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(Obra originalmente pubticada sob 0 ttulo Foundations of Materials Science and Engineering, Sth Edition ISBN 0073529249 /9780073529240 Copyright © 2010, The McGraw-Hill Companies.ine. All rights reserved, Portuguese-language translation copyright © 2012 AMGH Bditora Lida All rights reserved. Capa: Aero Comunicagao Leitura final: Fldvia Framchin! e Vania Cavalcanti de Almeida Gerente jorial CESA: Arysinka Jacques Afonso. Coordenadora editorial: Viviane R, Nepomuceno Assistente editorial: Kelly Rodrigues dos Santos Eaitorago: Trald Composigao Eiitorlal Lida Reservados todos os direitos de publicagio, em lingua portugues AMGH Editora Lida, uma pareeria entre GRUPO A EDUCACAO $.A. e MeGRAW-HILL EDUCATION. Av. Jentinimo de Omelas, 670 ~ Santana 90040.340 — Porto Alegre ~ RS ‘Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070, F proibid a dupticagao ou reprodugao deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrOnico, mecanico, gravagio, fowwcSpia, distribuige na Web outros) sem permissio expressa da Editora Unidad Sie Paulo ‘Av. Embaixador Macedo Soares, 10.735 ~ Pavilhio 5 ~ Cond, Espace Center ~ Vila Anasticio (05005-0835 ~ Sao Paulo ~ SP Fone: (11) 3665-1100 Fax (11) 3667-1333 SAC 0800 703.344 — www.grupoa.com.br PRINTED IN BRAZIL. Sumétio xi 66.2 feito da deformagio plastica na Forma dos gros e no arranjo das discordineias 180 feito da deformagao plistica a frio 663 ‘no aumento da resisténcia meedinica dos metais, 180 67 Endurecimento de metais por solugzo sélida..183 68 —_Recuperagdo e recristalizago de metais deformades plasticamente 183 681 Estrutura de um metal fortemente deformado a frio antes do reaquecimento, 184 682 Recuperagio. 184 683 Reenstalizagdo 185 69 —Superplasticidade em metais 188 6.10 Metais nanocristalinos 190 61 Resumo 191 612 Problemas. 191 CAPITULO 7 Propriedades Mecanicas dos Metais Il....... sve 197 71 Fratura dos metais, 198 TAL Fratura diictil 199 7.1.2 Fratura frig 200 7.1.3 Tenacidade e teste de impacto.......201 7.1.4 Temperatura de transigio dict para frégil 202 7.1.5. Tenacidade a fratura 203, 7.2 Fadiga de metais 205 72.1 Tensdes cielicas 208 7.2.2 Principais alteragdes estruturais que ‘ocorrem em um metal diictil durante 0 provesso de fadiga 209 7.2.3. Principais fatores que afetam a resisténcia fadiga de um metal 210 73 Taxa de propagagdo da trinca 210 73.1 Correlago entre o comprimento dda trinea ¢ sua propagagao com atensio 210 73.2. Grifico da taxa de crescimento da tinea versus intervalo do fator de intensidade de tensa, 212 73.3 Caleulos para a vida em fadiga.....213 7.4 Fluéncia ¢ tensto de ruptura dos metais......214 JA1 — Fluéncia de metas 24 TA2 — Oteste de fluéncia 216 7.4.3 Teste de ruptura por flugneia.....217 7.5. Representagdo grifica da fluéncia e tensio de ruptura tempo-temperatura usando o parimetto de Miller Larsen 217 7.6 Estudo de caso de falha de componentes metilicos 219 7.7 Recentes avangos futurasdiregdes no melhoramento do desempenho meeinico dos metais 221 771 Melhora na ductiidade e na resisténciasimultaneamente...... 21 7.7.2 Comportamento em fadiga de etais nanocristalinos 22 78 Resumo 22 79 Problemas 203 CAPITULO B Diagramas de Fase.. 227 81 Diugramas de fase de substincias puras.....228 82 Regra das fases de Gibbs 29 83° Curvasde testriamento 20 84 Sistemas isomorfos bindrios 231 85 Regrada alavance 22 6. Solidificagao fora do equilibrio de ligas anetalicas 236 87 Sistemas binarios euteticos 238 88 Sistemas binarios peritticos 243 89 Sistemas binérios monotéticos 246 810 Readies invariances 247 8.11 Dingramas de fases com fases e compostos intermediirios aus 8.12 Diagramas de fases temaios 252 813 Resumo 254 8.14 Problemas 254 CAPITULO 9 Ligas de Engenhatia....csccscsstessne 261 9.1 Produgto de ferro © ago 262 9.1 Pradugdo de gusa em alto-fomo....262 9.12 Produgao de ago processamento 4dos prncipais proditos de ago... 263 92 Osistema ferro-carbono 265 92.1 O diagrama de fase ferro-carboneto de ferro 265 92.2 Fases silidas no diagrama de fase FeFec 266 92.3 Reagdes invariantes no diagrams de fase Fe-FesC 266 9.24 Resfiiamento lento dos ages-carbono 267 93. Tratamentos térmieos de agos-carbono .....271 931 Martensita m1 93.2 Decomposigao isotérmica da austenita 273 933 Diagrams de transformago por resfriamento continuo para agos-carbono eutetoides a8 934 Recozimento e normal gos-earbono 279 xv Suméio 935 936 Revenimento dos agos-carbono.....280 Classificagao dos agos-carbono e ropriedades mecdnicas tipicas.....283 94 Agos de baisa liga 283 9.4.1 Classifieagao dos agas com Tigas....285 9.4.2 Distribuigio dos elementos de liga ‘nos acos com ligas. 285 9.43 Eleito de elementos de liga na temperatura eutetoide dos agos....286 9.4.4 Temperabilidade 287 94.5 Propriedades mecanieas tipicas e aphcagdes dos agos de barxa liga ..291 9.5 Ligas de aluminio 291 951 jurocimento por precipitagio ....291 9.5.2 Propriedades gerais e produgiio do aluminio 297 9.5.3 Ligas de aluminio para trabalho ‘meecinico 297 9.54 — Ligas de aluminio para fundigho ....301 9.6 Ligas de eobre 303 9.6.1 Propriedades gerais do cobre......-303, 9.6.2 Producio do cobre 303 9.6.3 Classificagdo das ligas de cobre....303, 9.6.4 Ligas de cobre para trabalho mecanico 304 9.7 Agos inoxidiveis 308, 9.7.1 Agos inoxidiveis feriticos 308, 9.7.2 Agos inoxidiveis martensiticos..... 308 9.7.3 Agos inoxidiveis austenitic ......310 9% Ferros fundidos 311 9.8.1 Propriedades gerais. 31 9.8.2 Tipas de ferros fundidos 311 9.8.3 Ferro fundido braneo. 31 98.4 Ferro fundido cinzento. 312 98.5. Ferro fundido dic 34 986 — Ferro fundido maledvel 319 9.9 Ligas de magnésio, titinio e nique! 316 9.9.1 Ligas de magnésio. 316 9.9.2 Ligas de titinio 318, 9.9.3 Ligas de niquel 318. 9.10 Ligas para fins especiais e aplicagies 320 9.10.1 Intermetilicos. 320 9.10.2 Ligas com meméria de forma ....321 9.10.3 Metais amorfos. 323 9.11 Resume 325 9.12 Problemas, 325, CAPITULO 10 Materiais Poliméricos...... 10.1 Introdugio 10.1.1 Termoplasticos 10.1.2. Plésticos termofixos (Vermorrigidos) 332 102 103 lod 105 106 107 Reagdes de polimerizagio 333 10.2.1 Estrutura de ligagao covalente de uma moléeula de etileno. 333, 10.2.2 Estrutura de ligagdo covalente de uma moléeula de etileno ativada.....333 10.2.3, Reagao geral para a polimerizagao do polietileno e 0 grau de polimerizagio. 334 10.24 Passos para a polimenzagao em cadeia 335 10.2.5 Peso molecular médio para termoplisticos 336, 10.2.6 Funcionalidade de um mondmero..337 10.2.7. Estrutura de polimeros lineares ndo eristalinos 337 10.28 Polimeros vinil e vinilideno 337 10.2.9 Homopolimeros ¢ copolimeros .....338 10.2.10 Outros métodos de polimerizagao...341 Meétodos de polimerizagao industrial 341 Cristalinidade e estereoisomeria em alguns termoplisticos, 343 104.1 Solidificagao de termoplasticos nao cristalinos 343 10.4.2. Solidificagao de termoplasticos parcialmente cristalinos, 34 10.4.3 Estrutura de materiais termoplisticos pareialmente cristalinos. 344 10.4.4 Estereisomeria em termoplasticos...346 10.4.5 Catalisadores Ziegler e Natta.....346 Processamento de materiais plisticos. 347 10.5.1 Processos usados para materiais termoplisticos 347 10.5.2 Processos usados para materiais termofixos 350 ‘Termoplasticos de uso generalizado 351 10.6.1 Polietileno 353 1062 Cloreto de polivinila ¢ copolimeros 355 10.6.3. Polipropileno 356, 1064 Poliestireno, 337 10.6.5. Potiacrilonitrla 357 1066 Estireno-aerilonitrila (SAN) 358 1067 ABS 358 10.6.8 Metacrilato de polimetila (PMMA) 359 10.6.9 Fluoroplisticas 360 Termoplasticos de engenharia 361 10.7.1 Poliamidas (nylons) 362 10.7.2 Policarbonato 364 10.7.3 Resinas fenilénicas baseadas em oxido, 364 10.7.4 Acetais. 365 10.7.3 Poligsteres termoplasticos 366, 10.7.6 Sulleto de polifeniteno. 367 107.7 Polieterimida 368 10.78 Ligas poliméricas 308, sumstio ” 108 _Plisticostermotixos (termortigids) 369 1.2.11. Estruuraeristaina da perovskite 1081 Fencl 370 (Calio,) 42 1082 Resinas epost x 112.12 Ocarbono e seus atropos 412 1083 Polistes insaturados 373113. Estruturas de silicato ais 1084 Resinas de amino (reins © 113.1 Unidad estrtural basica das ‘elaminas) x4 estruturas de silicato as 10.9 Elastémeros (borrachas) 376. 11.3.2 Estruturas em ilha, cadeia e anel 109.1 Borracha natural 376 dos siicatos a5 109.2. Borrachasinética 378 1133. Estrmuras em folha de slieatos... 415 109.3. Propriedades dos clestomeros de 1134 Cadeias de silcatos 47 policloropreno 379114 Processamento de eerimicas a8 109.4 Valeanizagdo dos elastémeros de tA Preparaséo do material 48 policoropreno rr) 1142 Formagao. 418 10.10. Deformagao ereforgo ce materiais a3 2 plésicos 382115. Cerimicasradioionais ede engenharia... 424 10.10.1 Mecanismos de deformagao para 1151 Ceriimicas tradicionais 4 termoplasticos 382 115.2 Cerimicas de engenharia 425 10.10.2 Reforcando os termoplisticos ....383 11.6 Propridades mecinieas das eeramicas.... 428 10.10.3 Reforgando os pistons temmofixos 386 Tel Generniaaies, 428 10.104 0 efetoda temperatura na resistencia 1162 Mevanimnoa pera «deferens dlos materiais plisticos 386 cde matcrnis cerimicos 408 10.11 Fluéneia etratura dos mateias polimericos 387 De ee sono 10.111 Fluéneia dos materiais plimericos..387 ileenslo tie cociioca eo 10.112 Relaxamento de tensio dos lia: Reed materaispolimericos 387 Ressteneh no sony 20ut3 Bata dsm poss 38 1163 onto da zreinia pareialmente 10.13. Problemas 392 areal ai 11.66 Falha das cenimicas por fadiga «432 cariruto 11 Te? Mecheedivion deus as Ceramica . 117 Propridades termieas das eeramieas...... 433 110 aoa 399 117.1 Materiaisrefratrios cerimicos.... 433 11.2. Estruturas cristalinas cerdmicas simples ....400 11.7.2 Refratérios acidicos, 434 11.2.1 Ligagdes covalentes ¢ idnicas em 11.7.3 Refratarios bisioos aM ‘eoetpostocotteses alnplessen 460 11.74 Ladkithos cerimicos de isolamento 11.22. Arranjos inicos simples para oOnibusexpacial de Orbit... 434 cncontrados em sélidos 118 Videos 435 ionieamenteligados. 401 ILS Definigio de video 436 11.23. Estrutura eristalina de cloreto de 1182 Temperatura de transigfo vitrea .... 436 césio (CSCI). 403 IL83)_Estrutura dos videos 437 11.24 Estrtura ritalin do eloreto de 1184 Composigaes do video 438 séio (Nach 40a 1185 Deformagao viscosa de vidros 440 Fspagos intersticinis nos reticulos 1186 Métodos de formagio para cristalinos CFC e HIC 407 vidio mn 11.26 _Estrturaeristaina da blenda de 1187 Vidro temperado 443 sulfeto de zinco (ZnS). 409 ILS8__ Vidro rforgado quimicamente.....443 11.27 Esrutura cristina do fuoreto de 11.9 Revestimentos cerdmicos ¢ engenharia cali (Cal 410 de superficie au 11.28 Estrutura enstalina da antflurita 411 1.9.1 Vidros de silicatos aud 1129 Estrutura eristaina do 11.92 Osidos ¢earbetos aM corindon (A10,) 4111.10. Nanoteenologia ecerémicas aus 11.210 Estratra eristalina da espinela 1111 Resumo M6 (MeAl,0,) 4111112. Problemas. an ni Suméio CAPITULO 12 Materiais Compésitos.. 451 121 Introdugio 452 12.2. Plisticos reforgados por fibras 452 12.2.1 Fibras de vidro para reforgar resinas plisticas 452 12.2.2 Fibras de carbono para reforgar plisticos sn 12.2.3 Fibras de aramida para reforgar plisticos 435 12.2.4 Comparagio de propriedades ‘mecanicas de fibras de earbono, de aramida ¢ de vidro utilizadas para reforgar plisticos. 455 12.3 Materiais compositos plasticos reforgados por fibras 456 12.3.1 Materiais para a matriz de plisticos reforgados por bras 456 12.3.2 Materiais eompésitos plastics reforgados por fibras 457 1233 gies para o médulo de clasticidade de um composite de fibras continuas matriz plistica, do tipo Iaminado, em condigdes de isodeformagao e de isotensio.....459 124 Processos de molde sberto para materiais composts phisticos reforgados por fibras ...462 124.1 Processo de deposigio manual.......462 12.4.2 Processo de spray 463 12.43. Processo de autoclave em embalagem a vieuo, 463 12.44 Processo de enrolamento de fio... 465 12.5 Processos de molde fechado para plisticos reforgados por fibras 468 12.5.1 Moldagem por compressio ¢ ‘moldagem por injegio 465 12.52 O processo MF on de moldagem de folha 465 12.53 Process de pultrusio continua .....466 126 Concreto 466 1261 Cimento portland 467 1262 Agua de mistura para 0 concreto..... 469 1263 Agregados para o concreto 469 12.64 Aprisionamento de ar 469 1265 Resistencia 4 compressao do cconereto 470 12.66 Dosagem das misturas de concreto 470 1267 Conereto amado e conereto protendido an 1268 Conereto protendido. 471 127 Asfalto e misturas a 4B 128 Madeira 474 128.1 Masroestrutura da madeira ..0474 1282 Microestruturas de madeiras macias. ATS 1283 Microestutura de madeira njas 476 1284 strata da parede celular... 477 1285 Propriedades das madeiras a8 129° Estraturas em sanuiche 480 129.1 Estomura em sanduiche de eolmeia de abelha 481 1292 Materiais metilicos revestidos 481 12.10 Compositos de matiz metilica e compositos dle matniz cerimica 481 12.10.1 Compésitos de matriz metélica (CMMs) 481 12.102 Compdsitos de matrz eerimica (MCs) 483 12.103 Composios cerimicos ¢ nanotecnologia 486 1211 Resto 487 12.12. Problemas 488 CAPITULO 13 COFFOSAO sven es ABS 131 Geral 494 132 Comrosio eletroquimica de metais 494 15.21 Reagdes de 6xido-redugio 494 13.22 Potenciais dos eletrodos da meia-plha padi para metas... 495 133 Pithas galvinicas a7 13.3.1 Pithas galvinicas macroscépicas com eletroitos molares wr 13.32. Pithas galvnicas com cletoitos iio molares 498 13.33. Pithas galvinicas com éeidos ou cletraitos alealinos sem fons etalicos presentes 500 1334 Corrosio microseapica de pias galvanicas de um eletrodo: 500 1335. Pithas galvnicas de concentragao. 501 133.6 Pilhas galviinicas criadas por diferengas na composisio, na csinutura ena tensio. 503 13.4 Taxasde corrosto (cinematica) 505 134.1 Taxa da corrosto uniforme ou salvanizagio de um metal em solugio aquosa 305 13.42 Reagdes de corrosio e polarizagio, 506 13.43 Passivagio 310 1344 Sexes galvanices Sil 135. Tipos de eorroséo 312 135.1 Corrosio uniforme ou por ataque geral, 512 1352 Comosdo galvimica ou bimetiliea 512 sumstio il 1353. Corrosto por pite 144.1 Semicondutores extinsecos do ipo 133.4. Corrosto por frestas nn (ipo negativo) sis 135.5. Corrosio intergrannlar 1442 Semicondutores extinseeos do tipo 133.6 Corrosio por testo tipo positivo) 349 133.7 Erosio-corrosio 14.43 Dopagem de mater 135.8 Dano por corrostio, semicondutores de silicio extrinsecoS49 135.9 Corrosto por atnito 144.4 Efeito da dopagem sobre as 133.10 Lixiviagdoseletiva concentragies de portadores em 135.11 Dano causado por hidrogénio. semicondutores extrinsecos, 350 136 Oxidagto dos metuis 144.5 Elito da coneentragto total de 13.6.1 Filmes oxidos de protegao. impurezas ionizadas sobre a 1362 Mecanismo da osidagio mobilidade dos portadores de carga 1363 Taande oxilagdo (Cinética), no silcio dtemperatra ambiente. 582 13 feats, 1446 _Efsito da temperatura sobre a Igi7d Selggurdemaenel condutividade lerica de 173) Bevsneals vas ayes 8 88 a3 Becge 5 Dispositivos scmicondutores 5 1874 Alten do amine WSL Abo ptr nina 5 13.7.5. Protegio anddica e eativdica SCOTS a bem 1453. Oumar de judo bila 338 2X2 Renblemnss 146 Microeletrénica 359 expiruie 44 MB Tamir,” Propriedades Elétricas 14.6.2 Transistores mictoeletrSnicos dos Materiais...... oe 533 plinos de efeito de eampo. 560 141 Codigo eles nos metas ssa Ad isioeis Sesieachnpeaion, MaL1 O modelo clssco dacondusio 147 Compostos somicondotores 566 a Shineanesm 33g #8 ropes ies de mates a 14.13 Velocidade de deriva de eletrons aad hale cecearals m tan metal condutor 337 oaubdilenicos sos 14.14 Resistvidade eetriea dos metais.. 338 14RD “Mtatals elena Goss 570 142. Modelo de bandas de energia de eondugto 1483 Matriiscortmioos par slétics, Sal capacitores. ST 14.2.1 Modelo de bandas de energia 14.84 Semicondutores ceramics. 572 para metais Sal 1485 Matcriais ccrimicos ferroelétricos . 373 14.22 Modelo de bandas de encrgia 149° Nanoeletroniea 375 para solantes $4214.10 Resumo 6 M3 dures intrinsesos $4314.11. Probleman ee 14.3.1 Mecanismos de condugio eletrica ‘em semicondutores intrinsecas .... $43 14.3.2 Transporte de cargas elétricas na rede cristalina do silicio puro ....543 14.3.3 Diagramas de bandas de energia para semicondutores elementares intrinsecos. saa 1434. Relagdes quantitativas da conduga0 clétrica em semicondutores clementares intrinsecos sa 14.3.5 O efeito da temperatura sobre a semivondutividade intrinseea..... $46 144 Semicondutores extrinsecos Sas. CAPITULO 15 Propriedades Opticas e Materiais Supercondutores. Introduga0 A luz e 0 espectro eletromagnético. Refragdo da luz 13.3.1 indice de refragto 15.3.2 Aleide Snell de refragho da luz Absoryio, transmissdo ¢ rellexdo da luz 154.1 Melais. 15.4.2 Vidros silicatos 580 sal ssl 582 582 383 584 584 S84 wil Suméio 13.43 Plisticos 586 15.44 Semicondutores 586 Lumineseéncia 587 15.5.1 Fotoluminescéncia, 588 15.5.2 Catodoluminescéncia 588 15.6 Emissio estimulada de radiagao e lasers... 589 156.1 Tipos de lasers 591 15.7 Fibras épticas 592 15.7.1 Perda de luz em fibras dpticas......592 15.7.2 Fibras épticas monomodo ce multimode 594 15.7.3 Fabricagio de fibras opticas 594 15.7.4 Sistemas de comunicagio de fibra Optica modemnos 595, 15.8 Materiais semicondutores 595, 1581 Estado supercondutor. 595, 1582 Propnedades magneticas de supercondutores, 597 15.83 Fluxo de corrente e campos ‘magnéticos em supercondutores ... 598 15.8.4 Supercondutores de alto campo alta corrente 598, 15.85 Onidos supercondutores de alta temperatura eritica (7). 599 15.9 Problema 600 CAPITULO 16 Propriedades Magnéticas. 16.1 Introdugao 16.2 Campos e grandezas magnéticas. 604 16.2.1 Campos magnétic 608 16.2.2 Induco magnetica 605 16.2.3 Permeabilidade magnética 606 16.24 Susceptibilidade magnética 07 16.3 Tipos de magnetismo oT 16.3.1 Diamagnetismo oT 16.3.2 Paramagnetismo 607 16.3.3 Ferromagnetismo, 608 16.3.4 Momento magnético de um elétron desemparelhado 608 16.3.5. Antiferromagnetismo 610 16.36. Ferrimagnetismo ou 16.4 Efeito da temperatura sobre © ferromagnetismo ou 16.5. Dominios ferromagnéticos. oul 16.6 Tipos de energia determinantes da estrutura ' ferromagnéticos 613 166.1 Energia de troca 63 166.2 Energia magnetostatica 613 1663. Energia de anisotropia ‘magnetocristalina 613 1664 Energia de parede de dominio.....614 167 168, 169 166.5 Energia magnetoestr ‘MagnetizacZo e desmagnetizaga0 de metais ferromagneticos. Materiais magnéticos moles 16.8.1 Propriedades desejadas para materiais magnéticos moles, 168.2. Perdas de energia nos materiais magnéticos moles 1683. Ligas de ferro-silicio 1684 Vidros metilicos 1685 Ligas de niquel-ferro Materiais magnéticos duros 169.1 Propriedades dos materiais, magnéticos duros, 169.2 Ligas alnico 169.3 Ligas de terras raras 169.4 Ligas magnéticas de ncodimio-ferre-cobalto 169.5 Ligas magnéticas de ferro-cromo-cobalto 16.10 Fervitas 16.11 te moles 16.10. Ferritas magneticams 16.10.2 Ferritas magneticamente duras, Resumo 16.12. Problemas. CAPITULO 17 Materiais Biolégicos e Biomateriais.. 634 I 172 173 174 Introdugao Materiais biologicos: osso. 172.1 Composigio. 172.2 Macroestrutura 17.2.3. Propriedades mecanicas 17.2.4 Biomecinica de fratura ossea 17.25. Viscoelasticidade do osso. 172.6 Remodelaydo ssea 17.2.7 Modelo de osso composito Materiais biologicos: tendes e ligamentos 173.2 Microestrutura 17.3.3 Propriedades meetinicas 1734. Relaglo estrutura e propriedades 173.8. Modelagem eonstituiiva viscoelasticidade 17.36 _Lesio no ligamento e no tendd0. Material bioligico: cartilagem articular 174.1 Composigao e macroestratura 174.2 Microestratura 1743. Propriedades mecinicas 1744 Degeneracao da eartilagem Biomateriais: metais em aplicagies biomédicas 175.1 Agos inoxidaveis 175.2 Ligas é base de cobalto ou 61s 616 616, 616 617 61s. 619 621 621 23 624 625 2s 626 626 29 629 630 635 635 635 635 636 636, 637 637 638, 639) 639 641 641 642 64d 645 645 645 646, 646 647 647 648, Sumétio ix 119 1710 mH 1112 113 17.53 Ligas de ttinio, 17.3.4 Alguns problemas da aplicagio ‘ortopédica de metas Polimeros em aplicagies biomédicas. 17.6.1 Aplicagdes eardiovasculares de polimeros 1762 Aplicagdes oftlmicas 17.63 Sistemas de fomecimento de droga 17.64 Materiais de sutura 17.65 Aplicagdes ortopédicas Cerimicas em aplicagies biomédieas 17.7.1 Alumina em implantes ortopédicos 17.7.2 Alumina em implantes dentarios 17.7.3 Implantes cerimicos e conectividade ao tecido. 17.7.4 Ceramicas nanocristalinas Aplicagées de compésitos na area da biomedicina 17.81 Aplicagdes ortopédicas 17.82 Aplicagdes em odontologia (demtistica) Corrosio em biomateriais -m implantes biomédicos, Engenharia de tecidas. Resumo Problemas. 649 649 631 631 652 633 653 653 654 635 656 637 657 658 658 660 662 663 663 Referéncias para Estudos Posteriores 667 APENDICE | Algumas Quantidades Fisicas e suas Unidades Respostas para os Exercicios Selecionados. Glossario. indice. ene TD 691 Apéndices on-line Propriedades Importantes de Alguns Materiais para Engenharia ‘Algumas Propriedades dos Principals Elementos Raios lénicos dos Elementos CAP(TULO 1 Introdugao a Engenharia e Ciéncia dos Mate iS ‘Ao final deste capitulo, oaluno seré capaz de: 11. Entender a engenhariae cica dos materials ‘como uma Srea do conhiecimento cientifico, 2. Enumerar a clasifcago bisica dos materials sides. 3. Relaclonar as caracteristicas essencials de cada grupo de materia © Phoenie Mars Lander & “robé-cientisa” por tris da mais recente empreitada cientifiea da NASA, o Programa cde Exploragdo de Marte, Os dois principais objetives cien- lificos da missio Phoenix so determinar se de fato nun- cca houve vida em Marte, ¢ entender 0 clima marciano. A. aeronave é uma obraprima da engenharia, representando ‘6 desejo humano de obter conhecimento. Imaginem os de- safios em engenharia e ciéneia dos materiais ao se projetar ‘uma nave para resistir e operar de maneira eficaz. sob uma variedade de condigdes extremas. Durante o langamento, por exemplo, a aeronave e seus sensiveis instrumentos so submetidos a eargas colossais, jé ao longo da etapa de eru- zeiro, a aeronave deve resitir a tempestades solares © a0 mpacto de micrometeoros; na fase de reentrada, descida e alerissagem, por sua ver, a temperatura sobe milhares de agraus, ¢ a seronave é sujeita ainda a uma tremenda forca de desaceleragao quando o paraquedas é aberto; finalmen- te, durante a operago em Marte, a aeronave deve suportar as temperaturas extremamente baixas do értico marciano, além das tempestades de areia 4. Citar um material de cada grupo e relacionar algumas aplicagies dos diferentes lipos de materia, 5. Avalar 0 quanto sabe @ © quanto ni 66. Estabelecer a importancia da engenharia e clencia dos ‘materiais na seleo de materias para vias aplicages, sabe sobre materia (© Lander & equipado com uma série de ferramentas de cengenharia ¢ de instrumentos cientiicos. Os principais ins- trumentos a bordo fo: (1) um brago de robs dotado de uma filmadora (construido pelo Jet Propulsion Laboratory [JPLI. University of Arizona, e Max Planck Institute, na Alemanha), (2) instrumentos para andlise microseépica, eletoquimica & cde condutividade (IPL), (3) um analisador de gazes iberados por aquecimento da amostra (University of Arizona ¢ Unive sity of Texas, em Dallas), (4) virios sistemas de obtengio de imagens, ¢ (5) uma estacio meteorol6gica (Canadian Space Agency) As prineipais categorias de materais (metais, poli- 'meros, cerdmicas, compusitos e materiaiseletnicos) foram utilizadas na estrutura do Lander e em seus instrumentos. ‘A.missdo Phoenix Mars Lander usa as mais avang das tecnologia cengenhaia ¢ ci nhecimentos sobre Marte, os quatis pod para a exploragdo humana do espago e o povoamento de ‘outros planetas. sonhecimentos ¢ experiéncias na rea de cia dos materiais para gerar novos co- n abrir camino Fundamentos de Engenharia e Ciéncia dos Materiais Mtr mais comuns na costa @na atmostera terrestres 1m poreentagom, em peso e em volume. 1.1 MATERIAIS E ENGENHARIA A humanidade, os materiais ea engenharia evoluiram com o decorrer do tempo ¢ ainda continuam a fazé-lo, Vivemos em um mundo em constante evolugio, ¢ os materiais nfo so excegtes. Historicamen- te, o avanco das eivilizagoes dependeu do aperfeigoamento dos materiais com que trabalhar. O homem pré-histérico estava restrito aos materiaisdisponiveis na natureza, como pedlras, madeiras, oss0s ¢ Com o tempo, eles evoluiram dos materiais da Idade da Pedra para as subsequentes Idades do do Cobre (Bronze). Deve-se observar, porém, que estes avancos no aconteceram de maneira uniforme «em toda parte ~ veremos que isto também ocorre na natureza, inclusive em escala microscopica, Mes- ‘mo nos dias atuais, estamos restritos a materiais que podemos obter da crosta terrestre e da atmosfera (Tabela 1.1), Segundo o dicionario Webster's, materiais podem ser definides como substancias das quais qualquer coisa ¢ constituida ou feita. Embora genérica, do ponto de vista das aplicagdes em engenharia, esta definigdo abrange quase todas as situagées relevantes. A produgio c o processamento de materiais em produtos acabados coustituem uma grande parte da evo- nomia alual. Os engenbieiros projetam a maioria dos produtos manufaturados, bem como os sistemas de processamento necessirios 4 sua produgdo. Uma vez que os proclutos requerem materiais para sua fabriea- ‘940, o engenheiro deve conhecer a estrutura intema e as propriedades dos materiais objetivando eseolher os ‘materiais mais adequados « eada aplicagdo e ao desenvolvimento dos methores métexlos de processamento, (Os engenbeiros de pesquist ¢ desenvolvimento criam novos materiais eu modificam as proprieds- des de materials existentes. Os engenhveiros de projeto (projetistas) utilizam tanto materiais 4 existen- {es quanto materiais modificados ou novos para projetar ¢ eriar outros produtos e sistemas, Algumas engenheiros encontram um problema em seu projeto que demand a eriago de um novo material por parte dos engenbeiros de pesquisa e desenvolvimento. F 0 caso, por exemplo, do projeto de um transporte civil de alta velocidade (high-speed civil transport ~ HSTC) (Figura 1.1), que exige co desenvolvimento de materiais para alas temperaturas eapazes de suportar até 1.800 °C (3.272 $F), possibilitando velocidades do ar na faixa de Mach 12 a 25 de matriz cerimica! Visando esta aplicagao e outras simila- Magnésio (Mg) sitos de matriz rimica, compostos in- 46,60 _ termetilicos refratérios © superligas de 27,72 cristal tinico ‘A exploracio espacial é uma Area 813 as " que exige 0 maximo de engenheiros e 5,00 pesquisadores em materiais. © projeto © construgio da Estado Expacial Ine 588 termacional (Intemational Space Sta- 2,83 tion = ISS) ¢ do Teiculo Explorador de Marte (Mars Exploration Rover ~ MER) so exemplos de atividades em pesquisa 2,09 ¢ exploracio espacial que demandam 0 rmaximo de engenheiros ¢ cicntistas na ee firea de materiais. Para a construcio da 2,70 Nitrogénio (N.) 78,08 Diéxide de carbono (CO) movendo-se pelo espago a velocidad de 27,000 knw, foi necessirio a selegio 20,95, de materiais para operago em um am- biente muito distinlo do que conhecemos na Terra (Figura 1.2). Bles devem ser le- ‘ves a fim de se minimizar o peso ttl du rante © langamento, O involuero extemo "ach 1 € igual a veloeidade do som no a Capitulo 1+ intraducio a Engenharia e Cidncia dos Matriais 3 deve oferever proiegio contra o impacto de ‘minisculos meteoros € do lino espacial. A pressio intema do ar, de aproximadamente 15 psi (uma atmosfera), esta continvamen- te tensionando os médulos. Alkm disso, os médulos devem suportar tenses. imensas durante o langamento, A selegio de materiais para o MER também representa um desatio prineipalmente ao sc considerar que durante noite o veiculo estaré sujeito a temperatu ras que podem cair 2-96 °C. Estas e outras es requerem novas possibilidades de 0 de moateriais durante o projeto de sis- temas complexos. Deve-se ter em mente que a uilizacao de :ateriaise os projetos de engenharia mudam continuamente e que o ritmo desta mudanga se acelera, Nao hi como prever os avangos de longo prazo nesta rea, Em. 1943, « pre- iso era de que pessoas ricas n05 Estados figura 1.4 Unidos teriam seus préprios gitocépteros. isa do transprte cil de ata velocidad mostra Hyper-X com Mach 7e motores ‘Qui errada estava esta previsio! Enquanto &m operagio: Os ants indiam a velocldade do escoamento a Supetc isso, o transistor, 0 circuito integrado e a te- _ (©7™#eraconpan) levisdo (ineluindo-se ai a televisdo colorida a de alta definigao) eram menosprezados. Tinta anos atras, muitas pessoas nfo aereditariam que um dia 0s computadores se tornariam um produto de uso doméstico tZo comum quanto um telefone ou um relrigerador. E, mesmo hoje, ainda achamos difieil de aereditar que um dia as viagens espaciais estardo disponiveis comercialmente e que seré possivel colonizar Marte, Contudo, a cigneia e a engenhatia expandem ¢ transformam em realidade nossos sonhos mais impossiveis. ‘A busca por novos materiais prossegue continvamente. Como um exemplo, destaguemos o fato de ‘que engenheiros mecinicos buscam novos materiais para altas temperaturas, a fim de que os avides a jato possam operar com maior rendimento, Por sua ve7, en- genheitos elétricos também procuram desenvolver novos ma- teriais para que dispositivos eletronicos possam operar mais, rapidamente e a temperaturas mais altas. Engenheiros espaciais, procuram desenvolver materiais com maior razio resisténcial peso para a construgio de veiculos espacisis, Engenheinos quimicos © de materiais procuram materiais mais resistentes & corrosio, Muitos setores da indiisiria tém em vista materiais, dispositivos mieroeletromecinicos (MEMs) para serem usados como sensores ¢ atuadores em suas aplicagbes. Mais recentemente, o campo dos nanomateriais vem atraindo a tengo de muitos ctentistas © engenheiros em todo o mundo, Propriedades estruturais, quimicas e mecinicas singulares dos nanomateriais abriram novas ¢ impressionantes possibilidades de aplicagdo em uma série de problemas de engenharia e medi cina, Estes sio apenas alguns exemplos da busea de engenhei- 105 € cienistas por matertais € processos novos ¢ aperfeigoados para uma vasta gama de aplicagdes. im muitos casos, 0 que ‘ontem era impossivel, hoje € realidade! Engenbeiros de todas as éreas deve ter alzum conhecimen- to basico e aplicado de materiats para engenharia, de modo que, 0 utilizé-los, sejam mais efieazes em seu trabalho. O proposito ura 12 deste lvro¢sevir como uma inrodugio ao estudoda estutura_X Eau Gpac temaconal (5 intema, das propriedades, do processamento € das aplicagies (© txtmi/me esta) 4 Fundamentos de Engenharia e Ciéncia dos Materiais de materiais para engenharia. Devido a enorme quantidade de informagies disponiveis sobre este as- ista das limitagdes deste livro, procedeu-se a uma selegao do conteido a ser apresentado, 1.2 ENGENHARIA E CIENCIA DOS MATERIAIS A cigneia dos materiais tem como objetivo principal a oblengao de conhecimentos basicos sobre a esirutura interna, as propriedades e 0 processamento de materiais. A engenharia dos materiais volta-se principalmente para a uilizacdo de conhecimentos bisicos e aplicados acerca dos materiais de tal forma que estes possam ser transformados em produtos necessaries ou desejados pela sociedade. O termo engenharia e ciéncia dos materiais engloba tanto © assunto deste livro. No espero do conhecimento sobre materiais, a to a engenharia dos materiais se encontra no limite do conhe- extremo do conhecimento hisico, eng siéncia como a engenharia dos materiais € constitui iéncia dos materiais localiza-se no cimento aplicado, no havendo entre elas uma linha diviséria (Figura | 3) Engenharia eeiecia A Figura 14 mostra um diagra- ‘ma constituide por trés circulos Engenharia dos mates coneéntricos que estabelecem a fect ‘resultante relagdo entre as i a basicas (© vateineno csr trmemitig), a ngeakari cole Gmovame of pmamesades [| conten antiado | cia dos mnateriis as outras areas as Mccapenis ds sstrematrs inne ae 2 10 interior do cial iuaituiead, ou nico do Gingre: spectro do conhecimento sobre meters. © emprego simultineo de informasSes oriundas da clénca eda engenharia dos materials permite aos engenhetos ansformar materials em Produtos necessrios 3 sociedade Engenharia > Mecinica ica Git Lo Medicina Citacias \ ‘Engenharia’ CN ‘de mines, mineral e fig Ciencias as : SP Nuclear Figura 1.4 {te dlagrama stra como a engenharl e cnc dos materials testabelece uma ponte ente as informagies das clncis biskase as reas da engenhria (Meno cn ei Natt cy Sect Niet ‘nica, eletriea, se localizam no tereeiro efrculo, mais exteno, As cineias aplicadas, como a meta- lurgia, a cerimica e a ciéneia dos polimeros, situam-se no anel central. Vé-se, ento, que a engenhariae a ciéneia dos ‘materiais formam uma ponte entre as informagbies sobre ‘materiais oriundas das cineias basicas (e da matemiitica) s éreas da engenharia, 1.3 TIPOS DE MATERIAIS Por quest@es de conveniéneia, a maioria dos materiais para engenharia é dividida em trés categorias basieas prineipais, materiais metilicos, materiais poliméricos © materiais cerdmicos. Neste capitulo, serdo feitas as distingdes entre estas eategorias com base em algumas de suas importantes propriedades mecfinicas, elétricas e fisieas. Nos capitulos subsequentes, sero estudadas as diferengas entre a estru- tura intemna destes tipos de materiis. Sero consideradas também duas categorias segundo 0 processamento e a apli- cago, a dos materiais compésitos ¢ a dos materiais ele- trénicos, devido 4 sua grande importincia na engenharia, 1.3.1 Materlais metélicos Esses materiais s20 substincias inorginicas compostas de lum ou mais elementos metilicos, podendo também con- ter alguns elementos no metélicos. Alguns exemplos de Capitulo 1+ intraducio a Engenharia e Cigncia dos Matriais clementos metilicos sio 0 ferro, 0 cobre, o aluminio, © niquel e o titinio. Elementos nd metalicos, como carbono, nitrogénio ¢ oxigénio, também podem estar presentes em materiais metalicos, Os metais posstiem uma estrutura erstalina na qual os étomos esto dispostos de mancira ordenada, S20 em geral ‘bons condutores termicos ¢eletricos, Muitos deles sio selativamente resistentes¢ dicteis & temperatura ambiente, sendo que varios se mantém bastante resistentes mesmo a alts temperaturas Os meats as lgas® so comumente divididos em duas classes as ligas e metais Ferrosos, que con- tém uma grande porcentagem de ferro, como, por exemplo, agos e Feros fundidos, eas ligas e metais indo ferrosos, que nao contém ferro ou que © contém apenas em pequena quantidade. Alguns exemplos de metais nio feros0s slo 0 aluminio,o cobre, © zinco, 0 tiinio € © niquel. A distingdo entre igasfer- rosas e nao ferrosas deve-se a fato de que agos¢ ferros fundidos so proshzidos em quantidades muito _aiores e so muito mais usados do que outras ligas. (Os metais, em sua forma pura ou em ligas, sdo usados em varios ramos da indiistria, inchuindo-se aeroespacial, biomédiea, semicondutores, elettonica, energia, construgao eivil etransportes, Nos Esta- «dos Unidos, a produgao dos prineipais metais,tais como aluminio, eobre, zineo e magnésio, acompanha de perto 0 creseimento da economia. Entretanto, a produgao de ferro ¢ ago tem sido menor do que a esperada devido & competigdo no mercado global e a raz0es econémicas, sempre prementes. Os enge- heiros e pesquisadores em materiais esto continuamente tenlando aprimorar as propriedades de ligas |@ existentes ou projetar e produzir novas ligas mais resistentes, inclusive a alas temperaturas, e com melhores propriedades de fluéncia (ver Segio 7.4) ¢ fadiga (ver Seyio 7.2). As ligas existentes podem ser aperfeigoadas pelo aprimoramento de sua quimiea, pelo controle da composiga0 e por teenicas de processamento, Por volta de 1961, por exemplo, superligas novas ou aprimoradas d base de niquel ou de Ferro-niquel-cobalto estavam ja disponiveis para uso nas palhetas de alta pressdo de turbinas a gas de aeronaves. O termo superlig foi cunhado em vista do descmpenho superior destas ligas a tempera~ turas elevadas, aproximadamente 540 °C (1,000 °F), ¢ sob altos niveis de tensio. As Figuras 1.5 e 16 ‘mostram uma turbina a gas PW4000 construida prineipalmente com ligas € superligas metilicas. Os :metais usados nas partes intemas da turbina devem ser capazes de suportar altastemperaturas.e presses durante a sua operago, Por volla de 1980, téenicas de fondigao aprimoradas permitiram produzir grios colunares solidificados diecionalmente (ver Seglo 4.2)¢ ligas fundidas& base de niquel de cristal unico (ver Seeao 4.2). No inicio dos anos 1990, ligas fundidas de cristal tinico solidificadas direcionalmente tomaram-se padrao em muitas aplicagdes de turbinas a gés em aeronaves. O desempenho superior de superligas a temperaturas de operagio elevadas levou a uma melhora signifiativa no rendimento de turbinas de aeronaves Muita ligas metiicas, como ligas de titinio, ago inoxidivel eligas & base de eobalto, sie também usadas em aplicagGes biomédicas, como em implantes ortopédicas, em vilvulas para o coracdo, ou em dis positvos de fixagdo e parafusos. Esses materais possuem maior resisténcia, rigidez ebiocompatibilidade esta tilima é uma consideracdo importante, porque o ambiente no interior do corpo humano é extrema~ mente cortesivo e,portanto, os mateiais usados nessasuplicagbies devem ser insensiveis a esse ambiente ‘Além do aprimoramento quimico e do controle da composigio, pesquisadores ¢ engenheiros tam- ‘bem se concentram no melhoramento de novas téenicas de processamento desses materias. Provessos a quente (ver Sego 11-4) ¢ forjamento isotérmico permitizam um aumen- cia fadiga de muitas ligas. Mats ainda, as téonieas da metalurgia do po (ver Segio 11 4) io sendo importantes, porque permitem a melhoria das propriedades de algumas ligas com um custo reduzido do produto final. 1.3.2 Materiais poliméricos A maioria dos materiais poliméricos eonsiste em longas cadeias ou redes moleculares que nommalmente ‘ém como base materiais orginicos (precursores que conlém carbon). Esiruturalmente, a maior parte dos ‘materiais poliméricos € no cristalina, mas alguns apresentam uma mistura de regides eristalinas e no cristalinas. A resisténcia ¢ a ductilidade dos materiais poliméricos variam muito, Devido 4 natureza de sua estrutura interna, estes materiais so, predominantemente, maus condutores de eletricidade. Alguns deles slo bons isolantes, usados em aplicagées de isolamento elétrico, Uma das aplicagdes mais recentes c ma liga metaliea € uma combinaso de ds ou mals met, ou ce um metal (ou metals) © umn no metal (ou nso meta. 6 Fundamentos de Engenharia Ciéncia dos Materiais Figura 1.5 Figura 1.6 Abin para aromaves (4000) mostrada ac fabread Vista em cored turbina a gés Pw4000, de 112 polegades pinepaimente com igus metaicas Asmat recentes gas a base (284,48 cn), mostando 0 techo de desvio do ventiadr. ‘he igual de ala resncla macrica elas temperatures $0 (one de Prat hie Ca) ltleadas em sua fabricagio. Esa bina ar wo de mata acno- logis atangadas ecomprovadas para sumentar seu desempen> « drabisade. eer raters ds poets de ctl uno de Segunda gordo, discos de pé metiizo eum conte devcnico ulénom (ll outa apatelad. (Coed Pt Whitey a dos materiais poliméricos é na produgio de discos de video digiais (DVDs) (Figura 1.7). Em geral, estes materia tém baa densidade e se decompéiem ou amolecem a temperatarasrlativamente baias. Historieamente, nos Estados Unidos, os materia plsticos tém apresentado o maior etescimento entre os materaishisicos, com uma taxa anual de 9% em peso Figura |). Todavia, «taxa de creseimento dos plsticos em 1995 cain para menos de 5%, uma diminuigdo signifcaiva. Tal queda er, entretanto, espcrada, pois os plistios ja haviam substituido os mais. ovidro © papel na maioria dos mercados de frande volume em que atualmente encontram aplicapao, como o de embalagense 0 da construcio Segundo algumas previsdes, os plasticos para uso cm engenharia, como r A. onylon, devem se manter competitivos em face dos mais. Figura 1.8 mostra os custos previstos para as resinas plisticas de uso em engenharia cm comparagdo com alguns metsis comuns. As indistrias fornccedoras de polimeros concentram-se cada vez, mais no desenvolvimento de misturas Polimero-polimero, também denominadss figas poliméricas ow misturas visando aplicasdes especificas para as quais nenhum polimero nico € apro- priado, Na medide em que as mistutas so produzidas a partir de polimeros }existentes,cujas propredadcs so bom conhecides. o seu desenvolvimento mais barato e mais confidvel do que a sintese de um nove e unico polimero Para uma aplicesto especifica. Tomemos como exemplo os elastimeros (um A tipo de pollmero alamente defomvel) que sto normalmente misturados 4 outros plésticos a fim de se melhorar a resisténeia ao impacto do material resultante, Essas misturas s0 muito usadas em para-choques de autom- Figura 1.7 veis, cio jentas de eo eriais exportivos Lh ‘ei, no acondicionamento de ferramentas de corte, em materiis esportiv eservolvendo pisteer de polearsonate -_€ OS Componentes sintéticos de muitas instalagdes cobertas de atletismo, que ‘omer ultapuros ede alta idez para so geralmente feitas de uma combinagto de borracha e poliuretano, Revesti- Fabricagio de OVDs mentos de aecrilico em cores brilhantes, aos quais se adicionam varias fibras cecenyas) € materiais de enchimento, so usados para revestir o piso de quadras de 8N. de Ts 0 “Sitoma Digital de Contole do Motor datado de Autoriade Plena” (Full Autoriy Digital Engine Control — FADEC) refere-se a0 contole completo, ou autGnoma, dos parametros da aperacdo da turbina pelo computador, sem a Inervengio humana. 0 objetivo 6 ating 0 rendimento maximo da turbna para cada condigio de voo. Capitulo 1+ intraducio a Engenharia e Cigncia dos Matriais z ‘nis e parques infantis, Por outro 40 lado, outros materiais poliméricos de revestimento slo empregados para protegio contra corrosto, ambientes quimicamente agres- sivos, choque térmico, impacto, desgaste e abrasio. A busca por novos polimeros e ligas polimé- rieas ¢ em virtude de seu baixo custo e de suas propriedades ade- quadas a virias aplicagdes, z 3 3 q 1.3.3 Materlais ceramicos Materiais cerimicos sto mate~ rials inorganices constituides de elementos metilicos ¢ no meti- 3 licos quimicamente ligados. Os 1970 74 7s w ca 0 materiais cerdmicos podem ser cristalinos, nao eristalinos ou uma Lingo de goto Figura 1. Cutts histéricoseesperados de resina plisticas para engenhaia em comparacéo a alguns mistura de ambos. Eles, em sua melaiscomuns de 1970 a 1990. Os plistcos para engentaria devem permanecer competitnos imaioria, tem alla resistencia meets ete 20 ao laminado aro e outros meta. (Geode Rati, Aug 1982, 12+ da, 198. inp cam peri de Mado Pst) nica em altas temperaturas, porém tendem a ser qucbradiyos (pouca ‘ou nenhuma deformaco precede a ruptura). As vantagens dos materiais eerimicos para aplicagdes em cengenharia envolvem baixo peso, grande resisténcia e dureza, boa resisténeia ao calor e a0 desgaste, atrito reduzido ¢ propriedades isolantes (Figuras 1.9 ¢ 1.10). As propriedades isolantes combinadas a alta resistencia ao calore d eorrosto os tornam apropriados para isolamento de Fornalhas de tratamento térmico e de fundigao de metais como ago. [Nos Estados Unidos, a taxa historica de erescimento de materiais eerdmicos tradicionais, tais como ccerimica, vidro e pedra, tem sido de 3,6% ao ano (1966 a 1980), A taxa esperada de crescimento desses rmateriais de 1982 a 1995 seguiu o crescimento da economia americana, Nas iltimas décadas, ume familia inteiramente nova de materiais eerdmicos de Oxidos,nitretos e carbonelos, com propriedades aprimora~ das, tém sido fabricados. A nova geragio de materia cerdmicos, denominada cerdmicas para enge- mharia, cerdmicas estruturais ou eerdmicas avangadas, possii maior resistencia mecinica, bem como rmsior resistencia ao desgaste, & corrosto (mesmo em altas temperatures) e a chogues té:micos (advin- dos de exposigdes sibitas a temperaturas muito altas ou muito baixas). Entre os materiais eerdmicos avangados estio alumina (éxido),nitreto de silico (nitreto) e carboneto de silicio (earboneto) Uma aplicagio aeroespacial importante dos materiais eet ‘micas para revestimento dos Gnibus espaciais. As placas cerimicas so Feitas de carboneto de slicio, em virtude de sua capacidade em atuar como blindagem térmica e de retornar rapidamente 4 tempe- satura usual quando € removida a fonte de calor. Esses materisis cerémieos protegem termicamente a subestrutura mtema de aluminio da nave espacial durante a subida e durante a reentrada na atmosfera terrestre (ver Figuras 11.43 ¢ 11.44), Outra aplicagio importante dos materia cerimicos avangados, © que evidencia a versatilidade, a importincia e o creseimento futuro dessa classe de materiais,¢ o seu uso na fabricagfo de Ferramentas de corte. Por exemplo, o ntreto de silicio & um excelente material para {abricagao de ferramentas de corte por sua alta resisténcia a choques térmicos e a fratura ‘As aplicagdes dos materiais cerimicos so realmente ilimitadas, pois podem ser uilizados na rea seroespacial, na fabricago de metais, na biomedicina, na industria automotiva e em muitas outras Are As duas principais desvantagens destes materiais referem-se ao fato de que sio (1) dificeis de serem ‘ransformados em produtos acabados, sendo, portanto, earos, ¢ ao fato de serem (2) quebradigos e com jieos avangados & 0 uso de placas cerd- 8 Fundamentos de Engenharia e Ciencia dos Materiais Rowe do Pe sla Cro do ste © ” Figura 1.9 (0) Exempios de uma nova geragio recentemente desenvolvida de materitis cerimicos para aplicagdes avongadas em motores. Os companen- {es de cor escurasd0valvulas de motores, asentos de vlvulase pnos do pistaa fabricados em nifeto de slci. O componente de or clara lum material de revestimente de tubule fabricado em um material crimico& base de alurina. (Cored Seer instal Cran Ce) (@) Posies aplicagdes de componentescerdmicos em um motor tubo-des (Segunda ta and Stra Deen, 188) uma baixa resisténcia a fratura em comparagio aos metais. Se as téenicas para o desenvolvimento de materiais cerimicos de alta dureza forem aperfcigoadas, sua ulilizagio em aplicagdes da engenharia poderia ter um crescimento exponencial 1.3.4 Materials compésitos Um material compisito pode ser definido como dois ou mais materiais (ses of consituintes) integrados de modo a formar ‘um novo material. Os constiuintes mantém suas propriedades, ‘mas o compésito resltante ter propriedades diferentes destes ‘A maioria dos matcriais compesitos consiste em urn material de enchimento ou de reforgo proprio © uma resina aglutinadora adequada a fim de que se obtenham as earactersticas espevificas as propriedades desejadas. Normalmente, os componentes 30 se dissolvem um no outro, podendo ser identificados fisicamen- te por uma interface entre eles Os competes podem ser de Vie sis tpos. Alguns dos tips predominantes so materia boss Figura 1.10 {ompostos de fibras em uma matriz) e paticulados (compostos ‘Manca derlamento de esteras ceramicos de ao desempeno de particulas em uma matt). Muitas eombinagies diferentes de $30 fabrados em nto de carbono ede sto por me 4 raateriais dereforgo e da malriz sto usa para se fabricar com- tecnologia de pé metic pape eel aepeaarn positos. Para tomarmos um exemplo, o material da matriz, pode Capitulo 1+ intraducio a Engenharia e Cigncia dos Matriais ser um metal como o aluminio, ou uma ceriea eomo alumina, ou ainda um polimero como 0 pos Dependendo do tipo de matrizusado, os compeisits podem se elassificados em compaisits de base meuiliea ‘(metal matriz composite ~ MMC), compésitos de hase cerémica (ceramie matrz. composite - CMC) ¢ com- isis de base polimérica (polymer matrix composite - PMC), Os materiais fibrosos ou paticulados tam- ‘bem podem ser selecionados de qualquer uma desta ts categorias principais de materia, eujos exemplos ‘ho carbono,vidro, aramid, carbeto de ilicio € outros. As combinagies de materais uilizados no projeto de ccompeisitos dependem principalmente do tipo de aplicagio e do ambiente no qual o material sera uilizado. (Os materiais composites substituiram componentes metilicos prineipalmente na indstria aeroespa- cial, aviGniea, na initia automotiva, na construedo civil ena indstria de material esportvo. Prevé-se ‘um aumento médio anual de aproximadamente 5% na utiizagio Futura destes materiais. Uma das razes para tal & sua alta resistencia e o seu quocienterigidez/peso.Algus composts avangaclostém rigidez ¢ resisténcia semelhantes a de alguns metais, porém com densidade significativamente menor e, por cconseguinte, com peso resultante mais baixo. Essas caracteristcas os tornam extremamente atracntes em situagSes nas quais o peso do produto é um fator crucial. De maneirageral,e semethantemente 20s :materiais ceramicos, a desvantagem principal da maioria dos composites € a sua fragiidade e a sua bal- xa resisténcia 4 fratura, Algumas destas deficigncias podem ser mitigadas, em determinadas situagSes, pela eseolha adequada do material da matriz Dois tipos proeminentes de materiais compdsifos modernos usados em aplicagdes de engenharia sto reforgos em fibra de video em uma matt de poliéster ou epdxi fbras de carbono em uma matiz ddeepéxi. A Figura 1.11 mostra de maneira esquemitica como materials composites de fibra de carbono «em epoxi foram usados nas asas e motores do avid de passageiros C-17, Desde o inicio da construgdo ddestes avi8es, novos procedimentos ¢ modilicagdes destinados a reduzir custos tém sido implementados (ver Aviation Week & Space Technoogy, 9 de junho de 1997, p. 30). 1.3.5 Materiais eletrénicos Os matrins letsnicos no cositvem uma grande categoria de materia pelo volume de produto todavia sio um tipo de material extremamente importante nas tecnologias de engenharia avangadas. O- tafe elettnico mais mportante¢o sili puro, modieado de vias manasa fim des lle fins crassa lta, in subd de compas cacules lees pole we insta ti uma pasha de silico de crea de % de polegdas qundadas(1,90 em?) Figura 112), Disposivos cos omaram posivest novo pris como slic decomuncao,clelatorss Yogin digits evobés igre 1.13). ‘Autlizagio do alisi ede outos macs semicondutores no ea sido e a prépria micoe- lence vem exbindo um erescimento extaoninano desde 1970, 0 qual deve continua no futwo, © impacto dos compuiadorese de cues equparenis industria qu ulizam cretosintegrados fabeados com pastas de sco tem si eset A extent do impacto de robbs compuaderizads na mano- fara moderna snd nto foi oalmente entendida, Os ma tei eertnicos etamenedesepeatarto um pepe vial tas “fibrieas do ftuc" ea gona quae todos 08 process de manuara poder er vealzsdon poe robs woelados pov mdgunas-feranenta contoladss por computa, ‘ho longo dos anos, os cries itegrados vem gendo diaporice ca sma nica patbn slo, com wm lame tho dos ransisorescorrespondentemente menor. Em 1998, @ por exemplo, a resolugto ontot-pono da menor medida ane pata de liso era de 0,18 pn eo ditto du Tinant desc utlizada era de 12 polegads (300 mam) microeletrin Figura 1.1 ‘sto geral da ampla gama de componente fabrcados em Outro aprimoramento pode ser a substituigo do aluminio compsstosutlizados na avitoC-17 da Forga Aarea Americana pelo cobre nas interconexdes, em razio da maior condutivi- dade deste iltimo. (Geaaanes Cet, Mayne 188 6.52) [Eta aeronave tem envergadura de SO m (1é5 f) e emprega 6.800 bg (15.000 i) ce materascomplstos avancads Fundamentos de Engenharia e Ciencia dos Materiais Figura 1.12 Figura 1.13 ‘Mleroprocessadores modernos possuem um nimero enorme _Bracosrobotzados empunhando autopecas. de conexdes conforme mottrado nesta fotografi de um «connsar) ‘microprocestador Pentium Waite conan 86) 1.4 CONCORRENCIA ENTRE MATERIAIS (Os materiais competem entre si por mereados novos ¢ por aqueles ji existentes, Depois de certo tempo, muitos fatores emerge e tomam possivel a substituigao de um material por outro em certas aplica- ges. O custo certamente ¢ um fator Se um avango marcante corre no processamento de certo tipo de ‘material de mancira a reduzir substancialmente o scu custo, este material poderd substituir algum outro em determinadas aplicagées. Outro fator que leva a substituigdes de materiais é o desenvolvimento de novos materiais com propriedades especificas para certas aplicagSes. Consequentemente, medida que 6 tempo passa, varia o uso que se faz dos diversos materiais, A Figura 1.14 mostra graficamente como a produgo por peso de scis materiais variow nos anos recentes nos Estados Unidos. O aluminio e os polimeros exibiram um aumento notivel na produgo desde 1930. Em volume, a produgio destes materiais € ainda mais acentuada, dado que o aluminio e os polimeros so materi T ‘A competigio entre 0s maie- — tiais € evidente na composigio Ase do carro ameriano, Em 1978, 0 > Cae carro americano pesava em média 4.000 libras (1.800 ke) ¢ consistia de aproximadamente 60% de fer- 10 fundido e ago, de 10 a 20% de plisticos e de 3 a 5% de aluminio, ‘Comparativamente, em 1985 0 carro americano pesava em média 3.100 libras (1.400 kg) e consistia do cerca de 50 a 60% de ferro fun- dido © ago, de 10 a 20% de plis- ticos e de 5a 10% de aluminio. Vv Logo, no periodo de 1978 a 1985 1 porcentagem de ago diminuiu, de polimeros aumentou e a de Figura 1.14 CConcorrncia entre es importantes materasproduzidos nos Estados Unidos com base no paso Tom 1s 170 790 aluminio permaneceu aproxima- Ano damente a mesma. Em 1997, 0 carro doméstico americano pesava ‘em meédia 3.248 libras (1.476 ke), (an ben Onur pena predinde sarato« perro (Ato) Serta senda que os plstcos sespondian, (Onsen Aca 4 P1868 ence ne Uno van fname) por eerea de 7.4% desse valor (Fi gura 1.15). A tendéncia no uso de Capitulo 1+ Introdugio & Engenharia e Cidncia dos Materias u :materiais em automéveis parece ser mais aluminio e ago & menos ferro finelido. A quantidacle de plasticos (cm porcentagem) em automaveis parece ser aproximadamente a mesma Figura 1.16). Em algumas aplicagies, somente alguns materiais cumprem os requistios do projeto de engenha- ria, ainda que possam ser relativamente caros. A turbina para modemos aviGes a jato Figura 1.5), por exemplo, requer para sua perfeita operagdo superligas para alta temperatura & base de niquel, materiais ‘caros, para os quais nenhum substituto mais barato foi encontrado até 0 momento. Por conseguinte, embora o custo seja um fator importante em projetos de engenharia, os materiais utilizados devem ‘também cumprir especificagdes de desempenho, De qualquer modo, a substituigo de um material por ‘outro acontecera sempre na medida em que novos materiais so continuamente descobertas © novos processos, desenvolvidos 1.5 AVANCOS RECENTES NA TECNOLOGIA E NA CIENCIA DOS MATERIAIS E SUAS TENDENCIAS FUTURAS. Nas déeadas recentes, foram empreendidas varias iniciativas promissoras em ciéncia dos materiais que podem vir a revolucionar o futuro desta arca do coniecimento. Os materiais intcligentes (dispositivos em escala micrométrica) ¢ os nanomateriais slo duas categorias de materiais que afetario profundamen- te 0s principais ramos da indistria, 1.5.1 Materiais inteligentes Embora ja existam ha varios anos, alguns dos materi entes vém encontrando novas aplicagdes. Esses materiais so sensiveis a estimulos do ambiente externo (temperatura, tensio, luz, umidade e cam- pos elétrico c magnetico) ¢ respondem a taisestimulos variando suas propriedades (mecanicas, elétricas fou de sua aparéncia), sua estrutura ou suas fungdes. Estes materiais so genericamente denominados materiais inteligentes, Sensores ¢ aluadores so exemplos de disposilivos que lazem uso desse tipo de ‘materiais, O componente sensorial detecta uma mudanga no ambiente e © atuador efetua uma fungdo ‘ou resposta especifica, Assim, alguns materiais inteligentes mudam de cor ou adquirem determinada ccoloragiio quando expostos a variagSes de temperatura, de intensidade luminosa ou de corrente elétrica. Entre os materiais inteligentes mais importantes fecnologicamente e que podem operar como atuado- res, encontramos as ligas com meméria de forma c as cerdmicas piezelétrieas. As ligas com memoria de forma sto ligas metélieas que sob tensio revertem a sua forma original caso a temperatura aumente cima de uma determinade temperatura de transformagdo critica, A mudanga a forma original se deve a uma mudanga na estrutura cristalina quando a temperatura ullrapassa a temperatura de transformagio, Ae irene | L Oo Toss 1992 1997 ‘Avo anid Figura 1.15 Figura 1. Distibuicdo do peso, em porcentagem, entre os principals Previsd e uso de materia no carro american. raters utilzados no caro medio americano de 128. (Gago Sno Ak Mt & Prac 238 (398 oe os aca om "HLA-A ce baba de ata ested en Seng Low Ao Sh 9 2 Fundamentos de Engenharia Ciencia dos Materais ‘Uma aplieagdo biomédica destas ligas ¢ uiliz-las como reforgo expansivel (stent) de paredes ateriais enfiagueeidas ou para a expansio de atérias contraidas (Figura 1.17). A malha expansivel ¢ eolocada primeiramente na posigio correta por meio de uma sonda, conforme mostrado na Figura 1.17. Amalha entio se expande alé o seu tamanho e formas originas assim que sua temperatura aingit a temperatura do corpo (Figura 1-17H). Para fins de eomparag2o, o método convensional para se expandir ou refor- «ar uma artéri € por meio do uso de tubos de ago inoxidavel, os quis sio expandidos por um bal Exemplos de ligas com meméria de forma so as ligas de niquel-titinio e as de eobre-zineo-alumini. Os atuadores também podem ser feitos de materais piezeléricos, on seja, materiis que geram um campo elétrica quando expostos a uma forea mecinica. Inversamente. uma mudanga em um campo elétrieo extemo eausaré uma resposta meciniea no mesmo material. Estes materiais podem ser usados para detectar ¢ reduzirvibragies indesejadas de um dispositivo por meio da resposta de um atuador. Dessa forma, ao ser detectada uma vibracio, uma corrente eletrca ¢ aplicada com a finalidade de gerar ‘uma resposta meefinica que se contraponha ao efeito da vibrago, Consideremos agora 0 projeto ¢ o desenvolvimento de sistemas em escala micrométrica que usam dispositivos e materia inteligentes para detectar, comunicar-se e atuar: este ¢ o mundo dos sistemas microcletromecanicos (MEMS), Originalmente, o termo MEM se referia a dispositivos que integra ‘vam tecnologia, mateiaiseletrnicos e materais inteligentes em uma pastilha semicondutora para pro dduzir © que comumente conhecemes como micromiquina. Os dispositivos MEMs eriginais possuiam clementos meciinicos microscépicos fabricados em pastilhas de siicio com a tecnologia das circuitos integrados, € eram usados como sensores ou atuadores. Entretanto, © termo “MEMS” atualmente foi ampliado para abarcar qualquer dispositive miniaturizado, As aplicagdes de MEMS si inimeras, como plo mais especifico, tomemos 0 caso da utlizayo dos MEMS em airbags de automéveis, para detectar tanto a desaceleragdo como o peso da pessoa sentada no earo, de modo a abrir 0 airbag a velocidade correla 1.5.2 Nanomaterials (Os manomateriais sio gencricamente definidos como aqueles materiais com escala de comprimento caracteristica (ito & didmeiro da particu, tamanho do gréo, espessura da eamada ele.) menor do que 100 nm (1 nm = 10° m). Os nanomateriais podem ser metélieos, poliméricos, erimicos, ccompdsitos. Neste sentido, os agregados de po cerdmico de menos de 100 nm de tamanho da particula, eirOnicos ou ° ” Figura 1.17 Ligas com formato de meméria usadas em malhas exparsivels stot) para oalargamento de artérias obstruldas fu enfraquecidas: (a) malha expansivel montada em uma sondae (9) malhaIntodueda em uma atria Ganicada para reforga. (fre peste mei bi) (Coatua dens Oeste Conronn Ces Matte NPC) Capitulo 1+ intraducio a Engenharia e Cigncia dos Matriais a (0s meiais com tamanho de griio de menos de 100 nm, os filmes poliméricos com espessura menor do {que 100 nm e os fis eletrOnicos com didmeito menor do que 100 nm sio todos eonsiderados nanoma- {eriis ou materiais nanoestruturados. Em escala nanométtica, as propriedades do material no so nem as propriedades caracteristicas do nivel atmico ou molecular nem as de uma escala macroseépica Embora atividades de pesquisa e desenvolvimento muito intensas tenham sido dedicadas a este assunto na iltima década, as primeiras pesquisas em nanomateriais datam dos anos 1960, quando fornalhas de chama quimica foram usadas para produzir particulas eom tamanho menor do que um mieron (1 mi- cron = 10-m = 108 nm), As aplicagdes iniciais dos nanomateriais eram como eatalisadores quimicos © Pigmentos. Os metaluristas sempre souberam que, pelo rfinamento da estrtura do gro de um metal «em niveis ulirafinos (submicron), ¢ possivel aumentar substancialmente sua resisténeta e sua dureza em comparagio com © metal de grios maiores (eseala de microns). O eobre puro nanoestruturado, por cexemplo, tem tm limite de escoamento seis vezes maior do que aquele do cobre de grios maiores, ‘As razdes para a atengdo extraordinaria que estes materiais vém revebendo recentemente est20 liga~ das ao desenvolvimento de (1) novas ferramentas que tomaram possiveis a observagio € a eaacteriza~ <0 destes materais.e de (2) novos metodos de processamento e sintese {que permaticam aos pesquisadores productos mais facilmente ‘As futuras aplicagdes dos nanomateriais esto limitadas somente pela imaginacio ¢ um dos maio- res obsticulos i concretizagdo deste potencialé a eapacidade para produvir estes materiais de mancira eficiente e econdmica, Consideremos a manufatura de implantes dentarios e ortopédicos a partir de na- ‘nomateriais com melhores caracteristicas de biocompatbilidade, melhor resisténcia m resisténcia ao desgaste quando comparados aos metais. Um exemplo ¢ a zirdnia nanocristalina (6xido de zirednio), um material cerdmico duro e resistente ao desgaste, quimicamente estavel e biocompati- vel, que pode ser produzido em forma poresa e que, quando usado como material de implante, permite que 0 osso cresga entre seus poros, resultando em uma fixag3o mais estivel. As ligas metéicas atual- ‘mente usidas para esta aplicagao nio permitem esta interagdoe frequentemente se tomam frousas eom 6 tempo, exigindo assim cirurgias adicionais. Os nanomaterials também podem ser usados na produgdo de tintas ou materiais de sevestimento muito mais resistentes as intempéris ¢ a ranhuras, Mais ainda, dlispositivos eletrinicos como transistores, diodos e mesmo lasers podem ser produzidos em um nano- fio. Esses avangos da eigncia dos materias terdo impacto teenoligico ¢ econdmico em todos os ramos dla instr © em todas as areas da engenharia. ‘Bem-vindo ao mundo fascinante extremamente interessante da engenharia ¢ciéncia ds materais! 1.6 PROJETO E SELECAO O engenheiro de materiais deve ter grande familiaridade com as virias classes de materiais, com suas propriedades e estrutura, com os processos de produgdo envolvidos, questdes ambientais e eeondmicas e outros. A medida que aumenta a complexidade do componente em consideragfo, também aumentam a complexidade da anilise eo nlimero de fatores envolvidos no processo de selegio de materiais, To ‘memos o caso da selegio de materiais para o quadro e o garfo de uma bicicleta, O material selecionado deve ser suficientemente forte para suportar a carga sem deformagio permanente ot fratura, Deve ainda ser Suficientemente rigido de modo a ndo sofrer exeessiva deformagio elstica ou falha por fadiga (devi- do A carga repetitiva), A resisténeia & corrostio do material pode ser outro fator a se considerar ao longo da vida da bicicleta, Além disso, o peso do quatro & importante caso a bicicleta venha a ser usada em ccorridas esportivas, pois, nesle caso, cla deve ser leve. Quais materiais eumprem todos estes requisitos? Um processo de selegdo de materiais adequado deve levar em conta questdes de resistencia, rigidez, peso, forma dos componentes (fator de forma), além de utilizar diagramas para esta selego a fim de determinar os materiais mais indicados para uma dada aplicag2o. A descrigo detalhada do processo de selegdo de materiais esta fora do escopo deste livro, mas este exemplo ¢ usado como um exereicio de identificagdo de varios materiais candidatos a esta aplicago. Constata-se que muitos deles podem cum- piir os requisitos de resistencia, rigidez ¢ peso, incluindo-se aqui algumas ligas de aluminio, de titanto, cde magnésio, ago, plistico reforgado com fibras de carbono (CERP) e até mesmo madeira, A madeira tem propriedades excelentes para esta aplicaedo, mas a ela nao se pode dar facilmente a forma de um 4quadro e um garfo de bicicleta. Uma analise posterior mostra que o CFRP & a melhor escolha, pois pro- porciona um quadto resistente, rigido, leve, resistente a corrosdo e a fadiga. Entrelanto, seu processo de abricagao & oneroso. Por conseguinte, se 0 custo for um dos pontos a considerar, este material pode nio “ Fundamentos de Engenharia e Ciéncia dos Materiais ser a escolha mais adequada, Os materiais restantes, todos ligas metdlicas, sto adequados e relativamen- te ficeis de serem produzdos no formato desejado. Assim, se o custo for um critério importante, 0 ago emerge como a escolha mais adequada, Por outro lado, se o peso da bicieleta for importante, as ligas de aluminio despontam como os materiais mais convenientes. As ligas de titinio e de magnésio so mais caras do que as ligas de aluminio e ago, embora sejam mais leves do que este tiltimo. Contudo, as ligas de titénio ¢ magnésio nBo oferecem vantagens substanciais com relagdo ao aluminio [ 1.7 RESUMO.. ‘Accidneia dos materias e a engenharia des materiais (ou, sim= plesmente, engenharia eiéneia dos materiais) constituem ‘uma ponte de conhecimento sobre materiais entre as cigneias| bbisicas (e a matematica) ¢ as virias dreas da engenharia. A cigneia dos materiais busca prineipalmente conhecimentos Inisicos sobre materiais, enquanto a engenharia dos materiais| se volta, sobretudo, para a utilizago de conhecimentos prt 08 sobre materiais. (0s 18s tipos prineipais de materiis so os metilicos, os poliméricos e os cerimicos. Outros dois tipos de materiais ‘muito importantes para a engenharia moderna sfo os com- ‘ mnieos, Este livro tratara de todos [ 1.8 PROBLEMAS Problemas de conhecimento e compreensao 1.1 0 que slo materiais? Liste oito materiais para enge- nnharia comumente encontrado, Quais so as eategorias princi engenharia? (Quais slo algumas das propriedades importantes de cada uma das eineo categorias de materiais para enge- sharia? Deiina materiais compésitos e dé um exemplo de um material dessa categoria Faga uma lista das earacteristicas de materiais estrum- rais para apliagdes espactais. Defina materiaisinteligentes, dando um exemplo de wn material desse tipo e de uma de suas apicagdes. (© que sdo MEMs? Dé um exemplo de sua aplicasdo, (© que sto nanomateriais? Quais sio algumas das ale- gadas Vantagens de se usar nanomateriais em vez de materiais analogos convencionais? ‘Superlizas a base de niquel so usadas em componen- tes estruturais de turbinas para aeronaves. Quais so a propriedades principais deste metal que o tomam adequado a esta aplicagio? FFaga uma lista de itens e ha (pelo menos cinco), Para cada item, determine a classe de materiais (Gdentifique materiis espeviicos, se possivel) usados na fabricago do item, 12 ais dos materiais para 13 19 1.10 sua e07s cesses tipos de materiais. Os materiais inteligentes e os dis positives em escala mierometrica, bem como os nanomate- Fiais, so apresentados como novas classes de materais, com aplicagdes importantes e inovadoras em muitos setores da industria, (Os materiais competem entre si por novos mercadas ou por mereados ja existentes, possibilitando a substituigio de lum material por outro em algumas aplicagbes. A disponibie lidade de matéria-prima, o custo de produgio e o desenvol- Vimento de novos materiais e process0s para novos produlos: sfo fatores primordiais que levam a mudaneas na utilizaga0 de materiais 11 Faga uma lista dos componentes principais da quadra ‘de basquete de sua universidade. Para cada componente, determine a classe de materiis uilizados em sua estru- tura (identifique materials especticos, se possivel) 1.12. Faga uma lista dos componentes prineipais do seu au- tomével (pelo menos 15 componentes). Para eada um deles, determine a classe de materiais em sua estrutura (identifique materiais especificos, se posstvel). ‘Faga uma lista dos eomponentes prineipais do seu eom- ppulador (pelo menos dez componentes), Para cada um, determine a classe de materiais utilizados em sua estri- tura (identfique materiais especticos, se possivel) ‘Faga uma lista dos eomponentes prineipais na sua sala de aula, incluindo elementos construives (pelo menos ‘dez componentes). Para cada um, determine a classe ‘de materiais em sua estrutura (identifique materiais es pecificos, se possivel), Problemas de aplicacao e analise 5 Liste algumas mudangas no uso de materiais que vo? tenha observado ao longo do tempo em alguns produ- tos manufatursdos. Quais razSes voc? scredita ter ha- ‘vide para essas mudangas? 1.16 (a) Que tipo de material €0 cobre OFHC (isento de oxi- sénio ede alta condutividade)? (b) Quais so as proprie- Capitulo 1+ intraducio a Engenharia e Cigncia dos Matriais 13 dades desejadas para 0 cobre OFHIC? (c) Quais so as aplicagdes do cobve OFTIC na indistria de energia? (a) A qual classe de materiais pertence o PTFE? (6) Quais sdo suas propriedades principais? (c) Quais si0 suas aplicagdes na manufatora de utensilios de cozinha? Por que razao os engenheiros eivis devem ter familia- ridade com a composiga0, as propriedades ¢ © proces samento de materiais? Por que razdio os engenheitos mevinieos devem ter familiaridade com a composigio, as propriedades e 0 processamento de materiais? Por que razdo os engenbieiros quimicos devem ter fa miliaridade com a composigio, as propriedades e 0 processamento de materiais? Por que razio os engenhieitos industriais devem ter familiaridade com a composigio, as propriedades e o processamento de materiais? Por que ra7io os engenheiros de petréleo devem ter amiliaridade com a composigao, as propriedades e 0 processamento de materiais? Por que razao os engenhieiros elétricos devem ter Fami- liaridade com a composiedo, as propriedades e o pro- cessamento de materiais? Por que razao 03 engenheiros biomédicos devem tet {amiliaridade com @ composigio, as propriedades € © processamento de materiais? 17 1.18 1.20 1.21 1.22 1.23 1.24 Problemas de sintese e avaliacao 1.25 Quais fatores podem Jevara uma previsdo incorreta da ullizag2o de materias na industria? 1.26 Considere os componentes de uma lampada eomum. Pede-se que voed: (a) dentifique alguns components 1.27 1.29 1.30 131 cruciais desse item, (6) determine o material selecions- do para cada um desses componentes; (c) esquematize lum processo para montagem da limpada (@) Relacione os fatores pertinentes it selegto do quae dro de uma bicieleta esportiva do tipo mountain bike (2) Ago, aluminio e ligas de ttanio j4 foram empregs- dos como metais hisicos na estrutura de uma biicleta, 48 os principais pontos fracos ¢ fortes de cada um; (c) As bicicletas mais modemas sto fabricadas em com- positos avangados. Explique as raZBes para esta esco- Tha cite um composito especifico usado na estrutura do uma bicicleta (@) Enumere os crtérios prineipais para a seleyo de materia para a fabrieagio do eapacele esportive de seguranea: (#) Identfique materia que satisfagam es- {es eritérios; (¢) Por que um eapacete de metal macigo ro seria uma boa escolba? Por que ¢ importante ou ull classificar os materiis em diferentes grupos, como fo feito neste capitulo? ‘Uma dada aplicago requer um material que deve ser bastante duro e resistente & cortosio, as condigbes am- bientes de temperatura e pressio, Além disso, seria vane {ujoso, mas nfo absolutamente necessirio, se o material ceseolhido também fosse resistente ao impacto. (a) Se vvoed eonsiderar somente os requisites prineipais, quais, classes de materiais voc® examinaria para esta ap {¢H0? (b) Por outro lado, se eonsiderar tanto os requisitos principais como os secundarios, qua classes de mate- Dé tantos exemplos quanto puder de como a engenhae ria e cigneia dos materiais sfo importantes para o alpi- nista na fotografia da capa, CAPITULO 2 Estrutura e Ligagcoes Atomicas = ° btn (Conso do WAS| foward ‘Ao final deste capitulo, o aluno serécapaz de: 1. Expllear a naturezae a estrutura de um tomo fede sua estruturaeletronica. 2, Explicar 0s vtis tipos de ligagBes primérias incluindo-se ligagdes ionicas,covalentes e metlicas. 3. Explicar a igacio covalente do carbono. Orbitais atémicos representam a probabilidade estaistica de ‘que os elétrons ocupardio vitios pontos no espago. Exeeto por aqueles loealizados na poredo mais interior dos étomos, as formas dos orbitais so do tipo nfo esléricas. Até pouco {tempo airas, era possivel somente imaginar a existéncia € 0 formato destes, uma vez que nio se dispunha de comprova- elo experimental, Recentemente, os cicntistas conseguiram criar uma imagem tridimensional desses orbitais empre cdo uma combinagdo de difrapio de raios X ¢ téomieas de mi- 4. Explcar 0s véeos tipos de lgagbes secundétas, bem como distingur-as das igagoes primar, ‘5. Explcar 0 efeito do tipo e forga da ligacio sobre 0 comportamento mecanico eelérico das varias classes de materials, 66. Explcar as igagbes mistas nos mates. ‘roscopia elerinica.A imagem no inicio do capitulo mostra ‘orbital dos eltrons do estado da ligagio cabre-oxigénio ~~» a ikon Tio8 a3 aa (a) Energia absorvida () Bneega eitida Figura 2.5 (@)0 eon de hidrogteo send excita para ua Sbita mais alt (©) Um eletron de hidroginio em uma érota mae slta desceno para uma <6rbita mals bala, resutando na emisao de um féton de energia hr. (sta figura €aceltivelsomente para 0 modelo de Baht) 2.3.2 Teorla de Bohr do tomo de hidrogénio Em 1913, Neils Bohr!” se baseou na teoria quiintiea de Max Planck para explicar como tomas de hidro- génio excitados absorvem e emitem luz somente em ceertos comprimentos de onda, um inexplicado fend menonaépoca Elesugeriu queoselétrons se movem ao longo de trajetorias circulares em tomo do niicleo ‘com valores discretos de momento angular (produto da velocidade pelo raio), Sugeriu ainda que aenergia, do elétron seja limitada por um nivel de ener fixa a distincia radial do elétron ao niicleo. E ‘mou essa trajet6ria circular fixa de drbita do eléiron Se um elétron perde ou ganha uma quantidade de- terminada de energia, ele mudard de uma orbita para outra a uma distincia fixa do miicleo (Figura 2.5). Nesse modelo, o valor da érbita ~o ntimero quaintico pri quem aumenta, A drbita correspondente @ ipal n— pode variar de 1 a0 infinito. A energia do elétron ¢ o aio de sua érbita aumentam medida | representa o nivel de energia mais baixo e, portanto, ¢ 8 ‘mais proxima do niicleo. © estado normal do elétron de hidrogénio se da para n eé chamado de estado fundamental, Para wun elétron se mover de uma orbita mais baixa, por exemplo, do estado fundamental ‘n= 1, para uma érbita mais alta correspondente a um estado ext ado, m= 2, deve absorver uma quantidade definida de energia (Figura 2.5), Inversamente, quando um elétron se move de um estado excitado, "= 2, para o estado fundamental, Conforme explicado anteriormente, este quantum de energia em ‘a mesma quantidade de energia deve ser liberada ‘da ou liberada ocorte sob a forma de radiagio cletromagnética, denominada foton, com comprimento de onda ¢ frequéncia determinados, ‘Bobr desenvolveu um modelo para a determi do seu estado qudinbico, (Figura 2.6). Somente ‘na qual me ¢ so a massa e a carga do elétron, respectivamente, ¢ I e' ~2m%metfatn? = — do da energia permitida ao elétron de hidrogénio em fungio le energia caleulados por esta equa sslo permits: pe ny mev 1,60 % 10 J, O sinal nega tivo foi introduzido porque Bobr atribuiu 0 valor zero a energia de um elétron completamente isolado © sem energia einética em 7 negativa infinito, Logo, a energia de qualquer elétron em uma 6rbita mais baixa .gundo a equagtio de Bohr, a energia de um elétron no estado fundamental, = 1, €-13,6 €V, ‘Aim de separar o elétron de seu niieleo, deve-se fornecer-Ihe energia. A energia minima requerida para se realizar esta tarefa é chamada de energia de ionizagao, A medida que m aumenta, a energia associada a0 elétron em uma determinada érbita também aumenta (se torna menos negativa). Por exemplo, em n=2, onivel correspondente de energia ¢ 13,612? ou -3.4 eV. Bohr explicou a quantidade de energia liberada ou absorvida pelo el em termos da diferenga de energia do el liberada e AF <0 quando energia é absorvida). AE = E,- =136 (In? =U) iron quando muda de érbita [stron entre as érbitas inicial e final (AF > 0 quando energia & as) onde fe / representam os estados final e inicial do elétron, respectivamente. Por exemplo, a energia as- od deste foton é determinado por 4 ~ he/E la transigfo de n= 2 a.m | seria AE = FE, = 13,6 (U2? ~ UP) = 136 X 0,75 = 10.2 eV tron emite um fiton de 10,2 eV ao descer para 7 (6.63 X 104s) 3,00 X 10 mA/10.2 eV (1.6 X 10" eV) (cnergia ¢ liberada). © comprimento de onda = 1.2 x 10 mou 120.nm. Na Figura 2.4, este comprimento de onda corresponde a faixa do ultravioleta, ‘Virias transigdes possiveis do elétron de hidrogénio ou do espectro de emissao do hidrogénio $30 apresentadas na Figura 2.6, Nesta figura, eada linha horizontal representa um nivel aceitavel de ener- "Neils Henk Davis Bohr (1885-1962) Fsico dinamarqués e ganhador do prémio Nobel (1922) Capitulo 2+ Estrutura e LigagBes AUBmicas Coniauum tia, ou drbita, para o elétron de hidrog de acordo com © niimero quantico principal AS emissbes visiveis sto todas deseritas pela série de Balmer A série de Lyman cor- responde as emissdes ultravioletas enquanto as séries de Paschen € de Brackett corres- pondem as emissdes infravermelhas Figura 2.6 Diagrams de nivel de enersia do especteo de inhas ‘de Piragenic. Companies) Lyman ay 146 eV ‘Scja_um tomo de hidrogénio com eletron no estado n ~ 3. © eletron softe uma transigio para o estado n= 2. Pede-se (a) caleular a encruia do foton correspondente,(b) sua frequéneia ¢ (c) seu comprimento de fonua. Pede-se ainda dizer (d) se a energia & absorvida ou emitidae (e) a qual série ela pertence, e qual tipo = Solugao a Acenetpia do fot0n emitido & Ex-Ex (5) See een 1avev x OXI 309 10-4 6. Attuacia do tens Aca Ag _ 302x109) he 6.03 * 1-5 = 4,55 x 10! st = 4.55 x 10" Hz © comprimento de onda do fo1on & he ae-% ‘he _ (683 X 10-5 $(3,00 x 108 ms) “ “aE 302 x 10-5 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias 659 x 10°! m 659 x 10-7 mx 4A ener ¢ liberada, pois sinal € positive e, consoquentemente, o elton esti efetuando uma transigho de uma érbita mais alta para uma orbita mais baixa © Acemissio se enquadra na série de Balmer (Figura 2.6) ¢ eorresponde a luz vsivel vrmelha (Figura 2.4) 2.3.3 Principio da incerteza e fungoes de onda de Schrodinger Embora o modelo de Bohr tenha explicado satisfatoriamente 6 comportamento de um dtomo simples como 6 hidrogénio, « modelo nio teve © mesmo éxito no caso de stomos mais complexos (multiclé- trons) e deixou muitas perguntas sem respostas, Duas novas deseobertas ajudaram os cientistas a expli- car 0 verdadeiro comportamento dos dtomos. A primeira foi ahipstese claborada por Louis de Broglie!¥, segundo a qual particulas de matéria, como os elétrons, poderiam ser tratadas tanto como particulas quanto ondas (de maneira semnethante & luz). Ele propds que o eomprimento de onda de um elétron (ou dde qual quer outra particula) pode ser determinado pelo produto de sua massa e pela sua velocidade (seu momento) conforme deserito pela Equacio 2.6. -£ 26) Mais tarde, Werner Heisenberg!” props o prinepio da incerteza ao alirmar que é impossivel de- terminar simultaneamente a posigio & © momento exatos de um corpo, por exemplo, um elétron. O principio da incerteza ¢ expresso matematicamente pela Equagio 2.7, na qual hh éa constante de Planck, ‘Ax € incerteza na posigio e Au é a incerteza na velocidade h ve mMu = an Axe miu = 7 24 Se, de acordo com Broglie, todas as particulas possuem propriedades caracteristcas tanto de ondas como de particulas, comparar 0 comprimento de onda de um elétron se movendo a 16,67% da velocidade de luz com o ‘comprimento de onda de uma hola de beisehof com uma massa de 0,142 ke e com velocidade de 95,00 milhas por hora (42,91 m/s). Qual éa sua eonclusto? = Solusao De aeordo com a Equagio 26, sto necessrias a massa ¢a velosidade da particula para se determinar 0 seu comprimento de onda. Assim sendo, b 6,62 % 10° kp mils my ~ (9,11 X 10 kg)(0,1667 X 3,0 X 10° mis) = 1,5 X 10-" m = 0,15 am (observar que 0 diimetto do tomo é cerea de 0,1 nm) Nom = je, = 962 X10 eg = mls eect = (0,142 kg) (42.91 mls) = 1,08 10-2 nm 18 X10 m "SLouis Victor Pierre Raymond de Broglie (1892-1987), Fico francés © ganhador do prémio Nobel (1929), ">Wemer Kar! Heisenberg (1901-1976). Fie alemso e ganhadar do premio Nobel (1932). Capitulo 2+ Estrutura e LigagBes AUBmicas 2 © comprimento de onda da bola de beisebol & 102 vezes menor do que aquele do elétron (pequeno demais pra ser observado), Em gera,partculas com famanios usuais tém comprimentos de onda imensuravelmente ppequenos e nilo 4 podem determina suas propriedades ondulatrias, EXEMPLO- [No exemplo anterior sea incerteza associada a medida da velocidade da bola de beisebol for (a) 1% e (b)2 ‘quais sho as incerteras correspondentes na posiglo da hola de beisebol? Qual & a sua conclusio? = Solugao De acordo com a Equagio 27,0 valor de incerteza na medida da velocidade € (0,01 X 42.91 mvs a pate (a) € (0,02 X 42,91) ~ 0,86 mis paraa parte (b) 48 para a. Reescrevendo a Equagi0 2.7, obtémese: bh _ 662 10" kg mils ASS amAu ~ (0.142 kg )043 m/5) = 862 x 10m bb Reescrevendo a Equagio 27, obtém-se few B82 10g mils = Gem = (0,142 kg)(086) 431 x 10m ‘A medida que a incerteza na media da velocidade aumenta incerteza na medida da posiglo diminui O raciocinio de Heisenberg se bascou no fato de que qualquer tentativa de medida alteraria a velo- cidade ¢ a posicao do elétron, Heisenberg também rejeitou o conceito de Bohr de uma “érbita” de raio fixo para o elétron, ele afirmou que o melhor que se pode fazer € trabalhar com a probabilidade de se ‘encontrar um elétron com uma dada energia em uma determinada regio do espago, Chegou-se ao entendimento quase completo quando Erwin Schrodinger usou a equacdo da onda para explicar 0 comportamento dos elétrons. A solugio da equagio da onda foi dada em termes da fun- «20 de onda, y (psi). O quadrado da fungdo de onda, y2, representa a probabilidade de se encontrar um clétron com um dado nivel de energia em uma dada regido do espago. Essa probabilidade é denominada densidade eletriniea e pode ser expresse graficamente por uma matriz. de pontos (chamada muvem ele- trénica), na qual cada ponto expressa a posigo possivel para um elétron com um dado nivel de energia or exemplo, a distribuigdo de densidade eletrnics na Figura 2.7a se refere a0 ditome de hidrogénio no estado fundamental, Embora o formato geral seja esférico (conforme sugerido por Bohr), 0 que este modelo deixa claro ¢ que o eléiron pode se situar em qualquer psig ao redor do nécleo. Mais ainda, probabilidade maxima de se encontrar um elétron no estado fundamental ocorre em uma regitio muito proxima ao niicleo (onde a densidade de pontos € maxima). Ao se distanciar do nicleo, a probabilidade de se encontrar umm elétron diminui ‘Ao se resolver a equagiio da onda, diferentes fumg6es e, porlanto, diferentes grificos de densidade cletrénica, sero obtides. Essas fungdes de onda so chamadas de orbitais. E importante distinguir imediatamente 0 termo “orbital” aqui citado do termo “érbita” empregado por Bohr Esses termos re- presentam dois conecitos distintos ¢ no devem ser usados indistintamente. Um orbital em distribuigdo, ‘bem como nivel de energia, earacteristico de densidade eletréniea Outra maneira de representar probabilisticamente @ posigo de um elétron com um dado nivel de cenergia & pelo tracado da fronteira no interior da qual se tem 90% de chances de se encontrar esse elétron. No estado fundamental, hi 90% de probabilidade de se encontrar um elétron no interior de uma esfera de raio igual a 100 pm. A esfera na Figura 2.76 é uma alternativa a0 diagrama de densidad 2®trwin Rudolf ose Schrodinger (1887-1961). isco austriaco e ganhador do prémio Nobel (1933) 2.5 28 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias trdnica e & chamada de representagio da superficie de fronteira, Deve-se enfatizer que a superficie de fronteira ccorrespondento a 100% de probabilidade para o mesmo eléton. teria dimensdes infnitas. Conforme diseutido anteriormente, a probabilidade maxima de se encontrar vim elétron na Figura 2.7a é na regio bem proxima a0 nieleo; entretanto, se a esfera for dividida em segmen- tos coneéntricos uniformemente espacados, conforme a Figura 27e, a probabilidade total (grafico de densidade cletrénica) de se encontrar um elsron seré maxima no ‘no niicleo, mas a una pequena distincia deste, Probabili- dade total, também chamada probabilidade radial, refe- 10-30 i probabilidade de um eléton se encontrar em uma ccamada esférica com relagdo a0 volume desta eamada Proximo ao niicleo, por exemplo, na primeira camada, a probablidade & alts, mas o volume é pequeno, na segun 4a camada, a probabilidade de se encontrar um eleron & ‘menor do que na primeira, porém 0 volume da segunda € muito maior (© aumento no volume ¢ maior do que a (a) grifico de densidade cletSnien (superficie de trontcira (405 nm (e)probabilidade rata Figura 2.7 {Gi iiice de densdade eer para eliron de hidrogéniono _diminuigo na probabilidade) e, por eonseguinte a pro- ‘stado fundamental (6) dagrama de supercede ronteka cores: yahilidade total de se observar um elétron € maior na se- Ppondente a 90% da nuvem eletrOnicae (9 superficie esfricassuces- sivas distribuigéo radial de probabilidade (linha mats escura). gunda camada, Esta segunda camada se localiza proxima ao miicleo a uma distancia de 0,05 nm ou SO pm como apresentado na Figura 2 7e. Este efeito diminui & medida que a distancia do niicleo aumenta, porque os niveis de probabilidade caem muito mais rapidamente do que aumenta o volume das camadas. Os diagramas de superficie de fronteira para elétrons com niveis de energie mais altos se tomam ‘mais complexos e nfl sto necessariamente esféricos. Essa questo sera discutida mais detalhadamente nas segdes a seguir. 2.3.4 Nameros quanticos, niveis de energia e orbitais atomicos Amecanica quantica modema proposta por Schrodinger e outros requer um conjunto de quatro niimeros inteiros, chamados mimeros quénuicos, para a idemtificagdo da energia e da forma da fronteira do espago, (auvem eletrénica), ¢ a rotagdo de qualquer elétron no tomo, Essa deserigao ni se limita a0 tomo de hidrogénio. Os primeiros niimeros quinticos so 7, €,1m¢ € my 0 niimero quintico principal, n: principais niveis ou camadas de energia_O niimero quantico principal, 1, ¢o mais importante para a identificagio do nivel de energia de um elétron, Ele assume so- ‘mente valores inteiros iguais & unidade ou maiores. isto é, n= 12, 3,.... Cada um dos prineipais niveis de energia € também chamado de camada ¢ representa um conjunto de subeamadas ¢ orbitais com 0 ‘mesmo ntimero principal n. A medida que » aumenta, também aumenta a energia do elétron em ques- to, que esta menos firmemente preso ao nticleo (mais ficil de ser ionizado), Finalmente, 4 medida que n aumenta, também aumenta a probabilidade de se encontrar um elétron distante do niicleo, 0 namero quantico de momento angular ou azimutal, (: subeamadas No interior de cada camada principal, n,existem subcamadas. Quando n = | hé apenas um tipo de subcamada possivel, semelhante Aquela apresentada na Figura 27. Entretanto, quando n=2, duas subcamadas diferentes sto possiveis,trés subeamadas diferentes sdo possiveis quando "= 3. ¢ assim por diante. As subcamadas slo representadas pelo niimero quiintieo orbital, (também chamado de nimero quintico de momento angular ou azimu- tal. A forma da nuvem eletrdnica da fronteira do espago orbital ¢determinada por este mimero, O niimero quintico € pode ser representado por um inteiro variando de zero a n~ 1, ou ainda por letras. Designagio numérica € Designagdo alfabética = s,p. d.£, Capitulo 2+ Estrutura e LigagBes AUBmicas Logo, para n= 1, €= s; para n= 2, €=s ou p, para m= 3, €= 8, p oud; e assim sucessivamente. ‘Assim sendo, a denominagio 3s corresponde a um nivel de energia principal, n, igual a3 ¢ uma subea- mada, (5 ‘A subeamada s(¢ = 0), independentemente de n, € sempre esférica (Figura 28a). Todavia, a medida que 1 aumenta, 0 tamanho da esfera amplia, © que significa que as elétrons podem se encontrar mais distantes do nécleo ‘As subcamadas p (€ = 1) nao sao esféricas. Na verdade, clas tém formato de halteres com dois lobu- los de densidade eletronica de cada lado do niicleo (Figura 2.85), No interior de uma dada subeamada, ha trés orbitais p que diferem entre si pela sua orientagdo no espago. Estes tres orbitais sio mutuamente perpendicnlares. As subcamadas d possuem forma bem mais complexa, conforme a Figura 28e, e de- sempenham um papel importante na quimica dos fons dos metais de transigao. 0 niimero quintico magnético, m: os orbitais e suas orientagBes © niimero quintico magnético. ‘my, representa a orientagio dos orbitais dentro de cada subeamada, O nimero quantieo, mi, assumira valores na faixa de+£ aC. Por exemplo, quando € = 0 ou so valor correspondente dem é2er0, quan do €= 1 ou p, os valores correspondentes de m s80 1, 0, ¢ +1, quando ¢ = 2 ou d, 0s Valores comres- pondentes de m, sio -2,-1, 0, +1, ¢ #2: e assim por diante. Portanto, para eada subcamada ¢, existe 2 + | orbitals no seu interior Em termos de s, p, de f, hé um maximo de um orbitals, ts orbitais p. cineo orbitais d ¢ sete orbitas f em eada nivel de subenergia, O nimmero total de orbitais em uma ‘camada principal (ineluindo todas as subeamadas possiveis) pode ser expresso por n?; por exemplo, ha ‘um orbital para n= 1, quato para m= 2 e nove para n= 3. Os ofbitais com a mesma subeamada tém 0 ‘mesmo nivel de energia. Os diagramas de superficie de fronteira dos orbitaiss,p,e d sto apresentados nna Figura 28. F importante observar que o tamanho das superficies de fronteira aumenta a medida que ‘maumenta, indicando uma probabilidade maior de se encontrar um eléiron cam aquele nivel de energia ais distante do nicleo do stomo -o@ : Oo ¢ M, May Bee Me Figura 2.8 Dingtama esquematico dos orbitals (a), (8) p, (0.4 30 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias Tabela 2.3 [Numero miximo de eltvons em cada camada atOmia pineal Namero da Namero maximo _Ndmero maximo Il RRM pry Payer mer A cond (nmero quantico cada camada (2n?) nos orbitals principal) Tabela 2.2 Vloes permitides para os nmeros quinticos dos elétrons. n__ Niimero quantico principal 2234, “Todos inteiros posiivos iu € _ Namere quantico azimutal nat ‘nyalores permitidos de € ‘m, Numero quantico magnético Valores inteiras de 2041 ~£a +6, incluindo zero 'm, _Niimero quantico de spin Lot 2 © nuimero quintico de spin, m spin do elétron No tomo de helio 7 ~2), ambos os ler ama plata cada principal (y= 1), moans suloamada (€ =u) osmom q meano uimero {into magaétio (m, = 0). Possiem exes dois ektrons nimeros quintics identios? A fim de dee crever completamente qualquer eltron em um atomo,alem dem, {. mi. deveros identifica também o 20 mimere qutatice de spin, mC nitro quate de spin pode aseinir o var + ox—¥, Oléton pode ter sonente dues diteydes de pin, bo sendo pertuitda nena out posi. Alét dito, pelo Princip da exclusio de Pauli, no méximo dois eléirons podem ocupar 0 mesmo orbital do étomo € tstesdevem ter spins opostos Em outraspelavras, dos eletons nfo podem tr jamais o mesmo conn: to de miimeros quinticos. Por exemplo, no étomo de He, o que difere um elétron de outro, do ponto de Visa da mecinica qulntica, 6 ninero quit dep: m,=+ parame m,=—} pera out Un reaumo dos valores permitidos para os nimeros qudaticos ¢ apresentado na Tabela 2.2. ‘ina vez que somente dois eltrons podem ocupar um mesmo arbilal e que cada nivel de ecergia principal ou superficie npenmite 2 ora, ume regra gral pode ser enunciada segundo o segunte pre Ceito: cada nivel prinepal de energia pode acomodar umn nitmero maximo de 2 elerons(Tabela 23) Por exemplo, o nivel de energia principal n= 2 pode acomovar um maximo de 202)°= 8 elétrons, dois na au subeamada se ses na sua subcamada p,¢ quel cont tts orbitals 2.3.5 Estado de energia de atomos multieletrénicos Ato momento, a maior parte da discussdo se concentrou no dlomo de hidrogénio, que possi apenas umn nico elton, este pode sr enerpizado em diferentes nivesprincipas de energiac,independentemenle do nimero quintico simula (subeamada), seu nivel de energa seri aquete da camada principal na qual ele existe Eniretanto, quando houver mais de um eltron, os efits da alrag eletroséica entre oeltron 0 nicleo, bem como os efits de repulsio etre os props eletrons,levardo a extados de energia mais comlesos oa divsdo dos ives de energa, Dest mo, aenergia deur orbital em um stoma mull trénico depende nfo somente dose valor den (amano), mas também do seu valor de € (forma) Por exemplo, sea o elton tinico em um dtomo eH eo elton unico em um étomo de He tonizado (He*). Ambos os elétrons encontram-se no orbital 1s. Tembrar que © cleo do étomo de He poss dois prétons contra um pron no nico de HAS energts orbitais sto 1.311 KYinol para 0 elétron do Te 5250 kl/mol par oeltron do Te E mais difeil remover o elton do He” porque ete yp Poss uma alraglo maior ao seu nécleo de dois prs- isis Rewounas pitavren, qentotsalccncetgadsit- 203) 22) 2033) =18 sp'd1° cleo, maior a forga de atragio sobre o eétron e mais baixa a energia deste (sistema mais estavel); este fe- 2(42) =32 sparen ise us ‘némeno ¢ denominado efeito da carga do micleo 25°) = 50 separ. ‘Agora, comparando o ‘tomo de He ¢ 0 ion He eer i ambos possuem # mesma carga no nicleo, mas dife- ie = emnontimerodeclétons A cnergiaorital Isdock- 207) =98 Sor won de He é -2.372 ki/mol, enquanto aquela do He Capitulo 2+ Estrutura e LigagBes AUBmicas 31 €-5.250 kJ. bem mais fil remover um dos dois elétons do tomo de He do que remover oeléiron ‘unico do He". Isso sed principalmente porque os dos eletrons no stomo de He se repelem mutuamente, ‘© que se ope 4 forga de atragdo do niicleo, E quase como se os elétrons se protegessem um ao outro da forga total do nicleo este Fensimeno ¢ denominado efeito de blindagem m seguida, fagamos uma comparagio entreo stomo de Li (Z=3) no seu estado fundamental eo primei- estado excitado do ion Li2". Deve-se observar que ambos tém uma earga no licleo de +3: Litem dois, étron 2s, enquanto 6 Li® possi um elétron excitado para o seu nivel 2 (primeiro estado excitado) A energia orbital do elétron 2s do Li é ~520 klfmol, enquanto aquela do Li? ¢ ~2 954 kml E mais feil remover o eldtron 2s, do stomo de Li porque o par de elétrons 1s na camoda mais itera protege o elétron 2s do nicleo (na maior parte do tempo). O eletron 2s do Li nao conta com a protesdo ddopar de elérons Ise, portant, mais fortementeatraido pelo nuileo. Vé-se, eno, que os elétrons mais intemos protegem os eleirons mais estemos e o fazem de maneira mais elicaz do que os elerons no mes- mo subnivel (comparar os niveis de energia do orbital com aqueles no parigrafo precedente). Finalmente, vamos analisar uma comparagio entre o tomo de Lino scu estado fundamental ¢0 tomo deLi excitado aé seu primeiro nivel, O dtomo de Li no estado fundamental tem o seu elétron mais exter- nono orbital 2s, enquanto o étomo excitado de Li tem o seu eleron mais extemo no otbital 2p. A energia orbital do elton 2s € ~$20 kil/mol, ao passo que aquela da elétron 2p é ~341 ki/mol. Logo, o orbital 2p possui um estado mais elevadlo de energia do que 0 exbital 2s. Iss ‘corre porque 0 eletron 2s passa um tempo relativamente maior penetrando em ditegae 30 ricleo (muito mais do que o létron 2p), solrendo assim uma atragdo maior por ele, o que «0 coloca em um estado de menos energia e mais estavel. E possivel generalizar ainda mais se afirmando que para tomos multieletrénicos, em uma dada camada principal, n, quanto mais baino o valor de €, mais baixa a energia da subeamada (ito &, s uit + F 1etestop? Dingramas ebay q = u tT + F YU Yt] —> ur INN nity) 1s 2s 2p 1s 28 2p 2p 1s 2s Estruturas de Lewis de pontossltrSnicos 2p Figura 2.15 (O process de igementa nico entre 0 Le oF. (a) Representacso da configurago eetrnica, (8) representacto do dlagrama orbital & (@estrutras de Lewis de pontoseetrenicos. 40 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias E | Qed: Figura 2.16 Forgas de atracdo ede repusdo geradas durante aligacao Ionia ‘Observar ques fora resuitante& zero, uma vez formada a gag. Discia Ternien@ Energia Distnciaerinicn erga iui (e-ersia Pata Fa = cdton = inion , a r= chen ante tion 7 arte Figura 2.17 Varages de energia durante a igacaolonca. Observar que a energia tesultante € minima, ua ver forma a Tiga. Sabendo que a forga de alragio entre os ions de Mg? e de S em equilibrio € 149 x 10° N, calcula (a) a distancia ineriGnica correspondente, Sabendo ainda que o ion de S*possui um raio de 0,184 nm, caleular(b) (0 raio ibnico para o Mg? e(e) a forga de repulsio entre os dois fons nesta posigio. = Solusao © valor de a, soma dos taiosidnicos do Me* e do jada da lei de Coulomb. . 0 art oFunsto 2) = +2paraMe* 2; = ~2 para S?~ Je] = 160 10-P © ey = 885 x 10-7C2N-m!) pode ser caleulado por meio de uma forma rearran- Faxto = 149 X 10-9 N Portanto, oy (2X—2)(160 x 10-PeF [8,85 x 10". C7(N-m)](1,49 x 10 N) 2.49 x 10-!°m = 0,249 nm b aoe 249 am = ry + 0.184 om ou 065 am ‘A forga de repulsio entre 0s fons de Na” (~ 0,095 nm) e CIF ~ 0,181 nm) em equiibrio & -3,02 % 10-°N. Caleular (a) 0 valor da constante b usando a parcela referent & forga de repulsio na Equagd0 28, (b) acnet- ia da liga20, Byay Admitir n= 9 Capitulo 2+ Estruturae LigagBes Atbmicas a # Solugao 4. Afim de determinar 0 valor de b para um par inico de NaCl, 28) 2X 102N. A forga de repulsio entre um par idnico Na" € Portanto, 302 x 10° N = 8 (2.76 x 107" m)"° b= 859 x 10° N- ml b. Aim de caleular a energia potencial do par inico Na’, 42209 |b Bere = + (411-101. x 10-P oF 4¢ 859 107190? ‘r[8.85 % 10°F C7/(N m2) ]276 x 10-Mm) * (2.76 x 10° my? 8.34 x 10 + 0,92 x 107 = 7742 x 10-P 44 Erpup pode ser determinado da Equagio 2.9, verifieando-se ser negativo. Isto significa que, para se romper a ligagio, uma quantidade de energia igual 4 Biya deve ser despendida, (tense zz? ib Enatuae™ area |* at 9) Corea Arranjo iénico em sélidos inieos _ Embora as discusses precedentes tenham se coneentrado em um. par de ions, um anion atrai citions de todas as diregdes e se liga a0 maior nimeto possivel de cations. Inversamente, um cition alrai anions de todas as diregdes ¢ se liga 40 maior numero possivel deles. Isso determina, em parte, © arranjo de empacotamento iGnico © € como se forma a estrutura tridimensional do s6lido iénico. As- sim, quando os fons se juntam, eles o fazem tridimensionalmen- te sem uma orientagio preferida (ndo existem moléculas tinieas separadas) e, consequentemente, as ligagdes so chamadas no direcionais. (0 niimero de citions que podem se agrupar ao redor de um {inion (eficigncia de empacotamento) & determinado por dois fato- res: (1) o tamanho relativo ¢ (2) a neutralidade de carga. Sejam os st silos idnivos CsCl ¢ NaCl. No easo do CsCI, oito dnions de Cl (= 0,181 nm) se agrupardo em tomo de um cition central de Cs! (r= 0,169 nm), conforme mostra a Figura 2.184. Por outro lado, Figura 2.18 no caso do NaCl somente seis nions de CI- se agrupario em tomo © #*anjo Feri de dol s6idos inios:() CsCi e() NaCl. doum ction central de Na’ (r= 0,095 nm) conforme mostrado na {ieee arnt est ans Tema “he Pc Engen ry oy 2 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias Tabela 2.5 -Aenergia de ede 03 valores do panto de fuso para vias slidos ianicos uct acl KCl RDC scl MgO 20 50 B20 Figura 2.18, No easo do CsCl, a azo entre os raios do cation ¢ do fnion € r2/tey =0,169/0,181 = 0,93 Amesmna razdo para o NaCl ¢ 0,095/0,181 = 0,525. Portanto, a medida que a raza0 entre os raios do cation edo fnion diminui, menos finions podem cireundar um eétion. ‘A neutralidade elétrica ¢ 0 segundo fator a considerar. Por exemplo, no solide iGnico NaCl, para cada ion de Na’ deve haver globalmente um ion de Cl- Porém, para o CaP, para cada efition de Ca"® deve haver dois dnions de F- Consideragdes de energia em sélidos idnicos A fim de entender as consideragdes de energia na formagao de sblidos idnivos, seja s6lido inico LiF. A produgdo do sélido iGnico LiF resultara na liberagao de aproximadamente 617 kl/mol ou, em outras palavras, o calor de formagdo do Lik € AH! = -617 ki/mol, Entretanto, o processo de ligamento da etapa de ionizagio a formagio do s6lido {Onico pode ser dividido em cinco etapas, sendo que algumas delas consumirdo energia, Etapa 1 Transformago do Li sélido em Li gasoso (1s#2st): essa etapa ¢ chamada atomizagao requer aproximadamente 161 kJ/mol d +161 ki/mol Etapa2 Transformagio das moléculas de Fy em étomos de F (1s2s!2p") essa etapa requer 79,5 kJ/mol de energia, AHF = +79.5 kL/mol Etapa3 Remogiio do eléiron 2s! do Li para a formagao do edition Li: « energia requerida para esta ctapa ¢ 520 ki/mol de energia, AIF’ = #520 ki/mol Etapa4 Transferéncia ou acréscimo de um elétron ao dtomo de F para a formagio do énion F esse processo, na verdade,libera energia. Porianto, a variaglo de encrgia &negativa ¢ aproximadamente igual a ~328 kl/mol, AH*= ~328 kilo. Etapa'S Formagio do siido idnico «partir de fons gasosos As forgas eletrostiticas de atragdo entre cétions e énions produzirao ligagdes iénicas entre os ions gasosos de modo a formar um solide tridimensional. A energia associada a este provesso ¢ chamada de energie rede ¢ & desconheeida, AL!*= ? ki/mol. Segundo a lei de Hess, o calor total de forms requeridos em cada etapa. Em outras palavras, sao do LiF deve ser igual a soma dos ealores de formagao_ AH? = AH! + AHP + AHS + AHY+ AHS 2.10) essa relagdo, pode-se determinar a magnitude da energia de ede, AH=AH?—[AH! + AHP +H + AEM] ~617 kJ ~ [161 kJ + 79,5 kI + 520 kI -328 KI] = -1050 kJ. Isso significa que, embora seja gasta energia nas etapas 1, 23, uma quantidade ainda maior de energia de rede € produida durante a fase de formagao do solido sOnico (1.050 kD). Isto é, a energia pasta nas etapas 1, 2e 3 & fomecida e excedida pela energia de rede produzida na etapa 5, quando os fons sao atraidos para formar o solido. Este fato confirma o conceito de que os atomos se ligam a fim de diminuir a sua enengia potencial, As energias de rede asso- ciadas a varios solidos iGnicos sdo apresentadas Serres na Tabela 2.5. A obvervagiio desta tabela mos- Metatoed tra que (1) as energias de rede decrescem a0 se mover para baixo nos grupos ou & medida que ea) fusio CC) 168 i gman seven 686 164 776 - - ee eat 88. sentam altas temperaturas de fusio. Pode-se 3.932 240 2.800 observar na Tabela 2.5 que, a medida que a possui a mais alta energia de rede (3.932 k/mol) * Tadeo ara ones pt soma ir (erg Iba f € a mais alta temperatura de fusio (2.800 °C) Capitulo 2+ Estrutura e LigagBes AUBmicas “a3 YE Sere CT tT | ea e¢ece ¢ e dt a 3 Ceee r \ ra Figura 2.19 Mecanismo de ratura de sldosidncos. © golpe do matteo faré com que fons yemelhantes e emparelhem, gerando forgas de repulsto Inteneae que podem levar 8 fratra so mater, Além disso, 0s sétidos idnicas so geralmente duros (nao sofrem arranhSes), rigidos (ndo sio flexiveis ‘u elisticos), resistentes (subsistem ao impacto) e quebradigos (deformam-se poutco antes da fratura) Essas propriedades dos sélidos idnicas se devem as intensas forgas eletrostiticas que mantém os ions unidos. Observar nas Figuras 2.18 e 2.19 que os anions e cétions se alternam em seu posicionamento. Se as foreas muito grandes forem aplicadas aos s6lidos iGnicos, isso pode resultar em neste posicionamento de modo a colocar fons semelhantes uns contra os outros. grande forea de repulsaio que levara i fratura do sélido (Figura 2.19) Finalmente, de maneira geral, os solidos iGnicos no conduzem bem cletricidade e so, portanto, excelentes isolantes. A razdo para isso € que os elétrons so mantidos de forma coesa nas ligagdes for- madas ¢ nao podem participar do processo de condugio de eletricidade, Todavia, quando fundidos ou | materiais iénicos $20 capazes de conduzir eletricidade por meio de difusdo iénica m deslocamento centio eriada uma dissolvidos em dg (movimentagio de ions), Esta € uma comprovagdo adicional de que os ions esto de fato presentes estado solide, 2.5.2 Ligacdes covalentes 8 covalentes so tipicamente observa- Pares eletrdnicos compartilhados ¢ ordem de ligagio Li ddas entre dtomos com pequenas diferengas nas suas eletronegatividades e, sobretudo, entre nfio melas, ccujos dtomos se ligam pelo compartithamento localizado de elétrons ¢ ligagdes covalentes. As ligagdes ccovalentes slo 0 tipo mais comum de ligago na natureza, abrangendo desde o hidrogénio diatmico aos materiais biologicos e macromolé c tipo de ligagao pode também responder por uma parte das ligagies totais em materiais idnicos e metilicos. Do mesmo modo que as ligagSes iénicas, as ligaydes covalentes so também muito fortes Seja a ligagdo covalente entre dois dtomos de hidrogénio, Inicialmente, o niicleo de um tomo de H atrai a nuvem eletrOnica do outro étomo; os dtomos entao se aproximam, Nesse movimento, as duas nu- sm ¢ ambos os ditomos comegam a se apoderar dos elstrons (a compartilhé-los) (Os atomos continuam a se aproximar até atingirem o ponto de equilibrio no qual esses dois dtomos de H formardo uma ligagao pelo compartilhamento de el6trons, a0 mesmo tempo completando a sua estrutura cletrénica mais externa e atingindo o estado de energia mais baixa, conforme mostrado na Figura 2 20a. Nesta posigfo, as forgas de atragio sto compensadas pelas forgas de repulsio, conforme ilustra a Figura 2.208, onde os elétrons foram representados nas posigdes mostradas apenas para fins didaticas. Na rea- lidade, os el las sintcticas. Ess vens eletrénicas interay fons podem se localizar em qualquer posigio no interior da dea sombreada A ligagao covalente entre stomos é representada de maneira imperfcita pela estrumura dle Lewis de pontos eletrdnicos. As representagies de pontos eletronicos para as ligacd Nz so apresentadas na Figura 2.21. Nesta figura, o par de elétrons na ligagiio formada, chamado par compartilhado ou par ligado, ¢ representado por um par de pontos ou por uma linha. F importante notar que os stomos formarao tantos pares compatilhados quantos necessirios para completar sta cstrulura eletrénica mais externa (oito clétrons no total), Portanto, étomos de F (2822p) formardo um covalentes do Fs, O2€ a Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias fe" Distincia de = separa a F-F ! nr » oy © Figura 2.20 Ligament covalent enze somos de hidogino. a) Diagrams de energapotencial liga 2.21 (deseo exquersico mostando a macula de eas ora vamoleclres. Uta dé Les pra) Forde deigagto de ‘Goservar que podem xii elton em qualquer posi Gent do dagrams 1; (0) Oy ordem de iyo de 2; (Ny dem feivetano, orm excohidas as poses mosvadst pra acta arise de orgs, de igagao de 3 par compartilhado que resultard em uma ordem de ligagdo de um, os dtomos de O 2s#2p*) formarao dois pares compartilhados (ordem de ligayio de dois) ¢ atomos de N (2s2p!) formario trés pares com- partihados (ordem de ligaglo de trés), A robustez da ligagto eovalente depende da magnitude da forea de atragio entre os micleos do niimero de pares compartilhados de elétrons, A energia requerida para se vencer esta forga de atragio & chamada de energia de ligago, que depende dos ditomos ligados, das configuragdes eletrdnicas, das cargas dos micleos e dos rains atOmicos, Logo, eada tipo de ligagao tem sua propria energia de ligayio também importante notar que, contrariamente a estrutura de Lewis da molécula covalente, os elétrons que se ligam no permanecem em uma posigao fixa entre os itomos, Todavia, hi uma proba- bilidade maior de se encontri-los na regifo entre os stomos ligados, conforme a Figura 2 206, Diferen- temente das ligagbes idnicas, as ligagdes covalentes sto direcionais ¢ o formato da molécula pode niio ser corretamente transmitido pela representacio de Lewis; a maioria destas moléculas possuil formatos {ridimensionais com Angulos de ligagdo nao ortogonais, Finalmente, o nimero de vizinhos (ou eficién- cia de empacotamento) ao redor de um étomo dependeri da ordem da ligagao, Comprimento de ligagio, ordem de ligagio ¢ energia de ligagio Uma ligago covalente tem um comprimento de ligacio, que & a distancia entre os nucleos de dois étomos ligados no ponto de ener- ¢gia minima. Existe uma relagdo estreita entre a ordem de ligagdo, o comprimento de ligaedo © a energia Ue ligagdo: para um dado par de eléirons, com ordem de ligagio mais alta, o comprimento de ligagio seri menor; a medida que o comprimento de ligagio diminui, a energia aumenta, Isso se da porque @ {orga de atragdo se toma mais forte entre os nicleos e os multiplos pares compartilhados. As energias e ‘comprimentos de ligago para alguns dtomos com diferentes ordens de ligagaio constam da Tabela 2.6. Arelagio entre o comprimenio ¢ a energia de ligago pode ser ampliada ao se considerar situagdes ‘nas quais um sitomo na ligagdo conserva mais caracteristicas e o outro apresenta Variagies, Por exem- plo, o comprimento de ligagao do C-Ié maior do que do C-Br, que é maior do que do C-Cl. Observe que 0 comprimento de ligagdo aumenta a medida que © didmetto do atomo que se liga ao C aumenta (iimetro do I> Br> Cl), Portanto, a energia de ligaylo sera maxima para o C-C1, menor para o C-Br ce minima para 0 C-I Ligagdes covalentes polares ¢ niio polares Dependendo das diferengas na eletrnegatividade dos ‘itomos que se unem, uma ligagio covalente pode ser polar ou no polar (em virios graus). Exemplos de ligagdes covalentes nfo polares so H,, F>, No, entre outras, entre sttomos com eletronegatividades semelhantes. Nessas ligagdes, 0 compartilhamento dos elétrons que se ligam ocorre de maneira mais Capitulo 2+ Estrutura e LigagBes AUBmicas 4s igualitiria entre os dtomos e estas Sio, portanto, Tabela 2.6 ‘do polares. De outra forma, i medida que as di Aereai de igo eos comprinantos de aur para ferengas em eletronegatividade entre os stomos que formam a ligagio covalente aumentam, por as igagbescovaentes. ferrets as Perec nrur) rrr exemplo, o HF, o compartilhamento dos elétrons na) da igagdo se torna desigual (estes elétrons se des- locam em direedo ao tomo mais eletronegativo). © ee ee oie Isso resulta em uma figacdo covatemte polar A C=€ 162 680 013 medida que a diferenca em eletronegatividade C=C 213 890 012 aumenta, a polaridadeda ligagio também aumen- “cy, 04 ‘os aT tae, sea diferenga se tomar grande 0 suficiente, a ligagdo se torna iénies. Como ilustragio,F;, HBr, -N aa so ce HE € NaF ter, respectivamente, ligagdes eova- C—O 86 360 014 lentes do polares ligagdes covalentes polares 128 335 012 ligagdes covalent altamente polares e higagdes cg 108 450 on do tipo idnicas eal a ot wie Ligases covalentes polares em moléculas que C4 19 500 010 contém earbono No estudo da engenhariados 8 320 ra rateriais, 0 carbono € muito importante, uma vez que € 0 elemento bisiew na constituigao de SS! m Ezy os grande parte dos materiais poliméricos. O dto- NO o 250 012 mo de carbono, no estado fundamental, possui yy) ine 5 an aconliguragao eletré te arranjo cletrdnico signifiea que este elemento deveria FF 8 160 04 formar duas ligagdes covalentes com seus orbi- HH 104 435 0074 tais 2p pareialmente preenchidos. Entretamto, €m sey poxmasos uma ye ut oambint casa ae ra ert os x aes 0 muitos casos, 0 earbono forma quairo ligagées _testarprastomocie cs ianoienegeeiaesaa covalentes de igual robustez, A explicago para Fm LA. Yn Vac “mens Matar Sere 4, ABtin We 1980. as quatro ligagbes covalentes do carbono se en- conira no conceito de hibridizagao pelo qual, uma ve7 ligados, um dos elétrons 2s & promovido a um orbital 2p de maneira que quatro orbitais hibridos sp’ equivalentes sto estabelecidos conforme indicado nos diagramas de orbitais da Figura 222. Embora seja requerida energia para promover 0 cléiron 28 a0 estado 2p durante o processo de hibridizagao, a quantidade requerida para esta promogao & compensada e excedida pelo deeréseimo em energia que acompanha o processo de ligagi carbono na forma de diamante exibe ligagSes covalentes tetraédricas sp* Os quatro orbitais hi- bridos sp* estdo dispostos simetricamente em dirego aos vértices de um tetraedro regular conforme mostra a Figura 2.23, A estrutura do diamante consiste em uma rede compacta de ligagies covalentes tetraédricas sp? conforme ilustrado na Figura 2.23. Essa estrutura é responsivel pela exirema dureza do diamante e por sua enorme forga de ligagio, bem como sua altissima temperatura de fustio, O diamante possui energia de ligagio de 711 k./mol (170 keal/mol) ¢ temperatura de fusio de 3.550°C. Ligases covalentes em hidrocarbonetoy Molévulas formadas por ligagdes covalentes & que eon- tm somente carbono e hidrogénio so chamadas hidrocarbonetos. O mais simples deles & 0 metano, no qual o carbono forma com os stomes de hidrogénio quatro ligagdes covalentes tetraédricas sp’ Hibriizagbo ——[if}] [rt i t et ss 1s Quatro orbits equivalentessp™ parialmentepreencidos ;atcialmentepreenchidos Prcenchimento dos ritas no Preenchimeato do orbital sp? ‘sta fundamental hibriizado Figura 2.22 ‘Aibridizago dos omits do carbono para formagio de iggBes simples 46 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materials ww Figura 2.24 Figura 2.23 (a) Angulo ene 0s orbitals simétricos sp° hridlzados em um Stomo de carbone. (b) Ligaces covalent’ tetaécrcas sp!em diamantes chamadas estuturacubica do diamante. Cada regio sombreada representa im par compartihado de eletrons. (2A localizagaoz de cada dtomo de carbone ¢ apresentada no pan basal A notagao "0,1" significa que ha um ‘toma em 7= 0 eum stoma em: conforme mostra a Figura 2.24. A enerzia de ligagao intramolecular do me tano, de 1,650 kJimol (396 keal/mol), € relativamente alta, porém sua ener- tia de ligagao intermolecular é muito baixa, cerca de 8 kW/mol (2 kcal/mol) Assim, as mokculas de metano sto ligadas entre si de maneira muito fraca, resultando em um baixo ponto de ebuligao de ~183 °C. ‘A Figura 2 25a mostra as formulas estraturais para o metano, etano e buta- no normal (n-), que sio hidrocarbonetos volateis de ligagao covalente simples, A medida que a massa molecular aumenta, o mesmo se observa na estabilida- de eno ponto de fusto Um atomo de carbono pode também se ligar a outros tomes de carbono Poltecla de metano com quatro igagoes de modo a formar moléculas com ligagtes duplase triplas conforme indicado tetradaricas sp ras formulas estruturais para o etileno ¢ o acetileno apresentadas na Figura i id tilt WG WE e on ee een —c=e—H han bh weno win es in ca wee apes wee meneame St @ 22.25 Formas extuturais pare c)hidrocarbonetos com igagdes simples e (b)hidrocarbonetos com higages mia. Capitulo 2+ Estrutura e LigagBes AUBmicas a 2.25b, Ligaydes duplas e triplas earbono- H waiboid sic quimicimante meis'reativas I HL H do que igagdes simples. Ligagtes malti- HAH CeO pis euteno-eatone do Snomimdes Ff en oO Nengdes no saturads. e tna "import xrue eer HEA fed lar para alguns materials polimricos 6 I uh aquela do benzeno. Essa moléeula tem © ® © w composi¢ao quimica C,H, com os ato- mos de carbono formando um nel hexa- Figura 2.26 onal chamado, em alguns casos, de ane! Fetmulsestruturss para o benzeno (0) usando notagio em lnhasretas@(B) notagfo benzénica (Figura 226). Os seis itomos _*"plfada de (2). (0 tranjo das Igaroesmostrando deslocalzagi (os elvan ae ‘arbono-carbono no interior do anel © (4) nota simplicad de (©). de hidrogénio do benzeno formam liga- ‘s0es covalentes simples com os seis étomos de carbono do anel. Contudo, a disposigao destas ligagdes centre os dtomos de carbono do anel & complexa, A maneira mais simples de se cumprit 0 requerimento de que cada étomo de carbono tena quatro liga atribuiindo alternadamente Tigagbes simples e duplas aos dtomos de earbono no proprio anel (Figura 2.26a). Essa estrutura pode ser r2- presentada de maneira mais simples ao se omitir os dtomos externos de hidrogénio (Figura 2.268). ssa formula estrutural para o benzeno sera usada neste livro, 4 que ela representa mais claramente © arranjo das ligagdes nessa substaneia, ‘Nao obstante, dados experimentais indieam que uma ligaedo dupla normal reativa carbono-carbono, no existe no benzeno e que os elétrons de ligagio no interior do anel benzénico sio deslocados, dando corigem a uma estrutura geral de ligagdo cuja reatividade quimica se situa entre aquelas das ligagdes catbono-carbono simples e duplas (Figura 2.26c). Por essa razdo, a maioria dos livros de quimica utiliza uum cireulo no interior de um hexiigono para representar a estrutura do benzeno (Figura 2.264), ss covalentes Ligagies covalentes ¢ propriedades dos materiais Sio numerosos os materiais que consistem de ligagdes covalentes: a maioria das moléculas de gases, de liquidos ede solidos com baixo ponto de fusdo se forma por meto de ligagdes covalentes. Além disso, esses materiais 1ém em comum 0 Fato de serem moleculares (lembrando que a ligagdo entre as moléculas é fraca), As ligagdes cova- lentes entre fitomos sio muito Fortes e dificeis de serem rompidas; por outro lado, a ligago entre moléculas ¢ fraca e pode ser rompida facilmente. Como consequéneia, esses materiais fervem ou se fundem com muita facilidade, Nas proximas seedes, seri discutida a natureza dessas ligagbes, Diferentemente dos materiais moleculares acima, em alguns materiais chamados sélidos de rede covalente (sem moléculas), todas as ligagées so covalentes. Nestes materiais, o niimero de vizinhos de um tomo depende do nimero de ligagSes covalentes disponiveis segundo a ordlem de ligagao. Dois cexemplos de sélidos covalentes sd0 0 quartzo eo diamante. As propriedades do quartzo refletem a orga das ligagies covalentes em seu interior. O quartzo & constituido de itomos de Sie O (SiO;) ligados inin- terruptamente uns aos outros por meio de ligagaes covalentes em uma rede tridimensional. Nao existem ‘moléculas neste material. Analogamente ao diamante, © quartzo é muito duro e se funde a temperatura alta de 1,550 °C. alto ponto de fusio de sélidos de rede covalente é um reflexo das altas energias de ligagdo e da resisténcia real das ligagdes covalentes, Os materiais que se originam desse tipo de ligagio sfo maus condutores de eletricidade, nao apenas na forma de um solide de rede, mas também quando se fundem, ou na forma liquida. Isso ocorre porque os elétrons estdo firmemente ligados em pares com- partilhados e nao ha ions disponiveis para o transporte da carga 2.5.3 Ligagdes metilicas Embora dois stomos metilicos separados possam formar entre si fortes ligagdes covalentes (Na,), 0 material resultante sera gasoso, isto é, a ligagdo entre moléculas de Na, seri fraca, A questdo entio & qual tipo de ligagdo mantém juntos os itomos do s6dio solide (ou de qualquer outro metal s6lidoy? Observa-se que, durante a solidificagao de um metal fundido, os seus étomos se arranjam em um denso empacotamento, de maneira organizada e repetiiva, a fim de diminuir a energia e chegar a um estado ‘mais estavel na forma de um solido, assim criando ligagdes metalieas. Por exemplo, no cobre cada Fundamentos de Engenharia ¢ Ciéncia dos Materias ‘tomo tera 12 dtomos adjacentes a0 seu redor dispostos de maneira ordene- da (Figura 2.272), Neste arranjo, todos os sitomos contribuem com seus elé- trons de veléneia para a formagio de um “mar de elétrons” ou “nuvem de carga eletrénica” (Figura 2.276). Estes elétrons de valencia sao destocalizados, movem-se livremente no mar de elétrons © nio pertencem a nenum atomo especifico. Por essa razio, eles so também chamados de elézrons livres. Os niicleos e os elétrons centrais restantes dos stomos densamente empacotados formam um ceme positive ou catidnico (porque perderam seus elétrons de valéncia). que mantém os ‘tomes juntos, em metais sélidos, so as forgas de atragio entre 0 ceme idnico positive (citions metélicos) © a nuvem de elé- trons negativa. A isto se dé o nome de ligagdo metilica A ligagies metilicas sto tridimensionais e nfo direcionais, analogamente as ligagdes micas, Entretanto, uma vez que nio hii Snions envolvidos, no hi resti- bes de neutralidade elétrica. Mais ainda, 0s cations metilicos nfo so mantidos {ixos to rigidamente como em sélidas inicos. Em contraste com as ligagies co- valentes direcionais, nfo ha compartlhamento de pares de elétrons lecalizados, as ligagées metélieas so, portanto, mais fracas do que as ligagdes eovalentes @ Ceres de fons positives Ligases metalicas e propriedades dos materiais Os pontos de fusio de me- {ais puros so apenas moderadamente altos porque, para esse provesso, no & necessirio romper a ligaglo entre o cere iGnico e a nuvem de elétrons. As- sim, em geral, os materiais idnicos e as redes covalentes exibem temperaturas. de fusto mais altas porque ambos requerem © rompimento das ligagdes para tanto. As energias de ligago e © ponto de fusto dos metais variam largamente lévonsde valécianaforma —_dependendo do niimero de elétrons de valéncia e da poreentagem de ligagdes e nen decargactetniea—_-mtlicas. Em geral, os elementos do grupo LA (metais alcalinos) possuem ape- o nas um eldtron de valencia e exibem quase exclusivamente ligagdes metdlicas Figura 2.27 (@)Aestutura ordenada e eficientemente Como consequéncia, tais metais possuem temperaturas de fusio mais baixas do que os elementos do grupo 2A, os quais possuem dois elétrons de valencia e uma paltry brainer poreentagem maior de ligagdes covalentes, tum sla metiio, (9) O cere de ons ‘A Tabela 27 apresenta as configuragées eletrénicas mais extemas, as ener- Postvos ea mar de elétons crcundante pias de ligagio € as temperaturas de fusio dos elementos do quarto period, Fo madelo de igages metaicas. incluindo os metais de transigao. Nos metais, é medida que o mimero de elétrons de valencia aumenta, a forga de atragio entre o cere positive € a nuvem eletrOnica também aumenta; 0 potdssio, K (4s!), com um elétron de valencia, possui temperatura de fusdio de 63,5 °C, enquanto o eél- cio, Ca (4s?), om dois elétrons de valencia, possui temperatura de fusio de 851 °C, consideravelmente ‘mais alta (Tabela 27). Com a introduedo dos elétrons 3d nos metais de transigao, o nimero de elétrons de valéncia aumenta, bem como a temperatura de fusio, com tum maximo de 1.903 °C para o eromo, Cr Gd%4s!), Este aumento na energia de ligagao © na temperatura de fusio dos metais de transigio € atri- bbuido a um aumento na porcentagem de ligagdes covalentes. A medida que os orbitais 3d e4s se tomam plenamente preenchidos, a temperatura de fusdo novamente volta a cair entre os metais de transicao, com um minimo de 1.083 °C para o cobre (34?%4s!), Depois do cobre, ha uma queda ainds maior na temperatura de fuso, atingindo 419°C para 0 Zn (4?) As propriedades mecanicas dos metais sio significativamente diferentes daquelas dos materiais i6- nivos ede rede covalente. Os metais puros, em particular, sio substancialmente mais maledveis (macios edeformaveis) do que os materiais iimicos ede rede covalent De fato, ha poucas aplicagdes estruturats para esse tipo de metal em razio de sua caracteristica de inexistente rigidez, Isso se di porque, sob a ago de uma forga extema, os ions no metal destizam uns sobre os outros com relativa facilidade, con- forme a Figura 2.28. As ligagdes entre os fons em um metal podem ser rompidas em niveis de ener ‘menores comparativamente as ligagbes idnicas e covalentes. Esse comportamento pode ser eomparado quele apresentado na Figura 2.19 para os materiais iGnicos. Nos proximos eapitulos, seré exphicalo com maior detalhamento como a resisténeia de um metal puro pode ser melhorada signiicativamente pela adigto de elementos de liga, deformagto plistica, refino do gro e tatamento térmico. Capitulo 2 + Estruturae LigagBes Atbmicas “9 Tabela 2.7 Enorjas de configuragdeseleténica e pont de fusfo dos metas do quarto periodo da tabola peri Perens a ir — — ta K 4s) 89,6 214 635 ca 4 7 42,2 851 se slat 32 82 1397 Ti adiast 473 ns 1.660 adiast sis 13 1.730 cr ads! 398 95 1.903 Mn adhast 279 667 1.244 Fe adeas? a8 998 1.535 co 374s 383 914 1.490 N adeast 423 101 1.455 cu ads! 339 81,1 1.083 zn 4s 131 312 419 ca 4s%4p! 282 65 298 Ge 4s4p? a7 20 960 A utilizagdo principal dos metais puros ovorre em aplicagdes elétricas e eletrdnicas. Os metais puros silo excelentes condutores de eletricidade devido fs caracteristicas deslocalizadas dos elétrons de valéneia. Assim que um componente metdlico ¢ incorporado a um cireuito elétrico, cada elétron de valéncia transportard, quase sem obstrugdes, um modulo de carga negativa em dirego ao eletrodo po- sitivo, Este mesmo processo ¢ impossivel em materiais iGnicos e covalentes, uma vez que os eléirons de valencia so fitmemente mantidos em sua posigao pelos niicleos. Finalmente, os metais também silo excelentes condutores de calor devido 4 eficiente transferéneia de vibragdes alémicas térmicas através do metal 2.5.4 Ligacdes mistas A ligagdo quimica de dtomos ou ions pode en- Prony volver mais de um tipo de ligago priméria, e pode também envolver li dipolos. Com respeito as ligagies pi podem ocorrer as seguintes ligagdes mistas (1) iGnicas-covalentes, (2) metilicas-coval tes, G) metic -metalicas Jes secundirias de 1nicas e (4) inicas-covalentes- cant -as-covalentes A maio- das covalentemente possui tambem ligagSes iénieas € v za parcialmente iGnica das ligages covalentes maleabiidade pode ser explicada em termos da escala de ele- (© 74m iherseaioStpen ec at Ligagdes mistas ria das moléculas li Figura 2.28 (6) 0 comportamenta de metas slidos durant a deformasio. (b) © golpe do crsa.A nalure- marteloforgaré os citions a deszarem uns sobre os outros, grand assim grande 50 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias tronegatividade da Figura 2.14. Quanto maior a diferenga na eletronegatividade dos elementos envolvi- dos em uma ligagio mista Onica-covalente, maior o grau do carter iOnico da ligagao. Pauling propds a seguinte equagao para se determinar a poreentagem do carter iGnico da ligagio em um eomposto AB: 1usex, — 83) (100%) au % caréter iénico = (1 — onde X, € Xp representam, respectivamente, a eletronegatividade dos itomos A e B no composto, Muitos compostos semicondutores possuem ligagies mistas idnicas-covalentes. Por exemplo, 0 GaAs € um composto 3-5 (o Ga édo grupo 3A e 0 As ¢ do grupo SA na tabela periodica), ao passo que © ZaSe ¢ um composto 2-6, O grau do carter inico na ligagdo destes compostos aumenta 4 medida que aumenta a eletronegatividade entre os atomos no composto. Logo, éde se esperar que um composto 2-6 tenha um eariter 1Onico mais acentuado do que un composto 3-5, devido & maior dilerenga de cletronegatividade no composto 2-6. O Exemplo 2.9 ilustra esse fato, Caloular o carter iGnico percentual dos compostos semicondutores GaAs (3-5) e ZnSe (2-6) uliizando a equagio de Pauling % cariterionico = (1 — &-M™4¥%-¥Y 100%) 8 Para o GaAs, as eletronegatvidades obtidas da Figura 214 sto Xoq~ 1,6 € Xa," 2,0 Logo, 1 = &-VO6-207y100%) 1 — é-VAK-O4Fy 1008) = (1 096,100) = 4% % catiter inca b, Para o ZnSe, as eletronegatividades obtidas da Figura 2.14 so Xz,~ 1,6 € Xqq=24. Logo, % caster nico = (1 ~ eVNL8=24) 1005) (1 = 2 V987Y(100%) = (1 0.88)(100%) = 1866 Observar que com o aumento da diferenga na eletronegatividade, mais acentuada para 6 eomposto 2-6, ssumenta 0 carter inico percentual Ligagées mistas metilicas-covalentes Ligagdes mistas metilicas-covalentes ocorrem frequentemen- te, Por exemplo, os metais de transigdo exibem ligagdes mistas metilicas-covalentes envelvendo orbi- tais de ligacao dsp. Os pontos de fusio elevados dos metais de transigdo sto atribuidos a ligagoes mistas metélicas-covalentes. Ainda no grupo 4A da tabela periédica, ha uma transigdo gradual de ligagdes exclusivamente covalentes no earbono (diamante) a alguma natureza metilica no siicio € no germanio. Estanho e chumbo apresentam primordialmente ligagdes metélicas Ligagies mistas metilicas-idnicas Se houver uma diferenga significativa na eletronegatividade dos elementos que formam um composto intermetilico, pode ocorrer uma transferéncia significativa de elé- {rons (ligamento idnico) no composto em questo, Portanto, alguns compostos intermetélicos so bons exemplos de ligagdes mistas metilicas-idmicas, A transferéneia de elétrons & particularmente importante em compostos intermetilicos como NaZn, ¢ menos importante nos compostos Al,Co, ¢ FesZo), Uma vvez que as diferengas de eletronegatividade para os dois tltimos compostos so muito menores. Capitulo 2 + Estrutura e LigagBes Atémicas 2.6 LIGACOES SECUNDARIAS Até 0 momento, foram consideradas apenas as ligagdes prima. (tq) ~4 rias entre os dtomos e demonstrou-se que elas dependem da interagdo entre os elétrons de valéncia. A forga impulsora para 4 1 as ligagdes atémicas primirias ¢ a diminuigio da energia dos stomos que se liga. Ligngbes secundras so fas COMPA a ag radas as ligagdes primarias e possuem energia de aper ded a 42 ki/mol (1 a 10 kcal/mol). A forga impulsora para as ligagdes secundaias ¢ a atracae dos dipolos elétricos contidos ‘nos toms ou nas moléculas, Um momento dipolar elétrico ¢ eriado quando duas cargas iguais ¢ opostas sdo separadas conforme apresentado na Figura 2.29a. Dipolos elétricos sao eriados em atomos ou moléculas quando ocorvem ccentros distintos de carga positiva e negativa (Figura 2.296), Dipolosem dtomos ou moléculas eriam momentos dipolares. Um momento dipolar é definido como ‘valor da carga multiplicado pela distincia entre as cargas positiva e negativa, isto €, wea (2.12) onde = momento dipolar ‘q = magnitude da carga elétrica distincia entre os centros de carga ‘Momentos dipolares em stomos ¢ moléculas so medidos em Coulomb-metros (Cm) ou em uni- dades debye, sendo 1 debye =3,34 X 103° Cm. Dipoles eletricos interagem uns com ou outros pela ago de Forgas eletrostiticas (coulombianas) «, assim sendo, étomos ou moléculas contendo dipolos sio atraidos uns pelos outros por estas Forgas Apesar de as energias de ligagio serem fracas, as ligagées secundérias se tomam importantes quando sto 0 ‘nico meio de unir étomos ou moléculas, [Em geral, hé dois tipos prineipais de ligagdes secundérias entre étomos ou moléculas envolvendo dipolos elétricos: dipoles flutuantes € dipolos permanentes, Coletivamente, estas ligagSes dipolares iris so algumas vezes chamadas de ligagdes (ou forgas) de van der Walls Forgas muito fracas de ligagdes secundérias podem também ser originadas entre os domos de gases nobres que possuem camadas totalmente preenchidas de elétrons de valencia extema (5? parao helio e s3p° para o Ne, Ar, Kr, Xe e Rn). Essas forgas de ligago surgem porque a distribuigio assimétrica das cargas clerinicas nesses étomos dé origem a dipolos eétricos. Em qualquer instante, hé uma grande probabilidade sempre associado a quatro ntimeros quinticas:o niimero quin- tico principal, n, o nimero quintico azinta, €,0mimero quant comagnético, m, € 0 niimero quantico de spin, mt, De acordo. ‘com o prinespio da exelustio de Pauli, dots elémrons no mesmo ‘tomo nao podem ter os mesmos valores dos quatro nimeros ‘quanticos, Os elétrons obedecem também ao principio da ine certeza de Heisenberg, 0 qual afirma que € impossivel deter ‘inar simultaneamente 0 momento ¢ a posigdo de um elétron, Logo, a posigdo dos elétrons nos étomos deve ser considerada em termos da distribuigdo da densidade eletrOnica, a dois ipos principais de ligagies atémieas: (1) gages primrias fories &(2) ligagées secundrias fracas. As ligagives primis podem ser subdivididas em (1) ‘dnicas, 2) covalen- tes ¢ (3) metilicas, as ligagies secundérias podem ser subdivi- dias em (1) dipolosflatuantes e (2) dipolos permanentes. As ligaedes idnicas sto formadas pela transferéncia de um fou mais elétrons de um tomo eletropositive para um dtomo eletronegativo. Os ions so mantidos juntos em um cristal si lido pelas forgas eletrostiticas (Forgas de Coulomb) e so mio direcionais. O tamanho dos ions (fator geomet) © a neu- tralidade eletrica sio dois dos fatores principais determinants 4do arranjo de empacotamento dos ions. As ligacdes covalentes silo formadas pelo compartilhamento de pares de elétrons por orbitals parcialmente preenchidos. Quanto mais os orbitais de ligagdo se superpuserem, mais forte ser a ligago. As ligaghes [ 2.8 PROBLEMAS.. As respostas para os exercicios marcados com um asteris- co constam no final do livto Problemas de conhecimento e compreensao 2.1 Explique (a) lei das proporedes maltiplas ¢ (b) a le dda conservagao da massa aplicada aos dtomos ¢ suas propriedades quimicas Como os eientistas descobriram que os proprio dtomos slo constituidos de particulas ainda menores? Como a existéncia dos elétrons foi comprovada pela primeira vez? Discorra sobre as caracteristicas dos elé- twons. Como a existencia dos protons foi comprovada pela primeira vez? Discorra sobre as caracteristicas dos protons. Quais sto as semelhangas e diferengas entre os pri tons, os néutrons e os elétrons? Faga uma comparagio setathada, ‘Um mol de atomos de ferro tem massa de 55,85; sem. fazer céleulo algum, determine a massa em u de um 22 23 24 25 26 ‘tomo de Ferro Um atomo de oxigSnio tem massa de 16,00 js sem fa- zet cileulo algum, determine a massa em gramas de ‘um mol de itomos de oxigénio. Define (@) nimero atémico, (h) massa atimiea, (¢) uni dade de massa atSmiva (42) (4) nfimero de massa, (e) 27 ‘covalentes si cirecionats. As ligagdes metilicas so formadas ‘por élomos de metal por meio do compartilhamento miituo de ‘eletrons de valéncia sob a forma de nuvens de carga eletiniea deslocalizadas. Em getal, quanto menos elétrons de valencia, ‘mais deslocalizados cles sero e mais metilicas as ligagbes for. madas. Ligagdes metélicas ocorrem somente entre agregados de itomos e slo no direcionais, As ligagdes secundérias so formadas pela atrugo eletros- tatica ene os dipolos eletricos no interior de atomos ou molé- ‘las. Os dipolos fiunuantes so capazes de ligar étomos devido ‘2 uma distribuigio assimétvica da carga eletréniea no interior ‘do proprio tomo, Essas forgas de ligago so importantes para 2 liquelagio © a solidificagio de gases nobres. Os dipolas per ‘manentes sio importantes na ligagio de moléeulas polares li= ‘gndas covalentemente,tais como a gua e 0s hidrocarbonetos, As ligapdes mistas ocorrem, et getal, entre toms € em ‘molgeulas. Por exemplo, metais como o titinio e o fer pos- sem ligagSes mistas metilicas-covalentes, compostos ligados ‘covalentemente tais como o GaAs e o ZnSe exibem certas ca- racteristcas de comportamento idnico, alguns compostos inter metilicos como o NaZ,, possuem ligagbes ionicas misturadas 4s ligapdes metilicas. Em geral, as igagdes acontecem entre ‘atomos ou moléculas porque, assim fazendo, as energias sio Assim, a densidade atbmica planar & 2éwomos __ 17:2 somos PP 70,287 nm)? 7.2.omes,, 10% am? 72 109 étomos/mm? 3.9.3 Densidade atomica linear Por vezes, & importante determinar as densidades atdmicas em determinadas diregties das estraturas cristalinas Para isso, calcula-se a quantidade por meio da densidade atémiea linear, usando a relagio n® de difmetros at®micos interceptados por uma linha com a diego considerada e com umm determinado comprimento (3.7) Densidade atémica linear = py = ” comprimento da linha selecionada (© Exemplo 3.13 mostra como se pode calcular a densidade atémica linear na direglo [110] da rede cristalina do cobre puro. EXEMPLO | Cafcule a densidade at6mica linear p;na dreyto [110] da rede erstalina do cobre, em stomos/mm.O cobre & 3.13 CECe0 parimetto dered 60,361 tm = Solugao Os stom eujoscentos so interceptados pela drep¥o (110) eso indicados na Figura E323, Selecionemeos como compriment de referencia, oda diagonal da face da eélulaunitiria CFC, que € V2, © nimero dedi metros alémicos interceplados por este comprimento de referénsiaé} + 1 + | = 2 atomos. Assim, wando a Esqngio G7), densidadeatGmica linea é 3:92 X 10° étomos/mm- dieg30 [110], erm uma eétla ‘uniarn CFC, a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Fundamentos de Engenharia e Ciéncla dos Materials Ralos X a alos x incidentes RaiotX Rao Raion xX ‘incidents refltidos Figura 3.25 Fellexio de um fixe de aos X pelos panos (hk) deur eral (@) Seo angule de incisenca for aria, nao se produz {eis ratio; (2) Para o Angulo de Bragg, 0s raiosrefatidos {est em fase e se reforgam uns aos outos; (@) O mesmo que (6), exceto que se omit arepresentagao das ondas econ ne tense ca a3 een em que n= 1, 2,3, .. .€ € designada por orfem de difragdo. Ji que MP ¢ PN sto iguais a dyy sen 8, em que dy, € 4 distineia interplanar dos planos de indices (hkl), a condigio para que a interferéncia seja construtiva (isto é, para que se produza um pico de difragdo de radiagao intensa) & 2dysen8 69) Essa equagdo, conhecida como lei de Bragg”, dé a relagio entre as posigdes angulares dos feixes difratados reforgados, em termos do comprimento de onda 4 do feixe de raios X ineidentee da distin- cia interplanar dy, dos planos crstalogrificos. Na maior parte dos casos, usa-se difragao de primeira ordem, em que "= I: neste caso, lei de Bragg toma a forma de A= 2dyysenO G.10) ‘Uma amostra de ferro CCC foi colocada num difratdmetro de raios X usando raios ineidentes com compri- mento de onda A = 0,1541 nm. A diffagto pelos planos {110} ocorreu para 20 = 44.704". Caleule o valor do pardmetro ade rede do ferro CCC. (Considere difiagdo de primeira ondem com n = 1.) = Solugio 20 = 44708 9 = 22,35" A= 2dyy send G10) dao = = fut41 nm 10 Feud ~ 2isen 22.357) 0.1581 am Sao = 8289 Wiliam Henry Bragg (1862-1942), Fsco ings que trabalhou am cristalogata de aos X a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Fundamentos de Engenharia e Ciéncia dos Materiais sen’, PEP +O send, PHO +O 05 GB.) Por conseguinte, se a estrutura cristalina de um metal ciibico desconhecide for CCC. © quociente entre os valores de sen®# correspondentes iis duas primeiras familias de planos diffatores sera 0,5. Para a estrutura eristalina CFC, as duas primeiras familias de planos difratores sdo {111} e {200} (Tabela 3.7) Substituindo os indices de Miller {ik} desses planos na Equagio (3.13), obtém-se G.15) ‘Assim, se estruturacristalina de um metal cibico desconhccide for CFC. o quociente entre 0s Va- lores de sen? correspondents as duas primeiras familias de planos difratores se 0,75. ‘No Exemplo 3.16, tiliza-se « Equagio 3.13 ¢ os valores experimentais de 26 dos prineipais planos difratores, abtidos com difracdo de rains X, para determinar se um metal eiibico desconhecido & CCC ou CFC. A anilise da difragdo de raios X € geralmente muito mais complicada do que © Exemplo 3.16, no entanto 0s principios uilizados so os mesmos. Tanto a anilise de dfraglo de raios X experimental como a tedrica, foram e continuam sendo usadas para determinar a estrutura cristalina dos materiais EXEMPLO 3.16 Um expectro de diftagdo de raios X de um elemento euja estrutura cristalina é CCC ou CEC apresenta picos de difagio para os seguintes Angulos 2u: 40, 58, 73, 86.8, 100.4 e 114.7. 0 comprimento de onda des raios X {ncidentes usados foi 0,154 nm, ‘4 Determine qual a estruturaetibiea do elemento Determine o pardmetto de rede do elemento © Mentifique o elemento = Solugao 4. Determnasio da estruturacristalina do elemento. Em primeito Inga, caleulamse 08 valores de sen? 0 partir dos angutos de difasio 28 20 oo ey = 40 20 0.3420 0.1170 38 2» 04848 0,2350 B 365 05948 0.3538 858 OA 06871 04721 1004 50,2 0.7683 0.5903 47 57,38 08420 0,700 ‘Em seguida,caleula-se 0 quociente entre 0s valores de sen?0 referentes ao primeito ¢ ao segundo ingules se _ 0.117 sy ais 7 08 ~ 05 A estruturacxistalina & CCC, dado que este quociente &=0,5. Se 0 quocientefosse ~ 0,75, estutura seria cE. b. Determinagdo do pardmetro dle rede. Resranjando a Equaeio (3.12) ¢ resolvendo- cobtém-se a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 2 Feanemea gasanaw ene acesacenn 7 G 1 a ‘ Figura P3.34 *3.35 Un yetordes pasa plo meio de un cubounitiio 342 Quis soos ines de Mille do panos stg da posigao (3.0,4) para a posigdo (11,0). Quais sto «0s indicados nos cubos da Figura P3 42? seunindices de deta? 3.43 Nosisuma ction quinolones da ania (100)? 3.36 Um veor-dreo pr pr iso do um cabo wirio 3-44 Em una sd iin CCC. deo spans cit {poss (1) pu pst.) Qua sb rtos sae ee aspstes dos ame peu nies de sea cra os acorns ooh un Spano 07 Gist d mae Coe «= «GON BRCM jou ‘um eubo unitirio? 345 Em uma célula unitivia CFC, desenhe os planos crista- 3.38 Quais sdo as diregSes da familia ou forma «111 para logrificos seguintes ¢ indique as posigies dos stomos @/ lum eubo unitério? ‘eujos centros sio interceptados por cada um dos planos: jucorl 299 Gorse m0 sw wee GN oa we 4.40 huis as ropes dfn I> ao fabs sobre o 346 Ee ian oftte cca cm pine fees, om plano (110) de uma cétula unitiria cibica? = 1 Quiis ato os infices de Miller dede plano? * 3.41. Em cubos unitirios, desenhe os planos eristalogrificos 3,47 Fm inna célula eubica, um plano intervepta os eixos as ‘com os seguintes indices de Miller: seguintes distincias: a =, b= !,¢ ~ }. Quais sfo os (@) ally (©) (31) () G2) indices de Miller desse plano? Be Ot mor “3.40 En acl cau pln tee o cosas wad wad) Hao pier aig ord { Qu stoos (h) 212) G) (133) ( G31) y L y @ Figura P3.42 a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Solidi CAP(TULO 4 icagao e Imperfeicées Cristalinas (foc gr Son David ard yn Batre, Ca Ridge Nata a) METAS DE APRENDIZAGE! ‘Ao final deste capitulo, o aluno seré capa de: 1. Descrever 0 processo de solidificago dos metals a diferenca entre 0s dois tipos de rucleagao: hemogenea e heterogenea, 12. Descrever as dus formas de energia envolvidas no processo de slidiicaglo de um metal puro, te escrever a equagao de varlacao da energia livre total astociada a transformacio de fase do estado lquido para 0 neleo solide 3. Distinguir entre os gra0s equiaxials e colunares, bem como as vantagens de um sobre o outro, 4. Distingue entre monocrstas e materials policrstalinos eexplicar a razses da ciferengas entre suas propriedades mecénicas. 5. Descrever os dversostipos de solugbes sidas ‘metalicas e explicat as lferengas entre a solugao sida eligas compostas ou misturas, 5. Clasiiar 0s vrios tipos de imperfegées cristalinas, ‘eexplicar 0 papel dos defeits sobre as propriedades _mecanicas ¢eletricas de mateiaiscristalinos. 1 Determinar 0 tamanho de gro por meio do niimero ASTM «por melo do dimetro médio de gros, além de descrever ‘a Importancla do tamanho e da densidad de contorno {do gra sabre o comportamento dos materais estan. Saber como e por que téenicas de microseapia, MO, MEV, MET, METAR, MFA, MT so usadas para entender mals sobre estuturasinternas e de “upeticie de materias em diversas ampliagbes. Explicar, em termos gerals, por que ligas sto preterveis ‘205 metals puros para aplcagbes extruturas a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 100 Fundamentos de Engenharia e Cigncia dos Materia dissolverem, Esses pequenos embrides podem, portanto, redissolver-se no metal as particulas s6lidas tiverem um raio maior do que o r*, a energia do sistema se reduziri q particulas (ndcleos) aumentarem e se transformarem em particulas maiores ou eristais (Figura 426) Quando r aleanga o eritico r*, AGy assume o valor maximo AG;* (Figura 4.4). Para. solidificagdo de um metal puro, pode-se chegar a una relagdo entre o tamanho critico do nucleo, ‘a energia livre de superficie e a energia livre volumétrica, ao fazer a derivagdo da Equagio 4.1. A derivada da energia livre total AG; em relaglo ar é zero quando r= r*, ja que a curva da energia livre total em funga0 do raio do embriao ou niicleo assume entio 0 maximo e a inelinagio d(AGz) /dr= 0. Assim, quido, Entretanto, se indo essas sao HAG) _ a (4 I ag gtPaGe + dary © 300 2 5 ceo so saévels 5TH AGy + Barty = 0 et edo , 1a) Nilo formados nesta neo a reais pdm redler i ® mae a Toa? Raiocriticoversussuperresfriamento Quantomaior rab SS aPC (Ep © grau de super-resfriamento AT abaixo da temperatura de fasdo do metal, maior & a variagbo de energia live Figura 4.5 de volume AG,, Por outro lado, a variagio da energia ao erica do nile para ocobre em funeao do grau de sper: livre devido a encrgia de superficie AG, nlo varia muito sredamento AT. rai iy es ‘com a temperatura. Entdo, o tamanho eritico do niicteo & Temperatura (K) k= conslante de Boltzmann [Em primeiro lugar, determinemos 6 valor de usando a equagieo Nope Tnassaatémica Cu Ny 64) onde [No ~ nlimero de Avogadro € py ~densidade do Cu ~ 8.96 Ma/m? Entto, 6,02 x 10 étomos 1 jc B96 10 a ‘massaaibmica ~ 63,54 glmassaal6mica m 49 103° étomos/m* N ee a area (8.49 x 10°8)(1,37 x 10-8) = (849 x 10°65 = 1,2. 10 lacunas/m? > "svante August Athens (1859-1927). Fico-quimico seco que fol um dos fundadores a Fi cestudou experimentalmente a cnétca ds eacbes jo-qulmica modema © que a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 134 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias tempo, da concentra de dtomos de soluto nestes planos, Diz-se que estas condigies de difusdo sto condigdes estacionirias, que ocorrem & medida que um gis nio reativo se difunde por meio de uma {olha metilica. Por exemplo, essas condigdes de difusdo estucionsria sio atingidas quando o hidrogénio gasoso se difunde por meio de uma folha de palddio, desde que a pressdo do hidrogénio gasoso seja levada em um dos lados e reduzida no outro. Se, no sistema representado na Figura 5.6, nfo ocorrerem interagies quimicas entre os dtomos de soluto e de solvente, devido @ existéneia de uma diferenga de concentragdo entre os planos 1 e 2, havera lum movimento global de étomos das concentragdes mais altas para as mais baixas. O fheco ou corrente de stomos, nesse tipo de sistema, pode ser representado pela equag30 ac q dy 69) fluso ou corrente global de étomos = constante de proporcionalidade designada por difusividade (condutividade atémica) ou coeficiente de difusio ac AC gradient de concentragio © ssinal de menos ¢ usado porque a difustio ocorre das concentragbes mais altas para as mais baixas, ou seja, existe um gradiente de difusio negative, [Essa equacdo ¢ designada 12 Jei de Fick? da difusio e estabelece que, em condigtes de difusio esta- cioniria (isto é, em que no ocorre qualquer variagio do sistema ao longo do tempo), a corrente global de stomos € igual ao produto do coeficiente de difusio D pelo gradiente de difusio Cdk, As unidades 10 SI desta equagio sto ‘#omos)) _ (dC (tomes 1 <1 Caer) aie lnat a) a1 Re tm ao ——s 2 ee ‘vom inerstiia 1 i Dinca ‘em dfs para Tecuina t Figura 5.5 Ho; Exquema de uma soko sida Hones costs = TT fanmntcin Pot amos regen cpp ue a + ranidade dtm representam stomos nam plano i Femansinn Ci dearest Cs Os er a aoe toni que capers ox lion. Figura 5.6 ecu Rae Dae Dhue em rege esac de stores rum sent de QQ trverpas ont eicr rear earn dt On to aise pre pos ime ester Hi ura ere de hams fo de paso ma, pnimagso Sere tere die Adolf Eugen Fick (1829-1901), Fologita alemio, foo primeio a apresentara duo em uma base quantitative, utiizando lequagies matemstieas, Parte do seu trabalho foi publiado nor “Anna of Pryce” Lea). 17 59 (1855). a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 138 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias Figura 5.9 Macrografa de uma engrenagem de ago SAE 8620 cementade em uma atmosfera de nitrogeniowmetanal A Figura 5.10 mostra alguns tipicos perfis do teor de earbono, medidos no ago-carbono AIST 1022 0.22% C), cementado a 918°C (1.685 °F) em uma atmosfera que contém 20% CO. Note como o tempo de cementagao afeta fortemente as curvas do teor de carhono em fungao da distineia a superficie. Nos Exemplos 5.2 $3, mostra-se como se pode usar a Equagio de difusdo S.11 para determinar uma varid- vel desconhecida, como por exemplo, 0 tempo de difusio ou 0 teor de carbono a certa distincia abaixo da superficie da pega cementada > 0 ww wl Ta HO Distncia abaino da superficie (0,001 pol Figura 5.10 Pfs do tor de carbono em corpos de prova de ago 1022 cemantados # 918°C, em uma atmosfra gasosa com 20% CO-A0% H, com 1,6 €3,8% de metano (CH,) adic, io da superficie 01 pod EXEMPLO | Considerea cementasio, a 927°C (1.700 °F), de uma engrenagem de ago 1020. Caleule o tempo, em minutos, 5.2 ecesrio para aumentar 0 Teor em carbono até 0%, 4 distineia de 0,50 mm abso da superficie. Considere que 0 teor de carbono na superficie € 0,90% e que o teor nominal de earbono do ago € 0.20%. 28 x 107! ms a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 6 + Propriedades Mecinicas dos Metals 153 rages em grande escala, a laminagdo a quente das folhas ¢feita em um conjunto de trens de laminadores do lipo quidruplo, conforme se mostra na Figura 6.4 a laminag@o a quente de um fete de Laminagio a frio de folhas de metal® - Depois da laminago a quente, que pode também ineluir algu- ‘ma laminagio a frio, as bobinas de placas metilicas slo geralmente reaquecidas. Este tratamento térmi- co é chamado de reeozimento, visa amaciar 0 material, eiminando 6 eventual eneruamento produzido durante a operagiio de 440 @ quente, Este processo a frio, normalmente ocorre a temperatura ambiente, é feito nas placas em um conjunto de trens de laminadores do tipo quidruplo em ambos os tipos: trem Gnico ou trens em série (Figura 6,5), A fotografia da Figura 6.6 mostra a laminagio a frio de ‘uma chapa de ago, realizada em um trem de Jaminagao industrial (© percentual de redugio a frio de uma folha ou placa pode ser Indo como se segue’ cespessura inicial ~ espessura final % redugio a trio = SP Siaae: a Eat X 100% 6.) leule a poreentagem de redugo a frio que ocorre ao laminar a frio uma chapa de uma liga de aluminio, cuja Ee Sos erin 6.1 eerie een eee ee aaa pe ida ee 3,05 mm olan 3,05 mm a 100% an Pp = 6A®% 6 . Exquema do movimento do material durant a laminagio 2 rio de uma chapa metalca om um vem de laminadores tipo quicruplo: () um 36 trem; (2) dos tren em serie 2taminag a fro dos m resultads, obtém-se 6 enensamento do metal 4 geralment fetta em urna temperatun 130 a ro cde uma flha de ago, Trens dest ipo So usados na laminagio ato de placas de ago, chapa do testanho e metas i ftroos. (Cones tte tela) no da temperatura de recrsaliagio ¢, come a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 6 + Propriedades Mecainicas dos Metais 157 Caleule a porcentagem de redusio a frio que ocorre quando um arame de cobre recorido & trefilado a fio, ppessardo do diémetro de 1.27 mm (0,050 in) para 0,813 mm (0,022 in) = Solugaio | __variagio de rea da seg transversal rag g = HHO Gee ee NTE op, (= /4\1.27 mm)? — C/A NOES: mm) x 100% 6.2) (#/4)(1,27 mm)? e ny - i: (1.277 ene) = (1 ~04nj100%) = 595 « Entradas iF ceca | re” | pane es Bed PVE Pungo endian ge at Sista Pasa de sutonds —} Reducio ne mtn cae i asa de ago Po « ° Figura 6.14 Figura 6.12 Sept dea matic deel de ares fos. Estmpagem de um capo cinco (eats de eampagem (0) depo da (Soro e Se eoea,ha eanndSampsgen cece {Sy 21 ey 0 embutimento ou estampagem profunda ¢ outro proceso de conformagio de metais que € util zada para transformar chapas finas em peas com formato e6neavo. A chapa metilica ¢ colocada sobre uma matriz com a forma desejada e, em seguida, prensada para dentro da matriz por meio de puncio (Figura 6.12), Geralmente, ubliza-se um sujeitador para permitir que o material seja estampado suave- mente na matriz ¢ impedir 0 enrugamento. 6.2 TENSAO E DEFORMACAO EM MATERIAIS METALICOS Na primeira sego deste capitulo, eXaminamos brevemente a maior parte dos principais métodos pelos {quais os materiais metilicos sao processados para se obter produtos semi-ncabados por fundigl0 conformagdo mecénicas, Tendo em vista as aplicagées de engenharia, veremos como sio avaliadas as propriedades: resisténeia mecinica e ductilidade, 6.2.1 Deformagao elastica e plastica Quando uma pega metilica é submetida a uma forea de trago uniaxial, ocorre deformagao. Se este ma- terial retorna ds dimensdes iniciais ao se retirar a forga, costuma-se chamat este efeito de deformagio a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 6 + Propriedades Mecinicas dos Metals! 161 Tabela 6.1 Vlorestipicos para as constanteselistcas de materia 2 temperatura ambiente ere Hoe ae Ligas de alumiio 10,5 (72:4) 4,0 27,5) Cobre 16,0 010) 6,0(41,4) ‘Ago (carbone e baixaiga) 29,0 (200) 11,0(75,8) ‘0 inoidével (18-8) 28,0 (193) 95656) Titanio v0 017) 6544.9) Tungsténio 58,0 400) 22,8 (157) No caso da distorgo elistica pura, a relagio entre a distorgfo e a tensio é oe (63) onde G 6 0 médulo de distoredo ou de elasticidade transversal As tenses de cisalhamento sio importantes na abordagem da deformagao plistica de materiais metélicos que seri discutida na Segiio 65, 6.3 ENSAIO DE TRAGAO E DIAGRAMA DE TENSAO ~ DEFORMAGAO DE ENGENHARIA Figura 6.16 O ensaio de tragdo € utilizado para avaliar a resisténcia mecénica Maquina de tragio. A forga (carga) aplicada demelavelgas Neseenao tm oro depen domatrilcs- ee Sats ant cionado até romper, em um intervalo det ‘¢ com uma velocidade constante, Na Figura 6.16, apresenta-se uma 2 amstra, Os dados so coletados anabados fotografia de uma maquina de rag ea Figura 617, apresenta um PH sftare canola por comput esquema iustrativo do modo como o compo de prova &ensaiado em tragdo ‘A forga (carga) aplienda a0 corpo de prova é medida por uma célula de earga, enquanto a corres- pondente deformagio pode ser obida a partir do sinal ce um extensimeito aeoplado ao corpo de prova (Figura 6.18) eos dados sto coletados por um sistema computadorizado, (0s tips de compos de prova utilzados em ensaios de tragio variam consideravelmente: No caso de ateriais metilicos espessos, ais como chapas grossa, utlizam-se geralmente compos de prova redon- ddoscom 12,7 mm de dimetro (Figura 6.192). No caso de materiaismetiticas pouco eapess0s, ais como chapas fins, tém vez 0s compos de prova planos (Figura 6.198). Nos ensaios de ragao,o eomprimento de referéncia mais utilizado é de $1 mm na parte central do corpo de prova Os valores da forga obtids a partir dos registros durante o ensaio de tragdo podem sex em valores da tensio de engenhari, 0 que permite construir um grfico da tensto em fango da defor- rmagio. Na Figura 6 20, constao diagrama de tensio e deformagio de engenharia de wns liga de aluminio de alta resist convertidos, npo relativamente curlo também regsrada por um extansneto acoplado € Virtual Lab a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 6 + Propriedades Mecinicas dos Metais 1 165 algumas indicagdes acerea da existéncia de deleitos, Se o material metalico apresentar poros ou inclusdes, css imperfeigdes poxlem Fazer com que o limite de resistencia & trago seja inferior ao valor habitual Alongamento percentual 0 alongamento que um corpo de prova de tragio sofre durante @ ensaio fomece um valor pera a ducttidade de um material metélieo. A ductilidade dos metais & geralmente cexpressa mais pelo alongamento percentusl, tomando como camprimento de referéncia (itil). em geral 51 mm (Figura 6,19) Com frequéneia, observa-se que quanto maior for a ductlidade (quanto maior for a conformabilidade do material metilico), maior seréo alongamento percentual. Por exemplo, uma folha de aluminio comercialmente puro (liga 1100-0), revozida, eom 1,6 mm de espessora, tem um alongamento percentual elevado de 35%; enquanto isso, uma folha, com a mesma espessura, da liga de sluninio 7075- T6 com alta resisténeia, temperada, tem um alongamento percentual de apenas 11%. Conforme jé foi anteriormente referido, durante o ensaio de tragio utliza-se um extensimetro para :medir continuamente a deformagio do corpo de prova, Contudo, o alongamento pereentusl do corpo de prova até a quebra pode ser avaliado ajustando as duas partes do corpo de prova e medindo 0 eompri- rento final com um paquimetro O alongamento percentual pode entio ser ealeulado a partir da equacto: ccomprimento final® — comprimento inicial® % alongamento = m 100% ‘comprimento inicial =b X 100% (6.10) O alongamento percentual até a quebra ¢ de grande importancia em engenharia, nao sb porque é uma medida da ductilidade, mas também porgue é um indieador da qualidade do material metalico, Se este contiver porosidades ou inclusées, ou se tiver ocorrido danificago do material devido a sobreaqueci- ‘mento, o alongamento percentual do corpo de prova pode ser inferior ao normal. Porcentagem de reducio de area A ductlidade de um metal ou liga pode também ser expressa atra- ‘ves da porcentagem de redugdo da dea, Esta grandeza é geralmente obtida a partir do ensaio de tragdo de um corpo de prova com 12,7 mm de didmetro. Depois do ensaio, mede-se 0 diimetro da segho rela do compo de prova na zona de fratura. Usando os valores dos didmetros iniciale final, pode se determinar o percentual de redugdo de drea a partir da equagio, 4 edt de ina = Sn = eal 99g Ay = Ay =O x 100% (6.1) ‘A porcentagem de redugHo de érea, tal como o alongamento percentual, ¢ uma medida da duetii- dade do material metilivo e & também um indicador de sua qualidade. A porcentagem de reducio de 4érea pode diminuir se o corpo de prova apresentar imperfeigSes,tais como inclustes e/ou porosidades e Virtual Lab ‘Um corpo de prova redondo de um ago-carbono 1030 com 12.7 mm de diimetra ¢ tracionado até quebrat em ‘uma miquina de ensaios mecinicos. O didmetro do corpo de prova na superficie foi de 8.7 mm. Caleule a porcentagem de reduo de érea do corpo de prova +0 comprimento inci se ocala entre as marcas de referéncia (comprimento dtl) marcadas no corpo de prova antes do ‘ena. © comprimenta fina 0 comprimenta entre esas mesmas mare depols do eneaio, quando a supercede atura ‘do corpo de prove sao ajustadas uma a outre (ver Exemplo 6.6). > a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 6 + Propriedades Mecinicas dos Metais 1 169 Indentador —-f Superfcke da ‘es (0 Indentador aia da sipeticie da amor (2) tndentador sb ‘arg pene na suprfele da amosta (8) Indentador éremovido da superficie da amos deixand a indenagio Figura 6.25 @) Maquina de ensaos de dureza (ou durémetro) Rockwell (ete Page tno) é« (}) Pasos para a obtengi da medida de dureza com uma pirimide de diamante. A altura t determina a dureza do material. Quanto menor o valor de t, mals duro o mater Virtual Lab Fer -Escoregamente de plans basis HC é Plano basis de oe scotegamento nt ne Figura 6.26 Monocristal de zinco delormad plascamente, mostendo bandas de excorregamento: (a) vita frontal do cristal, (b) vst lateral do cristal, (9 vista lateral exquematica, indicando os planos basas de escorregamento no cristal HC e (d) indiagdo dos planos basis de escorregamento na cla nitra HC a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 6 + Propriedades Meciinicas dos Metas ws Ie ey Figura 6.31 Discordéncis em uma amostra de alumini igeamente deformada, bservada por microscopin ltr 3 de transmissio (MET), As <éllos festa0 relatvamente lives de dscordanela, mas esto separadas por paredes ‘om uma alta denselade de dscordincls {P8Swar, eG Tomas Was (eb), “atren Mersey nd Seg tC May Yaa gris) | que, para provocar o deslocamento dos itomos nestes planos, & necessiria uma tensio de eisathamento mais baixa do que nos pla- ‘nos menos compactos (Figura 6.32). Contudo, seo escorregamento nos planos compactos estiver restringido, por exemplo, devido a tensoes locais clevadas, entao os planos menos compactos podem se tomar atives. © escorregamento segundo diregses compactas € igualmente favorecido, j& que, quando os étomos se encontram mais préximos uns das outros, é menor a encrgia necessiria para mover 0 itomos de uma posigio para outra © conjunta de um plano de escorregamento com uma direeao especifica denomina-se sistema de escorregamento, Nas estrt- ras metilicas, 0 escorregamento ocorre em determinados sistemas {que sto caractersticos de cada estrutura cristaina, Na Tabela 6.3 indicam-se as diregdes ¢ os planos de escorregamento predomi- nantes nas estruturas eristalinas CFC, CCC e HC. Nos metais com estrutura cristalina CFC, 0 escoregamento ‘corte nos planos octaédricos compactos {111} ¢ segundo as di- regdes compactas [1T0]. Na estrutura crisalina CFC, existem oito planos octaédricos {111} (Figura 6.33), Os planos do tipo (111), ‘correspondlentes a faces opostas do octaedro, que sio paralelos en Ire si, so considerados planos de escorregamento (111) do mes- mo tipo. Assim, na estruturacrstalina CFC. existe apenas quatro tipos di PPPDDPDP DAG @ » Figura 6.32 Comparagao entre o escoregamento atmico (o) em um plano compactoe(b) em um plano no compacto. Em ‘um plano compact, 0 escorregamento &favorecido porque 6 necesira uma forza menor para mover os stomos dd uma posigo para sogunte, como ests indiado palo declve das barras sobre of dtomos, Note que as Siscordancias se movers um degrau atmo de cada ver. (Gam 41 Cate The Nae Ul “Meal Src Ane Sip 367/48 hunrane esky psi om Senttaaciy) rentes de planos de escorregamento (111). Cada plano do tipo (111) eontém trés direybes de cescorregamento do tipo [170]. As diregdes opostas no s20 consideradas como diregdes de eseorrega~ mento diferentes. Assim, existem, na rede CFC, 4 planos de escorregamento X 3 diregdes de escorrega- mento = 12 sistemas de eseorregamento (Tabela 6 3). ‘Aestrutura CCC ndo & uma estrutura compacta, ji que no tem planos de mixima compactagto, ‘como acontece na estrutura CFC, Os planos {110} slo os que tém a maior densidade atOmicae frequen temente o escorregamento tem lugar nestes planes. Contudo, nos metais CCC também ocorre eseorre- gamento nos planos {112} e {123}. Uma vez. que os planos de escorregamento, na estrutura CCC, nko sto planos de maxima compactagao, como acontece ne estrutura CFC. para provocar 0 eseorregamento nos metais CCC sto necessirias tensdes de eisalhamento mais elevadas do que no easo dos metais CFC. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 180 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias Tabela 6.5 CConstantes da relagio de Hall-Petch para materias selecionados, co) Cen) cu 25 on T %0 0.40 ‘Aco bano carbon 70 074 NiAl 300 179 Ft tak lamar, Durante a deformagio plastica dos materiais metdlicos, as }sn—discordincias que se movem em um determinado plano de es- ccorregamento nao podem passar, em linha rela, ditetamente de uum gro para outro, Como se mostra na Figura 6.39, as Finhas de cescorregamento mudam de diregl0 nos limites do gro, Assim, fem cada grio, as discordineias se movem em planos de regamento preferenciais que tém orientagées diferentes das dos arios vizinhos, A medida que o nimero de grios aumenta, o did metro dos gros se toma menor, ¢, com isso, as discordineias dentro de cada gro podem se deslocar a uma distancia menor, antes de encontrar uma nove fronteira de gro, ponto onde o seu ddeslocamento ¢ interrompido (falha de empilhamento). E por essa azo que os materais com granulometria fina possuem maior resistéucia. Na Figura 6.40, mostra-se claramente um contorno de Figura 6.38 gro de alto ingulo, que funciona como obsticulo ao movimento, omar de ermretenna do cobra patina, das discordinias¢ que eausan as falhas de empilhamento nos eva devido 20s confomos de gite que diiutamo._-confornos de gro. scorregamento. (vinigtagy merle MereniainpwnarNunas Meme 6 6 > Feito da deformagao plastica na forma dos graos € no arranjo das discordancias MPa) g s | 200 (ewrepanete mil)“ Tensto de rai “Tensio de ra a Alongamento() Alteracio da forma dos grios devido deformasio plistica Consideremos a deformagie plis- tica de amostras recczidas? de cobre que apresentam uma estrutura de gr30 equiasal. Por deformagdo plistica a frio, os gros sofrem distorgao uns em relaglo aos outros, devide i eriago, movimento rear- ranjo das discordancias. Na Figura 6.41, mostram-se as microestruturas de amostras de placa de cobre que foram laminadas a frio, sofrendo redugdes de 30 e 500%, respectivamente, Observe que, 2 medida que a deformaga0 a frio aumenta, os gros ficam mais alongados segundo a diregdo de laminas, de- vido ao movimento de diseordincias. Alteragio do arranjo das diseordiincias devido a deformagio plistica No amostra de cobre com 30% de deformagao plastica, as discordncias formam uma estrutura celular com regides elaras no centro das oélulas (Figura 6 42a), Com o aumento da deformagao plistica a frio para 50% de redugo, a estrutura celular se torna mais densa e alongada segundo a diregiio de laminagdo (Figura 6 424) 6.6.3 Efeito da deformagao plastica a frio no aumento da resistencia mecanica dos metals Conforme mostram as fotomicrografias apresentadas na Figura 6.42, obtidas por microscopia elet- nica, a densidade das discordincias aumenta & medida que se intensifica a deformagao a frio, O meca- "As amosteas records foram dfrmadasplsticamente ¢, em sequida, reaquecidas até se formar uma estrutura de ie em {que os gros tern aproximadamente a mesma dimensio em todat a8 cregoes(equisxin) a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias = CMF ou 200min = CeW/RAK) (6.18) Dividindo a Equagio 6 17 pela Equagao 6.18, obtém-se ome ‘)) 45 = ox Ser s sia sot aos. 2 . In45 = 55 (0.00277 — 0.0245 ) = 3.80 3.80 x 8314 = epost — 9938 Hol 0499.0 kStmol 6.9 SUPERPLASTICIDADE EM METAIS Um exame cuidadoso da Figura 6.23 mostra que a maioria dos metais, mesmo aqueles que so elassi- ficados como diicteis, suportam uma quantidade limitada de deformagao plastica antes do rompimento Por exemplo, 0 ago dace (baixe tear de carbono) sofre 22% de alongamento antes da fratura em ensaios de tragdo uniaxiais. Conforme apresentado na Sega 6.1, muitas operagdes de conformagao de met silo realizadas em temperaturas elevadas, buscando aleangar um maior grau de deformagio plastica por meio do aumento da ductilidade dos metais. Superplasticidade se refere 4 capacidade de algumas ligas metilicas, tais como algumas ligas de aluminio e titinio, que tem de se deformar até 2.000% em temperaturas clevadas ¢ taxas de carregamento lento. Essas ligas nfo se comportam superplasticamente quando trabalhadas em temperaturas normais, Por exemplo, a liga Ti (6Al-4V) recozida se alonga cerca de 12% antes da fratura em um teste convencional de tragho 4 temperatura ambiente, A mesma liga, quando ensaiada em temperaturas elevadas (840 a 870 °C) e com taxas de carregamento muito baixas (1,3 x 1045"), pode se alongar até 750-1.170%, Para alcangar superplasticidade, o material ca taxa de deformagao devem satisfazer certas condigdes: 1. O material deve possuir granulometria muito fina (5-10 jum) e ser altamente sensivel a taxa de deformagio. 2. Eneces 3. Enee, ria uma alta temperatura, superior a 50% da temperatura de fusto do metal {ria uma taxa de deformacao baixa e controlada na faixa de 0,01-0,0001 51° Esses requisitos no sio facilmente aleangados, portanto, nem todos os materiais atingem o com- portamento superplistico. Na maioria dos casos, a eondigdo (1) € muito difiil de aleangar, ou seja, do {amano de grio ultrafino!! ‘© comportamento superplistico é uma propriedade extremamente util pode ser usada para fa bricar componentes estruturais complexos. A questio & “Qual mecanismo de deformagao & respon- savel por esse inerivel nivel de deformagio plastica?” Nas segdes anteriores, discutimos o papel das Uiseordaneias e os seus movimentos no comportamento plastico dos materiais sob o carregamento de temperatura ambiente Enquanto as discordéineias se movem por meio do gro, ocorre a deformagio plastica, Mas, a medida que diminui o tamanho do gro, o movimento das discordincias se toma mais limitado e 0 material se toma mais resistente, Entretanto, as anilises metalogrificas, de materiais sob comportamento superplis- tico, revelaram uma stividade muito limitada das discordéncias no interior do gro, Isso confirma o fato de que os materiais com comportamento superplastico sio suscetiveis a outros tipos de mecanismos de deformagio, tais eomo deslizamento e difusio de contornos de gro. Em temperaturas clevadas, acredita-se que uma grande quantidade de tensio é acumulada pelo des- lizamento e rotayio dos gros individuais ou de agregados de gros, Hi também uma suspeita de que o "superplasicidade em alta taxas de deformacdo (107 =) tem sido relatada para algumasligas de alumiio, "WReeristalzagioestscae dindmice reine por deformagio plislia ¢outastéencas sto usadas para eat uma este 780s ultrafine a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 192 Fundamentos de Engenharia @ Cincia dos Materia € deformago nos Estados Unidos e no $I? (@) Dife- 6.28 (a) queé 0 endurecimento por solugdo sélida? Des- rencie entre tensio de traglo/compressio (também cereva os dois prineipas tipos. (4) Quais slo 0s dois chamada de tensio normal) e tensio de eisulhamento Principais fatores que afetam o endurecimento por ambém chamada de tensio tangencial ou de core) soluedo s6lida? (6) Diferencie entre deformagdo de tragiovcompressio 6-26 Quais sio as tres principas etapas pelas quais passa ambém charmada de defarmasto normal e deforma. uma chapa de um metal deformado a frio, como 0 oo de cisalhamento (lambém ehamada de distorg0) sleniba cobs; puna gees A teins 6.10 (a) Defina dureza de um material metilico. (6) Como peste itso a ape lava ante se determina a dureza de um material utizando uma [Se nieCSEAG SN UK STA TONIC Catia taeinor douunena? 6.27 Descreva a microestntum de uma liga AL0,8¥% Mg. for= 6.11 Quais os tipos de penetradores(indentadotes) que s0 {ements deformads fh observads com ums amphiago de 100% em um microscepio pico (ver Figura 6 46a. utlzados em um ensaio de dureza (a) Brinell, (6) Ro- ‘1008 scutes ee chive Ce) Roskwell B? Deseievaamicroest do mest na 6.12 © que sio bandas e Hinhas de escorregamento? Quais com uma ampliagao de 20,000. (ver Figura 6.474). Soles enustsdaformagto deanias deeworanen,, 628 Deseeva o que ocome em nivel mierscipico quando : Re ea ee ‘uma ehapa metiliea de aluminio, por exemplo, defor pe superfiee de pm. mate nett ‘mada a frio, € submetida a um tratamento térmieo de 6.13 Descreva o mecanismo de escorregamento que permi- bec secure quehea faquecido a uma temperatura em que ocorre ree 6:14 Ce) Rompe © sp.znor muleciatt metilions; 0 escort peragio, como so afetadas: (a) as tensies intemas Fegamento ocore geraluente nos plas mais com Fesiduaig(6) a resisténein meednica, (a duellidade pactos? (b) Por que € que, nos materiais metilicos, 0 penyaueear Secomegamento ocr gealmente segundo ws Je 39 Dyescevao qe ocoe em nivel micrescpico quanto ges mais compacta uma chapa metilica de aluminio, por exemplo,defor- 6.15. (a) Quais sio 0s prineipais planos diregBes de escor- feuds # bib; a pobamseiad ama ommanh can ae regamento nos metais CFC? (b) Quais s40 0s princ aie, mis planos e diregdes de eseoregamento nos melas g.31 Quando um material metélico deformado a ftio & CCC? (¢) Quai so 0s princpas planes edieptes de \geeeido a uma temperatura em que veorre eet escorregamento nos metais HC? talizagio, como sio afetadas: (a) as tensdes intemas 6.16 Nos metais HC com valores de cia baixos, quais so residuais, (b) a resisténcia mevanica, (¢) a ductlidade 6s outros planos de escorregamento importantes para saya dees? além dos planos basais? 6.32 Descreva os dois principais mecanismos pelos quais 6.17 Defina tensto de cisalhamento resolvida critica de um pode ocomer a recvstalizagao priméria. ‘monocrstal de um metal puro, A partic do ponto de §,33 Quais slo os cinco prneipais fatores que afetam 0 pro- vista macro e do comportamento, 0 que acontece com Seaside aiaalizoha te acess elioaet tum metal quando a tensio de cislhamento resolvida 6,34 Quais sio as gencralizagdes que podem ser feta so- rites ¢ ultrapassada? bye a temperatura de recristalizagao no que se refere 6.18 Descreva o processo de deformagdo por maclagem que (a) a0 grau de deformagio, (b) ao tempo de aqueci- ‘corre durante a deformagao plistica de alguns metas. ‘mento, (c) ao tamanho de grio final e (d) & pureza 6.19. Nos materais metilicos, quais so as diferengas entre do meal? (os mecanismos de deformagdo plistica por escorrega~ 6,35 Defina superplastcidadee liste as condigdes nas quis mento e por maclagem? ‘la pode ser aleangada. Qual a importancia deste com- 6.20 Na doformagao plastica dos materiais metlicos, qual portamento? a importineia da maclagem em relagio a deformaedo 6,36 Discuta o mecanismo de doformagao relevante (ate por escorregamento? ante) que resulta na extensa deformagdo plastica em 6.21 Qual 60 mecanisto pelo qual os contornos de gro au- superplasticidade, ‘mentam aresisténcia mecanica dos materiais metilicos? 6,37 Por que os metais nanocritalinos sfo mais resistentes? 6.22 Qual € a evidéncia experimental que mostra que os Responda baseando-se na atividade de discordneias. contomos de grio dificultam © escorregamento nos ‘materials metalicos policristalinos? Problemas de aplicagao e andlise 6.23 (a) Descreva as alleragdes de forma dos grdos que ocorrem quando uma ehapa de uma liga de cobre, com *6,38 Uma chap de latio 70% Cu-30% Zn, con 0.0935 era uma estrutura inivial de gras equiaxiais,¢ laminada ddeespessra,¢laminadaaffo, sofrend uma redigdo de {rio sofrendo redugies de 30 ¢ 50%, (b) O que acon- cespessura de 309%, Qual €a espessura final da chapa? tece a subestrutura de discordéncias? 6.39 Uma chapa de uma liga de aluminio € laminada a trio 6.24 Como ¢ que a deformagao a fro afeta normalmente a sotiendo uma redusio de 309% e ficando com uma es- dductilidade de um material metilieo? Por qué? ppessura de 2,0 mm, Se a hapa for em seguida lami- a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 196 Fundamentos de Engenharia ¢ Cidncia dos Materias aredugtio direta do didmetro, partindo de 2 polegadas para 0,2 pol nio ¢ possivel, por qué? Por que € dificil de methorar simultaneamente a resis- \encia e ductilidade? 6.96 Para uma determinads aplicagao, uma barra de cobre de uma polegada de diimetro seré utilizada. Voee dis- poe de barras de cobre de vanias seydes tansy ersais, n0 entanto, todas as harras esto totalmente recozidas com luma tensio de eseoamento de 10,0 ksi © material deve ter uma tensdo de escoamento de pelo menos 30,0 ksi © uma eapacidade/habilidade de alongar de pelo me- nos 20,0%, Proponha/projete um processo que permita 6.95 697 698 aleangar esses objetivos, Use a Figura 6.43 para a sua solugdo, ‘Sem se referir a dados ou tabelas de resistencia tragio, (qual das sezuintes soluydes solids substitucionais voce cseolhcra, seo ete de seleedo for a de maior tesistén- cia a tragdo: Cu-30% Zn ou Cu-30% Ni? Sgestio: Come pare temperaturas de fusdo dos elementos Cu, Nie Zn. ‘AS solugies silidas ligas eupro-niquel, Cusd0% de Ni e NF-10% de Cu (% em peso), possuem limites de re sisténeia 8 tragdo similares, Para uma determinada apli- ceagio onde somente o limite de escoamento A tragio & ‘importante, qual voe8 escolheria? a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Fundamentos de Engenharia @ Ciéneia dos Materia Virtual Lab _____ See Figura 7.5 Falta de cixo tacit. (4 Handoo Fare Aras and Peon vo 11. 992 Rompres can peso SM aaa Tse re eenats, wesmee eaten resultado de (1) projeto inadequado, incluindo a também inadequada selegBo de materiais (subpro: jeto), (2) fabricagao incorreta, ou (3) abuso (componente utilizado sob niveis de carga acima do per- mitido pelo projeto). Um exemplo de fratura diictil ¢ apresentado na Figura 7.5, que mostra um eixo traseiro-bengala de um veiculo que sofreu torgHo plistica significativa (observe as marcas de torgo no eixo), devido a torgo aplicada, Baseados em anilises provenientes do campo da engenharia, a causa desta fallia foi atribuida a ineficiente escolha do material. Um ago-ferramenta do tipo AISI ST {oi usado para este componente com um nivel de dureza baixo de 22-27 RC. O nivel de dureza requi sitado era acima de 50 RC, geralmente obtido por processos de tratamento térmico (ver Capitulo 9), 7.1.2 Fratura fragil Muitos metais e ligas fraturam de maneira frigil com muito pouea deformagao plastica, A Figura 7.6 presenta uma amostra de tragdo que falhou de forma frégil. Comparando esta com a Figura 7.1, se rovela uma drastica diferenga entre o grau de deformacao prévia ¢ a fratura entre as formas diictil e frail. Geralmente, a fratura frigil ocorre em planos cristalograficos especificos, designados por pla~ nos de clivagem. por ago de uma tensdo normal sobre o plano de ¢ livagem (ver Figura 7.7). Muitos ‘metais com estrutura cristalina HC apresentam frequentemente fratura frigil de he mitado de planos de escorregamento. Por exemplo, um monocristal de zinco softerd fratura frail por aco de uma tensdo elevada perpendicular aos planos (0001). Muitos metais CCC, como o ferro-, 0 molibdénio ¢ o tungsténio, também apresentam fratura fragil a baixas temperaturas e velocidades de deforma ido ao seu nimer clevadas, Figura 7.7 Ctagem (tinea) de atu rb m Ferro Figura 7.6 fundido maledvel teria, (MEV 1.000%.) Fratura rig de uma liga metiica mostrando as estas radials quer. psn, tos Ae Une, Fm 54 Henao, femanam do centro da amosta (aap day wy 92 1907 hips com permis (ASA Hato aire Aro vet i 31992 igre compen AS Sra Titsde AS crane Teaser wanes mcerarasiog)——estatenaoa a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 208 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia Traglo_ + 0 Compressio Tens Figura 7.19 Tipos 7.2.1 Tensdes ciclicas Attensa de fadiga aplicada pode variar muito centre casos reais e testes de fadiga. Diferentes tipos de testes so usados, tanto na indiistria ‘quanto por pesquisadores, e envolvem tensio axial, torsional €flexdo. A Figura 7.19 mostra lum grifico de tensio em fungio do nimero de ciclos de fadiga para trés tipos de ciclos em testes. A Figura 7 19a apresenta uma curva de tenstio versus 0 nlimero de eielos em fadiga para um ciclo de tensdo alternada (também © o chamada de alterada ideal) com uma forma senoidal. Este grifico,tipico, ¢ produzido por tum eixo em operagio sob velocidade constan- te sem sobrecargas. A maquina de fadige de flexio reversa RR. Moore, apresentada na Figura 7.15, produz tensdes similares versus riimero de cielos de fadiga. Neste ciclo de fa- diga, a tensio maxima e a minima sto iguais Por definivio, é considerada positiva a tracio, €, negativa, a de compressio, € a tensio mixi- ma, a de maior valor numérico, ¢, a minima, a «de menor. © ‘A Figura 7.196 apresenta um ciclo com Jensdes aliernadas na qual a tensio maxima clos —> tenses cicas em tai: () clo de testo completamente reveso ge 4 tens Milla Gra, S30 iguals. Neste ov ateada del, (2 code tasdo repeltvo com en € tn a0 LensSo ‘utuntee (elo deters randico ou aleto. caso, ambas as tenstes, de maximo e de mi- (0A Ab dW, Hr Ta AM, 4:1175(1951)) nimo, so de tra¢o, mas um ciclo de tensd0 alterada pode também ter sinais opostos, ou ainda ambas serem de compressio Finalmente, um ciclo de tensdo pode variar randomicamente na amplitude e na frequéneia, como, mostra a Figura 7.19¢, Neste easo, pode haver um espectro de diferentes grificos de tensiio versus ciclos cm fadiga, Cielos de fensbes oseilantes sto earacterizados por um determinado nimero de pardmetros. Alguns. dos mais importantes sto: 1. A tensdio média og ¢ a média algébrica da tensio maxima ¢ da tensio minima no ciclo de fadiga. Gas + Gain 3) 2 2. Ointervalo de tensdes 0, ¢ a diferenga entre a tensdo maxima e a tensdo minima. ©, = Gam ~ Fin aa A amplitude de tensio or, a metade da faixa de variagdo de tensdes, i= Sain as) A razio de variagio de tenses R € 0 quoviente entre a tensio maxima e a fensio minima Raa 76) a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 26 Fundamentos de Engenharia e Cigncia dos Materia 7.4.2 O teste de fluncia Os efeitos das temperaturas e das tenses sobre a taxa de flugncia sd0 determinados pelo teste de flugneia gaan Varios deles sfo executados usando diferentes niveis tensiocresentes de tensto & temperatura constante ou a temperaturas diferentes em um esforgo constante, as curvas de flugncia sto apresentadas conforme a Figura 7.28 ‘A.axa de fluéneia minima ou inclinagio da segunda fase da curva de luéncia é medida para cada curva, como indicado na Figura 28. A tensto para produzit oI sauna uma taxa de flugncia minima de 10° percentual, a a0" Tempera ‘inva bs epee € ic pettto cocaien para a reads téncia d fluéncia. Na Figura 7.29. a tensio para produ- zit uma taxa de fuéneia minima de 10- percentual/h Arempectura Deformagio “empertua ou tena bits para 0 ago inoxidivel tipo 316 pode ser determinada por extrapolagao, “Tempo Figura 7.27 {eto do aumento de tensbo na forma da curva defuéncis de um ‘metal (squema). Observe que, media que a tensdo aumienta, 2 tna de deformasao igualmente aurenta z E onos 3 oun 2 0.001 a 0 300 aw 609 ato 000 Tempo Figura 7.28 ‘Curva de flsénca de uma liga de cobre ensaiada a 225 °C © 230 MPa. A nein ragito linear da cura 2 taxa de fhunciaextacionai, (AM cor Ma, Pe 8 Se Lda, 224-211-213 (1987)) Ci 0001 o.0001 Ono 1100910 “Tana de doformacio minima (porcentagemsy Figura 7.29 Heo da ensdo sobre a taxa do uncla do ago inosidvel 316 (18% Cx-1296 NL2,586 Mo) fem vias temperatures (593 °C, 704 °C, 816 °C). (HE Monn ed, "To ating Shep and Teng ttt 9 Und Ste Ste, 1971,p. 1256) a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia Figura 7.34 Supertile de fratura most simetricamente posconadas. Note reg central 0748 dame 0561 gamete Figure 7.33, Falha prematura de um exo deacionamento de ventador. (As dimensoes estao em polegadas.) > Geralmente, a pesquisa comega com o exame visual do componente que falhou, Durante 0 exame visual preliminar, culdados devem ser tomados para proteger a superficie de fratura de danos adieionais, Nao se deve (entar unir as superfivies de fratura, pois isso poderia apresentar danos superficiais que po- deriam iniluenciar indevidamente qualquer futura andlise. No easo do eiso de acionamento do ventila- dr, as pesquisas revelaram que a fratura se inictou em dois pontos proximos a um filete (arrendamento de Angulo) devido & mudanga abrupta de didmetras do eixo. Os dois pontos de inicio da fratura formam aproximadamente 180 °C enite si, de acordo com a Figura 7.34. Com base na andlise visual da super- ficie, os pesquisadores determinaram que fraturas se propagaram a partir dos dois pontos de iniciago cm ditecio a0 centro do eixo, ponto em que ocorreu uma fratura final catastrfica, Por causa da simetria dos dois pontos de iniciagtio e dos padries de mareas ‘praia observados na superficie, os pesquisadares concluiram que a fratura era tipica de fadiga por flexo invertida ou alternada . Uma combinagao de flexto ciclica alternada e um raio de filete agudo (concentrador de tenses) foram identificados como a causa da fratura, Apos a inspegio visual e todos os testes no destrutivos seren até mesmo destrutivos foram realizadas. Por exemplo, a analise quimica do material do eixo revelou que realmente era © ago 1040 conforme especiticado pelo usuario, Os pesquisadores conseguiram fazer lum ensaio de trago com uma amostra fora do centro do eixo fraturado, O ensaio de trago revelou que © limite de resisténcia a tragdo e o limite de elasticidade da liga eram de 631 © 369 MPa, respectivamente, com um alongamento & ruptu- ra de 27%. O limite de escoamento do material do eixo (369 MPa) € consideravelmente menor do que a exigida pelo usuario (586 MPa). ‘Um exame metalogritico posterior revelou que a estrutura era predo- ‘minantemente de grdos equiaxiais, Lembre-se da discuss no capitulo anterior: 0 trabalho @ frio aumenta o limite de escoamento, diminui a duetilidade e, ao mesmo tempo, cria uma estrutura de gros, que geral- mente nio € equiaxial, mas alongada, O limite de escoamento menor relativamente alta ductilidade, ¢ a natureza equiaxial da microestrutura revelaram que 0 ago 1040 utilizado na fabrieagti (0 nio foi \do a rio, conforme especificado pelo uswirio, De fato, as eviden- cias sugerem que o material ndo foi trabalhado a frio, Anutilizagio de ago laminado a quente (com um limite menor de fadiga), juntamente com o efeilo do concentrador de tensdes do file te agudo, resultou na falha do componente sob flext0 alternada. Se 0 componente fosse feito de ago 1040 trefilado (com um limite de Fadiga 440% maior), a fratura poderia ter sido evitada ou adiada, Este estudo de eas mostra a importincia do conhecimento do engenheiro de proprie- neluidos, outros mais invasivos e 9 deste esl ndo as origens da fata fo qual a fate final ocorreu. dades dos materiais, téenicas de processamento, tratamento térmico ¢ ngs com pride de ASM itaratra. Toso tis selegdo para projeto e operagdo bem-sucedida de componentes sien memcuneterta.on) a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. {ensio de 50.000 psi, Se o material deve ser limitado a ddeformagdo a fluéncia de 0.2%, quanto tempo este ma- {erial pode ser usado em 1,100 °F? Use a Figura 7.32. Problemas de sintese e avaliagao 7.39. Um corpo de prova do tipo Charpy com entalhe em V & censtiado em uma maquina de enssio de impacto na Figh- 1479. Noensaio, omartelode 1S kg ecom brago de eom- 2m Fundamentos de Engenharia @ Cinela dos Mates com valores ent 02 22,0 mm. Qual ¢ tamanho mi-*7.30 Com referéncia ao problema anterior, se o comprimen- imo da trinca de serie que int eatsar ma fal to iniil eo crival da trinca sto, respectvamente, de Calastfica? 1125. 12mm, 1a paca, ea vida de fdiga€ de 2.0 % 108 7.26 Determine 0 comprimento crucial da trina (mm) por clos calle a tenso maxima de tragso,em MPs, ae mo da espessua de una placa da igh 2024-16 que ir preziresta vida nimero de cilos). Sapenha qu m tem uma tenacidade a fratura Kye = 23.5 MPaVm =3,0eA=60 x 10-13 em unidades MPa em. Suponha esta sob uma tensto de 300 MPa. Suponha que eee Y= Vr. 7.31 Com relagdo ao problema 7.29, calcule comprimen- *7.27 Um ensaio de fadiga ¢ realizado com uma tensio mi to crucial final da trinca de superficie, se a vida em me See aC eas ischave dah de fadiga for de, no minimo, 7,0 x 10° ciclos. Suponha 276 MPa (—4,00 ksi). Coleule a) a varagi de ten pokes pms ias M os : aque o comprimento iniial da rinea de superficie de sio,(d)a amphi de eno, (6 ens medi ed) 80 mam ob eno masa aga 1 MPa 7.28 Um ensaio de fadiga & realizado com uma tensdo mé- Minamercis dia de 120 MPa (17 500 psi) © uma amplitude de tensio coca reese reine ‘ dde 165 MPs (24.000 psi) Calcule (a) tensio maxima 7-32 Com relaedo ao problema 7-29, caleule o comprimento Se Ge Reset ene rucal da trinea de superficie se a vida em fadiga for cstresse de 80 % 10° ciclos e a tensdo de trgio maxima de 7.29 Unna grande placa plana esta submetida a tensdes unis- 21 000 ps, m= 3,5eA= 40 % 10 em amidades ks ‘iais ciclicas de amplitude constante de tragio e com- polegadas. Trinea inicial (borda) & 0.120 polegadas. prosefo iguais a 120 MPa © 35 MPa, respectivamente Suponha Y= 1.15. Se antes do ensaio o comprimento da maior trinca de 7-33 Os dados de fuéneia da tabelaabaixo foram obtidos Ode UDO Gin vs teecidade Stan Ree de de uma liga de ttnio sob 50 ksi e 400 °C. Esboce/ placa éde 3S MPa Vim, estime a vida em fadiga da cha- desenhe uma curva de deformagio sob flugncia versus Lagenpeiestsieh fe tearm rbd et tempo (horas), edetenmine a tasa de uéneia de estalo 0% 10" em unidades MPu em’ Suponta ‘sacionirio para esta condigdes detest. Oe eee) 0,010 x 102 2 0.075 x 10 80 18 0,090 x 10 120 0,050 x 102 40 011 x 107 760 "7.34 A ign MAR-M247 com gros equiaviais (Figura 731) rimento de 120 em (medido pant do ponta de apoio Susida pare suportar uma tons de 276 MPa, Dstermi- {N60 ponto de mpactoé levantad a 90° e depois ber. eo tempo até a ruptura em 850 °C do. (2) Qual 6 eneriapotencial ermazenada em massa 7.35 A liga MAR-M 247 SD (Figura 731) ¢ ilizada pora a este ponto? (8) Ap a ruptum da amosra, 0 marco soportar uma tensio de 207 MPa_ A que lemperstara csc ats 45°. Qual a energiapoteneial neste ponto?() C)a vida anes da rupnura sob tens seré de 210 K? (Quanto de energia foi gsto na Sata da mostra? Dice 7.36 Se lign CM247 SD (Figura. 731) esubmetida a uma fnomziapoencial= massa al temperatura de 960 °C por 3 anos, qual éatensiio mé- 7.40 Assumindo que o angulo maximo que o péndulo no ‘uma que ela pode supota ser se romper? Problema 43 pode chegar éde 120% sea mostra com 7.37 Unna igs TrOAL-2Sn-421-6Mo ¢submetida a uma en- atu eta V nocestterequer 220 3 de eoegie pve a fo de 20,000 psi. Quanto tempo a liga pode ser usada fran Veriique soo sistema anlerior tem caposdade sob essa tenso em uma temperatura de 500 °C, para suficiente para fraturar a amostra, Qual seria 0 aumento {que a defermagdo sb fugneia no supere 0,296? Usea so pdaisly pon Eur? Figura 7.32 *7.41 Atensiio cireunferencial, «, (também chamado de ten- 7238 0 de titinio Gamma esta submetido a una so de aro) em um vaso de pressao cilindrico ¢ caleula- dda pela equagdo o = Prt, onde P ¢ a presto interna, r rao do vaso de pressioe t, sua espessura, Para que tum navio vaso de pressto de 36 de difmetro, 0.25 de ‘espessura e uma pressdo intema de 5.000 psi, qual se- ria 0 lamanho da trinca critiea se o vaso de pressio for ceonfeecionado de (a) Al 7178-T651, (#) de ago 17-7 PH? Qual ¢ a sua conclusio? Use a Tabela 6.1 para as propriedades, Use Y= 1,0 e assuma a peometria de trinca central a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia ~~ Animagio ultra regio, Os diagramas de fase so representagbes grificas, as quais esto presentes em um sisle- ma de materiais em varias temperaturas, presses e composigSes. A maioria dos diagramas de fases & ‘construida a partir de eondigdes de equilibrio? e slo utilizados por engenheiros ¢ pesquisadores para entender e prever muitos aspectos do comportamento dos mate 8.1 DIAGRAMAS DE FASE DE SUBSTANCIAS PURAS Uma substineia pura, como, por exemplo, a agua, pode existir nos estados sdtido, liquido ou gasoso, dependendo das condigdes de temperatura e de pressiio em que se encontra. Um exemplo familiar de origina-se uma fase intermediria chamada de mulita, baseada no composto 3AL,O3-SiO; (Figura 8.27). Muitos refratarios* tém como componentes principais Al;Os € SiO. rmateriais serdo explicados no Capitulo 11, que aborda os Materiais Ceramicos, Se um composto intermetilico é formado entre dois metais, © material resultante é eristalino chamado de composto intermetatico ou simplesmente intermetilico. Em linhas gerais, compostos intermetilicos podem ter uma formula quimica ou estequiometria diferente (razdo fixa dos éto- ‘mos envolvidos). Entretanto, em muitos easos, certo gran das posigGes substitucionais acomoda grandes desvios da estequiometria, im um diagrama de fases, intermetilicos aparecem em uma ‘nica linha vertical, significando que a estequiometria natural do componente (ver TiNis, finha na tes °Retratéio& um materia ceramica restate 20 calor a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia 8 10 8 Figura 8.29 L¢ ABA LLLALALQQEy LIISA 8.12 DIAGRAMAS DE FASES TERNARIOS AAté agora vimos apenas diagramas de fases bindrios, nos quais existem dois componentes. Vollaremos ‘agora a nossa ateneio para os diagramas de fase temdrios, os quais possuem trés componentes, Nesses diagramas, as composigdes sio geralmente indicadas usando como base um triingulo equilétero. As composigSes de sistemas teririos so representadas na base, eolocando 0s componentes puros em cada um dos vértices do triingulo, Na Figura 8.29, esté representada a hase triangular de composigao de um diagrama de fases para uma liga metélica teméria constituida pelos metais puros A. B eC. As composi- s8es binarias AB, BC © AC séo representadas sobre os és lados do tringul (Os diagramas de fases ternérios com base triangular de composicao geralmente sto construidos & pressio constante de [ atm, se a temperatura for constante em todo o diagrama, Este tipo de diagrama € chamado de segdo isotérmica. Para representar um intervalo de temperatura e composigies varavets too pode-se construir um diagrama com a temperatura « no eixo vertical € que tem como base o triingulo de composigio. Contudo, mais frequentemente so desenhadas linhas de nivel da temperatura em uma base triangular de composigio, lihas essas que finem intervalos de temperatura, tal como sio repre- sentadas as altitudes em um mapa plano. Consideremos agora a determinagio da com- posigdo de uma liga teréria definida por um pont em um diagrama também ternario do tipo indicado na Figura 8.29. 0 vértice A do tringulo representa 100% do metal A, 0 vértice B representa 100% do metal B e 0 vertice C representa 100% do metal. ‘A porcentagem em peso de eada um dos metas pu- ros na liga € determinada do seguinte modo: traga- -se uma linha perpendicular a partir do vértice que representa o metal puro até ao lado oposto do tre Angulo; a distincia, medida sobre a perpendicular 4 partir do lado oposto até a0 ponto representativa da liga, dividindo pelo comprimento total da linha representa a fragao do metal, tomando como 100 fragio representada pelo comprimento total da linha desde o vertice até ao lado oposto, Esta porcentagem Y empewC Bate vlangular de composicio de um dlagrama de fases temsto, para um sistema cujs companentes puros si A,B C. ea as An hy ea 7 34, a am pe €a porcentagem em peso, na liga, do metal puro que vertice, No Exemplo 8 9, cexplica-se este procedimento com mais detalhes. EXEMPLO- 89 Determine as poreentagens em peso dos meais A. Be C na liga terniria ABC representada pelo ponto x no diagrama de fases ternirio da Figura ER 9, = solugao ‘A composigéo, em um ponto da base triangular de um diagram de fases terasio como da Figura ES 9. € «stabelevida determinando separadamente as poreeniagens de cada um dos metas puros, Para determinar 4% no ponto x da Figura E89. tragamos uma linia perpendicular AZ) a partir do vértiee A até a0 ponto D sobre 0 lado do triéngulo oposto a0 vértice A. comprimento total da linha de D até A representa 100% ‘A. No ponto D, a porventagem de A na liga & zero. O ponto x est sobre a linha de isocomposigao (mesma 4, 6, por conseguinte, poreentagem de 4 na liga € 40%, Da mesma forma, iragamos ‘Desenhando una tereira linha CC, determina-se a poreentagem de Cna lia, que €20°%, Assim, a composigae da liga teraria representada pelo ponto x € 40% 4, 40% B e20%% C. De lato, apenas € preciso determinar duas porcentagens. uma vez ‘que a teresira pode ser obtia subteaindo a soma das outras duas a 100%, a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 256 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia "8.26 8.27 8.29 ‘Uma liga com 30% em peso de Pb e 70% em peso de Sné resfriada lentamente desde 250 °C até 27 °C (ver Figura 8.12), (@) Align ¢ hipoeutética ou hipereutética? (B) Qual é a composigdo quimica do primeiro solide {que se forma’? (©) Quais sto as composigées e proporydes de cada uma das fases presentes na liga & temperatura de 183°C +A (@) Quais sio as composigdes e proporgbes de cada ‘uma das fases presentes na liga & temperatura de 183 °C AT? (©) Quais so as proporgdes de cada uma das fases presentes na liga a temperatura ambiente? Considere o diagrama de fases binirio peritéticoiti- ddio-dsmio representado na Figura PS 27. Faca a ani- lise das fases presentes na liga com 70% em peso de 11-30% em peso de Os, as seguintes temperaturas: (@) 2.600°C, (b) 2.665 °C + AT e (e) 2.665 °C ~ AT Na analise das fase, inclu: i) As fases presentes (i) As composigdes quimicas das fases iii) As proporgdes de cada uma das fase. bovos das microestruturas, usando campos ywulares com 2 em de didmetto Considere o diagrama de fases bindrio peritética iridio-dsmio representado na Figura P8.27. Faga a anilise das fases presentes na liga com 40% em peso de Tr-60% em peso de Os, as seguintes temperatu- as: (4) 2.600 °C, (b) 2.665 °C + AT @ (c) 2.665 °C ‘Na analise das fases,inclua os tens listados no Problema 8.20 Considere o diagtama de fases bindrio peritético inidio-ismio representado na Figura P8.27. Faga a anilise das fases presentes na liga com 70% em peso de Ir © 30% em peso de Os, as seguintes tempera tras: (a) 2.600 °C, (b) 2.665 °C + AT e (e) 2.665, °C ~ AT. Na anise das tases, inelua w 8.30 831 8.32 8.33 8.35 3.36 837 (As lases presentes, Gi) As composigdes quimicas das faves Gil) As proporgdes de cada uma das fases (i) Esbogos das microestruturas, usando campos cireulares com 2 em de difimetta No sistema cobre-chumbo (Cu-Pb) (Figura 824), determine as proporgdes e composigdes das fases presentes em uma liga com 10% em peso de Pb, as seguintes temperaturas (a) 1.000 °C, (6) 955 °C + AT, (c) 955 °C— AT (a) 200°C Determine as proporgdes e composigies das fases presentes em uma liga Cu-Pb (Figura 8.24) com ‘To% em peso de Pb, is seguintes temperaturas: (a) 985°C + AT, (b) 955 °C ~ AT, e (e) 200 °C. Qual & a composigio media (poreentagem em peso) de uma liga Cu-Pb que, a 953 °C + AT. € onstituida por 30% em peso da fase £, e 70% em. peso da fase c? Considere uma liga Fe-Ni com 4.2% em peso de Ni (Figua 8.17) que € resfiada lentamente desde 1,550 °C até 1 450°C. Qual a porcentagem em peso da liga que solidifca por meio da reago pertética? ‘Considere uma liga Fe-Ni com 5,0% em peso de Ni (Figura 8.17) que ¢ resfriada lentamente desde 1,550 *C até 1.430 °C. Qual ¢a poreentagem em peso da liga «que soliifica por meio da reagio peritstica? Determine a porcentagem, em peso, € as composi- 98s (porcentagens em peso) de cada uma das fases presentes na liga Fe-Ni com 4.2% em peso de Ni (Figura 8.17), 1517 °C + ar. Determine a composicao (porcentagens em peso) da liga do sistema Fe-Ni (Figura 8.16) que apresenta tuma estrutura com 40% em peso de 6 © 60% em peso de y, a uma temperatura imediatamente abaixo da temperatura peritétiea Faga um desenho esquematico das linhas solidus € iquidus do diagrama CuZn (Figura 8.26). Mostre todas a8 concentragies © temperaturas eritieas de * aomica de smo c 3.000; 5.200 | 2.600 44.40 °F 2200 3600 °F] 800 2.800 | tao 10 En wae 3 70 OO em peso de 6smio Figura P8.27 diagram de lato dio-amio, (Meo Herat el 8, rn Sc Mata, 1973, 425 ado com pom ds ASM inet) a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 280 Fundamentos de Engenharia e Cigncia dos Materia O recozimento para alivio de tensdes diminui par- ciaimente a dureza dos agos com haixo Teor de earbono L200 deformados afro, por meio do avo das tenses iteras indhaidas pola deformagao a fo, Ease ataento # moma ono mente apicado aos gos hipoctetides com teoresinfeiores / _ 80.9% Ce 6 efetuado a temperatirassbuixo da temperati- are" 41500 € ta eutotode, geralmente entre 550 v 650 °C. Figura 928) ae § A normalizagao é um tratamento térmico em que © ago. 4 ¢ aquocido na regito austenitiea depois resiiado 0 a 1800 00] aw A microesiratura de segdes fnas de agos-carbono hipoet terns tetoides normalizados € constituida por ferrta proeutetoide {129 © perlta fina, Os objetivos da normalizagio sao diversos Poco deen Alguns desses objetivos so os seguintes oo] 100 L. Refinar o tamanho de gro, 1900 . . a Oa ed Tea at 2 Aumentar a resisténcia mecinica do ago (comparada a Carbon) resistencia do ago recozido). 3. Reduzir segregagdes de composigio resultantes de va- aerate i mpesiesTequaitemeris usd ro rivera zamento ou forjamento, a fim de se obter uma estrutura de acos-arbono. ‘mais uniforme, (ar. igs «au, “eat Meant an Mapes tran and Se BS Morogep 965.10) (0 intervalo de temperaturas de austenitizagio usada nna normalizago dos agos-carbono esti indieada na Figu- ra 9.28, Esse processo, a normalizagio, € mais barato do que o recozimento completo, porque nido & necessério um forno para controlar a velocidade de resfriamento do ago. 9.3.5 Revenimento dos agos-carbono 0 processo de revenido © revenido ¢ o tratamento de aquecimento de um ago martensitico a uma {temperatura abaixo da temperatura de transformagdo eutetoide, com o objetivo de tomnar 0 ago mais ma~ cio e mais dictil, A Figura 9.29 ilustra o procedimento habitual de t@mpera e revenido para um ago-car- bono. Conforme indieado na Figura 9.29, o ago ¢ inicialmente austenitizado, apos 0 que é temperado ‘com velocidade elevada de resfriamento, de modo a se obter martensita e a evitar 4 transformagao da austenita em ferrita cementita. Em seguida, 0 ago é reaquecido, uma temperatura abaixo da temperatura miviidviats euteloide para aliviar as tensdes intemas ica dead da martensita, Caso o tempo de manuten- ‘elo a esta temperatura for grande, a mar- {ensita se transforma em uma estrutura de particulas de earboneto de feo em uma rmatriz de fervta Alteragées na microestrutura da mar- A Viera ‘Temperatura Mm tensita aps o revenide A martensite & tt uma estrutura metaestivel e se decompse % com Heagiesimento. A marensita en alas de agoscarbono, que 5¢ foram re tad 0 oF de carton € ban, pot stows 9.20 a: tm densidad de deslocamentos elevada Bin eariogw tte petra aid inp cri» Ses deocamains wien est (Stig te Hot Teta 1 ob, Unt tte te Co, 1868p 2, Con Utes ie steno do que a posi¢Ges intersticiais regula- Erection) res. Como consequéncia, quando os agos a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Fundamentos de Engenharia e Ciéncla dos Materia 5 E es 09 sao "m0 10 so 100 sey wo 0 anh on 2k 40 10 | ° 0 vcomaie "im Taber es oraz 0 ci vot Tempe Figura 937 CCorelaao entre o diagram de restlamento(transformacio) continuo e os resitados do tentaio de tomperablidade lominy de um ago-arbono eutetoid, Sette Use dap 16 pI Co Ut te et de temperabilidade Jominy com o diggrama de resfriamento continuo do ago 1080 e indicam: alteragées mieroestruturais que ocorrem na barra a quatro distancias diferentes 4, B, C e D da extremidade temperada Na Figura 9.38, estio representadas curvas de temperabilidade de alguns tipos de agos com ligas com 0.40% C. O ago com liga 4340 fem uma temperabilidade excepcionalmente elevada, pelo que, quando temperado, pode-se obter uma dureza 40 Re a distineia de 5,0 em da estremidade temperada do corpo de prova Jominy. Os agos com liga podem, portanto, ser temperados a velocidades baixas e apresentarem, mesmo assim, Valores de dureza relativamente elevados ‘Alguns agos ligados, como por exemplo o ago 4340, tém temperabilidade elevada, porque em res- fiamento a partir do estado austenitico, a decomposigao da austenita em ferrita e bainita € retardada € dé-se « decomposigdo da austenita em martensite mesmo com velocidades de tempera baixas. Esse a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 22 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia Tabela 9.6 Proprisdaes mecinicas tpicaseaplicagbes de agos de baa lig. Cras Peer ree Reger: Gage pee) Da Ce nis fa fi pee ren ceed Asos-manganés 1340 0,40 C; 1,75 Mn Recozido 704 435, 20 Parafusos de elevada Revenido* 1587 142i 12 __resisténcia mecinica 5140 0,40 C;0,80 Cr; Recozido S73 297 29° Engrenagens de trans- 0,80 Mn, Revenido* +1580, 1449 10 —_miss3o para automSveis fe molasespirals de auto- 5160 0,60 C;0,80.Cr, Recozido 725 276 17 méveis, 0,80 Mn Revenido” 2000 1173 9 ‘Agos-cromo-molibdénio 4140 0,40; 1,0Cr, — Recozido 655 421 26 Engrenagens para moto- 0,90 Mn, Revenido* +1580. 1433 9 res de turbinas a gas, 0,20 Mo transmissdes, een 4620 0,20; 1,83Ni; Recozido 317 373 31 Engrenagens de 0,55 Mn, Normalizado $73, 366, 29 transmissao, pinos, exos, 0.25 Mo esferas de rolamentos. 4820 0,206; 3,50Ni; Recozido 683 462 22 Engrenagens para 0,60 Mn, Normalizado 690, 483 60 ——_laminadores de aco, lequipamento para papel, equipamentos usados em rminas, equipamento para movimento de terras. 4340(6) 0,40; 1,83Ni, Recozido. 745 469 22 Grandes secies, 0,90 Mr 0,80°Cr; Revenido* 1725 1587 10 —_engrenagens, pecas de 0,20 Mo caminhoes. ‘Asos-cromo-molibdénio-niquel (0,55%) 8620 0,20C;0,55.Ni; Recozido 531 407 31 Engrenagens de 0,50 Cr, 0,80 Mn; Normalizado 635 359 26 transmissto. 0,20 Mo 8650 0,50 G;0,55Ni Recozido 710 386 22 Pequenos eixos 0/50 Cr, 0,80 Mn; Revenido* 1725 1522 10 demaquinas. 0,20 Mo “Revenido 315°C. 2. Admpera é0 segundo passo do proceso de endurecimento por precipitagdo, A amostra ¢ rapi- damente resfriada até uma temperatura mais baixa, normalmente a temperatura ambiente, sendo cem geral usada gua a temperatura ambiente como meio de resfriamento, A estrutura da liga depois da témpera em dgua, consiste em uma solugdo sélida supersaturada, A estrutura da li- ga escolhida x; depois da témpera para a temperatura 7’, correspondente ao ponto dda Figura 9.41, consiste, porlanto, em uma solugdo sélida supersaturada da fase ox, 3. O emelhecimento ¢ 0 tereetro passo do proceso, de endureeimento por precipita Thecimento da amostra solubilizada e temperada ¢ necessirio para que se possam formar pre pitados finamente dispersos. A formagao desses compostos na liga é 0 objetivo do processo de io. Oenve- a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 296 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia A sequéncia geral de precipitagio em as bindrias aluminio-cobre pode ser representada por Solugto sélida supersaturada—> zonas GP1—> 1 g 10 g 10 wort 3 Y go « *oar or 1.0 10 1001-000 Tengu de envelheimento (dis) Figura 9.47 Correlago entre as esvuturase dureza da iga ALA Cu ‘envelhecida a 130 e 190°. C1 Sox anne rn om Yo An StoseAsMinenatir!) “ zonas GP2 (fase 8”) —> 8’ + 8 (CuAl,) Correlagio entre a estrutura ea dureza em uma liga ALA% (Cu Na Figura 9.47, estio representadas as curvas de dureza em fungdo do tempo de envethecimento de uma liga Al-4% Cu envelhecida a 130 ¢ @ 190 °C, A 130 °C formam-se zonas GP 1 a dureza da liga aumenta pelo fato de se impedir 0 movimento, de discordincias, O envelheeimento subsequente @ 130 °C pro- duz zonas GP2, responsiveis por um aumento ainda maior da dureza, pois o movimento das discordancias se toma ainda mais. dificil, Atinge-se um maximo de dureza com a continuagio do envelhecimento a 130 °C, devido 4 formagio da fase #0 en- velhecimento para além do ponto de dureza maxima di origem 4 dissolugo das zonas GP2 e ao crescimento da fase @', prove- cando diminuigto da dureza da liga No envelhecimento da liga Al4% Cu a 190°C, nfo se formam zonas de GP, porque esta ‘temperatura esta acima da linha sofvus de GP1. Para tempos de cenvelhecimento mais longos, a temperatura de 190 °C, forma-se a fase de equilibrio @, = Solugo CCaleule a porcentagem em peso tedrica da fase 8 que se podem formar a 27°C (temperatura ambiente) quando ‘uma amosira da liga Al-4.50% Cu 6 restiiada muito lentamente desde S48 °C. Admita que a solubilidade no estado sélido do Cu no Ala 27 °C € 0.02% e que a fase 0 contém $4.0" Cu. Primeiro, desenha-se uma linha conjugada 2y 27 °C no diagrama AI-Cu, entre as fases oe 0, tal como se indica na Figura E9 6a. Em seguida, ma ‘© ponto z com a composigio 4.5% Cu. A propor em peso da fase #¢ dada pelo quoeiente entre x= e 0 comprimento total da linha conjugada xy (Figura E9 66). Entio, em peso de 0 = Figura £9.6 (@) Diagrama de fase ALCu com indieagio da linha conjugada sy a 27 °C e do panto 2 localzado a 4,544 Cu. (@) Linha conjugada a Separada de alagrama, ndcando-seo segmento x2, que epresenta a fagso em peso da fase 450 ~ 0,02 540 — 002) 448 (100%) = Fog (100%) = 8.306 102% 45% % a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 304 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia ligas para trabalho mecdinico, ¢ os numeros de C80000 a C9900 designam as Ligas para fundigfio, Na Tabela 9.10, esto indicados os grupos de ligas de maior importineia, ¢ na Tabela 9 11 a composigio quimica, propriedades mectinicas tipicas e aplicagées das prineipais ligas de eobre 9.6.4 Ligas de cobre para trabalho mecanico CobrexemligaO cobre quento epresenta liga um metal importanteem engenhariae, como possuielevaata condutividade eletrica, éusado em larga eseala naindistriaeletrica. O cobre eletrolitico (EMR) 60 mais barato dos cobres indusiniais e € usado na produgio de flo, barra, chapa grossa e tira. cobre EMR tem uma coneen- {rago nominal de oxigénio de 004%, O oxigenio é praticamente insolivel neste tipo de cobre e Forma CuO interdendritico quando. cobre é vazado, Para a maioria das aplicagises, o oxigénio no cobre EMR se eonstitui como impureza sem importéncia. No entanto, se for aquecido a uma temperatura acima de aproximadamente 400 °C em uma atmosfera contendo hidrogénio, este pode se difundir no cobre silido e reagir com 0 CuO ddisperso intemamente, formando-se vapor de dgua de acordo com a. reagio Cu,0 + H, (dissolvido no cobre) >» 2Cu + H,0 (vapor) As moléculas grandes de digua formadas durante a re rapidamente e formam ccavidades intemas, em particular nos contornos de gro, o que toma o cobre fragil (Figura 9.50). Para evitar a fragilizagdo pelo hidrogénio causada pelo CuO, faz-se reagir 0 oxigénio com o fosforo para formar pent6xido de fasforo (P:0,) (liga €12200). Outra maneira de se evitar a fragilizago pelo hidrogénio consiste na eliminagio do oxigénio do cobre EMR efetuando o vazamento em atmostera redulora controlada. O cobre produzido por este método chama-se cobre desoxigenaddo de elevada con- dutividade (OFHC = oxygen-free high-conductivity copper) sendo designado por C10200, Ligas de cobre-zineo Os latdes cobre-zinco sto uma familia de ligas de cobre com adiga0 de zinco entre 5 e 40%, O cobre forma solugdes s6lidas substitucionais com o zineo, até um teor de 35% de zinco, como se pode verificar pela regidio da fase alfa do diagrama de fases Cu-Za (Figura 8.27). Quan- do se atingem teores de aproximadamente 40% de zinco, formam-se ligas com duas fases: alfa e beta A microestrutura de um lato monofisico alfa consiste em uma solugio s6lida alfa, como se pode ver na Figura 9.51 para uma liga 70% Cu-30% Zn (C2600, latdo para cartuchos). A microestrutura do Tabela 9.10 Clasticacdo das igas de cobre (Sitema da Copper Development Assocation). Ligas para trabalho mecanico Crone ‘Cobtes*e ligas de alto teor em cobre** cdo Ligas cobrezinco (latoes) CBee Ligas cobre-zinco-chumbo (atdes com chumbo) Cane Ligas cobre-zinco-estanho (atdes com estanho) Sexe Ligas cobre-stanho (bronzes defésor0) Coxxx Ligas cobre-aluminio (bronzes de aluminio), gas de cobresicio (bronzes deslicio) e ligas diversas cobre-zinco CPx Ligas cobre-riquel ecobre-niquel-znco (pratas de nique) CBr ‘Cobres para fundicao, igas de elevado teor em cobre para funda, latbes para fundicio de varios tipos, igas bronze-manganés para fundicio e ligas cobre-zinco-silicio para fundiga Conn gas para fundicao cobre-estanho, cobre-estanho-chumbo, cobre-estanho-riquel, obre-aluminio-fero, cobre-niquel-fero e cobre-niquel-zinco. leva or a cole ets ere 399.3% Cu ma spares 96%, eno seguro ots Gg ein coe, a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 308 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia Bronzes cobre-estanho As ligas cobre-estanho, que slo corretamente denominadas por bronzes de esta- ‘nho, (awuito embora por vezes sejam chamados bronzes de fosforo), so produzidas por adigdo de 1a 10% de estanho ao cobre, formando-se ligas endurecidas por solugo s6lida, Os bronzes de estanho para traballio ico tém maior resisténcia que os latGes Cu-Zn, especialmente no estado deformado a fio, ¢ melhor resistincia corrosdo, mas so mais earos. As ligas Cu-Sn para fundiedo contém até cerca de 16% de estano ee sio usadas para rolamentos e pegas para engrenagens de alta resisténcia mecinica, Quantidades elevadas de estanho (de 5 2 10%) sio adicionadas a essas igas para obter boa lubrificagio em superficies de rolamentos. Ligas cobre-berilio As ligas cobre-berilio contém de 0,6 2% Be, sendo adivionado cobalto em {quantidades entre 0.2 a 2,5%. Essas ligas endureciveis por precipitagdo podem ser tratadas termicamen- te e deformadas a frio, de modo a obter resisténcias 4 tragdo muito elevadss, por exemple, 1463 MPa, que ¢ a resisténcia mais elevada das ligas de cobre para uso comercial. As ligas Cu-Be slo usadas em ferramentas para a indistria quimica que requerem elevada dureza e resistencia a descargas elétricas Acexcelente resistencia a corrosio, as boas propriedades de fadiga e a resisténeia dessas ligas, esto na origem da sua aplieagio em molas, engrenagens, diafragmas e valvulas, Tém, porém, a desvantagem de serem materiais relativamente earos. 9.7 ACOS INOXIDAVEIS Os agos inoxidaveis sio sclecionados como materiais para engenhuaria, principalmente devido & sua exce- lente resisténcia a corrosio em diversos meios. A resisténcia a corresio dos agos inoxidaveis deve-se a0 seu clevado teor em cromo, Para conferir a caracteristica de inoxiddvel ao “ago inoxidvel”, é necessirio que este contenha, no minimo, um teor de 12% de eromo (Cr). De acordo com a teoria eldssica, 0 cromo forma um éxido superficial que protege da corrosio a liga ferro-cromo que se encontra por debaixo desse xido, Para que se produza o 6xido protetor, 0 ago inoxidavel tem de ser exposto a agentes de oxidagao, De um modo geral, ha quatro tipos principais de agos inoxidaves: feriticas, mariensiticos,austeniticos cc endurecidos por precipita. Apenas os trés primeiros tipos sero abordados brevemente nesta soso. ferriticos 9.7.1 Agos inoxidave (Osagos inowidveisferriticos sto essencialmenteligas bindrias erro-cromo,contendo eereade 12.30% Cr. ‘So denominados femiticos, porque a sua estrutura se mantém essencialmente ferritiea (CCC, do tipo _ferro-a) aps os tratamentos térmivos normais, O eromo, que também tem estrutura CCC como a Ferrta-c, alarga a regiio da fase ae reduz.a regio da fase 7. Como consequencia, forma-se um “anel y" no diagrama de fases Fe-Cr, que o divide em regides CFC ¢ CCC (Figura 9.53). Os agos inoxidiveis ferriti contém teores superiores @ 12% de cromo, ndo softem em resfriamento a transformagio CFC para CCC, €, por resfriamento desde temperaturas elevadas, obtém-se solugdes sblidas de cromo no ferto-c. Na Tabela 9.12, indicam-se as composigbes quimicas, propriedades mecénicas tipicas e aplicagdes da alguns agos inoxidaveis, incluindo o tipo ferttico 430, Os agos inoxidiveis ferriticos sio relativamente baratos, porque ndo contém niquel. Sao usados principalmente como materiais gerais de construgto, em que se requer boa resisténcia { corrasio € 40 calor. Na Figura 9.55, pode-se observar a microestrutura de um ago inoxidivel ferritico do tipo 430 recozido. A presenca de carbonetos neste aco reduz, de certo modo, a resisténcia a corrosio. Recente- mente, tem sido desenvolvids novos agas ferriticos, com baixos teores de earbono e de nitrogénio, de modo a aumentar a resistencia a corrostio, martensiticos 9.7.2 Agos inoxidave Os agos inoxidiveis martensiticos so fundamentalmente ligas Fe-Cr, contendo 12 a 17% de eromo, com cearbono suliciente (0,15 a 1,0%) para que se possa formar uma estrutura martensitica por t&mpera da fase austenitica Essas ligas so denominadas martensiticas, porque tém a capacidade de desenvolver uma estu- {ura marfensitica quando sofrem um tratamento térmico de austenitizagio e tempera, Como a eomposigao dos agos inoxidiveis martensiticos ¢ ajustada para olimizara resisténeia mecinica ¢ a dureza, a resisténcia & corrosio desses agos ¢ relativamente baixa quando comparada com a dos agos do tipo ferritico ¢ austenitico. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 312 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia Tabet 9.13 eu de composi imi pc par os eros ncn ni gad. Ets irc mre errs Carbone 1836 200-2,60 30-40 Silo 0519 110-1,60 1828 Manganés 025-080 0,20-1,00 010-1,00 Emote 0,02-0,25 006-020 004-0,18 0,03 max Fésforo 005-10 006-018 0,18 max 0,10 max Foote: Ck Wate) "on Cans Hobe, nC Sey 18, esitio indieadas ax gamas de composiglo para os quatro ferro fundidos basicos, ¢ a Tabela 9.14 apresenta algumas das suas jeastipieas em tragio, e suas aplicagses 9.8.3 Ferro fundido branco © ferro fundido branco se forma quando parte do earbono da liga fundida forma carboneto de ferro em vez de grafita,apos solidificagto. No estado vazado, a microestrtura de um ferro fundido braneo nto ligado eontém grandes quantidades de bonetos de fero em uma matrizperitiea (Figura 9 58), Os ferros fandidos brancos sto assim designados porque, ao fraturarem, origina uma superfvie de fratura “branca” ou brithante. Para aque o earbono esteja na forma de eatboneto de ferro nos fertos fundidos brancos,é nevessirio que o Teor de earbono ede silicio Figura 9.58 sejam reltivamente baivos (isto &, 2,5-30%% C € 0,5-1,5% Si) ‘Mroeuture de um feo undid branco,O constuinte_e que a velocidade de solidificagao sejaclevada. Branca ¢ocafbonco defero. AS es chaenas nde nias | Oy ferros fundidos brancos sio usados essencialmen~ eater te pela sua excelente resistencia a0 desgaste © 4 abrasao. A grande quantidade de carbonetos de ferro na estrutura € es ponsével pela boa resistencia ao desgaste, Os ferros fundides brancos sio usados como materia- prima dos fers fundidos maledveis 9.8.4 Ferro fundido cinzento 0 ferro fundido einzento se forma quando o teor de carbone da liga excede a quantidade que se dissolve 1a austenita, precipitando sob a forma de lamelas de grafita ‘Quando uma pega de ferro fundido cinzento fratura, a superficie de fratura aparece einzenta devido, A grafita exposta © ferro fundido cinzento & um material importante em engenbaria, porque tem baixo custo, bem ‘como propriedades itcis, ineluindo usinabilidade excelente ¢ niveis de dureza que permitem boa re- sisténia a0 desgaste, resistencia a eseoriagdes sob condigdes de lubrifieagao deficiente e excelente capacidade de amortecimento de vibragdes. Composigio ¢ microestrutura Os ferros fundidos einzentos nao ligados eontém normalmente de 2:5 a4% C ede 12 3% Si, tal como esta indicado na Tabela 9,13. Como o silicio & um elemento stabilizador da grafita, adieionam-se teores elevados de silicio aos ferros fundidos para promover a formagto de grafta. A velocidade de solidificagdo & também um futor importante que determina a quantidade de grafita formada, Velocidades de solidificagae moderadas ¢ baixas favorecem a forma- jo de gralita, A velocidade de solidificagdo afeta também o tipo de matriz formada nos ferros fun- didos cinzentos, Velocidades de resfriamento moderadas {avorecem a formacio da mattiz perlitica, enguanto que velocidades de resfriamento baixas favorecem o aparecimento da matriz ferritiea, Para a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 316 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia Resatnla MPa) 200 (ous 1000 tmpende em | Ferro maleivel martensitico revenido, Este tipo de ferro maledvel ¢ obtido por resriamento no foro das esas vazadas até uma temperatura de témpera de 845 870 °C, com manuteng20 durante 15 «30 min para pemmitir a homogeneizagio, e &mpera em leo agita- ‘do para se obter uma mairiz martensitica. Finalmente, as pegas fundidas so revenidas a uma temperatura ‘entre 590 ¢ 725 °C para que se obtenham as propric- dades mecinicas desejadas. A microestrutura final €, portanto, formada por nédulos de earbwono de revenido ‘em uma matriz.de martensita revenida 9.9 LIGAS DE MAGNESIO, TITANIO E NiQUEL Duera (iB) SS reper a a Doers dB) Figura 9.63 Propriedades de ressténcia& aglo ealongamento de feros fundies sdictels em fungao da dureza, (Meo ends va 1.9.0, Ameen Satya, 1978, 6 Und om peride Figura 9.64 Mieoestrutura de um feo fundid malavelfertico (clase 1M32101) recorido em das etapas: dh de permanéncla a 954°C, resiamento a 700°C durante gh restiamento 20 2. Nédulos de gait (carbone de revenido) em uma ‘malrz de ferrita granular. (Reagente de ataque: nil a 2%; ampliagio 100%) ‘new writen) so) 9.9.1 Ligas de magnésio ‘© Magnésio é um metal leve (densidade = 1.74 g/cm?) que disputa com o aluminio (densidade =2,70 gem utilizagio cm aplicaySes que requerem metais com densidade baixa, Porém, o magnésio © as suas ligas ém muitas desvantagens, o que limita uma utiliza- ‘go mais ampla. Em primeiro lugar, o magnésio & mais caro do que o aluminio (7.25 USS/kg para o ‘Mg contra 1.47 USS/ke para 0 Al, em 2001, ver Tabela 9.1), O magnésio € difieil de vazar, por- que, no estado fundido, ao ar, se queima:; por isso, tam de ser usados flusos protetores durante 0 va- zamento, Da mesma forma, © magnésio tem re- sisténcia mecdnica relativamente baixa e também baixa resisténcia i fludncia, &fadigae ao desgaste Acrescente-se ainda que, como 0 magnésio tem cestrutura eristalina HC, a deformagao 4 tempera- tura ambiente ¢ dificil, porque s6 ha trés sistemas de escorre- gamento principais. Nao obstante, como as ligas de magnésio tém densidade muito baixa, sdo usadas vantajosamente em aplicagdes aeroespaciais ¢ em equipamento para manuseio de ‘materiais, por exemplo, Na Tabela 9.15, comparam-se algumas propriedades fisicas e precos do magnésio com os de outros melais usados no campo da engenharia, Classificagio das ligas de magnésio Hi dois tipos prineipais de ligas de magnésio: ligas para trabalho mecdnico, geralmente sob a forma de chapa fina, chapa grossa, extrudados e forjados, ligas para fundicéo. Os dois tipos de ligas subdividem-se em ligas para tratamento térmico e ligas sem tratamento térmico. As ligas de magnésio sao, em geral, designadas por duas letras maitisculas, seguidas por dois ou trés digitos. As letras indicam os dois principais elementos da liga: @ primeira letra indica o elemento com maior concentragdo € a segunda 0 ele mento com a segunda maior concentragio. O primeiro niimero define a porcentagem em peso correspondente ao elemento da ‘primeira letra (se apenas houver dois niimeros) ¢ o segundo de- fine a porcentagem em peso do elemento da segunda letra. Se, a seguir aos mimeros, aparecer uma letra A, B ete. significa que a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 320 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia Figura 9.66 Liga Astrolo torada,apés tratamento térmico de solublizacao durante 4h a 1.150°C, resramento a0 {ar ervalhecimento a 1.079 C durante 4, tempera ‘em 6leo,envelnecimento a 843°C durante th, fesriamento a0 ar, envehecimento a 760°C durante ‘ih, esramento aoa, Formaramse preiptados Intergranular da fae gamainha (7) 21.079 °, © precptadosfinos dea 843 °C e 760°C. Tambam hi particulas de carboneto nos contomos de gebo. A math ‘ gama (). Reagente cleric: 12504, H3PO4, HNO: ampliagdo 10.000.) (Cea Hanno 7.8.0, Ameen Sct Meta, 1972p. {tema cam pe de SM inmates ‘eles mmarated consideravelmente a resisténcia meedinica da liga Monel (66% Ni- 30% Cu), devido ao endurecimento por precipitagao. Os previpitados responsiveis pelo endureeimento por precipitagio sio NisAl e NisTi Supertigas 4 base de niquel Foi desenvolvida uma vasta gama de ssuperligas hase de nique. usadas principalmente em peeas de turbinas de gas, as quais tém de suportartemperaturas elevadas ¢ eondiges de oxidagao graves, além de apresentar hoa resisténcia a fluéncia. A maior parte das superligas para trabalho mecinico base de niquel eontém cerea de $0.2 60% de miguel, 15 a 20% de eromo € 15 a 20% de cobal- to. Pequenas quantidades de aluminio (0.5 a 4%) e de titinio (1 4%) so adicionadas para promover o endurecimento por precipitagio. AS superligas 4 base de niquel consistem fundamentalmente em és fases 5 (1) uma matriz de austenita gama, 2) uma fase com os precipita NiALe Nil chamada gama -finha (7), € 3) particulas de earbonetos (evido a adigao de cerca de 0,01 a 0.04% C).A fase gama — linha €a responsivel pela resisténcia meefinica a alta temperatura e pela estabili- dade destasligas, enquanto que os earbonetos estabilizam os contornos de gro a temperaturas elevadas, A Figura 9.66 mostra uma mieroestru- tra de uma superliga & base de niquel aps tratamento térmico. Nessa ‘mieroestrutura & elaramente visive a fase gama linha, bem como as particulas de earbonetos 9.10 LIGAS PARA FINS ESPECIAIS E APLICACOES 9.10.1 Intermetlicos Intermetilicos (ver Seydo 8.11) constituem uma classe de matriais metiicos que possuem uma combi- ago tnica de propriedades atracnte para muitos tipos de indistras, Exemplos de eplicagies estruturais cm alta temperatura, como motores de avides a jlo, os intermetalicos atrairam muito aatengao, principal- ‘mente 0s aluminetos de niquel (NiyAle NiAD, aluminetos de fero (FeAl FeAl) aluminetos de ttinio (TisAl e TiAD, Esses infermetlicos contém aluminio, pots este pode formar uma fina pelicula apassiva- dora de alumina (AI:0,) num ambiente oxidante que serve para proteger a liga de danos de carroséo. AS ddensidades dessesintermeilicos sio baixas se comparadas a outras ligas para alas temperaturas como as superligas de niguele, portanto,sdo muito adequadas para aplicagdes aetoespacias. Essa ligas também ‘8m elativamente alto ponto de uso e boa resisténca i alta temperatura, Ofator que limita a aplicaglo desses metais € sua nafureza frgil ds temperaturas ambientes. Alguns aluminetos, por exemplo. FesAl, também apresentam essa fragilidade a temperatura ambiente, Isso se deve a reagio do vapor d"agua no ambiente com elementos como aluminio para formar hidrogénio atémico, © qual se difunde no metal © causa redusdo da ductildade e ratura prematura (ver Segdo 13.511 em danos do hidrogénio). O alumineto NisAL€ de especial nteresse por causa de sua resisténcia mecdnica e sua resist@ncia a corrosdo as altastemperaturas, Esse alumineto tem sido utilizado também como um constituinte fina- mente disperso nas supertigas & base de niquel para aumentar a resistencia, A adigdo de eerea de 0.1% «em peso de boro no NiyAl (com menos de 25% atamiea de Al) tem mostrado a eliminagao da fragili- dade da liga, de fato, a adigdo melhora sua ductlidade pela reduyo em até 50% da fagilidade causada pelo hidrogénio, Essa liga também apresenta uma interessante etl snomalia de aumentar o Himite de escoamento com o aumento da temperatura. Se forem adicionados de 6 a 9% de eromo juntamente a0 boro, reduz-se a fragilidade da liga a elevadas temperaturas, Zr &adieionado para melhorar a resistencia por meio do endureeimento por solugio solida e Fe para melhorar a soldabilidade. Além de cada impu- reza oumentar a complexidade do diagrama, dificulta também a posterior andlise das fases. Além das aplicagdes em motor de avi, este intermetilico ¢ usado para fabricar partes de foro, prendedores de aeronaves, pistdes, vilvulase ferramentas. Todavia, a aplicagdo de intermetélicos no é himitada a usos a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Fundamentos de Engenharia e Cigncia dos Materia © amorfo parecem contradit6ries. Nos capitulos anteriores, quando os con- itos de estrutura erstalina e soldificagdo dos metais foram apresentados. ra comum afirmar que os metais tém uma tendéneia elevada para formar estruturas cristalinas com ordenagdo de longo alcance. Todavia, conforme discutido brevemente no Capitulo 3, sob certas eondigdes, inclusive metais ni cristalinos, altamente desordenados, amorfos ou estruturas vitreas (cha- ‘madas também de vidro metdlico) em que os itomos estdo arranjados de ‘maneira aleatoria (randmica). A Figura 972a mostra o esquema de um s6- lido cristalino (note as caracteristicas ordensalae paralela) enquanto a Figura {9.72b mostra a estrutura atémica amorfa ou vitrea, Pode-se facilmente obser- ‘vara natureza amorfa da liga vittea quando comparada & estrutura eristalina Produgio de metais amorfos e comportamento meciinico 0 conceito de um metal amorfo nfo ¢ novo e sen estudo ¢ datado de meados dos nos 1960, Metais amorfos foram inicialmente desenvolvidos por meio da aplicagao de metal fundido a uma superficie que se move rapidamente ©, entio, resfriado nessa superficie. Isso resulta em uma témpera ripida ddo metal a uma taxa de 10° Cis. O processo ripido de témpera das ligas propicia um tempo muito pequeno para o metal fundido se solidifiear "Neste pequeno periodo de tempo, n2o hi oportunidad para a difustio dos stomos e a formagio dos etistais. como resultado, um s6lido com um estado vitreo ¢ formado, Realizar uma témpera tio rapido no & facil. Por causa da mi condutividade térmica dos vidros metélicos, somente chapas, fios ou na forma de po (produtos com pelo menos ume dimensio muito ppequena) desses maternis puderam ser desenvolvidos reventemente Por eausa do arranjo aleatério dos étomos nos metais amorfos, ativi- ddades de deslocamentos so minimas e, como resultado, os metais que slo formados desta maneira s20 muito duros. Estes metais nao deixam de endurecer, mas se comportam de modo elistco, perfetamente de manei- 1 phistica (a regido plistica da curva de tensio-deformagao & plana). A deformagio plistica nos vidros metlicos é totalmente heterogénea e se localiza em bandas de eisalhamento intenso, Portanto, a estrutura, meea- » nismos de deformagio e propriedades de tas metais sio completamente Figura 9.72 Comparacio de ordenacio at mica em (2) eristalinn (igo base de 2) (0) ites (igo base de 2). diferentes daquelas dos metais eristalinos. Aplicagies dos vidros metilicos Recentemente, tomou-se possivel a {abricagao em pequena escala de pecas pequenas de ligas amorfas com altas taxas de resfriamento, algumas das quais esto agora disponiveis no mercado, Novas descobertas mostraram que os metais de raios atmicos consideravelmente diferentes como Ti, Cu, Zr, Be ou Ni podem ser misturados para formar uma liga, a cristalizagao é dificultada e 6 sélido resultante tem uma estrutura amorfa Como tais ligas, ao solidificar, no encolhem signifi- cativamente, alta preciso dimensional pode ser aleangada. Como resultado, a0 eontrario dos metais convencionais, as superficies metélicasafiadas, tais como aqueles encontrados em facas ¢ instrumentos cinirgicos podem ser produzidas sem nenhum processo adicional ou operagées de acabamento, Uma das prineipais desvantagens do vidro metélico é que ele & metaestivel, ou seja, se a temperatura aumenta até um nivel erucial, o metal volta ao estado cristaino e recupera suas caracterstieas normais ‘Um exemplo comercial de vidro metilico é a liga para fundicao Vit-001 (4 base de Zr) que tem alto médulo de elasticidade, alta resisténcia (1.900 MPa) e € resistente a corrosio. Sua densidade & maior do que a do aluminio e a do tit@nio, mas menor do que a do ago. Ela pode sofrer uma dk ‘magao recuperivel de cerca de 2%, significativamente maior do que os metais convencionais. De- vido a esse limite de tensio elistica elevada e dureza, 0s pedidos iniciais de metais vitreos foram de induistrias de equipamentos esportivos, como o golfe. Quanto mais dura e mais elistica for a cabeca fabricada com o vidro metalico, mais longas serdo as viagens da tacada no clube de golf. Com me- Ihores téenicas de processamento para # producio em massa de metais amorfos, o mimero de novas aplicagdes também ird erescer a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 328 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia Problemas de aplicacao e andlise 953 9.54 9.55 9.56 9.87 9.58 9.59 9.60 9.61 9.62 9.63 9.64 9.65 9.66 9.67 9.68 Descreva a alteragéo estrutural que ocorre quando um ago-carbono eutetoide ¢ lentamente resiiado a partir da regido austentica logo acima da temperatura euletoide Descreva a alteragio estrutural que ocorre quando tm aago-earbono com 0.4% de C ¢ lentamente resfriado a partir da regio austenitica logo acima da temperatura superior de transformacao, ‘Se uma amostra fina de um ago-carbono eutetoide & temperado a partir da regido austenitica e mantido a 700 SC até que a transformagio seja completa, qual sera sua microestrutura ‘Se uma amostra fina de um ago-carbono eutetoide 6 resfriado e temperado em agua a partir da regido austenitica alé a temperatura ambiente, qual sera sua. ‘microestrutura? (@) Quais tipos de microestruturas sto produzidas pelo revenimento de um ago-carbono com mais do que 0.2% de C na faixa de temperatura de: (i) 20 a 250 SC (ii) 250 a 350 R(CH,—CH,), (CH. CH,),R’ 10.2.5 Peso molecular médio para termoplasticos Termoplisticos consistem em eadeias de polimeros de variados comprimentos, cada qual com seu peso molecular e grav de polimerizag20, Assim, devemos mencionar uma média de pesos moleculares quan- cdo nos referirmos ao peso molecular de um material termopkistico, ‘A média do peso molecular de um termoplastico pode ser determinada utilizando téenivas fisico- -quimicas especiais, Um método comumente utilizado para esta andlise ¢ determinar as fragdes de peso dentro da faixa de peso molecular. A média dos pesos moleculares do termoplistico é entdo a soma dos pesos das fragSes, multiplicada pelo seu peso molecular médio, para cada intervalo particular, dividido pela soma dos pesos das fragdes. Assi Dim, zh media dos pesos molecularestermoplastico peso molecular mio para cada intervalo de peso molecular selecionado fragt de peso do material contendo pesos moleculares do intervalo de peso mol cionado, (10.2) EXEMPLO, 10.2 Caleule a media do peso molecular 7, para um material termoplastico que possui as ages de peso molecu- lar medi para o intervalo de pesos moleeulareslistadas na Tabela abaixo: Intervalo de peso Sere yaar d is 5.000 - 10.000 7.500) on 825 10000-15000 12:30 2125 15000-20000 17.300 4550 20000-25000 22.500 4950 25.000 30.000 27.500 3850 30,000 35.000 32°50 3250 a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 340 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia Moles do Acetato de Polisinila: © peso de um mero do PVA ¢ obtido somando as massas atimicas dos stomos: da formala esiratural de um mero do PVA, (Figura EP1O 3a) 4 itomos de € x 12 g/mol + 6 étomos de H x 1 gimol +2 atomos de O x 16 gimol ~ 86 g/mol 15g 86 wimol ‘Namero de moles do PVA em 100 g de copolimero 0174 Moles do clarto de potivinila: © peso molecular de um mero de PVC ¢ obtido da Figura E10.35, 2 Gtomos C x 12 g/mol +3 dlomos Hx 1 g/mol + 1 tomo Cl x35.5 g/mol =62,5 g/mol pore emote ge ea apeereesee 16 . oun Faso moro PVA = 8 16 Fogo nla PVC = 1 = oar A HoH i it i | p TT H gag HCl, ‘cH,|, a a Figura E10. ree eee Perera EXEMPLO Determine as fragdes molares do cloreto de vinila ¢ do acetato de vinila em um copolimero de peso molecular palo Se | | osss peatvcewsica ee Do problema exemplo 10.3, 0 peso de um cloreto de poli mero do PVA € 86 g/mol ‘Como a soma das fragées molates, fy €acetato de polivinil fay 1. fy lecular de ui mero do copolimero € il molecular do mero do PVC €62,5 gimol eo do foe Ent, a média do peso mo= PM. (mes0) ~ J.P Moy * Say May “fo? Moy * = fn)PMay ‘A média do peso molecular de um mero do polimero ¢tambény r PMay (polimero) _ 10,520 g/mol | PM (me ee meme = 6575 e/{mol - mero) valor de f, pode ser obtido equacionando ambas as expressbes de PM. (mero): So(682.5) + (1 ~ foX86) Sor= (1 ~ for) 65.75 ou fy= 0.86 086 = 0,14 a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 344 Inicio da mudanga da Termoplistios io crsalinos ‘Termoplistios pacialmente ‘ristalinos ‘Temperatura Figura 10.14 Solidicacaoe restramento de termoplistios ni crtalinos «© parcllmentecristalins que mostam alteracao no volume ‘espectico com temperatura (esqueritico). 7,6 temperatura de transigio viteae 7, temperatura de fst. Termoplasticos no Critalinosrestrar 3o longo da linha ABCD, onde ‘A= liquid, 8 = liquide altamente vicoso, C= liquid super teria (emborrachado) D~slido vitro (duo rig, Termoplisticos parealmente crtalinosrsfiam a0 longo da linha ABE, onde E = regoescristalnasséidas em uma mati quia Super resin e F = regibescristalinasslias em mate vies, lume especitio mfg) 201900 Temperatura °C) 0 Figura 10.15 Dados experimentais do volume especico versus a temperatura para a determinagao da temperatura de wansiqao vitea do poliproplen attic. Tyaal2e (Cie de Bec AA Hand St Ton 3279095, sa om pra) Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia decrescimento gradual no volume especifico com a redugdio de temperatura, conforme indicado a0 longo da linha ABC na Figura 10.14 Resfriando esse material a menores temperaturas, uma mudanga na inclinagio da curva de volume especi- fico versus temperatura oeorre como indieado por C e D da curva ABCD da Figura 10.14, A temperatura média na estreitafaixa de temperatura em que a inclinagao da eur- Va se aliera ¢chamada temperatura de transigio vitrea 7, Acima da T,, termoplisticos nio cristalines mostram comportamento viseoso (de borracha ou couro flexivel), «, abaixo de 7, esses materiais apresentam comporta- rento de vidro frigil. De alguns modos, 7 pode ser con- siderado a temperatura de transigao dictil-frigil. Abaixo de 7,0 material tem caracteristica de vidro-frigil porque © movimento de sua cadeia molecular & muito restrito. A Figura 10.15 apresenta os resultados experimentais do volume espeeifico versus a temperatura para polipropile- no nao cristalino que indies a mudanga de inelinagio da 7, ddesse material a -12 °C. A Tabela 10.1 lista valores de 7, para alguns termoplisticos 10.4.2 Solidificagao de termoplasticos parcialmente cristalinos Consideremos agora a solidificagto e resfia- mento para baixas temperaturas de um termo- plistico parcialmente cristalino. Quando esse material soldifica e resiria, ocorre uma repen- tina diminuiga0 do volume especifico, como indicado pela linha BE na Figura 10.18. Este <éccréscimo do volume especifico ¢ causado pelo ‘empacotamento mais efiiente das cadeias po liméricas nas regides cristalinas. A estrutura do termoplistico parcialmente cristalino no posto E sera enlio aquela das regies cristalinas na malriz ndo eristalina do liguido super resfriado (Sélido viseoso), Como o resfriamento é conti- ‘uo, a transigie vitrea ocorre conforme indieado pela mudanga da inclinagao do volume especit- co versus a temperatura na Figura 10.14, entre £ © F. Ao passar pela transigfo vitrea, a matriz do liquido super resfriado se transforma no estado vitreo ¢, rntdo, a estrutura do fermoplistico em F consiste de regides cristalinas em uma matriz vitrea nijo cristalina. Um exemplo de um termoplistico que solidifica para formar uma estrutura parcialmen- te cristalina é o polietileno, 10.4.3 Estrutura de materiais termoplasticos parcialmente cristalinos A forma exata na qual as moléculas poliméricas estdo arranjadas na estrutura eristalina ainda é uma vida, e mais pesquisas sto necessirias nessa rea. A maior dimenso das regiGes cristalinas ou de-eris- talitos em materiais poliméricos policristalinos € de aproximadamente 5 a 50 nm, que é uma pequena poreentagem do comprimento de uma molécula polimerica estendida, que pode ser proximo de 5.000 nm. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 350 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia ‘ | afs.- oy o Figura 10.24 {i i a Sequéncia de passos para a moldagem por sopro de uma garaf pista. (0) Uma segto ‘do tubo ¢iniodurda no molde (2) O molseé fechado, e a parte de balo do tubo € pingada pelo molae (c) Ar comprim &Injetada na moe pelo tubo, que expand, de modo a preenchélo, eo produto 6 restiado sob injec de a. A= entada de ar njlado, Be matte, C= mole, D= sec30 do tubo. (ao ce ration, “aes Peng’ “knot Engpe set Cham) Tern vk 18, tg 1982198 terprese con pss fo ly Sa re OO stanCants io ioe ole Figura 10.25 ‘Maldagem por compressio. (c) Seco transversal de um malde abertacontendo a forms pré-moldada em p na cavidede da malde.(b) Sao transversal do mole fechado mostrando 0 modelo moldado eas rebarbas. (Cmit d Somou “ts Tey" t-te Ey cap ctChicel echo’ Sel TS hese Th p82 Benes om peso dejan Wy 8 Sonn) 10.5.2 Processos usados para materiais termofixos Moldagem por compressio Mui resinas termofixas. como a fenol-formaldeido, ur formaldeido, ¢ mclamina-formaldeido so transformadas em produtos sblidos pelo pro- cesso de moldagem por compression, Neste processo, a resina plistica, que pode ser pré- ~aquesida, & caregada em um molde aqueci- do contendo uma ou mais cavidades Figura 10.254), A parte superior do molde & forgada conira a resina plistica, € a pressio e o calor aplicado derretem-na ¢ foream 0 plistico li- quefeito a preencher a(s) cavidade(s) (Figura 10.256). Aquecimento continuo (geralmente por um ou dois minutos) & necessivio para completar a ligagio cruzada da resina termoti- Xa, €, ent, o produto &removido do molde. O relevo em exeesso ¢ entdo aparado do produto As vantagens do processo de moldagem por eompressto sto: 1. Devido A relativa simplicidade dos moldes, os cust iciais de moldagem sto baixos. 2. 0 floxo de material relativamente baixo reduz.o desgaste ¢ abrasio do molde. 3. A producio de grandes pegas é mais viavel, 4. Moldes mais compactos sto possiveis devido & simplicidade do molde. 8. Gases expelidos pela reagao de cura podem escapar durante o processo de moldagem. As desvantagens do processo sio: 1. Pegas complexas sao dificeis de serem fabricadas eom esse processo. 2. Dili preciso dimensional com tolerincias baiNas em insergdes 3. Rebarbas devem ser aparadas das partes moldadas, a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 356 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia 5.000, 4.000 pode aumentar sua fluide durante o processamento for- Di ato ‘mando uma dispersto de pequenas particulas emborra- 0 is € macias na matriz rigida do PVC. © material ‘i 2 emborrachado serve para absorver e dispersar energia % — deimpacto, de modo a aumentar a resistencia a0 impac- Jaq $10 do material, Com melhores propriedades, o PVC risi- do é usado para muitas outras aplicagdes. Na construgao_ : # 2000 ae civil, PVC rigido é usedo em encanamentos, tapumes, PP ~ molduras de janelas, calhas e moldagem ¢ angulagio 3 | de interiores. PVC também & wilizado para conduites 2 1.000 — Pet ao eletricos Cloreto de polivinila plastificado A adigao de plas- y cy © 30 rs tificantes ao PVC gera tenacidade, flexibilidade ¢ ex- Figura 10.30 {eos de derentesplastiicantes na ressténcia 3 agzo do cloreto de poi (Gots # A tga Vn Ct Payne Congo)” neg Fee Sanson emu sl tesco 1971" 98 Ramon de ota Wi tensibilidade. Estas propriedades podem variar em uma ampla escala pelo sjuste da taxa polimero/plastiieante Cloreto de polivinila plastficado é usado em diversas aphicagdes como borrachas, industria téxtil ¢ do papel PVC plastificado & usado em movei to de estimentos de paredes, eapas de chuvas, sapatos € cortinas de banheiro, Em transporte, PVC plastificado ¢ usado em coberturas de automoveis, isolantes de fos, tapete e frisos da porta do automé- vel. Outras aplicagies ineluem mangueiras de jardinagem, vedayao de relrigeradores, componente de aparelhos diversos e utensilios domésticos, de plasitieante estofam 10.6.3 Polipropileno © polipropileno ¢ o terceiro mais importante plistico em uma classificagao por vendas, ¢ é um das que possui o menor custo, uma vez que pode ser produzido com materiais petroquimicos de baixo eusto, utilizando um catalisador do tipo Ziegler Unidade estrutural de repeticie quimica Li Polippiene CHOP ete -c [I (330-350) HCH, Estrutura e propriedades Saindo do politileno para o polipropileno, a substituigdo de um grupo metil em cada carbono secundario da cadeia polimérica principal restringe a rotago das cadeias, pro- dluzindo um material mais fore, porém menos fleivel. A presenga do grupo metil também aumenta a ‘emperatura de transigdo vitte,fazendo com que o polipropileno tena maiorestemperaturas de fustoe deflexto de ealor quando comparado com 0 politileno. Com o uso de eutalisadores estereoespeciticos, © polipropileno isotitico pode ser sintetizado com ponto de fusto de 165 a 177 C (330 a 350 °F), Este ‘material pode ser submetido a temperaturas de aproximadamente 120°C (250°P) sem deformagio © polipropileno possui um bom equilibrio de propriedades para a produgo de bens manufaturados Estas propriedades incluem resistencia quimica & umidade e ao calor, juntamente de baixa densidade (0,900 a 0.910 gem), boa dureza superficial e esabilidade dimensional. © polipropileno possui ainda Gtima vida util quando sujeito a tore e pode ser ullizado em produtes com dobradigas. Além do baixo custo do seu monémero, 0 polipropileno é um material fermoplistico muito competitivo Aplicagies As maiores aplicagdes para o polipropileno sto os utensilios domésticos, partes de mon- tagem, embalagens, artigos de laborat6rio, e garrafas de virios tipos, Na indistria dos transportes, co- polimeros de polipropileno de alto impacto substituiram borracha dura para gaiolas de baterias. Resinas a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 10 « Matera Poiméricos 361 Estrutura ¢ propriedades A substituigo de um tomo de eloro para cada quatro sitomos de fluor produz algumas irregularidades na cadeia polimérica, tornando o material menos cristalino e mais mol- davel. Dai, 0 PCTFE possui um menor ponto de fusto (218 °C (420 *F)) do que o PTFE e pode ser cextrudado e moldado pelos processos convencionais Aplicages Produtos de PCTF extrudados, moldados ¢ usinados so usados para equipamentos de processamento quimico e aplicagdes eltricas, Outs aplicagdes incluem juntas, ands, selos e eompo- nentes elétricos 10.7 TERMOPLASTICOS DE ENGENHARIA Nesta seyo, sero discutidos alguns importantes aspectos de estrutura, propricdades e aplicayes de ter- moplisticos de engenharia. A definiglo de um plastico de engenharia € arbitriria, uma vez que no ha plistico algum que possa ser considerado de engenharia. Neste livro, um termoplistico seri considerado um termoplistico de engenharia se possuir um equilibrio de propriedades que o toma especial para seu uso «em aplicagdes de engenharia, Nesta discussio, as seguintes familias de termoplisticos foram selecionadas ‘como termoplisticos de engenharia: poliamidas (nylons), poicarbonatos, esinas fenilénicas baseadas em xidos,acetais, poliésterestermoplasticos,polsulfona,suleto de polifenileno e polieterimida ‘A venda de termoplisticos de engenharia sio relaivamente pequenas em porcentagem quando com- pparadas com os plistieos de uso geral. Uma exceedo pode ser os nylons, devido a suas especiais proprie- dades. Contudo, os valores ni esto disponiveis e entdo nio serio eitados. A lista de pregos a granel esta disponivel Algumas propriedades baisicas de termoplasticos de engenharia selecionados A Tabele 10.5 lista as densidades, resistencia 4 tragio, resisténcia ao impacto, resisténcia diclétrica ¢ temperatura de mi- ‘imo uso para alguns termoplasticos de engenharia selecionados. As densidades dos termoplasticos de cengenharia listados na tabela 10.5 so relativamente baixas, variando de 1,06 a 1.42 glem®. A baixa den- sidade desses materiais é uma importante propriedade, vantajosa para muitos projetos de engenharia, Come para quase todos os materia plisticos, a sua resisténcia a tragdo € relativamente baixa, variando etre 8.000 e 12.000 psi (35 a 83 MPa). Essa baixa resisténcia € nonmalmente uma desvantagem para o projeto de engenharia No caso da resiténeia ao impacto, 6 policarbonato possui um inerivel desempenho, Tabela 10.5 ‘Algumaspropriedades de termoplisticas de engenhariasleconados, ee ere a alen an tt eeu er es ES ee 5 as Fa ra ‘Oxido de 1,06-1,10 7,8-9,6 5,0 400-500 175-220 80-105, Polfenileno a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 368 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia 10.7.7 Polieterimida © polieterimida ¢ um dos mais novos termoplasticos de engenharia amorfos de alta performance. Fot introduzido no mereado em 1982 ¢ € comercialmente disponivel pela General Bletric Co, com 0 nome comrade, Psu seu atta uc ° 6 OL Ae x 7 rv 0. o ‘ b 3 j oa | A estabilidade da ligago imida gera a0 material alta resist€neia ao calor, &fluéncia e alta rigidez. A ligagdo éter entre os ancis fenilicos promove o grau correto de flexibilidade da cadeia requerido para bom processamento e caracteristicas de fusto, Este material possui boas propriedades de isolamento létrico que sto estaveis em diversas temperaturas ¢ frequéneias. Os usos da policterimida inclue troeletrOnicos, industria automotiva, aeroespacial, e aplicaydes especificas. Aplicagdes eletroeletrOnicas ineluem invélucros do eirouito de corte de alta tensio, conectores de pino, bobinas de alta temperatura eblocos de fusiveis. Placas de circuito impresso feitas de polieterimida reforgada oferecem estabilidade dimensional durante a soldagem que envolva vapores, 10.7.8 Ligas Poliméricas Ligas poliméricas consistem de misturas de diferentes homopolimeros ou eopolimeros. Em ligas de polimeros termoplisticos, diferentes tipos de cadeias moleculares polimérieas so unidas por forgas intermoleculares seeundarias do tipo dipolo, Em contraste, em um copolimero, dois mondmeros estrut~ ralmente diferentes so unidos em uma cadeia molecular por fortes ligagdes covalentes, Os componen- tes de uma liga polimérica devem possuir algum grau de compatibilidade ou adestio, de modo a prevenir separagao de fases durante o processamento Ligas poliméricas esto se tomando mais importantes, uma ‘vez que materials plasticos com caracteristieas especifieas podem ser criados, e custos e rendimento podem ser otimizados. Algumas das antigas ligas poliméricas eram feitas adicionando polimeros de borracha como 0 ABS 4 polimeros rigidos como cloreto de polivinila, Os materiais emborrachados melhoravam a tenacidade ddo material rigido. Hoje em dia, mesmo os mais novos termoplasticas sto adicionados juntos em ligas Por exemplo, 0 teraftalato de polibutileno é ligado como algum teraftalato de polietileno para melhorar seu custo, A Tabela 10 6 lista algumas ligas poliméricas comerciais, Algumasigas poimsticas comercis oy nr Fabricante ABS/Potcarbonato Bayblend MC2500 Mobay ‘ABS/Cloreto de Poivinila Cyeovin K-29 Borg-Warner Chemicals ‘Acctalflastdmero Celeon €-400 Celanese Policarbonato/Poetieno Lexan EM General etc Policarbonato/PST/Eastomero Xenoy 1000 General etre PaT/Per Valox 815 General Eletrc Fonte: Medan sts encyepeaa, 198885, MeGaw a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 10 « Matera Poiméricos 373 Aplicagdes As resinas epoxi sto muito usadas em uma variedade de revestimentos de protegio € decorative por causa de sua boa adesio e boa resisténcia mecinica e quimica. Um uso tipico esta em latas e fortos de bumbos de bateria, primers automotivo e de ferramentas, e revestimento de fios. Na industria eletrinica, as resinas epdxi sto usadas devido a sua tensdo dielétriea, baixa con- tragio e defumagto, boa adesto, e eapacidade de manter as propriedades no meio de diversos tipos de ambientes, como ambientes mothados ¢ com condigdes de alta umidade. AplicagSes tipicas ineluem isolantes de alta voltagem, bolGes, e encapsulamento de transistores. As resinas ep6xt também so usadas em laminados e em materiais de matrizes de fibra reforgada, Resina ep6xi ¢ o material predo- minante para matrizes de componentes de alto desempenho, tais como aqueles feitos com fibras de alto médulo (ex. grafita) 10.8.3 Poliésteres insaturados (Os poligsteres insaturados possuem ligagdes covalentes duplas de earbono-carbono que podem ser unidos por ligagdes cruzadas para formar materiais termofixos. Em combinagao com fibra de vidro, poligsteres insaturados podem ser unides por ligagdes eruzadas para formarem materiais compésitos reforgados de alta resisténcia _ltasio deer ig H ROH) + R+C—O}R’ + H,0 ‘eid opinico Aled ‘har Aga ReR = CH. CH A resina basica de poliéster insaturado pode ser formada ao reagir diol (deol com dois grupos de -OH) com didicido (deido com dois grupos de COOH), que contem ligagio reativa de duplo carbono-carbono, Resinas comerciais podem conter misturas diferentes de diols e didcidos para obter propriedades especiais, por exemplo, etilenoglicol pode reagir com dicido maleieo para formar um poligster linear: Eteno scl Acido mateico {aleool (eid orginio) Pobister near Os poliésteres insaturados lineares so geralmente ligados com moléculas do tipo vinil, tals como estireno na presenga de radicais livres de agentes de cura, Agentes de perdxido para cura so frequente- ‘mente usados, com peréxide de metileticetona (MEK), sendo geralmente usados na cura i temperatura ambiente dos poliésteres. A reago & comumente ativada com uma pequena quantia de naftanato de cobalt. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 10 « Matera Poiméricos 379 Borracha de estireno-butadieno borracha sintética mais importantee a [HHL HOH OH OW mais usada ¢ a borracha estireno-buradieno (SBR), um copolimero de buta- ||. itt dieno-estireno. Apés a polimerizagio, este material contém de 20 a 30% de TF yee sno. Aestrutura basica da SBR ¢ apresentada na Figura 10.42. J x 7 Como o radical butadieno contém ligagdes duplas, este eopolimero pode ser vuleanizado com enxofre por ligagaes enizadas. O butadieno por sis, quan- . do sinttizado com um eatalizador estéreo especifico para produzir isimero Polite Position cis, em maior elastcidade do que a borracha natural, visto que o grupo metil Figura 10.42 ligado a dupla ligago na borracha natural esté ausente no mero de butadieno, _Estutura quimica do copolimere snstico de ‘A presenga de estireno no copolimero produz uma borracha mais resistente © boracha estreno-putadeno. forte. © lado do grupo fenil de estireno, que esté disperso ao longo da cadeia principal do copolimero, reduz a tendéncia do polimero de cristalizar sob alta tensio. A borracha SBR tem uum eusto mais baixo do que a horracha natural e entao & usada em muitas aplicagdes. Por exemplo, em ‘bandas de rolamento de pneus, a borracha SBR tem maior resisténcia ao desgaste, contudo gera mais calor ‘Umma desvantagem da SBR ¢ a natural € que elas absorvem solventes organicos como a gasolina ¢ dleo € também se expandem Borracha de nitrilo As borrachas de nitrilo sio eopolimeros de butadieno e acrilonitrila com a pro- poredio variando de 55 a 82% de butadieno e 45 a 18% de acrilonitrila, A presenga dos grupos de nitrila aumenta © grau de polaridade na cadecia principal e das ligagdes de hidrogénio entre as cadeias adja- centes, O grupo de nitrila fornece boa resisténeia a Gleos e solventes, assim como uma melhor abrasio © resisténcia ao calor. Por outro lado, a flexibilidade molecular ¢ reduzida. As borrachas de nitrilo so mais caras que as bortachas comuns, dessa forma estes copolimeros s2o limitados a aplicagBes especiais ‘como mangueiras de combustivel ¢ juntas, onde alta resisténcia a dleos ¢ solventes so ne Policloropreno (neoprene) As borrachas de policloropreno ou neoprene silo similares a isopreno, (0 0 grupo de metil com ligaglo dupla de earbono, que é substituido pelo tomo de cloro HoH tT H Hie Vaasa ae ay ‘A presenga do dtomo de cloro aumenta a resisténcia das ligagdes duplas insaturadas a0 ataque de oxi- genio, ozénio, calor, luz, ¢ intenperes. O neoprene também tem certa resiténcia ao combustivel e dleo, © aumenta a resistencia Sobre as borrachas comuns. No entando, eles possuiem pior Hlexibilidade a baixa temperatura e apresentam maior custo, Como resultado, os neoprenes sao usados especialmente em aplicagies especiais, tais como em revestimentos de fios e cabos, mangueiras industrials, cintos, lacres ce diafragmas automotives 10.9.3 Propriedades dos elastdmeros de policloropreno O neoprene € vendide aos fabricantes como matéria-prima bisica (eru), Antes que seja convertido em produto aplicavel, deve ser ligada a produtos quimicos selecionados, preenchedores, e processada, O ‘composto resultante da mistura é ent0 conformado ou moldado e vuleanizado. As propriedades do pro- duto acabado depende da quantidade de neoprene cru e dos seus aditivos. A Tabela 10.9 lista algumas propricdades fisicas basicas do policloropreno come borracha crua, goma Vuleanizada, ¢ carbono negro preenchido vuleanizado, 10.9.4 Vulcanizagao dos elastmeros de policloropreno Avulcanizagio dos clastémeros de policloropreno depende dos éxidlos metélicos ao invés do enxoire, 0 ‘qual é usado para muitos elastimeros. Os oxidos de zinco e magnésio slo usados com maior frequéncia. Acredita-se que o processo de vuleanizagiio acontece pela seguinte reagio a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 10 « Matera Poiméricos 383 ccadeia molecular, Na Figura 10.446, a deformagao clistica e plastica ¢ representada pelo desenrola- ‘mento dos polimeros lineares. Finalmente, na Fi- ura 10 44c, a deformagao plistica & representada pelo deslizamento das eadeias moleculares entre si quando as forgas de ligagao dipolo secundario sllo quebradas e refeitas. 10.10.2 Reforcando os termoplasticos ‘Vamos agora olhar os seguintes fatores, cada um «dos quais determina em parte a resisténcia dos ter ‘moplisticos: (1) massa molecular média da cadeia polimérica, 2) 0 grau de eristalizagbes, (3) 0 efei- todo lado de maior densidade da cadeis principal (A) efeito de atomos altamente polares na cadeia principal, (5) o efeito dos étomos de oxigénio, ni twogénio e enxofre na cadeia principal de carbono, (6) 0 efeito de ancis de fenil nas eadeias prinei- pais, ¢(7) a adigdo de reforgo de fibra de vio Reforgo devido a massa molecular média da cadeia polimérica A resistencia do. material termoplistico € diretamente dependente da sua massa molecular média, visto que sua polimeri- zagio alé certo intervalo de massa molecular & necessiria para produzir um solide estavel. No contanto, esse método no é normalmente usado para controlar as propriedades de resisténeia, visto {que em muitos casos, aps o intervalo crucial de massa molecular ser aleangado, aumentar a mas ‘sa molecular média do material termoplistieo nao ‘aumenta consideravelmente sua resistencia. A Ta bela 10 10 lista o intervalo de massa molecular e 0 ‘grau de polimerizago para alguns termoplasticos Reforco ao aumentar a cristalinidade no ma- terial termophistico A quantidade de eristalini- dade em um termopléstico pode afetar fortemente sua resisténcia a tagdo. De modo geral, 40 au ‘mentar o grau de cristalinidade do termoplastico, a resisténeia a trago, médulo de elasticidade, € @ densidade do material aumentam. Os termoplisticos que podem eristalizar du- 12000 sn900 8000 6000 “Tensio(si) 4000 0 010 o eformag (plfpol) Figura 10.43 Curva de tensio-detormacio para 0 polimet metacriato a vias temperatura. A vansiio de fragi-dacti ocome entre 86 « 104 °C. (Gxt de Aig, “Machado Hh ame’ Wr, 1867 Bena ‘Somerton Wty Sree) VAAN, -VAAAA— Pcp PPAEDDEROHFH™ F Fp RS PPO — F ABR, Figura 10.44 Mecanismos de deformagao em matraspolimércos (a) detormaao elstica por extensao das igacoescovalentes de carbon da cadela principal, (@) deformagaoelistea eplistca por desenrlamento da cadsia principal, © {@ delonmagio plistica por desleamento de cada, sen , maton to tra! VA Kegel Ape, {srt nemns com poms de rare ax, Opa Sate Rt) ante a solidificagao possuem estrutura simétrica simples ao longo de sua cadeia molecular. Os policli- lenos e nylons so exemplos de termoplisticos que podem se solidificar com uma quantia consideravel de eristalizago em sua estrutura. A Figura 10.45 compara o diagrama (ensfo-deformagio de engenharia para polietilenos de baixa e alta densidade. O polietileno de baixa densidade possui menor quantidade de cristalinidade e, portant, possui menor resisténcia mecdnica modulo de Young em relagdo a0 polie~ tileno de alta densidade. Visto que as cadeias moleculares no polietileno de baixa densidade so mais ramilicadas e afastadas entre si, a forga de ligagdo entre as cadeias sto menores, ¢, portanto o polietileno de mais baisa densidade tem menor 1 -eformagio sto devids ao empe de resisténei ‘0s picos de escoamentos nas curvas tensiio- (0 transversal dos corpos de prova durante os testes a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 388 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia Médulos de funcia dos materaspoliméricos 873 oF (23 °C). ko 10 rr Core ocoox ere) Materials nao reforsados: Politileno, Amoco 31-36081 a 36 1.000 Polipropileno, Profax 6323 ” 38 46 1.500 Poliestireno, FyRid KS1 310 290 210 Impacto modificado Metacrilato de Polimetila, Ears 410 375 342 1.000 CCloreto de polvinil, Baquelite eee 250 183 1.500 Policarbonato, Lexan 141-111 335 320 310 3.000 Nylon-6,6, Zytel 101 123 101 83 1,000, equil, a 50% RH ‘Acetal, Delrin $00 360 280 240 1.500 ABS, Cycolac DFAR 340 330 300 1.000 Materials reforgados: ‘Acetal, Thermocomp KF-1008, a el Treat Ae 1320 1150 5.000, 75 °F (24°C) Nylon-6,6, Zytel 706-332, rare Saree 2 700 640 585 4.000, equ. a 50% RH ‘Composto termofixo de poliéster mea 1310 1100 930 2.000 pokeeene. Tnemocoma, 1800 1710 1660 5.000, 75 °F (24°C) cF-1007 EXEMPLO 10.9 ‘Uma tensio de 1.100 psi (7,6 MPa) ¢ aplieada « um material elastOmero com carregamento constante, Apts 40, dias a 20°C, a tensdo diminut para 700 psi (4.8 Mpa) (a) Qual a constante de relaxamento para este material?” (b) Qual sera a tensio aps 60 dias a 20°C? © Solusao 4 Coma a= aye [Fquagio (10.3)] ou In(a'ag) ~ 1, em que @~ 700 psi, 71.100 psi, #40 dias, = BRS dias (ae 40 dias ~40 dias 10 pa 7 =0A82 » (ae pose ae "{I.100 psi! ~~ 885 dias ~ = 0508 ou = 559 ps Troops = °5°* a a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. 392 Fundamentos de Engenharia @ Ciéncia dos Materia [[10.13 Prostemas As respostas para os exercicios marcados com um asteris- ‘co constam no final do livto, Problemas de conhecimento e compreensio 10.1 10.2 10.3 10.4 10.5 10.6 10.7 10.9 10.10 10.11 10.12 + 10.13 210.14 10.15 Define diferensie polimeros, psticos e elastimeros (@) Desereva o arranjo estrutural atomico dos termo- plisticos. (6) Que tipos de tomos so ligados entre si ‘em cadeias moleculares de termoplisticas? (c) Quais so as valéncias destes dtomos nas eadeias poliméri= ‘© que é um étomo ou um grupo de dtomos suspenso? (a) Qual upo de ligagdo existe nas eadeias moleculares de termoplasticos? (b) Qual tipo de ligagdo existe en- tre as cadeias moleculares de termoplasticos? (a) Defina plistieos termofixos.(b) Desereva o arran- {jo estrutural atfmico de plistcos termofixos Defina os seguintes itens: (a) polimerizagio em ea- dia, (b) mondmero ¢ (¢) polimero, Descreva as estruturas de ligagdo em uma motéeula de etileno usando (a) a notaydo de elétron por ponto e(b) a nolagio de elgtrons ligantes por trago ret. (a) Como ¢ cbamada a unidade estrutural de repe- tig80 quimica de uma cadeia polimérica? (b) Qual ‘9 unidade de repetigo estrutural quimica do police tileno? (e) Defina grau de polimerizagao para uma ceadeia polimérica (@) Quais so as tr6s maiores reagdes que ovorrem durante a polimerizagio em cadeia? (b) Qual a fae ‘¢io do catalisador de iniciagio para a polimerizagio ‘em cadeia? (c) Quais so 0s dois métodos pelos quais fo de polimerizagio em eadeia linear pode terminar? © que é um radical livre? Esereva a equagio qui- mica para a formagio de dois radicais livres de uma mokeula de peroxido de hidrogénio utilizando (a) a notagio de eletron por ponte. ¢ (b) a notagio de ‘letrons ligantes por trago rete (a) Por que devemos considerar 0 grau médio de po- Timerizagio e o peso molecular médio de um mat. lermophistico? (4) Defina © peso molecular médio de um termoplistic. (Os que € a funcionalidade de um mondmero? Distings ‘este coneeito para um funcional. reva as formulas estruturais para os meros dos se- uintes polimeros vinilicos: (a) polietileno, (6) clore= to de polivinila, (c) polipropileno, (d) poliestireno, (©) poliaczilonitila, (9 acetato de polivinila sreva as formulas estruturais pata os meros dos seguintes polimeros vinilidnicos: (a) cloreto de po- Livinilideno, (b) metacriato de polimetila, Diferencie um homopolimero de um copolimero, yonémero bifuncional ¢ um t= 10.16 10.17 10.18 10.19 10.20 10.21 10.22 10.23 10.24 10.25 10.26 10.27 10.28 10.29 10.30 10.31 Tuustre 0s seguintes tipos de copolimeros utilizan- do cfrculos eheios e abertos para os seus meros: (a) aleatorio, (6) altemado, (¢) em bloco, (d) por euxer~ to Defina polimerizagdo em etapas de polimeros line ares. Quais subprodutos sio comumente produzidos nesse tipo de polimerizago? ‘Quais so os trés tipos de matérias primas usadas na produgao de quimicos basicos necessirios para a po- limerizagdo de materiais plisticos? Desereva ¢ ilusire 0s seguintes processos de potime~ rizagdo. (a) a granel, (b) em solugdo, (¢) em suspen- so, (d) em emulsio. Deseteva 0 processo Unipol para produgtio de po- lietiteno de baixa densidade. Quais sio as vantagens desse processo” (a) Defina temperatura de transiga0 vitrea 7, para lum termoplistico. (b) Quats sio os valores medidos de T, para o (#) polietileno, (i eloreto de polivinla Git) metacrilato de polimetila, Esses valores so ‘constantes? Descreva ¢ ilustre 0s modelos de franjas miceladas ¢ da cadeia dobrada para a estrutura de termoplasticos porcialmente eristainos, Descreva a estrutura esferolitea encontrada em al- {guns termoplisticos parcialmente eristalinos, (a)0 que sio osestereoisémeros a espeito de moléeu- las quimicas? (b) Desereva e desenhe modelos estrutu- sais paras seguintes estereoisimeros do polipropileno: {@aatieo, (i) istaico,e (i) sitsiottico. (© que & um catalisador estereoespectico? Como o desenvolvimento de um catalisador estereoespecific para a polimerizagao do polipropilene afetou a usabi- lidade do polipropileno comercial?” De modo geral, como 0 processamento de termo- plisticos em formas desejadas difere do processa- mento de phisticos termolixos? (a) Desereva 0 processo de moldagem por injegio ‘para os termoplisticos, (b) Desereva a operagiio da ‘maquina de moldagem por injeglo de fuso alternante (© Cite algumas vantagens desvantagens do pro- cesso de moldagem por injepdo para moldagem de termolisticos.(d) Quais sio as vantagens da maquina dde moldagem por injegdo de fuso alternante em rela ‘gio a0 antigo tipo de pistio? Desereva o processo de extrusi para o termolplasti- cos de processamento Deseteva o processo de moldagem por sopro de pro= cessos de termoformago para termoplisticos de For- magao, (@) Desereva 0 processo de moldagem por compres so pata plisticos termofixos. (6) Quais sio as vanta- tens ¢ dewvantagens desse processo’ (a) Descreva o processo de moldagem por transie- réncia pata plisticos termofixos. (b) Quais sio as vantagens e desvantagens desse processo? a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. CAP(TULO 11 Ceramica (Corte ee fata ‘Ao final deste capitulo, o aluna seré capac de: es 1. Define clasfiear mater cedmiens, inchindo de detormacio,tenacticagioefaha as cerdmcas radicionas as de engenaria das ceramicas 2. Descrever varias estruturascristalinas cerdmicas 6. Descrever as propredadestérmicas das cerdmicas. 3. Descrevero carbone e seus aétropes. 7. Descrever 0s vrios tips de vidios cerdmicos, 4, Descevervirios métodos de temperatura de ranskao virea, métodos processamento para as cerimicas. de formacio ea estrutura do visto 5. Descrever as propriedades mecéricas das cerimicas Descrever dversos revestimentos le seus correspondentes mecanismos Devido a caracteristicas desejaveis, como elevada dureza. resisténcia ao desgaste, estabilidade quimica, resisténcia a alta temperatura ¢ baixo eoeficiente de expansio térmica, as cerdmicas avancadas vém sendo selecionadas como os iateriais preferidos para muitas aplicagdes. As principais aplicagdes encontram-se em processamento mineral, tentores, vilvulas, trocadores de calor, matrizes de confor- ‘magio metilica, motores adiabiticos a diesel, turbinas a sis, produtos médicos e ferramentas de corte ‘As ferramentas de corte cerimicas possuem diversas vantagens quando comparadas is metdlicas, ineluin- do estabilidade quimica, maior resisténcia ao desgaste, eramies Engineered Materials Handbook ol, ASM Intemational. ceric e suas aplicagSes, maior dureza a alta temperatura e melhor dispersio de calor durante © proceso de desbaste. Alguns exemplos. de materiais cerimicos que sto usados na fabricago de ferramentas de corte so os compésitos de oxidos meté- licos (70% AL,O, ~ 30% TiC), exinitreto de silicio-alu- rminio (sialon) e nitroto bérico eiibico. Estas ferramentas io fabricadas pelo processo de metalurgia do pd, no qual particulas ceramicas so densificadas em um for- mato final por meio de eompactaeao e sinterizagio, As imagens de abertura do capitulo sio exemplos de varios tipos de produtos de remogao de metais feitos de cerami- ‘cas avangadas.' a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 11 Ceri 403 AD=R+r AB OR cos 30° = AF Rn AD” Rr 9866 R= O866(R + 1) = 0,866R + 0.8667 0.8667 = R — 0.8668 = R(0,134) Foss EXEMPLO| Caleule 6 aimero de coordenago para os silidos iGnicos CsCl e NaCl. Use os sequintes raios inicos para os seus eéleulos cst 47am — Nat =0,102am — Cl- 181 nm = Solugao A raza de raios para 0 CsCl é r{Cs*) _ 0.170 nm (CI) ~ 0,181 nm ~ °° ‘Uma vez que a rato € maior que 0.732, o CsCl deve apresenlar coordenagio cubiea (NC ‘A razao de raios para 0 NaCl & ‘que verdade. r(Na*) _ 0,102 am RC) ~ 0.181 om 036 ‘Uma vez que a razo € maior que 0.414, porém menor que 0,732, 0 NaCl deve apresentar coordenagiooctaé= Arica (NC = 6).0 que € verdade ct “cs @ © ‘Acelua unfiria esruturalestaina do coreto de césie (CC) (a) Célula untae posio nie. (6) Célula uniiria de ‘eseraigda, Nesta estrutura crisaina, oto fone de dareto crcundam um cation em posigdo central com coordenagdo. ‘bia (NCB). Nesta eélla unkéria,hé um fon Cs @ um fon Cr 11.2.3 Estrutura cristalina de cloreto de césio (CsCl) A fiirmula quimica do cloreto de césio solide & CsCl, e, uma vez que sua estrutura &, sobretudo, ioni- ccamente ligada, ha quantidades iguais de ions de Cs" € CI, Devido a razio de raios para 0 CsCI ser 11.2 Mats a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 11 Ceri 407 ‘Calle a densidade planar dos fons Ca © O em ions por nandmeto quadrado no plan (111) do CaO, que | EXEMPLO Dossui a estruturs do NaCl, (Rai sOnieo: Ca? ~ 0.106 nm ¢ O* = 0,132 nm), 11.6 = Solugao Se consideramos os anions (ons O* a serem locados nas posgdes do CHC em uma clulaunitiia cubic con- forme apresentado para 8 ions CF-na Figura 11.5 ena Figura E116, enti plano (111) contém o equvalente a dois nions. (3. 60° = 180° = Anion + (3 x 4 ions em cada ponto méio dos lados do tridnguo plano (111) da Figuea E116 ~ un toal de 2 anions no tiingulo (111) A constant doeeticulo para a céula wniticia a=2(¢ +R) ~20,106 nm ~0,132 nm) = 076 nm. tea planar A = 46p, onde k= Yi (20) ffs) Yi ose 196 nim? ‘A densidade planar para os Gnions de O & 210% fons) 0.196 ama? = 10.20% fonsinm? ‘A densidade planar para os citions Ca? ¢ a mesma se consideratmos o Ca? pode ser locade nos pontos do reticulo da eélula unitiria do CFC, ¢ entio Prame(C20) = 10.2(Cx2* ou Yum? a Anions on cations 11.2.5 Espacos intersticiais nos reticulos cristalinos CFC e HC Ha espagos ou lacunas entre os toms ou fons que esto empacotados em um reticulo de uma estrutura cristalina, Esses espages vazios slo espagos interstictais nos quais ftomos ou fons, além dos formadores do teticulo podem se encaixar. Nas estruturas cristalinas CFC e HC, que slo estruturas de empacota- :mento fechado, ha dois tipos de espagos intersticiais: 0 octaédrico co tetraédrien, No espaco octaédri- 60, hi seis stomos ou ions equidistantes do centro do espaga vazio, conforme indica a Figura I1.6a, Este espago € chamado octaédrico porque os atoms ou ions no entorno do centro do espaco vazio formam ‘um octaedro (oito lados). No espago tetraédrico hi quatro alomos ou ions equidistantes do centro do cespago vazio, conforme ilustra a Figura 11.6. Um tetraedro regular é formado quando os centros dos quatro ftomos circundantes ao vazio se reinem, No reticulo da estrutura cristalina CEC, os espagos intersticiais octaédricos estio localizados no cen- ‘rona célula unitaria e nas bordas do cubo, segundo a Figura 11.7, Ha o equivalente a quatro espacos in- tersticiais octaédricos por celula unitaria de CFC. Uma vez que haja quatro atomos por célula unitaria de CFC, haverd um espago intersticial octaédrico por étomo no reticulo de corpo centrado, A Figura 11.8a indica as posigdes no reticulo para os espacos intersticiais octaédricos em uma célula unitiria CFC. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. a You have either reached 2 page thts unevalale fer vowing or reached your ievina tit for his book. Capitulo 11+ Cerdimica a3 Grafita A palavra “prafita” deriva da palavra grega graphein A _etafta 6 formada por causa das suas ligagdes trigonais sp de dto- ‘mos de earbono, Relembrando a diseussio dos orbitais hibridi- zados sp? (Capitulo 2), os orbitais hibridos sp? se formam apenas quando um dos elétrons 2s é promovido com dois outros elétrons 2p, formando trés orbitais sp. O elétron restante forma um orbi= tal p livre no hibridizado. Os trés orbitais sp* est no mesmo plano, fazendo um ngulo de 120° entre si. O orbital devido 20 létron p deslocado nio hibridizado & diretamente perpendicular a0 plano dos orbitais dos trés sp* hibridizados. Do mesmo modo, a grafita possui uma estrutura estratificada na qual os tomes de carbono nas camadas esto fortemente ligados (por meio de orbitais sp?) em arranjos hexagonais, conforme mostra a Figura 11.13. As camadas so formadas por ligagGes secundaias fracas o1420m Figura 11.13 1 0.34 nm ‘Acstrutura da grfitacistalina.Atomos de carbono formar ce podem destizar umas sobre as outrasfacilmente. O elétron livre camadas de fortes marizes hexagonai igadas. Ha Hgacdes pode facilmente transladar de um lado da camada para o outro, S¢

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