You are on page 1of 50
Entre a perspectiva ou a orientagdo dos investigadores africanos e as ldeologis dos analistas europeus em relago a Africa, sua hstrla, suas clilizagbes, suas lin- ‘guase seu futuro poltco,cava-se um fosso cada vez ‘mais fundo. De um lado situa-seo paradigma herdado da historigrafia de Hegel, ue deu origem ao prim- tivismo etnoldgico, com as suas andlises e conceltos terceiro-mundistas; do outro lado, emos o paradigma ‘oncebido por Cheikh Anta Diop, que goza das boas aragas de toda a inteigentsia africana espalhada pelo ‘undo. Sao também designagdes para o paradigma ‘etnoldgico oafrcanismo, o eurocentrismo e outros ter- cviro-mundismos. 0 racismo manifesta-se frequente- mente de forma bem visivel em estudos africanistas ‘eurocentristas. Nos EUA, designadamente, paradigma aficano €conhecido através do termo “afrocenricidade’ fe nio “afrocentrismo’, como gostam de dizer os aft canistas 0 autor examina escrupulosamente, sem pablo, mas com rigor em sina de resposta aos ataques violentos dos aicanstas,o trabalho colectivo publicado no ano 2000 pelas Editions Karthal,intituladoAfrocentismes. EHistoire des Africains entre Egypte et Amérique. (0 que devers entenderse, através destas querelas académicas, & a asconsdo iresistivel,exraordinéria, slobal, da consciénclahistricae cultural africana, em todo o mundo, obra da Renaissance Afrieaine,enquanto ‘que o africanismo recua fatalmente, expondo novos anfcios, mas sendo incapazde fazer uma auto-eritica saudével ede reformulat, assim sendo, 0 seu discurso 6s-colonial “oa JM OSENTIDO DA LUTA CONTRA O AFRICANISMO EUROCENTRISTA THEOPHILE OBENGA Coleccao Reler Africa Nota de Apresentagao ‘Uma das lacunas do mercado editorial dos paises de lingua ofl Portuguesa auséncia, em lingua portuguesa, de obras de referencia de autores aficanose aricanstas, que fizeram eftedra no dominio dos chamados“estudosaicanos" nas academia dos alses angio. os francsfonos, ‘Coleco Reler Africa pretende colmatar essa lacuna. Trata-se de ‘uma colecsdo especazada em temtcasafricanas no dominio das Ciéncas Socaise Humanas. Ao inaugurar esta coleego, as Edigbes Mulemba da Faculdade de Ciencias Soclas da Universidade Agostino Neto {Luanda ~ Angola) eas Edges Pedago (Mangualde ~ Portugal) pretendem criar um espago de debate, alteridade« rflexio etc Sobre ocontinenteaficano. ‘A colegio publicars obras, textos e artigos eompiads de reconheci- dos autores alticanos eafricanstas, que contrbuam para. compreen so ea reintrpretagio do continents afieano ‘Alem de apresentar uma vio endgena (de dentro) do continent, acolego est aberta comunidade clentifiea internacional quetem@ ‘continenteafrcano como objecto da sua pesquisa, Pablicare divuigae conhecimentosesaberes sobre Afiae provenien« tes de Aiea assim, um desafo que coleepi abraga, de contribu ‘ara a construsdo de uma nova epistemologiae uma nova hermenéu tica dos estudos africanos no espagolusSfono livre de esterestipos © 4d um ofharfleérico e exdtieo. Ao abragar esse desi, a colecy30, Dretende ser uma galeria de conhecimentos saberes de Africa € sobre Arica, que interpele os leitore einvestigadores espeializados reer Africa para compreendé-lae reinterpret la Luanda, 19 e Agosto de 2012, Vitor Kabangn (Coordenadr da Coles ler Ars) O SENTIDO DA LUTA CONTRA O AFRICANISMO EUROCENTRISTA THEOPHILE OBENGA indice I Assuntos afrcanistas, Sua insigificdncla EX FawvelleAymar -P-Cheétien CH. Perrot |. Copans n Apsicologia ea fragilidade cientiica do novo ‘ricanismo eurocentrista eX Fawwele-Aymar Pecartledge € Walker H.Tourneux Alainé O Bgipto farasnico:africano e negro, ‘0 pavor dos africanistas W.VanBinsbergen 1. Midant-Reynes PVernus M.evenne Como os africanistas eurocentrista cariaturam ‘trabalho dos Aficanos ME Leflowitz B.ortie de Montellano IP Chrétien SiHlowe v, Os afticanstaseurocentristas contra a consciéncia ‘africana ea Renaseenca Africana Ve Morano PSchireina € Dowraml Vinenot 1 Satarbalehsh-Liberge ‘Bo bando parisense de |. Copans vi ‘Como os africanistas se agarram a futlidades, por fal ide argumentos, A trapalhada aficanista, TEX Fauvelle Aymar JP-Chrétien| Cll Perrot vu. Os aficanista julgam que a historiografia ocidental data do seco XIX. A Tonga tradigio desta historiografia vit CO palayreado como modo de ser filoséfico ‘do discurso africanista, EX Fauvelleaymar J-P.chrétion (Ctl Perrot H.Tournewx Alain B.MidantReynes .Verns M. Etienne Ww (Que os africanstas meditem no caso de Churchill, ‘ena sua propria Europa, Conclusio Referéncias bibliogriticas (comentadas) 89 6 n ns 98 “0 essencil parsum poo, ao rede tanta ‘em poder angltiarse de um paseo nas ou menos grandiose como em deotenr dar continudade sustentvel ase passa, qualquer quo ele tna sido fe nati eet 6 en 1954) Ao leitor Nio 6 habitual o tom que vou utilizar, mas & que vow responder, Airectamente, aos ataques bem violentos dos afrcanistas eurocen trstas racistas reunidos' por FrangoisKavier Fauvelle Anat, Jean-Pierre Chrétien e Claude Helene Perrot, em geval. conta todoy (os investigadoes afeicane,afro-americanos, brasileiros ou ania hnos que trabalham segundo a orienayo da historiogratia de Cheikh Anta Diop qu noo, também ele, poupado pela iris neo-afrcansta patrocinada por Jean Copans: vim ¥ Estamos habituados, de resto, a8 agressBes cultural, falsidades pedagdgleas eas injrias constantes dos africanistas. Terfamos preferido no reir ndofosseo caso de estar em jogo uma quest30, fundamental: a consciénca histria africana, o futuro, cultural © politico, african. ‘Vendo bem, assistims, neste inicio do sée. XXI, ao desabar do africanismo eurocentrsta, enquanto emerge wm imenso moviment® planetirio em toeno da eonsciéncia africana: 0 Pan-Afrcanismo, Unidade Africana e a Renascenca Africana esto agore, mals do que fem qualquer outa altura, na ordem do dia das actividades intel: {uals e das causas politias dos afticanos, no mundo, essa 8 verda deiraranto do Odio visceral do africanisma eurocentista LLatamos contra afrcanismo racists, antigo ou maderno, colonial ‘ou ps-coloial, que ndo ve gutra coisa para além da dominagto dos povos“exiticos:"primitvos “sub-desenvolvdas, com elites pouco trediveis, de acordo com os rpistos da histariograia mundial Mas, ‘quanto mais aluta se val acendendo, mals 0 arianismo eurocen- trsta se v8 acossado. & que ¢ diel ganhar quando se ment sist mmaticamente ‘Vamos abordaro problems como se impe que queremos otriunfo a vordade sobre a mentira, da featernidade humana sabre a itn agio ea intolerineia africanistas. ‘foam Fete eC (Oe) (200) Aerie Ee spi Papeete I. Assuntos africanistas. Sua insignificancia PX Fawvelleymar IP Chrétien (CoH Perrot 1 Copans ‘Se,por mero.ciso, um nvestigadoraftcan escrevesse, po exemplo, “a Borgonhaé um pals de bom vino", os avicansts,especialstas es. twangelros em cvilzaces africana, combaté-lo-am inapelavelmente:2 Borgonha no 6 um “pas mas uma "reo" e, quanto 20 "bom vnbo" dda Borgona, no é mais queuma opine discutvel para os prltos. que ‘no podem debar de ser europeus.Atese do investgadoraficano m0 Seri aceitive a ndo ser que ele escrevesse sob orientacioafcaist,¢ contra todaaevidénciao seguinte:“a Borgonka no ¢ uma regio rae fsa debom vino! 0 desvarlo das afcansta desafa tao e qualquer bom senso. Ainge o cimulo quando se tata de "questes alrcanas: Nao cstaverifcar Isso através da obra colectiva,edtada por Francois-Xavier Fawvele- -Aymar,ean-Perre Chrétien e Claude-Helene Perrot, initulada Ar entrismes. stotr des Afcuins entre Egypte et Amérique, wna obra ‘de 402 pginas, com contrbutos de 19 autores, publicada na colecy30 ornmes et Société, da Kartal, rigid por Jean Copans. pobre, abr, até dizer hasta De umaironiamesqunh,As“ertcs, ‘mal formbladas, mal apresentadas frequentemente cram confusto. As "dlalcicas” metodoogieas sto de um nivel histariogrtico mediocre. (0s editoes pretenderam, sem dvida, apresentara obra conjunta mm estilo arrogante Mas, vejamos a5 cosas um poco mals de pete, mas tendo-nos, porém, viglantes quanto ao retorno, as daras, do Homer © pretext dos editors era o sogunte: a Africa pode ser estudada sigotosamente,Podemaplicar-se-the os métodose procedmentas us os, hoje, nas spina universitras Estas intengbesiualtras no td asus origem em Fauvell Aymar Chren ou Perot Os afecanstas pretendem sempre deisar a impresste do ser as melhores em metodo- Togias da Histria, Durante virios ans, a UNESCO invest fortemente na aplicago dessas metodologias& Arica: coléquios, documenta, tbras de prande qualidade, que existem traduzidas em varias linguas. ‘Alguns ineompetentes, poucs africansta franceses (historiadores, fintropSlogos linguists, gedrafos) deram a sua contibuigao para teste trabalho imenso da UNESCO. Eo Homem menor rgressou, 38, laras. “Trata-se de atacat Cheikh Anta Diop e seus disipulos, em nome de um aovoafrieanismo,Asclaras,o Homem menor regress, devidamente suipado, Mantenhamo-nos despertos. “A"qustio" do Eglpto faradnica & sem dvi, central na obra de Fa velleAymar etal Cheith Anta Diop, osu promotor com maior visib: Tidade, €atacado e maginalizado. Primsira Parte “Um Nove Afianismo? Cheikh Anta Diop eos seus dsrfpulos Martin Bernale Mole K Asante so atacados por causa desta questio do Vale do Nilo, egipel-nubiano, ‘queria alguma ineomodkdade aos afrcanistas. Segunda Parte"No Comego era o Bip ‘As velhas torias da mesticagem do Ego faranico slo reaprecia- dda por Béatrx Midant Reynes.Quantoa Pascal Vernus dsseta sobre 0 *amitosemfte com um alo vago (stuaea0 do esipcio nas lings domunda, pp. 169-208), Asia do mundo nose limitam 35 li {guts do "Préximo-Oriente antigo. Mare tionne faz malabarismos em ome da oreanidade do Eats fradnic, que, segundo ele, est longe de implica a sua negriude Alrocentrstasecolecpes epics, Gstos ‘eum ca pp209-223), Tereera Part: “Projecsies no Passadot ‘A eologla afcanista apresenta-se no seu melhor com interven ies inflamadas de Mary Lefeowit (pp.229-247), Jean-Pierre Chrétien {pp.271-298)e seephen Howe (pp295-316),respectvamente, sobre o ‘undo antigo visto pelos aficanistas, os Bant-Indo-Europeusnegres, ‘ea Africa como object nobre da ieologa (Quarta Part: "Redes o Metamorfoses Gamo er de expert canis combate «Renscenga Ae ‘da Africa do Sul a Un dost tors Cae Hen Pere apresento qualquer tex seu Actaram-se sutares de deste pace Gr Bret fan £2: la lac, Gudslpe Os aroumericanon ws normal ‘Rene otenna-Arocentrcidade nao "Arocentrsmfjado pls neesiades cus, Sempre em se vig aldol afcanst, Os ivengnore cans cntnenas {use nines emprepam os enna Aroen iad’ Acetone “Aticaa te Entetant, ox canis flies com seu achat, integra todos os nego a Ter os seu ocean em tome dos seus Furecentsmos:Ahitriograia sfc no mada desde Hegel Emma. pont deneregfan aos tale Primela Pare (Un Nowe! Arcane?) stad, Aresposta dos etre ste Aentements, oni As contibulses mas larga portato mals importantes: so de sw ecrema pobreza clr para casa da olin 8 Confit pec ere npost como rg Aion cnisn ‘Mo alta nun on ees do shes canta teros eft ds rears poisons orepesso do Home menor aprovetando-sedo sol do caro dia Sissomesmo omen menor rosa Haque estar ila II. A psicologia e a fragilidade cientifica do novo africanismo eurocentrista PX FowvelleAymar Pcardedge Walker A Tourmenx ‘Alainé FauvelleAymar tem um problema psicolgico real. Para ele, Cheikh ‘Anta Diop tem uma eputagio incontestvel mas uma “reputagio tar ia (p28); essa “fama ao retandado”arrasa consigo“ambiguidade” ‘que é que quer dizer exactamente este acanista genuine? Aqules ‘que acompanharam Cheikh Anta Dp quando ele era vivo, sabem bern que ele nio procurava reputao, qualquer dstinelo ou promosio académica. Nao wabathava no sr para obem de Arica e dos seus, Sento huano ehistérco da sua obra ¢ hoje confrmado por toda a Juventud aficana, Os africanstas, esses, correm ats de promogies, de fama, dstingbes,medalhas eoutras benesses. Fauvell-Aymar tem srandes difculdades psteoldgeas para que possa compreender a ‘grande humildade de Cheikh Anta Diop. Custame falar disso, mas & ena que FauvlleAymarseja capaz de se comportar como se fosse lum amigo ou um parente preocupado com a gra péstuma de Diop. Fauvele-Aymar deve dar atengio a0 sentido exacto das lavas “africanisa" 6 um temo inapropriad pare ser aplieado am invest ‘dor de origem africana Seno, chega-se a monstruosidades exes enero “Cheikh Anta Diop, Slsofedahistéraearianist ou se focentrists-afrcanst’ 4 que Cheikh Anta Diop 6 “afrocentrista: averia, portant, “aficanistas afrocentrstas” e“aficanntas euro centristas”(Fauvell-Aymar eos seus). Ui professor de Ingles © de Civlizago nglesa,na Universidade de Londres, de origem ingles, no 6 um “anges, mas sim um “investigador ings. Fauvelle-Aymar & lum exemplo pereito de esprito confuso. No hi germanistas entre ‘ossibios alomaes,n Alemanha: hi historiadoes, linguists, antroplo 0s socilogns efilsofs alemaes, endo "germanistas Um professor srancés que ensne Alemao e Civlizaso Alma € um “germansta’ © reo um alemdo, Basta de miopasarianistas, ‘Mjunaeapirito mais confso que ode Fauvelle-Aymar: “Cheikh Anta isan and nas africana, mss fundow uma mem6ra para toda Pre (ytd) Vale aqui perguntar se Fauvele-Aymar chega. 3 com ‘voor agile escrve-Sabe-scomo “nag africans oi fur Premoe anes 1960-£ ponto assent. Na sequéncia dss, alguns ‘pals antalores” monopolzaram o poder do Estado, a0 longo de décadas. naar da memérlahistoricaaicana, pr Cheikh Anta Diop, €0 ‘Aieterdadeirmente conta, hoje, como sendo a nossa Tundacdo, em ‘ica nas Caraibas e nas Antihas, ou na América do Norte Tanto pior fara nosso "erie" e”taléteo” Fauvele-Aymar, se vera ser posto Paul Carlee comesa ose trabalho com uma declaragio interes: sante"Nés, os europeus estamos habituados, actualmente 3s subsie~ ‘Mo ceomplesdades da etnidade do sex (géneo) edo multcuralismo ‘BeSpretud, As suas impliapbes no que toca a contedoe 3 tans hiss do ensino superior” (-Cartedge, Marin Bernal tb fareur ‘lack Athens”, p47 da obra em aprego. O termo ‘actualmente foi stblinhado por mi). ‘para sermos cares, presentement, ov melhor, a partir de agora muito tempo apés a queda dos impos colonials, a supremacta cul {ural do ocidente encontra-se abalda. Os impasses enogrifcos af ‘inistasdevem, portant se ltrapassados, Os africanos, os inios, oS abantes da Oceania em sum, os poos ours sevens ei tives azabaram por agarrar nas sias proprias mos os seus destinos “ultras, sem engi ualguer eparagdo ao imperialismo cultural do Ocidente ("novo africansm” de Fawvelle Aymar eC? no pass de umatctca ae recuperagie engandino-nos durante muito tempo, pois aqu eam ‘sos desculpas: Prometemos, para, fazer melhor, problema & que ninguém valley, em Afia, a Iiteraturaafricanista. Os quadros ‘Etnograficos continuarRo a ser quadros etnogificos, anda que “re~ ‘modelados” lux do "novo afrcanistn’ Que jogads, mais uma vez! ‘Que arifici dialético! Uma manguelra nto pode dar cocs, natura mente Um pedago de madeira nfo pode nunca tornar-se um croeodilo, binda que se mantenba durante séeulos nas éguas do rio. Paul Cartledge, “professor de bistria greg’ sabe que jéninguérs credit no milagre prego Martin Bernal descostrl ess dia. absur- a do “milagre greg tanto tempo ensinadae difundida no mundo plas deologias da supremacia cultural do Ockdente (ortentalismo, inologiaafricansmo”e outros "nazisos” cultras).Ohelenismo, convert em helenomana, tem alguma difcldade em acta essa desconstrgio, Cabethe esse papel. S80, potém, os proprio sibiog fregos modernos que admitem, sem problemas, “inuencias orien {ais designadamente“epipcias’ na Gricia antiga. Até nos elementos Ionics, sabe-se que o alfabeto grego nada tem de helénico (veja-se David Diringer, Writing, Londres: Thames & Hudson, 1962, pp.149-168), Clarence Walker, da Universidade da Clini (Davis, USA) deina-nos ‘Eine to faz minima dein dagull de que est falar «atribuira Cheikh Anta Diop paternidade da dela da africanidade ‘otxipa (.)inexacto. 0 Epps dopende de igual mancira do mn~ i cumticn devid 8 sua posi googréfica © estratéyca” (9.211) oreo quo Bgipto situado em Afric, pode depender,"devido sua Dosigzo aeografca’ da mundo semitico, que se enconta loclizado Fouad continents aficano, no Proximo-Orlente na Nesopotimis? uma outa questo: por que é que Crea, vizinba do Egipto, nao de pande,“evldo asia posiaoestatégis do mundo semtico? Epon pe que coneeto de ‘cruzamento” no colhe em relara0 a Chipre are creta,a Grecia da Asia? Chelks Anta Diop esfreou'se por rs fats o coninuum histrio africano desde a Antiguidade faradnica [itd aos problemas, cultural e outros, da Aftica moderna e conter~ ‘onines Mare Etienne, simpatio arquedogo, nem sequer leu 0 Eubsttlo da obra Nations Magres et Culture (Pais 1954), 10 problema que agu se discute tem wer com a qualifeaglo ¢0| Scoekto ds termos“Atcano” e "Nepe’“Aticano”remete para“ ue érlatvo on pertence & Ai Posto ato, o Rglpo é afrcano, SAN 0 Magrebe Stabe também o & "Negro, tendo como sub-enten- ‘Bas pete nega’, nf designanecessariamente os Arianos, como de ser testemuhado pelas populaces do Sul da India ou pelos Molanésios®(p.212).Anasemos esta literatura: 4) 0 Bio Antigo 6 afrcano; assim sendo, os antgos Esipelos lam AiFicanos. © Magrebe arabe 6 membro da Organizagio da ‘Unidade Arieana (OUA).O presidente Boutefika fi recentemente presidente em exericio da OUA.Onde est o problema? Berto fara seguinte afirmagi: os Exlpeios ttm a pele negra thlanchroes eu eos caeosem crapnba (ka ouiche)- eam ‘Seas stores, lr I (Buterpe") $104: ‘Gietare que os Eeiptosantgos eram Aricanosnogros, como to {dos os outos naurais do contnenteafrcano. Naturalmente que ‘hs neqros nutras partes que nao 2 Africa, como a fadia do Sul ea Melanésia por exemplo. ierégfos:"O terme para Egtpt, Kemet aparece’ por vere eadeor da por Diop de reer, como Pals des nepon cape ronan rs gong Fo Gonna a ast ts eee egipclos entre, por um indo, aterra negra” (Ik), isto a teres dos ‘Sirens pore treo SNe eae lado, a “terra encarnada’ do deserto. termo km significa “estar a leo’ no sentido de realizado, acabado em que se inscreve a stun G0 deunidade do Espo, materaliada na uno de dos terres {aoe Bsn Eppa Como tmben na concep do ps enmeone ‘india aa elena aes ada no gusto rau deste er pp2T 4215 tte {Up Mar Btenn das Fé rae are un conePadr das Ae _guidades egipcias do Museu do Louvre, em Paris. = que ert nfo quluer sen 2) chi nt Dip trans Kot pore pa ret pore pats ds ners" qe obra € pagina? Eu retomei essa tradugio, “¢ fe Gm sree re, mana epgina Porque mentsisonatcaent ans Soetoro neat tera nega prac tnmar em conse ‘ao qung-estar compare ecb: qual ent. {Tac tal da eps usu cosacon tenancy, Compe ou "ters nop eo Quer ie ao ee forte a dale sent 20 mesmo empa nee esa ne Phe Btmesnaconsetmen cia eros sinner hoor em pel Confundo com ea itn rel amos sates parade pr are Wns ay 27 210 acetvo}ohierofo do ocho (ve) ‘emprega-se como complementofonético, ‘om completar estar complet it > : nplet"-osigno ergo MA inte que se ata de cone denotes abstactas Existem, portanto, dus palavas km, que so hom a sindnimas:o adjectivo “negro” eo verbo “estar complet Verfice se verbo “str complete Verifies Quen aoreng, a nivel fo lexis da pam para ode o egiptélogos da terra, com excep do erudite conserva epitsagos ceppio do erud fdr do Louvre, smo ner a goto eg mts que arceio aa te er por fata desi Hn, ¢ pi ven nol deve os ear de oe ete eon, gund sean eros ieee oem que st nsrevea stung de nidade do ipo oa ict rn (os aba bt 0 Sa meme" tn or 2s “unio count soma,“ de Dols Temas Fea rae em so deeb A «rh tae eDiets ex eee rc loadin ds a Since ape Waal teen mont oro seu @NAG ene-orss regret county’ cm ins sa ate “tented Pts Nog homens mulheres do Pas Negro sto 6 8 petos dos tempos farabnicos. - ‘Oshabitantesde Alea negrasdoafricanos negro. 08 regro-alticangs, Os babantes do Pals Negro sone fos ou pretos: a mesma oientao. Os Melanésios nese mesinalina Inslares negro (melas "ne fro esos, o dri nds," em reo} A propa de ues cei do atin Eni ni 1. Renn pnt ters ctl 9 prove oo recente Wotemes hen, u consereadr de muse mals qualiendo: "The ees had seterat names oar wn cout Indudng 3-7 Faeroe" cmap.) hematoma ame. owere sun uy ts lan Ao ade im de ota anes: wearer propre Esp nln snus erie Ear Eons que mor a terse nica ese dee etd pobre cpa dare Benne ts da sel das coreg Eaotarsne Ossi an dearer dor ers apn | partir dow aaths de Thophile Oboes spl congls de ‘enna boy ccebodobantusno equ éhojeum doses Soe smercant (pi?) eres american a0 oo amy so oe ose nds de ha ods 05 ‘Stans rmamumbic en epresgceem Ar. de ease rrumpeimero ns etd dle Otero bani oe ror wer demand ole eeuocetrsa Nad em de re Plc s,m pss cm nos” nem cm "als ips aercad un eos so chamados a promuncarse antes qu edt ‘nie Sacer), Sempre a mesna peso, as meas ieee Stans dens acon na inguagen mares ane ain ie alla ches qu poe et +e apenas anropsp gue seclean(B17 Tel redo er tases prairies a presndcra ane qrstes de leonskg gee © EEEE'gm caves tlm chem anda que se dora wert iin dante mito empo marca pelo racis’ Ea “in Stathora apesago de fuvelle-Aymacréten eat Pi anol sca Fao. De uel enc oka aca eee ontrradetoakament” evn (p17)Sria reso Sees Una wapatadadeverasurprendente pla ae guess &tvestida arcane Stes! Veradlente veroroso © aan ae gia aces bla dca tc cartesian ont era conte (9.17) Digs que acansoylho Fee tn nice fer ms dem cine (2 eae cas tone unison’ concert do eg 21- ea jee clot an un teas dems sic eos canoe eos descendents dos xaos deride pra os “pt cnn do oo com roves protease eta, cess aa ica pt Nao tad acana conserva 8 cabera. Nés, Afrcanos, tratamos as nossas Feridas Os africans fesse, armamse em pave, a + As correntes “aftocentristas’ mantén-se “praticamente surdas face 3s numerosasinvestgaeies"(.18) que o continent aeano suse. ‘ou. Catemosa mesma msi, uma cangto bem conhecda com todos ‘osrefrbes Assim sendo, deque vale estar escuta? + "Uma Africa parada numa “eteridade essencialists” que consti 6 centro do afrocentrismo" (p18) "Uma" ~ eternidade”~"essencil- 'sta~ “no centro. £ Fauvlle-Aymar no seu pedantsmo absolto, © segmento deface “uma etrnidade escencalist, para alm da con- fusto, ue é medonha,ndo significa absolutamente nada em flosofi. [Nenhom sino de uma classe terminal, ainda que fesse o stim do se nivel se atrevera&idotce de escever um disparate assim, Em Aue & gue, rancamente,aeternidade pode ter sido essencialsta? No paraiso aficanista.Fawelle-Aymar present se sri comoum papa, ‘9 um binge para nada, OafHanismo renovado nfo est longe de ‘ira revelarse mera atividade de rus, (+R Aiea sonhada & ainda aqui, uma Africa atic, sentimental, @ tum tempo egipciae bone (p18). A Atica sonhaa é real quando & ‘uma Aficafantasma (Michel Leis) uma Africa ambigua (Georges Balandier) uma Africa mal reparida (René Dumont). Torna se uma Atrca artificial e sentimental quando 6uma lreaeipeaebanty isto ‘uma Africa geogtic,hstriea,cultural linguistic, et. Os aficani- sas sioremendeseremendnasno trabalho de flange porcelana, ros Su famosos Centros de investigadesafrcanase nos Seuslabo- ‘atérios de ligase clturas da Africa negra. Asim & que eles che fm, em fla, vindos das universidades e centtos que tim programas de etdos afieanos. Os afreanstasfranceses actuals no tim enver= ‘dura intelectual Sio mestres numa cozinha da mentra eda alin (+70 afrocentrism antilhano (.) institu cortesontoigias que sepa ram os homes, eriando barreias ao universal” (p.18) Como teat za esta flsofiaanihana primaria (0 afocentrismo antihano") que se manifesta insttuind ~ pelo seu modo de ser ou sea. a sua propria ‘génese ontolgica~ “cores ontldgios que separam os homens” © {ue, um apés outro, vao barando o aeesso a manifestayao do om plex humanodesignado" universal’ na temporalidadeexistenlal em ‘ue ocarite fenomenal do ser se desprende, num Spee, do aparel- hho reflexivo antiiano (" aocentismn anthano"), que ndo existe no ser por she para sl sem ligago a nenhum outro spare, que © Interara na maniestao do fenémeno do mundo, na sua univer- salidade explcta? Sera que Fawell-Aymar Chrétien e a Sra Perrot acompanham esta tematizago flosfica, no seu der colectvo? Ow {demasiado “fel, para ees o afrocentrisimo subsistente institut, Ineluavelmente, a sua propria morte; 9 afrocentsismo contraporse {si proprio, abandonand o terreno do universal condicio possiel do tomer? Sera demasiado “complicado, ow mesmo impossivel, o afrocenrisme apresentr-se como substtuto do africansmo, que, tse st, temo estatto do dscursocurocentrsta universal? Diferentes cortentes (do afrocentrismo braileito) altar por uma Superiridade cultural fndada no rogresso em diecgo a uma alr- Canidade sem mista.” (p-19}-O regesso a (Cadero de wm te- fgresso 20 pals naa), stow surpreendido com © mau francés de Fauvelle-Aymar, Chrétien e Sra Pertt,lnvestigadorese professores “niverstirios, de origem francesa, que nao conhecem qualquer lin {gua affeana para se desculparem da uns quanos ereolismos”e “ne {ristos’ que ents, seriam compreensives E espantoso!O regress ‘2 quando se vis repress de.quando se vole (Gide, Le Retour dh ‘Tehad) 0 regress a Banga, eno oregesso em direc rang «Mas oafroentrsmo também é Aiea" (p-19)-Aprépria paavra| jo indica, valha-me Deus! Ns, 08 Negros, nio dizemos “o eurocen- {risino europes A francofona profbe a osmose entre franc" ra essmo} eaianta” [afrianisme),Continuemos purists, com toda 4 honra ¢ em proveito da Panga. Fauvelle-Aymar, Chrétien e a Sra, Perrot procuram esquecer as Fegras de Boileau, com a trapalhada constant que fazer. +s temas da maquinagiooeldenta edo Eto evlzador" (p19) Estes die temas, "a maquinagio ocidental contra Africa eo“Egipto Civlizador do mundo’ esto patents a hlstriografia africana eunl- ‘ers sustanda coléquios debates, semindrios, etc Dis temas que tno soinvengée” mas umacerta objective da consi, Nao da Condigio do martelo que se martelea st prépri; no entant,o martela Uses para marl que é para isso que ee serve, Entendamos que 0 Ocidente em sno € uma maguinarao contra a Africa, masa Con- feréncia de Berl fo, efectivamente, oma maquinacio contra a Aft fa. pois vii a traduzir-se em colonzagbes,assimilagDes oagressBes cultura, exporagio colonial, pauperizagio das sociedades, uta de libertagio nacional, masracres e assassinatos de grandes polis altianos (Paix Moule, Nyobe, Boganda, Lumumba, Sankar. Biko, Murtala, M. ther King, Malcom X ete}, zonas de inlugncia, bases nnltares ee, sinals de morte" da maqulnagao oeldental contra Aft i Pelo contro, o tema do “Epiptoelviizador"coloea a disposi {os Africans, ede todos os seres humanos, 2 norma da Mat, quer tier, respeto pelo equiorio terestree pelo equllrio do cosmos. ‘Adela de uma energla criadra infinita, que anima univers intio, rnaseeuno Vale do Nil epto-nubiano, 7 Para FauvelleAymar, Chrétien a Sra. Porrt, 0 afrocentrsm (om Arca, na América, et) apok-se numa “meméria fundamentcer: (20) um “racismo (9.21) desenvolsdo em teorias dinidgsas, som exig@ncla, no plano centiico(europeu). Os afrocentrstas so adeptas {de “concepydes redtoras e enganadoras”(p.22) Os afrocentrstas que ‘ejeitam ua cera tradigdo europeia de retlexi histiien. sto 6, para sermos dros, a tradiglo eurocentrista eos manuals dos adminsts ores colons, nao tém rao, entretanto, quando denunclam a dom naglo,pasada e presente, do Ocidente sob territrios negro” (p22) ‘A Ronascenca Arcana no devia ocupar-s ano ser coma dnd da histria arcana contemporinea, e nao com o "egresso um passado ‘depurado e mitico"(p.22) Obrigado pelo conselho.Sé que no iremos, ‘sogula. um conselho afcansta racist Em consequéncia, é preciso ensina aos Afrcanos “os métodos eos procedimentos® (p23) de uma historia rigorosa Eses autores man festam uma certa simpatia peas "memerastraumatizantes” daca afrocentrista (p23), mas, que importa, éprecso impor rigor Aca temdretoacte(p.23). Quem garantessetiteto& Aca? Osafcaistas, Hique os Arianos vvem ainda nur estado selvagem, primi, Para além de uns pequenos trablhos afianistas no ensino, nos “campos de pesquisa” sobre os sistemas de pensamento afficanos nas “mutagdes a Tongo praza, nos “investimentos de meméri’ nas “fo tes oras” (uns boas anos depois da obra decisiva de Vansina) nem FauvelesAymar, nem Chrétien, nem a Sra. Perrot produziannabsola- tamente nada de notavel sobre a historia faneess ow europe, par ‘lustrar os seus “sibos' métodos, que no esto ao alcance do entendi- ‘mento dos “subdesenvolvidos”Fawvell-Aymar Chrétien ea Sra, Perot ‘io escreveram igualment, nada de signifeativoe interessante sobre 8 histra affcana para apresentarem “modelos” aos negroafricanos Dregcupados com cultura mera trapaca a sua eratura contra o afocentriso: “0 registo histric sempre um est a distinc (.) numa posi em que ni szuém (.) est mals eonforavel que sea quem fora menos que rena ‘ie ao seu ofcio"(p.21). Estes tis autores pereramm completamente as suas propriedadas gustathas. O que eles querem der € que tomar ‘onscincadasuahistria "eleva menos deuma posi centifen qe de uma postura del dgia”(p.21). Desde logo, deslogo Fernand Braudel, tal como Georges Duby ("Estes homens de quem examine os costumes, slo meus antepasados’p.26 a obra Le Chevalier la femme ele pret Lemariage dans la ranceéodale) Nao historiador mals apsixonado pela historia de Panga que [ules Michelet (1798-1874), qu esereveu, Ceactamente, Mistéria de Franga (1833-1867), 0 melhor monument hacionalista de todos os tempos. “bom celebrar os antepassados Gauleses, quando os historiadres franceseso faze. pecado moral porque pecado de idologaelebrar trantepassadosafeanos, quando Sto historiadoresafrcanos qu ofa em sem a tela de ignorantes em matria de histra africana, como Fauvele Amar companbla, Jean-Pierre Chrétien é antes de mais fda, etnGlogo da regio dos Grandes Lagos Arianos. Toda a ideologia arieanstavem sendo velculada pea etnlogia, deste o primitivsmo, de Levy Bra, eo movimento do “n3o-cvilizado, de Raoul lier (profes or também, na Sorbonne) Sra. Claude-Helene Perrot apresenta-se Comm especalista em tradigdes oais de uma pequena zona da Costa do Marti, mas, nfo sabendo una dnca palawr da lingua falada no sew fampo de actuagsn etnogrtico, a caucasiana fica de bico clado. Eles fo sabem grende cosa Entretant,querem dare aformadeFzen, tdeamare de confecer Aries. uerem, constantemente, amar os at ‘Outras senhorss, anda menos avisadas em matéria de cilizagBes africanas, mostranrse, apenas. S20 ola: Agnes Laing, Mary Lefkowit Bete midant-Reynes, ya Samarbaksh-Liberge e Stella Vinvenot. [Aposto, também, que Mare Etienne, Stephen Howe, Henry Tourneux © ‘aoealYernus io stern tocar 0 batuque afrieano (13,1), que € fi, ‘ontudo, mesmo elementa Palavease cols, memériaselinguas de Aca escapam totalmente a estes frcanstas, que team gan em ser humiles, em vezde preten- ‘doom ter ecebio todos, eles elas. obarrete das mios ds sicerdotos ‘ras sacerdotss dos santos de Ouida. A keolnga como istituicao {Co afrcanismo eurocentrsta eacsta tl como épraticad peo bando ‘defoan Copans. VII. Os africanistas julgam que a historiografia ocidental data do século XIX. A longa tradicao desta historiografia. Prosper, Senna eo sides deo otis. ‘ro ester donc ct a Taare cacaarenncoral eds edto on ele herog ara Canpaci sana de arog 7 fod Mobilon oma hicn 1 ahenber ea ht cone igar emenéra comet ei xt tbat is nde ht era ls shat tempos tro progres man Aaona nia eopaigen oper a dstn dg hae SB laro que a Fawvelle-Aymar, Chrétien e Sr, Perrot, tos "his toriadoresafrieanistas"e“eurocentrista’custa a compreender oVer- seus dcpalos incompetent eng em pala em Hs Sopa €o aocetrono sla de Thabo bel com sta "e tastes Ahan 0 ants deste ng dag 6a pr {onallatearcanaopanacansmn asoarede afin. To € real dismate iipendag, 0 stanismo earcetrsta canta de fio com o ses sages ria conta o canon one {carabus da meted Sud amercado Nort domundo te. TouweleAymar chrétien ea Sa Perv, em coo, ect, no In do stu XX ee tue nine, orga Taba Mb Inctigensr alana dsm fer do fe A soda Ron ‘Seneca fasin send hie psa sag, hr ano champs somvergna dquo tm dorpupante ka emo autcleAymar Chen aS. Perot acta alana euoce- tras nepptnts vm ido gue ese eae para a tharos Aiea qe abtham crys restauapi da moma Extra concencnhstorca a prt do Et sic nero. ‘pared acai dee Fase Ayat hr 2 Sr. Parrot ce Seus amigas reyelse, de Fst, dvidosn om a mesma "Um Stove aan va ana ‘No erro mala coma Ana Pro -0sBarinde Europes near -cmo ers ee Ne ro" Basacores cua preteens” "Pode se seralrocensta Ep Guadalupe A Renae cans na Ac do Su Da tate tx data da hist? Taos pontos dtr ei oct? Oplsrea ican éfndamentlmene um proces de finger to ogncom a verdade Ht eestonden por ders de formas pomposs gu, reqenemeni se conor as traps qe e seguem: “que pensas desses Wolof, desses Sdrres(.) j& datados de tuna wolfitude e de uma sérrinide eterna?” (p34 do texto de Fos velleAymar como titulo "Chel Anta Diop ow oafrcanista contra sus vontade").Woioftadeeséréitude ao palavrasinventadas por Pavel. “Ayana sua senda neocolnial,imitandoservlmente a gramitia de Senghor cu a orca potica de Césaire ‘0 que 0 palavreadoajicanisea tem também para ofrecer, aan de trapalhada, 60 édio: "Esta unidade (do egipeioe das inguas affeanas ‘modernas) ¢ um dado adquirio desl que fi pratcamente retfieada orarguedogos (0 sejaeptlogos, rquedlgos sas egramstcos} no famosocoldquo de egiptologaorganizade pea Unesco, no Caio em 1974" (p-80,contribuigo de Toure). Notivel, com efelto,Fsteeol6guo reuni, ora vejam,S,Saumeron, 1 Lecant, Vereouter(Frana) Save Soderbergh (Sica), PL. Shine (Cana) W.Kaisr (Alemania) Sra. }.Gordon Jcsuet (USA), Debono (Malta) Habach (Expeo}, R Holter (Fnkndi) G, Molar (Eg). | Kakony (HHungria, AM. Abdalla (Sudo), C .Diop (Senegal), et As posiies afrcanas, durante este céiebre cléquie internacional, foram ‘concludentes: os aticanista incompetentes podem papagoest como e ‘quanto quiserem, mas com este coloqulohistrico nie podem brinear, esses aficanistasodlentos, que nfo passa de uns pobres-diabos. ‘Averdade grant, vricive evident, ¢ que opalavreado aficansta ro passa de meratrapalhada.Oravea-se: "Feit ist, vase fazer o pon to dos acontecimento actuais das mcerteray (p04, contrbulgao de ‘um tal Agnés Lain), Bem precisard dese cobrr com uma agnelna pars ‘ue eto ist, poss faze o pono das incertezas! anda Agnes Lainé quem continua, nim francés incompreensivel: “insist sobre anetondade (ancleneté da divergécla entre os gps acl uma maneira mult antiga, como se viv mais cima, de colo- carom evidéncla as suas diferengas, a “distncia” que os separa, como, comesouadizer-sea seguir ans trabalos dos genetltas” (p10, contr bulgio de Agnés Laing) Hd apesar de tad, limites para a escrita defi ent, nasa prépria lingua, a nivel universitirio ecentifeo,sobretudo se se preted mostrar preocupaeao com minudéncias, 020 gosto de Frauvllesymar eso aver uma ig a dar aos aftocentrstas clonal tas ‘Beatrix Midant-Reynes entaimpessonaros seus amigos afrcanstas com frases debeloelito, qu, cntudo, no mpressionam meso nada + 'Se hd uma questo que se encanta no corago do problema en- Utirio, essa questao ¢ a das origens” (p50, contrbulgio desta TINT Homes erp de tran erg gi etc den arqueélogn.£ mestno uma questo (entre outa), ou a questo fun ‘damental? E daro que a questi das oigens se encontra no coagio tlo problema identitrio. No sendo assim, onde & que haveria de encontrar? Nosil de cereals alrcanstalEserd que os problemas ém coragao? "Desde as suas origens, cvilizagio eypcia &epfpcia no seu bereo ‘ican, pois reflete wm génlo que Ihe € proprio” (p69). Est bem pesado, mas mal dito (3 cago eypea & pipe) Niosendo o {queé,o.que 6 ue sett? La Palce mantemese célebre(peolado mat), fa literatura francesa, por causa deste género de tufsmos (a evita, ‘quando se ataca forte eo, 35 deol). “pascal Vrms comesa a sun expos ngs om wu ulsmo ein 0 enc no & ma lingu lad erescentando, em {he'T Turner osequi deer eter emesis Shao tes (p63, conrbulte dst opto, sf gus) ‘once desert geo Mab comm numeess cont Senso npn: Bor aves Henry Tournene nos ae c- Pete en ngutic do que Psa Vrms O expt no um ge oa, Porque € qc vera de 835? Quant guns lads ue ‘eras conics nasTguns do mundo jue ta 0 eit com thn o conto lingulstco mundial (preted te? Tracers com segurang sobre snes. Or. oo arent tina com otras lingua lente, prime iMgoe com ab ing semlescberbores lds ma ian ie {tat Epo” (.169) Elo Ae ingas no tom pentese eres palo smi acs devs song met, evident. Eatin eo i, bem smo o gain oa era ads nam Seomo onteto eda no row Orne Oacalano eo uartico ‘Soltguar semitinostapertene ao indo-aropeu, Tbe ro Ei pensen por motos desinples veoh, ete o eamita eo our apes do contact "OFteancent ngage he ear Bas umes he tobe empared wth Hurian Tonys necessary Ao deny te atsence ofa det eonship between he 0" Aidt de un one imedo” leo apa Versa un enorme contraseno propos Goto tenia da nus, ssa, 0 am son ovata no Sun ado meta davai ina un cor digestive. Nao & 9 Winhango {fogrica qu crn “cams: Bona ngutea que fx re co demons do “mise: Henry Toure 8 Teta Gere here P88 EEA Gicnctt rn ew in ante ec Pensa que o parentesco entre dus ou mals ings se prova pelo facto ‘den obrigar “uma bibogralamorsieante” (p80). Context eb. sf, dus teneas afrcenistas para provaroparentsco das linguss, 0 ‘que é manifestamente insufcente. Nao me pono a data abibliogre- ‘iz para parecer “sbjo “edie coma miserveliteratura aficshista Abibliogrfiade Vermis€sbundante (12 plana, pp.197-208), masa sua “demonsrasa0"é nla Pascal Vernus passa por fsislogo: "Nas dltimasdécadas deste milé- ‘lou sangue novo fl tazdo para ocomparativismoeamito-seaitico, ‘ov afrorasiaticn,”(p.170} ese forum sangue contaminado? O camo: ‘Semitio continua sem exist, pois no chegou a ser construido, Vo Ser proisos novos medics outros angus’ Fave, outros doentes “camito-semitizantes ‘Quando Vermus, com raxo,verifce que o camito-semtio, comparado com 0 dominio indo-europen, anda 6 uma mera hipdtese de trabalho, Jean-Perre Chrétien reduz-se a0 slléncio, sem dvida em nome de ‘uma amizad.Cé para mim, Jea-Plree Cahrétien raza “Os Bans Indo-Europeusnegros?”(pp271-293). Na sua Senda racist, Chrétien Impede-me de aproveitara desenvolvimento” ea sofitleagto” doses tds indo-europeus Nao ¢proibido, a no ser que os acistas do novo ficanismo o faa, | Vernus nora certamente que a questio da profundidade hisércs, cevocada sucessivamente(pp-171e segunts) J ol resolvida por F. de Saussure: uma lingua humana flada tem uma tradigao oral indepen Gente da eserita. Quer Isto dizer que o hause (haousta), por exemplo, ‘mesmoactual éantigo pol sua radio, que niovaialterar a tradigio ngustic até & sua extingdo, Por outras palavrs, 0 chines ido poder ‘nunca evolu ao ponte de passara ser faponés ou outra qualquer coisa {que nto sejao ching. 0 prego antigo tormow-seo grega moderne, no © turcoouo latin, en, ato fi dos tempos, eo gegoflado con Segui chegar;Podem-se construrpota-stados grupos ov suber pos.Podem-se compara direcamente [o que, de resto fa Vernis) es tos de uma lingua. Nos dois esos o resultado imo deve sero mesmo, Se alguma ver o parentesco das linguas comparadae exist realmente, Este resultado tltine éa reeonstrueso do parente postlada, Nao hi dois seit comuns, mas um s6.Ndo hi dots Indo-europeus, mas um ‘6 (revsto, corigido, mehoredo,retocado, etc). Estas visbes tedricas ‘e metodolgeasescapam quase completamente a Vernus e complet ‘mente aos aficanistas, antges emodernos, eurocentritas todos vnc sdamente racists. ‘Vern escreve, em otal confusiodeldelas, que“0 reconhecimento de uma comunidade linguisticacamito-semiia ou afro-astica, qualquer que seo suanatureza (gente, pc, o8ambas).repousa sobre SMumasisogtoven (172), Mtge cermpuaie de matron geétic ou compreendo. 69 pont gute poet, de ord sik: empress aera sexperts eam, recone Mas Squevem cr ingen compart de tare tp? ora frame a gnorinl com sm vcsbuléi qe, em ings, m0 Sinites naa ernment? Suponko ue se tata de perentsc ust pls Pra Vers 6 al Fes umnalingubtica ea ota {Koeunhrse numa oon. None um ngs ev ange 3 Contudocetfin asm sto a suposta demonstra de Vers io tem a ee com nrhnalingisis compara nem iri, nem olen 9 tngtsten ds qos, qu elev da grografangulstin que Vr furniofarmesn uma ve gue apr ols" eportador de um Siento ado expclad) que no cxste ano ser como ciao de Ver ‘nse para ize de Vers Eo camo daconfusio meta. ae ene compreende as clea quando menos. esper!"OEBD- to atrieane pls us eazago eos stained nunc tegadasAtalr a Cel Ava Diop paterndade da afrendade do portant inexact (D214) 4 ta 0 Et aoe pees fice esos trcanos: opal schviizaoaeranga clr ang, pensanenta a sera a ls sare, on momento, as ences, 1 eSprunldae as mami Td, todo o elrete tural asin ‘solutamene ada poder alguna wer, desir os Anos desta visio da sua stra continental os anigos eps responsive pela “ila ratntn ee pisrosbalbucamentos a 0 im das as {tp ngenas erm neos areas com tdor ox oton Anos rept dua tle de camp, consti o Zab nda © Tene no Benim ensinaram floss ¢ raat em Tob te Tanto por par aguses qe havero de oar po is. Os racsmos pitas, econnico cts soca n deveriam serum etOr iss ete oshomens ‘A Tnenira no fea bes Or Mare Euenne mente constanement ojos a sguteausagie que grave’ conferénsa do Clo, de 1974 2 qual se Vern fazer aso, copstantemente, no apesar dao, aed qu una ta, asa ss conse, de oreo ‘ieadamentetertsro:mundatsapatecem sempre como dfn © to foamy unc, ne contestda, nem acted, pels aoe trate (p25 contig dete to Mare Benne mene que 8) 0 relator do Col6guio do Cairo fl escrito por um professor da Sorbonne, com apregaio em Mistriae doutoramento em Ciincias umanas, que chegou 2 ensinar em Dakar e parl)pou em escava- es arqueoléyias na Arica Oeidental. A “orientagi vincadamente {ereeito-mundista’ nao €obrade Ateanosditosafracentrstas bjasconclusbes do reatéie do Coléqulod Cairo sSoconstantemente actualzadas B que se passa com 2 revista ANKH, que Mare Etienne 2 sua herarqua impedem de ser venda naUnrara do Louvre. por racism expresso epraticndo? Vejamos como o racism opera no Museu do Louvre, em Paris: im pde-seformalmente a venda de uma revista de investigagio africana, Porprocessos no habituas. Eo racism dos egiptélogoseurocentrstas ‘opera no selo de uma instiaedo republicana e pblica E racismo encorajado por FawelleAymar, Chréten a Sra. Perot, a Sra Midant. Reyes, Vers, Mare Eten e todos os acts qu e aia, eV volta do Imenso trabalho dos Arieanos que pretender reencontar a ‘sua memériacolectvaehistrica, ‘Ontem, os eurocentsta rcistas negavam, pura e snplesmente, a Istria freana Hoje critica, sempre em unissono 0 "neoacas ‘mo’ o "now afrcanismo" 0 afrocenteismo” des Aicanos, Ultrapas sadas invejosos, incompetentes,prtendem, no mimo langar a com fio junto do grande public e dos estudantes em frag, Mentem, ‘aricaturam, fzem confusdesinrves ¢usam processor de intensi lamentivels ‘evident que os Intelectuas africans tm as suas divergéncias, as suas querelas os seus debates, os seus desacordos,€ menos grave do {que comprometerem-se com os afrcanistas euracentrstas eracitas. ‘Alina de demarearao deve fear muito cara: de wm lad, os inmigos de Arica, que aconselham a ‘prudénci, ou sea, abandono,o am ‘romisso que dé vantagem s orgs que dominam a Aa etsbalham fem ordem ao seu atrasosco-econimico 3 sua hibernagt historia: Ato outro lado todos os Aicans que, unis num imenso movimento planetirio,seesfoream por acabaréome desprezn,odesdém,aalsio ( africanismo eurocenrsta e racists de obs alterados ¢ rsto um tanto palido,ocuta-se,lutacontraa morte As asta inquleagies orem oriseode ganhar proporsbsindeseritves Tudo émat,ndigno Aahistria€ Cheikh Anta Diop e seus discipulos:é Thabo Mbeki eo se afrocentrismo sulsta;€ Alone Diop, que arranou complcages em Paris, de acordo com esse fanfare que é fea Pierre Chrten Ea que ‘ein os atraques sstematicos @ Molt K Asante que "ocupa in agar central ese esas naa ¢ ita os Negros amerc ‘Stcntenportnes sue dna avenue? (cree Wale sa vias clas, rats do desabar das ins bauartes do atten etter east, ao cas eda as aeans {gue deve sr moto de repo para Anos Mal dau. pots maim de eee oro ene cons 0 vert afta do pra, Resse Aen, tie Soe tena, dna eis no Pruner eft enn pace, esa ec Sbre © ntncmte sano nonadannt cor ajoentde aan “tevantat pow nr; onde ur Qu ess no mud Tes ca taper quent bon ona eet ou abo a Seren njetadecm “hbo an eu oesad do qd dscns ree vaidade aster ls daa Mars Carey C7980 que pass atraduat “Anis scenes co preconso © cam prefect & ag de Qs {sao de ue oo grt) eins no oe nena stro abe (tae opr Ge eever (hist acana) com verdad ft ox Spat plo rom ag Te it Hn Ta a as, 1, IX. Que os africanistas meditem no caso de Churchill ena sua propria Europa (Que pensam os afrcanstas FauvelleAymat, Chrétien a Sra. Perot Copans do exemplo de Sir Winston Churchill (1874-1965), Primetro ‘Ministro inglés de 1040 q 1945 e, depois, de 1951 a 1985, laureado ‘como Prémio Nobel da Literatura em 2953? ‘Churchill muito sensibiizado para as questées relacionadas com a lingua e a producto Meritia inglesas,eurpeist de grande convo ‘eum dos promotores da idla da Renascenga Buropel, em fins do de- Sastre que fia 2* Guerra Mundi ter sido Incriminado por anes de leologia de naconaisme, de uiizaio da hstria 2 servic da gran- deza da Europa no mundo? FauvolleAymay Chrétien, a Sra, Perrot eCopans condenarSe Chueh de Gaulle, primero, peo seu nacionalisme rinico, eo segundo, pea sua ideologia, que conduziu grandeza e 8 soberania da Franca: Ambos,seguramente, pela sua conviegao europea, Mas aprovario David Ben Gurion, cheyado & Palestina em 1906 e criador do Estado de srl a 15 de Maio de 1948, Aconsethado peo qumico Ernst David Bergmann oPrimeire-Ministro Ben Gurionirdvver acalentando dela ‘de azer de Israel uma potincia nelear Shimon Peres tornarérelidade ‘osonha de Ben Gurion (Churchill tem da Europa uma imagem diferente: uma Europa sida «prosper, decorrente da sua refed sobre as rulnas da guerra. Ben ‘Gurion, rast David Bergmann e Shimon Peres pensam dotr Estado de Irae de uma forga nuclear, na sequéncia do nazismo, extaindo a

You might also like