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NOTAS PARA A HISTORIA EDITORIAL DE OG GAPITAL' O-esctitor € um trabalhador produtivo nto por Estuidar a circulagao e a ( produrir ideas, mas enquanio eniquecer 0 editor “geografia” das idéas permi-- | Na época de ari Manc ue publica suas obras ou enquantofor otabalhador ¢¢ ancar luz sobre processos Pine assariado de um capitalist aut Mam & frtcto de pleas que | (1818-1889)0lhvoe0 orientaram os partidos que | igmaleramos dois meios cmos, depois das investgacBes seminais de ) supriu a necessidade de os colonizados traduzirem O A fola oe = sua lingua local. —— Principalmente porque, na base damelorexpanséo raioria das veze, as regides colonizadas cram multi- nenenere, nacionais, dotadas de povos historia. ¢ idiomas t30 diversos que a adogio de um deles como ane padi’ lingitticn usta mais problemas do que solugdes, ao contrério do que ocorrew nas varias linguas das jovens nagies do Leste Europeu no século XIX. Bailgaro, hiingaro, letio, lituano, ucraniano, finlandés, etc. eram combinagies de virios dialetos ow a escolha de um deles como lingua oficial. Esse nacionalismo “lingiifstico” tinha mais, dificuldade de se afirmar na segunda metade do século XX. Na India, onde O capital podia ser lido cem inglés pela cite alfabetizada, no haveria muito problema em traduzi-lo para o hindi ou outra lingua local. O hindi € a lingua literdria derivada do sanscrito, falada mais ao norte, embora o pais permancea para todos 0s efeitos falando ou cserevendo em inglés, Mesmo assim, O capital si foi aduzido a0 hindi em 1965, quando jé havia sido traduzido alguns anos antes a0 marata (1953), ‘uma lingua confinada & parte meridional do pais. AA segunda razio para a expansio das craducdes de Marx foi o policenc comunista. Depois da Segunda Guerra Mundial, como observamos, ¢ no bojo da descolonizacio, também a Africa (a Africa do Sul jé conhecera edigées mais antigas de Marx e até de Lénin ¢ Trétski) ¢ 0 restante dos paises tornaram-se influenciados pelo movimento comunista inter- nacional, Primeito 0 sovietico (na Unido Sovietica tentou-se publicar as obras completas de Marx ¢ Engels, a Mega-Marx/Engels Historisch Kritische Gesamtausgabe). Depois também o chines ¢ 2 vertente cubana. Desde entio, 0 movimento comunista de inspiracio soviética, hegem@nico até © “cisma chinés” (1961), passou a conviver com vitios centros de difusio do marxismo. E também tum periodo de maior avango de estudos marxistas académicos, desvinculados da pritica partidétia As edi nas “Edigdes em linguas estrangeiras” de Pequim, E uma esquerda bastante variada concorreu com os partidos comunistas. Nessa etapa, a incidéncia da social-democracia desapareceu por completo, 2 medida que ela abandonou qualquer referencia oficial no marxismo. Novas traducdes concorreram com as antigas. Na lingua espanhola, depois da traducio pioneira de Manoel Pedroso (1931) e a de Wenceslau Roces, feita nos anos 1940, aparecia agora a tradugao de Pedro Scaron. Na lingua francesa, depois da wadugio ja referida feita sob supervisio do préprio Marx (ela foi reeditada em 1948-1950 pelas Editions Sociales, erés tomos) houve uma segunda taducio (2 primeira dos trés tomos), por J. Molitor nos anos 1920 pelo editor Costes, Também veio a lume na época a Histoires des dactrines économiques, 1924-1925, oito volumes imo do movimento jes “autorizadas” foram feitas também in-16, traduzida pelo mesmo J. Molitor. Nos anos 1950 as Editions Sociales publicaram nova edigio de O capital (tadugio de Erna Cogniot) Foi também entre 1952 e 1956 que uma traduczo completa dos tués tomos foi feita na Itdlia (Editori Riunici). Nos anos 1960, textos econdmicos de Marx receberam traducio de Maximilen Rubel ¢ Roger Dangeville, além de outros. No caso brasileiro, foi s6 nessa conjuntura que a edigio dos quatro livros mais completos (por enquanto) da economia de Karl Marx foi traduzido: a partir de fins dos anos 1960 foi editada pela Civilizagao Brasileira a tradugio de Reginaldo Sant'anna. Ble também traduzitia anos depois as Teorias da mais-valia. A pair de 1983 0 Novos unos @ Axo 17 #1 37 + 2002 capital conheceu uma segunda adugio brasileira por Flavio Kothe e Regis Barbosa sob a supervisio de Paul Singer. Em Porcugal, os texcos econdmicos de Marx circularam nas edigbes promavidas em

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