morais devem ser trazidas ao tribunal da Palavra escrita de Deus. As Escrituras
receberam sua autoridade do próprio Deus, que falou mediante os profetas. No
entanto, são os escritos proféticos e não os escritores desses textos sagrados
que possuem e retêm a resultante autoridade divina. Todos os profetas
morreram; os escritos proféticos prosseguem.
Veremos posteriormente até que ponto as cópias da Bíblia são exatas (cap. 15),
segundo a ciência da crítica textual. Por ora basta-nos observar que o grandioso
conteúdo doutrinário e histórico da Bíblia tem sido transmitido de geração a
geração, ao longo da história, sem mudanças nem perdas substanciais. As
cópias e as traduções da Bíblia, encontradas no século xx, não detêm a
inspiração original, mas contêm uma inspiração derivada, uma vez que são
cópias fiéis dos autógrafos. De uma perspectiva técnica, só os autógrafos são
inspirados; todavia, para fins práticos, a Bíblia nas línguas de nossa época, por
ser transmissão exata dos originais, é a Palavra de Deus inspirada.
Visto que os originais não mais existem, alguns críticos têm objetado à
inerrância de autógrafos que não podem ser examinados e nunca foram vistos.
Eles perguntam como é possível afirmar que os originais não continham erro,
se não podem ser examinados. A resposta é que a inerrância bíblica não é um
fato conhecido empiricamente, mas uma crença baseada no ensino da Bíblia a 137
respeito de sua inspiração, bem como baseada na natureza altamente precisa
da grande maioria das Escrituras transmitidas e na ausência de qualquer prova
em contrário. Afirma a Bíblia ser a declaração de um Deus que não pode
cometer erro. É verdade que nunca se descobriram os originais infalíveis da
Bíblia, mas tampouco se descobriu um único autógrafo original falível. Temos,
pois, manuscritos que foram copiados com toda precisão e traduzidos para
muitas línguas, dentre as quais o português. Portanto, para todos os efeitos de
doutrina e de dever, a Bíblia como a temos hoje é representação suficiente da
Palavra de Deus, cheia de autoridade.
Às vezes não está perfeitamente claro se a Bíblia registra apenas um mero relato
do que alguém disse ou fez, ou se ela está ensinando que devemos proceder
de igual forma. Por exemplo, estará a Bíblia ensinando que tudo quanto os
amigos de Jó disseram é verdade? Seriam todos os ensinos daquele homem
"debaixo do sol", em Eclesiastes, ensino de Deus ou mero registro fiel de
pensamentos vãos? Seja qual for a resposta, o estudante da Bíblia é
admoestado a não julgar verdadeiro tudo quanto a Bíblia afirma só por ter
aparência de verdade. O estudante da Bíblia precisa procurar seu verdadeiro
ensino, sem atribuir verdade a tudo quanto está escrito em suas páginas. De
fato, a Bíblia registra muitas coisas que ela de modo algum recomenda, como a
asserção: "Não há Deus" (Sl 14.1). Em todas as passagens, o que a Bíblia está
declarando deve ser estudado com cuidado, a fim de se apurar o que ela está
ensinando na verdade. Só o que a Bíblia ensina é que é inspirado, e não todas
as palavras relacionadas a todo o seu conteúdo.
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