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INSTALACOES ELETRICAS INDUSTRIAIS 72 EDICAO Joio MAMEDE FILHO Engenheiro eletricista Diretor de Planejamento e Engenharia da Companhia Energética do Gear (1988-1990) Ex-Diretor de Operaciio da Companhia Energética do Ceard — Coelee (1991-1994) Ex-Diretor de Planejamentoe Engenharia da Companhia Energética do Ceara (1995-1998) Ex-Presidente da Comité Coordenador de Operagies do Norte-Nordeste — CCON Ex-Presidente da Nordeste Energia S.A. — Nergisa (1999-2000) sAtual Presidente da CP: — Consultoria e Projetos Elétricas Professor de Hletrotécnica Industrial da Universidade de Fortaleza — Unifor (desde 1979) LTC EDITORA criTULG ELEMENTOS DE PROJETO 1.1 INTRODUCAO A claboragiio do projeto elétrico de uma instalagao industrial deve ser precedida do conhe mento dos dados relativas as condigdes de suprimento ¢ das caracteristicas funcionais da inds tria em geral, Normalmente, o projetista recebe do cliente um conjunto de plantas da indistria, contendo, no minimo, os seguintes detalhes a) Planta de situagao ‘Tem a finalidade de situar a obra no eontexto urbano, j ) Planta baixa de arquitetura do prédio ‘Contém toda a area de construgdo, indicando com detalhes divisionais os ambientes de produgio industrial, escritérias, dependéncias em geral e outros que compdem 0 conjunto arquitetonico. ©) Planta baixa do arranjo das mequinas (layout) Contém a projegio aproximada de todas as maquinas, devidamente posicionadas, com a indicagao dos motores a alimentar ¢ dos respectivos paingis de controle. 4d) Plantas de detalhes Devem conter todas as particularidades do projeto de arquitetura que venham a contribuir na igfio do projeto elétrico, tais como: det + vistas © cortes no galpao industrial: + detathes sobre a existéncia de pontes rolantes no recinto de produgio; + detalhes de colunas vigas de concreto ou ouiras particularidades de construcao; + detalhes de montagem de certas méquinas de grandes dimensoes, O conhecimento desses e de outros detathes passibilita ao projetista elaborar corfetamente um excelente projeto executive. nportante, durunte a fase de projeto, conhecer os planos expansionistas dos dirigentes da empresa ¢, se passivel, obter detalhes de aumenta efetive da carga a ser adicionada, bem camo 0 local de sua instalagao. Qualquer projeto elétrico de instalagdo industrial deve considerar os seguintes aspectos: a) Flexibilidade Ba capacidade de admitir mudangas na localizagao das maquinas e equipamentos sem com- prometer seriamente as instalagdes existentes, ‘b) Acessibilidade itacle de acesso a todas as méquinas ¢ equipamentos de manobra ©) Confiabilidade Representa 0 desempenho do sistema quanto as interrupgGes tempordrias & permanentes, bem como assegura protec a integridade fisica daqueles que o operam. 4) Continuidade © projeto deve ser desenvalyide de forma que a instalagdo tenha © minimo de interrupgio total ou em qualquer um de seus circuitos. Para isso, muilas vezes faz-se necessdria alguma redundancia de alimentagao da indastria ou de qualquer um dos setores de produgiio 2 CariruLo Um © projetista, sem ser especialista no ramo de atividade da indlistria que projeta, deve eonhecer o funcionamento de todo.o complex industrial, pois isto Ihe possibilita um melhor planejamento das instala elétricas. Neste capitulo serao abordados diversos assuntos, todos relacionados ao planejamento de um projeto de instalagao elétrica industrial. 1.2 NORMAS RECOMENDADAS Todo & qualquer projeto deve ser elaborado com base em documentos normativos que, no Brasil, sio de responsabilidade da ABNT — Associagao Brasileira de Normas e Técnicas. Cabe, também, seguir as normas particulares das concessiondrias de servico publico responsaveis pelo suprimento de energia elétrica da drea onde se acha localizada a industria. Estas normas, em go- ral, ndo colidem com as da ABNT, porém indicam ao projetista as condigées minimas exigidas para que se efetue o formecimento de energia 2 inddstria, dentro das particularidades inerentes a cada empresa. ‘A Coelee — Companhia Energétiea do Ceard, concessionéria exclusiva do Estado do Ceari, possui um conjunto de normas técnicas que eobre todo tipo de fomecimento de energia elétrica para os 4itios niveis de tensdo de suprimento. Existem também normas estrangeiras de grande valia para consultas, como, por exemplo, a norte-americana NEC — National Electrical Code. ‘A adogio de normas, além de ser uma exigéncia técnica profissional, condur a resultados al- tamente positives no desempenho aperacional das instalagées, garantinde-Ihes seguranga ¢ du- rabilidade. 1.3 DADOS PARA ELABORAGAO DO PROJETO © projetista, além das plantas anteriormente mencionadas. deve conhecer os seguintes dados: 1.3.1 Condigdes de Fornecimento de Energia Elétrica Cabe 4 concessionéria local prestar ao interessado as informagGes que The siio pertinentes, squais sejame + garantia de suprimento da carga, dentro de condig6es satisfatérias; + variagio da tensa de suprimento: + tensio de fornecimento; + tipo de sistema de suprimento; radial, radial com recurso ete.: + capacidade de eurto-cireuito atual e futuro do sistema; + impediincia reduzida no ponto de suprimento. 1.3.2 Caracteristicas das Cargas Estas informagdes podem ser obtidas diretamente do responsdvel pelo projeto técnico industrial, ou por meio do manual de especificagdes dos equipamentos. Os dados principal a) Motores + poténcia: + tensio: + corrent © freqiiénci + ntimero de pétoss + ntimero de fases: + Tigagdes possiveis; + regime de funcionamento. b) Fornos a arco + poténeia do for + poténeia de curto-cireuito do Forno; nvia do transformador do forn 3 IENTOS DE PROJETO 3 + futor de severidade. c) Outras cargas Aqui fican caracterizadas caigas singulares que compoenva instalagdo, ais como maquina acionadas por sistemas computadorizados, cuja variacao de tensio permitida seja minima &, por isso, requerem circuitos alimentadores exclusivos ou até transformadores proprios —aparelhos de raios X industrial ¢ muitas outras cargas tidas como especiais que devem merecer um estudo particularizado por parte do projetista. 1.4 CONCEPGAO DO PROJETO Esta fase do projeto requer muita experiéncia profissional do projetista, Com base nas suas devis6es, © projeto tomara forma e corpo que conduzirio ao dimensionamenta dos matetiais equipamentos, estabelecimento da filosofia de protegio ¢ coordenagda, entre outros, De uma forma geral, a titulo de orientagao, podem-se seguir os pasos apontados como meto- dologia racional para a concepgio do projeto elétrico. 14.1 Divisdo da Carga em Blocos Com base na planta baixa com 2 disposigfo das miquinas, deve-se dividir a carga em blocos Cada bloco de carga deve corresponder a um quadro de distribuigdio terminal com alimentagaio ¢ protegdo individualizadas. Aescolha dos blocos, a principio, & feita considerando-se os setores individuais de produgao, bem como a grandeza de cada carga de que sao constituidos, para avaliagdo da queda de tensdo. Como setores individuais de produgiio, cita-se o exemplo de uma industria de flagdo em que se pode dividir a carga em blocos correspondentes aos setores de batedores, de filatérios, de cardas ete, Quando um determinado setor ocupa uma drea de grandes dimensGes, pode ser dividido em dois blocos de carga, dependendo da queda de tensio a que estes ficariam submetidos afastados do centro de comando, caso somente um deles fosse adotado para suprimento de todo o setor. ‘Também quando um determinado setor de produce estd instalado em recinto fisicamente iso- Jado de omtros setores, deve-se toma-lo como bloco de carga individualizado, Cabe aqui considerar que podem ser agrupados varios setores de produgao num s6 bloco de cargas, desde que a queda de tensio nos terminais das mesmas seja permissfvel. Isto se dl, muitas vezes, quando da existéncia de maquinas de pequena poténcia, Localizagao dos Quadros de Distribuigdo de Circuitos Terminais Os quadros de distribuigdo de cireuitos terminais devern ser localizados em pontos que satis- fagam, em geral, as seguimtes condigies: a) No centro de carga Isso nem sempre € possivel, pois o centro de carga muitas vezes se acha num panto fisico inconveniente do bloco de carga b) Priximo a linha geral dos dutos de alimentagaio ©) Afastado da passagem sistemstica de funciondtios d) Em ambientes bem iluminados ¢) Em locais de facil acesso 1) Em locais no sujeitos a gases corrosivos, inundugdes, trepidagées, etc. g) Em locais de temperatura adequada. Os quadros de distribuigdio normais so designados neste livro como Centro de Controle de Motares (CCM), quando nestes forem instalados componentes de comands de motores, Sio de- nominados Quadros de Distribuigio de Luz (QDL%, quando contém componentes de camando de iluminagio, Localizagao do Quadro de Distribuigao Geral Deve ser localizado, de prefertneia, na subestagdo ou em Area contiguaa esta. De uma maneira geral, deve ficar proximo as unidades de transformagao a que esta ligado E também denominado, neste livro, Quadro Geral de Forga (QGF) o quadro de distribuigie ge- ral que contém os componentes projetados para seccionamento, protegdo e medigao dos circuitos de distribuicao, ou, em alguns casos, de circuitos terminais, 4 Capito UM 1.4.4 Localizagao da Subestagao E comum o projetista receber as plantas j4 com a indicagio do local da subestagiio. Nestes casos, a escolha é feita em funcao do arranjo arquitetOnico da construgao. Pode ser também uma decisiia visando & seguranga da industria, principalmente quando o seu produto € de alto risco. Parém, nem sempre o local escolhido é tecnicamente o mais adequado, ficundo a subestagdo central, as vyezes, muito afastada do centro de carga, acarretando alimentadores longos ¢ de segao elevada, Estes casos so mais fregiientes quando a indistria é constituida de um tinico prédio e € prevista uma subestago abrigada em alvenaria. ‘As inddstrias formadas por duas ou mais unidades de produgao, localizadas em galpOes fisica- mente separados, conforme ilustrado na Figura 1,1, permitem maior flexibilidade na eseolha do local tecnicamente apropriado para a subestagaio, TRIO Muro Extemo da Fabrica THEE ‘FIGURA 1.1 Indistria formada por diversos galpies Em tais casos, € necessério localizar proximo a via publica acabine de medicao que contém os equipamentos c instrumentos de medida de energia de propriesade da concessiondria. Essa distin- cia varia de empresa para empresa. Contigua ao posto de medigao deve ser localizada a Posto de Protegio Geral (PPG) de onde derivam os alimentadores prinvérios para uma ou mais subestagdes localizadas proximo ao centro de carga. ‘0 proceso para lacalizagao do centro de carga, que deve corresponder a uma subestagao, € definido pelo calcula do baricentra dos pontos considerados como de carga puntiforme ¢ corres- pondentes & poténcia demandada de cada pavilhao com suas respectivas distancias a origem, no caso © posto de protectio geral, conforme as Equagdes (1.1) ¢ ¢1.2). O esquema de eoordenadas da Figura 1.2 refere-se & industria representada na Pig. 1.1. X KPAX, XP EX KR TM XP RtPRtRtAat+k xe ¥XR+hHXRAKXAtH XRAY XR RrRtRte+tR 150} 4 — 110 + - + 89,9} - = SEE eP FIGURA 1.2 =a 1 Coordenadas para se deteeminar | x centro de carga 0 60 150 200 235.8 320 ELEMENTOS DE PROJETO 5 Para exemplificar, considere as poténcias ¢ as distancias indicadas nas Figuras 1.1 1.2. 60 X 225 + 150 x 500 + 200 x 750 + 320 x 300 + 320 x 1.000 — + X= 295.8 225 + 500 + 750 + 300 + 1.000 = 7 40 X 1,000 + 60% 500 + 110 ¥ 300 + 150 X 225 + 150% 750 ey 8 225 + 500 + 750+ 300 + 1.000 As coordenadas X ¢ Y indica o local adequado da subestagio, relativamente do ponto de vista da carga. O local exato, porém, deve ser decidido tomando-se como base autros parlimetros, tais ‘como proximidade de depdsitos de materiais combustiveis, sistemas de resfriamento de gua, ar- ruamento interno, entre outros. Ascolha do niimero de subestagoes unitérias deve ser baseada nas seguintes consideragdes: + quanto menor a poténcia da subestagio, maior é a custo do kVA instalado; + quanto maior é o nimeto de subestagdes unitérias, maior é a quantidade de condutores pri- mario; * quanto menor ¢ 0 ntimero de subestagées unitiri: cundiirios dos circuitos de distribuigiio. maior éa quantidade de condutores se- Daf, pode-se concluir que necessério analisar os custos das diferentes opgdes, a fim de se de- terminara solugao mais econémica, Estudos realizados indicam que as subestagées unitiérias com poténcias compreendidas entre 750 e 1.000 kVA siio economicamente mais convenientes. 14.5 Definigao dos Sistemas 1.4.5.1 Sistema primario de suprimento o de uma inddstria ¢, na grande maioria dos casos, de tesponsabilidade da con- cessiondria de energia elétrica. Por isso, 0 sistema de alimentagio quase sempre fica limitado As isponibilidades das linhas de suprimento cxistentes na area do projeto. Quando a indistria é de certo porte e a linha de produgao exige uma elevada comtinuidade de servigo, faz-se necessirio realizar investimentos adicionais, buscando recursos alternatives de suprimento, tais como a cons- trugio de um novo alimentador ou a aquisigao de geradores de emergéncia. As induistrias, em geral, sao alimentadas por um dos seguintes tipos de sistema: a) Sistema radial simples E aquele em que o fluxo de poténcia tem um sentido nico da fonte para a carga. E 0 tipo mais simples de alimentagio industrial ¢ também o mais utilizado. Apresenta, porém, baixa confiabi- lidade, devido a falta de recurso para manobra quando da perda do circuito de distribuigao ger ‘ou alimentador, Em compensagao, apresenta menor custo quando comparado a outros sistemas, por conter somente equipamentos convencionais € de larga utilizagao, A Figura 1.3 exemplifica este tipo de sistema. b) E aquele em que o sentido do fluxo de poténcia pode variar de acordo com as condigdes de carga do sistema Dependendo da posigdo das chaves 1.4, eda seu poder de manobra, est jema radial com recurso nterpostas nos circuitos de distribuigo, conforme a Figura istema pode ser operado como: + sistema radial em anel aberto; stema radial scletivo. Ay ma & 4+@— 1 5 £3} Circuito de Distribuigsio. 8 cs 1.3 cra Sie | que de ssterna radial a oe) simples Transtormador de Distribuigio PIGUIRA + Esquema de sistema radial com recurso, FIGURA 1.5 Exemplo de distribuigio de sistema radial ples Capiruco Um Barra t Industria Chave NA ou NF Bara 2 Transformador de Distribuigae Esses sistemas apresentam uma maior confiabilidade, pois a perda eventual de um dos eircuitos de distribuigio ou alimentador ndo deve afetar a continuidade de fornecimento, exceto durante ‘© periocio de manobra das chaves, caso estas sejam manuais ¢ 0 sistema apere na configuragdio radial Os sistemas com recurso apresentam custas clevados, devide-ao emprego de equipamentos mais caros ¢, sobretudo, pelo dimensionamento dos circuitos de distribuigao que deve ter ca- pacidade individual suficiente para suprir as cargas sozinhos quando da saida de um detes. Esses sistemas podem ser alimentados de uma ou mais fontes de suprimento da concessiondria, o que, no segundo caso, inelhorard a continuidade de fornecimento. Diz-se que o sistema de distribuigao trabalha em primeira contingéncia quando a perda de um alimemtador de distribuigio nao afeta o suprimento de energia, Semelhantemente, num sistema que trabalha em segunda contingéncia, a perda de dois alimentadores de distribuigao nao afeta o suprimento da carga. Conseqiientemente, quanto mais clevada é a contingéncia de um sistema, maior @ seu custo 1.4.5.2 Sistema primario de distribuigda interna Quando a indistria possui duas ou mais subestagdes alimentadas de um ponto de suprimento da concessionéria, conforme visto anteriormente, pode-se praceder 2 energizagao destas subesta- ¢Ges utilizando-se um dos seguintes esquemas a) Sistema radial simples Js definido ant jJormente, pode ser tragado conforme a Figura 1.5, AeA Poste de Entrada b) Sistema radial com recurso ‘Como jé definido, este sistema pode ser projetado de acordo com a ilustragao apresentada na Figura 1.6, em que os pontos de consumo setoriais possuem alternativas de suprimento através de dois circuitos de alimentagao, Cabe observar que cada barramento das SEs 6 provido de desligamento automatico ou manu- al, padendo encontrar-se nas posigdes NA {normalmente aberto} ou NF (normalmente fechada), conforme a methor distribuigao da carga nos dois alimentadores. ELEMENTOS DE PROUETO 7 FIGURA1.6 Exemplo de distribuigio de sistema primairio radial com recurso anes |__| Protagie Geral — ee FededaConcessionina 1.4.5.3 Sistema secundario de distribuigao A distribuigao secund: em baixa tenso numa instalagio industrial pode ser di 1.4.5.3.1 Circuitos terminais de motores Numa definigio mais elementar, o circuit terminal de motores consiste em dois ou 118s con dutores (motores monofasicos ou biffisicos ¢ trifaésicos) conduzindo corrente numa dada tensio, desde um dispositive de protegao até a ponto de utilizagao, A Figura 1.7 mostra o tragado de um circuite terminal de motor. Os circuitos terminais de motores devem obedecer a allgumas regras basicas, ou seja: + Conter um dispositivo de seccionamento na sua origem para fins de manutengdo, © seceio- namento deve desligar tanto-© motor como o Seu dispositive de comando. Podem ser utili- zados: ~ seccionadores; — interruptores; — fusiveis com terminais upropriados para retirada sob tensio; = tomada de corremte. * Conter um dispositive de protegdo contra curto-circuito na sua origem. + Conter um dispositivo de comande capaz de impedir uma partida automiitica do motor de- vido & queda ou falta de tensdo, se a partida for capaz de provocar perigo, Neste caso, re- comenda-se a utilizagiio de contatores, + Conter um dispositivo de acionumento do motor, de forma a reduzir a queda de tensa na partida a um valor igual ow inferior a 10%, ou em conformidade com as exigéncias da car- Ba. + De preferéncia, cada motor deve ser alimentado por um circuito terminal individual, + Quando um cireuito terminal alimentar mais de um motor ou outras cargas, os motores de- yem reeeher protegiio de sobrecarga individual. Neste caso, a protegdo contra curtos-circui- tos deve ser feita por um dispositive nico loealizado no inicio do cireuito terminal capaz Cirouito de Distribuicao: ae Circuito Terminal Fide da Gonesssionaria CapiruLo UM de proteger 68 condutores de alimentagao do motor de menor corrente nominal ¢ que nao atue indevidamente sob qualquer condigiio de carga normal do circuito, * Quanto maior a poténcia de um motor alimentado por um cireuito terminal individual, é recomendavel que cargas de outra natureza sejam alimentadas por outros circuito: Siio consideradas aplicagées normais, para as finalidades dus prescrigéies que se seguem, as definidas a seguir, para atendimento & NBR 5410/2004, ou seja + Cargas de natureza industrial ou similar — motores de indugio de gaiola trifaisico, de poténcia nominal nao-superior a 150 KW (200 cy), com caracteristicas normalizadas con forme NBR 7094; — cargas acionadas em regime $1 e com caracterfsticas de partida conforme a NBR 7094. + Cargas residenciais e comerciais — motores de poténcia inicial ni superior a 1,5 kW (2 cv)constituindo parte integrante de aparelhos eletrodomésticos ¢ eletroprafissionais 1.4.5.3.2 Cireuitos de distribuigao Compreende-se por circuitos de distribuigdo, também chamados neste livro de alimentadores, ‘0s condutores que derivam do Quadro Geral de For¢a (QGF) ¢ alimentam um ou mais centros de comando (CCM e QDL). Os eircuitos de distribuigao devem ser protegidos no ponto de origem por disjuntores au fusi- veis de capacidade adequada & carga e is correntes de curto-cireuito. Os circuitos de distribuigéio devem dispor, no ponto de origem, de um dispositive de seccia- namento, dimensionado para suprir a maior demanda do centro de distribuigao © proporcionar condigdes satisfatorias de manobra. 1.4.5.3.3 Recomendagées gerais sobre projete de circuitos terminais e de distribuigao No Capitulo 3, dis minais ¢ de distribuigdo, Mas aqui sto fornecide seu projeto: ute-se a metodologia de céleulo da seco dos condutores dos circuitos ter aleumas consideragdes priticas a respeite- do + amenor versal de um condutor para circuitos terminais de iluminagio ou de al mentaciio de owtras cargas é de 1,5 mm?; + nfo devem ser utilizados condutores com segao superior a 2.5 mm? em circuitos terminais de iluminacao ¢ tomadas de uso geral; + deve-se prever, se possivel, uma capacidade reserva nos circuitos de distribuigio que vise ao aparecimento de futuras cargas na instalacdo; Neste caso, nia hd condutores ligados, porém hd também que se prever falga suficiente nos dutos para acomodacao dos eircuitos-reserva; + devem-se dimensionar circuitos de distribuigao distintos para luz e forga + deve-se dimensionar um circuito de distribuicao distinto para cada carga com capacidade igual ou superior a 10.A. Nesse caso, deve-se admitir um circuite individual para cada uma das seguintes cargas: chu veiro elétrico, aparelho de ar condicionado, torneira elétrica, maquina de lavar roupa, maquina de lavar louga, apenas para citar alguns, + as cargas devem ser distribuidas o mais uniformemente possivel entre as fases . de preferéncia, deve ser dividida em varios circuitos terminai + © comprimento dos circuitos parciais para iluminagdo deve ser limitado em 30 m, Poem ser admitidos comprimentos superiores, desde que-a queda de tensdo seja compativel com ‘os valores estabelecidos pela NBR 5410/2004 e apresentados no Capitulo 3. 1.4.5.3.4 Constituigao dos circuitas terminais e de distribuigao ituidos de: a) Condutores isolados, cabos unipolares e multipolares. b) Condutos: eletrodutos, bandejas, prateleiras, escada para cabos etc. Evementos 0€ PRoveTo 9 A aplicagao de quaisquer dos condutos utilizaclos pelo projetista deve ser acompanhado de uma andlise dos meios ambientes nos quais sero instalados, conforme seri discutido na Seco 1.5. © dimensionamento dos condutos deve ser feita segundo o que prescreve 0 Capitulo 3 1.4.5.4 Consideragdes gerais sobre os quadros de distribuigao 0s quadros de distribuigiio devem ser construidos de modo a satisfazer as condigdes do am- biente em que serdo instalados, bem como apresentar um bom acahamento, rigidez mecdnica ¢ disposigdo apropriada nos equipamentas e instrumentos. Os quadros de distribuigao — QGF, CCM e QDL — instalados abrigados ¢ em ambiente de atmosfera normal devem, em geral, apresentar grau de protecao IP-40, caracteristico de execugao normal. Em ambientes de atmosfera poluida, devem apresentar grau de protegdo IP-54, Estes sto vedaclos € niia devem possuir instrumentos e botdes de acionamento fixados exteriormente As princi rracleristicas dos quadros de distribuigdo sao: + tensdo nominal; + corrente nominal (capacidade do barramento principal): + resisténcia mecéinica aos esforgas de curto-eircuito para o valor de crista; + grau de protegao; + acabamento (revestide de protegdo e pintura final). Deve-se prever circuito de reserva nos quadros de distribuicio, de forma a satisfazer os seguin- tes critérios determinados pela NBR 5410/2004. + quadros de distribuicao com até 6 cireuitos: espago para no minimo dois circuitos de reser- vas + quadros de distribuigdo contendo de 7 a 12 circuitos: espago para no minimo trés cireui- tos; + geradores de distribuigdo contendo de 13 a 30 cireuitos: espago para no minimo quateo cir- cuitos; + quadlros de distribuigdo contendo acima de 30 circuitos: espago reserva para uso no mit 15% dos circuitos existentes, As chapas dos quadros de distribuigdo devem sofrer tratamento adequado, a fim de prevenir os efeitos nefastos da corrasio, As téenicas de tratamento de chapas e aplicagdo de revestimen- tos protetores ¢ decorativos devern ser estudadas em literatura especifica, A Figura 1.8 mostra em detalhes o interior de um quadro de distribuigo e os diversos componentes elétricos ins- talados. Barramente Horizontal Barramanto Vertical Terminal de Carga Disluntor Trpolarfprotero geral) Diojuntor Tipster Fusivals Diazod Disjuntores Monapelares Terminal de Fonte 10 CAPITULO UM 1.5 MEIO AMBIENTE ‘Todo projeto de uma instalagao elétrica deve levar em consideragao as particularidades das in- fluéncias externas, tais como temperatura, altitude, raias solares, entre outros aspectos. Para cl sificar estes ambientes, a NBR 5410/2004 estabelece uma codificagio especifica através de uma combinaggo de letras € mimeros. As tabelas organizadas, classificando as influéncias externas, podem ser consultadas diretamente na norma brasileira anteriormente mencionada, Sumariamente, essa influéncias externas podem ser assim classificadas. 1.5.1 Temperatura Ambiente ‘Todo material elgirico, notadamente os condutores, sofrem grandes influéneias no seu dimensio- ‘namento em fungao da temperatura a que so submetidos. A temperatura ambiente a ser considerada para um determinado componente ¢ a temperatura local onde ele deve ser instalado, resultante da influ@neia de todos os demais componentes situados no mesmo local ¢ em funcionamento, sem levar em consideragio a contribuigdo térmica do componente considerado, ‘A seguir estio indicados os cédigos, a classificagao e as caracterfsticas dos meios ambientes: * AAT frigorifieo: —60°C a +5°C, © AA2: muito frio; —40°C a 45°C; * AASB: frio: —25°C a +5° * AAd: temperado: ~5°C a + 40°C; = AAS: quente: +5°C a +40°C; + AAG: muito quente: +5°C a +60°C; 1.5.2 Altitude Devido a rarefagdo do ar, em altitudes superiores.a 1.000 m alguns componentes elétricos, tals como motores ¢ transformadores, merecem consideragdes especiais no-seu dimensionamento. A classificagiio da NBR 5410/2004 é: ACH: baixa = 2.000 m; + AC2: alta > 2.000 m. 1.5.3 Presenga de Agua A prexenga de umidade ¢ gua € fator preocupante na selegao de equipamentos elétricos, A. jcago €: + ADI: aprobabilidade de presenga de dgua é desprezivel; + AD2: possibilidade de queda vertical de dgua; \ssibilidade de chuva caindo em uma diregdio cm Angulo de 60° com a vertical dade de projecio de dgua em qualquer diregao + ADS: possibilidade de jatos de agua sob pressao em qualquer diregtio, + AD6: possibilidade de ondas de égua; dade de recobrimento intermitente, parcial ou total de dgua; dade total recobrimento por égua de modo permanente. 1.5.4 Presenga de Corpos Solidos A poeira ambiente prejudica a isalagio dos equipamento umidade, Também a seguranga das pessoas quanto a possibi estabelecimento da seguinte classificagaio: rincipalmente quando asyociadad jade de contato acidental implicae + ABIL: niio existe nenhuma quantidade aprecidvel de poeira ou de corpos estranhos. + AE2: presenga de corpos s6lidos cuja menor dimensaa € igual ou superior a 2,5 m. + AB3: presenca de corpos sélidos cuja menor dimensdo € igual ou inferior a L mm. + AB4: presenca de poeira em quantidade apreciavel. 1.5.5 Presenga de Substancias Corrosivas ou Poluentes Estas substdncias so altamente prejudice ‘aos materiais elétricos em geral, notadamente isolagdes. A classificagdo desses ambientes & ELEMENTOS DE PROJETO 11 + AP |: quantidade ou natureza dos aspectos corrosives ou poluentes nao é significativa. + AP2: presenca significativa de agentes corrosivos ou de poluentes de origem atmostérica; + AF3; agdes intermitentes ou acidentais de produtas quimicos corrosivos ou poluemes; + AF4: agio permanente de produtos quimicos corrosivos ou poluentes em quantidade signi: ficativa, 1.5.6 Vibragées As vibragdes sao prejudiciais ao funcionamento dos equipamentos, notadamente as conexées elétricas correspondentes, cuja classificagao é: + AHL fracas — vibragoes despreziveis; + AH2: médias — vibragdes com freqliéni 0,15 mm; + AHZ: significativas — vibrag6es com freqiiéncia entre 10 e 150 Hz ¢ amplitude igual ou ior a 0,35 mm, entre 10.6 50 Hy e amplitude igual ou inferior a 1.5.7 Radiagoes Solares A ridiagio, principalmente a ultravioleta, altera a estrutura de alguns maieriais, sendo as iso- lagGes & base de compostos phisticos as mais prejudicadas. A classificagao 6 + ANI: desprezivel: + AN2: ridiagao solar de intensidade e/ou duragdo prejudi 1.5.8 Raios ‘Os raios podem causar sérins danos 40s equipamentos elétricos, tanto pela sobretensio, quanto 1 incidéncia direta sobre os referidos equipamentos. Quanta a classificagiio, tem-se: + AQI: desprezivel; + AQ2: indiretos — riscos provenientes da rede de alimentagio; + AQ3: diretos — riscos provenientes de exposigio dos equipamentos 1.5.9 Resisténcia Elétrica do Corpo Humano As pessoas estao sujeitas ao contato acidental na parte viva das instalages, cuja gravidade da lesiio esté diretamente ligada as condigdes de umidade ou presenga de gua no corpo. A classifi- cagio neste caso é + BB1:elevada — condigdo de pele seca; + BB2: normal —condigiio de pele dimida (suor); * BB3: fraca — condigio de pés mothado: + BB4: muito fraca — condigao do corpo imerso, tais como piscinas ¢ banheiros 1.4.10 Contato das Pessoas com Potencial de Terra ‘As pessoas quando permanecem num local onde hid presenga de partes elétricas energizadas esto sujeitas a riseos de contato com as partes vivas desta instalagdo, cujos ambientes sao assim classificados: + BCI: nulos — pessoas em locais niio-condutores; * BC2: fracos — pessoas que no corram risco de entrar em contato sob condigées habituais com elementos condutores que nio estejam sobre superficies condutoras; + BC3: fregiientes — pessoas em contato com elementos condutores ou se portando sobre superficies condutoras; i + BC4: continuos — pessoas em contato permanente com paredes metélicas e cujas possibi- lidades de interromper og contatos siio limitada A norma estabelece a Classificagio de outros tipos de ambientes que a seguir sergio apenas ci- tados + presenga de flora 12 Capiruio Un + choques mecinicos; + presenga de fauna; + influgncias eletromagnéticas, eletrostéticas ow ionizantes; + eompeténcia das pessoas; + condigies de fuga das pessoas em emergéncia; + narureza das matérias processadas au armazenadas; + materiais de construgio: + estrutura de prédios. Os projetistas devem considerar no desenvolvimento de sua planta todas as caraeterfsticas feferentes aos meios ambientes, tomando as providéncias necessdrias a fim de tornar © projeto perfeitamente correto quanto & seguranga do patriménio ¢ das pessoas qualificadas ou ndo para o servigo de eletricidade, 1.6 GRAUS DE PROTEGAO Refletem a protecio de invilucros metélicos quanto entrada de corpos estranhos € penetr ¢fo de igua pelos orificios destinados a yentilagio ou instalagdo de instruments, pelas juncdes de chapas, portas etc: ‘As normas especificam os graus de protec’ através de um eddigo composto pelas letras IP, seguidas de dois ntimeros que significa a) Primeito algarismo- Indica o grau de protegdo quanto &i penetragiio de corpos sélidos ¢ contalos aciden ou seja +0 sem peotegio; +1 = corpos estranhos com dimensoes acima de $0 mm; +2 corpos estranhos com dimensdes avima de 12 mm; +3 — cogpos estranhos com dimensoes acima de 2,5 mm; + 4— corpos estranhos com dimensdes acima de | mm; +5 — proteeio contra acimulo de poeira prejudicial ao equipamento; + 6 — protegio contra penetragdio de poeira, b) Segundo algarismo- Indica o grau de protecdo quanto & penetragiio de 4gua intemamente ao inydlucro, ou seja +0 — sem protegao; +1 — pingos de agua na vertical; +2 pingos de sigua até a inclinagdo de 15° com a vertical; +3 figua de chuya até a inclinagao de 60° com a vertical; + 4— respingos em todas as diregdes: +5 jatos de dgua em todas as diregies; + 6 — imersio temporéria; «7 — imersao; + 8— submersio. Através das varias combinagdes entre os algarismos citados, pode-se determinar o grau de protecio desejado para um determinado tipo de invélucro metélico, em fungao de sua aplicagaa numa atividade especifica, Porém, por economia de excaka, os fabricantes de invélucros metéli- cos padronizam seus modelos para alguns tipos de grau de protegao, sendo ox mais comuns og de grau de protegdo IPS4, destinados a ambienles externos, ¢ os de grau de protegdio IP2: zados em interiores. 1.7 PROTEGAO CONTRA RISCOS DE INCENDIO E EXPLOSAO As indistrias, em geral, esto permanentemente sujeitas a riscos de incéndio e, dependendo do produto que fabricam, so bastante vulnerdveis a explosdes normalmente seguidas de incéndio, Para prevenir contra essas ocoréncias existem normas nacionais e internacionais que disciplinam 0s procedimentos de seguranga que procuram eliminar esses acidentes, Julga-se oportuno citar os diversos itens a seguir discriminados constantes da norma NR-10 do Grides/Eletrobras. + ‘Todas as empresas esto obrigadas a manter diagramas unifilares das instalagées elétricas eom as especificagdes do sistema de aterramento. ELEMeNTaS OF PROLETO 13 + © Pronuuirio de Instalagdes Elétricas deve ser organizado © mantido pelo empregador ou por pessoa formalmente designada pela empresa e deve permanecer a disposigao dos traba- thadores envolvidos nas instalagGes e servicos em eletricidade. +E obrigatério que os projetos de quadras, instalagées € redes elétricas especifiquem dis positivos de desligamento de cireuitos que possuam recursos para travamento na posigio desligado, de forma a poderem ser travados ¢ sinalizados + O memorial descritivo do projeto deve conter, no minimo, os seguintes itens de seguranga: — Especificagio das caracteristicas relativas & protecio contra choques-elétricos, queima- duras e outros efeitos indesejaveis = Exigéncia de indicagao de posicao dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos (Verde ~“D” —Desligado © Vermelho ~ "L” — Ligado, = Desorigao do sistema de identificagio dos cireuitos elétricos ¢ equipamentos, incluin- do dispositivos de manobra, controle, protegdo, condutores ¢ os préprios equipamentos e estruturas, esclareeendo como tais indieagdes deverao ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalagdes. — Recomendagoes de restrigdes e adverténcias quanto ao acesso- de pessoas aos compo- nentes das instalagdes. — Precaugdes aplicaveis face as influéncias ambientais. =O principio funcional dos elementos de protegao constantes do projeto destinados a se- guranga das pessoas, — Descrigdo da compatibilidade dos dispositivos de prategao. + Somente serdo consideradas desenergizadas as instalagdes elétricas liberadas para servigo mediante os procedimentos apropriados obedecida a seqiéncia a seguir: = Seccionamento — Impedimento de reenergizagio, = Constatagio de auséncia de tensio, — Instalagao de aterramento temporirio com equipotencializagio dos condutores dos cuitos. — Instalagao da sinalizagao de impedimento de energizagao. + Oestado de instalagdo desenergizado deve ser mantido até a autorizagde para reenergizagao, devendo ser reenergizada respeitando a seqiiéncia dos seguintes procedimentos: ~ Retirada de todas as ferramentas, equipamentos ¢ utensilios. = Retirada da zona controlada de todos 0s trabalhadores no envolvidos no processo de energizagiio; = Remogao da sinalizaesio de impedimento de energizagio, — Remogiio do aterramento temporirio da equipotencializagio ¢ das protegdes adicionais. = Destravamento, se houver, ¢ religagao dos dispositives de seccionamento. + Os processos ou equipamentos suscetiveis de gerar ou acumular eletricidade estitica devem dispor de protegio especilica e dispositivos de descarga elétrica, + Nas instalacdes elétricas das reas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incéndio-ou explasies devem ser adotados dispositivos de proteciio complementar, tais como alarme € -cionamento automtico para prevenir sobretensées, sobrecorrentes, fugas, aquecimentos ou autras condigdes anormais de operagiio. JULAGAO DE UM PROJETO ELETRICO Antes de iniciar o projeto elétrico de uma instalagao industrial o projetista deve planejar 0 de- senvolvimento de suas ages de forma a nao ter que refazé-lo, desperdicando tempo e dinheiro. A seguir, serao formuladas orientagoes técnicas, de forma didatica, para o desenvolvimento racional de um projeto de instalacao industrial, de Projeto Na elaboragio de projetos elétricos & necessdria a aplicagio de alguns fatores, denominados de fatores de projeto, visando & economicidade do empreendimento, Se tais fatores forem omi- tidos, a poténcia de certos equipamentos podem conduzir, desnecessariamente, a valores muito elevados. 14 Carituto Um 1.8.1.1 Fator de demanda fla relagao entre a demanda maxima do sistema e a carga total conectada a ele durante um intervalo de tempo considerado A carga conectada €a soma das poténcias nominais continuas dos aparelhos consumidores de energia elétrica, O fator de demanda ¢, usualmente, menor que a unidade, Seu valor somente € unitario se a carga conectada total for ligada simultaneamente por um periodo suficientemente grande, tanto quanto 0 intervalo de demanda, ‘A Equagio (1.3) mede, matematicamente, o valor do fator de demanda, que € adimensional. (3) F, 0 Pra Daa demanda méxima da instalagao, em kW ou kVA: Piy,— poténeia da carga conectada, em kW ou kVA. A Figura 1.9 mostra uma curva de carga de uma instalagdo a partir da qual se pode observar © ponto de demanda maxima, que & de 650 kW, Para uma carga instalada de 1,015 kW 0 fator de demanda vale: FIGURA 1.9 Curva de carga didria Demanda (kW) 00 FF PO SF PP FP PS FP FP PILI ILO PAP Horas A Tabela 1.1 fornece os fatores de demanda para cada grupamento de motores e operagdio in- dependente, ‘TABELA 1.1 Fatores de demanda 1.8.1.2 Fator de carga Eu razao entre a demanda média, durante um determinado intervalo de tempo, e a dem: méxima registrada no mesmo periodo. eae NENTOS DE PROJETO 15 O fator de carga, normalmente, refere-se ao perfodo de carga diria, semanal, mensal ¢ anual, Quanto maior é 6 periodo de tempo ao qual se relaciona o fator de carga, menor € seu valor, isto é, 0 fator de earga anual é menor que mensal, que, por sua vez, € menor que o semanal, € assim sucessivamente O fator de carga é sempre maior que zero ¢ menor ou igual & unidade, © fator de carga mede o rau no qual ademanda maxima foi mantida durante o intervalo de tempo considerado; ou ainda, mostra se a energia esté sendo wtilizada de forma racional por parte de uma determinada instala- a0. Manter um elevado fator de carga no sistema significa obter os seguintes benefic * otimizagio dos investimentos da instalagéo elétrica; + aproyeitamento racional e aumento da vida itil da instalagio elétrica, incluidos os motores © equipamentos; + reduce do valor da demanda de pico, 0 fator de carga dirio pode ser calculado pela Equagio (1.4), D, fp, = Dose aa Drs: O fator de carga mensal pode ser calculado pela Equagaio (1.5). Cow 5 =e r = 750% Day 45) Cy, — consumo de energia elétrica durante 0 perfodo de tempo considerado;, Dg — demanda méxima do sistema para o mesmo periode, em kW: — demanda média do periodo, calculada através de integeagao da curva de carga da Figura 1.9, 0 equivalente ao valor do lade do retangulo de energia correspondente ao eixo da ordenada, A sirea do retingulo é numericamente igual 10 consumo de energia do perio- do, Relativamente & curva da Figura 1.9, 0 fator de carga didrio da instalagao & Dua _ 380 D, 450) = 0,53 Com relagdo a fator de carga mensal, considerando que 6 consumo de energia elétrica regis- trado na conta de luz da concessiondria foi de 189.990 kWh, pode-se caloular o seu valor direti mente da Equagaio (1.5), ou seja: wn _189.990 TBO Dag, 730X650 =0,40, Dentre as priticas que merecem maior atengao num estudo global de economia de energia elétr std a melhoria do fator de carga, que pode, simplificadamente, ser resumido em dois itens: * conservar o consumo e reduzir a demanda; + conservar a demanda e aumentar 0 consumo. Essas duas condigdes podem ser reconhecidas através da andlise da Equagiio (1.5). Cada uma delas tem uma aplicasio tipica. A primeira, que se caracteriza como a mais comum, € peculiar Aquelas indiistrias que iniciam um programa de conservacao de energia mantendo a mesma quanti- dade do produto fabricado, E bom lembrar neste ponte que, dentro de qualquer produto fabricado, esté contida uma parcela de consumo de energia elétrica, isto ¢, de kWh, ¢ nao de demanda, kW. Logo, mantida a produgao, deve-se atuar sobre a redugio de demanda, que pode ser obtida com. sucesso através do deslocamento da operagio de certas méquinas para outros intervalos de tempo de baixo consumo na curva de carga da instalagdo. Isso requer, via de regra, alteraedo nos tumos de servigo e, algumas vez cionais na mio-de-obra para atender & legistagdo trahalhista Analisando agora © segundo método para se obter a melhoria do fator de carga, isto é, con- servar a demanda ¢ aumentar o consumo, observa-se que cle é destinado aos casos, por exemplo, em que determinada industria deseja implementar os seus planos de expansdo e esteja limitada pelo dimensionamento de algumas partes de suas instalacdes, tais como as unidades de transfor- magaa, barramento ele Sem necessitar investir na ampliagdo do sistema elétrico, o empresdrio poderd aproveitar-se da formagiio de sua curva de carga ¢ dar andamento ao seu novo empreendimento no intervalo de buixo consumo de suas atuais atividades, como mostra o Exemplo de Aplicagao (1.3), . odispéndio de adi- 16 Caeituto Une Além da vantagem de nao precisar fazer investimentos, contribuira significativamente com a melhoria de seu futor de carga, reduzindo substancialmente o preg da conta de energia cobrada pela concessiondiria, Além dessus préticas citadas, para a methoria do fator de carga sao usuais duas outras providéncias que fornecem excelentes resultados: a) Controle automitico da demanda Esta metodologia consiste em segregar certas cargas ou setores definidos da inckistria € ali- menti-los através de circuitos expressos comandados por disjuntores controlados através de um dispositivo sensor de demanda, regulade para operar no desligamento dessas referidas cargas sern- pre que a demanda atingir o valor maximo predeterminado, Nem todas as cargas se prestam para atingir esse objetivo, pois mia se recomenda que 0 processe produtive seja afetado Pelas caracteristicas proprias, as cargas mais comumente selecionadas so + sistema de ar condicionade: estufas. + foros de alta temperatura; + cdmaras frigorificas, Mesmo assim é necessario frisar que a sua seleciio deve ser precedida de uma andlise de con- seqiincias priticas resultantes deste método, Por exemplo, o desligamento do sistema de clima- jo de uma induistria téxtil por um tempo excessive poderd traver sérias conseqiiéncias quanto aqualidade de produgao. (Os tipos de carga anteriormente selecionados so indicados para tal finalidade por dois motives basicos. Primeiro, porque a sua inércia térmica, em geral, permite que as cargas sejam desti gadas por um tempo suficiente grande sem afetar a produgao. Segundo, por serem normalmente consti- tuidas de grandes blocos de poténcia unitaria, tornam-se facilmente controlaveis. b) Reprogramagao da operagio das cargas Consiste em estabelecer hordrios de operagao de certas maquinas de grande porte ou mesmo certos sctores de produgao, ou, ainda, redistribuir o funcionamento destas cargas em periodos de menor consumo de energia elétrica, Essas providéncias podem ser inviaiveis para determinadas indtistrias, como aquelas que operam com Fatores de carga elevado, tal como a inddistria de mento, porém perfeitamente factiveis para outros tipos de plantas industriais. O controle automitico da demanda, bem como a reprogramagaio da operagiio de cargas, so. priticas jd bastante conhecidas das indistrias, desde o inicio da implantagdo das tarifas especiais horo-sazonais, 1.8.1.3 Fator de perda Jo entre a perda de poténcia na demanda média ¢ a perda de poténeia na demanda maxima, considerando um intervalo de tempo especificado. O fator de perda nas aplicagdes priticas € tomado como fungio do fator de carga, conforme a Equagao (1.6), L.6) Enquanto 0 fator de carga se aproxima de zero, o fator de perda também o faz, Para a curva de carga da Figura |.9, 0 fator de perda vale: = 0,30 x 0,53 + 0,70 x 0,53 F, = 0,30 %£ + 0,70 x 1.8.1.4 Fator de simultaneidade E arelaedo entre a demanda méixima do grupo de aparelhos pela soma das demandas individuais dos aparelhos do mesmo grupo num intervalo de tempo considerado, © fator de simultaneidade resulta da coincidéncia das demandas maximas de alguns aparelhos do grupo de carga, devido & natureza de sua operagio, O seu inyerso é chamado de fator de diversidade, ‘A aplicagaio do fator de simultaneidade em instalagdes industriais deve ser precedida de um estudo minucioso, a fim de evitar o subdimensionamento des circuitos e equipamentos. ‘A taxa de variagdio do decréscimo do fator de simultaneidade, em geral, depende da heteroge- neidade da carga, fator de simultaneidade 6 sempre interior & unidade, enquanto o fator de diversidade, com siderado 0 inverso deste, é sempre superior a 1 ELEMENTOS DE PROLETO 17 A Tabela 1.2 fornece os fatores de simultaneidade para diferentes poténcias de motores em grupamentos e outros aparelhos TABELA 1.2 Fatores de simultaneidade Motores:; 204 40 cv 0.80 0.80 0.80 0,75 0,65 0,60 | 0,60] 0,50 ‘Acima de 40 ev 0.90) 080] 0,70} 070] 065 | 0.65 | 0.65 | 060 Retificadores 0,90 | 090 | 0.85] 080 | 0,75 | 0.70 | 0.70] 0,70 Soldadores 045 | O45] 045} 040] 040} 030] 030 Foros resistivos 4,00 | 1.00 : - - - 3 2 Fomos de indugiio hoo | 1,00 = x : - 7 1.8.1.5 Fator de utilizagao Eo futor pelo qual deve ser multiplicada a poténcia nominal do aparetho para se obter a potén= cia média absorvida pelo mesmo, nas condigdes de utilizaglo, A Tabela 1,3 fornece os fatores de utilizaeaio dos principais equipamentos utilizados nas instalagdes elétricas industriai Na falta de dados mais precisos pode ser adotado um fator de utilizagdo igual a 0,75 para mo- lores, enquanto para aparelhos de iluminacdo, ar condicionado ¢ aquecimento o fator de utiliza~ Glo deve ser unitirio. TABELA 1.3 Fatores de utilizagio Fornas a resisténcia Secadores, caldeiras ete, Forties de indugio Motores de 3/4 a 2.5 ev Motores de 3.a 15 ev Motores de 20a 40 ev ‘Acima de 40 ev Soldadores Retificadores: Cabe wo projetista a decisdo sobre a previsiio da demanda da instalugdo, a qual deve ser tomada em fungio das caracterfsticas da carga e do tipo de operagio da inddstria, Hi instalagées industriais em que praticamente toda carga instalada esta simultaneamente em ‘operacao em regime normal, como € o caso de induistrias de fios ¢ tecidos. No entanto, hi outras induistrias em que hé diversidade de operagao entre diferentes setores de produgio. E de fundamen- tal importancia considerar essas situagdes no dimensionamento dos equipamentos. Num projeto de instalagao elétrica industrial, além das areas de manufaturados, ha as dependéncias admini trativas, cujo projeto deve obedecer js caracteristicas normativas quanto ao niimero de tomadas por dependénci, ao numero de pontos de Luz. por citcuita, entre outras. Nessas condigdes, a carga prevista num determinado projeto deve resultar da composigio das cargas dos setores industriais e das instalagGes administrativas. Em geral, devem ser sugeridas as seguintes precaugdes: CaptruLo Um + considerar a carga de qualquer equipamento de utilizagdo como a poténcia dectarada pelo fabricante ou calculada de acordo com a tensfio nominal e a corrente nominal, expressa.em ‘VA, ou multiplicanco o resultado anterior pelo fator de poténeia quando se conhecer, sendo neste caso a poténcia dada em W; + se a poléncia declarada pelo fabricante for a universal fomecida pelo equipamento de utili- zaglo, como ocorre no caso dos motores, deve-se considerar o rendimento do aparelho para se obier a poténcia absorvida, que € o valor que se deve utilizar para determinar o valor da carga demandada 1.8.2.1 Cargas em Locais Usados como Habitagao Os flats e as unidades de apart-hotéis e similares devem ser considerados como unidades resi- denciais, cabendo utilizar os seguintes critérios para compor a carga instalada na habitagio: a) Tluminagio * a carga de iluminagiio deve ser determinada através de eritérios normatives, especialmente ‘0s da NBR 4039/98; * considerar a potencia das limpadas, as perdas e o fator de poténcia dos equipamentos au- xiljares (reator) quando se tratar de Kimpadas de descarga; + emeadacomodo ou dependéncia de unidades residenciais deve ser previste pelo menas um pon- tode luz fixo no teto, com poténcia minima de 100 VA, comandaide por interruptor de parede; + nasacomodagdes de hotéis, motéis ¢ similares pode-se substituir 0 critério anterior por toms- da de corrente, com poténcia minima de 100 VA, comandado por interruptores de parede; + em cémodos ou dependéncias com drea igual ou inferior a 6 nm deve-se prever uma carga minima de 100 WA: + em cémodos ou dependéncias com rea super de 100 VA para os primeiros 6 m? de drea, aerescendo: b) Tomadas + emcmodos ou dependéncius com 4rea igual ou inferior a 6 m* deve ser prevista uma carga minima de 100 WA; + em banheiros, pelo menos uma tomada junto ao lavatories + emcozinhas, copas € copas-cozinhas, no minimo uma tomada para cada 3,50:m, ou fragio, de perimetro, sendo que acimade cada bancads com largura igual ou superior 0,30 m deve ser prevista pelo menos uma tomada; + nos demais cOmodos ou dependénciass — se a rea for igual ou inferior a 6 m?, pelo menos uma tomade: — se a drea for superior a 6 m?, pelo menos uma tomada para cada $m ou frag de peri- metro, espagadas to uniformemente quanto possivel: + tis tomadas de Corrente deve ser atribufdas as seguintes poténcias: — para tomadas de uso geral, em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas e areas de servigo, no minimo 600 VA por tomada, até 3 tomadas, e 100 VA por tomada para as excedentes; — para as tomadas de uso geral, nos demais comodos ou dependéneias, no minimo, 100 VA por tomad: + as tomadas conjugadas (duplas ou triplas) montadas numa mesma eaixa deve ser compu- tadas como um tnico ponto. + As tomadas de uso especifico deve ser alribuida uma poléneia igual & poténe! equipamento utilizado a ser alimentado; + quando ndio for possivel identificar a poténcia de utilizagaie do equipamento a ser alimentar do, deve-se atribuir a tomada de corrente a poténcia do equipamento de maior capacidade que se supde possa ser conectade * como altemativa & condigao anterior pode-se determinar a poténcia da tomada tomando-se como base a sua corrente nominal e a tensiio do respective circuito; + as tomadas de uso especifico devem ser instaladas, no maximo, a 1,5 m do local previsto para 0 equipamento a ser alimentado, a 6 m? deve-se prever uma carga minima ¢ 60 VA para cada 4 m? ou fragao: ia nominal do 1.8.2.2 Cargas em locais usados como escritério e comércio As prescrigdes anteriores podem ser complementadas com as que se seguem: + Em dependéncias cuja drea seja igual ow inferiora 37 m*, a determinagiio do muimero de toma feita segundo as duas condigéies seguintes, adotando-se a que conduzir ao maior. ELeMeNTOS DE PROJETO 19 = uma tomada para cada 3 m, ou fragio de perimetro da dependéncias = uma tomada para cada 4 m? ou fragdo de drea da dependéncia. + Em dependéncias cuja area seja superior a 37 m’, o mimero de tomadas deve ser determi~ nado de acordo com as seguintes condigdes: = ito tomadas para as primeiros 37 m de dea; — trés tomadas para cada 37m? ou frag adicional, + Utilizar um mimero arbitrario de tomadas destinado ao uso de vitrines, demonstragao de aparelhos e ligagdo de lampadas especificas, * Deve-se atribuir 4 poténcia de 200 VA para cada tomada. Em ambientes industriais, o mimero de tomadas a ser adotado é fungio de cada tipo de setor. Para facilitar o projetista na composigie do Quadro de Carga, as Tabelas 1.4 ¢ 1.5 fornecem a poténeia de diversos aparelhos de uso comum. Conhecida a carga a ser instalada, pode-se deter- ‘minar, a partir da Tabela 1.8, a demanda resultante, aplicando-se sobre « carga inicial os fatores de demanda indicados, Com esse resultado, aplicar as equagées correspondentes. "de 50.0 200 litros 1.200'W * de 300 a 350 littos 2000 w * 400 Litros 2.500 W “Aqueceder portitil de ambiente 700 0 1.300 W Aspiradorde po 250.0 800 W Cafeteira 1.000 W Chuveiro 2.000 a 5.300 W Congelador (freezer) 350 4.500 VA. Copiadora 1,504) 4 6,500 VA Exaustor de ar (doméstico} 300 a 500 VA, Ferro de passar roupa: 400 8 1.650 W Fogiio residencial 4,000.0 6.200 W Forno residencial 4.500 W Forno de microonsdas (residencial) 1.220 Geladeira (residencial) 150-a400 VA, Lavadora de roupas (residencial) 6508 1.200 VA Lavadora de pratos (residencial) 1.2002 2.800 VA Liquiditieador 100.0250 VA Secador de roupa 4.000 a 5.000 W Televisor 1500350. Torradeira 500 a 1.200 W Tomeiea 2.5004 3.200 W Wentilador i 2.500 VA Como regra geral, a determinagao da demanda pode ser assim obtida: a) Demanda dos aparelhios Inicialmeme, determina-se a demanda dos aparethos individuais multiplicando-se a sua po- téncia nominal pelo fator de utilizagao, Deve-se, no entanto, considerar no caso de motores seus respectivos fatores de servigo e rendimento. ‘Convém lembrar que os condutores dos circuitos terminais devem ser dimensionados para a carga nominal dos aparelhos. 20 TABELA 1.5 Cargas nominais aproximadas de aparethos de ar condicionade BTU 7.100 8.500 10.000 12.000 14.000, 18.000 21.000 30.000 Caprruco Um keal 1.775 2125 2.500 3.000 3.500 4.500. 5.250 6.375 7.500 TR “kcal we 3,00 9.000 5,20 4,00 12,000 7,00 5,00 15.000 8,70 6,00, 18,000 10,40 750 22,500 13,00 8,00 24.000 13,90 10.00 30.000 18,90 12,50 37,500, 21,70 15,00 45,000 26,00 17,00 S1.000 29,50 20,00 60.008) 44.70) ‘TABELA 1.6 Fatores de demanda para iluminagio e tomadas ‘Auditério, salées para exposigiio c semethantes Bancos, lojas ¢ semethantes ‘Barbearias, suldes de beleza e semethantes Clubes ¢ semelhantes Escolas-¢ semelhantes Eserit6rio (edificios de) Garagens comereiais © semelhantes Hospitais e semelhantes Hotéis ¢ semelhantes Tgrejas c semelhantes Residéncias (apartamentos residenciais) Restaurantes e semelhantes b) Demanda dos quadros de distribuigao parci E obtida somando-se as demandas individuais dos aparelhos ¢ multiplicando-se o resultado 100) 100 100, 100 100 para os primeiros 12 kW e 50 parao que exceder 100 para os primeiros 20 kW ¢ 70 para © que exceder 100 40) para ox primeitos 50 kW e 20 para o que exceder ‘50 para os primeiros 20 kW; 40 para os seguintes 80 kW; 30 para o que exceder de 100 kW 100 100 para os primeiros 10 kW; 35 para os seguintes L10 KW; 25 para o que exceder de 120 KW 100 8 pelo respectivo fator de simullancidade entre os aparelhos considerados, ‘Tratando-se de projeto de iluminagao a descarga utili € conveniente admitir um fator de multiplis compensar as perdas proprias do reator e as correntes harmdr considerado igual a 1,8 ou outro valor, em conformidade com a especificagao do fabricante. ¢) Demanda do quadro de distribuigao geral E obtida somando-se as demandas concentradas nos Quadros de Distribuigéio ¢ aplicando-se © fator de simultaneidade adequado. Quando nao for conhecide esse fator com certa preciso, deve-se adotar © valor unitario. lo reator com alte Fator de poténcia, ‘lo sobre a poténcia nominal das Kimpadas, a fim de 6 resultantes, Esse fator pode ser 5 ; 110 industrial ELeMeNTOS DE PRAJETO 21 £ conveniente informar-se junto aos responsaveis pela indistria acerea dos planos de expan- sao, a fim de prever a carga futura, deisando, por exemplo, reserva de espago na subestagao ou de carga do transformador, De posse do conhecimento das cargas localizadas na planta de layout, pode-se determinar a demanda de cada carga, aplicando-se os fatores de projeto adequados, ou seja; a) Motores elétricos + Céileulo da poténcia no eixo do motor Pg = Py KF (17) P,— poténcia nominal do motor, em cv; F.,,~ fator de utilizagéio do motor: Pog — poténcia no eixo da motor, em cv. + Demanda solicitada da rede de energia Pag % 0,736 (kVA WKF, : (1.8) F,— fator de poténcta do motor a — rendimento do motor by Huminagio Adel wanda é determinada pela Equagao (1.9) N\~ quantidade de cada tipo de kimpadass P,— poténcia nominal de cada tipo de Kimpada; P,~ Pertas dos reatores; F.,— ator de poténcia dos reatores. ¢) Qutras cargas A demanda deve ser caleulada cor fornos a arco, maquinas de solda etc Para que 0 leitor tenha melhor entendimento dessa pritica, sacompanhar 0 Exemplo de Apli- cago 1.1 seguinte, lerando us particularidades dlas referidas eargas, ais como fee aa Soa ‘Administragao See 150 x 40 W-F : 22 CaertuLa UM EXEMPLO DE APLicacAo (1.1) Considerar uma indistria representada na Figura 1.10, sendo os motores (1) de 75 ev, os motores (2) de 30 cv € os motores (3) de 50 cy, Determinar as demandas dos CCM1, CCM2, QDL e QGF ¢ a potén- cia necessiria do transformador da subestagio, Considerar que todas as liimpadas sejam de descarga c os aparelhios da iluminagae campensados (alto fator de poténcia). Todos os motores so de indugdo, rotor em gaiola ¢ de TV polos, a) Demanda dos motores + Motores elétricos tipo (1) Rr h Re A poténcia solicitada no eixo do motor para o fator de wilizaglio de F., = 0.87 (Table 1.3), tern-se: P.. = 75 * 0,87 = 65,25 ev (poténcia no ¢ixo de um motor) A demanda solicitada da rede para o rendimento do motor no valor de 1y = 0,92 (Tabela 6.3) vale: pa sae 736 — 59.7 kW. (demanda solicitada da rede para um motor,em kW) ‘A demanda solicitada da rede para 6 fator de poténcia do motor no valor de #, = 0,86 (Tabela 6.3), tem-se 0.7 KVA (demanda solicitada da tede para um motar, em kVA) = Motorés elétricos tipo (2) Pn PX Faw A poigncia solicitada no eixo do motor para o fator de utilizagio de F., = 085 (Tabela 1.3), tem se: Pog = 30 X 0,85 = 25,5 ev (poténcia no eixo de um motor) ‘A demuanda solicitada da rede para 0 rendimento do motor no valor de 19 = 0.90 (Tabela 6,3) vale: »b, ae 36 _ 99,85 kW (demanda solicitada da rede para um motor, em kW) a A demanda solieitada da rede para 0 fator de poténcia do moter no valor de F, = 0,83 (Tabela 6.3), tem-se: 20.85 ie 208S — 95,1 VA (semana solicit da rede para um motor, em kVA) + Motores elétricos tipo (3) Pig = Pa Fy A potncia solicitada no eixo do motor para o fator de ulilizagio de F,, ~ 0,87 (Tabela 1.3), tem-se Pag = 50 X 0,87 = 43,5ev (poténeia no eixo de um motor) A demanda solicitada da rede para 0 rendimento do motor no yalor de 1) = 0,87 (Tabela 6.33 vale e p,- ee 36 _ 36,8 kW (demanda solicitads da rede para um motar, em KW) A demanda solicitada da rede para o fator de poténcia do motor no valor de F,, = 0,92 (Tabela 6.3), tem-se: 36.8 Fog TMMOKVA, (demanda solicitads da rede para um motor, em kVA) bb) Demanda dos quadros de distribuigao + Centro de Contrale de Motores ~ CCM1 Nay 0 0,65 (Tabela 1.2) ODER EveMeNros De PRowETO 23 D. 10% 60,7 % 0,65 = 394,5 kVA + Centre de Controle de Motores - CCM2 Daou = Nag % Dy Boga + Mog % D5 Fog 10 "ax2 = 0,65 (Tabela 1.2) Fogx = 0770 (Tabela 1.2) Dogs = 10% 25,1 % 0,65 + 5% 40,0 X 0,70 = 303,1 kVA ©) Demuanda no quadro de distribuigho de luz ou QDI, 1,8 X 150 x] 40+ (Pe) sae D, =2 1.000) 1.000 Vi, = 150 (quantidade de mpadtas fluoreseentes) WN, = $2 (quuntidade de Hmpadas incandescentes) P, = 40 W (poténcia nominal das Himpadas fluorescentes) P,, = LOW (pot@ncia nominal das lampadas incandeseentes) #, = 0,40 (Tabela 2.2) £4, = 1,8 (fator de multiplicagao recomendével para compensar as perdas do reator e as corentes har ménicas «ly Demanda no quadro de distribuigio geral ou QGF (demands maxima) Dayy = Dau = Deont + Phan + Pi Dyas = 3945 + 3031 + 26,3 = 723.9 kVA, d) Poténcia nominal do transformador AS Seguintes solugies io pertinentes: +L transformador de 750 kVA; ‘© Ltranstormador de 500 kVA ¢ outro de 225 kVA, em operagao em paralelo; +L vansformador de 500 kVA e outro de 300 kVA, ein opera em paral. A primeira solugao ¢ ecanomicamiente 2 melhor, considerando-se tanto © custo do transformador © dos -equipamentos necessérios & sua operagao, bem como o das obras eivis. A principal restrigdo é quanto 4 con- tingéncia de queima do transformador, jd que esta poténcia nie € facilmente encontrada em qualquer esta belecimento comercial especializado, ficando neste caso a instalagdo sem condigdes de operaqiio, ‘A segunda solugdo 6 economicamente mais custosa, porém a queima de uma unidade de transforma permite a continuidade de funcionamento da indistria, mesmo que precariamente, Além do mais, so trans- formadores mais facilmente comerciafizados, principalmente os de 225 kVA; ‘A tereeira solugdo apresenta os mesmos aspectos da segunda, com um pequeno aceéscimo de custo-sobre aquela, com uma yantagem de aumento da capasidade de transformagiio, a) Célewlo do fator de demanda Pg = 10 60,7 + 10% 25,1 + 5X 40 + 26,3 = 1,084.3 KVA Dian B. 726.5 1084.3 K, = 0,67 |.8.3 Formagao das Curvas de Carga Apesar de a determinagao correta dos pontos da curva de carga de uma planta industrial so- mente ser possivel durante o seu funcionamento em regime, deve-se. através de informagao do ciclo de operagiio dos diferentes setores de produgao, idealizar aproximadamente a conformagdio da curva de demangla da carga em relagio a0 tempo, a fim de determinar uma série de fatores que poderiia influenciar o dimensionamento dos varios componentes elétricos da instalagio. As curvas de carga das plantas industriais variam em fungio da coordenaco das atividades dos diferentes setores de producao ¢ do perfodo de funcionamento didrio da instalagéo. Assim, & de interesse da geréncia administrativa manter controlado © valor da demanda de pico, a fim de diminuir 0 custo operacional da empresa, Isto € conseguido através de um estudo global das atividades de . produgao, deslocando-se a operagdio de certas méquinas para hordrios diferentes, diversificando- se, assim, as demandas das mesmas, 24 Captruco Ua FIGURA LAL Mostrador Digital Equipamento.de medigia a Sipoite ae FWagao % +— Teurinais da Tensao @ Corrente Alicate Ampeeimataice Dispostiva de Acoplamento para Transioréncia de Caos de Ligapao contro os Alicalas » © Apare!no Para se determinar a curva de carga de uma instalagiio, é necessério utilizarse dos diversos equipamentos disponiveis no mereado para essa finalidade, Um dos equipamentos muito utilizados ede tradicao no mereado € o SAGA 4000 mostrado na Figura 1.11, Em geral, esses equipamentos armazenam durante o perfodo de medigdo diversos parimetfos elétricos (tensdo, corrente, fator de poténcia, poténcia ativa, reativa € aparente etc.) € que so transportados para um microcom= putador pessoal através de um sofiware apropriado, Os dados armazenados no microcomputador podem ser utilizados pelo Excel, através do qual se obtém os gréficos de curva de carga em con formidade com a Figura 1.12, A Figura 1,12 representa, genericamente, uma curva de carga de uma instalagio industrial em regime de funcionamento de 24 horas. Demanda 1,000,0 900,0 00,0, 700,0 600.0. 00,0 -400,0 300.0 200,0 100,0 0.0 PPP PP PPS Demand (kWA) FP APP PP PO PLP FIGURA 1.12 SPP PPI SP PPP ge PPh Curva de carga de uma instalagdo industrial existente Hi Na elaboragao de um projeto elétrico industrial, € de fundamental importancia que o projetis- ta formule a curva de carga provével da instalagdo, através do conhecimento das atividades dos diferentes setores de produgao, o que pode ser obtido com os técnicos que desenvolveram 0 pro- jeto da industria, De posse do conhecimento das cargas localizadas na planta de Jayout e dos periodos que cada setor de produgo est em operayae parcial ou total, pode-se determinar a curva de demanda de carga elaborando uma tabela apropriada na qual contém toda a carga e as devidas consideragt jd abordadas, Como exemplo, observar a Tabela 1,8, preenchida com base nos célculos de de manda assim definidos: ELEMENTOS BE PROJETO 25 a) Demanda dos motores * Cileulo da demanda ativa (kW) pm Nn Rh XR KOE Yo Gey (1.10) N,.~ quantidade de motores; Pi, ~ poténcia nominal do motor, em cv; F,— fator de utilizacio; F,— fator de simultaneidade: 1)— rendimento. + Cileulo da demanda aparente (kVA) Nw % Pam Fy X 0,736 * FAKVA LAL aE, (KYA) aay b) Demanda da iluminagao 4 + Cileulo da demanda ativa Dx (A+R) Dg= 1.000 (kW) (1.12) P,— poténcia nominal das Kimpadas, em W: P,— poténcia nominal dos reatores, em W. * Céleufo da demanda aparente (1.13) F,~ fator de poténcia do reator, De APLicacao (1.2) Um projeto industrial ¢ composto por motores ¢ iluminagio, cujas cargas instaladas e provaveis interva- los de utilizagdo, fornecidos por especialista de produgdo da referida inddsteia, esto contidos na Tabela 1.7. Ehiborar a curva de carga horsria da instalagio, a) Demanda dos motores elétricos + Demand dos motores elétricos do Setor A Nee X Peay % iy 0,736 x A RW) > 0,60 = 160,0 kW (demanda ativa solicitada da rede) *E 36 * 0,60= ite solicit Teena 0,60= 190.4 kVA (demanda aparente solicitada da rede) + Demanda dos motores elétricas do Setor B 20 15 X0,83 x 0,736 TE 0,55 = 1172 KW (demanda ativa solicitada da rede) 20 X15. 0,83 x 0,736 s Tee O.7s % 055 = 156.3 EVA (demands aparente solicitada da rede) Océleulo para os demais motores segue 0 mesmo procedimento. TABELA 1.7 Levantamento de carga 28 FIGURA 1.13 Curva de carga 1.8.4 Determinagao da tarifa média de uma instalagao industrial Captruco Um Curva de Carga 1.800 1.600 1.400 1.200 1.000 Demanda (kVA) 8 12.94 $ 67 B 9 10111219 14 15 16 17 18 19 20 24 22.29 24 Horas —kW — kVA b) Demanda da iluminagae ‘150 x (32 + 6,4 Dy = = 28,8 kW 7 1.000 750 x{ 32+ ©: a) = WES = 28,0 kVA re 1,000 ‘Com base na Tabela 1.7 organiza-se a Tubela 1.8, através da qual se determinam as demandas finais ativa © aparente a cada intervalo de tempo de | hora. Finalmente, a curva de cura pode ser conhevida computando-se todas as cargas em conformidade com a Tabela 1.8 e representada na Figura 1,13, © prego médio da tarifa € um precioso insumo no controle das despesas operacionais de um estabelecimento industrial, notadamente aqueles considerados de consumo intensivo de eletrici- dade, tais coma inchistrias sidentigicas, indastrias de frios, etc: O sistema tarifario brasileiro deve ser de conhecimento obrigatério de todos 6s profissionais da drea de eletricidade, principalmente aqueles que trabalham diretamente com projetos elétricos. Um resumo desse sistema ¢ dado a seguir. Inicialmente, a legislagao define quatro diferentes tipos de hordrio durante o intervalo de um ano, ou seja. a) Hordrio de ponia de carga Corresponde ao intervalo de trés horas consecutivas, situado no periodo compreendide entre 17 ¢ 22 horas de cada dia, exceto sdbados, domingos ¢ feriados nacionais, definido seguindo as caraeteristicas da carga do sistema elétrico da concessiondria. b) Horirio fora de ponta de carga E formado pelas 21 horas restantes de cada dia definido anteriormente, bem como pelas 24 horas dos sbados, domingos e feriados nacionais. Cada horario anteriormente mencionado esta contido em cada perfodo adiante definido, em fungiio do nivel pluviométrico das regides do Brasil onde se localizam as principais bacias hidrograficas, onde estéio construidas as mais importantes usinas hidrelétricas brasileiras. Vale ressaltar que as Aguas do rio Sao Francisco, o mais importante rlo do Nordeste do Brasil e que forma o Complexo. Hidrelétrico do Sao Francisco, procedem cerca de 90% da regiiio do estado de Minas Gerais. a) Periodo imido Eo perfode que abrange as leituras de consumo e demanda extraidos entre o primeiro dia més de dezembro até o dia 30 de abril, totalizando sete meses do ano. ELEMENTOS OE PROJETO 29 b) Periodo seco Eo perfodo que abrange as leituras de consumo ¢ demanda extrafdos entre o primeiro dia do més de maio até 0 dia 30 de novembro, totalizando sete meses do ano, A partir da definigao desses hordrios foi montada a estrutura tarifiria vigente do Grupo A (ten- so igual ou superior a 2,3 kV) que compreende os seguintes segmentos’ a) Tarifa azul A tarifa azul é€ 2 modalidade estruturada para aplicagao de pregos diferenciados de demanda ¢ consumo de cnergia eléirica de acordo com as horas de utilizagao deo dia e os periodos do ano, obedecendo aos segmentos horo-sazonais descritos a seguir: + Demanda — Um prego para o hordrio de ponta de carga do sistema elétrico da concessionaria, — Um prego para o horério fora de ponta de carga do sistema elétrico da concessioniria. O valor da demanda faturada nos horarios de ponta e fora de ponta é o maior entre os va~ lores: = Demanda contratada. — Demanda registrada, + Consume Um prego para © horirio de ponta de carga em periodo timido, Um prego para o horirio fora de ponta de carga em perfodo imido. Um prego para o hordrio de ponta de cargaem perfoda seco. Um prego para © horirio fora de ponta de carga em periado seco. b) Turifa verde A tarifa verde é a modalidade estruturada para aplicagiio de pregos diferenciados para a de- manda ¢ para 6 consumo, de acordo com a tensio de fornecimento e demais caracteristicas do consumidor, como residencial, rural etc. + Demanda — Um preco tinico para o hordrio de ponta e fora de ponta de carga do sistema elétrico da coneessiondria, © valor da demanda faturada € o maior entre os valores: — Demanda contratada. — Demanda registeada + Consumo — Um prego para 0 horério de ponta de carga em perfode timido. — Um preco para o hordrio fora de ponta de carga em perfodo timido. — Um prego para o horério de ponta de carga em perfodo seco. = Um preco para o horario fora de ponta de carga em periodo seco. c) Tarifa convencional F a modalidade estruturada para aplicagdo de precos diferenciados para demanda e para 0 con- sumo, de acordo com a tensfio de fornecimento ¢ demais caracteristicas do consumidor, como re- sidencial, rural etc. + Demanda — Um prego tinico para o hordrio de ponta e fora de ponta de carga do sistema elétrico da concessiondria © valor da demanda faturada é o maior entre os valores! — Demanda contratada. ~ Demanda medida = 10% da maior demanda medida em qualquer dos 11 ciclos completos de faturamento anteriores, quando se tratar de unidade consumidora rural ou sazonal faturada na esteu- tura tarifaria convencional. + Consumo — Um prego nico para o hordrio de ponta e fora de ponta de carga. 4) Tarifa de ultrapassagem E tarifa diferenciada a ser aplicada & parcela de demanda que superar as respectivas deman- das contratadas em cada segmento horo-sazonal para a tarifa azul, ou demanda iinica contratada para a tarifa verde. 30 ‘CapiTuLO UM Os consumidores ligados em alta tensiio com demanda igual ou superior a SO KW poderao ter opgdes tariférias conforme critéria a seguir: + tensio de fornecimento maior ou igual a 69 kV e qualquer demanda: tarifa azul; * tens’ de fornecimento inferior a 69 kW e demanda igual ou superior « 300 kW: tarifas azul e verde: + tensdo de fornecimento inferior a 69 kV e demanda igual ou superior a SO kW e inferior a 300 kW: tarifas azul, verde e convencional. A aplicagao das tarifas de ultrapassagem se realiza quando a demanda registrada € superior & demanda contratada de acordo com as seguintes condigdes: Tarifa azul — 5 pura unidades ligadas em tenso igual ou superior a.69 kV, ~ 10% para unidades ligadas em tensio inferior a 69 kV com demanda contratada superior a LOO KW. = 20% para unidades com demanda contratada de 50 até 100 KW. + Tarifa verde — 10% para unidades com demanda contratada superior a 100 kW. — 20% para unidades com demanda contratada de 50 até 100 KW. Para se escolher a tarifi adequada para o empreendimento, & necessirio realizar um estudo do fator de carga da instalagao e identificar os hordrios durante © dia do uso da energia clétrica. Pode-se, de forma geral, orientar 0 empreendedor na escolha da larifa adequada, considerando os seguintes pontos: + Em instalagées com fator de carga muito elevado, tal como ocorre com as indiistrias do se- tor téxtil pesado, é mais vantajoso utilizar a tarifa azul, jé que o prego médio da energia na larifa verde é normalmente superior ao prego média praticade na tarifa azul + Bm instalagées com fator de curga igual ou inferior a 0,60, tal como ocorre em indiistrias de fabricacao de pecas meciinicas estampadas e similares, é mais vantajoso utilizar a tarifa verde, j4 que 0 prego médio da energia na tarifa azall € normalmente superior ao prego mé- dio pratieado na tarifa verde. + Em instalagées que no operam no hordrio de ponta de carga, tais como muitas indiistrias do ramo metal-mecanico, ¢ inditerente a escolha da tarifa azul ou verde, pois 0 valor médio ‘TABELA 1.9 Tarifas médias de energia elétrica — tarifa azul Al -230,0 kV (dustrial e Comercial) 0.03568 | 003133 | 0.02525 | 0.02091 AS 69,0 kV ilnd., Com. ¢ P, Pablico) 812 219 658 O.o4161 | 0.03604 | 0.02803 | 0.02420 A3- 69,0 kV (Agua, Esgoto e Sancam,) 6.90 1,86 658 003537 | 003140 | 0.02383 | 0,02026 A3- 69,0 KV (Residencial ) 174 2.09 627 0,039,68 | 0.03523 | 0.02673 | 002317 AB- 69,0 kV (Rural 6,97 138 6.27 003571 | 0.03170 | 602403 | 0.02086 Ad- 69,0 kV (Rural Inrigante ) 697 1,38 627 003571 | 0.03170 | 002406 | 0.02086 AJ+ 69,0 kV (Rural Irrigante 10 horas) 6.97 1,88 627 0.03571 | 0.03170 | 0.02406 | 0.02086 _ A4- 13,8 kV (lind, Com. e P, Publica) O81 3,23 9.70 0.06531 | 0.06024 | 003173 | 002808 Ad- 13,8 KV (Agua, Esgoto © Saneam.) 834 275 970 0,05551 0.05120 | 0.02697 | 0.02367 A4- 13,8 kV (Residencial } 9.36 3.09 9.25 0.06226 | oos744 | 0.03027 | 002078 A4- 13,8 kV (Rural) 842 277 9,25 005608 | 0.05170 | 002724 | 0.02410 | Ad- 15,8 kV (Rural Inrigantey BA? 277 9,25 0.05605 | 605170 | 002724 | 0.02410 Ad- 13,8 KV (Rural Irrigante 10 horas) Baa 271 925 | 0.05605 | 0.05170 | o2724 | 0.02410” ELEMENTOS DE PROJETO. 31 da enctgia é exatamente igual, devendo-se, no entanto, evitar o uso da tarifa conveneionail, {jd que 0 prego médio da energia nessa modalidade tarifitria é normalmente superior ao prego médio praticado nas tarifas azul ou verde: + Em instalagdes que nio operam no hordrio de ponta de carga, mas que esporadicamente necessitam avangur a sua Operago no horério de ponta, é mais vantajoso utilizar a tarifa verde, pois se evita pagar a elevado custo da demanda de ponta. + Em instalagdes industriais de pequeno porte é normalmente vantajoso utilizar a tarifa con- vencional, ja que © prego médio da tarifa de energia de baixa tensdo € sempre superior a0 prego médio da energia na modalidade convencional. Para que se possa determinar o prego médio da tarifa de energia elétrica, € necessirio fazer um levantamento das tarifas cobrexlas pela companhia fornecedora de energia da {rea de concessai onde etd localizado 0 estabelecimento industrial, Como se sabe, as tarifas de energia elétrica no Brasil sao diferentes para cada ermpresa que explora o servigo de eletricidade. As Tabelas 1.9 1.11 fornecem 0s valores médios das tarifas de energia, convertidas em US$ em janciro de 2004. Com base no fator de carga mensal, pode-se determinar o prego médio pago pela energia con- sumida em fungi do grupo turifario a que pertence a unidade consumidora, ou seja: © Grupo tarifirio convencional A tarifa média pode ser calculada a partir da Equagto (1.14). 1D Foy 730 P= +7 (14) médias de energia elétrica — tarifa verde 0.27870 | 0.27360. 0.23689 23256 26878 | 0.26092 0.23920 0,23483- (Run 0.23020 | 0.23483 13,8 kV (Rural Irrigante 10 horas)* 0.23920 0.23483, 0.03194 0.02715, 0.03047 0.02742 0.02742 0.02742 0.028234 0,023099 0.026924 0.024232. 0024232, 0.024232, s de energia elétrica — tarifa convencional 0.05307 0.08570 0,051.28 0.04615 0.04615 0.04615 Irigante) (Rural Irrigante 10 horas)* 32 Capitulo Ue FC ~ tarifa de consumo de energia elétrica, em RWkWh ou US$/KWh; TD — tarifa de demanda de energia elétrica, em RSVKW ou USS/KW, EXEMPLO DE APLICACAO (1.3) ‘As Figuras 1.14 © 1.15 representam a situago operativa didria de uma planta industrial respectivamente antes ¢ depois da aplicaciio de um estudo de methoria do fator de carga, conservando o mesmo nivel de pro- dugiia, O consumo em ambos os casos 6 de 126.000 kWh/més, Determinar a economia de energia elétrica resultante, ow seja: 4) Situago anterior & adogaio das medidas para methoria do fatorde carga. «© Fator de carga 126.000 9.63 730 «270 + Valorda conta de energia ‘Considerando: se o valor da tarifia industrial média em US$, tem-se; — Tarifa de consume fora de ponta: TC = US$ 0,0S307/kWh; = Tarifa de demanda fora de ponta: TD = US$ 4,19/&W. Logo, a fatura correspondent vale: F,= 126,000 x 0,05307 + 270 x 4.19 F, = US$ 7.818,12 TIGURA 1.14 ‘Curva de carga ndo-otimizada 280.0 FIGURA.1.15 fue Curva de canga otimizada 1980 1900 g i tone 0,0 0.0 OP x PO SO DP OS S s PF SPS. Poth oP oh S58 SPP PPS PPK Po row Horas: ELEMENTOS DE PROJETO 33 + Prego médio page pela enengia consumida Pode ser calculado pela Equagio (1.14): 419 to 3 ’ 5 a8 e730) + 0205307 = USS 0,06218/kWh = USS 62.18/MWh P. bh) Situapao posterior a ndogao das medidas para melhoria do fator de carga + Fator de carga f2o000 Og 730 X 195 + Valor da coma de energia F, = 126.000. 0,05307 + 195 > 4,19 F, = US$ 7503.87 + Prego médio pago pela energia consumida p,, = —*!9__ 4 0, 08307 = USS 0,05959/kWh = US$ 59,59/ MWe 0,88 730 + Evonomia percentual resultante TSI8,12 = 7.503,87 781812 AF x 100 = 4,0%% Em muitos casos ¢ notria a diferenga da conta de energia eléirica paga pela empresa e, conseqliente- mente, de suas despesas operacionais, permitindo que 0 produto fabricade nessas condigdes apresemte uma maior competitividade no mercado, principalmente se nele & expressiva a parcela de energia elétrica no cus- to final de producto. Outra forma de calcular 0 valor da tarifa média do grupo tariféria convencional é através da ‘Tabela 1.12, ou seja: 0 DE APLICAGAO (1.4) ‘Una indhistria de pequene porte, ligado em 13,80 kV, apresenta uma significativa regularidade no eonsu- mo ¢ demanda de energia elétrica ao longo doano, O consumo medio mensal foi de 73.920Wh ea deman- da média faturada foi de 200 kW. Determinar o valor do prego médio da energia, sabendo-se que a mesma pertence a0 grupo tarifairio A4 — convencional. 838,00 | 10.056,00 53.07 12 73,920 887.040, 3,922,93 | 47.075,21 Total 887.040 S7A31.21 ‘Total mensal (LISS/més) 4,760.93 ‘Tarifa média mensal (USS/MWh) 6441 Através da planilha eletrénica, mostrada na Tabela 1.12, pode-se determinar 0 prego médie da energia, eujo valor é de USS 64,41/MWh, obtido a partir da relagdo entre o montante anual pago nas faturas de energia, em USSvano, pelo consumo anual de energia em MWhéano, ou seja: USS $7.13 1,21/4(887.040) x 1.000, 34 Capi UM + Grupo tariférie verde [As tarifas médias de energia elétrica do grupo tarifério verde devem ser tomadas mum inte valo de tempo de 12 meses para cobrir os perfodos secos (maio a novembro) ¢ timido (deze a abril), cujas tarifas. so bastante diferenciadas. © edleulo da tarifa média pode ser con através da Tabela | .13. EXEMPLO DE ‘APLICAGAO (1.5) Considerando a industria tratada no Exemplo da Aplicagiio (1.4), determinar 0 valor de prego médio -enengia, para a condigio de a mesma pertencer a0 grupo tarifario Ad — horo-sazonal verde. Observar que ‘energia gasta mensalmente €a mesma do Exemplo de Aplicagio (1.4) ‘Através da planitha eletrOnica, mostrada na Tabela 1.13, pode-se dleterminar © prego médio da energia, valor é de USS 77,77/MWh, obtide a partir da relagio entre 0 montante anual pago nas faturas de ene em US$#ano, pelo consumo anual de energia em MWhfuno, ou sea: US$ 68.981,21/(887.040) X 1.000, Se, por exemplo, fosse possivel a indistria realizar a transferéncia de consume da hora de ponta dee a para Fora de ponta, mantendo 6 consumo médio anual no valor de 887.040 kWh, portanto, conservan ‘1 mesma produgio industrial, o prego médio da energia seria de US$ 69,9 L/MIWh, em conformiciade com ‘Tabela 1.14, observando uma reducao no prego médio de aproximadamente 101 ‘TABELA 1.13 Determinagao-do custo anual médio da tarifa de energia clétrica ~ grupo t Demanda Fat - 646,00 Consumo FPS. 436.240 | 1.990,50 Consumo PS 1.200 | 3.232,92 | 22 Consume FPU 311.600 1,759.29 | 8.79647 Consumo PU 58,000, | 3.173,76 Total | 87.040) : 68.98, Total mensal (USS/més) 5.7488 ‘Tarifa média mensal (US$/MWh) ‘TABELA 1.14 Determinagao do custo anual médio da tarifa de energia elétrica — grupo tarifirio verde Demanda Fat 4 E 646,00 Consumo FPS 64.680 | 452.760 | 2,065,88 ‘Consumo PS, 9200 | 64.680 | 2575.19 Consumo FPU 64.680 | 323.400 | 1,825,92 Consume PU 9.240 | 46.200 | _2.528,06 Total 887.040 “ 62.009, Total mensal (USS/mes) 5.16) ‘Tarifa médin mensal (USSVMWb) 635 ELEMENTOS DE PROJETO: 35 Se, por outro lado, toda a produglo no horgrio de ponta fosse desloeada para 6 periodo fora de ponta, 0 prego médio da energia seria de USS 39,13/MWh, obtendo-se, assim, uma redugiio no prego médio da conta de energia no valor de 78,6% em relagdo a condigio anterior. ‘TABELA 1.15 Determinagio do custo anual médio da tarifa de energia elétrica — grupo tarifiirio verde i : ‘7182-90 73,920 517.440 2.361,00 | 16.527,03 0 0.00, 0.00 73.920, 369.600, 2.086,76- 10,433.81 0 0,00 0,00 ‘Total 887,040, : 34,712.84 ‘Total mensal (US$/més) 2.392,74 ‘Tarifa média mensal (US$/MWh) 3413 + Grupo tariffirio azul As tarifas médias de energia elétrica do grupo tarifério azul devem ser tomadas num interva Jo de tempo de 12 meses para cobrir os perfodes seces (mai a novembro) e timido (dezembro a abril), cujas tarifas séo bastante diferenciadas. O céleulo da tarifa média pode ser conhecido através da Tabela 1.16, 0 DE APLICACAO (1.6) Uma indistria de porte médio ligada em 13,80 kV, apresenta uma significativa regularidade no consume ¢ demanda de energia elétrica ao longo do ano. O consumo médio anual foi de 1.063.000 kWh no perfodo fora de ponta de carga ¢ 105,600 no perioda de ponta de carga, senda a demanda média faturada de 2.700 KW de ponta e de 1.600 kW no perfodo fora de ponta, Determinar o valor do prego médio da energia desse estabrleci mento industrial © consumidor pertence so grupo tariffrio Ad — horo-sazonal azul. Ateavés da planilha eleténica, mostrada na Tabela 1.16, pode-se determinar o prego medio da ener. sia cujo valor é de USS 54,08/M Wh, obtide a partir da relagiio entre » montante anual pago pela indkistria nax faturas de energia elétrica, em US¥/ano, pelo consumo anual de energia em MWh/ano, au seja: USS 758.600, 4/(1 4.028.660) % 1.000. 1.16 0 do custo anuall médio da tarifa de energia elétriea ~ Grupo tarifério azul : : 8.721,00 | 104.652,00 - * 15.696,00 | 188.352,00 1.063.455 | 7.444.185 | 33.743,43 | 236.203,99 105,600, 739,200 6.896,74 | 48.277,15 1.063.455 | 5.317.275 | 29.861,82 105.600, 528.000 6.361,34 | 31,806,72 “Toral 14,028.60 : 758,600.94 Total mensal (USS$/més) 63,216,75 Tarifa média mensal (USS/MWh) 54,08 eaaeaae 36 CapiruLo Um 1.9 ROTEIRO PARA ELABORACAO DE UM PROJETO ELETRICO INDUSTRIAL 1.9.1 Planejamento Para que o projetista plaingje ¢ elabore adequadamente o seu projeto deve necessariamemte co- nhecer e aplicar todos os conceitos formulades neste capftulo. 1.9.2 Projeto Luminotécnico O projeto luminotécnico dos ambientes administrativos ¢ industriais deve ser a primeira ago a ser desenvolvida, @ que pode ser realizado seguindo os procedimentos do Capitulo 2 1.9.3 Determinagao dos Condutores A partir do projeto luminotécnico, o projetista jé pode determinar a segtio dos condutores dos circuitos terminais ¢ de distribuigao. Como 0 projetista, nessa etapa, ja definiu a localizagéo dos Centros de Controle de Motores (CCM) e dats) subestacdo(ées) com os respectivos Quadro Geral de Forga (QGF} deve determi- nar a seco dos condutores dos circuitos terminais & de distribuigao, A. metodologia de eélcuto esti apresentada no Capitulo 3. 1.9.4 Determinagdo e Corregao do Fator de Poténcia Conhecendo as cargas alivas € reativas, © projetista jé dispde de condigées para determinar 6 fator de poténcia horério da instalagio e determinar a necessidade de poténcia capacitive part manter 0 fator de poténcia nos limites da legislagiio, 0 que pode ser feito através do Capitulo, 4. 1.9.5 Determinagao das Correntes de Curto-circuito Conhecidas todas as segées dos condutores ¢ jd tendo definida a concepgiio da distribuigao do sistema, bem como as caracterfsticas da rede de alimentago, devem ser determinadas as correntes de curto-circuito em cada ponto da instalagao, notadamente onde serao instalados os equipamentos € dispositives de protecdio, A metodologia de calcula esta explanada no Capitulo 5 1.9.6 Determinagao dos Valores de Partida dos Motores ‘Trata-se de conhecer as condigdes da rede durante a partida dos motores, a fim de se determi: narem os dispositivos de acionamento dos mesmos ¢ 08 elementos de protegdo, entre outros. 0 Capitulo 7 detalha 0 procedimento de calculo ¢ analisa as diferentes situagdes para as condigi de partida. 1.9.7 Determinagao dos Dispositivos de Protegao e Comando A partir dos valores das correntes de curto-circuito e da partida dos motores, deve-se ell 6 esquema de protecio, iniciando-se com a determinagiio destes dispositivos ¢ dos comandos: a detinigao da protegao geral. O Capitulo 10 analisa e determina os dispositivas de protegio py sistemas primarios e secundirios, 1.9.8 Calculo da Matha de Terra O cailculo da matha de terra requer 0 conhecimento prévio da natureza do solo, das corre de falta fase-terra ¢ dos tempos de atuagiio corres pondentes dos dispositivos e protegio. O Capitulo 11 expée a metodologia da determinagao da resistividade do solo, traz a seqilén de cfilculo que define os prineipais componentes da malha de terra € mostra u obtengdo da resi téncia de malha 1.9.9 Diagrama Unifilar ELEMENTOS DE PROJETO 37 Para © entendimento da operagio de uma instalagio- industrial é fundamental a elaboragio do diagrama unifilar, onde devem estar representados, no minimo, os seguintes elementos: * chaves fusiveis, seccionadores, condutores ¢ disjuntores com as suas respectivas capacida- des nominais ¢ de interrupg: * indicagao da segao dos condutores das circuitos terminais ¢ de distribuigao e dos respectivos tipos (monofasico, bifasico ¢ trifasice); + dimensao da segao dos barramentos dos Quadros de Distribuicao; + indicagdo da corrente nominal dos fusfveis; + indicagdo da eorrente nominal dos relés, a sua faixa de ajuste eo ponto de atuaglo; + poténcia, tensdes priméria ¢ secundaria, tapes e impedancia dos transformadores da subes~ lagi © para-raios, muflas, buchas de passagem ete + transformadores de corrente ¢ potencial com as respectivas indicages de relagdo de trans- formagi + posigaio da medigio de tensiio e correntes indicativas com as respectivas chayes comutado- ras, caso haja; * lampadas de sinalizagao. A Figura 1,16 mostra um diagrama unifilar como exemplo. 1 péra-raos tipo valu de 12 kV; 2 — chive fusiveliaceadonn de disuibuigio de 100 A/15 RV: 3 ~ muita terminal de 100 ALS KV; 4 no isolad om PRC para {SV seplo de 25 mn 5 ~ runsformador de comente para medics, clue 1S KV: 6~ cranafoomador de povencial para medieso, clase 1S kV ~ 13.8001 15 Vi 7 —bucha de passagem externa > interna, 110 A/S kN; 8 ~ chave seccionadora trial, 190.A/L5 KY, 9 ~relé secundirio de sobyecurremte de fase « de evten, comrente nominal de 20-4, ajuste de 16 20 A, ponio de fuagio 18-4: 10 —ixjantotfipalar 2 pequen volume de Geo, eoreente nominal 400.415 K¥, comuando thanmal, cspacidade de rupert ‘imétrien de 250 MIVA. 11 ~ Wansformador de poténciu de 300 KVA13.8001~ 13.200 12-600 340: 220V, leaps wiingulo-estrelay 12 ‘alo isolate para 758 ¥.seqo de 400 mn! ~ PVC; 18 —disjuntor teromagnesice, 400 84500 A, eapacidade de ryptra de 20'kA, coms le téemico com fava de ajste de 420 SIM) A, regula no posta de 460 A: 14 — tusivel tipo NH. 1601: 15 —tusive tipo NH-100. 16 — amperimets de feet mdvel, tipo pail, escala de fl 200, 17 — comutadee para arnpertmetto; 18 ~coajunto de fusive dazed: 19. Mada de sinalizagdo vermelna; 20—omutador para yolimete; 21 ~ valtimee de Fert abet, tipo puiae, 500, exala 0 ~ 500 22 — chase sevsionaora tipo, abertura em carga, S00 V/100 Aj 2% - contacor lripoar, $00 VI80 A; 24~ elétérmio, com fea de syste de 70.9 10H A, repulada no pot BOA. 38 Capiruco Uw TABELA 1.17 Simbologia grafica para projetos Simbolo Descrigdio do Simbolo Descrigao do Simbolo —— | Duta Embutico no Teto CS] | Luz Fiuoroscane no Tete —=— | Duta Embutito no Piso ou Canalsta es. | es — = | Dvtode Telefone P| canes ——— __ ito de Gampainna, Som e Anunciadar Sale jansidora Tr —— | Condutor Fase ne Dito SERRE —}— | conddtor Neutra no uta = | —— | Conditor de Rotor no Buto —~— Contator Magnstion I—{— ) consitor ds Protagae no Dut ul ile a Chavo Compensadera Automatica |= — | contutor Faso no Du = A \Kemswacsee have Estrela THangulo a Chave Série Paraiate 7 | Blotracute que Desee om Transformados de Gorronta 8) | teteiruptor d6 + Sage m an 2 Translormador de Fong S| Intemuptor de 2 Segbes | Imeruptar se 3 Secaee —D_ _ | stanesrmsieraatcain Sm | Interuptor Three-way @ Motor su | Interruptor Four-way @ Gorador = | Tomada do Luz Baixa (30 em do Piso) o Para raios Atmostérico Tea ce Luz Nida (1.3: do Piso} | Resistor (3) Tomada de Luz no Piso 0 | Tomada Triféstoa Balxa (30 em do Piso) Simot0 a Torta He | Tomada de Toletone na Parodie (Extanay aif Capacitor —& | Tomada de Telotone na Parede (Interna) +@ | Tomada do Radio.e Tw ~~ Sane ea eer 1 egal oe Lampada de Sinakzagto Hs | Campainna F1__| Tomada de Teletone no Piso = ~~ | have Seccionadoca Unipoiar | tue incandescoma no Toto HO | Luz incandescemta na Parede ‘Shave Fusivel Unipolar 1.9.10 Memorial Descritivo E importante a elaboragdo do memorial descritivo, contendo informagdes necessirias a0 tendimento do projeto, Entre outras informagdes deve const finalicade do projeto; ¢nderego comercial da indastria e o enderego do ponto de entrega de energia: carga prevista e demanda justificadamente adotada; tipo de subestagia (abrigado em alvenaria, blindado, ao tempo): protegio e comando de todos os aparelhos utilizados, desde o panto de entrega de ene até 0 ponto de consumo; caracteristicas completas de todas os equipamentos de protegio ¢ comand, transfor res, cabos, quadros ete. memorial de célewlo; relagiio completa de material; custo orcamentirio, ‘1.10 SIMBOLOGIA ELEMENTOS BE PROJETO 39 Os dispositivos nio relacionados devem, também, ser indicados conforme a especificagiio mencionada. Cabe ressaltar a importdncia que deve ser dada a especificacio dos materiais, tanto no que diz respeito as suas caracteristicas téenieas, quanto mecinicas e dimensionais. As empresas comerciats escolhidas pelo interessado do projeto para apresentarem propostas de fornecimento desses materiais deverdo basear as mesmas nas caracteristicas apresentadas, Ca- so contrario, durante a abertura das propostas poderao surgir conflitos entre os concorrentes, que dificilmente serio sanados, dada a inexisténeia de qualificagéio dos materiais requisitados, Todo projeto de instalagio elétrica requer a adogao de uma simbologia que represente os di- versos materiais adotados, Existem vérias normas nacionais ¢ estrangeiras que apresentam os simbolos representatives dos materiais elétricos utilizados em instalagdes correspondentes, Os simbolos mais empregados atualmente sao os da ABNT, apresentados na Tabela 1.17 de forma resumica, No entanto, a literatura de fabricantes de equipamentos ¢ dispositivos, oriundos de outros paises, conserva, em geral, a simbologia de origem Deniro de um mesmo projeto deve-se sempre adotar uma tinica simbologia, a fim de evitar diividas e interpretagGes erréneus, ‘As normas da ABNT is quais todos os projetos devem obedever, de modo a assegurar um ele- vado padrio téenico na operagao da instalagao, podem ser encontradas & venda nas representacoes estaduais da ABNT ou em sua sede situada na Av, 13 de Maio, 13/28° andar — CEP 20003-90 ~ Rio de Janeiro,

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