You are on page 1of 39
A UNIVERSIDADE FEDERAL-DE PERNAMBUCO 202 e: Centro de Filosofia e Ciéncias Humanas "4 ! Departamento de Ciéncias Geogréficas Nicleo de Apoio ao Ensino de Geografia REVISTA DE GEOGRAFIA Volume Z- Neumero 2 Recife 1991 Revista de Geografia. Recife, v.7, n. a jul/dez. 1991 REVISTA DE GEOGRAFIZIA UFPE/DCG/NAEG PUBLICAGAO sSEMEST Pedidos de nimeres avulso para: UFPE - Universidade Federal de Pernambuco CECH - Centro de Filosofia © Cinoias Hunenas DOG - Departanento de Citncias Geogréricas NABG - Nocleo de APoic ao Ensino da Geografia Av, Acadtaico Hélio Ramos, e/a CECH, 6° Andar Cidade” Universitaria '- C 8'P 80.739 Recife 0 "=""""""Pernambuco “~~ Braeil Revista de Geogratia, UFPE/DCG - NARG. Recife, 1991 } v7. ond, (Sanedule) : Sencetral, 1. Geogratia - Periedicos. I - NARG | NABG - Necleo de Apoio ao Bnsino da Geografia COU 91(0! a _ ae OM EXERCICIO DIE COMPREENSAO DAS TESES “SOBRE 0 CONCKITO DE HISTORIA" DE WALTER BENJAMIN dvania Torres Aguiar Gonos + wrRODUGZO E Ao teves “Sobre 0 Conceite de Hietéria"t, conhecidas ono 0 Ultimo trabalho de Walter Benjamin (1692-1940), pela primeira vez publicadas om 1942, pelo Inetstut fir Sozialforschung em Los Angeles, com @ apresentacto de Theodor Adorno © a colaboracso de Dora Benjamin (irm& © secretéria de Walter Benjamin)#, constituiran en sua esséncia, temas constantes de reflexdes © idéias que permearan toda a sua obra, tendo sido, conforme registros em auas correcrondénoias fem cepecial na carta enviads @ Gretel Adorno (abri1/1940), tals reflextes sobre a hietoria, “guardadss", amadurecidas consigo durante 20 ance? +. No obstente, eseas reflextee eomente tonaran forma de redacko no periodo entre 1937 © 1940, tendo etdo mencioned diretanente enguanto trebalho “Sobre 0 Conceito de Histérsa", pele primeira vez en correspondéncia a Max Horkeimer (carta en 22.02.1940). Nesta correspondéncia, 6 cited © capitule I do artigo “Eduard Fuchs, der Semmler und der Historiker’ (1937)8, come © primeiro esforco de regietrar agpectoe da historia, quo, pelo eeu contetdo “deveria estabelecer una ciséo irrenediével entre sus forma de pensar © os sobreviventes do positivieno"”. Bm Fuchs, en eepecial no capitulo I, & abordada a diecuesio da “¥ Prof. do Departanento de Ciencias Geogréficas da UFPE es, envolvende a justaposicgo das idéian de Friedrich Engelo® acerca do defenvolvimento enquento dogma, da ssersencia do processo de pridugto capitalieta como ultima Snotancie, da razdo da adnieno da histéria como fator de Gependoncia, paseando pela endlive do materialieno histerico, © a neceseidade de se abandonar os ulenentoo épicos da hiatérias de wns maneire geral, ac idéies contidae neste trabalho, conforme pode ser cotedado, remetem entre outras, as idéiag posteriornente decenvolvidas nas teves V, XVI e XVII, em eepecial no que tange as nocSea relativas a imagens dialéticas, tempo homogéneo, tempo vesio, em meio & fundamentacio dis hiate que eepara ‘os métodos do historiciemo © do materieliano hi:térico®. fe { © tratamento ¢ . cvolupde,/ verificadse no desenvolvimento desses nogdes © clementoe, ao Lado da observacéo do aprofundamento de idéiae contidas © relacionadas em textos © ertigos da obra de Walter Benjamin (de persodos dietintoe), permitem revelar 0 seu pensamentc: como fortemente marcado por uma eontinuidade aubterrénea, ou eeju dotado de una capacidade de veaecumir velhas idéiae suas, mano depois de ter ingreseado en 2vos periodos”1°, ob @ forma dle arranjos ¢ rearrenjos do novo con 0 antigo, eubordinendo o compromiees da continuidade a esforcos de descontinuidade!®, cesidindo, poseivelmente ai, @ naior expresso dlalética do seu peneanento, numa relacko teoria e praxis. Besa caracteristica revorrente to marcante nas Teces Sobre o Conceite de Historia", provavelmente oferece un caminho Para se compreender as metdforas nelas contidae!?, e a estrenheza gue causaran & Bertolt Brecht, conforme eua referéneia no artigo por ele escrito no seu jornal de trabalho om agosto de 1941, ao comentar o ultimo trabalho de evu amigo Walter Benjamin, que e despeito dessa obvervacko, foiconcidersde claro # eselarecedor 32, RiGVIGTA DH GHOGRAIA, Recife = % cI ee n Con vistas a ‘possibilitar mafores elementos pare compreensto das “Tesee” foram organizados alguns texto: Prévias @ ravounhoe de Walter Benjamin, e ordenados om foram de textos nominados, conforne oe identificou'ne leitura do volume I. HII da Colecto de Walter Benjamin, ‘editada pela Suhrkamp, © wtilizada nesse trabalho, enquanto esforco de entendinento das principaie idéias expressas nae “Tessa”, CONSIDERAGOES HH TORNO DAS ~rEsES” Entre os sesuntos contenpledos nae-vinte teses (dezoito umexadas © duas como apéndices) “Sobre 0 Conceito de Historia” de Welter Benjamin, ee destacem a formilactes de eriticas as seguintes idéiee, conforme sinteticanents foi referenciado por Brecht no seu artigo sobre as “Tesea” J& mencionado?4: critica & Adéia da histéria como seaténcia; critica A idéia do progreaso: critica & idéia do trabalhador como fonte de moral e critica & 4d6ia do trabathador como guardigo da técnica. Hose conjunto de criticas, bem como o tratamento © desenvolvimento de categoriae-chave para a compreensso. das mensagens contidas nes “Teses", no se encontran neceasarianente encadeados ¢/ou Justapostos de forma seqlencial ¢ linear, mas sin 80 percebidos sob a forma de presagens, onde as impresstes ce articulan sob a forma de arranjoe e rearranjos de idéias e noctes, gue cm cua matorie remetem reflexes J& trabalhadas em outros textos, © enriquecidse @ luz de reerectivos esforcos de reexane © reavalizacso. Tal forma do enuncier as “Teses", guarda coeréncia com 0 Préprio entendimento de Walter Benjamin eobre a constructo da Aictéria pelos homens, que nko & sob nenhuna hipotese continua, Linear, sntes pelo contrério ela existe sob o signe das AnterrupeSea, ecb @ marca de choques. Nesse sentido, a construcéo REVISTA DR GROGHAFIA, Recife + WARG/DOG/UFPE, Jul. /éea~ I5Gi.—— ner eee hictéria ee identifica com e idéia de frogmentos, ao mesmo po em que se contrape & percepedo historicista, marceda entre tras caracteristicas, pela defeca da idéia de ave, 0 gue hé tre 0 passado © © presente é cauenlidads de fates, o¥ ot 298 causaiei®, @ nfo relacko entre os fatoe Para Benjamin, a histéria, no sentido dieléticn, 6 a te de-viver o presente enquanto mundo deeperto, & reviver 0 que ina lembranca do sonho. Assin é que © espace da histéria € 0 Paco da revelacto; afinal, conforme Freud, “o enigma 6 a vida » © eonho”. No entendimento do Benjamin esta arte do espertar", constituirie uma zona eepecial dentro da bxperiéncia alética, representando uma ineténcia que se distenciaria da sidez, da razSo que envolve o ester acordado, que implica na apacidade de renovaclo, fato inerenie av vatesio do despertar, sua trajetéFia de extrair dos sonhoe eignificago preciosa, a interpretada enquanto sinaieis. Rote limiar do despertar carregads de impresetes, remete outra categoria trabalhada por Benjamin, qual aaj “Remamoracto" ingedenken), enquanto elemento representativo da imagen do seado que mantém acesa a chama da trenccendéncia, que reogata do aconteceu, © que poderia ter acontecido, e desea forma encia 0 indice misterioso trazide pelo passado que o impele @ sengSot7, ¢ traduzindo um acordo secreto entre ae geractes seadee © futurae!®, conforme ateata Henjanin na Tese II. 0 Atributes sais surpreendent x Lote, vest, a0 1 tants individual, uss avegncia geral de invess de cxda presente cca relate a seu futuro". Essa reflerdo conduz-uoe s pensar que nossa” “iaagen da felicigade . totalaente farceda pels 6)0ca que nos foi atribuisa pelo Curso da noess existencia. A fulicigade caper de suseitar nossa invesa estt Coda, inter i1STA DS GROGRANIA, Recife : NAEG/DOGA PE, Jul./dez. 1991, a ae AS paderianos palavresy ts Indissoluvetnente ligads a Ga ealvactos 0 morac ocorre com a imagen do pasado, que & historia transtorea em coisa sua. 0” passada traz consiga, wa indice siateriosa, ‘que 6, inpele a redengin. Pott nie cone ta’ Sopre Wo ar que foi respirads vores que enudecersa? Hio tee cortejaaos “irae que elas nao “chegaram conhecer? Se ascia , existe, we encontra, Secreto, aarcado entre as geragies precedentes, sper woos concedida equal o x0 pose matersatints ‘Avancendo no trabalho eobre a categoria da “rememoracso” em especial enquanto via para o desencadear de wna revoluplo~ redencio, Walter Benjamin recupera na Tese III, 0 velho conceite defendide pelo poeta fil6sofo do Século III, Origenesi®, de “apccatdetase”. Nesse sentido retomendo euae consideracSes om torno da figura do cronista-narrador20, vanbém em outro persodo objeto de ours reflexes em texto, defende a idéia da hunenidade redimida. Nesea ese III, pode eer verificada ainda, principalmente quando vinculada as Teses Ve VII, @ preocupaciio com o método dialético na construgfo da histéria, em contraposicke ao historicieno. “...nada do que um dia aconteceu pode ser coneiderado perdido para a historia”, afinal, “cada momento vivido ‘traneforma-se numa citation & L’ordre du Jour". Bota mesma colocacto revela A distincso entre o cronista © © historiador: "O cronista repete um paseado en cua Literalidade; © historiador 9 repete en qua eingularidade, recolhendo 0 excedente de significado de que é portador, melhor Aizendo © nico © irrepetivel 22, ‘REVISTA DE GHOGRAFIA, Recife > NABU/DOG/UFPI ‘Jal-/aez. 1581. 7" Por fim, dentro do reconhecido © interpretado?® nesta eabe wenclio A energéncia da idéia de xeneticko em dois wentidos, tanto no que diz reepeito ao dentina (repeticfo que 6 0 sctorne do mesmo), quanto no que diz respeite A tzadicAa repeticlo que € 0 agora carregado de paseado). feae 111, nr Asta que narra os aconteciaentos, sCinguir a cranges ‘soe See davigay Teso quer disert Vesniea eftavel, mosento’ vivide ‘muse, Vordre du jure esse dia € just. jure finaae A luz das reflexdeo frankfurtionas de que mesmo que “una coledade melhor gubstituiese a esenvolvesse, a miséria nlo ce we dccorden natural © oe tornaria positiva (Nicht macht) © © eofrimento da natureza circundante (die Not in der ngebenden Natur) néo eeria transcendido"24, as consideracsee antidas na Teee IV eatinulan un exerciclo de reflexio critica do sexiomo, principalmente face ao método dialético que seré veteriormente aprofundado no decorrer das auelas VIT @ XI. Nesse dmbito a ‘Teses", em especial ‘Teese IV chama @ atencio para a weesoidade do materielieno hietérico ficar atento as camaformactes ocorridas”25, © aponta no sentido da eoneciéncia ftica © delineia a preccuparto con a hietéria dos doninados, rimidos, particulermente quanto & deetinacéo das coisas jeirituaie no que tange @ sus representaclo enquanto despojos. final, “Jamaie ee poderé indenizer a injustica passada. Nada mais compensaré oo eofrimentos das geractes articular nisterie: significa conhece-te =e Signitica spropriar-se tal cone ‘ela Sado, como ela se apresentay Hi igo, 20 sujeito historic ie “Lenha conscigncia gisso. 0 perig tos eristancia dati Se \delas salvadors ele anticriste. 0 do Centelhas da esperensa do. Mstoriader convencide fortes mio estario a © esse inieige ‘ago Una bace para o entondimento dessus consideracdes acerca ‘me “repeti¢&o” nesta Tese pode eer extraida do ensaio de Benjamin rubre Proust, ao discorrer sobe © duplo inpuleo de felicidade, ou soja um dialética da felicidad:. “Una forma ae felleidade ¢ hino, eutra 6 clesia. A WAI VG/WWPE, Jul. dea. i001, Scedentes, © que nunca foi o auge da beatitude. A felicidade somo elegia 6 © eterno mate una vez, a eterna restauraclo da folicidade primeira © originals. Caracterizendo melhor a natureza degses apelos de rencar 8 tradic#o a0 conformisno”, que teima an dela spoderer- fe, na Tese VII eo identificados alguna aspectos belizadores da critica do mterialisno histérico ac historiciemo, iniotada nessa réncia a Fustel de Coulanges em aua recomendagko de metodo ao historiadorss, Tese con a res Entre cess, dectaca-se a repulea’ do materialieno Aiotérico eo tratamento de reconstituics dado do paeeado pelo historicieno, em especial pele relaclo de empatia®? com a versio dos fatos imposta pelos vencedores, consaqientenente favordvel eos doninadores. A essa caracteristica, 0 waterialiemo histérico contrapde & preccupscko com a histéria doe vencidos, ao mesmo tempo em que contempla com distancienente, “refletindo com horror”, © destino doe deapojoss4, enguanto “bene culturaie”, conduztdos nos cortejos triuntais. A tranemiesdo dos bens culturaie a partir desea origen renete ao entendimento da vinculeo§o da cultura & berbérie, categoria trabelhada no decorrer dae “Teaes” por Walter Benjamin. A consideraco dececs aspectos, ilustrades na conviccto do Engele de que: “A Histéria ¢ talvez, a mais cruel de todas as deuess; ele conduz seu carro triunfal eobre montes de caddveres, Bo sé na guerra, mad tanbém nos periodos de desenvolvimento econémico pacifico"#®, se insurge a convicclo explicitanente contide neeta Tese VII, de que 6 “terefa do umaterialicta histérico, eacovar a histéria a contrapelo"=s, vir RRVISTA DS GHOGRAFIA, Recife > NANG/OGG/URPE, Jul-/dex. 1901, Fustel de Coulanges reconenda 40 historiador interessado. en, ressusciter, Una Gpoca que esquecs tudo 0 que sabe sobre, fazes posteriores Ga historia. Tepossivel Earacterizar aelhor 9 sétoda com a qual reaped Inaterialisao histérico. Esse setade é 0 da jepatia. Sua origen @ o inéreia do coragie, & Vordadeira inagee historices em seu rolempesar fugar~ Para "on tedlogos aedievais, a acedas era (0 priseiro. fundanento. da triateras Flaubert, "que a conheciay escrevews “Péu de, gens devineront combien iia fallu etre triste pour ressusciter Carthage". f matureza Geass, tristeza se tornard. mais clara se. nos perguntaraos com ques 0 investinad Ristoricista estabetecs” uaz relagio. de. fnpatian A” responte ¢ inequivoca! com 0 vencedor, Ora, os que nue momento dado dosinan Sao. os Werdeiros de “todos ov que, venceran antec. A eapatia como vencedar” beneficss Seapre, portanto, esses dominadores. Ineo di? tudo para © materialists histérice. Todos of que ate hoje venceras particigan do cortese triunfal, en que. os ‘doninadores de hoje, esperinhaa os corpos dos que estio prestrados no chie. Os despojos ‘sto carregadas no Cortexa, como de prase- Esses despojes 2400 que chasanoe bene culturais. 0 wsteriatizts Ristorico. os conteapla, com distanciamento- Pois todos ‘os bent culturais que cle ve ten wea ortgen sobre a qual ele ni0 pode refletir sen horror. Deven sue existéncia nao sonente 30 estorga dos grandes genios que os crisrams fone torvéia anénina dos. seus, Contenporaneos. Wunca houve a onumente da cultura que ado fosse taabén ua sonusento da Darbarie. E, assim como a cultura nto @ sents Ge barbirie, noo €, taxpouro, © processo Je Uranamissto da cultura. Por isco, as medida do possivel, 0 saterialista. histérica se desvia Sela. Considera sua tarefa escovar a historia | NEVISTA DE GROGRAFIA, Recife WARG/DOG/UIPE, jul./dez. 1901. 7 : © recomhecimento da necessidade de conetrusto de un conceito de histéria que contemple as proccupsctes referidas, enfatizando © estado de cxcec’o que engloba a tradiciio dos oprimidos, constituien a principal meneagem contida na Tese VIII, ao lado de ume slusso critica & Teoria do Progresso, Principaimente nas cirouneténeiae do fascisno vivencieds a epoc [A urgéncia nas construsto de uma concepeio de histéria gue corresponda a ease estado de excepto, reporta-se ao final da Tee VIII ao aesombro junto ace epieédios eéculo XX, omergindo desca observacfo, una reflexiio também conceitual sobre o conhecimentoe7. x Considerando tratar-se 0 “conceito” nesta Tese cono una ‘ainda” ocorrentes no inetancia privilegiads, parece oportuno expor o entendimento de Walter Benjamin sobre o acsunto: "Para bi epenae 0 mediadop entre o fonémeno singular o a idéia universal. 0 conceito representa a idéia, tornendo-a viva, @ a0 mesno tempo redime os fendnenoe, salvando-oe da dispersio, evitando que eles ee percan no mundo empirico"®®. Desta forma, © em justaposiclo a vie8o hegeliana-narxista, onde conceito 6 a mediacfo do “empirica” eimbolizada através de imagens, observe-se que a idéia de Benjamin e¢ eproxima®? do ontendimento do empirico de Hegel @ Marx, enquanto arra (ou seja, o falso, a ilustio necessiria da hietéria dea enganoe da consciéncia) enin, © conceito & var A tradigio dos oprini¢os nos ensina gue o tao eieerion en que” vivesos. @ na verdade 2 regra geral- Precisaacs construir us Eoneeito de historia gue corresponda ae: Veréade: Messe aomento, percebereaus que nossa Uireta,¢originar ue verdadeiro ertado. de ercegio; com isso, nessa posigio ficars mais forte na uta, contra o faseisao. Este” se beneficia da” cireunstancia que seus adversirios © enfrentan en none do progresso, ‘EVISTA DH GHOGHAFIA, Recife » NANG/DGU/MPE, Jal. /doz. 1901.- — Proseeguindo em oun perspective da histéria dos vencidos 2 dentro da dimensio messitnica que caracteriza as “Teses", Walter Benjamin introduz os elementos melancolia, ruina e catéstrofe eoacciadoe & idéia do progre 10 na Tese IX. Nesse sentido @ analieads = figure de um Anjo? do quadro de Paul Klee institulado “Angelus Novue"4® com vistas @ tlustrer suas impressGes sobre & histéria, enquanto “processo © decadéncia incessante”, geradora de une cadein de econtecimentos/ruinas, que 2 deepeite de serem contenpladas melancolicamente (cono une catastrofe)*t, néo consequen ser resgatados tais fragmentos ate mesmo pelos anjos, visto @ denanda do progress néo permitir que ninguem se detenha para tal. Esta Tese encerra, & lus de outro texto de Walter Benjamin, que 0 inspirov na redacao do texto “Angeetleue Santander us Satanés, 1933) identificado com 0 pensemento de Kefkat2, “dues interpritaces do Anjo cla Wisteria (...) une upssiénica (para quem @ crigen 6 o fin) e outra melancélica (0 futuro @ 0 progresso © barbérie)"*9 assim traduzida: “o enjo contempla as ruinas, estd impedido de egir e ee debruca sobre of que jezen no cho © @ impuleionedo para o futuro™*4. x sminnas vee, Se pugesse, eu retrocederse Pose ou seria aenos feliz, estto prontas para o VISTA” DE GUOGRAFIA, Recife = NAEG/DOG/UNPE, jul-/dez. 1901. se Gerhard Scholem, Saudaco go Anjo HG in quadro de Kise que ce chena Angcius Novus. Representa ‘ua anjo que, parece querer Sfastar-ae de algo que ele ‘encare Sour olor esto “escancars Gilatada, suas seas abertas. 0 historia deve ter cove aapectos Seu rosto ests Girigido para passage, Eatastrofe nica, que acusuia incansa Ele” gestaria. de rs. seordar fortes e juntar Frageentos. nas ra ao par Essa teapertade ota nie pars o tuturoy. ao qual Vire as costas, enqusnto o anontoago ge ruinas Eresee ste 0 cou- Essa tenpestade #0 Que chanasoe progresso. feo 8 prende-to em is nz pode te ‘A Tese X, trata de enelisar no panorama politico, a hecessidade de reflex#o acerca das conseatléncias: advindas de una defeas inexorsvel da idéia do progresso que enreda até os pares Adeolégicos, engendrando-os mum estado de adesto a una concepedo da histéria que trai a prépria causa. Desta forna € que oxiste una relacio entre esta Tese © a IK, eobre © anjo, com referéncia a eua impossibilidade de recolher os mortos © reunir os vencidos, fato que se assenelha aos facistss, social-denocratas @ comunistas em seus apegos & tempestade que ¢ 0 progreseo*°. Assim € que necta ‘Tese, hd um apelo para que o historiador consiga “arrancar a crianca politica da rede na qual & haviam enredado” —- Ds temas que as _regras do claustro inpanhen Cinhan come nos. quay Gepositado as suas esperances jazen por terra coltgravan sua derrots coma traigio A sua Dropris causa, teaos que arrancar a politica Gus, wahar do’ aundo profanos em que ela havia Sido” enredado por aqucies” traidores. Nosso ponto de partiga @ a ideia de que s obtusa fe Re progresso. desses politicos, rua confiange to “apoie, das mcsas" ey, finaleente, sua Suborsinagto servi ua ay Gneontrolavel sia. tres aspectos 4a Dando eeqiéncie © ous critica sobre a nocfo de progress fe exploracto produtivista da netureza e da sociedade, enfocando « sua critice no quadro politico, Walter Benjamin "privilesfa” ne ese XI © X11, @ anéliee (na circunstancia contemporénee ae 'Teses") do partido social-denocrata que, adotando o marxieno*” como pensamento oficial do partido)*®, en eeu faecinio pclae ciéneies naturais, na dimeneio quantitativa de seus resultados, aceociedo & técnica; deeprezava @ perspectiva deetrutiva de dialética, aeeimilando praticanente 0 progresso eocial 80 desenvolvimento das forcae produtivae vindo a minimizer © alcance das deetruicSea provocadss na historia pela exploragso claseista ©, com malor gravidade pelo capi talismo: ‘A critica dirigida por Benjamin & social-democracia ndo 6, em primeiro lugar, a critica a un partido gue se tornou suporte da eociedade exietente, mas a recardacio (ainda n&o desssperancada) da verdade © da realidade da revolucio como realizacfo histérica. “ "Benjamin se lence contra os tabus progreesistes da nodernidade industrial: tabue do progresea, da produtividade, da legalidade. @ assim que pare ele ‘(EVISTA Da GROGHAFTA, Recife = NARG/DGG/UFPE, jul./dez- 1901. 4 REVISTA DE GHOGRAFIA, Recife pao ee trata de explorer = natursse, mas oim liberd-le um mundo indepito © ameagader ma reconciliacso Fourler com toda @ natureza"'™), elenento na social-denocraciey mao congicions Gnena cuss (aticas polsticasy ans tanben suas, Eolapse postersor- Nada” tel, mais. corruptor para a classe oporiria alee que a opinito de que. ela nadeva com a. correntes 0. Gesenvolviaento teenico, era visto como 0. Geclive da corrente, na qual ela supunha estar hadando. Dai sé havia ua passe para crer que o trabaihe industriel, que. sparecia sob os traces do progresen “tecnico, reprecentava ua. grande ‘conquista politica. Av antiga noral festejava una ressureicio na classe. Urabalhadora “ales. |“ Programa de Gotha 34 cuntinna eleaentos dessa confusdo. Nele, 0 trabaiho @ definivo como "2 fonte de toda riguera e de toda civilitagkor. Pressentinds 0 pior, Marx replicou que o hones que Azo possui Sutra” propriedade que a tua “fores. d trabatho ‘esta condenago a ser “o escravo de Qutros” “hasan, que se tormaramess Proprietériog’. Apesar disse, 4 confuse Eontinuou a prepagar-se, © pouce depots Josef Dictrgen anunciava: “0 trabaiha € 0. Re Gos. teapor sodernos..- No. aperfesi 40 trabatho reside a rigueza, que agora pode realizar 9 que nao foi realizado por nenhun Salvador." Esse conceito ge travatho, tipico do sersismo vulgar, nd exanina « questio de conn seus fodutos pode trabathadores que deles nzo interesse se dirige Gominagzo da natureray Visivels; nessa" concepeioy Lecnocraticos que ais” tarde vio aflorar no fascisac. Entre eles, figura ua concepezo da hatureza que contrasts sinistranente com as Glopise sociatictas, anteriores a margo. 10a. 0 trabalho, como agora conpreendido, { NAG/DOO/URPE, jul./dez. 1981. ] | vise wea exploraczo a natureza, comparsda, fom inggnua complacéncia, i exploragio a Proletariado. Ae Isdo” dessa concepcae positivista, as fantasias de un Fourier, tio ridicularizadas, revelan-ac” suprecndentenen te jeiz. Segundo Fourier, o trabaiho social ben organizado teria entre seus, efeitos ae auatro uae ilusinarian a noite, que o gelo ae fetiraria (dos polos, que. s” aqua” aarinns deinaria’ de ser saigada © ‘que ‘os an Essas fantasine dlustran we tipo de tretaine aves 1onge de explorar a naturera, libs criacées que dormer, cons virtualitade, em see ventre. Ao conceite correapide. de trabathe Sorrespunde 0 conceito complesentar de uns naturera, que Segundo Dietrgens teathy alte gratis A exvousiva expectativa das vantagehs du Gessswolvimente #8 técnica, sinonimizendo progresac, veio a ge traduzir muna eonfienca tranglizadora, om eapecial na jsocial-denocracia, atuando de forma entorpecedora sobre a conecitncia dow trabalhadorea aoctalictasss. Desca maneira, acreditends na eémoda @ gatantida posie&o de estar @ favor do vento que impuleiona o progresce, nada o# jevaria (os trabalhadores) a se engajar em nenhuna lute reinvindicatéria, ou de qualquer natures. Afinal, a humanidade faminhava nun movimento linear e homogéneo, além de honogeneizador de Jeito a absorv: © diferente, dentra de um tempo vazio a ser Preenchido de forma unifornizada artificialmente®s. Estee aspectos abordados na Tese XII @ relacionados na Nese XIII, permitem emergir as identificagses © dos aujeitos do vonhecimento histories (quem ¢ aujeito?) © os respectivos papéis otribuides quer eeja em Marx, quer seJja nos gociais-democrataa. Fara Marx, este sujeito seria o proletariado, que surgiria cono redentor dos oprimides no passado®s © ¢ para os sociais- es © operdrio seria o salvador das geractes futurast®. A dcopeite das oriticas emanadae dos frankfurtianos quanto a0 papel privilegieds atribuide por Marx ao proletariadot®, na Tese XIT yvaztamento eurge com maia énface @ critica benjaminiana a0 provecad pela etribuiclo dada pelos sociac-denosrates, além do Hato de implicitemente defenderem = “natéria do passado como neutra”, coneideracdo inaceltével para Walter Benjamin que-alén dieso, considerava fundamental investigacfo do passado, no exercicio do que poderia ter eidoS7, como pleno de significacto para o futuro. xu : sPrectsanos aa hie: passetan no Jardin da cienci Nietzene, Vantagens © desvantagens da historia © cuseito do conheciaento nistorsce @ 2 propria classe combatente © opriaiga. Ew Marty Els aparece como a Gltina classe escravizaday fone a classe Vinadora que consuna a tare Ge” tivertagdo en none das geragues de ferrotadgs. Eeex” ‘consicenciay reativada Gurante algua tenpo no winento espartaquista, foi seapre inaceitavel para a focisl-deaocracia. Ee tres decinios, ela quase Eonseguiu extinguir 0 nome de Blanguiy case eco abalarao século” pasado. Preteriu Stribuir a classe operaria 'o papel de salvar Geracdes futuras- Com isse, ela a privou dae Suns, wethores forgas: f “classe Gesaprendeu nessa escola tanto 0 déio ct sepirito de sécriticio. Porque une outro se Siiaentae | da. imagen dos antepassados acravizados, eto dos descendentes Sberadors EVISTA DE GHOGRAFIA, Recife : NANG/DOG/UIPE, jul-/dez. 1891. 86 Avancando neseas colocactes, © frente a Tese XIII, parece ecclerecedor a afirmacio quanto ae conseaéncias da Compuleéo da gociedade por un carter homogéneo © adninistrado. @ none do desenvolvimento: “a racionalizaciio de sociedade ¢ agora, concebida néo maie cono algo a cer produsido praticanente, ‘como tuna tendéncia imanente ao desenvolvimento da hunanidede. Bese racionalizago inelutével n&o mais & compreendida como emancipadora, mae subjugadora: “O Progresso ee paga con coisas negativaa e aterradoras (...) entre elas 0 desaparecimento do sujeito euténono em un totaliterieno uniformizente"*?. Tal assertiva clarifica a prética ¢ a fundamentacko tedrica da social democracia quanto a0 progresso frente & hunenidade, tratedo de forme inexorével, mecénico, iminente © de certa forma incontrolével, preencher a hietéria da hunanidads hnun entendimento de que seu desenvolvimento ocorre de forma global © uniforne®, dentro de um tempo vazio © honogéneo. xan ‘Noses causa esta cada clara, eo povo. cada dia eeclarecido.” Josef Dietzgen, Filosofia Social~ A teoria e, mais ainda, a pratica da cocial-denocracie’ foram seter per un Conceite dogaatic progresso, qualquer Sineulo, com a realigade: Genocratasy © progress: Tegary un progrerso da huaanidade @ doe, suas cepacidades e connec fegundo lugar, era. um processo sem limites, {ada correspondente. 2) da perfectibilidade Infinite do genera, huaano. Em terceiro Lugar, tra ue “processo essncialaente automatico, pereorrensoy irr Gna, trajeteria ew Fieena ou ea espiral esses atributos i 'Uontrovertide @ poderia ser criticado. Nass Sata ser rigurotes a critica precisa ir aléa ee eS DE GROGRAFIA, wolfe + NARO/DOG/UEPE, Jul. /dez. 1901- se concentrar-se no que lhes ¢ coma. @ a progresso “da bumanigads na Inseparivel, da id¢ia de sua aarcha no anterior den Leap varie @ Trilice Ge i8eia do" progresso. Ag Tecea XIV e XV, trabalham 0 conceito de histéria en contraposicke & idéia de continuidade, como sendo a histéria plene de Jetstzeit (agoridade)e, interrompendo 0 devir abstrato do tempo. Asein permite relacionar a concepsio da histéria enguento continuidad: escrevem"), endo assim. Lida por Benjamin como catéstrofe, diferente da hietérin doe oprimidossmerceda pelle descontinuidade®s. (como aguela das oprescorea (que por seu turno & Bopectaimente na Tese XV e XVI, reside una chamada as elacses revoluciondrias para explodir, romper o “continuum” da historia, introduzindo necte momento um novo calendirio. Esta Passagem inserta um coneeito que eepara 0 tempo controlado pelo relégio do tempo, que ele chama de tempo homogéneo © vazio, preonchido indiferentemente pelos acontecimentos, _daquele inicialmente aludido, qual seJa, 0 tempo do calendério, que captura o tempo em pontes de concentracio, dias de recordacko®?. B neste momento carscterizado como Jetztzeit ror Benjamin, que ocorre @ via para una nova interpretaco do passado da tradic#io, enquanto construcéo. "Seu elemento vital ¢ a monada, que capta oo fragmentos que flutuam na correnteza do tempo vazio o¢ envolve com 0 préprio presente”ss. A conscagncia ge fazer explodir 0 continua da historia. @ propria as classes Fevoluciondrias no mosento da ago. & Grande Revolugia introdusi um nave calendario. 0 dia fon 0 gual comega un novo calendaeie. funciona HAVIGIA DE GHOGRAFIA, Recife + NABG/DOG/UFPE, jul./dez. 1991. SSS fersadory que vie “ a resin increta cduetey * ug CCRT ate relogion. sarcam 0 ‘teapo do aesae oun que Elen! © 5a8" nomisenfor oa historica da qual ato Europa, ‘hd cen anos, Revolugio” de juin incigente en “que” eee so parity indspendentes uns dos outeas ean’ cbaes consciineis hora,” foram disparados tires relogios " Tocalizeuer Jasteeanba orutar, que, talvaxyecs hearin sua intuicto protetica, excroveut GHUL AR REAEAA tL, oon dAt qulinetiesiccentie mt Gur Les’ cadrana pour eresiey te ‘A historia para Benjamin é, essencialmente, presente: o Mbeenke no ual 0 oprinide escrevo a historia @ & aquele sue iesnes © Passade &.“histéria universal’... tmouiates,.do werines aie Pete 3s, £300088 de weue, ensatom| !¢ srveuaa,cdayiiteterial eons mediansoes. Seta interpretanto tredus o espirito fundamental da Tose | Ay; [num contraponto A viale Rintericiota da ingen tone et | | possado. xv Diartiterialista nisterico naa pode SLANE de in presente que afore Porque esse conceito define eratasente seanis presente pa que ele sesao estrove s bistins O Mstoricista apresenta a ieages. Setantee peusadoy © materialista Wisteria ‘tan desee Passado’ uma experigncis ware oltres palcgarefacidnsceangatars ne wee de REVISTA DR GHOGRAFIA, ele 7 NAR REGAPES gue (dee. 19a. hestortess: Ele fica’ Senhor sufucientenente viril_ para. fazer ealter Ares a continuua va historia. Retomands a preccupaco de explodir © continuum de histéria, cabe rescaltar a importéncia do esforco de articular menifesto ror Walter Benjamin na Tese XIV, entre 0 arceico @ 0 modern, © a propriedade das metéforas “moda” © “salto do tigre utilizadoe pare ceracterizar o ealto dialético da Revolucko, conforme Marx. "Hegel, em alguna parte (irgendwo), faz © comentério de que todos os grandes acontecimentoe © pereonagens da Hietéria Mundial se produzem, por assin dizer, duas vezes. Bsqueceu de acrescentar: a 18 vez como una grande tragédis sgunda cono una, faras ++ dustamente quando a Revoluple Francesa ‘eita’ Roma, paranenta com vestimenta romana, quando repete de 1789 & 1851, & Repiblica Romana, depois o Império. Esse disfarce se justifies Anteiranente por realizar una grande tarefa.histérica, s6 plausivel por seus heréis: a tarefa de sua época a saber, a ecloséo ¢ a inetauragdo da eoctedade burguess moderna”®s, ‘quando svanents “Na Tese XIV, Benjamin trata a relacto com o paseads eob june duple possibilidade: uma que se efetua imediatanente - Relaclo de Identificacdo - © outra, que extra o excedente de significado no interior desse mesno paseado, 0 que permaneceu virtual. 0 “salto do tigre no passado’ pode conduzir a saidae de eentidos contrapostos, conforme advenha “na arena onde manda a classe dominante” (1dentiticacko) ou ‘acb 0 eéu livre da histérie’. Tal como & mods, @ histéria 6 rovivide, mas segundo cose duplicidade ‘RBVISTA DE GHOGHAFIA, Recife : NAEG/DOG/URPE, Jul./dez. 1901. eentido inedita.| com> catéatzafa ou como +8 Origen 6 4 aive. Nard Kraus, Velavras ea Verso a 4 obseto de uss construgzo caso lugar nie é Nomogéneo e. varioy RIEL "G, EAPO saturado de tagotarss. RocneiOy Rowe's Autton, era pata j Rabegntuees eee see ie coriueda de “agpraa”, gar cles eer ote Fontinuus da histers Rosa antiga antigo. fh moda ton Quer gue ete antigaaente, “Ela resto. ao passado. arena conandaas salto, “sob o Livre eeu ae as © faite Sialatice, da: Revelucte,.cenue Gaeance red Nine fA kevolugie Fane tha eitava a Taro pare vu atuaty onde A Teae XVII, “compreende, “conPstee elude do. prépeie crrdrine ty 8, pustnnta “ds “Sétodo. "artatpyt tee te “theca ger Sinifttes ne consepcio da histéria, Hesze unt ide S'gue be ceronee onteriornente mencionadas. erent ae Uiteesacas 9 teeta eRe et wicodan BereteGtea 3" adtoeliista. istirt a vines elec Beigel | Ulivereal’ "Pecano “ oriiicas hon aMeeveMecgeris enbacamento tebrico @ ao tratanenie 4y tempo tomade como bored Ne oie Cas RCE Ge gy ot Ee eee ae cas Pent otro sips auteuneta, eye” eras eeceamnrao materi (aes til bede ee Mee ee elementos € métodoe de referencia’ VISEA DE GHOGRAFIA, Recife + WARU7D7UEE, Fal-7as eG — —————— — ————————— Neose contexto, aborda a importancta da percerrée do objeto hintérice enguanto mdnade72, © 8 pause pare 0 seconhecimento @ identificacto dos sinais que ela encerra’?, fates Foseibilitadsrea de un momento revolucionéric, em especie de fedencdo - ravolucéo7? na luta por un passado oprimido. goose método, permite 9 captecto de épocss, aituacdes, ete. do cures homogéneo da histérie, rompendo a idéia de Scnttnuidade, condenada por Benjamin gue a clessifica como Gpologética no esforco de ocultar os momentos revoluoiondrios de historia”. Aooim 6 que 20 final da Tese XVII, Walter Benjanin culmina na deacricdo do método materialieta historico, defendendo= cone ceguinte entendimente: “na obra 0 egnjunto da obra, no Conjunto da obra a époce @ na época a totalidade do processe Metérice exo preservados © transcendidoa", considerngses que ele 56 havia declinado no seu artigo sobre Fuchs, dé mencionado. xvi 0 historicisna culaina legitiaanente na (Givdeeie Palversats= ian mvencveumesseny, 172 rere iagraia matcrialicta ce distancia’ dels RENSEORISS fhuvcatmente que de qualquer MAT a’ Nietoria universal mio tea qualquer wrascio “tedrica. Seu procediaento € aditive- TiDtiise a wassa dos fatosy pare com eles Srdencner 0 tempo, homoganeo & vari. Ao teetririo, a historigratia marxista tem a sue Bode MAA’ principio “construtive. Pensar nie. tee tapenan, e movinento das idéias, 48s iNshes cua tsobilszagior Quando 0 pensas AETRE" pruccamentes muna contiguragi Se tensdesy ele” Thes ‘chow Segue do “qual. esse. configuracto se SEElire enquanto sdnada. 0 materiatiste Slstorice sé se aproasan de ua objeto Ridterice quando 0 confronta enquanto sdnada~ Naise estruturay ele reconhece o sinal de was GRUGIN De GOGRAETA, ecko + WRIG/DOG/UFPE, Gul, /aez- 00I 2 iaobilizacdo aessisnica dos aconteciaentos, ous dito de outro modo, de uss oportanidsde olucionaria de "lular por, un paseade epriaido. Ele aprovesta ssa aportumidacs pare Ogenea “da Metoriay do. wesso trei da “epoca una vida’ determine obra conposta durante ensa vidas deterninaga- Seu aétode resulta co 2" Conjunto da" obras hostério "sto. preservades frute. sutritive do historicamente conten cone Seaentes preciosas, u interior o teapoy 5 insipidas. Sn termos finais, nesta tentative de apreender “oo recedes", ee mensagens contidas nas teses, cabe dectacer a apreximagso fetta por Walter Benjamin entre o “Jetatecit” (reoridade) efetuada na Tese XVIII ¢ nos apéndices 1 © 2 Seguintes, © 0 tempo messianico. Tempa menaianica’® entendido como leo suspense no ar. algo que esta por acontecer, enfim o devir?s. Bete aspocto permeia todas as demais passagens. reala {waa expressive influéneia Judaica, como caracterizou Brecht no Artigo a reepeito dae Teses, J4 citado. Por outro lado, 6 importante destacer cue = capacidads exigida de se ter © passado entre outras coisas cono referencia de lenbrances e campo de sinais para o futuro’, dentro do pencanento bendaminiano ngo Peserva o dircito A passividade e a certeza de um futuro antecipado, Reside ai, a importincia do salto interrupter, da Anterferencia trazida na Agoridade’®, do contrério se retonaria 20 Ponto de vista de continuidade, linearidade e imposeibilidade na concepese da historia, defendida pelo historicianc. Tel preccupacéo com a teologin Judaica, por parte de Walter Benjamin fol razio da aproximacio cum Gerhard Scholem, de suem, de acordo con referéneias nos textos escritos sobre Benjamin, foram tiradas algunas impresedee benjaminianas sobre o ‘UIVIGEA DE GROGRAPIA, Recife + WARG/DOG/UFPR, jul-/dozs 1901 — a ee aocunto, © enriquecidas 12 de categories provententes de Kent ¢ do Kantisno. xvitr scomparados con a historia de vida degaetca Tne Terraces, ese Seumpab tele Conteaperdneey tos wiseres 50.000 anos do Mi Sipiens representen aigo como dois segundos 30 Fin de Ga dia de 24 horas: Por essa escala Lada a “asetorsa “da mumanidade eiviliy preenchersa we quinte do segundo da Biting Nora! 0 “sagorats. que novelo 0 Ressiinico atrevis mum Fesu pouravel Ristorie Ge toda. a Munanigade, coincide Figorseasente con o lugar ocupado no wniverso D historicises s¢ contents en estavelecer wa nero, Causal entre. varios momentos da | | Mstoria, fas mentum fatoy meranente por ser flutes @ 88 por izse We fate Matorice. Ele Ulandtorsa, Gn fate “hiztorsco”postuaanen te, Graces a acontecientos que poden estar dele Stparadoe por. ailenios. 0. Mstoriador Consciente disso renuncia ad dos ww acontecimentas, como as contas de Un Tostria. Ele capts 4 configuragto ea que sua propria @puce entruu em contato com una @poca Interiors perfeitanente geterminaga. Com i550, Sle fanda ua conceite "do. presente como Un Figerat no qual se infiitraran estithagos 60 Certanentes oo adivinhes que interrogavan fo teapo para saber o que ele ocultava em seu Selo nao o experiaentavam nen cond vazio nea fons homugeaeo- llven ten en nente esse fatoy poderd. talver ter uaa idéia de como 0 teapo passado € vivide ns reaeoraso: men com ‘RBVISTA Di GHOGRAFIA, Recife : NANG/DOG/UFPE, Jul./dez. 1091. se er oar eer neers a Niven ener ee saree varioy men como honogéneo. Sabe-se ore proibido sos judeus investigar o futuro. Ae contrarios a Tarde a prece se ensinea a, ‘oracio. Para on disctpulos, a ranenoraste desencantava o futura, a0 qual sucumbiem (os que “interrogavan' oe adivintos: Aas, nen isso o futuro se converteu pars os Judeus tenpo homogéneo ‘© vari. Peis geile ends segundo era a porta estreita pela quel pools penetrar 0 Nesstes. Un outro reflexo da influéneia tevigiva no pensamento Penjaminiano encontra-se caracterizado na Teco I, que conforms coneta nes notas préviee registradas como seu legndo7®, causaria For corto polémica °°, fato de certa forma comin nas expreseies de sou ponsamento®!, por vezes isclado de correntes do pensar, dae guais © eproximava mas nfo se confunlin » téo pouco ee ecumpliciavaes. } fo discorrer sobre um conto®, no gual fs2 snalogia ao materialicmo histérico cono um toneco que jognva xadrez a partir doe Andicagtee de um antic campeso (teologia), imperceptivel no Jogo de cepelhos © sob o tabuleiro, cnjos lances por certo fapontavam © boneco como um vencedor, remete n importéncia de ee coneiderar a teologia, em todo o seu conhmvinento, © “atualnente recolhido", como uma importante alinin"@ no avancar do aaterialiono histérico®®. Obviamente Walter fonjanin tinha eiéncia da reacio que esta anticgia causaria, =m screctai junto ace marxistas, no entanto o proprio recorte malancélico dado ao Marsiono, por oi J& euscita expresses de surpresa, como 9¢ nBo houvesse oportunidade de ee compatibilizar «nm 0 esforco dialétice ‘Que a abordagem melencélica benjaminiana on-crea% Gonbecenos a historia de un autsnate construido de tal odo que pedis responder a cada Lance “de um “Jegader, de. tadrer tom us contralance, que ine assequreve s vitortae Um EVISTA DE. SHARIA, Re 37 WABGZW VE) Ju aon oT Bacay sentavarse diante numa” grande ness.” Un Erlavala stesie iy que a mesa era totalaent Tealidade, um amie corcunds te eseondia nelay ia aestre po sadres, quo dirigia con cordeis a mio, do. fantocies "Podemos” tnaginar una Contrapartida, filesdtica, dease ecanisno. 0 Fantoche chanadu tasterialieag. Matorico* Ganhard sempre. {le pode eafrentar’ qualquer desatio, esse que tome a serviga. 3 teologis. Moje, els ¢ reconhecidamente. pequens e'feia endo usa sostre-se- Enfim, ef esens a impreseses benjaminianas mais significativas que foram pocsiveic captar nesse inicio do deepertar para a investigaclo dae obras de Walter Benjamin, que por certo, sS0 passivein engundo eada ética © estéaio de conhecimenta, inclusive de pensanentos correlatos ou antag6nicos, de diferentes compreensies. até mesmo daqueles em cujas fontes 82 procurou elenentor para constracdo deste esforco de entendinento. ‘REVISTA DE GHOGRAFTA, Recife > NARG/DOG/UNPR, jul./dez. 1981. 96 soras + “Ober den Begritt der Geschichte’ * BENJAMIN, W. Gesammelte Schriften (G5) Band 1, 3, Frankfurt fem Main, Subrkanp, 1980, p. i223. Der Krioge und dic Konstellation, die ihn mit aich hot mich dazu gefuhrt. einige Gedanken niedersulegens von denen ich sagen kann, daae ich eke an die swangig Jahre tel air werwahrt vor mir’ selber gehulten habens"C.--). tnt BENJAMIN, W. (opus cit). p. 1226. * Nesta carta a Gretel Adorno (esposa de T. Adorno), eecrita em Fesposta a algunas questdes formuladas en sepecial asbeo & Teoria, do Progresso, em carta ihe dirigida tmsio/idsenr” We Benjamin, chama a atengao pars a tesa XVil, aponcada como “6 Femuno maic claro e aintetice do sou matods. © “(...) de viens dvachever un certain nombre| de théses eur le concert d'Hintoire. Ces theses © attachent., d'une part, aux vues “qui se trouvent ébauchées au chapitve Td “Buches Ged" ins BENJAMIN, W. (opua eit). po 1g25 © Neste trabalho sobre Fuche, feito cob encomenda do Institut for Sozialforachung, W. Benjamin abordando a discussGs de disistice Bistérica, avanca na construcso de Uma critica ao pensamento a Pratica dos “soclais-denocratas, poateriormonte aprofundads, has Teces, em especial na XI. ini BENJAMIN, W. Gesammeles Sobriften (GS) Band IT, 2 Fradkfurt am Main, ‘Sunrkamp. IS00, P. 405-467. 7 [Geo theses (...). Elles constituent une premiére tentative de fixer un aspect de histoire qui doit établir une sciesion irrémédiable entre notre facon de voir et les survivancea aa Positivione.” BENJAMIN, W. (GS) Band I, 3. (opus cit). p- 1226" "In: BENJAKIN, W. (GS) Band 11,2 (opus cit) p. 485-487. © iden. 4 RONDER, L. Walter Benjamin - 0 Marxism ca Melancolia. Rio de Janeiro’: Campus, 1969. p. 25 41 °"E a maior aceitacso da descontinuidade acaba favorecendo, no movimento do pensamento de Benjamin, paradoxalmente, "una sontinuidade mais assumidanente, cietiva: ae idéias gleboradas diepden de maiores poseibilidades de ee conbinaren 4s idbiae novas e de cobraviveren, no ambito de uns dinimics mais receptive ao descontinuo.” In: Leandro Konder (opuc) s, 26 “a0 analisar o pensamonte benjoniniens na dimenete aa RGVISEA DW GHOGHAFIA, Heclie + NAIG/DOG/UNDE, jul. 7doas Z00i continuldade ¢ descontinuidade confrontando com # dimensko | Sposte no peneanento de Luckécs. a= Alem das metéforas, tui ectranhado o Judaiemo contids nas Teves. so BENJAMIN, W. GS - Band. T. 3. p. 1227-1228, Aa Bertolt Brecht, Arbeitajournal. Eroter Band 1998, bia 1042. he Bertone mor Hecht, Frankfurt. a. My 1e73, 204, pascagem Yen ener Ee rae BENIAMIN: Walter = GS Band I, 3, (opue cit). p. agat-1228. 28 BENJAMIN, Walter (opus cit). Dp. 1240. ie 0 nove método dinlético na histéria se apresents ao 2Oxeedundex ¢ presente ‘cone 0 mundo no despertar de compreencr © Nordadsiemente, ease gonho dus noe. chaneno. Peosedon tn: BENGAMIN, We”, OSs Ve fe Reandre Konder ~ 0 Marsisno da Nelancoiie. a7 “Se a histéria € redencio do desting, @ porque a histéris constituerse de menéria, 1oty s, ue experiéncia. Nesse sentido, erere eocreve na. “Dinlética’ Negativa’ que experiéncia seoretenta do lado do eujeito, equile que A negacko determines TOpTesente eyo do objeto: objetos concretes (Gegenatéinde) - Tete Gensanin poo “o naverialicns histértco” a servico de wma goin, Uendemyeriencia’ e nso o contrario.” In: MATOS, Olgaris. Oe anas do Inteiramente Outro. S80 Paulo : Braciliense, | ees. p. 87. sa Segundo Horkheimer: “no fundo, a aspiracto dos homens ¢ miite Segundo Horktsren autenticos ¢ verdadeiros do que a de ser pence 2 Ge Je nao tiverem eaquecide © que isto eignitic se “Qpigened” sustentave a veaa de, que 0) poder Ge.Deua era. $20, carte Sg, depois de celvar os justos, Ele salveris tanhén oe srneeedes oncaminhando todos pare @ Heino dos Céue.” Int Feetek Leandro. Walter Benjamin - O Harxismo da Helancolia (opus cit). BP. 89. 20 “ primeire indieto de evolucso que vat culminar ne morte de ro ememeit2 “2"Suraineato do. romance no inicio do| pericde paren ive (oS Sle ests. eseencialnente vinculedo ao Livro; moderne, worrador retira da experiencia © que ele conta: sus (coptig taperiencia ou a relatada pelo outros.” (Texto: 0 Rreetdor. Gonsideracées sobre a obra de Nikolai Leskov). Int BENJANI, W. Obras eacolhidas - Mogia e Técnica, Arte @ Politica, Sao Paulo + Braciliense, 1985. p. 201. a ______ | HUVISTA DE GHOGHATIA, Weckfe WAUG/DOG/URPE, jul./dez. 1991. ie een @ Navrador “pode recorrer ao acerve de toda wea vida (uma vide gue no “inclu apenas a propria experiencia, mas, em "grands Parte a experiéncia alheia. Q ‘Narrador assimila &' sua Bubsténcla mais intima squilo’ que sabe por ouvir dizer}. Soe Gom @ Poder contar sua vida; ova diynidade @ conté-le inteize, GO Narrador @ © honem que poderia deixar a luz ténue devsea harracdo consunir completamente a mocha de vid ana (erste MANOS, O1géria. Opue oft. p. $7. Tbiden. Tn: HORKHEIMER, Max - “Gedanke Zur Religion” (1936) Keitieche Theorie, Frankfurt, Fischer, Bend I. p. 375- Citado In; MATOS, Olgdria (opus cit): p. 22 (Notas). ‘ Ao je referir: “O materialieno nistorico deve ficar atento a geea trenetormacao, mals imperceptivel de todas” esta tea renete a un viée contido na tese Til, ““.., narra’ oe agontecimentos, sem distinguir entre os grandes e os ny HORKHBIMBR, Max — "Materialiemus und (Metaphyelk", in Zeitschrizt. py. 16, 1993, Jahrgang, Zz. Citado, Tn: MATOS" Olgéria. Oe Arcancs do 'inteinanente Uutro. 380 Paulo Brasilicnse, 1969 Ente expressio havie sido transcrita no artigo sobre Fuche: Die Wahrheit Wird une nicht davon laufen, ‘em meio a consideracées acerca do pensanento” de Engels ecbre materialigno histérico e 0 historiciano, no qual entre outros aepectos € mencionado que 0 princiro’ deveria abandonar os. glonentos épicos da histérla. In: BENJAMIN, W. = GS — Bend Ii, 2, Frankfurt an Main, Suhrkamp, 1UM0. 1. 4U/-400. MATOS, Olgéria. Opue eit. p. 57 MATOS, Oladeia. Opus cit. p. 57 Tbiden. BENJAMIN, Walter - “A Imagem de Proust”. In: Obras escolhida: Opus cit. >. 39. Reforcando na prética, sua reconendayi) tedrica ao historiador de abetracto temporal para reecuacitar una epoca, Puotel ce Coulanges na introdueso de seu Livro: A Cidade antiga = Batudo sobre 0 culte, © direito © instituigies da Grecia e de Roma ‘STA DE GHOGHAVIn, Recife : WAEG/O0. 77K, Jul-7dex~ 19917 (7. ed. Lioboa : Classica, 1980) - ao tratar da histéria das duse civilizacses se manifesta assim: “Para coneceroe nn verdade sobre estes povos antigoa, cord prudente ‘sstadacloe fem a preocupacio de noses yonte, e coma ne oo ancigos ase gstivessem completamente eatranhse; con’ ‘sauele mene desinteresse e 0 egpirito tda livre coms se cotudsseenee india Antiga, owa Arabia". “po 6 7 Bnpatia, que tem sua oriviom na acedia, com todo o risso do sou efeito paraligador. 2 Farece orertuno destacar a tmporténeia do trecho transcrito ‘acima da Teco Vii, neatn publicacgo, da opera dos Tree Vinténs de Brecht (Dreigroschenopar), "reineddinde a recordacée dos Yencidos, como concolo quando ndo hé mais eoperangas’. ioe BEUIAMIN, W. — GS ~ ‘Band, I, "3 (opus eit). p. i840" vids também, "o carater dialético “de Brecht, “neaae Grece- BRECHT, Bertolt. ‘Teatro dialética - Ensaio. “Ric de danoire Civilizecto Brasileira, 1967- 2° In KONDER, L. Walter Benjamin. Opus eit. p. 91. se ("Der historische Materialiet (...) hat die Geschichte gegen den ‘Strich su Bureten.” Druckvorlage: Benjamin = Archiv ine BENJAMIN, W. (opus cit}, p. 1241. a7 Semundo Nietzsche, em “GAIA GIBNCIA"- Trad. Abril, “o gonhecimento tal como a religio, nfo ten origem,’ fot inventado.” Pp.” 208. “Nesse “sentido, 0 conhecimente "alo 6 natural, néo é inetintivo, é ‘contra-insbintivo, nao exietinds enhuma 'afinidade prévia entre conhecimento 6 a experiéncia: a jus dos seus postuladce: 1) ruptura enero 0 oujelte © as Goicaa: “e 14) rupture. ontre o conhecimento eas coleasy Nictzche ‘sc referencia ao entendimento de Spinoes que emurcia gue ‘para conhever ac coisas preciso nos absteraos de cin delas, detenta-las © deplord-las, afirmando que esses ti ates ‘uma maneira de ee colocar a distancia, de defenderno-nos e Por tin deatruiclos. Nietzsche defende asain, que; sures de conhecimento, existe una idéia néo do ae aproxinar’ dele, mas gim de destrui-lo! Nao existe paixio de aproximagée, ate Porgue entre o sujeits, ao colaua ¢ 0 conheciments exiove une guerra latente, “portanto ‘nic hs no” conhecinente nenbuma Possibilidade de “adequacdo entre oO intolesco ea cole (ebservacéo produto de ‘snotagsea em somindrio 0 Mito co Muninisno, ‘em aula da” Profa. Olgéria = UsbyerLen “20° comaetre/0) 2° KONDER, L. Walter enjamin. Opus cit. p. 29. se (Na imagem dialética de Walter Benjamin se observa além do esforco de recuperar « fundamentacHo da imagem ho ‘sentido REVISTA DE GHOGHAFIA, Recife + NANG/DOG/URPR, gul-/aoas 1001~ — hegeligno-marxista, um esforgo de sua construe & luz de * RGAE. Gabe menedo ao fata de Kent ter sido o primeiro a usar o Goncesto de ANTINOWIA (na critica do Justo). De acordo com @ | GilesoFia”*Kantiniana ‘a “imagen é a” reapresentagso da Fepresentagéo na aueéncia do mundo 4° quadro de Paul Klee adguirido em Herlim, 1921. 41° “A Catastrofe 6 © Progreseo, o Progresso & a Catéstrofe. A catastrofe 6 a continuidade hievorica, A tarefa do historiador @ romper o ‘continuo da hietéria.” Drickvorlage: Benjamin Archiv in: BENJAMIN, W. (GS) Bend I, 3~ (opus elt) p. L244. Necta interpretacko que oe aproxina de Kafka, aparec: Konder, L. (opus cit). p. 68. Com bastante clareza: elcsnearmos ce obJetivoe a que noo propomos, preciasnios ter, Quanto” a eles, uma claress” que 26 pede! ser eo Fecuperarmos 0 que deixanos atrée de née, noo lugares de onde vienos. Por “iseo, tanto Benjamin. come ‘Kafka, ec. sentian } infatigavelmente dispostos a perecruter se verdadee antigas.” 4° MATOS, Olgéria (opus cit) nota 127 dap. 113, “4 Ibiden. “© WATOS, Olgéria. Os Arcanos do Inteiramente Outro. p. 71. ES ae thtaen. | 47 Um tormos frankfurtianos @ forca do markiono ¢ eua fraqueza a0 definir o proleteriads como agente da desalienacéo social, 4 privilegia 0 aspecto econdmico na producdo © na reprodugao da Vida social, 0 trabalho 4 a um 96 tempo alienado © condigéo de S)— possibilidade de desalienagéo In: MATOS, Olgaria. 4° "A eocial democracta poseui, ainda, para Benjamin, una concepelo de historia enquento movimento Linear © honegént de tal forma que se conavistas econduicas imediatas da classe operdria Levan-na ‘a rouper com a ideia de revolugso e da ac8o histerica, culminandoceja” no reformiemo™, sea "no Teformisno’ politico.” MATOS, Olgaria In: Primera Filosofia ~"Yopices de Filosofia Geral. S40 Paulo : Braekliense, 1990. P. 90. 49 MALOS, Olgéria. Os Arcana do Inteiramente Outro. Opus cit. P. 43. {0 KONDER, Leandro. Walter BenJemin - 0 Marston da Melancolia. P68 1 HONDER, L. Opus eit. p. 90. WAVISTA DE GHOGRAFTA, Recife ; NARG/DOG/UFPE, jul./dez. 1901, ©2 biden. © Umag das quectOes que Horkhoimer diacute em Marx ¢ quando ele fe. Engels dofendon que o proseceo emancipatorio Feaide ne proletariado. ©4 Horkheimer arguments om aontide contraric, defendends ¢ epontando as seguintes diticuldades em Marx: so. proletariedo nfo € 8 garantia de uma consciénoia ‘Justa/verdadeira; <8 contraditerio dizer que o proletariado ¢ a0 meso tenpo/objeto. do proceaso de tranaformacdo una ‘vez que ele também & prético no processo: -oueeja, hd Une reouga implicita da _sacralizaoto, Superestimagio, veneracso e idolatrin ao proletarieds. In: MATOS, Olgéele- Oz Arcanos do Intelramente Outro. Opus cat. p. 12. © Segundo citagdo em Kondor, Leandro (opus cit) p. 96 - “o tempo perdido de Benjamin nao'é o passado, mas o futuro”. Nesse Sentido ‘a proposta de ‘ecalvar geractes futuras passeria Recessariamente polo recgate do pasando. 68 “A teoria critica recuen a euperestinacéo do papel e da convicienola do proletariada, embora reconhega 9 proletariade bona objeto e alisdo da prexic transformadora”. Newse sentido, oritica a posieao do intelectual que ae “limita a proclanar en Goa atitude, de venceagdo religioea a oristividads do Proletariado © ee eatictaz em adapter-ce a ela © glorificé-lo. Tal atitude ten como cleito tomar cosas maseas mals cegas © mais fracas do que Ja 0 vio pela forca das cole Horkheimer. Citado In: MATOS, Olgiria. 0s Arcanos Inteiranente Outro. Opua cit. p. 12. 67 “0 proletariade nfo resulta ser, como na tradicio marxista, clages” revolucionaria em si, mas” apenas 26 torn Tevolucionéria co. arriccar ‘a interrupéo hietarica, a Gonflagragde que prepara o tempo messiénico.”. Mesaiénico ¢ por definigo, aguilo que ainda ndo ¢, supenso no espaco.” In! MATOS, Olgdria. p- 68-59. se MATOS, Olgéria. Opus cit. p. 15. £2 Para og frankfurtianos: Ca historia néo garante a identidade da razio ¢ da realidade: fa hietoria ee desenvolve nos eapacos entre: eujeito © objeto, homen e naturese, cuja nso identidade garante a8 Tranetornacdee hisvoricas: ‘EVISTA DE GHOGRAFIA, Recife + WAEG/DOG/UFPE, Jul-7dez. 1901. Quanto so Jebztzeit coincide com a verdadeira atualidade, Dassado enauanto ponto critico que decide sobre o presente’ 5 eeaiecimento ative (nietzachians) coincide com a capacidade de reabrir'o Passado que a. Ciencia da Historia” (o bordel do historicismo) pretendia fechado © acabado. A Historia néo ¢ sonente una Ciénoia, mas tenbén una forma de memoria. Q aie @ fazar In: MATOS, Olgaria Gpus ot, Nota 69 dap. 101 Vide comentarios bs Tessa VI, VII = IX. “Westes dias ag coisas relembradas oubitanente ee tornan atusis, retornam a existencia noe momentos de recordacko™. Int MATOS, Olgaria.” Opus cit. p. 32. In: MATOS, Olgéria. Ibiden. In: HATOS, Olgéria. Opus cit. p. 61. Gitagso de Karl Marx - Le 18 Brumaire de Louis Bonaparte, Paris: Sociales, 1976, p. 15. Citado in: #hT0S, Oigéria. opus cit. Pp. 35 In: MATOS, Olgdria. Opus cit. Pp. 40. biden. Nes correspondéncine a Gretel Adorno e@ Horkheimer, 36 mencionadas antericrnenta, na introducio- Vido referéncias anteriores com relacSo ée Teves XV © XVI. Bn lugar de propor una represertacko homogénea ow continua da histéria, © materialiono histerico exigia uma “atualizagdo do passado'. A Concepedo materialisca da historia leva o pascado a colocar o presente numa situacéo critica. So assim 0 Peneamento poderia cccupar 4 tirania de un movimento que Bromove a “eterna repeticéo do mesmo’ que consagra o sempre igual.” In: KONDER, 0. Opus cit. p. 92. Benjamin recorre & nop#o de ménada gob doie aspectos. Nun deles, Leibniziano, a nénada é espelho do mundo e expresséo de Fda salto histerico e do choque Pevolucsonéeso. Beta” abivalancia conceitual conduz ae Aeeiocamente da nogho de dialética - cata nao é mais a da ideia e do conceito, mss a imagem dialética’. Deslocenento este gue ee devo a2’ papel ‘central da aiegoria no. pensanento benjaminiano ©, portanto, 6 critica da concepcdo de historia VISTA DR GwiwAFTA, Ree! | WARG/DO DR, jul. /dez 1991. 10s governada por lele objetivas.” In: MATOS, Olgéria. Os Arcancs Go Inteiramente Outro. \pue cit. p. 61. Beta “paralizactlo do tempo’ ¢ uma maneira de freer 0 processo de envelhecimento (tonto ‘individual quanto coletivo) — envelhecimenta que € impogeibilidade do experinoia, aguele Gus eugenteticanente chamanoa de cronologia cu Progresso.” In: MATOS, Olgaria. p. 4 A Wietéria para Walter Benjamin nfo se funda na observacho © na indigo, mae no’ inatante mégico do una “imagen dialética”» Una mendria de elbite redene&s quo energe completa no instante So. perigo. Ieto quer dizer que a propria (Erfehrung) experiencia deve ger elterada: “Erfanrung: repeti¢ue do Mama, significa que hé une dielética entre eles, de tai form que vivenos entre a imposoibilidade de repetir’o pasado © 8 compulego 4 repeticge.” Na Efshrung ha ‘ropeticds. mac om ‘um sentido sepociai: do que mals Profundamente’ se eoguece. B ices gue Fetorna como Memiria Anvolutaria BENJAMIN, W. (GS) Bond X, T1T. p. 1298. “Heasianice ¢, por definicso, aquilo que ainda mio é, suepenso na espera. # inagdo: mecaianico s oujeito néo ae reféren a u meta (Ziel), mas a un fin (Ende), Trata-se de um devir sem meta fini, 6 sais ume conetante incompistitude, um colher 0 Etine que eetava contids no imposnsvel-” In: MATOS, Olgéria Opus cit. Pp. 6B. © 0 detztzeit néo comporta interrogacdo aobre o futuro, role = geu Peapeito nada pode cer dite ~ preve-lo seria rivalizer com Deus’ In: MATOS, Olgéria. Opus cit. p. 88. Conforme j4 foi citado om colocactes anteriores. ‘A ‘Agoridade’ 6 anénina, no pode ser identificada com una venguarda, um lider, um partido: @ sujeito em ei, privado de autor.” In: MATOS, Olgdria. Opus cit. p. 68. Im: (G5) Band 1, 3. In: (G8). Tbiden. "0 abeoluto proporeionado pela teologia seria, | afinal, compativel com una dialetica materialiste? Uma dielética que Se diapde a ger inteiramante conseatente, que no se detén diante de coisa alguna, o, justomente para no ee diesolver no relativisno, recorre ao absolute propiciado pela teologia, en dlice, néo cataria se inviabilizendo?” In: KONDER, L. ‘EVIGFA DE GHOGHAFTA, Recife > WANG/DOG/UFPE, jul./dez. 1001. toa Walter Benjamin ~ 0 Hersiemo da Melancelis, opus eit). peter. ‘Adorno desejaria atrat-lo para o cultive do pcneanento critico” ave o levaria & “dialética negativa’. Brecht gostaria de vé-1o ‘mergulhado “no comuniens. 'K Scholem nao perdia ae eeperancas de. ve-1o dedicar-ee A teologia judaice, radicada em Jerusalém (onde o proprio Scholem passou a viver, desde 1523). Benjemin, no entanto, cuidava de preservar gua liberdade interior’ pare pesquisar en todan’ ep direcseo que Ihe parecessen interessante. B a impaciéncia doo amigos, une em Felaco aos outros, confirmave-lhe a conviesiio de que nso conseguiria ser. plenanente correapondide o integralmente aceite por qualquer dae pessoag de quem mais gostova. cabendo- The, ent&o assunir eua eolidio.” KONUER, L- Cue cit. p. 21- Figure de uma saga de Alan Poe. “Hoea alionca esteria ilustrada pela primeira dao “teses", na qual Benjamin (...) contava a historia de un boneco turco’ que Jogeva xadrez eee revelava capaz de ganhar todoe oe pertidse. Por tras do boneco se achava um angozinho (...) Benjamin, entac, comparouo. ‘materialiemo histérico” no” boneco @ a. feologin a0 anfo. Para vencer, para encaminhar 9 revoluco — redenco. O materialisno histérico precisa haurir ao forges gue estao na teologia. In: KONDER, L. Opus cit. p. 94 ‘A. “Libido’ Libertéria néo deriva de nenhuna constatacto chentifica, "A vontade de realizar a revolucio, transformer mundo, redimir a humanidade, bebe a ua dgua_ om fontes diversas. 0 materialista historico, nas condicbee atuais, deve faber eproveiter “o conteddo de” verdade” existents nae consciéncia religioss: ele precisa aprender a por a seu servico valores tradicionalmente encontravele na teologia. In: KONDER, 4%. Opus cit. p- 94. “wun estudo clésoico intitulade “luto © melancolia”, Freud chanou a atencao para a forea de uma relacso mal reeolviaa do melanc6lico com 0’ passado; incapaz dese libertar do paceads, ‘2 melancélico 6 levade a ee sentir culpado pelo que acenveceu. Heoa cituacdo patologica encerra, entrevanta, vim. nucle Reneroso, no caso de Benjamin: cles melancélics, aofre © se fente culpads, impotente, om funcho de una apaixonada Adentiticacdo com a humanidade e com a luta dos homens para jataren as energias libertérias soterradaa no. passade Geles.” In: HONDER, L. Opus eit. p. 105- VISTA DE GHOGHAFTA, Rocio REFERANCTAS BIBLIOGRAFICAS 1 ADORNO, T+ HORKHELHKE, M. — Conceito do Tlusinteno. | Ins MONO od penodoren. Rio de Jeneiro : Abril Cultural, rors. 2 BENJAMIN, W. Geeaumelte Schriften ~ Band I, 9. Frankfurt am Main Subrkamp, 1960. 3 BENJAMIN, W. Geoammelte Schriften - Band IT, 2. Frankfurt om Main Subrkemp, 1980. 4 BENJAMIN, W. Obras Kocolliidas, So Paule, : Brasiliense, WAP rr 1985. (irad. 8. Sergio Rouanct) 5 BREGHT, B.A. Opera Doa Tréa Vinténe. “Teatro Dialético. MECoa. Rio de Janeiro: Civilizacéo Brasileira, 1967. 6 COULANGHS, Fustel de. A Cidade Antiga. Eetudo eobre 0 Cultoy VAN eeito e Instituicées da Grécia © de Roma, — tebon Eigssica, 1950, 7 WORKMBIMER, M. Teoria Tradicional B Teoria Critica — Big de Bnciro : Abril, Cultural, agosto, 1875. (Coler’o 08 Pensadcres). 9 KANT, I, Textos Seletos, Petrépolis : Vozes, 1989. fo KANT, I. Idéda de uma Histéria Universal de um Ponto de Vista Coamopolita. Sho Paulo : Breeiliense. 1986. 1o WONDER, L, Walter Benjamin - 0 Marxismo da Melencolie, Rio de Janeiro’: Campus, 1988. Ai Matos, 0. 0s Arcanos Do Inteiramente Ouéro. Sée Paulo Breeiliense, 1989: 42 OLIVEIRA, A et al. Primcira Filosofia: Topicos De Filonofite Geral. Séo Paulo : Braeilience, 1990. eS lies teas EVISTA DE GHOGRAFIA, Recife + NANG/DOG/UFPS, Jul./dez. 1991. re seteomreec cece

You might also like