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INTRODUÇÃO
Salmos é um dos livros mais conhecidos da Bíblia Sagrada e que tem, talvez,
os textos mais conhecidos e belos. Por ser um livro de orações e hinos, os cristãos
não consideram que seja um livro a ser estudado e interpretado. Porém, é um livro
de difícil interpretação por conter palavras dirigidas a Deus e ao mesmo tempo
inspiradas por Ele. Entender isso é essencial para compreensão da essência de
cada texto.
Diversos Salmos na Bíblia não revelam seu significado em uma leitura rasa,
principalmente quando se tenta compará-lo dentro da realidade dos tempos atuais.
Tem-se uma dificuldade maior quando se leva em consideração a época em foi
escrito e sua destinação.
Uma das maneiras de entender o livro de salmos é entender sua natureza e
os vários tipos de salmos que existem, bem como suas formas e funções. Uma das
coisas mais importantes é o reconhecimento que os textos são poemas musicais,
poesias hebraicas com boa parte da linguagem intencionalmente emotiva. Por ser
uma poesia nem sempre o texto requer uma interpretação. Às vezes a intenção é
justamente glorificar a Deus e suas maravilhas.
Um poema não deve ser lido como uma epístola ou uma narrativa, pois traz
em seu corpo emoções que aquelas não costumam levar ao leitor. A intenção dos
Salmos é apelar aos sentimentos e estimular o leitor a entrar em uma esfera de
adoração como se faz em orações e cânticos de louvor. Sua intenção não é trazer
um sistema doutrinário e é perigoso tentar encontrar isso nos textos do livro sagrado
em questão.
A utilização de hipérboles e diversas outras linguagens figuradas poderia levar
o leitor que tentasse interpretar de forma literal a caminhos completamente errôneos
sobre o real significado do texto ou ensinamentos que nunca foram pretendidos pelo
autor. Buscar a intenção de uma metáfora ou qualquer outra figura de linguagem é
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por vezes perigoso, pois cada pessoa que busca na leitura dos Salmos alguma
resposta para os problemas diários pode incorrer em erro e entender aquilo que o
texto não diz ou aconselha. Entender as metáforas e o simbolismo é um grande
passo para compreender o livro e “traduzir” para a realidade que está em foco.
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erroneamente perde o objetivo, Se assim o fizermos em relação aos salmos, os
propósitos de Deus ao inspirá-los terão sido em vão.
Os salmos eram para uso no culto dos Israelitas para estabelecer uma ligação
de adoração entre o homem e Deus no período que faziam sacrifícios ao templo de
Jerusalém.
Existe salmos produzidos para adoração individuais e outro de uso coletivos.
Os cantores adoravam cantando os salmos só no templo, com isso foram
eventualmente sendo expressado fora em circunstância em que viviam.
A aplicação dos salmos não se limita a tempos e épocas, não há registro de
data que foram escritos. Sabemos que desde a época pré exílica, passando pelo
cativeiro, até a pós exílico, sendo concluído somente no final do século III a.C. Os
salmos eram divididos em grupos chamados livros maiores e menores. Existem
salmos que não faziam parte dos originais considerados como inspirados, exemplos:
salmo 90 (Moisés) e Salmos 72 e 127 (Salomão).
Salmos tornou-se uma coletânea depois da volta dos Israelitas do exílio. A
conclusão do hinário do templo vai do salmo 1 ao 150. No NT os judeus, Jesus e os
discípulos conheciam bem os Salmos. Paulo sempre encorajava os cristãos
primitivos a fazerem uso dos salmos nos seus cultos (Ef 5.19)
5. TIPOS DE SALMOS
1. Lamentações:
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As lamentações representam o maior grupo de salmos, podendo ser
subdivididas em lamentações individuais e lamentações coletivas.
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A ti, ó Deus, glorificamos, a ti damos louvor, pois o teu nome
está perto, as tuas maravilhas o declaram. (Salmos 75:1)
3. Hinos de louvor:
Esses salmos centralizam-se no louvor a Deus por causa de quem Ele é, por
sua grandeza e também por sua bondade. Nestes Salmos, Deus pode ser
louvado como:
Ex.: No Salmo 147, o salmista louva a Deus pelo seu poder. Nos
versículos 4 e 5 ele diz:
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Alegre-se, ó povo de Israel, por causa do seu Criador! Fique
contente, ó povo de Jerusalém, por causa do seu Rei! (Salmos
149:2)
Esses salmos fazem uma revisão das vezes em que Deus salvou o povo de
Israel (nação da qual veio Jesus Cristo), sobretudo, quando os libertou da
escravidão no Egito. Eles podem ser encontrados nos Salmos 78, 105, 106, 135 e
136. Ex.: No Salmo 78, versículos de 12 a 15, Asafe cita o cuidado de Deus durante
libertação do Povo de Israel da escravidão no Egito.
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Salmo 3, consiste em um cântico, cujo sua característica é identificado como
um salmo de lamentação. Nessas características encontramos elementos virtuais
isolados nos textos que são: Destinatário, queixa, confiança, libertação, segurança,
louvor.
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6. Louvor: Ele oferece louvor,dando graças a Deus e louvando pelas
bênçãos do passado, do presente e/ou do futuro. O v.8 ele é libertador. No
pedido pela benção está implícito que deus é aquele que abençoa.
Neste tópico o autor, nos revela a importância dos salmos de ações de graças
dizendo-nos que este tipo de salmos é usado em situações de agradecimento a
Deus depois de algum acontecimento específico sendo um apelo ou libertação é
uma forma de testemunho que o salmista tinha a apresentar ao Senhor sua oração
de arrependimento e confissão em seu momento de aflição.
9. SALMOS IMPRECATÓRIOS
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É necessário, então, compreender que os Salmos imprecatórios são lamentos
expressos diante de Deus, são pedidos de socorro e declarações a respeito do
poder e da soberania de Deus, mesmo diante de inimigos que parecem invencíveis.
Não se trata, portanto, de contradição em relação aos ensinos de amor aos
inimigos, mas sim de uma manifestação dos sentimentos humanos dos salmistas
diante das dificuldade, guerras e invasões que faziam parte do contexto da época.
Algumas observações finais: o autor não pretende apresentar uma análise
hermenêutica dos Salmos, uma vez que são expressões de sentimentos, poesias,
que são repetidos por outras pessoas, ao longo da História, e alcançam o coração
do Senhor.