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rn | ELETRONICA Teste e Kientificacao, de Transistores Chave de Toque’ Magica Oscilofone Eletrénico Década Resistiva sure - 7 @ / um receptor SUPER 4 para o hobista € o principiante iE) AGOSTO fio Mendes de Olvera Super 4... ‘ 2 Década Resistiva........... : 14 REVISTA SABER ; 5 ELETRONICA Oscilofone Eletrénico......... cesar rans ca Chave de Toque Magica ... é 32 paren C. Braga Py J. Laz Radio Controle .. 43 Be Cazarim W. Roth F : here Secdo do Leitor pel ABRIL. S. ae ; ‘ Peon Cultural © Teste e Identificacdo de Transistores 55 Tndustrial ery fio Mendes er vee ae He Se Separador de Sinais para AM-FM-PX . +41 Revista Saber GG) Curso de Eletronica - Licho 43. . 65 Ay ADMINISTRACKO Ee EN E PUBLICIDADE: BEM As. Dr. Carlos de Peet Gampos, 08 2159 (03028 -'S. Paulo - SP. ae Tel. 931497 ane CORRESPONDENCIA: Enderepar & a ne REVISTA SABER Capa - Foto do protétipo do ELETRONICA Caixa Postal, 50450 03028 - 8. Paulo - SP. Sas Qs artigos assinados sao de exclusiva responsabilidade de seus autores. E totalmente vedada a reproduedo total ou parcial dos textos ¢ ilustragoes desta Revista, bem como a industri lizagao e/ou comercializagio dos sparelhos ow legais, salvo mediante autorizacao por escrito da Ei NUMEROS ATRASADOS: Pedidos i Caixa Postal 50.450-Sa0 Paulo, a0 preco da altima ediglo em banca, mais despesas de postagem. SOMENTE A PARTIR DO NUMERO 47 (MAIO/16). Revista Saber Elotronica Os rAdios comerciais para a faixa de ondas médias apresentam, em geral, desempenhos excelentes quando compa- rados a qualquer rédio de montagem sim- ples ao alcance do estudante e do princ piante. Ao contrério do que muitos pen- sam, a dificuldade maior que se encontra para montar um rédio de tipo comercial nao est4 na obtencdo dos componentes ou na necessidade de técnicas especiais para se obter um conjunto compacto. A maior dificuldade reside na necessidade de uma série de ajustes que devem ser feitos segundo técnica e sequéncia bem definida € utilizando-se inclusive _instrumentos especiais Como o estudante e 0 amador novato nao tém acesso facil a tais instrumentos e no raro |hes falta a habilidade necesséria 2 realizacdo dos ajustes de ouvido, vé-se que a simples cépia ou descric&o de tais projetos & sempre problemética podendo levar os menos avisados a resultados desastrosos. Além disso, observamos que as técnicas de produg8o em massa de tais rddios fazem com que seus precos no mercado sejam tdo baixos que no total podem mes- mo ser inferiores ao que pagarfamos pelas pecas separadas necessdrias a sua monta- gem E por este motivo que sempre que fala~ mos em radios para principiantes optamos por versdes simplificadas que, mesmo com desempenho inferior 20 de um radio comercial satisfazem as principais necessi- dades dos estudantes e hobistas ou seja: — Usam componentes de baixo custo em quantidade que nao excede em custo ao prego de um radio comercial — Nao precisam de ajustes dificeis — Satisfazem a necessidade que muitos sentem de montar po si s6 seu préprio ré- dio. Mas, até onde um radio simples que néo tenha os mesmos recursos dos tipos comerciais pode ter um desempenho satis- fatorio? Um radinho simples pode ser seletivo, sensivel até certo ponto e apresentar mes- mo uma qualidade de audio satisfatria desde que cuidadosamente projetado e é isso que pretendemos mostrar aos leitores ccm este projeto Levamos entdo ao leitor um radinho que mesmo tendo apenas 4 transistores, e ndo empregando técnicas especiais, ainda assim apresenta excelente sensibilidade, boa seletividade e volume comparavel a um radio transistorizado comum. Simples de montar e alimentado por uma bateria de 9 V este radio tem um con- sumo de corrente muito baixo o que impli- ca em grande durabilidade para sua fonte de energia. O radinho pode ser montado numa caixa elaborada pelo proprio leitor, com os materiais de que dispuser. COMO FUNCIONA Na figura 1 temos um diagrama simplifi- cado deste receptor por onde analisare- mos seu funcionamento. j ee | sntowa 5 = e sa108 aweuFicacto] Jaw uiricxcho| AwPLiFicacio! ie FIGURA 1 O primeiro bloco representa a etapa de sintonia que é formada por uma bobina e um capacitor varidvel. A escolha destes dois componentes € importante porque deles dependerd a sensibilidade, a seletivi- dade e a faixa de frequéncias sintonizada pelo radinho. Assim, sugerimos ao leitor que confeccione esta bobina com cuidado seguindo rigorosamente nossas especifi- cagSes @ que procure um capacitor varid- vel que tenha as caracteristicas pedidas no texto. ‘Agosto/80. O que este circuito faz portanto é sepa- rar o sinal da estacdo que queremos ouvir dos sinais das outras estacées de sua loca~ lidade que chegam ao mesmo tempo ao radio. Para as estacdes locais mais fortes o radinho néo precisa de antena mas mesmo assim é incluido no projeto um ponto de ligacdo para uma antena externa que per- mitira a captagdo de estagdes mais fracas se 0 leitor morar em local distante das mesmas. Uma antena de 5 ou 6 metros ou mesmo um pedaco de fio esticado podem perfeitamente permitir 2 captacdo destas estacdes distantes durante a noite, princi- paimente, com bom volume no alto-falan- te. Lembramos aos leitores que em locais muito isolados, distantes mais de 100 km das estagdes, s6 mesmo durante a noite 6 que se pode ter uma boa recepedo das mesmas. (figura 2) a bfSciox (20 RACION FIGURA 2 A segunda etapa mostrada no circuito consta basicamente de um transistor que além de fazer a deteccdo do sinal de RF também o amplifica de modo que na sua saida temos um sinal de audio correspon- dente ao som da estacao jé com boa inten- sidade. O sinal de dudio retirado desta etapa passa para uma etapa de amplificagéo que 6 formada pelo segundo transistor do cir- cuito. Veja que o sinal é retirado do emis- sor do primeiro transistor sendo entéo levado a base do segundo transistor, con- forme mostra a figura 3. FIGURA 3, Amplificado nesta segunda etapa o sinal 6 levado a terceira etapa de amplificacdo do radio onde também temos 0 controle de volume. Este controle de volume (con- jugado ao interruptor geral) consiste num potenciémetro que determina a quantida- de do sinal amplificado na etapa anterior que passa para a etapa seguinte. O sinai obtido nesta etapa de amplifica- 80 ainda nao tem intensidade suficiente para excitar um alto-falante. Temos entao mais uma etapa de amplificacdo de sinal que € a etapa de saida que tem por el mento bisico 0 quarto transistor do circui- to. O sinal entra pela base do transistor e & retirado de seu coletor sendo aplicado ao enrolamento primario de um transforma- dor de safda. No enrolamento secundério deste trans- formador € ligado 0 alto-falante que 60 elemento final do circuito. Nele os sinais elétricos s40 transformados em som. A ali- mentacdo para todas as etapas ativas des- te radio vém da bateria de 9V. OS COMPONENTES Conforme citamos na introducdo este radio se diferencia dos tipos comerciais por diversos aspectos sendo o primeiro o que se refere a ndo necessidade de ajus- tes, @ 0 segundo pelo baixo custo dos com- ponentes usados. Se bem que os componentes sejam comuns e possam mesmo em alguns casos serem aproveitados de aparelhos velhos que o leitor possua alguns cuidados devem ser tomados em relagdo a alguns outros, principalmente os que devem ser elaborados pelo proprio montador como a bobina de antena. Daremos entio algumas_ indicacdes sobre os componentes usados para que 0 Ieitor ndo tenha dividas em relacdo a sua obtengo. a) Bobina: este sem duvida, ¢ 0 compo- nente mais critico, devendo ser enrolado pelo proprio leitor. Pode-se usar no caso fio esmaltado 26 ou 28 AWG (obtido de velhas bobinas ou transformadores ou adquirido) ou entéo fio de capa plastica fina, do tipo empregado nos aparelhos transistorizados. Este fio fino permite a realizacdo de uma bobina com aproxima- damente 11 voltas por centimetro. Esta bobina, conforme mostra a figura 4 é feita sobre um bastdo de ferrite de apro- ximadamente 1 cm de diémetro com pelo menos 12 cm de comprimento. (0 tama- nho do bastao pode variar de 12 4 25 cm, sem problemas e os bastées maiores séo melhores). Para confeccionar a bobina enrole entao 80 voltas de fio, fazendo uma derivacio, e depois de 10 a 15 voltas a mais. Se usar Revista Saber EletrOnica Os rédios comerciais para a faixa de ondas médias apresentam, em geral, desempenhos excelentes quando compa- rados a qualquer radio de montagem sim- ples 20 alcance do estudante e do princi- piante. Ao contrério do que muitos pen- sam, a dificuldade maior que se encontra para montar um radio de tipo comercial no esté na obtencdo dos componentes ou na necessidade de técnicas especiais para se obter um conjunto compacto. A maior dificuldade reside na necessidade de uma série de ajustes que devem ser feitos segundo técnica e sequéncia bem definida e utilizando-se inclusive instrumentos especiai Como 0 estudante e 0 amador novato nao tém acesso facil a tais instrumentos e no raro |hes falta a habilidade necesséria a realizacdo dos ajustes de ouvido, vé-se que a simples cépia ou descricéo de tais projetos é sempre problemética podendo levar os menos avisados a resultados desastrosos. Além disso, observamos que as técnicas de producdo em massa de tais rédios fazem com que seus precos no mercado sejam to baixos que no total podem mes- mo Ser inferiores ao que pagariamos pelas pecas separadas necessdrias a sua monta- gem E por este motivo que sempre que fala- mos em radios para principiantes optamos por versdes simplificadas que, mesmo com dades dos estudantes e hobistas ou seja: — Usam componentes de baixo custo em quantidade que nao excede em custo ao prego de um radio comercial Nao precisam de ajustes dificeis — Satisfazem a necessidade que muitos sentem de montar po si s6 seu proprio ré- dio. Mas, até onde um rddio simples que nao tenha os mesmos recursos dos tipos comerciais pode ter um desempenho satis- fatorio? Um radinho simples pode ser seletivo, sensivel até certo ponto e apresentar mes- mo uma qualidade de audio satisfatoria desde que cuidadosamente projetado e é iss0 que pretendemos mostrar aos leitores ccm este projeto Levamos entdo ao leitor um radinho que mesmo tendo apenas 4 transistores, e ndo empregando técnicas especiais, ainda assim apresenta excelente sensibilidade, boa seletividade e volume comparavel a um radio transistorizado comum. Simples de montar e alimentado por uma bateria de 9 V este radio tem um con- sumo de corrente muito baixo o que impli- ca em grande durabilidade para sua fonte de energia. O radinho pode ser montado numa caixa elaborada pelo proprio leitor, com os materiais de que dispuser. COMO FUNCIONA Na figura 1 temos um diagrama simplifi- cado deste receptor por onde analisare- desempenho inferior ao de um rddio comercial satisfazem as principais necessi-. mos seu funcionamento. entoma] —arreasZol —punciicaco| —fauriticaczo} —| S04 a "Contmoue OE FIGURA 1 O primeiro bloco representa @ etapa de sintonia que é formada por uma bobina e um capacitor varidvel. A escolha destes dois componentes 6 importante porque deles dependera a sensibilidade, a seletivi dade e a faixa de frequéncias sintonizada pelo radinho. Assim, sugerimos ao |eitor que confeccione esta bobina com cuidado seguindo rigorosamente nossas especifi- cages e que procure um capacitor varid- vel que tenha as caracteristicas pedidas no texto. ‘Agosto/80. O que este circuito faz portanto 6 sepa- rar o sinal da estacdo que queremos ouvir dos sinais das outras estacées de sua loca~ lidade que chegam ao mesmo tempo ao radio. Para as estagbes locais mais fortes o radinho ndo precisa de antena mas mesmo assim ¢ incluido no projeto um ponto de ligacdo para uma antena externa que per- mitira a captagdo de estagdes mais fracas se 0 leitor morar em local distante das mesmas. Uma antena de 5 ou 6 metros ou mesmo um pedaco de fio esticado podem perfeitamente permitir a captacdo destas estagGes distantes durante 4 noite, princi- palmente, com bom volume no alto-falan- te. Lembramos aos leitores que em locais muito isolados, distantes mais de 100 km das estacdes, s6 mesmo durante a noite 6 que se pode ter uma boa recepcdo das mesmas. (figura 2) ho ce wvoN in, mi oF ‘soLADaR x es E> Se eo Ne ereee A segunda etapa mostrada no circuito consta basicamente de um transistor que além de fazer a deteccdo do sinal de RF também 0 amplifica de modo que na sua saida temos um sinal de audio correspon- dente ao som da estagao jé com boa inten- sidade. O sinal de dudio retirado desta etapa passa para uma etapa de amplificac3o que 6 formada pelo segundo transistor do cir- cuito. Veja que o sinal é retirado do emis- sor do primeiro transistor sendo entéo levado a base do segundo transistor, con- forme mostra a figura 3. FIGURA 3 Amplificado nesta segunda etapa o sinal 6 levado a terceira etapa de amplificacéo do radio onde também temos o controle de volume. Este controle de volume {con- jugado ao interruptor geral) consiste num potenciémetro que determina a quantida- de do sinal amplificado na etapa anterior que passa para a etapa seguinte O sinal obtido nesta etapa de amplifica- cAo ainda nao tem intensidade suficiente para excitar um alto-falante. Temos entdo mais uma etapa de amplificacdo de sinal que é a etapa de saida que tem por ele- mento bésico o quarto transistor do circui- to. O sinal entra pela base do transistor e & retirado de seu coletor sendo aplicado ao enrolamento primario de um transforma- dor de saida. No enrolamento secundério deste trans- formador é ligado 0 alto-falante que é 0 elemento final do circuito. Nele os sinais elétricos sao transformados em som. A ali- mentacdo para todas as etapas ativas des- te rédio vém da bateria de 9V. OS COMPONENTES Conforme citamos na introducdo este radio se diferencia dos tipos comerciais por diversos aspectos sendo o primeiro 0 que se refere a nao necessidade de ajus- tes, e 0 segundo pelo baixo custo dos com- ponentes usados. Se bem que os componentes sejam comuns e€ possam mesmo em alguns casos serem aproveitados de aparelhos velhos que o leitor possua alguns cuidados devem ser tomados em relacdo a alguns outros, principalmente os que devem ser elaborados pelo proprio montador como a bobina de antena. Daremos entio algumas indicacdes sobre os componentes usados para que 0 Ieitor ndo tenha diividas em relacdo a sua obtengdo. a) Bobina: este sem duvida, 6 0 compo- nente mais critico, devendo ser enrolado pelo proprio leitor. Pode-se usar no caso fio esmaltado 26 ou 28 AWG (obtido de velhas bobinas ou transformadores ou adquirido) ou entdo fio de capa plastica fina, do tipo empregado nos aparelhos transistorizados. Este fio fino permite a realizacdo de uma bobina com aproxima- damente 11 voltas por centimetro. Esta bobina, conforme mostra a figura 4 6 feita sobre um bastdo de ferrite de apro- ximadamente 1 cm de diémetro com pelo menos 12 cm de comprimento. (0 tama- nho do bastao pode variar de 12 a 25 cm, sem problemas e os bastdes maiores séo melhores). Para canfeccionar a bobina enrole entéo 80 voltas de fio, fazendo uma derivacdo, e depois de 10 a 15 voltas a mais. Se usar Revista Saber EletrOnica fio esmaltado, raspe o fio com uma faca nos pontos de soldagem para garantir um perfeito contacto elétrico. FIGURA 4 b) Variével: 0 capacitor variével usado nesta montagem admite uma tolerancia muito grande de valores. O tipo original- mente usado é 0 miniatura de radio porté- til, conforme mostra a figura 5, o qual pode inclusive ser aproveitado de rédios aban- donados. Se o leitor ndo fizer questéo de uma montagem compacta pode também usar um varidvel grande conforme mostra a figura 6. Neste caso, o varidvel pode ser de 1 ou 2 secdes, sendo utilizada apenas uma delas no segundo caso. Este varidvel pode serde 260 4410 pF, sem problemas de funcionamento no r&dio. vasecbes m2 TNO PROUETO FODEM SER USADAS AS DUA FIGURA 5, tsmouo! es OU UMA sd, FIGURA 6 Cuidado para néo usar variéveis de FM que por sua capacitancia menor no per- ‘Agosto/80 mitem uma boa cobertura da faixa de ondas médias. c) O transformador de saida é também um componente importante desta monta- gem pois deste componente dependerd a qualidade de some o volume obtido. Deve ser usado um transformador miniatu- ra para 10 ou 20 mW (transisto- res OC71 ou equivalentes) com uma impedancia de primario superior a 200 ohms. O secundério deste transformador deve ser de 8 ohms, ou seja, de acordo com 0 alto-falante usado. Vocé pode apro: veitar neste caso um transformador de sai da de radio transistorizado velho, obser- vando que ele estaré ligado ao alto-falan- te. Cuidado para nao usar por engano um transformador driver que nao serve no caso d) Transistores: os transistores empre- gados na montagem do protétipo sao do tipo BC548_ mas sdo diversos os equiva- lentes diretos que podem ser usados. S40 eles os BC547, BC238, BC237, etc. Existem entretanto equivalente de invé- lucros diferentes que podem ser usados desde que o leitor identifique seus termi- nais. Dentre os tipos desta categoria cita- mos os BC107, BC108 e todos os NPN de uso geral de silicio. e) O potenciémetro usado como contro- le de volume é de 10k com chave, tipo que é utilizado nos radios comerciais transisto- rizados e que portanto nao oferece dificul- dade para ser conseguido. O leitor pode mesmo aproveitar este componente de velhos radios. Se tiver um potenciémetro sem chave, pode utilizar para ligar e desligar o rdio uma chave separada. f] 0 alto-falante usado no protétipo é do tipo miniatura de 5 ou 6 cm com impedan- cia de 8 ohms, ja que a caixa usada na montagem é bastante reduzida. Se o leitor nao fizer questo de tamanho para o radio, pode usar um alto-falante maior, obtendo com isso inclusive melhor qualidade de som. Um alto-falante de 10 cm por exem- plo, permite obter excelente volume e qualidade de som. g) Os resistores usados séo todos de 1/8W com tolerancia de 10%, mas resisto- res de maior dissipacdo e mesmo com outras toler&ncias podem também ser usa- dos j4 que 0 circuito nao é critico. O leitor pode inclusive aproveitar estes resistores de velhos radios, h] Capacitores: dois tipos de capacitores sdo usados neste radio. Os de valor inferior a 1 uF podem ser de cerémica ou de poliester com tensao de trabalho minima de 50V, sendo seus valores marcados dire- tamente em seus invélucros ou dados por cédigos de cores. Os eletroliticos deve ter uma tensao minima de trabalho de 9V, e seus valores sdo os citados na lista de material. O leitor também pode aproveitar estes componentes de velhos aparelhos desde que verifique antes seu estado j4 que principalmente os eletroliticos séo os mais sujeitos a deterioracao pelo tempo. urd? raLANTE LIGA VOLUME FIGURA 7 Fios, solda, poreas e parafusos comple- tam o material usado. MONTAGEM Em funcdo dos recursos de cada leitor, damos duas versées para a montagem deste rédio. Para os que sabem confeccionar placas de circuito impresso e possuem © laboratorio para isso, temos a verso que permite 0 menor tamanho possivel para o radio. Para os que nao tem muitos recur- 808 € que dispdem apenas de um ferro de soldar além de outras ferramentas auxilia- res, a versio recomendada é em ponte de terminais. Com esta versdo o tamanho do radio ndo seré t2o pequeno mas mesmo assim ele poderé ser instalado em uma caixa de 15 x 5 x 7 cm aproximadamente, sem problemas. 6 i) Temos finalmente os componentes acessérios que admitem diversas varia- des em funcdo da montagem escolhida O conector da bateria, a ponte de termi nais ou placa de circuito impresso , o bor- ne de ligac3o da antena externa (se usada) @ os knobs s&0 componentes mais ou menos fixos. A caixa tem suas dimensées escolhidas segundoa vontade do leitor sen- do nossa sugestdo mostrada na figura 7. Esta caixa pode ser de plastico ou madeira sendo as dimensées para um alto-falante de 5 cm. Para um alto-falante maior evidente- mente, as dimensdes da caixas devem ser alteradas. assem Para a soldagem dos componentes na placa de circuito impresso ou na ponte de terminais use um ferro pequeno (maximo de 30W) de ponta fina e solda de boa qualidade. Para ajud4-lo no trato dos com- ponentes e na realizacdo de outras opera- @6es use um alicate de corte lateral, um alicate de ponta fina, uma chave de fendas e uma lamina (de barbear ou canivete). Comece 0 projeto adquirindo todos os componentes, e em funcdo de suas dimen- sdes se optou pela versio em placa de cir- cuito impresso faga seu desenho. Em fun- dodo tamanho dos componentes monte a caixa que alojara o radio. Na figura 8 temos entdo o diagrama completo do rédiocom os valores doscom- ponentes usados ¢ sua identificacdo. Na figura 9 temos a versdo em ponte de ter- minais coma disposi¢ao dos componentes. Siga rigorosamente esta disposi¢do, prin- Revista Saber Eletronica cipalmente no que se refere ao comprimen- to dos fios pois pelo contrario podem ocor- aren rene, So ou orn oe FIGURA 8 ANTENA (CASO 00 VARIAVEL AKO CoB TODA rer oscilagées no circuito que afetardo seu funcionamento. FIGURA 9 Na figura 10 temos a placa de circuito impresso em tamanho natural por onde o leitor deve basear-se para sua confecodo. A sequéncia de operacées para a mon- tagem que sugerimos garantiré 0s menos experientes um desempenho perfeito para © seu radio. Observe que alguns compo- nentes tém polaridade certa para ligacdo, Agosto/8a ou seja, possuem polos positivos e negati- vos que devem ser ligados de modo cot-e- to. Uma inverséo destes componentes pode prejudicar o funcionamento do radio. a) Em primeiro lugar monte a bobina segundo as instrucdes dadas na parte refe- rente a obtencdo do material e solde seus terminais na ponte se esta for sua versdo. 7 Se sua versio for em placa deixe a solda- gem da bobina por tltimo por ser esta grande a ponto de dificultar o manuseio da placa. Raspe bem os fios nos pontos de soldagem se estes forem esmaltados. b) Solde os transistores (Q1 a Q4) observando sua posicéo que é dada pela ¢] Solde os resistores observando que os valores sio dados pelos anéis coloridos. Veja na lista de material a cor de cada resistor tomando cuidado para no fazer trocas ou inversdes que poderiam prejudi- car o funcionamento do rédio. Os resis- tores nao séo polarizados ou seja, ndo é pre- ciso observar a posicao dos anéis. d) Solde os capacitores ceramicos, ou de poliester observando seus valores segundo a liste de material. Veja que no caso dos capacitores de poliester seus parte chata de seu invélucro. Esta parte chata fica voltada para cima na montagem em ponte de terminais. Na versdo em pla- ca veja como séo colocados os componen- tes em questo pela figura. A soldagem dos transistores deve ser feita rapidamente para que o calor desenvolvido no processo no os estrague. FIGURA 10 valores so dados pelas faixas coloridas pintadas em seu corpo. Faca a soldagem destes componentes rapidamente jé que o calor do ferro pode facilmente danificd-los. Estes componentes também néo sao pola- rizados. e) Solde os capacitores eletroliticos observando que estes componentes sdo polarizados. Veja no corpo do componente a marcacdo de seu polo (+) ou (-) fazendo a sua montagem segundo 0 desenho para haver correspondéncia de polaridade. Sol- Revista Saber Eletronica de-os rapidamente porque o calor em excesso também pode afeté-los. f) Se sua montagem for em ponte de terminais a préxima etapa seré a realiza- co das interligacdes com fios entre alguns pontos da ponte. Estas interligacées devem ser feitas com fia rigido ou fiexivel de capa plastica os mais diretos possiveis. Fios muito longos nestas interligagées podem fazer com que 0 radio oscile apare- cendo entéo no alto-falante rufdos que prejudicam seu funcionamento. Procure manter tanto os fios como os terminais dos componentes do mesmo modo que o mostrado na figura. g) Tanto para a montagem em ponte como em placa a proxima etapa consiste na fixacéo do capacitor varidvel, do alto- falante e do potenciémetro na caixa. A fixagdo destes componentes dependeré de seu tipo e também do material usado na confeccdo da caixa. Para o potenciémetro a fixacdo 6 simples pois pode ser usada a porca de seu eixo. No caso do variével, se por meio de parafusos sua fixacdo se torna dificil o lei- tor pode usar cola. No caso do alto-falante temos trés possibilidades: uso de parafu- sos com porcas; bracadeiras ou entao sua colagem direta no painel. h) Com os componentes do item ante- rior fixados podemos fazer sua interligacdo a ponte ou placa de circuito impresso usando para esta finalidade fio flexivel fino de capa plastica. Estes fios devem ser os mais curtos possiveis, principalmente no caso do varidvel, mas néo devem impedir a movimenta¢ao ou acesso as pecas. rennre Es FIGURA 11 i) A fixacdo da ponte de terminais ou placas de circuito impresso pode ser feita na tampa traseira por meio de porcas e Agoste/a0. parafusos e a bobina segura em posicéo por meio de lacos feitos com fios comum. (figura 11) j) Termine a montagem com as ligagdes do conector da bateriae da ligagdo da ante- na externa. Antes de colocar o conectorna bateria, confira todas as ligagdes principalmente dos transistores verificando se todos rece- bem alimentacdo ¢ se existe percurso para © sinal. Estando tudo em perfeita ordem voc8 pode fazer uma prova de funcionamento no seu radinho. PROVA E USO Se na sua cidade existirem estacdes for- tes voc8 nao precisaré de antena externa para @ prova e para o uso. Se vocé morar longe de estacdes seré conveniente usar uma antena externa. Esta pode variar entre um simples pedaco de fio de 4 ou 5 metros esticado ¢ ligado na entrada do ré- dio até um fio maior suspenso com isola- dores entre dois mastros com 10 ou mais metros. Ligue o radio apés colocar a bateria no conectore a abra todo o volume. Gire 0 varidvel até sintonizar a estato de sua localidade. Se a estacao entrar fraca, mude de posicao 0 radio até obter melhor volume. Veja que a posicéo da bobina de ferrite em relacéo a estacéo influi na sensi- bilidade. Se a estac&o for muito forte pode haver saturacdo do circuito o que seré caracteri- zado por uma pequena distorcéo do som. Neste caso bastara que oleitor desloque o varidvel ligeiramente para fora da sintonia para obter a melhor qualidade de som. Alguns problemas podem ocorrer em vista de montagem deficiente ou de com- ponentes fora de especificagdes. Estes sao os seguintes: 1. 0 rédio n&o cobre toda a faixa de ondas médias ou mesmo nao sintoniza mais do que 1 ou 2 estagées mesmo na sua cidade havendo muitas delas. Verifique se 0 varidvel no é excessivamente peque- no nao cobrindo toda a faixa. Para fazer esta prova basta ligar em paralelo com ele capacitores de 100 a 470 pF verificando se isso causa mudancas de comportamen- to. Troque o varidvel se dispuser de outro para prova. 2. O rddio apita, oscila emitindo rufdos pelo alto-falante. Este problema se deve a realimentacées. Procure encurtar os com- primentos dos fios de interligacdo entre os componentes e mesmo os terminais de alguns componentes. 3. 0 radio toca muito baixo. Este proble- ma se deve ao transformador de saida impréprio, com impedancia de_primério muito baixa prejudicando a sensibilidade. 4. 0 radio néo pega as estacées da faixa inferior (perto de 540 kHz) mesmo com um variavel normal. Neste caso vocé deve aumentar o ndmero de voltas da bobina. Q1, 02, 03, O4- transistores BCSAS valenies L1- bobina de antena (ver texto) TI - transformador de saida para transistores (ver texto) FTE - alto-falante de 8 ohms 5 i 10 cm C1 ~ capacitor variével miniatura para ondas médias €2- 10 pF x 12 V - capacitor eletrolitico C3 - 100 pF = capacitor ceramico C4- 1 uk x 12 V - capacitor eletrolitico 5-10 nF 01 0,01 uF - capacitor cerdmico ou de poliester C6 - 22 WF x 12 ¥ - capacitor eletrolitico C7 - 22 nF ou 0,022 pF = capacitor de poltester ou ceramica C8 - 22 uF x 12 V - capacitor eletrolitico C9 ~ 220 wF x 12 V - capacitor eletrolitico RI - 100k x 1/8W - resistor (marrom, preto, amarelo} ou equi LISTA DE MATERIAL R2- 1k x 1/8W- resistor (marrom, preto, melho) R3~ 15k x 1/8W - resistor (marrom, verde, la~ anja) R4 - 4,7M x 1/4W - resistor (amarelo, violeta, verde) RS - 10k - potenciémetro com chave R6,R7-22kx 1/8 W-resistor|vermelho, vermelho, laranja) R8-10k x 1/8W - resistor (marrom, preto, la~ ranja) RO - 330R x 1/8W - resistor (laranja, laranja, marrom) er Diversos: ponte de terminais ou placa de circut- to impresso, conector para bateria de 9V, cat- xa, parafusos, porcas, fios, solda, terminal an- lena/terra, knob para 0 potenciémetro, bastao de ferrite, fio esmaltado, ete. 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Postal 11975 - CEP 01000 - SP - Capital Peco que me enviem, inteiramente gris Nome Folhoto informative do curse do ‘Técnico em TV a cores Code Folheto informative do curso de Técnico em EletrodomSsticos 10 Endereco so sces Estado Gredeneiado pelo Conselho Federal de Méo-de-Obre n? 192, Revista Saber Eletrénica Voce tem em sua hancada resistores de todos os valores possiveis para fazer experién- cias com seus projetos? Se a sua resposta é negativa eis agui um simples projeto que, usan- E claro que nenhum leitor pode ter um estoque de 999 999 resistores de valores diferentes somente para experimentar em seus Circuitos de modo a obter o melhor funcionamento possivel. Do mesmo modo sabemos que nao é tarefa simples ter que soldar e dessoldar dezenas de vezes um resistor experimental até se obter o de valor que permite um melhor funciona- mento, principalmente se a montagem for em placa de circuito impresso pois neste caso, depois de algumas soldagens a placa tende a ter o cobre desprendido, estragan- do-se. Com 0 circuito que propomos ao leitor temos a possibilidade de obter qualquer resisténcia entre 0 e 999 999 ohms para 14 do poucos resistores combinados permite obter qualquer resistencia entre | € 999 999 ohms com facilidade, Newnan 6. Sage experiéneias que permitam encontrar um valor ideal para um circuito. A resisténcia apresentada pelo circuito é obtida por meio de chaves comutadoras sendo a leitura do seu valor feita direta- mente pela posicdo dessas chaves, com a maior facilidade. Como a “década resistiva” ¢ um aparelho totalmente passivo, ou seja, ndo precisa de alimentacdo, seu uso é tremen- damente simples, muito mais simples do que a experimentacdo direta de resistores diretamente num circuito. Para 0 técnico que se vé sempre as vol- tas com resistores com marcacéo apaga- da; para o projetista que precisa estabele- cer experimentalmente o melhor valor de Revista Saber EletrOnica um resistor para 0 desempenho perfeito de seu aparelho; para o amador, estudante e mesmo profissional que gosta de fazer suas experiéncias praticas e que sente difi- culdade em obter os melhores valores de resisténcias de polarizacdo e carga, eis aqui um aparelho que ndo pode faltar em sua bancada, COMO FUNCIONA Para obtermos resisténcias de 0 a 999kohms em passos de 1 ohm, ou seja, variando a resisténcia de 1 em 1 ohm, nao precisamos na realidade, de 999999 resisténcias diferentes. (figura 1) “SHE. | 999 999 é | FIGURA t Coma ajudade chaves seletoras de 10 po- si¢des podemos usar o sistema de décadas de tal modo que os resistores podem ser combinados exatamente como os algaris~ mos de um ntimero permitindo assim que, pela sua posic%o tenhamos um peso dife- rente na resisténcia final obtida. Assim, se conforme mostra a figura 2 ligarmos na primeira chave resistores de 1 ohm, para cada passo da chave ligaremos um resistor a mais no circuito e teremos 1 ohm a mais na resisténcia entre os extre- mos deste circuito. Na posi¢do 0 a chave estar ligada diretamente e @ resisténcia seré 0 ohm; na posicao 1 a chave colocaré no circuito uma resisténcia e teremos 1 ohm de resisténcia; na posicdo 2 serdo colocadas duas resisténcias € teremos 2 ohms. Sucessivamente podemos colocar até 9 resisténcias, obtendo-se assim a Agosto/30 variagdo de 0 a 9 ohms com esta chave Se entdo tivermos uma segunda chave, conforme mostra a figura 3, ligada em série com a primeira mas colocando resis- téncias de 10 ohms no circuito teremos uma possibilidade de variacéo maior. Do mesmo modo, se esta segunda cha- ve estiver na posigao 0 teremos uma resis- t6ncia nula; se a chave estiver na posigdo 1 teremos 10 ohms; na posigdo 2, 20 ohms e assim por diante até 90 ohms na Ultima posicdo. Como as duas chaves esto ligadas em série, a resisténcia obtida no total sera a soma das resisténcias fixadas pelas cha- ves. FIGURA 2 Se a primeira chave, que pode ser cha- mada das unidades ou X1 estiver na posi- co 2, e a segunda chave que pode ser chamada das dezenas ou X10 estiver na posicdo 5, teremos uma resisténcia de 53 ohms no circuito Perceba 0 leitor que pela combinacdo das posicées dS duas chaves podemos obter resisténcias de 0 4 99 ohms. Para obtermos resisténcias maiores numa faixa de variacdo mais ampla portan- to, temos de acrescentar mais chaves. A chave das centenas ou X100 terd resistén- cias de 100 ohms em cada passo; a chave dos milhares ou X1k tera resisténcias de 1k em cada passo; a chave das dezenas de milhares tera resisténcias de 10k e finalmente a chave das centenas de milha- res ou X100k ter resisténcias de 100k. Se a posicdo das chaves for entao: X100k 5 x10k 3. X1k 2 x100 oO x10 0 x1 oO A resisténcia apresentada pela “caixa” seré de 532 000 ohms ou 532k 16 1" 18 18 we ww ® 18 18 ae onto oR tor. 0R_20R_~S ORR 08 J FIGURA 3 Com 6 chaves em questéo podemos obter resisténcias de 0 a 999 999 ohms. E claro que se o leitor pretender atingir resis- téncias maiores pode utilizar uma ou duas chaves a mais indo entéo a 9 999 999 ohms ou mesmo 2 99 999 999 ohms. Pode também acrescentar uma chave de “fracdo de ohm” com resisténcias de 0,1 ohm mudando o passo de 1 ohm para 0,1 ohm obtendo entdo resisténcias de 0 ohm 4 999 999.9 ohms. OBTENCAO DO MATERIAL Em principio a montagem de uma caixa de resisténcia é bastante simples, mas um ponto importante deve ser mencionado em relacdo a obtencao dos componentes: da qualidade e da tolerancia dos resistores usados dependeré a precisdo da resistén- cia obtida. Para as aplica¢ées comuns os resistores usados normaimente tem tolerdncias de 10% ou 20%. Estas tolerincias ndo se aplicam a uma caixa de resisténcias j4 que isso comprometeria a leitura na posi¢do das chaves. Se usarmos resisténcies de 10% e a resisténcia fixada for por exemplo, 93 254 ‘ohms, a cifra 3 254 nao tem valor nenhum pois é totalmente incerta em nosso caso pois 10% de 93 254 ohms representam muito mais do que 3 254 ohms! Para as aplicacdes profissionais as cai- xas de resisténcias devem ter resistores com tolerancias de 5%, 2% ou mesmo 1%. Para o experimentador 5% jé 6 0 suficiente 16 para se obter resultados satisfatérios nas aplicacées préticas j4 que, ndo sera facil ‘obter em nosso mercado resistores de 2% ou mesmo 1% de tolerncia e se isso ocor- rer seu custo j4 comecaré influir no projeto de modo acentuado. Em suma, os resistores usados na mon- tagem devem ter 5% ou menos de toleran- cia e serem de boa qualidade. A dissipacao dos resistores também é importante em vista da corrente que os mesmos devem suportar quando em fun- cionamento num circuito de prova. Veja entdo que nao é vantagem colocar todos os resistores da maior poténcia possivel pois existirdo alguns que nao vao precisar ‘operar no seu limite, Os resistores do inicio de escala sio os que em geral precisam ter maior dissipa- cdo e essa indicacdo é dada na lista de material. As chaves podem seF rotativas de 1 pélo x 10 posicdes as quais podem ser encon- tradas com facilidade em nosso mercado. Para a montagem pode ser usada uma caixa de qualquer material, se bem que os leitores que costumam fazer experimenta- ges em circuitos de dudio devam preferir caixas metdlicas. Ligadas @ massa ou chassi do aparelho em experimentagdo estas caixas funcionam como blindagem evitando assim a captagdo de zumbidos. MONTAGEM Comece preparando a caixa que pode ter as dimensdes sugeridas na figura 4 Revista Saber Eletr6nica FIGURA 4 Faca a furacdo das 6 chaves, dos dois bor- nes de ligacdo das resisténcias e também do borne de ligacdo a massa se sua caixa for de metal Fixe as chaves em posicdo, tomando cuidado para alinhé-las segundo a marca- eGo do painel. (esta marcagao pode ser fei ta com simbolos auto-adesivos, por exem- plo). De acordo com o diagrama da figura 5 solde os resistores nas chaves observando suas dissipagées. Veja que o resistor colo- cado no circuito na primeira posic¢do de cada chave 6 0 de maior dissipacdo. Temos entdo resistores de 2W, 1W ec 1/2W. Veja na figura 6 como devem ser soldados estes componentes. Como os resistores so ligados direta~ mente as chaves seguros por seus proprios terminais nao serd preciso usar ponte de terminais, placa de circuito impresso ou qualquer outro recurso. Terminada a montagem dos resistores, faca a interligacdo das chaves usando fio flexivel de capa plastica (cabinho), e tam bém a ligacdo aos bornes. Os fios devem ser diretos e sua solda- gem deve ser perfeita para que maus con- tactos nao venham introduzir resisténcias extras no circuito afetando assim o funcio- namento da caixa. Terminada a montagem vocé pode veri- ficar facilmente seu funcionamento com a ajuda de um multimetro. Basta ligar o mul- timetro aos bornes e fixar uma determina- da resisténcia pelas chaves. O multimetro Agosto/20. na escala de resisténcias conveniente deve marcar o valor fixado. COMO USAR A DECADA RESISTIVA Para usar a “década resistiva~ exis- tem diversas Possibilidades em funcdo do que o leitor pretender. A primeira possibilidade é mostrada na figura 7. Nela pretende-se determinar o melhor valor para R1 que permita um fun- cionamento da etapa de saida de um pequeno amplificador. Basta ligar ao ponto indicado os bornes da caixa e entdo experimentalmente alte- rar-se a resisténcia apresentada até se obter o valor desejado. Depois é sé desli- gar a caixa e colocar no circuito um resis- tor fixo de valor comercial 0 mais préximo do obtido experimentalmente. Por exemplo, se vocé obteve experimen- talmente 11 500 ohms, o valor mais proxi- mo usado seré de 12k. A segunda possibilidade 6 mostrada na figura 8 em que a caixa de resisténcias é usada numa ponte de wheatstone para se determinar uma resisténcia desconhecida 0 indicador de nulo pode ser seu proprio multimetro na escala mais baixa de tensdo € a fonte de energia uma bateria de 3 ou 6 V (pilhas comuns). Os resistores R1 e R2 devem ter exata- mente o mesmo valor, de preferéncia sen- do usados tipos de 5% de tolerancia ou "7 Sa Siw Bi ~~ a s ee Lg 3 te 3, ae ge i es o— al FF 3 : rg eg ee ese ee [= 33.2 a — ah PR ory ae ee Revista Saber Eletronica FIGURA 6 eee 830 de 1k para medidas de 200 ohms até 2k; de 10k para medidas de 2k até 20k: de 100k para medidas até 100k. 0 procedimento é o seguinte: coloque o resistor de valor desconhecido no ponto indicado na figura 8 e ajuste a caixa de resistncias até que o multimetro indique 0 (nulo). Quando isso acontecer a resistén- cia apresentada pela caixa seré a mesma que o resistor desconhecido tem. FIGURA 7 micrinerao FIGURA 8 Para maior preciséo use resistores de até 100 ohms em R1 @ R2 para medir resisténcias de até 200 ohms; resistores Agosto/80 LISTA DE MATERIAL 6 chaves de 1 pélo x 10 posigées - rotativas t boric: Grae * Resistores: 1 ohim: I de 2W-2 de We 6 de 1/2W-5% (mar rom, preto, dourado, dourado) 10 ohms: i de 2W- 2 de 1W-6 de 1/2W- 5% (marrom, preto, preto, dourado) 100 ohms. I de 2W- 2 de IW- 6 de 1/2W- 5% (marrom, preto, marrom, dourado) Tk: 1 de 2W-2 de 1W-6 de 1/2W-5% (marrom, preto, vermelho, dourado) 10k: 1 de 2W-2 de IW-6 de 1/2W- 5% (mar- rom, preto, laranja, dourado) 100k: 1 de 2W-2 de IW-6 de 1/2W- 5% (mar- rom, preto, amarelo, dourado) Diversos: fios, solda, caixa para montagem, borne de ligagdo a terra, knobs para as chaves, etc. 19 Newton C. Brage O simples instrumento musical que descrevemos ndo exige, de seu montador, habilidade além do normal para ser conclutdo e apenas bom ouvido e um pouco de treino para ser tocado. Utilizando poucos componentes, sua montagem & extremamente simples e seu som interessante pode agradar bastante as crian- gas que desde cedo manifestam certa vocacdo musical. A alimentagao feita por pilhas, € a wtilizacio de um pequeno amplificador incorporado, tornar-no per- feitamente portatil O nome “oscilofone” é dado tendo-se em conta a maneira como os sinais deste instrumento sdo obtidos. Temos um osci- lador de audio (circuito que produz corren- tes cujas frequéncias correspondem aos sons) que pode ser controlado por uma haste de modo a cobrir determinada faixa do espectro audivel Apertando-se um pequeno interruptor no instrumento geramos 0 som e movi mentando a haste podemos variar a fre- quéncia deste som produzindo um efeito de vibrato e ainda trocar de notas execu- tando-se assim a peca musical desejada. O instrumento, conforme pode-se ver pelo desenho de abertura do artigo, tem um formato que lembra bastante o de uma guitarra e seu manuseio é semelhante. ‘Agosto/80 Mesmo tendo um amplificador incorpo- rado, se 0 leitor desejar maior intensidade de sinal pode ligar a saida de seu oscilofo- ne a um amplificador externo. COMO FUNCIONA O cireuito de nosso oscilofone é extre- mamente simples podendo portanto ser montado e entendido mesmo pelos que nunca antes empunharam sequer um ferro de soldar. Para estes principiantes _explicamos com palavras simples o prinefpio de fun- cionamento. Para produzir sons num alto-falante pre- cisamos fazer circular por este alto-falante uma corrente elétrica que tenha caracteris- ticas especiais. Esta corrente deve variar a na mesma frequéncia que os sons que devem ser produzidos e ainda deve possuir as caracteristicas que determinam tam- bém o timbre deste som. A nota reproduzi- da, ou seja, a altura do som é dada pela frequéncia da corrente, enquanto que o timbre é dado pela forma de onda da corrente, ou soja, pelo tipo de variacées que ela tem, conforme mostra a figura 1. a | sou, PURO) (\f\y = tires Som FIGURA 1 Se quisermos montar um instrumento musical, além do alto-falante que 6 o ele- mento reprodutor de sons, devemos ter os circuitos que geram os sinais correspon- dentes aos sons, e se estes sinais forem fracos, além disso, um amplificador. Tudo isso nos leva ao diagrama de blo- cos de nosso instrumento mostrado na figura 2 oe. FIGURA 2 0 primeiro bloco representa o circuito oscilador que tem por funcéo gerar os sinais de frequéncias correspondentes as notas musicais, sendo usados neste circui- to diversos componentes eletrénicos com funedes bem definidas. Pelo tipo de componentes usados e pelo modo como sio ligados, 0 circuito oscila- dor recebe uma denominacéo especial: “oscilador de relaxacdo". Seu funcionamento elétrico ocorre do seguinte mod: 0 elemento ativo ou componente basico deste oscilador é um transistor unijungéo, um componente que funciona como uma chave que liga e desliga conforme a “car- 22 ga” existente no seu terminal de emissor. Quando este terminal est4 submetido a uma tensdo baixa ele permanece desliga- do, mas quando a tensSo atinge certo valor, ele liga automaticamente, deixando a corrente passar com facilidade. Resistor \ FIGURA 3 Temos entao na figura 3 0 diagrama bé- sico do oscilador em que os componentes usados sao representados por seus simbo- los. Para os leitores que nada sabem sobre © que fazem os componentes em questdo podemos de modo simples dizer que: — Os resistores sio componentes que oferecom uma certa “oposicéo” a pas- sagem de corrente determinando assim “quanto” de corrente passa num circuito. — Os capacitores so componentes que se “carregam” com eletricidade. A carga que eles armazenam depende de seu valor dado em microfarads (uF). Quanto maior for ovalor de um capacitor em pF maior é a carga que ele pode arma- zenar. Veja entdo o leitor que neste circuito temos ligados um resistor (R) e um capaci- tor (C) e entre eles o emissor (E) do tran- sistor unijun¢&o. Quando ligamos a corrente neste circui- to, esta corrente passando pelo resistor R comeca a carregar 0 capacitor C numa velocidade que vai depender justamente dos valores destes componentes. Com a carga do capacitor o transistor que est ligado a ele (E) comeca a “perce- ber” uma variacdo de tensdo. Chega entéo © momento em que a carga do capacitor chega a um valor que faz o transistor ” gar’. Quando isso acontece, toda a carga do capacitor vai para o transistor, descar- regando este componente. O transistor desliga entdo, e um novo ciclo de carga comega. Revista Saber EletrOnica Veja que, com a carga temos a corrente circulando num sentido, e coma descarga a corrente circula no sentido oposto. Esta é justamente a chamada corrente alternada que faz 0 som quando aplicada a um alto- falante. A frequéncia do som seré determi- nada pela velocidade com que o capacitor carrega-se e descarrega-se. Se 0 capacitor eo resistor forem pequenos, a carga seré r4pida, e 0 som agudo. Se o capacitor for grande a carga seré lenta e o som grave. Infelizmente a intensidade da corrente que este circuito produz é muito pequena para poder alimentar um alto-falante e produzir bom som. Por este motivo, no emissor do unijuncao (E), ligamos a entra- da de um amplificador pare podermos ter som muito mais forte. (figura 4). oF FIGURA 4 Como fazer o mesmo circuito oscilador produzir as diferentes notas musicais? Conforme explicamos a velocidade da carga e descarga do capacitor depende nao s6 do valor deste componente como também do valor do resistor (R) que 6 do a ele. Mantendo C fixo mas variando R pode- mos entdo fazer com que diferentes veloci- dades de carga e descarga sejam conse- guidas e com isso frequéncias correspon- dentes as notas musicais. Para variar R é muito simples. Existem componentes eletrénicos deno- minados potenciémetros cujo aspecto é mostrado na figura 5 que nada mais s&o do que resistores varidveis ou seja, disposi- tivos que apresentam uma resisténcia que pode ser mudada quando viramos o seu eixo. O leitor naturalmente j viu este tipo de componente: ele 6 usado no controle de volume de seu radio, de seu amplificador, nos controles de tonalidades de aparelhos de som, etc. ‘Agosto/80 simgouo FREE ko. zy FIGURA 5 Pois bem, ligando 0 potenciémetro R no circuito do oscilador, conforme mostra a figura 6, @ prendendo em seu eixo uma haste que permita sua movimentacdo rapi- da, em funcdo desta movimentacdo muda- mos a frequéncia do sinal produzido e por- tanto a nota musical POTENCISMETAO FIGURA 6 litar a afinagio um segundo resistor variével é acrescentado conforme mostra a figura 7. Trata-se de um trim-pot, um resistor que tem seu valor alterado quando giramos um cursor por meio de uma chave de fenda. A 1 jr (@ , as ion © TaIn-rot . ai Como qualquer circuito eletrénico, este ndo pode criar energia a partir do nada. Assim, a fonte de energia para sua alimentagao consiste em pilhas comuns 23 em namero de 4 que séo montadas em suporte apropriado. Como o consumo de energia do aparelho & pequeno, a durabili- dade das pilhas é bastante boa. COMO OBTER O MATERIAL Os componentes eletrénicos usados nesta montagem sao comuns podendo ser encontrados em casas especializadas. O leitor que ndo tenha experiéncia em eletré- nica deve no entanto ter o m4ximo de cui- dado com a aquisi¢éo de tais componen- tes j4 que existem diversos tipos que admi- tem equivalentes mas em alguns casos podem ser vendidos componentes que realmente nao correspondem. Do mesmo modo 0 leitor deve estar atento para a identificagdo de alguns componentes usa- dos que utilizam cédigos especiais. Os resistores, por exemplo, séo pequenos componentes tubulares cujo for- mato 6 mostrado na figura 8 ¢ cujos valo- tes so dados pelos anéis coloridos pinta- dos em seu corpo. Veja pela liste de mate- rial quais as cores que correspondem aos valores exigidos para a montagem. “Cm Leone FIGURA 8 (es ane Para os capacitores existem diversas opgées pois diversos sdo os tipos encon- trados. Se 0 capacitor for do tipo denomina- do “eletrolitico” seu valor em microfarads (uF) 6 gravado diretamente no seu corpo. Além do valor em uF os capacitores eletro- cos apresentam uma indicacéo em “volts” (V). Esta indicacao refere-se ao valor mé- ximo de tenséo que © capacitor suporta. Assim, quando dizemos que o capacitor deve ser de 220 uF x 12V este segundo valor, 12 V, refere-se ao minimo que deve vir marcado no componente. Se o vende- dor néo tiver um de 220 uF x 12V mas tiver um de 220 uF x 16 V, vooé pode per- feitamente levar este componente sem medo de problemas. No caso dos capacitores de poliéster metalizado, o valor é dado pelas faixas coloridas em seu corpo. A ordem de leitura das faixas é mostrada na figura 9. 24 os O potenciémetro pode ser encontra- do com facilidade em qualquer loja poden- do ser do tipo com eixo plastico ou de metal. Para o segundo caso no entanto, precisando cortar o eixo para fixar a haste, deve-se usar uma serra apropriada, enquanto que no primeiro caso até mesmo uma faca serve. Diversos so os componentes adicio- nais que s8o usados, como por exemplo as pontes de terminais que servem para suporte dos componentes eletrénicos. Estas pontes podem ser encontradas em barras pequenas ou mesmo adquiridas 2 metro. As pilhas devem ser montadas em suporte apropriado e além disso deve-se adauirir fios, solda, parafusos para fixar 0 alto-falante, etc. O alto-falante usado pode ser de qualquer tipo, dando-se preferéncia ao modelo de 10cm x 8 ohms. ‘A parte mecdnica da montagem nao exige muito do leitor: Deve-se recortar em madeira a parte frontal do instrumento, conforme o dese- nho (figura 10), e na sua parte posterior, ixar uma caixa onde sero instalados os componentes eletrénicos. MONTAGEM DA PARTE ELETRONICA Com a finalidade de garantir um per- feito contacto elétrico e boa sustentacdo mecénica usa-se 0 processo de solda na fixagdo dos componentes. O leitor deve entdo usar na monta- gem da parte eletronica um soldador de pequena poténcia {maximo 30W) e com- prar solda de boa qualidade (solda para transistores 60/40). Como ferramentas adicionais deve pos- suir um alicate de corte lateral, um alicate de ponta e chave de fenda. Para descascar as pontas dos fios use o préprio alicate ou entéo uma lamina afiada. Na figura 11 é dado entdo o circuito ele- trénico de nosso instrumento. Revista Saber EletrOnica omricio rane S'PorewcioneTRO oRIFICIO pana SuinteRRue TOR \ sem, FIGURA 10 28GK oor a ea ‘Tensoes ~6v(3¥) Cou S pressionang CONSUMO: 204 (Oma) FIGURA 11 Para a montagem em ponte de termi- nais o leitor deve acompanhar a figura 12 em que a disposic¢éo dos componentes 6 mostrada. Veja que existe uma total correspondéncia entre esta figura e a figu- ra 11. Para os leitores que tiverem facilidade em confeccionar placas de circuito impres- so damos a nossa sugestéo na figura 13. Visando facilitar ao maximo a monta- gem pelo leitor damos algumas observ: des sobre a sequéncia de operacées e os cuidados com os componentes. a) Comece a montagem preparando o painel frontal, fixando 0 potenciémetro e a haste mével. Veja se esta haste tem movi- mento livre sem forgar 0 eixo do potencié- metro. Fixe o interruptor de presséo no cabo do instrumento. Dé preferéncia a um tipo leve que possa ser acionado sem difi- culdade com o minimo de presso dos dedos. ‘Agosto/80 b) Prepare em sequida a caixa que aloja~ r& 0 Circuito eletrénico fixando em seu interior o suporte das pilhas e o interruptor geral. c) Aqueca agora o ferro de.soldar e pre- pare-se para a montagem dos componen- tes na ponte de terminais. d) Comege com a soldagem do transis tor unijuncdo tomando cuidado com sua posigdo. Veja bem em que posicdo deve ficar o ressalto de seu invélucro. Nao dei xe que o calor se propague até o corpo do componente, segurando o terminal que estiver sendo soldado com o alicate de ponta. e) Solde os demais transistores obser- vando suas posigdes e evitando também que 0 excesso de calor atinja seus corpos. Na figura 14 mostramos o procedimento para soldagem dos transistores evitando- se 0 excesso de calor. FIGURA 13 26 Revista Saber EletrBnica FIGURA 14 f) Solde os resistores observando seus valores pelos cédigos de cores. Corte seus terminais em tamanho que permita uma fi xacdo perfeita, ou seja, nem muito longos nem muito curtos, alcancando bem os ter- minais que devem ser soldados. g) Para a soldagem dos capacitores, dois so os cuidados que vocé deve ter: obser- var os valc:es principalmente nos casos dos que vierem especificados pelos cédi- gos de cores, e a polaridade para os eletro- liticos, ou seja, ver bem o lado que deve ficar voltado 0 pélo (+) e o (-) marcados nos invélucros. h) As interligagdes entre os componen- tes so feitas por meio de fios. Corte pedacos de fio rigido ou flexivel de capa plastica nos comprimentos exigidos para cada ligagdéo e descasque apenas 0,5 cm das suas pontas para a soldagem. Os fios ndo devem ser nem muito curtos nem muito longos, e na soldagem seja répido pare evitar que o calor excessivo derreta a capa plastica. i) Com todos os componentes da ponte de terminais soldados, faca a sua ligacdo ao alto-falante, ao suporte de pilhas, ao interruptor de pressdo e ao interruptor geral. Use fios de comprimento que permi- ta livre movimento da ponte em caso de sua retirada. j) 0 trim-pot tem duas possibilidades de montagem. Pode ser soldado diretamente na ponte de terminais da maneira indicada na figura 12, ou entdo, se o leitor preferir pode fixd-lo no painel frontal, em sua parte posterior, deixando um orificio de acesso para a afinacao. Completada a montagem, com a Solda- gem de todos os componentes e sua interligacao, antes de fixar a ponte na caixa € 0 alto-falante em sua posicao final, vocé pode fazer uma prova de funcionamento. PROVA DE FUNCIONAMENTO Confira cuidadosamente todas as liga- g6es e a colocagao dos componentes, veri ficando se n&o existem pecas mal solda- das, soltas ou mesmo colocadas inverti- das. Veja também se nao existem curto- circuitos ou seja, ligacdes acidentais entre dois pontos que nao deveriam estar liga- dos. Estando tudo em ordem, coloque as pilhas no suporte e ligue o interruptor geral. Em seguida, pressione o interruptor de pressdio S. O aparelho deve emitir imediatamente um som que corresponde a qualquer nota musical, dependendo da posicdo da haste. Mova a haste no sentido de variar este som, deixando ao mesmo tempo o inter- ruptor pressionado. Agosto/80 ar Se nao houver emissao de som algum, com uma chave de fenda ou mesmo com 08 dedos ajuste 0 trimpot ao mesmo tem- po que mantém ligado o interruptor S no cabo do instrumento. Uma vez verificado’ 0 funcionamento proceda do seguinte modo para a afina- cao: a) Coloque a haste toda para baixo con forme mostra a figura 15 e aperte o inter- ruptor S. b) Ajuste o trim-pot para que haja a emisséo da nota mais baixa (grave) que o leitor desejar. ©) Depois, movendo sucessivamente para posicdes mais elevadas e apertando o interruptor de presséo marque numa esce- QI - 2N2646 - transistor unijuncao Q2 - BCS48 ou BC238- transistor NPN de sili Gio para uso geral Q3 - BDI35, BD137 ow BD139 - transistor NPN de poténcia (1A) PI - trim-pot de 47 k 22 potenciémetro linear comum de 220K ow RI -2,2k x I/AW - resistor (vermelho, verme- tho, vermelho) R2'- 560R x 1/4W - resistor (verde, azul, marrom) R3 - 47R x 14W - resistor (amarelo, violeta, preto} Rd - 22M x 1/4W- resistor (vermelho, verme- tho, verde) RS - 100R x I/4W - resistor (marrom, preto, ‘marrom) LISTA DE MATERIAL la conforme mostra amesma figura, a posi- cdo das notas seguintes. ) Para facilitar posteriormente a execu- ¢80 de musicas simples pode-se numerar no painel do instrumento as posicdes das notas. e) Com a escolha de componentes apro- priados, pode-se cobrir até 2 oitavas com este instrumento. Se o leitor dispuser de um frequencime- tro ou entdo de um gerador de dudio’e um osciloscépio pode proceder a ajuste mais perfeito da escala do instrumento. Para ligar o instrumento num amplifice- dor de maior poténcia o sinal deve ser reti- rado do circuito da maneira indicada no préprio diagrama em linhas pontilhadas. R6 - 22R x L/AW - resistor (vermetho, verme- tho, preto) Cl - 27 nF ~ capacitor de poliéster metalizado (vermelho, violeta, laranja) C2 - 10 nF - capacitor de poliéster (marrom, preto, laranja) C3 - 220 nF x 12 V.- capacitor eletrolitico C4 ~ 100 uF x 12 V- capacitor eletrolitico FTE - alto-falante de 8 ohms 5 interruptor de presséo (botdo de eampai- nha) SI - interruptor simples (liga-destiga) Diversos: suporte para 4 ou 6 pilhas peque- nas ou médias, ponte de terminais, ios, solda, madeira para confecgéo da caixa ¢ do painel, haste de madeira, parafusos e porcas, etc. Fittipaldi Jornais e Revistas Ltda Centro NUMEROS ATRASADOS no Rio de Janeiro (a partir do n° 46) Rodovidria Guanabara Jornais e Revistas Ltda Rua Sao José, 35 — Lojas 126, 127, 128] Avei Rodovidria Novo Rio fa Francisco Bicalho, 1 23 Revista Saber ElotrOnica Com este cireuito muito simples (sem relé) embutido na parede ow instalado na base de um ahajur voce pode acender uma lampada om um Teve toque do: dedc num elemento sensivel metdlico (que pode ser a propria armacdo do abajur) e depois apagd-la com outro toque (no mesmo elemento ou em outro). O uso de SCRsde poténcia elevada permite a alimentagdo da unidade em redes de 110V ou 220V aguentando cargas de até 100 watts. Interruptores sensiveis ao toque séo montagens bastante atraentes cuja execu- do tremendamente facilitada Pelo uso de semicondutores especiais cujas carac- teristicas elétricas permitem o controle de cargas elevadas, sem a necessidade de relés e apresentando ainda grande sensibi- lidade. O nosso circuito é bastante simples pois todos os componentes com facilidade podem ser alojados numa caixa pequena o bastante para servir de base para um aba- jur ou entaéo embutidos na parede. 32 Como 0 fio de disparo aos elementos sensiveis pode ser extendido, o leitor pode encontrar diversas utilidades para este cir- cuito além das sugeridas: - Pode usé-lo como sistema de alarme de toque, disparando a dist&ncia uma l&m- pada quando algum objeto escolhido for tocado. - Pode indicar a presenca de pessoas numa sala adjacente quando estas toca~ rem na macaneta da porta. Revista Saber Eletronica - Pode servir de alarme contra ladrées, quando 0 elemento sensivel é ligado a janela por meio de um friso metdlico. E claro que,no abajur, o interruptor apre- senta caracteristicas muito interessante: fazendo do elemento sensivel @ propria estrutura metélica durante a noite, vocé. nao precisaré ficar -apalpando No escuro até encontrar o interruptor (o que geralmente acontece sé depois do relégio, copo dagua e outras coisas irem para 0 chaol...) pois bastaré encostar nele para a lampada acender imediatamente e assim permanecer, até que um toque seguinte o desligue. (figura 1) FIGURA 1 Como este circuito usa poucos compo- nentes que nao oferecem nenhuma dificul- dade de manuseio ou obtencao e sao ain- da de baixo custo, os leitores, mesmo no habilitados, seguindo as figuras instru ges que as acompanham néo terdo difi culdades em colocé-lo em funcionamento. O CIRCUITO Antes de analisar o principio de funcio- namento deste interruptor de toque, deve mos alertar os leitores para a diferenca entre os circuitos denominados “capaciti- vos” @ este que apresentamos. Os interruptores capacitivos so circu tos que operam geralmente com oscilado- Tes os quais séo alterados na sua frequén- cia pela aproximacdo de um objeto ou pes- 80a porque esta atua como uma placa de um capacitor, disparando entio um relé que aciona uma carga. Os interruptores de toque operam por Agasio/80 uma pequena corrente que geralmente circula entre o circuito e a terra quando a pessoa encosta no ele- mento sensivel. Esta corrente circula por- que, por melhor que seja 0 isolamento dos sapatos ou do tapete, sempre existe uma pequena fuga para a terra, quer seja por estes materiais, como pelo propio ar ambiente em vista de sua umidade Esta corrente, da ordem de micro-ampé- res é entretanto suficiente para acionar o circuito, disparando-o. (figura 2) evevento Stnatvet CORPO OA PESEOA Perceba 0 leitor entéo que enquanto o interruptor capacitivo opera pela aproxi- macdo, 0 interruptor de toque exige que se encoste nas places sensiveis. Onosso interruptor de toque tem por ele- mento basico um componente denomina- do SCR (diodo controlado de silicio) que opera da seguinte maneira OSCR énaverdadeum diodo, ou seja, um dispositive que conduz a corrente num dni- co sentido, mas isso s6 acontece depois que um pulso de disparo positivo é aplica- do num eletrodo denominado comporta (gate) Assim, se ligarmos entre 0 anodo e o catodo uma fonte de alimentacdo e uma carga (que pode ser uma lAmpada), inicial- mente a l4mpada estaré apagada até o instante que um pulso de disparo seja apli cado @ comporta mudando entdo 0 estado do circuito. (figura 3) 33 LAwpaca anne jeer a orrene sau oe DISPARO. FIGURA 3 Para o caso de SCRs como o C106, TIC106 ou MCR106 que sao os recomen- dados nesta montagem, correntes da ordem de milionésimos de ampére séo suficientes para provocar seu disparo, 0 que significa que até mesmo a corrente que circula pelo nosso corpo para a terra quando o tocamos pode ser suficiente para dispard-los. De fato, ligando o SCR na rede de alimentacdo, conforme mostra a figura 4, e ligando-se & comporta um diodo para evitar que esta seja polarizada no sentido inverso quando o SCRestiver recebendo polarizagdo inversa na alimentacdo direta e um resistor para proteger a pessoa con- tra choques, limitando a corrente, basta tocar no terminal do resistor para a |[ampa- da acender. ToOue SIVBLIFIEADO frovazov cme S Wears news FIGURA 4 Entretanto, este circuito apresenta algu- mas dificuldades devidas ao préprio com- portamento elétrico do SCR. a) Se alimentado com corrente alterna da, a ampada sé acende durante o inter- valo de tempo em que segurarmos o ele- mento sensfvel. Ao soltarmos, ela apaga porque o SCR desliga na passagem de um semiciclo para outro quando a tensao de alimentagao cai a zero. b) Se alimentarmos com corrente conti- nua pura (retificando a corrente da rede, por exemplo), uma vez que toquemos no elemento sensivel o SCR dispara e a |am- pada acende, mas esta assim permanece 34 indefinidamente, mesmo se dermos outros toques. Para desligar o SCR temos de utili- zar um interruptor de press&o em paralelo com o SCR para momentaneamente reduzir sua alimentagdo a zero, quando entdo ele desliga (figura 5). Comenre Le yt Rea FIGURA 5. Para ligar e também desligar o circuito por meio de toque, 0 que fazemos é usar dois SCRs numa configuragSo denomina- da “‘multivibrador biestével” mostrada na figura 6 e alimentar o circuito por meio de corrente continua. Nesta configuracio o que ocorre 6 0 seguinte: capacrroR ° Use DESL MULTWVIORRDOR GIESTAVEL COM SCR FIGURA 6 1) Imaginemos que inicialmente a l&m- pada esteja apagada ou seja, o SCR1 do circuito da figura 6 se encontra "desliga- do” II) Dando um toque no elemento sensi- vel ligado a comporta do primeiro SCR este imediatamente passa ao seu estado de condugdo assim permanecendo mesmo depois, porque 0 circuito 6 alimentado por corrente continua. Nestas condigdes, o capacitor C2 se encohtra carregado com a armadura do lado do SCR2 positiva em relagdo ao lado do SCR1. Ill) Para desligar, damos entéo um toque no elemento sensivel que se encon- Rovista Saber EletrOnice tra ligado a comporta do SCR2. (Este SCR inicialmente também estaré desligado). Com o disParo deste SCR 0 que aconte- ce € que o capacitor se descarrega, curto- circuitando momentaneamente o SCR1. Isso tem como consequéncia uma queda de tenséo nos terminais deste componente suficientemente grande para desliga-lo. A lampada apagard entao, eo SCR2 passaré a0 estado de conducdo, assim permane- cendo. IV) Depois da descarga, o capacitor se carrega novamente, mas agora com a arma- dura do lado de SCR1 positiva em relagao a do lado do SCR2. Isso significa que, quando dermos um nove toque no elemento sensivel do SCR1 ele voltar4 a disparar e 0 capacitor se des- carregaré curto-circuitando agora SCR2 que entao desligaré. O circuito voltaré ao seu estado inicial com a lAmpada acesa e SCR2 desligado. V) Para desligar basta um novo toque no elemento sensivel de SCR2 ¢ 0 ciclo pode seguir indefinidamente, sempre com a condicao que somente um dos SCRs esta- ré conduzindo a corrente em cada momen- to, mas nunca os dois 20 mesmo tempo. LApG NeUTRO sow ‘i SENTIOO OF CIRCULACAD OA FIGURA 7, £ claro que pode ser usado um Unico elemento sensivel que ao mesmo tempo esteja ligado a comporta de SCR1 e de SCR2, mas 0 circuito pode eventualmente tornar-se mais critico porque a diferenca de sensibilidade dos SCRs encontrados no comércio pode ser bem grande. O leitor no caso deverd fazer algumas experiéncias no sentido de determinar com exatidao quais so os valores de resisténcias que devem ser usados nos elementos de disparo (Rx). Agosto/@0 Os SCRs usados no nosso circuito origi- nal admitem uma corrente maxima de 4A, mas como 0 circuito deve ser alimentado por corrente continua, exige-se o emprego de um diodo na entrada. O diodo que reco- mendamos admite somente uma corrente de 1 Ao que significa que a corrente maxi- ma do circuito fica limitada a este valor. Para a rede de 110 V temos entéo uma poténcia maxima de 100 W e para a rede de 220 V uma poténcia maxima de 200 w. Como os SCRs tem uma sensibilidade muito grande, conforme dissemos, os mesmos poderao ser disparados pelo sim- ples toque dos dedos de uma pessoa mes- mo que esta se encontre sobre um tapete ou com sapatos de sola de borracha, etc. Nao haveré perigo algum de choque por- que © resistor ligado em série com os ele- Mentos sensiveis limitam de tal maneira a corrente circulante pela pessoa que ela sempre estaré abaixo do valor necessdrio para causar algum tipo de sensagiio desa- gradavel. 0 Unico cuidado a ser tomado 6 como isolaménto dos demais pontos do circuito que estdo diretamente ligados a rede e com a posico da tomada que deve ser experimentada para que o lado neutro fique correto, ou seja, de modo que a corrente de disparo circule entre a pessoa ea terra e nao ao contrério, o que nao pos- sibilitaria 0 funcionamento do circuito. (fi- gura 7) Como a sensibilidade 6 muito grande, fios longos até os elementos sensiveis Podem causar o disparo aleatério da uni- dade. MONTAGEM Para esta montagem as ferramentas que o leitor necessitaré sao: ferro de soldar de pequena poténcia (maximo 30 W), sol- da de boa qualidade, alicate de corte, ali- cate de ponta e chaves de fenda. E claro que adicionalmente deve ter os recursos para montar ou adaptar a unidade no aba- jur ou embuti-la na parede. Damos duas possibilidades de monta- gem do circuito eletrénico: em placa de circuito impresso que 6 a recomendada para Os casos em que o méximo de minia- turizacdo 6 desejado, e em ponte de termi- nais indicada para os principiantes que no 35 possuam experiéncia ou recursos para tra- balhar com placas de Cl. Na figura 8 temos 0 circuito completo de nossa Chave de Toque Magica em suas duas versdes: em (1) a verso para aciona- mento por dois elementos sensfveis que 6 menos critica, e em (II) a versdo para acio- namento por um Gnico elemento sensivel. que 6 mais critica pois exige que experi- mentalmente sejam encontrados os valo- res de Rx que proporcionem o melhor fun- cionamento em funcao das diferencas de cafacteristicas entre os dois SCRs. (Na verso final use dois trim-pots de 100k) —— 2 e ch sw 3 el sacow ih ye. - Co eo Be. ar aye Nee a= =o scr rws008 wa0oe (t) (VER Teco pt} Bs sem ue a sow FIGURA 8 A montagem em ponte de terminais para as duas versdes & mostrada na figura 9. Na segunda verso, os resistores adicio- nais nao sdo mostrados, pois se houver um perfeito casamento de caracteristicas dos SCRs eles ndo preciséo ser usados. Se forem usados, serdo ligados em série com os diodos na comporta de cada SCR. Na figura 10 temos a placa de circuito impresso para as duas vers6es sendo que nestas séo previstos os locais de ligagdo dos resistores adicionais para a segunda verséo. 38 A montagem no 6 absolutamente criti- ca, a no ser em relacéo ao comprimento dos cabos de ligagéo aos elementos sensi- veis de que falaremos oportunamente. Sequtncia de ligagdes para a montagem (1) Comece soldando o diodo D1, obser- vando cuidadosamente sua posicdo. Exis- tem dois tipos de invélucros possiveis para este componente que s4o mostrados na figura 11. (2) Solde em seguida R1, deixando seus terminais com pelo menos 2 cm de com- Revista Saber EletrOnica primento se for usada @ ponte de termi- nais. Este componente no tem polarida- de. (3) Solde os SCRs observando cuidado- samente sua posi¢ao. Para os SCRs do tipo MCR106 ou TIC106, a parte metalica deve ficar voltada para baixo, enquanto que para os C106 oriente-se pelo lado chanfrado que deve ficar para a direita, conforme mostra a figura 12. FIGURA 9 Agostor80 37 FIGURA 11 38 mno/z20v me | 1 0 \ Tev220y ea FIGURA 10 (4) Solde em seguida, D2 e D3, orien- tando-se também pelo anel pintado em seu corpo, ou pelo simbolo como no caso de 01, (5) Agora ¢ a vez de C1. Observe a pola- ridade deste componente. O fio soldado em seu corpo metélico corresponde ao negativo, enquanto que o fio que vai a um terminal na tampa preta corresponde ao Revista Sabor Elotronica polo positivo. Cuidado, pois, se houver inverséo 0 componente poderé queimar causando um curto circuito no aparelho. e106 fou weg ; \ in en ad 30S. Temas FIGURA 12 (6) Solde em seguida C2. Este compo- nente néo tem polaridade. Na sua escolha certifique-se de que a sua tensdo de traba- Iho seja no minimo de 250 V se a rede for de 110 Ve de pelo menos 400 V sea rede for de 220 V. (7) Solde em seguida os resistores R2, R3 e R4. Em especial observe que R2 deve dissipar pelo menos 5 W de poténcia e seus terminais devem ser mantidos longos na montagem em ponte para haver dissi- paco de calor. Esses componentes podem ser ligados de qualquer lado jé que no séo polarizados. Guie-se apenas pelos anéis coloridos de R3 e R4 para saber seu valor. (8) Complete a montagem fazendo as interligagées na ponte com fio encapado, ¢ ligando 0 cabo de alimentagao. (9) O suporte da lampada e o elemento sensivel podem ser provisoriamente liga- dos para uma prova do circuito. O fio que vai ao elemento sensivel nao deve ter mais do que 20 cm. Completada a montagem da parte ele- tronica, antes de pensar na instalagdo defi- nitiva numa caixa o leitor pode prové-lo verificando a eventual necessidade de alte- rar o valor de R2 que é otnico componen- te que pode causar algum problema de instabilidade de funcionamento para a ver- sdo | e na necessidade de alterar Rx para a verso Il. PROVA E AJUSTE Terminada a montagem proviséria, con- fira todas as ligacdes e, estando tudo em ordem, coloque uma lampada de no méxi- mo 100 W no soquete e ligue a unidade a tomada. Agosto/80 importante = Se a lampada ndo acender toque no ele- mento sensivel correspondente ao acendi- mento, e se acender toque no elemento para apagé-la. Se nada acontecer, inverta a posicao da tomada, conforme sugere a figura 13. i vine 720° FIGURA 13 O circuito na versdo deve agora funcio- nar satisfatoriamente. Se houver mais facilidade em acender do que apagar, ou vice-versa na versao |, pelos toques alternados, altere o valor de R2. Partindo do valor bésico de 4,7k voc8 pode reduzi-lo até 1k, de modo a obter o comportamento desejado. Observamos que, quanto maior for o valor deste com- ponente, menor seré o consumo da lampa- da quando desligada, j4 que na sua posi- 980 de apagada, o segundo SCR permane- ce em condu¢ao consumindo uma peque- na corrente (essa corrente corresponde uma poténcia de no méximo 5W para um valor de 1k; para 4,7k essa poténcia 6 da ordem de apenas 1W). Se na versdo (I!) houver dificuldade em fazer a |ampada apagar, reduza experimen- talmente R2 até um valor minimo de 1k, e se houver necessidade experimente usar em Rx resistores de valores entre 10k € 100k Para as duas versées, se ndo houver necessidade de alterar o valor de R2, origi- nalmente de 4,7 k ohms, o leitor pode experimentar valores maiores, diminuindo assim © consumo da unidade quando desligada. (8) (8) Referimo-nos a posic¢éo em que a lampada permanece apagada mas o circui- 38 to conectado a rede, quando entao hé um pequeno consumo de corrente. (menor que 5 WwW) Se tudo correr bem, 0 leitor pode pensar 2 eincune FIGURA 14 Nos casos em que o fio de ligagdo a0 elemento sensivel tiver mais de 30 cm de comprimento podem surgir problemas de disparo aleatério pela captagao de corren- tes induzidas. Neste caso, um controle de sensibilidade, conforme mostra a figura 15 pode ser usado. O mesmo tipo de controle se aplica se a placa de metal que forma o elemento sensivel passar de 20x20cm [eee oun aan FIGURA 15 A placa que forma o elemento sensivel pode ser de qualquer metal: fotha de cobre, folha de aluminio, um pedaco de 40 em sua instalacdo definitiva num abajur ou embutida na parede. Na figura 14 damos algumas sugestées para este tipo de mon- tagem wancom oe METAL placa de circuito impresso virgem, latéo, etc. Se 0 controle de sensibilidade ainda nao resolver © problema de instabilidade, faca a ligacdo a placa por meio de fio blindado. Observacoes. a) Se o leitor quiser poderd ligar em paralelo com R2 um led e um resistor de 47k, conforme indica o diagrama para as duas versées. Este led permaneceré aceso quando a lampada apagar. b) Na figura 16 damos a nossa versio para a lampada de toque magica usada como luz de cabeceira. A caixa que foi usa- da como base tem 7 x 4 x 13,5 cme 6 de pldstico. Um efeito muito interessante pode ser obtido se as palavras “liga” e “desliga” forem gravadas no cobre da pla- ca de circuito impresso que forma o ele- mento sensivel. Revista Saber Eletronica FIGURA 16 LISTA DE MATERIAL (para as duas versoes) SCRI, SCR2 - C106, MCRIO6, TICIO6 para 200 V se a rede for de 110¥ e para 400 V Se a rede for de 220 V - diodo controlado de silicio. DI, D2, D3 - 1N4004, BY127 - diodo retifica- dor para I A x 400 V ou mais, ou entao qual- quer equivalente Cl - Capacitor eletrolitico de 8 uF (ou 16 uF) para uma tensdo de pelo menos 250 V se arede for de 110 V e pelo menos 450 V se a rede for de 220 V C2 - 1,5 ou 2,2 pF - capacitor de poliéster para uma tenséo de 250V se a rede for de 110V e pelo menos 400 V se a rede for de 220 V Ri - 10 ohms x 5 W - resistor de fio R2-4,7 k ohms x10 W- resistor de fio (adqui- ra também wm de 2,2k e um de Tk ohms para experimentar 0 que proporciona melhor funcio- namento) 3, Rd - 100 k ohms x 1/8 W* resistor (mar rom, preto, amarelo) Neste caso, também diversos valores podem ser experimentados, sendo 0 minimo de 47k Diversos: ponte de terminais ou placa de circui- 10 impresso, fios, solda, placa sensivel, trim-pot de 100K para Rx, ‘etc O SUPERMERCADO DE ELETRONICA MATRIZ:R Vitéria 339-Tel. 221-0213, 291-0207-S Paulo-SP FILIAL: A, Vise de Guarepsiava 3 361-Tel:232-3781 -Curtioa-PR ABERTA ATE Agosio/&0 20hs SABADOS ATE 18 hs a DADIO CONTR Wa OLE, Newton C. Braye Sistema Monocanal Modulado em Tom - segunda parte - O receptor Na Revista anterior, nesta secdo, descrevemos a montagem do pequeno transmissor para este sistema, com um alcance da ordem de 50m. Neste nivme- ro descreveremos a montagem do receptor correspondente, de grande sensibili- dade e de muito ficil montagem e ajuste. O sistema que estamos descrevendo em nossa seco Radio Controle opera com um Gnico canal modulado em tom e tem um alcance de aproximadamente 50 metros em campo aberto, podendo ser usado para diversas finalidades como por exemplo na abertura de portas de garagem, no disparo a distancia de méquinas fotogrdficas, pro- jetores de slides, sistemas de aviso e tam- bém para controlar brinquedos simples como barcas e carros. O uso deste sistema em avides nao se aplica em vista de somente dispor-se de um tnico canal. Com limitagées pode-se adaptar o sistema em planadores com controle pelo sistema de escape (figura 1) ‘Agosto/80 A frequéncia de operacdo do receptor é a mesma do transmissor descrito, ou seja, aproximadamente .72 MHz, o que quer dizer que ele também pode operar com outros transmissores modulados em tom que estejam na mesma frequéncia. A utili- zacéio de um transmissor mais potente que 0 descrito permite um maior alcance para 0 sistema. Como planejamos um sistema ideal para o principiante o que o caracteriza 6 a simplicidade. Assim, o receptor usa apenas 4 transistores @ tem apenas 3 ajustes nao criticos que podem ser feitos sem a necessidade de qualquer aparelho espe- cial. Uma saida “monitor” permite a liga- 43 ae ELeTRé Ya > Me Ye >Ya> Yo figura 524 638 Amplificacéo Inverséo de fase Revista Saber Eletr6nica Resumindo estes casos: ‘Transistores NPN: base positiva em relaco ao emissor Coletor positive em rela¢o a base @ a0 emissor Transistor PNP: base negativa em relacéo ao emissor Coletor negativo em relaco ao emissor e base Um fato importante que deve ser levado em conta quando Usamos os transistores na pratica 6 a possibilidade de se elimi- nar uma das baterias de polarizacdo. Podemos polarizar perfeitamente o transistor e levé-lo ao seu funcionamento normal com apenas uma bateria, conforme mos- tra 0 circuito da figura 525 em que tomamos novamente um transistor NPN como base. Analisemos o funcionamento deste circuito PoLanagio conser Jcoukror figura 525 Uma nica bateria fornece alimentagdo para ocircuito que pola- ‘ize a jung&o base-emissor e para o circuito principal, ou sej Pare'a carga do transistor. As setas na figura 525 indicam os sentidos de circulagdo das correntes no funcionamento normal. O resistor R1 determina a intensidade da corrente de base e em sua consequéncia & esta belecida a corrente de coletor. Veja que, como a corrente de base 6 muito mais fraca que a corrente de coletor, a resisténcia usada na polarizacdo da base do transistor no circuito 6 normalmente bem maior que a resis téncis usada no coletor. Os valores exatos das resisténcias que devem ser usadas dependem de muitos fatores, conforme os leitores verdo, o que signifies que, para cada projeto um cAlculo especial deve ser feito. © modo de se levar o transistor ao funcionamento desejado com uma nice bateria que mostramos ao leitor no 6 Gnico, e na verdade nem é o melhor. Conforme teremos oportunidade de ver este método de polarizar um transistor apresenta alguns inconvenientes, mas isso serd assunto de outro item de nosso curso. Na figura 526 completamos este item com a ligacéo de uma Gnica bateria na polarizagdo de um transistor do tipo PNP. Observe sua polaridade e 0 sentido de circulaco das correntes. figura 526 Agest/80 639 Uma bateria de polarizacdo Varios modos de ligagde o7 Resumo do quadro 103 - Os transistores PNP funcionam de modo anélogo aos transis- tores NPN, invertendo-se apenas os sentidos de circulacSo das correntes. - No transistor PNP ligado da maneira indicada na ligfo também ‘corre uma inverso de fase do sinal amplificado. = Neste transistor a intensidade da corrente de coletor também 6 determinada pele intensidade da corrente de base ¢ pelo ganho do transistor. - Os transistores PNP também podem trabalharcom sinais varié- veis. - A.um aumento de tensdo entre oemissor @ @ base corresponde uma diminui¢o da tenso entre o coletor ¢ 0 emissor. - Num transistor NPN a base deve ficar positiva em relaglio ao ‘emissor para que ele funcione. A tenséo de coletor deve ser positiva em relac&o a tenséo de emissor. - Num transistor PNP a tensio de base deve ser negativa em rolagdo a tenso de emissor e a tens&o de coletor negativa em relacdo tens&o de emissor. ~ Pode-se polarizar um transistor usando-se apenas uma fonte, tanto para a corrente de base como para a corrente de coletor. - A polaridade da fonte seré diferente da usada na polarizacdo de um transistor PNP quando a usarmos num NPN. - Os resistores de base dos transistores tem valores mais eleva- dos que os de coletor. Avaliagdo 325 Se usarmos um transistor PNP em lugar de um NPN pare amplificar um sinal alternante cuja forma de onda seja senoidal © que acontece? a) a fase do sinal de salda 6 igual 20 de entrada b) 0 transistor PNP no opera com este tipo de sinal ) 6 preciso inverter 2 fase do sinal de entrada antes de aplicé- lo a0 transistor d) o transistor amplifica normalimente este sinal invertendo também sua fase. Explicagao Contorme vimos, em funcionamento um transistor PNP opera exatamente como um NPN, mudando apenas os sentidos de cir- culagdo des correntes. Isso significa que a0 emplificar um sine! 08 resultados obtidos s8o osmesmos. Assim, se com um transis- tor NPN obtém-se uma inversSo de fase, omesmo ocorre com um PNP ligado do mesmo modo. Conforme veremos nos itens que se seguem existem modos de ligago para os transistores ‘em que pode-se ter na saida um sinal com @ mesma fase do sinal de entrada. Para este teste, entretanto, @ resposta correte corresponde a alternativa d. Avaliacdo 326 Qual deve ser a polarizagdo da base do um transistor PNP para que ele funcione normalmente? a) A base deve ficar positiva em relac3o ao emissor @ ao cole- tor b) a base deve ficar positiva em relaciio ao emissor c) a base deve ficar negativa em relagao ao emissor e a0 cole- tor d) a base deve ficar negativa em rela¢&o ao emissor Resposta D Explicagao Para que umtransistor funcione apropriadamente deve ser sua juncao base emissor polarizada no sentido direto. Neste caso. pela estrutura do transistor, esta polarizacao ¢ obtida quando a base esta negativa em relagdo ao emissor, ou seja, quando a corrente circula do emissor para a base. O coletor por sua vez deve ficar negative em relacéo ao emissor também de modo que a base ficard,em relacdo a este elemento. positiva. A resposta correta 6 portanto a da letra d. Avaliagdo 327 De acordo com a intensidade das correntes circulantes num transistor, qual ¢ a alternativa que corresponde a realidade? a) a corrente de base & maior que a corrente de coletor b) a corrente de coletor é maior que a corrente de base ) a corrente de coletor é maior que a corrente de emissor ) a corrente de emissor & sempre nula Explicagio Analisando 0 funcionamento de um transistor vimos que 2 corrente de base ¢ que provoce a circulagéo da corrente de cole- tor. A corrente de coletor 6 muito maior que a corrente de base, daf a capacidade do transistor de amplificar correntes. Veja tam- bém que a corrente de emissor 6 obtida pela soma da corrente de base com a corrente de coletor, sendo portento a maior corrente que circula num transistor. A resposta correta para este teste € portanto a da alternativab Agostor60 : 641 70. 104. Caracteristicas dos amplificadores com transistor A utilizacdo de um transistor num circuito como amplificador é feita levando-se em conta o seu comportamento elétrico tanto em relago ao sinal que deve ser amplificado como em relago 20 sine! de saida. Isso significa que, para que um transistor fun- cione convenientemente como amplificador é preciso respeitar as caracteristicas de entrada do transistor entregando-Ihe osinal de maneira certa e também respeitar as caracteristicas de saida deste transistor retirando o sinal também de maneira certa. Estas caractoristicas de entrada @ de saida séo dadas pela impedancia do circuito, fator que passamos a explicar agora. Por impedancia, entendemos a mancira como um circuito “reage” a aplicaco de um sinal de corrente continua ou corren- te altemada. Um alto-falante, por exemplo, possui uma impe- dancia que diz como ele reage aos sinais que devem ser aplica~ dos pelo amplificador. Um alto-falante s6 consegue receber toda a energia do ampli- ficador se sua impedancia for igual a do amplificador em ques- uo. O2QO0 sass figura 527 A impedancia no caso 6 medida em ohms, e para haver a total transferdncia de onergia de um circuito para outro é preciso que 8 impedéncia de saida de um seja igual a impaddncia de entrada do outro. No caso de um alto-falante, por exemplo, se sua impedancia for menor que @ do amplificador ele ndo consegue receber toda sua poténcia ¢ ainda sobrecarrega 0 circuito que nao funcianaré perfeitamente. Se sua impedancia for maior, o amplificador tam. bém nfo conseguiré entregar ao alto-falante toda a poténcia que ele pode converter em som @o funcionamento também sera anormal 642 Impedancia Casamento de impedancia Rovista Saber Eletronica PiceeseseSeSe BRS PSeSSe SCS BEER SERS Bee pesescaneocoet RRR figura 528 © raciocinio usado para explicar 0 funcionamento do alto- falante em relacSo ao amplificador também é valido para expli- car 0 funcionamento do transistor num circuito como amplifica- dor. Para que haja o méximo de rendimento do transistor como amplificador é preciso queosinal Ihe seja entregue com a impe- dancia que ele apresenta na entrada, ¢ para se obter 0 maximo do sinal amplificado 6 preciso que ele seja retirado por meio de um circuito de carga que apresente a mesma impedancia que 0 transistor apresenta na saida. Em suma, uma etapa amplificadora transistorizada, ou seja, um transistor ligado como amplificador apresenta uma impe- dancia de entrada e uma impedéincia de saida que deve ser leva~ da em conta quando 0 usamos como amplificader. Impedancia de entrada ¢ de saida Je Zin= MPECANCIA OF EHTRADA ZouIMPEOANGIA DE SAIOR figura 529 No cireuito que usamos para estudar 0 funcionamento do transistor, tanto NPN como PNP temos uma impedéncie de entrada da ordem de 1 000 ohms, o que pode ser considerado um velor relativamente baixo, e uma impedincia de salda da cordem de 50 000 ohms, o que pode ser considerado um valor alto. Agosto/80 643 n 72 Veja entretanto que os valores indicados s&o valores tipicos, o que significa que em muitas aplicacdes podemos. encontrar valores bem diferentes dos indicados. A relagdo entre 2 impe- déncia de said, muito maior que a de entrada, 6 entretanto mantida. figura 530 Nos circuitos em que os transistores s8o usados como ampli- ficadores existe ainda outras caracteristicas importantes. Quando usamos um transistor para amplificar um sinal um fator importante a ser considerado 6 ondmero de vezes que este transistor pode amplificar osinal em quest&o. Nas especificacSes dos circuitos transistorizados encontramos entretanto trés tipos de ganhos que o leitor deve diferenciar bem, para entender bem © funcionamento do componente. 1. Ganho de Corrente: este é 0 ganho principal que interesse ‘em muitas aplicagdes porque esta é a func&o tipica do transis- tor: amplificar correntes. Conforme vimos, a corrente de base 6 que determina a corrrente de coletor 0 que significa que temos Para o transistor como amplificador uma relagdo entre correntes que nos dé 0. seu fator de amplificago. figura 531 No circuito tomado como exemplo, a relagdo entre a corrente de coletor ¢ a corrente de base, chamadas respectivamente de Ice Ig nos define uma grandeza chamada fator Beta (3) ou ganho estético de corrente na configuracdéo de “Emissor ‘comum”. O “Beta” de um transistor é portanto 0 ntimero de vezes que este transistor aumenta de intensidade’uma corrente que Ihe seja aplicada & base. O sinal amplificado, evidentemente deve ser retirado do coletor. Para os transistores comuns 0 ganho Beta pode variar entre 2 ou 3 até 900 ou mais. 2. Ganho de tenséo: considerando que na entrada do ampl cador transistorizado temos uma “‘resist€ncia” ou imped&ncia e que na saida também, a circulac4o de uma corrente por estas resistncias quando da aplicacSo e da retirada do sinal represen- ta 0 aparecimento de uma tensdo, conforme sugere a figura 532. Impedéncias dos transistors Ganho de corrente Ganho de tensfo Revista Saber EletrOnica aNHO. OF _vout ‘TensAo = figura 532 Podemos entéo pensar no transistor como um amplificador de tensdo levando em conta a relac3o existente entre @ tensdo que obtemos na resisténcia de saida e a tenséo que aplicamos na resistencia de entrada. E claro que o transistor n8o 6 um tipico amplificador de ten- 8% mas como a tensfo obtida em sua salda em determinados circuitos é maior que a tenséo de entrada, ele pode perfeitamen- te opsrar deste modo. 3. Ganho de potéacia: como a poténcia 6 dada pelo produto da tensdo pela corronte podemos pensar também em ganho de poténcia para um transistor funcionando como amplificador. Este ganho serd dado pela relacgo existente entre 2 poténcia que obtemos para o sinal de safda @ @ poténcia do sinal de entrada. Em outras palavras, como poténcia 6 produto de tensao por corrente, o ganho de poténcia 6 dado pela relacdo existente entre 0 produto da tenséo pela corrente na saida pelo produto da tens8o pels corrente na entrada, ‘GaNHO GF PoTENCia =-EE figure 533 No circuito que indicamos como exemplo para funcionamento do transistor, existe ganho de poténcia porque tanto a tenséo como a corrente de salda s4o maiores que a tens&o e a corrente de entrada. Agosto : 645 Ganho de poténcia Resumo do quadro 104 — Impedéncia 6 “resisténcia” que umcircuito apresenta a. um sinal de corrente continua ou alternada. — A impedancia 6 medida em ohms. — Para que um amplificador entregue toda sua poténeia a um alto-falante preciso que suas impedancias sejam iguais. — Os transistores usados como amplificadores apresentam uma impedéncia de entrada ¢ de salda. — Para que o transistor funcione convenientemente a entrega do sinal 20 mesmo e sua retirada deve ser feita respeitando-se as impedancias. — No circuito que estudamos os transistores apresentam uma impedéncia de entrada relativamente baixa e impedancie de sal- da relativamente alta. O ganho de corrente ¢ a relagdo existente entre as varia- ces da corrente de coletor ¢ as variagées correspondentes da Corrente de base — 0 ganho de corrente 6 denominado fator Beta. — 0 transistor também apresenta ganho de tensdo. — 0 ganho de tensdo é dado pela relacdo existente entre a tensdo de safda e a tenséo de entrada. — 0 ganho de poténcia & dado pela relago tens&o x corrente de entrada e a tensdo x corrente de salda. — Poténcia é 0 produto da corrente pela tensdo, Avaliagdo 328 A grandeza elétrica definida como a oposigso oferecida a pa sagem de um sinal de corrente alternada denomina-se: a) capaciténcia b) fator beta ) impedancia d) reaténcia Resposta C Explicacaio Conforme estudamos, a oposie&o a passagem de uma corren- te continue num circuito é denominada resisténcia. Para expres- sar a oposigZo & passagem de uma corrente que pode ser alter nada, em componentes que n&o sejam resistores, como por exemplo indutores, capacitores, etc, define-se uma grandeza denominada imped&ncia que 6 também medida em ohms. Os alto-falantes apresentam uma impedancia jé que esta 6 dada como a maneira que se comportam em relagdo aos sinais de corrente alternada fomecidos pelo amplificador. A resposta correta para este teste 6 portanto a da letra c. 7 Avaliagao 329 Nos circuitos estudados com tran: missor comum” que tipo de impedincia apresentam a entrada e a saida? 2) entrada e safda de beixa impedancia b) entrada @ salda de alta impedancia ¢) entrada de alta Impedancia ¢ sada de balxa Impedancia 4d) entrada de baixs impedancia e saida de alta impedancia 646 Revista Saber EletrOnica Explicagao Como estudamos, os tansistores quando usados como amplificadores na configuragao denominada “emissor comum’” tem por caracteristica apresenter uma baixa impedancia de entrada e ume alta impedancia de saida. Estas impedaricias so, importantes pois determinam o modo como os sinais deve ser aplicados aos transistores e deles retirados. Veremios em outras ligdes que oxistom modos de se ligar um transistor que permi- tem obter outras caracteristicas de entrada ¢ de saida. Para este teste 2 alternativa correta 6 portanto a da letra d. Avaliagdo 330 A relaco existente entre @ corrente de coletor ea corrente de base num transistor ligado como amplificador do modo indicado na ligéo denomina-se: 2) genho de poténcia b) fator beta } fator alfa d) impedancia Explicagdo © ganho estético de corrente ou fator beta 6 a relacSo que existe entre a corrente de saida do transistor, ou seja, a corrente que circula por seu coletor e a corrente de entrada, ou seja, 2 corrente que polariza sua base e que 6 amplificada. © fator beta indica quantas vezes um transistor amplifica uma corrante continua sendo para os comuns, de valor também vali- do nos casos em que sinais de baixa frequéncia s8o amplifica- dos. A resposta correta para este teste corresponde portanto a letra b. 105. Configuracdes Vimos que um transistor ligado de modo a amplificar um sinal apresenta certas caracteristicas de entrada e de saida, e que este sinal, no circuito tomado como exemplo é aplicado a base 6 retirado do coletor. Esta sem duvida 6 a maneira mais comum de se usar o transistor mas ndo & a Gnica. (figura 534) Agosto/e0 647 , 6 MMi Ce reer) figura 534 De fato, podemos ligar o transistor de outros modes, aplicar os sinais de uma maneira diferente e retiré-los também de outro modo, obtendo-se entéo caracteristicas diferentes pare este componente que ainda se comportaré como um amplificador. Estas maneiras de se ligar um transistor num circuito s5o denominades configuracdes e existem trés para estudarmos. Cada uma das configuracées permite obter caracteristicas diferentes de entrada © de saida além de amplificagso. 1 - Configuracdo de Emissor Comum Esta é na realidade a configur¢fo que tomamos em nosso exemplo e que 6 a mais comum e que permite um melhor apro- veitamento das propriedades amplificadoras do transistor. Na figura 535 temos 0 circuito bésico de um transistor ligado na configura¢do de emissor comum. Analisemos 0 porque desta denomina¢ao. is ee. A ENTRADA figura 535 Como jé foi estudado, a corrente correspondente ao sine! a ser amplificado deve polarizer a jun¢So emissor-base, o que sig- nifica que o sinal 6 ent&o aplicado entre a base © o emissor do transistor, Este sinal & por sua vez retirado ap6s amplficagSo do coletor, circulando ent&o entre o emissor @ 0 colstor. CURSO DE ELETRONICA Veja 0 aluno ent8o que 0 emissor do transistor 6 um elemento comum tanto a entrada como a saida do sinal. E por este motivo que esta configuracSo recebe a denominagdo de emissor comum. Na configuracdo de emissor comum o transistor epresenta as seguintes caracteristica: 1. Baixa impedancia de entrada em torno de 1 000 ohms. 2. Alta impedancia de salda, em tomo dos 50 000 ohms. 3. Ganho de corrente maior que 1, ou seje, o transistor amplifica correntes. 4. Ganho de tense maior que 1, ou soja, o transistor amplifi- ca também tensdes. 5. O sinal obtido na saida tem a fase invertida em relagho & entrada. 2 - Gonfiguragéo de Coletor Comum Uma outra maneira de se usar um transistor como amplifica- dor 6 @ mostrada na figura 536. all figura 536 Nesta configuracdo o sinal de entrada também 6 aplicado & base do transistor mas tem por elemento de circulacSo 0 coletor que val ligado diretamente a bateria de polarizacéo. O sinal amplificado 6 retirado do emissor do transistor, spare- cendo portanto entre este elemento e o coletor. O coletor 6 por- tanto o elemento comum a entrad @ saida do circuito dai denominarmos esta configuraco de “emissor comum”. Esta configuraclo apresenta as seguintes caracteristicas: 1. Alta impedancia de entrada, da ordem de 50 000 ohms ou mais. 2, Muito baixe impedéncia de seida, da ordem de 1 000 ‘ohms ou menos. 3. Ganho de corrente maior que 1, 0 que significa que otansistor amplifica correntes. 4. Ganho de tens8o menor que1, o que significa que a tens&o de safda 6 menor que 2 aplicada na entrada, mas mesmo assim, ‘obtém-se uma amplificagéo de poténcia que indica que no final, o sinal obtido na safda 6 mais “forte” que o aplicado na entrada. Caracteristicas de emissor comum, Caracteristicas de coletor comum. 5. Nao hd inversdo de fase, pois neste circuito as variacdes posi- ives do sinal de entrada correspondema variades positivas do sinal de safda 3 - Configuragaéo de Base Comum Esta é a terceira maneira de se ligar um transistor apresentan- do caracteristicas préprias. (figura 537) cn enreeoa >| figure 537 Nesta configuracdo o sinal a ser amplificado 6 aplicado entre a base @ 0 emissor, sendo o emissor 0 elemento de entrada. O sinal amplificado ¢ retirado entre o coletor @ a base. A base 6 Portanto 0 elemento comum aentrada @ a saida do sinal. ‘A configuraco de base comum apresenta as seguintes carac- teristicas: 1, Muito baixa impedncia de entrada entre alguns ohms © 50 ohms. 2. Elevada impedancia de saida, entre 10000 ohms ealguns megohms. 3. Ganho de corrente inferior @ 1, 0 que quer dizer que nesta configuracgo a corrente em si n3o 6 amplificada. 4, Ganho de tenséo elevado, o que significa que no fundo o transistor ainda amplifica com resultado liquid de uma potén- cia de sinal de safda maior do que a dosinal aplicado a entrada. 5. Nao hé inverséo de fase, o que querdizer queafase dosinal obtido na saida é a mesma do sinal aplicado a entrada. \Vejam os leitores que néo 6 0 fato do transistor no apresen- tar ganho de corrente ou de tensdo em certas configuragées que impede sua utllizacdo prética. O que interessa realmente é que 0 transistor emplifique e isso 6 dado pelo ganho de poténcia e em todas as configuragées temos este ganho. E claro que, de todas,a que fomace maior ganho de poténcia € 8 configuracdo de emissor comum, e @ que menor ganho de poténcia fornece & a configura¢&o de coletor comum. Base comum Caracteristicas de base 78 Resumo do quadro 105 — Os transistores podem ser ligados de trés maneiras diferen- tes nos circuitos como amplificadores. — Conforme 2 maneira como os transistores so ligados oles apresentam caracteristicas proprias de impedancia, ganho © fase. — Na configurao de emissor comum o sinal 6 aplicado entre a base © 0 emissor e retirado entre o coletor @ o emissor. Revista Saber EletrOnica — Esta configura¢o apresenta balx impedfncia de entrada e alta impedéncia de safda, o ganho de tensdo e o de corrente sf0, maiores que 1 ¢ 0 sinal de salda tem fase invertida em relacdo ao sinal de entrada. —Na configuracao de coletor comum o siant 6 aplicado entre a base e 0 coletor eretirado entre 0 coletor @ 0 emissor. Esta configuracao apresenta alta impedancia de entrada e baixa impedéncia de safda. O ganho de tenséo ¢ inferior a 1, 0 ganho de corrente 6 superior a 1 @ ndo hé invers&o de fase. Na configuracdo de base comum o sinal 6 aplicado entre o emissor e a base ¢ retirado entre 0 coletor ¢ a base. — Esta configuraco apresenta elevads impedéncia de salda, baixa impedéncia de entrada, ganho de tensdo alto, e nfo hd ganho de corrente. O sinal ndo tem sua fese invertida a0 ser amplificado. — A configuragao de emissor comum 6 a que apresenta maior ganho de potén —A configuracao de coletor comum 6 a que apresenta me- nor ganho de poténcia. — Todas as configuragdes so usadas na prética, aperecendo ‘em aparelhos comuns segundo as necessidades de maior ou menor impedéncia, maior ou menor ganho, etc. Avaliagdo 331 Em relagdo a configureco de emissor comum podemos afir- mar que: a) 0 ganho de poténcia 6 inferior a 1 b) no hé invarsdo de fase ) © ganho de tensfo e 0 de corrente so superiores a 1 d) 0 sinal 6 aplicado entre o emissor e 0 coletor Resposta C Explicagdo Para a configuraco de emissor comum temos as seguintes propriedades: alts impedancia de sada, baixa impedancia de entrada, inversdo de fase, ganho de tensdo e de corrente supe- riores a unidade ¢ o sinal é aplicado entre a base 6 0 emissor. Analisando entdo asaiternativas do teste vemos que apenas a correspondente @ letra c 6 correta. Avaliagéo 332 Se desejarmos uma alta impedancia de entrada e uma baixa impedancia de saide numa etapa amplificadora com um transis- tor que configuracdo devemos usar? 2) base comum b) emissor comum ) coletor comum 4d) qualquer uma das trés configudes Explicagao A configurac&o que nos permite obter uma alta impedéncia de entrada e uma baixa impedancia de safda é a configuracao de coletor comum que também & conheciida como “seguidor de emissor”. O ganho de corrente desta configuracéo é alto, se bem que no haja ganho de tensdo. A resposta correta para aste teste correspondente portanto a letra c Agesior80 651 79 Avaliagéo 333 Para a configuragéo de base comum quais das seguintes caracteristices sdo vélidas? a) alta impedancia de entrada b) elevade ganho de poténcia ©) gahho de corrente maior que 1 4d) baixa impedancia de entrada Explicagio Conforme jé vimos, na configura¢So de emissor comum obtém-se baixe impedancia de entrada, elevada impedncia de salda, ganho de tenséo maior que 1, ganho de corrente inferior a unidade e néo hé inversdo de fase. Analisando as alternatives deste teste vamosentéo que a Gnica resposta que coincide com as caracterlsticas obtidas para a configuracdo de base comum é ada letrad. Avaliagio 334 Qua! configuracdo nos permite amplificar um sina! sem inver- ter sua fase? 2) emissor comum a base comum b) base comum e coletor comum ¢) emissor comum e coletor comum d) todas as trés configuragdes Explicacéo A Gnica configuracéo que inverte s fase de um sinal 80 ampli- ficé-1o éade emissor comum. As demais, base e coletor comum ndo invertem a fase dosinal ou seja, temos para varlages posi: vas da tensdo de entrada, variacdes positivas da tensSo de sai- da. A resposta correta para este teste é portanto a da letra b. Avaliagéo 335 Qual configuracdo apresenta as seguintes caracteristica: — elevada impedancia de entrada — baixa impedancia de saida —ganho de corrente superior a unidade — n&o ha inversdo de fase a) emissor comum ou base comum b) emissor comum ¢) coletor comum d) base comum Resposta C 80 Explicagao As caracteristicas indicadas so da configuracdo de coletor comum, Nesta 0 sinal 6aplicado entre a base e o coletor e retira- do entre 0 coletor ¢ 0 emissor sendo portando o coletor comum a0 circuito de entrada e de seida. Neste configuracéo 0 ganho de tens3o 6 inferior a unidade se bem que 0 produto do ganho de tensdo pelo ganho de corrente seja maior que 1 0 que indica que existe ganho de poténcia e o transistor pode funcionar como amplificador. Vejaentdooaluno que a condigao para haver ganho de poténela é queo ganhode corrente muitiplicado pelo ganho de tenséo seja superior 4 1. Aresposta correta para este teste 6 portanto a da letra c. Revista Saber Eletronica

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