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-Os fungos tiveram seu grupo reconhecido como um reino a partir da descrição de cinco reinos
por Whittaker em 1969. Esses organismos foram alocados em reinos com base na morfologia e
no modo de nutrição dos seres vivos, sendo criado, então, o reino Fungi.
Parede celular: Constitui a superfície de contato da célula fúngica com o meio externo.
Nela pode-se observar alguns fatores relacionados com a aglutinação, crescimento e
interações enzimáticas implicadas na digestão de substratos nutritivos complexos.
Polissacarídeos em grande quantidade apresentam-se associados a polipeptídeos,
constituindo a as glicoproteínas da parede, as quais desempenham um papel enzimático
e estrutural. A parede celular é uma estrutura dinâmica, sujeita a modificações químicas
e estruturais durante o ciclo de vida do fungo. Geralmente é composta por elementos
microfibrilares insolúvel em água (quitina e glucanos), mergulhados em uma matriz
amorfa, constituídos de polissacarídeos solúveis em água. O conteúdo lipídico é
constituído de fosfolipídio e esteróis, encontrados na membrana plasmática, e
triglicerídeos presentes no citoplasma, os quais possuem função estrutural e energética,
respectivamente. Algumas espécies de fungos apresentam melanina em sua parede
celular, o que lhes confere uma resistência aos raios ultravioleta e a enzimas líticas
produzidas por outros microorganismos (tais fungos são chamados de dermáceos).
Membrana celular: Apresenta uma estrutura clássica, com uma dupla camada de
fosfolipídios, no qual estão dispersas proteínas e glicoproteínas (estrutura do mosaico
fluido).
Citoplasma: Apresenta algumas organelas, tais como: RE; aparelho de Golgi;
mitocôndrias e vacúolos, delimitadas por membranas de constituição semelhante as
membranas celulares. Outros elementos citoplasmáticos são: ribossomos e
microfilamentos associados a microtúbulos (constituem o esqueleto fúngico)
Núcleo: de menor tamanho, contendo uma quantidade relativamente menor de DNA,
com presença de algumas histonas e alguns detalhes pertinentes a divisão mitótica.
- Existe uma variação na composição química das células dos fungos, no entanto estas variações
dependem da fase de crescimento fúngico. Apesar dessas diferenças marcantes, a concentração
de DNA permanece constante.
- O DNA fúngico é encontrado principalmente na região nuclear, mas ele pode existir em outros
locais como mitocôndrias e plasmídeos.
- Os fungos também podem acumular lipídios como fonte de reserva de carbono. Os lipídios
podem se apresentar como cadeias alifáticas, as quais podem ser ou não saturadas e/ou ligadas
a carboidratos e Aa. Os lipídios alifáticos têm importância na prevenção da desidratação dos
esporos e na proteção contra temperaturas extremas. Já os derivados isoprenóis são substâncias
que intervêm no metabolismo secundário, na constituição da membrana, no crescimento e na
reprodução assexuada.
- As leveduras também se distinguem dos fungos filamentosos por apresentarem uma divisão
celular diferenciada, isto é, elas se dividem por brotamento simples; por brotamento-fissão ou
ainda por divisão binária.
Brotamento simples: em determinados locais da parede celular, observa-se região de
adelgaçamento (zonas de Buds), que favorecem a evaginação da parede, com o
aparecimento de um brotamento correspondente a uma nova célula fúngica, que fica
ligada a célula-mãe
Brotamento-Fissão: mecanismo idêntico ao brotamento simples, só que na etapa final,
a levedura recém formada destaca-se da célula-mãe, evoluindo na maturação biológica
até ficar do tamanho da célula que a originou.
Divisão binária: Uma célula dá origem a duas outras com a mesma característica.
Observa-se uma invaginação das paredes, resultando em uma zona de constrição
- Pseudo-hifas: achados importantes das leveduras. Formadas por brotamento simples, por
motivos ainda não muito bem elucidados. Algumas leveduras modificam os polissacarídeos da
sua parede celular, conferindo características estruturais de alongamento nas células, dando-
lhes o aspecto de “charuto”. O conjunto de pseudo-hifas é denomidado de pseudomicélio.
- A maioria dos fungos apresenta-se de uma forma filamentosa, que se caracteriza pela presença
de estruturas tubulares independente das condições de temperatura. Essas estruturas são
ramificadas e pluricelulares, mas os limites físicos interpostos entre uma célula e outra são
pouco precisos ou inexistentes. A maioria dos fungos apresentam septos, responsáveis pela
comunicação entre as estruturas contíguas, permitindo a passagem livre de citoplasma,
organelas e núcleos. Nos grupos dos septados, os septos estão em maior número e mais
próximos uns dos outros, e assim podem ser facilmente detectados em um campo visual da
microscopia óptica. Já aqueles fungos ditos não-septados, apresentam septo sim, porém, de
uma forma mais espaçada e de difícil visiualização.
- Quando as estruturas filamentosas sofrem um trauma, com perda de material celular, entram
em ação os Corpúsculos de Woronin, que tem a função de isolar a estrutura lesada do resto do
filamento fúngico, preservando a integridade estrutural do micélio.
- O crescimento da hifa é geralmente apical, não existindo alongamento das células intercalares.
- As colônias são uma forma de crescimento que podem ser observadas a olho nu. É constituída
de quatro zonas concêntricas: Zona periférica (mais externa, caracterizada pela presença de
ramificações monopodiais, simpodiais e dicotômicas); Zona de crescimento; Zona de frutificação
(crescimento da biomassa cessa, porem as estruturas de reprodução se fazem presentes) e a
região central (mais interna e mais antiga, onde o crescimento fúngico já cessou e está em franca
fase de declínio).
- Para diferenciar as espécies fúngica, deve-se avaliar características como padrão enzimático,
micromorfologia e necessidades nutricionais.
- A micromorfologia e o padrão enzimático são atributos fundamentais na diferenciação das
leveduras.
- No grupo dos dermatófitos, algumas vezes, faz-se necessário o uso das características
nutricionais para a correta diferenciação das espécies.
- As estruturas responsáveis pela diferenciação da maioria das espécies dos fungos filamentosos
são conhecidas por: estruturas de frutificação e estruturas de ornamentação:
Conídios esporos
- A célula conidiogênica é uma estrutura normalmente localizada na parte terminal de uma hifa,
com características morfológicas comuns apenas a uma espécie fúngica (ponto-chave na
diferenciação de fungos filamentosos).
- Na conidiogênese a hifa pode dar origem a dois tipos básicos de conídios: (1) tálico – utilização
da totalidade da célula conidiogênica para formação do conídio e (2) blástico – apenas um
brotamento da célula conidiogênica se diferencia para dar origem ao conídio propriamente dito.
- Os esporos são estruturas originadas das células esporogênicas que apresentam apenas um
tipo de processo de diferenciação, e tem como resultado a formação de uma estrutura
saculiforme, subdividida em: columela; esporângio; esporangiósporo; esporos propriamente
ditos.
CONIDIOGÊNESE: Os fungos que são origem a conídios tálicos formam em sua etapa final 03
tipos diferentes de conídios: ártrico; macroconídio e microconídio. Já os fungos que tem
conidiogênese do tipo blástica, formam 05 tipos diferentes: blastoconídio; simpodialoconídio;
poroconídio; fialoconídio e aneloconídio.
FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO: