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Arquidiocese da Paraiba Igreja Catdlica Apostélica Romana+ Joao Pessoa + PB + Brasil FORANIA PRAIA NORTE COMISSAO DE FORMAGAO. Facilitador: Pe. Elvis Feliciano da Silva “Nos amamos porque Deus primeiro nos amou” (1 JO 4,19). Formagao para leigos, em preparacao para o més da Biblia - Estudo da | Carta de Joao. Agosto/2019 ee. AD mo : Arquidiocese da Paraiba FORANIA PRAIA NORTE, INTRODUCAO A PRIMEIRA CARTA DE JOAO. INTRODUCAO AO NOVO TESTAMENTO ~ SEMANA BIBLICA Facilitador: Pe.Elvis Feliciano da Silva © Novo Testamento (NT) contém 27 livros nascidos da experiéncia com Jesus ressuscitado feita elas primeiras comunidades. Sao: . Evangelhos: (Boa Noticia). (4 livros). Contam a experiéncia dos discfpulos com Jesus de Nazaré, o aniincio da Boa Noticia do Reino, bem como morte e ressurreicao de Jesus. Os Atos dos Apéstolos contam fatos da vida das primeiras comunidades. Sinoticos: (olhar de conjunto, os 3 livros que tem semelhangas e diferengas) Mateus (escrito em Jerusalém. Data de composigao Posterior ao ano 70, a data provavel para a composicao do é 90 d.C.), Marcos (em Roma. A opinido mais comum situa a composigao de Mc entre 65 e 70 d.C.) e Lucas (em Antioquia. Deve ter sido escrito entre 70 e 90 d.C.). O 4° Evangelho (Joao) foi escrito da tradigao em Efeso. A critica é favoravel a tal localizagao. Foi ali também que apés 0 ano 90 a escola joanéia (joanina) fez.a edicao final do evangelho. Ato dos Apéstolos: a composicio foi atribufda a Lucas o mesmo que escreveu 0 3° evangelho. O livro foi composto alguns anos apés 0 evangelho, entre 80 e 90, talvez em Roma, na Grécia, na Asia Menor ou em Antioquia da Siria. . Cartas Paulinas (Epistolas): 14 cartas. Colegdo escrita pelo apéstolo Paulo e por discipulos dele, visando responder a problemas bem concretos das comunidades. Elas sao: Romanos, Corintios 1 ¢ 2, Galatas, Efésios, Filipenses, Colossenes, Tessalonicenses 1¢ 2, Timoteo 1 € 2, Tito, Filemon, Hebreus. Das 14 cartas, 9 sao dirigidas a comunidades cristas. Paulo fundava comunidades e, de vez em quando, voltava para ajud4-las, animé-las e resolver problemas. Quando nao podia ir pessoalmente, enviava longas cartas. As cartas que estiverem em negrito. Temos 3 cartas chamadas “cartas pastorais”. Estas cartas nfo so dirigidas a comunidades , mas a seus lideres ou “pastores”. Dai o nome de “Cartas Pastorais”. (1 e 2 Timoteo, Tito). H4 ainda uma carta dirigida a um cristo, chamado Filemon. A ultima é uma carta dirigida , em geral, aos Hebreus. Esta e, provavelmente, algumas das outras cartas nao foram escritas por Paulo pessoalmente, mas por discipulos. Paulo morreu em 64 ou 67, antes que fosse escrito 0 primeiro Evangelho, o de Marcos. + Cartas Catélicas: (Universal). 7 cartas enderecadas as comunidades em geral para ajuda- Tas a viver melhor a fé no Deus de Jesus. Elas sao: Tiago, Pedro 1 e 2, Joao 1,2,3. Judas. + Apocalipse: (Revela Uma reflexao critica sobre a época das comunidades escrita em linguagem simbélica para@espistat)os perseguidores. Este livro é atribuido a Joo Autor do 4° Evangelho. O autor deste Tivro deseja sustentar a fé dos primeiros cristaos e encoraja-los a suportar com firmeza as primeiras perseguigdes, principalmente as de Nero e Domiciano, imperadores romanos. O autor usa uma linguagem simbélica, mas que é entendida pelos cristéos. Assim descreve a derrota dos perseguidores ¢ a vitéria de Cristo. . Grupos Politicos e Religiosos do tempo de Jesus: Os Saduceus, os Doutores da Lei (Escribas), os Fariseus, os Zelotas, os Herodianos, os Essénios e os Samaritanos. + Apalavra cdinon quer dizer lista dos livros inspirados por Deus. + O material que foi escrito a Biblia foi: Papiro (de folha de junco) e Pergaminho (pele de ovelha curtida). ASPECTOS INTRODUTORIOS tema do Més da Biblia 2019 é “Para que n’Ele nossos povos tenham vida ~ Primeira Carta de Joao”, € 0 lema é: “Nés amamos porque Deus primeiro nos amou"(1 Jo 4,19). O verbo amar é a palavra-chave da Primeira carta de Joao. © lema recorda que o amor provém de Deus e chega a todas as criaturas. O amor é convite que pede uma resposta, que é amar. Assim, a resposta ao amor de Deus € 0 amor aos iems, Primeira Carta de soo5, mos. Para comegar, serdo dadas algumas informagdes basieas sobre a formacses oa: importantes para situi-la em seu contexto histérieo, literdrio e teol6gico. der ge $80 fundamentais para ajndar o leitor a se sentir mais eapacitado para Se 20 B6i lensagem da Carta. As informages basicas que serio apresentadas a seguir 6p0Ca © ad hoe neTe Titerdrio, ao autor e aos interlocutores, aos temas teologicos principais, & a0 lugar de composicao da Carta, compree, referem. oe Seiad Carta de Jo%o, no Novo Testamento (NT), esté incluida entre as cartas chamadas = ~ De origem grega, a palavra “catdlica” significa “para todos”, “universal”. Entre 0s mentadores, destacam-se duas justificativas para tal designacio. A primeira afirma que é catélica por ser dirigida a todas as comunidades crists; assim, tem como base o destinatério ou o interlocutor. A segunda explicagao da origem desta denominagéo tem como critério sua canonicidade, ou seja, ela entrou para a lista dos livros inspirados da Biblia (cdnon) porque sua mensagem foi aceita por todas as comunidades. A segunda justificativa parece ser a mais provavel, se examinarmos todas as cartas catélicas, visto que a primeira nao 6 constatavel, pois ha entre essas cartas as destinadas a grupos especificos, como € 0 caso da Primeira Carta de Pedro. Nota-se, portanto, a auséncia de uma explicacao convincente, dado que, ao analisar as demais cartas (1.¢ 2 Pd, 2 e 3 Jo, Tg e Jd), hé pouca afinidade ou semelhangas entre elas. Mas, se avaliarmos somente 1Jo, as duas justificativas sao plausiveis, pois 0 contetido é destinado a todos os cristios, e essa carta na teve dificuldade em ser admitida no c4non, sendo ja acolhida na metade do século IT. Outra dificuldade ¢ a de determinar qual foi o critério aplicada para unir as trés cartas chamadas “joaninas”, Poe encontrar aspectos divergentes e porque, até a metade do século II d.C., essas cartas ndo tinham um titulo especifico. Porém, se considerarmos 1Jo, nao obstante algumas diferengas, por causa do contexto no qual foi escrita, classificdla como “joanina” parece ser apropriado, pois nesse escrito é not6ria a semelhanga com o Evangelho segundo Joao. Outro problema que 1Jo apresenta 6 com relacdo ao género literdrio. Apesar de ser designada “carta” desde os primeiros séculos, ela nao se enquadra nesse género, pela inexisténcia de suas caracteristicas fundamentais, como: 0 cabecalho, 2 saudacio e as formulas conclusivas ou despedida. Outro argumento contra a classificacao epistolar, mencionado por alguns estudiosos, 6 a auséncia de demonstracio explicita de uma relacio significativa entre o remetente e os destinatdrios. Esse argumento é defendido por poucos comentadores, pois encontramos uma afinidade entre o autor e seu interlocutor ao chamé-los de “filhinhos” e “amados”, e por verificar no conteéido uma resposta a um grupo preciso e a uma problemitica especifica (2,19) Alguns autores afirmam que seria uma exortagao com uma finalidade didatica ou pastoral, ou uma homilia. Berger a classifica como exortagéo pés-conversio (apés a adesio a Jesus Cristo e 0 Batismo), por ter como tema central o ,andamento do amor e por abordar temas relacionados com © Batismo, como: a oposicao entre luz e trevas, catélogos de vieios, a santificagio, a questo da concupiscéncia e as varias antiteses apresentadas no texto (cf Cl 1,13-14; At 26, 18; Ef 5, 6-11). Desse modo, poderia ser considerado um tratado religioso, sapiencial ocasional ou escrito didatico pastoral. Diante das varias propostas, podemos classificd-la como uma carta exortativa (parentética), enderecada a um grupo na comunidade, com a finalidade de anunciar 0 amor de Deus manifestado em Jesus Cristo, de indicar um itinerdrio cristo para aqueles que aderem a Jesus, 0 Filho de Deus, apés o Batismo, e de manter a fé da comunidade diante das falsas doutrinas propagadas pelos chamados falsos profetas. Por isso, € 0 escrito que mais estabelece uma relagao de fé e amor, entre professar que Jesus é 0 Cristo e o agir cristao. Varios exegetas defendem a unidade dessa carta. A ‘inica passagem provavelmente acrescentada & sJo §,14-21, pelos seguintes motivos a) ov. 13 traz todas as caracteristicas de uma formula de conclu: b) a concepeao de pecado em 5, 16-17 é dife 1,5-105 ©) 08 termos utilizados nao ocorrem no decorrer da carta, somente nesses versiculos; ¢ 05 ente daquela apresentada em 1Jo, sobretudo em Cae 4) aidolatri aoa a idolatria (v.21) nao é uma problematica referida nos capitulos anteriores. ESTR DA CARTA | cam longo Aebate sobre a estrutura de so ¢, contetde ay Isso se da porque a Primeira Carta de Joao nao é escrita de forma linear e 0 'o & coneatenado. Sao agregados temas diferentes num mesmo capitulo ¢ realizados Constantes retomadas de tematicas aprofundadas em capitulos anteriores, Por enquanto, nenhum consenso entre os Ha varias propostas de subdivisio do contetido da carta, que partem de diversos principios SStruturantes, como aspectos formais (bascados na gramatica, no estudo do vocabuldrio ete), ha aqueles que privilegiam a andlise tematica, outros que priorizam os elementos literdrios, um. determinado método (como aplicagéo da analise retGrica), ou preferem estruturd la por meio de critérios hermenéuticos. Alguns comentadores tentam ajustar a carta A estrutura do Evangelho Segundo Jodo, por enfatizar o paralelo entre esses escritos. Esses autores dividem o contetido em Guas partes, sendo emolduradas por um prélogo (1,1-4) e uma conclusdo (513-21). A primeira Parte tem como tema a fé (1, 5 ~ 3,10) e a segunda, 0 amor (3, 11 — 5,12). Apesar de ser uma cstrutura aceita por varios comentadores, assumiremos a proposta de Beutler, com algumas alteracdes de Giurisato, por ser mais vidvel para nosso aprofundamento. Subdividimos 1Jo da seguinte forma: Introducao com a finalidade do escrito: 1Jo 1,1-4 1 Parte (1,5 ~ 2,17): “Deus é luz” e a exortacdo para caminhar na luz e no nas trevas a) Deus é luz, o caminhar na luze a confissio dos ‘pecados: 1,5 — 2,6 b) O amor fraterno e as antiteses: luz e trevas, o Pai e o mundo: 2, 7-17 II Parte (2, 18-28): “A diltima hora” a) Manifestages do anticristo ea manifestacao de Cristo b) Profissio de fé em Cristo ILI Parte (2,29 ~ 4,6): “Deus é justo”, pratica da justiga e a filiagdo divina a) Ruptura com o pecado e a pratica da justiga: 2,29 — 3,10 b) Observancia dos mandamentos: o amor fratern: 3,11-24 ©) Ruptura com o mundo, discernimento dos espiritos e a fé auténtica: 4,1-6 IV Parte (4,7 — 5,17): “Deus é amor”, o amor fraterno e 0 crer em Jesus Cristo a) Observancia dos mandamentos: 0 amor fraterno: 4,7-21 b) Crer em Jesus Cristo: 5,1-17 Conclusao: 1Jo 5, 18-21. Em cada segao ¢ abordado um argumento sobre Deus, Jesus Cristo e o agit cristéo. Na primeira Seco, 0 cristio € convidado a caminhar na luz, pois “Deus é luz". Na segunda, ha uma contraposi¢io entre manifestagdo do anticristo e a revelagao de Cristo. Na terceira segio, 0 seguidor e a seguidora de Jesus Cristo sao exortados a praticar a justica, dado que “Deus ¢ justo” (2,29), € 0 fiel € considerado filho de Deus. Na tiltima parte, apresenta a necessidade de viver a comunhao com deus ¢ com o outro, pois “Deus é amor” (4,8.16). 1 AUTORIA, | Desde o século II d.C., a Primeira Carta de Jodo foi atribuida ao apéstolo e disefpulo Joo, filho de Zebedeu, identificado com o evangelista, autor do quarto Evangelho (Jo). Essa relagao surge por causa das semelhancas literdrias e teol6gicas existentes entre este dois escritos e pelo testemunho gue 0 autor dé em 1jo 1,1-4, ao afirmar ter ouvido, visto, contemplado e apalpado a palavra da Vida. Porém, essa hipotese 6 questionada, na medida em que novas pesquisas poem em duvida a autoria do TV Evangelho, descartando a hipdtese de que foi escrito pelo discipulo e apéstolo Joao. Sao detectadas também diferencas significativas entre Jo ¢ 1Jo, pois a problemdtica abordada na carta retrata um contexto histérico distinto daquele do Evangelho segundo Joao. Nos estudos atuais destacam-se trés propostas de identificagdo da autoria de 1Jo: A primeira defende que 0 autor seria cae uum membro da comunidade joanina, talvez um disefpulo de Joao. , A segunda prefere atribuir esse eser 0 nnimo 4 escola joanina. * Aterceira proposta argumenta que 0 autor & Joao, 0 presbftero (ou ancido), mencionado na segunda e terceira Carta de Joao. E ainda um debate em aberto, nao sendo possivel determinar com previsao sua autoria, porém ea primeira ou a segunda hipétese sao as mais plausive Apesar da autoria atribuida a Jodo apéstolo nao ser aceita, é necessirio considerar que, na Antiguidade, era comum usar o nome de uma personagem importante para embasar a autoria de determinado livro ou texto, dado que a concepeio de autor era diferente da visao que temos hoje. Embora seja dificil elencar as justificativas para tal pritica, podemos dizer que havia uma relacao entre autoria e autoridade. Assim, dedicar uma obra a certa figura importante para a comunidade era uma forma de honré-la e, ao mesmo tempo, atribuia um valor ao escrito, tornando-o exclusivo, pois expressava que a teologia, 0 pensamento, as concep¢Ges, as idéias de determinado mestre, apéstolo, ou lider continuavam por meio de seus disefpulos. Nas entrelinhas da carta pereebemos a influencia da tradi¢o profética, sobretudo dos textos referentes 4 Nova Alianca descrita em Jr 31,31-34 ¢ Ez 36 — 37, porém nao ha nenhuma alusao 4 cultura, as autoridades judaicas, nem citagdo do Antigo Testamento; somente nomeig Cain em 1Jo oe Lette, SEN bn arene Ja us A preocupacao do autor parece ser transmitir aos{tzmados} hos aquilo que ele recebeu desde 0 principio (1Jo 1,1; 2,7.24; 3,11). a dinamica testemunhal ¢ determinante para compreender esta carta, pois provavelmente 0 autor deseja apresentar um testemunho confidvel da verdadeira Vivéncia, e dos fundamentos cristios em contraposi¢ao as falsas doutrinas propagadas na comunidade. Por isso, nao é somente uma carta polémica, mas contém um solido contetido sobre o que significa ser cristao, ser crista e as conseqiiéncias praticas da fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus. DESTINATARIOS OU INTERLOCUTORES. ‘Quando aos destinatérios, varios comentadores defendem que essa carta foi dirigida aos cristos diante da divisdo no interior das comunidades joaninas. De fato, percebe-se que, provavelmente, ha dois grupos em conflitos que seguiam a tradi¢io joanina, mas a interpretavam de forma diferente. O primeiro permanece fiel aos ensinamentos dados pelo evangelista Jo&o, e o segundo grupo é acusado de ter abandonado a fé auténtica e criado uma ruptura na unidade da comunidade, Os membros desse segundo grupo sio denominados de “sedutores”, “anticristo”, “enganadores” (2,26), “falsos profetas”, “nao tém a ungao” auténtica (2,20.27), nem o verdadeiro ensinamento (2,27). Apesar de haver varias propostas, nao h4 consenso quanto a defini¢ao desse grupo.” Ao analisar o contetido da carta, parece que os interlocutores sdo os membros da comunidade e o alvo é este grupo de dissidentes que negavam 0 significado salvifico da vida e morte de Jesus, resultando em concepgées erréneas quanto a visio de Cristo, * 4 salvacao, mas, sobretudo, a ética crista. DATACAO E FINALIDADE Nao hé consenso quanto & datacao desta carta. As opiniGes oscilam entre o final do 1 ¢ infcio do século II d.C. Atualmente, a hipétese mais aceita é que 1o tenha sido escrita no primeiro decénio do século 11 d.C., entre os anos 100 ¢ 130" (mas nao posterior a 130), &, possivelmente, por alguém que vivia na Asia Menor, talvez.em Efeso. A finalidade do autor nao é a de apresentar elementos novos, mas a de refutar a visio dos adversarios, visando reavivar a f6 da comunidade e exortar a agir cristamente. problema central com os dissidentes provavelmente seria a relativ do valor salvifico da morte de Jesus (2,2234,2-6) ¢ da encarnagio do Filho de Deus. Outros argumentam que o problema estaria na separagio entre crer em Jesus Cristo e viver de acordo com essa fé, por meio de uma vivéncia ética condizente com os valores cristaos. Por tiltimo, ha aqueles que defendem que os adversarios, apés 0 Batismo, se consideravam espirituais, j4 salvos, ungidos, em plena comunhio co: semeUs (2,6), sem pecado e sem a possibilidade de pecar (1,8.10). J4 conheciam isto (2,6), estar ger t9 2:4) J tinham a posse do Espirito Santo (3,24-4,6), permaneciam em Cristo (ef rio seam, 4 luz (2,9) e, portanto, nao necessitavam da mediagio salvifica de Jesus a finalidade de ne-27: nem de amar o préximo (4,20). Diante dessas hipdteses, provavelmente, a de mostray gait Ot nessa carta nlo é a de defender o messianismo ou a divindade de Jesus, mas amor Frater {Getta Jesus Cristo e ser batizado nao isenta o cristio 0 seu compromisso com 0 comune ©, importncia da dimensio social desta salvagdo, Desse modo exorta a dasa naace a vivencia crista ea erer que Jesus erucfcado, enquanto Filho de Devs, 60 mediador A Salt aczo, Por isso, ha referénca significativas com relagao&cristologia (330 3,24-4, 6.14; 5:20). HrELttit esse objetivo, os aspectos teolbgicos evidenciados em sJo so: a f€ em Jesus como Messias ¢ Filho de Deus; a importincia salvitica da morte de Jesus; a responsabilidade ética do atizado, ou seja, a {6 conectada a0 amor a0 préximo. Outros elementos teolégicos sao: 0 papel fundamental do Espirito Santo ao conduzir o batizado nos ensinamentos de Jesus Cristo; a Vis4o antropolégica do batizado e sua relagio com filiagio divina. A escatologia crista também é uma temtica importante, como a vivencia messianica na historia e a vinda futura de Cristo (2,28; 3,2; 4.17). No sentido teolégico, nota-se a dificuldade em definir em alguns textos se a aco é de Deus Pai ou do Filho, sendo determinante 0 contexto. O autor também menciona 0 Espirito Santo, porém com cautela, provavelmente por causa dos adversérios. LINHAS TEOLOGICAS DA PRIMEIRA CARTA DE JOAO Os prontos fundamentais da Teologia da Primeira Carta de Jodo estdo em consonancia com a problematica na comunidade com relagio aos trés aspectos teol6gicos, a saber: a cristologia, a ética ea antropologia. Dessa forma, o autor tenta manter-se fiel ao significado salvifico da vida de Jesus Cristo. Entre as linhas teologicas fundamentais dessa carta, destacamos: a fé em Jesus Cristo e em Deus Pai, o Espirito Santo, a vida eterna e a ética crist A fé em Jesus Cristo e em Deus Pai O tema e o personagem central de 1Jo é Jesus Cristo, mas a carta é também perpassada por referéncia a Deus Pai e ao Espirito Santo. Essa centralidade em Jesus tem como motivo a interpretaco errénea do Evangelho segundo Joao por pessoas que eram membros da comunidade. Elas nao atribuiam significado salvifico a existéncia humana de Jesus de Nazaré, negando, desse modo, a redencao. Essa postura dos opositores gerou um problema antropolégico, pois afirmavam que viviam em comunhao com Deus e, portanto, nao tinham pecado (1Jo 1,8-10) € nao necessitavam amar o irmio (2,9-11; 3,11-18; 4,20). Por isso, o valor redentor da morte de Jesus como expressao da salvacio de Deus (1J0 1,7; 2,2; 4,10; 5,6.8) é enfatizado na carta. ‘A comunidade crista, portanto, é chamada a crer em Jesus e a segui-lo na pratica do mandamento do amor e da justica. Aquele que diz que ama e conhece a Deus, mas nao ama seu irmao, como sublinha 1Jo, 6 um mentiroso (2,4). De fato, a £6 tem como contetido fundamental acreditar no amor de Deus revelado em Jesus Cristo, e nao ha compatibilidade entre professar a fé nesse amor e nao agir de acordo com essa fé. Assim, 0 amor para com outro, como “expresso de fé”, se reveste de um significado salvifico® e cristolégico. No decorrer da carta, Jesus é apresentado como Filho Unigénito do Pai (4,9), Messias (2,18-27; 5,1), Filho de Deus (4,15; 5,5-10), Justo (2,1), oferenda de expiagdo dos pecados (1,7; 2,2; 4,10), Pardclito (2,1), defensor dos cristios, “vindo na carne” (4,2), “Salvador do mundo” (4,14), vindo “na agua e no sangue” (5,6). Ele é o enviado do Pai com a finalidade de manifestar 0 amor de Deus (3,16; 4,8-16). Nessa carta também é mencionado o evento historico da encarnagao do Filho (4,2), sua vinda (4,9.10.14), seu Batismo (5,6), sua manifestacao (1,2; 3,5.8; 4,9), a importancia de sua morte e ressurrei¢ao, e 6 anunciada sua vinda futura 9Parisia). Os frutos da fé em Jesus Cristo so: a comunho com Deus (2,24; 4,15); a posse da vida eterna (2,25; 5,130; a vitéria sobre o mundo (5,4.5) € a confianga (2,28). Deus é definido como “luz” (1,5) e “amor” (1Jo 4,8.16). Ele ama a humanidade, convida cada batizado a amar o proximo (1Jo 4,11-12) e permanece em estreita comunhao com aqueles que créem em seu Filho (1Jo 4,12.15-16). Outra referéncia a Deus esté em Wo 3,20, quando afirma que ele conhece todas as coisas e € misericordioso, benevolente. Em 4,9, 0 autor ressalta que o plano salvifico é de Deus Pai, por isso envia seu Filho para conceder a vida eterna para todos (1Jo 5,11.20). Sina da comunidade, denominados “anticristos”, se consideravam profetas © autor exerta onto Pela Espirito e autorizados a ensinar os demais membros da comunidade. 8 distinguiclos deen eae @ discernir quais sio aqueles que pertencem ao espirito do engano & “vindo ha came’ tenes Bue S80 Berados por Deus, tendo como jnieo eritéro acreditar em Jesus profecias ({aape ESS stilério, portanto, desautoriza os falsos mestres, por pregarem falsas * 25 eae Espirito Santo era prometida para o fim dos tempos (Jl 3,1-25 Is 11,4; 32,15 € 59,21), Messias J pada com a vinda do Filho de Deus. AQssim, ele est int imamente relacionado com 0 meSi8s Jesus (4,2), sendo, portanto, o sinal de sua filiagao divina (5,6) € do inicio da era ssianica. O Espirito também é aquele que estabelece a comunhio entre o Pai, o Filho (3,24; 4,13) € os membros da comunidade. Ble assume uma dimensio ética, sendo associado também 4 verdade e ao amor. Tais aspectos so completamente negligenciados pelos opositores. Vida eterna Apesar da permanéncia de Jesus Cristo e de Deus em todos os cristiios que praticam a justica e amam seu préximo, a plena unido com Deus e a manifestagio definitiva da salvagao s6 serao Possiveis em sua vinda definitiva, no fim dos tempos (Pariisia). Nesse tempo de espera, o cristo é chamado a agir conforme a fé num Deus-Amor revelado em Jesus Cristo. Isso contradiz a visio ae adversérios, que pensavam que j4 estavam salvos e ndo necessitavam da mediago de Jesus isto. : Um aspecto caracteristico dessa carta, também presente na literatura joanina, é considerar Jesus como a vida eterna (1,1; 5,20). Vida que estava com o Pai desde o principio (1,1), que é revelada 2a), nos € dada em Jesus (5,11-13), ¢ somos conduzidos a permanecer nela no fim dos tempos (2,25). Btica crista Os membros opositores afirmavam que estavam em comunhio com Deus (1,6), 0 conhecimento e o amavam (2,4; 4,20), estavam na luz (2,9), nao eram pecadores ou nado cometiam pecados (4,8.10), mas nao se importavam com o irmao (1,6.10; 2,4.11; 4,20-21). Desse modo, estabeleciam uma separacio entre a fé crista e as exigéncias éticas, supervalorizando uma experiéncia intimista ¢ individualista de Deus. Por isso, 1o insiste em afirmar que a fé nao é desconectada do amor ao proximo e a fé em Jesus, como Filho de Deus, esté na base do amor miituo. A fé é um estilo de vida marcado pelo amor. De fato, o verdadeiro cristo, a exemplo de Jesus Cristo, evita o pecado por meio de um comportamento justo, sendo conduzido pelo Espirito Santo, e convidado a uma constante revisdo de seu modo de agi. Nesse sentido, o amor é um dos temas centrais de 1Jo: 6 0 contetido do anincio a ser transmitido (11); € um mandamento (3,23); é revelado na entrega de Jesus, ao doar-se pela humanidade, ¢ tem sua origem em Deus, porque “Deus é amor” (4,7). Por conseguinte, o cristdo é desafiado a dar sua vida pelos irmaos (3,16) e servir os mais necessitados (3,16-18). Um elementos a ser sublinhado, ao relacionar Jo ¢ 1Jo, é que a palavra “mandamentos” nao é uma norma ou lei que foi dada, mas ¢ 0 doar a propria vida (Jo 10,18). Isso € testemunhando na vida de Jesus, ao estar a servigo das pessoas, no entregar-se ¢ na fidelidade ao mandamento que recebeu do Pai, isto é, na vivéncia radical e profunda do amor. Para alguns biblistas, IJo nos faz descobrir progressivamente as dimensdes eclesiolégicas, cristolégicas e teolégicas do amor. Desde modo, inicia-se apresentado 0 mandamento do amor ¢ sua dimensiio comunitaria (1,5 — 2,2), que seria uma abordagem eclesiolégica. Num segundo momento nos convida a olhar a Cristo, 0 qual nos revela o amor (3,11-24), que seria a dimensio cristolégica, e, por fim, nos revela que Deus é amor (4,7 — 5,12), 0 aspecto teolégico. Assim, essa carta aprofunda duas modalidades fundamentais do amor cristo pregado por Jesus: 0 amor para com o irmio em contraposigo ao édio (2,9-11) € 0 amor para com Deus, em oposigao ao amor pelo mundo (2,15-17). Apés a introdugao dos elementos fundamentais dessa carta, analisaremos, nos outros capitulos, o contetido da 1 Jo, seguindo a estrutura proposta. RECOLHENDO... Os temas que comportarseeerPassam a carta sio (0 cristo € alice chamado a exercer dois mand, © comportamento cristio, a comunhio com Deus, o amor ¢ a fe 0 reado na experiéncia de que Deus é “luz” (1,5) ¢ é “justo” (2,29). O eristio € condigdes para mage qnandamentos: crer que Jesus € o Filho de Deus e amar o irmio. Sao descritas virias Mandamentos do Gog £% Comunhio com Deus, como: caminhar na tux (1,6-7); observar os configuragae a Grin, 2:3) © de sua Palavra, ou seja, iniciar dar continuidade ao processo concretamente ¢ on® 2:6). De fato, somente aquele que guarda seu mandamento ¢ sua Palavra expressa Glink f © seu amor para com Deus (5,2.3). Essa comunhao é aprofundada ao relacionar-se com a ‘40 © a exigéncia em ser filho de Deus. Assim, 0 cristio é chamado a praticar a justiga (2,29; 3,7), sendo sse © critério para afirmar que realmente essa pessoa é dele © permanece nele (2,29; 33.7). Em Contraposi¢ao, caminhar nas trevas, pecar, indicam que a pessoa pertence ao maligno. Por isso, o autor da carla exorta néio somente a evitar o mal, mas também a aprofundar sua relago com Deus, que é amor. Outra novidade dessa carta é sintetizar a exigéncia do seguimento a Cristo em dois mandamentos: crer em Jesus Cristo ¢ amar Deus ¢ 0 irmio. Percebe-se, no decorrer da carta, uma passagem do amor para com 0 irmo (2,9-11) ¢ para com Deus (2,15), sendo 0 amor © mandamento novo, fundamentado na doagao total € gratuita de Cristo. Essa tematica desemboca em IJo 4,7-17, quando ha a afirmagio de que Deus é amor (4.8.16), © sobre a manifestagio do amor redentor do Filho ¢ em sua obediéncia ao projeto do Pai. Nessa pericope, também nos é revelado que o amor é um dom, no depende de nenhum mérito do ser humano, © que € 0 proprio Deus quem toma a iniciativa de amar-nos. O amor tomna-se também o critério para discernir se uma pessoa é gerada ou nao por Deus, e pelo qual é possivel conhecer quem é verdadeiramente Deus € seu Filho. O segundo mandamento é a f€ em Jesus Cristo, que se contrapSe ao antricristo, ao mundo, ao maligno ¢ aos dolos. O cristio é convocado a crer em Jesus ¢ ser fiel a tudo aquilo que estudou “desde o inicio”, ou seja, ser fiel ao Evangelho, Esse mandamento é expresso de diferentes formas, revelando os varios titulos cristolégicos. © ato de fé em Jesus Messias, o Filho de Deus, traz como consequéncia “ser de Deus”, “ser gerado de Deus”, “vencer 0 mundo”, ter “a vida eterna”. Os frutos da f€ sio: ter a ousadia de apresentar a Deus 0s proprios pedidos ¢ de interceder por aqueles que cometem pecados que no conduzem & morte. Ou seja, 0 cristio pode conceder a possibilidade de que o outro tenha a vida novamente, pois Deus ouve os seus pedidos a favor do irmao. Outro fruto é o de permanecer na luz, possuir o Pai ¢ o Filho ¢ experimentar a vida etema na histéria, mas também de sabores-la plenamente na Parisia. Deus permanece no cristio que observa seus mandamentos (3,24) e que testemunha que Jesus € o Filho (4,15); € aquele e aquela, que é filo e filha, permanecem no amor (4,16). Aquele ¢ aquela que amam a Deus guardam esses dois mandamentos conhecem, estio em comunhio permanecem em Deus. So pessoas que experienciam ser redimidas por Deus (fiel, justo e misericordioso), € tornam-se semelhantes a Deus ao serem também justas e amorosas para com 0 irmao. Se considerarmos aquilo que é dito das trés pessoas divinas, perceberemos que o Espirito aparece como um dom do Pai (3,24; 4,13) € como testemunha do Filho (5,6.8). O Filho € o redentor, aquele que purifica a humanidade por meio da total doagdo do seu sangue (1,7); € 0 paraclito (defensor), justo € propiciagaio dos pecados de toda a humanidade (2,1-2). Ele também é 0 exemplo de como caminhar para permanecer em comunhdo com o Pai (2,6). Jesus Cristo é quem nos concede o dom do mandamento novo, que se fundamenta em sua entrega total e gratuita & vontade de Deus (2,7-8). E a luz. verdadeira que resplandece desde 0 principio (2,8.13.14). Ele é 0 Mesias, o Filho de Deus, a vida eterna, Ha varios elementos que apresentam toda a vida © missio de Jesus, que vai de sua encamagao, seu Batismo, sua morte, até sua ressurreigao, ¢ é anunciada a sua vinda gloriosa na Panisia. © Messias Jesus é 0 conteiido da Fé (4,2-3:5,1), €a revelagio do amor do Pai, é 0 Unigénito (4,10) ¢ Salvador do mundo (4,14). O Pai, por sua vez, é “luz” (1,5), habita na luz (1,7), é fiel e justo (1,9), € aquele que purifica os pecados (1,9). E ele quem envia o Filho ¢ 0 Espirito e acolhe as intercessdes do Filho a favor da comunidade (2,1; 5,14-15) ¢ da humanidade. O Pai revela sua vontade, seu amor e se toma conhecido por meio do Filho, sendo inseparavel dele (2,22-24). Ele concede ao batizado o dom de ser seu filho ¢, por iniciativa propria, ama a humanidade. Mas também € Deus Pai que nos revela os dois mandamentos: o amor e a fé. Ele € a origem, a fonte ¢ a meta da humanidade, pois somente ele é amor e € fonte de amor. © amor de Deus por Para nés, cristios, o Palavras, mas atravé A Primeira Carta a de Jodo & PrOximo. Ter f& consiste en east Pela caridade ¢ pela correlago entre a {é em Cristo € o amor a0 te em acredit expresso da f€ num Deus nae git BO amor de Deus revelado em Jesus. Por conseguinte, a caridade é amor. Porém, nao podemos Mage wor. 9 Filho que se entrega por amor e no Espirito que santifica por Jesus Cristo é de certa form gar f° hala nada com relagao a esperanca, pois viver o amor e af em © outro, que é nosso emo” neCiPat @ vida etema, que consiste em viver em comunhio com Deus e com De fato, 0 amor se ex; miatuo, por agdes soli também supdem um vivéncia do amor Dressa NO compromisso de construir comunidades fraternas, marcada pelo cuidado idarias, pela pritica da justiga. © amor e a £6 sdo dons concedidos por Deus, mas a da comunidade em escutar a vontade de Deus € colocd-la em Pratica, A . ‘siste em sermos sinais do reino ¢ do seguimento de Jesus em todos os espasos, eemene oy sPagat piiblicos, no somente em nossas comunidades, paréquias, igrejas. Ela se expressa na im ‘S20 das relagdes nas experiéneias cotidianas, sendo uma caracteristica do ser cristo, um estilo de 5 mas que sempre est em processo, sempre pode ser aprimorada. O amor também € algo que abrange todas as potencialidades do ser ‘humano, abarca o ser humano em sua totalidade. Percebe-se também que Jo nio deseja somente permanecer num apelo a ajuda caritativa, que é valida, mas exige também uma mudanca nas estruturas sociais. Assim, 0 mandamento do amor é um apelo constante & justiga em todos os Ambitos: social, politico, cultural, religioso.” Todo cristéo € convocado a se identificar com Cristo, seguir seu projeto, seu caminho de humanizagio. Somos, assim, chamados a experimentar 0 mistério do Deus-amor, por meio de um encontro vital com a pessoa de Jesus ¢ com seu Reino. Encontro esse marcado pelo mistério de se abrir & revelago do Outro, que €0 proprio Deus. Além dessa dimensio pessoal, temos a dimenséo comunitéria, que consiste em comungar a f€ aconchegada no regago da comunidade e mergulhar no mistério pascal, estabelecendo maior ‘comunicagao/comunho com a vida trinitéria, com sua Palavra, e descobrindo esse Deus-Amor nas luzes sombras dos acontecimentos da vida humana, ‘Vivemos mergulhados numa densa rede de informagdes; mas, muitas vezes, permeada de pouca relagio e, quem sabe, de muito isolamento. Somos, portanto, desafiados a recuperar ou estar atentos a um processo sempre maior de acolhimento, por meio da escuta, da tengo ao outro. Isso requer didlogo, perdio, comunhio, busca da unidade na diversidade e uso de meios adequados para gerenciar as convivéncias € os conflitos. Nasce também o desafio de desenvolver processo de comunicagdo auténticos, capazes de ampliar € desbravar novos horizontes. Encontrar-se com Jesus Cristo, 0 Filho de Deus, significa também assumir o seu projeto, pautando a propria vida pelo principio do amor. E sair de nés mesmos para ir ao encontro do outro. E ter nossa vida marcada pela solidariedade, pela compaixdo, pela justiga. Assim, no ventre da solidariedade nasce um novo modo de convivéncia e de comunicagdo, um estilo de vida ¢ uma vida interpelada pela ética, A ética, portanto, ndo uma mera exigéncia de viver a justiga € o direito, mas & um agir permeado pela experiéneia de Jesus ¢ pela fidelidade ao projeto do Pai. Exigéncia que nasce da experiéncia de solidariedade de Deus em nossa prépria vida. ‘Nés também somos interpelados a nos abrir para que ele suscite criativamente mudangas em nossa vida, pois viver cristémente ¢ ter a certeza de que precisamos sempre caminhar em diego luz, empenhados na busca constante de nés deixar preencher pelo entusiasmo das novidades do apelo de Deus em nossa caminhada, dos apelos da “Palavra da Vida”. Por outro lado, encontrar-se com O espirito da Verdade nio é estar diante de um conhecimento adquitido ou deduzido por meio de formulas légicas bem elaboradas, mas sim € 0 encontro com Jesus e com seu Reino, E também uma mudanca em nosso modo de conceber, de olhar a realidade, partindo da experiéncia da | mensagem evangéli ambém, fi perspicdcia ig ica. Isso exige é a de responder & necessidade rt bém, perseveranca, reflexdo critica ea perspicdcia em bUSES ep traduzir a mensagem cristi para as varias realidades cultura: socials politicas. Mas, acima i de tudo, exige uma profunda escuta dessas realidades. Assim, 0 critério para discemi Assim 0 ertro pra disceir que ¢o Est da verdad € contemplara a revelaedo Us 53), que expresso gen poder na peta foga do sen cen (5 5), que expresso seu poder nao pela forga de sua onipoténcia, mas pela fraquet. opressio e anunciand. ente a nossa vida e nos leva a optar pela fagildade, pela peavens "2 nossa “opgao fund: 0 a esperanga, Portanto, esse contato. com Jesus “indo ne Came plasma lamental pelo pobre e nos insere como participantes consciente historia. e contato com lesus Cristo nos faz sentir profundamente amados & POueD 2. poner inseridos no mistério de Jesus, que se revela como Vida. Vida 40° 27 exes na ec, is projeto de compaixao, misericérdia, ‘comunhio, fraternidade universal, partilha, fidelidade profética. ae Faso 6-6 possivel se estivermos embebidos da mais profunda experién fe Joss eo Gque se revela na histéria, que alimenta nossa vida e nos concede 9 er tecade de contin de 260700 2 aiido o que vimos, ouvimos, contemplamos ¢ apalpamos da Palavra de Vida" (180 1 Carta de Joao. tenham vida. i Zeleica Silvano. "Ele nossos povos (70S. fo e amar uns aos ot ~ Fonte: -TEXTO BASE més da Biblia 2019 ~ Para que 1! “PRIMEIRA CARTA DE JOAO. Crer em Jesus Crist Paulinas, S40 Paulo2019.

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