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| Opide | sob o nome de “estruturalismo”. Trat-se de um movimento de *0 SISTEMA DA MDA" jensamento e de andlise que tenta encontrar, atravs de certos "ndodos etremamente precios, a extrurura dos objeto sci «das imagens culturas, dos estereStipos, tanto nas sociedades a- caicas como em nossas sociedades modernastecnicists. No que me conceme, debruce-me sobre ests fendmenos de nossa sociedade que si, ¢ aqui preciso recorre a um rermo trstante vago, conjuntas de objets ulicrios: o alimentos, se se «rata de nos alimentarmos, a8 cass, se stata de nos alojarmos, as ruas das cidades, se se trata de circularmos, ¢4 mods, s€ see ta de nos vestirmos. Em suma, osenhor podria ter constuldo um ‘vsema da mora’ ou um “ste da amen’, assim como consruia oda mods? Roland Barthes, o senor aeabou de peblicar uma obra caja tio, Sizema da mada, é um anc enganado.Fensaes encon- tear ele um comenctioincsvo, como aqules das Miele, ou ‘ntio uma andledeispraio sci. Nao é nada dso. Tex ee . ‘se, na edad de uma oa ena, rane ser, da qual So decchenee ptibe ae ane aetaenee mt pina me bar, sem dengrado, conkewo 5 me them precisa diferentes, hoje examos convencidos de que des nis eg ou a ands amas de minh nf constituem igualment, pars homens, meios de comunicagio, ‘eiculos de sgnticages. Fi Saussure quem primeizo postulou a Dire, em primero lugar que o seule do meu vo no é exiséneia de uma cincia geal dos signos ele achava que a lin- uma provocagio,sendo que o meu projet no € tanto razr um silica sera apenas ua pare dessa cicia. Ese postuldo de- ‘pont de visa now com respeito3 mods como constr um tae ois fo etomado gragas 20 desenvolvimento da linge, i batho de pesquisa. Ese trabalho fz pare, ais, de um com- cia da linguagem humana, cincia igualmente muito bem cons- junco de pesquisa aruais em plena expansio e que se agrupamn ‘ituida hoje, que serve de modelo ao estuturalismo. Tiata-se de ah splear os conceitos eas regras de descrigio da linghistica a cole- 7 Fw on dejo ean i Cle Deg Bes de objetos que jéndo soa inguagem articulada, e de sub- " » meter essa colegGes a uma anise que podetia ser a que Pea uma lingua quando se quer conhecer a ua gamdtca, [No que concerne 3 moda, 0 seahorvoluntrisment ii sm andise a argos dedicaos &roups feminina como os podem lr nas revsasfeminiasespecsizadas, poranto & fo escrita da moda. Or, para a mulher, esq flo em nome rilhares de igre quis so deninadae ess paginas de ‘ada fla mais, ada € mis convincene do que imagem 0 ‘0,2 legenda, se acompanham aque, no conatituem miedo tum conviteaoli-a melhor Apresente como prova que nea mulher compari um vestide sem to experimenado, nous lavas, sem er ido alm da persuaso puamente verbal _ No recuso absolutamente&roupa vestida uma extraordind- ria iqueza. Se-me limite sua desrigfoescrit, foi por ra 120 mesmo tempo de método ede sociologia, Razbes de mérodo: de fto, a moda coloca em jogo vitios sistemas de expressio: a material, a forogafia linguagem; e me era impossvel fazer ‘uma andl rigorosa de um material muito mesclado; ea-me im- Possivel uabalhar de maneia fina se passaseindiferentemente clas imagens As dscrgSes escritas, e destas descriges i observa- ‘es que eu mesmo poderia ter feito na rua, Considerando-se {que o procedimento semioldgico consste em recortar um abje oem elementos eem repartr esses elementos em classes gerais formais, eu tinha interesse em escolher um mater to homogéneo quanto possvel. Além diss, eu estavajustfi- ‘ado nessa escolha pelo fato de que hoje as revistas de moda to puro, ogden | fe irarente maci fem pare da cul i nace Pr cncei por joa de mods, qu, compara 4p saree parea menos rea menos interesante, a was dimenses, na media em que € pres do im rove vo Vial imagens, esterdtpos wna enorme fr cemens, no reais, € verdad, mas de ipo wdpico fw apreta ao cinema, shistras em quadrinhos ae romance popula. Finalmente, € uma imagem este aia da emiiidade que seconde debs da iseal- do jal de moda pra descever esa imagem, senor abandons excepo- lente a abso ea anise puramente formal Por que es sco, aim posso izes 20 projet que xenhor fou pas. a ofiz muito mai para mona m gue pont do ie sma tal descigéo podia se localiza, do que pela propria desc «fo, a meu ver, supéiflua, Porque, 20 ler um jornal de moda ou Telacionando as lembrangas de todas a leicuras que dele ceve, cada um reconhece bem a imagem tipica da mulher projetada por esis jornas. Uma imagem essencialmente contradtéra, bhi que se econhecer, jf que esa mulher dever ser tudo 20 mes- smo tempo a fim de epresentar o maior niimero de leitoras pos siveis, Secettia execuiva, ela pode entretanto asst a todas as festas do ano edo dia. Sai todo fim de semana. viajao tem- | opiedene | ee ee ee xcsgns, as cla os eche Ese signori bas ro, a cada viagem ela vai ao sul da Franga. Gosta de tudo moe por cero odes ser que, pla ups, BOE ‘mesmo tempo, de Pascal ao col;jazz. Nao conhece nem o a ormagées bastante dementaes nfo apenas sobre ness ‘oinertes bento pepesits trons ae Ho a ov profisional, sobre a nowafaixa ei, como social tere vx eendlogos, mas igualmente sobre tal uso o; "Um vestido para a noite, para o shopping, a estudante, para a mocinha desenvol- moda se esforga por fazer correspondet que nés mesmos queremos exprimit pel complexo que queremos desempe suas dfculdadesfinanecras, nunca fala, Em resumo, ela € 20 mesmo tempo 0 que a letora € € 0 que ela sonha em ser. Ni moni, _ lie india, locus + moda se parece com rodaalceratura para 2s mocinhas de spars primavers Part ‘outrora;€ a linguagem da mie que “presen” a filha de todo fh." Por outro lado, a contao com 0 mal 4 roupa descrita aquilo sobre nds mestos © Pa ™ i wociedade; por exemplo, 0 adolescente que segue 3 rs- cents, “tnoda militar’, comunia, 0 senhor aha mesmo que akon pecebe ees mhiplon hat shes gue cis ngs poeta eee oe ve moda atl dos ado ‘que alimentar sua imaginagio; mas os jornais de moda, como os eos i cuts so wanbem ex se tamendo, a todos os que o cream ura informa . pres comers, nfo podem equcet co tates cigeaa eanases at atin aie tay as Cat ae ee een 2 dls fzem spr Um grup de confi fe algumas perp a centenas de moa; oF quinn ands no foram comple tment aalios, mise pode ter maa bastante preci do cent de penn hs et "a ple” cin dole, «qin ao, io wan aqeles “adres pogo” cascode pel arts, mis um simples man de par dang um vs do, emi um pian de nie’ Ede ceo modo um conto evar. seja, que ele pretende ser terminado grupo, com sua mentalidadee seus valores. seu ver podese mma ype por un ado signage alia de ements, de outro lao, ii wares de qu oid e propia Exe Skimoaspeso da ques dai ee the exusado um problema tno. Tendo sido o seu ree er um invents as uae eos qu oa fred moda con, pare if 0 profino que sou sinar sank Ts no nivel do individ rs que 0 senor A leitora de moda esté um pouco na situagio de dois i terlocutores quando dialogam, compreendem muito bem o que querem dizer um 20 outro; mas, 30 mesmo tempo, nfo fazer uma andlie gramatical de suas palavras. Do mesmo modo, 2 leicora de moda nio tem conscigncia dos mecanismes que pro- vane grat {also que odes temo dante dos indvidus bem cntendido, presumes dessa ccna ou desi uso pra vive. Nee eaidade, do momento ques esuda urn nimero bat rede de fase ques adota com relago a cles uma a= | Opedeme | 1a psicandlse da oupa, Fligel deu alguns exemplos sconversio social do simbolo em razdo: 0 calgado longo ¢ ido nfo é entendido pela sociedade que o adora como um io existe io falco, mas © seu uso €atribuldo a simples razbes hi or exemplo, a TTomemos um exemplo menos vineulado & or ‘mas, ha cingienta anos, jeanalitica: por volta de 1830, a goma na gravata era justi pin ll por vantagens de conforcoe de higiene. Vése até aparecer, s dois exemplos, uma tendéncia, que talver no seja aci- dental, defer da razio do signo o contritio até de sua dispo- sicologia igualmente que os homens jualquer sentido a qualquer formas ‘stivel entre a forma e o contetde, Tome, ‘curta; hoje se diz que ela € eréica; a para prové-lo. Percebe-se i atibui Sco fsa 0 desconfort se invert em conforeo. O que € ne- No eran, cues diet com fg que + mda anal sin de uma revi, ou melo, de una ol dermal 4 pens de amano ob una tna cre, ¢ mai do que sung tuna emia fide som toa ques cms, Oat cscs sap cere pales, ceras tins, cero cots, to hoje fore de mea Outro fio gue parece muret of de uma dpc» mie sfetci mis ou meno sponta mas o moda ses @ more jovem. Asi cura no desea para roc cessirio destacar, entio, & que se efeivamente a roupa sempre foi conscruida como um sistema geral de signos, as significa- es desse sistema ndo sio esiveis; elas evoluem e passam a0 sabor da histéria, Seo senhor dete ecto exe liv hd cngdenta anos, sot nds ria sido enc ita? la nasceu na Cercamente. Eu nfo descrevi uma moda particular; tomei ‘dado justamente para fazer um inventirio formal que igno- 1a, por esse fto, 0 conteido da moda. A moda é uma combi- natéria que tem uma reserva infinita de elementos ede regras Nic ace que moda comspondas enum ie de one lige Aco urns bss peendenos expo jar umareane deems. A tanrmaio de uma orem dese ondem dere consid, as obo rome te ne 2: oom canals «porn as Ai por mos bem difeense por ots orn de transformacio. O conjunto dos tragos de moda se exgota, a cada ano, num conjunto de tagos que tem suas coerges esas regras como a gramitica. E, sea moda se nos mostra, ands, im- previsivel, € porque nos colacamos no nivel da meméria hu- ‘mana, Mas, se voc deslocao nivel de observagio, se, em vex de “ % se colocat ma cscala de alguns anos, colocar-se na escala de renta ou cinglenta anos, observa fenémenos de grande laridade. Um etnlogo americano, A. L. Krocbet, prov. dle manera absolutament irefutivel: 0 remo de mu ‘moda nfo apenas € regular (amplitude é de aprox «e meio século, oslo completa de um sul), mas a alternar a formas segundo uma oxdem racional por Plo, a largua da sua ea dacinura est sempre numa reason versa; quando uma €estrita, a outta € larg. Em sua, na ‘ala de uma durasio um pouco longa, a moda € um fendmeno ‘ordenado,e ess ordem, cla a trax em si mesma [Nexe ponto, sou obrgads a interrompéls porque parece que atulmente um vento de loucura sopra sabre a moda, desde ot vestdos de meta, até a moda cosmonaut, pasando pela moda ‘gute um vento de loucura que fo se peece com nen outro, Tudo ¢ pose, as exravagincias da moda otis que se tem quse vontade de fechar os olhos, para nfo ver mai nada Vol ‘to uma ver mai ao exemplo da minis no vjonenhuma tea pc an sera Pet Hse para encontrar bara to at ‘Tudo isso ¢ relativo e, em certo sentido, o exemplo da rminissaia dé raxio a essa espécie de prevsio dos grandes rt mos da moda, Pois€ preciso pensar nio nas dimensées em si, ‘mas somente nas dimensbes relatvas da sia Ese poderia per- feicamente prever 0 fendmeno atual, a saber, que as saias che- Tecnica ato ee suai feo rxmo da mor parte deh Prponais, Digaos que no ano de | Ope dere | soe num ead om caro pels em wa eat, de pro lio ees - por lade 100, Dito deo fr ic Ja nos parece muito curta, sem diivida, mas 0 ana- Ty el omit ca, masa Stem soe yer npn oi Jago ao ciclo inteito. Sem duvida, rma uma forg2 que conserva mas, pormaliment, sear de novo bem compridas, alg ue does ua vio da oda pia dan ce mat empo por numerous pense posts, wo me Sen een peri da ing ive, do opsicho« dl “tale Um dos mest do seu io & desmistfcar esa isos nada impede quc esa visio ses um pouco entisecedor Mas néo denego absolutamente aos costureitos Dees de raga e de invengfo que podem investirem seus modelos, sim que se ampliaa moda sua dimensiohisérca, nao Soque, ‘ ‘uma profundissima regularidade. se descobre nada além de 4d, .

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