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N.° 220 — 22-9-1994 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 5671 Artigo 2.° Caracteriticas 1 —Na fritura de géneros alimenticios s6 so per- mitidas gorduras e dleos comestiveis que satisfacam as exigéncias e disposigdes legais relativas ao seu fabrico © comercializacao. 2 — Por portaria conjunta dos Ministros da Agricul- tura, da Satide e do Ambiente e Recursos Naturais se- rdo estabelecidas as caracteristicas das gorduras ¢ dleos comestiveis utilizados na fritura, bem como as regras a observar na preparado e fabrico de géneros alimen- ticios com utilizagdo desses produtos. Artigo 3.° Norma sancionatéris As infracedes ao disposto no presente diploma ¢ le- gislacdo complementar & aplicdvel o Decreto-Lei 1n.° 28/84, de 20 de Janeiro, designadamente os arti- gos 24,° © 58.° Artigo 4.° Entrada em vigor © presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da sua publicacao. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 28 de Julho de 1994, — Joaquim Fernando Nogueira — Anténio Duarte Silva — Adalberto Paulo da Fonseca ‘Mendo — Maria Teresa Pinto Basto Gouveia. Promulgado em $ de Setembro de 1994. Publique-se. © Presidente da Repiiblica, MARIO SOARES. Referendado em 8 de Setembro de 1994. © Primeiro-Ministro, Anibal Antonio Cavaco Silva. MINISTERIO DA SAUDE Decreto-Lel n.° 241/94 do 22 de Setembro © Decreto-Lei n.° 414/91, de 22 de Outubro, refor- mulou o regime legal da carreira dos técnicos superio- res de satide, mantendo um desenvolvimento por ‘mos consagrados na anterior composicéo da carreira com excepgdo do ramo de fisica hospitalar, que resul- tou de um desmembramento do radionuclear. Aquele diploma limitou-se a acolher, nesta matéria, a situagao existente. Contudo, o melhor conhecimento que hoje se tem da realidade, no dominio das actividades desenvolvi das pelos psicélogos clinicos nos diversos estabelecimen- tos de satide, conduziu necessidade de perspectivar uma inseredo daqueles profissionais em adequada car- reira. Na verdade, as especificidades préprias daquelas ac- tividades, exigindo uma elevada qualificagao cientifica e técnica e exercidas com grande autonomia funcional, mostram ser desadequado 0 actual enquadramento dos psicdlogos clinicos na carreira técnica superior do re- sime geral. Assim, ponderada esta situaco, designadamente em sede do desajustamento detectado, e valorando positi- vamente os aspectos que a aproximam dos fundamen- tos que ditaram a unidade da carreira dos técnicos su- periores de satide, néo obstante a diferenciagio ¢ qualificagao profissionais reflectidas nos seus ramos, considera-se conveniente incluir, no ambito daquela car- reira, o ramo da psicologia clinica. ‘A possibilidade de inclusdo de novos ramos de acti- vidade encontra-se expressamente prevista no n.° 3 do artigo 9.° do Decreto-Lei n.° 414/91, de 22 de Outu- bro, através de portaria conjunta dos Ministros da Satide e das Finangas. Porém, no caso, para além di quela incluso, pretende-se facultar a transigéo dos a ‘tuais psicdlogos clinicos inseridos na carreira técnica su- perior do regime geral, 0 que nao pode conseguir-se através de acto meramente regulamentar. Aproveita-se ainda a oportunidade para delimitar com precisio 0 Ambito das situagdes de equiparacdo a0 estagio susceptiveis de beneficiarem do alargamento do periodo transitério fixado no artigo 35.° do Decreto-Lei n.° 414/91, de 22 de Outubro, e introdu- zit pequenas alteragdes ao referido diploma. Foram ouvidas as associagdes sindicais representati- vas dos técnicos superiores de satide. ‘Assim: No desenvolvimento do regime juridico estabelecido pela Lei n.° 48/90, de 24 Agosto, ¢ nos termos da nea c) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigao, 0 Go- verno decreta 0 seguinte: Artigo 1.° Ramo de psicologia clinica € perfll profisional 1 — E inclufdo nos ramos de actividades da carrei dos técnicos superiores de satide, previstos no artigo 9.° do Decreto-Lei n.° 414/91, de 22 de Outubro, 0 ramo de psicologia clinica, ao qual corresponde a licenci tura em Psicologia Clinica. 2—O psicdlogo clinico é o profissional habilitado com o grau de especialista que desenvolve fungoes cien- tificas ¢ técnicas de avaliacdo, psicodiagndstico e tra- tamento no campo da satide. 3 — O psicdlogo clinico deve aprofundar o seu per- fil profissional orientando-se para o exercicio em areas especificas, a reconhecer por portaria do Ministro da Satide. Artigo 2.° anges das categorias do rumo de psicologia clinica 1 — Ao psic6logo clinico assistente ¢ assistente prin- cipal so atribuidas as seguintes fungdes no dominio da saiide, tendo em conta os niveis de complexidade € responsabilidade em que se desenvolvem: @) O estudo psicoldgico de individuos ¢ elabora- 40 de psicodiagndstico: b) O estudo psicoldgico de grupos populacionais determinados, para fins de prevencao ¢ trata- mento; ©) A participacdo em programas de educacdo para fa satide, no dominio especifico; 4) O aconselhamento psicolégico individual, con- jugal, familiar ou de grupo; ©) A iniervencdo psicolégica e’psicoterapia; A) A responsabilidade pela escolha, administracdo € utilizacdo do equipamento técnico especifico da psicologia; 5672 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 220 — 2-9-1994 8) A integracdo em equipas multidisciplinares de servigo de urgéncia, quando tal se mostrar con- te A) A participagio em reunides cientificas; 1) A participagdo em acgdes de formacdo na area da especialidade ¢ afins; J A participacao em programas de investigacdo em aspectos relacionados com a sua area pro- fissional; ky A responsabilizacao por sectores ou unidades de servigos; 2) A participacao em juiris de concurso e de ava- iagdo. 2— Ao psicélogo clinico assessor sdo atribuidas, além de todas as fungées do assistente e do assistente principal: a) A participacao na elaboraco de programas de educacdo para a saiide em geral e em particular nos dominios que envolvem o comportamento do individuo ou do grupo; ) O planeamento das actividades constantes dos Programas para o sector ou unidade e sua coor- denacao, execugdo e avaliacao; ©) A selecedo, concepsio e adaptagdo de instri mentos ¢ de metodologias de avaliagdo e de it tervenedo psicolégica em fase de experimen- tag d) A emissio de pareceres técnicos ¢ cientificos; @) As fungdes atribuidas ao assessor superior, caso este nao exista, ou nas suas faltas ou impedi- mentos, quando solicitado. 3 — Ao psicélogo clinico assessor superior so atri- buidas, para além das fungdes do assistente, do assis- tente principal ¢ do assessor: 4) A participagao na estruturagéo ¢ organizagdo dos servicos; 4) A claboracdo coordenacao de programas de protocolos de actividades cientificas ¢ técnicas; ©) A claboracdo, promogao e coordenacao de ac Ges de formacao complementar de psicdlogos € de outros técnicos de sade; @) A avaliagao ¢ coordenagao dos técnicos supe- riores do ramo da psicologia clinica, integrados na correspondente unidade de accéo; e) A integracdo em comissdes especializadas. 4 — Ao psicdlogo clinico que tiver a responsabilidade de um servico compete, em especial: a) A elaboracdo do programa de actividades do servigo; 4) A coordenacao de todas as actividades de ges- téo, técnicas, cientificas ¢ de formagao do ser- vigo; ©) A-avaliagdo da eficdcia e eficiéncia do servico, promovendo a sua reorganizacdo ¢ actualiza- 40, sempre que necessdrio; 4) A claboragao do relatério de actividades. 5 — Ao psicdlogo clinico, quando integrado em ser- vigo de Ambito regional, compete ainda: a) Elaborar planos de acco e relatérios de acti- vidades; ) A avaliagéo periddica da eficiéncia ¢ eficdcia dos servicos. Artigo 3.° ‘Transigio do pessoal da Ares de psicologia clinica 1—O pessoal provido em lugares da carreira téc- nica superior do regime geral e que, sendo possuidor de licenciatura em Psicologia Clinica, se encontre no exercicio efectivo de fungdes préprias do ramo de psi- cologia clinica ha, pelo menos, trés anos, & data da pu- blicagdo do presente diploma, comprovado por documento emitido pelo érgio maximo de gesto do estabelecimento, pode transitar para a carreira dos téc- nicos superiores de satide, ramo de psicologia clinica, mediante listas de transigao homologadas por des cho ministerial e publicadas no Didrio da Republica. 2— O pessoal que vier a transitar nos termos do ni ‘mero anterior € posicionado em escaldo a que corres- ponda remuneragdo igual & auferida ou imediatamente superior, se ndo houver coincidéncia, de acordo com as seguintes regras: 4@) Os técnicos superiores de 2.* ¢ 1.* classes para a categoria de assistente; ) Os técnicos superiores principais para a cate- goria de assistente principal; ©) Os assessores para a categoria de assessor; 4) Os assessores principais para a categoria de as- ‘sessor superior. 3 — A antiguidade nas novas categorias decorrentes da transigdo prevista nos n.°* 1 ¢ 2, bem como o tempo de servigo a considerar para efeitos de progressao nas mesmas, é contada a partir da data da entrada em vi- gor do presente diploma. Artigo 4.° Acesso até A categoria de asessor Aos actuais técnicos superiores de satide que, por forga da aplicagéo da regra definida na alinea g) do n.° | do artigo 34.° do Decreto-Lei n.° 414/91, de 22 de Outubro, tenham transitado para a categoria de as- sistente principal € facultado 0 acesso a categoria de assessor mediante concurso de avaliagdo curricular, sem prejuizo do tempo de servigo legalmente exigido. Artigo 5.° Salvaguarda de situasbes eapeciais 1 — Nos dois anos subsequentes a entrada em vigor do presente diploma, os estagidrios aprovados nos es- tAgios referidos no n.° 1 do artigo 35.° do Decreto- -Lei n.° 414/91, de 22 de Outubro, podem candidatar- se a concursos de provimento em lugares de assistente. 2—O disposto no numero anterior é aplicavel aos, titulares de equiparagio ao estégio obtido ao abrigo do n.? 14.1 do regulamento aprovado pela Portaria 1n.° 605/84, de 16 de Agosto, na nova redace4o que lhe foi dada pelo n.° 4.° da Portaria n.° 552/88, de 16 de Agosto, e do despacho ministerial n.° 34/86, de 22 de Agosto de 1986, publicado no Didrio da Republica, 2." série, de 10 de Setembro de 1986. 3 — Nos casos em que a preparagao profissional re- levante para efeitos de equiparacao ao estdgio teve ini- cio até & entrada em vigor do presente diploma, os re- querimentos de equiparacdo devem ser apresentados dentro do prazo de seis meses contado a partir da con- N.® 220 — 2-9-1994 clusdo daquela preparagao, sendo de dois anos 0 pe- riodo transitério durante 0 qual se poderdo candida- tar a concursos para provimento em lugares de assis- tente, os quais se contam a partir da data em que for proferida a decisio no proceso de equiparacdo. Artigo 6.° © artigo 13.° do Decreto-Lei n.° 414/91, de 22 de Outubro, passa a ter a seguinte redacgao: Artigo 13.° Funpbes das categorias do ramo de fermécla reece padoorisngg 0) A realizado de acgdes de inspeccéo, quando integrados em estabelecimentos ou. servigos que detenham competéncias fisca- lizadoras. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 de Agosto de 1994. — Joaquim Fernando Nogueira — Eduardo de Almeida Catroga — Adalberto Paulo da Fonseca Mendo — José Bernardo Veloso Faledo e Cunha. Promulgado em $ de Setembro de 1994. Publique-se. Presidente da Republica, MARIO SOARES. Referendado em 8 de Setembro de 1994. © Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 5673 Decreto-Lel n.° 242/94 de 22 de Setembro © Decreto n.° 12.477, de 12 de Outubro de 1926, determina no n.° 4 do seu artigo 35.° que os requet mentos & Direco-Geral da Satide ¢ suas dependéncias estdo sujeitos 4 taxa sanitdria de 5$, valor mais tarde actualizado para 75$, por forsa do artigo 1.° do Decreto-Lei n.° 131/82, de 23 de Abril. Constitui, porém, preocupacéo do Governo, impli- ita no seu Programa e nas Grandes Opgdes do Plano, modernizar o funcionamento da Administragao Publica em termos de promover a eficdcia e eficiéncia dos ser- vigos ¢ a maior celeridade do andamento dos proces- sos, bem como a sua menor onerosidade. Tora-se, por isso, conveniente abolir 0 pagamento das taxas sanitérias, concretizando, assim, 0 principio da gratuitidade do procedimento administrativo, pre- visto no artigo 11.° do Cédigo do Procedimento Ad- ministrativo. ‘Assim: Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigdo, 0 Governo decreta 0 seguinte: ‘Artigo tinico, E revogado o n.° 4 do artigo 35.° do Decreto n.° 12 477, de 12 de Outubro de 1926. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 4 de Agosto de 1994. — Joaquim Fernando Nogueira — Eduardo de Almeida Catroga — Adalberto Paulo da Fonseca Mendo. Promulgado em $ de Setembro de 1994 Publique-se. © Presidente da Repiiblica, MARIO SOARES. Referendado em 8 de Setembro de 1994. © Primeiro-Ministro, Antbal Antonio Cavaco Silva. REGIAG AUTONOMA DA MADEIRA ASSEMBLEA LECISLATIVA REGIONAL Decreto Legislative Regional n.° 26/94/M Adeptaglo & Regio Autinoma da Madeira do Decreto-Lain.* 418/93, 60 24 de Dezembro, que altere 0 Docrato-Lein.* 78-A/09, de 13 ‘de Margo (subzidio de desemprega). © Decreto-Lei n.° 79-A/89, de 13 de Margo, veio proceder @ reformulagao global do regime de protec- 40 no desemprego dos beneficidrios do regime geral de seguranca social dos trabalhadores por conta de ou- trem, vigente nessa época. Decorridos quatro anos apés a sua entrada em vi- gor, a progressiva mutagéo da tealidade sécio- seconémica determinou a necessidade de introduzir ajustamentos a0 referido diploma no sentido de 0 ade- quar as exigéncias resultantes da evolugao das condi- Ges do mercado de emprego, tendo surgido neste con- texto o Decreto-Lei n.° 418/93, de 24 de Dezembro. Tendo em vista as alteracdes introduzidas por este Jiltimo diploma, nomeadamente a redefinicdo das com- peténcias dos centros de emprego ¢ dos centros regio- ais de seguranga social, torna-se imperative adequa-

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