5.curto-Circuito Nas Instalacoes Eletricas PDF

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INSTALACOES ELETRICAS INDUSTRIAIS 72 EDICAO Joio MAMEDE FILHO Engenheiro eletricista Diretor de Planejamento e Engenharia da Companhia Energética do Gear (1988-1990) Ex-Diretor de Operaciio da Companhia Energética do Ceard — Coelee (1991-1994) Ex-Diretor de Planejamentoe Engenharia da Companhia Energética do Ceara (1995-1998) Ex-Presidente da Comité Coordenador de Operagies do Norte-Nordeste — CCON Ex-Presidente da Nordeste Energia S.A. — Nergisa (1999-2000) sAtual Presidente da CP: — Consultoria e Projetos Elétricas Professor de Hletrotécnica Industrial da Universidade de Fortaleza — Unifor (desde 1979) LTC EDITORA caPiTULG CURTO-CIRCUITO NAS INSTALAGOES ELETRICAS 5.1 INTRODUGAO 5.2. ANALISE DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO 5.2.1 Andalise das Formas de Onda das Correntes de Curto-circuito A determinagao das correntes de curto-circuito nas instalagées elétricas de baixa e alta tensdes de sistemas industriais é fundamental para a claboragio do projeto de protegaio ¢ coordenagio dos seus diversos elementos, Os valores dessas correntes siio baseados no conhecimento da defeito até a fonte geradora. ‘As correntes de curto-circuito adquirem valores de grande intensidade, porém com duragia geralmente limitada a fragdes de segundo. Sdo provocadas mais comumente pela perda de iso- Jamento de algum clemento energizado do sistema elétrico. Os danos provocados na instalagdo ficam condicionados a intervengiio correta dos elementos de protegio, Os valores de pico estio, normalmente, compreendidos entre 10 ¢ 100 vezes a corrente nominal no ponto de defeito di instalagiio e dependem da localizagao deste. ‘Além das avarias provocadas com a queima de alguns componentes da instalagaio, as corren- tes de curto-cireuito geram solicitagdes de natureza mecanica, atuando, principalmente, sobre 0s barramentos, chayes e condutores, ocasionando © rompimento dos apoios ¢ deformagoes né estrutura dos quadros de distribuigd0, caso 0 dimensionamento destes nao seja adequado aos esforgos eletromecinices resultantes, E-considerada como fonte de corrente de curto-circuito todo componente elétrico ligado ag sistema que passa a contribuir com a intensidade da corrente de defeito, como € 6 caso dos gers dores, condensadores sincronos e motores de indugao. Erroneamente, muitas vezes € atribuido ao iransformador a propriedade de fonte de corrente de curto-circuito, Na realidade, este equipamenty € apenas um componente de elevada impedancia inserido no sistema elétrica, impediincias, desde o ponto de Serd feita inicialmente a andlise sintética das formas de onda que caracte: curto-cireuito, seguindo-se de um estudo que demonstra a influéncia dos valores das correntes de defeito em fungao da localizacio das fontes supridoras para, finalmente, se proceder @ uma andlise de composigdo das ondas referidas € a sua consegiiente formulagio matemiética simplificada. As correntes de curto-circuito ao longo de todo 0 periodo de permanéneia da falta assument formas diversas quanto & sua posigao em relagZo ao eixa dos tempos, ou seja’ a) Corrente simétrica de curta-circuito E aquela em que o componente senoidal da corrente se forma simetricamente em relagdo ay eixo dos tempos. Conforme a Figura 5.1, esta forma de onda é caracteristica das correntes de cut: to-circuito permanentes, Devida uo longo periodo em que esta corrente se estabelece no sistema ela 6 utilizada nos eficulos a fim de determinar a capacidade dos equipamentos para suportar os efeitos térmicos correspondentes, cujo estude seré posteriormente efetuado, 5. Corrente simétrica de curto~ b) Corrente assimétrica de eurto-circuito E aquela em que o componente senoidal da corrente se forma de maneira assimétricaem relagio a0 eixo dos tempos ¢ pode assumir as seguintes caracteristicas: + Corrente parcialmente assimétrica Neste caso, a assimetria é de forma parcial, conforme a Figura 5.2. Corrente = —}—l Tempo * Corrente totalmente assimétrica Neste caso, toda a onda senoidal se situa acima do eixe dos tempos, conforme a Figura 5.3, Corrente Garena \ Tempe “Temps FIGURA 5.3 FIGURA 5.4 Corrente totalmente assimétriva Corrente assimétrica € simétrica + Corrente inicialmente assimétrica e posteriormente simétrica Neste caso, nos primeios instantes de ocorréncia do defeito, a corrente de curto-circuito assume a forma assimeétrica para, em seguida, devido aos efeitos atenuantes, adquirir a forma simétrica, conforme a Figura 5.4, alizagao das Fontes das Correntes de Curto-circuito Serio analisados dois casos importantes nos processos de curto-cireuito. O primeiro refere- se aos defeites ocorridos nos terminais do gerador, ou muito préximo a ele, onde a corrente apresenta particularidades préprias em diferentes estgios do proceso, ¢ © segundo refere-se 230 CaPrruLo CINGO aos defeitos acorridos longe dos terminais do gerador, que € 0 caso mais comum das plantas industriais, normalmente localizadas muito distantes dos parques geradores que, no Brasil, slo na sua grande maioria hidrdulicos 5.2.2.1 Curto-circuito nos terminais dos geradores ‘A principal fonte das correntes de curto-circuito so os geradores. No gerador sinerono, a corrente de curto-circuito, cujo valor inicial € muito elevada, vai decrescendo até alcangar regime permanente. Assim, pode-se alirmar que © gerador é dotado de uma reatiineia interna iével, compreendendo inicialmente uma reatincia pequena até atingir o valor canstante, quando o gerador alcanga o seu regime permanente. Para que se possa analisar os diferentes momentos dascorrentes de falta nos terminais do gerador, é necessdrioconhecer o comportamenta dessas méquinas quanto as reatdincias limitadoras, coneeituadas como reatincias positivas. Essas reatiincias sio referidas & posi¢ao do rotor do gerador em relagao ao estator. Nos. casos estudados neste liveo, as reatincias mencionadas referem-se as reatiinciay transitérias do eéxa direio, cujo indice da varidvel € X}, ou seja: itéria (XS) Também conhecida como reatincia inicial, compreende a reataneia de dispersiio dos enrola- mentos do estator ¢ do rotor do gerador, onde se incluem as influéncias das partes macigas rot6- rieas ¢ do enrolamento de amoriecimento, limitando a corrente de curto-circuito no seu instante icial, isto é, para f = 0. O seu efeito tem duragio média de 50 ms que corresponde a constante de tempo tansitéria (7;)).O seu valor ¢ praticamente © mesmo para curtos-circuitos trifasicns, monofasicos e fase ¢ terra. A reatincia subtransitéria apresenta as seguintes variagdes: a) Reatancia subtr + Para geradores hidrdulicos: de 18 a 249% na ba dos geradores dotados de enrolamento de amortecimento, + Para turbogeradores: de 12 a 15% na base da poténcia ¢ ten: da poténcia & tensio. nominsi nominais dos geradores, b) Reatancia transitéria (X,) Também conhecida como reatincia total de dispersdo ou ainda reatancia transit6ria do eixo direto, compreende a reatancia de dispersio dos enrolamentos do estator ¢ da excitagio do gera- dor, limitando a corrente de curto-circuito apés cessados os efeitos da reatdncia subtransitoria, Osseu efeito tem duragio varidvel entre 1.500 e 6.000 ms que corresponde a constante de tempo transitéria (7). Os valores inferiores correspondem a constante de tempo de maquinas hidrdulicas os valores superiores aos de turbogeradores. O seu valor varia para curtos-circuitos trifasicos, monofasicos ¢ fase ¢ terra. A reatincia wransitGria apresenta as seguintes variag6es, + Para geradores hidrdulicos: de 27 a 36% na base da poténcia © tensto nominais dos geradores dotados de enrolamento de amortecimento. + Para turbogeradores: de 18a 23% na base da poténcia ¢ tensiio nominais dos geradores, ‘Como um valor médio a ser adotado, pode-se admitir a reatancia transitéria como 150% do valor conhecido da reatancia subtransitéria do gerador, c) Reatincia sincrona (X,} Compreende toda u reatncia total dos enrolamentos do rotor do gerador, isto é, a reatdncia de dispersio do estator e a reatdncia de reagdo do rotor, limitando a corrente de curto-cireuito apos cessados os efeitos da reatncia transitoria, iniciando-se af 2 parte permanente de um ciclo com: pleto da corrente de falta, O-scu efeito tem duragio varidvel entre 100.6 600 ms que corresponde & constante de tempo transitoria (7,,)e depende das caracterfsticas amortecedoras dos enrolamentos do estator dado pela relagio entre a sua reatincia € resisténcia © das reatdncias ¢ resistencias da rede conectada ao gerador. ‘A reatincia subtransitéria apresenta as seguintes variagoes + Para geradores hidréulicos: de 100 a 150% ma base da poténeia € tensio nominais dos geradore: + Para turbogeradores: de 120 a 160% na base da poténcia ¢ tensio nominais dos geradores. A Figura 5.5 mostra graficamente a reagao do gerador nos trés estégios mencionadas. CURTO-CIRQUITO NAS INSTALAGOES ELETRICAS 231 5.5 te de curto-circuito nos is do gerador Periodo de Regime Subtransitorio Periodo de Regime Transitério. Corrente de Curto-cireuito: 5.2.2.2 Curto-circuito distante dos terminais do gerador Com o afastamento do ponto de curto-circuito dos terminais da gerador, a impedéncia acumulada das linhas de transmissio e de distribuigdo € tio grande em relagdo as impedineias do gerador que a corrente de curto-circuito simétrica jé € a de regime permanente acrescida apenas do componente de corrente continua. Neste caso, a impedincia da linha de transmissio predomina sobre as impedincias do sistema de geragio, eliminando sua influéncia sobre as correntes de curto-circuito decorrentes. Assim, nas instalagdes elétricas alimentadas por fontes: localizadas distantes, a corrente altemada de curto-circuito permanece constante ao longa do perfodo, conforme se mostra na Figura 5.6, Neste caso, a corrente inicial de curto-cireuito é igual A corrente permanente. Ao longo deste livro sera sempre considerada esta hipétese ‘A corrente de curto-circuito assimétrica apresenta dois componentes ma sua Formagaio, ou Sea: + Componente simétrico E a parte simétrica da corrente de curto-cireuito, * Componente continue Ea parte da corrente de curto-circuito de natureza continua, O componente continuo tem valor decrescente e é formado em virtude da propriedade carac- teristieu do fluxo magnético que nao pode variar bruscamente, fazendo com que as correntes de curto-circuito nas trés fases se iniciem a partir do valor zero, Corrente Componente Assimétrico de uma corrente rcuito ponente Continue Componente Simétrico 7, — componente alternade inicial de curto-circuito; fy. ~ impulse da corrente de curto-circuito, ou valor do pico; f,, ~ comrente de curto-cir- cuito permanente ou: simplesmente corrente de curto-eireuito simétrica; C,—constante de tempo. A qualquer instante, a soma desses dois componentes mede o valor da corrente assimeétrica, A Figura 5,6 mostra graficamente os componentes de uma onda de curto-cireuito. ‘Com base nas curvas da Figura 5.6, podem-se expressar 0s conceitos fundamentais que en- volver a questio: a) Corrente alternada de curto-circuito simeétrica 232 Carmo Cinco £0 componente alternado da corrente de curto-circuito que mantém em todo 6 periodo uma posigdo simétrica em relagio ao eixo do tempo. b) Corrente eficaz de curto-eireuito simeétrica permanente (/,,) FE acorrente de curto-circuito simétrica, dada em seu valor eficaz, que persiste no sistema ap6s decarridos os fendmenos transitérios. ¢) Corrente eficaz inicial de curto-circuito simétriea (J,,) E a corente, em seu valor eficaz, no instante do defeito, O gréfico da Figura 5.6 eselarece a ‘obtengae do valor de f,, em seus varios aspectos. Quando o curto-circuito ocorre Longe da fonte de suprimento, 0 valor da corrente eficaz inicial de curta-circuito simétrica (/,,) € igual ao valor da corrente eficaz de curto-cireuito simétrica (Z,,), conforme se mostra na mesma figura. d) Impulso da corrente de curto-circuito (Iq) Eo valor maximo da corrente de defeito dado em seu valor instantneo, e que varia conforme ‘© momento da ocorréncia do fendmeno, ©) Poténcia de curto-circuito simétrica (P.,) E apoténcia correspondente ao produto de (ensdo de fase pela corrente simétrica de curto-cireui- to, Se odefeito for trifésico, aplicar a este fator V3. Observar, no entanto, que a tense no momento do defeito é nula, porém a poténcia resultante é numericamente igual a0 que se definiu. 5.2.3 Formulagao Matematica das Correntes de Curto-circuito Como se observa, as correntes de curlo-cireuito apresentam uma forma senoidal, cujo valor em qualquer instante pode ser dado pela Equagao (5.1), toy =D % ty * [sem(we +P 0) — eH x sen (8 — 0)] on valor instantineo da corrente de curto-circuito, num determinado instante t; valor eficar simétrico da corrente de curto-circuito: tempo durante o qual ocorreu a defeito no ponto considerada, em s; constante de tempo, dado pela Equagao (5,2). x i 2XaXFRR B— deslocamento angular da tensao, em graus elétricos ou radianos medido no sentido pasi- tivo da variagéo dua, a partir de V = 0 até o ponto t = 0 (ocorréncia do defeito). Gi (5.2) A Figura 5.7 mostra a contagem do dngulo B, que é nulo quando a ocorréncia do defeito se dl no ponto nulo da tensio do sistema, ou seja, Figura 5.7(a). Quando o defeito corre no ponto ent que a tensio est em seu valor maximo, como na Figura 5.7(b). 0 valor de 8 = 90". @— Angulo que mede a relagdo entre a reatincia © a resisténcia do sistema ¢ tem valor igual a xXx =a) (53) R— resisténcia do circuito desde a fomte geradora até 0 ponto de defeito, em Q ou pa X= reatncia do circuito desde a fonte geradora até 0 ponto de defeito, em ou pu; cof — Angulo de tempo; F— freqiiéncia do sistema, em Hz. O primeiro termo da Equagdo (5.1), ou seja, ¥2 XJ, X sen(wr + 8 — 6), representa o valte simétrico da corrente alternada da corrente de curto-circuito de efeito permanente, Por outro lada, o segundo termo da Equaciio (5.1), isto é, W2 x 1, X et x sen(8 — 8), representa o valor componente continuo. Com base na Equagio (5.1) e na Figura 5.7 podem ser feitas as seguintes observagdies: * noscircuitos altamente indutivos, em quea reaténcia X é extremamente superior a resist R, a corrente de curto-circuito é constitufda de seu componente simétrico, ¢ © component CURTO-CIRCUITO NAS INSTALAROES ELETRICAS 233 continuo ou transitério atinge o seu valor maximo quando © defeito ocorrer no instante em que a tensdo esta pasando pelo seu valor nulo [(Figura 5.7(a)]. Neste caso, tem-se: ParaX>>Ro + a= asi (Z) + p<90 Paraoinstanter=0 — B=0° Jag = VE XL, % [sem (or + 0° ~ 90°)—e°H** sen (0° — 90")] fag) = VE 1, X [sem (ot = 90°) +e | + noscireuitos altamente indutivos, em que a reatincin X extremamente superior resistencia R. a corrente de curto- € constitufda somente de seu componente simétrico quando odefeito oeorrer no instante em que a tensio esta passando pelo seu valor maximo | 5.74b)], Neste caso, tem-se: 57 4 Comtante de Custo-citeuito ide curto-circuito em ome Paavace do valor da tensao para (a) x ParaX>>R = o=anta(%) => 6=90° Parao instante r=0 —» = 90° Ta ENE XTX [sen (we + 90° — 90%) —e-% x sen (90° — 90%) | Fags = V2 1, ¥ [sen (ar + 07) 0% x gen(0°y] Fagg =D 1, % sen(ar) + analisando a Equagao (5.1) verifica-se que as condigdes que tornam 0 méximo possivel os termos transitérios nile conduzem por conseqtiéncia os maximos valores da corrente [,,., + @ componente continuo apresenta um amartecimento ao longo do desenvolvimento dos varios ciclos durante os quais pode durar a eorrente de curto-eireuito de valor assimétrico. Este amortecimento esté ligado ao fator de poténcia de curto-circuito, ou seja, & relagdo AR, que caracteriza a constante de tempo do sistema, + quando © cireuito apresemta caracteristica predominantemente resistiva, amortecimento do componente continuo 6 extremamente rapido, j que C, roy tende a zero, para R >>X, enquanto a expressio (¢') tende a zero, resultando, nos valores extremos, a nulidade do segundo termo da Equagio (5.1) + quando o circuito apresenta caracteristicas predominantemente reativas indutivas, 0 amor- tecimento do componente continuo € lento, ja que C, tende a0 para R << X, 377 KR enquanto a expresso (e '') tende a unidade, resultando, nos valores extremos, a perma- néncia do componente continuo associado ao componente simétrice. 234 TABELA 5.1 Fator de assimetria — F parat = 1/4 ciclo Capiruto Cinco E importante observar que num circuito trifasico as tensdes estao defasadas de 120° elétricos, Quando se analisam as eorrentes de curto-circuito € importante fazé-1o para a fase que permite 0 maior valor desta corrente. Assim, quando a tensdo esta pasando por zero numa determinada fase, nas dui esté a 86.6% de seu valor maximo. E para se obter 0 maior valor da corrente de curto-circt ocorréncia de um defeito é necessério analisar em que ponto de tens&io ocorreu a falta, Quando o defeito ocorre no instante em que a onda de tensdo em qualquer uma das fases esta passando por zero, a corrente nesta fase correspondente sofre um defasamento angular que pode chegar a praticamente 90°, quando © defeito acontecer nos terminais do gerador, cuja impedin- do sistema fica restrita 2 reatincia de dispersao do gerador. Se o defeito ocorrer distante dos terminais do gerador, o defasamento da corrente fica condicionado ao efeito da impedancia do sistema, Quando se analisa um circuito sob defeito tripolar considera-se somente uma fase, extrapolan- do-se este resultado para as demais que, logicamente, em outra situacao de falta esto sujeitas as mesmas condigdes desfavordveis, Os processos de céilculo da corrente de curto-circuito fornecem fe correntes simétricas em seu valor eficaz. Para se determinar a intensidade da corrente assimétrica, busta que se conheca a relagdo X/R do cireuito, send X ¢.8 medidos desde a fonte de alimentagio até 0 ponto de defeito e, através do fator de assimetria, dado na Equacao (5.4), se estabeleca 0 produto deste pela corrente simétrica calculada, ou seja: Ig = hg X fl FDR OO (ay I [,,— corrente eficaz ussimeétrica de curto- 1, ~ corrente eficaz simétrica de curto-s ‘outras a tensiio na. Ortermo {1+ 2% e996 denominado fator de assimetria. O seu valor pode ser obtido x facilmente através da Tabela 5.1 para diferentes valores de C, considerando, neste 377 XR" 3.80 4,00 420 440 4.00 4.80 5.00 5,50 6.00 6,50 7.00 7,50 8,00 8.50 9,00 9.50 10.00 CURTO-CIRCUITO NAS INSTALAGOES ELETRICAS 235 caso, ¢ = 0.00416 s, que corresponde a 1/4do ciclo, ou seja, @ valor de pico-do primeiro semiciclo, Para exemplificar o cilculo de um valor tabelado, adotar a relagao X/R = 3,00. ste _ = "377 R377 ‘Sistema de Base EMA DE BASE E VALORES POR UNIDADE DE Apicacdo (5.1) Calcular a corrente de curto-circuito apés decorrido 1/4 de ciclo do inicio de defeito que ocorreu no momento em que a tensdo passava por zera no sentido crescente, numa rede de distribuigao de 13,8 KV, resultando numa corrente simétrica de 12.000 A. A resistencia e reatncia até 0 ponto que falta valem res- pectivamente 0,9490 ¢ 1,8320 2. 8320 2 XPRR 2XaxOOX = 0,00512 5 7 = 1.57079 2 I we= 2% X— 4 00416 Tid = 57,3" ot = 1,57059 X 57,3 = 90° o-wae(E) mel 3 = 0° (tensdo no ponte nulo no sentido erescente) Aplicando-se a Equago (5,1), tem-se: Iago = 42 12.000 + mua ror e20y~« LT 5 sen -aai| Fay = 16.970,5 10,460 + 0,394) > ay = 7-806 + 6,686 A fay, = 14.442 A = 144 kA Para se obter algumas facilidades no caleulo das correntes de curto-circuito € necessario aplicar alguns artificios matemiticos que muito simplificam a resolugdo dessas questées. Quando num determinado sistema hé diversos valores tomados em bases dife estabelecer uma base tinica € transformar todos os valores considerados nesta base para que se possa trabalhar adequadamente com os dads do sistema. Para facilitar o entendimento, basta compreender que o conhecido sistema percentieal ou por cenio é um sistema onde os valores considerades siio tomados da base 100, Da mesma forma se poderia estabelecer um sistema de base 1,000 ou sistema milesimal, onde os valores deveriam ser tomados nesta base, Assim, se um engenheiro que ganhasse USS 2.500,00/més recebesse um aumento de 10% (base 100) passaria a perceber um saldrio de USS 2500.00 + 10/100 x 2.500 = US$ 2.75000. Se, no entanto, o aumento fosse de 10 per milésimo (base 1,000), passaria a perceber somente US$ 2.500 + 107.000 x 2.500 = US$ 2.525,00 Caso semelhante acontece com os diversos elementos de um sistema elétrico, Costuma-se expressar a impedncia do transformador em 2% (base 100) de sua poténcia nominal em kWA. Também as impedancias dos motores elétricos sao definidos em 2% na base da poténeia nominal do motor, em cy. J4 os condutores elétricos apresentam impedincias em valores dhmicos. 236 CAPITULO Cinec: Ora, como se vin, é necessério admitir uma base tiniea para expressar todos os elementos de um. determinado circuito, a fim de que se possa operar facilmente, como, por exemplo, realizando-se as operagiies de soma, subtragao ete. 5.3.2 Valores por Unidade Eum dos varios métodas de cdlculo conhecidos na pratica que procuram simplificar aresolugio das questdes relativas & determinagio das correntes de curto-circuito. O valor de uma determinaca grandeza por unidade é definido como arelagao entre esta grandeza 0 valor adotado arbitrariamente como sua base, sendo expresso em decimal. O valorem pu pode ser também expresso em pereentagem que corresponde a 100 vezes o valor encontrado Os valores de tensio, corrente, poténcia ¢ impedancia de um cireuito so, normalmente, conver- tidos em percentagem ou por unidade — pu. As impedancias dos transformadores, em geral dadas. em forma percentual, so da mesma maneira convertidas em pu. As impedincias dos condutores, conhecidas normalmente em mf ou skrn, so transformadas também em pu, todas referidas, porém, a uma mesma base, O-sistema pu introduz métodos convenientes de expressar as grandezas elétricas mencionadas numa mesma base. Uma das vanlagens mais significativas para se adotar a priitica do sistema por unidade esti, relacionada & presenga de transformadores no circuito. Neste caso, as impedancias no primario € secundario, que em valores Ghmicos esto relacionadas pelo ndmero de espiras, so expressas pelo mesmo ntimero no sistema por uridace. Para demonstrar esta afirmagio, considerar uma impedancia de 0,60 tomada no secundario de um transformadar de 1.000 KWA-13,800/380 V.0 seu valor em pu nos lados primdrio © secundaric do transformador ¢ 0 mesmo, ow seja: + Valor da impediincia no secunddrio do transformador Zn: 0,6 Zge= = 4,15 m7, OM pe 1.000 x V2 1.000. x 0,380" p= = 0.1448 0 zB 1.000 + Valor da impediineia no primiirio do ransformador Zen = Zu 3 8 4s pu 190,4 ( 1,000 x WF _ 1,000 x 13,80? 1.000 ) 0,6 = 791,30 190,49. Algumas vantagens podem ser apresentadas quando se usa o sistema por unidade, ou seja: + todos 0s transformadores do circuito so considerados com a relagao de transformagio 1:1, sendo, portanto, dispensada a representagio no diagrama de impedancia; + énecessiirio conhecer apenas o valor da impediincia do transformador expressa em pu ou em %, sem identificar a que lado se refere; + todos 05 valores expressos em pu esti referidos ao mesmo valor percent: + toda impedancia expressa em pu tem 0 mesmo valor, independentemente do nivel de tensio aque estd referido o valor da impedancia em pu; + para cada nfvel de tensa, o valor da impedincia éhmica yaria ao mesmo tempo em que varia a impedancia base, resultando sempre a mesma relagao; * apoténcia base selecionada para todo o sistema; * atensiio base ¢ selecionada para um determinado nivel de tensiio do sistema; + adotando-se a tensdo base para um lado de tensiio do transformador, deve-se calcular a tensfio base para o outro lado de tensao do transformador; + normalmente € tomada como base a tensiio nominal do transformader, CURTO-CIRCUITO NAS INSTALAROES ELETaICAS 237 Comumente, arbitram-se como valores de base a poténcia ¢ a tensiio, As outras grandezas yariam em fungio destas. Tomando-se como base a poténcia P, em kVA ¢ a tensiio V, em k¥, tem-se: a) Corrente base 65) b) Impedincia base (5.6) Cc) Impedaneia por unidade ou pu <2 (pu) (5.7) Pode ser expressa também por: - 2 2m = 2a Tag x VE (pu) (5.8) Z.= impedineia do circuito, em 0 ‘Quando o valor de uma grandeza é dado numa determinada base (1) ¢ se deseja conhecer o seu valor numa outra base (2), podemese aplicar as seguintes expresses: a) Tensao. Var = Var xt (5.9) V,, — tensfio em pec na base Vaz V,, — tensiio em purna base V,. b) Corrente (5.10) J.) — corrente em pu nas bases Vse Py; J,, — eorrente em pu nas bases V, e P, c) Poténcia Pp Py x B (pu) (6.11) P..~ poiéneia em pu na base Ps: P.,— poténcia em pu na base Py. cd) Impedancias BOM) Za = By XE x| =) cow (5.12) ie = 2a X (z ) (px) Z,,~ impedancia em pu nas bases Ve Py: Z,, ~ impedincia em pu nas bases V, € Py be ApLicacao (5.2) A impedincia percentual de um transformadar de forga de 1,000 kVA — 13.800/13.200/12,600— 380/220 Vé de 4.5% referida ao pe de 13.200 V. Calcular esta impediincia no tape de tensiio mais elevada, ou seja, 13.800 V. 238 Capito Cinco Adotando-se ax bases de 1.000 KVA.¢ 13,800 ¥ ¢ aplicando-se a Equagao (5.12), tem-se: : 5108 (B20) eu 1.000 ~ (13.800 £000 kA (valor de base da poténcia a que refere & impediineia de 4.5%), 1,000 kVA (nova base & qual se quer referir a impediincia de 45%); 13.200 V (valor de base de tensio a que nefere a impedancia de 4,548), 13.800 V (nova base qual se quer referir a impedancia de 4,5%; foi selecionada a base igual & tensfio nominal primdria do transformador). 5.4 TIPOS DE CURTO-CIRCUITO O defeito nas instalagdes elétrieas pode ocorrer em uma das seguintes formas: 5.4.1 Curto-circuito Trifasico Um eurto-cireuito-trifisico se earacteriza quando as tensdes nas trés fases se anulam no ponto de defeito, conforme se mostra na Figura 5.8. FIGURA 5.8 Cuntweineuito trifisica TLE UE TE a Por serem geralmente de maior valor, as correntes de curto-circuito trifisicas so de fundamental importineia devido & larga faixa de aplicagio. O seu emprego se faz sentir nos seguintes casos: + ajustes dos dispositivos de protegaio contra sobrecorrente; + capacidade de intermupgiio dos disjuntores; + capacidade térmica dos cabos ¢ equipamentos; + capacidade dinamica dos equipamentos; + capacidade dinimica dos barramentas coletores. 5.4.2 Curto-circuito Bifasico O defeito pode ocorrer em duas situacées distintas, ou seja: na primeira, hd o contato some; entre dois condutores de fases diferentes, conforme se observa na Figura 5.9; na segunda, al do comtato direto entre os citados condutores, ha a participagdo do elemento terra, de acordo a Figura 5.10. ee es IGURA 5.9 Curto-circuito biffisico CCURTO-CIRCUITO NAG INSTALARDES ELEraICAS 239 5.10 A cireuito bifisico com terra ° LE TLE TEE HEE HET LE EE EE Curto-circuito Fase-terra A semelhanga do curto-circuito bifasico, © defeito monopolar pode ocorrer em duas situagoes diversas: na primeira, hd somente 0 contato entre @ condutor fase e terra, conforme a Figura 5.11; na segunda, hd o contato sirmultdneo entre dois condutores fase e terra, de acorde com a Figura 5.12, ‘As correntes de curto-circuito monapolares siio empregadas nos seguintes casos: + ajuste dos valores minimos dos dispositivos de protegiio contra sobrecorrentes: + segio minima do condutor de uma matha de terra; * limite das tensdes de passo e de toque: + dimensionamento de resistor de aterramento. A A 8 8 c = g 7 LEE TD FE TTP TEP TOP TEP FP A TT: TD TERE TE ETE 3. IGURA 5.11 FIGURA 5.12 ‘Curto-circuito fase-terra Curto-circuito com contate simultiineo Ascorrentes de curto-circuito monopolares costumam ser maiores do que as correntes de curto- circuito triffsicas nos terminais do transformador da subestagdo, na condigéo de falta maxima, Quando as impedancias do sistema sio muito pequenas, as correntes de curto-circuito de uma forma geral assumem valores muito elevados, capaces de danificar térmica e mecanicamente os equipamentos da instalagao, caso o seu dimensionamenta nao seja compativel. Pode-se até niio se ‘obter no mercado equipamentos com capacidade suficiente para suportar determinadas correntes de curto-circuito, Neste caso, o projetista deve buscar meios para reduzir a valor dessas correntes, podendo admitir umu das seguintes opgdes: + dimensionaros transformadores de forga com impedancia percentual elevada (transformador normalmente fora dos padres normalizados ¢ fabricadas sobre encomenday; + dividira carga da instalagio em circuitos parciais alimentados através de varios transforma- dores (subestagées primérias); « inserir uma reatineia série no circuito principal ou no neutro do transformador quando se tratar de correntes monopolares clevadas Aaplicagioda reatiincia série no circuito principal acarreta uma redugto do fator de poténcia da instalagio, necessitando-se, pois, da aplicagaio de banco de capacitores para clevar o scu valor. ‘A base de qualquer sistema de protecio estd calcada no conhecimento dos valores das cor- rentes de curto-circuito da instalagiia, Deste modo, siio dimensionados os fusiveis ¢ disjumores © determinados os valores nominais dos dispositivos e equipamentos a serem utilizados em fungao dos limites da corrente de curto-circuito indicados por seus fabricantes. 240 CapiTuto Cinco 5.5 DETERMINACAO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO As correntes de curto-circuito devem ser determinadas em todos 05 pontos onde se requer & instalacio de equipamentos ou dispositivos de proteciio, Numa instalagao industrial convencional, como aquela apresentaca na Figura 5.13, podem-se estabelecer previamente alguns pontos de importincia fundamental, ou + panto de entrega de energia, cuje valor é normalmente fornecido pela companhia supridora; * barramento do Quadro Geral de Forga (QGF), devido A aplieagao dos equipamentos ¢ dispositivos de manobra protegio do circuito geral e dos circuitos de distribuigaio; * barramento dos Centros de Controle de Motores (CCMs), devido a aplicagio dos equlipamentos e dispositivos de protegao dos circuitos terminais dos motores; + terminais dos motores, quando os dispositivos de protegio estao ali instalados; + barramento dos Quadros de Distribuigaio de Luz (QDLs), devido ao dimensionamento dos disjuntores, normalmente selecionados para esta aplicagao. Br. om EISTg] | nade 42 obebuigto + Sao om at rT : ar ar Tas Z, —Impeddincia do Geradior Zj,~ Impedancia do Sistema de Transmissao Z, ~ Impedaincia do Sistema de Subtransmissao Zé — Impedancia do Sistema de Distribuigéio Z, —Impedancia Reduzida do Sistema m—Motor M—Medigaa D-= Disjuntor R= Transfor mador FIGURA 5,13 Diagrama de um sistema de geraco/transmissio/subtransmissiovdistribuigio/consumidor 5.5.1 Impedancias do Sistema No calcul das correntes de defeito devem ser representados os prineipais elementos do cireuito através de suas impedancias, No entanto, as impedancias de alguns desses elementos podem ser desprezadas, dependendo de algumas consideragdes, F importante lembrar que, quanto menor é a tensdo do sistema, mais necessdrio se faz consider um maior nimero de impedancias, dada a influéncia que poderia exercer no valor final da corren- te. Como orientagao, podem-se mencionar os elementos do cireuito que devem ser considerades: através de suas impedancias no céleulo das correntes de curto-circuito. a) Impedaneia reduzida do sistema E aquela que representa todas as impedancias desde a fonte de geracdio até o ponto de entrega cenergia d unidade consumidora, isto é, compreendendo as impediincias da geragao, do sistema de 10, do sistema de subtransmnissa0 ¢ do sistema de distribuigdo. A Figura 5.13 mostra um di simplificado representativo de um sistema anteriormente mencionado, indicando todas as imy envolvidas € que sao responsveis pelos niveis de curto-circuito no sistema de média tensio. Cunt ROUITO NAS INSTALAGOES ELETRICAS 241 © valor da impedancia reduzida do sistema deve ser forneeido ao projetista da instalagio dustrial pela drea técnica da companhia concessiondria de energia elétrica local. Dependendo da concessionéiria, pode ser fornecido em pu ou em ohms, Muitas vezes, ¢ fornecido o valor da corrente de curto-circuito no ponte de entrega de energia. Quando ainda os valores anteriores siio desconhecidos, toma-se a capacidade de ruptura minima do disjuntor geral de protegdo de entrada, geralmente estabelecida por norma de fornecimento da concessiondria ¢ de conhecimento geral, Este tiltimo é 0 valor mais conservative que se pode tomar como base para se determinar a impe- dincia reduzida do sistema, Na maioria das aplicagdes, a impedancia do sistema de suprimento & muito pequena em relagao ao valor da impedaneia da rede industrial. b) Impedancia do sistema primdrio (tenses acima de 2.400 ¥) aquela que a pastir do ponto deentrega de energia representa as impediincias dos componentes conectados na tensio superior a 2.400 V, isto & + transformadores de forga: + cireuito de condutores nus ou isolados de grande comprimento; + reatores limitadores, se for o caso, €) Impedancia do sistema secundario E aquela que a partir do transformador abaixador representa as impedincias de todos 0s com- ponentes dos cireuitos de tensio. + cireuitos de condutores nus ou isolados de grande comprimento; + reatores lirmitadores, se for o.caso; + barramentos de paingis de comando de comprimente superior a 4m; + impedincia dos motores quando se levar em consideragao a sua contribuicao. Podem ser dispensadas as impedancias dos autotransformadare Os limites dos valores anteriormente considerados sao orientadores ¢ cabe ao projetista o bom sen- so de decidir a influéncia que estes poderao ter sobre 9 resultado das correntes de curto-cireuito, Metodologia de Calculo Os processos de céleulo utilizados neste trabalho so de facil aplicagio: no desenvolvimento de um projeto industrial. Os resultados sio valores aproximados dos métodos mais sofisticados, porém a preciso obtida satisfaz plenamente aos propésitos a que se destinam. Assim, considerar uma inddstria com layour bastante convencional coma o representade na Figura 5.14. ool br is 3.95 rm | * | 998 0m I aats28) me? | Ces] eedyle=] Kg | e] (elle | 3] Ee fy Be t | | | Sala de Produgdo slg 280 ‘Acrministrago Estacionamento SS Extacionamento it de-uma indkistria | 242 Capirute CiNco Posto de | Protegao. 1 i | Posto de } | Transtormagao _. Quadro Geral de Forga Barramento deBaixa | fen Oe 1 Gentro de Controle | de Motores F 1 1 1 a FIGURA 5.15, FIGURA 5.16 Diagrama unifilar simplificado Diagrama de blocos P —ponto de entrega de energia nobra ¢ medigdo indicativa em a indéstria; ME — postodemedi-_baixa tensfio; CCM ~ Centro de Gioda concessiondria; D—pasto Controle de Motores, onde estio de protegao ecomando, ondesd0_instalados, geralmente, as ele- instatados o disjuntor geral de mentos de protegdo ¢ manobra protegdo cachave scccionadora dos motores; M — maquinas in- ¢ em alguns casos um transfor dusiriais, caracterizadas, princi- mador de potencial de protegio; _palmente, pelos valores de placa ‘TR = posto de transformacio; — dos motores que as acionam, ou QGF — Quadro Geral de Forga, outros componentes elétricos de ‘onde sao instalados os prineipais trabalho, tais como resisténcia, equipamentes de protegio, ma-reatores etc, Com base nessa figura, pode-se elaborar diagrama unifilar simplificado e posteriormente 0 diagrama de bloco de impedancias, conforme as Figuras. 5.15 e 5.16, tespectivamente. O diagrama de bloco sintetiza a representacdo das impedincias de. valor significative que compéem o sistema elétrico, desde a geragao até os terminais do motor. Para simplicidade de edtculo, seri empregada a metodologia de valores por unidade (pu). fungdio desta condigao, sero adotados como base o valor P,, expresso em kVA, e a tenso secun déria do transformador da subestagao V,, dada em kV. ‘As impedfincias de barramentos € cabas devem ser calculadas em seus. valores de sequién: positiva, negativae zero, O valor daimpedancia de seqiiéncia negativa, neste caso, & igual 40 v4 da impedancia de seqiéncia positiva. ‘A seguir, seré mostrado 0 roteiro de célculo que permite determinar os valores das corrent de curto-circuito em diferentes pontos da rede industrial Curro-ciRCUITO NAB INSTALAGOES ELETRICAS 243 Segiiéncia de Calculo 5.5.3.1 Impedancia reduzida do sistema (Z,.) a) Resisténcia (R,.) Como a resisténcia do sistema de suprimento & muito pequena relativamente ao valor da rea- Lancia, na pratica € comum desprezar-se o-seu efeito, isto & R= 0 b) Reatancia (X,,) Considerando-se que 1 concessiondria fornega a corente de curto-circuito (f,,) no ponto de entrega, tem-se: PL=V3 XV, XB, (RVA) (5.13) P., — poténeia de curto-circuito no ponto de entrega, em kVA: V,.~ fensdo nominal priméria no ponto de entrega, em kV; 1, ~ corrente de curto-circuito simétrica, em A, © valor da reatincia, em pu, € dado pela Equacao (5.14). =f ee ee Ry, + JX, (ped 6.15) x, (puy 6.14) 5.5.3.2 Impedancia do(s) transformador(es) da subestagao (2,) E necessdrio conhecer: * poténcia nominal P,, dada em kV! impedancia percentual Z,, (Tabela 9.11); perdas dhmicas no cobre P.,, em W (Tabela 9.11); * tensio nominal V,,, em kV. a) Resisténcia (R,) almente determina-se a queda de tens#o reativa percentual, ou seja: Pp. am ee ey (5.16) R Entio, K,, sera determinada pela Equagao (5.17) =n, xix £e) (pu) (5.17) Y b) Reatincia (X,,) A impedaneia unitaria tem yalor de; 2 z,=2, xfey( Me Zu 2p *(%) (pu) (5.18) 5.19) (5.20) 5.5.3.3 Impedancia do circuite que conecta o transformador a0 QGF a) Resisténcia (R,,..) (8.21) 244 CaptTuLo Cinco Rear = Rao (pu) (5.22) Sf eaters 1,000 « V,? Ry resisténcia do condutor de seqiéncia positiva, em mO/m (Tabela 3,22). T., ~ comprimento do circuito, medido entre os terminais do transformador © © ponto de conexao com o barramento, dado em m,; N.,— mtimero de condutores por fase do cireuito mencionado b) Reatincia (X40) A reatiincia do cabo € Fah = ato 5.23 Kan 000 xv,“ ) 8 ep = Mee a (pw (5.24) ai = Xa Tag sep x a ~ Featincia de seqtiéncia positiva do condutor fase, em min (Tabela 3.22) Ba = Rar + Boa (Pu) (5.25) Quando ha dois ou mais transformadores ligados em parailelo, deve-se calcutar a impedaneia série de cada transformador com o circuito que o liga ao QGF, determinando-se, em seguida, a impedancia resultante através do paralelismo destas. Para transformadores de impedancias iguais e circuitos com condutores de mesma seqiio € comprimento, a impedancia € dada por: Zu Map vic impedineia do eireuito, eompreendendo o transformador e condutores, em 0 ou pu; Nj, — mimero de transformadores em paralelo, 5.5.3.4 Impedancia do barramento do Q6F (Z,,,) a) Resisténcia (R,,,) Rea le 1,000 * Ni, Run = (a) (5.26) Ray resistencia Ohmica da barra, em mO/m (Tabelas 3,39 € 3.43); Ny, — nlimero de barras em paralelo; L,— comprimento da barra, em m. P i 5.27 Ras = Rows Tagg 6PM) — b) Reatéincia (X,4)) Xv % by ig = tay 5.25 Xn F600 % Ny, “ A reatiincia, em pu, 6 dada por: Pp 1 = Xan X ——*— 5.29 Xin = Xian * TRG zie (pa) (5.29) 2a or + TXan (pie) (5.30 CURTO-CIRCUITO NAS INSTALAGOES ELETRICAS 245. 5.5.3.5 Impedancia do circuito que conecta o Q6F ao COM Os valores da resisténcia e reatdncia, em pu, respectivamente iguais a R,,-€ X,.> silo calculados asemelhanga de R,,, ¢.X,.,, na Segdo 5.5.3.3. 5.5.3.6 Impedancia do cil Aqui também ¢ vilida a observagao feita na segdo anterior. Foi omitida no proprio diagrama de bloco a impedincia do barramento do CCM. Sendo nor- malmente de pequena dimensao, a sua influéncia sobre a impedancia total € de pouca importancia @, por isso, desprezada, No caso da existéncia de barramentos de grandes dimensoes (acima de 4m), aconselha-se considerar o efeito de sua impediincia, Com relago ao barramento do QGF, também 6 vdlido este comentario. ito que conecta o COM aos terminais do motor 5.5.3.7 Corrente simétrica de curto-circuito trifasico das correntes de curto-circuito em qualquer ponto do sistema, procede-se mpedancias calculadas até o ponto desejado ¢ aplica-se a Equacio Para a determin: ‘a soma Vetorial de todas as (5.31), ou seja: Pow = Ye + 7%) (0 31) Rc X,,si0, genericamente, a resistencia e a reatdncia unitdrias de cada impedincia do sistema lé-o ponta onde se pretende determinar os valores de curto-eircuito. A corrente base vale (5.32) A corrente de curto-circuite simétrica, valor eficaz, entao, é dada por: ay =— kA 5.33) 7000 x Za (kA) (5.33) ‘Quando se pretende obter simplificadamente a comrente de curto-circuito simétrica nos terminais do transformador, basta aplicar a Equagio (5.34): 1, =x 1004) (5.34) 1,~ corrente nominal do transformador, em A; Zqq~ impedincia percentual do transformador. Este valor é uproximado, pois nele nao esté computada a impedancia reduzida do sistema de suprimento. 5.5.3.8 Corrente assimétrica de curto-circuito trifasico Ih = B® I (KA) (5.35) F,,~ fator de assimetria determinado segundo a relagio dada na Tabela 5.1 5.5.3.9 Impulso da corrente de curto-circuito Boag = 2% 4, (KA) (536) §.5.3.10 Corrente bifasica de curto-circuito (3.37) 246 FIGURA 5.17 Percurso da corrente de eurto- suito fase-terra CapiruLo Cinco 5.5.3.1 Corrente fase-terra de curto-circuito Adeterminagio dacorrente de curto-cireuito fase-terra requero conhecimento dasimpediincias de seqiiéneia zero do sistema, além das impedincias de sequéneia positiva ja abordadas. Se 0 transformador da instalacao for ligado em tridngulo primério ¢ estrela na secundério com 0 ponto neutro aterrado, néio se deve levar em conta as impedincias de seqiiéncia zero do sistema de fornecimento de energia, pois estas ficam confinadas no delta do transformador em questo. No edlculo das correntes de curto-circuito fase-terra, deve-se considerar a existéncia de trés im- pediincius que sio de fundamental importancia para a grandeza dos valores calculados, Sao elas: 5.5.3.11.1 Impedancia de contato (R,,) E caracterizada normalmente pela resisténcia (R.,) que a superficie de contate do cabo ¢ a resistencia do solo no ponto de contato oferecem & passagem da corrente para a terra, Tem-se « 40 igs acs atribuido geralmenite 0 valor conservativo de 428 Tem-se também utilizado com freqiiéncia 3 o valor de - §.5.3.11.2 Impedancia da malha de terra (R,.) alrayés de medigdo ou calculada conforme metodologia exposta no Capitulo de energia elétriea & de 10 ivo. Pode ser abtis LL. O valor maximo admitide por norma de diversas concessionsria Q, nos sistemas de 15 a 25 kV, e é caracterizado pelo seu componente resis! 5.5.3.11.3 Impedancia de aterramenta (R,,) Quando a corrente de curto-cireuito fase-terra é muito elevada, costuma-se introduzir entre 0 neutro do transformadar ¢ a malha de terra uma determinada impedincia que pode ser um reator ou um resistor, sendo mais freqiiente este dltimo, O valor desta impedancia varia em fungio de cada projeto. Para methor esclarecer 0 assunto, veja 0 livto Manual de Equipamentos Elétricos, do autor. A Figura 5.17 mostra esquematicamente as impedancias anteriormente mencionadas. Redo Eletrica R,,— resisténcia de contato, ou de arco; R,, ~ resistencia da malha de terra; R, — resistor de aterramento. 5.5.3.11.4 Corrente de curto-circuito fase-terra maxima E determinada quando so levadas em consideragio somente as impedincias dos condutores: as do transformador, E calculada segunde a Equagdo (5.38), (3.38) Zoy— impedincia de seqiéncia zero do transformador que € igual & sua impedincia de seqiiéneia positiva. CURTO-CIRCUITO NAS INSTALAGOES ELETRICAS 247 O valor Z,,, € determinado considerando-se as resisténeia ¢ reatincia de seqiigneia zero dos condutores. Na pritica, pode-se desprezar a impedancia de seqiéncia zero dos barramentos, pois © seu efeito nao se faz sentir nos valores calculados. De um modo geral, Z,,, 6 dado pela Equagdia (5.39). Rao. + IXene (pi (5.39) p, oc = Ray Xe 5. Roa = Ran Teg yg (5.40) By x ! Teoo ve (m9 41) Rew © Xan — Fesisténcia e reatdineia de seqiléncia zero, valores obtidos na Tabela 3.22. 5.5.3.11.5 Corrente de eurto-cireuito fase-terra minima E determinada quando se leva em consideragio, ulém das impedaneias dos condutores € transformadores, as impedincias de contato, a do resistor de aterramento, caso hai i eda malha 5 terra, E calculéda segundo a Eg. (5.42). i anh (A) (5.42 ‘0 F5 Ly + Bie + Zany FB (Reg + Rens + Ryn) ” Ba" Reh onneye me B Rage Rat = Trooo x vg p, = ee Ba = BX raggicys (OH) R,.,— resisiéncia de contato, em pu: Roy — resisténcia da malha de terra, em pu R,,,— resisténcia do resistor de aterramento, em pie A determinagao das correntes de curto-~ base nos mesmos. proc ircuito em sistemas de média tensao pode ser feita com nentos adotados anteriormente. No caso, por exemplo, de um sistema de 13,80 kV, alimentado por uma subestagao de 69,0 kV, ox dados necessérios & determinagao das correntes de eurto-circuito podem ser obtidos no livro Manual de Equipamentos Elétricos, do autor, em que séo apresentadas alguns exemplos de aplicagio DE APLicacéo (5.3) ‘Considere a industria representada na Figura 5.14 com as seguintes caracteristicas clétricas: tensio nomiinal primria: Vy = 13,80 KV; tenso nominal secundiria: V,, = 380°V; impediincia percentual do transformador: Z,, = 5.5%: corrente de curto-circuito simétrica no ponto de enirega de energia, fomecida pela concessionéria local: 1,, = 5.0008 = SKA; comprimento do circuito TR-QGE = 15 m; barramento do QGF: duas barras de cobre justapostas de 80 % 1 mm (é prevista a amplicagao da carga). + comprimento da barra do QGP: Sm; + comprimento do circuito QGF-CCM3: 130 m; ae + resisténcia de contato do cabo com o solo (falha de isolagio) + resisténcia da malha de terra: 100. z Calcular as valores de corrente de eurto-cireuito nos terminais de alimentagZo do CCM3. a) Bscotha dos yalares de base * poténcia base: P, = 1.000 kVA: + tensiio base: V, = 0,38 kV, Capiruta Cinco ‘b) Corrente base B, 1.000 "xy iaxo3e ) Impedaneia reduzida do sistema + Resisténcia R= 0 + Reatincia = = 100 000837 0 Pp 19ST PL= ATV, XH, = V9 x 13.8 5.000 = 119511 kVA 2 y= Re + IX, = (0.00837 px 4) Impedineia do twansformador Py = LODO KVAL + Resisténcia P, J a fe 1.0001 py 0,011 pe (ras bases Pye V5) &ToxP, Tox 1.000 uae 11.000 W (valor abtido na Tabela 9.11) Fy {Vey 1,000 (0,38 & =8, xB) = 011 1208 x (238) > R= 0.011 pu {nas bases P, © Vj) Me 0.38 + Reatineia 3 2 ee ck 1,000... ( 0,38 _ 2a ea ee ] 9,085 % 59 * (33) + 2,, = 0)055 pau tnas bases Pe ¥,) Bi 0,055% pu (nas bases Pye V.) Xx, = Fi — = [005 — 0,018 = 2 = Ry + Ky = 0,011 + j0,05389 pu 05389 pu (nas bases Pye Vs) ©) Impedincia do circuito que liga o transformador ao QGF + Resist@ncia 3s B 1.000 = Rr = Rao X Tag scp = 00002928 % see ae Re = 0.00202 pu Rao. = 0,0781 mim (valor da Tabela 3.22) Ry ashe te gy = MOBI 6 ogoamns 0 1.000%, 451,000 + Reatineia P, 1.000 2 ——r___~ 9, po 4o0s x —10 __.. x,., = 0.00277 Kaa = Kaan ® Tagg seyg ~ 910004005 * To 5 aR 3 a: Xa, = 0.1068 m® fm (vallor da Tabela 3,29) Kaa % be 0.1068 15 kh 5 x, = QUO § 00000005. 0 1,000 N,, ae 41,000 & Rar + iXuer = 9500202 + §0,00277 pu f) Impediincia do barramento do QGF t= 5m Ny = 2 barras/fase de 2” x 1/2" CCURTO-CIRCUITO NAS INSTALAGOES ELETRICKS 249 © Resisténcin B 1,000 2 Rin re s 1.000 x Ve = 0,000068 > 1.000 * 038° 1.000 a Ky, = 00026 pre 1,000 0,38 ).000382 Bay = Ras + Xi = 0,00047 + j0,0026 (pur) 'g) Impediincia do circuito que liga o QGF ao CCM3 130m Nay = Leondutorifase 8, = 120 me + Resisténcia R 1,000 Ra Rex 1000 __. k= 0.16814, ea ™ Ria ™ Tgp ce NORAREY spay age pu Ru = 0.1868 {Ym (valor da Tabela 3.22) 0,1 868 % 1 n= 1.000 0,02428 2 + Reatiincia B, 1.000 Xo = Xan X = 0,01399 x 10 __, y= 6.09688 pi e888 TOOK VE 1000 x08 r X.q = 0,1076 mO/m (valor da Tabela 3,22) 0,1076 130 Xoo = = = 0,01399 1.000 2, Ras + Mao = 0.16814 + 70,0968% pur 1h) Impedincia total do circuito desde a fonte até 0 Ct Bary = Ross + Xoui = 0.18164 + j0,16473 pur Rage = 0 + 0,011 + 0,00202 + 00047 + 0,16814—» R,., = 0.18163 pre ‘or = 9.00837 + 0,05389 + 0,00277 ++ 0.00216 + 0.09688 — X,,, = 0.16451 pu 1) Corrente de curte-cireuito simétrica triffsica, valor eficaz fap i = G19 KA "1.000% Ze 1,000 X « J) Corrente de curto-circuito assimétrica tifasiea, valor eficaz, La = FX 1, = 1,03 X 6,19 = 637 kA Xen _ 0.16473 Avot a a, osies ~ "°° Fi, = 1,03 (valor interpolado na Tabela 5.1) k) Impulso da corrente de curto-circuito: In = ND X14, = JD X6,37 = 9,0 kA 250 CapiruLe Cinco 1) Corrente de curte-cireuito bifiisico, valor efiea 1 Be, «8 6,19 = 5,36 kA m) Corrente de curto-circuito fase-terra maxima, valor eficas + Céleulo da impedincia de seqlléneia zero do cincuito que liga o transformador ao QGF p, 1.000 Resci = Rig X 2 = 0, x 100 yy, = 0.04875 pu sae Roan ogo acug OP o00 x 0.38 " P Roy = 1,8781 mft/m (valor da Tabela 3.22) LB781 X15 4% 1.000 a ll me fi Ss 1.000 ss Kana = aoe ® rae yg ~ O82 % Tag x gage Xan = 0106246 pe Xqo = 2.4067 mim (valor da Tabela 3.22) 2.4067 X15 aig ome Xea0 Zany = Rese, + iKuicy = 0.04875 + 70,06246 pu + Callculo da impedkincia de seqiiéncia zero do circuito que liga o QGF ao CCM p, 1.000 Rass = Rey XH = 0,25828 «100, Ray = Ly heer = Rea ® Tong seu ~ O1?5898 Tong ogg? Runa = 1.78864 pH 1,9868 mm (valor da Tabela 3.22) 1,98685130 Rowe = ogy = 05288282 & 1.000 Xyoe = Xiao % ——*—— = 0,32635 X —————___ uaz = 2,266 oe a0 000 VE Reape aaa ne 2.5104 mm (valor da Tabela 3.22) 22,5104 % 130 1,000 Xiao = 0.32635. 0 1 = Ronee + iXsocy = 1, 78864 + 2.26004 pur 7 3Xh 3x ax B ety + Se » 1. = (0.04875 + 40,0246) + (1, 78864 + 72,2604) 2 ‘al joc = 1,83739 + 72,3250 pu 2, = 2 (0.18163 + 70,16451) + (0,011 + j0,05389) + (1.83739 + j2,32250) Z, = 2,21167 + j2,70585 pu + 3x1519 hele oss 000 X(2,2116s+ 2.7054) n) Corrente de curto-circuito fase-terra minima, valor eficaz ns 3X, 2 Baw + Base + Y Zaoe 73% Bs + Rane + Raa) CURTO-CIRCUNTO NAS INSTALAGOES ELETRICAS 3x 1519 re 2.2LLOT + j2.10585 + 3x 92.34 23) 40 1.000 x 100 = 92,3 Be * Too x oer 229 Pe 400. Rae m3 Rag = — 10 a5. pe ww 3 1.000 0,38 104 3 251 Nota: é muito difieil precisar 0 valor da eorrente de curto-circuito fase-terra minima em virtude da longa faixa de vati gio que a resisténcia de contalo pode assumir nos casos préticos, Logo, em geral, pode-se considerar somente a parcela da resisténcia da malha de terra, eujo valor pode ser obtide com a necessiria precisdo através dos processos de célculo admitidas no Capitulo 1. DE APLICACAG (5.4) Determinar as conrentes de curto-circuito nos pontos A.¢ B de uma instalagao industrial mostrada no dia rama unifilarda Figura 5.18 suprida por ura unidade de geragio de 2.500 kVA, alimentando um transforma- dorelevador de 2,500 kVA — 380/13,800'V. As petdas do transformadorelevador no ensaio de curto-cireuito vyalem 28,004) W. O cabo que liga o transformador elevador ao cubiculo de média tensio € de 35 mm’, com. capacidade de cormente nominal de 151 A na condi Unidade de Geragao/Medicto ~ Gerador - 28 ava | Zo% » 18% ' 2.400 ¥ ' SF] rosa! selec ae asRaaeea a Lt = 20m? ba stom as Chave Seccionadora Disjuntar - 15 .¥ ‘Chave Secctonadora Disjuntor - 18 ww TA @ sows | rok AFD corse v | BGis00 va if | | Y Dissoersee v | aa = Cte SiS 185 ol# 240 me? RY aga: Ls = 20m Mota’ do 600 cy 1V Poios ae 1 Tenstormador Elovador = 25 MA. | Chave Seccionadora Digjuntor ~ 15 Kv Be 35 mn PVC 6438400489400 me et ee ! I 1 | 1 500 kVA 300 «VA KOOWWA | 4 10 de instalaciio em canaleta fechada, ¢ euja impedincia Ghmiea vale 0,677 + j0,11280 fem. A unidade de geragio dista 80 m do quadro de média tensiio, 252 Capito Cinco 2) Impediineia do gerador Valores em pu tomados na base do gerador ~ Tensdo de base: V,, = 2,4 KV S00 KVL ~ Poiéncia dle base: Py, Resisténcia 0,18 2320 < ospu 2.500 Ri + XS, = JO.AS pw 1b) Linpediincia do circuito que liga © geradot ao transformadar elevador Valores em pu tomados na base do gerador — Tensio de base: V,, = 2.4 kV = Paténcia de base: P,, = 2.500 kVA. Ly = 20m No 5, = 240. mn? Resisténcia 2 condutoressfase Ror = Rag % uy = 0.0958 moi (Pabela 3.22) Ran % Lay 0,0958 x 20 a = 2085820 4 ocmns80 Roo = Tpoge ha Rao 51000 Reatincia By 2.500 = kink — 2500 6 nny Hai = Main * Tag seg. = ° O01? gag 2,42” OOOH Xq = 0.1070 m0 (Tabela 3.22) hen OE Kg = Loto x20 Xan TO00KN, 21.000 = Raa + iXscr = 0.00041 + 70,0046 pe = 0,001070 ©) Impediineia do transformador elevador ‘Valores em pu tomados na base do transformader elevador = Tensdo de base: Vi, = Poténcia de base: Py, Resisténcia P, 28.000 = te = EE = 112% = 0.0112, fe Tox 10% 2500 a Reatincia ois heel (Vey 2.500, (1 Zu = 2a X By «(#) 9.075 x 3500 (Ea Kw = [Ze — RR = [0,075 — 0,012? = 0,074 pee w= Rue + My = 0.0112 + j0,074 pu CURTO-CRCUITO NAS INSTALAGOES ELETRICAS 253 4) Impedineia do circuito que liga o transformador elevador 20 Cubieulo de Média Tensio + Valores em jr tomados na base do transformador elevador Vi = 13,80K¥ 2.500 kVA — Tensto de base: Viq = Poigneia de base: Py, 1, = 80m Na = Lcondutorifase §, = 35 mm’ + Resisi&ncia P, 500 = Regy Xf = 09,0542 x 25 __ - 9.00071 Rey = Reon (000 x Ve, 0,0542, 7000 x 13 0,0007 | pu Ruy = 0.6777 mAdin valor da Tabela 4.29 do livro Manual de Eqedipamentos Elérricos, do autor) Ra X ths 08777 80 pe. Raye = 0,05420 Ra 1.000 XW, “= —Tio00 + Reatiincia = 0,000 — 250 ___ 9.00011 pu 000 = FE 1,000 % 13,8" Xuy = 0.1128 mOQ/m (valor da Tabela 4.29 do livro Manual de Equipamentos Elétricos, de av- tor) p 80 an = te Hg = EEE 0 c09001 1000 % Nl, ti Dogz = Racy + FXyex = 0,00071 + j0,0001 pe ©) Impedineia do circuito que liga o Cubjculo de Média Tensao a0 transformador abaixador Por (ratar-se de um ciretito muito pequeno a sua impedancia sera desprezada, 1} Impedéneia do transformador abaixador + Valores em pu tomados na base do transformador abaixador — Tensio de base: Vi, = Vy = 13,80kV — Poténeia de base: P.., = P, = 1.500 kVA + Resistancia Ba fo Oe 06% = 00106 px 10% PR, 10% 1.500 * Reatincia Xu = J 25, — Ri, = [0.075 — 0.0106 = 0.074 pu Ziq. = 0.0106 + 0.074 pu £) Impedincia do circuito que liga 0 transformador abaixador 20 CCM + Valores em pir tomados na base do transformador abaixador 13,80 kV = 1.500 kVA = Tensio de base! Vi ~ Poténeia de ba: = 120m Na = 6 condutores/fase S, = 400 mm? = Resisiéncia 1.s00 1.000 XV, 1,000 13,80 '0,0608 mft/m (Tabela 3.22) 254 CaPiruLo Cinco RaXbs 0,0608 x 120 =hakhs 5 Rg = = 0.001201 Kon 000% Ns "a 61,000 + Reatiincia - iB. as 1500 Kos = Kan Tagg acg = OOURLX Tae age = 0.000016 pu Xq = 0.1058 mE (Tabela 3.22) Kia X bos 5 = LOO, "61000 Bac = Rey + Rass = 0,0000094 + 70,0001 6p Koa= = 0,00210 hy Mudanga de base Como cada componente do sistema foi determinado numa base diferente, € necessério caleular ‘as impedincias numa tinica base, escolhida aleatoriamente, neste caso, igual & base do uansti abairador, ou seja: + Valores em pu tomados na base em estudo — Tenso de base; V, = 13,80 kV = Poténcia de base: P, = 1.500 kVA + Impedincia do gerador Rags =O Kay = Key XE x ( Me vase (22) 0.0027 pu By AY 2.500 15,30 hue = Rus + Kay = O10 + 70,0027 pr + Impedincia do circuito que o gerador ao transformador clevador Raw Re xBx(te) 0, 0000074 pe 41,500. ( 2.40)" 8.00041 * "500 «(23 ) Bo Va 1.500 x(a fF x} | = 0,000 —— | = 0,0000083; SRT. (%)- ©7500 (13.80 eu Boo = Ravi + Daca = 0,0000074 + j0,0000083 pre + Impedincia do transformador elevador 2 : P, v, 1.500 13,80 Rag = Rey X Fee Mn) 0,011 1500 x (138°) — 0067 ts = Bin Xp (%) 2500 (33) Me 4K a MOTs 500 n wax x(t) 0444 pre 1,500 Py AM. Bag ~ Rosy + Kaas = 040067 + 70,0444 pa + Impedincia do circuito que liga o transformador elevador ao Cubiculo de Média Tensio Rae = Roe xBx(%] = 0,00071 x Sx ve Bee) 2 1 wax fe) noir Zocay = Rosy + Mis = 000042 + j0,000066 pr CURTO-CIRCUITD MAS INSTALAGOES ELETRICAS 255 | + Impedancia do transformador elevador a 2 Rae = tx Pex (Mn) = 9,0106 «1522 e[ BBEY = o.or06 pu Ba 1500” (13,80 0,074 pu seq x Bex{ Ye) =.0r 150 (Ba) P, 1,500 13,80 =0,0106 + j0.074 pe + Impedincia do circuito que liga © transformador abuixador a0 CCM 1.500 , (13,80) x x] 1.500 “(13,80 1.00094. pue 0.000016 1500 5 ( a = 0,000016 pu 1.500 13,8 Boss = Rean + ian = 0,0000094 + /0,000016 pre i) Corrente de base P, Ls ease oe TA VaKV, V3 x 13,80 }) Caloulo da corrente de eurto-eireuite no panto A (terminais primarios do transformador abaixador} + Impedineia total do circuito ou = Lay + ars + Zam + Zuy = (0,0 + 50,0027) + (0.000074 + 70,0000083) + (0.0067 + + jO.0444) + (0.00042 + 70,000066) Zug = O0O0TI + 70,0472 pe + Corrente de curto-circuito simétrica, valor eficaz 1 1 1 ie gee reli = Z,, 0.00071 + j0,04768 — 0,047215 = 217 pe A corrente de curto-circuito em A vale: Ip % doy = O27 X27 = 13270, Tost ) Caileulo da corrente de curto-circuito no ponte B (terminais de entrada de CCM) + Impediincia total do eirouite oun = Lage + Zaza + Zoct + Lass + Bann + Buss = (0 + j0.0027) + (0.000074 + 70,0000083 + (0,0067 + 70,0844) + ¢0,00042 + 70,000066) + (0.0106 + 0,074) + (0.000094 + /0,000016) Zou = 0.01132 + j0,12122pu + Corrente de curto-circuito simétrica, valor eficaz L i feel gto =321 joa yore ora A corrente de curto-cirevito em B vale: ay = by Xd = 62,7 8.21 3800 = 8.6948 NTRIBUICAO DOS MOTORES DE INDUGAO NAS CORRENTES DE FALTA Como nas instalagdes geralmente hui predomindncia de motores de inducao no total da carga, pode ser relevante a contribuicao da corrente destas méquinas no calcul das correntes de curto- circuito do projeto 256 CapituLo Cinco Durante uma falta, os motores de indugdo fica submetidos a uma tensio praticamente nula, provocando sua parada, Porém, a inéreia do rotor e da carga faz com que estes continuem em operagao por algum instante, funcionando agora como gerador. Uma vez queem operagao normal os motores si alimentados pela fonte de tensio da instalagao, no momento da falta, pela roagie. que ainda mantém associada ao magnetismo remanescente do niicleo de ferro e de curta duragio, passam a contribuir com a intensidade da corrente de curto-circuito no ponto de defeito ‘Os motores de poténcia clevada, alimentados em tensio superior a 600, influem significativa- mente no valor da eorrente de curto-circuito e, por isso, deve ser considerados individualmente como reatincia no diagrama de impedincia, cujo valor corresponde A reatncia subtransitéria da maquina. As Figuras 5.17 e 5.18 mostram, esquematicamente, uma instalagdo de motores de: grande poténcia ¢ 0 respectivo bloco de impedancia, ‘Nocaso de instalagées industriais, onde hi sens{vel predominfincia de pequenos motores, alimentades: geralmente em tensdes de 220 V, 380 V ¢ 440 V, em que nfo se pode determinar 0 funcionamento de. todas as unidades no momento da falta, considera-se uma reatéincia equivalente do agrupamento de. motores igual a 25% na base de soma das poténcias individuais, em cv. A Figura 5.19 mostra, esque- maticamente, esta configuragio, enquanto a Figura 5.20 indica o respective bloco de impedancia, | ai Barra en FIGURA 5.19 FIGURA 5.20 Diagrama unifilar basico Impedancias em paralelo Quando a instalagdio possui motores de poténcia elevada, na tensao inferior a 600 V, é conveniente tomar a sua impedincia separadamente das demais, considerando o seu valor em 28% nas bases da poténcia e tensdo nominais, Se a tens’io do motor for igual ou superior a 600 V, a impedancia do motor pode ser tomada igual a 25% nas mesmuas bases anteriormente citadas EXEMPLO DE ApLicagéo (5.5) Considerar a instalagio industrial representada na Figura 5,4, Determinar as correntes de eurto-cireuit na barra do CCM3, considerando somente a contribuigao dos motores a ela ligados. As poténeias dos motores. ali instalados si: + motores de C1 a C12: 5 ev/380V ~IV polos; + motor D1: 100 ev/380 V ~ IW pélos. Considerar os condutores de isolagiio XLPE. A Figura 5.21 mostra o diagrama unifilar simplificado da Figura 5.14, 14 a Figura $.22 mostra o diag de bloco de impediincias a) Impedincias até o barramento do CCM3 De acon com o exemplo anterior ¢ considerando as mesmas bases ali adotadas, tom-se: Bag. = 018163 + j0,16851 pu bb) Impedincia dos motores de pequena poténcia (de Cl a C12) + Resisténcia Reus #0 CURTO-CIRCUITG NAS INSTALAQOES ELETRICAS 257 + Reatinicia Xa) = 259 = 0,25 pu (nas bases de BP,, € Vig) EP, = 12 x5 =60ev 380¥ 0.83 (Tabela 6.3) Ven my = 0.83 (Tabela 6.3) SRE Sr. ¥ 0,736 6ox 0.73 Rn 083 0.83 64, AVA, Xam = Kawi % 258 CAPITULO CINCO Xo = 0,25 000 (O38 = 3,00 pu (nas bases de P,e ¥,) 64,1 0,38 ayy = Rags + Kans = 0+ 73.90 pe c} Impedincia do motor D1 (100 cv} + Resistencia 0 + Reatancia Roa Nooo: = 2546 (nas bares de Pa © Vie) XO,736 _ 100% 0,736 Xn (O87 X 0,92 = 91,95 kVA, Bf Yay cee =0,25 3s) = 2,71 pu (nas bases de P, € V,) Zases = Rane > Mao = OF F2,11 pe d) impedincias em paralelo dos motores Cla C12 e D1 f= (RX) Ra + a) Ray + Bee Ra YR _ + 73,90) X 0 = 72,70) 0+ j3,.90 50+ j2,71 ae = 0+ FSI pre 2) Impediincia em paralelo dos motores ¢ do sisterna = Lunt ® Zany _ (ONBLER + j0,16451) X (0+ /1,59894) © @,18163 + JO16451) = (04 /1,59894) 630M -+ j0,29041 wet O,1BL63 + j1, 76345 = 014772 + j0,16855 pu £) Corrente de eurto-cireuito na barra do CCM3, com a contribuigio dos motores: JSR ym elirea 16455) 228,12 = Observar que a contribuigo dos motares fez elevar a corrente de curto-cireuito de 6,19 kA para 6,87 kA, correspondendo, neste caso, a.um incremento de 11%. Outrossim,¢ curto-ireuite no QGP recebe contebie Ge de todos 0s motores ligados 10s diferentes CCMs, Por simplicidade, no foi considerada esta hipétese fo presente Exemplo de Aplicagao. a 5.7 APLICAGAO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO As correntes de curto-circuito siio de extrema importincia em qualquer projeto de instala elétrica. Dentre as suas aplicagdes, priticas pode-se citar: { + determinagao da capacidade de ruptra dos disjuntores; + determinagdo das capacidades térmicas dindmica dos equipamentos elétricos; + dimensionamento das protegdcs; + dimensionamento da segio dos condutores dos eircuitos elétricos; + dimensionamento da seedo dos condutores da malha de terra. ELETRICAS 259 CURTO-CIRCLITO NAS INSTALAGO J.1 Solicitagao Eletrodinamica das Correntes de Curto-circuito As correntes de curto-circuito que se manifestam numa determinada instalagdo podem provocar sérios danos de natureza mecanica nos barramentos, isoladores, suportes ena prépria estrutura dos quadros de comando ¢ protecdo. Quando as correntes elétricas percorrem dois condutores (harras ou cabos), mantidos paralelos proximos entre si, uparecem forgas de deformagao que, dependendo de sua intensidade, podem danificar mecanicamente estes condutores. Os sentidos de atuagtio destas forcas dependem dos senti- dos em que as correntes percorrem es condutores, podendo surgir forgas de atragie ou repulsio, ‘Considerando-se duas barras paralelas ¢ biapoiadas nas extremidades, percorridas por correntes de forma de onda complexa, a determinagao das solicitagdes mecdnicas pode ser obtida resolven- do-se a seguinte expressdo: 2 I KE x 1, (kgf) 5.43 Tox 8) ai 4 2,04 — forga de atragao ou repulsdo exercida sobre as barras condutoras, em kgf; D— distdncia entre as barras, em em 1, — comprimento da barra, isto 6, distfincia entre dois apoios sucessivos, em em; Jog ~ Corrente de curto-cireuito, tomada no seu valor de erista, em kA, ¢ dada pela Equagao (5.36), A segio transversal das barras deve ser suficientemente dimensionada para suporiar a forga F, sem deformar-se. Os esforcos resistentes das bareas podem ser calculados através das Equagées (5.4) & (5.45) he (em*) (5.44) ‘6.000 iss FE ckgtfem) 6.45) co ckgticm 5 Rew oe momento resistente da barra, em cm’; M, ~ tensiio & flexdio, em keffem’; H— altura da segio transversal, em mm; B— base da seco transversal, em mm. As barras podem ser dispostas com as faces de maior dimensao paralelas ou com as faces de menor dimensdo paralelas, No primeiro caso, a tensde a flexdo M assume um valor inferior ao valor encontrado para 0 segunda caso, Sendo 0 cobre o material mais comumente utilizado em paingis de comando industrials, as esfargos atuantes nas barras ou vergalhOes néo devern ultrapassar a M,,, = 2.000 kgflem? (= 20 kgf/mm), que correspande ao limite a flexdo, Para 0 aluminio, o limite &.M,, = 900 kgflem* 9 kgtimm?). O dimensionamento dos barramentos requer especial atengdo quanto as suas estruturas de apoio, principalmente o limite dos esforgos permissiveis nos isoladores de suporte. DE APLICACAO (5.6) Considerar o CCM3 da Figura 5.14 que representa a industria jé analisada no calcula de curto-circuito, Com os dados jd obtidos, pede-se determinar a forga de solicitayao nas barras para o curto-circuito trifisico, ‘A Figura 5.21 esquematiza a disposigdio das barras ¢ seus respectivos apoios. Lig = 90 kA (vallor jd calculado) Aplicando-se # Equaciio (5,43), tem-se: 9,02 & 100 x8 2,04 X150= 30,9 kef Portanto, a resistencia mecéinica das barras deve ser superior ao valor do esforgo produzido por F, acim ealeutado, Também, os isoladores ¢ suportes devem ter resisténcias compativeis cam @ mesmo esforgo de: salicitagaa 260 Capituta CINCO FIGURA 5.23 Barramento 38,1. mm, 80mm ‘O valor da resisténcia mec@nica das barras dispostas com as faces de maior dimensio paralelas vale: B= 381 mm (1 12") H = 3,18 mm (18) L, = 1,500 mm = 150.em © momento resistente da barra vale: BX H? _ 381318 6.000 6.000 0,064 em’ A tensio a flexio vale: Fx ty 309X XW, 12% 0,064 = 6.035 kafiem® ‘Comparando-se o valor de M,com maximo permissivel para o cobre, observa-se que a barra no su ‘0s esforgos resultantes, isto &, M;> Mae Variando-se a disposicao das barras, isto & colocando-as com ay faces de menor dimensao tem-se: H = 38,1 mm (1 1/2") B= 3.18 mm (1/8) BX EH? 318380 ! M6000 6009 76cm A tensio a flesio vale: F% by _ 30,9150 a = 502 kgfvem? 12x W, 120,769 Entao: M,< Mj, (logo. 8 barra suportard os esforgos resultantes) As Tabelas 5.2 ¢ 5.3 fornecem os esforgos mecdinicos a que ficam submetidos os barramentos dos painé de comando durante a ocorréncia de um curto-circuito, A Tabela 5.2 é aplicada quando as barras esti as faces de maior dimensdo em paralelo, enquanto a Tabela 5.3 se destina aos barramentas em que as de menor dimenséo estio em paralelo, CURTO-CIRCLITO NAS INSTALAGOES ELETRIGAS Dimensionamento de barramentos pelo esforgo meednico (faces de maior dimensdo em paralelo) 1.59 430.0 | 967.5 | 1720.0 | 3.8700 | 6.8801 2 i wa 1,89 804 321.6 737 | 1.2866 | 28989 | si465 | Rous | 11.5797 318 40,2 1608 3618 643.3 1.4474 | 2.873,.2 4007 | 57898 | 318 26.8 107,5 WL 430.0 967.5, 1.720,0 2.687,5 : 38 20.1 so4 | 1809 | 3216 | 7237 | 12866 | 20103 318 14 53,6 120,6 2 | 4824 857.7 1.340,2 An 49 357 80.4 142.9 | 3216 sU8 8035 47 59 23,8 53,6 95,3 2144 ‘381,2 ‘595.6, 4am 44 178 40,2 1A 160,8 285,9 4467 | 635 50 20,1 453 806 BLS 322.6 5041 635 43 13,4 302 53,7 1210 2151 336,1 6,35 25 10,0 226 403 | 907 1613 252,9 363.0 635 20 8,0 18,1, 322 726 129.0 201,6 290.4 6,35 18 13 lod 22 656 | 1167 182.4 262.6 6,38 14 5a 129 20 518 9241 144.0 07,4 6.35 12 50 U3 20,1 45, 30,6 126,0 1815 12,70 12 50 113 201 453 80,6 1260 1BLS 12,70 06 | 25 56 10,1 226 403 63.0 90,7 12,70 04 16 37 67 15,1 26.8 42.0 60,5 12,70 03 12 2.8 5.0 na 20.1 315 45,3 PLO DE APLICACAO (5.7) Dimensionar o barramento de um QGF, onde a corrente de curto-circuito simétrica tem valor eficaz de IS kA, considerando-se que a distiincia entre os apoios isolantes de 550 mm e 4 distineia entre as barras Ede 80 mm, As barras esta com as faces de maior dimensio em paralelo, Para que os esforgos na barra nfo ultrapassem o limite de 20 kgf/mm? (= 2.000 kgffem®) ,toma-se a barra de 63,5 * 6,35 mm na Tabela 5.2. Solicitagao Térmica das Correntes de Curto-circuito As correntes de curto-circuito provocam efeitos térmicos nos barramentos, cabos, chaves € outros equipamentos, danificando-os, caso nao estejam suficientemente dimensionados para suporté-las. ae Os efeitos térmicos dependem da variagao e da duragao da corrente de curto-circuil valor de sua intensidade, Sao calculados através da Equagao (5.46). Ty = Hey XM +N (kA) (5.46) 262 Capiruco CINCO 1,,— corrente eficaz inicial de curto-circuito simétrica, em kA; M — fator de influéncia do componente de corrente continua, cado na Tabela 5.4; N= fator de influéncia do componente de corrente alternada, dado na Tabela 5.5. J, = valor térmico médio efetivo da corrente instantanea. Em geral, os fabricantes indicam os valores da corrente térmica nominal de curto-circuito que seus equipamentos, cabos etc, podem suportar durante um periodo de tempo T,, normalmente definido em | s ‘TABELA 5.3 Dimensionamento de barramentos pelo esforgo mecanico (faces de menor dimensao em paralelo) 19.0 s 1,59 25,4 50 20,1 45,3 80,5 1812 | 3221 5033 724.8 318 127 10,0 40,2 90.6 161,0 362.4 644,35 1.006,7 1449.7 318 19.0 | 45 17,9 404 79 161.9 287.8 9,8 O41, 318 254 25 10,0 2.6 402 90,6 1610 2518 3024 318 381 LL 44 10,0 17,9 40,2 16 TLS 1610 477 a4 16 6.7 ASL 26,8 60.4 107.4 167.8 241.6 477 38 0,7 29 67 11,9 26,8 417 14,5 107.4 477 508 04 16 37 67 151 26.8 4Lo 64 6,35 24 1,2 50 113 20,1 45,3 ‘80,6 126,0 18,5, 6,35 38,1 0S 22. 50. 89 20,1 35.8 56.0 80,7 635 S08 0,3 42 28 5.0 113 20.1 35 454 a5 635 02 08 18 32 72 Re 20.1 290 635 70,2 Oi2 06 | Ls 26 59 10,5 16,5 237 635 88,9 Ot Om a9 16 37 66 wW2 635 lle = 03 or 12 28 50 18 13 12.70 24 - a3; 56 10,00 22.6 40,3 63,0 90,7 12.70 508 - 06 14 25 56 10.0 157 2,6 | ak 76.2 $ 02 06 il 25 4a 70 } 10,0" 7 12,70 101.6 - 1 03 06 14 25 39 3.6 Condigies: Espagamento entre dois apoios consccutivos das barras: 550 mm. Dista cia entre barras: 80 mim EXEMPLO DE APLICAGAO (5.8) Numa instalagae industrial, a corrente inicial eficaz simétrica de curto-cireuito no barramento do 6 de 32 kA, sendo a relacao X/K igual a 1,80, Calcular a corrente térmica minima que devem ter as cha seecionadoras ali instaladas. Ha = Loe CURTO-CIRCUITO NAS INSTALAGOES ELETRICAS 263 ABELA 5.4 jor de influ€neia do componente contfnuo de curto-circuito (NE) 0.50. 0,64 0.73 092 107 1.26 145 1st | 1,80 0,28 0,35 0,50 0,60 0.72 O88 Ald 140 1,62 O17 0.33 0,33 ot 0,52 0,62 088 118 AAT OL ol 0,25 0.30 oat 030 072 1,00 133 “000s 0,08 oz 19 0,28 034 043 0.60 O87 125 0,03 0,08 OVS O17 024 0,29 0,40 0,63 0,93 0,00 0.00 0.00 oot O15 023 035 O55 0,83 O00, 0,00 0,00 0,00 O15 0,10 O18 0,30 0,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0.00 0,00 0.12 019 0.20 0,00 0.00 0.00 0,00 0.00 0.00 0,00 0,00 oot Como: mencionado anteriommente, esta relacao $6 € vilida quando o ponto de geracao esté distante do ponio de defeito. X19 — A =116 R Para #, = 11607, =1 > M=0 (Tabela 5.4. Para f,/1,=leT, =1 —» M= 0 (Tabela 5.5) Ia = bn XN = M = 32% [150 = 32 KA 5.5, de influéncia do componente alternado de curto-circuito (N} 0.95 OM 0,95 0.96 0.97 0.98 0,90 0,92 094 0,96 097 0,98 O87 0,89 0,92 094 0.96 0.98 | ose 0.86 0.90 093 0.96 097 0,80 0,84 0388 ast 095 097 0.75 0,80 0386 088 092 0,96 0,70 0,76 0,83 086 0,90 0,95 OSS 0,67 0,75 0.30, 0.85 092 O44 “0.53 034 040 oes | 070 | 077 oa 0.50 0,60, 0,70 0.84 0,17 0,25 0,34 0.40 0.58 073

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