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A heee varia EDITORA VOZES Somente um apaixonado pela religido se daria ao trabalho de uma analise minuciosa como aque encontramos em A esséncia do cristianismo. Somente um apaixonado pela religido teria coragem de escrever um livro que Ihe custaria a carreira académica ¢ condenaria ao ostracismo: intelectual pelo resto de sua vida. A esséncia do cristianismo contém uma critica radical da teologia. Mais do que isto, ela contém uma “demitologizagao” das pretensdes tedricas da religio. Como, portanto, justificar a afirmagao anterior, de que Feuerbach era um apaixonado pela religido? Ele mesmo nos da a resposta. Sua intengao nao era destruir, mas redescobrir; nao silenciar a voz da religido, como ilusdo ou quimera, mas oferecer um cédigo que nos permitisse entender os seus segredos. Feuerbach denomina seu método de historico-filos6fico, em oposigao a mera anilise historica do cristianismo. A anilise é historica porque os seus materiais basicos séo extraidos das expressdes histéricas da religido. Mas o histérico é qualificado pelo fildsofo. Assim, em oposigao a critica histérica que simplesmente pergunta se 0 milagre ocorreu ou nao, diz Feuerbach: “Eu somente mostro 0 que é 0 milagre [...] 0 poder do milagre é nada mais que 0 poder da imaginagao”. Aquilo que uma critica historia elimina como inverossimil, a critica historico- filosotica retém como expresso ou revelagio da cesséncia humana, Ludwig Feuerbach, antropélogo alemio. & reconhecido por sua teologia humanista ¢ pela influencia que seu pensamento exerce sobre Karl Marx. inicialmente estudou teologia em Heidelberg. Mais tarde foi para Berlim, curioso para entrar em contato com Hegel e sua filosofia. Em 1830, lecionou em Erlagen e, em 1848, em Heidelberg. Entre suas obras destacam-se Pensamentos sobre a morte e sobre a imortalidade, Ligdes sobre a esséncia da religido, Critica é filosofia hegeliana, Espiritismo e materialismo, sendo A esséncia do cristianismo uma das mais importantes. De acordo com sua filosofia, a reli m forma de alienagdo que projeta ‘08 conceitos do ideal humano em um ser supremo. Faleceu em 1872, em Rechenberg, na Alemanha. losofo e A esséncia do cristanrsmc Titulo original alemao: Das Wesen des Christentums Direitos de publicacao em lingua portuguesa: © 2007, Editora Vozes Ltda Rua Frei Luis, 100 25689-900 Petropolis, RJ Internet: http://www.vozes.com.br Brasil Todos 0s direitos reservados. Nenhuma parte desta obra podera ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrénico ou mecénico, incluindo fotocépia e gravacao) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissao escrita da Editora. Editoracao: Maria da Conceicao Borba de Sousa Projeto grafico e capa: AG.SR Desenv. Grafico Dados Internacionais de Catalogacao na Publicacao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Feuerbach, Ludwig, 1804-1872 A esséncia do cristianismo / Ludwig Feuerbach; traducao ¢ notas de José da Silva Brandao. - Petropolis, RJ : Vozes, 2007. Titulo original: Das Wesen des Christentums. Bibliografia. ISBN 978-85-326-3488-7 1. Cristianismo ~ Literatura controversa 2. Religiéo - Filosofia |. Titulo. 07-2214 CDD-201 Indices para catélogo sistematico: 1. Religido : Filosofia 201 Este livro foi compost e impresso pela Editora Vozes Ltda. Sumario Apresentacdo do tradutor, 7 Prefacio a primeira edicdo, 11 ~ Prefacio 4 segunda edicao, 17 —— > Ler em final de livro. Prefacio a lerceira edicao, 31. ~~ Introdugao, 33 Capitulo | - A esséncia do homem em geral, 35 Capitulo ll - A esséncia da religiao em geral, 44 Primeira parte - A esséncia verdadeira, isto é, antropologica da religiao, 61 Capitulo Ill - Deus como entidade da razéo, 63 Capitulo IV ~ Deus como um ser moral ou lei, 72 Capitulo V - O mistério da encarnacao ou Deus como entidade do coracao, 77 Capitulo Vi ~ O mistério do Deus sofredor, 85 Capitulo IX - O mistério do principio criador do universo em Deus, 104 Capitulo X - O mistério do misticismo ou da natureza erm Deus, 109 Capitulo XI - O mistério da providéncia e da criagdo a partir do nada, 120 Capitulo XII - O significado da criagéo no judaismo, 129 Capitulo XII - A onipoténcia da afetividade ou o mistério da oragao, i Capitulo XIV - O mistério da fé - O mistério do milagre, 142 Capitulo XV - O mistério da ressurreigao e do nascimento sobrenatural, 149 Capitulo XVI - O mistério do Cristo cristao ou do Deus pessoal, 154 Capitulo XVII - A diferenga entre cristianismo e paganismo, 162 Capitulo XVIII - O significado cristao do celibato livre e da classe monastica, 171 Capitulo XIX - O céu cristao ou a imortalidade pessoal, 179 Segunda parte - A esséncia falsa, isto é, teolégica da religiao, 191 Capitulo XX - O estdgio essencial da religiao, 193 Capitulo XXI - A contradi¢ao na existéncia de Deus, 203 Capitulo XXII - A contradigao na revelacgao de Deus, 209 Capitulo XXIII - A contradigao na esséncia de Deus em geral, 217 Capitulo XXIV - A contradicao na teologia especulativa, 228 Capitulo XXV - A contradicao na trindade, 233. Capitulo XXVI - A contradicao nos sacramentos, 237 Capitulo XXVII - A contradicao entre fé e amor, 246 Conclusdo, 265 Capitulo XXVIII, 267 Apéndice, 275 Explicagées, observacées, documentacées, 277 Apresentagao do tradutor Desde que Immanuel Kant estabeleceu em sua Crilica da razdo pura as fronteiras da razdo em seu uso empirico, condenando as afirmacoes de pretensao transcendental, ou seja, que ultrapassam as fronteiras da expe- riéncia, iniciou-se no pensamento alemao uma revolucao que dificilmente encontrara o seu paralelo na historia. Apos Kant, s6 havia duas saidas: ou legitimar o pensamento humano como algo que sé encontra o seu ele mento elaboravel no campo ideal e fenomenolégico (Fichte, Schelling e Hegel), ou reconhecer que o conhecimento consciente é apenas um efeito ou uma manifestagao superficial ou ainda uma representacao de causas inconscientes profundissimas, tais como instintos, desejos, etc. (Schope- nhauer, Eduard von Hartmann). Mas essas duas grandes linhas voltariam a se encontrar posteriormente, porque de Hegel surgiu, numa prépria ne- ga¢ao do idealismo hegeliano, o chamado materialismo histérico ou a es- querda hegeliana (Feuerbach, Strauss, Bruno Bauer, Max Stimer e Karl Max), enquanto que de Schopenhauer surge Nietzsche, e deste, nao se pode negar, os pressupostos teoréticos para a quase atual linha psicanali- tica (Freud e Jung) que, por sua vez, possui muitos pontos comuns com os principios do materialismo histérico. Ja Schleiermacher, discipulo de Hegel, preconizava 0 sentimento como o ponto central para a explicagao da religiao ou, em outras pala- vras, 0 principio de que Deus sé pode ser conhecido pelo sentimento. Mas a conclusao decisiva desta premissa coube a Ludwig Feuerbach (1804-1872). Religiao é antropologia. O homem projeta em seus deuses todos os seus anseios, amores e sentimentos mais elevados e profundos. Ohomem retira de si a sua esséncia mais elevada e mais nobre para ado- ra-la fora de si como Deus. Tudo que existe no homem de bom, de cons- trutivo, mas de modo imperfeito (porque o homem é imperfeito), existe em Deus de maneira absoluta, perfeita, eterna. Por isso, é Deus a suma perfeigao, o exemplo dos exemplos, pois Ele é tudo que o homem deseja ser e nao é. A prova desta humanidade de Deus ja esta no mero fato de Ele ouvir as preces do homem, de participar das suas fadigas e sofrimen- tos a ponto de se encarnar em homem para salva-lo. Tudo que interessa ao homem interessa a Deus e, conseqiientemente, tudo que é repudiado pelo homem é odiado por Deus, so interessa ao demonio. Deus €, pois, a ansia de felicidade ilimitada que o homem sente em si satisfeita na fanta- Aesseneia da cristianism sia, © homem inconscientemente abomnina © mundo, a natureza, porque Io na natureza ele vé a matéria, a destruicao, a transitoriedade, a ‘gs0, 0 seu instinto de ser feliz tem que criar, ainda que somen. 2, um outro mundo eterno, imaterial, uma vez que este daqui ve argerve, € um vale de lagrimas, dores e softimentos. Para este outro mundo transfere © homem até mesmo os seus amores individuais: ag pessoas que ele ama, que s80 objeto de sua afetividade, nao morrem; um fia ele reencontraré todas no outro mundo. Feuerbach conclui entao: nao foi Deus que se fez carne para salvar o homem, porque antes de Deus se rebaixar ao homem foi necessaria a elevacdo da esséncia huma- na até Deus, ou seja, foi necessaria a divinizacdo da afetividade, do senti- mento. Deus torna-se, assim, um reservatério de todos os valores positi- vos aos olhos do ser humano, mesmo que sejam em si contraditérios, Por exemplo: Deus é infinitamente bom e justo, mas o homem nao cogita que quem ¢ infinitamente bom nem sempre pode ser justo que, inversa- mente, quem é justo nem sempre pode ser bom. Deus, conclui entao, é um conjunto de infinitos atributos exatamente porque nao é nenhum, porque é uma mera abstracao. Por isso ¢ dito ser inefavel, incognoscivel, indefinivel, inesgotavel. Ao explicar a religiao, Feuerbach parte do princi- pio de Petrénio: Primus in orbe deos fecit timor, isto é, 0 medo foi que primeiro criou deuses no mundo. O medo surge no homem por causa do sentimento de dependéncia (Abangigkeitsgefiihl). O homem se sente condicionado, dependente; por isso teme pela sua vida, pela sua sade, pela sua sorte, pelos seus interesses, sejam eles os mais quotidianos e su- perficiais. Dai poder a religiao ser explicada também como um fruto do egoismo. O homem chega a implorar aos deuses, antes de uma batalha, pela destruicéo dos seus inimigos. Muitas vezes nao importa o que interes- sa a outros homens, mas sim o que interessa a quem implora, seja indivi- dual ou coletivamente. Assim, o homem rende gracas por se sentir salvo ‘ou curado, mas nesse momento nao se lembra da justica, pois nao se lem- bra que outros homens nao tiveram o mesmo privilégio e foram massacra- dos pelos mais estupidos acidentes. Donde concluir Feuerbach que esta chamada Providéncia Divina ou Predestinagao, que distribui felicidade e desgraca indistintamente para bons e maus, ricos e pobres, nao possui uma s6 caracteristica que a pudesse distinguir de “sua majestade o aca- so”. A propria humildade, tao caracteristica do sentimento religioso, expli ca Feuerbach como sendo um fruto do egoismo: o homem se humilha pe- rante outros homens para se engrandecer aos olhos de seu Deus. no mund morte. Por i tena fantasi ___ Quanto ao Deus como criador do universo, como principio causal e final, Feuerbach explica como sendo um produto da limitagao da nossa ciéncia. O homem nao pode conceber algo que nao seja fabricado e que nao sirva a um determinado fim, porque ele proprio fabrica as coisas Para servirem a alguma finalidade. Por isso, nao suporta a idéia de um Apresentagaa du tradutor 8 universo eterno, incriado, e pergunta: De onde veio tudo isto? Mas, curio- 30, diz Feuerbach, que ao estabelecer Deus como criador, ele no conti- nua com esta pergunta: De onde vern Deus? Com o universo a razao nao consegue parar em seu véo infinito, somente com a idéia de Deus. Deus €, pois, como um postulado gratuito e incondicionado no qual a razao descansa da sua angustia perante o infinito. Por outro lado, o homem sé pode entender a perfeicdo, a funcionalidade da natureza como fruto de uma razao universal. Mas Fueuerbach vé ai outra ingenuidade. Tudo que na natureza é aparentemente tao racional é fruto de interminaveis trans- formacées, adaptacdes, combinacoes e repulsas, como a propria quimi- ca de sobra o demonstra. Nao foi um ser que tudo vé - diz ele - que criou co olho, mas sim a necessidade de ver. Na natureza nao é, pois, uma su- prema perfeicéo que cria (para que entdo criaria?), e sim as caréncias dos elementos e dos seres vivos. A natureza nao € sempre tao perfeita quanto parece. Ela mostra em si imperfeicées, anomalias, excrescéncias que vo sendo anuladas ou corrigidas aos poucos, num tatear evolutivo que leva milhées de anos. Ela nao nos mostra somente evolucao, perfei- cao, mas também degeneracao, degradacao, decadéncia. E, além disso, nem tudo acontece téo necessariamente quanto parece. O acaso e a ne- cessidade subsistem no universo em eterna reciprocidade. Se a natureza fosse tao perfeita, o proprio homem, ao transforma-la e melhoraa atra- vés de sua técnica e da sua arte, estaria repreendendo esta perfeicdo e, indiretamente, estaria repreendendo Deus. A religiao 6, pois, a fase infantil da humanidade. Um dia o homem descobrira que ele adorou a sua propria esséncia, que criou em sua fan- tasia um ser semelhante a si, mas infinitamente mais perfeito, que esta sempre pronto para lhe oferecer consolo no sofimento e protecao nos momentos mais dificeis e angustiantes da existéncia. A religiao sera en- to substituida pela cultura, pela ética, pelo humanismo, porque s6 a cul- tura pode unir os homens, nao a religido. A fé, a religio, separa, cria ci- sdes entre os homens devido a rivalidade entre as diversas seitas. Nao é ateu no verdadeiro sentido, diz Feuerbach, aquele que nega o sujeito, e sim 0 que nega os predicados do sujeito. Em outras palavras: o verdadei- ro ateu nao € aquele que diz “Deus nao existe”, e sim 0 que diz “a bonda- de nao existe, a justica nao existe, a misericérdia nao existe”, etc., porque aqui surgitia o problema (ja abordado no diélogo Eutifron, de Platao) concernente ao que seria mais importante: Deus ou suas qualidades? Ou ainda: devemos ser bons porque Deus é bom ou ja nao seria o proprio Deus bom porque é bom ser bom? Se o mais importante é entao ser bom, podemos abracar a bondade independentemente de Deus, mas se © mais importante é seguirmos a Deus, poderemos adoré-lo e cultua-lo independentemente da bondade, o que a historia mostra em todas as Suas paginas através das crueldades praticadas pelo fanatismo religioso. A esséncia do cristianismo m iluminista. Nele encontramos da maneira mais ve- emente a valorizacao do homem que tem os pés no chao, do homem que gata em harmonia com a natureza da qual sabe ser um produto, mesmo eSMhecendo as imperfeicoes desta natureza, do homem que conhece e Chtica a si mesmo, combatendo as suas falhas e aperfeicoando as suas qualidades: enfim, do homem que trabalha, ama, cria e transforma. Exa- tamente por isso talvez ninguém tenha sido tao avesso quanto ele a ex- pressoes como “sobrenatural” ou “supranatural”. Se o homem passasse a acreditar um pouco mais em si mesmo ao invés de acreditar em deuses - dizia ele - teriamos certamente um mundo muito melhor. Feuerbach foi Feuerbach, como nao é dificil supor, foi muito combatido e criticado, mas era tranqiiilo e inabalavel em suas concepgées. Costumava dizei Construo minhas idéias a partir das coisas e nao procuro, como a maio- ria, ver as coisas através das lentes das idéias preconcebidas e impostas. E aos criticos respondia: Se for o caso, prefiro ser um deménio aliado a verdade do que um anjo aliado 4 mentira. Suas obras principais sao: Das Wesen des Christentums (A essén- cia do cristianismo), Vorlesungen tiber das Wesen der Religion (Prele- goes sobre a esséncia da religiao), Theogonie (Teogonia), Die Unster- blichkeitsfrage (A questao da imortalidade). As duas primeiras foram traduzidas para o portugués por mim. Introdugao _ Capituto i A esséncia do homem em geral A religiao se baseia na diferenca essencial entre o homem ¢ 0 animal ~ 0s animais nao tém religiao. Os antigos zodgrafos pouco criticos atribui- ram de fato ao elefante, dentre outras qualidades louvaveis, também a virtude da religiosidade; mas a religido dos elefantes Ppertence ao reino das fabulas. Cuvier, um dos maiores conhecedores de zoologia, baseado em pesquisas, nao coloca o elefante em grau de espiritualidade mais ele- vado do que o cao. Mas qual é esta diferenga essencial entre o homem e 0 animal? A res- posta mais simples e mais comum, também a mais popular a esta per- gunta, é: a consciéncia - mas consciéncia no sentido rigoroso; porque consciéncia no sentido de sentimento de si proprio, de capacidade de dis- cernimento sensorial, de percepcao e mesmo de juizo das coisas exterio- tes conforme determinadas caracteristicas sensoriais, tal tipo de cons- ciéncia nao pode ser negada aos animais. Consciéncia no sentido rigoro- so existe somente quando, para um ser, é objeto o seu género, a sua qili- didade. De fato é 0 animal objeto para si mesmo como individuo - por isso tem ele sentimento de si mesmo - mas nao como género - por isso faltahe a consciéncia, cujo nome deriva de saber’. Onde existe conscién- cia existe também a faculdade para a ciéncia. A ciéncia é a consciéncia dos géneros. Na vida lidamos com individuos, na ciéncia com géneros. Mas somente um ser para 0 qual o seu proprio género, a sua qitididade torna-se objeto, pode ter por objeto outras coisas ou seres de acordo com a natureza essencial deles. Por isso tem 0 animal apenas uma vida simples, mas o homem uma dupla: no animal é a vida interior idéntica 4 exterior - o homem possui uma vida interior e uma exterior. A vida interior do homem é a vida relacio- nada com o seu género, com a sua esséncia. O homem pensa, i.e., ele conversa, fala consigo mesmo. O animal nao pode exercer nenhuma fun- gao de género sem um outro individuo fora dele; mas o homem pode 1. (N. do trad.) A conscientia latina provém de scire, saber. A lingua alema foi analoga a latina na formacao desta palavra: derivando do verbo wissen, wusste, gewusst a palavra Bewusstsein, consciéncia. Por isso pode Feuerbach, como alemao, também dizer “Be- wusstsein, welches seinen Namen vom Wissen ableite! cia do oristianisme 1, do falar (porque pensar e falar sao 7 Fe um outro. O homem é ‘olocar no lugar do outro a, nao somente a sua in- ao de género do pensar, 40! exercer fungdo de genera 40 Pee cidade so mes iu, ele pode se © ater é ssénci Porramente porque 0 seu genera: 2 sua e Gividualidade, € para ele objet im contraste com a do animal, nao € apenas 0 ia do hon as a religido é a conscién- Aesseénci . M. é religido. ‘as também 0 objeto da r scién fundamento, mas tame" e nao pode set nada mais que 2 consciéncia cia do men tem vita, nao limitada, mas infinita. da sua esséncia nao ito nao possui a mil m ser infinito, porque imit i onsciéncia da limitagao da consciéncia. Acon a, 2 reste a uma espécie determinada de planta, nao se estende também para além deste campo limitado; distingue certamente esta planta de ou- tras plantas, mais ela nao sabe. Por isso nao chamamos uma tal conse cia limitada e, exatamente por ser limitada, também infalivel einilu ivel, de consciéncia, mas de instinto. Consciéncia no sentido rigoroso ou proprio e consciéncia de infinito sao conceitos inseparaveis; uma consciéncia limnita- da nao é consciéncia; a consciéncia é essencialmente de natureza univer- sal, infinita. A consciéncia do infinito nao é nada mais que a consciéncia da infinitude da consciéncia. Ou ainda: na consciéncia do infinito é a infinitu- de da sua propria esséncia um objeto para o consciente. que oO homem tem Um ser realmente fini ciencia, do que seja u! nima idéia, e muito menos cons- ‘a limitacao do ser é também a lagarta, cuja vida e esséncia é Mas qual é entao a esséncia do homem, da qual ele é consciente, ou © que realiza o género, a propria humanidade do homem?' A razao, a vontade, o coragao. Um homem completo possui a forga do pensamen- to, a forca da vontade e a forga do coracao. A forga do pensamento é a luz do conhecimento, a forga da vontade é a energia do carater, a forga do coracao é o amor. Razao, amor e vontade sao perfeigdes, so os mais altos poderes, sao a esséncia absoluta do homem enquanto homem e a finalidade da sua existéncia. O homem existe para conhecer, para amar e para querer. Mas qual é a finalidade da razdo? A razao. Do amor? O amor. Da vontade? O livre-arbitrio. Conhecemos para conhecer, ama- Mos para amar, queremos para querer, i.¢., para sermos livres. A essén- cia verdadeira € a que pensa, que ama, que deseja. Verdadeiro, perfeito, divino € apenas o que existe em fungao de si mesmo. Assim é 0 amor, as- sim a razdo, assim a vontade. A trindade divina no homem e que esta aci- ma do homem individual é a unidade de razao, amor e vontade. Razao (imaginagao, fantasia, representagao, opiniao). Vontade, amor ou cora- 1.0 materialista nao-espirtualista dia: “O homem se distingue do animal somente pela consciéncia, ele é um animal, mas dotado de consciéncia’, este nao medita pols que humm ser que desperta para a consciéncia processa-se uma mudanca qualitativa de todo o ser. De resto, a espécie animal ndo deve ser de forma nenhuma diminuida com o que foi dito. ‘Aqui nao é o lugar para aprofundarmos nesta questao. : Sosseneia do homens aay qe nim qeral 37 ao ndo sao poderes que o homem poss: ele so € 0 que é através deles -, sao pois co mentam a sua esséncia e que ele nem poss animam, determinam e dominam ~ podere, ele nao pode oferecer resistencia’, Porque ele nada é sem eles, Mo os elementos que funda- ui nem produz, poderes que o s divinos, absolutos, aos quais Como poderia o homem sensivel resistir ao sentimento, o amante ao amor, o racionalista 4 razao? Quem ainda nao experimentou 0 poder es- magador dos sons? Mas o que é 0 poder dos sons a nao ser o poder dos sentimentos? A musica € 0 idioma do sentimento - 0 som é 0 sentimento puro, o sentimento que se comunica consigo mesmo. Quem nao experi- mentou 0 poder do amor ou pelo menos nao ouviu falar dele? Quem € mais forte? O amor ou o homem individual? Possui o homem o amor ou antes nao € 0 amor que possui o homem? Quando o amor leva o homem. a se entregar a morte até mesmo com juibilo em nome da amada, é esta forsa que despreza a morte a sua propria forca individual ou nao é antes a forca do amor? E quem que ja pensou de verdade nao experimentou 0 po- der do pensamento, aquele poder trangiiilo, sereno? Quando te submer- ges em profunda meditagao esquecendo-te de ti mesmo e do que te cir- cunda, dominas tu a razdo ou és dominado e assimilado por ela? Nao é 0 entusiasmo cientifico o mais belo triunfo que a razao festeja sobre ti? Nao é 0 poder da Ansia de saber um poder absolutamente irresistivel, que tudo supera? E quando oprimes uma paixao, abandonas um habito, em sinte- se, quando consegues uma vitéria sobre ti mesmo, é esta forca vitoriosa a tua propria forca pessoal pensada em si mesma ou nao é antes a energia da vontade, o poder da moral que se apoderou de ti e que te enche de in- dignagao contra ti mesmo e contra as tuas fraquezas individuais>” © homem nada é sem objeto. Grandes homens, homens exempla- res, que nos revelam a esséncia do homem, confirmaram esta frase com a sua vida. Tinham apenas uma paixao fundamental dominante: a reali- zacao da meta que era 0 objetivo essencial da sua atividade. Mas 0 objeto com 0 qualo sujeito se relaciona essencial e necessariamente nada mais é que a esséncia propria, objetiva deste sujeito. Se este for um objeto co- mum a muitos individuos diversos quanto a espécie, mas iguais quanto 2. “Toute opinion est assez forte pour se faire exposer au prix de la vie” (Montaigne). 3. Se esta distingao entre o individuo - uma palavra altamente vaga, ambigua e capciosa como todas as palavras abstratas - ¢ o amor, a razao € a vontade € baseada ou nao na natu- feza, é inteiramente indiferente para o tema desta obra, A religido retira os poderes, as quali- dades e as esséncias do homem de dentro do préprio homem e as diviniza como se fossem_ seres separados, nao importando aqui se ela transforma cada uma em si individualmente ‘Aum ser, como no politeismo, ou se reine todas num unico ser, como no monoteismo - por- tanto, deve esta distincao também ser feita na explicagao ou na reducao destas esséncias di- vinas ao homem. De resto ela nao ¢ oferecida apenas pelo objeto, mas é tambem fundada fi- lologica ou, 0 que da na mesma, logicamnente - porque o homem se distingue do seu espirt to, da sua cabega, do seu coragéo, como se fosse algo independente deles. Aesséncia do cristianigmy neira em que ele for um objetg eo ae eum dos planetas, mas da maneira us, Satumo ou Urano ele nao og prio sol. O sol que € como ium). enero. 10s conform 20 geges individ eS otto comu iri, para Ven! gue ele € 0biel m 0 seu Prof somo il ya Terra. C2 eta tejetencia fisica (somente astronémica, cien, para 0 lan e ‘ de outra forma, ele também & fae aquee ee aparece " tiica) para @ TeFTa:© 0 $01 Te ente do da Terra. Por isso € a relacao da realmente erm Urano WT apo uma relagéo da Terra consigo mesma Terra com 0 50! 20 Te encia, porque a proporcao da grandeza ¢ da in. ou com a sua pro No col é um objeto para a Terra € a proporcag al P tensidade de er determina eatureza propria da Terra. Todo planeta da distanci cia ave tu sol 0 espelho da sua propria esséncia. tem por! iencia de si mesmo através do objeto: a por isso tora 0 homem conscienc m través do iss ono tt a consciéncia que © homem tem de si mesmo, consciéncia do objeto © & cor romem; nele a sua esséncia te aparece; o través do objeto Ora revelada, o seu Eu verdadeiro, objetivo. E isto nao é vsligo somente para os objetos espirituais, mas também ava 8 sensor. ais. Também os objetos mais distantes do homem sao revelacoes da es. 28 Ts humana, e isto porque e enquanto eles sao objetos para ele. Tam. pence ua, o sole as estrelas gritam para ohomem o gnéthi sautén, oco- negate a ti mesmo. Pelo fato dele os ver e os ver da forma que ele os ve, tudo isso jé é um testemunho da sua propria esséncia. O animal s6 é atin. gido pelo raio de luz necessério para a sua vida, mas o homem também pelo brilho indiferente da mais distante estrela. S6 o homem possui alegr as e sentimentos puros, intelectuais, desinteressados - s6 o homem pro- move os espetaculos teoréticos dos olhos. O olho que contempla o céues- trelado, que distingue aquela luz que nem ajuda, nem prejudica e que nada tem em comum com a terra e suas necessidades, este olho vé nesta luz a sua propria esséncia, a sua propria origem. O olho é de natureza celestial. Por isso eleva-se 0 homem acima da terra somente através do olho; por isso inicia-se a teoria com a contemplacao do céu’. Os primeiros fildsofos foram astronomos. O céu lembra ao homem o seu designio, lembra-o de que ele ndo nasceu somente para agir, mas também para contemplar. O ser absoluto, o Deus do homem é a sua propria esséncia. O poder do objeto sobre ele é, portanto, o poder da sua propria esséncia. Assim, é © poder do objeto do sentimento o poder do sentimento, o poder do obje- ® da fazao 0 poder da prépria razao, o poder do objeto da vontade o po der de vontade. O homem, cuja esséncia é determinada pelo som, é do sey ade Pelo sentimento, pelo menos pelo sentimento que encontra 0 ‘mento correspondente no som. Nao €, porém, o som em si mes Aessencia do homem em gerat 38 mo, somente 0 som rico de contetido, de sentido e de sentimento exerce poder sobre o sentimento. O sentimento s6 é determinado pelo senti- mental. i.e., por si mesmo, pela sua propria esséncia, Da mesma forma é a vontade, é a razao. Por isso qualquer que seja 0 objeto de que tomemos. consciéncia fara simultaneamente que tomemos consciéncia da nossa propria ess€ncia; nao podemos confirmar nada sem confirmarmos a nos mesmos. E pelo fato do querer, o sentir, o pensar serem perfeicdes, es- séncias, realidades, é impossivel percebermos ou sentirmos a razao com a razao, 0 sentimento com o sentimento, a vontade com a vontade como forca limitada, finita, i.e., nula. Finitude e nulidade so sinonimos; finitude € apenas um eufemismo para nulidade. Finitude é a expressao metafisi- ca, teorética; nulidade, a patolégica e pratica. O que é finito para a razao, é nulo para 0 coracao. Mas é impossivel que sejamos conscientes da vontade, do sentimento e da razao como forcas finitas, porque toda per- feicao, toda forca e esséncia é uma confirmacao e uma certificagao de si mesma. Nao se pode amar, querer e pensar sem sentir essas atividades como perfeicdes; nao se pode perceber que a gente é um ser que ama, que quer, que pensa em sentir uma alegria infinita com isso. Consciéncia € 0 ser-objeto-de-si-mesmo de um ser; por isso nao é nada especial, nada diferente do ser que € consciente de si mesmo. Como poderia de outra forma ser consciente de si mesmo? Impossivel € pois ser consciente de uma perfeicaéo como uma imperfeicdo, impossivel sentir 0 sentimento como limitado, impossivel pensar o pensamento como limitado. Consciéncia € autoconfirmagao, auto-afirmagao, amor-proprio, con- tentamento com a propria perfeicao. Consciéncia é a marca caracteris ca de um ser perfeito; consciéncia existe somente num ser satisfeito, completo. A propria vaidade humana confirma esta verdade. O homem se mira no espelho; ele se agrada com a sua figura. Este agrado é uma conseqiiéncia necesséria, espontanea da perfeicdo, da beleza da sua imagem. A bela imagem € contente de si mesma, tem necessariamente alegria de si mesma, reflete-se necessariamente em si mesma. Vaidade é apenas quando o homem namora a sua propria forma individual, mas nao quando ele admira a forma humana. Ele deve admiré-la; nao pode conceber nenhuma forma mais bela, mais sublime do que a humana’. Certamente todo ser ama a si mesmo, a sua esséncia, e deve ama-la. 0 ser é um bem. “Tudo”, diz Bacon, “que € digno de ser, é também digno de ser sabido”. Tudo que é tem valor, é um ser de disting4o; por isso ele se afirma. Mas a mais elevada forma da afirmacao de si mesmo, a forma 4."O homem € 0 que ha de mais belo para o homem” (CICERO. De nat. D., lib. I). Eisto nao é um sintoma de limitagao, pois acha belos também outros seres além de si; apraz-se também com a beleza das formas dos animais, com a beleza das formas das plantas, com a beleza da natureza em geral. Mas somente a forma absoluta, perfeita, pode admi- rar sem inveja as formas dos outros seres. ‘\ essencia dO Cristianigmy mesma uma dist ngao, uma perfeicao, UM? felicidade, um bem, | uma disting3o ela mesma Ww queé bey oy conscienci@ Tora limitacae ¢ engano, nun’ pao € dife! ie 50 pode ter ¢ dda essencia do homem em geral bascia.se 280 ON ede e mesmo deve o individuo hurmang ine 0 al - sentir-se e conhecer-se COMO lim), vente do aire’ das suas limitacoes, da sua finitud leer conde do genero € um objeto para ele, seja um feicae. vr gneia moral ou da consciéncia pensante", Se ilo. de coe eeneoes as limitagoes do Genero, explica.se ‘dentico ao género ~ uM engano ou dele jjaciona-se intimamente com 0 comodismo, pre, ilusdo que, de resto. Ta nc individuo. Uma limitagao que reconhecg guiga. a vaidade ¢ 3 ore, esta me humilha, me envergonha e me intran, como a minha Irene libertar deste sentimento de vergonha, desta in, auiliza, Entdo, Pare imitacoes da minha individualidade as limitacées tran gssencia humana. O que ¢ incompreensivel para mim ha de 2 regen pare os outfos; 0 que Me importa mais? Nao é minha culpa isso nao reside na minha inteligéncia: reside na inteligéncia do Préprio weeurohumano. Mas é loucura, uma loucura ridicula e criminosa, quai car como infinito, limitado, o que faz a natureza do homem, a natureza do Genero que ¢ a esséncia absoluta do individuo. Todo ser se basta a si oeremo, Nenhum ser pode se negar, i.e., negar a sua esséncia; nenhum sere limitado para si mesmo. Todo ser é ao contrario em si e por si infin to, tem o seu Deus, a sua mais elevada esséncia em si mesmo. Toda limi- taco de um ser existe somente para um outro ser além e acima dele. A vida dos micrébios é extremamente curta em comparacao com a dos animais, que viver mais tempo; no entanto, é para eles esta vida curta tao longa quanto para outros uma vida de anos. A folha em que vive a la- garta € para ela um mundo, um espaco infinito. Ja razao OU pum Paquiclet tado: mas el porque @ Pere bjeto clo 5 n Se. porem, fizer das suas lrntagée sto pelo engano dele sé © O que faz de um ser o que ele 6, é exatamente o seu talento, a sua ca- pacidade, a sua riqueza, o seu adorno. Como seria possivel perceber 0 seu ser como nao-ser, a sua riqueza como pobreza, o seu talento como incapacidade? Se as plantas tivessem olhos, gosto e juizo - cada planta iria escolher a sua flor como a mais bela, porque o seu gosto nao iria além da sua capacidade essencial produtiva. O que a qualidade essenci- al Produtiva produzisse como o melhor, isto iria também o seu gosto eo Seu juizo reconhecer, confirmar como o melhor. O que a esséncia afirma, male eset ou 0 juizo nao Podem negar; caso contrario, nao seria 240 € 0 juizo de um ser determinado, mas de um ser qualquer. A SS I. (N. do tr 1. (N. rad. os nheciments a } come Palavra consciéncia denominamos a consciéncia em si, i€., OC ambos e uss Besse ncia moral no sentido de dor de consciéncia. O alemao distingue ‘Sein para a primeira e Gewissen para a tltima. neve: 2 ESSERE AM Heme em qoral medida de um ser é também a medida da inteligéncia. Seo ser é limitado inteligéncia. limitado, so a linge a razéo limitados. Mas para um ser limitado nao ¢ a inteligéncia limitada uma limitagao, ao contrario, sente-se com- pletamente feliz e satisfeito com ela; ele a sente e louva como uma forga majestosa, divina; € a inteligéncia limitada louva por sua vez o ser limita- do de quem ela é inteligéncia. Ambos combinam da melhor man como poderiam entrar em atrito? A inteligéncia é o horizonte de um ser. Quao longe enxergas, tao longe estende-se tua esséncia e vice-versa. A visao do animal nao vai além do necessario e também a sua esséncia nao vai além do necessério. E até onde se estender a tua esséncia, até onde se estender o sentimento ilimitado que tens de ti mesmo, até ai se- ras Deus. A cisdo entre inteligéncia e esséncia, entre a capacidade de pensamento e a de producao, que se da na consciéncia humana é, por um lado, apenas individual, sem importancia geral; por outro lado, ape- nas aparente, Quem reconhece como més as suas mas poesias nao € tao limitado em seu conhecimento ou em sua esséncia como aquele que aprova em sua inteligéncia as suas mas poesias. Portanto, se pensas o infinito, pensas e confirmas a infinitude da fa- culdade de pensar; se sentes 0 infinito, sentes e confirmas a infinitude da faculdade de sentir. O objeto da razao é a razdo enquanto objeto de si mesma, 0 objeto do sentimento o sentimento enquanto objeto de si mes- mo. Se nao tens tendéncia ou sensibilidade para a musica, nao percebe- ras mesmo na mais bela musica mais do que percebes quando o vento sopra teus ouvidos ou do que no riacho que murmura sob teus pés. O que te domina quando o som te domina? Que ouves neles? O que mais a nao ser a voz do teu proprio coracéo? Por isso $6 o sentimento fala para o sentimento, por isso o sentimento sé € compreensivel pelo sentimento, .e., por si mesmo, exatamente porque 0 objeto do sentimento s6 pode ser o proprio sentimento. A musica é um monélogo do sentimento. Mas © proprio diélogo da filosofia é, em verdade, apenas um mondlogo da ra- z4o0: 0 pensamento sé fala para o pensamento. O brilho das cores dos cristais arrebata os sentidos; mas a razdo sé interessam as leis da crista- lonomia. Para a razdo s6 é objeto o racional’. Por isso, tudo que tem apenas 0 significado do derivado, do subjetivo ou humano, do meio ou do drgao no sentido da especulacao e da religiao sobre-humanas, isso tem no sentido da verdade o significado do original, do divino, da esséncia, do objeto mesmo. Se, p. ex., € 0 sentimento 0 or gao essencial da religiéo, entao nada mais expressa a esséncia de Deus a nao ser a esséncia do sentimento. O sentido verdadeiro, mas oculto, da afirmagao “o sentimento € o érgao da divindade” é: o sentimento é 0 que ha de mais nobre, de mais excelente, i.e., divino no homem. Como pode- 5.A razao s6 € sensivel a razao e tudo que dai decorre” (REIMARUS. Verdades da reli gido natural IV, Div. § 8). Aessencia do cristianism timento nao fo: timento se o sent ‘s ivindade através do sen , nat ae tivina? O divino so pode ser conhecido pelo de nature7e vnecido por si mesmo”. A esséncia diving Pode meee ssencia do sentimen. erdade apenas a ess r mesma - 0 sentimento embriagadg rias perceber a di se por simesmo divino, “Deus sO < que o sentimento percebe é em v to arrebatada e encantada consigo de amor e felicidade i é ado num 6 Dai torna:se claro que quando o sentiments ode mesma pen go do infnito, da esséncia subjetiva de religido, ° ee ae de o seu valor objetivo. Assim, desde die or at Sagrado dogma da principal da religido, tomou-se indiferente 0 oreo web o ponto de vista de fe crista. Se ainda seat a oenas por causa do sentimento, que talvez sentimento, este tera vat oe por motives casuais; Se UM Outro objeto seprendaness bOI nd do este Mae mo objeto do sentimento torna-se indiferente exatamente porque, uma Ver que o sentimento é declarado como a esséncia subjetiva da religiao, ele de fato também a esséncia objetiva dela, mesmo que nao seja de- clarado como tal pelo menos diretamente. rque indiretamente isto é reconhecido pelo fato do sentimento enquanto tal ser declarado como religioso, sendo assim anulada a distincao entre os sentimentos propriamente religiosos e irreli- giosos ou pelo menos nao-religiosos - uma conseqiiéncia necessaria do ponto de vista segundo o qual somente o sentimento ¢ tido como érgao do divino. Pois, por qual outro motivo a nao ser pela sua esséncia, sua na- tureza, fazes do sentimento o orgao do infinito, da esséncia divina? Nao €, pois, a natureza do sentimento em geral também a natureza de cada sentimento especial, seja qual for seu objeto? O que leva entao este senti- mento para a religiosidade? O objeto especifico? De forma nenhuma, pois este objeto s6 é religioso enquanto nao for um objeto da razao fria ou da meméria, mas do sentimento. O que € entao? A natureza do senti- mento, da qual participa todo sentimento independentemente do objeto. O sentimento € pois sacralizado meramente por ser sentimento; o moti- vo da sua religiosidade é a sua natureza, é inerente a ele proprio. Nao é Por isso o sentimento declarado como 0 absoluto, o proprio divino? Se o sentimento é bom, religioso, i.e., sagrado, divino por si mesmo, nao tem © sentimento o seu Deus em si mesmo? Digo diretamente po Se, porém, quiseres estabelecer um objeto do sentimento, mas ao mesmo tempo interpretar verdadeiramente o teu sentimento sem inserir tous sentinentan matexee, © que te resta a nao ser distinguir entre os mente Osos nc iduais e entre a esséncia geral a natureza do senti- fuencias pone sta a nao ser filtrar a esséncia do sentimento das in- std supine loras e causadoras de Conflitos as quais o sentimento sa que pod i que és um individuo condicionado? Por isso, a unica coi ue podes objetivar, declarar como infinita, definir como sua esséncia, Sandlot a dn hamem em oeral 8 é apenas a natureza do senti a a Deus a ndo ser esta, oo, centimento. Nao tens aqui outra definigéo de quer outro Deas ann, Deus € 0 sentimento puro, limitado. lire. Qual do, vindo de fora do teu sentinn en i e um Deus que chega empurra- neonate. sentimento. O sentimento é ateu no sentido da ‘@ que como tal associa a religiao a um objeto exterior; 0 sentimento nega um Deus objetivo - ele é um Deus para si mesmo. So- mente = negacéo dg sentimento €, sob 0 ponto de vista do sentimento, a . Es apenas muito covarde ou limitado para confessar com palavras 0 que o teu sentimento afirma em siléncio. Preso a escripu- los vindos de fora, incapaz de compreender a grandeza do sentimento, tu te escandalizas com 0 ateismo religioso do teu coracao e destréis neste es- candalo a unidade que tem o teu sentimento consigo mesmo no momento em que refletes um ser diverso, objetivo e assim te entregas necessaria- mente as velhas questées e diividas: se existe um Deus ou nao? Questées e duvidas que desaparecem, que se tornam mesmo impossiveis quando 0 sentimento é designado como sendo a esséncia da religiao. O sentimento € 0 teu poder mais intimo e ao mesmo tempo um poder distinto, indepen- dente de ti, ele esta em tie acima de ti: ele é a tua mais genuina esséncia, mas que te surpreende como se fosse uma outra esséncia, em sintese, 0 teu Deus - como pretendes ainda distinguir esta tua esséncia em ti de um outro ser objetivo? Como podes sair do teu sentimento? O sentimento foi salientado aqui apenas como exemplo. © mesmo se dé com qualquer outra forca, capacidade, poténcia, realidade ou ativi- dade - 0 nome nao interessa - que se declarar como érgao essencial de um objeto. O que é subjetivo ou tem por parte do homem o significado de esséncia tem também objetivamente ou do lado do objeto o significa- do de esséncia. Mas o homem nao pode sair da sua verdadeira esséncia. De certo pode ele conceber através da fantasia individuos de tipos mais elevados, mas do seu género, da sua esséncia ele nunca podera se abs- trair; as qualidades que ele atribui a estes outros individuos sao sempre qualidades retiradas da sua propria esséncia - qualidades nas quais ele em verdade sé se reflete e se objetiva a si mesmo. Talvez existam além do homem outros seres pensantes nos corpos celestes, mas com a acei taco de tais seres nao mudamos 0 nosso ponto de vista - apenas o enti- quecemos quantitativa, nao qualitativamente; porque assim como impe- ram la as mesmas leis do movimento, da mesma forma imperam | tam- bém as mesmas leis do sentir e do pensar como aqui. Em verdade nao habitamos as estrelas com seres vivos para que la haja outros seres como nés, mas para que haja mais seres semelhantes a nos’. 6. Assim diz, p. ex., Christ. Huygens em seu Cosmotheores, livro I: “E possivel que o pra- zer da miisica e da matematica nao se restrinja somente a nds homens, mas também se estenda a outros seres”. Isto significa: a qualidade é a mesma; a mesma sensibilidade para musica, para ciéncia; apenas o numero dos que os usufruem deve ser ilimitado. Capitula i! Aesséncia da religiao em geral do até aqui em geral sobre a relacao de homem com tocante aos objetos sensoriais, é valido em especia| m o objeto religioso. s sensoriais € a consciencie do obieto faci. . ‘ cincia de si mesmo; Mas no objeto religioso a mnt ceil income conan ses mesmo G objeto sensorial esta fora do homem, © religioso esta ne es & mesmo inti. mo (por isso um objeto que nao o abandona como ) 2 dace a sua consciéncia de si mesmo e a sua consciéncia mora ), na ver lade o rnais intimo, o mais proximo. Agostinho diz, p. ex.: “Deus € mais proxi. mo, mais intimo e por isso, mais facilmente reconhecivel do que as coi. sas sensoriais e corporais””. O objeto sensorial ¢ em si um objeto indife. rente, independente da intencdo, do juizo; mas 0 objeto da religido é um objeto mais selecionado: 0 ser mais excelente, 0 Primeiro, o mais eleva- do; pressupée essencialmente um juizo critico para distinguir entre o divi- no e onao-divino, o adoravel e o néo-adoravel’. E aqui vale sem qualquer restricdo o principio: o objeto do homem nada mais é que a sua propria esséncia objetivada. Como o homem pensar, como for intencionado, as- sim é 0 seu Deus: quanto valor tem o homem, tanto valor e nao mais tem o seu Deus. A consciéncia de Deus é a consciéncia que o homem tem de si mesmo, o conhecimento de Deus 0 conhecimento que o homem tem de si mesmo. Pelo Deus conheces 0 homem e vice-versa pelo ho- mem conheces o seu Deus; ambos sao a mesma coisa. O que é Deus Para o homem € 0 seu espirito, a sua alma eo que é para o homem seu espirito, sua alma, seu coracao, isto é também o seu Deus: Deus é a inti- midade revelada, ° pronunciamento do Eu do homem; a religiéo é uma revelacao solene das preciosidades ocultas do homem, a confissao dos seus mais intimos pensamentos, a manifestagao publica dos seus segre- dos de amor. Se 1. De Genesi ad literam, lib. V, ¢. 16. 8. -Vés ndo meditais”, di i diz Minucius Félix i * vemos conhecer Deus antes de adorklon nn SUaN®- €@P: 24,808 pagtos, “que de O que foi afirma © objeto, mesmo no para a relacdo do mesmo co Na relagao com os objeto ‘cayitulo HA esseneia da retigiaa em geval 4“ Mas ao ser a reli ciéncia que oh cla, porque a falta da consciéncia deste fato 6 exatamente o que funda a esséncia peculiar da religiao. Para sanar este mal-entendido é melhor di- zera religiao €@ consciéncia primeira e indireta que o homem tem de si mesmo. Por isso em toda parte a religido precede a filosofia, tanto na his- toria da humanidade qua ‘ dah nto na historia do individuo. O homem transpor- ta primeiramente a sua esséncia para fora de si antes de encontré-la den- two de si. A sua propria esséncia é para ele objeto primeiramente como uma outra esséncia. A religiao é a esséncia infantil da humanidade; mas a crianga vé a sua esséncia, o ser humano, fora de si - a s enquanto crianga €0 homem objeto Para si como um outro homem. O progresso histérico das religides € apenas que o que era considerado pelas religises mais an- tigas como algo objetivo, € tido agora como algo subjetivo, i.e., o que foi considerado e adorado como Deus é agora conhecido como algo huma- no. A religiao anterior € para a posterior uma idolatria: o homem adorou a sua propria esséncia. O homem objetivou-se, mas nao reconheceu 0 objeto como sua esséncia; a religido posterior da esse passo; todo pro- gresso na religiao é por isso um mais profundo conhecimento de si mes- mo. Mas toda religiao determinada que considera idélatras as suas irmas mais antigas exclui-se (e em verdade necessariamente, caso contrario nao seria mais religiao) do destino, da esséncia geral da religido; ela ape- nas empurra para as outras religiées o que, se for um erro, é um erro da religido em geral. Sé porque tem um outro objeto, um outro contetido, porque elevou-se sobre o contetido das anteriores, julga ela estar isenta das leis necessarias e eternas que fundamentam a esséncia da religiao, julga ela que o seu objeto, o seu contetido é sobre-humano. Mas, em compensaco, o pensador contempla a esséncia da religido oculta para ela mesma, para o qual a religiao € um objeto, o que a religiao nao pode ser para si mesma. E a nossa intengao € exatamente provar que a oposi- ao entre o divino e o humano é apenas iluséria, i.e. nada mais € do que a oposicgao entre a esséncia humana e 0 individuo humano, que conse- qiientemente também o objeto e 0 contetido da religiao crista é inteira- mente humano. A religiao, pelo menos a crista, €0 relacionamento do homem consi- go mesmo ou, mais corretamente: com a sua esséncia; mas 0 relaciona- mento com a sua esséncia como uma outra esséncia. A esséncia divina nao é nada mais do que a esséncia humana, ou melhor, a esséncia do ho- mem abstraida das limitagées do homem individual, i.e., real, corporal, objetivada, contemplada e adorada como uma outra esséncia propria, di- A esséncia do cristianismg da dele ~ por isso todas as qualidades da esséncie divina $80 qual. versa da ~ " humana dades da essencia ; No tocante aos predicados, Le. 85 qualidades ou propriedades de \ ho no tocante a0 sujeito, i.e, Deus ¢ isto aceito sem discussa0, mae ee negaedo do sujeito é idapee esséncia tundamental desses Pre licados agacao dos predicados. Mas g inelig tio yenhuma alidade nao tem também nenhum efeito so, todas as qualidades € 0 mesmo que anular a propria essen ‘a. Um ser rem qualidades é um ser sem objetividade © WP ser sem objetividade ¢ um ser nulo. Por isso, quando 0 homem retira de Deus todas as qualida- des é este Deus para ele apenas um ser negativo, nulo. Para o homem re. srnente religioso nao € Deus um ser sem atributos, Porc | Pare ele um Ser certo, real. A auséncia de atributos ¢ @ incognoscibilidade de Deus (ambas sdo sindnimos) ¢ entéo somente um fruto dos ultimos tempos, um produto da descrenca moderna. Como a razéo $6 & © $0 pode ser defi- vite como finita enquanto para o homem o prazer sensual, 0 sentimento religioso, a contemplacao estética ou a intengdo moral forem tidos como Sabsoluto, o verdadeiro; assim também a incognoscibilidade ou indefint. bilidade de Deus s6 pode ser pronunciada e estabelecida como dogma quando este objeto nao for mais de interesse para o conhecimento, quan- do somente a realidade tiver sentido, quando somente o real tiver para ele o significado do objeto essencial, absoluto, divino, mas mesmo assim ainda permanecer um resquicio de religiosidade em contradicao com esta linha puramente material. O homem se desculpa com a incognosci- bilidade de Deus perante a sua consciéncia que ainda resta religiosa, pelo seu esquecimento de Deus, pelo seu perder-se no mundo; nega Deus praticamente, na acao - todo o seu sentir e pensar é possuido pelo mundo -, mas ele nao 0 nega Leoreticamente; ele néo ataca a sua exis- Te ee eee ee ee uma existenci a gativa, uma existéncia sem existéncia, e \cia que se contradiz a si mesma ~ um ser que pelos seus efei- tos nao se distingue do nao-ser. A negacéo de predicados determinados, positives da esséncia divina nada mais é do que uma negacao da religiao que, entretanto, ainda conserva uma aparéncia de religiao, de forma a 9.°As, 5, Ss Pefeicdes de Deus s8o as perfeigbes de nossas alas, mas Ele as possul de me tude aso ¢coploes mos slgume posse, algum conhecimento, alguma bondade, mas na oe date em Deus” (LEIBNIZ. Theod. Preface). "Tudo em que a alma hume- pertenes ee Proprio também & esséncia divina, Tudo que ¢ excluido de Deus nBo ma Lips, 1837, p. 42), spoode essencial da alma” (SAO GREGORIO DE NISSA. De ant oO conhesimene ae fe todas as ciéncias é por isso a mais excelente e importante mesmo, porque . (CLEMENTE DE ALEXANDRIA’ Pacang at at gonhece conhecera também a Deus” veuuila HA essencia da religian ery qeral aval av um, a a0 ¢ © un298580 ~ nao , pois, nada mais que Suposto temor religioso de limitar Deus |, determinada. Quem cré amente na existéncia de Deus, este nao s de Deus, mesmo que sejam rudemen- fender com a sua existéncia, quem nao a existéncia. Um Deus que se sinta ofen- © possui o dnimo ea forca para existir. A sal da existéncia, Uma existéncia em ge- al, le € uma existéncia insipi = tencia sem gosto. Mas em Deus nao esta contido mais eee ‘na teligige. Somente quando o homem perde o sabor da religiao, quando a propria religido se torna insipida, so entao torna-se também a existéncia de Deus uma existéncia insipida. seriamente, realmente, verdadeir, se escandaliza com as qualidade: te sensoriais. Quem nao quer of quer ser rude, este que renuncie dido com a sua determinacéo na qualidade € 0 fogo, 0 oxigénio, o ral, uma existéncia sem qualida Existe, Porém, uma outra forma mais suave da negacao dos predica- dos divinos além desta direta, dita hé pouco. Aceita-se que os predicados da esséncia divina sao qualidades finitas, especialmente humanas; mas condena-se a sua condenagao; chega-se até a protegélas, porque é ne- cessario para o homem tecer algumas imagens determinadas de Deus e uma vez que ele € homem nao pode fazer nenhuma outra imagem a nao ser a humana. Em relacdo a Deus, diz-se, sdo essas qualidades certa- mente sem importancia, mas para mim pode ele, porque e quando deve existir para mim, aparecer como ele me aparece, i.e., como um ente hu- mano ou semelhante ao humano. Mas esta distingao entre o que Deus é em sie o que ele é para mim destréi a paz da religido e é, além disso, em si mesma uma distingdo sem fundamento. Nao posso saber se Deus é algo diferente em si e por si do que ele é para mim; como for ele para mim, assim seré todo para mim. Para mim esta exatamente nessas quali- dades, sob as quais ele existe para mim, o seu ser-em-si-mesmo, a sua propria esséncia; ele é para mim assim como ele pode ser sempre para mim. O homem religioso se satisfaz completamente com tudo 0 que Deus é em relacao a ele (outra relacao ele nao conhece), porque Deus é para ele o que pode ser em geral para o homem. Naquela distingao colo- ca-se o homem acima de si mesmo, i.e., acima da sua esséncia, da sua medida absoluta, mas esta colocagao é apenas uma ilusao. A diferenca entre 0 objeto como ele é em si € 0 objeto como ele é para mim so posso estabelecer quando um objeto pode realmente aparecer para mim de ou- tra forma diferente da que ele me aparece, mas nao quando ele me apa- rece na maneira em que ele me aparece de acordo com o meu critério absoluto, ie., como ele deve aparecer para mim. De fato pode a minha idéia ser subjetiva, ie., uma idéia que nao esteja presa ao género. Mas Aeesséncta to cristianigmy ” 4 ‘0 critério do genero desaparece oa minha idéi soara-mim; porque esta idéia € ela m, nemsi e 0 ser-paracmim: Pord treo sere Tero do genero € 0 criterio absoluto, ale eg tha uma idéia absonne. C Tesigiao tem a conviccao de que a5 idéias eg, sriterio do homer Tsao as que todo homer, deve ter se quiserter qualidades que [a2 essarias da natureza humana; sin, iras. qu i , erdadeias. Ir gis objetivas e divinas. Para cada religido $80 05 dy 23 ries apenas idéias de Deus, mas a idéia que ela tem ses das outras relies rg, Deus como ela 0 imagina, o Deus legi, de Dews ¢ oe o Deus como ele é em si. A religiao 6 se satisfaz com imo. verdadeito, © Micor ela nao quer uma mera aparencia de Deus; eg er ‘ ma duet aciar & essencia de Deus; ndo é mais uma verdade ao prescindit a posse do verdadeiro Deus. O ceticismo é€ 0 pior inimigo da Teligiao. Masa potmcao entre o objeto € a imagem, entre o Deus em si ¢ 0 Deus para mim é uma distingao cética, logo, irreligiosa. Tudo que tem para o homem o significado do ser em si, tudo que é para ele o ente supremo, tudo aquilo acima do que ele n&o pode conceber Potta mais elevado, tudo isso é para ele exatamente a esséncia divina, Como pode ele entdo ainda inquirir sobre este objeto, quanto ao que ele seja em si? Se Deus fosse objeto para o passaro, seria objeto pra ele ape. nas como um ser alado”: o passaro nao conhece nada mais elevado, Pi , Nada mais feliz do que o ser alado. Quéo ridiculo seria se esse passaro dissesse: para mim aparece Deus como um passaro, mas o que ele é em si eu nao sei, O ser supremo é para 0 passaro exatamente o ser do passaro. Retiras dele a imagem de esséncia de passaro, retiraras dele também a imagem do ente supremo. Como poderia ele perguntar se Deus € em si alado? Per- guitar se Deus é em si o que ele é para mim, significa perguntar se Deus € eu, significa elevar-se por cima do seu Deus, rebelar-se contra ele. 1a corresponde a quand distinga0 e™ as vi i que a0 as i Por isso, quando a consciéncia humana se convence de que os predi- cados religiosos s4o apenas antropomorfismos, i.e., imagens humanas, ai entéo ja apoderou-se a duvida, a descrenca da crenga. E é somente a inconsequencia da covardia do coracgéo e da fraqueza de inteligéncia gust easeandose nesta convicgao, nao parte para uma negacao dos pre- dace eae para @ negagao da esséncia substancial deles. Se duvi- dade objetve don jetiva dos Predicados, deves também duvidar da ver- morfsnee ae visto desses predicados. Sao teus predicados antropo- bondade personalid re © sujeito deles um antropomorfismo. S40 amor, ponade, personal ade qualidades humanas; sera também a esséncia que tu pressupées a elas, também a existéncia de Deus, Se |. (N. do trad.) Afi Xenéfanes, uredar ato Semel lhant dador do escola cleans emonzamOS No poema do filésofo pré-socréice mile Ressencis a rotigtaa pm gaat uma discérdia, uma infelicidade”. Seres mais cee eae, oore ae : ta infelicidade; nao tem idéia do que eles nao sao oeeamem oe Tu crés no amor como ul crés que Deus € um ser sdbio em ti do que bondade e razéo ou esséncia (0 q substancia, pess ma qualidade divina, porque tu amas; tu © bom porque nao conheces nada melhor : € tu crés que Deus existe, que ele € sujeito sue existe é asséncia, seja designado e definido como tes, porgue ta tecree ce qualquer outra forma) porque tu mesmo exis- 5 . Nao conheces um bem humano mais elevado do que amar, do que ser bom e sabio e da mesma forma nao co- nheces felicidade maior do que existir, do que ser; porque a consciéncia de todo bem, de toda felicidade esta unida a consciéncia de ser, de exis tir. Deus é para ti algo que existe, um ser, pelo mesmo motivo que é para tium ser sabio, feliz e bom. A diferenga entre as qualidades divinas ea es- séncia divina € apenas que para ti a esséncia, a existéncia nao se mani- festa como um antropomorfismo, porque nesta tua existéncia esta a ne- cessidade que Deus seja para ti um existente, um ser; mas as qualidades te aparecem como antropomorfismos, porque a necessidade delas, a ne- cessidade que Deus seja sabio, bom, justo, etc. nao é imediata, idéntica esséncia do homem, mas sim uma necessidade que existe por meio da consciéncia que o homem tem de si mesmo, por meio da atividade do pensamento. Eu sou sujeito, esséncia; eu existo, posso ser sabio ou igno- rante, bom ou mau. Existir € para o homem o principio, a esséncia funda- mental da sua imaginacao, a condicao dos predicados. Por isso anula ele os predicados, mas a existéncia de Deus é para ele uma verdade consu- mada, intocavel, absoluta, certa e objetiva. Mas nao obstante ¢ esta dis- tincao apenas aparente. A necessidade do sujeito esta apenas na neces- sidade do predicado. Tu és esséncia apenas como esséncia humana; a certeza e a realidade da tua existéncia estao apenas na certeza e na real dade de tuas qualidades humanas. O que é sujeito esta apenas no predi- cado; 0 predicado é a verdade do sujeito; o sujeito apenas o predicado Personificado, existente. Sujeito e predicado distinguem-se apenas como 10. Por isso desaparece também esta cisdo entre Deus e homem no outro mundo. Neste, ‘0 homem nao é mais homem - no maximo somente na imaginacao -, ndo tem uma von- tade propria, distinta da vontade divina, conseqdentemente também ~ porque o que um ser sem vontade? - nao tem mais nenhuma esséncia propria; esta unido com Deus; desaparece entao no outro mundo a distingao e o contraste entre Deus € 0 homem. Mas onde s6 existe Deus, ndo existe mais Deus. Onde nao existe oposicao a majestade nao existe majestade. A essencta 0 ctistanisng é por isso a ne, los predicados ¢ por hg aestia humana quando retiras dela os preg, ta da essisma da vida comum estabelecem-se pre ene pedoria, a plenipoténcia ao invés q. i aod cia e essencia. A negasee ue rest 3? Mesmi providéncia, a sal existent do sujeito.O.9 cados humano’ dicados divinos: @ essencia divina. vencia de Deus. 48 qual se disse que é Para oho. Acerteza da temo mais certa do que @ propria existéncia, da, mem tao segura, 2 mente da certeza da qualidade de Deus - nao é uma pende, portanto, some eristao € uma certeza somente a existéncia dg certeza imedia a. o pagao a existencia do deus pagao. O pagao Rao du. deus cristo, para o Pi ter porque nao repudiava a esséncia de Jupiter, vida da existencia de Jupiter ord Ot huma outra qualidade, porque ao podia imaginar val porque ndo podia negra uma certeze, uma verdade divine. A verdage o isténcia. ée predicado € unicamente o penhor da existén madi verdadeiro, imagina imediatamen © que o homem imaging Cm ¢ verdadeiro para ele o que é Teale como real, porque original “maginad nhado. O conceit ‘deiro em oposicao ao que é imaginado, so ito do send existancia é o conceito primevo, original, da verdade. Ou ainda: oe rjalmente faz o homem com que a verdade dependa da existéncia, s6 mais tarde faz com que a existéncia dependa da verdade. Deus é entaoa esséncia do homem contemplada como a mais elevada verdade; mas Deus ou, 0 que significa o mesmo, a religido € tao diversa quao diversa for a qualidade na qual o homem concebe esta sua esséncia, na qual ele a contempla como esséncia suprema. Por isso esta qualidade na qualo homem pensa Deus é para ele a verdade e exatamente por isso ao mes mo tempo a mais elevada existéncia ou antes a mera existéncia; porque somente a mais elevada existéncia é propriamente existéncia e merece este nome. Deus é entao um ser existente, real pelo mesmo motivo que ele é este ser determinado; porque a qualidade ou determinagao de Deus nada mais é que a qualidade essencial do proprio homem, mas o homem determinado € apenas 0 que ele é, tem somente a sua existéncia, a sua realidade em sua determinagao. Nao se pode tirar do grego a sua qual dade de grego sem tirar dele a sua existéncia. Certamente é entao para me fat ee eenminada a certeza da existéncia de Deus relativamente Me neceeee a Ms espontanea enecessariamente o grego era grego. teexistentes. Avchag. am seus leuses entidades gregas, seres realmen- mem identica& essencia do homens Maso oo Tuan © doe sua contemplacao ecoencial lomem. Mas o homem nao esta acima da determina e domina. A necessidad rt Fame pr dele: eo iacdo da esséncia ou da qualidade com «enero ne rove: de uma conciliaga® vida desaparece com issn m a existéncia, a possibilidade de uma dé € para mim objeto de duvid omente o que eu subtraio da minha essénci® minha esséncia? Duvidar degre Peseta eu duvidar do Deus que &# © meu Deus significa duvidar de mim mesmo Capitulo IIA essencia da religiao em yoral st A identidade do sujeito e do clara no desenvolvimento da r ja cultura hi um mero hot © Predicado mostra-se da maneira mais uname. Es 'eligiao que é idéntico ao desenvolvimento ‘a. Enquanto cabe ao homem somente o predicado de mem da natureza é também o seu Deus um mero Deus natu: ral. Quando o homem se encerra em casa, encerra também os seus deu- ses em templos. O templo € apenas a manifestacdo do valor que © ho- mem atribui a belas construgées. Os templos para homenagem a reli- gido sao na verdade templos para homenagem a arquitetura. Com a as- censao do homem do estado de rudeza e selvageria para a cultura, com 0 discernimento do que convém ao homem e do que nao convém, surge simultaneamente o discernimento do que convém a Deus e 0 que nao convém. Deus é conceito da majestade, a mais alta distincao; o senti- mento religioso é o mais alto sentimento de conveniéncia. S6 os artistas, peritos posteriores da Grécia colocaram nas estatuas de deuses os con- ceitos como dignidade, magnanimidade, tranqiilidade imperturbavel e serenidade. Mas por que eram para eles atributos, predicados divinos? Porque eles em si mesmos eram tidos como divindades. Por que exclui- Tam todas as emocées torpes e baixas? Exatamente porque viam nelas algo inconveniente, indigno, néo-humano e, portanto, nao-divino. Os deu- ses homéricos comem e bebem - isto significa: comer e beber é um pra- zer divino. Forga fisica é uma qualidade dos deuses homéricos: Zeus € 0 mais forte dos deuses. Por qué? Porque a forca fisica é em si e por si algo tido por grandioso, divino. A virtude do guerreiro era para os antigos ger- manos a mais alta; por isso era também o seu maior deus o deus da guer- ra: Odin - a guerra era “a lei primeira ou a mais antiga lei”. Nao a qualida- de da divindade, mas a divindade da qualidade é a primeira e verdadeira esséncia divina. Assim, tudo que a teologia e a filosofia consideraram até agora como Deus, absoluto, essencial, nao é Deus; mas tudo que nao consideraram como Deus € exatamente Deus, i.e., a qualidade, a deter- minagao, a realidade em geral. Um ateu legitimo, Le.,um ateu no sentido vulgar € entao aquele para o qual os predicados da esséncia divina, como, p. ex., 0 amor, a sabedoria, a justica, nada significam, mas nao aquele para o qual o sujeito desses predicados nada significa. E de forma nenhuma é a negacao do sujeito também necessariamente a negagao dos predicados em si. Os predicados tem um significado proprio, autono- mo; impéem-se ao homem o reconhecimento deles através do seu con- Aessencia do cristianismy mos e imediatamente como ver, iy 5. Bondade, justica Sima si mesmos. BO sa. testemunhar # da existencia de Deus ser ume eras pelo f r dades pelo fato desta ser wnt paar sabedenat® quimera, nem roe ‘do conceito de justica, de bondade, edoria ~ Deus é depe ceito ao é sabio, nao € Deus, mas um Deus que nao é bom, 18 eet elo isto je Deus a possuir, me vice-versa. Uma qualidade avin ‘em sie por si, porque sem ela Deus se. Deus a possui porque €la.¢ Orne ee edoria, qualquer qualidade em ge. ria um ser imperfeito’. A justion, 2 hecida e determinada por si mesma ral que faz a divindade de Dov er nacao, pela qualidade. Somente ng mnas Deus € conhecido pela determina ee ne Deus imedie caso de seu pensar Deus © 2 jus ic orsica ou de algumma outra qualide fret coma aeaicade 2 de au cay de, s6 entao . " é ii = Sdeterminado, mas a qualidade ou 0 predicado digptiode de ser crimes tnerece em verdade o predicado, nao © sujeito, ro, 0 lugar da divindade. Somente quando muitas e contraditorias qualidades se retnem em um ser e este ser é concebido como. pessoal, quando a personalidade é entéo salientada como algo especial, s6 entao esquece-se a origem da re. ligido, esquece-se que o que é um predicado na reflexao, distinto do sujei- toou separavel, era o sujeito original e verdadeiro. Assim endeusavam os romanos e os gregos acidentes como substancias, virtudes, estados de espirito, afeicdes, como se fossem seres autonomos. O homem, em es: pecial o religioso, é a medida de todas as coisas, ¢ a medida da realidade", Tudo que se impée ao homem, tudo que causa sempre em seu espirito uma impressao especial - ainda que seja um som solto, inexplicavel - identifica ele com um ser especial, divino. A religiao compreende todos 08 objetos do mundo. Tudo que existe ja foi objeto da adoracao religiosa; na esséncia e na consciéncia da religido nada mais esta que o que ja esta em geral na esséncia e na consciéncia do homem sobre si mesmo € so bre o mundo. A religido nao tem um contetido proprio, especial. Mesmo. os sentimentos de medo e terror tinham em Roma o seu templo. Tam- bem os cristéos transformavam fenémenos psiquicos em esséncias, seus Sentimentos em qualidades das coisas, a afeigdes que os domina- Seance os ue ominavam 0 mundo, em sintese, transformavam seres auténomos, Dey vo ne essencia, fossem elas conhecidas ou nao, em . , duendes, bruxas, fantasmas, anjos eram verdades sagradas enquanto i igi i 0 sentimento religioso domi ani- dade total e unanimemente. $ nava'a hum si me: teudo: demonstram-se 2 ele por dadeiros: confirmam, pedoria ndo sao entao qui ee V. (N. do trad.) Cf. 0 dialogo Eutifron de Platao, VIL (N. do trad.) Esta sentenga € do filésofo sos onde esta questao ¢ discutida. ta Protagoras. fell A essencia da religiag em gora liza e se faz valer numa q Seclimas cxaterene ase eo: uma Tiqueza infnita de predicados diver- Fedde Nomen newa g Dor'ss0 uma riqueza infnita de diversos individuos. 2 'sMo tempo um novo predicado, um novo ta- lento da humanidade. Quantos homens existem, tantas forcas, tantas qualidades tem a humanidade. A mesma forca que existe em todos exis- te de certo em cada individuo, mas determinada de modo a parecer uma forca propria, nova. O mistério da quantidade inesgotavel dos atributos divinos nao é por isso nada mais que o mistério da esséncia humana como uma esséncia infinitamente diversa, infinitamente determinavel, mas exatamente por isso sensorial. Somente nos sentidos, no espaco e no tempo tem lugar um ser realmente infinito e rico de determinacées. Onde existem de fato diversos predicados, existem diversos tempos. Este homem é um musico excelente, um escritor excelente, um médico excelente; mas ele no pode ao mesmo tempo fazer musica, escrever € curar. Nao é a dialética hegeliana - o tempo é que é 0 meio para se con liarem oposigées e contradigées em um Unico ser. Mas unida ao conceito de Deus, diversa e abstraida da esséncia do homem, é a quantidade infi- nita de predicados diversos uma imagem sem realidade - uma mera fan- tasia - a idéia dos sentidos, mas sem as condigées reais, sem a verdade dos sentidos, uma idéia que é uma contradigdo direta com a esséncia di- vina como um ser espiritual, i.e., abstrato, simples, uno; porque os predi- cados de Deus s4o exatamente do tipo que com um tenho também todos os outros simultaneamente, porque nao existe nenhuma diferenga real entre eles. Por isso, se nao tenho nos predicados presentes os futuros, no Deus presente o Deus futuro, nao terei também no Deus futuro o Deus presente, mas dois seres diversos''. Mas exatamente esta diversidade contradiz a unidade e simplicidade de Deus. Por que ¢ este predicado um istingao entre o Deus presente e o futuro a nao ser que ‘o, da fantasia e esta um objeto da contemplacdo sen- ‘mas aqui de forma obscura, ali de 11. Para a fé religiosa nao existe dis aquela é objeto da fé, da imaginacéo, da sorial imediata, ie., pessoal. Aqui e ali é ele o mesmo, forma clara encia do cristianismy a divina, i.e., ndo expressa uma predicados? Porque quao diver. fe si a0 expressarem perfej. ‘m ser em simesmos concorde ‘tos predicados de Da Por isso posse mo conceito abstrato de divindade, de. ordam en quilo que faz de cada predicado separady crasimn & em Spinoza. Fala de infinitos atributos da as com exceao de pensamento e extenso nao jor qué? Porque é inteiramente indiferente sabélos; mesmos indiferentes e supérfluos, porque com to. jcados diria o mesmo que com esses dois, o pen. Por que € 0 pensamento atributo da substancia? sar segundo Spinoza, € entendido por si mesmo, Pordue expressa algo indivisivel, completo, infinito. Por que a paneer ma’ ‘bata, ‘orque em relacdo a si mesmo expressa o mesmo, Entao pode a sul stancia ter Indefinidamente muitos predicados, porque nao é a determinacao, a di versidade, masa nao-diversidade, a igualdade é que as torna atributos de substancia. Ou antes: a substancia tem infinitos predicados apenas por que ela ~ sim, porque ela ~ como estranho! ~ na verdade nao tem ne. nhum predicado, i.e., nenhum predicado definido, real. A unidade inde- terminada do pensamento completa-se com a pluralidade indeterminada da fantasia. Porque o predicado nao é mullum, entao é um multa. Em verdade os predicados positivos s4o: pensamento e extensao. Com es- ses dois diz-se infinitamente mais do que com infinitos predicados anéni- mos, pois algo definido foi dito, sei com isso alguma coisa. Mas a subs- tancia é bastante indiferente e impassivel para que pudesse se entusias- mar e decidir por algo; para nao ser alguma coisa prefere nao ser nada. é ezi 1o de Deus? Porque € de nature predicade 0 ta. Por que s40 outros limitagao. 0s poss2! ao e ilimitacao. porque todos cone’ vem ter como fator ¢ um predicado divino. substancia divina, ™ menciona nenhum. P' sim, porque sao em si dos esses infinitos pred samento ea extensao. Uma vez que se decidiu que o que € 0 sujeito ou a esséncia esta mera- mente nas qualidades do mesmo, i.e., que 0 predicado é 0 verdadeiro sujei- to, esta também provado que, se os predicados divinos sao qualidades da esséncia humana, também o sujeito dos mesmos pertence a esséncia hu- mana. Mas os predicados divinos sao, por um lado, gerais, por outro lado, Pessoais. Os gerais sao os metafisicos, mas estes servem A teligiao ape- na: énci: nas na extrema coeréncia ou no fundamento; ndo sao as qualidades ca- eristicas da religiao. Somente os predicado: ae S pessoais sdo os que fun- damentam a esséncia da religido, nos quais é obje tn objeto a esséncia divina da © qualidades pessoais, so qualidades relacionar. entemente na religido o homem, a0 com a sua propria esséncia, porque SSencia Wa religiag em yerai mos nao sao para ela antro, mente que para ela essas q mente a razao que reflete st de simesma, pai real, o amor real e a misericor pessoal: suas verdadeiras qualida vas, pessoais. Sim, as qualidades Pomorfi jualidad SMos. A esséncia da religiao é exata- TagxPressam a esséncia de Deus. So- igiao, ao defendé-la e ao negé-la diante Aqui € importante que observemos - e este fenémeno ¢ altamente cu- rioso, caracteristico da mais intima esséncia da religido - que quanto mais humano é Deus quanto esséncia, tanto maior é aparentemente a diferen- sa entre ele eo homem, ice., tanto mais sera negada pela reflexao sobre a religido, pela teologia, a identidade, a unidade da esséncia humana e divi- na, e tanto mais sera rebaixado o humano tal como ele é para o homem um objeto da sua consciéncia’”. O motivo é o seguinte: uma vez que 0 po- sitivo, o essencial na concep¢ao ou qualidade da esséncia divina é apenas © humane, assim sé pode ser a concepgao do homem como ela é objeto para a consciéncia uma concep¢ao negativa, anti-humana. Para enrique- cer Deus deve o homem se tornar pobre para que Deus seja tudo e o ho- mem nada. Mas ele nao necessita ser nada em si mesmo porque tudo que ele tira de si nao se perde em Deus, mas é conservado. O homem tem a sua esséncia em Deus, como entao poderia ele tla em si e para si? Para que seria necessario estabelecer ou ter urna mesma coisa duas vezes? Tudo de que o homem se priva, que ele dispensa em si mesmo, s6 goza ele em Deus numa intensidade incomparavelmente maior e mais rica. Os monges fizeram voto de castidade para a esséncia divina, eles opri- miram o amor sexual em si, mas em compensacao conseguiram com © céu, com Deus, com a Virgem Maria a imagem da mulher - uma imagem .ca entre o criador e a criatura, a diversidade . ' an 12. “Por maior que seja pensada a semeanet ores 2 (Summaomn. Conc. Carranza. del .da ainda maior”. Later. C anza. ant, ‘Seon Boe) A ultima diferenca entre o homem e Deus, ene ase fit oink tom geral a qual se eleva a imaginacéoreligisa e especulativa, ¢a ference ene Sa ma coisa nada, ens e norvens; porque somente no nada é anulada q a ao com outros seres. Aesséncia do cristianisy, 0 +a mulher real quanto maj ai is diam dispensé i mm ery Tanto mais podia™ Tor 4, um objeto do amor real. Quants, do amor 10 mulher ideal, 10 dos sentidos, tanto mais impo” para eles Uma TE ribuiam & aniquilas® bstituiu © proprio Cristo, o em celest ul a ra eles a vita ‘egado, tanto mais sensorial’g so sensorial € ni €o is © Senet ado. O que se sacrifica a Deus ~ a jg misto tem Deus um especial agrado, O g mem é naturaimente também na meng, tue em geral agrada ao homem agradg nals Sipreus nao sactificavam a Jeové animals impuroy, ; ara eles o maximo valor, que eles ‘as animais que tinham P. ie Pre. nojentos. mas anime am o alimento de Deus". Por isso, quando se faz prios comiam eram ta,Pon'r ato especial, um sacrificio propicio a Deus, da negacdo dos serene aos sentidos 0 mais alto valor € os sentidos rene. at arid se earn pelo fato de que Deus substitul a coisa sensorial que gados sao supra Pearse com Deus; ela tem 0 Seu noivo celestial,» se renegou. va celestial. Mas a virgem celestial € apenas um fendme. monde ate de uma verdade geral concernente & esséncia da religido. 0 10 evi i A teligi fomem afirma em Deus 0 que ele nega em si mesmo". A religiao abs. trai-se do homem, do mundo, mas ela s6 pode se abstrair das maculas e jj. mitacbes, sejam reais ou supostas, da nulidade, mas nao da esséncia, do que ha de positive no mundo e na humanidade, por isso deve acolher no. vamente nesta abstracdo e nega¢ao aquilo de que ela se abstrai ou cré se ir. E assim estabelece realmente a religido tudo que ela nega coma abstrair. consciéncia (pressupondo-se naturalmente que 0 que foi por ela negado seja algo essencial, verdadeiro em si, logo, que nao deve ser negado) outra vez em Deus de modo inconsciente. Assim, na religiéo nega o homema sua razao: nada sabe de Deus, seus pensamentos sao apenas materiai terrenos: sé pode crer no que Deus lhe revela. Mas em compensacao sao os pensamentos de Deus humanos e terrenos; ele tern planos na cabeca como o homem; ele se acomoda conforme as circunstancias e faculdade dos homens como um professor conforme as capacidades de seus alunos; ele calcula exatamente 0 efeito de suas dadivas e revelacoes; ele observao homem em todas as suas atitudes; ele sabe tudo, até o mais terreno, 0 nals vulgar, o mais torpe. Em resumo, o homem. nega a Deus pelo seu sa- er € pensar para estabelecer em Deus o seu saber e pensar. O homem re- nu pri ao incla a sua propria pessoa, mas em compensacao é para ele Deus 0 set ee 13. Cibus Dei (Lv 3,11). ‘9 sensorial € $2} alor especial. CO Iona mente do ho! mais elevado; © 4 do seu Deus 0 tambem a Deus. 14. Ansel 2 sagrades ae ae pecs ‘Quem despreza a si mesmo é valorizado por Deus. Quem se de cus. Sé pois pequenoa teus olhos para que sejas grande aos olhos de Deus; Porque tanto mais 7 mais precioso sera i Sj homene’ (ane ras para Deus ra 08 omens" (Anselm Opp. Parise To ee nae ges duanto mals desprezivel fores pat NOT @ussencia da refiqing enn yea x a . Por natureza, por essén- cia, como pode ser objeto para mim a bondade, a santidade? Nao me inte. ressa se esse objeto me seja dado por fora ou por dentro. Se o meu coracao € perverso, a minha razao corrompida, como posso perceber e sentir 0 que é santo como santo e o que € bom como bom? Como posso sentir um belo quadro como belo se a minha alma é uma decadencia estética? Mesmo que néo seja um pintor, que nao tenha a capacidade de criar de mim algo belo, tenho, entretanto, sentimento estético, razao estética, ao perceber coisas be- las fora de mim. Ou o bem nao é para o homem ou, se é para ele, manifes- ta-se ao homem aqui a sacralidade e a bondade da esséncia humana. O que € meramente contrério a minha natureza, com o que ndo me une nenhum elo de comunicacao, isto nao me é pensavel nem perceptivel. O sagrado é objeto para mim apenas como oposigao a minha perso- nalidade, mas como unidade com a minha esséncia. O sagrado é a repre- ens&o aos meus pecados; reconheco-me nele como um pecador, mas nele me repreendo, reconhego o que no sou, mas que devo ser e que, exatamente por isso, 0 que posso ser conforme a minha esséncia; por- que um dever sem poder é uma quimera ridicula, nao move a sensibilida- de. Mas precisamente quando conheco o bem com minha qualidade, co- mo minha lei, conhe¢o-o, seja consciente ou inconscientemente, como a minha propria esséncia. Um outro ser diverso de mim pela sua natureza nao me interessa. SO posso sentir 0 pecado como um pecado quando o sinto como uma contradicao comigo mesmo, i.e., com a minha persona- lidade e esséncia. Pensado como uma contradigéo com 0 divino, com um outro ser, é o sentimento do pecado inexplicavel, um nonsense. A diferenca entre agostinianismo e pelagianismo é exatamente que aquele expressa & maneira da religido o que este expressa a maneira do racionalismo. Ambos dizem a mesma coisa, ambos atribuem o bem ao “ i i 1 te para si. Deus, ao criar 0 15. “Deus s6 pode amar a si e pensar em si ¢ trabalhar soment homem, provera apenas o seu proveito, a sua gloria”, etc (ef. BAYLE, P, Uma contribut cdo para a historia da filosofia e da humanidade). A wssencia do cristianismy mode modo direto, racional € Moral: o agogy, gianismo Oe pe. religioso”. POrque o que é atribyy srclade atribuido a0 proprio homem; o M ade de si mesmo. O agostinianisme Hed ep oposta 20 pelagianismo, 8© 0 homem y So seria una verdade. © Oh nsciente de que ele € 0 deménio, se g femonio por De® © Seu ente-supremo. Mas enquanto o homem yom cor . la n= mas P imo de modo indireto, ™ is 4 e20 Deus do homem & em erie Shon nem diz de Deus diz ele €! homet vesse 0 « adorasse ¢ fe’ adora um ser sencia Doe ara a doutrina da corruptibilidade fundamental 2. ines ae vale tambem para a doutrina idéntica de que o hg da essencia humenmy alquer coisa boa, i.e., que € incapaz por si mesmo, mem ¢ incapaz © qd aregacao dos poderes e da atividade humana sq ori ors homem negasse também em Deus a atividade mo, e lista oriental ou panteista: a esséncia divina ¢ tal ¢ disses absolutamente destituida de vontade ¢ aco, indiferente que nada sabe da distingo entre bem € mal. Mas quem define Deus due at ser ativo, e como um ser moralmente ativo, moralmente cri. co, como um ser que ama, atua e recompensa © bem e que castiga, re preende e condena o mal; quem Deus assim define, este nega a atividade pienana so aparentemente, porque em verdade ele a eleva a atividade nai sublime ¢ mais real. Quem deixa que Deus se comporte humana- mente declara a atividade humana como sendo divina; este diz: um Deus que nao € ativo, ativo moral e humanamente, nao é Deus e por isso toma oconceito de divindade dependente do conceito de atividade humana, porque uma outra mais elevada ele nao conhece. por sua pr seria verdac m ral e dissesse como 0 nil Ohomem - e este é 0 segredo da religido - objetiva” a sua essénciae se faz novamente um objeto deste ser objetivado, transformado em sujei- to, em pessoa; ele se pensa, é objeto para si, mas como objeto de um ob- 16. O pelagianismo nega Deus, a religiao - isti antam tribuunt potestatem voluntati, ut pietati auferant orationem (Agost. de nat. el gral. cont. Pelagium, c. 58) ~ s6 tem Por base o criador, ie., a natureza, nao o redentor, o deus religioso ~ em resumo nega a Baus, mas em compensacéo eleva o homem a Deus ao fazer dele um ser que no neces FO gan, gutenomo e independente (cf. Lutero contra Erasmo e Agostinho, Le. ¢ 20 ponte de innismo nega © homem, mas em compensagéo rebaixa Deus a0 homem fox homeng nerminia da morte na cruz por causa do homem, Aquele substitui Deus pe G2 apenas aperente neat Por Deus: mas ambos chegam ao mesmo ponto. A difere™ 35 aversae, ome ae cana lusto piedosa. O agostinianismo é apenas um pelagianisme . stabelece como sujeito, o outro estabelece como objeto. € primitiva do homem, d j lito bem cla- famente nesta obra, deve ser di m, de resto, como jé foi dito bem Go. Esta tarbaroon eee diting la da auto-objetivacao da reflexdo e da especule- Cor Pontanea, necessaria, tao necesséri arte, a lin: 1a. Com 1 sto . a © tempo sempre coincide a teologia com a religiao, ssaria quanto npawio A esse cia da religian em g erat aco nT mem uma meta de Deus (po 'SOes um objeto de Deus, ao fazer do ho- 40), ao fe acto). severe atividade divina um meio Para a salvacao humana. aparentemerna eee o remem Seja bom e feliz. Assim, ao ser o homem iXado ao mais profundo abismo, é na verdade levado Como poderiaa atividade divina atuar sobre mim como seu objeto se fosse uma outra essencialmente diversa; como ter uma meta humana, a meta que ¢ a de melhorar o homem, trazer para ele a felicidade, se nao fosse ela mesma uma atividade humana? A meta nao determina a atitu- de? Ao estabelecer o homem o seu aprimoramento moral como meta tem ele decisdes divinas, propésitos divinos; mas ao ter Deus como meta a salvacao do homem tem ele metas humanas e uma atividade humana correspondente a essas metas. Por isso em Deus sé € objeto para o ho- mem a sua prépria atividade. Mas exatamente porque ele so contempla a propria atividade como objetiva, distinta de si e o bem somente como ob- jeto, assim também recebe ele necessariamente o impulso e o estimulo, nao de si mesmo, mas deste objeto. Ele contempla a sua esséncia fora de si € contempla-a como sendo o bem; entende-se entao por si mesmo, é apenas uma tautologia o fato do impulso para o bem sé Ihe advir do lu- gar para o qual ele transporta o bem. Deus é a esséncia do homem mais subjetiva, mais propria, separada e abstraida, e assim nao pode ele agir de si, assim todo bem vem de Deus. Quanto mais subjetivo, quanto mais humano for o Deus, tanto mais despoja-se o homem da sua subjetividade, da sua humanidade, por- que Deus é em e por si o seu ser exteriorizado, mas do qual ele se apro- pria novamente. Como a atividade arterial impulsiona o sangue até as ex- tremidades e as veias 0 trazem de novo, como a vida em geral consiste numa constante sistole e diastole, também a religiao. Na sistole religiose expulsa o homem a sua propria esséncia para fora de si, ele orp Sate preende a si mesmo; na diastole religiosa acolhe ele novamente ° m seu coracéo a esséncia expulsa. Somente Deus € 0 ser que age des wea © ato da repulsao religiosa; Deus €o0 ser agente em mi secne, hand de mim, sobre mim e para mim, € 0 principio da minha 7 —_ fs asséncia do cristianismy é rincipio eu proprio bom pr ce. rencoes € ade: 109°: do rm P ¢ a jiosa. has boas te @ 0 ato da atragae f° igi “scm ga conan sencia ~ €s| to da religido referido acima m geral cont cen vem em s O desenvolvinais de perto, em que O homer em distincao fora. tao, observando-s No inicio o homem coloca tu > sem distin mean a. ser a Deus ese afrme em especial na crenga na revel <8 Te do a mus si, Isto se consta ou num pove culto, € atribuido a nal a a reese periodo posterior ou PNT TT ovo ainda inculto atribuido a Deus. Todos hum periodo anterior cite auido 8 evs Toda 5 tu ; sejam os mais nal ° osintints. ainda qe Siar oS fags corno umn mandamento diy io, ; mento di odo asselo, msnplo podemos ver que Deus é tanto mals rebaixa no positive. m se nega. Como po do. tanto mais humano, quanto mais one Guan doncle Se eae “ae humildade, a abnegec’® oeivar por i tesmo, por iniciativa propria, og forca e a capacidade de realizar Fignidade!”™ ‘A religiao crista, em com. mandamentos da mais vor impulsos e as afeicoes do homem de acor pensacéo, disting ie vg seu conteédo; 6 transformou os bons senti imentos, “os boss intenges, os bons pensamentos em revelacoes, em energias, i.e., em intengdes, sentimentos © Pensamentos “4 ens Por: que o que Deus revela é uma qualidade do proprio Deus; aquilo de queo coracao esta repleto extravasa pela boca, qual efeito, tal causa, qual are velacao, tal a esséncia que se revela. Um Deus que sé se revela em boas intengdes é um Deus cuja caracteristica essencial € apenas a bondade moral. A religiao cristé separou a pureza interior, moral, da exterior, cor- poral; a religido israelita identificou ambas”. A religiao crista 6, compara da com a israelita, a religido da critica e da liberdade. O israelita nao ou- sava praticar nada que nao fosse ordenado por Deus; nao tinha iniciativa nem nas coisas exteriores; o poder da religido se estendia até a alimentos. ‘Mas em compensacao a religido crista, nessas coisas exteriores, deixou 0 homem agir por si, i.e., colocou dentro do homem o que o israelita colocou fora de si, em Deus. A mais perfeita amostra do positivismo é Israel. Com- Parado ao israelita é o cristao um esprit fort, um espirito livre, um Freige ist. Assim mudam-se as coisas. O que ontem ainda era religiéo nao é mais hoje eo que é hoje tido por ateismo sera amanha tido por religiao. Se 18. Dt 23,1213, 19. Cf,,p.ex.,Gn35,2 "2, LV 11,44.20.26 e 0 comentario de Clericus sobre estas passagens- PRIMEIRA PARTE A esséncia verdadeira, isto é, antropologica da religiao Capitulo it! Deus como entidade da razdo A religiao € a ciséo do homem consi: como um ser anteposto a ele, € 0 que Deus é. Deus é 0 ser homem imperfeito; Deus é e igo mesmo: ele estabelece Deus Deus nao € 0 que o homem é, o homem nao infinito, o homem 0 finito; Deus é perfeito, 0 i terno, o homem transitério; Deus € plenipo- tente, 0 homem impotente; Deus € santo, o homem é pecador. Deus ¢ ho. mem sao extremos: Deus € 0 unicamente positivo, o cere de todas as rea- lidades, o homem é 0 unicamente negativo, o cere de todas as nulidades. Mas na religiéo o homem objetiva a sua propria esséncia secreta. O que deve ser demonstrado é entao que esta oposicao, que esta cisdo en- tre Deus e homem, com a qual se inicia a religido, € uma cisao do ho- mem com a sua propria esséncia. A necessidade interna desta demonstragao ja resulta do fato de que se realmente a esséncia divina, que é 0 objeto da religiao, fosse diferente da do homem, nao seria possivel uma cisao. Se Deus é realmente um ser diferente, o que me interessa a sua perfeicado? Cisdo so é possivel entre dois seres que se separaram, mas que devem e podem ser um tnico e que conseqiientemente sao um Unico em esséncia e verdade. Por este motivo geral deve a esséncia com a qual o homem se sente cindido ser uma esséncia inata, mas ao mesmo tempo uma esséncia de qualidade diversa da esséncia da forca que Ihe da o sentimento, a consciéncia da conciliagdo, da unidade com Deus, o que da na mesma, consigo mesmo. Esta esséncia nada mais é do que a inteligéncia, a razdo ou o entendi- mento. Deus pensado como 0 extremo do homem, como 0 néo-humano, um ser nao humano e pessoal, é a esséncia objetivada da inteligén- cia. A esséncia divina pura, perfeita e imaculada é a autoconsciéncia da inteligéncia, a consciéncia que a inteligéncia ou a razdo tém da sua pro- pria perfeicao. A razao nada sabe dos sofrimentos do coracao; nao tem anseios, paixées, necessidades e por isso maculas e fraquezas comoe coragao. Homens puramente racionais, homens que para nos sim “a zam e personificam a esséncia da razao, ainda que num aspecto unilat ‘ ral, mas exatamente por isso caracteristico, sao isentos de angustias, pa i- x6es e excessos dos homens sentimentais; nao se prendem a nenhum —_— i ess n6r@ 10 Cristianigmy assional: ndo se empenhan, Lendeterminado. dem jencia igualarse 208 deuse, oe sriiente © cO™ <1 TO jugar as coisas", "tudo g nao se subjugat 2 Cre igs de racionalistas abstratos. Ara, scone eee eh tho € 0 ser NeUUTO. ini eligencia Ea consciencia Gbjetiva erat pura. sem ae anto coisa, porque ¢ eee euma unidade covrente, eneia dia nao-contradica®, P o aensciencia da lei, da necessidade, de re da identidade 1Ogie? © 2 Tha & a atividade da lel, a necessidade da aro, do erteio, porque ela. MESA £TOT ea das regras, 0 criterio ab patureza das coisas como auto és da razao pode o homem ve itérios. Somente atra’ soluto, 0 criterio dos oleae ‘com os seus mais caros sentimentos huma. m contra julgar e agir e a i, a necessidade, o di hos, i. pessoais, quando o deus da rare. a eae © seu préprio Filho por. imperam. © pai que, como jit, To "gto como homer racional, nd que o reconhece culpads " ma Seedo nos mostra os erros e fraquezas até como home ee por nés amadas, até mesmo 0S NOSS0S PrOprios. Por com nosso coracao. Nao queremos legitimar a razao: ndo quetemos, por indulgéncia, executar 0 juizo verdadeiro, porém duro e implacavel, da ra zo. A azo € a propria faculdade do género; o coracao representa os ca- sos especiais, os individuos, a razdo, os casos gerais; ela é a forca e aes. séncia sobre-humana, i.e., a forga ultra e impessoal no homem. Somente através da razao e na raza tem o homem a capacidade de se abstrair de si mesmo, ie., da sua esséncia subjetiva, pessoal, de se elevar a concei- tos e relacionamentos gerais, de distinguir entre o objeto e as impressoes que ele causa no espirito, mas em si mesmo, sem considerar a sua refe- réncia com o homem. A filosofia, a matematica, a astronomia, a fisica, Fesumindo, a ciéncia em geral, é a prova concreta, porque é 0 produto desta atividade verdadeiramente infinita e divina. Por isso os antropo- morfismos religiosos contradizem a razao; ela os retira de Deus, ela 0s nega. Mas este Deus, desantropomorfizado, implacavel e frio nada mais € do que a propria esséncia objetiva da razao. Je maneira Pi do. Je a sufici objeto finito. sao livres: afonte Deus como Deus, i.e., como um ser ni Ao-finito, nao o-de terminado materialmente, nao-s _aohumane, nao aiiser, Pela qual o homem se torna cons lente da razao, do espirito, di ia. O ci nhum outro espitito (ie., po HoH Deus como entictate da cazan 65 conceito dé Pensamento, de conhecimento, de inteligencie mm fantasma da fantasia) a nao ser’ nele. Ele nada mais pode fazer aue a sua individualidade. O “espirito infinite” em 40 € a entéo nada mais que a inteligéncia abstraida qualquer ou- a inteligencia abstrair a inte- contraste com o finito n, vel? Deus é incompreensivel; mas conheces a esséncia da inteligencia? Pesquisaste a misteriosa operacao do pensamento, a misteriosa essén- cia da consciéncia? Nao é a consciéncia o enigma dos enigmas? Ja nao compararam os antigos misticos, escolasticos e Padres da Igreja a in- compreensibilidade e a irrepresentabilidade da esséncia divina com a in- compreensibilidade e irrepresentabilidade do espirito humano? E, em ver- dade, nao identificaram a esséncia de Deus com a esséncia do homem?’ Deus como Deus (como um ser somente pensavel, somente objeto da 1az4o) nada mais é entao do que a razao que é objeto para si mesma. O que é a inteligéncia ou a razao? Isto sé Deus te diz. Tudo deve se explicar, se revelar, se objetivar, se afirmar. Deus é a razdo que se pronuncia, se afirma como o ente supremo. Para a imaginacao € a razao a ou uma re- velagao de Deus; mas para a razdo é Deus a revelacao da razao; porque 0 que a raz4o €, o que ela pode, sé se torna objeto em Deus. Deus, significa aqui, é uma necessidade do pensamento; um pensamento necessario, 0 mais alto grau da faculdade de pensar. “A raza ndo pode se estancar nas coisas sensoriais”; somente quando ela remonta ao ser primeiro, mais elevado, necessario e s6 objetivo para a razao, é ela satisfeita. Por qué? Porque somente neste ser encontra-se ela em si mesma, porque so- mente no pensamento do ser supremo é posta a suprema esséncia da ra- 240, € atingido o mais alto grau de abstracao e de pensamento e senti mos em nés em geral uma lacuna, um vacuo, uma falta; logo, senti- mo-nos infelizes e insatisfeitos enquanto nao atingirmos o ultimo grau de uma faculdade, enquanto nao a levarmos ao quo nihil majus cogitari 1. Em sua obra Contra académicos que Agostinho certamente escreveu ainda come ps. G80, diz ele (lib Il, c. 12) que o maior bem do homem esta no espirto ou na raze, Mas Por outro lado, em seus libr. retractationum, que Agostinho escreveu como um Astite 'edlogo cristao, repete ele (ib |. 1) esta afirmacdo assim: “mals conretaren deve sooo . dizer: em Deus; porque o espirito, para ser feliz, goza de Deus c Mas com isto foi feita alguma distingao? A minha esséncia nao esta somente ‘onde esta o ‘meu bem supremo? ita perfeigdo a nossa facyy wveln ciéncia. Porque some, ais alto grau de pensamer pensas Deus € que Pensas, rig, se a faculdade de pensar realizg insas Deus, Pensas a raza, mente nte juando pe! é “80 rosame i nida, esgotada. SOMENE Gimmesentando este Ser, atraveS da img dla. Pret ena verdade, nB0 OBSIANE TT que como UM Ser sensorial ey com . : : Sinacao, como urn Se ‘0 objeto da impresséo, © objets i agin: tgs sempre acostumadd 2 & 072 gora, por meio da im: gina sto. transte. real. ea imagines ee para a razaoe com isso colocas, puma inversio,g reeste ne ial da qual abstraiste sob a raza, © Pt 0. tencia ja reali i “ vy sermetafisco € 2 inteligencia realizada em simesma Deus como um S61 Tigencia realizada em si, que Se Pensa como um mente: a intelg=PE netafisico. Todas as qualidades metafis, ser absoluto, € een qualidades reais, uma vez que S80 reconhecidas sao enta aot ji cas de Deus 5 ‘ento, da inteligéncia. ‘como qualidades do pensam itivo”. A razao deriva todas as coisas ae woiginario, pritt A razao € 0 ser “originario, Pf i 2 de Deus, como a primeira causa; sem uma causa racional ela vé o mun. ds jovado a um acaso sem sentido e sem finalidade, ie. ela s6 enconta gmisvem sua esséncia, ofundamento ea finalidade do mundo, s6 julgaa sue existencia clara e compreensivel quando ela o explica através da fon te de todos os conceitos claros, i.e., através de si mesma. Somente o ser que age com intencao, com finalidade, i.e., com a razdo é para a razao um ser imediatamente claro e certo por si mesmo’, € um ser verdadeiroe fundamentado em si mesmo. Assim, o que néo possui nenhuma inten cionalidade em si deve ter o motivo da sua existéncia na intengao de um outro ser racional. E assim a razdo estabelece a sua esséncia como aes- séncia original, primitiva - i.e., ela se estabelece como o primeiro ser con forme a hierarquia, mas conforme o tempo o ultimo ser da natureza, como o primeiro ser, também quanto ao tempo. ea mais al est, enquame pot a pen para esta 00 200 aera ata pereicd0 J2 2 yensamento- . toe pene falando: porgue Som ou inversal A tazao é para si mesma o critério de toda a realidade. O que é irracio Dee eee Se contradiz, nao é nada; o que contradiz a razao, contradiza 's. Assim sendo, contradiz a razao, p. ex., a conciliagao das limitacées ‘alidade suprema, e assim ret jas a sua esséncia. A razdo $6 le crer em wi rT : squenae ” peus que seja coerente com a sua esséncia, em um Je inferior 4 sua propria dignidade e que antes represente temporais e espaciais com o conceito da re ra ela estas de Deus por serem contraditor pod De gait IH Deus com entidade da razay em milagres st ‘tio da divin- dade Pew eaite © tudo Pode, era dito entao, através da sua infinita ple. nip radige. | into, ele nao é nada e no pode fazer nada em que se condo poder da plan og iracional nem a plenipotencia pode fazer, Act ca; mas por que nunca? Porq sional e irracional como esséncia divi tivas em Deus? A tua propria razao. razéo, a tua mais elevada faculdade as realidades”, i ina. O que entao afirmas, o que obje- Deus € 0 teu mais elevado conceitoe de pensar. Deus é 0 “cere de todas © cemne de todas as verdades da razao. Tudo aquilo que reconhego na razéo como essencial, estabeleco em Deus como enti- dade: Deus € 0 que a razao pensa como 0 mais elevado. Mas o que eu re- conheso como essencial, ai se revela a essén mostra @ forga da minha faculdade de pensar. da minha razao, ai se Arazao € entao 0 ens realissimum, o ser mais real da antiga ontoteo- logia. “No fundo nao podemos pensar Deus", diz a ontoteologia, “a nao ser que lhe atribuamos toda a realidade que encontramos em nos mes- mos sem qualquer limitagao””. Nossas qualidades positivas, essenciais, nossas realidades sao entao as realidades de Deus, mas em nés sao elas limitadas, em Deus ilimitadas. Mas quem retira das realidades as limita- des? A razao. O que é entdo o ser pensado sem qualquer limitagao se- nao a esséncia da razao que abandona qualquer limitagao? Como tu pensas Deus, pensas a ti mesmo - a medida do teu Deus é a medida da tua razao. Se pensas Deus limitado, entao é a tua razao limitada; se pen- sas Deus ilimitado, entao a tua razao nao € também limitada. Se, p. ex., pensas Deus como um ser corporal, entao é a corporalidade a fronteira, o limite da tua razao, nao podes pensar nada sem um corpo; se, ao con- trario, retiras de Deus a corporalidade, entao fortificas e confirmas com isso a libertagao da tua razao da limitagao da corporalidade. No ser ilimi- tado simbolizas apenas a tua razao ilimitada. E assim, ao declarares este ser ilimitado como o mais verdadeiro, o mais elevado, nada mais afirmas em verdade do que: a razao é 0 étre supréme, 0 ser mais elevado. 3. Kant. Prelegées sobre a doutrina filosofica da religido. Leipzig, 1837, p. 39. = cia do cristian im endente. Dependente 1o é ainda 0 se outer obo oetpomemn eau ‘do cquilo ue Be FS ge vontade. Quem BO POssui ry, sera do por outros como instruments F ussna vontade se na raz80 & UM instr, ina ¢ livre € autonomo. Somente jomem os seres fora de ¢ sob sicomome, bain’ gencia. Autonome € indepen lente € em wal aentee nonee sue Ginalidade em si mesma, 0 due © 4m objeto en FF mesmo. O que ¢ finalidade © objeto pare si mesmo na & - enquants Spjeto para si mesmo mais Wy Instrumento ou Objet PATA UM out ser, Auséncia de razao © sinonimo de ser para Outro, objeto; raz8o € sing, sto de ser para si, sujeito: Mas 0 0 nao existe mais para outro e sim para si mesmo condena qualquer dependencia de um outro ser. Cen, Pare e dependemos dos seres fora de nos 0 momento do ato de pensar, mente cquanto pensamos, durante o ato de pensar como tal, nao depen. demos de nenhum outro ser’. O ato de pensar é uma atividade auténoma (Selbsttatigkeil). “Quando penso”, diz Kant na obra citada ha pouco, (siou consciente de que é o meu EC que pensa em mim e nao uma ou. weeice Concluo que este pensar em mim nao é inerente a uma outra re fora de mim, mas a mim, e que, conseqientemente, sou uma subs. Gncia, re,. que existo para mim mesmo, sem ser predicado de uma outra coisa”, Nao obstante necessitemos sempre do ar, fazemos, entretanto, coisa yno fsicos, de objeto de uma necessidade o objeto da atividade independente de pensar, i.e., uma mera coisa para nés. Na respiracao sou objeto do ar, 0 ar é 0 sujeito; mas ao fazer do ar o objeto do pens mento, da pesquisa, da anélise, inverto esta relagao e me torno suetoc oar se torna o meu objeto. Dependente é apenas 0 que € obj ijeito e outro ser. Assim é a planta d eto de um paraoereparaa 2plan lependente do ar e da luz, i.e., ela é um objeto , nao para si. De certo nao sao també: luz um objeto para a pla a fisica mao é sm nem arnem esta eterna alternacao entre area Fisica ndo € em geral nada mais que ar e somos por ele consumidos; usuftuimo , Meio e fim. Consumimos o 240 € 0 ser que usufrui todas as coisas s $e somos usuftuidos. S6 a ra- que se usufrui, que se basta 0 sujet em ser por elas usufruida - € 0 ser mais ser rebaixado para objeto de \jeito absoluto - o ser que nao pode objeto todas as coisas, em predicados a utro ser, porque transforma em s de si mesma, porque abrange em si todas as coi: isas, porque ela a a de todas as coisas, mesma nao é uma coisa, porque ela ¢ livre A raza ixa-se secluzit. 2a0 dei er alguel ‘Como poderia cento de outros? Somente mrrawes da sua (aza0 Febaix? © re 4. Isto diga-s se do ato de uma ativdade prone pensar como um ato fisio. nha o ato da respiragdo € oF Deus come ay come entidade Ha razan seja falso e irracional em al. lgum lu rentes de mim, mas posso oer estar certo di mesmo (naturalmente s6 nas coisas puramente ne fectuals) toda ae penso como relacionado, eu mesmo relaciono: tudo ane ne ee rad: no; tude que penso como distinto, eu mesmo distingo; tudo que pei “io nego eu meamens Penso como suspenso, como ne- gado, nego « 1. Se penso, p. ex., uma razao na qual a contempla- do ou realidade do objeto é imediatamente unida com © pensamento entaéo eu ; i FY i i dele, ent ; vos une realmente; a minha razdo ou a minha imaginacao é © proprio elo de ligagao destas diferencas ou oposigdes. Como pois seria possivel imaginé-las unidas (seja esta idéia clara ou confusa) se ja nao as uniste em ti mesmo? De qualquer forma que a razdo for sempre determi- nada, qualquer que seja a razéo que um determinado individuo humano aceite em contraste com a sua prépria, esta outra razdo é apenas a razao que atua no homem em geral, a razao pensada como abstraida das limi- tacdes deste individuo determinado, temporal. Unidade ja existe no con- ceito da razdo. A impossibilidade para a razao de pensar dois seres supre- mos, duas substancias infinitas, dois deuses, é a impossibilidade para a razao de contradizer-se a si mesma, de negar a sua propria esséncia, de pensar a si mesma como dividida e multiplicada. Arazao € 0 ser infinito. Infinitude é imediata com unidade; a finitude € posta com pluralidade. Finitude (no sentido metafisico) se baseia na dife- renca da existéncia de um ser, na diferenca entre a individualidade eo ge nero; infinitude se baseia na unidade entre existéncia & esséncia. E, pois, genius Christ em seu ja citado Cosmothe- ‘diversa da nossa? Ou ser tido por torpee certo e louvavel? De fato isto nao é 5, Malebranche. Igualmente diz 0 astronomo Hu ros: “Poderia existir em algum lugar uma razao imoral em Jupiter ou Marte o que € tido por nés por verossimil e nem mesmo possivel”. a sencia do cristianisma os de uma mesma espécie; 0, que N&O Possui nada ste como uma especie | num género e numa im @ a razao, ela tem a Sua es, } uu fora de si que pudesse vel porque € ela mesma a fonte de vel, porque € a medida de todas as ‘yes da razao; ela nao pode ser fe supremo, de nenhum género, porque senodas as hierarquias, Principio este os, As definicdes de Deus dadas pelos ‘omo 0 ser No qual ndo se distinguem fe que ¢ ele proprio as qualidades que tem, de forma ito e predicado, todas essas caracteristicas idos da esséncia da razao. ‘A razao & finalmente 0 ser necessario. A razao é, porque somente a existencia da razao é razao; porque, NBO havendo razdo, nao ha cons. Giancia, tudo seria nada, o ser igual 20 nao ser. Somente a consciéncia estabelece a diferenca entre ser & nao ser. Somente na consciéncia se re- velo o valor do ser, 0 valor da natureza. Por que existe em geral alguma doise, por que existe o mundo? Pelo simples motivo due, se nao existisse alguma coisa o nada existiria, se nao existisse a raza0, somente a néota- 240 existiria - por isso entdo existe O mundo, porque seria um absurdo se © mundo nao existisse. No absurdo da sua nao-existéncia encontras 0 verdadeiro sentido da sua existéncia; na falta de argumento para a acei- tacao de que ele nao existe a explicacao pela qual ele existe. O nada, o nao ser é sem finalidade, sem sentido, irracional. Somente o ser tem fina- dade, fundamento e sentido: o ser existe porque somente o ser é razioe verdede; ser ¢ a necessidade absoluta. Qual é a base do ser que se perce- , da vida? A necessidade de vida. Mas para quem é uma necessidadi Para quem nao vive. Nao foi um ser d cessidade? jd ensergasse, par ot ser dotado de olhos que fez 0 olho; se ele #8 enxergasse, para que faria 0 olho? Nao! Somente um ser que nao vé jo olho. Todos nés viemos ao mund: mas viemos somente para que haja saber Jo sem saber e querer - o universo? Da necessidede, da carencta, ds neviabiidede, mas eae te uma necessidade que esta ro m out 2a inevitabilidade, mas nao de Contradi¢ao), e sim de uma nece: idade f arse dele (© que é uma total da necessidade, porque sem cniver lade propria, interna, da necessidade cessidade nao haveria razao. © wero nao haveria necessidade, sem ne sem 0 universo, Certamente entao. r ae ie Universo surgiu € 0 nada sofos especulativos), o nada, o funday negatividade (como dizem os fle a lamento do mundo ~ mas um nada que se anula ~ i.e, nada que exis\ r © universo .e., um istiri que existiria per impossibile se i individu jal a simes™' nao exit ado com finito 0 que pode = rad infinito é, porem. 5 into fea ave ae. conse gob um género. mas que © ins na esséncia mesma. do com el yaracoes: medimos as de nenhum ent rincipio supremo das as coisas € Ser" .speculativos especie. sencia em si ser compara todas as comp: medidas. pois © colocada abaixo ela mesma ¢ 0 P' que subordina to filésofos e telogos &: existencia e essencia a serem identicos nele sujél s40 também conceitos abstral la; é incom: é incomensura’ coisas atra esain th) Deus COMO entitade da rardo 1” nao existisse. ‘Certamente Surge © Universo de uma caréncia, da Penia’, igs € uma especulacao falsa transformar esta penia numa entidade on- fologica ~ esta caréncia € meramente a caréncia que existe na suposta hao existencia do universo. Entao € o universo necessério somente por si Fresmo e através de si mesmo. Mas a necessidade do universo € a neces- jade da razdo. A tazéo € 0 cere de todas as realidades, pois 0 que sdo sigs as coisas grandiosas do mundo sem a luz, ¢ © que ¢ a luz exterior Sm a luz interior? A razao € o ser mais indispensavel - a necessidade otis profunda e mais essencial, Somente a razao é a consciéncia do ser, meer consciente de si mesmo; somente na razdo se revela a finalidade, 0 Centido do ser. A razdo é 0 ser objetivo como uma finalidade em si mes- ma-@ finalidade das coisas. O que é objeto para si mesmo é 0 ser supre- mo, ultimo, que se apodera de si mesmo ¢ plenipotente. ito de Poros e Penia no dialog 1. (N. do trad.) Penia significa pobreza em grego- Cfo mito Banquete, de Platao. Deus como um ser moral ou lei nfinito, geral, sem antropomorfismo, da ra. Oe iara a religiao do que um principio geral ortancia Pelwyal ela se inicia; € apenas © ponto de coro © ponto matematico da religiao, dade humana que se une com a cia religiosa; antes designa ela ‘9 materialista, 0 naturalista, © panteista. A crenca em Deus 0 €ético, © rma gus da religido) 56 acaba quando (como no ceticismo, eras materialismo) acaba a crenga no homem, pelo mencs n9 homem tal como é encarado pela religiao. Assim como a vi igido nado ée nao pode ser levada a sério com a nulidade do homem”, da mesma for ma nao pode ser levada a sério com aquele ente abstrato com 0 qual se relaciona a consciéncia desta nulidade. A religido ¢ levada a sério somen- te com as qualidades que objetivam o homem para o homem. Negar o homem significa negar a religiao. Deus como Deus ~ ao. nd imp zao, nao tem mais para uma ciéncia especial com i i referencia ultimo, supremo, 25° im co A consciéncia da limitacao € nulided’ consciéncia deste ser nao é uma c E interessante para a religiao que o seu ser objetivo seja diferente do homem; mas é também do seu interesse, e talvez ainda mais, que este ser diferente seja também humano. O fato dele ser diferente s6 concerne a existéncia, mas que ele seja humano é questao da sua esséncia intima. Se fosse um outro quanto a esséncia em que poderia interessar ao ho- mem a sua existéncia ou nao-existéncia? Como poderia o homem ter tao sincero interesse em sua existéncia se a sua propria esséncia nao estives- se também em jogo? we Um exemplo. “Quando creio”, lemos no livro das Concérdias, “que mente a natureza humana sofreu por mim, entao é para mim o Cristo Se 6A ida 5 A idéia ou a expressao da nulidade do homem diante de Deus na religiao é a ira de 1729, parte Vil colerize € castigue” da“perte") 208 - Esta edicdo & a que é s. WY Deus como UM ser moral pu ies 13 "Por isso é do homem pela er € posto, sur é . Surge também a Por sua esséncia, e assim € posto trata Deus, que nao € homem Mtretanto, este Deus nao... Deveria MO este outro Mesmo, [ ia NO uma paz para mim. Co mo posso entao participar da sua paz se nao participo da sua essencia © como posso participar da sua esséncia se © par sou realmente um outro ser? Tudo que vive 86 sente paz em seu proprio elemento, em sua propria es- séncia. Se entéo o homem sente paz em Deus, ele a sente apenas porque so Deus é a sua verdadeira esséncia, porque aqui ele se sente em casa, porque tudo em que ele buscou paz até entao e que considerou como sua esséncia, era um ser diferente, estranho. Portanto, se o homem qui- ser encontrar a paz em Deus deve ele se encontrar em Deus. “Ninguém experimentara a Divindade a nao ser como ela quer ser experimentada, ie., sendo contemplada na humanidade de Cristo, e se nao encontrares a Divindade desta forma nunca encontrarés repouso””. “Cada coisa des- cansa no lugar de onde nasceu. O lugar de onde nasci é a Divindade. A Divindade é a minha patria. Tenho eu um pai na Divindade? Sim, nao so- mente tenho nela um pai, mas tenho a mim mesmo; antes de me encon- trar em mim mesmo, ja havia nascido na Divindade”*. Um Deus que expressa somente a esséncia da razao nao satisfaz, en- tao, a religido, nao é o Deus da religido. A razao nao se interessa somente pelo homem, mas também pelas coisas exteriores ao homem, pela natu- teza. O homem racional esquece até a si mesmo pela natureza. Os cris- taos zombavam dos filésofos pagaos porque estes, a0 invés de pensa- rem em sua salvagao, s6 pensaram nas coisas exteriores a eles. O cristao 86 pensa em si. A razdo considera com o mesmo entusiasmo a pulga, o piolho e, como imagem de Deus, o homem. A razao € "a indiferenca e a 7. Lutero, parte Ill, p. 589. 8. Pregacdes de alguns mestres ante 1621, p. 81. riores e contemporaneos a Tauler. Hamburg, jv ossencia do cristias @ seres. Nao € 20 cristianismo, de to te ao entusiasmo da razéo que absolut ‘omen tus ovale, de uma zoe, a razao € uma entida, sinas a qualidade Caractertsy 150: ee é uma entidade inteira. or si mesmo, a afir. "porque sem duvida tam. ‘a essencia objetiva, 0 ser ‘objeto, cuja EXPTESSaO € exatamente para o homem algo inteira. da razao se ele pretende e deve se satisfazer ee edadeiro ceme da religi&o. 5, a qualidade racional de Deus que 7G perfeicao moral. Mas Deus como um se an ne perk to @ apenas a idéia realizada, 2 lei personificada da se Ae ma cia moral do homem posta como essencia absoluta - moralidade’, 9 essence Torque o Deus moral exige do homem que 2 propria essencia do Nerrriganto é Deus, devels set santos como Deus" 2e camo Ee rap SE a como pode = i eaeéncia divine se diante dela, como estabele. ele tremer diante da essencia divina, acusar-sé ¢ dela, « © céla julgadora de seus pensamentos e intencdes mals intimas? Mas a consciéncia de um ser perfeito moralmente enquanto cons- ciéncia de um ser abstrato, isolado de todos os antropomorfismos dei- xamnos frios e vazios, porque sentimos a distancia, a lacuna existente en- tre nos e esse ser - é uma consciéncia sem coracao, porque é a conscién- cia da nossa nulidade pessoal e, em verdade, da nulidade mais delicada, a nulidade moral. A consciéncia da plenipoténcia e da eternidade divina em contraste com a minha limitagao em espaco e tempo nao me causa dor; porque a plenipoténcia nado me manda ser plenipotente e a eternida- de nao me manda ser eterno. Mas nao posso me tornar consciente da perfeicao moral sem ao mesmo tempo me tornar consciente dela como uma lei Para mim. Aperfeicao moral nado depende da natureza (pelo me- perfede de wemgencia moral), mas somente da vontade, ela é uma perfeita, a vontade que @ aera ey Nao posso pensar a vontade ao mesmo tempo como objeto da von que € a propria lei, sem pensé-la Resumindo, atic de are ee ‘ontade, como um dever para mim. moralmente perfeito nao é apenas teéri- ee 9.0 proprio Kant jé di doutrina Nesornee dite 09 Obra muitas vezes citada, nas suas Prelecdes sobre a igido, lidas ai Moral, mas pensada personi fcadamennee sob Frederico ll, p, 135: “Deus é a propria lei my, es fa da religiao. © em eSPer mente antroporeisie ssiva da es: magao excl < pem arazao afirma 2°80) Tg a.com 0 ue se relacion i a ciencia. Por isso na relia mente diverso da essencit Ca ela, e este algo deve com ir na crist Na religido. Pri ia hums incipalmente das as outra’ Deus como um ser mora ou ti 15 ca, pacifica, mas ao me: ara ser imitada; € uma ideie cor? Pratica, para a aga i prigo MeSMO, porque ao me We Me Coloca em tensdo'e mute ood i . mesmm’ ‘eamente 0 que eu nao sou” 2 clea eee gido ainda mais martirizante, ma edd {382 cisdo € na reli como um ser pessoal, como um s cadores da sua graca, a fonte de cr que Odeia, amaldicoa e exclui os pe- ; la salvacao e felicidade Como entao pode o homem ser perfeito, deste softimento da conecitnee Siesta iso entre sie o ser fentimento de nulidade? Como pode de pecador, deste martitio do A razao s6 julga conforme o rigor da lei; 0 xivel, respeitoso, acatador, humano. A lei qu moral ninguém satisfaz; coragao. A lei condena, coragao se acomoda, é fle- A l€ SO Nos mostra a perfeicao Porisso a lei nao satisfaz também ao homem, ao ¢ Mas 0 coragao se compadece do pecador. A lei s6 me afirma como um ser abstrato, mas o coragéo como um ser real. O coracao da a mim a consciéncia de que sou homem, mas aleisé me daa consciéncia de ser pecador, de ser um nada". A lei subordina o homem a si mesma, 0 amor o liberta. O amor € 0 lago de uniao, o principio de mediagao entre o perfeitoe o imperfeito, entre o ser sem pecado e o pecador, entre o geral e 0 indivi- dual, a lei e 0 coragao, o divino e o humano. O amor é o proprio Deus e sem ele nao ha Deus. O amor transforma o homem em Deus e Deus no homem. O amor fortifica 0 fraco e enfraquece o forte, humilha 0 soberbo e enaltece o humilde, idealiza a matéria e materializa 0 espirito. O amor € averdadeira unidade Deus e homem, espirito e natureza. No amor é a na- tureza comum espirito e o espirito refinado é a natureza. Amar significa, partindo do espirito, anular o espirito; partindo da materia, anular a maté- tia. Amor é materialismo; amor imaterial é nonsense. Na ansia do amor por um objeto distante 0 idealista abstrato confirma, a contragosto, a ver- dade dos sentidos. Mas ao mesmo tempo € 0 amor 0 idealismo da nature- 10. “Tudo que rompe com a nossa vaidade em nosso prépri juizo nos humilhe. Porta: ‘o,a ei moral humilha inevitavelmente todo homem ao comparay este com 0 a len cia sensual da sua natureza” (KANT. Critica da razdo pratica. 4. ed., p. 132). 11.*Todos nés pecamos... Com a lei comecaram os patricidas” (Seneca). “A lei nos mata” (LUTERO, parte XVII, p. 320). a essencia do cristianigmy 9 rouxinol em cantor; so, planta com uma grinalda, fnesmo em nossa Vida bur. ‘q loucura separa € unidg identifica bastante humoristica, ore que os antigos misticos diziam de levado eo mais ComUM, isto mor sonhado, imaginario, em carne e sangue, ‘amor enfeita 05 0" Eque maravilhas nao nos guesa comum! Tudo que pelo amor. Mesmo a mente o amor com a Deus. que ele eg le em verdade par vale er Yon pao amor verdad mente © ‘a confissa0. nao um al o amor que t Sim, somente para 0 amor que tem carne e sanguer porque somente este pode perdoar os pecados agmetidos pela came € pelo sangue. Um ser unicamente moral nao pode perdoar o que é contra a lei da moralida. de, O que nega a lei é também negado pela lei. O juiz moral que nao per. condena o pecador implaca. sre flair sangue hurnano em sua sentence ele friamente. Por isso, 20 ser Deus encarado como um ser que perdoa pecados, é ele posto nao come um St amoral, mas como um ser nao moral, como um ser mais do que moral, em sintese, como um ser huma. no. A anulacao do pecado € a ‘anulacdo da justica moral abstrata e a afir- magao do amor, da misericérdia, do sentimento. Nao sao os seres abs- tratos, (nao!) somente os seres sensiveis sao misericordiosos. A miseri- cérdia é 0 senso de justiga dos sentidos. Por isso Deus nao perdoa os pe- cados humanos em si mesmo, como um Deus abstrato da razao, mas emsi como homem, como um ser sensorial, que se torna came. Deus fei- to homen em verdad nee Pea nee ae conhece, ele suporta os sofri- nos purifica aos olhos de Deus, nos limpa dos: Meee cacao sine mente o seu sangue humano torna Deus misericordit "tous a lera, i.e., nossos pecado: , oso, aplaca a sua c6- 3 3 2 £ 3 a & 3 3 3 8 a 2 8 g é 5 3 2 a 2 8 g & * de Cristo, é um , lemencia” (parte XV, pr 2o0 terrivel, no qualndose 5 Capitulo y mistério da encarnaca ; Gao ou De entidade do Coragdo score Aconsciéncia do amor é aquela atra com Deus, ou melhor, consigo, com a templa como uma outra esséncia, A que significa o mesmo, omistério da encarnacao, vés da qual o homem se concilia Sua esséncia, que ele, na lei, con- nou homem; a dificuldade, a necessidade do homem (uma necessidade que, de resto, é ainda hoje uma necessidade do espirito religioso) foi o motivo da encarnagao. Por miseric6rdia tornou-se Deus um homem - ele jé era entao em ef anesmo um Deus humano antes de se tornar realmente homem; comoveu-se pois com a necessidade e a miséria humana. A encamacao foi uma léari- ma da compaixao divina, logo, apenas um fenémeno de um ser que sen- te humanamente e que, por isso, é essencialmente humano. Quando se prende na encarnagao somente ao Deus que se torna ho- mem, aparece realmente a encarnagdo como um fato surpreendente, inexplicavel, maravilhoso. Mas o Deus encarnado é apenas o fendmeno do homem endeusado; porque a elevagéo do homem a Deus antecede necessariamente ao rebaixamento de Deus ao homem. O homem ja es- tava em Deus, ja era ele proprio Deus antes de Deus ter se tornado ho- mem, i.e., de ter se mostrado como homem”. Como poderia Deus ter se tornado homem de outra forma? O antigo principio “do nada, nada” vale também aqui. Um rei que nao traz em seu coragao 0 bem-estar de seus stiditos, que, em seu trono, ja nao paira espiritualmente em suas moradi- as, que em sua intencdo nao é um “homem comum”, como diz 0 povo, 13, “Tais descrig6es onde a Biblia fala de Deus como um homem e Ihe atribui tudo que é humano, de ser amavel e consolador, de falar amigavelmente conosco & €¢ mt < sas sobre as quais os homens costumam falar uns com outros, que € ot Att tristece e sofre como um homem, existem em fungao da futura hum (LUTERO, parte Il, p. 334) aessencia do cristianismy = trono para alegrar 0 sey te do adito se elev corporalmen ig nao tinha 0 SU: ade vo sesence pessoal. ENtsoJ@ MO Gue o sudito se sente : sudito? yelaciona:se este sent. zg, nao se felaciona com 9 tes oso motivo deste fato? ‘¢ causa, determine-se na Moria: portanto, € aqui a ele. do rebaixamento de Deus aro homem'" vagao do homem @ Dee To enanizouse Pare endeuss im" 2h oe dade, .e.,a contradic&o que se en. dade Sell votromem” deriva apenas do fato ence “Deus ¢ fades de um ser ger ilimitado re joso, de se confundirem 0 Core ou as qualidades do Deus re'lgh ‘e e@ metafisico com 0 CONEEIO A om os do coragao ~ uma confusdo ibutos n : se confundien taculo para o conhecimento correto da religiao. Mas aus me ered o jeuma forma humana de um Deus que aete-se aqui na verdade apena! forma humans de um Deus ae ja em esséncia, nas prof fundezas da sua humano. - ' it it ao € a primeira pessoa da divindade doutrina da Igreja é dito que n v oe tomas a segunda, que é a que representa o homem diante de Ae eae ed le, como veremos, € a pessoa verdad Deus - a segunda pessoa que na verdac 0s, 0 verdadeira, total, primeira, da religido. SO sem este conceito intermedia. io, que € 0 primeiro da encamacao, parece esta misteriosa, incompreen- Sivel. “especulativa’; ao passo que, quando considerada em conexéo com este, é uma conseqiléncia necessaria, automatica. Por isso a afirma- ao de que a encarnacao é um fato puramente empirico ou histérico so- bre o qual so se instrui através de uma revelacao teologica, é um depoi- mento do mais estipido materialismo religioso, porque a encarnagao é uma conclusao que se baseia numa premissa muito compreensivel. Mas igualmente abstruso é querer deduzir a encarnacao de motivos puramen- te especulativos, i.e., metafisicos e abstratos, porque a metafisica perten- ce somente a primeira pessoa, que nao é uma pessoa dramatica. Umatal deducao so se justificaria se se deduzisse conscientemente da metafisica a negacao da metafisica. consequ mpreensibill 6 ou se torn A profundi ito ou as qualidé contra na sent ee tees eeceineu homem Para que o homem se tornasse Deus.” Agostinho (Serm. verdadeira relacde bane te® Padres encontram-se, entretanto, trechos que indicam @ ‘ronal ro diz, P- ¢x. (parte |, p. 334), que Moisés chama o homem de us, igual a Deus” para aludir obscuramente que “Deus haveria de se tor- nar homem”. Aqui é a , Pois, a encamaca quencia da divindade do homem. 1¢80 de Deus expressa claramente como uma conse- ===" ccsoneia do etstinigms para alegrar 0 sey 4 trone seu 4 corporalmente 40°." sinha 0 sudiito Se elevado ar nunea eset PT Ertan j8 MA que o sudito Se Sete ee dito? Eat j relaciona-se este senti. do seu rer "se relaciona com o So motivo deste fato> pitaria, JU® “usa, determina-se na vo a: portanto, € aqui a ele. consequenc™ Epaixamento de Deus cendeusar 0 homem", Monn este fate em nto somente tencao. giao 0 ae eligiosa © nem a Dew! diz are tato da in Mas na te consciencia vagao do hor omen. Dev contradigo que se en. in” deriva apenas do fato ‘de um ser geral, ilimitad 1p Deus religioso, i.e., de Os do coragae ~ uma confusig 0 correto da religiéo. Mas humana de um Deus que Deus misericordioso, aoht A profundidade e contra na sentenca de se confundi e metafisico © scconfundirem os atributos 2% r obstaculo para ‘a verdade apenas nas profundezas da s da razao com conheciments de uma forma ua alma, €um trata-se aqui M jaem essencia, humano. ; 7 Na doutrina da Igreja é dito que nao € 2 primeira pessoa da divindade que encarna, mas a segunda, que € 2 que representa romern ede Deus - a segunda pessoa que na verdade, come veremos, € a pessoa S6 sem este conceito intermedia- verdadeira, total, primeira, da religiao. e con ° rio, que é 0 primeiro da encamnagao, parece esta misteriosa, incompreen- sivel, “especulativa”; ao passo que, quando considerada em conexdo com este, é uma conseqiiéncia necessaria, automatica. Por isso a afirma- cao de que a encarnacao € um fato puramente empirico ou historico so- bre o qual so se instrui através de uma revelagao teoldgica, é um depoi- mento do mais estupido materialismo religioso, porque a encarnagao é uma conclusdo que se baseia numa premissa muito compreensivel. Mas igualmente abstruso é querer deduzir a encarnagao de motivos puramen- te especulativos, i.e., metafisicos e abstratos, porque a metafisica perten- Secomente a primera Pessoa, que ndo é uma pessoa dramatica. Uma tal justificaria se se deduzisse conscientemente da metafisica a negacdo da metafisica. ee 14. “Deus se t pee set eemem Para que o homem se tornasse Deus.” Agostinho (Serm. vedere relagdo Lurene ia Peet naa terse, entretanto, trechos que indicam 8 “mavens acc » P. ex. (parte I, p. 334), que Moisés chi ar homem”. Aqui é a , Pois, a encamaca adencia da divindade co hone arn 28° de Deus expressa claramente como uma conse jqurtlo 0 misterio da encarnagio ou Deus como entidade doc orca Neste exemplo se evidencia g ® especulativa. A antropologia nag terio especial, estupendo, com mistico; ela destréi a ilusao especial, sobrenatural; ela c naturais, inatos ao homem, ‘SMO a antropologia dive: Ofazae SPecula, de se escon Fge da filosofia que quando MOF personifi uma pessoa humana: ela é9 a trério deveria renunciar ao no £u, Na emogao, exclamo de icado? Certamente, caso con- ue expressa um ser especial, Fart em age capes Sesh Peseta, Enos aera to. O amor é entao diminuido e rebaixado Por um bs sue pritehe no: Deus. Torna-se uma qualidade pessoal, ante quelfcatve’ ce nao ol iva; conserva, portanto, no espirito e na emocao, ete quatficaiva: ele sencial diante de mim; ora desaparece out bém sob outro aspecto, além do amor ; também no aspecto da plenipotén- cia, um poder obscuro, independente do amor, poder do qual participam também, conquanto em menor proporcao, os deménios e satas, Enquanto 0 amor no é elevado a substancia, a esséncia, ha de pai- rar por detras dele um sujeito que, mesmo independentemente do amor, ainda € algo em si mesmo, um monstro sem amor, um ser demoniaco, cuja personalidade distinguivel e realmente distinta do amor se diverte com o sangue dos hereges e descrentes - 0 fantasma do fanatismo religi- oso! No entanto o essencial na encarnagao é 0 amor, nao obstante ainda preso a noite da consciéncia religiosa. O amor levou Deus a exterioriza- cao da sua divindade”. Nao é pela sua divindade como tal, segundo a qual ele é sujeito na sentenga: Deus é o amor, mas é pelo amor, pelo pre- dicado que veio a negacéo da sua divindade; entao é o amor um poder e uma verdade mais elevada do que a divindade. O amor vence Deus. Foi 15. Era neste sentido que a crenga antiga, incondicional e entusidstica festejava 2 encar- nacéo; O amor vence Deus, Amor triumphat de Deo, diz, p. ex., Sto Bemaro one, te neste significado de uma auto-exteriorizacao ¢ abnegagao real Toabnegagao seja em lidade, a forca eo significado da encamagéo, nao obstante esta auto abnegache tel ot si apenas uma ideia da fantasia, porque se se observar de pero Paws Nan me NEN camacéo, mas apenas se mostra como é, como um ser a onalst ‘apresenta contra as logia posterior racionalistico-ortodoxa e biblico-pietistico-racionaie Apter concepcées e expressdes delirantes da antiga crenga no que! merece nem mengao, quanto mais refutacao. —_— ian . 80 i ajestade. E que espéci, ue Deus sacrificou & sua do? Diferente daquele te pelo amor 45 Um outro diferente gF por si enquanto Deus? Nao, era ra este? or rae 5? Era 0 amor i mens um amor hur nos sacrificamos? Era © O°", amor aos ho! Maney \S. mente, sem amé-lo da amor pelos homen: nao oe pumena im amélo de me s0 amar 0 home A jo ele na verdade am: so cone Pos: ro as ele ama quando oe bem o deménio ay ma om ezum amor ial sua propel rio, nao seria vez ulm Zo homem, € sim por Sua Propria causa bh a or casi aroseu , o homem, mas nao P' ndecer, para aumenti ‘ Poder. Ma logo, por egoisino. pa elo homem, i.-€., ee ornate bom a verda Deus ama enquanto Arne eo homem como o homen dadeitoamag e feliz. Portanto. mace um plural? Nao € ele sempre igual a si mesmg) homem? Tem o ame" “dadeiro, nao falsificado da encamacae, a nao ser Qual é entdo o texto ‘sem acrescimo, sem distingao entre amor diving ¢ otexto do mero amore haja um amor egoistico dentre os ho, humano? Porque, mest vt eiro amor humano, o Unico que é digno de mens, é, entretanto, © Ve Fica o proprio em nome do alheio. Quem é en, aoos ee tor = conciliador? Deus ou o amor? O amor, porque 180 aguante D a redimiu, mas o amor, que esta acima da Deus enquanto Deus nao nos , , distingao entre personalidade divina e humana. Assim como Deus renun. istit a : nunciar a De ciou a si mesmo por amor, devemos também re! Deus pelo amor; porque se ndo renunciarmos a Deus por amor, renunciaremos ao amor em nome de Deus e teremos, ao inves do predicado do amor, 9 Deus, a entidade cruel do fanatismo religioso. oamortal Mas uma vez que adquirimos este texto da encarnagao, apresenta- mos simultaneamente o dogma em sua falsidade, reduzimos o mistério aparentemente sobrenatural e supra-racional a uma verdade simples, uma verdade em si natural para o homem, uma verdade que no sé per- tence a religiao crista, mas, pelo menos de modo nao evoluido, a qualquer religiao enquanto religiao, seja em maior ou menor proporcao. Qualquer religiao que seja digna de tal nome pressupée que Deus nao seja indiferen- te Para com os seres que o adoram, que entaéo o elemento humano nao Seja estranho a ele, que, enquanto objeto da adoracao humana, é ele pro- Prio um Deus humano. Toda oracao revela o mistério da encarnagao, toda Sraséo € de fato uma encarnacao de Deus. Na oragao trago Deus para a cis Drs sr eke ee smenn mim; por isso abnega a sus ai i ann jas queixas; ele tem misericordia de detudo que éfinitoe humans a smajestade, a sua sublimidade em troca se ele me ouve, se se compadece ae itn pomem com 0 homem, poraie frimento. Deus ama o homem - j . Deu Foe € tocado pelo ened amor sem simpatia e nao exist ime ia sofre pelo homem. Nao existe € simpatia sem compaixao. Teria eu interes” Lopinta ¥ 81 De fato a teologia que metafisicas da eternidade, guarda na «; da indefinibit qualidades semethantes abstratas we de fato esta teologia nega a passions também a verdade da religiao"” Po, alidade de Deus, mas com isso nega ‘abeca as qualidades racionais e lidade, da imutabilidade e outras ue expressam a esséncia da razao, "que a religiao, o homem religioso, du- acredita num interesse real do ser divi- idades, acredita numa vontade de Deus crasto, i.e., pela forga do coracao, acre- nte, levado a efeito através da oracé pr agao. O homem verdadeiramente religioso confia sem meditar 6 seu coragao a Deus; a tudo que é hu a oe . ¢ mano. O coragao s6 pode se drigir a0 coracao, ele 56 encontra consolo em si mesmo, em sua propria esséncia. rante 0 ato da devogao na oracao, no em seus sofrimentos e necessi, determinavel pela sinceridade da A afirmagao de que a realizagao da ora a eternidade, que ja tinha sido compreendida originariamente no plano. da criacao, é uma fic¢ao oca e de mau gosto de um pensamento mecani- co € que contradiz um absoluto a esséncia da religido. Lavater afirma exatamente no sentido da religiao: “Necessitamos de um Deus arbitra- rio”, Além disso é Deus naquela ficgao um ser tao determinado pelo ho- mem quanto no atendimento real, presente, causado pela forca da ora- 40; somente a contradigaéo com a imutabilidade e a indeterminabilidade de Deus, i.e., a dificuldade é levada para a distancia ilusoria do passado ou da eternidade. Se Deus se decide agora pelo atendimento da minha prece ou ja se decidiu antes, tanto faz no fundo. E a maior inconseqiién- cia repudiar a idéia de um Deus determinavel pela oracao, i.e., a forga do G80 ja estava designada desde 16. “Sabemos que Deus é tocado pela compaixao por nés ¢ no s6 vé nossas lagrimas, mas também conta as nossas ‘lagrimazinhas’, como esta escrito no Salmo 56.:'O flho de Deus é realmente comovido pelo sentimento do nosso sofrimento™ (rfelanchionis etal orum Declamat. Argentor. Parte ll, p. 286, 450). “Nenhuma légrime”, dir Lutero scence deste 92 verso citado do Salmo 56, “acontece em vio, mas ¢ assinalada ne Com grandes e poderosas letras.” Mas, um ser que conta e “coleciona” as légri € certamente um ser muito sentimental. 17. Sao Bemardo lanca mao de um jogo de palavras altamente sof Impassbis st Deus, sed non incompassibilis, cui proprium est miserert semper parcer (Sup Cant Sermo 26), Como se a compaixao néo fosse sofrimento, sofrimento Pos imento. A materia, @ O que sofre a ndo ser um coragdo interessado? Sem amor 180 boaepi todos os seres. fonte do sofrimento é exatamente 0 coracao universal 4 pssencid do cristianismy vez que Se acredit a humana indign2 me een, ace ate da 078620 Tossivel sem amor), logo, ue evo de suas atitudes; acre. etem oar so tendo um coracao anatémico, mano. © sentimento religiosg ‘2 ele proprio repudia. Og intimento que fosse con. ntos e afeicées relativas gle sem hesitar e deviam atriby. ui a Deus € 0 Proprio amor ‘amor real e verdadeiro. Deus ¢ maginado. Te" jvino apenas se objetive, se afirmao beus © amor apenas S¢ aprofunda em si mesmo ia verdade. nearnagao desen’ motivo num ser que 2! tase tambem nur um sel atribuiam a 's conceitos morals. eee icordia eles atri ao amor. 4 miseri ir. Eo amor que ° nao so idealizado, #! amado € por sua Vez amor humane. Em como na sua propri Contra este sentido da e tar que coma encarnagao cri: outro aspecto é verdade, como Vel paga. dos deuses gregos ou indian volvido aqui pode-se obje. sta da-se um fenomeno especial (0 que sob remos adiante), diverso da encarnacgao ‘os, Estes seriam meros produtos hu- s endeusados; mas no cristianismo foi dada a idéia do manos ou homens u 5 Mas nO iva e “especulativa” a unia Deus verdadeiro; 6 aqui se torna significativa € esp ido de esséncia divina com a humana. Também Japiter se transforma num touro; as encarnagoes pagas dos deuses seriamn meras fantasias. No pa- ganismo nao ha mais na esséncia de Deus do que no fendmeno; mas, ao contrario, no cristianismo é Deus um outro ser, sobre-humano, que se mostra como homem. Mas esta objegao se contradiz pela observacao ja feita de que também as premissas da encarnacao crista ja contém a es- séncia humana. Deus ama o homem; Deus tem além disso um filho em si; Deus é pai; as relacdes da humanidade nao estao excluidas de Deus; 0 que é humano nao é distante ou desconhecido de Deus. Por isso também aqui nao ha mais na esséncia de Deus do que na manifestacao de Deus. Na encamagéo a religiéo s6 confessa uma coisa, o que ela, como refle. xe sobre si mesma, como teologia, nao quer confessar, que Deus € um nage sramente humano. A encarnagao, o mistério do “Deus-homem” too, pelo ewe me misteriosa sintese de contradigdes, nao é um fato sinté- io que € considerada pela filosofia especulativa da religiao por tet esta uma especial alegria com a contradicao: iti palavra humana com sentido h, igao; € um fato analitico - uma Ga0, esta ja se encontraria oot einer. Se houvesse aqui uma contradi- 1 Esta | ntes ou 0: 14 sa providéncia, do amor, com adivindeae’ da encarnagao; ja na uniao da essencialmente diverso do nosso (s6 < tr rife oats amor € real, naoe assim é a encarnacao apenas a ex as limitagdes devem ser retiradas) € sensorial, mais franca desta provider 'Ssa0 mais forte, mais sincera, mais cia, deste amor, © amor nao conhe- YO mistério da en “#73630 OU Deus come o ti ntidade do co raga ce outra maneira de contentar maj ” com a sua Presenca pessoal, fazeny-° plar cara a cara o benfeitor invisivge eo Ver é um ato divino, A Felicidade ja easy tringido temporal € espacialmente, do fenomeno ¢ eterna e geral, Dew ele em si, mas pela sua esséncia, por ndmeno, nao ao do amor. Porque s6 nos foi deix, temo Mos ai A prova mais evidente, irrefutavel de contempla com um objeto divi setorna homem Por causa do homem, quando o homem é a finalidade e a objeto do amor divino? O amor de Deus pelo homem é uma qualidade essencial da divindade: Deus é um Deus que me ama, que amae homem em geral. Ai esta a tonica, ai esté o sentimento fundamental da religiao. Oamor de Deus torna-me amante; o amor de Deus pelo homem é a base do amor do homem por Deus: o amor divino causa, desperta o amor hu- mano. “Amemo-lo, porque Ele nos amou primeiro”"®. © que amo entao em Deus? O amor ao homem. Mas uma vez que eu amo o amor e 0 ado- to, amor este com o qual Deus ama o homem, nao amo eu o homem? Nao € 0 meu amor a Deus, ainda que indiretamente, um amor ao ho- mem? Nao é entao o homem o contetido de Deus quando Deus ama o homem? Nao é isto o que eu amo mais intimamente? Tenho eu um cora- Gao, se ndo amo? Nao! Sé 0 amor € 0 coracao do homem. Mas o que € 0 amor sem aquilo que amo? Ent4o 0 que amo é o meu coracao, © meu contetido, a minha esséncia. Por que o homem se entristece, por que per- de ele a alegria de viver quando perde o objeto amado? Por qué? Porque com 0 objeto amado ele perde o seu coragao, 0 principio da vida. Se en- tao Deus ama o homem é porque o homem é 0 coragao de Deus - 0 bem-estar do homem € 0 seu mais intimo interesse. Entdo, se ohomem Se 18. 1J0 4.9, fess nia do Cristianigm, 0 para si mesmo em Deus? Ny, a se Di objeto de Dew conteud sencia diving se f eus € 0 amor Ciaessencia humana 0 core rencial deste oe amor de Deye HOME Oe ujigiao, o amor do HOMEM Por si mes dao a mais alta verdade, COMO a ma ¢ a sentenca “Deus ama homem" y fe oriental) que significa em alg nace pelo homem a b mo. objetivado. alta essencia do ro (a religide elevado ¢ 0 an qual foi reduzi mor do ido aqui o mistério da encarnagao por meig rece consciencia religiosa. Assim diz, P. ex. Lute Eran geu coracéo a encamagao de Deus de ma da carne e do sangue que estio I dim cima a direita de Deus, amar toda carne © sangue aqui na terra e nag Seirritar mais com ninguém. Entao a suave humanidade de Cristo, nosso Deus, deveria encher de alegria todos os coracoes num instante, de for. aes aunea aparecer neles um pensamento rancoroso Ou inamistoso, Sim, todo homem deveria carregar 0 seu proximo nos bracos com gran. de alegria, por causa da carne e do sangue”. “Isto € apenas uma parte do que nos deve mover grande alegria € ao feliz orgulho, o fato de sermos honrados acima de toda criatura, até mesmo acima dos anjos, e de po. dermos nos ufanar de verdade: minha prépria carne e sangue estao as. sentados a direita de Deus e tudo governam. Tal honra nao possui ne nhuma criatura, nenhum anjo. Isto deveria ser como um forno que fu disse a nés todos num tinico coracao e que causasse um tal fervor de re nés homens a ponto de amarmos uns aos outros de coragaéo””. Mase que na religido € em verdade esséncia da fabula, o cerne, tomase he religiosa a moral da fabula, o supérfluo. ° Averdade a da analise atingiu tamb ro: "Quem pudesse tom neira correta, este deveria, em nome ba 1 9. Lutero, parte Xv, p. 44, Capitulo vy 0 mistério do Deus sofredor Uma qualidade essencial do Deus e, mesmo, do Deus humano, portant, dec tem pelo sofrimento. Todos os pensam, mente se associam a Cristo concentra Deus enquanto Deus € 0 cere de toda 2 . to Cristo 0 ceme de toda a miséria hun, 2 Oe prumane, Deus enquan. vam a atividade, em especial a autonomi de, en mia do pen i elevada, a mais divina atividade; os crista Falizavorr oooh emai us ; } © puro sofrimento - o pensa- mento metafisico mais elevado, étre supréme do coracao Porque,o que causa mais impresséo ‘@0 coragao do que o softimento? E, em verdade, o sofrimento do impassivel em si, daquele que esta acima de todo softimen. to, 0 sofrimento do inocente, do puro de pecados, o sofrimento meramen- te pelo bem dos outros, o sofrimento do amor, o sacrificio de si mesmo? Mas exatamente por ser a historia do sofrimento por amor a mais emocio- nante para o coragao humano ou para o coragao em geral (porque seria uma ridicula ilusao do homem querer imaginar um outro coracao diferen- te do humano) é que resulta de modo irrefutavel que nela nada mais é ex- presso e objetivado a nao ser a esséncia do coragao, que ela nao é uma in- vencao da razdo humana ou da fantasia, mas do coracao humano. Mas 0 coracéo nao inventa como a livre fantasia ou a inteligéncia; ele sofre, rece- be; tudo que sai dele aparece-Ihe como dado, surge violentamente, atua com a forga da necessidade urgente. O coragéo domina, apodera-se do homem; quem foi por ele uma vez apanhado é conquistado por ele como por um deménio, um deus. O coragao nao conhece outro Deus, outro ser Mais excelente do que ele mesmo, do que o Deus cujo nome pode ser ou- tro, especial, mas cuja esséncia ou substancia € a propria esséncia do co- ragdo. E exatamente do coragao, do impulso intimo de praticar o bem, de viver e morrer para os homens, do impulso divino do beneficio ave pretery de tomar a todos felizes e que nao exclui nem mesmo o mais repudiado, . a i is elevado, quando se tor- Mais desprezivel, do dever moral no sentido mai Aessencta do cri stan ‘img bh o, portanto, da esséncia hur, do comairaves do cOragaO, & que surg’ | * nethor, verdadeira |-€- filtrada dos seus eleme® | ent na uma necessidade interne, do coracé enquanto se revela come corass esséncia do cristianismo tos € contradigoes teologi © que na religido € Pre! acordo com 0 que jé foi desenvolvi entender como predicado: portanto. cebé-los como © ontre- periles - © ent Ssfrer & predicadto ~ mas pelos homens, stfica isto em alenao? Nada mais do Sofre pelos outros abandona 2 SU2 alma, deus para o homem icas. dicado podemos conceber Como sujeito, 'do antes, € 0 que & sujeito poder inverter OS oraculos da religiao, go teremos a verdade. Deus as por outros, n&o por si. O ae: ofrer pelos outros € divino; qu comporta-se divinamente, tom nao representa apenas 0 softime to moral, autonome, 0 sofrimento do amor, a capacidade de se sacrifice esenta também © sofrimento como tal, on pelo bem de outros: ele repr pele to enquanto expresso da capacidade de sofrer em geral. A rel. giao crista € tao pouco sobre-humana que ela propria consagra a fraque za humana. Enquanto © filésofo pagao, até mesmo com a noticia da mor te do proprio filho, exclama: sabia que gerei um mortal; derrama o cristi . nismo (pelo menos 0 biblico, pois do Cristo pré ou nao biblico nada si be. mos) lagrimas pela morte de Lazaro ~ uma morte que em verdade: apenas aparente. Enquanto Socrates, impassivelmente, esvazia a oe de veneno, exclama Cristo: “se for possivel, que se passe este call oy Cristo ¢nesse sentido a confissdo da sensibilidade humana. O Cristo re ce peu fem contraste com o principio pagao, principalmente estdico con igorosa forca de vontade e a sua autonomia) da consciéncia de Entretanto © sofrimento de Cristo 20. “ telgito fala através de exemplo. O exemplo é alei di risto sofreu por outros, entao deve 0! Cast soften pro /emos fazer o mesmo. *O Sei roe eon vinuly para que fagas o mesmo” (BERNARDO. Tete sat Domini Oe véssemos nos encar nr com sviedade oexemplo de Cristo... 0. In die na Do ar ; mesmo vessemos softer” (LUTERO, parte yao para nés doloroso e com isso muito d& 21."A maioria", di diz Santo Ambrésio, * miro mais em parte n sio, “se escandaliza com pata meni e psnte wes 2). “Como ivesse os meus i que aqui, porque me 3 poderiamo: is sentimentos” a incapacidade de softer (in sua impaseibilitae)” ter de Sue in Lucae Ep. tb.6 el superb). "Nao ebstante™ di impassibilitate)” (BERN, ARDO. ele perrnanecesse em su et super). “Nao obstante" dso médicocvisto J. Mlichi . Tract. de Xi! rad. hum tretanto 05 pais, logo que s atribuir a Deus sentimentos © amigo de Melanchton. Pt canto os pas loge que sentiem a ferida do amore sou emosbes (affectus), deve e™ ‘amor verdadeiro e nde frie on can emeinante por se ri ola desarace de seus he io ou simulado” (Declam Mela mo € por nés... Deus possulum . Melancht., parte ll, p. 147). Mio VE~ O mistério do Deus sotredo Ir cristianismo € a propria histor to que dentre os pagaos ojub to aos deuses, dentre os cristaos, expressa do que a esséncia do coragao, da afetividade. E na verdade diz-se na religiao crista: Cristo fez tudo por nés, ele nos redimiu e nos con- ciliou com Deus e por isso pode-se concluir dai: rejubilemo-nos, nao pre- cisamos nos preocupar em como poderemos nos conciliar com Deus, pois ja estamos conciliados. Mas o imperfectum do sofrimento causa uma impress&o mais forte e mais permanente do que o perfectum da re- dengao. A redengao € apenas o resultado do sofrimento; 0 sofrimento é a base da redengao. Por isso 0 sofrimento se fixa mais fundo no espirito; sofrimento torna-se um objeto de imitagao, nao a redengao. Se o proprio Deus sofreu por minha causa, como posso ser feliz, proporcionar a mim uma alegria, pelo menos neste mundo corrupto que foi testemunha do seu sofrimento”. Devo ser melhor que Deus? Nao devo entao comparti- lhar do seu sofrimento? O que faz Deus, meu Senhor, nao é para mim um exemplo? Ou devo retirar s6 0 lucro e nado também ter despesas? Sei so- mente que ele me redimiu? A historia do seu sofrimento nao me é tam- bém conhecida? Deve ela ser para mim apenas 0 objeto de uma longin- qua lembranca ou até mesmo objeto de meu jubilo, s6 porque este sofri- mento me proporcionou a felicidade? Mas quem pode Pensar assim, quem pode querer se excluir dos sofrimentos do seu Deus? .2” (Form. hon. vitae. En- 0 prazel e Se oe inca da crucificacao crucifique 22. “Meu Deus esta na cruz e deverei eu me entre: lte as obras inauténticas de Sd Bernardo), “Que 4 lambrance tua carne” (GERHARD, J. Meditat. Sacrae. Med. Aessencia do cristianismg > Ag imagens do Crucifica. jas, nao representam um, jas as igrejas, na fie ‘i. > sofredor. Mesmo as autoflagela. tncioe paseiam psicologicamente ia contente de crucificar 0 do sofrimento” ao crista é a reli encontramos ¢ ucil jencias que se bas ‘omo nao se sentiri do, que até hoje redentor, mas somente 0 CT 5 a0 consed 3 tao: Goes dos cristaos $80 <* Fa eo ee geal ‘on sempre em mente a imagem do crucifi. ue a si ou aos outros aquele due 1 ctificados para uma tal conclusio quento Agosto morai dos pagdosestimulavarm-nos © he Perm asi iam a imoralidade, oie sofre nao significa em verdade nada mais que: Deus ¢um core a ee a fonte, o cere de todo sofrimento. Im sofri sao ee um ser ‘aco. O mistério do Deus que sofre é entao o ree ee sentmento; uh fre é um Deus sensivel ou senti- isteri i f s que sof do sentimento; um Deu: fr \ ° n Osa da frase: o sentimento é de natureza divina. ‘em nao tem consciéncia apenas de uma fonte de atividade em si mesmo, mas também de uma fonte de sofrimento. Eu sinto; e sinto o sentimento (nao s6 o querer, o pensar, que freqiientemente estéo em opo- sigo a mim e aos meus sentimentos) como algo pertencente a minha es- séncia e que, nao obstante sendo a fonte de todos os sofrimentos, fraque- zas e dores, € ao mesmo tempo o poder e a perfeicao mais majestosa, mais divina. O que seria o homem sem o sentimento? Ele é o poder musi- cal no homem. Mas o que seria 0 homem sem o som? Da mesma forma que o homem sente um impulso musical, que sente em si uma necessida- de interior de desabafar as suas emogées nos sons, numa cangao, coma mesma necessidade desabafa ele, nos lamentos e nas lagrimas religiosas, a esséncia do sentimento como uma esséncia objetiva, divina. O hom A religiao é a reflexao, a projecao da esséncia humana sobre si mes- ma. O que existe sente necessariamente um prazer, uma alegria em si mesmo, ama-se e ama-se com razao; se o repreenderes pelo fato de ele se amar, estaras repreendendo-o pelo fato de ele existir. Existir significa afirmar-se, amar-se; quem se torna cansado da vida rouba-se a vida. Por isso, onde o sentimento nao é repudiado e oprimido, onde a sua existén- cla € alimentada, como nos estéicos, ai jé é também aceita a sua impor a 23. “Grande sofrimento é muito melhor do que Praticar o bem" (LUTERO, parte lV, p. 15). 24. “Ele quis softer para aprender a com i softer pars padecer, quis se tomar misericordioso para aprender a misericordia” (BERNARDO. Tract. De Xil grad. Hum, Evecpero) “tem ple le nos, porque experimentaste a fraqueza d, ‘ io sofrimento" (CLEMENTE DE ALEXANDRIA, Paedag. ib. Le. yn nes 0° ProPtio soriment | visterio do Deus sottedor ; Mais caras e mais sagradas. E sinal de uma leviandade doméstica, de um instinto feminino, cole. cionar e conservar 0 colecionado, néo abandonandoo as ondee dk en quecimento, ao acaso da lembranga e, em geral, nao confiando a si mes. moo que se conheceu de valor. O espirito livre esta exposto ao perigo de uma vida desordenada, esparsa e dissoluta; o religioso, que retine tudo numa coisa $6, nao se deixa perder na vida sensorial, mas em compensa- ao esta exposto ao perigo da liberalidade, do egoismo e da ambicao. Por isso 0 irreligioso aparece, pelo menos ao religioso, como um homem subjetivo, aut6nomo, orgulhoso, frivolo, nao porque nao é em si sagrado para ele o que é para o outro, mas sim porque 0 que 0 nao-religioso so guarda em sua cabega 0 religioso coloca fora de si como um objeto aci- ma de si e entao toma o carater de uma subordinacao formal. Resumin- do, 0 religioso, por ser uma coletanea, tem uma finalidade e por ter uma finalidade tem base sdlida. Nao é a vontade como tal, nao é 0 saber vago ~ somente a aco objetiva é a unidade da atividade teérica e pratica, so- mente ela oferece ao homem um fundamento ético, i.e., carater. Por isso todo homem deve ter um Deus, i.e., estabelecer uma meta, um propos to. O propésito € o impulso vital consciente, optado e essencial 8 wsee genial, o ponto luminoso do conhecimento de si mesmo ~ @ aes uma natureza e espirito no homem. Quem possui um propésito, ee tem pro- lei sobre si; ele ndo 86 se conduz, mas é conduzide oeemae a alte de Posito nao tem patria, nao tem sacrario. A maior Soe melhot, ainda Propésito. Mesmo quem se propoe metas ComEnS ME aa en, que nao seja melhor, do que quem néo tem nenhum ‘ @ essencia dU cristianismy ta; mas a limitacao é o mestre da virtude. Quem tem um propésito, ‘ : um, meta que seja em si verdadeira e essencial, este ja tem com isso tambéry religiao, nao no sentido mesquinho da plebe teolégica, mas - eo que importa - no sentido da raz4o, no sentido da verdade. tal, assim também nao Ihe satis, des ou capacidades, que foram a numa unidade por isso rebaixa a eesenc enquanto Deus, a um ser, a uma faculdade las separadamente, Geral da razao, ie., o Deus especial. O que € denominado pela teologia come j i bola da trindade podemos aqui conceber como cen oy megem, Pat o original, € assim resolvemos o enigma. As imagens através des nnn sempre se pretendeu ilustrar a trindade, torné-la entendida, cao wrinetpal mente: espirito, razao, meméria, vontade, amor (mens, intellectus, me. moria, voluntas, amor ou caritas). . Deus pensa, Deus ama e em verdade ele pensa e ama a si;o pensado, oconhecido, o amado é o proprio Deus. A objetivacdo da autoconsciencia éa primeira coisa que encontramos na trindade. A autoconsciéncia se im- pde necessaria e espontaneamente ao homem como algo absoluto. Ser € para ele o mesmo que ser consciente de si; existir com consciéncia é para ele simplesmente existir. Se nao existo ou existo sem saber que existo, tan- to faz. A consciéncia de si mesmo tem para o homem, tem de fato em si mesma um significado absoluto. Um Deus que nao se conhece, um Deus sem consciéncia nao € Deus. Assim como o homem nao pode se imaginar sem consciéncia, igualmente Deus. A consciéncia divina nada mais é que a consciéncia da consciéncia como uma entidade absoluta ou divina. Mas com isso a trindade nao esta de modo algum esgotada. Procede- tiamos de modo muito arbitrario se quiséssemos restringir ou remontar 0 mistério da trindade somente dai. Consciéncia, raza0, vontade, an re sentido de seres ou qualidades abstratas s6 pertencem a filosot fe a psa ta. Mas a religido é a consciéncia que o homem tem de siem sua ee de viva, na qual a unidade da consciéncia de si mesmo e) como a unidade relacionada, realizada do Eu com 0 Tu. ap esstncia dO CrStianism ‘A religiéo. pelo menos 2 ‘omem Feligios nce a sua essencia, Oo remila Gestituida dos prazeres do mundo, em Deus. ; s é um ser ab: mundo, ocull® fr 5; do mundo porque O proprio Devs ata e filosofen Mas ele so se abstr: ressando rigorosé, Fevextra e sobremundano (&XPre SSI er como um ser extramundang ss do mundo. na abstraida do mundo € voltada i se abstrai do mundo; interioridad. | perte | ancia humana abstral jue a essere seias e implicagoes COM © MESMO, supe. itemplada como uma esséncia objetiva; P safe que a consciencia da capacidade de se abstrair ou entao nada mais & ©? fora de si e de poder existir somente para si ¢ de tudo mais que oT 50, € ela objeto para o homem como um Ser es, consigo, come, no Pes veus enquanto Deus, enquanto ente simples € o pecial e diverso dele oe jao e a auto-suficiéncia absoluta; porque s6 ser isolado, solitario = @ & o-suficiente. Poder ficar so € um sintoma de Porter oscidage de pensar; solidéo € a necessidade do pensador, Carter eo Pao esidade do coragao. Podemos pensar sozinhos, mas gmars6 podem ‘ompanhia. No amor somos dependentes, porque ame Stade de um auto-suficientes somos apenas no ele é a necessidade de um outro ser; autc simples ato de pensar. Solidéo é autarquia, autonomia. Mas de um Deus isolado esta excluida a necessidade essencial da pa- ridade, do amor, da sociedade, da consciéncia real, preenchida, do outro Eu, Assim é esta necessidade satisfeita na religiao através do lancamen. to, na tranguila solidéo da esséncia divina, de um outro ser, um segundo ser diverso de Deus quanto a personalidade, mas idéntico a ele quanto a esséncia. Deus filho em contraposicao ao Deus pai. Deus pai é o Eu, Deus filho 0 Tu. Eu é razdo. Tu € amor; s6 razao com amor e amor com razao € espirito, é o homem total. nada mais é do 4) para si, libertada de todas 2 Fadora do mundo, realizada. co ‘$6 uma vida comunicativa é verdadeira, satisfeita, divina - este pen- samento simples, esta verdade natural e inerente ao homem € 0 segredo do mistério sobrenatural da trindade. Mas a religido s6 expressa esta ver- dade, como todas as outras, de modo indireto, i.e., invertido, ao fazer também aqui de uma verdade geral uma verdade especial e ao transfor mar 0 verdadeiro sujeito num predicado ao dizer: Deus é uma vida comu- nicativa, vida e esséncia do amor e da amizade. A terceira pessoa da trin- 25. “A esséncia de Deus esta fora de todas as criaturas, assim como Ele sempre foi em si ‘Summamente; por isso abstraia todo o teu amor das criaturas” (GERHARD, J. Meditat. 'acrae. Med. 31). “Se queres possuir o criador das criaturas, deves prescindir das ciate us. Por isso expulsa e repele as criaturas ras... quanto menos de criatura, tanto mais de Det mburg, 1621, p. 312). “Enquanto 0 ho- como consolo delas" (TAULER, J. Postilla. Har mem nao puder dizer de verdade em seu coragao: Deus ¢ eu estamos s6s no mundo, Possui tranqiilidade” (ARNOLD, G. Do desprezo do mundo nada mais, entao ainda nao ~ Imagem genuina dos primeiros cristaos, |. 4, ¢. 2 § 2) o.amor com o qual o homem ama a Deus ¢ 26 eos nOMENS € & também de Deusshomem tal como ¢ objetivada na relinne ny © entde 2 unida- uma entidade especial. Mas para nés esta unidade ee nomem como ainda no Filho. Por isso nao ha necessidade de fasere oo t* 2° Pak, mais too objeto de uma anélise especial. Apenas ume cher eo EsPitito San- o Espirito Santo representa o lado subjeti a observagao: enquanto do espirito religioso em si mesmo, sa, do entusiasmo religioso ou a pi na religiao. O Espirito Santo é po: da criatura por Deus. etsonificacao, a objeti F isso a criatura que si Mas que no fundo nao ha mais spits coe laa apene ets esas org ere € 0 principio e exatamente por isso o representante da pluralidade. Se mais pessoas fossem colocadas a fora do amor seria diminuida, seria distribuida. Mas amor e coragao sao idénticos; o coragéo nao é uma fa- culdade especial - 0 coracao é o homem que e enquanto ama. A segun- da pessoa é entdo a auto-afirmacao do coracéo humano como principio da paridade, da vida comunicativa - 0 calor; o pai é a luz, nao obstante a luz tenha sido principalmente um predicado do filho, porque somente nele torna-se a divindade iluminada, clara e compreensivel para o ho- mem. Mas independentemente disto podemos atribuir ao pai, o represen- tante da divindade em si, da esséncia fria da inteligéncia, a luz como uma esséncia supraterrestre e ao filho o calor como esséncia terrestre. So- mente o Deus enquanto filho acalora o homem; aqui transforma-se Deus de um objeto da vista, da ingenuidade indiferente, num objeto do senti- mento, da afeicao, do entusiasmo, do arrebatamento, mas somente por- que o proprio filho nada mais é do que a chama do amor, do entusiasmo. Deus enquanto filho é a encarnacao original, a abnegacao original de Deus, a negacao de Deus em Deus, porque enquanto filho € ele um ser fi nito, porque é ab alio, de uma base, mas em compensagao 0 pai € sem base, de si mesmo, a se. Na segunda pessoa é entao abandonada a quali- dade essencial da divindade, a qualidade do ser-por-stmesmo. Mas 0 pro Prio Deus-Pai gera o filho; ele renuncia assim a sua divindade rigorosa, exclusiva; ele se humilha, se rebaixa, coloca em si a esséncia de finitu de, do ser fundado; ele se torna homem no filho, na verdade de inicio no quanto 4 forma, mas quanto a esséncia. Mas exatamente por i: Aesseota 00 Cristianigmy pjeto do homem, objeto do sentimen, ot na-se Deus 56 entéo, come filho, to, do coragao: do coragéo. Da qualidade da im, entende o que Ver Sr qualidade do objeto. A raza, coracao s6 entend 7 presse0 subjetiva ¢ infalivel 2 dec ce 30 influenciada pelo sentiments Press tre, nega 0 filho, Mas MBO 9 ontra ela 0 fone anes dbumbrada pelo coracdo: PEO TT ela o sentimento que é em si algg dade no fio. poraue neste eatra no homem como um Mistério. O fh obscura e que por 580 56 Te pai do divino filho € 0 coracao hy. catvao coracto Pera nas. ocoragbo Avie, © COraGBO Numan qu Be projeta como uma entidade divina seca da fritude, ao esta a propria esséncia da fi + © Principig one ots no ay do sentimento de dependéncia, ui tl Deusnig éum Deus para um ser finito, sensorial. Da mesma forma que © homem « Wijose nde pode emar um Deus que nao traz er si a esséncia do amor, rela tambem nao pode o homem, nao pode um ser finito em geral ser arrero de um Deus que nao traga em sia base da finitude, Faltaré a um ore centimento, o entendimento e participagéo do que é finito. Como pode ser Deus 0 Pai dos homens, como pode amar seres subordinados a ele se nao tem em si mesmo um ser subordinado aele,um filho, se nao Sebe por experiéncia propria, em relacao a si mesmo, © que € amar? Tambem o homem isolado tem muito menos interesse no sofrimento fa- miliar de um outro do que o homem que vive também em familia, Deus- Pai ama, portanto, os homens somente no filho e por causa do filho. O amor pelos homens é um amor derivado do amor ao filho. Pai e Filho séo, portanto, na trindade o pai € 0 filho nao s6 em sentido figurado, mas também no sentido mais proprio. O pai € pai real em rela- 80 a0 filho, 0 filho é filho real em relagéo ao pai ou a Deus como pai. A sua diferenca essencial, pessoal é apenas que um é 0 que gera € 0 outro € 0 gerado. Se se anular esta qualidade natural, sensorial, anula-se tam- bem a existéncia e a realidade pessoal. Os cristaos, naturalmente os anti- gos cristaos, que dificilmente iriam reconhecer como itmaos os cristaéos mundanos, vaidosos e pagaos do mundo moderno, estabeleciam ao in- vés do amor e da uniao natural, inata, um amor e uma uniao apenas re giosa; condenavam a vida real de familia, os lagos genuinos do amor éti- ¢0, como algo profano, terreno, i.e., em verdade coisas nulas. Mas em mek ldo smn em pees um pai e filho que se abragavam como ree pee cmon com aquele amor que s6 a semelhanca de naturezs 'a o mistério da trindade para os antigos cristaos 0 obje ee 26. Assim c ‘Ome o sentimento feminino (em contraposicao ao protestantismo, Cujo prit- plo €o Deus masculino o sentimento masculino, o coragéo, em contraste com 0 Cal itimento masculino, 5 joate vii Unslerio da tring: 95 da admi toda mais exagerada admiracéo, entyg encontrar em Deus a satisrastusiasmo ; dia onde S 8 Satisfacdo das mai. @ooraS80. Nele, pois, po- manas, fomnandorse Bara eles objeto da cons intimas necessidades fy i. na realidade, na vida”, “ contemplacao o que nega vam Perfeitamente natural era enta i © que ta fosse acolhida NO céu para completar a fame uma pessoa feminina entre pai ¢ filho; Pordue a personalidade do Ea; wine 2 Unido amorosa precaia, uma personificacao potica mers Pte Santo é mut Ppentre pai filho, para que pude divindade mais do que a paternidade e a filia categoria das relacdes da trindade, uma vez que concebe ofilho sem ma- rido, filho este que o Pai gera sem esposa”, de modo a se tornar Maria uma oposicao necesséria, por exigéncias internas, ao Pai no seio da trin. dade. Também ja temos, ainda que néo em pessoa e desenvolvido, mas em pensamento e nao desenvolvido, o principio femninino no filho. O filho de Deus € 0 ser afavel, suave, conciliador, cheio de perdao, é 0 lado fer nino de Deus. Deus enquanto pai € apenas procriador, é 0 principio da autonomia masculina; mas o filho é gerado sem gerar, Deus genitus, é0 ser passivo: 0 filho recebe do pai a sua existéncia. O filho nao é, enquanto filho, nao enquanto Deus, submisso ao pai, a autoridade paternal. 0 filho é entao o sentimento feminino de dependéncia em Deus; 0 filho nos im- pée involuntariamente a necessidade de uma esséncia feminina real”. ao. Mas encaixa melhor na 27, “Para a contemplacao sao admiraveis as qualidades e a comunhao entre Paie Filho, ‘mas 0 mais admiravel € 0 amor reciproco entre ambos” (ANSELMO. Hist. da fil. de Rix ner, 28 vol. Apéndice, p. 18). a i la mae sem 28. “Pelo Pai é gerado sempre, pela mae so uma ver, pelo Pai sem sexo € pel n telagdo sexual. Ao Pai faltou o ventre que concebe, ‘a mae faltou o abrago que gera’ (AGOSTINHO. Serm. ad. pop., p. 372, ¢. 1. Ed. Bened. Antw., 1701). : 2 judaica & Deus, conforme uma seta, um ser masculine, 0 Fsrtte Santo 1, de cuja unigo sexual surgiu o flho e com ele o mundo CiFRETT ES Jahth. d. H., parte I, p. 332-334). Também os Hermhuter chamavam 0 ESP! mae do salvador. Aesstncia HO Crislianisiny me aqui ao filho natural, humano) € em si€ por sium | ser intermediario entre a esséncia masculina do pal ¢ 8 feminina da mae, € ainda meio homem, meio mulher, nao tendo ain onsciéncia aut noma total, rigorosa, que caracteriza © homem e que se sente mais incj, nado para a mae do que para 0 pai. © amor do filho pela mae € 0 primey, ro amor da esséncia masculina pela feminina. O amor do homem peiy mulher, do jovemn pela moca recebe a sua consagracéo reiigiosa (aiinica verdadeiramente religiosa) no amor do filho pela mae O amor do fihy pela mae € 0 primeiro anseio, a primeira submissao do homem & mulher, 0 filho (refiro- Por isso a idéia da mae de Deus esta necessariamente unida a idéjg do filho de Deus - 0 mesmo coragao, 0 de um filho de Deus, necessita também de uma mae de Deus. Onde existe 0 filho nao pode faltar a mae, ofilho é inato ao pai ea mae ao filho. Para o pai o filho substitui a necessi. dade da mae, mas nao 0 pai para o filho. Para o filho € a mae indispenss. vel; 0 coracao do filho é 0 coragao da mae. Por que o Deus filho s6 se tor. nou homem na mulher? Nao poderia o Todo-Poderoso surgir de outra forma, imediatamente como homem dentre os homens? Por que entio se encontrou o filho no ventre da mulher?” Por que outro motivo a nao ser pelo fato do filho ser um anseio pela mée, pelo fato do seu coragao fe. minino, carinhoso s6 ter encontrado a sua expressao correspondente num corpo feminino? Na verdade o filho permanece, enquanto homem natural, somente durante nove meses sob a protegdo do coragao femini- no, mas indeléveis s4o as impresses que ele aqui recebe; a mae nunca sai da mente e do coragao do filho. Por isso, se a adoracao do filho de Deus nao é uma idolatria, também nao € a adoracao da mae de Deus uma idolatria. Se devemos reconhecer o amor de Deus por nés pelo fato dele ter sacrificado para a nossa salvacao 0 seu filho unigénito, i.e., o que ele mais amava, podemos reconhecer ainda mais esse amor se um cora- a0 materno palpita por nés em Deus. O amor mais elevado e profundoé © amor materno. O pai se resigna com a perda de um filho; ele possui em si um principio estdico. Mas a mae é inconsolavel, a mae é dolorosa, mas a inconsolabilidade é a verdade do amor. Quando a crenca na mae de Deus diminui, diminui também a crenga no Filho e no Pai. O pai sé é uma verdade enquanto a mae for também uma verdade. O amor é em si e por si de esséncia e sexo feminino. A crenga no amor de Deus é a crenca na feminilidade como uma esséncia 30. “Nao seria pois dificil ou impossivel para Deus trazer 0 seu filho ao mundo sem ums mée; mas para isso quis utilizar 0 sexo feminino” (LUTERO, parte Il, p. 348). rstesio da tind Ey ee © a Min do doug givina". Amor sem natureza é y 1 drror 2 sagrada Necessidade em csurd 10, um fi Profundide qi” Fantasma. R, O protestantismo deixou de lado ade da natureral oMMeCei nO terida vingou-se seriamente dele ac ;nat 4¢ Deus”, le. : peus voltaram-se contra ele pray AS armas q Mas a mulher pre. ha, Mas exatamente por isso deveri o deus do catolicismo; ele sé tem um signific : a cessatio, verdadeiramente religioso em oposieas intemo,fervoroso, ne munidade essencial, €m oposicao aos anacoretas, mongee ty toda co- Deus Trino é um deus rico de contetido, dai se tornar uma neceney 2 quando se abstrair do contetdo da vida 2 necessidade trait n real. Quanto mais vazi vida, tanto mais rico, mais concreto ser is vazia for a 4 © Deus. O esvazi A a ‘iamento do mundo real e 0 entiquecimento da divindade é um inico ato, Somente © homem pobre possui um Deus rico. Deus nasce do sentimento de uma privacao; aquilo de que o homem se sente privado (seja esta uma priva- cao determinada, consciente ou inconsciente) é para ele Deus. Assim, desesperado sentimento do vazio e da solidao necessita de um Deus no qual exista sociedade, uma uniao de seres que se amam intimamente. Aqui temos a explicacao do motivo pelo qual a trindade perdeu, em tempos modernos, primeiro a sua importéncia pratica ¢ finalmente tam- bem a tedrica. ama a mu- 31. De fato & também 0 amor feminino a base do amor em geral, Quem nao ame ther nao ama o homem. apol. da Conf. de Augsb. Maria ¢ ainda 32. No lvro das Concdrdias, Explic. At. 8 ene ap0l. da Cont oe ne emaneceu chamada de “louvada virgem, a verdadeira mae Virgem”, “digna do mais alto louvor”. 33."Que o monge seja como Melquisedec: sem pal se chame de pai ninguém deste mundo. Antes deve cle pensar ae ¢ Deus" (PSEUDO-BERNARDO. Specul. Monac! ». sacerdote se considerar sem pai e mae" (Ambrésio)- mae, sem genealogia nao fe si como se existisse 0 ele plo de Melquisedec deve o dbo BR tet WAN 0 mistério do Logos e da imagem divina 4 a religiao concentr cia essencial da trindade para ase pre esse da pessoa. O interesse acalorado da huma. sempre na esséncia da segun : I Fidatte crista pela trindade era principalmente apenas o interesse pelo f, Iho de Deus". A luta acirrada sobre o Homousios € Homoiousios' nao era inuuil na Soenas uma letra estabeleca a diferenca. Tratavase ina i eotuenegao divina ou da dignidade divina da segunda pessoa, partanto, da honra da propria religido crista, pois 0 seu objeto essencial¢ aonacteristico € exatamente a segunda pessoa; 0 que, Porém, é 0 objeto serencial de uma religido é também o seu Deus verdadeiro e essencial. 0 Deus verdadeiro e real de uma religido € sempre 0 chamado mediador, porque somente este é 0 objeto imediato da religiao. Quem se volta ao eanto, ao invés de se voltar a Deus, este sé se volta ao santo na pressupo- sigdo de que este tudo consegue de Deus, de que o que ele pede, ie., de seja e quer, Deus realiza de bom grado, que Deus esté entao inteiramente nas maos do santo. O pedido é o meio de exercer a sua dominacao e su- perioridade sobre um outro ser, embora sob aparéncia de humildade e submissao. A quem eu me dirigir primeiro em meu espirito, este é para mim em verdade o primeiro ser. Eu me volto ao santo nao porque o san- to € dependente de Deus, mas porque Deus € dependente do santo, ie, Deus é dominado e determinado pela vontade ou pelo coracao do santo. As distingdes que os tedlogos catélicos estabelecem entre Latria, Dulia e Huperdulia" sao sofismas de mau gosto, infundados. Em sintese, 0 Deus que existe por detras do mediador é apenas uma imagem abstrata 34. "O cristao tem o seu nome de Cristo. Por isso quem nao reconhecer Cristo como seu Senhor e Deus nao pode ser um cristao” (FULGENTIUS. Ad Donatum lib. unus). Pelo mesmo motivo a Igreja latina se fixou tanto no dogma de que o Espirito Santo nao saia so do Pai, como afirmava a Igreja grega, mas também do Filho. (Sobre isto cf. WALCHI|, J.G. Hist. conir. Gr. et Lat. de proc. Spir. 8. Jenae, 1751.) IL. (N. do trad.) Homousios significa substancia idéntica (de homos, junto + ousia, subs tancia), 0 Filho coexiste com o Pai, participa da mesma substancia dele; ja homoiousios (de homoios, semelhante) indica que o Filho possui apenas uma substancia semelhante a do Pai, mas nao idéntica. II. (N. do trad.) Grego: Latria, culto, Dulia, servidao, H_perdulia, servidao excessive. — einerte, € 2 imagem ou a ide sug aoe. um ob Teor Sta dia, my ye ela eto para a religinn eS Pal a Felic ‘a ra afasta.| diador nada mais € que a razao sete =O D saa fum sobre 0S deuses olimpicgs * 8°'Ma do co} Ohomem enquanto um ser emotiy feito pela imagem. Mas a razao placqno © Sensor segunda pessoa de Deus, em verdad a em ot 99 la da divindade e, ia, sidade absoluta, divina. O homer imagem de poms neces: transforma a entidade abstrata Pie! entdade So nngoeee it le objeto dos sentidos [ou numa entidade da fantasia” imagem no préprio Deus, porque natui H fs corespondida se ndo conhecesse esta heer oe esidode nto se jetiva, se fosse para ele apenas uma imagem subjetiva, diverca de ee fe ita pelo homem. De fato, nao é também uma imagem fabricada, artwens expressa ela, pois, a necessidade da fantasia, a necessidade de afrmrer . fantasia como um poder divino. O Filho é o resplendor da fantasia, aims: gem querida do coragéo; mas exatamente por set um objeto apenas da fantasia, numa oposicéo ao Deus como esséncia personificada da abstra- cdo, é ele apenas a esséncia objetivada da fantasia”. Pensamento, num - Mas ele coloca esta 35, Isso € expresso com especial clareza na encarnacao. Deus renuncia, nega sua majes- lade, poder e infinitude para se tornar homemn, ie., o homem renega o Deus que nao é ho- mem e s6 afirma o Deus que afirma o homem. “Exinanivit”, diz S80 Bematdo, “majesta- de et potentia, non bonitate et misericordia”. O inaliendvel, o inegavel, é pois a bondade e @ misericérdia divina, i.e., a afirmagao do coraae humano. 36. Subentende-se que a imagem de Deus tem também um outro significado, i., que © homem pessoal, visivel, € 0 proprio Deus. Mas aqui a imagem é considerada apenas en- quanto imagem 37.0 Pai Eterno”, diz Melanchton em seu livro De anima, plando a si mesmo. Que imagens sao criadas através do pensamento, © também em nés mesmos. E. como Deus se serve de nossas palavras, quis comisso mes {rar que o Filho é produzido através do pensamento”. “Deus quis die cle oe esse “que nossos pensamentos fossem imagens dos objetos Porque Prete Oe at conten € nds analogias com ele proprio. O Pai gera o Filho através do Pere ier Plando a si mesmo, Filho este que é a imagem do Pai Etemno”. © que Objetivado no Filho de Deus a nao ser a imaginacéo, 8 fantasia? “ctia a sua imagem contern- ento, expetimentamos A eset UO CrIStanismy a é a especulacao dogmatica ao Tetamente a génese interna do filho de que precisamente o filho €uma gj. da divindade - um desvio que, na. Deus para justificar este desvigg Aqui torna-se monstrar 0 Filho samento, desconsids Deus como imagem de Deus. ume vez gressdo, um desvio da ideia mela isica . Guralmente, a religiao produz no Proprio Ae nao pera que seja sentido como desvio. O ho € 0 primeiro € ultimo a 0 pare ic a imagem de Deus; mas a imagem subsg, cio ae eenamente a coisa. A adoracao do santo na imagem @ 8 adora, oe egem do santo. A imagem € a esséncia d, cdo da imagem enquanto imag T xen 6rg80. la Feligido quando € sua expressao essencial: 5 © Concilio de Nicéia apresentou, dentre outros argumentos em favor do uso religioso de imagens, como autoridade também Gregorio de Nis. | $3 que diz que nunca podia encarar uma imagem ave representava o sa. Grifcio de Isaac sem ser comovido até as lagrimas, Pordul esta imagem the representava a historia sagrada de maneira to viva Mas 0 efeito do objeto representado nao € 0 efeito do objeto como tal, mas © efeito da imagem. O objeto sagrado ¢ apenas a névoa ‘sagrada na qual a imagem caulta o seu misterioso poder. O objeto religioso é apenas um pretexto Ga arte ou da fantasia para poder exercer o seu dominio sobre o homem Sem obstaculo, Para a consciéncia religiosa é natural € necessario que a sacralidade da imagem se prenda unicamente @ sacralidade do objet mas a consciéncia religiosa nao € 0 critério da verdade. Por mais que a Igreja tenha diferenciado entre a imagem e o objeto da imagem e que te. nha negado que a adoracao era devida a imagem, mesmo assim confes. sou a verdade pelo menos indiretamente e pronunciou a prépria sacralt dade da imagem”. Mas 0 fundamento ultimo, mais elevado da idolatria, é a adoracao da imagem de Deus em Deus. O “resplendor de Deus" € 0 resplendor entu- sidstico da fantasia que se manifesta em imagens visiveis, apenas em fe némenos externos. Como interior, também exteriormente foi a imagem de Deus a imagem das imagens. As imagens dos santos sao apenas mul- tiplicagées oticas da unica e mesma imagem. Por isso a deducao especu- lativa da imagem de Deus nada mais é que uma deducao inconsciente fundamentacao da idolatria; porque a sangao do principio é necessaria- mente também a sancdo das suas conseqliéncias necessarias; mas sangao da imagem original é a sancao da copia. Se Deus possui uma imagem de si, por que nao deverei eu ter uma imagem de Deus? Se Deus como entidade jerando comp! porque el 38. “Ordenamos que a honra da adoragao seja atribuida a sagrada imagem de Nosso Se nhor esus Cristo assim como ao Santo Evangelho” (Gener. Const. Concil., Vill, act. 10, can. 3) 10 Logos » da in ‘GEM divin, ua imagem como a 5; . ne 2 si mesm cn ase co ©, Bor sai oo mae Some opi Deus? gerd deverei eu também : lo say oor € por supersticao que a imagem que Dewsig - mv mo : r 'S faz de sj Sima, ™ 5 ar © Se esvai «ga provir do fato da imagem do santo een, °™ S€%GUe? De foram maos que fizeram esta imager sas m&0s, a fantasia, e se Deus fore imagem apenas UM produto da i do fato da imagem de Deus ser prods gem do santo ser fabricada por um ox também uma auto-afirmacao do santo, artista; 0 artista s6 © representa como Verda diferen- Porque o Santo si ele se mostra ao Uma outra caracteristica da segunda pessoa ma 0 : relacionada com a es- séncia da imagem é 0 fato de ela ser a Palavra de Deus”, ne 3 Mostra parao artista. A palavra € uma imagem abstrata, a coisa i toda coisa é sempre um objeto do pensamento, é 0 Pensamento imagi- nado} por isso os homens, quando conhecem a palavra ou o nome se uma coisa, créem conhecer também a prépria coisa. A palavra é uma col sa da imaginacéo; adormecidos que sonham vivamente e doentes que deliram, falam. Tudo o que excita a fantasia faz falar e tudo que entusias- ma faz a retorica. Retérica € um talento poético; os animais nao falam porque falta a eles a poesia. O pensamento s6 se exterioriza por ima- gens; a forca de expressao do pensamento é a imaginacao; mas a imagi- nagéo que se manifesta é a fala. Quem fala encanta, seduz aquele a quem fala; mas o poder da palavra é 0 poder da imaginacdo. Por isso um ser mistetioso, de atuacao magica era para os povos antigos, enquanto criangas da imaginacao, a palavra. Os préprios cristaos ainda (e nao s6 os comuns, mas também os sabios, os padres) atribuem ao mero nome imaginaria ou, enquanto , Jeu muito 38. Sobre o significado da palavra Logos no Novo Testamento Jo St tr Ta ‘Aqui permanecemos na palavra de Deus dentro do significado Possui uma Sposa? culativi Sera Dos Ca io, ue 08 protundos [oso ee eae, sons?” Porte nai gerar homens? mem come exemplo este HON ACE «eer ee aro ligiao na Aleman vd resto de racionalismo que ain n que co! Que se livreny se atradigao com sua essencia, Corajosamente, dente co! ca da natureza de Deus num Deus posterior! (Poraue & reali esta na mais evi para realizarem afinal a potenc a mist fealmente potente, procriador. s pnme.m 'A doutrina da natureza em Deus € extraida de JacoP 1. Mas no igi 0 da rcignificado muito mais profundo e interessante do que orn oY wn tdi¢ao castrada e modernizada, Bohme é um espirito pro. fandanmente i oso; a religido € 0 centro da sua vida e do seu pensamen. tory 20 resto tempo 0 significado que a natureza adquiriu nos ult tos tempos (nas ciéncias naturais, no spinorismo, materialismo, empis. mo) apoderou-se do seu espitito religioso. Ele abriu os seus sentidos & na. tureza, lancou um olhar em sua misteriosa esséncia; mas ela 0 assusta e ele nao pode rimar o seu susto diante da natureza com as suas concep- oes religiosas. ‘Assim que contemplei a profundeza deste mundo, do sol, das es. trelas, das nuvens, da chuva e da neve e contemplei em meu espiri- to toda a criagéo do mundo, no qual encontrei bem e mal em todas as coisas, amor e édio nas criaturas irracionais, tanto na madeira, nas pedras, na terra e nos elementos quanto nos homens e ani- mais... assim que eu constatei que em todas as coisas havia beme mal, tanto nos elementos quanto nas criaturas e que no mundo o. mesmo se passa com o impio e com o devoto, que os povos barba- ros possuiam as melhores regides e que a felicidade estava mais perto deles do que dos devotos: fiquei entao muito melancélico e altamente conturbado e nenhuma escritura me péde consolar den- tre as que me eram bem conhecidas: mas certamente o deménio, que freqlentemente me inspirou pensamentos pagaos que quero silenciar aqui, nao péde se rejubilar por isso”. Mas Por mais que a tenebrosa esséncia da natureza aterrorize o seu espirito, esta esséncia que nao condiz com as concepcées religiosas de um criador celestial, o lado belo da natureza o arrebata por outro lado. Bohme tem a sensibilidade aberta para a natureza. Ele sente as alegrias do mineralogista, as alegrias do botanico e do quimico, em sintese, as — 46. Excertos importantes de J. Boh a it Se es potantes de.) Bahme. Amsterda, 1718, p. 58. As passagens seguintes ——a s da “ciéncia natural algo som dos metais, arte oaeja0 de muitos aniny 2a Deus no mundo da I cao de aravilhosa e bela formacac dode 2 rrada espitito se Mostra em na due ala”, escreve ele alhures, « compare preciosas, como rubj des me. jacinto, ametiste, beri te. Jas mas no tocante as 1 ata. delfim, onix e sere! esi sem Deus" brith, © das pedras, © Odor eas cores, 985 plantas idad ais. “Eu nao posse Sompara.a* ( evela U2. © Processo em om 16 Preciosas o + 8 afabili 4 VE. a revela. © “Se manifest, do “a e™ muitas cores su S48 form “eu nde posse OM Nada Mais a nao Sercom as, Pe. r esmeralda, delfim, Onix, safira, diaman- 0, Sardis, carby € outros” Pedras preci, lhantes, q ; de 0 raio da luz surgiu ng rigem on: sua Ol Mor. Porque o mesmo Taio é ge. a suavidade e € 0 coracao no centro dos Espiritos, por isso sao (20. oe essas pedras Suaves, fortes e belas", Constatamos: Bohme nao tape sete mineralégico. Mas que ele se dent tambem com as iio. tinh eo pois sensibilidecte botanica, demonstram dente outras as se. res. tendo eongens. “as forcas celestiais geram fruto ¢ cores celestiais e guintes pas espécie de arvores e arbustos nos quais creses obeloe sua- alegres, toda ida: também revelam estas forcas varias espécies de flores ve fruto da vi cores belas e celestiais, Seus ostos sao diversos, cada um com odores € a sua qualidade e espécie, todos Sagrados, divinos, ale- de acordo senenes Contemplar a pompa e a majestade celestial « ai ina, ares”. “Se quis que encontramos em qualquer espécie de planta ones come on mundo atentamente e vé quai conte inta espécie de frutos e plantas i leos, terra, das arvores; os arbustos, as ervas, as raizes, fore. sles, crescem 38 ais e tudo mais que existe e que o teu coracao pode pesq vinhos, cereé tudo isso é uma amostra da pompa celestial. sar: tu ica na i Béhme para a explica- Uma sentenga despotica nao Podia bastar ab Nocera. de atureza; a natureza estava muito Prox na do seu coracio: por fotent n icagao natural da natureza; s So cerens, 3 explicas: licagao a nao se isso tentou ele um: Te nenhuma outra exp ee 4o encontrou ele n o mes profunds i sariamente nao e1 2 ota ors : : rece a ssencial) & idades da natu anportancia e tamente as quali shme (esta 2 sua imp : Ne ii a mn ista teosdfico, pr : u espirite, Bo ista e netunista co por um flésofo oni a, um vulcanis| soaeaee ° istico da nature: incipio de todas a um filosofo mistico d leo princip é coisas" A va para el a fol em véo q raturra cee ninte religioso de Jacob {nao emo) mas 0 ntou o espirito reli meilha de receben, cue luz mistica no brilho de uma v; recebeu a si Ss ta 1um vaso de es , Jo 0s olhos m1 se serr 25 anos, Bohme tina fixado oo atamente 'V.(N, do trad.) Em 1600, fos 25 anos, Bohme wn fhe quando experimentou repe za invisivel. iu Uansportads para a esséncia da natures essenoia do cristianisme | mesmo; ele ndo tem a FOFSa, a cora. ems das coisas em sua realidade; enxerga Feejao. tudo em Deus. 2. tudo Ne bri arrebatador da tudo atraves da relig0e” oigo, tudo em imagem © nde ‘agem, fantasia que COMOVE © ve espirito opostamente: Por Isk0 IE Ie colo. Pasa arena fOCOH OS A ey aceltagao de dois principiog car esta opesicao NO POP I nos, teria destruido o seu sentimento rej xistentes Por si Deus um ser suave, benevolente ¢ joso so tece imento religi sentim na contemp! gem de penetrar posta originais. e si mes io fistinguir no prop . giso) teve que distingy cle que neo, acre, rude, opressivo, obscy. vele destrul ides frieze e escuridao divinas, e tudo a or rudeza, 2 ro. frio, provem de ume Pi" edor, brando, manso, mole, prover de uma Ihante, aco! aes due ee ol ove erihante em Deus. Em sintese, 0 céu € t€0 rico quanto qualidade suave, éu’”, tudo que existe na natu. rra. Tudo que existe na terra existe no ce : aterra. q x iste yes o mesmo. “Ao escrever sobre 4rvores, arbustos e fru. or ie deves entendé-los de maneira terrena como neste mundo, por- qusnae € minha opinido que no céu cresca uma arvore morta, dura, de saadeire ou que exista uma pedra do tipo terreno. Nao, minha opiniao € elestial e espititual, mas verdadeira e genuina, eu nao penso diferente daquilo que escrevo em letras”, ie., no céu estéo as mesmas Arvores ¢ flores, mas as arvores do céu sao as arvores tais como exalam perfumes eflorescem na minha imaginacao sem produzirem em mim uma impres- s40 grosseira, material; as arvores da terra so as arvores da minha con- templacao sensorial, real. A diferenca € a diferenca entre imaginacao e contemplagéo. “Nao é minha intencao”, diz ele proprio, “descrever 0 cur- so das estrelas, seus lugares e nomes ou como estao anualmente a con- juncdo, reflexao, posicao delas etc., ou 0 que acontece com elas num ano ou numa hora. Nao estudei essas coisas e as deixo para serem trata- das pelos eruditos; a minha intencao € escrever conforme 0 espitito ea sensibilidade, nao conforme a observagao”*. tos, A doutrina da natureza em Deus pretende fundamentar o deismo (que considera o ente supremo como um ser pessoal) através do natura- lismo. Mas o deismo pessoal imagina Deus como um ser pessoal abstrai- do de tudo que é material; ele exclui dele qualquer evolugao, porque esta nada mais € do que a perda por parte de um ser de circunstancias e quali- ee zz Segundo Swedenborg tém os anjos no céu até mesmo Toupas e casas. “Suas casas Grande noreare nos G2 tetra, mas muito mais belas; nelas existem salas ¢ quartos em Frankfurt aM. 1776, p erineeie floridas e campos” (E.c.S. Escritos Seletos, Partel. além, 0 aquém. _ - Assim para o mistico o aquém é o além e por isso 0 48. Na obra citada, p. 339 ¢ 69, MISHFSOMO oy ¢ a0 seu " gases. 0.442 N80 Corresponde v ao se da, POrdue Nele Principio, fimo" @AeiTo concei, poraue cle 6 de wma VEE O que &, & desde e® NAO se deinen DEUS isto pode seri ele € a unk lade pura de existence © que dam distinguir, feaoe vontade. Deus Suu Esse est gy gin © €88énc Ve 5 Jencia da Feligido. Qualquer religiag, poy 2 wt absttaca0: as religides s6 s¢ m distin, No. Tambem os deuses homéricos oe Staves do oh 8 Tm SOFPOS como os he. Aabstracdo expressa um juizo ~ tivo, louver € repreensao. Tudo que o Deus®: 0. que ele repreende € Tepudia é o Nao-divino, A ia 20.A caracteristica mais essencial na Teligiao, portant. Feligido é um jui- séncia divina, & a separacao do louvavel e do repreensivel a ia da es. doimperteito; em sintese, do essencial edo nulo Omeraae poet e dade se baseia numa constante renovacao da origer ‘de religian. fa ver. paracao critica, mas solene, do divino ¢ do profane S80 ~ na se A esséncia divina é a esséncia humana transfigurada pela morte da abstragao - 0 espirito falecido do homem. Na Teligiao o homem se liberta das limitacdes da vida; aqui deixa ele desaparecer o que o optime, trava eimpressiona negativamente; Deus € 0 sentimento que o homem tem de simesmo libertado de qualquer obstaculo; livre, feliz, realizado o homem s6 se sente em sua religiao, porque sé aqui vive ele para o seu génio, fes- teja o seu domingo. A comunicagao, a fundamentagao da idéia divina existe para ele fora desta idéia - a verdade dela jé existe no juizo de que tudo que ele exclui de Deus tem 0 significado do profano, e o profano o significado do nulo. Se ele acolhesse a comunicagao desta idéia na pro- pria idéia ela perderia o seu significado mais essencial, 0 seu verdadeiro valor, o seu encanto benéfico. O processo da separagao, da distingao en- tre 0 inteligente e o nao-inteligente, entre a personalidade e a natureza, entre o perfeito e o imperfeito cai entao necessariamente no homem, nao em Deus, ¢ a idéia da divindade nao se acha no principio, mas no fim dos sentidos, do mundo, da natureza - “onde termina a natureza comega aS " (ORIGENES. 49.0 que uma pessoa considera acima de tudo & para ela o seu Deus ( ©plan.'in Epist, Pauli ad Rom. c. 1). pessengta do rstianisme da abstracao. Aquilo de que ey Pas posse mais me absttalt O°" | mais elevado. Id quo majus nihy paz de compreendet ~ 9 WOT. “te omega dos sentidos $¢ tore om alfa Cagitari potest, Deus eo TNT. g essencial ¢ ele Ser © CRESS. Oalfag efaciimente compreensivel: NN" Timo @ também © primeiro. E 0 predi. apenas a conseqilencia pot o significado criador, mas somente ncia nao tem eco: a prmeta essenein M80 Sona eligido moseica tem porfina. ica rimeit , significado gor Jeova o predicado do Deus mais elevado e primeiro, do lidade garanti Sie sosicao aos idolos Deus verdadeiro. exclusivo, de se pretender fundamentar a personalidad. 9 existe uma mistura impura, profana de filo. Sofa e religiao, uma falta total de critica © consciéncia do surgimento do Deus pessoal. Quando a personalidade € tida como 2 qualidade essenci ooele Deus, quando lemos: m Deus impessoal nao é um r eus, ai entdoe 3 personalidade tida em e por si como o due ha de mais elevado, de mais Feal, ai ja se subentende o juizo: 0 que nao € pessoa é morte, nao é nada; comente a existencia pessoal é vida e verdade; mas a natureza é impes. coal, logo, uma coisa nula. A verdade da personalidade s6 se baseia na inverdade da natureza. Expressar a personalidade de Deus significa ape- has declarar a personalidade como a esséncia absoluta; mas a personali ode s6 ¢ compreendida na diferenca, na abstragao da natureza. Certa- srente é um Deus somente pessoal um Deus abstrato; mas tal deve ele ser, isto ja esta em seu conceito; porque ele nada mais é que a esséncia pessoal do homem que se coloca livre de qualquer conexao com o mun- do, que se liberta de qualquer dependéncia da natureza. Na personalida- de de Deus 0 homem festeja o sobrenaturalismo, a imortalidade, a inde- pendéncia e a ilimitacao da sua prépria personalidade. Por isso. sob 0 esforco de Deus através da naturezs ‘A necessidade de um Deus pessoal baseia-se no fato de que 0 ho- mem pessoal sé encontra a si mesmo em sua personalidade. Substan- cia, espirito puro, razao pura nao é suficiente para ele, é algo muito abs- trato para ele, i.e., ndo expressa a sua pessoa, nao o traz de volta para si. O homem so se sente satisfeito e feliz quando ele se encontra em si, em sua esséncia. Por isso, quanto mais pessoal for um homem mais forte ser para ele a necessidade de um Deus pessoal. O espirito livre abstrata- mente nao conhece nada mais elevado do que a liberdade; nao necessita prendéla a um ser pessoal; a liberdade é para ele em si mesma, como tal, uma entidade real, verdadeira. Uma cabeca matematica, astronomica, 50. “Eu sou o Senhor que tudo faz”. “Eu sou o Senhor e ninguém mais”. “Eu sou 0 Se hor, 0 primeiro e 0 ultimo" (Is 41-47). D | 47). Daqui ic i tarde viria a ser desenvolvido com mais dae o significado dacriagao quesommst torte do mistig 9 homem racional, objetivo, que M80 & presg g um livre e feliz na contemplacao de Pro, gente’ que existe nas coisas rane SUPTeMoO a substan Cu one antipatia contra um Di eneio de filosofo Classico (pel cob a e coerente consigo me, ier ™ Si mesmo, nae Proporceesgn te . a — ertamente festejara como o le Pinoza ©u um; éemelh; US Pessoal, ig Por isso for Je: ‘© menos, of con SMO. Co, idéia 5 + Subjetivo, Heste Ponto) por eu Deus. foi a © demos lidade 86 Se conserva de modo peseor nal sor uramente pode e deve a Personalidade ser f vias ano. quando se desperta para o dia claro da mise © conceit do Deus pessoal conful Com 0 conceit obscurecer, no conceito ral. Mas em ge ‘© da personalidade do Deus pess al (cuja esséncia é te a personalidade libertada, Separada, solvida do Poder limita- exatarn tureza) novamente esta natureza é algo tao invertan como se nal dor da isesse misturar cerveja com o néctar dos deuses para dar a etérea eu quisess fundamento sélido. Certamente nao se originam os elemen- bedi songue animal do suco elector ue alimenta os deuses. Mas ar tos do sangue 80 aparece com 0 repiidio a matéria; como podes entio da sublimacao bstancia sublime os materiais dos quais tu a separaste? om divide na ode a esséncia impessoal da natureza ser cxplicade ae oie “Ga personalidade. Explicar signifi fanderentar as Pee sdo.a personalidade for uma verdade, ou mel of avedade mais te atc ental ndo tem a natureza um significa does cil conse, vaae mente tambem nenhum fundemente recat tact spat jean ¢ aqui x © argumento suficiente, porqu: a nade mais maine soca aet on pena feado que a natu tem para a personalidade al ficado que a natureza O mistério da providéncia e da criagao a partir do nada nunciada, a palavra criadora, a pa. 1 semento, Pronunciar é um ato da vontade, a oe eia vontade, Assim como © homem arma due Go verbo, afirma ele na criag80 a divindade divine ° tage nao de vontade da razAo, mas da vontade da da vontade, na veritde absolutamente subjetiva, ilimitada. O mais ele imaginasao, da verre jo da subjetividade € a criacéo a partir do nada, vado climax do Plnidade do mundo ou da matéria nade mais significa Asie oe cl dade da matéria, assim também nso significa a iia geo do mundo nada mais que a nulidade do mundo. Com o principio de sn coisa esté subentendido imediatamente em seu conceito 0 seu fim, treamo que nao seja quanto ao tempo. O principio do mundo é o princi. pio do seu fim. Como conseguido, assim roubado. A vontade chamoue & existéncia, a vontade chama-o de novo para o nada. Quando? O tempo é indiferente. A sua existencia ou nao existéncia depende somente da vontade. A vontade de que ele exista é ao mesmo tempo a vontade (pelo menos a vontade potencial) de que ele nao exista. A existéncia do mun- do é, portanto, uma existéncia momentanea, arbitraria, insegura, ie., exatamente uma existencia nula. ‘A ccriacao é a palavra de Deus pro! lavra interior, identica a criagao é entéo um pro no verbo divino a divind A criacao a partir do nada é a mais alta expressao da plenipotencia. Mas a plenipoténcia € apenas a subjetividade que se liberta de todas as qualidades e limitagées objetivas e que festeja esta sua liberdade comoo mais alto poder e esséncia - o poder da faculdade de colocar o subjetivo como real, o imaginavel como possivel - 0 poder da imaginagao ou da vontade que € idéntica 4 imaginacao, o poder da arbitrariedade”. A ex- presso mais caracteristica, mais forte da arbitrariedade subjetiva € 0 ca- Pricho, 0 contentamento - “Deus quis chamar a existéncia um mundo espiritual e corporal” - a prova mais irrefutavel que a propria subjetivide a 51. A mais profunda origem da criagao a partir do nada esté no sentimento, o que esté expresso ou sera demonstrado direta ou indiretamente nesta obra, Mas a arbitrariedade é exatamente a vontade do sentimento, a exteriorizacao da forga do sentimento. 19-49 provident ropria arbitrariedade ¢ 4c. Posta «, 2 fersal plenipotente. A criacdo a panig °° SF supre jenipotente coincide, por isso, na mes 24a eng mi perela €0 primeiro milagre nag ag ores ie excelencia, © PTINCipio do qual eee? ter,ova esta Na propria historia, Todos o explicados © exemplificados pela plenipgas,™"8ares fo do nada. AQUele que CrIOU o Munda ENA que ¢ transformar vinho em Agua, fazer oP ott don (jas humanas, fazer jorrar Agua de 4 Yeremos adiante, apenas uma obrac umcoy je.etambem a criagao a partirdo nada y rie couse a doutrina da criagéo a partir do nada core fos pagaos que ensinavam que o mundo foj formace Ouse para os filéso- na aproveitando uma matéria ja existente. Mac este, Por uma razao di ralé apenas © principio da subjetivid ctsti incipio sobrenatu- yma monarquia universal iimitada, enquanto que rise Se elevou a nao eram subjetivistas a ponto de conceberem uma enn er°S artigos mente subjetiva como a entidade dnica, entidade absotuta- i n exclusivam que através da contemplagao do mundo ou da realidede tremens tw ma sul jetividade porque para eles © mundo era uma verdade Acriagao a partir do nada é idéntica nao s i ‘ 4 providéncia; porque a idéia da providencia ¢ (originales el significado verdadeiramente religioso, quando ainda nao era optmraen fimitada pela razao incrédula) idéntica a idéia do milagre. A prova da pro. videncia € 0 milagre”. A crenca na providencia é a crenga num poder para o qual todas as coisas estdo a disposicao para o uso desejado, dian- te da qual todo o poder da realidade nada é. A providéncia anula as leis da natureza; ela interrompe o curso da necessidade, o vinculo férreo que une inevitavelmente a conseqiiéncia a sua causa; em sintese, ela é a mesma vontade ilimitada, plenipotente que chamou o mundo do nada paraa existéncia. O milagre é uma creatio ex nihilo, uma criagao a partir do nada. Quem transforma agua em vinho, este fabrica vinho do nada, porque o elemento do vinho nao esté na 4gua; caso contrario nao seria a produgéo do vinho milagrosa, mas natural. Mas a providéncia sé se ga- ante, sé se mostra no milagre. Por isso a providéncia expressa © mesmo que a criacao a partir do nada. A criacao a partir do nada so pode ser ex plicada e compreendida em conexao com a providencia; porque © mila- a ‘ il ” 1US, H. 52, “As testemunhas seguras de uma providéncia divina sao 0s milagres” (GROTI Se veritate retigionis christianae, lib. | § 13). Assent 40 CHStianismy milagroso ej@ © MESMO que cp, que o oe de - Deus, 0 criador. ja sua mera vonta slaciona essenciaimente Com © HOME, Po, Pro lidade homem, depoig Jan's essencta objetiva do homem: Deus. Somente numa €Poca poste Ton quando a religido ja tinha se tornado carne ¢ sangue, pode-se dizer, tal Deus, tal homem, nao obstante esta frase expresse Sempre uma ta, tologia. Mas na origem ¢ diferente e somente no origem podemos cone cer algo em sua verdadeira esséncia. Primeiramente o homem cria Deus, sem saber e querer, conforme a sua imagem e s6 depois este Deus ciag fomem, sabendo e querendo, conforme a sua imagem. Isto € confirma. do antes de tudo pelo desenvolvimento da religido israelita. Dai o pring. pio da mediocridade teolégica de que a revelagao de Deus caminha par, passo com o desenvolvimento da espécie humana. Naturalmente, poisa Fevelagdo de Deus nada mais é do que a revelacao, 0 autodesdobramen. to (Selbstent/altung) da esséncia humana. Nao foi do criador que surgiy 0 egoismo supranaturalistico dos judeus, mas inversamente, aquele nas. ceu deste: na criagao 0 judeu apenas justifica o seu egoismo diante do fo. idera rum da sua razéo. Certamente nao poderia também 0 israelita enquanto homem (o que & muito compreensivel, até mesmo por motivos praticos) escapar da contemplacdo e da admiracao teorética da natureza. Mas ele sé celebrao poder e a grandeza de Jeova ao celebrar o poder e a grandeza da nature. za. E este poder de Jeové mostrou-se da maneira mais suntuosa nos mi- lagres que foram feitos para o bem de Israel. Portanto, na celebracao des- te poder, o israelita se refere também a si mesmo: ele celebra a magnifi- céncia da natureza com o mesmo interesse em que o vencedor engran- dece a forca do seu adversario, para com isso aumentar a sua autoconf- anga e engrandecer a sua gloria. Grande e poderosa é a natureza que Jeo- vé criou, mas ainda maior e mais poderosa é a autoconfianga de Israel. 67. Mas somente na religido absoluta, como é natural, porque nas outras religides eles $6 ‘nos salientam as concepgées e costumes para nés estranhos, desconhecidos quanto 20 sentido e finalidade, como algo sem sentido e ridiculo. Porém, nao é na verdade a adore ‘$80 da urina da vaca, que tanto 0 parse quanto o hindu bebem para conseguir o perdéo dos pecados, mais ridicula do que a adoracao de um pente ou de um pedaco do manto da mée de Deus. * SUMHCAID da crags ny iu a causa 0 Sol para, POF Sua causa, segu, por st comunicagao da lei, ex Sintese, 0 ate orga esséncia. “Tog, riatuy mod ourse novamente apes ni lamento, . “Specie {1a ee teus filhos, continuassem, intactogm ' . yara qe poder sobre toda a hatureza; cada SNL obedec’ C&US deua oises Prada natureza, A eCessidade de ire” € 2 lei univers 8 Some 9 Sent aldade de Israel & 9 desting do mundo, Jeova C24 onipoten. oa ieltem da sacralidade @ Decessidade u, $48 existencia eerie que 6100 ante da Qual a existencia a Naturey, oe cestieaparece num nada), Jeova ° Salus poputis ‘sal povOs vnte da qual tudo que esta ng Saminho deve Actificado, joc. srael nsciéncia de si mesmo xclusiva, jonarg Cae ee nos olhos que ardem por vinganga de devasta jo: em sintese, Jeova & 0 Eu de | deste sisnto meta e senhor dan mo en da natureza o poder de 1n0 po stael, g atureza, ‘esteja 0 istaclita Jeova eno poder de ciéncia de si mesmo. “Lou cong, um Deus para a no ajuda. Jeova o Poder da 'vado seja Deus! Ele-¢ 4 Deus obedeceu até mesm e m Deus que nos ssa Salvacao, L. Ova € a Minha forga”, 10 palavra do herg; 4, lutou por Isra sprio Jeova, propri ¥ (Josue), porque els 6 el. [...] Jeova é 9 Deus da guerra”, . inte com o correr do vee oe necu awe se estendid homens em gerai, como ne ampliado € 0 de Jonas, nao pertence este aspecto, Entretanto, ao carater autor do fivro eligiao israelita. © Deus dos pais, a Qual estao associadas essencial da re mals preciosas, 0 Deus antigo e histones, Permanece nga olan” as lembrar ae a base de uma religiao”, semp! tempo o « lo sobre os 68. Salomao 19,6. 69. Segundo Herder. de Deus em ge- da majestade ° om ao do poder e israelita, mas € 1i que a admiragao: o science do i sem asec hoa arts ean coe Te al, assim como o de ao do poder ¢ da maj dana a Seno iar verdade apenas a edmiragdo do pode «dame humanidoe) Mes demons contribuicéo para a hist See ene gucnoe malmente esta fora lo nos: a esta expl tragao jé est pio desta demonst homem. Entretanto o principio a jomem. 4 adoragao de Deus no ‘ito nesta obra. A onipoténcia da afetividade ou o mistério da oragag Israel é a definicao historica da natureza peculiar da conscigncia rej, giosa, somente que aqui ainda estava esta tolhida pela limitac8o de um streresse especial, nacional. Por isso, basta que retiremos esta limitagag cteremos a religiao crist. O judaismo é o cristianismo terra a terra, 4 ianismo € o judaismo espiritual. A religi&o crista é a religiao judaicg purificada do egoismo nacional, sendo 20 mesmo tempo uma relgiag Fova, diferente, pois toda reforma, toda purificagéo produz uma mudan. ¢a essencial, principalmente em quest6es religiosas, onde ate o insignif, Zante tem importancia. Para 0 judeu era o israelita o mediador, © traco de unido entre Deus e homem; em sua relacdo com Jeova ele se relaciona. va consigo mesmo enquanto israelita; © proprio Jeova nao era mesmo nada mais que a unidade, a autoconsciéncia de Israel objetivada como uma esséncia absoluta, a consciéncia nacional, a lei geral, © ponto cen. tral da politica”. Se deixarmos cair as barreiras da consciéncia nacional teremos o homem ao invés do israelita. Assim como 0 israelita objetivou ‘© seu carater nacional em Jeova, o cristao objetivou em Deus a sua es. séncia humana (e, em verdade, subjetivamente humana) libertada da barreira da nacionalidade”. Assim como Israel fez da privacao, da neces- sidade da sua existéncia uma lei universal, assim como nesta necessida- de mesma endeusou a sua sede de vinganca politica; da mesma forma transformou o cristéo as necessidades da afetividade humana em pode Fes e leis que regem todo 0 universo. Os milagres do cristianismo (que so igualmente uma das suas caracteristicas essenciais, assim como os milagres do Antigo Testamento sao caracteristicos do judaismo) nao tém por meta o bem de uma nagao, mas o bem do homem - sem divida, somente do cristéo, porque o cristianismo s6 reconhece o homem soba 71. “A maior parte da poesia hebraica, que freqdentemente sé se considera como espitt tual, é de carater politico” (Herder). 72. A esséncia humana, subjetivamente humana, como é a esséncia do cristianismo, uma esséncia supranaturalistica, que exclui de sia natureza, o corpo, os sentidos, atraves dos quais unicamente pode nos ser dado um mundo objetivo. OHNO Metta oy om cao. a limitagdo da cris tandade universal € humano; mag en iro janice demmente. O cristianismo vet tual (ndo obstante, den esPGressado novamente come Pur re © egoi se exh rena. a meta da religiao israeiita, jade celestial, a meta do o lanismo, ©™ con a fatidica efinou 6 tf do eri omais elevado conceito, odeus de, yo cuja politica se expressa em fore myei como uM poder absoluto, divino; da jividade humana nao terrena, a ee oisa amada todos os te: cic taja lei € 0 desejo do que amrntasia, da atividade intele da omuni i 1a de religion Pla, um eels tlevado conceensiencia polities go 'Ceito, © deus SOU oe Eo am 22MOr que sa. éamenc Uenaterra.o cctual mi ie arene Poder € 0 poder ilimitado, Deus ¢ 0 amor que Satisfaz os NOSSOS desejos, as NOSsas necessida. des afetivas. Ele € 0 desejo realizado do L'2SHO © desejo elevado a con va da sua realizado, @ sua validade, 4 indubitavel Certeza diante da veinao se mantém nenhuma contra, eo com a razéo, nenhume obje- ado experiencia, do mundo exterior. Certeza é para o homem o mais be oo poder; o que é certo para ele é Para ele também o existente, o di- ceo eus €0 amor - este Pronunciamento, o mais elevado do cristianis- ve gapenas a expressdo da certeza que a afetividade humane temem mo ma, da certeza de si como 0 unico Poder justificado, ie. , divino - a si mes da certeza de que os desejos intimos do coracdo humane tem oe de e verdade incondicional, v ue nao existe limitacao, oposicao afetividade humana, que o mundo inteiro com toda a sua majesta- aot imponencia nao € nada em relacao 4 afetividade humana”. Deus é0 dee ie., a afetividade € o Deus do homem; sim, o Deus em si, o ente shvcluto, Deus é a esséncia da afetividade enquanto objeto para si mes- aon redade ilimitada, pura - Deus é 0 optativo do coracao humano I tor ado no tempus finitum, no seguro e feliz “est”, exist; 6a in rte lenipoténcia do sentimento; a oragdo que ouve a si mes: mera etividade que percebe a si mesma, o eco dos nossoslamentos.A do wheres externa; espontaneamente toma o artista o seu instrument Jor dev : ‘da bondade divina; xo nko posse esperar dabondade dine, “Nao exi ‘co homem bom e honest ones tse deuce oer harman coe wrth he en tie none ee jue um ser ao humana entendeu, p te auc ge de bondade poder infinite aida dos intresses humans que ot tite eleva uma vida impia (CUDWORTH. Sst Aessencta do crstianign " a sua propria dor. Ele suaviza @ sua dor « 2s mo peso que esté Sobre O SEU Coracdy ta: ele iva dor uma essencia geral. Mas a natures 1 en ela é insensivel com relaco aos se, iid as costas 4 natureza, 20s objetos vi se para dentro, para aqui. escondido dos poderes veis em geral = volo-wt gao para os seus sofrimentos. Aqui confessa sensiveis. encontrar ati iam, aqui alivia ele © SU COraGao oprimid os segredos due ° anata segredo confessado, esta dor externada Este alivio do col eigrima de amor derramada pela miséria humana nq Deus, Deus ¢ limmidade. "Deus é um suspiro inefével situado no funds dee almas" ~ este pronunciamento” € 0 mais interessante, profundo ¢ verdadeiro da mistica crista. ‘A mais profunda esséncia da religiao € manifestada pelo ato maig simples da religiao ~ a oracao -, um ato que diz infinitamente mais oy pelo menos o mesmo que o dogma da encaragéo, nao obstante a espe, Culacao religiosa a considere como o maior mistério. Mas certamente nao me refiro a oragéo de antes e depois das refeicdes, oragao de en gorda do egoismo, mas sim oragao dolorosa, a oragao do amor incon. solavel, a oracao que expressa aquele poder do coracao que arremessa para exalar em seus Son: ‘ouvi-la, ao objetivat 0 fazer ¢ langa-lo a0 ar. a ; nao ouve os lamentos clo home mem sofrimentos. Por isso 0 homen in. co homem ao chao. Na oracéo o homem fala com Deus, com 0 Tu; portanto, declara Deus em voz alta como 0 seu outro Eu; ele confessa a Deus, como o ser que Ihe é mais intimo e mais préximo, os seus pensamentos mais secre tos, os seus desejos mais intimos que ele teme serem conhecidos. Mas ele externa esses desejos na confianca, na certeza de que serao realiza- dos. Como poderia ele se voltar para um ser que nao tem ouvidos para os seus lamentos? O que é entdo a oracéo senao 0 desejo do coracao ex- presso na confianca da sua realizagao”. E 0 que € o ser que realiza esses desejos sendo a afetividade humana que se dé ouvidos, que se justifica, que se afirma sem objecao? O homem que nao tira da mente a idéia do mundo, a idéia de que tudo aqui é apenas ocasionado, que todo efeito tem a sua causa natural, todo desejo sé é atingido quando colocado 7A. Sebastian Frank von Wérd nos Apophthegmata da nacao alema de Zinkgref. 75. Seria uma fraca objecao dizer que Deus $6 realiza os desejos, os pedidos que sao fe- tos em seu nome ou no interesse da Igreja de Cristo; em sintese, so os desejos que coin dem com a sua vontade; porque a vontade de Deus é exatamente a vontade do homem, ou melhor, Deus tem o poder e o homem a vontade: Deus faz o homem feliz, mas 0 he- mem quer ser feliz. Um inico, este ou aquele desejo, nao pode ser ouvido; mas isto nao vem a0 caso aqui se o género, a tendéncia essencial & permitida: o devoto cujo pedide nao é atendido se consola julgando que o seu atendimento nao seria vantajoso para (cf. p. ex. MELANCHTON. Oratio de precatione. In: Declamat, parte Ill) , 1 Nompoteueta da , £ tog | Ser dao meta € 05 MeIOs correspon, le cele SO trabalha; ele transforma ates Utilizados, uy, rividade terrena; OS OULTOS desejog, Gu c°S*I08 aca, al ou os considera apenas comy © “conhece caves eM com 139 rime met aptinta, ondcIoa a wun easenaes Suenos pcome ae Se pnhece & 5 SeUS desejos ele ra co ™ sintese, seo. 20 contrério, homer exclui aa Pela ideioag rece 29 ua ideias da causalidade, dependencia e da gic MUNGO © com sade Na ia 08 Seu dese}Os. 05 interesses dg gen tise nec mandente, plenipotente absoluto, ele ‘Fao em pert da afetividade humana ~ ¢ org, ela leva Deus a leis da natureza, Aoracéo a ciséo do homem em doi is consigo mesmo, com 0 seu coracdo, Faz perte ia chess do homem ela seja proferida em vor alta, clara, enfatica, Espen erate sue labios a oragao ~ a anglistia do coracao arrebenta o cadcado de'b sce Mas a oragao em voz alta é apenas a oragao que revela a sua esstnencn oracdo € essencialmente uma fala (mesmo que nao seja proferida exter: namente) - a palavra latina oratio significa ambas -, na ‘oragao 0 ho- mem expressa abertamente aquilo que o oprime, que o toca de perto; ele objetiva 0 seu coragao ~ dai a forga moral da oracdo. Diz-se que a con. centracao é a condicao da oracao. Mas ela é mais do que condigao: a ora- do é ela propria uma concentracao - afastamento de todas as idéias que possam distrair, de todas as influéncias perturbadoras vindas de fora, introspeccao em si mesmo para 0 didlogo exclusivo com a propria esséncia, Somente uma oraco confiante, sincera, amorosa e intima, afirma-se, pode ajudar, mas esta ajuda esta na propria oragao. Como em geral na religiao o elemento subjetivo, humano, subordinado ¢ em verda- deo primeiro, a prima causa, a coisa em si - sao também aqui essas ca- facteristicas subjetivas a esséncia objetiva da oracéo". 76. Por questoes subjetivas € a oragéo comunitaria mais eficaz do que 2 individu ce ‘unidade aumenta o poder da afetividade, eleva a autoconfianca. O oo de liitag8o: ue a sés, consegue-se com outros. Sentimento de solidao ¢ sentiment® Xe senlimento de comunidade é sentimento de liberdade. Por isso 05 peas que a ote quando ameacados por poderes naturais. “E impossivel, como t concedido ao amor” ‘de de muitos nada consiga... @ individualidade € negado 0 dun” Once Fey (MEZGER, P. Paul. Sacra Hist. de gentis hebr. orlu, Aug. v- 1700, P- Arsseneta MO CHstiaigmy 7 ao da oragao € quando se vé nela somente um, jependencia. De fato ela expressa um tips, express: ‘eo homem tem do Seu COragao, dos seu deste, mas é a depend@ir onte dependente, este nao abre a sua boce sentimentos. Quem oe ita de dependéncia Ihe rouba © animo paraissa, para a oracao; Ode dependéncia & sentimento de necessidade, A or, porque sentiment xe baseia na confianga incondicional do coragao, deg. 40. ao. oat qualauet necessidade, de que os seus interesses sao of, Ooo volute: ii tonfianga de que © ser onipotente € absolute ¢., {ao os sentimentos e desejos mais caros e mais saara os para homem sao verdades divinas, Mas a crianca nao se sente lepen lente do pai en quanto pai: ela tem antes no pai o sentimento da sua orca, a consciéncig do seu valor, o penhor da sua existéncia, a certeza da realizacéo dos seus Gesejos: no pai esta o lastro do cuidado; a crianca, a0 contrario, vive des. iz na confianga no pai, o seu anjo da guarda vivo, qu, ation Sgosero beme a felicidade do filho. ° pai faz da criangas fim, mas de si mesmo o meio da sua existéncia. A crianga que implora ao seu pai por alguma coisa nao se dirige a ele como um ser diverso dela, auténomo, como senhor ou pessoa em geral, mas sim como e enquanto dependente e determinado pelos seus sentimnentos paternais, pelo amor a seu filho. O pedido é apenas uma expressdo do poder que a crianga exerce sobre o pai, se € que se pode empregar aqui a expressao “poder” com outro sentido, uma vez que o poder da crianga nada mais € do que o préprio poder do coragéo do pai. O idioma tem para o pedir e 0 ordenara mesma forma - 0 imperativo. O pedido é 0 imperativo do amor. E este imperativo tem infinitamente mais poder que o despético. O amor nao ordena; o amor s6 precisa fazer uma leve alusdo aos seus desejos para fi- car certo da realizacao dos mesmos; ja o déspota deve colocar um poder no tom para fazer dos outros, para ele seres indiferentes em si, realizado- res dos seus desejos. O imperativo do amor atua com forga eletromagné- tica, o despético com a forca mecanica de um telégrafo de madeira. A mais profunda expresséo de Deus na oracao é a palavra: Pai - a mais profunda porque aqui o homem se relaciona com o ser absoluto como com o seu proprio, a propria palavra pai é exatamente a expressao da mais profunda unidade, a expressao na qual se encontra imediatamente a garantia dos meus desejos, o penhor da minha salvacao. A onipoténcia para a qual o homem se volta na oracao nada mais é que a onipoténcia da bondade que, para o bem do homem, transforma até o impossivel em possivel - na verdade nada mais é do que a onipoténcia do coragao, do sentimento que rompe todos os limites da razdo, transgride todas as fron- teiras da natureza, que néo quer que nada exista a nao ser o sentimento, que nada exista que possa contrariar o coragao. A crenga na onipoténcia A mais superficial vis 40 do sentimento de de endencia qui 8 da aielividade ov o misteno is nragay a i do mundo exterior, de jetivi ana nulidade do \or, da objetividade - a crenca na 22 ctr psoluta € na validade da afetividade. A esséncia da onipotencia ode express do que a esséncia da afetividade. A onipoténcia é 0 na er "hiante do qual néo vigora nenhuma lei, nenhuma determinacao der detnhum limite, mas este poder & exatamente a afetividade que ural oda Ne Messidade, toda lei como um impedimento e por isso a su- ie. A onipote ncia nada mais faz que realizar o mais intimo desejo da orifia oracdo volta-se o homem a onipoténcia da bondade ~ sieved. significa que: na oragao © homem adora o seu proprio co isto nade ne ntempla a esséncia de sua afetividade como o ser mas ele ele acao. ele wgo. divine- Capiiuto XIV ; 0 mistério da fé - 0 mistério do milagre go (e somente quando € atribuido a oragao um, dos objetos exteriores a0, Iromem € 2 Past ae oder no mil uma verdade rgio5? ga fe ern Seal 8 a fe ora; 86.0 oracao da fetes, acer Mas 2 Pe eee g nada mais que @ inabalavel certeza da realidad. Pode validade e verdade incondicional da subjetividade em oposicao ay limitagdes. ie., as leis da natureza e da razao. O objeto caracteristico da fé 6, portanto, o milagre - fé € fé em milagre, fé e milagre S40 absoluta. mente inseparaveis. O que é 0 milagre objetivamente, ou o poder do mi. lagre, é a fé subjetivamente - 0 milagre é 0 aspecto exterior da fé -,afeg aalma interior do milagre - a fé € o milagre do espirito, o milagre da afet. vidade que apenas se objetiva no milagre exterior. Para a fé nada é im. possivel - € sé esta onipoténcia da fé realiza o milagre. O milagre é ape nas um exemplo sensorial daquilo que pode a fé. llimnitacao da afetivida. de, excesso de sentimento, com uma palavra: supranaturalismo, sobre. naturalidade é, pois, a esséncia da fé. A fé sé se relaciona com coisas que objetivam a onipoténcia da afetividade humana, dos desejos humanos ‘em contradicao com as limitagées, i.e., as leis da natureza e da razao. A fé desata os desejos humanos dos grilhdes da razao natural; ela permite 0 que a natureza e a raz4o negam; ela torna o homem feliz porque tran- diiiliza os seus desejos mais subjetivos. E nenhuma divida abala a verda- deira fé. A duvida s6 surge quando eu saio de mim mesmo, quando ultra- Passo 08 limites da minha subjetividade, quando concedo verdade e direi- to de voto também ao que esta fora de mim, ao que é diverso de mim, quando me conheco como um ser subjetivo, i.e., limitado e s6 procuro ampliar os meus limites através dos outros fora de mim. Mas na fé ja de- saparece o principio da divida, porque para a fé ja é exatamente o subje- tivo em e por si considerado como o objetivo, o proprio absoluto. A fé nada mais é que a crenca na divindade do homem. A fe no poder da orag poder e um poder acima “A fé é um estado do coragéo no qual atribuimos tudo de bom a Deus. Uma tal fé em que 0 coragdo deposita toda a sua confianga em Deus €a que exige Deus no primeiro mandamento quando diz: Eu sou o Senhor, teu Deus..., i.e., 86 eu quero ser o teu Deus, nao deves buscar nenhum ou- tro; quero te ajudar em toda dificuldade... nao deves também pensar que eu seja teu inimigo ou nao queira te ajudar. Se pensares assim, faras de POPSET EL ny "Storia dy Milagre 1 coragdo um Dey, eu quero te Ser propica Merete do gue My de apes. Se PENSAS due le cals! : jecampiedos0 Contigo desejate, langar ng id? te eatg SiS Volta tare le“, assim o tens. [...] Seocrés, g oe nem, ele assin ePeNS8s que Ciramente N80 SE78 ONOSSO demaeic arm %o FS ei seecrenen eto Ser8 ones Deus, ° SPsicerarnee DEUS. Sor. [= Pela epee se transformamos Deus ner Um fog en come Ce re eee agulle gum Deus, ie, wa em Demonia" Quer attm, Se DEUS € auilo © assim gues He a teemDeusen, mepeuis Sendo a esséncia da fe> Pega, Crer num pang We é de vos bom. Se desesperas do hom mD, nde {ue Deus esta a teu lado, crs ce us bo: eM. Se ele para tinon = 'S que nay que nada te contradiz. Mas'se ¢ ti i ” Nada sig eM pod 4 nem Deus”. Nifica? Se le estar contra Pode estar con. s da esta n, irons WUE Nada est, ti, entao crés ~ 0 qué? ~ simplesmente que é tr gutro ser € apenas ilusdo, fantacke welaras com 0 fato de ser Deus um ar deeneza do homem, a indubitavel ce ac rteza de que a su, Sabjetiva a esséncia objetiva, abe 3 e ' esséncia propria oluta, a esséncia prop das esséncias> A fe no se restringe & concepc3o de um mundo, cone de um universo, de uma necessidade. Para a fé existe apenas Deus, ie.,a Subjetividade ilimi- tada. Quando a fé surge no homem o mundo sucumbe; sim, ja sucum- biu. A crenga no fim real e proximo, no fim, sempre > ; Presente ao espirito, deste mundo que contradiz os desejos cristdos é entao ure fendmeno da mais intima esséncia da fé crista, uma crenca que néo pode ser separada do conteuido restante da fé crista, com cuja reniincia é renunciade, é oe, ado o cristianismo verdadeiro e primitive”. A esséncia da fé que se 9 T1.Lutero, parte XV, p. 282; parte XVI, p. 491-493, "Deus ¢ onipotente; mas aquele que cré € um Deus” (LUTERO, parte XIV, 5p. 320 Emoutoluger designa Lutero a fé de “criadora da Divindade"; mas, ei acrescentaimed aumenl a fesigaonecessérla sob o seu ponte de vist"ngo que ele cea cia divina eterna, nas em nés” (parte XI, p. 161). sem ela. O tre- 79, Esta crenga é tao essencial a Biblia que esta nao poe penta, ave 0 2Pd 3,8 ndo fala contra um fim proximo, como esta c todo o capo ore 10 hes saute para'o Senhor, mas também um da como 100Daos partoe mundo pode ja amanha nao mais existir. Mas ue aa ie odiae » hora, 36 um mest 0 fim do mundo muito roxio, apesar de nto ser deinide od cin on te ram pol sere meer oxi m 10 fim do mundo ~ Lutero, P. &., vavern ‘em seu intimo por tam, pois, sempre num proxim xvln 6) ~oupelo menos arsever vem seniors sno in a abst por epeeze anand ei ste fim do mundo, n. 20 ce ce longe (cf. p. ex. AGOSTINHO. De fine saeculi ad H A essencia do cristianismng @ no mais especial, € que € isto que Stor imortal. logo. ele ¢ imortal; ele desejg m deseja ~ ele Jestit T Gue seja impossivel & natureza e & ra, que exista um Ser due POS Te aseja que exista um MUNGO Aue corres, 720, logo. existe um tal 5m mundo da subjetividade ilimitads, onda aos desejos (a alti 44 felicidade ininterrupta: mas existe Pe. da afetividade impert Se endo deve dene mm mundo oposto a este Im fetivo, enta' a este mundo afetivo, é ut do oposto te mundo deve 1 - deve desapa! necessariamente \ece: sep elo “Wp aletividade humana. Fé, amor e espe. Hoe a esperanca se relaciona com o CUMPrimen, rca ee desejos que ainda néo foram realizados, mas que to das promessas ~ eee relaciona com o ser que faz essas promessag sero reali dos Rena promessas, nos desejos que J foram realizado, eas cumpre. storicos. eto essencial do cristianismo, um contetdo essen. val oc ta Mas o que € 0 milagre? Um desejo sobrenatural realizado ~ cia ey O apéstolo Paulo explica a esséncia da fé crista com 0 exem. eige Abraao. Abraéo nunca poderia esperar descendéncia por vias na. furais. Jeova prometeu-lhe, entretanto, por um favor especial. E Abraao acreditou, contrariando a natureza. Por isso foi essa fe levada em conta para aumentar a sua justica eo seu merito; porque € necessaria muita imaginacdo para se aceitar algo como seguro, mas que, entretanto, esta em contradicdo com a experiéncia, pelo menos com a experiéncia racio- nal, normal. Mas qual era o objeto desta promessa divina? Descenden. cia: 0 objeto de um desejo humano. E em que acreditou Abraao ao acre ditar em Jeova? Em um ser que tudo pode, que pode realizar todos os de. sejos humanos. “Seria algo impossivel para o Senhor?”” Mas por que vamos até Abrado? Os exemplos mais crassos, temos muito mais proximos de nds. O milagre alimenta famintos, cura cegos, surdos e paraliticos de nascenga, salva de perigos de vida, reaviva até mesmo os mortos por pedidos dos seus parentes. Realiza, pois, os dese- jos humanos - desejos esses que, no entanto, nao sAo sempre em si ex- traordinarios, sobrenaturais, como o desejo de dar vida a um morto, mas enquanto expressam o milagre, a ajuda milagrosa. Mas o milagre se dis- tingue do modo natural e racional de satisfazer desejos e necessidades humanas pelo fato dele satisfazé-los da maneira correspondente a essén- cia do desejo, da maneira mais desejavel. O desejo nao se prende ane nhum obstaculo, a nenhuma lei, a nenhum tempo; ele quer ser realizado sem demora, imediatamente. E veja, tao rapido quanto o desejo é 0 mila- gre. O poder milagroso realiza os desejos humanos instantaneamente, ee 80. Gn 18,14. us objetos. at rece! existe um Det ranga sao aU que sao fatos his Omilagre ¢ um obj 8 Mmisterin g F040 milage a so vez. Sem qual 1m SUEr especie g, rem a SAUde MBO € milagre taesperanga. A raz80 no pode realizar esta esperanca, Porinn ieee todas as provas para a imortalidade sa Sse 5 i i io insuficientes, ou mesmo, quea razao nao pode conhecé-la por si e muito menos demonstré-la. E com ra- 140: razdo s6 faz demonstracées gerais, abstratas; a certeza da minha continuagao pessoal apés a morte ela nao pode me oferecer e é exata- mente esta certeza que se pede. Mas para uma tal certeza é necessaria uma certificagao imediata, sensorial, uma confirmacao real. Esta so me pode ser dada se um morto (de cuja morte nés ja estavamos certos an- tes) ressurgir novamente do timulo e em verdade um morto que nao é um qualquer, mas antes o modelo dos outros, de forma a ser também a sua ressurreicéo o modelo, a garantia da ressurreigao dos outros. A res- surreigéo de Cristo é por isso a ansia satisfeita que o homem tem de uma certeza imediata da sua continuacao pessoal apés a morte - € a imortall- dade pessoal como um fato sensorial, indubitavel. A questdo da imortalidade era dentre os filésofos pagaos uma ques- ‘gona qual o interesse da personalidade era apenas um acessério. Tete vase aqui principalmente da natureza da alma, do espirito, do funder Mento da vida. No pensamento da imortalidade do fundamento Nao esta diretamente o pensamento, quanto mais @ certeza da jeto de dade pessoal, Por isso os antigos se expressam sobre esse objel A essencia €0 cristianism 0, tao dubio. OS Cfist80s, Por outs aditori " t ao contradiior'e™ js desejos Pessoais e afetivos 4 t ‘odo tao indefinido. on : roe a certeza indubitavel de dye oe icia divina da sua afetividade, 4, 's, iue., na certeza mentos, transformaram num fate rao realizado’ verdade e da sa imediato aquila ético; transfor iso comprometedora de c ns lesa-majestade do ateismo. go de Cristo, quem nega 2 resst nega Cristo, nega Deus. Assim cralidade dos ses inne © significado de um problem que para os aniiarstao teorética, em silivre, numa queg rmaram We cancia cuja negagao era igual 20 crime ge rem nega @ ressurTeicae NEGA a Tessurg, urreieao de Cristo, nega Cristo, mas quem, ansformou 0 cristianismo “espiritual” uma terial! Para os crist&os era a imortaj dade da raza0. 0 fe pessoal, afetiva; mas o penhor esté apenas na res, existia a imortaice gourreicao da carne € 0 mais alto triunfo do crisig, Sure ao cm espiritualidade e a objetividade sem dvida sublime, mas nisme spetrata dos antigos. Por isso a ressurreica0 Custou Para ser com, preendida pelos pagaos. Mas assim como a ressurreicao, o fim da historia sagrada (uma histe. ria que, no entanto, nao tem o significado de uma historia, mas da pro. pria verdade) é um desejo realizado, da mesma forma o € também Oink cio dela, o nascimento sobrenatural, nao obstante este nao se relacione com um interesse imediatamente pessoal, mas so com um sentimento especial, subjetivo. Quanto mais o homem se afasta da natureza, quanto mais subjetiva, i.e., sobre e antinatural se torna a sua concepgao, tanto maior é 0 seure. pUdio pela natureza ou pelas coisas e processos naturais que desagra- dam a sua fantasia, que lhe impressionam negativamente™. O homem I- vre, objetivo certamente encontra também na natureza muita coisa no- jenta e repelente, mas ele entende isso como uma conseqiéncia natural, inevitavel e dentro desta concepc&o supera os seus sentimentos como sendo apenas sentimentos subjetivos, ilegitimos. O homem subjetivo, que sé vive na afetividade e na fantasia, ao contrario, encara essas coisas 86. “Se Addo nado tivesse caido no pecado, nada se conheceria da ferocidade dos lobes, le6es, ursos, etc. e, dentre todas as criaturas, nada seria incomodo ou nocivo para oho mem... nao haveria espinhos nem doengas... a fronte no adquiriria rugas, nem pé, nem mio, em algum outro membro do corpo se tomnaria fraco ou doente”. “Mas apos a que la sabemos e sentimos todos 0 tipo de rancor que existe em nossa came, que nao $6ar Sc @ aPetece violenta efervorosamente, mas também se enoja quando consegue aqui quel i apeteced - “Mas isto € culpa do pecado original que tirou a pureza de toda criatt fa: de form 8 setmos levados a crer que antes da queda o sol era muito mais clafo. cae pats Pua . 3 sre muito mais rica e cheia de todas as plantas” (| . "rmrstorio da ressurreicag » do nag Scimenty Sobrenaturar mma contrariedade especia) mul 181 le Possuj ‘ . Sui 01 é na mais bel, lho cots que at j la flor sq Percebeu og daquele infeliz deseo. beenegros” que nela corriam, © que com ¢, Ws “escatave. thos i contemplar a flor. © homem subjern? bse zet TVacao os num critério do que deve re: de, transforma oe ee menende 8 sua sensibidade sobre oa antinatae’ n° see nated, omer subjetivo NBO se basciarnas ne monstonas da logics eee fj, mas na arbitrariedade da fantasisy abandona ele numa © 28 fii ce desagrada, conservando 0 que ihe Agrada. Assign sn? S°1S8 0 que the cera. Eme porsi€a virgindade o mai sséncia do Seu espitito, da sua fers re concepsoes sobrenaturais tose ergonha diante da naturens comum”, rae Yeo sentimento natural em seu cora, ta amor materno, © que se deve faze aorto entre um sentimento natural e um s ” © cones quanto individuo era para os antigos um conceit derivado do nemo Specie ou comunidade. Enquanto tinharn em Sonceito de ra.as qualidades da humanidade, a inteligéncia, desprezevern ee it Ocristianismo, a0 contrario, desprezava a espécie humana e 36 ti heen mente 0 individuo. O cristianismo (certamente nao o cristianismo ata, que acolheu a cultura do paganismo e s6 conservou onomee alguns ns cipios gerais do cristianismo) € uma oposicdo direta ao paganistmo © ele s0é entendido verdadeiramente (nao deturpado por sofismas arbitraries especulativos) quando concebido como oposigio; ele & verdadeiro en. quanto o seu contrario é falso, mas falso enquanto o seu contrario é verda- deiro. Os antigos sacrificavam o individuo ao género; os cristaos 0 género 20 individuo. Ou: 0 paganismo sé concebia e compreendia o individuo como parte em oposicao @ totalidade do género humano, o cristianismo, ao contrario, sé numa unidade imediata, indistinta do género”. 97. E sabido que Aristoteles diz explicitamente em sua politica que 0 individuo, por no sebastar a si mesmo, se relaciona com 0 estado como a parte com otodo e que por isso, naturalmente, o estado é anterior & familia e a0 individuo, pois 0 todo precede a parte ne cessariamente. Os cristaos, de fato, “sacrificavam” 0 “individuo", i.e., aqui oinaiavoer quanto parte, ao todo, ao género, a comunidade. A parte, diz Santo Tomas de Aquino. ° ior pensador e tedlogo cristdo, sactifice-se a si mesma, por uminstnte naka PO Conservacdo do todo. “Toda parte, por natureza, ama mais o todo do que & © ea) \odo individuo por natureza ama mais o bem do seu género do, ws oe ue 8 si mesmo" Porisso todo ser naturalmente ama mais a Deus, o bem universal 0 Nee 0 oy, (Summae P q., 60, at. V). Portanto, neste sentido, 0s rista0s PAE TO clegte- {88.Tomés de Aquino louva os romanos (Regim. Princ. I. Phe tT argo ‘em colocado a sua patria acima de tudo e de terem sacrifica A eSSoneta 00 ctistiani " Wei {duo o objeto de uma providéncia j div Cr on providencia divina. Os pagaos 56 o Para o cristianism "Oe : i Cre diata, i. um obser jviduo por meio do género, dale, da ditavam numa Pre providencia mediata, natural, nag or anto, s6 numa ante spandonaram a mediagao, colocaram-se nums i iversal, ie, + providente, abrangente, uni ) Le., ide Se om o ser particular. nti dem universal, port sos crist om 0 St te o ser universal C coincide com o conceito da humanidade ‘Jivinos, todos os atributos que fazem de Deus um Dey ficos, restringidos 20 individuo, mas cujas restricges ancia da espécie e até mesmo na sua existéncia (ng a existéncia correspondente em todos os ho. minha vontade é limitada; mas a minha lim, taco nao é a limitagao do outro, muito menos da humanidade; 0 que é ficil para mim é facil para 0 outro; o que € impossivel, incompreensive para uma época seré para a época futura possivel € compreensivel. A mi. ea vida esté ligada a uma época limitada, mas néo a vida da humanida de. A historia da humanidade consiste somente numa constante supera. Gao de limitagdes que, numa determinada época, sao tidas por limitagées da humanidade, portanto, por limitacdes absolutas, insuperaveis. Mas o futuro sempre revela que as supostas limitagoes do género humano eram apenas limitagées dos individuos. A historia das ciéncias, especialmente da filosofia e da ciéncia natural, nos oferece a esse respeito as mais interes- santes provas. Seria altamente interessante e instrutivo escrever uma his- téria das ciéncias meramente sob este aspecto, a fim de mostrar em todaa sua nulidade a ilusdo que tem 0 individuo de poder restringir o seu género, llimitado é portanto 0 género e limitado é somente o individuo™. lagrosa: ma uniao imediata ¢: cava diretamen Mas 0 conceito da divindade Todos 0s atributos so atributos espect! so anuladas na essen medida em que possuii a Su mens juntos). O meu saber, @ bem-estar dela. Mas todos esses pensamentos € intengdes so validos no cristianismo so na terra, nao no céu, na moral, no no dogma, na antropologia, nao na teologia. Enquan- to objeto da teologia é o individuo um ser sobrenatural, imortal, auto-suficiente, absoluto, divino. O filosofo pagao Aristoteles declara a amizade (Etica, |. 9, c. 9) como necessaria Para a felicidade. mas o pensador cristo Tomas de Aquino nao. “A sociedade de ami- 90s", diz ele, “ndo € necessaria para a felicidade, porque o homem tem toda a sua perfet gaoem Deus . “Portanto, se houvesse uma alma s6 para si no gozo de Deus, seria ela tena obs ante nao existindo um préximo que ela pudesse amar” (Prima Secundae, 4 48) 0 pagio se conhece também na felicidade enquanto individuo como necessi porque eae ser semelhante, da sua espécie, mas o cristéo nao necessita de um outro eu, pe 'quanto individuo nao ¢ individuo, mas género simultaneamente, um ser univer * Porque traz “a totalidade da sua perfeigéo em Deus”, i.e., em si mesmo. 98. Nc i a porenee atido de religibo e da teclogia ndo é também o género ilimitado, oniscente. oo ” lente porque todos os atributos divinos s6 existem na fantasia, $80 5” mente predicados, * 3 V monstredo nesta oie Presses de afetividade ¢ da imaginagéo humana, como seré d& firrenca IMT ctistianism P2Uanismp as o sentimento da limitagag ie the falta fora. Deus, para os crista the ot da unidade imediata do déenero me vids “ures crema ao’om o ser particular. Det nen n . que a al ‘US € 0 conceit, ndividualidade ontempla. sndividuo. © conceito OU ae ito d + do ser y sane) nero niver. want entidade universal, enquantere enero que one Se fosse de n mit cer * quar enfos os atributos das limitagdes do individus 2° das as pera Genero, \ 's, e novamente uma esséncia ind UO, seja ticdes, de ivi M elas re, encia sao identicas em Deus”, isto ae Particular. “Essence uPo> ito genérico, a esséncia oconcelto . Genérica j eno existencia, COMO entidade particule rediata e Sb o ponto de vista da religiao o1 woptio amor: ele No vive, ele é a propria vine ele 1 stica: NO & 5 ele ni propria justica: nao é uma pessoa, mas a Prépria fenero. a idéia imediatamente real, Personalidade vidi u da teologia Exatamente por causa desta unidade imeci vivo. desta concentracao de todas as genenat® 0410 com cing ser pessoal, € Deus um objeto Profundamente afetivo, oneba tad sn fantasia, enquanto que a idéia de humanidade nao é afetiva ore manidade 56 paira diante de nés, na nossa imaginacao, eam neo mnento, mas como realidade (em oposicao mento) ren as Tee @ este pensamento), como in- fits individuos limitados. Em Deus, ao contratio, a afetividade se satis, faz imediatamente, porque aqui tudo ¢ sintetizado num Uno, tudo (por. que aqui o género possui existéncia imediata) toma-se de uma vez um ser particular. Deus € 0 amor, a virtude, a beleza, a sabedoria, o ser perfet to, universal enquanto ser, a extensdo infinita do género enquanto contet- do sintetizado. Mas Deus é a propria esséncia do homem - portanto, os cristéos se distinguem dos pagaos pelo fato de identificarem imediata- mente o individuo com o género, tendo o individuo para eles a mesma importancia do género, valendo 0 individuo por si mesmo como a exis- ‘éncia perfeita do género - e isto pelo fato de endeusarem o individuo hu- mano, de fazerem dele uma esséncia absoluta. Caracteristica € a diferenga entre cristianismo e paganismo sob o Ponto de vista da relacdo do individuo com a inteligéncia, com a razao, com o nous. Os cristaos individualizaram a razdo, os pagaos transforma: fam-na numa esséncia universal. Para os pagaos era a razdo, @ ne Gia a esséncia do homem, para os cristéos somente uma erelgenci, Pessoa, para os pagaos era, pois, divina e imortal somenit amente aou- °género, para os cristaos 0 individuo. Daf resulta automa! \f diferenca entre a filosofia paga e a crista. Aessencia do cristia ism imbolo caracteristico desta unidade j ares fidualidade no cristianisme € Cristo, o Dey f0.€ a nd vigiam primordial, o conceito existencial qs te todas as perfeigoes morais e divinas, com ce vs efeituoso, o homem Puro, celestial, imacy, Adam Kadmon mas ndo contemplado como, é nicade, e sim imediata scomoune totlidade do enero. dana OC cristBo,relgio80, N&O, pola dividuo. uma Pessoa ot torla. Isto se manifesta tanto no conceito quan, race movi, Os cristaos esperavam o fim do munda, da historia, O pre. mi Chisto P ° cts claramente o proximo fim do mundo, ape. rofetiza na nund er sctodes at eventiras e sofismas dos nossos exegetas. A historia s6 gq paseia na distingao entre individuo e género. Onde acaba esta distingao, ane ba a 1420, 0 sentido da historia. Nada mais reg ae ° Pomem aigm da contemplacao e adogao deste ideal realizado e to Vario instinto de propagacéo ~ a pregacao de que Deus apareceu e que o fim do mundo é chegado. Pelo fato da unidade imediata” do género com o individuo ultrapas. sar os limites da razéo e da natureza, foi também muito natural € neces. sario explicitar este individuo universal, ideal, por um ser extraordinario, sobrenatural, celestial. Por isso € um absurdo querer deduzir pela razaoa unidade imediata do género com 0 individuo, pois € apenas a fantasia que leva a efeito esta unidade, a fantasia para a qual nada é impossivel - ‘a mesma fantasia que cria também os milagres, pois o maior milagre éo individu que é ao mesmo tempo individuo e idéia, género, a humanida- de na totalidade da sua perfeicdo ¢ infinitude. Por isso um absurdo é tam- bém conservar o Cristo biblico ou dogmatico deixando de lado os mila- gres. Se mantiveres o principio, como queres negar as suas conseqiién- cias necessérias? A expressao mais clara. 0 diata entre 0 génet real dos cristaos. Cris! humanidade, 0 cerne sao de tudo que € negal lado, o homem genero. A total auséncia do conceito de género no cristianismo € documenta- da especialmente pela sua doutrina caracteristica da pecabilidade geral do homem. Esta doutrina esta fundada na exigéncia de que um individuo nao deve ser um individuo, uma exigéncia que por sua vez tem por fun- 99. Certamente eu disse: a unidade imediata, i.e., sobrenatural, fantastica, assexuada, Porque @ unidade mediate, racional, natura e histérica do género com 0 individuo s6¢ paseia no sexo, Eu s6 sou um ser humano enquanto homem ou mulher. Ou isto ou aay to, ouluz ou trevas, ou homem ou mulher - este é 0 verbo criador da natureza. Mas parao cystdoo homer rea ‘masculino ¢feminino, é um *homem animal”; o seu ideal, sua e© rade mas 2 arade, © ser humano genérico assexuado, porque o ser humano genéico nada mais ¢ a ue oh lomem personificado em oposigéo ao homem € a mulher, que $40 108, portanto, o homem assexuado. SPM CstaniSng g Pagani {0 @ PFESSUPOSIGEO de que mento. que € €M si mesmo ° comer Falta aqui Somer a visag objene de 9 Tu pertence a perfeigao de Eu, de que see homem cO°sciencia ge ye? Te que soem sonunto Podem os homene sero qn” Ompleta ho. mei "deve ser. Todos os omens sao Pecadores, Bye °M0 home, frodos pecadores de maneir, ar SSE ume aif eee: magn si0 Utencial. Um tem tendéncia Para a mentira’® erence de Brinig morrer dO que romper cos prefer lament . Muito gran, ™ a sua palo, UFO Na, ele tendencia Para a bebida, o quant nan’ P Praesent © teceirg tem possui nenhuma dessas tendency Sela por um enna © qunte 80 Pmenergia do seu carater, Portanto, os homens Se completa urea oupele tanto moral, quanto fisica, quae amen Jes, tomados em seu todo, 5 eles. que “ompletay ito intelectu; i erfeito. mem ‘ ™m mutu- ‘aimente, de forma ‘© devem ser, Fepresentam oho. 540 com isso 0 convivio aprimora ¢ eleva Por i homem toma-se outro no con: rae} amor faz milagres, Principal sexual. Homem e pe ie completa mutuamente e assim se une género humano mulher sentarohomem Perfeito". Semogéneroeo amor impossivel, Pat eee mais é que a consciéncia do género dentrere diferenca se- Came amor é a verdade do g8nero (que € apenas um objeto da razao, xual. No ams to) uma questao de sentimento, uma verdade de sentimen- 10 Pensa woro hones expressa a insuficiéncia da sua individual, 1, pois no amor o| ncia do outro como uma necessidade do coracao. in: de, postula ae: @ propria esséncia, sé declara a sua vida unida an outro cluio outro na su aan vida verdadeiramente humana, Correspondente ao pelo amor como all ie, a0 género, Defeituoso, incompleto, débil, caren cence do homem, Lea Perfeito, satiseito, sem caréncia, autosufc te€ 0 individuo; omer, porque nele a consciéncia da indvidualdade ¢2 a cs da pertonceo do genero. ndetree cincee naan é religiao, col do é verdadeii \ . izade € amade, pelo menos quando é ve amigos se completa; a amizede ¢ ime ponte para‘a vide €aindo mas la pop vite, uma pr * €sPontaneamente, sem dissi- Vivio, muito diverso de que é so mente o amor 00, Dent meses, emplo, o engodo ea mentira so jatos, mas tém. re ici Pe I i 01 10, 0 eng’ tre os sial . icios dos nao tém os vi or sua vez, ides que faltam a outros povos que, P* Por outro lado virtudes siomeses. iste de trés pessoas eto aquele que ora patho s80 101. Dentre os hindus so € “um move de seu. Pos go Testaments ¢ income unidas, de sua mulher, de si mesmo ‘ndao terreno do Antigo, octstdo, celestial um 36° (ci de Menu). Também o Adao do Nowe Teint efungoes sexes sema mulher, anseia por ela. Mas nao tem mais instint ‘petado para o fim dest . A essencio do cistsrigg, 168 entre virtuosos pode haver amizade, co, haver uma igualdade total, deve ange de se basela num instinto de comp pa si mesmo o que ele NBO POSsul atTAVEs do gute has de um através das virtudes do Outro. O amis, Hae ante de Deus. Por mais defeituoso que um homem Justfica 0 amine cory ja demonstra, entretanto, uma boa indole quand, Fer er acimegoas virtuosas. Se €U MESO NAO POSSO Ser perfety tem por amigos Pesrtlide, a perfeiao nos outros. Portanto, se um dia» pee uo Deus pret g 3s meus pecados, fraquezas e dete. querido Deus pretende julgar-me pelo: Ss i tos, entao eu apresento como defensoras Ou mediadoras as virtud . so barbaro, quao irracional seria o Deus que me conde. meus amigos Gute bate dos que eu de fato comet, mas que eu mesg condenei no amor por meus amigos que eram livres desses pecados! Mas se a amizade, o amor de um ser incompleto em si faz, pelo menos famente, um todo completo, quanto mais entao desaparecem no nero (que so tem a sua existéncia devida na totalidade da humanidade™ exatamente por isso 56 € objeto para a razdo) os pecados e falhas dos ho. mens individuais! O lamento pelo pecado s6 é entao valido quando o indi. viduo humano em sua individualidade € objeto para si mesmo como um ser completo em si mesmo, absoluto, que nao necessita do outro para a realizacao do género, do homem completo; quando em lugar da conscién. cia do género surge a consciéncia exclusiva do individuo, quando o indive duo nao se sente como uma parte da humanidade, nao se distingue do ge. nero e por isso faz dos seus pecados, das suas limitacdes € das suas fra quezas os pecados, limitacées e fraquezas da propria humanidade. Mas o homem nao pode perder a consciéncia do género porque a sua propria consciéncia esta essencialmente relacionada com a consciéncia do outro. Portanto, quando o género nao é objeto para o homem como género, en- tao 0 género torna-se objeto para ele como Deus. Ele substitui a falta do conceito de género pelo conceito de Deus enquanto um ser que é livre das limitacées e defeitos que caracterizam o individuo e o préprio género, uma vez que ele identifica o género com o individuo. Mas este ser livre das limi- tacdes dos individuos, ilimitado, nada mais é que o género que manifesta infinitude da sua esséncia ao se realizar em infinitos e diversos individuos. Se todos os homens fossem absolutamente iguais, certamente nao have- tia diferenga entre o género e o individuo. Mas entao seria também a exis- téncia de muitos homens um puro luxo; um unico seria suficiente para af ja. Somente ‘Mas nao pode .a, pois a amiza virtude comunitari diziam os antigos. haver uma diferenc mentacao. O amigo Aamizade purga as fall rel 102, “S6 todos os homens conhecem a natureza; s6 todos os homens vivem o humano’ diz Goethe, palavras que ja citei, mas que nao posso me conter de repetilas aqui- r Heronea entre “Fslianismy gp, © bay sm Jade do genero. Todos aide gozasse da Felicida ot iUNtOS tetiam g de da existenaa, © gem duvida é a esséncia do homem . i sera Sua esséncia real uma dive «iC8: Mas est ww Mymente Para reVeler a riquene dere T8de innings” S258 jicidade na existéncia. Entre equ serch Sau st 169 er “sentante Raquel le ni. ulti eeu 2. A uni \o mene: mesmo sendo um, ele me supra (outros jos. tem para mim am ignificado Universal, @ eee 28idad, Fete ee ee tena eae Mim, o solitgnie TePuLA somente @ UR, teNhO UMA vida vomit: POMan aanto urna diferenca essencial, quaitage on Nu Frosendo reciproco = €0meu outro Eu, o home € omeu Tu ~ my sevelado ~ 0 clho que s€ vé a si mesmo, Somantn HO. 0 meus giencia da humanidade; somente através dele ens n> UO tenho g ear sou homems somente no amor por ele torna-se che eetimento, sinto que grime eva ele, que AMbOS N30 Podemos exist, ca" GUE ele penence mente 2 comunidade faz a humanidade, Mas a7 °° ° outro, que se. também moralmente uma dife ain ‘Sma forma encon. ctttica entreo Eve Feende os meus er. ase 4 a ‘ Tenca qualits o Tu, Q outro € a minha consciéncia objetiva: ee a PI mesmo que ndo me diga explicit toniicado. A consciéncia da lei moral, do anne “Are S8erUpUlo per- propria verdade 86 esta relacionada com a conscigncia doonencs da éeiro€ aquilo em que © outro concorda comigo - a concorane mir sintorna da verdade, mas somente porque o gineret vane oe tio da verdade. Aquilo que eu s6 penso de acordo come antenn nha individualidade nao tem a participacao do outro, pode ser peneado deoutra maneira, € apenas uma visdo casual, subjetiva. Mas aquilo que eupenso segundo 0 critério do género, isto eu penso como ohomem em geral pensa e sempre podera pensar e, conseqiientemente, como o indi. viduo deve pensar se quiser pensar do modo normal, legal e verdadeira- mente. Verdadeiro é aquilo que estd em concordancia coma esséncia do género e falso é o que Ihe contraria. Nao existe uma outra lei para a ver- dade, Mas 0 outro é para mim o representante do género, o representan- tedo outro no plural, o seu juizo pode até mesmo valer mais para mim do que 0 juizo da multidao infinita. “Que o entusiasta faca discipulos como gros de areia no mar; a areia é areia; mas que a pérola seja minha, 6, in- teligente amigo!” Portanto, a aprovacao do outro vale para mim como si- nal de conveniéncia, de universalidade, de verdade dos meus pensamen- ‘os, Eu néo posso me abstrair de mim a ponto de poder julgarme Seen pletamente livre e desinteressadamente; mas 0 outro tem um julzo Is a l0;através dele eu corrijo, completo e amplio o meu proprio juizo, om épri "a i intese, existe uma dife- Préprio gosto, o meu proprio conhecimento. Emst fe snes do cristianismy renga qualitaiva, critica, entre os homers imsobre todos ostores® e sas divorcees aeisice individu. porque nao conhece nenhuma dite sree entre 0 género e 0 individuo: um unico meio de salyacdo Para to. cease. homens sem distingdo, uM Unico pecado original em todos, Exatamente pelo fato do cristianismo nada saber do género por ey. cesso de subjetividade, género este no qual exclusivamente se encontra 2 solucdo. a justificago, a conciliag&o e a cura dos pecados e falhas dog individuos, necessitou ele também de uma ajuda sobrenatural, especial, mas por outro lado necessariamente pessoal, subjetiva, para superar 9 pecado. Quando s6 eu sou o género, quando, além de mim, nao existem outros homens qualitativamente diversos ou, o que dé na mesma, quan. do nao existe nenhuma diferenca entre mim e 0 outro, quando somos to. dos inteiramente iguais, quando os meus pecados n&o sao neutralizados ¢ embotados pelas qualidades opostas de outros homens, entdo é certa. mente o meu pecado uma mancha vergonhosa que clama aos céus, uma miséria catastrofica que s6 pode ser apagada por meios extraord. narios, extra-humanos, milagrosos. Mas felizmente existe uma concilia- do natural. O outro é em sie por si o mediador entre mim e a idéia sagra da do género. “O homem € um Deus para 0 homem’”. Portanto, o meu pecado ja € por si mesmo relegado para o seu limite, ele nada ofende exatamente pelo fato de ser somente meu, mas por isso nao sendo ainda © pecado do outro, Capituy _ 0X 0 significado Cristao di uw 0 Celibato fj da Classe Monastica oie O conceito de género e co desaparecido com o cristianis; tem tudo em si, tudo em seu Deus, completar através do outro, o representante do géneto, através da a . ‘on- templacgao do mundo. em geral ~ uma necessidade sobre a qual exclusi- vamente se funda o anseio pela cultura. O hom meta - ele a atinge em Deus, Deus é ele proprio esta meta atingida, esta mais elevada meta realizada da humanidade; mas Deus é presente a todo individuo. S6 Deus € a necessidade do cristao; junto a ele nao ha uma caréncia necessaria do outro, do género humano, do mundo: falta a caréncia intrinseca do outro. Deus representa para mim exatamente o género, o outro; sim, somente no desprezo do mundo, no isolamento, eu me torno carente de Deus, somente ai sinto viva a presenca de Deus, sin- to o que é Deus € 0 que ele deve ser para mim. Certamente é para 0 religi- oso uma caréncia também a comunidade, a formacao comunitaria, mas anecessidade do outro é em si mesma sempre algo de segunda ordem. A salvacao da alma é a idéia fundamental, a questao principal do cristia- nismo, mas esta salvacdo sé esta em Deus, s6 na concentragao nele. A aco pelos outros é exigida, ¢ condigao da salvacao, mas a base de sek vagao é Deus, a relacdo imediata com Deus Ea propria acao pe cn ou: 6 i Jigioso, uma relagao com Deus tros so tem por base e meta um. sentido relig! Torifieagdo do seu ~ € em sua esséncia apenas uma agdo para Deus = So. Speoluta, @ nome, expansdo da sua gloria. Mas Deus € @ oe " “Tbertada da maté- subjetividade divorciada do mundo, supramun jana, ‘em Por si sé atinge a sua A eSSENF8 0 rising, . mesmo da diferenga sexual, 4 _género € por isso Ae, de vido gemateria, ¢ portanto a meta essencial do cristage do. da rie sensorial na vida monastica, * oncretizou de mo var a vida monastica somente do Oriente der de dlida, deve-se ser justo e fazer esta derivacao for Vv ive nde Pelo menos. s¢ ot jatandade contraria a vida monastica derive nao gg que a tendencia 22 vespirito, da natureze do Ocidente em geral, Ma, cristianismo. do Ocidente pela vida monasticay como entao se explica o entusiasmo li usi : nor Exatamente por isso deve a vida monastica ser deduzida do cristiani: jn foi ie peqluencia necesséria da crenga no céu que cristianismg Oe pumanidade, Quando a vida celestial € uma verdade, € a vigq Oren uma rentira, quando a fantasia € tudo a realidade nao € nada, Quem cré numa vida celestial eterna, para ele esta vida perde © Seu valor, Ou antes, j6 perdeu o seu valor: a crenga na vida celestial exatamentea crenga na nulidade e imprestabilidade desta vide. Nao posso imaginar 9 Slem'sem ansiar por ele, sem olhar para esta vida miserével com um olhar de misericordia ou de desprezo. A vida celestial nao pode ser um objeto, Uma lei da fé sem ser ao mesmo tempo uma lei da moral: ela deve deter. minar os meus atos"™” se a minha vida deve ficar em concordancia coma itérias deste mundo, minha fé: eu néo posso me prender as coisas transi mm nao quero, pois 0 que S40 as coisas daqui di ria, abstraida paracao do mun E esta meta se © E.uma ilusao pretender deri Eu nao posso mas tambét ante da majestade da vida celestial?” Certamente depende a qualidade daquela vida da qualidade moral desta vida, mas a moralidade é ela mesma determinada pela crenca na vida eterna. E esta moralidade correspondente a vida supraterrena é ape. nas a renuncia a este mundo, a negacao desta vida. Mas a conservagao sensorial desta renuincia espiritual é a vida monastica. Tudo deve final- 103. “A vida para Deus nao é esta vida natural que é submetida corrupgao... nao deve- ‘mos entéo suspirar pelas coisas futuras e odiar todas as coisas temporais?... Portanto, consolados, devemos desprezar esta vida e este mundo e suspirar e desejar de coracdoa honra e a gloria da vida eterna futura” (LUTERO, parte |, p. 466, 467). " (GERHARD, J. Meditat. Sa- igido para onde ele um dia ire 104. *O espirito deve ser crae, Med. 46). 105. “Quem anseia pelo celestial, este ndo tem prazer com o que & terreno, Quem exige © que é eterno, este sente nojo pelo que é transitério” (BERNARDO. Epist. Ex persona Heliae monachi ad parentes). Pot isso os antigos cristaos nao festejavam o dia do nasc- ‘mento, como os modemos, mas o dia da morte (cf. a nota para Min. Felix e rec. Gronouil Lugd. Bat., 1719, p. 332). “Por isso dever-se-ia antes aconselhar um cristdo a suportar @ doenga com paciéncia; sim, até mesmo a ansiar que a morte venha quanto mais cedo, tanto melhor. Pois, como diz Sao Cipriano, nada é mais util para um cristéo do que morte logo. Mas preferimos ouvir 0 pagao Juvenal, que diz: Orandum est ut sit mens sana In corpore sano” (LUTERO, parte IV, p. 15). A sianiticady 70d cotdaty iy, sy ivte “th "S80 man ante 8€ APFESEMEAT EXCTIOS © sensor meniyem geral €2 vida celestial qa r2lmente™ NCE ag mauando a alma esta no céy, com acer Mnorto, Portanto: O OFga0 de ligacag ent i ° SPO Sparacao entre a alma © 0 corpo, pele ne ® sal pecaminoso, € oingressono ey Mas teaicidade © @ perfeic8o moral, entay « joral. A morte moral € a antecipacao ne, novaria: pols Sela a Maxima imo atic n sec eu pertel se foo posso eu PeMtENCEr a terra gy lo 08 dest e «i . 25 se 0 ai PO grote a Necessariamenn ondisde para diz 0 apg , sen dador do mong ° 2PO8tOl0, e esta tema da sua vida. Mas 0 cristianismo, objeta-se, s6 quis uma Ii mas o que €a liberdade espiritual que nao passa s afirma sensorialmente? Ou entao crés que depende son agao, que nao se vontade, da tua intencao, se és livre de alguma coisa? Oh erat to oe 2 lentamente € nunca experimentaste um legitimo ato de li ertacto, Enquanto estés numa classe, numa disciplina, numa telacao vera terminado por ela sem o saber. Tua vontade, tua intencas te tin oe mente das limitacées e impressdes conscientes, mas nao das sectetece inconscientes que esto na natureza da coisa. Por isso énos estranho, 0 nosso peito torna-se oprimido enquanto nao nos separamos espacial e sensorialmente daquilo com que rompemos interiormente. A liberdade sensorial € somente a verdade da liberdade espiritual. Um homem que perdeu realmente o interesse espiritual em bens terrenos atira-os logo pela janela para libertar completamente o seu coracao. O que eu nao te- nho mais com a intengao torna-se para mim um peso quando eu, no en- tanto, ainda o tenho, pois eu o tenho em contradigao com a minha inten- a0. Portanto, fora com isso! O que a intengdo abandonou nao segure a mao. Somente a intengao é 0 peso da pressao das maos: somente a in- tengao consagra a posse. Quem possuir uma mulher como se nao a pos- suisse, este age melhor se nao possuir nenhuma mulher. Ter com se nao tivesse significa ter sem intencao do ter, em verdade son ica e ter. Por isso quem diz: deve-se ter uma coisa como se nao a tivesse, a ritual e corporalmente” (De modo 106."Pereto €aquele que é separado do mundo, espn te nado) bene vivendi ad Sororem, S. Vil - Dentre os escrtos i itae. 107.Cr. sobre isso Hieron mus de vita Paull primi Erem! A esSencta Uo cristianign, 0 diplomatica: nao se deve tela, le wma wereae ane ctnais meu, é livre Como um pant ce coranerar ao mundo quando um dia OUViU a sent, Wino entao val, vende © aue tens © d8 205 Pobre, re teu, vern e segueme”. Somente Santo Ani Tacao deste mandamento. Ele partiu, vendey q. S6 assim conservou ele a sua diz somente 4 eu deixo escapar Santo Antao deci ga: "se queres SEF entao teras um tesou! ira interpre deua verdadeira ; sins riquezas ¢ as distribuiu 20s POPres. suas tio espititual dos tesouros deste mundo” 7 tacdo, uma tal verdade contradiz sem duvide 0 cristians, Uma tal libertacao, Tis cenhor sé pretendeu uma libertacao espiri, mo atual, segundo o qual 0 SENN nca nenhum sacrificio, nenhun a libertagado que nao a Icangs r a ‘Nhuma_ al, ie. Ulta libertagéo iluséria, uma libertag&o da autoilusao - a liber coer pons tertenos que consiste na posse € nO gozo desses bens Py Tee disse também o Senhor: “meu jugo € suave ¢ leve”. Quao barbaro, ido seria o cristianismo se ele exigisse dos homens sacrificy fo! Ent&o o cristianismo no serviria para este o* indo. Mas isto esta longe! O cristianismo é altamente pratico e versati, Tle deixa a libertagao dos tesouros e prazeres deste mundo para a morte Natural . a mortificacao dos monges é um suicidio nao-cristao ~ mas de: xa para a atividade pessoal a aquisigéo e o goz0 dos bens tetrenos. Os Gristaos legitimos de fato nao duvidam da verdade da vida celestial (quei ra Deus!) e nisto concordam ainda hoje com os monges antigos; mas cles esperam esta vida pacientes, entregues @ vontade de Deus, ie., 4 vontade do autismo, do confortavel gozo deste mundo”. Mas eu fujo com nojo e desprezo do cristianismo moderno, onde a noiva de Cristo sau- da prontamente até mesmo a poligamia, pelo menos a poligamia suces- siva, que aos olhos do verdadeiro cristao nao se distingue essencialmen- te da simultanea, mas ao mesmo tempo - oh, bajulagao vergonhosa! jura pela palavra de Deus eterna, sagrada, irrefutavel e que tudo une; e volto com sacral respeito para a incompreendida verdade da casta clau- sura, onde a alma confiante no céu ainda nao rivalizou com um corpo es- tranho, terreno! quao ab os tesouros deste mund: 108, Naturalmente o cristianismo sé possuia tal forga enquanto, como escreve Jerénimo 2 Demetrias, osangue do nosso Senhor ainda era quente e a fé ainda estava em chama ardente. Cf. também G. Amold. Sobre o contentamento e desprezo dos primeiros cristdos @ qualquer posse privada (1 c, B. IV, c. 12, § 7-16). 109. Quao diversos eram os antigos cristaos! “E dificil, sim, impossivel gozar simultane mente os bens presentes e futuros” (JERONIMO. Epist, Julino). “Tu és muito delicado, ae Heleone ahiseres gozar este mundo e depois reinar com Cristo” (JERONIMO. Epist. poe isto é mum ¢ "4 (aude vitae solit.). “Quereis possuir Deus e criatura ao mesmo tem (TAULER. Ed cp. 334)" Mos cota cite Pode coexistir com o prazer das crate Gpoce da cond sca, MOS Certamente eram cristiosabstratos, E agora vveros ® r sia niticasy “S190 0 cetihayy fi 0 livte gg A vide sObFenatural, naoterreng, 4 O celibato ~ tay celbataria ancl a eMente nag mee esseng mais intima esséncia do cristianignn® QUanty jac na My sobrenatural do Saly; smo. |; rente rige! /ador. Nesta '° ia foi ey 58 aha poi eriade imaculada como principig de o"S8 Sauda, mundo OVO cristao. Que nao me ven ©. Coma pay Tstaos a vin. Zomo: MUIRIPHICAHVOS. OU: © que Deus ina COM tag ennePIO de un para sancionar © Matrimonio com ggg) a CRO MEM nag ros 42 Biblia Fomo 58 observaram Tertuliano © Jerénim, Timeira Passa rode separar, mens. 140 terra jé habitada, somente a meee & terre vane Ee. ja surge com & Sparecimento imediato de per *° 8 fim do maya Ne Wi ndo 80 se refere ao casamento come, uma D8 tetra, E mest ue mento. OS judeus propuseram a questao: se instituigao do A, MO 0 se. ge separe da sua mulher; a mais objetiva tes, posta dada acima. Quem contrai um mares Considera-lo como sagrado. O mero ol + matrimonio ja wtcloe € por si wma ind . ‘ergia dos sentidos, um mal que pori a ou wre A indissolubilidade do cocaine fa et tetngdo omaispes ue expressa 0 exato oposto dauilo que as cabeoay me Wusto sacral pela lusdo ai procuram. O casamento €em sii, no corre oes © 0828 imo perfeito um pecado'” ou ainda uma fraqueza que sea <> Go cristinis- doada sob a condicao de que tu te restrinjas - medita bese rae © PE a uma tinica mulher. Em sintese, o matrimonio é conse on ome Antigo, mas ndo mais no Novo Testamento: © Novo Testamenny con ne um principio mais elevado, sobrenatural, o mistério da virgindade imacule da". “Quem o entender que o entenda. [..] Os filhos deste mundo despo- sam e deixam se desposar, mas aqueles que serao dignos de alcangar aquele mundo na ressurreigao dos mortos, estes nao desposarao nem det xarao se desposar. Pois esses nao poderao morrer, pois sao iguais aos anjos efilhos de Deus, pelo que sao filhos da ressurreigdo.” Portanto, nao se ca- sam no céu; do céu esté excluido o principio do amor sexual como um prin- cipio terreno, mundano. Mas a vida celestial é a vida verdadeira, perfeita e eterna do cristao. Por que entao devo eu, que sou determinado para 0 céu, contrair uma uniao que esta dissolvida em meu verdadeiro designio? Por que nao devo eu que, em si, quanto a possibilidade, ¢ um ser celestial, reali- SS jliodorum de lau- 110. "Nao querer ser perfeito significa: pecar” (JERONIMO. Epist ad’ fe se ta Biblia equi de vitae soli). Ao mesmo tempo eu observo que interprele & Pree ass, *xposta sobre o matriménio no sentido em que a histéria i considerado por bom 111.0 mattiménio nao € nada novo ou inédit, ¢ foi louvedo & i wp 3378). também por pagaos segundo 0 juizo da razéo" (LUTERO, parte Ih Aessencia do ctistnigg, WF 176 Sim, o matrimeénio ja esta banido dos Meus céu, 0 objeto essenci Sentidos, do meu coragao 20 Ser oxpulse ma Y olhet tevrene ana i sha crenga, esperanca e vide. COMO Po ar au dividit o meg gar em meu coracso replete ie Tor que o cristae tem por Deus nary cao entre Deus e ohomeme mor a verdade, a justica, A ciencis, um amor abstrato Ou 9613 comet mmortanto ele proprio um amen eae oamor a um Deu Sweracteristica essencial deste amor € que ele & ym, tivo, Pessoe 5, ciumento, pois 0 seu objeto é um ser pessoal € 20 mesmo amor exclusive jevado, ao qual nenhurn outro se equipara. “Fica com Je sus (pots “Jesus Cristo é 0 Deus do cristao) na vida e na more: entregate 4 sua fideidade: s6 ele pode te ajudar quando tudo te abandona. Feu Ama, do tem a qualidade de nao suportar nenhum out ro a seu lado: 86 ele quer possuir o teu coracdo, sé ele quer reinar em tua alma om Jesus? Eee? Pea trono. [...] O que pode o mundo te proporcionar sem Jesus? Ficar sem Gristo € um castigo infernal; ficar com Cristo é uma dogura celestial”. “Nag podes viver sem amigo; mas se a amizade de Cristo ndo esté para ti acima de tudo, entao ficaras excessivamente triste e desconsolado”. “Que todos amem por causa de Jesus, mas que amem a Jesus por sua causa. S6 Je sus Cristo é digno de amor”. “Meu Deus, meu amor (meu coracéo): eu sou todo teu e tu és todo meu”. “O amor... espera € confia sempre em Deus, mesmo quando seu Deus nao é misericordioso (ou tem gosto amargo, non sapit); pois sem dor nao se vive no amor... Em nome do amado deve o amante aceitar tudo, até mesmo o Aspero € 0 amargo’, “Meu Deus e meu tudo... Em tua presenca tudo se torna doce, em tua au- séncia tudo repelente... Sem ti nada pode me agradar. [...] Oh, quando chegaré finalmente aquele momento feliz, desejado, em que me enche- ras com a tua presenga e seras para mim tudo em tudo! Enquanto isto no me for propiciado é a minha alegria apenas um pedacinho. [...] Onde eu me sentiria bem sem ti? Ou quando seria eu mau coma tua presenca? Eu prefiro ser pobre por tua causa do que rico sem ti. Prefiro ser um pe regrino contigo na terra do que possuir o céu sem ti. Onde estas, estéo céu; morte e inferno onde nao estas. Eu sé anseio por ti. [...] Tu nao Podes servir a Deus e ao mesmo tempo gozar de coisas transitérias: de- ves te distanciar de todos os conhecidos e amigos e separar o teu espiri- to de todo consolo temporal. Os crentes de Cristo devem se considerar, zarjé aqui esta possibilidade ee 1 1 2. "Aguces THER aL mae, Scelhides no paraiso devem abandonar aquito de que 0 AMA IANO. De exhort. cast, c. 13). "O celibato é a imitagao dos ar- Jos" (DAMASCENUS, J. Orthod. fidei, lib. IV. c. 25). f . 113, “A solteira s6 se ocupa com Deus ¢ tem somente um pensamento, mas e casad® vie €m parte com Deus ¢ em parte com o homem” (CLEMENTE DE ALEXANDRIA. Pae- dag,, lib. Il, c, 10). “Quem escolhe uma vida i: ; id divinas’ (THEODORETO. Haeretic, Fabul., lib., v.24). solnda 86 pense em class ct sianiticada cristae q 0 Celibatg 4 lute e dy a F Monastic xo : je acordo COM 2 CXOFAGEO do santo apésto, " sornos © estranhos & este mundar"?o8t0l0 Pedio, 4. regio set Pessoal UM amor especif, ortant, Ate com, uate amar a0 mesmo tem, Peclfico, forma, pesge MF a Deus eens Devs em pe de Tgualden? £2 uma mont £%*lusivo, Coe ‘loco gualdade com er perecivars ima que ame aoeus Verdadeiramente « Om, m Wher? Nao! Pare Nao dade ~ um adu MEM Possui ume wither uma nme bimpense em sua mulher, quem NA tem Mulher™, gj Ossi. lo. Renhuma pera 2Postolo Pau. bo e 0 casado pens. A pense somente em Grader a sua me eeMte no eon agradar a Deus." 0 verdadeiro cristo, assim como vor ser esta UM principio contrario ae om necessidade do amor (natural). by Jeda cultura, da mulher, da familia, © cie com 0 individuo: por isso anul endice incomodo, casual’, Some, ioe o ser humano real, homem e ‘ecie humana ~ pois a sua uniao & Pee seres humanos. Portanto, o homem que nao reneg; dade, que se sente como homem e reconhece este se sentimento natural e normal, este se conhece ¢ se parcial que necesita de um outro ser parcial para a reprodugao do todo, daverdadeira humanidade. Mas o cristo se concebe em sua subjetnie de excéntrica, sobrenatural, como um ser completo em si mesmo. Mas contra esta concepcao estava 0 instinto sexual; ele estava em contradi- cao com o seu ideal, com o seu Ente Supremo; por isso deveu o cristéo oprimir este instinto. nao tem Necessida, €spirito, Mundano, eUs Ihe supre a fat Cristao, identifica diretamente aes la ele a difere NGA sexual nte o homem e x pequal COM um de de culture nao tem tam. 2, a necessida- ntimento como um sente como um ser Sem duvida sentiu também o cristdo a necessidade do amor sexual, mas somente como uma necessidade contraditoria ao seu designio ce- lestial, somente como uma necessidade natural (natural no sentido co- mum, desprezivel, que esta palavra adquire no cristianismo), nao como uma necessidade moral, intima, nao, por assim dizer, como uma necessi dade metafisica, essencial, que o homem s6 pode sentir quando nao obs trair de sia diferenga sexual, mas antes a atribui a sua mais intima es: 5 34, ¢. 53, ¢. 59). “Oh, quae 114. Thomas a Kempis (De imit., lib. ll, c. 7, ¢- 8; ib. Il, ¢.5, 6 ON a é jo sei de Cristo, | e suave é a virgem em cujo seio, fora do amor we aa norer QERONIMO. Demetriadi, virgini Deo consecratae), Mas de cer 18, quando Cristo € Bajemor muito abstrato, que na época da concilacts Belial seréo um coragéo e uma alma. Oh, quao a liaao néo mais vale! a ga € a verdadel te e aquela que perdeu o nome © 115, Diversa ¢ a mulher e a virgem. Veja qudo celestial ‘ ea do. Felvidium de per SU sexo. A virgem nao se chama mais mulher” (JE! Pel virg., p. 14; parte Il, Erasmus). ‘ A essencia 60 cristianign, n rado no cristianismo ~ ou pelo ; matrimonio nao € speis o principio naturel do casamen ’ nos $6 iltusoria € apaven Ni casamento burgués contradiga infinitas y¢ 2 amor sent en et tianismo um principio Profan, excluida ge Sete pce) & nr SE dnc ee tab sua verdadelra eet ra, no que ele aqui permite € Sanciona: aqui deve eq ele estabelece mi coisa que nao se enquadra em Seu sistema thy 2a ee se esquiva do teu olhar, pois ele se encontra en, timidam. Mas observe-o quando se despe qq, a verdadeira dignidade, cm seu estado ce 4 escutas a sua verdadeira opinig lati No cu ele de © ave PEAS ceu € 0 Seu coragto aber, Oce, Cre mate que 0 conceito do que verdadeiro, bom, valido, daquto que deve ser, a terra nada mais é que o concetto do que ¢ false, egitim, da, Guilo que nao deve ser. O cristo exclul do céu a vide conjugal: al acaba sexo, ai s6 existe individuos puros, essenuados, ‘espi tos at dorina a Subjetividade absoluta - por isso exclui o cristéo da sua verdadelra vida a vida conjugal; ele renega 0 principio do matrimonio como um principio pe caminoso, condenavel; pois a vida santa, @ verdadeira vida é a celestial'”, cia. Por isso o se acomodar; vem de encontro; aqui ele tre seres estranhos que © in seu incognito e se mostra em SU 116. Isto pode ser expresso também assim: o casamento s6 tem no cristianismo um sig- nificado moral, mas nao religioso, nao é pois um principio ou modelo religioso, Diferente era dentre os gregos, onde p. ex. “Zeus e Hera s8o 0 grande protétipo de qualquer casa- mento” (Creuzer Symb.), dentre os antigos parses, pata 0s quais a procriagao é “a mult- plicacao da espécie humana, a diminuicao do reino ahrimanico”, sendo, portanto, um ato € dever religioso (Zend-Avesta), dentre os hindus, onde o filho é o pai renascido. Quando o marido se aproxima de sua mulher é ele mesmo renascido por aquela que seré mae por seu intermédio. Dentre os hindus néo pode um renascido entrar na classe de um Sanyassi, ie., de um monge concentrado em deus, se nao pagar antes trés dividas, dentre as quais ter procria- do um filho legaimente. Mas dentre os cristéos, pelo menos os catélicos, era um verdadet £0 jubileu religioso quando um casado ou ja comprometido (pressuposto que isto se des se com o consentimento de ambas as partes) abandonava o estado matrimonial, sacrif- cando 0 amor matrimonial ao religioso. 117. Enquanto a consciéncia religiosa por fim reestabelece tudo que ela anula de inicio, 'néo sendo portanto a vida do além nada mais que a vida de ca reconstituida, entao deve Conseqiientemente também o sexo ser reconstituido. “Serao semelhantes aos anjos, mas Nao deixardo de ser homens, de forma que 0 apéstolo seré apéstolo e Maria Maria” (JERONIMO. Ad Theodoram viduam). Mas como o corpo do além um corpo apenss incorpéreo, aparente, entdo € necessariamente 0 sexo de la um sexo néo-sexual, apenas rente. Capitulo x1x 0 céu cristao ou a iMortalidade Pessoal 0al celestial immortal, pois 0 céu nada mee jo. absolutamente Subjetiva. A fé na afede que a diferenca sexual é apenas um laive exh oo eM por base de. ue 0 individuo em si um ser assexuado, onto" d8indviduatde, apsoluto. Mas quem nao pertence a nenhum sane n° POF si mesmo, mo especie ~ 2 diferenca sexual 0 cordaounbios Perenee aera, dividualidade se funde com a espécie - e quem nao certo so ain especie, este $0 pertenceasimesmo, um sermennee nedenume do, dvino, absoluto. Portanto, somente quando eseen ecaecesstae consciéncia torna-se a vida celestial uma certeza, Quem vi vena cone ciencia da espécie e, conseqiientemente, da sue verdade care ooo pém na consciéncia da verdade da determinacéo senual, Elect, esta nao como uma pedra de choque mecanicamente rommiie re inte rompida, mas sim como uma parte quimica componente da sua esséncia, Ele se conhece certamente como um ser humano, mas ao mesmo tempo na determina. cdo do sexo que ndo 0 penetra somente pela espinha dorsal, mas que de- termina também o seu mais intimo. Eu, a maneira essencial do seu pen- sar, querer € sentir. Por isso, quem vive na consciéncia da espécie, quem restringe a sua afetividade e a sua fantasia, determinado pela contempla- cao da vida real, do ser humano real, este nao pode conceber uma vida onde é suprimida a vida conjugal e com ela a diferenca sexual: ele consi- dera o individuo assexuado, 0 espirito celestial como uma concepcao afetiva da fantasia. caminho dir A vida celibataria, ascética em eral ¢ 4 éq eto para a vida Ue a vida 5 Sle 2 Vida sobren; imortalidade pessoa tea 258exU- Mas assim como o verdadeiro ser humano nao pode se abstrair da di- ferenca sexual, nao pode ele também se abstrair da sua determinacée moral ou espiritual que esta intimamente ligada coma sua ieee n natural. Exatamente por viver ele na contemplacao do to: ee ue é pela contemplagao de si somente como um ser parcial, que 6 < a bre determinagao que o tora exatamente uma parte do todo a sua classe, @ lativo. Por isso cada um considera com razao 0 seu afico do homem & Sua arte ou ciéncia como a mais elevada, pois 0 €5PI A esseneia A Ctistaniny : yaa sua ativiciace, Quern € exemplar em ay, cial da su ae vida, preenche o se 2s mo erm, COMO SE diz na vida, Pr poste apen se eisse em sua arte, MeN Ce ina a sua profissdo, este concebe a gy sn cor AHN Tel, Como poder eh a nde a mals @jeu pensamento o que ele celebra ate, - profissae come st espi ‘ao consagrar 1, entao mo. Tr ime a ele sé to, rebaixal “o.com prazer todas as suas forgas? oetiina atividade uma infell2, Pois eu esign “bathar @ servir, Mas COMO POSSO eU seryir i ‘ele nao me paira como ideal no espe uubordinarme a es determina © julz0 € © Modo de pen, termina sy mais elevado € 0 tipo da ocupacay, im ela. Tudo aquilo que o homem ex, i ‘vida, declara ele como sendo a alma, pois ¢ ° Prine ele realiza esses objetivos, é, porém, o homem ag do atividade 19 aoe algo para si, também algo para os outros, para g ae ie cspacie. Portanto, quem vive na consciéncia da espécie geral, para Pie este considera o seu ser para outros, 0 seu ser pabh, come mnunitario, como 0 ser que é idéntico ao ser da sua esséncia, sey Se eovtal Ele vive para a humanidade com toda alma, com todo core. seo, Como poderia ele ainda considerar uma existéncia especial para si, como se separar da humanidade? Como afirmar na morte o que ele cor- roborava em vida? A vida celestial ou - 0 que aqui no diferenciamos -~ a imortalidade pessoal é uma doutrina caracteristica do cristianismo. Certamente ela jé se encontra em parte dentre os filosofos pagdos, mas aqui ela sé temo significado de uma fantasia, porque nao era coerente com a sua concep- 40 fundamental. Como se contradizem, por exemplo, os estéicos, sobre esta questo! Somente dentre os cristéos encontrou a imortalidade pes- soal o principio pelo qual ela se mostra como uma verdade que se enten- de por si mesma. Aos antigos surgiu sempre como um obstaculo a con- templacao do mundo, da natureza, da espécie; eles distinguiam entre o principio da vida e 0 sujeito vivo, entre a alma, o espirito e “si mesmo”, enquanto que o cristao suprimiu a diferenca entre alma e pessoa, espe cie e individuo e por isso estabeleceu diretamente em si o que sé perten- ce a totalidade da espécie. Mas a unidade imediata da espécie e da indivi- dualidade € exatamente o mais elevado principio, o Deus do cristianismo -0 individuo tem nele o significado do ser absoluto - e a conseqiéncia necesséria deste principio é exatamente a imortalidade pessoal. garen se ves da acd. isso deve acontece! dio comigo me! cin um objeto. 5 3 del to? Em sintese, as ser a intengao do homem. E quae | tanto mais identifica-se o home! D Ou melhor: a crenga na imortalidade pessoal ¢ idéntica a crenga no Deus pessoal - i.e., o mesmo que expressa a crenca numa vida celestial, imortal da pessoa expressa também Deus tal como é objeto para os cris: ON 68120 0 a imortaitag ess a al a essencia da personalidade absoly * ada é DEUS, MAS a Personaige, le celesta Per ers que a Personalidade ilimitaae livre eoral NO € ein > ea is ; mes ait eo Deus sensorial; que é Pensado em Dents eon Y espiritual, 5 cet um objeto da fantasia, Deus ¢ oo ente 3° oa comme 31 € Deus desenvolvido, p; f cet Deus. Deu: 0 vipat 0ceU SSE APeMhOr. a presenet®® Reino no Mt as ainda abstrata - 0 céy ANtecipado, convene 2 existe; 0, compen, ia propria, futura, mas diversa de noe enquang 98. A n Tesentemente ue. ci sere neste MUNdO, Neste corpo, que me €um obj wnys €0.conceito de espécie guess bjeto nt jaa Deus € 2 esséncia celestial, pura wre sa ee 3 individual sa tial, puro; a Felicidade que Id ve desdobrars nen tf como um ser eles individuos felizes, Deus é, porte de a grande quantid; nto, Somente o coneey ntida- - ; nN da vida absoluta, feliz, celestial, mas que ja arg ont OU a essen, cia lui € si ersonalidade ideal. Isto € expressado de modo brsiantecrn ou de que 2 vida feliz € a uniao com Deus. Aqui somos nos distintos e sepa. dos de Deus, lé cai a separacao; aqui somos nex homens, lé deuses, riéa divindade um monopélio, la um bem comum; aqui uma unidade ovata, Id uma pluralidade concreta'™ apstrata, © que dificulta o conhecimento deste mpe a unidade do conceito por um | ait pnalidade e autonomia de Deus, por outro lado através da concep. re das diversas personalidades que ela habitualmente transfere para reino pintado em cores sensoriais. Mas em verdade nao existe dife- um i uta que € pensada como Deus e a vida absoluta wee eco aisceu apense Roceué estendido em profundidade e largu- ae em Deus € concentrado num Ponto. A crenca na imortalidade heme é a crenga na divindade do homem e, vice-versa, acrenga em bene cer a na personalidade pura, livre de todas as limitagdes e exa- mente por iss0 imortal. As diferencas que se estabelecem entre a alma inoral ¢ Deus $40 sofisticas ou fantasticas, como quando se encerra, objeto € somente a fantasia lado através da concepcao da i Deus tal como ele é, E it dia possamos vera cet, “€ otimo, di ra (Jo 3,2), que um @, pols aqueles ao nando ene sr mos ‘gua ele, ie. seremos 0 doe el rie aribem o poder 8 gone: dedo.o poder de se tornarem hos de Deus, © es ARO. Dela & se tomarem Deus, mas de se tornarem o que Deus 4 io Deus” a jida eterna € 0 proprio vs licidade: mas a vi ia divindade, cosine ee Fo oe dst 38,1) "ATelcidade 8 Pb pose 10) In: Petrus Lomb, lib. I, Phi HIUS. De consol. . gentiles, Portanto, cada individuo feliz é um Deus” (orks DE AQUINO. Summa con eee “Felicidade e Deus sao a mesma coisa” (TOMAS L espirtul, ee serd igual a Deus li, he 11, “Oot tro homem sera renovado na vida Ie. out 1, p.324). aa ITERO, parte |, Vida, na justica, na grandeza e na sabedoria® (LU Aessencia 0 ctistiansn, W jelicidade dos habitantes do mites. af ee @ diferena entre Deus < Os jovamen por exemplo, newipara se estabelecct num peidivide em JFAUs seres celestiais de da persone aivina e celestial Se Mostra até meg Me, Se nao existe uma vida meth r. alidade wt bondade de Deus € entao depo” portalidar Aunic ta ir nas provas populares 8 tiga ¢ tiga eb . Deas nao ¢ bom ¢ HU ndividuos: mas sem J ondade Deus dente da continuidade vxistencia de Deus é, portanto, dependenrs 1, ent N&O creio em n, ie indade. & e oO Se nao sou imortal ° jade nega Deus. Mas ¢ impossivel «, nao ¢ Dew e, tao certa & a minha feliciga da existent a dos individuos. 3 quem nega @ im nhum Deu: See exist ‘como Deu! ycerta & rao crer assim: 180 certo COTT certeza da minha felicidade. O interes interesse de que eu exista, que seja de. Deus ¢ para mim se de que Deus exista ¢ id 's € a minha exi ersonalidade das pes: idéntico ao i \ ‘ stancia oculta, certa: ele € a subjetividade do, s0as. Portanto, como nao iria suceder ay pessoas o que sucede com a personalidade? Em Deus ransforme, poe oe faturo num presente, ou melhor, uM VerDO Hi vO; Comoe deria separar-se umn do outro? Deus é a existéncia correspondente 0s meus desejos e sentimentos: ele € 0 justo, 0 bom, aquele que realiza 0s meus de sejos. A natureza, este mundo é uma existéncia que contradiz os meus dese. jos, os meus sentimentos. Aqui a coisa nao é como deve ser ~ este mundo perece - mas Deus é 0 ser que € como deve ser- Deus realiza os meus de sejos - esta é apenas uma personificagao popular do principio: Deus é 9 realizador, ie., a realidade, o ser-realizado dos meus desejos ". Mas 0 céy 6 exatamente o ser” correspondente aos meus desejos, ao meu anseio, s e céu. Deus é a forga através da portanto, nenhuma diferenca entre Deu: qual o homem realiza a sua eterna felicidade - Deus ¢ a personalidade absoluta na qual todas as pessoas individuais encontram a certeza de sua felicidade e imortalidade - Deus é a ultima e mais elevada certeza queo homem tem da verdade absoluta da sua esséncia. A imortalidade € a conclusdo da religiao - 0 testamento no qual ela expressa o seu tltimo desejo. Aqui expressa ela abertamente o que ela normalmente oculta. Nao obstante se trate alhures da existéncia de um outro ser, trata-se aqui publicamente sé da prépria existéncia; quando eterno. Deu sujeitos. a P* 119, “Se um corpo imper 1 éum bem 6 i i S m Para nés, por que duvidaremos que Deus faria um assim para nés?” (AGOSTINHO. Opp. Antwerp., 1700, parte V., p. 638), 120.0 compo celta e chara un corpo esp porqu se aap vont oe Ble, Nada eri contaria ati mesmo, nada emti se rebelara contra i, Onde quseres ea lente, nada contro: rea tM COSTINHO. Lc. p. 705, 703). “Lé néo haverd nada repe (Cte, nado contro, nada desunido, nade fio, nada que agrde a vista" (AGOSTINO. ,P-707) *Somenteo feliz vive como quer” (AGOSTINI oe an Dat N10. 2) , : MoMA ag sou o homem faz na religiag por qui COM UE a existencia tye? Seu s, ayes para ele a verdade primitive, SUS sSpen ser fade nao existe Deus. E esta cgnit® Moe Deere ele ag eh 8 que'g guscita os CrIStO NBO Fessuscitoue (ee I troy. 9/6 "8° eri - ‘udo @ Sto} 7 sodle-S€ SUPETAT © eSCandalg na repe paren 8 Ete pane 38 N80 poputares a0 8° evitar @ conclusao, mac 4 eal ques OM es. fade uma vel analitica, de formas sOTeNte ag. Piste nas prove tp conceito d2 Personalidade oy super a Seo Conca fe! do meenae vida, 0 de. ort Ibs jade. Deus é da imortalid verdad £ © Penhor da ming 2PSOluta, 'S. enquan. ja ea certeza © Verdade da minha existencia crstenci Conceito, meu consolo, a minha protecag contra a ‘Sue ele te vaso nd i i Nte, a min or iss0 N80 preciso deduzir expressamen eoe880E8 do mane vaste, a imontalid, exterior. lad trd-la como uma verdade ; gemonst v lade a parte. le imortalidade. Assim se procedia dentrs ott °° €U tenho Dent’ Presiso dos: para eles © conceito de imortalidacy Deus era para eles a sua vida imortal - jetiva, portanto, era para eles, para a sua Consciéne;, si mesmo, i-e., Na esséncia da religigo, cla aquilo que era em isti 0 Misticos cristo, Se fundia no cor Com isso esta demonstrado que Deus é 9 c¢ ma coisa. Mais facil seria a demonstracao posta, proprio Deus dos homens. Como o homem ; imagina o seu Deus: 0 contetido do seu céu é 9 contetido di com a diferenca que no céu é pintado e executado sensonare eee em Deus é apenas um esbogo, um conceito, O céu é, Portante a chave para 0s mais intimos segredos da religiao. Assim come ¢ céu Eobjetva mente a esséncia revelada da divindade, da mesma forma de een, subjetivamente a mais sincera confissao dos pensamentos e intencoes mais intimos da religiao. Por isso sao as religides tao diversas quanto os céus e tantos céus diversos quantas diferencas humanas essenciais exis- tam. Os préprios cristaos imaginam o céu de maneiras muito diversas”. Somente os sagazes dentre eles néo pensam e dizem nada definido so- bre o céu ou o além em geral, como que sendo incompreensivel e, portan- to, 86 pensado de acordo com o critério daqui, sé valido aqui neste mun- do. Todas as concepgées daqui s4o apenas imagens através das quais © ; ‘ as 121. E igualmente variado € o seu Deus. Assim, os cristéos devotos ales paticas tem um “Deus alemao”, necessariamente tém também 0s devotes Pa elmer ve éspanhol, os franceses um Deus francés. Os franceses dizer! meso Pr ie pove8. bom Dieu est francais. Na verdade existiré politelsmo ender O Deus real de um povo é o “point d'honneur” da sua na Aessencia do crisanns WF vat . cio quanto 8 sua e83tncla, may cy scigio mesmo com Deus: & existence 0 eau como ¢ insondavel. Mas quem assim ce ig. ele 86 0 MaNLEM OU POTUE Nao meq, oye ainda & para ele somente uma necessig, 1 Pottancia de seus olhos © quanto Pode, replete eacrgua cabeca 0 que afitma COM 0 coragao: ele as caracteristicas através das quais ele é par cede pbjeto real e eicaz. A qualidade nao é distinta do ser~ aqua, oie r real, Ser sem qualidade € uma quimera ~ um fan lidade ® OFagag erut® Sentida a siuagre: Milagres acontecem (indiferernn’ Assim se ge t'22 £M e por Nj. o fundamento € uma concepeentement 6 oncepsao teorética ou objetiva ag «rt 29rosa, mun qual 1c ae jaz necessidades praticas e na verdage 8 natu wlagre noe nie se IMPOEM 4 12280; NO milagre o homens OMMFadicag con Mage como se ela fosse uma existéncia nuig joegorsmo espiritual ou religioso; todas as © milagre <5 do homem sofredor. Portanto, tornas, ans fatae a necessidade da contemplacdo teoreticg nS UT jeto do pensamento, do conhecimento, como tantbe, Por deve a sua origem ao N&o-Pensar. Se eu me colocar sn mento, da pesquisa, da teoria, onde considero os ong i emsua relaco consigo mesmas, entao o ser milagroso denn simesmas, nade, num nada também o milagre - entendase, omiege ee ¢ absolutamente diverso do milagre (maravilha, Wunder) a ligioso, que nao obstante sempre se confundam ambos para perturbar a rane ne introduzir 0 milagre religioso, sob a aparancia da naturalidede seen da racionalidade e realidade. No reino tO, Nao é ob- © milagre, que s6 estagio do pensa. Mas exatamente pelo fato da religido nada saber do estagio, da es- séncia da teoria, transforma-se para ela a esséncia Para ela oculta da na- tureza e do mundo, objetiva, verdadeira e geral somente para 0 olho teo- rético, numa outra esséncia milagrosa e sobrenatural - transforma-se o conceito do género no conceito de Deus, que ja € por sua vez um ser indi- vidual, mas que se distingue dos individuos humanos por possuir as suas caracteristicas nas proporcées do género. Por isso na religiao o homem coloca necessariamente a sua esséncia fora de si, coloca a sua esséncia como uma outra esséncia - necessariamente porque a esséncia da teo- tia esta fora dele, porque toda a sua esséncia consciente se converge Para a subjetividade pratica. Deus € 0 seu outro eu, sua outra meta “f per dida; em Deus ele se completa; s6 em Deus é ele um homem tor i ate para ele uma necessidade; falta-Ihe algo sem que saiba os pertence Deus é este algo que falta, Deus ¢ indispensavel para ie: A vssencia do cristiniemy nada para a religido” ~ 0 Mundo, que a sua essencia, O munde Dee Ti gade, 96 € revelado em sua imponéncia nada mais € que © Cerne CO Tag sao os mais belos prazeres espirituai, pela teoria: os prazeres LecrGlleh Ue. prazeres do pensador, nada sabe da vida: mas a religiao now dos prazeres do artista. Falta ai, S Jornaturatista, nada sab ee eremplag Se to u en aconsciéncia do infinito real, a consciéncia soe Prcinplngao do universe. ‘ela a falta da vida, a falta de um de genero, Somente ein Dev SP eae racional vido teal emi Brita aura. pe vcontemplacso pura. 2 vide da eons ca é uma contemplagao impura, maculada ne relaciono com uma coisa S6 por minha cay. sfeita em si mesma, Pois eu me relacio. ho aqui com um objeto ao qual nao me equibare Por outro lado é a con. : nce uma contemplacao feliz, satisfeita em si mesma, tae de jab, P Ja é 0 objeto um objeto do amor e da admira. ia de jubilo, pois para e 1m obj $o. te refulge na luz da livre inteligencia majestaticamnente, como um Siernante, diafano, como uma montanha de cristal; a contemplacéo da teoria é estetica, mas a pratica é nao-estetica, Por isso areligio supre em Deus a falta da contemplacao estética. Nulo é para ela o mundo por si mesmo, a sua admiracao, a sua contemplacao é idolatria, pois o mundo é para ela um mero engenho”. Deus é, portanto, a contemplacao pura, imaculada, i, teorética ou estética. Deus é 0 objeto com o qual o ho- mem religioso se relaciona objetivamente; em Deus é para ele 0 objeto um objeto por si mesmo. Deus € uma meta por si mesma; portanto, tem Deus para a religiao a importancia que tem em geral o objeto para a teo- ria. A esséncia geral da teoria é para a religiao uma esséncia especial, mundo nao ¢ A contemplacao prati pelo egoismo, pois nela eu me Fe sa - uma contemplagao nao sat 12, “Sem a Providéncia e o Poder Divino a natureza nao é nada” (LACTANTIUS. Div. inst., lib. 3, 28). “Tudo que foi criado, nao obstante muito bem criado por Deus, no entanto nao é bom em comparagéo com 0 criador, assim como também em comparagéo com ele no existe, pois ele sé atribui a existéncia no sentido mais elevado e proprio a si, a0 dr zer: eu sou aquele que é" (AGOSTINHO. De perfect. just. hom., c. 14). 13. “Formas belas e variegadas, cores brilhantes e alegres sao amadas pelos olhos. Mas esas coisas néo devem cativar a minha alma; que somente Deus a cative, que foi quem a criou; sem divida sao elas coisas boas, pois foram feitas por Ele, mas s6 Ele mesmo é0 ‘meu bem, néo essas coisas” (AGOSTINHO. Confess., lib. X, c, 34). “A Biblia nos proibe (2Cor 4,18) de voltarmos os nossos sentidos para as coisas visiveis, Portanto, s6 Deus deve ser amado, mas todo este mundo, i.e, tudo que é sensorial deve ser desprezado e s6 utilize do para as necessidades desta vida" (AGOSTINHO. De Moribus Eccl. cathol..lib.|,¢.20)- religiao € © Felacionamento do hy giesté a sua verdade e redencao moral a sua prong ja nao como sendo sua, mas de um outro 2 SMA sua pean essen a Seta 2 suainverdade, asus inne, diverso dele sfoxd0 €2 Moral, af std a Fonte desaracade soe! SU 00 incipio SUPFeMO, Metafisico, dos sangrentos « netisMo religigny or Pise, ai esté a base de todas sa d as crueldad: clos humanos; fntes na tragédia da historia da religigg, * “° tod orig A concepséo da esséncia humana como rete por sh, €, entFetanto, no conceito original dn rece céo espontanea, infantil, ingénua, ie, uma tal que gee UT concep. mente entre Deus © 0 homem ao identificé-lo nowame nous media. Mas quando a religiéo aumenta em razéo com 0 passer. de sane. do surge dentro da religiao a reflexao sobre a religiao, agg oe Se cada unidade da esséncia divina com ahumana comecs sis emsintese, quando a religido se toma teologia, entaoacisae eee teespontanea e tranquila entre Deus e o homem torna-se uma distngs 5 jintencional, estudada, que nao tem outr vards 1a, que nao te ‘0 objetivo a nao ser dissipar da consciéncia esta unidade ja surgida na consciéncia. Uma Outta esséncia, exis. Por isso quanto mais préxima a religiao ainda estiver da sua origem, tanto mais verdadeira e sincera sera ela, tanto menos ocultara ela esta sua esséncia. Isto significa: na origem da religiéo nao existe uma diferen- ¢aqualitativa ou essencial entre Deus e o homem. E com esta identidade ohomem religioso nao se espanta, pois a sua razao ainda esta em har- monia com a sua religido, Assim, no antigo judafsmo, Jeova era um ser diverso do individuo humano somente quanto a existéncia; mas qualitatt vamente, quanto a sua esséncia interior, era ele idéntico a0 home, te nha as mesmas paixdes, as mesmas caracteristicas humanas, até mes mo corporais. Somente no judaismo posterior separouse de modo oan @gudo Jeové do homem e recorreu-se a alegoria para se in sine foi “topopatias um sentido diverso do que tinham originariament * aivindade 'ambém no cristianismo. Em seus documentos mais antigo: pee ‘A essencia 0 cristianism, fixada como posteriormente, on i indefinido, que paira ent ainda n80 nente Fx =a inda € Cristo Um eres em geral subordinadas sea criatura, mas criada; aings siejos anjos. 2 prime r i roe Santo NBO SAO também os anjos, tam, causa. " dee os homens eriados. a ‘0 identificou ex Deus, determino, i jicitamente com . ji tificou explic Somente 2 lgreja ° | ‘ ior d 4 ie homens e anjos € deuthes ‘assim 0 monopélio de um sua diferenga dos ser eterno, incriado. a0 cone! 0 sobre a janto fora do homem a esséncia diving O primeiro modo, quanto 90 1-0 ligiao. a teologia transfor. oi de Deus, que € transformada no ob. numa outra essencia, € 2 © uma prova formal ee vee tancia de Deus foram declaradas como contradits, (aa religi mas somente quanto a forma de mente oceueaterra, entre Ds go supremo - 0 primel sed eito, pelo qual a reflexao sobre are. As provas So i ia da religido. Elas 0 $80, 2 : Tae ado. A aigi8o apresenta imediatamente a esséncia interior do remem come ia diversa, objetiva. E a demonstracao nada homem como uma essénci® Cn em razao. O ser mais perfeito & 9 deseja além de provar au? & ve iseado nenhum mais elevado - Deus & ser acima do dual He” go que o homem pensa e pode penser. Esta pre mritsa te prova ontolégica - a prova mais interessante, poraue parte de dentro - expressa a mais intima e mais secreta esséncia da religiao. Aqui- lo que € 0 mais elevado para o homem, além do que ele nao. pode abstra- ir mais, aquilo que é 0 limite essencial da sua razao, da sua afetividade, da sua intengéo, para ele Deus - id quo nihil majus cogitari potest. Mas este ser supremo néo seria o supremo se nao existisse; poderiamos ‘entéo conceber um ser mais elevado que teria a existéncia antes dele; mas para esta ficcdo nao nos deixa lugar ja de antemao o conceito do ser mais perfeito. Nao ser € falta; ser, perfeicao, felicidade, jubilo. A um ser ao qual o homem tudo oferece, tudo sacrifica, que lhe € elevado e caro, nao pode o homem negar-Ihe também o bem, a felicidade da existéncia, O contraditorio ao sentido religioso esta somente no fato da existéncia ser pensada separadamente, surgindo dai a ilusao de que Deus seria um ser somente pensado, existente na idéia, ilusdo esta que € imediatamen- te suprimida; pois a demonstracao prova exatamente que Deus é um ser diverso do pensado, um ser exterior ao hormem, ao pensamento, um ser real, um ser por si. A prova sé se distingue da religido por sintetizar, desenvolver o pen- Samento secreto da religiao numa conclusao formal e assim por discemit © que a religido une imediatamente; pois o que é o mais elevado para a religiao, Deus, nao é para ela um pensamento, mas é para ela imediata- mente uma verdade e realidade. Mas que toda religiao mesma faz tam "OH Fe hay [gy r conclusao secreta, nag un nicas Contra as outra pole $ is elevado do qu yas POda mais e q set esenvolvida , i isto j I'S Feligioes ve confes, tos den Pa Sado em © Vossos dees PAdtos na Pudes +e yas PreMisSAS S80 voseos impulses a8 5 basen sine ste cues vida mais excelente € Viverilimitade oS “rh en yeis 255 sta para vos a melhor vida, a mais eerdadeira, enter nstintos, por Stem vosso Deus. Vosso Deus $12 © Vosso inating wen 2 tanste aweomente @ campo aberto das Paixdes ¢, Geral Testringidas, ae cout SO vida real. Porém com elagao a si me DAO € ela nace me cconsciente de penhuma so nclusao, porque g ™ais elevade pense. ner ae que ela € capaz é0 sey limite, tem ra cleat sioese rent jo sendo para ela, portanto, Nenhum. Pensament; nena sade: realidade imediata, mas tem por meta Sxteriorizar o interior, xisténcia torna-se Deus uma coisg eM Nossa fé, em nos. UM Ser por si, um ser ensamento, mas tam- Pensar. Mas um tal ser Ta nés, um ser em atvidade, em nossa esséncia ele ¢ também sa afetividade, os - em sintese, nao s6 fé, sentimento, P io Goer real, diverso do crer, do sentir e dg s 5 bem ore a nao ser um ser sensorial, o nao & Jd esta na expresso caracte. do estar-fora-de-nés. Certamente ates ee fora de nos em seu sentido Propri : seeeem seul a Pa io indefinida do serindependente-diverso de ns. Ma ete Oe fo . de-nés é impréprio, entao é tambem a cristina de De vs Enoen de uma existéncia n eee trata-se somente i ° oe prige a i a ara seri ine prio e a expressao determinada, nao fugidia,p if i | sentido mais pt ° se verso é somente ser-fora-de-nos. ve ial é jue nao depende do meu determinar vniminesme dem inka stivince, mas pelo qual eu sou determing: ‘eaoroticaen . jue existe mesmo que eu nao oust Ps ense © sina hasta de Deas dete ‘ia entao ser uma esséncia det on TMrente Ele ndo drone Ma Dane sso visto ouvido e sentido sensovial cpenso em ne ers ‘arise oun go existit para ele; se eu nao rel Tle eo existe en- rhun Dees entaa nao existe nenhum Deus para nhum Deus, entao nj — As diversas ia do homer. As diversas jetivo, a essencia aa ar também o objetivo, interessantes, be autoa ne 14.Mas ao mesmo tempo afm ‘as diversas, altamert corteotbgica, 22 rma Provas nada mais so que fon por exemplo, a prova to-al eesséncia humana. Assim 6, ‘2280 objetiva, A esséncia do ctistianians ? rescimo para mim & desnecessérig © cmencia espiritual, real, MAS que a0 mes, mee. Mas um ser espiritual € precisamengs eer erido. Portanto, € a sua existéncia um sensorial e existéncl pensads, Um interme um ser sensorial 20 am toon, sfario cheio de contradic. Ou: € nacoe: ‘orialidade - er sensorial nao ‘as determinace de - portanto, um s es 's da sensoriali F ser on rer que contradiz 0 conceit da sensorialidade ou que & sorial, uw! en. 0 ue no fundo é sensorial, mente uma vaga existencia em” Got 1 a Hroubado de todos os predice que, para nao deixar este fundo vir 8 tPA Ta existéncia se contre, dos de uma existencia sense ie total, determinada. diz. A existencia pertence realida: 1, ninaee | ncia necessaria desta contradicao € 0 ateismo. A exis. ncia de uma existencia empirica ou sensorial ir os sintomas da mesma; ela € em si uma questao sean. ret: oo Send caper mes Ge. Ela propria exorta o homem a procuré-la na realidade; ela 0 fecunda com idéias e pretensdes sensoriais; mas S& estas nao S&0 Satisfeitas, se go contrario encontra ele a experiéncia em contradicao com estas idéias, entdo ¢ ele totalmente justificado para negar esta existéncia, Kant afirmou em sua critica das provas da existéncia de Deus que esta no se deixa provar pela razdo. Kant nao mereceu por isso a repre. enséo da parte de Hegel. Ao contrério, Kant esta totalmente certo: de um conceito eu nao posso deduzir a existéncia. Ele sé merece a repreensao enquanto pretendeu com isso expressar algo especial ¢ ao mesmo tem- po fazer uma objecao a razdo. Isto é automatico. A razo nao pode trans- formar um objeto que é seu num objeto dos sentidos. Eu nao posso, no ato de pensar, apresentar aquilo que eu penso como um objeto sensorial ao mesmo tempo fora de mim. A prova da existéncia de Deus ultrapassa 0 limites da razdo; certo; mas no mesmo sentido em que ver, ouvir e cheirar ultrapassam os limites da razao. Tolice é, pois, repreender a razéo por nao satisfazer ela a uma exigéncia que s6 pode ser feita aos sentidos. Existéncia empirica, real, s6 os sentidos me podem dar. E a existéncia, no caso da existéncia de Deus, nao tem o significado de uma realidade inferior, de uma verdade, mas sim 0 significado de uma existéncia formal, exterior, de uma existéncia que convém a todo ser sensorial, existente fora do homem e independente da sua inteng4o, do seu espitito. sado, crido - € 0 aC 4 1 pen: tao a0 set P ree ono Portanto, €a sua essence | fo tempo nao é real, OPiet apenas um ser pensadd. UT termediario entre existencia Uma conseq' téncia de Deus tem a ess Por isso torna-se a religido, enquanto se baseia na existéncia de Deus como uma verdade empirica, exterior, uma questao indiferente para a in- {enc interior. Sim, assim como no culto da religiao a ceriménia, 0 cos- nececserin em si mesmo, sem 0 espirito, a intengao, torna-se mente a propria coisa, da mesma forma torna-se finalmente aoa r wie ? Cxistencia dy Deus a amacrenga somente na existe cambinterior. 40 cOntetido espiriguen'® de ” Piritual, i sem Deus, cré " a ames €85e Deus con Deus em di le a _ t s Feligiag, ater ou um Caligula, uma imagem, IT Ser benica'li8 estae um (ge gloria, tanto faz - oimponacm 2 20, canto on 2c? «igo demonstrou i icles rev gif velito demonstrou isso suas Ue m vin. id" apsurdas © CrUeis que eange gee concn coMS Umaga ‘ a hoses. enistencia de Deus ore cacezam shine te ee verge um: ria di " ‘ergo. ares a questa, ° religia empo sagrada - por Boéde cron rnesmo tempo Sagrada ~ Portanto, ndo & de aq CoMUM. extern ae eminasse M85 id€ias e intencdeg mont" S€ Sobre ene 2° pais profanas SOSS Mais Wulgares, maecs Oateismo era tido € € tido ainda ho; ; fe incipios morais, de todos 0s fundamers come a sesim a existencia da virtude dependente de qv 2 duvide porintencéo virtuosa, N&o por persuasio de peda virtude. Ao contrario, a crenca em Des da virtude € a crenga na nulidade da virtud valor e do contetido intrinse- 'S Como condicao necessaria le por si mesma. De resto, € curioso que 0 conceito da exist se desenvolveu completamente em tempos Tecentes, quando veio a t oempirismo e o materialismo. Sem duvida D nle mpl nt eus jd éno sentido original e mais simples da religido uma existéncia empirica, situada num lugar, mas num lugar supraterreno. Mas ela nao tem aqui um significado tao nu eprosaico: a imaginagao identifica novamente o Deus exterior com a afe- tividade do homem. A imaginacao € em geral o verdadeiro lugar de uma existencia ausente, nao presente aos sentidos, mas sensorial quanto esséncia’”. Somente a fantasia soluciona a contradicao entre uma exis- téncia ao mesmo tempo sensorial € nao-sensorial; somente a fantasia a protege contra o ateismo. Na imaginacao tem a existéncia efeitos senso- tncia empitica de Deus s6 15. "Cristo viajou para o céu... Isto é, ele nao esta assentado s6 lé em cima, ee oe aqui embaixo. E viajou para la exatamente para ficar aqui, pare gue campnss pois aqui Gisas ¢ pudesse estar em toda parte, o que ele néo poderia realize’ NO Met nto poderiam vé-lo todos os olhios corpéreos. Por isso elelé seaset te ca: Cis tamvélo e ele possa cuidar de cada um” (LUTERO, parte Xil,. ty ein ‘00u Deus é um objeto, uma existéncia da imaginacao; na ie. Deus existe no céue 'édo por nenhum lugar, mas é onipresente ¢ imediato para todos: Y4t isso onipresente, pois este céu € a fantasia, imaginaceo- A esséncia do cr istiani ism aexistencia se afirma como um poder; a imaginacao associ, stencia sensorial também os fendmenos da mesma, 1a Aes, uma verdade viva, uma questéo da rete. bem todas as manifestagoes de Deus om paga 0 fogo da imaginacao religiosa, qu Mas, feitos sensoriais necessariamente Tiguando ial torna-se a existéncia uma esacet ai inevitavelmente no atelne® 1, riais - séncia da exit do a existéncia de Deus € Gao, entao s4o cridas tam por outro lado, quando se a! acabam os fendmenos e é! ima existéncia em si senso} morta, que se contradiz a si mesma, que ci Acrenga na existéncia de Deus é a crenca numa existéncia e; Gita Mencia do homem e da natureza. Uma existéncia espe So pode se documentar de modo especial. Portanto, esta crenca special Gedeira, viva, quando sao cridos efeitos especiais, manifesta $2 $6 Ever. de Deus, milagres. S6 entao, quando a crenga em Deus se identinca science no mundo, quando a crenga em Deus néo é mais uma cco” especial, quando a esséncia geral do mundo inclui o homem tone ens 180 desaparece naturalmente também a crenga em efeito otal, $6 en. manifestecoes de Deus, A crenga em Deus rompeuse, naufragenane de erenga no mundo, nos efeitos naturais como os nicos rem Gate fome eau renga em milagres ainda € apenas a crenca em mi sion , , assim & também aqui a existéncia de Deus sore n te uma concepgao histérica, atefstica em si mesma. ‘om o conceito da existéncia est . won autoconfirmagao da exiséncin ote? Conceito da Tevela. peus existe € arevelacao. As Provas somente Subjeti peus s80 as provas da raz&o; a prova objetiva, a (v8 18 existencia yo mstencia, € 2 Sua revelagao. Deus fala pars javra de Deus -, ele dé um tom de si, um tor daa feliz certeza de que Deus existe realm, ta vida ~ 0 sinal distintivo entre ser ena ponto culminante do objetivismo religioso. A certeza Subjetiva da exis tencia de Deus torna-se aqui um fato indubitavel, exterior histories a existencia de Deus ja é em si mesma, enquanto existencia, uma eager cia exterior, empirica, mas ainda s6 pensada, concebida, portanto dub tavel, dai a afirmacao de que todas as provas nao dao uma certeza satis- fatoria -, esta existéncia pensada, concebida como existéncia real, como fato, ¢ a revelagao. Deus se revelou, se demonstrou. Quem entao ainda pode duvidar? A certeza da existéncia esta para mim na certeza da reve lacéo. Um Deus que so existe sem se revelar, que sé existe para mim através de mim, um tal Deus é somente um Deus abstrato, concebido, subjetivo; somente um Deus que me coloca em seu conhecimento atra- vés de si mesmo é um Deus realmente existente, objetivo, que se confir ma como existente. A crenga na revelagao € a certeza imediata da afetivi- dade religiosa de que existe o que ela cré, desejae concebe. Aafetvidede teligiosa nao distingue entre subjetivo e objetivo - elanao duvida; ela ando Possui os sentidos para ver coisas diferentes, mas somenté hen oe ‘te gar as suas concepgdes como esséncias fora de si. Para aa fet vatica, uma giosa uma coisa em si teorética é um fato, uma questio eno rans: questdo de consciéncia. Fato é tudo que de um orice nao se pode criti- 'ormado numa questao de consciéncia, fato é tudo 4 1M que toc: a a afetivi ente. A fetividade e the Palavra é 0 ey; angetho o-ser. A crenca na revelagao é ¢ 06 8 ean, WF rma injuria’ FAO € 1Ud0 que se gay, ‘ao sensorial, NENAUM fundamen’? srctowan, sev setonnar capa ner rioters Coders 1G TT ng allio. Ob, ¥Os, HlOsofos alemaes @. fate vader na raza ITI 8 100s langatis na cabega 08 fatos da cone eign, de pouea SIS VT TT nossa razdo ¢ nos transformar em sor cienena eotiionst Paid OT til, nao vEdes ENt8O GUE OS F2LOS S20 tag , srstigao inta to 8 cONCEPGEES das religing’s core dha voxsa SUPC woe qian ato Foran uma Wee si mesmas?”” Nao eram tides por fatos também gp eens lendas milagrosas dos pagsos? TamBEm Os anjos © dems, mais ridiculas e'ssoas historicas? Nao aparecem realmente? Um dia « s nao foram Perse ou realmente? O asno falante n&o foi ctido ate larecidos do século passado como um milagre da encarnacéo ou qualquer outro? Oh, gray, des e profundos fildsofos, estudai antes de mais nada 0 idioma do asno Ge Balado! Sé a0 ignorante soa ele de modo estranho, mas Cu VOS garan fo que num estudo mais meticuloso deste idioma reconhecereis a vossq propria lingua materna e descobrirels que este asno j& murmurou ha my. Ienios os mais profundos segredos da vossa sabedoria especulativa, Fato ~ meus senhores! ~, para repetir para vos mais uma vez, € uma idéia de cuja verdade néo se duvida porque 0 seu objeto nao é uma questao dete. oria, mas de afetividade que deseja que aquilo que ela deseja, em que ela cré, seja um fato, fato este que é proibido negar, se nao exterior, pelo me. nos interiormente; fato € qualquer possibilidade que € tida por realidade, qualquer idéia que para o tempo em que é fato expressa uma necessida. de e que exatamente por isso é um limite nao transponivel do espirito, fato 6 qualquer desejo concebido como realizado; em sintese fato é tudo sete! nio: m pes asno de Balado nao mesmo por eruditos escl: real assim como o milagre 17. A negagao de um fato nao tem um significado inocente, em si indiferente, mas sim um significado moral nocivo. Pelo fato do cristianismo ter transformado os seus artigos .,negaveis, intocaveis, por ter entéo superado a razaoe cat de fé em fatos sensoriais, i vado o espirito através de fatos sensoriais, temos também a explicacao verdadeira, ill ma € primitiva do motivo pelo qual no cristianismo (e em verdade nao sé no catélico, mas também no protestante) pode se expressar e se fazer vigorar em toda formalidade e io de que a heresia, i.e., a negagao de um dogma ou fato é um objeto solenidade o princiy de penalidade, um crime, para as autoridades profanas. O fato sensorial na teoria tor- na-se na pratica uma violéncia sensorial. O cristianismo esta aqui muito inferior ao isla mismo, pelo menos ao Coréo, que nao conhece o crime da heresia. 18. “Freqdentemente indicam os deuses a sua presenga” (CICERO. De nat. D.,lib. Il). AS obras de Cicero De nat. De De divinatione sao interessantes também pelo fato de aqui serem tidos por verdades dos objetos da crenga paga no fundo os mesmos argumentos que ainda hoje os tedlogos e positivistas apresentam como verdades dos objetos da cren- Ga crista. \ eoutradieao na rey revelacag de De us 0 ¢ duvidado pelo simples ge or duvidado. Motive que a weve aaletividade religiosa, de acordo “ sta na certeza i owide Sos espontaneas san fa C8 GU todos sr ie20 ay ’ nagoes im SOs te a 2cmind . Presse, seu: Ui trifo set- A afetividade religiosa fay qeot® 4 fore, gra MOvimentse ee oufrativo. DeUs € 2 atividade: mag go ME8Ma g gx eatacc, sor ate i Y as sor 2 sta ati idade (que inicialmente ee annsivo jvdade feale © PTOPFIO MOLIVO, a bage nace eUM8 alivgney GU, o que auntsem necessidades), mas o homer #0 ¢ Ele (ele nett ‘yas. ao mesmo teMPO € 0 homem pao Seite Para Metransforma NUM passivunn te a ce See provas determinadae de cie *eCebe de Dent Ado por poe mminadas Prerminado por si ace cu? existencia, Nees Fevelacoes dens IIE ene determina Deus, san’, © Plincipio qa evelasto € pon como o QUE enna sue ie,a Fevelacao @ serminativ le Dew nacao. do homem, com a diferenca que ele insere oemMe 8 autodetene jo determinante, um objeto ~ Dey, e entre si, erm. iS, UM 1 © determin; suaves de DeUs a Sua propria essénci utro ser. O hy ‘ado, ersonificado entre a esséncia, © genero € 0 indivi EUS € 0 elo humana e a consciéncia humana, lividuo, entre Acrenga na revelagao desvenda da maneira mai: racteristica da consciéncia religiosa. A premises ence ilusao ca. mem nao pode por si mesmo saber nada de Deus, toda eo © oho apenas vaidoso, terreno, humano. Mas Deus & um senso S28 € Deus s6 conhece a si mesmo. Portanto, nada sabemos de Di ce humano: cecdo do que ele nos revelou. Soment us com ex. te © contetido i «di comunicado po Deus é divino, sobre-humano, sobrenatural. Através da tevelagao conhe- cemos entao Deus através de si mesmo, Porque a revelacao é a palavra de Deus, 0 Deus expressado por si mesmo. Por isso, na crenga na revela. ao o homem se nega, vai para fora e para cima de si: ele opde a revela- ao ao saber e a opiniao humana, nela se mostra um saber oculto, o con- junto de todos os mistérios sobrenaturais; aqui a razao deve silenciar. No entanto, 6 a revelacéo divina uma revelacao determinada pela natureza humana. Deus nao fala para animais ou anjos, mas para homens, por- tanto, um idioma humano com concepgées humanas. O homem é 0 ob- jeto de Deus antes dele se comunicar exteriormente com o homem; ele pensa no homem; ele se determina de acordo com a sua natureza, com assuas necessidades. Deus é certamente livre na vontade; ele pode se re- velar ou nao, mas nao é livre na razao; ele nao pode revelar a0 homem ° que ele sempre quer, mas 0 que convém ao homem, 0 ave é ae ela Sua natureza como ela é, se quiser se revelar de alguma forma; = velagao para O que ele deve revelar, se a sua revelagao deve ser uma revela¢ A #SSEACT8 AO Citing ro ser, © que entao Deus pensa parg pales ela idéia do homem, surge ¢, nao para a homem 12 ino determinado P ate. omen pensa ele come eT aus se submerge AO HomMeM e peng, Mekae sare a natreza HANNAN, Pe Te pode pensar dle len dle si da maneia em air tet pensar, mas com a humana. Deus nag pensa com a sua ineao, mas da capacidade de compre de sino plano da revel fependente Senor chega de De sao do homem. O que te a partir do homem jes no homem vern 20 homem some Cog oe re ehega 20 homem consciente a pany do homer em nega do genero para 0 individuo. Portanto, eng da esséncia do home mada razao ou natureza humana nao existe dig, a revelacao divine © via - também o conteudo da revelacdo divina é de or. tingao a nao ser usct® | Sgurge de Deus enquanto Deus, mas de um gem humana. Pos ela razao humana, pela necessidade humana, Le, su, Deus determinado pelt Tatyana, da necessidade humana. Assim, tam, mente da razao- n m é i aha curve! Assim se confirma também neste objeto, da maneira mais crassa, que 0 mistério da teologia € apenas a antropologia! De resto, confessa a propria consciéncia relgiosa, com relacao a tem. pos passados, a humanidade do contetido revelado, A consciencia religi. sa de uma época posterior nao satisfaz mais um Jeova, que é um homem, da cabeca aos pés e exibe sem medo a sua humanidade. Eram apenas Concepgdes nas quais Deus se acomodava a faculdade de compreenséo dos homens de entdo, i.e., eram concep¢ées somente humanas. Mas com relacdo ao seu contetido atual, por estar submersa nele, ela nao reconhece isto. No entanto, qualquer revelagao de Deus é apenas uma revelagao da natureza do homem. Na revelagao torna-se objeto para o homem a sua na tureza oculta. Ele é determinado pela sua esséncia, mas como se fosse por uma outra esséncia; ele recebe das maos de Deus 0 que Ihe impinge, como uma necessidade, a sua propria esséncia desconhecida em determi. nados periodos. A.crenca na revelagao é uma crenca infantil e s6 respeitavel enquan- to ¢ infantil. Mas a crianca é determinada por fora. E a revelacao tem por objetivo exatamente efetuar, através da ajuda de Deus, o que o homem no consegue atingir por si mesmo. Por isso chamou-se a revelacao de 19. O que € entao o contetido essencial da revelagdo? Que Cristo é Deus, ie., que Deus é um ser humano. Os pagaos se voltavam para Deus com suas necessidades, mas duvide vam se Deus escuta as preces do homem, se é misericordioso ou humano. Mas para 05 Cristdos € certo 0 amor de Deus pelo homem: Deus se revelou como homem (cf. p. eX: Or. de vera Del invocat., MELANCHTON, Decl, parte Ill e LUTERO, por exemplo, parte IX, p. 538, 539). Le., precisamente, a revelagéo de Deus ¢ a certeza do homem de que Deus € homem e de que o homem é Deus. Certeza é fato. oda espécie humana. iste acrelacao Para além da na we tata interior mente para expor qoute Asse 8 SV any movi acoes € Fabulas, da mesm, oral ‘ ‘i 2 forma exer efi de MO evelacao 0 que Ihe & dado pee deni on cle Necessa, i Mas como a natureza “produz sem consciéncia Obras que parecem Sido Ae oo eon sencia, assim também gera a Fevelacao atos morais sem que provenham da moralidade ec Morais, mas nao inten meismorais. Os mandamentos morais ca ae fato quardados, masja die: oes a intencao interior, do Soracdo, por serem concebidos come ae ne ntos de um legislador exterior, Por entrarem na categoria de Tee notes arbitrarios, polciais. O que é praticado nao scones yon Oa om ejuste agir assim, mas porque é ordenado por Deus. 0 conten, ant resmo é indiferente; tudo que Deus ordena é justo”. Se esses. se adamentos concordarem com a tezao, come ética, entéo é uma sor aanee macual para o concetto da Tevelacao. As leis cerimonias dos udeus eembem eladas, divinas e, no entanto, leis casuais em si mesmas, ait sans Os judeus receberam de Jeova até mesmo o mandamento de itrrias. ; ruber, sem divida num caso especie, a te © senso mo- A crenca na revelacao, porém, nao corrompe soment °9 senso mo ral, a estética da virtude; ela envenena, até mesm jcaramos i order de Deus praticaram o& 4 homens praticam sem. a oe sobre ‘i 20,"Aquilo que é cruel quando os ae a ea hebreus, Porque faeram guerra pele orem ae ene se sat ret pode en e® de considerado como uminavnet rae eae eee 3 comme s homer bem LUTERO, parte I, p. 339, e XVI, p. 495), Acessénciadocrsian, ism da verdade. A revelagao de p, ntiment© : vento no rome” men temporal: Deus ze evelou &e Sede sentamert Be deerminade, "3 nomem de pone uma Fever pe tal € 140 POT Tara os individuos determinados, jn" Ada oI ras 0 gener: He temporalmente deve a revelaca ae 008 erminada loom a sua utiidade poder favorecer ara assi escrito, Pare “a crenga na revelagae &, Pertanto, ag ahotambem 40" cena reveiaeto poate ito necessario de uma crenca nao mente compilado sob todas as congica de) tem 0 significado de uma pan da - € supersticao e sofistica, me sa cons! um liv da temporalid rma, absoluta, univ ‘Acrenca numa revelas20 P fade e transitoriedade) ersalmente vali or escrito SO ¢ ainda erence Teal, vey. i é speitavel, quando é crido - dadeira. sincere te signticativo, verdadeiro, sagrade “do que esta na Sago ee entre o que é humano ¢ divino, entre ques no, Mas quando se or amente, entre o historico e o etemo, quando ojy valid celative © M verdadeiro nao € tudo que esté na Sagrada Escriuy cone ncao. entao 0 juizo da descrenga de que a Biblia nao € um livre aivino, Torna-se ja registrado na Biblia e € renegado a ela, pelo menos in, diretamente, o carater de uma revelacao divina. Somente unidade, incon. dicionalidade, inexcepcionalidade sao as caracteristicas da divindade. Um fro que me impoe a necessidade do discernimento, a necessidade da ci tica para distinguir 0 divino do humano, o eterno do temporal, nao é mais um livro divino, auténtico, verdadeiro: j4 caiu na classe dos livros profa, nos, pois todo livro profano tem esta mesma caracteristica, que é conter co divino junto com ou no human, i.e., conter 0 universal ou eterno junto com ou no individual. Mas um livro verdadeiramente bom ou divino nave aquele no qual uma parte é boa, outra ma, uma parte eterna, outra tem- poral, mas sim aquele em que, de um s6 sopro, tudo é eterno, verdadeito e bom. Que espécie de revelacao é esta em que eu primeiro devo owviro apéstolo Paulo, depois Pedro, depois Jacd, depois Joao, depois Mateus, depois Marcos, depois Lucas até finalmente chegar a um trecho ondea minha alma, sedenta de Deus, pode exclamar: heureka; aqui fala o pro Pro! oon po cantot aul esta algo para mim, algo para todos os tempose cone estendone era com quanta honestidade Pensava a antiga cren indiferente para o semecao até ‘mesmo apalavra, a letra! A palavra naoé dado por uma palevra Tet © pensamento determinado s6 pode ser & um outro sentido, Este ‘e minada. Uma outra palavra, uma outra tetra esta supersticao éa crenca veh ‘ sem davida uma supersticao; mass gonha das suas conseqinnns tdadeira, aberta, sincera, que nao se env qiiéncias. Se Deus conta os cabelos da cabesa ete "HA ree ge Bey Ey] m, $e NENHUM Pardal cai do te as Toe deixar a0 arbitrioe a fanerane ge 2800 von en da qual depende a eterna Felicidade eTtores a wat emo pemihes ditar 2 pena 05 Seus pensames on poe, por gee -s ate f deturpacao? "Mas se o homem fosse en Prese; : Me santo, entao a liberdade humane Seria anuladatn uMeNt do Bay rte Neeravel! Entao a liberdade humana tem move” OF 10" a liberdade humana con na? Ou vil ° divina? Mas assim COMO a supersticéo eg ca numa revelacao histérica deter, rene i - que Mais valor dg c siste apena ta necessariamente liga minada com, revelagao como uma verdade divina, 2 Suposta revelacao eal? Somente através de autotapeagies, somente através dos argumen- re mais tolos e falsos, somente através dos piores e ™ais mentirosos so- eeras. A sofistica crista € um produto da fé crista, em areca ts Biblia como a revelacao divina, n harmonica e Averdade, a verdade absoluta € dada ot tvamente na fé, pois eu s6 posso me por isso com relagéo ao que diz o pro vbr azao resta aqui somente uma atuacao formal, subordinada; ela em osicao falsa, contraditéria a sua esséncia. A razao em si mes. ee agull indiferente com relagao a verdade, indiferente com relagéo 4 Satincae ntre verdadeiro e falso; ela néo possui nenhum critério em si ae ‘ jue esta na revelacao é verdadeiro, ainda que contradiga dire- Inmentea razéo: ela € inevitavelmente abandoreds st aces do pore stg 1 a jina devo crer ea mit ismo: jue eu encontrar na revelacdo divina i hao deve dclender, caso necessric aarso to Cans Domine bjetivamente na Biblia, subje- tar como crente, dedicado e prio Deus. Para a inteligencia, jesuitas: Vouloir reconnoi- i istas contra os jesuitas: Vou rock ite ja observavam os janseni n suites: Yoon donne iberte ‘an hacun d’en faire le discernement et Se ge resp een reat ° inne venant plutot de la foiblesse de l'homme (BAYLE. Dict. Art. Adam (Jean) Rem. E.). nent res, p. eX, Lue 22. "Na sagrada escritura ndo se pode aceitar: ‘adres, dentre os reformador Pen de ‘dist. Ic. 1.), Pensamentos iguais dentre os netic atic tem cara camped to. Devese im com forma 0 jest or \ero, Deve-se ainda observar que assi Oc neama fo ao pte Fis inci nte a moral, ‘uma corpol batalha da sua sofistica prinipalner ae ro ena a comporao os atin ernest abe Pe rmalmente) tem fib, huma contradicao” (Petrus Lomb. A ossencia "lA dO Cristian, mo verdade tudo que € possivel Jeve se deixar impor como verdas el sem die, ‘ seria duvida, seria ultraje; portanto, nada the res ring ie., um pensar falso, sofistco, ing? er » intrigante ee bts a distingao tim pensar casual, indiferente, , sim pensar que s0 se ocupa com as mais infundadas distingo, fugios. com os mais mesquinhos truques. Mas quanto mais oh, distancia da revelacéo quanto ao tempo, quanto mais a razao omen, ce para a autonomia, tanto mais gritante se mostra necessarians a bema contradigao entre a razdo ea crenca na revelacéo. 0 creme tam, centéo confirmar a verdade da sacralidade e divindade da revein°° jo mesma, com a verdade, com ae, Puma entiras desey contradigéo consciente con: mente através de uma ousada arbitrariedade, através de in gonhadas - através do pecado contra o Espirito Santo, Capitulo xxi A contradi¢ao na Esséncia de p, SUS em geral O principio SuPreM0, © Ponto central da soy, peus. Deus € 2 esséncia humana eno emigre M8 crits & pre-humano. Deus € 0 ser genérieg, © Puro, te deve ele S€F um Ser Pessoal, individual oe deve ele ser DEUS, universal, ie, nenhuge eee ¢ enistencia € certa, mais certa do que a noses: parada. diversa de nés e das coisas, ie. existencia ser espiritual, i No deve € sempre negado o que é afirmado n euma contradi¢éo que s6 é ocultada preocupa COnosco, que nao escuta o: nao nos ama, ndo € um Deus; o humanitarismo torn; dicado essencial de Deus; mas ao mesmo tempo s nao existe para si, fora do homem, acima do ho ser, éum fantasma, portanto torna-se 0 nao ou e predicado essencial da atividade, Um Deus que ni possui consciéncia, inteligéncia, i.e., que nao possui inteligéncia pessoal consciéncia pessoal, como a substancia de Spinoza, nao é um Deus. N unidade essencial conosco é a condi¢do principal da divindade; 0 conce. to da divindade torna-se dependente do conceito da personalidade, da consciéncia enquanto o que ha de mais elevado que se possa pensar. Mas um Deus (significa ao mesmo tempo) que nao é essencialmente di- verso de nés néo é um Deus. § NOSSOS Pedidos, que ndo nos vé ¢ '2-Se, Portanto, o pre- ignifica: um Deus que mem, como um outro ‘xtra-humanitarismo um ’4o € como nés, que néo O cardter da religido é a contemplacao imediata, espontanea, inconsci- ente da esséncia humana como uma outra esséncia. Mas esta esséncia ob- ietivamente contemplada num objeto da reflexao, da teologia, torna-se uma mina inesgotavel de mentiras, ilusdes, cegueiras, contradigées e sofismas. crista. Um artificio e pretexto especialmente caracteristico da sofistica sta €a insondabilidade e incompreensibilidade da esséncia diving Mas que 'étio desta incompreensibilidade, como se vera, nada snhecida, uma qual lidade conhecida transformada numa qualidade descon! te nao-natural, dade natural transformada numa qualidade sobrenatural ie ES A essencia do ctistay, thy o de que 2 esséncia divina éy, isso incompreensivel, "oy, cade te pot a incompreensibilid de (cio rao sreuva, Assim exclons, © Deu {io de ur Oe ee meno surpreendente: “4 jac mogae nao obstante mais tarde, quandy vive, os conceltos UG da nossa admiragao como tuda cha, amos 0 OP ensibilidade religiosa nao € o y,™ A incomprmzoloca quando Ihe escapa a cn" Jamagao ipappeneri anna que ae ; tasia € 0 Orgao © a esséncia on bre a ate ade. aaigiao existe entre Deus eo head No sentido ora disting&O quanto a existéncia, enquantoer somente Ur um set autOnOMO; POF Outro lado, somens te do homem come 2 ma distingéo quanto a fantasia, pois antalya pente quantitativas. A infinitude de Deus ntitativa; Deus € € tem tudo que o homes amente maior. A esséncia de Deus é ey sencia da fantasia objetivada”. Deus é um ser sensorial mas abstraidy ‘ermitagdes da sensoralidade - 0 ser sensorial ilnitado, Maso quees fantasia? - 4 sensorialidade infinita, ilimitada. Deus €a existéncia etema, ie., a existencia sempre existente em todos os tempos; Deus é a existén. ae onipresente, .e.,a existéncia em todos os lugares; Deus é 0 ser onisc. ente, ie., 0 ser para o qual é objeto todo particular, tudo que é sensoria, sem distincao, sem tempo e sem delimitagao local. esta dante do ho tuma distingao 4 ti Jistingoes da fantasia $20 5 religido € ume infinitude a tem, mas em proporgao infinite Eternidade e onipresenga sao caracteristicas sensoriais, pois nelas nao é negada a existéncia no espago € no tempo, mas somente a resti- cao exclusiva a um tempo determinado, a um lugar determinado. Da mesma forma é a onisciéncia uma caracteristica sensorial, um saber sen- sorial. A religiao nao faz ceriménias em atribuir ao proprio Deus os mais nobres sentidos; Deus vé e ouve tudo. Mas a onisciéncia divina é ums ber sensorial do qual é abandonada a caracteristica, a determinagao es sencial do saber sensorial e real. Meus sentidos s6 me apresentam os ob yet s eee um fora do outro e um apés outro; mas Deus concede tudo que € temporal e stem; ee fade que ¢ espacial e ndoespaee poral, tudo que é sensorial de uma maneita Se 23. Isto se 2 mostra, Ober, h per cokee ceo especialmente também no superlative e na preposise® Sobre, que sa ‘exemplo dent a0 antepostos aos predicados divinos e sempre (como PY Fe 08 neoplatoni far Platoni = ™ © Papel na teologia, “0S 0S Ctistos dentre os filésofos pagaos) desempe™ sensorial”. Isto significa: ey i a nef fantasia: €U concebo na gee © MEU hong ° Sys. ate mesmo a auUSentes espaciaimer so 48 totalidaeem™ ** eleva acima do ponto de Feferéncia g, te © esta re te im aticamente, COMO uma esséncig ae EMD ns neu 802" FESO Somente ag yn®. EU sine cia sensorial: © qUe eu sinto como jin jorciona um CAMPO aberto aos meus aa miata fantasia € @ posicao de oniscien se cia divina No entanto, existe entre a senca somente quantitative: a qualiande gene fo poderia atribuir a onisciencia a um ay ceeet ee jose essencialmente diverso do mey sap nou de mim mesmO, $6 NO existisse em minha se ee tanto objeto & contetdo da onisciéncia divina nee fantasia SO supera a limitacao da quanta? Ua supera a li idade, na saber limitado, significa: sabemos 36 alguire®, O efeito benéfico da religiao consiste Nesta ampliaca: sensorial. Na religi&o est4 © homem ao ar ive, sup apes 8 onselencia sensorial ele esté em seu habitaculo estreito, limitado, A rele consciencia ciona essencial e originalmente (e somente em sua organ oo see verdadeiro, puro e bom) com a consciéncia imediatamente senesan culta; ela € a supressdo de todas as limitacdes sensoriais. Homens ens, fechados, imitados conservam a relgiao em seu sentido orginal pore per manecem eles mesmos na origem, na fonte da religido. Quanto mals en tado é 0 horizonte do homem, quanto menos sabe ele de histéria, nature- 22, flosofia, tanto mais intimamente depende ele da sua religiao. rier es Nulo timentos, Es cia como uj Oniscigncia e om lagao. O sensorial ¢ to do meu. Saber. A a qualidade. Noss 'S@, Pouco, nao tudo. Por isso também 0 religioso nao tem em si nenhuma necessidade da cultura. Por que os hebreus nao tinham uma arte, uma ciéncia como os gregos? Porque nao tinham necessidade disso. E por que nao tinham ne- cessidade? Jeova lhes supriu esta necessidade. Na onisciéncia divina eleva-se 0 homem acima das limitacdes do seu saber”; na onipresenga divina eleva-se ele acima das limitagées do seu estagio local e na eterni- dade divina acima das limitagdes do seu tempo. O homem religioso é fe liz em sua fantasia; ele tem sempre tudo junto in nuce; seu feixe esta sempre amarrado. Jeové me acompanha por toda parte; eu nao neces eines, ele sabe 24."Deus sabe, portanto, 0 nimero das pulgas, mosquitos, mest pos 0 outto, mas quantos nascem e morrem, mas ele nao sabe isso soe iD ist 39, ¢ 3). tudo simuttaneamente e de uma s6 vez” (PETR ° ao conhecer nada” ao podem ni 25."Aqueles que conhecem aquele que tudo conhece nao Po (PSEUDO-AGOSTINHO. Liber Medit.). fw saneus do eristianisme ‘em meu Deus 0 cerne de todos 05 tesouros ¢ Ts as coisas que 880 ignas de serem sabidas e pen. ‘ara, tem diversas caréncias, pois ela su. “ia vida sensorial através de uma ati. ‘eal, nao atraves do poder encantador da fantasia reli. ye aa Fligiso crist®, como jé fei dito diversas eyrem sinenhum principio da cultura, da forma. Wnitacdes e misérias da vida terrena somente ey Deus, no céu. Deus é tudo que 0 cora. Vac as coisas, todos os bens. “Queres amor, fideli ‘ou presenga constante, tudo isso existe nele sem jag por beleza Ele ¢ 0 mais belo. Se anseias por riqueza Ele € 0 mais rico. Se anseias por poder, ele € 0 mais poderoso, ou qualquer coisa que 0 teu corasée, possa desejar encontra-se milhares de coves mais nele, no simples e melhor dos bens, que © Deus™. “Mas quem aertudo em Deus, quem jé goza da felicidade celestial na fantasia, como emia equela carencia, aquela pobreza que é 0 impulso de qualquer cul sa) A cultura nao tem outro objetivo a nao ser realizar um céu terreno, nas © céu religioso também 86 € realizado ou adquirido através da ativi dade religiosa. A diferenga originariamente apenas quantitativa entre a esséncia di- vina ea humana é agora transformada pela reflexao numa diferenca qua- litativa e assim o que era inicialmente apenas uma afeicao, uma expres- sao imediata da admiracao, do entusiasmo, uma impressao da fantasia sobre o espirito, é agora fixado como uma qualidade objetiva, como uma incompreensibilidade real. A expressao predileta da reflexao neste senti- do é que sem divida compreendemos de Deus 0 qué, mas nunca 0 co- mo. Que, por exemplo, 0 predicado do criador cabe essencialmente a Deus, que ele criou o mundo nao de uma materia existente, mas do nada, através da sua onipoténcia, isto € claro, certo; sim, indubitavelmen- te certo; mas como isto é possivel é uma questao que naturalmente ultra- Passa a nossa limitada inteligéncia. Isto significa: 0 conceito generico é claro, certo, mas 0 conceito especial é obscuro, incerto. de mim: eu tenho to sai de mi reciosidades. de sas Prion alta depended 0" pera as limitacoes da ¢ onsciencia vidade sensorial € Por isso nao tem tl m sua essencia as mente el giosa vezes. e” cao. pois ela supera atraves da fantasia. SO" ao anseia e exige ~ 10° dade, verdade. consolo modo e medida. Se ansel ; Oconceito da atividade, do fazer, do criar é em e por si um conceito di- vine: por isso irrefletidamente aplicado em Deus. No ativo o homem se 8 ene tr, limita, feliz; no Passivo limitado, oprimido, infeliz. Atividade homens Posi ivo de si mesmo. Positivo é em geral tudo aquilo que no homem vern mpanhado de uma alegria - Deus é, portanto, como jé cima, © conceito da alegria pura, ilimitada. S6 temos sucesso ee 26. J, Tauler, |. c., p. 312. S eontadioas aa ilo que fazemos com fo) nad : Prazer: 6 jen, , yada & POEM. Aquela que comp; bilo tug, su aay mos come limitacao, portanto, car? COM a nose Pee ati pagente. Ler, Por exemplo, g sae? S85én lade realy. ci jar coisas dignas de serern Tidse ave Teresa ats gte 8 que receber. significa tambem, aq in 23 alividade © ease oee: Hem ane gene como séncia di ‘ eeoecial de qualquer tipo de a ae Mas abstiaise de ee lado, essencialmente humana: a criacag fora °° Petmanece ta QU*T qualidnde aguil. especial, como o homem, sore 4. De Ualidade basice atiyersalyilimitada. Por isso Nao ctiow que @ maneira pela qual Di é tudo, algo, E automatico, ¢ Vint atividade @ IG, isto oy ere eUS ctiou tud, 2 Consequ atividade nao € nenhum tipo de ativideas °° ine é aqui absurda, uma questao que ja cen ewes retyg ces pasico da atividade ilimitada. Toda atividect oo" "Pel tos de modo especial, porque aqui seca nado da atividade; sulta necessariamente negativa, porqu mundo nega qualquer atividade determinada, avers pergunta, qualquer tipo de atividade li a igada a um cot ie. a uma matéria. Nesta pergunta é inserido indevi mente justifica esta Ntetido determinado, ii i idamente "i to, a atividade criadora, e 0 objeto, o criado, um intermediarioquesac ce” tence a este lugar, excluido: 0 conceito da especialidade. A atvidede sore relaciona com 0 coletivo: tudo, mundo; Deus ctiou tudo, mas nao algo - 0 todo indefinido, como a fantasia © sintetiza, mas nao determinado, espe- cial, como € objeto para os sentidos em sua especialidade e para a razao. em sua totalidade, como universo. Tudo surge por um curso natural - & algo determinado e como tal (0 que é apenas uma tautologia) tem uma base definida, uma causa determinada. Nao foi Deus que criou o diaman- te, mas o carbono; este sal deve a sua origem somente a uniao deste acido determinado com uma base determinada, nao a Deus. Deus 6 criou tudo junto sem distingao. Sem duvida, na concepeao religiosa, Deus criou 0 particular, poraue este ja esta contido no todo, mas so indiretamente; porque dle rao < fou © particular de maneira particular, 0 determinado de mane Me da, caso contrario seria ele um ser determinado. Sem david ° Since ensivel como péde surgir 0 determinado, 0 especie’ eo curego 00> versal, indeterminada; mas isto somente poraue an que nu gubmeto a jeto da contemplacao sensorial, natural, parte ue The conver. A re atividade divina um outro objeto como sence A essencia do cristianisma 222 a do mundo: ela nao se interessa por Co pode ser dada com 0 surgimento. Mas 9 ve Ptico, filosafico. Os filésofos pagaos se as. No entanto @ consciéncia cris. gio ndo tem uma concepsao fisic! uma explicagao natural, que surgimento € um conceito teorirs ime {er nur er llr beleceu em seu lugar 0 conceito humane pratico ou su jetive da criagao, que é apenas uma proibicao de pensar = COS aS Oe eo Acres due ¢ ap enes Mord para toda lisicae flosofia da natwrer>. ‘A conscién. Gia religiosa associa o mundo diretamente ® Deus; ela deriva tudo de Deus, porque nada é objeto para ela em sua especialidade e realidade, enquanto objeto da razao. Tudo vem de Devs = isto € bastante, isto satis. far plenamente a consciencia religiosa. A pergunia "Come Deus criou?" cama duvida indireta de que Deus criou 0 mundo Com esta pergunta chegou 0 homem ao ateismo, materialismo, naturalismo. Quem assim pergunta, para este ja € 0 mundo objeto da teoria, da fisica, i.e., objeto een gua realidade, na especificidade do seu conteudo. Mas este contetido contradiz a concepcao de uma atividade indefinida, imaterial. E esta con. tradicao leva & negacao da concepgao basica. A criagéo da onipoténcia s6 é uma verdade quando todos os aconte- cimentos ¢ fenémenos do mundo so derivados de Deus. Ela se toma, ‘como ja foi dito, um mito de tempos passados, quando a fisica se conver- te num instrumento, quando o homem faz do objeto da sua pesquisa os fundamentos definidos, 0 como dos fenémenos. Portanto, para a cons- ncia religiosa nao é também a criagéo a partir do nada algo incompre- ensivel, ie., insatisfatorio; no maximo somente nos momentos da irreligio- sidade, da duvida, quando ela se afasta de Deus e se volta para as coisas, mas para a reflexao, para a teologia que com um olho espreita o céu, mas com 0 outro o mundo. Quanto na causa, tanto no efeito. Uma flauta so produz sons de flauta, néo de fagote ou trompete. Quando ouves um som de fagote, mas nao viste nem ouviste além da flauta nenhum outro instrumento de sopro, entéo certamente sera incompreensivel como pode surgir da flauta um tal som. Assim é também aqui - apenas € a compara- 80 Indevida por ser a propria flauta um instrumento determinado. Mas im i nase possivel, um instrumento meramente universal que reunisse n os instrumentos sem ser ele mesmo um instrumento deter- minado e entao veras que é uma tola contradicao exigi inade tom (que s6 pertence i tradicao exigir um determinado rtence a um determinado instrumento) de um inst - to do qual excluiste precisamente o que ha d ico em todos o: instrumentos determinados, a de caracteristico em todos os Pore it ‘bili stows sob esta incompreensibilidade esta ao mesmo tempo a inten- ihanga Unfon a atividade divina da humana, de impedir a sua seme- » dade ou mesmo a sua unidade essencial com a humana ji) A contradi essen m G40 18 essencia de Deus &M yeray formé-la numa ativi ra tans! ativida, soentre a atividade divina e humancssePCialm, i a 219 oF ote human. A reef bcar gntaimente I 10. A natureza cria, pega once! Tar € UMA aC8O QUE €U POSS omy A POAUE, home . jor - UMA AG80 da qual no parte? 8580 intene ry 2PFCR, Fabry i teri an proprie.e mais intima, na qual eg nm afetam ten na repost fm tomado. Mas uma atividade Nao-indiferenge 20 mesmo tem sence tia. necessaria para mim, como a Produ ete ti a po Passi. uma necessidade interna e que exatameme yoo nha essen, mais profunda, me comove Patologicamen Por iss ara mim fabricadas ~ © fabricar € ai apenas a ativi aan Obr sna. em em nos”. Entretanto fabricar é uma ati id a elas ie ure, Le. arbitraria. Até este ponto, portanto, « dade indiferente, por isso ao homem, nao € diverso dele pelo fato de fabri tetamente identico uma énfase especial ao fato do seu fabricar ser ji aio, é dada rio. Deus quis, sentiu prazer em criar um Thund wre, arbitrario, volunta. mem aqui 0 agrado com seu préprio agrado, co Ss endeusa o ho- arbitrariedade infundada. A qualidade fundamental neon Vontade e vidade divina torna-se ela mesma, através daideia dees uma de a dade vulgarmente humana. Deus, de um espetho de oes ama ative torma-se um espelho da vaidade e do narcisismo humane oun Mas agora dissolve-se de uma vez a concérdi ard esas Giese ue soni ma coho do nada; ele cria; fabricar a partir do nada é criar - esta éa diference: A qualidade essencial é humana; mas ao ser a caracteristica desta quelide de essencial de novo anulada, a reflexao a transforma numa nao-huma- na. Desta anulacao parte o conceito, a razéo; resta apenas uma idéia nula, sem contetido, porque ja esta esgotada a pensabilidade, a representabi dade, i.e., a distingao entre a qualidade divina e a humana é na verdade um nada, um nihil negativum da razao. A ingénua confissdo deste nada da razao € o nada enquanto objeto. Deus € amor, mas nao amor humano, é razdo, mas nao humana, (nao!) uma razdo essencialmente diversa. Mas onde estd a diferenca? Eu da atividade do génio uma ative }o campo para a imaginagao re ‘maneira pela qual desde serm- 27. Por isso em tempos recentes fez-se de fato também dade universalmente criadora e com isso se abriu um nov ligiosa filosofica. Um interessante objeto da critica seria @ rane Pa iedade, prea especulacdo religiosa tentou conciliar a liberdade, ou mel”eh, iz 0 raza ssidade da mesma, ie nBonecessidade da criagdo, que contradiz a razdo, com a rect A culacko com a razéo, Mas esta critica esté fora do nosso objetiv>. TA a rental A erica através da critica da religiéo, s6 nos restringimos a0 que da especulacao resulta da mera concluséo. Acessencia do cristianigmy 2 nenhuma raza fora da especificacag © ‘ s so dividir a raz8o em duas oy, eu nao posse di fas raz6es: €U SO POSSO pensar nceber ou imagina nao posso Co nos! atu : egundo a qual ela mui OT SRatro partes. de forme 2 2nne Tear @razdo em si, |e. livre das, 0 ; dena unica razao. Decerto Poss CUPL a aracteristica essencial, ui eu mas adiitro lado, anula exatamente a caracteristicg por ou , soja o que ela é. Somente aquilo em que a a coisa se)2 0 Qrante aquilo € algo, € £4280, um razao divina ¢ identica & humI dela uma outra, essencialmente Conceito real; mas aquilo que deve {220" © aco subjetivamente. diversa, nao € nada objetivamente & . . " ico € 0 mistério insondavel da geragao we Go filho de Deus é naturalmente diversa ¢, do filho de Deus. A geracte a sobrenatural, Le., em verdade uma semmcao apenas aparente, iluséria - uma geragao & qual falta a caracte. seein sia qual uma geracdo € geracao, pois falta a diferenga sexual - portanto, uma geragao que contradiz a natureza ea rexdo, mas que, exa- tamente por ser uma contradicao, por ndo expressar nada definido, por nao fornecer nenhum material ao pensamento, proporciona & fantasia um campo muito maior e por isso causa no espirito a impresséo da pro. fundidade. Deus é Pai e Filho - Deus, imagina s6! Deus. A afetividade se apodera do pensamento; o sentimento da uniéo com Deus coloca ho- mem fora de si por éxtase - 0 mais distante é denominado com o mais préximo, o outro com o mais proprio, o mais elevado com o mais profun- do, 0 sobrenatural com o material, i.e., 0 sobrenatural é estabelecido como o natural, o divino como o humano; é negado que o divino seja algo diverso do humano. Mas esta uniao do divino com 0 humano ¢ logo negada de novo; o que Deus tem em comum com o homem deve signifi car em Deus algo inteiramente diverso do que no homem - e assim tor- na-se o proprio novamente o estranho, o conhecido torna-se desconheci: do eo mais préximo o mais distante. Deus nao gera, como a natureza, nao € pai, filho, como nés - como entao? Sim, esta é exatamente a pro- fundidade incompreensivel, inefavel da geracao divina. Assim estabelece a religiao, ou melhor, a teologia, o natural, o humano que ela aniquila, sempre de novo em Deus, mas agora em contradicaéo com a esséncia do homem, com a esséncia da natureza, porque em Deus deve ser algo dife- rente, mas em verdade nao é nada diferente. mitacoes casuais: A reflexao religios2. que faz com que algum a ima Um outro exemplo caracteristi Dentre todas as outras qualidades da esséncia divina é, porém, este nada da distincdo um nada oculto; na criagdo, por outro lado, é ele um nada publico, expresso, objetivo - dai o nada oficial, notério da teologia em sua distingao da antropologia. 6 Masa q Jualidade essencial através da qual o homem transforma a sua Propria esséncia alienada numa esséncia estranha, incompreensivel, 0 * rontradicas na e9sane Pe Ouse gern conceito: 2 CONCEPSAO da aut, , 3 nom 205 jas uma EXpressao maj ia, 8 crencia 6 Se realiza noes abstrata — Ga ¥idualidade exit te NCBItO da rey ej re tSONalid, SY ~ 0 que jacdo enquanto autotestemunho a Prevelagdy me lade. © coneette . mas, ito nalidade. Deus € um ser pessoal ~ eg, ou SOM: © conceito da rece forma 0 concebido em real or ve. : Aceit Osi ma © da per Todas as determinacsee 1 ouPlstivo em na Tue de uma geo Peso: dos. Ses da esséncia gn eietivo. Ti vez trans. humanas; Mas enquanto determinacses “i 0 fundam s um outro Ser Que existe Separadg e ingn ce U™ Set pessoe elas ser de imediato também realmente en te™® do homan forma a permanecer ao mesmo tempo outa de Com isso SUTgE Para a reflexdo 9 concei PTE @ unidade mos. OS antropomorfismos sao g, ito dos ch; Sssencial, determinacdes da esséncia divina ¢ n las se assemelham, humana ni Por isso € também a personal iar, lidade i ies através da idéia da personalidane so idot dade a reflexao rain, ° Panteismo: nao-diversidade da esséncia divina © humana a 13088 S€ desfar da sempre caracteristica do panteismo, é o homem ¢ ese "ude: Mas parte da esséncia divina; 0 religioso, ao contratio. o hee eee gem de Deus, ou também: um ser aparentado com Dene oma ime coma religio o homem nao se origina da natureza, mas mene estirpe divina, a uma origem divina, Mas parenteseo € ume coneeeans definida, ambigua. Existem graus de parentesco - Parentesco protimoe longinquo. Mas que parentesco é referido? Para a relacao do howren, com Deus no sentido da religiao s6 cabe uma tinica relacdo de parentes. co - a mais proxima, mais intima, mais sagrada que se pode conceber . a relacéo do filho com o pai. Desta forma, Deus e 0 homem se distin- guem assim: Deus € 0 pai do homem, o homem é o filho de Deus. Aqui é estabelecida simultaneamente a autonomia de Deus e a dependéncia do homem, e na verdade diretamente, como um objeto do sentimento, en- quanto que no panteismo a parte se mostra tao auténoma quanto o todo, uma vez que este é concebido como um todo composto de suas partes. No entanto é esta distincdo apenas uma ilusao. O pai nao é pai sem 0 filho; ambos juntos formam um ser comum. No amor ohomem re- nuncia a sua autonomia, rebaixando-se a uma parte - um auto-ebabe mento, auto-humilhagao que s6 se compensa pelo fato do oo paren a xar da mesma forma a uma parte, pelo fato de ambos Seon portant, um poder mais elevado - 0 poder do espirito fami se no panteis™0, existe aqui a mesma relacao entre Deus ¢° a eleg20 pessoal, patri- com a diferenca que aqui ela se mostra como tel ‘mo expresso logica, arcal, e la como impessoal, geral sendo no pal A essencia do oy istiani ism portanto, definida, e diretamente © que é omitido pela fantasia ng gido. A identificagao, ou melhor, a nao-diversidade de Deus e © home" aqui dissimutada pelo fato de se conceberem ambos como pessoa t individuos e Deus simultaneamente, desconsiderada a sua Patemigy, tu como um ser auténomo - mas uma autonomia que € também, somect aparente, pois aquele que é pai do fundo do coracao, como o Deus ey oso, tem em seu proprio filho sua vida e sua esséncia. lig. A relacao de dependéncia interna e reciproca entre Deus como py o homem como filho nao se pode afrouxar através da distingao de que, e Cristo é 0 filho natural, mas os homens filhos adotivos de Deus, que, «°° tanto, Deus esta em relacéo essencial de dependéncia somente oo" Cristo como filho unigénito, mas no com os homens. Porque tambe, esta distingao é somente teolégica, ie. iluséria. Deus $6 adota homers nao animais. O motivo da adogao esta na natureza humana. 0 homem adotado pela graca divina é somente o home consciente da sua nature 2a e dignidade divina. Além disso nao € 0 proprio filho unigerito nag, mais que o conceito da humanidade, que o homem preocupado consigg mesmo, o homem que se oculta em Deus de si mesmo e do mundo ~¢ homem celestial. O logos ¢ o homem secreto, silencioso; o homem éoip gos aberto, expresso. O logos € apenas o preniincio do homem. 0 que vale para o logos vale também para a esséncia do homer”. Mas entre Deus € 0 filho unigénito nao existe uma diferenca essencial - quem co. nhece o filho conhece o pai - portanto, nem entre Deus e o homem. O mesmo caso se da também com a semelhanca de Deus. A ima. gem nao é aqui uma esséncia morta, mas viva. O homem é uma imagem de Deus, nao significa mais que: o homem é um ser semelhante a Deus. A semelhanca entre seres vivos se baseia no parentesco de natureza. A semelhanga se reduz, portanto, ao parentesco: o homem é semelhantea Deus porque é filho de Deus. A semelhanga é somente 0 parentesco evi dente; por aquela concluimos esta. Mas a semelhanca é uma idéia tao iluséria, fugidia quanto o parentes- co. E somente a idéia da personalidade que suprime a unidade natural. A semelhanga é a unidade que nao quer confessar que é unidade, que se esconde atras de um nebuloso medium, atras da névoa da fantasia. Se eu suprimir esta névoa, estas trevas, chego a unidade nua. Quanto mais semelhantes forem os seres, tanto menos se distinguem eles; se conheco 28. “A maior uniao que Cristo possui com o Pai ser-meia possivel adquitir se eu pudess® abandonar o que é deste ou daquele e pudesse acolher a humanidade. Tudo entdo ai Deus deu a seu filho legitimo deu Ele a mim com tanta perfeido quanto a ele” (Pred? ges de alguns mestres anteriores e contemporaneos a Tauler, Hamburgo 162! 14). “Entre o filho unigénito e a alma nao existe diferenca” (ibidem, p. 68)- “NTC MA essencig © Deus em 1A essencia US a val gn, conheso 0 Outro. Decerto ul : tem a se, wotambém a semelhanca entre nee elhanca. og ran euseoh $eUs gf em. piedoso € mais semelhante a Dec °hOmem temas AUS. No en. ee pase da sua semelhanca ‘cus do 28 seus e graus, eo eee 2 natureza do piu’ © homem ° tambem 2qu!. Portanto, o mais alto grau de cr se nao see atingido aqui, mas somente nove se™ehance, fora um dia ja pertence a ele tambens agora ny Oe™ 0 que o home Die nes rans oe S8U de semethance nMOS Quantors pee duos ou seres dizem © expressam a mesma pent? Wands dois veaeh contrar nenhuma diferenga a nao serotme de scr de forma a nao se en. qualidades essenciais, aquelas através gae quais ‘di cols individuos. As sao as mesmas em ambos. Por isso eu nag pose ae naUimMOS 08 pensamento, da razao (para esta de: ‘sting Prancia), eu 86 posso 1. Se meus olhos nao me dissesse, vetsos quanto @ existencia - entao minha rezaoine eons Ib um unico e mesmo ser, Por isso também os meus afer ac nes oom Confundivel € somente o que € diverso para nfundem 240, ou melhor, 0 que é diverso somente qua a esséncia, Pessoas totalmente semelhantes tém por isso ume emcees nario encanto, assim como por si mesmas, também para lantacy nar melhanca oferece oportunidades para to do tipo de mistificacdes e ile s6es, pois meus olhos zombam da minha razéo, Para a qual o conceito de uma existéncia auténoma esta sempre associado ao conceito de uma diferenca determinada. nto a existéncia, ndo quanto A religiao € a luz do espirito que se refrata no meio da fantasia e da afe- tividade e que contempla o mesmo ser como duplo. A semelhanga é a unida- de da razdo que é dividida, interrompida no campo da realidade pela con- templacao imediatamente sensorial, mas no campo da religido pela idéia da imaginagao, em sintese, é a identidade da razao cindida pela idéia da in dividualidade ou personalidade. Eu nao posso descobrir uma dstindo teal entre pai e filho, original e copia, Deus € homem se nto inser ne ambos a idéia de personalidade. A semelhanga éa unida to aade rue Tazao, pelo senso da verdade e negada pela imaginasas; vente que néo deixa subsistir uma aparéncia de distincao - uma idéia pat diz nem sim nem nao. Capitulo XXIV A contradigao na teologia especulativa A personalidade de Deus é entao o meio através do qual o homem transforma as determinacdes e concepsées da sua propria esséncia em determinagées e concepcées de uma outra esséncia, de uma esséncia fora dele. A personalidade de Deus nao € em si mesma nada mais que a personalidade do homem exteriorizada, objetivada. Neste processo da auto-exteriorizagao se baseia também a doutrina especulativa hegeliana que faz da consciéncia que o homem tem de Deus a consciéncia que Deus tern de si mesmo. Deus € pensado e conhe. cido por nés. Este seu ser-pensado €, de acordo com a especulacao, o pensar-se-a-simesmo de Deus; ela reune ambos os lados que a religiao separa. A especulacao € aqui muito mais profunda do que a religiao, pois © ser-pensado de Deus nao é como o de um objeto exterior. Deus ¢ um ser interior, espiritual; o pensamento, a consciéncia é um ato interior, es- piritual, portanto, o ser-pensado de Deus é a afirmacao daquilo que Deus é, a esséncia de Deus é confirmada como ato. Que Deus seja pensadoe conhecido é para ele essencial, necessario; que esta arvore seja pensada é para a érvore casual, ndo-essencial. Mas como é possivel que esta ne- cessidade deva expressar somente uma necessidade subjetiva e nao ao mesmo tempo objetiva? Como é possivel que Deus, se ele deve existir para nés, se deve ser objeto para nés, deve ser pensado necessariamen- te, se Deus em si mesmo ¢ indiferente, como um pedaco de pau, se ele é pensado, conhecido ou nao? Nao é possivel. Somos obrigados a trans- formar o ser-pensado de Deus no pensar-se-a-si-mesmo de Deus. O objetivismo religioso tem dois passivos, um duplo ser-pensado. Uma vez ¢ Deus pensado por nés, a outra vez por si mesmo. Deus se per- sa independentemente de ser pensado por nés - ele possui uma cons- ciéncia de si mesmo diversa, independente da nossa consciéncia. Isto é também necessério se Deus for concebido como uma personalidade real; pois a pessoa real, humana se pensa e é pensada por um outro; meu pensé-la é para ela indiferente, exterior. E este é o ponto culminante do antropopatismo religioso. Para se tornar Deus auténomo e livre de tudo que é humano faz-se dele de preferéncia uma pessoa formal, real. "iY Auntradicao na teoiogia Specular va se encerrar nele 0 seu pe 2 cai fora como um outro Sen a8 a0 se as g0 40 NOSSO pensar é a 5. Esta indiferenes (i dele o (eee nteriOr. Pessoal. Certamne ste ™UNho ga so COM relagene PeNER, ex . . Certam, sa " Lee lente a " Sua e, Abs, c ensado de Deus no pensarseag,ni

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