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Crian¢as Cada crianga é um tesouro, Mas um tesouro frigil. Logo que nasce precisa do amor dos pais, de quem a alimente, a vista, cuide dela. Precisa de uma casa, de ensino, de cuidados médicos para nio ficar doente. Hoje, em Portugal, as familias, a sociedade ¢ o Governo preocupam-se muito com os mais novos mas nem sempre foi assim, da Europa a abolir a escravatura. Dantes as criangas nio cram obrigadas a ir & escola ¢ muitas comegavam a trabalhar aos seis, sete, oito anos, Saiam para os montes com os rebanhos, passavam o dia em oficinas escuras, como aprendizes, faziam por veres trabalhos que thes prejudicavam a saiide. As meninas tinham ainda menos oportunidades para es- rude de qe ss pies eels pois So ai trabalhavam nos campos, na costura ou como eriadas. -—_ i. 18 ere nds, educagio priméria sde 1835 que existe, € : a a sartudos, mas a verdade €que quem marley oes cs excolas Ou vivia comidiftculdades raramentaiag ange das escolas ou vivia © ! ment fcqusneava, Actualmente o'ensino € obrigat6rio 456 ag freque c: g até ao 12.° ano. 9.9 ano ¢ em breve serd alargado até ao 1 Foisé hi muita pouco tempo, em 1989, quea Organizagio das Nagées. Unida Conyengio Internacional dos Direitos da Crianga, que protege bebés, criangas e ado- Iescentes aré aos 18 anos. Foi publicada em inglés, arabe, chinés, espanhol, francés ¢ russo. ‘Todos os paises, com excepcao dos Estados Unidos da América ¢ da Somilia, a assinaram, comprometendo-se a mudar as suas leis se tal fosse necessirio para bem das Novas geracies, No dia I de Junho celebra-se com festas, prendas ¢ alepria 6 Dia da Crianga, Mas bem sabemos que continuam 2 xistir, por este vasto_ ce Saror0s com fome, explorados, vitimas de aban- ORO € maus-tratos, cujos direitos nao foram respeit Nio vamos aceitar tal situacao! aprovou Todos devem conhecer os dircitos da crianga. A Convengéo tem 54 artigos e decerto ninguém os sabe de cor Se quiseres, podes Ié-los todos em www.unicef.pt Mas € importante que adultos € meninos conheyam, de uma forma simples, o& principais, Assim, os mais velhos vvio saber que ha regras que tém de cumprir € as ctiangas podem exigir que as respeitem, ‘Vio também saber que ter roupas de marea, comprar gela- dos ¢ fazer distirbios nas aulas nao sto direitos da crfanca. Vamos, entio, conhecer _ Todas as criancas tém os mesmos direitos Cada crianga é tinic especial para quem a ama. Mas todas tém os mesmos direitos, quer sejam rapazes quer sejam raparigas. Hi meninos brancos, negros, amarelos out com a pele vermelha, De varias ragas. Hi meninos cristios, muculmanes, hindus, de muitas religides ou sem religiso. Hi meninos ricos ¢ pobres. Mas sio todos membros da humanidade e devem ser protegidosda mesma forma, existindo leis que castigam aqueles que os discriminam pelas suas diferencas. Sempre que possivel as criancas devem viver com a sua familia Todas as criangas sio filhas de um pai ¢ de uma ma que, geralmente, as amam mais do que ninguém ¢ dese; u bem. um © Mas, pot ve vivem apenas com um deles, com os av6s ou com os tios. Quem & responsivel pelas eriangas deve tratar delas, dando-he um ambiente de carinho e satisfazendo as suas necessidades. No caso de a familia ter dificuldades, 0 Govern tem obrigacdo de as ajudar para que as criangas se desen- volvam fisica ¢ psicologicamente, ¢ 56 se tal nao for possivel as entregard a instituigoes ou a outras pessoas para adop¢io. Todas as criangas tém direito a uma identidade: a um nome e a uma nacionalidade Quando um filho nasce, os pais tém de o re prazo de um més para que todos saibam que erem di ito excolheram o nome durante a gravidez Maitas ver — Se for rapaz, vai ser Joio — dizia a mie. — Se for rapariga, O apelido serd 0 que os pai o nome da familia. Mas todos os meninos tém também direito a uma nacio- nalidade, que sera a dos pais ou do pafs onde nasceram. — Tem alguma yantagem possuit uma nacionalidade? dizia 0 pai. usavam e que é — perguntam vocés. Com certeza. Os portugueses regem-se pelas leis de Portugal, que os protegem pela vida fora. Todas as criangas tém direito a crescer com satide Mesmo antes de nascer, as criangas merecem todos os cuidados. As mies devem ter acompanhamento médi- co para darem a luz filhos saudéveis. E depois? Precisam de higiene, boa alimenta¢ao, roupas que as agasalhem, Mas também precisam de ser vacinadas para evitarem certas doencas, de ir a consultas, de praticar desporto para crescerem fortes. Todos nds podemos fazer alguma coisa pela satide criando bons habitos aos mais novos como lavar os dentes, néo comer muitos doces ¢ batatas fritas que os yao deixar redondo: Nunca ser demais insistir nos perigos do alcool ¢ das drogas. ‘ Todas as criancas tém o direito 4 educa¢cao ‘As criancas em Portugal tém de ir & escola até a0 9.° ano. sto proibidas de arranjar emprego pois precisam de se preparar para o futuro, estudando. Depois dessa idade ja nao sao obrigadas a estudar, mas cada vex mais jovens 0 querem fazer pois sabem que, Se tiverem formacio, podem viver melhor no futuro. O ensino obrigatério é gratuito, nas escolas publicas. Apartirdeentio, osalunos com necessidades econdmicas tém direito a uma ajuda do Estado para continuarem ‘os estudos ¢ tirarem, até, Wm Curso uniyersitario. _ As crianeas tém 0 direito de brincar As criancas nao podem passara vida a estudar. Precisam de tempo para dedicar as actividades de que mais gostam. Brincar é absolutamente necessirio, 96 ou em grupo, ao ar livre ou dentro de casa. Ler por prazer, ira espectaculos, participar em event desportivos sto actividades que também ajudam a crescer, desenvolvendo a imaginagio, o gosto pela arte, o espirito de equipa. Ha ctiancas a quem sio impostas tantas actividades que nao tem possibilidade de ficar com um tempinho para si. Também isso nao € desejavel. ond , SS eases SS As criangas deficientes tém os mesmos direitos que as outras Hi criangas que nascem com certos problemas de satide ou vém a softer deles devido a doencas ou desastres. Algumas nao véem, nao ouvem, tém dificuldade em aprender ou s6 podem andar em cadeiras de rodas. E nec sirio dar-lhes oportunidades para desenvolve- remas suas capacidades. Os cegos precisam de aprender a ler em Braille, com as pontas dos dedos, os surdos tém direito a saber a lingua gestual. Todos os edificios piiblicos devem ter rampas para as cadeiras de rodas se movimentarem. Os deficientes merecem, mais do que ninguém, 0 nosso apoio. E sio. um exemplo para todos quando vencem na vida apesar de todas as dificuldades. As criangas tém direito a vida privada Quem é que nao gosta de ter os se s amigos, as suas sas, até os seus segredos? A familia deve dar um espago de liberdade as criangas, de acordo com a sua idade, naturalmente. E um abuso os adultos porem-se a escutar atras da porta as conversas dos mais novos, abrirem as suas cartas, me- terem o nariz nos didrios quando apanham a chave. No entanto, as vezes € bom que os pais vigiem certas situagdes, avisando as criangas de que nao devem dar confianga a desconhecidos que podem fazer-lhes mal. Nos contactos pela Internet hd também que alertar para 0 petigo de dar informagGes ou marcar encontres. As criangas tém o direito de dar opiniao sobre os assuntos que lhes dizem respeito Antigamente as criangas nao cram consultadas pata nada, Os pais resolviam © que achavam melhor para elas, escolhiam as profiss6es que deviam seguir, até lhes njayam noivos quase & nascenga. Ora, mesmo sendo muito novas, as criancas tem uma palavra a dizer sobre os seus gostos ¢ interesses. 65 pais se separarem, assiste-thes o direito de serem 0 que poder influenciar 0 juiz que decida 0 seu futuro. ou Hoje, os jovens tém acesso 2 muita informagio e po- dem exprimir-se livremente, individualmente ou em associagées. Mas, atengéo, liberdade de expressio tem como limite 6 respeito pelos outros. As criang¢as devem ser protegi gidas de todas as formas de violéncia As criangas devem ter sempre um tratamento especial. Na guerra devem ser as primeiras a ser socortidas. Mas em tempos de paz também hi violéncia sobre os menotes. Alguns sto maltratados, espancados em casa ou em instituigdes ¢ tém, muitas vezes, de receber tratamento no hospital. Ha adultos que os obrigam a ter relagoes intimas que os deixam chocados ¢ magoados. Quantas veres as criangas vitimas de violéncia tém medo ow vergonha de contar © que se passa! Mas ha nuimeros de telefone gratuitos para onde podem falar, se nao tiverem coragem de contar a alguém conhecido (0 que se passa (ver No fim do livro). ‘rear epia r JA B LEDDIYUOD OS 2 E[OISA E wesejuanbayy ov siod sopesnpaai 198 ap Usp) WeAlscqos anb sq, *so1equiO> SOU LEAJOAUD aS 2 SELIG WO uran8ad soaou sreur seuuaut 9 souruaur anb opurstuned ‘Teuopeusiut vuuoU visa tardtun ovu aonb sopeasy PY ‘OsUEIUA ON “sopepjos wielos sour ¢] ap souaui woo seduri2 anb “souatw ojad ‘opadwur ‘season se woo requoe vaed soxp -od way oru vSuviid ep soreiic] sop ovsuaauor v ag -opw vu vpreSurds> 09 ¥ sepeumey> avs ‘sasred so199 wry “waxioUl ser “sagSeatid siaatuoa uressed ‘ese e ‘eI jwuey Be Waplog vs BUM UIOD 91K ugnbasuoo sens se wia1jos o} ou ‘seuson8 sv waprop anb seSureia9 se “eounu ‘vs OFN SOpep[os .1as wepod ovu svdurtio sy “>pepa_ros ep a seja YONA} 0 OVS SAIO]LA LIAS 5) svdueiig Sep se19eaed SO on -seouey ep ‘omagq sop Oebuantig Basnaioe e wareBoWU09 “TAPS vvodsoa seajuouu soujuout ‘spas ered pl PY MY sowie sous ap as-wweaquay ese s0> tweps02U0-)

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