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OS GENERAIS DE DEUS com esses amigos sobre 0 assunto, eles lhe disseram: “Obedega as suas proprias conviccées.”"* Quando Smith assistiu as reunides em Sunderland, dirigidas por Vicar Alexan- der Boddy, ele ficou muito desapontado; afinal de contas, parecia que havia muito mais mover de Deus em Bradford do que ali. Os cultos naquele lugar pareciam se- cos e sem as manifestagGes do poder de Deus. Por causa de sua frustraco, ele fica- va o tempo todo interrompendo as reunides, dizendo: “Eu vim de Bradford porque quero esta experiéncia de falar em linguas da mesma maneira que houve no dia de Pentecoste. Entretanto, nao compreendo por que as nossas reuniées de 1a pare- cem cheias de fogo, e as de vocés, nao.” Em seu desespero, Smith interrompeu as reunides tantas vezes que foi convida- doa se retirar do local. UM BANHO DE PODER E GLORIA Buscando a Deus de todo 0 seu coragao, com 0 propésito de ter a experiéncia com o “batismo com o Espirito Santo”, Smith foi até o prédio do Exército de Salvagao para orar. Ali, por trés vezes ele foi jogado ao chao pelo poder de Deus. Os salvacio- nistas o advertiram contra esta questao de falar em linguas, mas Smith estava de- terminado a conhecer a Deus nessa area. Durante quatro dias ele buscou ao Senhor, esperando poder falar em linguas; contudo, nada aconteceu. Finalmente, j4 com 0 espirito desanimado, sentiu que era hora de voltar para casa, em Bradford. Entretan- to, antes de partir, ele foi até a casa pastoral para despedir-se da esposa do pastor, a Sra. Boddy. Ele disse a ela que precisava voltar para casa e que, infelizmente, nao ha- via falado em linguas. Entio ela Ihe disse: “Nao é das linguas que vocé precisa; mas, sim, do batismo.”’ Ao ouvir isso, Smith pediu que ela impusesse as mos sobre ele, antes que partisse. Ela fez uma oracao simples, mas poderosa e, em seguida, saiu da sala. E foi ai que 0 fogo caiu! Banhado pelo poder e pela gléria do Senhor, Smith teve uma visao da cruz de Cristo, vazia, e Jesus exaltado a direita do Pai. Cheio de lou- vor e adoracao, Smith abriu a sua boca e comecou a falar em linguas. Ele finalmente compreendeu que, embora ja tivesse recebido a ungao, agora recebia o batismo com 0 Espirito Santo, como foi no dia de Pentecoste. Assim, em vez de voltar para casa, Smith foi direto para a igreja onde o Rev. Boddy estava realizando um culto e, interrompendo-o, pediu a palavra por alguns minutos. Quando ele terminou 0 seu “sermao”, cingiienta pessoas haviam sido gloriosamente batizadas com 0 Espirito Santo e estavam falando em linguas! O jomal local, chamado Sunderland Daily Echo (O eco diario de Sunderland), deu destaque sobre a reuniao, for- necendo detalhada mengao a experiéncia de Smith, incluindo o falar em linguas e as curas. Ele telegrafou para casa contando a sua familia a grande novidade. RISADA SANTA Ao voltar para a cidade de Bradford, Smith sabia que teria de enfrentar alguns desafios a respeito daquela sua nova alegria; ¢ cle tinha razo. Assim que ele entrou 176 SMITH WIGGLESWORTH - “O APOSTOLO DA FE” em sua casa, Polly disse com toda a firmeza: “Quero que vocé saiba que eu jé sou batizada no Espirito Santo tanto quanto vocé, e nao falo em linguas... Domingo voce vai pregar sozinho, e quero sé ver 0 resultado de tudo isso.”” Ela manteve a sua palavra e, quando chegou o domingo, foi para a igreja e sen- tou-se no ultimo banco de tras. Quando Smith subiu ao pulpito, o Senhor Ihe deu uma mensagem em Isafas 61.1-3. Ele pregou com grande poder e confianga. Duran- te todo 0 culto, Polly ficou se remexendo no banco, repetindo para si mesma: Aquele niio € 0 meu Smith, Senhor. Aquele nao é 0 meu Smith!” Apés 0 término da mensagem, um trabalhador ficou de pé e disse que deseja- va ter a mesma experiéncia que Smith tinha. Quando ele foi sentar-se, nao calculou bem onde estava a cadeira e acabou indo parar no chao! O filho mais velho de Smith também ficou de pé e repetiu as mesmas palavras que o homem havia dito. Ao ten- tar sentar-se, igualmente nao viu direito onde estava a cadeira e também caiu! Em um curto espago de tempo, onze pessoas estavam no chia, rindo sob 0 poder do Es- pirito. Entao, toda a congregacao foi dominada por uma risada santa, no momento em que Deus derramava 0 Seu Espirito sobre os presentes. E esse foi o comego do grande derramamento espiritual ocorrido na cidade de Bradford, quando centenas de pessoas receberam 0 batismo no Espirito Santo e o dom de linguas. Pouco depois que Polly recebeu 0 batismo com o Espirito Santo, o casal viajou por todo o pais, atendendo a convites para pregar. E onde eles chegavam, parecia que uma grande conviceaio de pecados caia sobre 0 povo. Certa ocasidio, quando Smith entrou em um supermercado para fazer compras, trés pessoas cairam de joelhos, em sinal de arrependimento. Uma outra vez, enquanto duas senhoras estavam trabalhando no campo, Smith passou por elas e gritou-lhes: “Vocés ja estao salvas?” E no mesmo ins- tante, elas colocaram suas vasilhas no chao, e comegaram a clamar a Deus.” O PACTO FINANCEIRO COM DEUS Nos dias que se seguiram, Smith desenvolveu 0 habito de orar e jejuar. Logo, pes- soas de todas as partes do pais comecaram a enviar cartas para ele, pedindo-lhe que fosse até onde moravam, e orasse por aqueles que estavam doentes ali; Smith aten- dia a todos os pedidos que podia. As vezes, apos uma viagem de trem até alguma ci- dade, ele ainda tinha de pegar uma bicicleta e viajar mais uns vinte quilémetros para chegar até onde se encontrava um dos aflitos que precisavam de suas oragées. E por causa dessa incrivel demanda em seu ministério, Smith logo viu seu tra- balho de encanador entrar em declinio. Afinal, ele tinha de sair de sua cidade tantas vezes, para ir orar por alguém, que seus clientes acabavam tendo de chamar um ou- tro profissional para fazer o servico. Cada vez que ele retornava a sua cidade, havia menos servico para ele fazer. Certa vez, quando ele retornou de uma conferéncia, viu que a maioria de seus clientes havia procurado outro profissional para fazer o servico de que estavam pre- cisando. Entretanto, houve uma vitiva que nao conseguiu ninguém para ajuda-la; por isso, quando ele chegou, dirigiu-se imediatamente para a casa dela, fez os con- sertos necessarios e também consertou 0 telhado que estava danificado. Quando ela 17 OS GENERAIS DE DEUS Ihe perguntou quanto era 0 prego do seu trabalho, Smith respondeu: “A senhora nao me deve nada. Isso vai ser a minha oferta ao Senhor, pelo meu ultimo traba- tho como encanador.”” Depois dessa declaracao, ele quitou suas dividas, fechou seu negécio e comecou um ministério de tempo integral. Ele acreditava que, apesar das historias de pobre- za que havia ouvido, Deus supriria abundantemente as suas necessidades; bastava apenas servir ao Senhor fielmente. Assim, confiante em sua parceria com Deus, Smi- th estipulou uma condigao: “A sola dos meus sapatos nunca serao um motivo de vergonha, e eu nun- ca terei de usar calcas rasgadas nos joelhos. Se uma dessas coisas acontece- rem comigo, avisei ao Senhor que voltarei a trabalhar como encanador.””' Deus nunca deixou de suprir todas as necessidades de Smith, e ele nunca mais voltou a trabalhar como encanador. “DEIXE-A IR” Uma das maiores tristezas da vida de Wigglesworth estava prestes a acontecer. Certo dia, enquanto estava na estacao de trem, esperando o momento de viajar para a Escdcia, Smith recebeu uma noticia devastadora: Polly havia tido um ataque do co racao enquanto voltava da Missao da Rua Bowland. Embora tivesse voltado 0 mais rapido que péde para o lado de sua esposa, quan= do Smith chegou, viu que o espirito de sua companheira ja havia partido para es tar com o Senhor. Sem aceitar esse fato, ele imediatamente repreendeu a morte e, no mesmo instante, a vida retornou ao corpo de Polly; porém, por apenas alguns mo- mentos. O Senhor Ihe disse: “Chegou a hora de levé-la para casa, para estar comix go.” Entao, com 0 cora¢ao arrasado, Smith liberou sua companheira, aquela a quem ele havia amado por tantos anos, para que fosse com o Senhor. Polly Wigglesworti serviu a Deus até 0 seu tiltimo dia de vida, que foi 1 de janeiro de 1913.2 Dizem que) apés a sua morte, Smith pediu a Deus que lhe concedesse porcéio dobrada do Espir= to Santo.” E daquele momento em diante, seu ministério tornou-se ainda mais cheiay de poder. - EIS O SEGREDt Imediatamente depois desses acontecimentos, Smith comecou a ministrar em todo o pais, viajando na companhia de sua filha e do genro. Naquela época, era mu to incomum a imprensa secular britanica noticiar alguma coisa a respeito do meiay religioso; entretanto, o Daily Mirror (espelho didrio) dedicou a sua primeira pagina’ para estampar quatro fotos retratando Wigglesworth em seu ministério dinamico™ E pelo fato de que esse jornal era o que possuia a maior circulacao naqueles dias, centenas de pessoas comecaram a procurar 0 ministério de Smith. Ele tinha uma im crivel capacidade de revelacao nos assuntos relacionados a fé, e seus ensinamentos 178 SMITH WIGGLESWORTH - “O APOSTOLO Da FE” nessa area atraiam multiddes. Wigglesworth nao se contentava em ter apenas uma esperanga de que a oracao pudesse funcionar; a revelagiio que recebera sobre fé era pratica, concreta, capaz de amolecer 0 coracao mais endurecido pelo pecado, para a realidade do amor de Jesus Cristo. Smith tinha uma teoria muito simples a respeito de fé: simplesmente crer. Ele nao aceitava a idéia de que Deus tinha filhos favoritos, e um dos seus primeiros exem- plos desse prinefpio veio do Novo Testamento, onde Joao é mencionado como sendo “aquele a quem ele [Jesus] amava”. Segundo Wigglesworth, 0 fato de o discipulo ter “reclinado a sua cabeca sobre 0 peito de Jesus”, nao fazia dele um favorito (Jo 13.25). O que chamava a atencao para a pessoa de Joao era 0 seu relacionamento com Cristo ea sua dependéncia dele. Smith sempre dizia: “Existe algo muito especial em crer em Deus; isso faz com que Ele pas- se pelo meio de um milhao de pessoas simplesmente para chegar até vocé, e ungir sua vida.”= Muitos livros ja foram escritos na tentativa de desvendar o segredo da uncao de Wigglesworth. Contudo, a resposta é muito simples: sua grande fé veio por meio de seu relacionamento com Jesus Cristo. Era desse relacionamento que Smith conse- guia a resposta para cada situacdo que ele tinha de enfrentar. Deus nao tem favoritos —Ele simplesmente opera por intermédio daqueles que créem 1 Ele. “EU NUNCA ESTOU ATRASADO” Os métodos usados por Smith estavam freqiientemente sendo criticados ou mal compreendidos. Entretanto, ele nunca se deixava abalar por essas criticas e sempre tinha compaixao por aqueles que lhe criticavam. Em vez de revidar, Smith sempre respondia: “Nao sou impulsionado por aquilo que ouco ou vejo; mas, sim, pelo que creio.”” Nessa ocasiao, 0 Espirito Santo comegou a ensinar a Smith os varios passos na caminhada da fé, E a primeira licdo que ele aprendeu foi que a fé pode ser criada nas outras pessoas. Um exemplo desse conceito aconteceu com um garoto que estava seriamente en- fermo. A familia mandou um recado para Smith, pedindo que ele viesse vé-lo; en- tretanto, ao chegar, a mae do menino foi encontra-lo a porta, dizendo: “Infelizmente vocé chegou muito tarde. Nao existe mais nada que se possa fazer por ele.” Ao que Smith respondeu: “Deus nunca me envia a algum lugar ‘muito tarde’.”” As condi- ses do rapaz eram tao ruins que se eles simplesmente 0 movessem de onde ele se encontrava, seu coragao poderia parar e ele certamente morreria. A familia nao teve f para crer, e 0 jovem estava muito doente para crer por si mesmo. Antes de Smi- th ter a oportunidade de orar pelo garoto, teve de sair para oficializar um noivado em uma igreja naquela regiao. Entretanto, antes de deixar a casa, disse a familia que voltaria e que era para eles prepararem uma roupa para o filho vestir, pois o Senhor iria levanta-lo daquela cama. Porém, quando Smith voltou, a familia nao havia feito 179 OS GENERAIS DE DEUS regando a Palavra Ministrando no Espirito SMITH WIGGLESWORTH - “O APOSTOLO DA FE” Garrafinha de deo de uncio usada por Wigglesworth 181 OS GENERAIS DE DEUS 0 que ele pedira; quando viram a sua grande fé, ficaram envergonhados e imediate- mente arrumaram as roupas para 0 garoto. Entao Smith disse-lIhes para colocarem apenas um par de meias nele. Em seguida, fechou a porta do quarto e disse ao g=- roto sem vida que algo diferente de tudo o que ele ja havia experimentado, estava para acontecer. “Quando eu colocar as minhas maos sobre vocé, a gloria do Senhor vai encher este lugar de tal maneira que eu nao vou conseguir ficar de pé. Prova- velmente eu vou cair prostrado aqui no chao.” E no exato momento em que Smi- th tocou o corpo do garoto, o poder de Deus encheu o quarto de maneira tao forte que Wigglesworth simplesmente caiu. E, de repente, o garoto comego a gritar: “Isto € para a Sua gloria, Senhor!” Smith ainda estava no chao quando 0 jovem se levan- tou da cama e vestiu-se. Em seguida, abriu a porta, e gritou: “Pai, Deus me curou! Eu estou curado!”* A gloria do Senhor estava sobre aquela casa de uma maneira to intensa que os pais do garoto também cairam prostrados. A irma dele, que havia saido pouco tem- po atras de um manicdmio, teve a sua mente instantaneamente restaurada, ea vila inteira onde eles moravam foi visitada pelo mover de Deus. Como resultado, um grande avivamento veio sobre toda aquela cidade. Naquele dia miraculoso, Smith aprendeu como transferir a fé por intermédio da imposicao de maos. Seu ministério nunca mais seria o mesmo, pois ele havia conhe- cido um novo degrau na escalada da f&: a fé podia ser criada e transferida para uma ou- tra pessoa! “CORRE, MULHER... CORRE!” A medida que Smith foi crescendo em sua caminhada de fé, 0 Senhor Ihe mos- trou outro principio: a fé deve ser colocada em agio. Até entdo, uma boa parte dos crentes parecia crer que Deus agia somente de ma- neira soberana, e que eles nao tinham parte nisso; porém, 0 ministério de Smith Wi- gglesworth trouxe uma nova luz a essa drea escura da vida deles. Através do seu profundo relacionamento com Deus, ele comecou a perceber na Biblia que as pesso- as que recebiam alguma béngao do Senhor haviam agido em fé na Palavra para ob- ter os resultados. Por isso, o seu ministério comegou a adotar essa operacdo de fé em todos os cultos. No inicio de seus apelos, Smith costumava dizer: “Se vocé der ape- nas um passo, vocé sera abencoado; se andar cem metros, alcangara mais. Agora, se vocé vier até aqui na plataforma, nds vamos orar por vocé, e Deus vai suprir as suas necessidades com a Sua provisao.”” Essa era a verdade central por tras de seu ministério de cura, com relagSo a fé. Muitas pessoas, porém, diziam que era uma verdade “insensivel”. A maneira de Smith Wigglesworth agir era 0 resultado de uma grande compaixao pelos necessi- tados e de uma inabalavel fé em Deus. Um cristao deve agir de acordo com 0 aquilo que cré, para receber a manifestac&o do Senhor; por isso, as vezes Smith tinha de ini- ciar a acao de fé em alguns. Ele costumava chamar esse tipo de ministério de “cura a varejo”, pois a sua fé contribuia grandemente para a tomada de decisdo de cada um daqueles irmaos. 182 SMITH WIGGLESWORTH - “O APOSTOLO DA FE” Um exemplo disso aconteceu durante uma reuniao no Arizona, quando uma jovem senhora atendeu ao seu apelo de cura divina. Ela estava muito doente, com tuberculose e, enquanto ela comecou a andar pelo corredor em sua direcio, ele lhe disse: “Agora eu vou orar por vocé e, depois, vocé vai correr em volta desse lugar.” Ele orou, e entao gritou: “Corre mulher... corre!” ao que ela respondeu: “Correr como, se eu mal posso ficar de pé.” “Nao me contradiga”, gritou Smith, “faca o que eu mando!” Ela continuou relutante e, por isso, Smith pulou do pulpito, agarrou-a pela mao, e comecou a correr com ela. A senhora se agarrou a ele até que alcancaram velocidade. Em seguida, correu sozinha em volta do salao, sem o menor esforgo." Havia naquela mesma reuniao uma outra senhora, que tinha as pernas travadas por causa de muitas dores no nervo ciatico. Smith disse a ela: “Corre!” Ela também estava tao relutante que Smith teve de puxé-la, literalmente! Entao ele correu em volta do salao com ela agarrada a ele e, finalmente, o poder de Deus veio ao encon- tro daquela atitude de fé e ela foi completamente curada. Ela veio a pé para o res- tante das reunides, e se recusou a pegar 0 bonde, tao feliz estava de ter recuperado completo uso de suas pernas. “ALGO ESTA PASSANDO POR TODO O MEU CORPO!” As vezes em seu ministério Smith usava uma outra abordagem para agir em f6. Ele lia uma passagem das Escrituras e, em seguida, agia conforme sentisse em seu coragio. Freqiientemente ele também promovia suntuosos banquetes para os men- digos e os deficientes fisicos, e os membros da Missao da Rua Bowland serviam far- ta comida. Durante os banquetes, ele providenciava para que alguns dessem os seus testemunhos de cura divina, como uma maneira de entreter os seus convidados e, assim, levava aqueles necessitados as lagrimas. Durante o primeiro banquete, Smith ja estabeleceu um precedente para os outros gue ele planejava. Ao final daquela primeira grande refeicao, ele anunciou: “Nesta noite nds oferecemos diversao a cada um de vocés aqui nesta fes- ta; entretanto, no préximo sabado, teremos uma outra reuniao. Todos vo- cés que hoje estéo impossibilitados de andar, que vieram em cadeiras de todas... vocés que ja gastaram tudo o que tinham com médicos e nao con- seguiram serem curados, serao aqueles que vao nos entreter contando as hist6rias de libertacdo que receberam hoje, pelo poder do nome de Jesus.” E para concluir, disse: “Quem aqui deseja ser curado?’” E claro que todos quiseram! Uma senhora que havia vindo em cadeira de rodas voltou para casa andando; uma outra, que sofria de epilepsia ha dezoito anos, foi curada instantaneamente, e em duas semanas ja estava trabalhando. Houve também um menino que vivia preso a um aparelho ortopédico metélico e que, na hora em que o poder de Deus 0 tocou, foi imediatamente curado. “Papai, papai, papai”, ex- clamou ele, “estou sentindo algo passando por todo o meu corpo!”* Semana apés semana, as noticias dos milagres das reunides anteriores se espa- 183 Me — GB OS GENERAIS DE DEUS Thavam, atraindo assim os doentes e aflitos para as reunides dos banquetes. E que tremendo avivamento comecou entre eles! Simplesmente por agirem segundo a Pa- lavra de Deus. “EU VOU MOVER O ESPIRITO” Smith Wigglesworth levava Hebreus 11.6 muito a sério. Ele cria que, sem fé, 6 re- almente impossivel agradar a Deus. Por causa disso, ele incorporou essa fé em todos os segmentos de sua vida espiritual, incluindo as manifestagdes do Espirito Santo. Quando o mover do Espirito, por menor que fosse, vinha sobre Smith, ele se retirava para uma sala para estar a s6s com 0 Senhor. E foi no desenvolvimento desse relacio- namento de sensibilidade a vontade do Espirito Santo que ele compreendia a maneira de agir em fé enquanto ele cooperava com o Espirito. Certa vez, durante uma reuniao, alguém fez um comentario sobre a rapidez com que Smith entrava no mover do Espirito; entao lhe perguntaram qual era o seu se- gredo, e ele respondeu: “Bem, é 0 seguinte: se o Espirito nao se move em mim, ew movo 0 Espirito.” Aqueles que nao entendiam os principios da fé pensavam que essas declarac6es eram arrogantes ¢ desrespeitosas; na realidade, porém, Smith sabis como atrair o Espirito de Deus. Aquela atitude era uma questo unicamente de fé, endo de arrogancia. Se no momento de iniciar um culto, Smith nao sentisse o mover do Espirito, ele comecava assim mesmo. Entao, pela fé, ele levava os ouvintes a se foc- lizarem na Palavra e no poder de Deus e fazia com que as expectativas deles com re- lagao ao culto aumentassem. Como resultado disso, 0 Espirito Santo se manifestava entre eles em uma resposta direta a sua fé. E era também pela fé que Smith tomava a iniciativa e exercitava os dons que havia dentro dele. Wigglesworth nao ficava es- perando que algo sobrenatural viesse e se apossasse dele espiritualmente. Para ele. cada aco, cada operacao e cada manifestagao provinha de uma s6 coisa: fé complete. A fé verdadeira confronta, e é acesa pela nossa iniciativa. Depois disso, Smith comecou a ensinar aos membros do corpo de Cristo que eles poderiam falar em linguas por iniciativa propria. Para ele, a fé era a principal substan- cia que movimenta o espirito humano, e nao algum poder soberano. J. E. Stiles, um grande autor e ministro da Assembléia de Deus, aprendeu esse maravilhoso princi- pio com Smith Wigglesworth, e carregou-o consigo por todo 0 seu ministério. Em uma grande reuniao na Califérnia, Smith pediu a todos aqueles que ainda nao haviam recebido o batismo com o Espirito Santo, que se colocassem de pé. De- pois, pediu que todos aqueles que haviam recebido, mas que ja nao falavam em linguas por seis meses, que também ficassem de pé. “Agora vou fazer uma oragao simples”, comecou ele, “e quando eu terminar, vou dizer ‘Agora’, e todos vocés vao falar em linguas.” Entao Smith orou e, em seguida, gritou: “Agora!” E tao logo to- dos comegaram a orar em linguas, um som como de muitas aguas encheu 0 auditd- rio. Em seguida, ele disse para as pessoas fazerem a mesma coisa novamente s6 que. desta vez, quando ele dissesse “Agora”, todos deveriam cantar em linguas, pela fe. Ele orou, e entao gritou: “Agora! Cantem!” e 0 som que se ouviu foi como um nu- meroso e glorioso coro. 184 SMITH WIGGLESWORTH - “O APOSTOLO DA FE” O Rev Stiles disse que, naquele dia, aprendeu que o Espirito opera pela fé. E pou- tempo depois dessa revelagio ele comegou o seu ministério internacional. OUTRO SEGREDO Smith Wigglesworth era um homem grandemente movido pela compaixao. Quando recebia pedidos de oracao de todas as partes do mundo, clamava a Deus ¢ cho- va pelas pessoas que enviavam estes pedidos. Muitas vezes, enquanto ele esta- ministrando aos aflitos, lagrimas banhavam 0 seu rosto. Ele também era muito 4vel com os idosos e com as criangas. Se durante os seus cultos 0 calor se tor- se muito forte, ele sentia uma grande compaixao pelos bebés e pelos idosos, e va por eles primeiro. Demonstrando as verdades de Atos 19.11 e 12, centenas e mais centenas de pes- foram curadas pelas oragées que Smith fazia sobre lengos, enviados aqueles ele nao conseguia visitar. Um amigo intimo seu, falou sobre a sinceridade e a paixio que ele demonstrava, dizendo: “Quando chegava a hora de abrir as car- todos tinhamos de parar qualquer coisa que estivéssemos fazendo e nos colo- os debaixo do fardo daqueles que escreviam. Nao havia nada de desleixado ou ipitado em seus métodos... todos na casa tinham de se unir em oragao e impo- as maos sobre os lengos que seriam enviados aqueles que estavam sofrendo. Li- avamos com aqueles lengos como se seus donos estivessem ali presentes.”* ESCORRACE O DIABO! Ciente de que a fonte de todos os milagres de Cristo provinha de Sua compaixao, ith se tornou positivamente agressivo em desfazer as obras do diabo. Seu unico alvo era levar a cura a todos os oprimidos e ensinar ao corpo de Cristo a lidar, im- placavelmente, com o diabo. Certo dia, enquanto esperava pelo dnibus, ele observou a maneira com que uma senhora tentava fazer 0 seu cdo voltar para casa, entretanto, mesmo apés varias ten- tativas “déceis”, 0 cachorro permanecia impassivel. Quando ela viu que o 6nibus estava chegando, bateu o pé no chao e gritou: “V4 para casa depressal” e 0 cachorro saiti correndo com o abo entre as pernas. “E exatamente assim que vocé tem de li- dar com 0 diabo", disse Smith, alto o suficiente para que todos ouvissem.” Smith nao tinha a menor paciéncia com deménios, principalmente quando eles tentavam atrapalhar as suas reuniGes. Certa ocasiao, ele estava realizando um cul- to endo estava sentindo “liberdade” para pregar; entao, comegou a gritar! Contudo, nada aconteceu; tirou o paleté, mas tudo continuou igual. Entéo Smith perguntou a Deus 0 que estava acontecendo, e 0 Senhor lhe mostrou uma fileira de pessoas sen- tada em um dos bancos da igreja, todas de maos dadas. Imediatamente ele perce- eu que eram espiritas, e que estavam ali com 0 propdsito de impedi-lo de realizar aquela reuniao. Entio, quando ele comecou a pregar, desceu do ptilpito e caminhou em diregao ao lugar onde elas estavam sentadas. Depois, segurou no banco e ordenou ao diabo 185 a OS GENERAIS DE DEUS que saisse dali imediatamente. O grupo caiu ao chao, depois aquelas pessoas se le- vantaram, e acotovelando-se uma a outra sairam apressadas do prédio. Todas as vezes que Smith Wigglesworth ia expulsar deménios, estava sempre absolutamente seguro e confiante na fé que tinha no Senhor Jesus. Ele sabia que as oracées nao precisavam ser longas; afinal, se a oracao era feita em £6, com certeza a resposta viria. AUTORIDADE INTERNACIONAL Oministério internacional de Smith comegou em 1914 e, em 1920, estava a pleno vapor! Embora as perseguig6es contra a sua pessoa fossem muito grandes, ele nunca dava muita importancia a isso. E ao contrario do que é comum na maioria dos minis- térios, existem mais escritos sobre o seu grande poder e os milagres que realizou, do que sobre os problemas e perseguicdes que teve de enfrentar. Talvez isso seja devido sua grande fé. Smith se livrava das criticas tao rapido quanto do pé que ficava no seu paletd; ele nunca se descuidava dessa area. Em 1920, na Suécia, alguns profissionais da area médica e as autoridades locais acharam que poderiam “frear” 0 ministério de Wigglesworth proibindo-o de impor as maos sobre as pessoas. Entretanto, ele nao estava nem um pouco preocupado. Afinal, ele sabia que Deus responde a fé, e nao a métodos. Por isso, apds encerrar 2 pregagao, instruiu as mais de vinte mil pessoas presentes que, enquanto ele estives- se orando, elas deveriam “impor as suas préprias maos sobre si mesmas”, e acre- ditarem que receberiam a cura. Instantaneamente, multiddes foram curadas. Smith chamou aquele tipo de cura em larga escala de “cura por atacado”. Naquele mesmo ano, Smith foi preso por duas vezes na Suiga; os mandados de prisao foram expedidos sob a acusagao de pratica da Medicina sem licenca. Em uma terceira ocasiao, os oficiais chegaram até a casa de um ministro pentecostal com um outro mandado de prisio para Wigglesworth. O pastor que os recebeu a porta, disse- Ihes: “O Sr. Wigglesworth nao esté no momento; porém, antes de vocés o prenderem, gostaria de mostrar-lhes resultado do seu trabalho nesta cidade.” Em seguida, aque- le servo do Senhor acompanhou os policiais até a parte mais pobre da cidade, para a casa de uma senhora & qual aqueles mesmos policiais j4 haviam prendido varias ve- zes. Depois que eles viram aquela mulher totalmente transformada, prova viva de sua completa libertagao e fé em Jesus Cristo, ficaram tocados e disseram ao pastor: “Nao temos como fazer este trabalho parar; uma outra pessoa terd de prender esse homem.” E “uma outra pessoa” 0 fez. Depois de preso, um oficial veio ter com Smith, no meio da noite e lhe disse: “Eu nao vejo nada errado em vocé. Pode ir embora.” Wiggleswor- th, porém, respondeu: “Nao; sé vou embora sob uma condicao: que todos os oficiais que estao aqui fiquem de joelhos e aceitem que eu ore por eles.” PENTECOSTE! Por volta de 1921, 0 ministério de Smith estava no seu apogeu. Convites para ministrar internacionalmente chegavam em grande quantidade em sua casa, 186 SMITH WIGGLESWORTH - “O APOSTOLO DA FE” chamando-o para embarcar na mais longa viagem itinerante de toda a sua vida. Embora ele jé fosse muito conhecido na Europa e América, parecia que ninguém havia dado importancia a sua chegada a Colombo, Ceilao (Sri Lanka). Entretanto, dentro de poucos dias, multiddes enchiam o local de reunides na tentativa de en- contrar um lugar para sentar; muitos tiveram de ficar do lado de fora. Quando as reunides terminavam, Smith ia passando entre as centenas de pessoas, tocando-as e crendo em Deus, juntamente com elas, para que Ele atendesse as suas oragdes. Algu- mas informagoes sobre aquelas reunides de Smith noticiaram que um grande nume- ro de pessoas foram curadas, tao logo “sua sombra” passou sobre elas.” Em 1922, Smith fez uma viagem para a Australia e Nova Zelandia. Algumas pes- soas acreditam que as reunides dele ali foram as responsaveis pelo surgimento das igrejas pentecostais nesses dois locais. Apesar de ter ficado apenas alguns meses ali, milhares foram salvos, curados, cheios do Espirito Santo e receberam 0 dom de lin- guas. A Australia e a Nova Zelandia experimentaram 0 maior avivamento espiritual de todos os tempos. VOCE PODE ABENCOAR O PORCO? Certa vez, o Dr. Lester Sumrall, da cidade de South Bend, Indiana, compartilhou sobre um incidente muito engracado que aconteceu durante uma viagem que ele fizera com Smith. Foi no Pais de Gales, quando ofereceram aos dois um jantar, e 0 prato principal era porco assado! Antes de comerem, 0s anfitrides pediram que Smi- th desse gracas pela refeicao. Entao, em alto e bom som, ele orou: “Senhor Deus, se podes abencoar aquilo que amaldicoaste, entao abencoa este porco!” O senso de humor de Smith e a sua ousadia, causaram uma grande impressao em Sumrall. Ele geralmente ria muito quando compartilhava essa historia comigo! UMA SERIA CONTROVERSIA Embora muitas igrejas tenham sido fundadas como resultado das reunides de Smith Wigglesworth, durante todo o seu ministério ele sempre preferiu nao se ligar anenhuma denominacdo. Seu coracao estava cheio do desejo de alcancar todas as pessoas, independentemente das diferentes doutrinas. Ele nunca quis ser controla- do por nenhuma denominagao em particular. Surgiu, na vida de Smith Wigglesworth, uma polémica que contribuiu ainda mais para reforgar a sua preferéncia por um ministério independente. Em 1915 ele havia se tornado membro da Unido Missiondria Pentecostal, que néo era uma de- nominagio e nem oferecia qualquer licenga ministerial ou ordenagio. Ela existia apenas para dar cobertura a ministros que compartilhavam da mesma fé. Smith tra- balhou com a UMP até que, em 1920, foi forgado a deixa-la. Os fatos se sucederam assim. Depois de sete anos que estava vitivo, Smith de- senvolveu amizade com uma mulher chamada Senhorita Amphlett, e disse-lhe que sentia que os dois tinham uma “afinidade espiritual”. Entretanto, Amphlett rejeitou aquela idéia e, juntamente com outra mulher, escreveu uma carta para a UMP, recla- 187

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