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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Turma: CPHEA 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO Sesso: 01 - Dia 30/03/2017 - 10: Professor: CAMILO FERNAND! ES DA GRACA 01 Tema: Tributos ¢ Impostos Tributos: 1. Conceito; 2. Espécies: 3. Classificagaio. Natureza juridica; 4, Denominagao; 5, Caracteristicas, Impostos: 1. Imposto. Conceito, Espécies; 2. Classificagaio dos impostos: diretos e indiretos, reais e pessoais; 3. Outras classificagées. Questdes controvertidas. Jurisprudéncia. Doutrina. 1 QUESTAO. Poder Executivo Estadual entendeu ser conveniente fixar, através de Decreto, a incidéncia de sobretarifa no servigo de fomnecimento de agua, a ser cobrada pela Companhia Estadual de Aguas e Esgotos. Saa finalidade ¢ incentivar o menor consumo durante 0 periodo de escassez, posto que, ultrapassada a cota previamente estabelecida, mais alto seré o valor devido. Pergunta-se: a) Qual a natureza da contraprestagdo pelo fornecimento de agua? b) A sobretarifa tem natureza tributdria? ¢) Decreto é meio idiéneo para se estabelecer a criag2o ou majoragaio do referido adicional? 4) Pode ser cobrada tarifa minima de égua? Respostas fundamentadas. ° PERIODO 2017 29/03/2017 - Pagina I de 8 DIREITO TRIBUTARIO - CP96 - 03 - CPI ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: STF: RE(AgR) 201.630-DF; Relatora Min. Ellen Gracie; Informativo n° 275 (transcrigéies). RE 201630 AgR/ DF - DISTRITO FEDERAL AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINARIO Relator(a): Min. ELLEN GRACIE Julgamento: 11/06/2002 Orgao Julgador: Primeira Turma Publicago ‘DS 02-08-2002 PP-00079 EMENT VOL-02076-05 PP-00944 Parte(s) AGTE. : LUIZ CARLOS BETTIOI ADVDOS. : LUIZ ANTONIO BETTIOL E OUTROS AGDA. : COMPANHIA DE AGUA E ESGOTOS DE BRASILIA - CAESB ADVDOS. : ALBINO SEVERINO DE OLIVEIRA E OUTROS Ementa EMENTA: Servigo de fornecimento de égua. Adicional de tarifa, Legitimidade, Mostra-se coerente com a jurisprudéncia do Supremo Tribunal o despacho agravado, ao apontar que 0 ajuste de carga de natureza sazonal, aplicdvel aos fornecimentos de agua pela CAESB, criado para fins de redugao de consumo, tem cardter de contraprestagio de servigo nao de tributo, Precedentes: ERE 54.491, RE 85.268, RE 77.77.162 ADC 09. Agravo regimental desprovido, AgRg no AREsp 424953 / RI AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2013/0369393-4 Relator(a) Ministro NAPOLEAO NUNES MAIA FILHO (1133) Orgiio Julgador T1- PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 22/04/2014 Data da Publicagao/Fonte Die 07/05/2014 Ementa PROCESSUAL CIVIL £ ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SERVICO DE FORNECIMENTO DE AGUA. APONTADA VIOLACAO AO ART. 535, I DO CPC. ALEGACAO GENERICA. FUNDAMENTACAO DEFICIENTE. SUMULA 284/STF, LEGALIDADE DA TARIFA MINIMA. NECESSIDADE DE REEXAME FATICO-PROBATORIO. INCIDENCIA DA Si LA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. I. Nao se conhece da alegada afronta ao art. $35, II do CPC quando a parte agravante se limita a afirmar, genericamente, sua violagiio sem, contudo, demonstrar especificamente quais os temas que ndo foram abordados pelo acordao recorrido. Incidéncia da Simula 2R4/ST 2. O acolhimento das alegagdes deduzidas no Apelo Nobre, a fim de reconhecer pela legalidade da cobranga da tarifa minima, no caso do imével da parte autora, ova recorrida, demandaria necessariamente a incursiio no acervo fatico-probatorio da causa, uma vez que 0 Tribunal de origem concluiu inexistir prestagdo do servigo. Aplicagaio da Simula 7/STJ. 3. Agravo Regimental da CEDAE desprovido. ‘AgRg no AREsp 415317/ RI DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIT - 1° PER{ODO 2017 29/03/2017 - Pagina 2 de 8 AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2013/0341197-4 Relator(a) Ministro OG FERNANDES (1139) Orgio Sulgador T2 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 22/04/2014 Data da Publicacio/Fonte Die 02/05/2014 Ementa ADMINISTRATIVO F PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONCESSIONARIA DE SERVIGOS PUBLICOS. FORNECIMENTO DE AGUA. DIVIDA CONTRAIDA NOS ANOS DE 1996 A 1999 PELA AUTARQUIA MUNICIPAL QUE EXPLORAVA, A EPOCA, O SERVICO MUNICIPAL DE FORNECIMENTO DE AGUA E ESGOTO. FUNDAMENTACAO DEFICIENTE. SUMULA 284/STP. APLICABILIDADE. REANALISE, IMPOSSIBILIDADE EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. SUMULA 7/STJ. PRESCRIGAO. RESP 1.117,903/RS JULGADO DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPII - 1° PERIODO 2017 29/03/2017 - Pagina 3 de 8 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PELOREGIME DO ART, 543-C DO CPC. 1. A falta de demonstragdo clara ¢ objetiva de violagao de dispasitivos de lei federal caracteriza deficiéncia de fundamentagao do recurso especial, a teor da Simula 284 do STF. 2. 0 Tribunal de origem, soberano na andlise dos faios © provas, firmou entendimento de que os débitos discutidos foram repassados pelo poder concedente do Municipio para a nova concessiondria. Rever tal conclusdo implicaria reexame das provas carreadas aos autos, 0 que vedado pela Simula 7/STJ. Precedentes. 3. A Primeira Segao desta Corte, no julgamento do REsp 1.117.903/RS, processado nos termos do art. $43-C do CPC, consolidou 0 entendimento de que a contraprestaeao cobrada por concessioniria de servigo pablico a titulo de fornecimenio de 4gua potdvel encanada ostenta natureza juridica de tarifa ou prego piblico, submetendo-se 8 prescrig&o decenal (art. 205 do CC de 2002) ou vintendria (art 177 do CC de 1916) quando for aplicavel a regra de transigao prevista no art. 2,028 do novo diploma, 4, Agravo regimental a que se nega provimento. 2 QUESTAO: XXXIV CONCURSO DE INGRESSO NA CARREIRA DA MAGISTRATURA/RI 1* Questo da Prova Preliminar realizada em 27.05.01: Quais os elementos esseneiais da instituigdo do imposto pela norma juridica tributéria? DIREITO TRIBUTARIO - CP96 - 03 - CPIM - 1° PERIODO 2017 29/03/2017 - Pagina 4 de 8 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: REsp 972264 / SC RECURSO ESPECIAL 2007/0178554-9 Relator(a) Ministro LUIZ FUX (1122) Orgio Julgador T1- PRIMEIRA TURMA, Data do Julgamento 18/11/2010 Data da Publicagdo/Foute De 30/11/2010 Ementa : k RECURSO ESPECIAL. TRIBUTARIO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURIDICA. EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES. GANHOS DE CAPITAL OBTIDOS NA ALIENACAO DE ATIVOS. EXCEGAO A SISTEMATICA DE PAGAMENTO MENSAL UNIPICADO. ARTIGO 3°, § 28, ALINEA "D", DA LEL9.317/96. INSTRUCAO NORMATIVA SRF 78/98 (ATUAL DECRETO 3.000/99 (REGULAMENTO DO SMPOSTO DE RENDA). 1. O imposto de renda incide sobre os ganhos de capital decorrentes de alienagio de bens do ativo permanente das pessoas juridicas, ainda que se trate de empresa optante pelo SIMPLES, ex vi do disposto no artigo 3°, § 2°, alinea "d". da Lei 9.317/96 (atual artigo 13, § 1°, inciso VI, da Lei Complementar 123/2006), verbis: “Art, 3° A pessoa juridica enquadrada na condigo de microempresa e de empresa de pequeno porte. na forma do art. 2°, poder optar pela inscrigao no Sisteina Integrado de Pagamento de Impostos © Contribuigdes das Microempresas ¢ Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES. § 1° A inserigao no SIMPLES implica pagamento mensal unificado dos seguintes impostos e contribuigdes: a) Imposto de Renda das Pessoas Juridicas - IRPJ; G) § 2° O pagamento na forma do pardgrafo anterior nfo exelui a incidéncia dos seguintes impostos ou contribuigdes, devidos na qualidade de contribuinte ou responsavel, em relagao aos quais sera observada a legislagao aplicdvel as demais pessoas juridicas: 4.) 4d) Imposto de Renda, relative aos pagamentos ou eréditos efetuados pela pessoa juridica ¢ aos rendimentos ou ganhos liquidos auferidos em aplicagdes de renda fixa ou varidvel, bem assim relativo aos ganhos de capital obtidos na alienacdo de ativos; Cy" 2. Deveras, os artigos 97 ¢ 114, do CTN, enunciam ¢ principio constitucional da reserva legal absoluta para instituigdo de tributos (artigo 150, 1, da Constituigao Federal de 1988), sendo certo que: A legalidade tributéria, estampada no art. 150, 1, da CF, € interpretada em consondneia com outros artigos constitucionais que Ihe revelam 0 sentido, como o art. 153, § 1°, implica a reserva absoluta de lei, de modo que a instituigo dos tributos se dé no apenas com base legal, mas dirctamente através de lei. Veja-se, ainda, que a instituigao por lei consta do coneeito de tributo, no art. 3°, do CTN. iJ DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIT- 1° PERIODO 2017 29/03/2017 - Pagina 5 de 8 A lei que veicula a norma tributdria impositiva deverd conter os aspectos © contetido da obrigagao tributdria, ou seja, quall a situagdo geradora da obrigagao tributdria (aspecto material), onde sua ocorréncia é relevante (aspecto espacial) & quando se deve considerar ocorsid 20 pagamento (aspecto pessoal: sujeito passivo), em favor de quem (aspecto pessoal: sujeito ative), e qual 0 montante devido (aspecto quantitativo). A norma DIRELTO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 indispensaveis para que se possa determinar o surgimento € (aspecto temporal). bem como quem esta obrigado 29/03/2017 - Pagina 6 de 8 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO impositivaincompleta, por insuficiéneia de dados, nao assegura ao contribuinte a certeza quanto ao surgimento & ao contetido de sua suposta obrigacio tributaria, sendo, poi: incapaz de implicar o surgimento da obrigago tributdria, j4 que nao pode ser suplementada por regulamento em face da reserva absoluta da Ici. Isso nao significa, contudo, que todos os cinco aspectos da norma tributaria impositiva (material, espacial, temporal, pessoal e quantitativo) devam, necessariamente, constar da lei de modo. expresso ¢ didatico. Em leis de boa técnica, isso se dé, mas no constitui requisito para que se a considere completa. Cabe ao intérprete e aplicador analisar a lei ¢ identificar os diversos aspectos, s6 concluindo pela incompletude na impossibilidade de Jevar a feito tal identificagdo por absoluta falta de dados, referéncias ou elementos para tanto. A conclusio sobre ser ou niio completa a norma tributaria impositiva estabelecida por lei depende da possibilidade de se determinar os seus diversos aspectos independentemente de complementagao normativa infralegal, ainda que mediante anlise mais cuidadosa do texto da lei e da consideragao do tipo de fato gerador, da competéncia do ente tributante e dos demais clementos de que se disponha. Fm nao sendo possivel, em face da auséncia de dados, que nao possam ser supridos pelo trabalho do intérprete ¢ aplicador sem gue tenha de integrar a norma tributéria com critérios fornecidos pelo Executivo e que revelem delegagao vedada de competéncia normnativa, teremos evidenciado tratar-se de norma incompleta. Tudo porque, neste caso, a lei nfo tera efetivamente instituido o tributo, por insuficiéncia sua, deixando de ensejar ao contribuinte a certeza quanto ao surgimento ou quanto a0 contetido da obrigagao tributdria principal de pagar tributo." (Leandro Paulsen, in "Direito Tributdrio ~ Constituicdo e Codigo ‘Tributério Luz da Doutrina e da Jurisprudéneia”, 10° ed.. Ed. Livraria do Advogado e ESMAFE, Porto Alegre, 2008, pigs. 178 e 180) 3. A Lei 9.317/96, no seu artigo 3°, § 2°, alinea "a", determina que © pagamento mensal unificado, pelas empresas optantes do SIMPLES, no exelui a incidéncia do imposto de renda sobre os ganhos de capital obtidos na alienagao de ativos, devendo ser observada a legislagdo aplicavel as demais pessoas juridicas. 4. O artigo 3°, da Lei 9.249/95, estabelece que a aliquota do imposto de renda das pessoas juridicas é de quinze por cento, € 0 Regulamento do Imposto de Renda disciplina a forma de apuragio do ganho de capital (base de ealculo do imposto), qual scja 2 diferenca positiva entre o valor da alienagdo do ativo permanente ¢ respective valor contabil, definido como o custo da aquisi¢ao, diminuido dos encargos de depreciagdo, amortizagao ou exaustdo acumulada (artigos 418, § 1°, e S21, § 1°, do Decreto 3.00/99). 5, Outrossim, a Secretaria da Receita Federal, mediante 0 Ato Declarat6rio Interpretative 31/2004, bem elucidou o contetido do artigo 3°, § 2°, alinea "d", Lei 9.317/96, ao consignar que: "O SECRETARIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuigao que Ihe confere o inciso | DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIII - 1° PERIODO 2017 29/03/2017 - Pagina 7 de 8 DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIII - 1° PERIODO 2017 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO TI doart. 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF n° 259, de 24 de agosto de 2001, e considerando o disposto no art. 3° da Lei n? 9.249, de 26 de dezembro de 1995, no art. 3° da Lei n? 9.317, de S de dezembro de 1996, nos arts. 418 e 521 do Decreto n° 3,000, de 29 de margo de 1999, e no processo n° 11020.005160/2002-01, declara: Artigo nico, A pessoa juridica optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos ¢ Contribuigéies das Mieroempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples) deverd apurar ganho de capital na alienagdio de hens ¢ direitos do ativo permanente mediante a incidéncia da aliquota de 15% (quinze por cento) sobre a diferenga positiva entre o valor da alienagdo e o custo de aquisigo diminuido da depreciagao, amortizagdo ou exaustio acumulada, ainda que nao mantenha esorituragao contabil." 6. Destarte, sobressai a observancia a0 principio da reserva absoluta da lei para instituigdo de tributo, uma vez que a interpretagdo sistemética do Cédigo Tributério Nacional ¢ das Leis 9.317/96 e 9.249/49 permite inferir 0s aspectos indispensdveis da norma tributéria impositiva: o aspecto material (disponibilidade econdmica ou juridica de renda advinda da alienagao do ativo permanente), 6 aspecto espacial (no territério nacional), 0 aspecto temporal (momento em que ocorrer a alienagio com resultado positivo), o aspecto pessoal (Unido, como sujeito ativo, e a empresa optante pelo Simples, como sujeito passivo) e o aspecto quantitative (a base de céleulo consistente no ganho de capital auferido ea aliquota de 15% aplicavel as pessoas juridicas). 7. Recurso especial desprovido. 29/03/2017 - Pagina 8 de 8 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Turma: CPHTA 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO, Sessiio: 02 - Dia 03/04/2017 - 08:00 s 09:50 Professor: CLAUDIO CARNEIRG BEZERRA PINTO COELHO. 02 Tema; Impostos Estaduais 1 [CMS | LHistirieo; 2.Vistio fegislativa geral: Constituigao da Repiibliea; L.C, 87/96; lei ondinaria, convénios, ajustes SINIEF, regulamentos, atos nommativos ¢ resolugdo do Senado Federal; 3, Guerra Fiscal: ataque 20 pacto federative brasileiro; 4. Caracteristicas basicas: competéncia; 3. Classificagdo: indireto, proporeional, real, plurifisico ¢ finn fiscal 1° QUESTAO: O Estado do Rio de Janeiro edita uma lei desonerando o (CMS relative & cerias eperagdes mereantis & concedendo crédito em relagao a determinadas operagdes abarcadas pela imunidade, pela isengiio e por aliquota zero. Em virtude da medida carioca, o Estado de S40 Paulo veritica que sua atrecadagtio diminui em virtude da fuga de contribuintes para o Estado vizinho, motivo pelo qual edita uma lei que contém mais beneficios que a fei cariova, Responda, fundamentadamente: | - se as atitudes dos entes estao corretas, 2- 0 nomen furis de tal conflita: 3 - 08 dispositivos constitucionais e legais que se aplicam ay caso. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 PU - 1° PERIODO 2017 31/03/2017 - Paina { de £ EO) ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO es? RESPOSTA: STF - ADI 2377 - MC - rel. Sepiilveda Pertence ADI 2377 MC / MG - MINAS GERAIS MEDIDA CAUTELAR NA AGAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min, SEPULVEDA PERTENCE Julgamento: 22/02/2001 Orgdo Julgador: Tribunal Pleno Publicago DJ 07-11-2003 PP-00081 EMENT VOL-02131-02 PP-00367 RTJ VOL-00191-03 PP-00848 Parte(s) REQTE. : GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS ADVDOS. : PGE-MG - MISABEL DE ABREU MACHADO DERZI E OUTRO REQDO. : GOVERNADOR DO ESTADO DE SAO PAULO Ementa EMENTA: ICMS: "guerra fiscal": concessao unilateral de desoneragao do tribute por um Estado federado, enquanto vigorem benelicios similares concedido por outros: liminar deferida. 1. A orientagao do Tribunal ¢ particularmente severa na repressdo & guerra fiscal entre as unidades federadas, mediante a prodigalizagdo de isengdes ¢ beneficios fiscais atinentes ao ICMS, com afronta da norma constitucional do art, 155, § 2°, Il - que submete sua concessdo & decistio consensual dos Estados. na forma de lei complementar (ADIn 84-MG, 15.2.96, Galvao, DJ 19.4.96; ADInMC 128- AL, 23.11.89, Pertence, RT) 145/707; ADInMC 902 3.3.94. Marco Aurélio, RTS 151/444; ADINMC 1.296-PI, 14.6.95, Celso; ADInMC 1.247-PA, 17.8.95, Celso, RTJ 168/754; ADInMC 1,179-RJ, 29.2.96, Marco Aurélio, RTJ 164/881; ADInMC 2.021-SP, 25.8.99, Cortéa: ADIn 1.387, 19.10.00, Galloiti, Informative 207, DJ 13.8.97: ADInMC 1.999, 30.6.99, Gallotti, DJ 31.3.00; ADInMC 2.352, 19.12.00, Pertence, DJ 9.3.01). 2. As normas constitucionais, que impdem disciplina nacional ao ICMS, sio preceitos contra os quais no se pode opor a autonomia do Estado. na medica em que s explicitas limitagdes. 3. O propésito de retaliar preceito de outro Estado, inquinado da mesma balda, no valida a retaliagdo: inconstitucionalidades no se compensam. 4. Concorréncia do periculum in mora para a suspenso do ato normativo estadual que - posto inspirada na razodvel preocupagao de reagir contra o Convénio ICMS 58/99, que privilegia a importagaio de equipamentos de pesquisa e Javra de petréleo e gis natural contra os produtos nacionais similares - acaba por agravar os prejuizos igualmente acarretados 8 economia e as Finangas dos demais Estados-membros que sediam empresas do ramo. as quais. por forga da vedagdo constitucional, nao hajam defeerido beneficios unilaterais ARE 774821 AgR / DF - DISTRITO FEDERAL. AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINARIO COM AGRAVO Relator(a): Min. MARCO AURELIO Julgamento: 09/04/2014 Orgio Julgador: Primeira Turma Publica PROCESSO ELETRONICO DJe-091 DIVULG 13-05-2014 PUBLIC 14-05-2014 Ementa IMPOSTO SOBRE A CIRCULACAO DE MERCADORIAS E SERVICOS - BENEFICIO FISCAL MO DE ACORDO DE REGIME ESPECIAL - “GUERRA FISCAL"- INCONSTITUCIONALIDADE - PRECEDENTES. E. inconstitucional a concessio unilateral de beneficios fiseais, ausente convénio interestadual prévio, por ofensa ao DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPLI- 1° PERIODO 2017 31/03/2017 - Pagina 2 de 8 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO artigo155, § 2°, ineiso XII, alinea “g”, da Carta da Repiblica. Precedentes: Agdes Diretas de Inconstitucionalidade n° 2.548, relator ministro Gilmar Mendes, Didrio da Justiga de 15 de junho de 2007, n’ 2.352, relator ministro Sepblveda Pertence, Didrio da Justiga de 9 de margo de 2001, n° 2.357, relator ministro fimar Galvao, Diirio da Justiga de ? de novembro de 2003, ¢ n® 2.906, de minha relatoria, Didrio da Justiga de 29 de junho de 2011. RECURSO EXTRAORDINARIO - MATERIA FATICA E LEGAL, Na origem, a natureza de beneticio fiscal da concessio implementada veio a ser procamada com base nos elementos faticos tes do processo ¢ na legislagao local, O recurso extrxordinsirio nfo € meio proprio a0 mento da prova, também nao serviado 4 interpretacho de normas estritamente legais. MULTA - AGRAVO - ARTIGO 357, § 2°, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL. Surgindo do exame do agravo 0 earater manifestamente infundado, impée-se a aplicagio da multa prevista no § 2° do artigo 557 do Codigo de Processo Civil. 28 QUESTA: . OCEANO CRUZEIROS AGENCIA MARITIMA E TURISMO foi autuada pelo Fisco Estadual por dividas fiscais com a Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, consubstanciadas em trés autos de infracdo, Por se tratar de débitos oriundos de fatos geradores ocorridos até 30 de junho de 2002. 0 pagamento do valor atualizado do imposto efetuado integralmente até 29 de novembro de 2002 enseja © desconto de $0% (oitenta por cento), conforme autorizae3o constante na Clausula primeira, II do Convénio ICMS n° 098 de 20 de agosto de 2002. A empresa, entretanto, niio pode quitar o débito fiscal com o desconto, devido a recusa dos bancos autorizados ao recebimento do ICMS em conceder a redugao autorizada pelo Convénio ICMS n° 098/2002.Inconformada por se ver impedida de usuftuir do beneficio do disposto no convénio autorizativo, a empresa ingressa com mandado de segurantga face ao Secretirio de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, objetivando que Jhe seja concedido o direito a0 pagamento das dividas fiscais com a redugdo de 80% de multa, Nas informagdes, a autoridade coatora sustenta ter orientado 0s bancos autorizados ao recebimento do ICMS a ndio aceitarem 0 pagamento com redugao de multa, sob o argumento de que o convénio & meramente autorizativo, nao vineulando a administragdo piblica, a) Compare o disposto no art. 150, § 6° da CRPB/88 com o art. 4° da Lei Complementar n® 24/75 que dlispOe sobre os convénios para a concessio de isengSes do imposto sobre operagdes relativas Girculagdo de mercadorias € manifeste o seu entendimento sobre a necessidade ou ndo de ediedo de Lei local para a aplicagiio de convénios autorizativos. b) A autorizagdo veiculada mo Convénio para a concessdo de remissao acarreta direito subjetivo para © contribuinte? Qual é a condigdo para que 0 contribuinte tenha este direito subjetivo assegurado? ©) Discorra sobre a distingdo entre convénio meramente autorizativo e convénio impositivo. DIREITO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 31/03/2017 - Pagina 3 de 8 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: Ver ementa ¢ findamentagiio na Apelagzio Civel n° 2004.001.21026, Relator Des. Antonio Saldanha Palheiro, TIRJ, INFORMATIVO 763 do STF ICMS e redugao da base de caleulo - 1 A redugo da base de célculo de ICMS equivale a hipotese de isengdo parcial, a acarretar a antago proporcional de crédito desse mesmo imposto, relativo as operagdes anteriores. salvo disposigéo em lei estadual em sentido contrario. Assim, reduzida a base de célculo, tem-se impossibilitado 0 creditamento integral. sem que se possa falar em ofensa ao principio da ndo-cumulatividade (CF, art. 155, § 2°, Il, b). Essa a conelusio do Plendrio ao julgar conjuntamente dois recursos extraordinérios em que se diseutia a possibilidade de estorno proporeional de crédito de CMS nos casos em que as operagaes subsequentes estivessem sujeitas a redugdo de base de célculo. No RE 635.688/RS, com repercussio geral reconhecida, o Tribunal, por maioria, negou provimento ao recurso interposto por empresa contribuinte, Na espécie, questionava-se a possibilidade de o Estado do Rio Grande do Sul proceder & anulagao proporcional do erédito fiscal relativo as operagdes de saida interna de mercadorias componentes da cesta basica, que teriam sido beneficiadas por redugao de base de calculo, nos termos da Lei gaticha 8.820/1989 e do Convénio ICMS 128/1994. A’ contrové constitucional seria concernente a interpretagao do art. 155. § 2°, I, da CF, o qual determina que. em matéria de [CMS, os casos de isengo ou de nao incidéncia, no deverdo implicar crédito para compensagao com o montante devido nas operagdes ou prestagOes seguintes ¢ acarretardo a anulagio do crédito relativo as operagGes anteriores. RE 635688/RS, rel. Min, Gilmar Mendes, 16.10.2014. (RE-635688) RE 47732/RS, Mareo Aurélio, 16.10.2014. (RE-477323) ICMS e redugao da base de eilculo - 2 O Tribunal recordou que, no julgamento do RE 174.478/SP (DJe de 29.5.2008), a Corte mudara seu entendimento ¢ assentara a tese de que a redugiio de base de calculo deveria ser tomada para efeito do que dispde o art. 155. § 2°. da CF, como forma de “isengo parcial”. Asseverou que. embora tivessem estrutura juridica diversa, tanto a isengao total - que elimina o dever de pagamento do tributo, porque the ceifa a incidéncia - quanto a redugdo de base de célculo ou de aliquota - que apenas restringe 0 critério quantitativo do consequente da regre matriz de incidéneia tributaria - teriam semelhante efeito pritico: exonerariam, no todo ou em parte. 0 contribuinte do pagamento do tributo. Ponderou, no entanto, que © modo como DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPHL- 18 PERIODO 2017 31/03/2017 - Pagina 4 de 8 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO bO RIO DE JANEIRO sa exoneragdo, em termos juridicos, seria diferente: a) na isengio total, seria afastada a propria incidéncia, ou seria dispensado integralmente o pagamento do tributo, em relagao aos sujeitos ¢ as siluagdes atiagidos pelo beneficio; e b) na isengio parcial, haveria a incidéneia do tributo, mnas 0 valor a ser pago seria menor do que aquele que seria devido nao fosse a mudange (redugza} so eritério quantitative da norma tributdria padrao, seja na aliquota, seja na base de cileulo. Consignou que a obrigagao de anular os eréditos nao estaria contida na Constituigdo, que apenas relegaria essa opgdo a0 Ambito da discsicionariedade politica do fegislador estadual, a caracterizar tipica escolha de politica fiscal, Assinalou que a existéncia de previsio legislativa expressa significaria reconhecer o direite & manutengao do crédito, Por putro lado, ante # faita de norma, seria mandamental a anulacdo do crédito relativo as operagGes anteriores. Esclareceu que, na situagao dos autos, 0 Convénio ICMS 128/1994 disporia sobre tratamento tributirio para as operagdes com as mercadorias que compdem a cesta basica e autorizaria expressamente os Estados-membros ¢ Distrito Federal a “ndo exigir a anulago proporeional do crédito” nas saidas internas desses produtos. RE 635688/RS, rel. Min, Gilmar Mendes, 16.10.2014. (RE-635688) RE 477323/RS, rel. Min. Marco Aurélio, 16.10.2014. (RE-477323, ICMS e redugao da base de seprocessaria Aleulo -3 0 Plenario destacou que, a despeito da autorizagao prevista no § 1° da Cléusula Primeira do Convénio ICMS 128/1994, ndo constaria que a legislagdo estadual do Rio Grande do Sul tivesse efetivamente previsto a possibilidade de manutengao integral dos créditos nas hipdteses de redugao de base de catculo, Aduziu gue, a0 conitirio, teria dererminado que fosse exigida a anulago proporcional do erédito. Frisou que o legislador estadual poderia ter adotado solugdo diversa, mas ndo o fizera. Destacou que, d falta de ei que amorizasse 0 aproveitamenta integral do crédito, teria plena aplicagto aregra do at 155, § 2" da CF. Sublinnou que 0 convénio, por si 86, no asseguraria a concessio do beneficin em questo. Ponucu que 0 convénio seria eondigao necessdria, mas mio suficiente, porque teria sentido juridico meramente autorizativo, e no impositivo: permitiria a concessiio do beneficio fiseal por parte de cada une dos Estados-membros e do Distrito Federal, mas nao o eiaria “per se". Observou que a essa conelusio se chegaria com a leitura do art. 150, § 6°, com redagiio dada pela EC 3/1993, combinado com o DIREITO TRIBUTARIO » CPO6 - 03 - CPHt- 1° PERIODO 2017 31/03/2017 - Pagina 5 de 8 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO art.155, § 2°, XII, g, ambos da CF. Registrou que: a) o primeiro exigiria lei especifica para a veiculagio de isengdo ou redugao de base de cileulo; eb) o segundo determinaria que a concesstio de isengdes, incentivos e beneficios fiseais, em matéria de ICMS, deveria observar o procedimento de deliberagio previsto em lei complementar, atualmente a LC 24/1975. Salientou que, nas hipéteses de isengilo parcial de base de céleulo, a Fazenda estadual estaria autorizada a preeeder & anulagao proporcional dos crédito, ressalvada a previstio em sentido contrario na legislagao estadual, o que nao se verificara no caso em tela. Vencido o Ministro Marco Aurélio, que dava provimento ac recurso para garantir ao contribuinte o cteditamento do [CMS na integralidade. Enfatizava no se poder confundir isengdo com redugao da base de célculo. Apontava que, na espécie, 0 contribuinte nfo poderia optar pelo sistema tradivional ou pelo sistema com redugdo da base de edleulo mais creditamento proporcional. RE 635688/RS, rel. Imar Mendes, 16.10.2014. (RE-635688) RE 477329/RS, r lareo Aurélio, 16.10.2014. (RE-477323) ICMS e redugao da base de c:ileulo - 4 No RE 477.325/RS, a Corte deu provimento ao recurso, Na espécie, ¢ tribunal de origem declarara a inconstitucionalidade de 0 Fisco estadual negar o direito de contribuinte utitizar-se, integralmente, de eréditos do ICMS relativos & aquisigao de insumos, envolvida a prestagio de servigo de transportes, mesmo na hipotese de operagdes de saidas tributadas sob o regime de base de calculo reduzida. O ora recorrente, Estado do Rio Grande do Sul, arguia a constitucionalidade da restrigdo a0 uso de eréditos do mencionado imposto ante a possibilidade de 0 contribuinte escolher pelo regime de beneficio fiscal. O Ministeo Marco Aurélio (relator) observou que 0 contribuinte teria tido oportunidade de optar pelos diferentes sistemas - tradicional ou com redugao da base de calculo. O Colegiado, tendo isso em conta, enfatizou que os convénios teriam natureza autorizativa e nao impositiva, e, consequentemente, ndo dispensariam fei em sentido formal para a concretizagao dos beneficios neles previstos, como exigido pelo art. 150, § 6°, da CF. RE 635688/R8, rel. Imar Mendes, 16.10.2014. (RE-635688) RE 47732H/RS, rel. Min. Marco Aurélio, 16.10.2014. (RE-477323) DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPTI - 1° PERIODO 2017 31/03/2017 - Pagina 6 de 8 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Turma: CPI A 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO Sessio: 03 - Dia 03/04/2017 - 10:10 as 12:00 Professor: CLAUDIO CARNEIRO BEZERRA PINTO COELHO 03 Tema: Impostos Estaduais II ICMS LL 1. Pringipio da néio-cumulatividade ¢ da seletividade; 2, Nao-cumulatividade no ICMS: 3, Correo do crédito contabil: divergéncias doutrinaria & jurisprudencial; 4. Direito ou dever de exercitar a ndo-cumulatividade? 5. Pressupostos para 0 seu exervivio; 6, Outros aspectos. 1? QUESTAO: Determinada contribuinte impetra mandado de seguranga contra ato do Secretario de Fazenda que limitou o ereditamento de [CMS em suas operagdes em decorréncia de incentivos ou beneticios fiscais concedidos pelo Estado de origem da mereadoria. Em suas informagdes, a autoridade apontada como coatora afirmou que deu cumprimento a Decreto Estadual, editado a partir do entendimento das autoridades estaduais de que os incentivos de que contribuinte vinha se beneficiando decorrem de lei inconstitucional Responda, fundamentadamente, como deve ser julgado 0 pedido. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIE- 1° PERIODO 2017 31/03/201 - Pagina | de 4 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA, RMS 317]4-MT. rel. Min, Castro Meira (Info471) . TRIBUTARIO. MANDADO DE SEGURANCA. ICMS. OPERACAO INTERESTADUAL. CONCESSAO DE CREDITO PRESUMIDO AO FORNECEDOR NA ORIGEM. PRETENSAO DO ESTADO DE DESTINO DE LIMITAR O CREDITAMENTO DO IMPOSTO AO VALOR EFETIVAMENTE PAGO NA ORIGEM, DESCONSIDERAGAO DO BENEFICIO FISCAL CONCEDIDO. IMPOSSIBILIDADE, COMPENSAC AO. LEI. AUTORIZAGAO. AUSENCIA. 1, O mandamus foi impetrado contra ato do Secretirio de Estado da Fazenda, com o objetivo de afastar a exigéneia do Fisco de, com base no Decreto Estadual 4.504/04, limitar 0 creditamento de ICMS, em decorréncia de incentivos ou beneficios fiscais concedidos pelo Estado de origem da mercadoria. Deve-se destacar que a discussi0 travada na lide no diz respeito a regularidade do crédito concedido na origem, mas & possibilidade de © enee estatal de destino obstar diretamente esse creditamento, autuando 0 contribuinte que agin de acordo com a legislagdo do outro ente federativo. 2. Admite-se 0 mandado de seguranca quaido a impugnagao no se dirige contra a lei em tese, mas contra os efeitos concretos detivados do ato normativo, 0 qual restringe © direito do contribuinte de efetuar o creditamento do ICMS. 3. Na hipotese, o Secretario de Estado da Fazenda possui legitimidade para figurar no feito, porquanto, nos termos do art. 22 da Lei Complementar Estadual n° 14/92, compete-Ihe proceder a arrecadag3o e & fiscalizacdo da receita tributéria, atribuigdes que se relacionam diretamente com a finalidade buscada ea ago mandamental 4. 0 beneficio de crédito presumido nde impede o creditamento pela entrada nem impée o estorno do erédito j4 escriturado quando da saida da mercadoria, pois tanto a CF/88 (art, 155, § 2°11) quanto a LC 87/96 (art. 20, § 1°) somente restringem o direito de erédito quando ha isengdo ou ndo-tributagdo na entrada ou na saida, o que deve ser interpretado restritivamente. Dessa feita, o creditamento do ICMS em regime de ndo-cumulatividade prescinde do efetive recothimento na etapa anterior, bastando que haja a incidéncia utara. 5. Se outro Estado da Federagdo concede beneticios fiseais de ICMS. sem a observiineia das regras da LC 24/75 ¢ sem aulorizagao de CONFAZ. cabe 20 Estado lesado obter junto ao Supremo, por meio de ADIn, a declaragdo de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo de outro Estado - como alias foi feito pelos Estados de Sao Paulo e Amazonas nos precedentes citados pela Ministra Eliana Calmon - ¢ ndo simplesmente autuar os contribuintes sediados em seu tertit6rie. Vide ainda: ADI 3312, Rel. Min. Eros Grau. DJ. 09.93.07 e ADI 3389/MC, Rel. Min, Joaquim Barbosa, Dd. 23.06.06), 6. A compensaedo tributarie submete-se ao principio da legalidade estrita, Dessa feitz, nao havendo lei autorizativa editada pelo ente tibutante, revela-se incabivel a utilizagao desse instituto. Precedentes. 7. Recurso ordinario em mandado de seguranga provide em parte. 2" QUESTAO: Um contribuinte de [CMS propoe demanda constitutiva em que visa a anulagaio de crédito tributario constituido por suposto descumprimento do Regulamento do ICMS, cuja redagdo determina que 0 contribuinte deverd proceder o estorno do imposto que tiver creditado, sempre que o servigo tomado DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPHL - 1° PERIODO 2017 31/03/2017 - Pagina 2 de 4 ou a mereadoria entrada no estabelecimento para comercializago, industrializagdo, produgao rural ou ainda, prestagdo de servigo, conforme 0 caso, for objeto de saida ou prestagao de servigo nto tributada ow isenta, sendo essa circunstdncia imprevisivel 4 data da entrada da mescadoria ou da utilizagio do servigo, No caso, a autoridade fiscal, ao verificar a saida de mereadorias ¢ o néio estorno do valor tespectivo. langou a devida multa, Alega o autor que a atitude da autoridade fiscal foi arbitréria, ja que no efetuou o respective estomo porque a mercadoria sobre a qual recaiu © suposto fato gerador foi objeto de cessao em comodato, motivo pelo qual a Sango é desprovida de fundamento. Responda, fundamentadamente, em no maximo 15 (quinze) linhas, como deve ser julgada a causa, RESPOSTA: RESP 1307876/5P, rel. Min. Herman Benjamin TRIBUTARIO, ICMS. BENS IMPORTADOS. ATIVO PERMANENTE. DIREITO AO CREDITAMENTO, CESSAO EM COMODATO A TERCEIROS, CIRCULACAO DE MERCADORIA. NAO OCORRENCIA. AUSENCIA DO DEVER DE ESTORNAR. AUTUAGAO BISCAL IMPROCEDENTE. 1. Hipstese em que se discute se existe 0 dever de o contribuinte estornar crédito de ICMS apurado na importagao de bem para ative permanente, cedido em comodato a tereeiro. 2, Os arts. 20, § 3°, [,¢ 21, 1, da LC 87/1996 se complementam, O primeizo autoriza o creditamento do imposto cobrado na operagdo que tenha resultado a entrada de mereadoria no estabelecimento, mesmo a destinada ao ative permanente (caso dos autos). mas excepciona a hipotese em que a saida subsequente nao for tributada ou estiver isenta. O segundo impée ao contribuinte o dever de estornar o IC creditado, se incidir essa regra excepcional, isto é, quando proprio crediamento for vedado. 3. Se os equipamentos sao cedidos em comodato, néo se pode falar em "saida” , sob a perspectiva da legislagio do ICMS, entendida como, circulagao de mercadoria com transferéncia de propriedade. Nesse aso, 08 bens nip deixam de integcar 6 pattimdnio do conttibuinte, 4, Portanto, a hipotese dos autos ndo se subsume aos arts, 20, § 3°, 1,e 21,1, da LC 87/1996, 0 que permite a conclusio pela possibilidade de manutengiio do erédito de ICMS. Se no havia o dever de estomar, afigura-se indevida a autuagdo. No mesmo sentido: RMS 24.91 /RJ, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 6/8/2012. 5. Recurso Especial provido. DIREITO TRIBUTARIG - CPO6 - 03 “PII - ° PERIOD 2017 103/2017 - Pagina 3 de 4 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 3° QUESTAO: Determinada sociedade que explora atividade de transporte fluvial foi autuada pela autoridade tcibutdria por ter a mesma esctiturado, como erédito dedutivel na operago seguinte, o valor de IMS recolhido na compra de combustiveis para abastecer as embarcagies, Irresignada, a sociedade propde demanda a fim de anutar o auto de infragao. O Estado, em sua defesa, alega que rio hi previsdo da dedugdo nas normias que regem o referido imposio. Respanda, fundamentadamente, como deve ser julgado o pedido. RESPOSTA RESPOSTA: DIREITO TRIBUTARIO. NAO CUMULATIVIDADE DO ICMS INCIDENTE NA AQUISICAO DE COMBUSTIVEL POR EMPRESA DE TRANSPORTE FLUVIAL, OICMS incidente na aquisigdo de combustivela set utilizado poe empresa de prestagdo de serviga de transporte fluvial no desempenho de sua atividade-fim constitui crédito dedutivel na operagao seguinte (art. 20 da LC 87/1996). Isso porque combustivel constitu’ insumno indispensavel 4 atividade emi questo, Com efeito, se o constituinte origindio inseriu os prestadores de servigos de transporte € comunicagio no ambito do 1CMS, é imperative que se compatibilize » prineipio da nao cumulatividade com as suas alividades, o que s6 seri possivel mediante a definigao de um critério que preserve um minimo de créditos, imune as constantes tentativas de mitigagao por parte dos Estados- membros. Esse novo critério deve garantir o direito de crédito sobre todos os inateriais empregados de forma absolutamente necessiria nos veiculos utilizados iia prestagao do servigo de wansporte, assim como nas centrais telefSnicas de propriedade dos prestadores de servigo de comunicagio, por exentplo, até porque esses materiais impactam decisivamente a composiga0 do prego do servigo que serd oferecido ao pilblico, Ademais, tratando-se 0 combustivel de insumo, ndio se lhe aplica a limitagao prevista no art. 33,1, da LC 87/1996 - de acordo com a qual “somente dario direito de crédito as mercadorias destinadas ao 11s0 ou consumo do estabelecimenta nele entradas a partir de 1° de janeiro de 2020" -, pois s6 alcanga as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento. REsp 1.435.626-PA , Kel. Min, Ari Pargendler, julgado em 3/6/2014. DIRELTO TRIRUTARIO ~ CPQ6 - 03 - CPL ~ 1° PERLODO 2017 3403/2017 - Pagina 4 de 4 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CPMEA 12017 lina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO. Sessiio: 04 - Dia 04/04/2017 - 08:00 as 09:50 Professor: RODRIGO JACOBINA BOTELHO 04 Tera: Impostos Estaduais II ICMS tit 1 espacial, temporal, pessoal e quantitative: 3 Aliquota zero. Fato gerador: aspectos; material, jéncia; 4. Imunidades; 5. Isengio; 6. 1° QUESTAO: Concessionaria de servigo piiblico que explora atividade de telecomunicagdes. cuja sede encontra-se localizada no municipio do Rio de Janeiro, promove demanda com pleito de depésito no juizo. competente, uma vez que ostenta divida sobre para qual Estado deve a mesma recolher o valor de ICMS jncidente sobre 0 fornecimento de fichas ou cartées telefSnicos. Afirma que ela propria comercializa as fichas e os cartées, bem como mantém revendedores autorizados em outros Estados da Federago. Agrega-se a isso 0 fato de os consurnidores finais, muitas vezes. consumirem 0s cartes em um Esiado e utilizarem-nos em outros. Responda, fundamentadamente, como deve ser saniada a divida da concessionétia. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 03/04/2017 - Pagina I de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: STJ - RESP 1119517-MG, rel. Min, Castro Meira TRIBUTARIO. ICMS. TELEFONIA. FORNECIMENTO DE FICHAS. CARTOBS E ASSEMELHADOS. UTILIZAGAO EM "ORELHOES" PUBLICOS. ELEMENTO ESPACIAL DA OBRIGACAO TRIBUTARIA, ART. LI, fl. "B" DA LC 87/96. FORNECIMENTO A REVENDEDOR TERCEIRIZADO LOCALIZADO EM OUTRO ESTADO DA FEDERACAO E NAO A USUARIO FINAL. IMPOSTO DEVIDO AO ESTADO ONDE SE LOCALIZA O ESTABELECIMENTO DA CONCESSIONARIA. 1. A questéo trazida no recurso especial resume-se em definir a que Estado pertence 0 ICMS-comunicagao ineidente sobre o fornecimento de fichas ou cartdes telefSnicos quando 0 estabelecimento revendedor esti situado em Estado diverso daquele onde se localiza a sede da coneessiondiria fornecedora dos 2. 0 aeérdio recorrido adotou o eritério da localizagao do estabelecimento que vende o cartdo @ usuirio final, pois, segundo entende, € nesse Estado que seré efetivamente prestado o servigo. Ja arecorrente defende o critério da localizagio do estabelecimento da concessiondria que fornece o cartio telefnico, ainda que para revendedor tereeitizado situado em outro Estado. 3. Cabe 4 lei complementar, nos termos do artigo 155, pardgrafo segundo, inciso X11, da CF/88, dentre outras fungdes, fixar 0 critério espacial da obrigagdo tributaria decorrente da incidéncia 40 [CMS, 0 que permitird definir a que unidade federada deverd ser recolhido o imposto (sujeigdo ativa) e qual estabelecimento da empresa sera responsavel pelo seu pagamento (sujeigao passiva). 4. O art. 11, II], "b" da LC 87/96 previn, para os servigos de comunicagao prestados mediante o formecimento de fichas, cartées ou. assemelhados, que 0 ICMS sera devido ao ente federativo onde se encontra 0 estabelecimento da empresa que fornega tais instrumentes. 5. A escolha desse elemento espacial — sede do estabelecimento da concessiondria — tem por fundamento as proprias caracteristicas da operacito. Os cartes ou fichas teletdnicas sio titulos de legitimagao, que conferem ao portador o direito & fruigo do servigo telefnico dentro da franquia de minutos contratada, sendo possivel utilizé-los em qualquer locatidade do pais, integral ou fracionadamente, desde que, é claro, esteja o local cobesto pela concessiondria de telefonia responsivel pelo fornecimento. 6. O cartio telefonico podera ser adquirido em um Estado e wiilizado integralmente em outro, E possivel, também, que wm mesmo cartdo seja utilizado em mais de um Estado. Nesses termos, quando do fornecimento dos cartdes, fichas ou assemelhados, no € po saber qual sera o efetivo local da prestagaio do servigo de telecomunicacdo, raziio porque 0 legislador complementar, ciente dessas dificuldades, fixox como elemento espacial da operagiio a sede do estabelecimento da concessionaia que fornece os cartdes, fichas ou assemelhados, afastando 0 critério do local da efetiva prestagao. 7. Como as fichas e cartées sao utilizados em terminais pitblicos. sendo regra a pulverizagao de usuarios e locais de uso. a LC preferit escolher um evento preciso ligado exclusivamenteao prestador, e ivel DIREIYO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIL- 1° PERIODO X17 03/04/2017 - Pagina 2 de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO nip uma infinidade de pontos esparsos pelo territério nacional. 8. Outro elemento desprezado pelo Jegistador complementar foi o do domicilio do usuario, até porque esse eritério apresenta-se de pouca ou nenhuma valia, pois 0 tomador do servigo poderd —¢ é 0 que geralmente corre — utilizar 0 servigo distante de seu domicilio. 9. 0 fato de os cartes telefSnicos serem revendidos por terceiros a usuario final ngo altera o eritério espacial escolhido pela LC 87/96, qual seja, o da sede do estabelecimento da concessionaria. A raziio é muito simples: o contribuinte do CMS pelo fornecimento de fichas e cartdes telefonicos ¢ a propria concessiondria, que no tem qualquer controle sobre a venda posteriormente realizada por revendedores, até porque nada impede que essas empresas, ao invés de negociar diretamente com os usuarios, revendam a terceiras empresas situadas em outra unidade da Federagao, 10. Nao ha, portanio, qualquer critério seguro que permite a concessionaria fixar com precisdo o local onde seri revendido 0 cartZo telefOnico a usuario final. Como o fato gerador ocorre no momento do fornecimento da ficha, cartdo ou assemethado, nos temos do ast. 2, § 15, da LC 87/96, ¢ come nesse momento ainda nao houve a revenda, estaria a concessionaria impossibilitada de fazer o recolhimento do ICMS incidente sobre a operagao, justamente por nao ser possivel definir o local da revenda e, consequentemente, 0 Estado sitular da imposi¢ao tributiia, 11. 0 Convénio ICMS 126/98 explicitou a regea do art. 11, (11, " da LC 87196 para deixar claro que o imposto incide por ocasito do fornecimento da ficha, cartio ou assemethado. ainda que a venda seja para terceiro intermediério ¢ ndo para o usuério final. 12. J4 0 Convénio [CMS 55/05 adotou regra expressa determinado que 0 pagamento do imposto deve ser feito ao Estado onde se localiza a concessionaria de telefonia que fornece o cartao telefinico, ainda que o fomecimento seja para terceiros intermedtiérios situadios em unidade federativa diversa, 13. Mesmo que a concessionéria nao entregue 0 cartdo telefonico diretamente a0 usuario, mas a revendedor terceirizado localizado em unidade federada diversa, ¢ que é muito comurtt para facilitar e otimizar a distribuigdo. ainda assim. deverd o imposto ser recolhido 0 Estado onde tem sede a empresa de telefonia. 14. A nica excegiio a essa regra ocorreria na hiparese em que a empresa de telefonia disteibui as fiehas e cartes, no por revendedores terceirizados, mas por meio de filiais localizadas em outros Estados. Somente nesse caso. a concessionaria, para efeito de definigdo do ente tributante a quem se deve recolher 0 imposto, sera 2 filial, e nao a matriz. 15. Como a hipotese é de venda por distribuidores independentes situados em outros Estados, nao se aplica a excegdo. mas a regra geral, devendo o imposto ser recofhido integralmente no Estado onde situada 4 voncessiondiia que emite € fornece as fichas e cartes telefinicos. 16. Recurso especial provid. 2 QUESTAO: Uma sociedade empresiria que explora a comercializagao de sofhvures propde demanda em face do Estado em que visa 4 declaragao incidental de texto legal e, consequentemente, a tepeti¢do de valores DIRECTO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPIIL- 1° PERIODO 2017 03/04/2017 - Pagina 3 de 9 recolhidos a titulo de ICMS, Alega que. ao efetuar a transferéneia eletronica de dados para fornecer programas de computador a consumidor final, a Fazenda tribuiou a operago. Entio, para a autora, ndo pode haver tributagio por auséneia de bem eorpéreo, nem mercadoria em sentido estrito. A Fazenda adwz que assim o fez em obediéncia ao texto legal que a autora pretende infirmar. Responda, fundamentadamente, em no maximo 15 (quinze) linhas, como deve ser julgada a causa, DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIL- 1° PERIODO 2017 03/04/2017 - Pagina 4 de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: ADI 1945/MC, rel. Min, Octavio Gallotti, redator para 0 acérdao Min, Gilmar Mendes Agao Direta de Inconstitu lidade. Direito Tributario. ICMS, 2. Lei Estadual 7,098, de 30 de dezembra de 1998, do Estado de Mato Grosso, Inconstitucionalidade formal, Matéria reservada & disciplina de lei complementar. Inexisténcia. Lei complementar federal (no estadual) é a exigida pela Constituigao (arts, 146, III, ¢ 155, § 2°, XID camo elo indispensdvel entre os principios nela contidos cas normas de direito local. 3. Competéncia do Supremo Tribunal para realizar controle abstrato de constitucionalidade. Lei que da efetividade a comando da Constituigao Federal pela disciplina de normas especiticas para o Estado-membro. 4. Restituigdo de valores cobrados em substituigo tributiria e fixagdo de critérios para o célculo do imposto (arts. 13, § 4°. e 22, par. Unico, da Lei impugnada). Delegacio a decreto de matérias albergadas sob 0 mania da reserva legal. Existéncia de fumus boni iuris. 5. Discriminacao do pagamento antecipado a determinado setor produtivo (art. 3°, § 3°, da Lei impugnada). Razoabilidade do critério objetivo em que repousa a distingdo. Inexisténcia de violagao ao principio da isonomia, 6. Previsio de incidéncia do ICMS sobre “prestagdes onerosas de servigas de comunicagdes, por qualquer meio” (art, 2°, § 2°,da Lei impugnada). Dispositivo cuja redago pouco destoa da determinagdo constitucional (art. 155, Il). Auséneia de relevancia juridica na fundamentagdo para o deferimento da liminar. 7. Previsao de incidéneia de ICMS sobre servigo de comunicag3o“iniciado fora do territério mato-grossense” (arts. 16, § 2°, e 2°, § 3°, da Lei impugnada). Inexisténcia, em juizo preliminar, de interpretagdo extensiva a violar 0 regime constitucional de competéncias. 8, ICMS. Incidéncia sobre softwares adquiridos por meio de transferéncia eletrénica de dados (art. 2°, § 1%, item 6, e art. 6°, § 6°, ambos da Lei impugnada). Possibilidade. Inexisténcia de bem corpéreo ou mercadoria em sentido estrito. Inrelevancia, O Tribunal no pode se furtar a abarear situagdes novas, consequéncias concretas do mundo real, com base em premissas juridicas que ndo sto mais totalmente corretas. O apego a tais diretrizes juridicas acaba por enfraquecer 0 texto constitucional, pois ngo permite que a abertura dos dispositivos daConstituig’o possa se adaptar aos hovos tempos, antes imprevisiveis. 9. Media liminar parcialmente deferida, para suspender a expressdo “observados os demais critérios determinados pelo regulamento”, presente no paragrafo 4° do art, 13, assim como 0 inteiro teor do pardgrafo tinico do art. 22, ambos da Lei 7.098/98, do Estado de Mato Grosso. 3" QUESTAO: Construgdes Rapidas S.A. importou, em 5/9/2007, dois tratores, sob o regime de arredamento mercantil, com opgao future de compra, para o seu estabelecimento localizado no estado de So Paulo, tendo 0 despacho aduaneiro ocorrido no estado do Rio de Janeiro. O estado do Rio de Janeiro, com base no artigo 155, § 2°, IX, "a", da Constituigao Federal de 1988, e no art. 11, [,"d". da Lei Complementar n° 87, de 13/9/1996. lavrou auto de infiagdo contra a empresa sob o argumento de que ‘0 teria ocorride o recalhimento do ICMS incidente sobre a enirada dos tratores em territério mal. Inconformada, a empresa ajuiza na comarce da capital do Rio de Janeiro uma ago pretendendo ver anulado o respective auto, alegando que a operagio nao deveria ser tributada e, se assim 0 fosse, deveria ser pelo Estado de Sao Paulo. ni Responda fundamentadamente se voeé. como juiz competente, deferiria o pedido da Construtora. DIRETTO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPHII- 1° PERIODO 2017 03/04/2017 - Pavina 5 de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: RE 268586 - REL Min. Marco Autélio ¢ RE 206069 - Relator Ministra Ellen Gracie RE 268586 / SP - SAO PAULO RECURSO EXTRAORDINARIO Relator(a): Min. MARCO AURELIO Julgamento: 24/05/2005 Orgao Julgador: Primeira Turma Publicagao DJ 18-11-2005 pP-00010 EMENT VOL-02214-2 PP-00372 Parte(s) RECTE.(S) : POLAROID DO BRASIL LTDA, ADV.(A/S) : MARCAL DE ASSIS BRASIL NETO E OUTROS, RECDO A/S) : ESTADO DE SAO PAULO ADV (A/S) : PGE-SP - LIETE BADARG ACCIOLI PICCAZIO Ementa ICMS - MERCADORIA IMPORTADA - INTERMEDIAGAO - TITULARIDADE DO TRIBUTO. Imposto sobre Cireulagio de Mercadorias ¢ Servigos cabe ao Estado em que localizado 0 porto de desembargue eo destinatério da mereadoria, nao prevalecendo a forma sobre 0 contetido, no que procedida a importacao por terceiro consignatario situado em outro Estado ¢ beneficiario de sistema ‘ributario mais favoravel. RE 206069 / SP - SAO PAULO RECURSO EXTRAORDINARIO Relator(a): Min. ELLEN GRACIE Julgamento: 01/09/2005 Orgio Julgador: Tribunal Pleno Publicagao DJ 01-09-2606 PP-00019 EMENT VOL-022: RTJ VOL-00199-01 PP-00368 LEXSTF v. 28, n. 334, 2006, p. 2: RT y, 96, n. 855, 2007, p. 186-19. RDDT n. 134, 2006, p. 154-159 Parte(s) RECTE. : ESTADO DE SAO PAULO ADV. : PGE-SP - JOSE CELSO DUARTE NEVES RECDO. : FANAVID- FABRICA NACIONAL DE VIDROS DE SEGURANCA LTDA (ADV. : ADALBERTO CALIL E OUTROS Ementa 5 PP-OLL16 267 EMENTA: RECURSO EXTRAORDINARIO. TRIBUTARIO. ICMS. ARRENDAMENTO. MERCANTIL - "LEASING". 1. De acordo com a Constituigao de 1988, incide ICMS sobre a entrada de mereadoria importada do exterior. Desnecessiria, portanto, a verifieagio da natureza juridica do negocio internacional do qual decorre a importaco, o qual no se eneontra ao alcance do Fisco nacional. 2. 0 disposto no art. 3°, inciso VIII, da Lei Complementar n” 87/96 aplica-se exclusivamente 4s operagdes internas de leasing, 3. Recurso extraordinario conhecido e provido. INFORMATIVO 729 - A MATERIA VOLTOU A SER DISCUTIDA: “Leasing” e incidéncia de [CMS - 3 © Tribunal retomou julgamento de recurso extraordingrio em que se discute a constitucionalidade da incidéneia do ICMS na importagao de bem mével realizada mediante operaciio de arrendamento mercantil (leasing) - v. Informativos 534 ¢ 570. O Ministro Josquim Barbosa, Presidente, em voto- vista, negou provimento ao recurso. Considerou possivel, em tese, a in cia do ICMS nas, DIREITO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPIHIT- 1° PERIODO 2017 03/04/2017 ~ Pagina 6 de 9 operapdes de importaeao amparadas por contratos de arrendamento mercantil, Entretanto, salientou. que um dos obstdculos a ser enfrentado seria a lesto da capacidade contributiva pela auséncia de normas gerais adequadas a mensurar o aspecto econdmico da operagdo. Consignou que a tributagao to poderia absorver integralmente a utilidade econdmica do fato tributado a ponto de torné-lo invivel, a nfo ser nas hipoteses permitidas pela Constituigdo ¢ pela lei. Aludiu que a capacidade contributiva conciliaria dois interesses relevanies: do ponto de vista do Estado, asseguraria a solidariedade no custeio dos servigas publicos, de modo que nenhuma atividade que gerasse riqueza pudesse se furtar 4 manutenco da maquina administrativa (desiderato fiscal); do ponto de vista do contribuinte, garantiria a ele DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIII - 1° PERIODO 2017 03/04/2017 - Pagina 7 de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ‘oestimulo necessiirio ao trabalho e a iniciativa econdmica, ao preservar a ulilidade e a fruigdo de sua atividade e ao prevenir o efeito de desestimulo caracteristico das porgdes mais elevadas da curva de Laffer. Constatou que a jurisprudéncia do STF tenderia a utilizar o principio da capacidade contributiva para justificar a tributagao, e ndo para desonerar contribuintes. RE 226899/SP, rel Ellen Gracie, 20.11.2013. (RE-226899) “Leas ing” ¢ incidéneia de [CMS - 4 O Presidente citou precedente (RE 547245/SC, Die de 5.3.2010) em que o Tribunal fixara entendimento segundo o qual o arrendame:ro mercantil ndo se confundiria com locago ou com simples compra © venda. Ressaltou que a evolugao social e de conceites teria sido adotada, naquele caso, para ampliar a tvibutagdo pelo ISS. Porém, aqui, as virtudes econdmicas contemporineas indicariam carninho contratio em relagio ao ICMS-importaggo, sob pena da instituigao de verdadeiro “imposto de importagao de competéncia estadual”. Rememorou que, consideradas as caracteristicas econdmicas tinieas do contrato, 0 aor integral da operagdo ndo refletiria a expressao econdmica do leasing, como se compra ¢ venda fosse. Além disso, destacou que outro problema a ser enfrentado diria respeito & competéncia da U para eriar tributos de fins extrafiscais regulatérios, com o escopo de intervir no comércio exterior e na balanga comercial. Mencionou que nao haveria noticia de que a lei complementar de nacmas gerais ou os Estados e o Distrito Federal teriam eriado mecanismo de controle baseado na existéncia ou no de similares nacionais, como operaria a Camara de Comercio Exterior - Camex no ambito federal. Recordow que alguns eonvénios Confaz permitiriam a outorga de isengio em casos de aquisigdo de bens para 0 ativo fixo, mas essas normas seriam apenas autorizativas € nao se aplicariam as importagdes que nao fossem destinadas aos bens de capital. Sublinhou que. tendo em vista a proibigdo da outorga de isengdes heterdnomas, seria possivel conceber cendrio no qual eventual politica de estimulo federal estaria prejudicada pela tributagao local. RE 226899/SP, rel. Min. Ellen Gracie, 21 01 RE-226899) “Leasing” e incidéncia de ICMS - $ O Presidente enfatizou, ainda, que a preocupagio acerca da manutengdio das condigées de concorréncia. equilibrada ndo se aplicaria As hipéteses em que ausente produto similar nacional. Além disso. destacou que. no caso em exame, teria sido reconhecida a existencia de isengdo pata as operagdes internas. Deste modo, ponderou que tributar as operagdes externas e desonerar as operagSes internas teria como risco ininente DIREFTO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIII - 1° PERIODO 2017 03/04/2017 - Pagina 8 de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO aviolagdo da is tratados is que exigiriam reciprocidade de tratamento em matéria fiscal. Ademai considerou essencial abordar a problemitica referente a alegada dificuldade de o aparato fiscal constatar a real natureza do negocio juridico e de fazer o tributo aleangar a parte localizada em tertitorio estrangeiro. Nao vislumbrou dbice constitucional para a incidéncia do [CMS nas operagies de entrada de mercadorias, independentemente do negdcio juridico subjacente, desde que justificada pelo risco concreto de lesdio do mercado interno. Realgou nao ser possivel assentar a tributagXo baseada em simples presungdes, sob o risco de subserever a cobranga de impostos sobre aquilo que efetivamente no fosse riqueza, requisito indisponivel da autorizagio democraitica que embasaria 0 poder fiscal. Por fim, anotou que a grande quantidade de obrigagdes acessérias ¢ os elevados graus de técnica ¢ profissionalismo dos aparatos fiseais seriem mais do que suficientes para que o Estado verificasse a ocorréncia de fatos geradores, spurasse 0 montante devido, encontrasse 0s sujeitos passivos cobrasse a exagdo. Nao haveria, assim, margem para temer a hipossuficiéncia fiscal ou o sco hipotético de os contribuintes se furtarem impunemente ao pagamento dos débitos. Apos a manifestagdo do Presidente, pediu vista o Ministro Teori Zavaseki RE 226899/SP, rel. Min. Ellen Gracie, 20.11.2013, (RE-226899) Decisdo: O Tribunal, por maioria, negou provimento ao recurso, vencida a Ministra Ellen Gracie (Relatora), que Ihe dava provimento. Nao votaram os Ministros Rosa Weber e Luiz Fux, por sucederem aos Ministros Ellen Gracie e Eros Grau, que ja votaram. Redigira o acérdio a Mi Carmen Liicia, Ausentes 0 Ministro Ricardo Lewandowski (Presidente). em viagem oficial & Republica da Coreia para participar do 3° Congresso Mundial sobre Justiga Constitucional, e. neste julgamento, o Ministro Dias Tofoli, que declarou suspeigdo. Presidiu o julgamento a Ministra ‘Cécmen Litcia, Vice-Presidente no exereicio da Presidéncia. Plenario, 01.10.2014 O ACORDAO AINDA NAO ESTA DISPONIVEL stra DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1° PERIONO 2017 03/04/2017 - Pagina 9 de 9 I ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PULA 12017 Disciplina/Matéria: DIREJTO TRIBUTARIO: = Dia 04/04/2017 - 10:16 as 12:00 Professor: RODRIGO JACOBINA BOTELHO 05 Temar Impostos Estaduais LV ICMS [V Substituigao tributdria. 1° QUESTAO: A Empresa ABC LYDA., contribuinte do (CMS por substituigdo tribuadria, verifica que as vepdas efetivamente por ela realizadas, a base de ealculo do tributo foi maior do que aguela ulilizada de forma estimacla para o céteulo do tribuuto devido ne operagao de substituigdo tributaria, Postula, assim, perante o Fisco Estadual, a devotugiio da diferenga de imposto pago a maior em funpao da utifizagiio efetiva de base de céifeulo maior do que a estimada. A Juz da jurisprudéneia do STF e STi, analise o pleito do contribuinte. MPEFCO TRIBUTARIO - CPDG - 03 - CREE - 1° PERIODO 2057 OMOSIOIT - Pay ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: Contribuinte tem direito a diferengas em regime de substituigdo tributiria, decide STF Foi corictuido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) « julgamenta do Recursa Exiraordinario (RE) 593849, com repercussiio geral reconhecida, no qual foi alterado entendimento do STF sobre o regime de substituicao tributéria do Imposto sobre Citculagdo de Mercadorias ¢ Servigas (JCMS). 0 Tribunal centendeu que o contribuinte tem direito diferenga entre o valor do tributo recolhido previamente & aquele realmente devido no momento da venda. O julgamento foi retomado com © pronunciamento do ministro Ricardo Lewandowski, o tltimo a ‘votar, acompanhando 4 posigdo majoritiria definida pelo relator da a¢ao, ministro Edson Fachin. Segundo 0 voto profesido por Lewandowski, 0 tributo 36 se torna efetivamente devide com a ocorréneia do fato gerador, ¢ a inocorréncia total ou parcial exige a devolugao, sob pena de ocorréneia de confisco ou enriquecimento sem causa do Estado. integra do voto do minjstro Lewandowski Modalagio e tese Também foi definida a modulago dos efeitos do julgamento, de forma que 0 entendimento passa a valer para 0s cas0s fiuturos e somente deve atingir casos pretérios que jd estefan emt trimice judicial, Segundo o ministro Edson Fachin, a medida é necesséria para se atender ao interesse publico, evitando surpresas, como 0 ajuizamento de agdes rescisdrias e de novas agdes sobre casos att agora no questionados, Foi ficada também a tese do julgamento para fim de repercussio geral: ~E devida a restituigao da diferenga do Imposto sobre Circulagdo de Mercadorias e Servigos (ICMS) pago a mais no regime de substituigdo tributaria para a frente se a base de calculo efetiva da operag’io for inferior & presumida.” ADIs Fo} coneluido ainda 0 julgamento das ADIs 2675 ¢ 2777, nas quais se questionayam leis dos Estados de Pernambuco ¢ So Paulo que autorizavam a restituigao dos valores cobrados a mais pelo sistema de substituigdo tributétie. O julgamente estava sobrestado aguardendy voto de desempate. proferido pelo ministro Luis Roberto Barroso, que negou provimento aos pedidos, atestando a constitacionatidade das normas. FOEB Age no Ag 575358/ RS AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE {NSTRUMENTO 2003/0224988-1 Relator(a) Ministto CASTRO MEIRA (1125) Orgao Julgador 12 SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 20/05/2008 Data da Publicagao/Fonte D4 23/08/2004 p. 203 Ementa . TRIBUTARIO. ICMS, SUBSTITUIGAO TRIBUTARIA PROGRESSIVA, REPETICAO OU COMPENSACAO DE VALORES RECOLHIDOS A MAIOR. IMPOSSIBILIDADE. DECISAO DO STF (ADIN N." L851-4/AL), 1. Julgados desta Corte, no exame do fendmeno da substi iributétia progressiva, firmaram 0 entendimento de que o contribuinte pode requerer a repetigIo ou compensagio do {CMS pago a maior quando a base de ealeulo do fato gerador presumido for superior ao valor efetivo da operagio. 2. O Supremio Tribunal Federal, na assentada de 08 de maio de 2002, consageou DIREITO TRIBUTARIO - CP96 - 03 - CPLIT ~ 1° PERIODO 2017 0504/2017 - Pagina 2 de 7 SSCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO orientagdacontréria a que até entiio era adotada no Ambito da Primeira Segao desta Corte 3. No julgamento da ADIN n2 1.851-4/AL, entendeu-se, a luz do ‘comando contido no § 7° do artigo 150 da Constituiggo da Repiblica, que 0 contribuinte tem direito & restituigdo dos valores recolhidas em regime de substituigao tributdria progressiva apenas quando o fato gerador nao se realizar, afastada a possibilidade de compensagdo de eventuais excessos ou faltas, em face do valor real da operagao substituida, 4, Agravo improvido, ADLI8S1/ AL - ALAGOAS ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Relator(a): Min. ILMAR GALVAO. Julgamento: 08/05/2002 Orgio Julgador: Tribunal Pleno Publicagzio DJ 22-11-2002 PP-00055 EMENT VOL-02092-01 PP-00139 REPUBLICAGAO: DJ 13-12-2002 PP-00060 EMENTA: TRIBUTARIO. ICMS. SUBSTITUICAO TRIBUTARIA, CLAUSULA SEGUNDA DO CONVENIO 13/97 E §§ 6.2 E 7° DO ART. 498 DO DEC. N.° 35.243/91 (REDAGAO DO ART. 1° DO DEC. N.° 37.406/98), DO ESTADO DE ALAGOAS, ALEGADA OFENSA AO § 7°00 ART. 150 DA CE (REDACAO DA EC 3/93) E AO DIREITO DE PETICAO E DE ACESSO AO JUDICIARIO. Convénio que objetivou prevenir guerra fiscal resultante de eventual concessio do beneficio tributario representado pela restituigdo do [CMS cobrado a maior quando a operagao final for de vafor inferior ao do fato gerador presumido, Irrelevante que nao tenha sido subserito por todos os Estados, se ndo se cuida de concessiio de beneficio (LC 24/75, art. 2.°, INC. 2.%), Impossibilidade de exame, nesta ago. do decreto, que tem natureza regulamentar. A EC n2 03/93, ao introduzir no art. 150 da CF/88 0 § 7°, aperfeigoou o instituto, ja previsto em nosso sistema juridico-tributirio, ao delinear a figura do fato gerador presumido e ao estabelecer a garantia de reembolso preferencial e imediato do tributo pago quando no verificado o mesmo fato a final. A circunstancia de ser presumido o fato gerador nao constitu Sbice a exigéncia antecipada do tribuio, dado tratar-se de sistema instituido pela propria Constituigdo, encontrando-se regulamentado por lei complementar que, para definiy-the a hase de céleulo, se valeu de critério de estimativa que a aproxima o mais possivel da reatidade. \ lei complementar, por igual, definiu © aspecto temporal do fato gerador presumido como sendo a saida da mercadoria do estabelecimento do coniribuinte substituto, no deinando margem para cogitar-se de momento diverso, no futuro, na conformidade, alids, do previsto no art. 114 do CEN, que tem o fato perador da obrigagao principal como a situagdlo definida em lei como necesséria e suficiente a sua ocorréncia. O fato gerador presumido, por issa mesmo, nia ¢ provisério. mas definitive, nao dando ensejo 4 restituigdo ou eomplententagdo do imposio pago, sendo, no primeiro caso, na hipotese de sua ndo-realizagao final. Admitit 0 contrario valeria por despojar-se o instituto das vantagens que determinaram a sua concepgo © adogzio, como a redugdo, a um sé tempo, da mquina-fiscal e da evasto fiscal a dimensdes minimas, propiciando, portanto, maior comodidade, DIREITO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPI - (© PERIOD 2017 03/04/2017 - Pagina 3 de 7 rn ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO economia, eficiéncia eceleridade as atividades de tributagao € arrecadago. Agdo conhecida apenas em parte ¢, nessa parte, julgada improcedente. RE 453125 AgR-segundo / SP - SAO PAULO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EX TRAORDINARIO Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA Julgamento: 04/10/2011 Orgdo Julgador: Segunda Turma Public: DJe-203 DIVULG 20-10-2011 PUBLIC 21-10-2011 EMENT VOL-02612-0) PP-00651 Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTARIO. {MPOSTO SOBRE CIRCULAGAO DE MERCADORIAS E SERVIGOS DE COMUNICACAO E DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL, E INTERESTADUAL, ICMS, SURSTITUICAO TRIBUTARIA. REPERCUSSAO GERAL. DISCUSSAO QUE NAO SE CONFUNDE COM A POSSIBILIDADE DE INSTITUICAO Da, SISTEMATICA SEM ANTERIOR REGULAMENTACAO POR NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTARIO, AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Nos autos do RE 593.849 (rel. min, Ricardo Lewandowski) discute-se se é devida a restituigdo do [CMS na hipétese de ser apurada diferenga entre a hase de célculo presumida (substituta} e a base de cdleulo efetiva (substituida), 2. De modo inconfuundivel, discute-se neste recurso extraordindrio se era possivel instituir a sistematica de substituigio tributéria independentemente de norma geral em metéria teiputéria regulamentadora do direito 3 imediata e preferencial restituigdo do valor arrecadado, no periodo compreendido entre a introdugao do § 7° no art, 150 da Constituigo (EC 93/1993) ¢ a publicagao da LC 87/1996. 3. A. matéria em anilise nesies autos continua regida pelo decido na ADI 1.851, sem sofrer a influéncia do finturo precedente que vier a ser formado. Agravo regimental ao qual se nega provimento, RE 593849 RG / MG - MINAS GERAIS - PENDENTE DE JULGAMENTO. REPERCUSSAQ GERAL NO RECURSO EXTRAORDINARIO Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI Julgamento: 17/09/2009 Publicacao DJe-191 DIVULG 08-10-2009 PUBLIC 09-10-2009 . EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTARIO, JCMS, RESTITUIGAO DA DIFERENCA DO IMPOSTO PAGO A MAIS NO REGIME DE SUBSTITUIGAO TRIBUTARIA. BASE DE. CALCULO PRESUMIDA E BASE DE CALCULO REAL. ART. 150, § 7°, DA CP. ADi 2.675/PE, REL. MIN. CARLOS VELLOSO E ADf2,777/SP, REL. MIN. CEZAR PELUSO, QUE TRATAM DA MESMA MATERA E CUO JULGAMENTO JA FOI INICIADO PELO PLENARIO. EXISTENCIA DE REPERCUSSAO GERAL, 2° QUESTAO: Ne operagdo que remete oleo da unidade industrial no Rio de Janeiro para distribuidora em Minas Getais em que ha regime de substituigao tibutiria que obriga industria! remerente, na qualidade de substitute tributaria a cecother, antecipadamente. © ICMS a Favor do Estado de Minas Gerais, a unidade industrial, em virtude de desconto incondicional oferecido & distribuidora, recolhew o tributo sobre a base de calculo abstraida do referido desconto. A autoridade fiscal mineira alega suposto recolhimento a menor de ICMS em decorrgneia de erro na formagaio da base de céleulo, por nao ter o contribuinte incluido na base de céleulo do tributo as descontos incondicionais. Desta forma, procedeu a autuagao da distribuidora, o que fez esta recorrer as vias judictérias para infirmar a autuag’o, Responda, fiundamentadamente, se agiu corretamente a autoridade mineira DIRFITO FRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIE- 1° PERIODO 2017 03/04/2617 - Ps ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: Contribuinte (em direito a diferengas ent regime de substituigay tribuciria, decide STE Foi concluido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento do Recurso Extraordinario (RE) 593849, com repercussdo geral reconhecida, no qual toi alterado entendimento do STF sobre o regime de substituigdo tributdria do Imposto sobre Cireulagdo de Mereadotias e Servigos (CMS). O Tribunal entendeu que o contribuinte tem diteito & diferenca entre 0 valor do tributo recolhido previamente € aquele realmente devido no momento da venda. 0 julgamento foi retomado com 0 pronunciamento do ministro Ricardo Lewandowski, o ltimo a votar, acompanhando a posigéio majoritaria definida pelo relator da ado, ministro Edson Fachin, Segundo a vot proferido por Lewandowski, o tributo s6 se torna efetivamente devido com a ocorréncia do fato gerador, € a inocorréncia total ou parcial exige a devolugio, sob pena de ocorréncia de confisco ou enriquecimento sem causa do Estado. Integra do yoto do ministea Lewandowski Modulagio ¢ tese ‘Também foi definida a modulago dos efeitos do julgamento, de forma que o entendimento passa a valer para 0s easos futuros e somente deve atingir casos pretéritos que j4 estejam em tramite judicial. Segundo o minisiro Edson Fachin, a medida é necessaria para se atender ao interesse pibfico, evitando surpresas, como o ajuizamento de agdes rescisérias ¢ de novas agdes sobre casos até agora n&o questionados. Foi fixada também a tese do julgamento para fim de repercussio geral: “E devitia a restituigdo da diferenya do tmposto sobre Circulagdo de Mercadorias ¢ Servigos (CMS) pago a mais no regime de substituigdo tributaria para a frente se a base de caleulo efetiva da operagao for iaferiar & presumida.” ADIs Foi coneluido ainda o julgamento das ADIs 2675 e 2777, nas quais se questionavam leis dos Estados de Pernambuco ¢ So Paulo que autorizavam a restituigao dos valores cobrados a mais pelo sistema de substinuigao tributiria. O julgamento estava sobrestado aguardando voto de desempate, proferido pelo ministro Luis Roberto Barroso, que negou provimento aos pedidos, atestando a constitucionalidade das normas. FIVER RESP 1167564-MG, rel. Min. Eliana Calmon TRIBUTARIO - ICMS - SUBSTITU! GAO TRIBUTARIA - OPERAC, AO. MERCANTIL COM DESCONTO INCONDICIONADO - AUSENCIA DE PRESUNGAO. DA MANUTENGAO DO BENEFICIO. 1. 0 valor dos descontos incondicionais ndo integra a base de eiitoulo do {CMS na ‘operagio do contribuinte substituto por conta propria 2. Nido se presume a subsisténcia dos descontos incondicionais nas operaydes subsequentes da cadeia de circulagao de mercadorias. 3. Sobre as operagdes de circulagdo de mereadorias posteriores & operagao Uo contribuinte substituto utiliza-se a base de calculo presumida, deseabendo fa perpetuidade dos descontos incondicionais, 4, Recurso especial no DIRFITO TRIBUTARIO - CP06 = 03 - CPIIL- 1° PERLODO 2017 03/04/2017 - Pagina 5 de 7 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO provido. Stimua 457 GrgdoJulgador SI - PRIMEIRA SEGAO Data do Julgamento 25/08/2010 Data da Publicagao/Fonte Die 08/09/2010 Enunciado Os descontos incondicionais nas operagdes mercantis nao se incluem na base de eiileulo do CMS. AgRg nos EREsp 953219 / RJ AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGENCIA FM RECURSO ESPECIAL 2011/03 36374-2 Relator(a) Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA (1128) Orgio Julgador 31 - PRIMEIRA SECAO Data do Julgamento 110612014 Data da Publicagio/Fonte Die 20/06/2014 Ementa TRIBUTARIO. AGRAYO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGENCIA EM RECURSO ESPECIAL, ICMS. SUBSTITUICAO TRIBUTARIA. DESCONTO [NCONDICIONAL. MATERIA PACIFICADA. SUMULA 168/ST3. AGRAVO NAO PROVIDO, 1. 0 Supremo Tribunal Federal, na interpretagao do preceito contido no art, 150, § 7°, da Constituigao Federal, decidiv que, na sistematica de substituigdo tributdria, se assegura a restituigao tao somente se o fato gerador presumide ado se realizar (ADI L8S1/AL, Rel. Min, LMAR GALVAO, Tribunal Pleno, DJ 15/5/02). 2. Na linka desse entendimento, para a Primeira Segao do Superior ‘Tribunal de Justiga, sob o regime de substituig integra a hase de cétleute do ICMS os valores correspondentes as mercadorias dadas em bonificagao, assim como ocorre no tocante aos descoatas incondicionais (EREsp 715.255/MG, Rel. Min. ELIANA CALMON, Primeira Segao, Dle 23 3. "Nao cabem embargos de divergéncia, quando a jurisprudéncia do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acérddo emtbargado” (Stanata 168/STS). 4. Agravo regimental no provide, ¥ QUESTAO: Em sede embargos 4 execugiio fiscal, a embargante discorda dos critérios adotados pelo Estado para a margem de valor agregado, elemento que imegra a base de célculo presumida do ICMS. Defende que 4 Lei Estadual que trata de matétia nfo estabelece os eritésios e percentuais para a fixagdo das margens de lucro utilizadas no regime de substitui¢o tributaria. Destaca, ainda, que a margem de comercializacio das mercadorias negociadas se encontra prevista em pauias tiscais, © que entende vedado, ainda que 0s eritérios utilizados na lei para o ealeulo da margem de valor agregado consubstanciam mesa reproducao do texto da LC 87/96, o que no satistaz 0 requisito para a DIRFITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2047 03/04/2017 - Pagina 6 de 7 instituigao valida do regime de substituigae triburdria "Para Frente". Ademais. sustenta a embargante @ recontiecimento do direito & restituigdo do ICMS recolhido a maior no regime de substituigao tributaria, sob pena de ofensa ao disposto na norma do artigo 150, §7°, da CREB. Responda, fundamentadamente, se as afegagées da embargante merecem acolhida. RESPOSTA, RESPOSTA: Versio para impressao 0100796-84.2006.8.19.0001 - APELACAO 1° Ementa DES. MARIA REGINA NOVA ALVES - Julgamento: CIVEL, (06/2015 - DECIMA QUINTA CAMARA, APELACOES CIVEIS. DIREITO TRIBUTARIO. EMBARGOS A EXECUGAO. ICMS, SUBSTITUIGAO TRIBUTARIA {PARA FRENTE,. PRETENSAO PARA COMPENSAGAO OU RESTITUIGAO DA DIFERENCA ENTRE O VALOR DA BASE DE CALCULO PRESUMIDA E O REAL DA OPERAGAO DE VENDA PARA EFEITO DO VALOR DO TRIBUTO. SENTENCA. QUE JULGOU IMPROCEDENTES O8 PEDIDOS. INCONFORMISMO DE AMBAS AS PARTES. JNEXISTENCIA DE NULIDADE DO AUTO DE INFRACAO, QUE OBSERWA TODOS OS REQUISITOS PREVISTOS NO ARTIGO 74, DO DECRETO N° 2.473/79. INEXISTENCIA DE INCONFORMIDADE ENTRE A NORMA DO § 4°, DO ARTIGO 8°, DA LEI COMPLEMENTAR N°87/96 EO CRITERIO DA MARGEM DE VALOR AGREGADO. UTILIZADO NA LET ESTADUAL N? 2,651/96, TENDO EM VISTA QUE ESTA £ MERA REPRODUGAO DO TEXTO LEGAL DAQUELA, O ENTENDIMENTO DO PLENO DO C. STF NO JULGAMENTO DA ADI 1.851, FOINO SENTIDO DA JMPOSSIBILIDADE DO CONTRIBUINTE CREDITAR-SE DA DIFERENCA DO ICMS, RECOLHIDO SOB O REGIME DE SUBSTITUIGAO TRIBUTARIA {PARA FRENTE, QUANDO O VALOR PRESUMIDO PARA A OPERAGAO FINAL FOR MAIOR DO QUE 0 REALMENTE PRATICADO. A INTERPRETAGAO DO § 7° DO ARTIGO. 150 DA CREB, E NO SENTIDO DE QUE A COMPENSAGAO DO ICMS PELO SUBSTITUIDO. SOMENTE E POSSIVEL NOS CASOS DE NAO REALIZACAO DO FATO GERADOR PRESUMIDO. SENTENCA MANTIDA. RECURSOS CONSECIDOS E DESPROVIDOS. DIRFITO TRIBUTARIO - CPD6 - 03 - CPIT- 1? PERIODO 2017 03/04/2017 - Pagina 7 de 7 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Turma: CPIL A 12017 Disciplina/Materia: DIREITO TRIBUTARIO, Sesto: 06 - Dix 85/04/2017 - 08:00 as 09:50 Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA, 06 Tema: Impostos Estaduais V ITD e IPVA - Competéncia, legislagdo ¢ incidéncia. 1* QUESTAO: Caio, por meio de fideicomisso, entrega um apartamento na Av. Vieira Souto a seu irmao Ticio que, nna qualidade de fiduciario, deve transmiti-lo a Simpronia, sua itma, na condigo de fideicomissisia A transmissao deve se dar quando Simprénia se casar. Todavia, uma fatalidade ceifa a vida de Ticio antes do casamento de Simpronia, Esta imediatamente se habilita a receber o imével. Ao ser cientifieada da necessidade de pagamento de imposto de transmissio mortis causa discorda e ingressa com agdo visando descaracterizar a incidéncia tributéria. Alega que no ha transmissio de bens neste momento, porque como fideicomissaria recebe a propriedade diretamente do fideicomitente e nao do fidus Responda fundamentadamente: a) Simprdnia tem razio ao afirmar que neste caso nao ha transmissio de bens, portanto, improcede o imposto de transmissdio mortis causa? b) Caso Simprdnia viesse a falecer antes de Ticio, na hipétese do art, 1.958 do Novo Cédigo Civil (Lei n® 10.406/2002), antigo art.1738 do Cédigo Civil/1916, haveria incidéncia de imposto de transmiss4o mortis causa? Quem deveria ficar com o iméye]? RESPOSTA\ Ver parecer ministerial no Agravo de Instrumento n, 13105/99 - TIRJ, de 2/00, TIRE - Al 00578448320 128190000 RJ 0057844-83.2612.8.19.0000, Rel. DES. MARCOS ALCINO, DE AZEVEDO TORRES. 22/11/2013 Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVENTARIO, FIDELCOMISSG, FALECIMENTO DA FIDUCIARIA, EXTINGAO DO GRAVAME DE FIDEICOMISSO. INEXISTENCIA DE RECOLHIMENTO DE IMPOSTO TRANSMISSAO, Inexiste transmissio entre o fiducidtio ¢ os fideicomissarios, como no presente caso. O direito real de ambos ocorre ne momerita da instituigde de tideicomisso, quando 0 fideicomitente beneficia, sucessivamente, duas pessoas distintas (fidueidrio e fideicomissario), Assim, se jé foi recothido imposto quando da doagdo ao fideicomitente, no ha razao para se exigir o seu recolhimento na consolidagdo da propriedade na pessox do fideicomissario, O fidcicomissirio no recebe os bens do fiduciévio, mas do propria fideicomitence e. assim sendo, néo hid transmissio do fiducidrio para 0 fideicomissdrio, tendo em, vista que a Lei n° 1,427 /89, que instituiu o Imposto "causa mortis" e por doagdio de quaisquer bens ou direitos, em seu artigo 3° ,, iscnta do imposto “a consolidacao da propriedade na pessoa do fiduciario": e considerando. Finalmente, que o artigo 10, do meneionado Ciploma legal indica apenas a base de cafculo na instituigdo de fideicomisso. forgoso coneluir que, na extingio daquele, com a consolidagdo da propriedade em maos do fideicomissatio, no invide 0 imposio. PROVIMENTO MONOCRATICO DO RECURSO. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPUIL- 1° PERIODO 2017 04/04/2017 - Pagina Ide 1 ESCOLA DA MAGISTRATURA DQ ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2 QUESTAO: Em processo de separag&o em que figuram JOAO ¢ MARIA, 0 varao decide "abrir mio” de sua pane na meagdo para que todos os bens fiquem na propriedade do eénjuge virago. No entanto, apés 0 recorno dos autos das Fazendas Estaduais Municipais, MARIA é surpreendida com a decisto do juiz, que a mandou pagar os tributos de transmissao relative aos iméveis objeto da liberalidade do ex-marido. Responda fundamentadamente: a) se MARIA deve realmente recother tais valores; b) em easo positive, quais tributos podem ser cabrados: ¢) sobre que valor deve incidir os tributos, PIREFTO TREBUTARIO - CP06 - 03 - CPHL- LY PERIODO 2017 04/04/2017 » P. ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: ED no RESP 723587/RJ - rel Min Eliana Caimon EDel no REsp 723587 / RI EMBARGOS DE DECLARAGAO NO RECURSO ESPECIAL, 2005/0021355-9 Relator(a) Ministra ELIANA CALMON (1114) Orgio Julgador T2 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 06/09/2005 Data da Publicagao/Fonte DJ.03/10/2005 p. 217 Ementa | . PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTARIO ~ EMBARGOS DE DECLARAGAO — IMPOSTO DE TRANSMISSAO —- INCIDENCIA - SEPARACAO JUDICIAL ~ DOAGAO DA MEACAO DE EX-CONJUGE — INEXISTENCIA DE CONTRADIGAO OU OMASSAO NO JULGADO 1. Invidveis os declaratérios destituidos de razées suficientes para evidenciar configuragio de qualquer das hipoteses do art, 35 do cee. erizado 0 ato de transmissio como doagdo. incide o imposto (0 no art, 155, I da CF, de competézicia estadual. io que justitiea o manejo dos embargos declaratérios deve Jevante para o desfecho da controvérsia. A nao citagdo da lagdo estadual que ampara o recothimento do imposto nao ¢ fato capaz de ensejar omissio no julgado, Ere sede de recurso especial, ndo € omisso o acérdio que deixa de se pronunciar sobre questdes nao prequestionadas no Tribunal de origem 4, Embargos de declaragao rejeitados. APL 1139508020068260000 SP 0113950-80.2006.8.26.0000, Rel. Antonio Carlos Villen, 21/09/2011 Ementa . ACAO DECLARATORIA Bens iméveis transferidos a autora por ocasido de sua separagio judicial. Pretensio a que se declare quem tem legitimidade para exigir 0 imposto incidente sobre a referida transmissio de bens, Excesso de meagdo. Fato que constitui doagao, tributada por meio de ITCMD. Nao incidencia de TBI. Sentenga que julgou procedente o pedido para declarar que o imposto é devido exclusivamente & Pazenda do Estado. Recurso nao provide. ACJ 2013011091062 DF 0091056-91.2013.8.07.0001, CARLOS ALBERTO MARTINS FILHO, Publicado no DJE | 03/02/2014 Ementa DIREITO CONSTITUCIONAL. TRIBUTARIO, CIVIL. DOAGAO ENTRE CONJUGE NA CONSTANCIA DA SOCIEDADE CONJUGAL. REGIME DA COMUNHAO LINIVERSAL DE BENS. UNIVERSALIDADE DO PATRIMONIO, ART. 1667 DO CODIGO CIVIL BRASILEIRO. ART, 155, DA ITUICAO FEDERAL . LEI N°. 3.804 /2006, FATO GERADOR INEXISTENTE. NAO INCIDENCIA. RECURSO DESPROVIDO. SENTENGA MANTIDA. LO ART. 1667 DO CODIGO CIVIL PREVE QUE O REGIME DE COMUNHAO UNIVERSAL IMPORTA A COMUNICAGAO DE T DIRETTO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIL- 1° PERIODO 2017 04/04/2017 Paging 3 ce 11 7] ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO OQDOS OS BENS PRESENTES FE FUTUROS DOS CONJUGES E SUAS DIVIDAS PASSIVAS, COM EXCEGAO DO ARTIGO SEGUINTE (ART. 1668 . CC). TRATA-SE DE REGIME QUE SE CARACTERIZA, POR EXCELENCIA, PELA EXISTENCIA DE UM UNICO PATRIMONIO, QUE IMPORTA EM CONDOMINIO ENTRE OS CONJUGES OU PROPRIEDADE EM MAO COMUM. 2, DESTAQUE-SE QUE O ART, 155 .. DA CONSTITUICAO FEDERAL DISPOE QUE: "COMPETE AOS ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL INSTITUIR IMPOSTOS SOB: TRANSMISSAO CAUSA MORTIS E DOACAO, DE QUAISQUER BENS OU DIREITOS". POR OUTRO LADO, NO AMBITO DO DISTRITO FEDERAL, A LEJ N°, 3.804 /2606 REGULAMENTA O IMPOSTO SOBRE TRANSMISSAO CAUSA MORTIS OU DOAGAO DE BENS E DIREITOS - [[CD. 3.08 ARTS. I° E 2°. £ If, DA LEI N®. 3.804 /2006 ESTABELBCE QUE: "ART.1°. ESTA LEL DISPOE QUANTO AO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSAO CAUSA MORTIS OU DOAGAO DE, BENS E DIREITOS - | TCD, COM BASE NO INCISO DO ART. 155 DA CONSTITUICAG DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL . ART, 2°. 0 TCD INCIDE SOBRE A TRANSMISSAO DE. QUAISQUER BENS OU DIREITOS HAVIDOS: | - POR SUCESSAO LEGITIMA OU TESTAMENTARIA, INCLUSIVE POR SUCESSAO DECORRENTE DE MORTE PRESUMIDA E POR SUCESSAO PROVISORIA. NOS TERMOS DA LEI CIVIL. II - POR DOAGAO. § 1°. PARA, EFEITOS DESTE ARTIGO, PRESUME-SE DOAGAO 0 EXCESSO NAO-ONEROSO NA DIVISAO DO PATRIMONIO COMUM OU PARTILHADO, EM VIRTUDE DE DiSSOLUGAO DA SOCIEDADE CONJUGAL POR SEPARACAO JUDICIAL OU DIVORCIO, DE EXTINCAO DE CONDOMINIO OU SOCIEDADE DE FATO E DE SUCESSAO LEGITIMA OL! TESTAMENTARIA.” 4.DEPREENDE-SE DOS ENUNCIADOS DISPOSITIVOS LEGAIS QUE O ITCMD INCIDE SOBRE DOAGOES FEITAS A UM DOS CONJUGES NA DISSOLUCAO DA SOCIEDADE CONJUGAL, NAO SENDO 6 CASO DOS AUTOS, POIS, SEGUNDO CERTIDAO DE CASAMENTO DE FL. 17, O CASAL PERMANECE CASADO SOB O REGIME DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPHL - 1° PERIODO 2017 04/04/2017 - Pagina 4 de 11 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DACOMUNHAO UNIVERSAL DE BENS. 5.REGISTRE QUE, EM SE TRATANDO DE PARTILHA DOS BENS DO.CASAL, A INCIDENCIA TRIBUTARIA PODE SER DAR DE TRES FORMAS: (1) SE 0 PATRIMONIO FOR DIVIDIDO IGUALMENTE, COM A REPARTIGAO DE 50% (CINQUENTA POR CENTO) DOS BENS PARA CADA CONJUGE, NAO HAVERA INCIDENCIA DE QUALQUER IMPOSTO:; (IT) SE HOUVER EXCESSO NAO ONEROSO NA PARTILHA, INCIDIRA 0 ITCMD, ENTENDO-SE QUE NESSE CASO, HOUVE UMA DOACAG DE BENS ENTRE OS CONJUGES; (III) SE HOUVER EXCESSO ONEROSO NA PARTILHA, [STO E, QUANDO HA UMA CONTRAPRESTACAO PECUNIARIA POR PARTE DO CONJUGE QUE FICOU COM MAIS APOS A PARTILHA, INCIDIRA 0 ITBI. 6.NO CASO EM APREGO, IMPORTANTE DESTACAR QUE NAO E 0 CASO DE DISSOLUGAO DA SOCIEDADE CONJUGAL SOB © REGIME DE COMUNHAO UNIVERSAL DE BENS, NO QUAL 0. PATRIMONIO DOS CONJUGES E UNICO. NESSE CASO, NAO HA FATO GERADOR APTO A AMPARAR O LANCAMENTO REALIZADO PELA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA, QUANDO SE TRATAR DE DOAGAO, CUJA TRANSFERENCIA DOS BENS AO CONJUGE SE DEU NA CONSTANCIA DA SOCIEDADE CONJUGAL. 7.CUMPRE ASSINALAR QUE 0 FATO GERADOR DO ITCMD E A TRANSMISSAO DE QUAISQUER BENS OU DIREITOS DO PATRIMONIO DO DOADOR PARA O PATRIMONIO DO DONATARIO, A TITULO NAO ONEROSO. ASSIM, RELATIVAMENTE AOS BENS E DIREITOS INTEGRANTES DA COMUNHAO ENTRE OS CONJUGES, NAO INCIDE 0 ITCMD, JA QUE NAO EXISTE A TRANSMISSAO DE PROPRIEDADE ENQUANTO NAO OCORRER A DISSOLUCAO DO VINCULO CONJUGAL. ADEMAIS, O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA JA SE PRONUNCIOU, INCLUSIVE, NO SENTIDO DA IMPOSSIBILIDADE DA CONFIGURACAO DE DOAGAQ ENTRE OS CONJUGES. 8.0 FATO GERADOR, NA ESPECIE, NAO RESTOU CARACTERIZADO, UMA VEZ QUE 0 BEM COMUM DO CASAL NAO CONFIGURA HIPOTESE DE DOACAO OU DE EFETIVA TRANSFERENCIA PATRIMONIAL ENTRE OS CONJUGES, LOGO, BEM COMUM DO. CASAL NAO CONFIGURA HIPOTESE DE DOAGAO OU DE EFETIVA TRANSFERENCIA. PATRIMONIAL ENTRE OS CONJUGES. 9,4 COMUNHAO ENTRE OS CONJUGES COMPREENDE, QUANDO UNIVERSAL, TODOS OS BENS E DIREITOS DO CASAL GRAVADOS COM CLAUSULA DE INCOMUNICABILIDADE. AMBOS OS CONJUGE! POSSUEM, NA CONSTANCIA DO MATRIMONIO, A PROPRIEDADE TOTAL DOS BENS E- DIREITOS QUE INTEGRAM A UNIAO, SENDO ESTES CONSIDERADOS COMO UMA SO. UNIVERSALIDADE. ASSIM, AMBOS SAO PROPRIETARIOS DO MESMO TODO, QUE. SOMENTE SERA INDIVIDUALIZADO POR MEIO DA PARTILHA, SE E QUANDO DA DISSOLUGAO DA SOCIEDADE CONJUGAL. 10.ASSIM, NA HIPOTESE DOS AUTOS, O ITCMD, EXIGIDO SOBRE A TRANSFERENCIA DE BENS ENTRE CONJUGES DE VALORES QUE. INTEGRAM A COMUNHAO. E DE DIREITO 0 CANCELAMENTO DO LANCAMENTO EFETUADO PELA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA, DEVENDO SER ADOTADAS AS. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS CABIVEIS. 1|.RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. SENTENCA MANTIDA. 12.SEM CUSTAS, NOS TERMOS DO ARTIGO 4°, INCISO , DA LEI N® 9.289 /96. CONDENADO O RECORRENTE AO PAGAMENTO DOS HONORARIOS ADVOCATICIOS, FIXADOS EM 1026 D0 VALOR DADO A CAUSA. 13.A SUMULA DE. JULGAMENTO SERVIRA DE 4CORDAO, CONFORME REGRA DO ART. ALVO OS PIREFTO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIL- 1° PERIODO 2017 04/04/2017 - Pagina $ de 11 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 46 DA LELN.® 9.099 /95, Acérdio CONHECIDO. IMPROVIDO. UNANIME, 3* QUESTAO: XXXIX CONCURSO DE INGR 0 NA CARREIRA DA MAGISTRATURA/RS 2° Questo da Prova Preliminar realizada em 29.08.04: Caio falece em estado de vitivo, nado deixando herdeiros. ¢ somente um ¢estamento cerrado e cosido, ro qual lega a Ticio todo o seu tinico patriménio, um apartamento em Copacabana. Ticio é excluido da sucessiio do de cujus por indignidade, judicialmente declarada. O juizo orfanoldgico reconhece 0 bem devolvido & heranga como erepticio e deciara a vacdncia sucessiria, Nu hipstese incide 0 imposto previsto no art, 155, 1 da Constituigao ? Justificando, 0 candidato deverd abordar 0 principio da SAISINE. RESPOSTA: Segundo o professor Carlos Roberto Gougalves, embora se reconhega a aquisigao da heranga pelo indigno, no momento da abertura da sucesso, o legislador, por ficgdo legal, determina a retroago dos efeitos da sentenga, para considerar 9 indigno como pré-morto ao hereditando. Como conseqliéneia, 0 excluido da sucessao € obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da heranga houver percebido, mas tem direito a ser indenizado das benfeitorias com a conservagao deles (art. 1817, p. tinico), pra que ndo ocorra o enriquecimento sem eausa dos seus sucessores. As despesas reembolsaveis so todas as que (eve o indigno com a conservagao dos bens hereditirios. De acordo com este entendimento, ndo deve haver incidéncia do imposto de transmissiio, uma vez que ndo haverd exteriorizagao de riqueza e, consequentemente, ndo haveré ¢lemento material para incidéncia da exagao, uma vez que, por ficgao legal, nada se transferiu ao indigno, DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPHI- t” PERIOLO 2017 04/04/2017 - Pagina 6 de 11 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ‘Turma: CPHL A 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO, Sessilo: 07 - Dia 05/04/2017 - 10:10 As 12:00 Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA 07 Tema: Impostos Municipais I IPTU 1, Legislagdo de regéncia, Artigos 52 a 86 da Lei Municipal 691/84 (Codigo Tributirio Municipal); 2. Fato Gerador © Base de Célculo. Artigos 32 ¢ 33 do CTN; 3. Contribuinte. Artigo 34 do CTN. Locatario; 4. Aliquotas. Progressividade. Emenda Constitucional n? 29/2000. 1* QUESTAO: ULTRALEVE ESCOLA DE PILOTAGEM E ASSESSORIA AERONAUTICA LTDA impetra um. Mandado de Seguranga contra ato do Secretirio Municipal de Administragao Tributéria, na vara de fazenda piblica competente, pretendendo a suspensdo da exigibilidade do erédito tributirio do IPTU relative ao imével situado na Av. ABCD n° 3, pertencente & Unido, no qual explora atividade ligada & aviagdo. Alega que tal imével foi the dado através de contrato de concessdo de uso com a INFRAERO, motivo pelo qual nao cabe a impetrante o recothimento do tributo, Analise, fundamentadamente, se deve ser deferido o writ DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPLIL- 1° PERIODO 2017 (04/04/2017 - Pagina | de 6 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: STJ: RESP 681.406/RJ - Relator Ministro José Delgado, REsp 681406 / RI RECURSO ESPECIAL, 2004/0117023-7 Relatora) Ministro JOSE DELGADO (1105) Orgao Julgador TL- PRIMFIRA TURMA Data do Julgamento 07/12/2004 Data da Publicagao/Fonte DJ 28/02/2005 p. 252 RDR vol. 31 p. 391 Ementa . TRIBUTARIO. CONTRATO DE CONCESSAO DE USO, IPTU, INEXIGENCIA. 1. 0 contrato de concessio de uso & negécio juridico bilateral de natureza pessoal 2. Nao hd elementos juridicos determinando que. para fins tributdrios, o contrato de concessao de uso seja equiparado a0 dominio til de bem. 3. O contribuinte do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ¢ o proprietario do imovel, titular do imével, 0 titular do seu dominio util, ou seu possuidor a qualquer titulo (art. 32 do CTN). 4, $6 € contribuinte do [PTU quem tenha 0 animus dominis, que pode ser expresso pelo exercicio da posse ou do proprio dominio. 5. A concessio de uso € um contrato bilateral lipico que nao caracteriza expresso de animus dominis. 6. A posse exercida pelo cessionario, no contrato de concessao de uso, € expressiva, apenas, no negécio juridico pessoal celebrado. Nao exterioriza propriedade, nem abre espago para se considerar 0 cessiondrio como possuidor. 7. Recurso improvido. AgRg no REsp 1381034 / RI AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 2013/0127407-0 Relator(a) Ministro HUMBERTO MARTINS (1130) Orgio Julgador 12 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 13/08/2013 Data da Publicagio/Fonte De 26/08/2013 Ementa TRIBUTARIO. PROCESSUAL CIVIL. ACORDAO FUNDAMENTADO EM MATERIA CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL. CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL PARA ANALISE DA QUESTAO SOB ENFOQUE INFRACONSTITUCIONAL. IPTU, IMOVEL PERTENCENTE A UNIAO, CONCESSAO DE USO. RELAGAO DE DIREITO PESSOAL. NAO. INCIDENCIA DO TRIBUTO. ndamentado 0 acirdao recorrido em matéria constitticional e infraconstitucional e interposto recurso extraordindirio para PIREFTO PRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIL- 1° PFRIODO 2017 04/04/2017 - Pagina 2 de 6 SPECIAL combater o fundamento constitucional, & perfeitamente cabivel a interposi¢ao de recurso especial para a analise da matéria sob enfoque infraconstitucional 2. O reconhecimento da repercussio geral pela Suprema Corte no enseja o sobrestamento do julgamento dos recursos especiais que tramitam neste Superior Tribunal de Justiga 3, Nos termos da jurisprudéneia do STJ, somente € contribuinte do IPTV 0 possuidor que tenha animus domini. © cessionario niio pode ser taxado de contribuinte do aludido imposto. por nao exercer nenhum direito de propriedade sobre o imével. 4, Hipotese em que a ora agravada nao é contribuinte do #PTU, haj vista que € possuidora por relacdo de direite pessoal, nao exercendo © dominio, sendo possuidora do imével como simples detentora de coisa alheia Agravo regimental improvido. RE 599417 AgR / RJ - RIO DE JANEIRO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINARIO Min. EROS GRAU, DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIU - 1° PERIODU 2017 04/04/2017 - Pagina 3 de 6 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 29/09/2009Orgio Julgador: Segunda Turma Publicagio DJe-200 DIVULG 22-10-2009 PUBLIC 23: EMENT VOL-02379-10 PP-02077 RT v, 99,n, 891, 2010, p. 234-237 Ementa 0-209 EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINARIO. 1P TU. IMOVEL, DE PROPRIEDADE DA UNIAO. CONTRATO DE CONCI AO DE USO. POSSE. PRECARIA. POLO PASSIVO DA OBRIGACAO TRIBUTARIA, IMUNIDADE, RECIPROCA. ART. 150, VI, "A", DA CONSTITUICAO DO BRASIL, IMPOSSIBILIDADE DA TRIBUTAGAO. 1. 0 Supremo Tribunal Federal, em caso andlogo ao presente, o RE n. 52, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 27.4.07, fixou entendimento no sentido da impossibilidade do detentor da posse preesiria e desdobrada, decorrente de contrato de concessio de uso, figurar no pélo passivo da obrigagho tributaria. Precedemtes. 2, Impossibilidade de tributaco, pela Municipalidade, dos terrenos de propriedade da Unido, em face da imunidade prevista no art, 150, VI, "a", da Constituigio, Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento, 2" QUESTAO: JOAQUIM, morador da cidade de Rio das Pedras, promove demanda em face do municipio, em que requer a declaragao incidental de inconstitucionalidade de texto legislative municipal promulgado em agosto de 1998 e, consequentemente, a devolugdo de valores cobrados a titulo de IPTU. Alega que 0 texto impugnado concedeu isengdes parciais de [PTU inversamente proporcivnais ao valor venal de iméveis, o que Vioiasie alguns principios constitucionais. Responda, fundamentadamente. como deve ser julgado 0 pedido. levando em considerago que & demanda toi ptoposta em 2002 DIREFLO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPIM - ° PERIODO 2017 04/04/2017 - Pagina 4 de 6 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: RE 355046/SP, rel. Min, Ellen Gracie DIREITO TRIBUTARIO. IPTU. PROGRESSIVIDADE ANTES DA EC 29/00. IMPOSSIBILIDADE, AINDA QUE PELA VIA OBLIQUOTA DE ISENGOES GRADUAIS. 1. 0 legislador Municipal nfo poderia, no periodo anterior a tal emenda constitucional, ter estabelecido graduagdo progressiva do montante devido pelos contribuintes a titulo de IP TU, tendo como critério o valor do imével, 2. A utilizagao do instituto da isengdo como instrumento de graduagao de aliquotas, com aplicagao a generalidade dos contribuintes, no cortesponde & sua natureza juridica. Nesse caso, a iseng#o deixa de atuar como beneficio fiseal. De norma de excegio que é, passa a compor o aspecto quantitativo da norma tributaria impositiva, modelando toda a tabela de aliquotas ¢ tendo como efeito a vedada progressividade. 3. Aplicagdo da Simula 668 do STF ARE 639632 AgR / MS - MATO GROSSO DO SUL AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINARIO COM AGRAVO Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO. Julgamento: 22/10/2013 Orgio Julgador: Primeira Turma Publicagao ACORDAO ELETRONICO DJe-231 DIVULG 22-11-2013 PUBLIC 25-11-2013, Enenta EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EX’ TRAORDINARIO COM AGRAVO. IPTU, PROGRESSIVIDADE. LEI LOCAL INSTITUIDA APOS A EMENDA. CONSTITUCIONAL N° 29/2000, CONSTITUCIONALIDADE, CONDICOES PREVISTAS PELO ESTATUTO DA CIDADE. INAPLICABILIDADE. L. A progressividade extrafiseal, baseada na fungao social da propriedade, sempre foi permitida pelo texto Constitueional. Esta & a modalidade deprogressividade que se opera conforme as condigdes previstas pelo Estatuto da Cidade, 2. A progressividade fiscal, dita arrecadatéria, sé foi viabilizada apés constar da Constituigo Federal o permissivo trazido pela Emenda Constitucional n° 29/2000, Nesse caso, aprogressividade é mecanismo de coneregio da capacidade conteibutiva e apera-se com a majoragao de alfquotas em relagao diretamente proporcional ao aumento da base de cileulo. 3. Agravo regimental a que se nega provimento, 3° QUESTAO: LINDOLFO propde demanda em face do municipio em que visa a declaragao de inexisténcia de relagdo juridico-tributiria c, consequentemente, a desconstituigdo do Langamento do IPTU efetuado pela autoridade tributéria Em sua inicial, 0 autor alega que seu terreno foi algado a Area de Preservagao Ambiental Permanente cumulada com a nota de non aedificandi, em poredo equivatente a 2/3 (dois tergos) do imével. Aduz que. tal como na desaptopriaco, o proprietirio nado pode mais usuftuir dos aspectos econdmicos de sua propriedade, por isso descabida a referida exago tributaria, Responda, fundamentadamente, emno maximo 15 (quinze) linhas, como deve ser julgada a causa. RESPOSTA: RESPOSTA . DIREITO TRIBUTARIO. INCIDENCIA DE IPTU SOBRE IMOVEL PARCIALMENTE StTUADO EM APP COM NOTA NON AEDIFICANDI. © fato de parte de um imével urbano ter sido declarada como Area de Preservagao Permanente (APP) e, além disso, softer tesirigdo administrativa consistente na proibiglo de construig (nota non aedificandi) nao impede a ineidéncia de IPTU sobre toda a area do imovel, Nos termos da jurisprudéncia do STS, "A vestrigdo 4 utilizagdo da propriedade referente a drea de preservagio permanente em parte de imével urbano (loteamento) ndo afasta a incidéncia do Imposto Predial © Territorial Urbano, uma vez que o fato gerador da exagao permanece integro. qual seja. a propriedade localizada na zona urbana do municipio. Cuida-se de um énus a ser suportado, 0 que ndo gera 0 DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 05 - CPIIL- 1° PERIODO 2017 04/04/2017 - Pagina $ de 6 cerceamento total da disposigiio, utilizagae ou alienayaio da propriedade. como corre, por exemplo. nas desapropriagdes.” (REsp 1.128.981-SP. Primeira Tuma, DJe 25/3/2010). O fato de parte do imével ser considerada como area non aediticandi (area com restrigies legais ou contratuais onde nao € permitido construir) nao afasta o referido entendimento, pois ndo ha perda da prapriedade, mas ‘spenas restrigdes de uso, a fim de viabilizar que a propriedade atenda A sua verdadeira Fungo social. Logo, se o fato gerador do IPTU, conforme 0 disposto no art, 32 do CIN, é a propriedade de imével urbano, a simples limitagio administrativa de proibigio para construir no impede a sua configuragao, Ademais, nio ha lei que preveja isengGo tributaria para a situagao analisada, conforme a exigéncia dos 150, § 6°, da CF e 176 do CTN, (AgRg no REsp 1.469.057-AC, Segunda Turma, Dle 2014), REsp 1,482.18 Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 17/3/2015, Die 24/3/2015. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPHL 1° PERIODO 2017 04/04/2017 - Ps ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ‘Turma: CPI A 12017 Disciplina/Macéria: DIREITO TRIBUTARIO Sesstio: 08 - Dia 06/04/2017 - 08:00 As 09:50 Professor: ANDREA VELOSO CORREIA 08 Testa: (mpostos Municipais I! [TBI 1, Legislagdo de Regéncia, Lei Municipal n° 1.364/88; 2. Fato Gerador. Aspectos temporal e espacial; 3. Base de Caleulo e Aliquotas: 4. Sujeito Pass Artigo 42 do CTN 1° QUESTAO: No inventério decorrente da separago, os ex- cOnjuges dividiram o patriménio da seguinte m: imével situado no Municipio do Rio de Janeiro, no valor de RS 50.900,00. pertencerd ao ex- cdnjuge uanto 0 imével situade io Municipio de Tetesdpolis, no valor de RS 30.000,00, pertencerd 30 ex- Cdnjuge mulher. A Fazenda Estadual requereu que fosse pago o 'TCM- Doagio (art, 155, [. da CF/88) sobre o excesso de meagio. A Fazenda Municipal, por sua vez, solicitou que fosse pago 0 UTBI (art. 156, Il, da CF/88), face & permuta realizada. Decida, de forma fundamentada, @ qual ente da federacdo deverd ser pago 0 imposte devide em fungaio do esbogo de partilha. DIRECTO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 05/04/2017 - Pagina 1 de 36 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: Se tivesse constado do esbogo de partilha a mengao a um valor em dizkeiro a titulo de reposiga. visando equiparar os quinhdes, nao haveria divide de que o tributo devido seria o Imposto Muri pois estaria claro carter oneroso da transagio (artigos 156, II. da CF/88 ¢ artigo 5°, X. a, da Li Municipal n? 1364/88). Entretanto, como no exemplo dado nao ha um valor em dinheiro, o Estado e 0 Muniefpio, lerpretando a Constituigdo Federal e a legislagao aplicavel, pleiteiam os impostos de sua competéncia, Alega 0 Estado que s6 existe uma situagdio ent que © Imposto seria devido ao Municipio: quando houvesse, de forma clara, reposigao ou torna, Em todas as outras hipéteses, estariamos diante de uma transmissio a titulo gratuito (doagio). Por sua vez, 0 Municipio entende ser devido o ITBI, em fungio da permuta realizada, no que se refere As cotas partes que cada cénjuge teria nos iméveis objeto da partilha. Em outras palavras, 0s cdnjuges visando extinguir 0 condominio existente, permutam entre si as suas ¢otas partes, de forma que cada um deles fique com a propriedade integral de um bem imével. Ressalta que a permuta ndo pressupde que os bens tenham o mesmo valor. Para 2 Municipalidade, nao pode prevalecer a tese estadual, porguie: a) 0s atos gratuitos no se. presumem, devendo set expressos, por envolverem liberalidade. A presungdo ¢ de que 0s alos sejam nerosos; b) nao ha que se Talar em doagao, uma vez que o bem ja pertencia ao casal. Tribunal de Justiga, depois de uma longa discussdo, uniformizou a sua jurisprudéncia no sentido de ser devido © Imposto Estadual, lace a auséneia de reposigdo (uniformizagao de jurisprudéncia n° 2002.018.00003, j, 18/1 1/2002). Nem o STJ, nem o STF enfrentaram a questio. No entanto, tanto o STI quanto o STF posstiem decisdes no sentido de que na extingdo de condominio, ocorve o fato gerador do fT BI- Muicipat, em razio da permuta de cotas partes (RESP 4810/PR, 4" Turma, Rel. Min. Ray Rosado, D! 07/10/96 & RE 53.638/SP), O grande problema é que muitos entendem que, no caso conereto, niio existe condominio, mas sim uma comunhao de bens FISP, APL 00272850320108260071 SP 0027285-03.2010.8.26.0071, rel. Kenarik Boujikian, 07/08/2014: Ementa Apelacdo. Agao declaratéria de inexigibilidade tributéria, (TBI. Separacdo judicial. Partilha de bens, Nos casos de partilha igualitaria do patriménio do casal por ocasidio de separagio ou divéreio, nao ha que se falar em transmissao de bens. A incidéncia do imposto sobre a transmissao de bens iméveis pressupde a reatizacito de negécio juridico oneroso. com a transferéncia da propriedade do bem imével ou de direitos reais sobre imével. de modo que apenas o excesso nao gratuito da meagao pode ser objeto do ITBI. Recurso nao provido. APL 90004068720098260506 SP 9000406-87.2009.8.26.0506, rel. Kenarik Boujikian, 07/08/2014: Ementa Apelagdo. Ago declarat6ria de inexigibilidade tributdria, ITBI, Separagiio judicial, Partitha de bens. 1. Nos casos de partilha iguaiitéria do patriménio do casal por ocasiao de separacao au divéreio, nao ha que se falar DIRELLO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 + CPI ~ 1° PERIODO 2017 05/04/21 17 Pagina 2 de 36 PN ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO fed emtransmisstio de bens. 2. 4 incidéneia do imposto sobre a transmissdo de bens iméveis pressupde a realizagio de negécio juridico oneroso, com a transferéncia da propriedade do bem imével ou de direitos reais sobre imovel, de modo que apenas 0 excesso nao gratuito da meagao pode ser objeto do ITBI. Recurso nao provido. 2 QUESTAO: XXXVIII CONCURSO DE INGRESSO NA CARREIRA DA MAGISTRATURA/RJ 3" Questio da Prova especifica realizada em 23/01/2004: Considerando que a propriedade de um bem imével s6 se transmite apds 0 devido registro no Cartério de Regisiro de Iméveis competente, aps a comprovagao de que o TBI ja foi pago, deve-se entender que o ITBI é tributo recolhido antes da ocorréncia do fato gerador. O candidato viabiliza plausibilidade juridica para proceder impugnagdo administrativa? Fundamence. RESPOSTA: Segundo a jurisprudéncia do SJ e do STF, 0 fato gerador do ITBI s6 ocorre com 0 registro, face a0 posto no artigo 110 do CTN, Entretanto, as legislagdes municipais prevéem a incidéneia do tributo no momento da celebragdo do negécio juridico. Em outeas palavras, o tributo é recolhido antes da ocorréncia do fato gerador. Alguns doutrinadores admitem tal incidéncia com base no disposto no artigo 150, § 7°, da CF/88. Seria uma hipétese de substituigdo tributéria para frente, O citado artigo permite a antecipagio do pagamento de qualquer imposto, cujo fato zerador deva ocorrer no Futuro, assegurada a imediata restituig20, caso o fato gerador presumido nao se realize. A substituigdo para frente seria mais uma garantia do crédito tributirio e visa impedir a realizagao de fraudes. A questo no entanto, controvertida, nao existindo ainda um posicionamento dos Tribunais a respeito da controvérsia, Em relago ao ISS, as duas aulas so a meu ver suficientes para dar um panorama das principais discussées, desde que mantidos o nimero de dois casos concretos por aula. E claro que 0 rntimero de servigos (iter's) analisados em sala depender do andamento da aula, Sugiro, no entanto, algumas alteragdes nos temas e casos coneretos: 3* QUESTAO: Ao adquirir um imével, CARLOS se surpreende com o valor do ITBI. Pereebeu que o valor elevado do tributo se deve & base de cdleulo do mesmo, qual seja, 0 valor venal do imével. No entanto, observou que 0 valor venal do TTBI nao é mesmo valor venal correspondente & base de calculo do IPTU, mas muito superior. Dessa forma, Carlos propde demanda em face do mun imenta que nao pode haver dois valores venais a fim de definir. de forma diferente. as bases de céleulo dos tributos citados. Requer, consequentemente, a redugdo do valor venal do ITBI de forma a que seja igual Ado IPTU. Responda, fundamentadamente, como deve ser definida a questa. DIRLELO FRIBUTARIO - CPO - 03 - CPHL - 1° PERIODO 2017 05/04/2017 - Pagina 3 de 36 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA. REsp 1199964, rel. Ministro Herman Benjamin TRIBUTARIO, ITBI. IPTU. BASES DE-CALCULO. VALOR VENAL. IDENTIDADE NECESSARIA. INEXISTENCIA. 1. valor venal do imével apurado para fins de ITBI nao coincide, necessariamente, com aquele adotado para langamento do IPTU. Precedenies: AgRg no REsp 1.226.872/SP, Rel. Ministro Castro Meira, DJe 23.4.2012; AgRe ne AREsp 36.740/RS, Rel. Ministro Humberto Mantins, Die 22.11.2011; AgRg no Ag 4.120.905/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 11.9.2009, 2. O TI-SP, na presente demanda, snalisou finiea e exclusivamente a base de céleulo do ITBI, a luz do att. 38 do CTN, entendendo pela indispensivel identidade com a base do IPTU, A demanda esta em [a de execugao e nao ha mengio, nem mesmo implicita, a legislagiio municipal ou a eventual acbitramento realizado pelo Fisco local, matérias estranhas ao pleito recursal 3, Recurso Especial provido. DIREITO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPIIL- IS PERIQDO 2017 4/2017 - Pagina 4 de 36 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ‘Turma: CPHL A 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO Sessdo: 10 - Dia 07/04/2017 - 08:00 as 09:50 Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA 10 Tema: Impostos Municipais IV Imposto sobre servigos de qualquer natureza ISSQN - Il 1. Fato gerador. Obrigagses mistas. Conceito de prestagio de servigos; 2. Base de Calculo e local da prestagio do servigo; 3. Aliquotas: 4. Contribuinte. Empresa ¢ profissional auténomo. 1" QUESTAO: Sociedade empresiria impetra mandado dle seguranga com objetivo de afastar a incidéncia de [SS sobre locagao de bens méveis, quais scjam, maquinas copiadoras, impressoras ¢ outros equipamentos. Em suas informagGes, a autoridade apontada como coatora aduz que o contrato firmado entre a sociedade empreséria e © municipio também englobaria servigos de assisténeia técnica para maniutengo dos referidos bens, Responda, fundamentadamente, se a ordem deve ser concedida. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 06/04/2017 - Pigina | de 4 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: RESP N° 1.194.999/RJ, rel. MINISTRA ELIANA CALMON TRIBUTARIO - IMPOSTO SOBRE SERVIGO DE QUALQUER NATUREZA - LOCACAO DE BENS MOVEIS - SUMULA VINCULANTE 31/STF - CONTRATO DE LOCAGAG CONJUGADO COM PRESTAGAO DE SERVICO DE ASSISTENCIA TECNICA. 1. Segundo 3 Sémula Vinculante 31/STJ, " € incanstitucional a incidéncia do Imposto sobre Servigos de Qualquer Natureza -JSS sobre operagdes de locuedo de bens moveis" 2. E valida a tributagdo de ISS sobre os servicos de manutencdo e de assisténcia técnica, em raze de expressa previsiio na lista anexa Lei Compiementar 116/2003 (item que 14.02 - "assisténcia técnica"). 3. O'STF ainda nao tratou definitivamente da questio envolvendo a conjugagto de locagdo bem mével e servigos acessérios, como o prestacio de assisténcia técnica, 4. A existéncia de prestagao de servigo de a ssisténeia técnica, em cardter acessérin ao contrato de locacao de bem mével, néo jeistitiea a incidéncia do ISS sobre o valor total da operagdo, sob pena de ofensa i Simule Vinculante 31/STF. 5. Recurso especial provide. TIRS - AGY 70056181050 RS, tel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro, Didrio da Justiga do dia 30/09/2013 AGRAVO. APELAGAO CIVEL. DIREITO TRIBUTARIO, ACAO ORDINARIA. INCIDENCIA DE ISS SOBRE LOCACAO DE BENS MOVEIS (LOCAGAO DE MAQUINAS DE ESCRITORIO E COPIADORAS). DESCABIMENTO. INCIDENCIA DA SUMULA VINCULANTE 31 DO STP. REPETICAO DO |NDEBITO. CABIMENTO. COMPROVAGAO QUE A AUTORA ASSUMIU O ENCARGO DO IMPOSTO. Nao incide ISS sobre & locagdo de maquinas de escritério e copiadoras, pois equivale & locagtio de coisas méveis. A execugio de meras atividades-meio de manutengao e assisténcia técnica dos bens focados nao configura prestacdo do servigo, pois a locagao (atividade-im) traz consigo a obrigagao da locadora de conservi-los durante o perfodo contratual. O rol da lista de servigos sujeitos a0 {8S é taxativo, impossibtlitando-se sua ampliagao a fim estender a incidéncia do impasto a atividades nao expressamente elencadas. Stimula Vinculante 31 do STF. Precedentes do TIRGS, STJ e STF. ISS. REPETICAO DO INDEBITO. IMPOSSIBILIDADE. ART. 166 DO CTN . Tratando-se de imposto indireto. como é 0 caso do ISS, a restituiga do imposto cobrado a maior somente pode ser feita a quem prove haver assumido 0 referido encargo, ou, no caso de té-lo transferido a terceiro. estar por este autorizado a recebé-to. Inteligéncia do art.166 do CTN . Precedentes do TIRGS € STI. Agravo desprovido, (Agravo N° 70056181050, Vigésima Segunda Camara Civel. Tribunal de Justiga do RS. Relator: Carlos Eduardo Zietlow Duro. Julgado em 25/09/2013) 2* QUESTAO: Levando-se em consideracao que muma demanda de repeti¢a6 do tributo pago indevidamente deve se observar a regra prevista no art. 166 do CTN, ou scja, € necessiria a comprovacdo de que nao houve repasse do referido encargo no caso dos impostos indiretos, responda, funciamentadamente se. no do ISS, deve o demandante, no caso, uma Sociedade Uniprofissional de Advogado, comprovar ou no © repasse do rererido encargo. RESPOSTA: RESPOSTA: Agint no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL N° 9: RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS Agint no AREsp 925202 / RN Relator(a) Ministro HUMBERTO MARTINS (1130) ‘Orgio Julgador 12 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 23/08/2016 Data da Publieacio/Fonte Die 31/08/2016 DIREITO TRIBUTARTO - CP06 - 63 - CPL - 1° PERIODO 2017 06/04/2617 - Payina 2 de 4 Ementa TRIBUTARIO. PROCESSUIAL CIVIL. ISS. SOCIEDADE UNIPROFISSIONAL DE ADVOGADO. TRATAMENTO PRIVILEGIADO PREVISTO NO ART. 9, § 3°, DO DECRETO- Lt 406168. REPETIGAO DE INDEBITO, RECOLHIMENTO DO TRIBUTO BASEADO NOS SERVICOS PRESTADOS. APLICAGAO DA REGRA CONTIDA NO ART. 166 DO CTN PRECEDENTES. 1. A Primeira Segao do STJ, no julgamento do REsp t.{31.476/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, definiu, sob o regime do art. 543-C do CPC. que o ISS é espécie tributdria que, a depender do caso concreto, pode-se caraeterizar como tributo direto ou indireto. 2, Nos termos da jurisprudéncia dominante do ST, nos casos em que a base de calculo da tribute é o prego do servigo, a exagio assume feicdo indireta, permitindo transferit 0 énus fnanceito 20 contribuinte de fato. 3. Hipétese em que 0 tecolhimento do ISS Jevou em consideragdo os servigos prestados, de modo que era possivel o repasse do vator do tributo ao tomador do servigo. Logo, a repetigao do tributo pago indevidemente sujeita-se A regea prevista no art. 166 do CTN, ou seja, & necessaria a comprovagdo de que ndo houve repasse do referido encargo, Considerando que nao houve tal eomprovagao, no é possivel a repetigao. Precedente: EREsp 873.616/PR, Rel. Ministto MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SECAO, julgado em 13/12/2010, Dje 1/02/2011, Agravo interno improvido, 3° QUESTAO: Determinada sociedade empresarial, localizada no Rio de Janeiro, que explora a atividade de easing financeiro fd mais de 20 (vinte) anos, pretende recolher valores referentes ao ISS dos servigos que efetivamente presta. Levando-se em consideracio que efa presta servigo em todo o territério nacional, responda, fundamentadamente: a) qual ente da Federagdo € 0 sujeito ativo da capacidade tributério no caso? ) a resposta anterior seria ia mesma, caso 0 problema se desse ha 15 (quinze) anos? ¢) se 0 servigo prestado niio fosse o leasing, mas qualquer outro previsto na Lei de regéneia da matéria, as duas respostas anteriores seriam as mesmas? DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 06/04/2017 - Pagina 3 de 4 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA’ RESPOSTA: ; AgRg no AREsp 466415/ RJ, rel. Ministta MARGA TESSLER (JUIZA FEDERAL CONVOCADA DO TRF 4° REGIAO) . . . TRIBUTARIO. EMBARGOS A EXECUCAO FISCAL. ISS. LOCAGAO DE MOVEIS. PRESTAGAO DE SERVIGOS DE TRANSPORTE DE PESSOAS E CARGAS. FATOS OCORRIDOS NA VIGENCIA DO DL 406/68. COMPETENCIA DO MUNICIPIO DA SEDE DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR. SENTENCA DE IMPROCEDENCIA RESTABELECIDA 1. A Primeira Seco, no julgamento do REsp n? 1,060.240/SC, Rel. Min. Napoletio Nunes Maia submetido a sistemdtica dos recursos repetitivos, definiu que: "(b) 0 sujeito ativo da relagao tributa na vigéncia do DI. 406/68, & 0 Municipio da sede do estabelecimento prestador (art. 12); (c) a partir da LC 116/03, é aquele onde o servigo & efetivamente prestado, onde a relagdo & perfectibilizada, assim entendido 0 local onde se comprove haver unidade ecendmica ou profissional da instituigaio finaneeira com poderes decisétios suficientes & concesstio e aprovagao do financiamento - niicleo da operagiio de leasing financeiro e fato getador do tributo” (DJe de 05/03/2013) 2. A orientagio Fieox estabelecida nfo apenas para as hipoteses de leasing, como também para qualquer espécie de servico submetido 4 incidéncia do ISS (AgRg no REsp n° |,390.900/MG, Rel Min. Og Fernandes, DJe 20/05/2014). 3. Tem-se que 0 entendimento agora vigente nesta Corte ¢ o seguinte: (a) 0 sujeito ativa da relagao tcibutiria, na vigeneia do DL 406'68, é 0 Municipio da sede do estabelecimento prestador (art, 12): (b) a partir da LC 116/03, € aquele onde 0 servigo & efetivamente prestado, onde a relacdo & perfectibilizada, assim entendido 0 local onde se comprove haver unidade econdmica ou protissional da entidade prestadora. 4, De acordo com 0 atual posicionamento, para as discusses envolvendo fatos ocorridos sob a vigéncia do DL 406/68, como na espécie, para a solucdo da controvérsia acerea da competéncia para instituir € cobrar o ISS basta a identificagao do local onde situado o estabelecimento prestador. 5. Restou incontroverso que o estabelecimento prestador situa-se no Municipio do Rio de Janeiro. Decisao agravada que conheccu do agravo para dar provimenta a0 recurso especial intetpasto por aquele Municipio que merece set mantida. 6, Agravo regimental desprovide. 0, DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPL - 1" PERIOD 2017 06/04/2017 - Pagina 4 de 4 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ‘Turma: CPHL A 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO. Sesso: 1] - Dia 07/04/2017 - 10:10 as 12:00 Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA, 11 Tema: Taxas. Pregos ptiblicos |. Taxas. 1.1. Conceito. CTN, CF/88; 1.2. Elementos Estruturais; 1.3. Pato gerador; |. Limitagdes. 2. Prego Péblico. 2.1. Conceito, CP/88. CTN: 2.2. Natureza juridica; 2.3. Servigos Publicos essenciais e nfo essenciais; 2.4. Tarifas. Coneeito, Natureza Juridica 1 QUESTAG: ‘Um morador da cidade do Rio de Janeiro insurge-se judicialmente contra a Municipio. Pretende nao pagar a (asa de coleta de lixo domiciliar que a municipalidade the cobra. Em sua inivial, fundamenta seu pedido na inconstitucionalidade da lei que institu’ o refetido tributo, uma vez que a base de cAlculo da taxa é a metragem dos iméveis, Responda, fundamentadamente, se 0 pedido deve ser deferido. DIREITO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 (06/04/2017 - Payina | de 7 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: RE $76321/QO. rel. Min, Ricardo Lewandows! PROCESSO RE - $76321 <,/processo/verProcessoAndamento.asp? numero=57632 LA&classe-RE&codigoC lasse=0&ORIGEM=JURErecurso=08 tipoJulgament ARTIGO O Tribunal resolveu questio de ordem em recurso extraordinario interposto contra acérda0 que julgara inconstitucional a taxa de coleta, remogao e destinagao de lixo instituida pelo Municipio de Campinas, para: a} reconhecer a existéncia de repercussio geral relativamente 4 questo constitucional versada no recurso; b) ratificar o entendimento firmado pelo Tribunal sobre o tema; c) denegar a distribuigdo dos demais processos que versem sobre a matéria, determinando a devolugaio dos autos & origem para a adogyio dos procedimentos previstos no art. 543-B, § 3°, do CPC. Quanto ao mérito, por maioria, o Tribunal deu provimento ao recurso. Reportou-se a jurisprudéncia da Corte segundo a qual as {axas cobradas em raziio exclusivamente dos servigos piblicos de coleta, remogiio e tratamento ou destinagao de lixo ou residuos provenientes de imoveis sao constitucionais, a0 passo que € inconstitucional a cobranga de valores tidos como taxa em razdo de servigos de conservagio ¢ limpeza de logradouros ¢ bens piiblicos. Citou-se, ademais, a orientago fixada no sentido de que a taxa que, na apuragdo do montante devido, adote um ou mais dos elementos que compdem a base de cileulo propria de determinado imposto. desde que ndo se verifique identidade integral entre uma base € a outta, nao ofende 9 § 2° doart. 145 da CF. Vencidos os Ministros Carlos Britto e Marco Aurélio que 0 desproviam. 0 relator. em seguida, apresentow propasta de ova stimufas vinculantes € a remeteu & Comissio de Jurisprudéncia. Alguns precedentes citados: RE 579431 QOIRS (DIE de 24.10.2008); RE 582650 QO/BA (DIE de 24.10.2008): RE 580108 QO/SP (j. em 11,6.2008): RE 591068 QO/PR (j. em 7.8.2008): RE 585235 QO/MG (j. em 10.9.2008); RE 256588 ED-Edv/RI (DIU de 3.10,2003); Al 460195 AgR/MG (DJU de 9.12.20); RE 440992 AgR/RN (DIU de 17.11.2006); AT 684607 AgRISP (DIE de 19.9,2008): RE 232393/SP (DIU de 4.5.2002): RE 346695 AgR/MG (DJU de 19.12.2003). RE 576321 QO/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 4.12.2008. (RE~ 576321) AL629959 AgR / PR - PARANA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Relator(a): Min, MARCO AURELIO Julgamento: 21/08/2012 Orgao Julgador: Primeira Tarma Publicagzo ; ACORDAO ELETRONICO Die-175 DIVULG 04-09-2012 PUBLIC 05-09-2012 Ementa IPTU - PROGRESSLVIDADE., A jurisprudéncia do Supremo Tribunal Federal sedimentou-se no sentido de ser constitucions! 2 progressividade sas atiquotas do fmposto Predial ¢ Territorial Urbano estabelecida mediante lei municipal em periodo posterior 4 Emenda Constitucional n° 29/2000. Precedentes: Recursos Extraordindrios n°s 423.768/SP ¢ 586.693/SP. TAXA DE COLETA DE LIXO DOMICILIAR - BASE DIRELTO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPUT- 1° PERIODO 2017 66/04/2017 - Pagina 2 de 7 ESCOLA DA MAGISTRATURA DG ESTADO DO RIO DE JANEIRO DECALCULO - METRO QUADRADO - CONSTITUCIONALIDADE - PRECEDENTE DO PLENARIO E VERBETES VINCULANTES CONVICCAO PESSOAL - RESSALVA. Na dicgdo da ilustrada maioria, é constitucional tei que prevé o caleulo da taxa de coleta de lixo a partir dametragem quadrada do imével. Precedente: Recurso Extraordinrio n* }-1/SP. Verbetes Vinculantes n°s 19 ¢ 29 no mesmo sent 2* QUESTA: Marcos Aurélio, Oficial do Registro de Imoveis, oferece demanda em face do Estado, em que impugna uma lei que institui a taxa sobre as atividades notariais e de registro, cuja base de céilculo so ‘05 emolumentos gue sdo cobrados pelos titulares das serventias, ¢ que destina o produto de sua arrecadagdo ao fundo de reaparelhamento do Ministério Publico. Alega que faltam os requisitos constitucionais e legais & instituigdo do respectivo tributo, bem como a ilegalidade da destinagao do mesmo, que deveria estar adstrito ao reaparettiamento do Poder Jw io, motivo pelo qual pede que se abstenha de recothimento da referida exagdo. Responda, fundamentadamente, coma deve ser julgado o pedido, RESPOSTA: ADI 3028-RN, rel. Min. Ayres Britto (Informativo $93) EMENTA: ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, INCISO V DO ART. 28 DA LEL COMPLEMENTAR 166/99 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. TAXA INSTITUIDA SOBRE AS ATIVIDADES NOTARIAIS E DE REGISTRO. PRODUTO DA ARRECADAGAO DESTINADG AO FUNDO DE REAPARELHAMENTO DO MINISTERIO PUBLICO. 1.0 Supremo Tribunal Federal vem admitindo a incidéncia de taxa sobre as atividades notariais e de registro, tendo por base de caiculo os emolumentos que so cobrados pelos tituleres das serventias como pagamento do trabalho que eles prestam aos tomadores dos servigos cartoririos. Tributo gerado em razio do exercicio do poder de policia que assiste 20s Estados-membros, notadamente no plano da vigilincia, orientagdo e correi¢ao da atividade em causa, nos termos do § 1° do art. 236 da Constituigdo Federal. 2. O inciso V do art. 28 da Lei Complementar 166/99 do Estado do Rio Grande do Notte criou taxa em aro do poder de poticia. Pelo que niio incide a vedagao do inciso IV do art. 167 da Carta Magna, que recai apenas sobre os impostos. 3. O produto da arrecadagfo de taxa de policia sobre as atividades notariais e de registro nao esta resirito ao reaparelhamento do Poder Judicidrio, mas ao aperfeigoamento da jurisdigaio, E 0 Ministério Publico é aparelho genuinamente estatal ou de existéncia necessiria, unidade de servigo que se inscreve no rol daquelas que desempenfam fungao essencial a jurisdigdo (art. 127, caput, da CF/88). Logo, bem aparelhar 9 Ministério Pablico ¢ servir ao designio constitucional de aperfeigoar a propria jurisdig2o como atividade basica do Estado e fungio especifiea do Poder Judicidrio. 4. Agdo direta que se julga improcedente. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPL - 1? PERIODO 2017 6/04/2017 - Pagina 3 de 7 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 3° QUESTAO: JOAO, humilde pescador, residente em uma comunidade carente do municipio de Itaborai, todos os dias de manha vai dirigindo seu FUSCA ano 1965 até Marica. unico lugar onde cons peixes necessirios para revenda e para consumo de sua famil 0 trajeto que percorte diariamente ¢ a BR-101 ¢ a Rodovia Estadual Amaral Peixoto. A Unio, com vistas a arrecadar dinheiro para a recuperagaio da estrada, institui cobranga de pedagio em um {recho percotrido por JOAO. Este, sem encontrar uma outra Via para poder transitar, comega a pagar o pedigio, 0 que vai lhe corrompendo o oxgamento familiar, ¢ ¢ leva a pensar em mudar de ramo, O Ministério Piblico Federal, sabedor de que no s6 Jo, mas uma infinidade de cidadaos de baixa renda sto "obrigados" a utilizar a estrada, pagando o tespectivo pedagio, intenta, na competente vara federal, ago civil pilblica, de modo a condenar a Unio 4 obrigagao de nao fazer (deixar de cobrar), bem como A restituigio dos valores até agora cobrados as pessoas interessadas. Voce é 0 juiz desta Vara Federal. Dispensando as questdes processuais, decida, unicamente, sobre 0 mérito da questao. DIRELD FRIBUTARIO - CPU6 - 8 - CPL - 1° PERIODO 2017 UGIUNINNT - Pagina 4 de 7 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: REsp 417804 / PR RECURSO ESPECIAL 2002/0018047-0 Relator(ad Ministro TEOR) ALBINO ZAVASCKI (1124) Orgao Julgador TL PRIMEIRA TURMA, Data do Julgamento 19/04/2005 Data da Publicagdo/Fonte DI 16/05/2005 p. 230 RSTJ vol. 191 p. 93 Ementa . . PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGAO CIVIL PUBLICA. MINISTERIO PUBLICO. LEGITIMIDADE ATIVA (CF, ART. 129, IIL. E LEI 8.078/90, ARTS, 81 E 82. ). CONCESSAO DE SERVICO PUBLICO. RODOVIA. EXIGENCIA DE TARIFA (PEDAGIO) PELA PRESTACAO DQ SERVIGO CONCEDIDO QUE. PRESCINDE, SALVO EXPRESSA DETERMINACAO LEGAL, DA EXISTENCIA DE IGUAL, SERVICO PRESTADO GRATUITAMENTE PELO PODER PUBLICO. 1, 0 Ministério Piblico esta legitimado a promover agaio civil pablica ou coletiva, nfo apenas em defesa de direitos diftsos ou coletivos de consumidores, mas também de seus direitos individuais homogéneos, nomeadamente de servigos piiblicos, quando a lesio deles, visualizada em sua dimenséo coletiva, pode comprometet interesses sociais relevantes. Apficagdo dos ans, (27 ¢ 129, II1, da Constituigto Federal, ¢ 81 e 82, |, do Cédigo de Defesa do Consumidor. 2. A Constituigtio Federal autorizou a cobranga de pedagio em rodovias conservadas pelo Poder Public, inobstante a limitagao de trifego que tal cobranga acarreta, Nos termos do seu art. 150:” &vedado & Unitio, aos Estados. a0 Distrito Federal e aos Municipios: (..) V -estebelecer limitagdes 40 trifego de pessoas ou bens, por meio de tributos interesteduais ou intermun resealvada a cobranga de pedigio pela utilizag’o de vias conservadas pelo Poder Piblico". Assim, a contrapartida de oferecimento de via alternativa gratuita como condig@o para a cobranga daquela tarifa nio pode ser considerada exigéncia constitucional. 3, A exigéncia, ademais, nfo esti prevista em lei ordinaria, nomeadamente na Lei 8.987/95, que regulamenta a concesso e pctmissao de servigos ptiblicos. Pelo contrério, nos tetmos do seu st. 9, parégrafo primeiro, introduzido pela Lei 9,648/98, “a {atifa ndo sera subordinada a legislagdo especitica anterior & somente nos casos expressarmente previstos em lei, sua cobranga poder ser condicionada a existéneia de servigo puiblico alternative e gratuito para o uswétio.” 4. Recurso especial do Estado do Parana conhecido em parte © improvido; recurso especial de VIAPAR S/A conhecido em parte e, nessa parte, parcialmente provido: recursos especiais do DNER ¢ da Unio conhecidos em parte €, nessa parte. providos: ¢ recurso especial do DER conhecido e provido. TRF2, AC 200751040035078. Desembargador Federal ALUISIO GONGALVES DE CASTRO MENDES, 30/05/2014 - . . ADMINISTRATIVO, PEDAGIO. AUDIENCIA PUBLICA. PRINCIPIOS REGENTES DA DIREITO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPHL - 1° PERIODO 2017 06/04/2017 - Pagina S de 7 ADMINISTRAGAO PUBLICA. VALOR DAS TARIFAS. MERITO ADMINISTRATIVO. EXISTENCIA DE VIAS ALTERNATIVAS. PROJETO BASICO. PER, PEDAGIO INTRAMUNICIPAL. POSSIBILIDADE. RECURSO DE APELACAO DO MINISTERIO PUBLICO FEDERAL DESPROVIDO. RECURSOS DE APELAGAO DA UNIAO FEDERAL E DA ANTT PROVIDOS. 1. A recomendagao do TCU, no sentido de que as audiéneias DIREITO TRIBUTARIO - CP06 CPIIL- 1° PERIODO 2017 06/04/2017 - Pagina 6 de ? ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO fossemregionalizadas e precedidas de publicidade adequada, foi cumprida, eis que a audigneia pilblica {oi realizada na capital de estado atingida pelo Programa de Concessdes. 2. O procedimento licitatério foi devidamente aprovado pela Corte de Contas 0 que leva a presungiio de sua legitimidade, ante o controle realizado, nos termos do art. 70 , da Constituicao Federal , pelo ‘TCU. O afastamento de tal presungdo pelo Poder Judiciacio somente seria possivel se evidenciada alguma ilegalidade no proceso licitatério, © que ndo ocorrera no caso concreto. 3. Nao logrou evidenciar o Ministério Pablico Federal qualquer desproporcionalidade entre 0 valor das tarifas e os servigos que serdo prestados. 4. O contrato de concessio expressamente consignou a partir de quando as tarifas poderiam ser cobradas. Alterar, portanto, 0 eritério de cobranga de tarifa delineado pelo contrato de concessio impactaria diretamente em seu equilibrio econémico-financeiro, 5. Nao cabe ao Poder Judiciario, diante da inexisténcia de ilegalidades concretamente aferidas, compelir a Administragio a adotar medida que entende ser de maior grau de eficigncia, principalmente porque os drgdos téenicos, que tém capacidade para aferir, ndo s6 a conveniéncia das concessdes de rodovias federais, mas principalmente os aspectos estritamente tecnicos, emitiram pronunciamentos e expediram atos oficiais autorizando 0 pracedimento. 6. Na ordem juridica vigente, o oferecimento de via gratuita como condigaio para cobranga de pedagio no pode ser considerada exigéncia constitucional e, muito menos legal, a partir da alterago realizada 7. Em razio da especificidade das concessdes referentes as rodovias, o Tribunal de Contas da Unidio, através do Acérdo 2153/2007. reconheceu que a elaboracao de PER atende de melhor forma os fins almejados pela desestatizagio dos trechos rodoviarios federais. 8. Nao ha qualquer norma em nosso ordenamento juridica que vede a cobranga de pedagio de veiculos que realizam trdfego intramunicipal 9. Recurso de apelagio do Ministério Piblico Federal desprovido, Recursos de apelagdo da UNIAO. FEDERAL e da ANTT providos. DIRFITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIL- 1° PERODO 2017 06/04/2017 - Pagina 7 de 7 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Turma: CPI A 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO Sessdo: 12 - Dia 10/04/2017 - 08:00 as 09:50, Professor: ANTONIO HENRIQUE CORREA DA SILVA 12. Tema: Comribuigao de melhoria e empréstimos compulssrios 1. Contribuigao de melhoria 1.1 Conceito: 1.2. Natureza Juridica; 1.3. Elementos esteuturais: 1.4. Estrutura legal, CTN. CF/88. Decreto-Lei 195/67: 1.5, Limires de imposigao. 2. Empréstimos compulsorios, 2.1. Histarico: 2.2. Conceito; 2.3, Natureza juridica: 2.4.Regramento Constitucional pretérito ¢ atual 1s QUESTAO: 0 Municipio do Rio Janeiro enviow notificagao & Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro, exigindo contribwsigie de melhoria relativa 4 valorizagdo do imével em que se situava @ indicada Secretaria, Neste sentido. o Municipio fundamentava a exigéncia tributaria no fato de que havia realizado obras publicas de esgotos pluviais e de abastecimento de égua potavel na rua em que se lovalizsva o edificio-sede da Secretaria Estadual de Transportes, e que essas obras ensejaram inegavel valorizagaio do prédio estadual. Partindo da premissa de que estas obras eram da competéncia do Municipio. na sua opini cobranga da coniribuigae de melhorie seria possivel’? Responda fundamentadamente RESPOSTA| O que se pretende na questo ¢ vetificar se o aluno consegue cotejar o dispasta no artigo 2°, do DL, 195/67, com @ artigo 150, VI. a, da CRFBI88, Pela [eitura do indicado dispositive do DL 195/67. a contribuigdio de methoria si incidiria sobre a valorizacdo de imdveis de propriedade privada. Ocorre que a Constitui¢go veda to-somente a ineidéncia de imposios sobre o patrimdnio dos enies de direito Piiblico arrolados no artigo 150, caput, da Constituigao. nao se referindo as demais espécies, Lributarias, ¢ que levaria a conclusio de que a contribuigdo de methoria seria devida na espécie: 2 QUESTAO A Prefeitura Municipal de Caxias realizau obras de pavimentago, guias e galeria na Avenida Rio Belo, onde NEREU DIAS possui 5 (cinco) lotes de terreno. O fisco efetuou 0 langamento de contribuigéo de melhorias. observando 0 limite as despesas efetuadias com a realizagio da obra. Pergunta, 2) NEREU pode contestat tungamento da contribui¢ao de melhoria, tendo em vista que 0 Decreto- Lei n° 195/67, recepeionado pela CRTB/B8, estabelece que o (eto gerador da contribuigdo de melhoria deve resultar em aeréscimo do valor do imével localizado nas areas bencficiadas por obras pilblicas? b) Quais os requisitos que a Fazenda Pablica deve atender ao estabelecer contribuigdes de melhori ) Qual é a base de célculo a ser adotada para estabelecer a contribuigao de melhoria? DIRI TO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPU - & PERIODO 2017 07/04/2017 - Pagina 1 de S ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRG RESPOSTA: Ver ementa e fundamentagao do acérdio STI, RESP n° 200.283-SP, relator Min, Garcia Vieira. |" Turma, em 04/05/99, DIREITO TRIBUTARIO - CONTRIBUIGAO DE MELHORIA - BASE DE CALCULO - VALORIZACAO IMOBILIARIA, A base de cailculo da comttibuigao de melhoria ¢ a valorizagao imobilidria. Tem como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imével beneficiado, Se nao houver aumento do valor do imével. nao pode o poder piiblico cobrar-the a mais valia, Recurso provide. AgRg no AgRg no REsp 1018797 / RS AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2007/0306805-2 Relator(a) Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) Orgao Julgador 12- SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 17/04)2012 Data da Publicacdo/Fonte De 26/04/2012 Ementa PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTARIO. CONTRIBUICAO DE MELHORIA. CONFISSAO DE DIVIDA. CIRCUNSTANCIA QUE NAO IMPEDE A DISCUSSAO JUDICIAL SOBRE A LEGALIDADE DO TRIBUTO. PAVIMENTACAO DE VIA PUBLICA. ILEGALIDADE DA CONTRIBUICAQ FUNDADA APENAS NO CUSTO DA OBRA PUBLICA, SEM LEVAR EM CONSIDERACAO A RESPECTIVA VALORIZACAO IMOBILIARIA. 1. "A confissdo da divida nao inibe © questionamento judicial da obrigagio tributéria. no que se refere aos seus aspectos juridicos" (REsp 1.133.027/SP. I Segdo, Rel. p/ acérdao Min, Mauro Campbell! Marques, Dle de 16.3.2011 - recurso submetido a sistemética prevista no art, 543-C do CPC). 2. A jurisprudéncia Corte pacificou-se no sentido de que "o fato gerador da contribui¢ao da methoria € a valorizagio do imével, nao cabendo sua fixagdo meramente sobre o valor da obra realizada" (RESp 651.790/RS. 2* Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 5.4.2006), ou seja, "a contribuigao de melhoria tem como fato geredor a valorizagao do imével que the aearreta teal beneficio, néo servinda como base de célculo tho-s6 0 custo da obra piblica realizeda" (REsp 280.248/SP, 2" Turma, Rel. Min, Francisco Peganha Martins, DJ de 28.10.2002), 3, Assim, a cobranca da contribuigdo de methoria deve levar em consideragan 0 acréscimo do valor do imével, decorrente da realizagao de obra piiblica, nao sendo possivel estabelecer a sua cobranca com base no custo total da obra dividido pelo nimero de unidades existentes na rea beneficiada 4. Agravo regimental no provido. REsp 1076948 / RS RECURSO ESPECIAL 2008/0163605-5 DIRFITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIE- 1° PERIODO 2017 07/04/2017 - Pagina 2 de 5 Relator(a) Ministro LUIZ FUX (1122) Orgio Julgador T1-PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 04/11 72010 Data da Publicagio/Fonte Die 18/11/2010 Ementa . . - TRIBUTARIO. PAVIMENTAGAO DE VIA PUBLICA. CONTRIBUICAO DE MELHORIA BASE DE CALCULO, VALORIZACAO DO IMOVEL. ONUS DA PROVA. ENTIDADE TRIBUTANTE, 1. A base de calculo DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIT- 1° PERIODO 2017 07/04/2017 - Pagina 3 de § ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO dacontribuigio de melhoria é a efetiva valorizagao imobiliaria, a qual é aferida mediate a diferenga entre © valor do imével antes da obra ser iniciada © apds a sua conclusdo, inadmitindo-se a sua cobranga com base tao-somente no custo da obra realizada. (Precedentes: REsp 1075101/RS. Rel, Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TLURMA, julgado em 03/03/2009, DJe 02/04/2009: REsp 1137794/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA. julgado em 6/10/2009, Die 15/10/2009: REsp 671 560/RS, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA. julgado em 15/05/2007, DI 11/06/2007: AgRg no REsp 1079924/RS, Rel. Ministro FRANCISCO FALCAO, PRIMEIRA TURMA, julgado ema 04/1 1/2008. Dle 12/11/2008: AeRg no REsp 613.244/RS. Rel Ministre HUMBERTO MARTINS. SEGUNDA TURMA. julgado em 20/05/2008. DJe 02/06/2008: REsp 629.471/RS. Rel. Ministro JOAO OTAVIO DF NORONHA, SEGUNDA TURMA. julgado em 13/02/2007. DJ 05/03/2007 : REsp 647.134/SP, Rel, Ministto LUIZ FUX. PRIMEIRA TURMA, julgado em 10/10/2006. D5 01/02/2007; REsp 280.248/SP, Rel. Ministro FRANCISCO PEGANHA MARTINS. SEGUNDA TURMA, juleado em 07/05/2002, DJ 28/10/2002 ) 2."A entidade tributante. ao exigir 0 pagamento de contribuigio de melhoria, tem de demonstrar 0 amparo das seguintes circunstaneias: a} a exigéneia fineal decarce de despeses decorrentes de obra publica realizada: b) a obra piiblica provocou a valorizacao do imével; c) a base de céleulo ¢ a diferenga entre dois momentos: 0 primeiro, o valor do imével antes da obra ser iniciada: o segundo, 0 valor do imével apds a conclusto da obra." (Precedente: RESp 615.495/RS, Rel. Ministro JOSE. DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/04/2004, D4 17/0S/2004) 3. In casu, a cobranga da contribuigio de methoria, instituids em decorréncia da pavimentagdo asfiltica de via publica, levou em conta, t2o-somiente o valor total da obra, caleulado & proporeaio da area beneficiada. sem atentar para 4 valorizagto imobiliaria, consoante consignado no voto vencido do Relator. in verbis: "No caso concreto, a cobranca da contribui¢do de melhoria, instituida em decorréncia da pavimentagio asfiltica da Rua Es Jevou em conta, o-somente, de acordo com o Edital n, 038/200! (fis. 14-16), 0 valor total da obra. (deduzida a participagao da municipalidade confarme item V do Edital) caleulado & proporgaio da rea beneficiada, sem atentar para a valorizagdo imobiliaia, que, contorme assentado pela Primieira Turma deste Tribunal, no julgamento do Incidente de Uniformizagao de Jurisprudéncia n, 70017418146, no se presume." 4, Deveras, 0 contribuinte, acaso discorde da base de caleulo indicada pela Municipalidade. tem o 6nus de comprovar que o valor da valorizagao imabilidria ¢ diverso. ou que a mesma nao ocorreu, NBo obstante, cabe ao Municipio. prioritariamente, demonstra-la nos, moldes legais, dando azo a eventual impugnagdo por parte do proprictario. 5, Recurso especial provido. meso, Processo 71004800611 TI RS, Relator. Des. Paulo Cesar Pilippon. Diario da Justiga do dia 07/04/2014 RECURSO INOMINADO, DIRELTO TRIBUTARIO, CONTRIBUICAO DE MELHORIA, MUNICIPIO DE GETULIO DIREITO TRIBUTARIO - CP - 3 - CPI - 1° ODO 2017 QTO420U7 - Pagina 4 de ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO VARGAS.PAVIMENTACAO ASPALTICA. EXIGENCIA DE REQUISITOS PARA LANGAMENTO DO CREDITO TRIBUTARIO, I. Ausente Lei especifiea para a contribui¢ao de methoria para pavimentagao asfiltica discriminanda 8 requisites apontados no art. 82 do CIN . nio ha justificativa plausivel a amparar o langamento do crédito tributério a fim de cobrir os custos das obras pliblicas. frente ao dbice de lei genérica regulamentando a contribuigto de melhoria 2. A segunda exigéncia diz, com o fato gerador da obrigagao, que nasce apenas com a valorizagio imobilidcia, conforme dispoe v ast. § do CTN . Nesse ponto, ndo merece respaldo a alegacio do Municipio acerca da valorizagao presumida do imével. cujo percentual de 4.29% foi estimado no Edital n 091/12, sendo nus do Municipio a demonstiagao da referida valoracao ¢ eritério adotade para apuracao de percentual. Incidente de Uniformizagao de Jurisprudéncia n. 70017418146, 3 Ineaiste elementos a amparar a cobranga imposta ao autor. porquanto, voto em dar provimento a0 recurso para julgar procedente a agdo, declarando a inexigibilidade do valor original) de RS 2.297.38, orivndo de langamento da contribuiedo de melhoria para pavimentagdo asfaltica na Rua Arcibaldo Somenzi no Municipio de Getilio Vargas. DERAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNANIME (Recurso Civel N’ 7100480061. Turma Recursal da Fazenda Publica. Turmas Recursais, Relator: Paulo Cesar Filippon, Julgado em 27/03/2014) 3" QUESTAO. A Unido Federal, mediante Lei Complementar, institu empréstimo compuls6rio, cobravel imediatamente a partir da publicagao e vigéncia da lei, para atender a despesas extraordindrias decorrentes de uma situagao de cakarnidade piblica. nos termos do artigo 148 da Constituigao PAULO, advogado tributatista contribuinte em potencial do referido empréstimo compuls6rio. inconformado, ingress com ago judicial visando ndo se sujeitar a tal exigéncia, para o que alega. em sintese: a) que nao poderia ser cobrado empréstimo compulsério no mesmo exercicio financeiro: b) que, por ser 0 empréstimo compulsério uma espécie de contrato de miituo, dependeria da concordancia de ambas as partes. 0 que efetivamente nao se deu. nao podenda por isso set cabtado. Respond. U. Poderd a aptio de Paulo set julgada procedente, com base nessas alegagdes? 2. Dé o conceito de empréstimo compulsirio e fale sucintamente sobre as diversas teorias a respeito de sua natureza juridica, indicando a que prevalece na doutrina nacional ap6s « Constituigdo de 1988 RESPOSTA, 1° item: A agdo de Paulo deverd ser julgada improcedente, em face das dois argumentos em que se embasa, ambos em desacordo com a Lei e 0 Diteito, Das duas modalidades de empréstimo compulsbrio previstas no artigo 148 da Constituigdo Federal, a primeira delas (inciso 1). aplicével ao caso, por sua prépria natureza (para atender a despesas urgentes), dispensa a observaneia do principio da anterioridade, podendo, segundo a doutrina, ser inclusive objeto de medida provistria, Ademais, & induvidosa, mormente apés a Constituigao de 1988, a natureza tributaria do empréstimo compulsorio, previsto que foi no Capitulo atinente ao Sistema Tributdrio Nacional. A doutrina que. no Diceito Financeiro, defendia tratar-se de contrato coative de miituo e para & qual o empréstimo compulsério era insirumento de credito piblico, classificada como receita de capital, chegou a ser sustemtada pela Fazenda Nacional na regime constitucional anterior entdo, adotada pelo STF na Sémula 418, no mais prosperando, contuda. apés a CP/88. 2° stem: O empréstime compulsério, no atual regime constitucional brasileiro, € tributo restituivel, Além da teoria que 0 considerava contrato coativo de ‘mvdiuo. acima referida, outras o viam como requisigao dle dinheiro (GASTON JEZE, FONROUGE), semelhanie as requisigdes militares. como misto de imposta e mito (MAURICE DUVERGER. AUFENBURGER) ot afiemavam sua natureza tipicamente tributécia, posiggio que sempre prevaleceu na doutrina brasileira (ALIOMAR BALEEIRO. AMILCAR FALCAO, RUBENS GOMES DE SOUZA, ALFREDO BECKER, ALCIDES JORGE COSTA, GERALDO ATALIBA, YVES GANDRA) e terminow acolhida na CF/88, DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1" PERIODO : 07/04/2017 - Pagina $ de S ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Turma: CPI A 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO Sessiio: 13 - Dia 1004/2017 - 10:10 as 12:00 Professor: ANTONIO HENRIQUE CORREA DA, SILVA 43 Tema: Contribuigdes Espec Extratiscalidade: 4. Contribuicdes em especie: 6. FGTS. Decadéneia e constitucionais 1, Historica: 2, Natureza juridica: 3. Parafiscalidade ime Constitucional de 1988; 5. Comtribuigdes (: 7. Conteibuigdes no ambito estadual: &. Principios correlatos: 9, Contribuigao de iluminagao publica. 1" QUESTAO: Municipio interiorano institu’, via lei ordindria. contribuigio de ilumimago pablica, cuja cobranga ser realizada na fatura de energia elétrica, com aliquota de 3, 5 € 6 por cento, de avordo-com a faixa de consumo de energia. Esta lei ¢ objeto de representagao de inconstitucionalidade, ne qual o autor alega 2 inconstitucionalidade formal da lei e a violago dos principios da capacidade contritutiva, da razoabilidade e éa isonamia. Responde fundamentadamente como deve se: julgada a represemtagao. DIREITO TRIBUTARIO - CPQ6 - 03 - CPT - 1° PERIODO 2017 07/04/2017 - Pagina } de 13 (eA) ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA STF - RE S7367S/SC. rel. Min. Ricardo Lewandowski RE 573675 / SC - SANTA CATARINA §73675 / SC - SANTA CATARINA" name=titulo fixed_bound="true"” RECURSO EXTRAORDINARIORelator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKUulgamento: 25/03/2009 Orgao Julgador: Tribunal Pleno Publicagdio REPERCUSSAO GERAL - MERITO. DJe-094 DIVULG 21-05-2009 PUBLIC 22-05-2009 EMENT VOL.-02361-07 PP-01404 RDDT n, 167, 2009, p. 144-157 RP y. 105, n, 401, 2009, p, 409-429 Paneis) RECTE.(S): MINIS TERIO PUBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA RECDO.A/S): MUNICIPIO DE SAO JOSE ADV.(AVS): WILLIAM RAMOS MOREIRA INTDO.(A/S): MUNICIPIO DE BELO HORIZONTE ADV.(A/S): CAROLINA CARDOSO GUIMARAES LISBOA Ementa EMENT ‘ONSTITUCIONAL. TRIBUTARIO. RI TERPOSTO CONTRA DI PROFERIDA EM ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. CONTRIBUICAO PARA 0 CUSTEIO DG SERVIGO DE ILUMINAGAO PUBLICA - COSIP. ART. 149-4 DA CONSTITUIGAQ FEDERAL, LEI COMPLEMENTAR 7/2002, DO MUNICIPIO DE SAO JOSE, SANTA CATARINA. COBRANGA REALIZADA NA FATURA DE ENERGIA ELETRICA, UNIVERSO DE CONTRIBUINTES QUE NAO COINCIDE COM 0 DE BENEFICIARIOS DO SERVICO. BASE DE CALCULO QUE LEVA EM CONSIDERAGAO 0 CUSTO DA ILUMINACAO PUBLICA E O CONSUMO DE ENERGIA. PROGRESSIVIDADE DA ALIQUOTA QUE EXPRESSA O RATELO DAS DESPESAS INCORRIDAS PELO MUNICIPIO. OFENSA AOS PRINCIPIOS DA ISONOMIA E DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. INOCORRENCIA, EXACAO QUE RESPEITA OS PRINCIPIOS DA RAZOABILIDADE PROPORCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINARIO IMPROVIDO, [- Lei que restringe os cconitibuintes da COSIP aos consuinidores de energie elétrica do municipio nao ofende o prineipio da nomia, ante a impossibilidade de se identificar ¢ tributar todos as beneticidrios do serviga de iminagao piblica. I - A progressividade da aliquota, qué tesulta do ratoio do custo da iturninage pblica entre os consumidores de energia elétrica, ndo afronta o principio da capacidade contributiva, Il Tributo de carater sui generis, que ndo se confunde com um imposto, porque sua receita se destina a finalidade especifica, nem com uma taxa, por nao exigir a contraprestagio individuatizada de um servigo ao contribuinte, [V - Exagao que, ademais, se amolda aos prineipios da razoabilidade da proporcionalidede. V - Recurso extraordinério conhecido e improvido. Deciséo 0 Tribunal, por maioria ¢ nos termos do voto do Relator, comhecen ¢ desproven o recurso extragrdinario, vencido @ Senhor Ministro Marco Aurélio. que conhecia eo provia, declarando incidentalmente a inconstitucionalidade da norma. Votou 0 Presidente. Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, 0 Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, a Senhiara Ministra Ellen Gracie, Falou pelo interessado 0 Dr. Eduardo Augusto Vieira de Carvalho, Procurador do Municipio. Plenario, 25.03.2009 yOTO N° 4025 Orgao Julgador: 14* Camara de Direito Publico Apelagia 0° 001 1085-86,2013.8.26.0564 Apelante: Sindicato dos Condéminos de Prédios ¢ Edificios Comerci Mistos inter municipal Apelada: Prefeitura Municipal de S30 Rernardo do Campo DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPHI - 1° PERIODO 2017 07/04/2017 - Pagina 2 de 13 ‘Tndustrisis, Residenciais © Comarea: Sao Bernardo de Campo Apelagdo Mandado de Segurangs: Contribaiga p para Custeio de DIREITO TRIBUTARIO - CPU6 - 03 - CPIIL- I? PERIODO 2017 0704/2017 ~ Pagina 3 de 13 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO HuminagaioPiblica (CIP) - Possibilidade de cobranga da contribuigao de custeio para o servigo de Wuminagdo péblica, instituida pela EC n°. 39/02 € prevista no artigo CF - Precedent do STF em sede de repercussio geral, no julgamento do Recurso Extraordindrio n°. $73.67$-0/SC - Sentenea mantida - Recurso improvido. Trata-se de recurso de apelagdo interposto por Sindicato dos Condominos de Prédios e Edificios Comerciais, Industriais. Residenciais e Mistos intermunicipal nos autos do mandado de seeuranga. impetrado pelo apelante contra ato coator do Sr. Prefeito do Municipio de Sao Bemardo do Campo. © juizo 2 quo na r. sentenga exarada as fls. 199/201 denegou a seguranga e condenau 0 apelante a0 pagamento das custas ¢ despesas processuais, Em suas razdes, o apelante limita-se a colacionar a ¢. sentenga proferida na comares de Nova Odessa em que foi declarade a iiegalidade da cobranga da COSIP e requer o provimento do recurso. O recurso foi recebido, processad e contrariato. Fo relatério, O recurso nao comporta provimento. Cuida-se de mandado de seguranga impetrada com Vistas @ declarago da inconstitucionalidade ¢ inenigibilidade da Contribuigo de usminagde Publica, Isto pasto, no que tange a contribuigao de iluminagdo piblica, registre-se que « Emenda Constitucional n° 39 , de 19 de dezembro de 2002, acrescentou aConstituigdo Federal 0 artigo 149-A, permitindo que Munielpias ¢ 0 Distrito Federal a competéncia para instituir nova contribuigao, especifica para o custeio do servigo de iluminagao publica, nos seguintes termo: “Ant, 149-A. Os Municipios ¢ o Distrito Federal poderao instituir PODER JUDICIARIO : ‘TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE SAG PAULO 14" Camara de Direito Pablico contribuigdo, na forma das respectivas leis, pars 0 custeia do servigo de iluminagdo publica. observado o disposto no art, 150.1 Ill Pardgrafo iinico. F facultada a eobranga da contribuigdo a que se refere 0 “caput” na fatura de consume de energia elétrie Com efeito, apés a publicagiio da referida emenda, muito se discutiu na doutrina e ng jurisprudéneiz quanto & natureza juridica da contribuigs para v eusteio de ituminasio public até que se firma no Pleno do Suprema Tribunal Federal, em sede repercussao geral, no julgamento do Recurso Extraordinrio wp. ST3.6TS-O/SC (Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 25/03/2009; Die 22/05/09) que o tributo em {questo constitul uma nova espécie de contribuigdo especial, como se pode aferir no aresto abaixo colacionado. ; “CONSTITUCIONAL. TRIBUTARIO. RE INTERPOSTO CONTRA DIREITO TRIBUTARIG - CPQ6 - 03 - CPL - 1° PERIODO 2017 17 = Pavina 4 de 19 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SMERJ DECISAO PROFERIDAEM ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL CONTRIBUICAO PARA O CUSTEIO DO SERVICO DE ILUMINACAO PUBLICA - COS! ART.149-A DA CONSTITUICAO FEDERAL . LET COMPLEMENTAR 7/2002,.D0 MUNICIPIO DE SAO JOSE, SANTA CATARINA. COBRANCA REALIZADA NA FATURA DE ENERGIA ELETRICA, UNIVERSO DE CONTRIBUINTES QUE NAO COINCIDE COM 0 DE BENEFICIARIOS DO SERVICO. BASE DE CALCULO QUE LEVA EM CONSIDERAGAO O CUSTO DA SLUMINACAO PUBLICA E 0 CONSUMO DE ENERGIA. PROGRESSIVIDADT. DA ALIQUOTA QUE EXPRESSA © RATEIO DAS DESPESAS INCORRIDAS PELO MUNICIPIO, OFENSA AOS PRINCIPIOS DA ISONOMIA F DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. INOCORRENCIA. EXACAO QUE RESPEITA OS PRINCIPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINARIO. IMPROVIDO. 149-A CONSTITUICAQ FEDERAL. I - Lei que resttinge os contribuintes da COSIP ans consumidores de energia elétrica do municipio nao ofende © principio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e tributar todos os beneficiarios do servigo de ituminago piblica, I-A progressividade da aliquota, que resulta do rateio do custo da iluminagao pablica entre os consumidores de energia elétrica, nfo afronta o principio da capacidade contributiva. IIL Tributo de cariter sui generis, que nfo se confunde com um imposto, porque sua re finalidade especifiea, nem com uma taxa, por ndo exigir a contrapresta ao coniribuinte. TV - Exacdo que, ademais. se amolda aos principios da razoubilidade e da proporcionslidade. V - Recurso extraordinario conhecido e improvide. (...) a COSIP constituiu um novo tipo de conuibuigo. que refoge aos padres estabelecidos nos arts. 149 ¢ 195 daConstituigdo Federal . Cuida-se, com efeito. de uma exagio subordinada a disciplina propria, qual seja.a do art, 149-A, se destina a io individuelizada de um servigo DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPHL - 18 PERIODO 2017 07/04/2017 - Payina 5 de 13 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ‘da CE, sujeita, contudo, aos principio constitucionais tibutatios, visto enquadear-se. inequivocamente. no género tributo.” (grifei) Logo. © Supremo Tribunal Federal reputou constitucional a contribuigdo para o custeio do servigo de Hluminaglo pilblica e firmou que tal exasdo PODER JUDICIARIO TRIBUNAL DE JUSTIGA DO ESTADO DE SAO PAULO 14 Camara de Direito Pubtice possui cariter sui generis. isto é. ndo se confunde com imposto, nem com uma taxa. Desse modo, as Municipios e Distrito Federal possuem competéncia tributaria para instituir contribuigao para o servign de custeio da iluminasie piblica, sem que tal importe em inconstitucionalidade justamente por se tratar de nova espécie tributéria, distinta do modelo normative do “caput” do artigo 149", da CE ¢ das taxas A respeito, desiaca-se a jurisprudéncia desse Egeégia Tribunal de Justica: “APELAGAQ AGAO ANULATORIA DE LANCAMENTOS FISCAIS - IPTU Exercicio de 2007 Lei al'n® 4 /2005 que dispde sobre a planta genérica de valores do Municipio, para langamento do IPTU. € estabelece critétins para a apuragio de valar venal dos iméveis Afionta aos artigos 156, § 1° ¢ 182 , $ 4°, inciso I, da Constituigtio Federal inexistente Anulatéria improcedente Apelago da auiora iif provida. : CONTRIBUICAG DE {LUMINACAQ PUBLICA - Lei Complementar Municipal n° 04/2005, do. Municipio de Auriflama, instituida com base na Emenda Constitucional n°39 /2002 Contribuigdo para 0 custeio do servigo de iluminag3o pablica que tem destinagao vinculada Constitucionalidade declareda pelo STE em julgamento de repercussfio geral - Cobranca que se estende a0 methoramento e expansdo da rede de iluminagao Auséneia de inconstitucionalidade também j4 proclamada pela STF - Precedentes - Recurso ndo provide. TAXA DE REMOCAO DE LIXO Constitucionalidade da DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 07/04/2017 - Pagina 6 de 13 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ‘cobranga Precedentes do STF - Apelagdo no provida”. (Apelagao 0°9157791 -98.2008,8.26.0000, Comarca de Auriflama, Relator Rodrigo Enout. Sao Paulo. 7 de margo de 2013), “APELAGAO ACAD ANULATORIA DE LANGAMENTO FISCAL Cobranga da Taxa de remogao de lixo domiciliar ¢ da Contribuigdio de iluminago puiblice - TAXA, DE REMOCAO DE LIXO DOMICILIAR Constitucionalidade da cobranga, por forga de decisao proferida pelo Superior Tribunal Federal Precedentes do ST} e STF Simulas vinewlantes 1? {9 e 29 do STF CONTRIBUICAO DE ILUMINACAO PUBLICA -Constitucionalidade declarada pelo STF em julgamento de repercussac geral Recurso improvido"” {Apelagio n° 0144914-85.2008.8.26.0000. Comarca: Auriflama, Relator Mauri 21 de Tevereiro de 2043) Diante de tais consideragdes, nega-se provimento ao recurso de apelagiio interposto, mamrendo-se a sentenga por seus prdprios fundamentos, Claudio Marques Relator Fiorito, Sao Paulo. 2" QUESTAO: Determinada socledade que explora 0 servico de transporte rodovidrio propde demands de repeti¢ao de indédito em que objetiva devalugin de valores recolhides a titulo de PIS, COFINS e CSLL ‘Aduz.em sua inicial que as alteragdes efetuadas no art. 76 do ADCT da CRFBSS, que permitiu a desvinculagiio das receitas, desnaturou a natureza de tais contribuigdes, motivo pelo qual o recolhimento das mesmas encontra-se divorciado do ordenamento juri Responda, fundamentadamente, como deve ser julgada a causa. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPU 1° PERIODO 2017 07/04/9017 - Pisrina 7 de 12 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA RESPOSTA: Desvinculagio de receitys niio gera direito a devolucio de tributo a contribuinte Por unanimidade, 0 Supremo Tribunal Federal (STF), em sesso plendria nesta quinta-feira (13), negou provimento ao Recurso Extraordinavio (RE) 566007, com repercussao vera}. em que wma empresa de transporte rodovidrio contestava decisio do Tribunal Regional Federal (TRF-4) que manteve a validade de obrigagio (ributaria independente da Desvinculagiio de Receitas da Uniao (DRU) quanto a arrecadagao de contribuigdes relativas a PIS, COFINS e CSLL. A empresa alegava que as alteragdes efetuadas ao artigo 76 do Ato das Disposigdes Constitucionais, ‘Transitérias (ADCT) para permitir a desvinculagdo das teceitas teria criado, como consequéncia, imposto inominada, em aftonts a prépria Constituigao Federal, Dessa forma, sustenta que estaria livre do recolhimento do tributo na parte que teve destinagao desvinculad A relatora do RE, ministra Carmem Lucia, assinalou que o pleito original da empresa ocorreu em mandado de seguranga, cuja impettagao se da apenas no sentido de reparar ato de autoridade que seja contrario ao direito do interessado. Sepundo ela, esse fato descaracieriza @ legitimidade da parte. pois. ainda que o Tribunal considerasse inconstitucional a desvineulagao de receitas, a consequéncia seria vinculagdo do produta da arrecadagao, e nao sua devolugao ao contribuinte. Argumentou, ainda, que nao his ne ease situagiia de inseguranga para o patrimdnio juridica da recorrente que devesse ser restabelecido por mandado de seguranga, pois nao é detentora de direito 4 ver reposto em seu patriménio algo que ado Ihe é devido, mas sim da propria Unido, Anowu também aexisténcia de diversos precedentes do Tribunal no mesmo sentido. “Falta a recorrente legitimidade para a causa, pois a consequéncia do vicio, se comprovade fesse, alia 4 beneficiaria nem alcangaria 0 resultado almejado com a impetragao do mandado de seguranca, Nao & possivel sequer considerar a existéncia de diteito, menos ainda aquele que pusesse ser dotado de liquidez e certeza para # impetragao", angomenton, A ministra apontou que o objeto do pediio formulado na origem nao era o de apontar como inconstitucionais as alteragdes no artigo 76 do ADCT para permitir a desvinculagao de receitas. mas saber se eventual reconhecimento da inconstitucionalidade alegada daria 4 empresa direito 00 ressarcimento da parte desvinculada. Segundo ela, se houvesse inconstitucionatidade, a (nica consequéncia cabivel seria © retorno & situagao anterior, ou seja, a yinculagao das receitas. "Nao € possivel deduzir que da eventual inconstitucionalidade da desvinculagao parcial das receitas das contribuigdes sociais decorreria devolugao ao contribuinte do montante correspondente a0 percentual desvinculado, porque a tributuedo no seria ineonstitucional ou ilegal, unica hipotese em {que se tem autorizad a repetigao do indébito tributario ou o reconhecimento da inexisténcia da relacao juridieo-tribuvéria”. coneluiu a ministra, Como tese DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIII- 1° PERIODO 2017 07/04/2017 - P: ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Gerepercussao geral. 0 Plendrio fixou que 0 disposto no artigo 76 de ADCY. independentemente de sua Validade constivucional, no gera devolugda de indébite, 3° QUESTAD: Distribuidora de energia elétrica insurge-se judicialmente contra cobranga de PISICOFINS que « Unido Ihe faz. Ocorre que 0 ente federativo cobra 0 valor das contribuigdes sobre valores que, embora faturades. no entram nos cofres da sociedade em virude da inadimpléncia dos consumidores. Alega que, no caso, deve se aplicar o art. 3° § 2° | da Lei 9718/98, que exclu da hase de calcuto dos respectives tributos “as vendas canceladas" Requer, desta forma. a restituigtio das quantias recothidas e que seja liberada de efewwar 0 guestionado recolhimento. Respond furdamentadamente se yor’, como juiiz comperente, daria procedéncia ao pedide, DIREITO TRIBUTARLO - CP06 - 03 « CPH - 1° PERIODO 2017 07/04/2017 - Pi ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA REsp 1029434 / CE RECURSO ESPECIAL 2008/0031565-3 Relator(a) Ministro LUIZ FUX (1122) Orgiio Julgador T1-PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 20/05/2008 Data da Publicacio‘Fonte DJe 18/06/2008 Ementa TRIBUTARIO. PIS/PASEP E COFINS. BASE DE CALCULO, FATURAMENTQ, ARTIGC 3°, § 251, DA LEI 9.718/98, HIGIDEZ CONSTIPUCIONAL RECONHECIDA PELO STF EM SEDE DE CONTROLE DiFUSO. EXCLUSAO DO CREDITO TRIBUTARIO. "VENDAS INADIMPLIDAS". ALEGADA EQUIPARACAO COM "VENDAS CANCELADAS®, ANALOGIA/EQUIDADE. INAPLICABILIDADE, ARTIGOS 111 E 118, DO CTN. OBSERVANCIA. 1. A base de calcula da COFINS e do PIS restou analisada pelo STF que, na sesso plendria ocorrida em 09 de novembro de 2005, no julgamento dos Recursos Extraordindrios n.°s 357.950/RS, 358.273/RS, 390840/MG, todos da relatoria do Ministro Marco Aurélio, € n.° 346.08--6/PR, do Ministro llmar Gelvdo, consalidou o entendimento da inconstitucionalidade da ampliagao da base de cdiculo das cantribuigdes destinadas ao PIS e a COFINS, promovida pelo § 1°, do artigo 3°, da Lei n.° 9.718/98, o que implicou na convepede da receita bruta ou faturamento como 0 que decorra quer da venda de mercadorias, quer da yenda de mercadorias ¢ services, quer da venda de servigas, no se considerando receita brufa de natureza diversa 2. Consectariamente, as dedugdes da base de cdleulo das contribuigdes em tela, clencadas no § 2°, do mesmo antigo. tiveram sua higidez mantida, merecendo destaque. para deslinde ds presente contravérsia, as exclusdes insertas em seu inciso I: *"§ 2° Para fins de determinago da base de cilculo das contribuigdes, a que se refere 0 art, 2°, exeluem-se da receita bruta: 1+ as vendas cancetadas, os descontos incondicionais concedidas. 0 Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI ¢ 0 Impesto sobre Operacdes relativas & Circulagdo de Mercadorias e sobre Prestagdes de Servigos de Transporte Interestadual e Intermunicipal de Comunicagio ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestadot dos servigos na condigia de sulbstituto tributério:” 3. Insurgéncia especial que pugna pela exclusio, da base de célenlo da COFINS e do PIS, dos valores relativos ao forneeimento de energia elétrica que, embora faturados, no ingressaram efetivamente no caixa da empresa, devido a inadimpléncia dos consumidores. 4, Entrementes, ¢ inadimplemento do consumidor néo equivale ao cancelamento da compra ¢ venda, no qual ocorre 0 desfazimento do exocio juridico, denotando a auséncia de receita e, conseqiiente, intributabilidade da operagiio. 5, Isto porque 0 cancelamento da venda caracteriza-se pela devotugiio dda mercadoria vendida ante 4 resciso ou resiligio do negocio juridico, em virtude da inadimpléncia do comprador ou stia desisténcia ou de ambos os contratantes, entre outros motivos, Implicando na anulagio dos valores registrados como receita de DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIE- 1” PERIODO 2017 07/04/9017 - Pirina 1M da 12 vendas e serviyos. 6. Por outro lado, sywitn embors posts a inadimplencia eesullar no cancclamento da venda ¢ consegiiente devolugao da mereadoria, a "vend inaditnpl em crédito a tavor do vendedor. oponivet DIREIVO TRIBUTARIO - CPO6- 03 - CPHL ~ 1° PERIODO 2017 caso nag seja efotivamente cancelada, importa TIMID Pawn FY AT ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO fato imponivel das contribuigdes em comenta, vale dizer,o faturamento. que se configura quando a pessoa juridies realiza uma operago ¢ upura o vator desta como faturado, 7, Nada obstante, "o bem fornecido pela impetrante (energia elétrica) ndo é passivel de devolugao em nenhuma hipatese, pois 0 mesmo se exaure (¢ consumido) instantanzamente, ou cancomitantemenite, com o seu fornecirrento, sendo impossivel portanto, falar em venda cancelada" (contea-tazies da Fazenda Nacional - fl. 276). 8, Ademais, © posterior inadimplemento d2 yenda a prazo na constitu condigdo resolutiva da hindtese de incidéncia das exagdes em teta, uma vez. que 0 Sistema Tributério Nacional estabcleceu o regime Financeiro de competéncia como a regra geral para apuragio dos resultados da gestio pairimonial das empresas. Mediante 0 aludido regime financeiro, 0 registro dos fatos eontébeis ¢ realizado a partir de seu comprometiznenta ¢ no do efetive decembalso ou ingressa da receita cartespondente. 9, Os pactos privados ni influem na relagfo tributéria, pela sua finalidade phorissubjetiva de satisfagio das necessidades cotetivas, nag sendo licito a0 eontribuinte repassar o Onus da inadimpléneia de outtem ao Fisco, E nesse sentido que o artigo 1)8 dispie: “Art, 118, A definigao legal do fato gerador é interpretada abstraindo-s - da vatidade juridica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsaveis, ou tereeiras, bem como da natureza do s21) objeto ou das seus efeitos; I1- dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.” 10, Outrossim, a exciustio das reversbes de provisbes operacionais & recuperagées de eréditas baixados como perda da base de edleulo do PIS e da COFINS, ex vido inciso 11, do § 2°. do artigo 3°, da Lei 9.718/98, corrobora o entendimento de que as "vendas inadimplidas” niio se encontram albergadas na expressdo "vendas canceladas”, nao podendo. pot analagia, implicar em exeluséo do crédito tributario, tanto mais que isso equivaleria alrontar o artigo 111. do CTN, verbi “Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislagio tributdria que disponha sobre: 1 - suspensfio ou exclusio do crédito tributiri 11- outonga de isenga IL - dispensa do cumprimento de obrigagivs tributarias acess6rias." 1. A analogia nao pode implicar em exclusio do crédito tributério, porquanto criasdo ou extinggo de tributo pertencem ao campo da legalidade. 12. No plano pis-positivista da Sustiga Tributéria, muito embora receita inadimplida economicamente nfo devesse propiciar tributo, é cedigo que o emprego da eqilidade no pode dispensas 6 pagamento do tributo devide (§ 2°. do artigo 108, do CTN). 13. Abalizada doutrina tributarista define a eqitidade cama a “aplicagao dos principius derivados da idéia de juistiga (capacidade contributiva ¢ custo/beneficia) ao caso concreto", nao se podendo, entretant, contundie a eqilidade com instrumento de "corregtio do Direito" ou de interprewgao ¢ suavizagio de penalidades fiscais: " eqiitative ¢ o justo tém a mesma naturezs. DIREITO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPIM - 1° PERIGDO 2017 porinamary es ee ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ‘Adiferenga esta em que « eqitetivo. sendo justo, no € o juste egal. A lei. pelo sea caritet de generalidade, no prevé tocios os casos singulares a que se aplica: 2 falta nao reside nem na tei nem no legistador que a dita, senfio que decorre da propria natureza das coisas. A eqilidade ainda segundo Arisiételes. autariza a preencher a omissio com o que teria dito o legislador se ele tivesse conhecido 0 caso em questi.” {Ricardo Labo Torres. in Normas de Interpretagao ¢ Integragio do Direito Tributario, 4" ed., Editora Renovar. Rio de Janeiro. Sao Paulo e Recite, 2006. pigs. 115/116). 14, Destarte. a opcao lepistativa em nao inserir as "vendas inadimplidas" entre as hipéteses de exclusio do crédito tridutsrio atinenie ao PIS e 4 COFINS nao pode ser dirimida pelo intéxprete, mesmo que a pretexto de aplicagao do principio da capacidade contributiva, notadamente em virtude da auséncia de perfeita similaridade entre os eventos econdmicos confrontados. 15, A violagdo eventual dos principios da isonomia eda capacidade comributiva encectam questdes constitucionais insindicaveis pelo Eg. STI 16. Precedentes do ST: REsp 751 368/SC, Rel. Ministro Luiz Fux. Primeira Turma, julgado em \7,05,2007. DJ 31.05.2007; REsp 953,01 /PR. Rel, Minisiro Castto Meira, Segunda Turma, julgado em 25.09.2007, D! 48.10.2007; e REsp 956.842/RS, Rel. Ministro José Delgado, Primeira Turma, julgado em 20.11.2007, DS 12.12.2007). 17, Recurso especial a que se nega provimento. AgRg no AREsp 138672 /MG AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2012/0016517-7 Relator(a) Ministro CESAR ASFOR ROCHA (1098) Orgao Julgador T2 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 19/06/2012 Data da Publicagao/Fonte DJe 28/06/2012 Ementa - TRIBUTARIO. BASE DE CAI.CULO DAS CONTRIBUICOES DO PIS EDA COFINS. VENDAS INADIMPLIDAS. EXCLUSAO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. = A jurisprudéneia do Superior Tribunal de Justiga é no sentido de que as vendas inadimplidas no se equiparam a vendas canceladas par fins de exclusio de {ais valores da base de calculo das contribuigdes do PIS e da Cofins. A inadimpténcia nfo descaracteriza © fato gerador, pois subsiste receita em potencial a ser auferida pela empresa, Agravo regimental improvide. DIREITO TRIBUTARLO = CPO6 - 03 - CPIH - 1° PERIODO 2017 D742 7 - Phot 13 de ESCOLA DA MAGISTRATURA DQ ESTADO DO RIO DE JANEIRO PHILA 12017 Disciptina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO. Sessio: 14 - Dia | 1/04/2017 - 08:00 as 09:50 Professor: RODRIGO JACOBINA BOTELHO 14 ‘Tema: Impostos Federais | Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza | (IRPJ © IRPF) 1. Classificagao; 2. Mattiz constitucional; 3. Matriz legal; 4. Matriz infralegal; 8. Fato gerador; 6. Base de calculo e regime de apuragio. 1? QUESTAO: Quando do advento da Lei n? 8024/90, que tratou do bloqueio das contas bancérias cujos fundos ultrapassavam determinado valor, VITORINO SILVA foi alcangado pefa referida medida. No entanto, posteriormente, insurgiu-se judicialmente com a eobranga feita pela Receita Federal dos valores relativos ao Imposto de Renda sobre os rendimentos decorrentes de seus (enti) cruzados novos bloqueados. Alezava que por estar todo o valor bloqueado, nao havia razoabilidade ne medida da Receita, jd que nao houvera, até aquele momento, nenhum acréscimo em seu patrimdnio. Responda fundamentadamente, se cabe razio a manifestagao de Vitorino. DIREITO TRIBUTARLO - CP06 - 03 - CPI «1° PERIODO 2017 10/04/2017 - Pagina | de 16 2 STJ- RESP 441348-RJ Relator Ministro Franciulli Netto REsp 441348 / RI RECURSO ESPECIAL 2002/0075073-2, Relator(a) Minisiro FRANCIULLI NETTO (1117) Orgao Julgador T2- SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 21/09/2004 Data da Publicagao/Fonte DJ 21/02/2008 p. 125 Ementa TRIBUTARIO, IMPOSTO DE RENDA, PESSOA JURIDICA. RENDIMENTOS : DECORRENTES DO$ CRUZADOS NGVOS BLOQUEADOS. DISPONIBILIDADE JURIDICA. INCIDENCIA. POSSIBILIDADE. "A disponibitidade econdmica decorre do recebimento do valor que se Vem a acrescentar ao patriménio do contribuinte. 34a disponibilidade jurfdica decorre do simples crédito desse valor, do qual 0 contribuinte passa a juridicamente dispor, embora este ndo the esteja ainda nas maos." (in Curso de Direite Tributario. S30, Paulo: Malheiros, 2002, p. 271). Os rendimentos decorrentes dos cruzados novos retidos estavam creditados em nome da empresa autora, 2 qual possuia disponibilidade juridica sobre eles. Recurso especial provido. RECURSO ESPECIAL N° 1.179.177 - MG (2010/0022012-7) RELATORA : MINISTRA ELIANA CALMON, uurso especial interposto com fundamento nas alineas a ec do permissivo constitueional contra acérdao do Tribunal Regional Federal da |* Regitio assim ementado TRIBUTARIO#. 184) CRUZADOS NOVOS BLOQUEADO: EXIGIBILIDADE. JUROS E MULTA. INEXISTENCIA DE MORA DO CONTRIBUINTE. (© bloqueio de contas realizado pela Lei 8.024 /90, originads da Medida Proviséria 168 /90, suspendeu a exigibilidade do imposto de renda ¢ da CSSL deles decorrentes, tendo em vista que a disponibilidade econdmica e juridica dos valores respectivos foi retirada do particular. Nao hd que se falar em juros, tampouco em mutta moratéria, pois os valores somente se tornaram efetivamente disponiveis ao contribuinte ‘quando de sua liberacdo pelo Banco Central, no existindo, até aquele momento, mora do contribuinte. Precedentes: AMS 1997.01.00.001443- 2/MG. Rel. Juiz Candido Moraes. , Segunda (conv) Turma Suplementar, DJ p.71 de 21/11/2002 e AMS. 95.01.13036-3/MG, Rel. Juiza Sonia Diniz Viana , Tereeira Turma,(conv) Di p.257 de 03/03/2000. Apelagiio ¢ remessa oficial a que se nega provimento, Opostos embargos de declaragao, restaram rejeitados, nos termos do acérdio de tls. 199, ‘Alea o recorrente, em preliminar, violagao do art. $35 Il , do CPC , a0 fundamento de tero Tribunal de origem se recusado a apreciar as questées suscitadas nos embargos de declaragao. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIII - 1° PERIODO 2017 10/04/2017 ~ Pagina 2 de 16 IRPJ E CSSL. SUSPENSAO DA No merito, além de dissidio jurisprudencial, aponta contrariedade aos arts. 43 do CTN e 2° da Lei DIREITO TRIBUTARIO - CP09 - 03 - CPI 1° PERIODO 20:7 10/04/2017 - Pagina 3 dle 10 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 7.689/88. Defende, em sintese, que o fato de os cruzados novos enconirarein-se temporariamente bloqueados e, portanto, fora do alcance da recorrida, no poderia ser ébice para a eletiva incidéneia do IR e da CSLL sobre os referidos valores. Requer, assim, a cassagao do acérdao recortido, por negativa de jurisdicional ou, alternativamente, a sua reforma quanto Sem as contrarrazies, subiram os autos, admitido o especial na origem. DECIDO, Preliminarmente, afasto a alegada contrariedade ao art. 535 , I, do CPC , tendo em vista que o Tribunal de origem decidiu, fundamentadamente, as questdes essenciais i solugio da controvérsia, consoante se observa no acérdio ue fls. 179 a 184 Quanto ao mérito, verifico que a parte recorrente alega contrariedade aos arts. arts. 43 do CTN e 2° da Lei 7.689 /88, sob o argumento de que o fato de os cruzados novos encontrarem-se temporariamente bloquesdes e. portanto, fora do aleance da recorrida, nao poderia ser Sbice para a efetiva incidéncia do IR e da CSLL sobre os referidos valores. Constato que assiste tazdo A recorrente, uma vez que a jurisprudéncia desta Corte se firmou no sentido de que os rendimentos dos eruzados novos constituiam renda, sendo fato gerador do imposto de renda A tespeito confira-se os precedentes TRIBUTARIO - RENDIMENTOS DECORRENTES DOS CRUZADOS NOVOS BLOQUEADOS - PLANO COLLOR | - IMPOSTO DE RENDA - INCIDENCIA. L seguintes Os rendimentos dos cruzados bloqueados constitufam renda, sendo fato gerador do Imposto de Renda, 2. 0 depésitos em cruzados novos objeto da retengio levada a efeito pela Lei 8,024 /90 integravam o patriménio juridica das empresas, havendo, ainda que parcialmente, disponibilidade juridica sobre eles, porque prevista na lei a possibilidade de transferéncia dos créditos para terceiros, motivo pelo qual deviam ser levados em consideragao no balango anual. Precedentes desta Corte. 3. Recurso provide. TRIBUT (REsp 543.751/MG, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/08/2005. DJ 23/03/2006 p. [55)ARIO. RECURSO ESPECIAL. CRUZADOS, BLOQUEADOS. IMPOSTO DE RENDA. INCIDENCIA, 1. Esta pacificado das duas Turmas da Primeira Segdo o entendimento de que incide imposto de renda sobre os rendimentos dos eruzados, bloqueados nos termas da Lei 8.024 /90. 2, Recurso especial provido, TRIBUT (REsp 369.630/SC, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/05/2005, DJ 01/08/2005 p. 374)ARIO. IMPOSTO DE RENDA, PESSOA JURIDICA. RENDIMENTOS . DECORRENTES DOS CRUZADOS NOVOS BLOQUEADOS. DISPONIBILIDADE JURIDICA. INCIDENCIA. POSSIBILIDADE "A DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPHL ~ 1° PERIODO 2017 10/04/2017 - Paina 4 de 16 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO disponibitidadeeconémica decorre do recebimento do valor que se ‘vem a acrescentar ao patriménio do contribuinte, Jd a disponibilidade juridiea decorre do simples crédito desse valor, do qual o contribuinte passa a juridicamente dispor, embora este nda Ihe esteja ainda nas maos." (in Curso de Direito Tributario. Sto Paulo: Matheiros, 2002, p. 271). 0s rendimentos deeoreentes dos eruzados novos retidos estavam creditados em nome da empresa autora, a qual possuia disponibilidade juridica sobre eles. Recurso especial provido. TRIBUTARIO(REsp 441 348/RJ, Rel. Ministro FRANCIULLI NETTO, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/09/2004, DJ 21/02/2005 p. 125) IMPOSTO DE RENDA. RENDIMENTOS DE CRUZADOS RETIDOS INCIDENCIA. Os rendimentos provenientes de ctuzados novos retidos em razio do Plano Collor, constituem fato gerador de imposto de renda, por representarem actéscimos patrimoniais, suscctiveis de transferéncia a terceiros ‘TRIBUTARIOREsp 322.527/RS, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS. PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/11/2003, DJ 15/12/2003 p. 185) IMPOSTO DE RENDA. RENDIMENTOS. DECORRENTES DOS CRUZADOS : | NOVOS BLOQUEADOS NOS TERMOS DA LEI 8.024 /90. INCIDENCIA. SUMULA 126 DO ST). DESCABIMENTO. I. Incide Imposto de Renda sobre os rendimentos decorrentes dos cruzados novos bloqueados nas termos da Lei 8.024 /90. tendo em vista a disponibilidade juridica dos mencionados valores. 2. Incabivel a aplicag#o da Stimula 126 quando inexistente matéria constitucional auténoma no acérdao recorrido. 3. Auséncia de motivos suficientes para a modificagao do julgade. Manutengao da decisao agravada. 4, Agravo Regimental desprovido. TRIBUT (AgRg no RESP 438.316/RJ , Rel. Ministro LUIZ FUX. PRIMEIRA TURMA, julgado em 17.10.2002, DJ 04.11.2002 p. 165)ARIO. IMPOSTO DE RENDA. CRUZADOS BLOQUEADOS, INCIDENCIA. 1. Os rendimentos dos cruzados blogueados constituem renda. Incide, portanto, imposto de Renda, 2, Inexisténcia de lei garantindo a isengao. 3. Recurso provide. Com es (REsp 365.976/SC, Rel. Ministro JOSE DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgade em 05/02/2002, DJ 18/03/2002 p. 187) sas consideragdes, conhego do recurso especial e dou- jento, 1e-se. Intime-se. Brasilia , 04 de agosto de 2010. MINISTR (DF) A ELIANA CALMON Relatora 2! QUESTAO: MAQUINARIOS BRASILEIROS LTDA. impetra mandado de seguranga com vistas a impedit, na fonte. a retengéio da imposto de renda incidente sobre a operagdo de Hedge por meio de contrato de Swap. Afirma impetrante que devedora da importancia de US 150.000.000,00 (centro e cingiienta DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 10/04/2017 - Pagina 5 de 16 milhoes de délares). divida essa expressa em empréstimo em moeda, mediante langamento de "Fixed Rare Notes". Argumentou 2 empresa que para proteger-se da variagdo cambial da moeda brasileira em face da norte-americana e com isso assegurat-se de poder hontar a referida divida (principal e juros}, realizou operagies de "eobertura” (hedge), mediante contrato de Swap com a Fischer Guaraniy Trust Company of Washington. Alega, na verdade, que trocow os rendimentos de suas aplicagdes financeira de reada tixa, em Real, pelos rendimentos de operagdes do bance atreladas ao dolar. Assim, ainda que © Real sotresse uma desvaloriza¢ao mais signiticativa em relagio & moeda americana, a autora teria recursos suficientes para honrar a sua obrigago em moeda est: 1geira, veritieundo-se. pois, a perfeita uracterizagio de cobertura (hedge). nos temas do art, 77 § 1° dalei n® 8981/95. Fintdo. paras impetrante, se a taxu de cdmbio aumentasse muito, isso Ihe acarretaria uma despesa extra (a variagdo cambial ainda maior da sua divida) e. tendo sido realizada uma operagiio de cobertura ("hedge"), também uma receita extra na mesma proporyo: o resultado liquido do encontro de tais despesas receitas seria zero, ndo havendo assim nenhum acréscimo patrimonial a tributar pelo IRRF. A Unido alega que, o qué se esta tributando é a diferenga a maior resultante da variagdo em moeda nacional, porquanto 9 montante objeto do contrato de cohertura (edge) & a quantia em ceais, negociada, endo a importaneia ein moeda americana, objeto de contrato entre partes diversas. Julgue o mandedo de seguranga. DIRFEFO TRIBUFARIO - CP06 - 03 - CPIIL- 1° PERIODO 2017 10/04/2017 - Pavina 6 de 16 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: RESPOSTA: RESP 591357-RJ - relator Ministro Luiz Pus. REsp $91357/ RI RECURSO ESPECIAL ‘2003/01 62507-5 Relator(a) Ministro LUIZ FUX (1122) Orgao Julgador TI - PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 24/05/2005 Data da Publicagdio/Fonte DJ 27/06/2005 p. 229 Ementa OPERAGCOES DE SWAP COM COBERTURA HEDGE. INCIDENCIA DO IMPOSTO DE. RENDA. LEI 9.779/93. 1. Mandado de seguranca visando impedir a retengao, na fonte, do imposto de renda incidente sobre operagao de hedge por meio de swap, nos termos do art. 5°, da lei 9,779/99, 2. As operagies de swap com cobertura hedge representam aplicagto de determinada quantia em moeda nacional em negécio cuja rentabilidade Jeva em conta uma moeda estrangeira, o que evita maiores prejuizos ppara.a empresa contratante (hedger), que possua dividas em moeda estrangeira, ficando sujeita a oscilayo da referida moeda. Sev escopo original é servir para cobertura de riscos provenientes da taxa cambial flutuante, ndo obstante prestar-se também para a ‘especulagde finanesira, desde que se aposte na elevagiio da moeda estrangeira cuja variagdo remunera aquele investimento e inexista passivo em tal moeda. 3. Os fatos geradores espectficos do imposto de rerda sio as varias situagéies descritas nas leis ordinarias, como, por exempta, os rendimentos auferidos nas diversas modalidades de aplicages financeiras, podendo ser complexivos, quando se constituem em diversos fatos materiais sucessivos, que S40 geralmente tributados em conjunto. principalmente pelo regime de declaragin de rendimentos, ainda que recolhidos antecipadamente. Por seu turno, hd 0s fatos zeradores simples, que se constituem de eircunstincias materiais isoladas, tributadas em separado, pelo regime na fonte, como por exemplo 0 imposto sobre Operagées de Crédito, Cambio & Segura ¢ 0 Imposto de Renda Retido na Fonte. 4. A operagiio de swap constitui tipica operagdio ensejadora do fato gerador simptes dv Imposto sebte a renda, posta que representa acréscimo patrimonial, obtido na troca de financiamentos em taxas diversas, sobre um montante principal, dai por que ser tributado na fonte. 5, Merecem destaque as razdes de poltiva fiscal apresentadas na Exposigdo de Motivos anexa & Medida Provisoria 1.788/98, que deu origem 4 lei 9.79/99, sendo vejamos, verbis: 8 - As novas normas tém por objetivo evitar a postergagao ao pagamento do imposto sobre os ganhos e rendimentos auferidos pelos ieferidos fundos, tendo em vista a previsdo de distribuigao de Jucros e a conseqiente incidéncia do imposto de renda na fonte. 0 artigo 5° trata da incidéncie do impasto de renda na fonte sobre os rendimnentos auferides em aplicagdes ou operagSes financeizas de DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIII - I° PERIODO 2017 1004/2017 - Pagina 7 de 16 renda fixa ou varidvel, incluindo , nessa forma de tibutacdo, as de hedge, realizadas por meio de swap como forma de eqilafizagao com as demais operagdes realizadas no mercado financeira, mantiga, no entanto, a possibitidade de se reconhecer. integralmente nos balangos da empresa, eventuais perdas incorridas nessas operagbes.” 6. In cast, veritica-se que 0 contrato foi celebrado entre a Xerox do Brasil Lida, e 0 Morgan Guaranty Trust Company of New York em 15/07/2998, com data DIREITO PRIBUTARIO - P06 - 03 - CPIL - 1° PERIODO 2017 [04/2017 - Pagina 8 de 16 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO devencimento aprazada para 12/07/1999 7.A lei que se aplica é a da data do fato gerador, consoante o seu art. 105, verbis: " A legislagdo tributaria aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros ¢ aos pendentes, assim entendidos aqueles euja ocoréneia tenba tido infeio mas nao esteja completa nos termos do art, 116." 8, Ademais, nilo hd que se falar em violapao ao principio da anterioridade, previsto no art. 104 do C'TN, porquanto a lei 9.779/99, embora publicada em 19/01/1999, teve sua eficécia piena em cdezembro/ 1998, com a edigto da MP 1.78/98 de 29/12/98. Por isso que a referida norma se coaduna com o att. 104 do CTN que assim determina: "Entram em vigor no primeiro dia do exercicio seguinte Aquele em que ocorra a sua publicagdo os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimdnio ou a renda.” 9, Forgoso concluir que a MP n° 1.788/08, convertida na Lei n® 9.779199, & aplicavel ao presente contrato de swap, nao obstante 0 contrato ter sido firmauo sob a vigéncia da lel anterior, posto que a obrigagdo tributéria surge com o fato gerador. Ocorrido o fato gerador, 0 tributo passa a ser devido de acordo com a aliquota, base de caileulo e demais elementos descritos em lei. Consectariameste, constituindo o fato gerador do IR 6 momento da liquidagdo do contrato e a base de calculo o resultado positivo auferido nesta mesma data, consoante dispae 0 art. 74, § 1°, da le 8.981/95, & 0 que precisa o quantum ¢ em Favor de quem foi apurada uma diferenga positiva 10. Verifica-se que 2 operagio de swap, in casu, com cobertura hedge proporcionou vantagens econémicas para a empresa recorrida, diante da desvalorizagaio da moeda nacional (real) em face do Délar norte-americano, quando do vencimento da operagiia. 11, Recurso especial provido. AgRg no Ag 1266275 / RI AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO: 2009/0246607-7 Relator{a} Ministro CASTRO MEIRA (1125) Orgao Julgador T2- SEGUNDA TURMA. Data do Julgamento 16/03/2010 Data da Publicagin/Fonte DJe 26/03/2010 Ementa PROCESSUAL. TRIBUTARIO. TRIBUTARIO. IMPOSTO DE RENDA. OPERACOES DE COBERTURA, HEDGE E SWAP CABIMENTO. REPERCUSSAO GERAL. SOBRESTAMENTO DO FEITO, INVIABILIDADE. 1A partir da Li n° 9.77909, todas as operagdes financeiras de renda fixa ou de renda vatidvel, inclusive aquelas com eobertara hedge, passatam a ser tributadas na fonte, suprimidas as isengdes antes existentes na Lei n. $.981/95, ainda que 0 contrato tenha sida celebrado sob a rexéncia de lei anterior. Precedentes.. Embora a matéria tenha sido reconhecida como de repercussto geral pelo Suprermo Tribunal Federal, descabe sobrestar o feito na fase em que se encontra, Esse fato nfo impede o julgamento do recurso especial, apenas assegura o sobrestamento do recurso extraordindio DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIL - 1" PERIODO 2017 10/04/2017 - Pagina 9 de 16 caso este venha 4 ser interposto conira @ acérdiie proferide por esta Corte, Essa questio serd apreciada no momento do exame de admissibifidade do apelo dirigido ao Pretério Facets. 3, Agravo regimental io provido. 3° QUESTAO: Fditada medida proviséria que estabelece que os lucros auferidos por controlada ou coligada no exterior serio considerados disponibilizados para a controladora ou coligada no Brasil na data do balango no qual tiverem sido apurados. ra forma do regulament, bem coma que os Iucros apurados, por controlada ou colignda no exterior até 31 de dezembro de 2011 serdo considerados disponibilizados em 31 de dezembro de 2012, salvo sv ocorvida, antes desta data. qualquer das hipoteses de disponibilizacdv previstas na legistagéio em vigor. um grupo de sociedades empresarias que mantém empresas controladas no exterior recorrem a0 judiciirio para expor a inconstitucionalidade da medida, Alegam que 0 texto normativo, no que tange ao Imposto sobre a renda, criou tribute novo ou modificara o existente no tocante a0 fato gerador, motivo pelo qual requerem a declaragao incidental de inconstitucionalidade da norma, Responda, fundamentacamente. em no msxinto 15 (quinze} linhas, se a medida provisoria est de acordo com a legislagao tributaria. DIRELTO TRIBUTARIO « CPO6 - U3 = CPLIL = I" PERIQDO 2017 [042017 - Pagina 19 de be ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: RESPOSTA: INFORMATIVOS 700 E 70! - RE 611586 /PR, rel. Min. Joaquim Barbosa. IR e CSLL: dispouibilidade de tucros de controlada ou coligada no exterior para controladora ou coligada no Brasil - 1 0 Plenitio iniciou julgamento de recursos extraordindrios em que se discute a vonstitucionalidade do art. 74 ¢ patégrafo Gnico da MP 2,158-35/2001, que estabelece que os lucros auferidos por controtada ou coligada no exterior serie cansiderados disponibilizacdos para a controladora ou coligada no Brasil na data do balango no qual tiverem sido apurados, na forma do regulamento, bem como gue os lucros apurados por controlada ou coligada no exterior até 31 de dezemtbro de 2001 serdo considerados, onibilizados em 31 de dezembro de 2002, salvo se ocorrida, antes desta data, qualquer das hipdteses de disponibilizagio previstas na legislago em vigor. A repercussao geral da questio constitucional fora reconhecida no RE 61 1586/PR (Die de 2.5.2012). No entanto, em virtude da identidade de temas, o RE 541090/SC fora apregoado em conjunto. Preliminarmente, o Tribunal resolveu questo de ordem suscitada, no RE 611586/PR, pela Companhia Vale SIA e, por maioria, denegon pedido de reconsideragdo do indeferimento de seu ingresso nos autos na condigao de assistente simples da recorrente, para exercer o papel de amicus curiae, Sustentava-se que a ADI 4071 AgR/DF (DJe de 16.10.2009) nao se adequaria aos casos de assisténcia simples ¢ sim aos de amicus curiae, bem como a existéncia de interesse processual leyitimo, pela possibilidade de se realizar sustentagdo oral sobre o mérito das demandas. Destacou-se que. como a repercusséio geral da matéria fora reconhecida, a particinagio de terceiros no proceso se afiguraria 4 do amicus curiae e, por isso, ‘0 que decidido naquela agi diceta de inconstitucionalidade, Asseverou-se que, na , presstipor-se-ia interesse subjetivo nos autos, porquanto 0 postulante estaria, de forma direta, sujeito a0 resultado do juleado, Ponderou-se que a peticionéria nao deteria qualquer atividade juridica ou econdmica com a ora recorrente. Vencido o Min, Marco Aurélio, que deferia a participagio da empresa, Frisava que 0 fato de o STF julgar a controvérsia sob o angulo da repercusstio geral nao resultaria na edigdo automittica de verbete de simula, uma vez proclamado o resultado do julgamento. Obtemperava que a Companhia Vale do Rio Doce seria parte na AC 3141/84, de sua relatoria, em que fora implementada, ad referendum do Plendrio, a mediéa acauteladora (DJe de 4°.6.2012), na qual também se buscaria evitar a cobranga de disponibilidade inexistente quanto a luctos de coligadas on controladas, RE 611586 /PR. rel, Min. Joaquim Barbosa, 3.4.2012, (RE-GU1586) RE S41098/8C, rel. DIREITO TRIBUTARIQ - CP06 - 03 - CPITI- 1° PERIODO 2017 10/04/2017 - Pagina 11 de 16 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Ei SoaquimBarbosa, 3.4.2012. (RE-541090} IR e CSLL: disponil coligada no Brasil - 2 lidade de lucros de controlada ou coligada no exterior para controladora ou Na sequéncia, por maioria, indeferiu-se, para ambos s processos, questéio de ordem suscitada da tribuna nna qual, em face da auséncia de 2 Ministras, pretendia-se o adiamento do feito para momento ema que © quérum da Corte estivesse completo. Alegava-se relevancia do tema em debate. Ponderou-se que 0s meios tecnolégicos a disposigdo dos Ministros permitiriam que os ausentes conhecessem o teor das sustentagdes orais a serem produzidas. Aduziu-se que os autos ja teriam entrado na pauta algumas vezes, ‘aniio justificar novas delongas. Vencido o Min. Marco Aurélio, que deferia o pedido. Recordava a indispensabilidade dos advogados 4 administragao da justica. Destacava nao haver prejuizo em se aguardar a semana vindoura para se retomar o debate. RE 611586 /PR, ri Joaquim Barbosa, 3.4.2012, (RE-611586) RE 541090/SC, rel. Min. Joaquim Barbosa, 3.4.2012, (RE-541090) IR ¢ CSLL: disponibilidade de lucros de controlada ou coligada no exterior para controladora ow coliguda no Brasil -3 No mérito, o Min. Joaquim Barbosa, relator ¢ Presidente, negou provimento aos recursos pelos mesmos fundamentos ja expendidos na ADI 2588/DF. O Min. Teori Zavascki, ao declarar a constitucionalidade da horma, outtossim, negou provimento ao RE 611586/PR, porém, deu provimento ao RE 541090/SC. Afirmou que 0 art. 74 da MP 2.158-35/2001 ndo criara tributo novo ou modificara o existente no tocante a0 fato gerador. Fsclareceu que 0 aludido ato normativo apenas alterara o sistema de aferigcio acerca do momento em que os lueros obtidos para controlada ou coligada no exterior seriam disponibilizados. Até entdo, adotara-se o regime de caixa (disponibilidade financeira). Dai em diante, o regime de competéncia. Em seguida, efetuou retrospecto histérico da legislagio brasileira sobre o tema. Dessumitt que o preceito adversado apenas estendera as controladas ou as coligadas o mesmo tratamento alé entilo conferido, desde 1995 (Lei 9.249/95), a filiais e sucursais locatizadas no estrangeito. Além disso, aplicdvel, desde 1976 (Lei 6.404/76), o regime de competéncia para controladas e coligadas no Brasil. Observou a existéncia de 3 situagdes: 1°) coligadas e controladas internas, com regime de competéncia desde a Lei das Sociedades Andnimas; 2 filiais e sucursais no DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 10/04/2017 - Pagina 12 de 16 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO exterior, tributadaspelo regime de competéncia desde 1997 (Lei 9.532/97); ¢ 3") coligadas ¢ controladas, optantes pelo regime de caisa até 2001 (Mediéa Provisoria 2.158-35/2001). Destacou, ainda, tratar-se da aplicagdo do MEP. implantado pela mencionada Lei 6.40/76. Por fim, salientou que © balango apuraria, confirmaria c registraria ferémeno ja ocorrido. Assim, com v balance ter-se-ia, pelo menos, a ddisponibilidade jutidico-econémica da renda, o lucro nela apurado. Repeliu, também, a ategagta de ofensa a tratados imernacionais destinados a evitar dupla tributagdo. Aduziu que a tributagao nao estaria prevista para incidir sobre fuero obtido por empresa situada no exterior, mas sim sobre lucros auferidos Por pessoa juridica sediada no Brasil, provenientes de fonte situada no estrangeiro. Afastou, de igual modo, a assertiva de ocorréncia de bitributagiio. Realgau a existéncia de sistema de compensagio paralelamente a tributagdo em bases wniversais (Lei 9.249/95, art. 26). Apds, o jullgarnento foi suspenso, RE 611586 /PR, rel, Min, Joaquim Barbosa, 3.4.2012. (RE-614586) RE 541090/SC, rel. Min, Joaquim Barbosa, 3.4.2012, (RE-341090) IR e CSLE: disponibilidade de lucros de controtada ou coligada no exterior part controladora ou coligada no Brasil - 4 © Plenario concluiu julgamento de recursos extraordinarios em que discutida a constitucionatidade do art, 74 ¢ pardgrafo dnico da Medida Proviséria 2.158-35/2001, que estabelece que os luctos auferidos por scontrolada ou coligada no exterior sero considerados disponibilizados para a controladora no Brasil na data do balango no qual tiverem side apuradas. na forma do regulamento, bem como que os Iueros apurados por controlada cu coligada no exterior até 31.12.2001 serdo considerados disponibilizados em 31.12.2002, salvo se ocorrida, antes desta data, qualquer das hipéteses de disponibilizagao previstas na legislag3o em vigar. A repercussio geral da questo constitucional fora reconhevida no RE 611586/PR (Die de 2.5.2012). No entanto, em virtude da identidade de temas, o RE 541090/SC fora apregoado em conjunto — v. Informativo 700. RE 6U1586/PR, rel. Min. Joaquim Barbosa, 10.4.2013. (RE-611586) RE 541090/SC, rel. orig. Min. Joaquim Barbosa, red. p/ 0 acérdio Min. Teori Zavascki, 10.4.2013. (RE-541090) IRe CSL: DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPITI- 1° PERIODO 2017 10/04/2017 - Pagina 13 de 16 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ie lade delueros de controlada ou coligada no exterior para controladora ou coligada No tocante ao RE 611586/PR, por maioria, negousse provimento ao recurso, consoante o que decidido na ADI 2588/DF. Consignou-se que a empresa recorrente seria controlada ¢ situada em “paraiso fiscal”, de modo que a legislagao impugnada seria aplicivel ao caso. Vencide o Min. Marco Aurélio, que provia o recurso, na linha do voto proferide na ADI 2588/DF. Por outro lado, no que se refere ao RE 541090/SC, interposto pela Unido, por votago majoritaria, proveu-se parcialmente 0 recurso, para considerar ilegitima a tributagio retroativa, haja vista a inaplicabilidade do pardgrafo nico do art. 74 da Medida Proviséria 2.158-35/2001, a luz do que decidido na ADI 2588/DF. Registrou-se cuidar de empresas controladas fora de “paraiso fiseal”. O Min, Teori Zavascki reajustou © voto anteriormente proferido, no tocante & retroatividade tributiria, Vencides os Ministros Joaquim Barbosa, relator e Presidente, Ricardo Lewandowski, Mateo Aurslio e Celso de Mello, que desproviam o recurso. Por fim, deliberou-se, por maioria, que os autos retornassem & origem para que houvesse pronunciamento acerca de eventual vedagao de bitributagdo baseada em tratados internacionais. Considerou-se que a temitica, embora suscitada, nao teria sido debatida na origem, que decidira apenas quanto 4 inconstitucionalidade de lei, questao prejudicial em relagZo aos tratados, Vencido © Min. Dias Toffol, que, ao enfrentar a matéria, vonsiderava nao existir bitributagao na hip6tese. O Min. Marco Auréfio, tendo em vista haver desprovido o recurso, ndo se manifestou a respeito, RE 61 Joaquim Barbosa. , (RE-61158 Joaquim Barbosa, red. p/ 0 acérdio 104.2013. (RE-541090 ICMS e fornecimento de agua encanada - 4 Nao incide ICMS sobre o servigo de fornecimento de agua encanada. Com base nessa orientagilo, 0 Plenario, em conclusio de julgamento, desproveu recurso extraordinério, interposto pelo Estado do Rio de Janeiro, em que se alegava a constitucionalidade da incidéncia do tributo sobre o fomecimento de gua encanada por empresa concessionsria — v. Informativo 638. Entendeu-se que a incidéncia do ICMS prevista na legislacdo fluminense geraria situagdo eivada de inconstitucionalidade, a destoar da materialidade deste tributo, inserta no art. 155, II, da CF (“Art. 153. Compete aos Estados ¢ a0 Distrito Federal instiuir impostos sobre: II - operagdes relativas 4 circulagao de mercadorias ¢ sobre prestagiies de servigos de transporte interestadual ¢ intermunicipal e de comunicagdo, ainda que aso DIRBITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIL- 1° PERIODO 2017 10/04/2017 - Pagina 14 de 16 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EMERJ peragdes e asprestagdes se iniciem no exterior”). Observou-se que, conquanto o fato gerador estivesse escrito na lei instituidora, o legislador infraconstitucional sujeitar-se-ia aos limites da hipétese de incidéncia estabelecida na Constituigdo. Concluiu-se, no ponto, que analisar a extensdo dessa hipétese seria indispensdvel para identificar o que constituisia fato gerador do imposto em questo, No que concere ii nogao de mercadoria, para fins dessa tributagao, enfatizou-se que se trataria de bem movel sujeito 4 mercancia ou, conforme a preferéncia, objeto de atividade mereantil. Consignou-se que as éguas publicas derivadas de rios ou mananciais seriam quallificadas juridicamente como bem de uso comum do ovo, consoante os artigos 20, Ill, e 26, 1, da CF. 18a equipariveis a uma espécie de mereadoria, sobre. a qual incidiria 0 ICMS. Dessa forma, o tratamento quimico necessario a consumo nao teria 0 condao de desearacterizar a dgua como bem piiblico de uso comum de todos. RE 607056/R4, rel. Min. Dias Toffoli, 10.4,2013, (RE~607056) IR e CSLL: disponibilidade de Iucros de controlada ou coligada no exterior para controladora ou coligada ao Brasil -4 © Plendrio concluiu julgamento de recursos extraordinéios em que discutida a constitucionalidade do art. 74 e pardgrafo Unico da Medida Proviséria 2.158-35/2001, que estabelece que os lucros auferidos por conirotada ou coligada no exterior sero considerados disponibilizados para a controladora no Brasil na data do balango no qual tiverem sido apurados, na forma do regulamento, bem como que 0s lucros apurados por controlada ou coligada no exterior até 31.12.2001 serdo consiclerados disponibilizados em 31.12.2002, salvo se ocorrida, antes desta data, qualquer das hipéteses de disponibilizagao previstas na legistag&o em vigor. A repercussao geral da questo constitucional fora reconhecida no RE 611586/PR {Dle de 2.5.2012). No entamto, ent virtude da identidade de temas, o RE 541090/SC fora apregoado em conjunto — v. [nformativo 700. RE G115S86/PR, rel, Min, Joaquim Barbosa, 10.4.2013. (RE-611586) RE 541090/SC, rel. ofig. Min, Joaquim Barbosa, red. p/ 0 acdrddo Min, Teori Zavaseki, 10.3.3013. (RE-541090) 1R © CSLL: disponibilidade de lncros de controluda ou coligada no exterior para controladora ou coligada no Brasil - 5 No tocante ao RE 611586/PR, por maioria, negou-se provimento ao recurso, consoante o que decidido na ADI 2588/DP. Consignou-se que a empresa DIREITO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPIIT- 1° PERIODO 2017 10/04/2017 - Pagina 15 de 16 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO recorrente seria controlada esituada em “paraiso fiscal”, de modo que a legislagao impugnada seria aplicével ao casa. Vencido 9 Min, Marco Aurélio, que provie o eeeurso, na linha do voto proferide na, ADI 2588/DF. Por outto lado, no que se refere ao RE 541090/SC, interposto pela Unido, por votagdo majoritiria, proveu-se parcialmente o fecurso, para considerar ilegitima a tributagdo retroativa, haja vista.a inaplicabilidade do pardigrata Gnice do act. 74 da Medida Proviséria 2.158-3 que decidido na ADI 2588/DF. Registrou-se cuidar de empresas controladas fora d O Min. Teori Zavascki resjustou 0 Voto anteriormente proferido, no tocante a retroati Vencidos os Ministeas loaquic Barhasa, relator ¢ Presidente, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio @ Celso de Mello, que desproviam 0 recurso, Por fim, deliberou-se, por maioria, gue os autos retomassem a origem pars que houvesse pronunciamento acerca de eventual vedagao de bitributagdo baseada em teatados internacienais. Cansiderou-se que a tentitiea, embora suscitada, wo teria sido debatida na origem, que decidira apenas quanto A inconstitucionalidade de lei, questa prejudicial em relag2o aos tratados, Vencido 0 Min. Dias Toffoti, que, so enfrentar a matéria, considerava no existir biteihutagio na hipStese. O Min. Marco Aurétia, tendo em vista haver despravide 0 recurso, niio s¢ manifestou a respeito, RE 611586/PR, rel. Min, Joaquim Barbosa, . (RE-611586) RE 541090/SC. rel. orig. Min. Joaquim Barbosa, red. p/ 9 acérdao Min. Teari Zavaseki, 10.4.2013. (RE-S41090) DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIL- 1? PERIODO 2017 10/04/2017 - Pagina 16 de 16 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO 00 RIO DE JANEIRO ‘Turma: CPM A 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO Sesstio: 15 = Dia 11/04/2017 - 10:10 as 12:00 Professor: RODRIGO JACOBINA BOTELHO 15 Tema: tmpostos Federais II Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza If (IRPJ IRPF) 1, Aliquota; 2. Contribuintes; 3. Lancamemo; 4, Periodigidade. 1" QUESTAO: AA Secretaria de Recursos Humanos ¢ Pagamentos do Tribunal de Justiga do Estado do Rio de Janeiro deixou de proceder a retengdo na fonte do IRPF sobre determinada verba, a qual considerou indenizatéria ¢ nig remuneratéria, de determinado Desembargador daquele Tribunal. A SRF autuou 0 Deseinbargador, considerando-o coniribuinte do IRPF. pois classificou a verba come remuneratdcia. Este ajuiza Ago Anulatéria de Langamento Fiscal, sob 0 argumento de que a fonte pagadora é que deve suportar a autuagao, por forga do art, 121, § nico, Il, CIC 45, § Unico, todos do CTN. A luz do CTN, quem deve suportar o dnus tributério? Se © Desembargador leva A tributagdo tas rendimentos ta sua declaragdo ¢ paga o IR, ainda assim, poderia a SRF fangar Auto de Infragdo com cobranga de penalidade pecunidiria em face da Secretaria dy TIRJ? RESPOSTA: AgRg no REsp 1451828 / AL AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2014/0104492-9 Relator(a) Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) Orgio Julgador T2 UNDA TURMA Data do Julgamento 04/11/2014 Data da Publicagdo/Fonte DJe 10/11/2014 Ementa TRIBUTARIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. IMPOSTO DE RENDA. RECOLHIMENTO A DESTEMPO. AUSENCIA DE RETENCAD PELO RESPONSAVEL. JUROS DE MORA. RESPONSABILIDADE DA FONTE PAGADORA. indevida a imposigdo de juros de mora e multa ao contribuinte quando, induzido a erro pela fonte pagadora, inclui em sua declaragiia de ajuste os rendimentos como isentos e ndo tributdveis. Situagio em que a responsabilidade pelo recalhimento da penalidade ¢ juros de mora deve ser atribuida & fonte pagadora, a teor do art. 722, parigeato tinico, do RIR/99 (Decreto n, 3.00/99). Precedentes: REsp 789.029/SC, Primeira Turma, Rel, Ministro Luiz Fux, julgado em 17.05.2007; REsp 374.603/SC, Primeiza Turma. Rel. Ministto Francisco Faledo, julgado em 02.05.2006; EREsp 1334749-AL, Primeira Segio, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 22.19.2014; REsp. n° 1.218.222 - RS, Segunda Tarma, Rel. Min, Mauro Campbell Marques, julgado em 04.09.2014 2. Agravo regimental no provido. 2 QUESTAO: Determinado contribuinte, pessoa tisica, sijeito ao IRPF tem seu imposto retido na fonte pela DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPITT - 1° PERIODO 2017 10/04/2017 - Paigit na Pde 3 entidade que the paga salario, Ao finat do ano-base. presenta deelaraydo de ajuste, normalmente no ‘altima dia do mes de abril do ano-base seguinte. Assim, qual tipo de langamento vineuia o tito supracitido? Qual 0 efeico da apresentagao da declaragiio de ajuste anual? Considerando que a declaragio de ajuste pode conter valor a menor de imposto a pagar, yve postura e em que prazo deve a Administeagao Fazendaria agir para cobrar tal diferenga ? Respostas fundamentadas, DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI b PERIODO 2087 10/04/2017 » Pagina 2 de 3 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: ‘Langainento por Homotogago, art. 150 e paragrafos. A corresiio se dari por Langamento de Oficio, art. 149 do CTN, obedecido a seu parigtafo tnico. AgRg no REsp 1442993 /RS AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2014/0060921-5 Relator(a) Minisiro HUMBERTO MARTINS (1130) Grgiis Julgador T2- SEGUNDA TURMA Data do Julgamento os/09/2014 Data da Publicagio/Fonte Die 15/09/2014 Ementa TRIBUTARIO. REPETICAO DE INDEBITO. IRRF. TRIBUTO SUIEITO A LANCAMENTO POR HOMOLOGAGAQ, PRESCRIG AO, LC 118/05, INCIDENCIA AGOES AJUIZADAS APOS A SUA VIGENCIA. ENTENDIMENTO FIRMADO EM REPERCUSSAO GERAL NO RF $66.621/RS E, PELO STI, NO RESP REPETISIVO, 1.291.304RS. [LA preiensto recursal reside no reconhecimento de que nas agbes de de restituigaa de Impasto de Renda Retido na Fonte ~ IRRF, © praze prescricional quinquenal inicia-se na deelaracao de ajuste anual do ano subseqjdente & retendo proviséria do tribut, 2. A Prinneira Seyao do STJ, ao julgar 0 REsp 1.269.570!MG, sob 0 Fito do art, 543-C' do CPC. prestigiou o entendimenta da STP fiemada em repercussdo geral, no sentido de que para as agGes ajuizadas a partir de 9.6.2005, aplica-se o art, 3°, da Lei Complementar n 1418/2005, contando-se 0 prazo presecricional dos tributos sujeitos a Janigamento por homologagio em cinco anos a partie do pagamento antecipado de que trata 0 art. 150, §1°, do CTN. 3. Na espécie, como a ago de repetigao de indébito foi ajuizade em 20.11.2009. os recolhimentos indevidios efetuados antes de 20.11.2004 esto preserites, Agravo regimental improvido, DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPI - 18 PERIODO 2017 10/04/2017 - Pagina 3 de 3 a: CPI B 12017 sciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO 16 - Dia 18/05/2017 - 08:00 as 09:50 fessor: JOAO PAULO DE SOUZA CARREGAL rm 3sa0: 16 Tema: Impostos Federais II] Imposto sobre produtos industrializados | _Classificagao; _ Matriz constitucional;: . Matriz legal: . Matriz infralegal; . Fato gerador: . Base de calculo. ONO Bie Unpa hey) ae 1? QUESTAO: Determinado estabelecimento importador propde demanda em face da Uniao em que visa a afastar um suposto bis in idem referente a cobranga do IPI. Alega o demandante que houve violacao aos artigos 46, I, I] e paragrafo unico; 47,1, If; 51,1, Ile paragrafo unico, do CTN. Sustenta que nao cabe a dupla incidéncia do IPI, no desembaraco aduaneiro » na saida da mercadoria do estabelecimento comercial ja que as hipoteses do art. 46, do CTN seriam ilternativas e nado cumulativas. Aduz que quando da importagao ha a incidéncia de IPI no fesembarago aduaneiro dos produtos importados, mas a saida de produtos de estabelecimentos somente sera tributada quando estes forem de procedéncia nacional, isto ¢, produzidos no pais, eis que »s de procedéncia estrangeira ja foram devidamente tributados no desembarago, como se fosse a etapa inal da cadeia produtiva porquanto ja sao produtos manufaturados. ede que seja afastada a incidéncia de IPI sobre a saida das mercadorias importadas quando inexistir jualquer tipo de industrializagao do produto. Zesponda, fundamentadamente, como voce julgaria a causa. ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO Do RIO DE JANEIR 3 0 RESPOSTA: RESPOSTA: RECURSO ESPECIAL N° 1.429.656 - PR EMENTA RECURSO ESPECIAL. DIREITO TRIBUTARIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI. FATO GERADOR. INCIDENCIA SOBRE OS IMPORTADOREs NA REVENDA DE PRODUTOS DE PROCEDENCIA ESTRANGEIRA. FATO GERADOR AUTORIZADO PELO ART. 46, II, C/C 51, PARAGRAFO UNICO DO CTN. SUJEICAO PASSIVA AUTORIZADA PELO ART. 51. Le DOGENSG/CART: 4°51. DA DEEN 4.502/64. PREVISAO NOS ARTS. 9, 1 E 35, I, DO RIPI/2010 (DECRETO N. 7.212/2010). |. Seja pela combinagao dos artigos 46, I] e 51, paragrafo unico do CTN - que compéem 0 fato gerador, seja pela combinagao do art. 51, II, do CTN. art. 4°, 1, da Lei n. 4.502/64, art. 79, da Medida Provisoria n. 2.158-35/2001 e art. 13, da Lei n. 11.281/2006 - que definem a sujeigao passiva, nenhum deles até entéo afastados por inconstitucionalidade, os produtos importados esto Sujeitos a uma nova incidéncia do IPI quando de sua saida do estabelecimento importador na operacao de revenda. 2. Nao ha qualquer ilegalidade na incidéncia do IPI na saida dos do estabelecimento do importador, ja que equiparado a industrial com a permissao dada pelo art. 51, II, do CIN. 3. Interpretagao que nao ocasiona a ocorréncia de bis in idem, dupla tributagao ou bitributagao, porque a lei elenca dois fatos geradores distintos, o desembarago aduaneiro proveniente da operacdo de compra de produto industrializado do exterior e a saida do produto industrializado do estabelecimento importador equiparado a estabelecimento produtor, isto é, a primeira tributac4o recai sobre 0 preco de compra onde embutida a margem de lucro da empresa estrangeira e a segunda tributacdo recai sobre 0 prego da venda, onde ja embutida a margem de lucro da empresa brasileira importadora. Além disso, nao onera a cadeia além do razoavel, pois o importador na primeira operac¢do apenas acumula a condi¢ao de contribuinte de fato e de direito em razao da territorialidade, j4 que o estabelecimento industrial produtor estrangeiro nao pode ser eleito pela lei nacional brasileira como contribuinte de direito do IPI (os limites da soberania tributaria 0 impedem), sendo que a empresa importadora nacional brasileira acumula 0 crédito do imposto pago no desembarago aduaneiro para ser utilizado como abatimento do imposto a ser pago na saida do produto como contribuinte de direito (nao- cumulatividade), mantendo-se a tributagao apenas sobre o valor agregado. 4. Precedentes: REsp. n. 1.386.686 - SC, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 17.09.2013; e REsp. n. 1.385.952 - SC, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell a Marques, julgado em 03.09.2013. Superado o entendimento contrario veiculado no REsp. n. 841.269 - produtos de procedéncia estrangeira pelo art. 4°, I, da Lei n. 4.502/64. BA, Primeira Turma, Rel. Min. Francisco Falcdo, julgado em 28.11.2006. 5. Recurso especial nao provido. 2" QUESTAO: si nna ‘xi i iuridic resaria Responda, fundamentadamente, em no maximo 15 (quinze) linhas, se uma pessoa juridica emp ; rer + sft lar conseguira éxito ao promover demanda de rito ordinario em face da Uniao, com o ae « » lancamentos de IPI sobre mercadorias destinadas 4 exportacao, que foram furtadas quando transporte das mesmas para entrega ao exportador. Eb a fs. ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIR C RESPOSTA: REsp 1203236/ RJ, rel. Min. Herman Benjamin PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTARIO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC NAO CONFIGURADA. IPI. FATO GERADOR. MOMENTO TEMPORAL. FURTO/ROUBO TRADICAO. CONDICAO RESOLUTORIA. CAPACIDADE CONTRIBUTIVA SUBJETIVA EXACAO INDEVIDA. a |. A empresa ajuizou Agao Ordinaria com o intuito de anular langamentos de IP] sobre mercadorias (cigarros) destinadas a exportagao que foram furtadas. O Juizo de |° grau julgou improcedente o pedido, tendo sido mantida a sentenga pelo Tribunal Regional Federal 2, Nao se configura a ofensa ao art. 535 do Codigo de Processo Civil, uma vez que o Tribunal de origem Julgou integralmente a lide e solucionou a controvérsia, tal como the foi apresentada. 3. Em relagdo ao mérito, esta Turma se posicionara inicialmente no sentido de que "o roubo ou furto de mercadorias é risco inerente a atividade do industrial produtor. Se roubados os produtos depois da saida (implementacao do fato gerador do IPI), deve haver a tributagao, nao tendo aplicacdo o disposto no art. 174, V, do RIPI-98". (REsp 734.403/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 6.10.2010). Nessa oportunidade, fiquei vencido ao lado do Eminente Ministro Castro Meira, cujas consideracées ali feitas motivaram aqui maior reflexdo sobre a justica de onerar o contribuinte com tributagao que nao corresponde ao proveito decorrente da operagao. Tais observacées prevalecem nos seguintes termos: 4. O fato gerador do IPI nao é a saida do produto do estabelecimento industrial ou a ele equiparado. Esse é apenas 0 momento temporal da hipotese de incidéncia, cujo aspecto material consiste na realizacao de operagoes que transfiram a propriedade ou posse de produtos industrializados. 5. Nao se pode confundir 0 momento temporal do fato gerador com 0 proprio fato gerador, que consiste na realizac4o de operac6es que transfiram a propriedade ou posse de produtos industrializados. 6. A antecipagao do elemento temporal criada por ficcdo legal nao torna definitiva a ocorréncia do fato gerador, que é presumida e pode ser contraposta em caso de furto, roubo, perecimento da coisa ou desisténcia do comprador. 7. A obrigagao tributaria nascida com a saida do produto do estabelecimento industrial para entrega futura ao comprador, portanto, com tradi¢ao diferida no tempo, esta sujeita a condicao resolutéria, ndo sendo definitiva nos termos dos arts. | 16; Il;e 117 do CTN. Nao ha raz4o para tratar, de forma diferenciada, a desisténcia do comprador e o furto ou o roubo da mercadoria, dado que em todos eles a realizacéo do negécio juridico base foi frustrada, 8. O furto ou o roubo de mercadoria, segundo o art. 174, V, do Regulamento do IPI, impdem 0 estorno do crédito de entrada relativo 40s insumos, 0 que leva a conclusao de que nao existe o débito de Saida em respeito ao principio constitucional da nado cumulatividade. Do contrario, além da perda da mercadoria - e do preco ajustado para 4 Operagdo mercantil -, estara o vendedor obrigado a pagar 0 imposto “4 anular 0 crédito pelas entradas j4 langado na ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO ng JANEIR¢ Kate 7 7 ipo da mi : } ? é : aie { i TvVig 4 pela vi , av i4ga. mas De lo painimon Oo € nor feria CUTIE UUe Nao se relac 1;wonam especificamente ridicod Gue Geu Causa 4 tributacdo, em clara ofensa a0 ore rad) contisoo Kecurso Especial provido ‘OQUESTAO No tocante a0 IPI, o contribuinte acquirenic Ge » direito de lancar crédito presum ick cm Sua < sabi RESPOSTA: Os principios da néo-cumulatividade ¢ da scletivida _— , “y = IP] para o contnibuinte adquirente de insumos nado tribvta b alapacts pers Bi wd Gilmar Mendes, 2007, 4 Suprema Corte, no julgamenio do RE 353.4 PR ed An g . "~~ creditamento do IP] naaquisicaéo de insumos ¢ materias . cewne de nik iributacdJo ou aliquota zero sob o angumento de que 4 nho~« . Pl owe mee sgh orevisdo contraria da propria Constituigao Federal, tritut .* © FON eV C Qae hipotese de insumos ou MAICHias-PriMmas sujeilos ao regime de na “tA BO i (meta yet. th existe parametro normativo para se definir a quantia a ser compensada. | do. em se tratanda de insumo ou matéria-prima adquirido sob regime de isengSo, ha doretto a0 cred@armento poraur CXClUSaO do crédito tribularw icm pan finalidade “ae a bie St ah ' 5 ‘ buintic Ge fais, com Vistas a desonerar 6 produto que Chega a0 consumidor final. Nos cases de crédites esoriturans de IPI decorrentes da aquisicado de insumos Ou Mateérias-primas isent cTponsira-se apiwavel, pata fins o cdiculo do creditamento, a aliquota prevista na tabela do referndo tri! Rien 663487. Plana Calmon. 2008 ESCOLA DA MAGISTRATURA DQ ESTADO DO RIQ DE JANEIRO ‘Turma: CPI A 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO Sessiio: 17 - Dia 12/04/2017 - 10:10 as 12,00 Professor: IRAPUA GONCALYVES DE LIMA BELTRAO. 17 Tema: impostos Federais [V Imposte sobre produtos industrializados II 1. Aliquota: 2. Contribuintes: 3. Langamento: 4.Transferéncia ¢ aproveitamenta de créditos, Créditos incentivados. Crédito presumido, crédito prémio e outros eréditos incentivados. Crédito decorrentes de imunidade, isengao ¢ aliquota zero. §° QUESTAO: SO PASSOS CALGADOS INDUSTRIA LTDA., é uma empresa silida que, além da comercializagio de seus produtos para o mercado intemo, exporta calcados e meias para paises da Europa e EUA desde 1975. Ocorte que, até determinado period, conseguia, com base no Decteto-Lei 491/69, creditar-se do valor correspondente ao IPI, quando da saida da mercadoria do seu estabelecimento, que, assim, aumentava seu lucro, Explique, fimdamentadamente, a partir de qual periodo deveria realmente ocorrer a paralisaga0 do direito de creditar-se no valor do respective imposto, explicando como se deu a sucessfio de leis (referentes a este caso!) no tempo, DIREITO TRIBUTARLO - CPO6 - 03 - CPHL - L° PERIODO 2017 11/04/2017 - Pagina | de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: SU) - ERESP 396836-RS - Relator Ministro Teoti Albino Zavascki, Rel. para o Acordtto Ministro Castro Meira EREsp 396836/ RS ABARGOS DE DIVERGENCIA EM RECURSO ESPECIAL 2005/0 164001-5 Relatorta) Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI (1124) Relator(a) pi Acérdito Ministro CASTRO MEIRA (1125) Orgao Julgador S1- PRIMEIRA SECA Data do Julgamento 08/03/2006 Data da Publicagao/Fonte DI 05/06/2006 p. 235 RDDT vol, {31 p. 164 RTEP vol, 69 p. 306 Ementa TRIBUTARIO, EMBARGOS DE DIVERGENCIA. ii. CREDITO-PREMIO. DECRETO-LEI 491/69, ART, 1°. VIGENCIA, PRAZO. Segunda Turma, no aresto embargado, conelui que 0 jno-eémio de IPI vigora por prazo indeterminado, pois a declaragaa de inconstitucionalidade do art. [° do DL 1.72479 e do art, 3°do DL n° 1,894/8 | tomou sem efeito o cronograma de extingdo do beneficio previsto no art. 1° do DL n° 1.658/79. 2. A Primeira Turma, no acérdio paradigma, entendeu que 0 crédito-prémio foi extinto em 30.06.83, porquanto o cronograma de extingdo do beneficio fixado no art. 1° do DI. 1.2 1.658/79 nao foi revogado por norma posterior nem atingido pela declaragio de inconstitucionalidade do art, 1° do DL. n.° 1.724/79 ¢ do art. 3° do DL ni. 1894/81 3. Para a tese que se sagrou vencedora na Segiio no julgamento do REsp n. 652.379/RS, o beneficia fiscal foi extimto em 04.10.1990 por forsa do art. 41, § [°. do Ato das Disposigaies Constitucionais Transitorias - ADCT, segurido 0 qual se considerarto "revogados apos dois anos, a partir da data da promulgagdo da Constituigao, os incentives fiscais que ndo forem confirmados por lei. Assim, por constituir-se 0 erédito-prémio de IPI em beneficio de natureza setorial (j4 que destinado apenas ao setor exportador) e nfo tendo sido confirmado por lei, fora extinto no prazo aque alude o ADCT. 4.0 crédito-prémio do IPI, embora niio se aplique as exportagdies realizadas apés 04.10.90, € aplicavel és efetuadas entre 30.06.83 e 05.10.90 (voto médio). 5, Ne hipotese, a antora, ora embargada, postulou o reconhecimento do diteito ao crédito-prémio de [PI to-somente até 05 de outubro de 1990. portanto, dentro do bisnio peevisto no art. 41, § 1°. do ADCT. 6, Embargos de divergéncia improvidos. RE S77348/ RS - RIO GRANDE DO SUL RECURSO EXTRAORDINARIO Relater(a): Min, RICARDO LEWANDOWSKI Julgamento: 13/98/2009 Orgiio Julgador: Tribunal Pleno Publieagiio DIRELTO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPI - 1* PERIODO 2017 11/04/2017 - Pagina 2 de 9 REPERCUSSAO GERAL - MERITO RIBUTARIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS, z REMLO, DECRETO-LEL 49/1969 (ART. 1"), ADCT, ART. 41,8 1°. INCENTIVO FISCAL DE NATURFZA SETORIAL, NECESSIDADE DE CONFIRMAGAO POR LEI SUPERVENIENTE A CONSTITUIGAO FEDERAL. PRAZO DE DOIS ANOS. EXTINCAO DIREFPO PRIBUTARIO - CPO6 03 - CPL = 1° PERIODO 2017 1104/2017 - Pwina 3 deo ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DOBENEFICIO. RECURSO EXTRAORDINARIO CONHECIDO FE, DESPROVIDO. 1-0 crédito-prémio de IPI constitui um incentive fiscal de natureza setorial de que trata 0 do art. 41, caput, do Ato das Disposigaes Transitérias da Constituigto, 11 - Como 9 erédito-prémio de IPT nao foi confirmado por lei superveniente no prazo de dois anos, apés a publicagio da Constituigao Federal de 1988, segundo dispoe 0 § 1° do act, 41 do ADCT, deixou ele de existir. HI - O incentivo fiscal instituido pelo art. 1° do Decreto-Lei 491, de 5 de margo de 1969, deixou de vigorar em $ de outubro de 1990, por forga do disposto no § {° do art. 41 do Ato de Disposigies Constitucionais ‘Transitérias da Constitui¢io Federst de 1988, tendo em vista sua natureza setorial. LV - Recurso conhecido ¢ desprovide, AgRg no REsp 1116256/ SP AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 200910104453-2 Relator(a), Ministro SERGIO KUKINA (1155) Orgio Julgador Tl = PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 11/06/2013 Data da Publicagio/Fonte De 14/06/2013, Ementa ; TRIBUTARIO. CREDITO-PREMIO DE IPL DECRETO-LEI 491/69. EXTINGAO. APROVEITAMENTO DO CREDITO. PRESCRIGAO QUINQUENAL. DECRETO 20.910/32, RESP 1.129.971/BA, PROCESSADO SOB O RITO DO ART, 543-C. 1. *Prevaténcia do entendimento no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiga no sentido de que o erédito-prémio do IPI, previsto no art. 1° do DL. 491/69, ndo se aplica as vendas para 0 exterior cealizadas apés (4.10.90. Precedente no STF com repercussio geral: RE n®, $77.348-S/RS, Tribunal Pleno, Relator Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 13.8.2009. Precedentes no STS: REsp. N° 652.379 - RS, Primeira Segdo, Rel. Min. Teori Albino ascki, julgado em 8 de marge de 2006; EREsp. N° 396.836 - RS, Primeira Segdo, Rel. Min, Teori Albino Zavascki, Rel. para o acéeddo Min, Castro Meira, julgado em 8 de marco de 2006; EREsp. N° 738.689 = PR, Primeira Seg2o, Rel, Mic. Teori Albino Zavascki. julgado em 27 de jumho de 2007."(REsp 1.129,971/BA, Rel. Ministto MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEGAO. julgado em 24/02/2010, Dde 10/03/2010) 2."A prescrigto, nas agdes que visam ao reeebimento do crédito-prémio do IPT, € quinquenal, na medida ey. que nil se trata de restituigdio de pagamento indevido ou a maior, mas de reconhecimento de aptoveitamento DIRETTO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPIIT- 1° PERIODO 2017 11/04/2017 - Pagina 4 de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO deerédito, decorrente da regra da nao cumulatividade,"(AgRg nos EDel no Ag 1.385.962/RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 25/10/2011, De 28/10/2011) 3, Agravo regimental a que se nega provimento 2* QUESTAO: A Fazenda Publica efetua langamento tributirio constituindo um erédito tributdcio no vator de RS 17,000,00 (dezessete mil reais) em face de NOVATECH SUPRIMENTOS TECNOLOGICOS LTDA.., relative a valores nay recolhidos de IP], incluindo os devidos encargos legais. A sociedade, por sua vez. ajuiza uma ago anulatéria de langamento fiscal sob © argumenta de que o valor apurado pela Fazenda refere-se d entrada de mercadorias tributadas sob afiquota zero quando da entrada naquele estabelecimento, e em cuja saida fora ereditado o valor devido, Responda fundamentadamente como deve ser julgada a ago. DIREITO TRIBUTARIO ~ CP06 - 03 - CPLIL- 1 PERIODO 2017 11/04/2017 - Pagina 5 de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: RE 353087 / PR . Relator(a): Min, MARCO AURELIO. IPI - INSUMO - ALIQUOTA ZERO - AUSENCLA DE DIREITO AO CREDITAMENTO. Conforme disposto no inciso I do § 3° do artigo 153 da Constituig30 Federal, observa-se 0 principio da ndo-cumulatividade compensando-se o que for devido em cada operagao com 0 montante cobrado nas anteriores, ante o que no se pode cogitar de direity a crédito quando 0 sumo entra na indiistria considerada a aliquota zero. IPL- INSUMO - ALIQUOTA ZERO ~ CREDITAMENTO - INEXISTENCLA DO DIREITO - EFICACTA. Descabe, em face do texto constitucional regedor do Imposto sobre Produtos Industrializados e do sistema jurisdicional brasileiro, a modulagao de efeitos do pronunciamento do Supremo, com isso sendo emprestada 4 Carta da Republica a maior eficdcia possivel, consagrando-se o principio da seguranga juridiea, RE 370682 / SC Relator(a): Min. ILMAR GALVAO EMENTA: Recurso extraordinario. Tributério. 2. [P1. Crédito Presumido. Insumos sujeitos & aliquota ero ou nio tributados, Inexisténcia. 3. Os prineipios da nio-cumulatividade ¢ da seletividade nio ensejam direito de crédito preyumido de IPI para 0 contribuinte adquirente de insumos aie tributaclas ou gujeites aliquota zero, 4, Recurso extraordinirio provide. RE 783958 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL. AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINARIO Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI Sulgamento: 13/05/2014 Orgio. Sulgador: Segunda Turma Publicacio PROCESSO ELETRONICO. DJe-102 DIVULG 28-05-2014 PUBLIC 2 2014 Ementa; AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINARIG. TRIBUTARIO. IPLAQUISICAO DE INSUMOS ISENTOS, NAO TRIBUTADOS OU SUJEITOS A ALIQUOTA ZERO.DIREITO AO CREDITO. IMPOSSIBILIDADE, AGRAVO- REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO, I - Nao ha direito a crédito de DIREITO YRIBUTARIO - CPDS - 03 - CPHL 1° PERIODO 2017 LUCH/2007 - Pauina 6 de 0 fray ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO patil TPlem relagio a aquisi¢ao de insumos isentos, ndo tributados ou sujeitos a aliquota zero. Precedentes. II - Agravo regimental a que se nega provimento. 3° QUESTAO: Deierminado contribuinte propde demanda em que visa repetigdio do indébito de valores recvihidos a titulo de IPI, sob o fundamento do "bis in idem". Alege que teve de recother os valores na entrada de produto de procedéncia estrangeira, bem como quando da saida do produto referido do estabelecimento, 0 que entende indevido, Responda, fundamentadamente, como deve ser julgado. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 ~ 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 11/04/2017 - Pagina 7 de® ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: RESPOSTA\ EREsp 1403532 / SC, Relator(a) Ministro NAPOLEAO NUNES MAIA FILHO (1133) Relator(a) p/ Acdrddo Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES Orgio Sulgador St - PRIMEIRA SEGAO Data do Julgamento 14/10/2015 Data da Publicagao/Fonte Die 18/12/2015 Emema i EMBARGOS DE DIVERGENCIA EM RECURSO ESPECIAL, DIREITO TRIBUTARIO. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVERSIA. ART, 543-C, DO CPC. IMPOSTO. SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI, FATO GERADOR. INCIDENCIA SOBRE OS IMPORTADORES NA REVENDA DE PRODUTOS DE PROCEDENCIA ESTRANGEIRA, FATO GERADOR AUTORIZADO PELO ART. 46, II, C/C 51, PARAGRAFO UNICO DO CTN, SUIEIGAQ PASSIVA AUTORIZADA PELO ART. 51, Il, DO CTN, C/C ART. 4°, |, DA LEIN. 4.502/64, PREVISAO NOS ARTS. 9, | E 35, [1, DO RIPI/2010 (DECRETO N. 7.212/2010). 1. Seja pela combinagao dos artigos 46, Ile 51, paragrafo tinico do CTN - que compaem o fato gerador, seja pela combinagao do art. 51, Il, do CTN, art. 4°, 1, da Lei n. 4.502/64, art, 79, da Medida Proviséria n, 2.158-35/2001 e art. 13, da Lei n. 11.281/2006 - que definem a sujei¢do passiva, nenhum deles até entio afasiados por inconstitucionalidade, os produtos importadas esta syjeitos a uma nova incidéneia do {PI quando de sua saida do estabelecimento importador na operagao de revenda, mesino que nio tenham sofride industrializa¢ao no Brasil 2. Nal ha qualquer ilegalidade na incidéncia do IPI na saida dos produtos de procedéncia estrangeira do estabelecimento do importador. ja que equiparado a industrial pelo art. 4°, 1, da Lei n. 4.502/64, com a permissio dada pelo art. 51.1, do CTN. 3. Interpretag30 que nao ocasiona a ocorténcia de bis in idem, dupla tributagao ou bitributagaio, porque a lei clenea dois fatos geradores distintas, o desembaraga aduaneiro proveniente da operagao de compra de produto industrializado do exterior ¢ a saida do produto industrializado do estabelecimento importador equiparado a estabelecimento produtot, isto &, a primeira tributagdo recai sobre o prego de compra onde embutida a margem de lucro da empresa estrangeira e a segunda tributagiio reeai sobre o prego da venda, onde ja embutida a margem de lucro da empresa brasileira importadora, Além disso, ndo onera a cadeia além do ta7oavel, puis © importador na primeira operagdo apenas acumula a condigao de contribuinte de fato e de direito em raziio da territorialidade. 8 que o estabelecimento industrial produtor estrangeita nao pode ser eleito pela lei nacional brasileira como contribuinte de direito do IPI (os limites da soberania tributéria o impedem), sendo que a ‘empresa importadora nacional brasileira acumula o crédito do imposto pago na desembarago auduaneiro para ser utilizado como abatimento do imposto a ser pago na saida do produto como contribuinte de direito (ndo-cumulatividade), mantendo-se a tributagdo apenas sobre o valor agrezado. 4. Precedentes: REsp. n. 1.386.686 - SC, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 17,09.2013; REsp. n. 1.383.952 - SC, Segunda Turma, Rel. Min, Mauro Campbell Margues, julgado em 03.09.2013, Supecado o entendimento contraio veiculado nos EREsp. n° 1,411749-PR, Primeira Segdlo, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. p/acérddo Min. Ari Pargendler, juleado em 11,06.2014; e no REsp. n. 841,269 - BA, Primeira Turma, Rel, Min, Francisco Falco, julgado em DIREITO TRIBLITARIO - CP06 - 03 - CPIIE- t’ PERIODO 2017 11/04/2017 - Pagina 8 de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 28.11.2006, 5. Tese julgada para efeito do art, $43-C. do CPC: “os produtos importados esto sujeitos a uma nova {neidéncia do [PL quando de sua saida do estahelecimento importador na operagao de revenda, mesmo que no tenham softido industrializagio no Bras". 6. Embargos de divergéncia em Recurso especial ndo provides. Acdnio submetido ao regime do art 543-C do CPC e da Resolugdo STJ 8/2008. DIRFITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPLIL~ [° PERIODO 2017 1104/2017 - Pasina 9 de 9 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ‘Turma: CPHL A 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO. Sessiio: 18 - Die 17/04/2017 - 08:00 as 09:50 Professor: JOAO PAULO DE SOUZA CARREGAL 18 Tema: Impostos Federais V Imposto sobre importagao de produtos estrangeitos. Imposto sobre exportaciio, de produtos nacionais ou nacionalizados 1. Classificago; 2. Matriz constitucional; 3. Matriz legal; 4. Mairiz infialegal; 5. Pato gerador, 6. Base de célculo regime de apuragao. GATT; 7, Aliquota. TAB, TEC e NBM; 8, Contribuintes: 9. Langamento. Despacho aduaneiro de importagéo e de exportaglo; 10. Regimes aduaneiros e atipicos; 11. Pena e processo de perdimento. 18 QUESTAG; Caio adquitiu mereadoria no mercado interno, com documentagao fiscal regular de contribuinte legalmente estabelecido comercialmente no Brasil. A SRF apreendeu a metcadoria, tendo em vista que ficou comprovada a sua importagdo irregular pelo estabelecirsento comercial. Caio impugna a apreensio, dizendo-se comprador de boo-fé. Analise a questo, a considerar que as mercadorias realmente foram irregularmente importadas, mas adquiridas de boa-fé por Caio. RESPOSTA: Ver ementa ¢ fundamentagdo do acardao: Edel no RESP/PR 315553. TRF4, AC 50064192520124047002 PR 5006419-25.2012.404.7002, Re. ROMULO PIZZOLATTI, DE. 29/11/2013 ADUANEIRO E TRIBUTARIO, MERCADORIA ESTRANGEIRA, AQUISICAO DE BOA-FE NO MERCADO INTERNO. IRREGULARIDADES NA EMPRESA VENDEDORA PELAS QUAIS NAO PODE SER PUNIDO 0 COMPRADOR DE BOA-FE. AFASTADA A PENA DE _ PERDIMENTO DA MERCADORIA, MANUTENGAO DA SENTENCA DE PROCEDENCIA DO FEITO. 1. O comprador de boa-fé no mercado interno nao esta obrigado a comprovar a ticitude do ingresso da mereadioria no pais e tampouco pode ser penalizade por Supostas irregularidades cometidas pela pessoa juridica que the vendeu. 2. Mantida a sentenga de procedéncia do feito, por nao subsistir, fave as peculiaridades do caso concreto, autuagaio que sujeitou a pena de perdimento mercadoria esteangeita cuja nota fiscal de compra no mercado interno foi apresentada & fiscalizagio pelo adquirente de boa-fé. 2 QUESTAO: ‘A Usina Cristal 8/A interpés Recurso Extraordinario em face da Unido contra o acérdio proferido pelo Tribunal Reyional Federal da $* Regido, que indeferiu pedido de isengio do Imposto de Imporeagao para fins de reposigdo de estoque, por idéntica quantidade, de dleool importado & submetido, no pais, a processo de industrislizayao por beneficiamento, do qual resuftou alteragdo do teor alodlico do produto. Alega a recorrente que faz jus uo RAE do drawback isengao, tendo em vista que o regime & considerado forma de incentivo & exportagdo, ¢ que a industrializagio do produto e sua posterior exportagdo constituem 0 proprio objeto do regime na modalidade isengao. Responda, fundamentadamente, no que consiste o regime do "drawback". DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIIL- 1° PERIODO 2017 12/04/2017 - Pagina 1 de 10 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: Ver ementa e furdamentagio do acérdao: RESP/RS 412806 * alterada a palavra "preferido", por "proferide", nos termos do R.D.A, n? 59. ** alterado 0 questionamento, conforme o R.D.A. n° 45/2016. REsp 1041237 / SP RECURSO ESPECIAL 2008/0060462-1 Relator(a) Ministro LUIZ FUX (1122) Orgao Julgador S| -PRIMEIRA SECAO Data do Julgamento 28/10/2009 Data da Publicacao/Fonte Die 19/11/2009 Ementa PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVERSIA. ARTIGO 543-C, DO CPC, TRIBUTARIO, REGIME DE DRAWBACK. DESEMBARAGO. ADUANEIRO. CERTIDAO NEGATIVA DE DEBITO (CND). INEXIGIBILIDADE. ARTIGO 60, DA LEI 9.069/95. 1. Drawback é a operagio pela qual a matéria-prima ingressa em territério nacional com isen¢do ou suspensiio de impostos, para ser reexportada apds softer beneficiamento. 2. O artigo 60, da Lei n° 9.069/95, dispde que: “a concessio ou reconhecimento de qualquer incentivo ou beneficio fiscal, relativos a tributos ¢ conttibuigdes administrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionada 4 comprovacio pelo conttibuinte, pessoa fisica ou juridica, da quitagao de tributos e contribuigdes, federai: 3. Destarte, ressoa ilicita a exigéncia de nova certidao negativa de ébito no momento do desembarago aduaneiro da respective importago, sea comprovagiio de quitagdo de tributos federais ja fora apresentada quando da concessio do beneficio inerente as operagdes pelo regime de drawback (Precedentes das Turmas de Direito Publico: REsp $39.1 16/BA, Rel, Minisiro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 21.08.2008, DJe 01.10.2008: REsp 859.119/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 06.05.2008, DJe 20.05.2008: ¢ REsp 385.634/BA, Rel, Ministro Joo Otavio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 21.02.2006, DJ 29.03.2006). 4, Recurso especial desprovide, Acérdao submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolugao STJ 08/2008, ‘TRE-3 ; ApelReex 200903990721915 2000.03,99.072191-5 10 Monocratica PROC. -:- 2000.03,99,072191-5 ApelReex 649413, DJ. = 14/5/2012 . APELAGAO/REEXAME NECESSARIO N° 0056592-54.1995.4.03.6100/SP 2000.03.99.072191-5/SP No. ORIG. ; 95.00.56592-7 20 Vr SAO PAULO/SP DECISA Vistos ete. ‘Trata-se de Recurso Especial, interposto pela Unido, a fis. 138/141, em face de Norton S/A Ind. ¢ Com., tirado do v. julgamento proferido nestes autos, aduzindo, nuclearmente, a competéncia da autoridade aduaneira para exigit a apresentagdo de CND quando do desembarago aduaneite, escorada DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIII - 1° PERIODO 2017 12/04/2017 - Pagina 2 de 10 nos artigos 47, , alinea, da Lei n° 8.212 /199te DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPTIT- 1° PERIODO 2017 12/04/2017 - Pagina 3 de 10 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 84, inciso , alinea , do Decreto n° 612 /1992. Apresentadas contrarrazées, fls. | 51, su 282 e 356, do E. STF, E o suficiente relatorio, Ventilada controvérsia, acerca da legalidade da exigéncia de demonsiragtio da quitagio de débitos, na ocasitio do desembarago aduaneito, malgrado jé expedido pelo drgo competente o ato concessivo de importagao sob o regime de "drawback" suspenstio, mostra-se jé solucionada por meio do Recurso Repetitivo n. 1.041,237-SP, do E. Superior Tribunal de Justiga, deste tear : RECURSO ESPECIAL N° = SP (2008/0060462-1) PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVERSIA. ARTIGO 543-C .DO CPC . TRIBUTARIO. REGIME DE DRAWBACK. DESEMBARAGO ADUANEIRO. CERTIDAO NEGATIVA DE DEBITO (CND). INEXIGIBILIDADE. ARTIGO 60 , DA LET 9.069 /95. 1. Drawback é a operag4o pela qual a matéria-prima ingressa em territério nacional com isengdo ou sutspenséo de impostos, para ser reexportada apés softer bene ficiamento, 2. O artigo 60 . da Lei n? 9.069 95, dispde que: "a concessdo ou reconhecimento de qualquer incentivo ou beneficio fiscal. relativos a tributos ¢ contribuigées administrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionada a comprovagao pelo contribuinte, pessoa fisica ou juridica, da quitagao de tributos & contribuigdes Federais". 3. Destarte, ressoa ilicita a exigéncia de nova certiddo negativa de débito no momento do desembarago aduaneiro da respectiva importagiio, se a compravagdo de quitago de tributos federais jé fora apresentada quando da concesstio do beneficio inerente as operagées pelo regime de drawback (Precedentes das Turmas de Direito Publico: RFsp 839.116/BA, Rel, Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 21.08.2008, DJe 01.10.2008; REsp 859.119/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 06.05.2008, Ole 20.05.2008; e REsp 385.634/BA , Rel. Ministro Jodo Otavio de Noronha, Segunda ‘Turma, julgado em 21.02.2006, DJ 29.03.2006). 4, Recurso especial desprovide. Acérdao subsnetido av regime do artigo $43-C , doCPC , STI 08/2008. Deveras, conforme se extrai do julgado supra, a comprovagaa de quitag3o dos débitos é exigéncia arvaigada ao momento de concessio ita a recorrida, preliminarmente, a aplicago das Stimulas e da Resolugaia DIREITO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPUIL- 1° PERIODO 2017 12/04/2017 - Pagina 4 de 10 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO dobeneficio, e nao ao tempo do desembarago aduaneiro, quando jd possui a importadora autorizaga para proceder a importagao sob os moldes do regime especial. Logo, tendo aquela E. Corte, guardiai da exegese das leis nacionais, julgado, em referido ambito, de modo desfavordvel ao pélo recorrente, prejudicada a via reeursal a tanto, Ante o exposta. IULGO PREJUDICADO o recurso, com relagdo ao angoto da intemipg3o da prescrigSo, ‘S80 Panto, 19 de abril de 2012. Salette Nascimento Vice-Presidente DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIII - 1° PERIODO 2017 12/04/2017 - Pagina 5 de 10 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ‘Torma: CPLA 12017 Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTARIO. Sessiio: 19 - Dia 17/04/2017 - 10:10 as 12:00 Professor: JOAO PAULO DE SOUZA CARREGAL, 19 Tema: Impostos Federais VI Imposto sobre a propriedade territorial rural. Imposto sobre operagies de crédito, cambio e seguro, ou relativas a titulas ou valores mobilidrios. Imposto sobre grandes fortunas 1, Classificagao; 2. Matriz constitucional; 3. Matriz legal; 4. Matriz infralegal; 5. Fato gerador; 6. Base de céleulo; 7. Aliquota; 8. Contribuintes; 9. Langamento, V QUESTAG: A Lei 5.868/72, art. 6° e paragrafo dnico, definiu o que seriam iméveis rurais para fim de cabranga do TTR. O contribuinte CAIO contesta a norma, sob alegagao de que ela viola o art. 29 do CTN, pois 0 art. 32, § 1°, do CTN, dispde 0 que se deve entender como area urbana para fins de tributagdio pelo IPTU. Analise a questéo. DIREITO TRIBUTARIO - CP06 - 03 - CPIII - 1° PERIODO 2017 12/04/2017 - Pagina 1 de 24 par) ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESPOSTA: Ver ementa e fundamentago do acérdao: RE 93850-8/MG. RE 93850 / MG - MINAS GERAIS. RECURSO EXTRAORDINARIO Relator(a): Min. MOREIRA, ALVES Julgamento: 20/05/1982 Orgdo Julgador: Tribunal Pleno Publicagao DJ 27-08-1982 PP-08180 EMENT VOL-01264-02 PP-00336 RTJ VOL-001 05-01 PP-00194 Parte(s) RECTE.: JAIR RODRIGUES PEREIRA ADVS.: ROBERTO RODRIGUES PEREIRA E OUTROS RECDA.: PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, ADV.: GLEYTON PRADO Ementa IMPOSTO PREDIAL. CRITERIO PARA A CARACTERIZACAO DO IMOVEL COMO RURAL. QU COMO URBANO. A FIXACAO DESSE CRITERIO, PARA FINS TRIBUTARIOS, E PRINCIPIO GERAL DE DIREITO TRIBUTARIO, E, PORTANTO, SO PODE SER ESTABELECIDO POR LEI COMPLEMENTAR. O C.T.N, SEGUNDO A JURISPRUDENCIA DO S.T-F., E LEL COMPLEMENTAR. INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 6., E SEU PARAGRAFO UNICO DA LEI FEDERAL 5.868, DE 12 DE DEZEMBRO DE 1972, UMA VEZ QUE, NAO SENDO LEI COMPLEMENTAR, NAO PODERIA TER ESTABELECIDO CRITERIO, PARA FINS TRIBUTARIOS, DE CARACTERIZAGAG DE IMOVEL COMO RURAL OU URBANO DIVERSO DO FIXADO NOS ARTIGOS 29 E 32 DO C.T.N, RECURSO EXTRAORDINARIO CONHECIDO E PROVIDO, DECLARANDO-SE A INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 6. E SEU PARAGRAFO UNICO DA LEI FEDERAL 5.868, DE 12 DE DEZEMBRO DE 1972. AgRg no AREsp 259607 / SC AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL, 2012/0245405-7, Relator(a) Ministco BENEDITO GONGALYVES (1142) Orgio Julgador TI -PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 11/06/2013 Data da Publicacao/Fonte Die 17/06/2013 Ementa | PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTARIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. IPTU. EMBARGOS A EXECUGAO FISCAL. INDEFERIMENTO DE PRODUGAO DE PROVA PERICIAL. CERCEAMENTO DE DEFESA NAO EVIDENCIADO. GLASSIFICAGAD DO IMOVEL. DEFINICAO PELO ACORDAO RECORRIDO A PARTIR DA LOCALIZAGAO E Da DESTINACAG URBANA DO IMOVEL. REVISAO DE MATERIA FATICA, IMPOSSIBILIDADE. 1. Considerando que a razio de decidir adotada pelo magistrado de primeiro grau e confirmada pela Corte estadual prescinde da constatagio das premissas faticas suscitadas pelo recorrente, mostra-se inttil a producdo da prova requerida a esse respeito. 2. A propriedade, o dominig itil ou a posse de imével esto sujeitos A incidéncia do IPTU ou do TTR, a depender da classificago do imével considerado, em urbano ou rural. Para essa finalidade, a DIREITO TRIBUTARIO - CPO6 - 03 - CPIIE- 1° PERIODO 2017 ina 2 de 24 Primeita Segao, ern sede de recurso especial repetitivo (art. 543-C do CPC), decidiu que, “alo lado do eritério espacial previsto no art, 32 do CIN, deve ser alerida a destinag3o do imével, nos termos do att, 15 do DL $7/1966" (REsp 1.112.646/SP. Rel. Min. Herman Benjamin. DJe 28/8/2009). 3. No caso dos autos, o Tribunal de origem decidiu pela incidéncia ‘questionados integram do IPTU ao fundsmento de que "os imow loteamento localizado na zona urbana, e ndo hé absolutamenie nenhuma informagdo, nem sequer por parte do entbargente, de que eles se destinem & exploragao das atividades agrarias acims referidas". A revistio do entendimento adotado pelo acdrdao recortido. para infirmar a premissa de que os imoveis situam-se em tea DIRELPG TRIBUTARIO - C206 - 03 - CPI - 1° PERIODO 2017 12/04/2017 ~ Pagina 3 de 24 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO urbanae nao sho utilizados para atividade agraria, pressupée o reexame da matéria fatica, o que € invidvel no ambito do recurso especial. 4. Agravo regimental no provido. 2 QUESTAO: Determinada empresa de fuctoring pretende ver-se desonerada do pagamento do TOR, Aduz, para tanto, que promove simples intermediagao de titulos, operagdo de Dircito Mercantil ou Comercial e no Financeira ou Bancdria, como prevé o art. 192 da CRFB/88, combinado com os arts. 109/110, CTN, Por fim, ressalta que 0 factoring nda se enquadra ne art, 153, V da CRFLV88. A luz do art. 58 da Lei n° 9532/97, analise a questi. RESPOSTA: Ver ementa ¢ fundamentagao do acérdao: ADI 1763-8/DF. ¥ QUESTAO: Determinado contribuinte de 1TR prope demanda em que visa a desconstituir 0 langamento tributario em quee considera como base de calculo do tributo o total da drea rural, tevando em cansideragdo as Areas de preservag3o permanente e reserva legal, Em sua inicial, sustenta que hd previsao legal de isengao do tributo em relagiio a tais dreas, € que o texto isentivo nao obriga 0 contribuinte a averbar, ‘na matrieula do imével. tais espagos: fato considerado necessério pela autoridade tributiria, Alega também que a averbag%o tem natureza declaratéria, ndlo servindo de condigao para constituir o direito Aisengio, Responda, fundamentadamente, em no maximo 15 (quinze) linhas, como deve ser julgada a causa. RESPOSTA: AgRg no REsp 1243685 / PR AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 201110052916.0, Relator(ay Ministre BENEDITO GONCALYES (1142) Orgio Julgador TI - PRIMEIRA TURMA, Data do Julgamento 05/12/2013 Data da Publicagao/Fonte Die ¥6/12/2013 Ementa TRIBUTARIO, AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. ITR. SENCAO. ART. 10, § 1°, 11, a, DA LEL 9393/96. AVERBACAO DA AREA DA RESERVA LEGAL NO REGISTRO DE IMOVEIS. NECESSIDADE. ART. 16, § 8°, DA LEI SITV6S. c ira Segdo firmou o entendimento de que a isengdo do ITR relativa a drea de Reserva Legal esti condicionada a prévi averbago desse espago no registro do imével. Precedentes: EREsp 1.310.871/PR, Rel. Ministro Ari Pargendler, Die 04/1/2013; EREsp 1.027.051/SC, Rel. Ministre Bene: Gongalves, DJe 21/10/2013. 2, Agravo regimental niio provide. DIREITO TRIBUTARIO - CP% - 03 - CPIII - 1° PERIODO 2017 12/04/2017 - Pavina 4 de 94

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