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Objetivo Geral
Ao finalizar o estudo e a participação neste módulo de formação, o formando deve reconhecer o que é ética e
deontologia profissional.
A vida humana assume uma posição inigualável na Ordem Jurídica Portuguesa. É inegável que todas as pessoas humanas
merecem ser tratadas com igualdade perante o Direito.
O Princípio da igualdade dispõe que situações iguais devem ser alvo de tratamento igual e situações distintas devem ser
tratadas de forma distinta.
A necessidade de reflexão sobre a pessoa humana foi despoletada com o surgir do iluminismo, já que esta corrente político-
filosófica alertou o mundo para a igualdade entre todas as pessoas humanas num passado recente marcado pela diferença
de tratamento entre os seres humanos, como aconteceu com a escravatura.
Apesar de tarde se ter reconhecido a igualdade de todas as pessoas humanas perante a lei, o Direito reflete um elevado
desenvolvimento no reconhecimento dos direitos fundamentais inerentes a toda a pessoa humana.
A pessoa pode ser vista de duas perspetivas, como ser humano e como destinatário de normas, na medida em que é
suscetível de ser titular de direitos e de obrigações.
O termo ética tem origem no grego “ethiké” ou do latim “ethica ”, vinda da filosofia como objetivo o juízo de apreciação que
distingue o bem e o mal, o comportamento correto e o incorreto. Os seus princípios constituem como diretrizes para os
humanos, enquanto sujeitos sociais, com a finalidade de dignificar um comportamento. Os códigos de ética são,
dificilmente, separáveis da deontologia profissional pelo que é, igualmente, pouco usual serem utilizados indiferentemente.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada
indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases
que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir
e de se comportar em sociedade.
A Convenção dos Direitos da Criança é o mais ratificado de todos os tratados sobre direitos humanos. O seu
esboço foi iniciado em 1979, no Ano Internacional da Criança, por um grupo estabelecido pela Comissão dos
Direitos Humanos. O tratado resultante desta Convenção foi aceite por unanimidade e adotado pela Assembleia
Geral das Nações Unidas de 20 de Novembro de 1989, estando tudo pronto para a sua assinatura a 26 de Janeiro
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de 1990. Nesse dia, 61 nações assinaram este documento, mas só passados alguns meses, após se ter efetuado
o número de ratificações por Estados exigido pelos estatutos da ONU, a Convenção teve força legal.
1.º
Toda criança será beneficiada por estes direitos, sem nenhuma discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, país de
origem, classe social ou situação económica. Toda e qualquer criança do mundo deve ter seus direitos respeitados!
2.º
Todas as crianças têm direito a proteção especial e a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver plenamente,
com liberdade e dignidade. As leis deverão ter em conta os melhores interesses da criança.
3.º
Desde o dia em que nasce, toda a criança tem direito a um nome e uma nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país.
4.º
As crianças têm direito a crescer e criar-se com saúde. Para isso, as futuras mães também têm direito a cuidados especiais,
para que seus filhos possam nascer saudáveis. Todas as crianças têm também direito a alimentação, habitação, recreação
e assistência médica.
5.º
Crianças com deficiência física ou mental devem receber educação e cuidados especiais exigidos pela sua condição
particular. Porque elas merecem respeito como qualquer criança.
6.º
Toda a criança deve crescer num ambiente de amor, segurança e compreensão. As crianças devem ser criadas sob o
cuidado dos pais, e as mais pequenas jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário (para bem da
criança). O governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças que não têm família
nem dinheiro para viver decentemente.
7.º
Toda a criança tem direito a receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades
iguais para desenvolver as suas habilidades. E como brincar também é uma boa maneira de aprender, as crianças também
têm todo o direito de brincar e de se divertir!
8.º
Seja numa emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança deverá ser a primeira a receber proteção e
socorro dos adultos.
9. º
Nenhuma criança deverá sofrer por negligência (maus cuidados ou falta deles) dos responsáveis ou do governo, nem por
crueldade e exploração. Não será nunca objeto de tráfico (tirada dos pais e vendida e comprada por outras pessoas).
Nenhuma criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem deverá ser obrigada a fazer atividades que prejudiquem sua
saúde, educação e desenvolvimento.
Sigilo/segredo profissional
Como se sabe, o sigilo profissional — a guarda de informações obtidas em razão do exercício profissional, de tudo aquilo
que lhe foi confiado como sigilo, ou o que veio a ser conhecido devido seu estatuto profissional. Constitucionalmente,
ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude da lei, e que são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas. Esse entendimento norteia os dispositivos legais que se referem ao sigilo
profissional, em particular o sigilo médico. Importante ter em atenção que o direito à confidencialidade é tanto um direito da
pessoa, como também uma responsabilidade profissional. Em outros termos, a existência do sigilo profissional interessa a
toda sociedade, pois é condição indispensável para o trabalho do profissional, na medida em que essas ações encarnam
um interesse da sociedade.