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MARCELO KROKOSCZ AUTORIA e PLAGIO Um Guia para Estudantes, Professores, Pesquisadores e Editores SAO PAULO EDITORA ATLAS S.A. - 2012 3 Tipos de Plagio no Ambito Educacional Nas publicagées brasileiras que se referem ao plagio académico ainda nao existe um consenso sobre as modalidades nas quais ele se apresenta. Entretanto, propGe-se aqui uma classificagao que corresponde ao padrao internacional encontrado nas orientagées dadas pelas melhores universidades ao redor do mundo conforme estudo realizado recentemente (KROKOSCZ, 2011). 3.1 PLAGIO DIRETO (WORD-FOR-WORD) Quando o redator copia na integra (palavra por palavra) um contetido (ideia, texto, imagem, cédigos de programagao, entre outros) de outro autor sem a indicagao (citago) do mesmo e a identificag&o (referéncia) da obra. Chama-se de plagio direto porque, zagao vigente no Brasil, cépias literais Citago direta (ver 4.3.2.1 e 4.3.2.2). Por ser uma reproducio literal da fonte original, este tipo de plégio pode acontecer por incapacidade do redator no processo de interpretagao do contetido original, devido a falta de criati- vidade no processo de redagao ou simplesmente desinteressy © Comodismo do redator no processo de elaboracdo de um traba académico que é feito pelo sistema de copiar e colar de acordo com a normali- devem ser indicadas com 40 AuTorIAE PLAGIO BH KROKOSCZ Basicamente, copiar e colar néo é algo Proibido, No em isso deve ser feito raramente e, de modo particular, no “ necessidade de utilizacdo de contetidos em que o estilo de ese a original confere ao texto um significado muito Peculiar, Visto gan interpreté-lo poderia comprometer a qualidade original, Quan, esta copia é feita é preciso indicar claramente a fonte original, De acordo com a NBR 10520, da Associagao Brasileira de Nor. mas Técnicas, que trata da apresenta¢ao de citagao em documentos, essa indicacdo deve ser feita nos trabalhos académicos com 9 uso de aspas duplas, quando o texto copiado ocupa até trés linhas no novo texto. Quando a cdpia tem mais de trés linhas, precisa ser destacada com um deslocamento de 4 cm da margem esquerda, o tamanho da letra do texto deve ser reduzido (10 pontos) e 0 espacamento entrelinhas deve ser simples. Com isso, cria-se uma “mancha de texto”, o que permite a identificacao visual do leitor de que se trata de uma parte copiada. Em ambos os casos, no texto teproduzido precisa ser indicado quem é o autor (que pode ser uma pessoa, instituigéo, empresa etc.), a data da Ppublicagdo do documento e a pagina. A indicagdo da pagina é dispensada quando 0 texto do documento reproduzido é extraido de um website, filme, musica etc. (ABNT, 2002b). ANto, 880 dy TIPOS DE PLAGIO NO AMBITO EDUCACIONAL 44. EXEMPLO: _- [ FONTE ORIGINAL cu te digo: estou tentando captar a quarta dimensiio do instante-j4 que de tao fugidio nao é mais porque agora se tornou um novo instante ja que também ao é mais. Cada coisa tem um instante em que ela 6. Quero apossarme do & da coisa. Esses instantes que decorrem no ar que respiro: em fogos de artificio. sles espocam mudos no espago. Quero possuir os Atomos do tempo. E quero capturaro presente que pela sua propria natureza me é interdito: 0 presente re foge, a atualidade me escapa, a atualidade sou eu sempre no ja Fonte: LISPECTOR, Clarice. Agua viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 9. CITACAO DIRETA LONGA CORRETA | ‘Apermanente decorréncia do tempo presente e de como a vida passa de forma tao fugaz tal qual a correnteza de um rio, sao descritos por Clarice Lispector de forma bela e poética: Eu te digo: estou tentando captar a quarta dimensao do instante- -j que de tao fugidio nao é mais porque agora tornou-se um novo instantej que também nao é mais. Cada coisa tem um instante 4cm em que ela é. Quero apossar-me do é da coisa. Esses instantes que decorrem no ar que respiro: em fogos de artificio eles espo- ‘cam mudos no espago. Quero possuir os 4tomos do tempo. E que- ro capturar o presente que pela sua propria natureza me é interdi- to: o presente me foge, a atualidade me escapa, a atualidade sou eu sempre no ja. (LISPECTOR, 1998, p. 9). As palavras da autora provocam a reflexo do leitor... O protagonismo na vida seria esta busca permanentemente adiada de encontrar-se em um instante no tempo que ainda nao é ou ja foi? Pode ser mesmo que para os seres humanos 0 sentido da vida é o reconhecimento da provisoriedade de si e das coisas. Referéncia: LISPECTOR, Clarice. Agua viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. O plagio direto pode acontecer de forma disfarcada, com partes copiadas literalmente entremeadas por texto elaborado pelo reda- tor. Entretanto, sempre que hd cépia literal e isso nao é indicado configura-se plagio direto. AuTORIAE PLAGIO. H KROKOSCZ 42 FONTE ORIGINAL PLAGIO DIRETO ‘O que se conclui a partir E bem provavel que no Ebem provg dessa pesquisa € que @ Brasil a corrupgacesteja | Brasita gee rn Spinigo pablica brasileira | associada a aceitagao enc tty reconhece e aceita, em dojeitinho como pratica | do jeitinn 0% grande medida, que se social aceitével. Isto indica | social. Soman | recorra ao jeitinho como que temos um longo © fato de que "4g 2” caminho pela frente seo | divisao profan ém disso, padrao moral. Além disso, a hd uma divisdo profunda a (Soy, | (60% versus 50%) entre os que desejamos 60 efett- | versus 50%) on vo combate a corrupgao. | consideram cere oot!" (ALMEIDA, 2007). © condenam [..1" pon que o consideram certo € i esque ocondenam. Por | Comentario: Otextoem | coneluir“t..J que ten ™® isso, se 0s niveis de corrup- | negrito é reproducao tum longo caminho peta 0 no Brasil provavelmen- | iteral da fonte consultada, | fente se o que desejam, te estdo relacionados 4 mas 0 redator nao indicou | € 0 efetivo combate on. | aceitagao social dojeitinho | isto claramente. Devido a | TUPE40.” (ALMEIDA, 2007 - que é grandee bastante auséncia de aspas, o texto | P- 70-71). enraizada entre NOs -. 0S | elaborado ficou parecendo | Na lista de referéncias: resultados da pesquisa in- | yma paratrase,masna | ALMEIDA, Alberto cans, Gleam que temos um 19989 | realidade é uma colagem. | cateca do ee caminho pela frente se 0 0. Rio ue deseiariae’é'o retro) de Janeiro: Record, 2007, combate & corrupcao. p. 70-71. REFERENCIA: Some te Neste caso, © redator reescreveu parte NEDA Abert Caros A Sees de Janeiro: Record, 2007. a2 Po pilee maleres e) p.70-71, completou com um trecho copiado da fonte original Entretanto, utilizou cor- retamente as aspas para indicar o texto reproduzido, na citagao registrou o numero da pagina da qual consta o contetido original € ainda colocou em lista de referéncias a identificagao da obra consultada. Observagao: 0 trecho em negrito neste exemplo cum- pre apenas uma funcao didatica. Como explicado anteriormente, quando este destaque é utilizado em citagdes diretas, precisa informar “grifo nosso” apos a indicagdo da paginagao._| WP0S DE PLAGIO NO AMBITO EDUcACIONAL 43 9 PLAGIO INDIRETO (PARAFRASE, MOSAICO E apT 3. PHRASE) Nesse caso, niio ocorre a reprodugio literal de um contetido jginal O redator usa suas proprias palavras, porém o texto que origi’. ye elabora néio € original porque simplesmente diz de forma dife- tn nte o que foi consultado em uma fonte especifica. re Denomina-se plagio indireto porque se trata da reproducio de conteuidos originais reescritos de forma diferente sem a atri- puicdo do crédito ao autor que inicialmente apresentou a ideia. A normalizacao brasileira em vigor determina que tal procedimento seja feito por meio de citagdo indireta, ou seja, que seja reprodu- zido o conteido original com o estilo de escrita do redator, mas mantendo-se a indicaco do autor original. O plagio indireto pode acontecer de trés diferentes formas: 3.2.1 Uso de parafrase sem atribuigao de crédito Mesmo quando um texto original é reescrito com as palavras do redator pode ocorrer plagio se a fonte original nao for apresentada por meio da indicagao do autor e da identificacéo do documento utilizado. A mudanga na forma de apresentacao de um contetido é insuficiente para caracterizar originalidade, pois, na esséncia, a ideia que é explicitada com outras palavras apenas transmite a mensagem de um jeito diferente, mas o contetido é o mesmo. 44 EXEMPLO: FONTE ORIGINAL Ritmado pelo avango do capitalismo, obser- va-se uma assimetria crescente entre capital e trabalho, com nitida vantagem do primeiro. As relagdes de trabalho sao sucessivamente redefinidas ao longo do trajeto da modernida- de, do taylorismo-fordis- mo a produgao flexivel. No caso brasileiro, este quadro recebe ainda a moldura da estagnacao econdmi- ca e da concentracao de renda. Para além do plano econémico, todavia, a modernidade assim conduzida deixa marcas profundas no sistema de ideias dos grupos sociais. REFERENCIA: BROM, Luiz Guilherme. A crise da modernida- de pela lente do tra- batho: as percepcoes locais dos problemas Blobais. Sao Paulo: Saraiva, 2006. p. 8. AUTORIAE PLAGIO. BH KROKOSCZ PLAGIO INDIRETO (PARAFRASE) Na histéria do desenvolvimento do capitalismo, constata se que 0 capital leva vantagem em relagado ao trabalho. No caso do Brasil, soma-se a isto a concentragdo de renda e a estagnacado da economia. Além dos problemas econémicos, esta situagao influencia a ideologia da socie- dade. Comentario: O redator elaborou um texto com as proprias palavras, mas 0 conjunto de ideias apresentadas € nitidamente repro- duzido de outra fonte que nao é citada nem identificada. Caso cite a fonte, o plagio é evitado. oS CITACAG MACAO tpi V Connery Arolleriie sey a 6 aletan, como a tor) é condurida, ¢ 0 exempi, das mee NaS NoGeS que se tm Sobre as relacies de.” trabalho, as quais deg rem do desenvolviment, da capitalismo, que historicamente privie. BioU 0 capital em vez do trabalho (BROM, 2008), Na lista de referénciag, BROM, Luiz Guilherme, Accrise da modemidade pela lente do trabalho: as percepces locais dos problemas globais. Sao Paulo: Saraiva, 2006. Comentario: 0 texto do redator tem um estilo Prdprio, mas ele indica para o leitor a fonte original do argumento apresentado e identifica a obra citada na lista de referéncias. Mortna, 3.2.2 Elaboragao de mosaico ' Neste tipo de plagio o redator utiliza varios “cacos” de fontes diferentes, organizando as ideias com 0 acréscimo de algumas P® bes, prepos' TIPOS DE PLAGIO NO AMBITO EDUCACIONAL Ses cle.) para q do é uma colcha de retalhos extraidos de $8, Conceitos, te 45 ue o texto final tenha drios parece ser original, mas na realidade é apenas fio de ide eorias OU argumentos FONTE ORIGINAL PLAGIO INDIRETO (mosaico) CITAGAO CORRETA | pearacteristica da pesquisa documental G que a fonte de coleta de dados esta restrita a documentos, escritos ou nao, constituindo 0 que se denomina de fontes primarias. Referéncia: MARCONI, Marina de Andrade; LAKA- 708, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 7. ed. S20 Paulo: Atlas, 2008. p. 48. Apesquisa documental apresenta uma série de vantagens. Primeiramen- te, hd que se considerar que os documentos constituem fonte rica e estavel de dados. Como os documentos subsis- tem ao longo do tempo, tornam-se a mais impor- tante fonte de dados em qualquer pesquisa de natureza historica. REFERENCIA: GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pes- quisa. 4. ed. Sao Paulo: | Atlas, 2007. p. 46. ‘A pesquisa documental restringe-se a documen- tos escritos ou nao, 0 que se denomina de fontes primarias. Em geral, apresenta uma série de vantagens, entre elas 0 fato de que os documentos constituem fonte de informagao rica e pere- ne, 0 que é importante em qualquer pesquisa histérica. Comentario: o redator construiu um texto utilizando fragmentos de duas fontes distin- tas. Para evitar 0 plagio indireto com mosaico, o redator deveria usar aspas nos fragmentos e fazer a referéncia dos documentos consulta- dos. copiados, indicar 0 autor Conforme explicam Mar- | conl e Lakatos (2008, p. 48), a pesquisa do- cumental “esta restrita a documentos escritos ou nao, constituindo-se © que se denomina de fontes primarias”. Gil (2007) destaca entre as vantagens deste tipo de pesquisa, a perenidade dos dados documentais, caracteristica adequada as pesquisas de carater histérico. Na lista de referéncias: GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. Sao Paulo: Atlas, 2007. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pes- quisa. 7. ed. So Paulo: Atlas, 2008. ro ROKOSCZ cio # Ki oRIA € PLA 46 4ut Uso inadequado de chavoes (apt Phrase) 3.2.3 Usolm gio é muito especifica @ Tefere s,s 4 modalidade de pli i" Dara rey - Para refey yi shave criadas por algum autor ante original a algum assunto, Por exemplo, na area da Astronomia ou da Biologia & b; ue a atribuigéo do nome a uma nova estrela observady oa ua um organismo recém-identificado receha UM nome no aia : identidade do cientista que fez a descoberta, Case ne Se ene no campo das ciéncias sociais e humanas. Se. " Sao classicas express6es come) “revolucao cientifica” (Alexan hs Koyré), “imperativo categérico (mmanuel Kant), marcador soma. tico” (Antonio Damasio) e “estruturas organizacionais Mecanicistas e as organicas” (Tom Burns e George M. Stalker). de modo bas ante Obviamente tais expressdes na atualidade jé fazem Parte do dominio publico considerando-se a extensdo com que foram utilizadas no campo académico, de modo que se tornaram senso comum. Portanto, quando um redator est escrevendo sobre deter- minado assunto no campo da moralidade e ao se referir a Padrées comportamentais utiliza a expressdio imperativo categorico, nao hd rigorosamente a necessidade de indicar o autor da expresso, pois supde-se que, nesse campo de assunto, haja o reconhecimento compartilhado desse contetido. Entretanto, como o Processo de produciio de conhecimento é algo permanente, hd continuamente © surgimento de novas expresses que ainda nao foram Popularizadas. Neste caso, a uti- lizagio dessas expressdes precisa ser identificada com a atribuigao do crédito ao autor original, como é 0 caso do exemplo a seguir. co modelo dinan ose do conten’ mento estd ancorado ir pressuposto critico de que ° conhecimen- to humano é criado & expandido através da jnteragao social entre onhecimento tacito € 0 conhecimento explicito. Chamamos esta intera- gao de “conversao do conhecimento”. REFERENCIA: TAKEUCHI, Hirotaka; NO- NAKA, Ikujiro. Gesto do conhecimento. Traducao Ana Thorell. Porto Alegre: Bookman, 2008. p. 59. TIPOS DE PLAGIO NO AMBITO EDUCACIONAL PLAGIO INDIRETO (apt phrase) Concluimos que ha um processo de conversao do conhecimento depen- dendo das relagdes que se estabelecem entre as coisas (conhecimento objetivo) e a pessoa (co- nhecimento subjetivo). Comentario: a expressdo destacada foi criada originalmente por outros autores para definir 0s tipos de relagdes estabelecidas entre o conhecimento objetivo e © subjetivo. Ao utilizar a mesma expressdo sem indicar os autores origi- nais, 0 redator apresenta a ideia como se fosse prépria. AT CITAGAO CORRETA Concluimos que em entre as coisas (conhecirnento Objetivo) e a pessoa (co- nhecimento subjetivo) ocorre 0 que é chamado | Bor Takeuchi e Nonaka | (2008) de “conversdo do conhecimento”. | Na lista de referéncias: TAKEUCHI, Hirotaka; NONAKA, Ikujiro. Gestao do conhecimento. Tra- duc&o Ana Thorell. Porto Alegre: Bookman, 2008. Naturalmente, o leitor pode se perguntar: como saber se deter- minada expressao que se deseja utilizar de um autor dispensa ou requer indicacao de crédito? Havendo duvida recomenda-se que aautoria seja reconhecida. Cabe lembrar que a indicagao do autor e da fonte original da ideia que esta sendo apresentada nao des- qualifica o texto, pelo contrario, demonstra a erudi¢ao do redator. 3.3 PLAGIO DE FONTES (REPRODUGAO DE CITAGOES) O plagio de fontes ainda é pouco observado e até mesmo desco- nhecido de um grande numero de pessoas no ambiente académico. Nessa modalidade de plagio, o redator reproduz no seu texto as 48 citagdes U correta € nesse cas que caracter i cionado por oum™ se ele 0, o modo como a informag 0 pligio, poi AuTORIAE PLAGIO. #_ KROKOSCZ itilizadas por um outro autor, Na form até mesmo a fonte consultada é identificada 1A fio foi obtida e se trata de contetido obt ic ‘as pessoas e que é utilizado por um te, tivesse consultado o documento original. a Citaes 2 Contud, © Utilizag é 100 seh Teer Con, Mo Para entender melhor o plagio de fontes, observe 9 exemp| oO aseguir: EXEMPLO: TEXTO ORIGINAL TEXTO 2 TEXTO 3 [...] a virtude também esté em nosso poder, do mesmo modo que 0 vicio, pois quando depende de nés 0 agir, também de- pende de nds o nao agir, e vice-versa; de modo que quando temos 0 po- der de agir quando isso é nobre, também temos 0 de nao agir quando é vil; e se est em nosso poder 0 nao agir quando isso € nobre, também esta 0 agir quando isso & vil. Logo, depende de Nés praticar atos nobres ou vis, e se € isso que se entende por ser bom ou mau, entdo depende de és sermos virtuosos ou viciosos. REFERENCIA: ARISTOTELES. Etica a NI- cémaco. Sao Paulo: Abril Cultural, 1973. p, 287 (Os Pensadores, v. 4), Lu .. “a virtude esta em nosso poder, do mesmo. modo que 0 vicio, pois quando depende de nés © agir, também depende © nao agir, e vice-versa. de modo que quando temos 0 poder de agir quando isso é nobre, também temos o de nao agir quando é vil; e se esta em nosso poder o nao agir quando isso é nobre, também esta o agir quando isso é vil. logo, depende de nos praticar atos nobres ou vis, e se 6 isso que se entende por ser bom ou mau, entao depende de nds sermos virtuosos ou viciosos”[34]. REFERENCIA (elabora- da incorretamente pelo redator): [34] E.N. Ill, 5 - 1113b 10-18 “(...) a virtude esta em Nosso poder, do mesmo Modo que 0 vicio, pois quando depende de nés © agir, também depende © nao agir, e vice-versa de modo que quando temos 0 poder de agir quando isso é nobre, também temos 0 de nao agir quando é vil; e se estd em nosso poder o ndo agir quando isso é nobre, também esté o agir quando isso é vil. logo, depende de nés praticar atos nobres ou vis, e se é isso que se entende por ser bom ou mau, entao depende de nés sermos virtuosos ou viciosos”. (ARISTOTELES, 1) REFERENCIA (elaborada Incorretamente pelo ARISTOTELES. Etica a NF cémaco. Pietro Nassett (trad.). Martin Claret, SP, 2007. TIPOS DE PLAGIO NO AMBITO EDUCACIONAL 49 yduzidos no TEXTO 2 e no TEXTO 3 sao idénti- ¢ 5 CrTOS: cometidos, caso do ponto final antes da expressao cos, # " mintiscula apés o termo vil. A diferenca esta no » mode ye na referéncis 4 de " de indicagio do autor e na referéncia, o que dé a entender jo . a on m1 ambos OS casos a obra foi consultada originalmente. Entre- queema ébem provavel que o TEXTO 3 tenha plagiado a referéncia a 2, pois 0 texto apresentado corresponde a referéncia co Par E 6 texto de Aristételes na referéncia dada no TEXTO 3 readuzido de forma diferente. Vejamos: ae virtude também estd ao nosso alcance, da mesma forma que o vicio. Com efeito, quando depende de nés 0 agi, igualmente depende 0 nao agir, ¢ vice-versa, ou seja, assim como estd em nossas maos agir quando isso é nobre, assim também temos 0 poder de ndo agir quando isso é vil; e temos o poder de ndo agir quando isso é nobre, do mesmo modo que temos o poder de agir quando isso é vil. Por conseguinte, depende de nds praticar atos nobres ou vis, e se € isso que significa ser bom ou mau, entdo depende de nds sermos virtuosos ou viciosos”. Este tipo de plagio é dificil de ser identificado, mas acredita-se que vem se tornando uma das formas mais comuns de cépia em trabalhos académicos. Como 0 trabalho de producdo intelectual requer a construgao argumentativa, a fundamentagio ou referéncia a conceitos e ideias prévias € o modo de estabelecimento das premissas das quais se tiram as conclusdes. Contudo, no trabalho de levantamento de literatura, o redator pode ficar tentado a pegar atalhos de pesquisa utilizando os argumentos apresentados na forma de citagdes que foram elaborados por um outro autor. Formalmente, isso até pode ser feito. Nesse caso, deve-se usar a expressdo latina apud, que significa “citado por”. Contudo, para a importancia da conservaciio da precisiio do trabalho de pesquisa, é fundamental que as fontes sejam consultadas originalmente, pois, como visto no exemplo dado, dessa forma o redator corre © risco inclusive de reproduzir os erros da fonte que ele esta copiando e que nao é a original. Além do mais, na atualidade, com os recursos 50 AvTORIAE PLAGIO. BH KROKOSCZ disponiveis para acesso a informa io, é praticamente ar citagdes de segunda miio. desnec COSsAr ‘Arig, 3.4 PLAGIO CONSENTIDO (CONLUIO) Echamado de plagio consentido porque embora tenh, we A . aa anua cia do autor original, consiste numa fraude intelectual, a O conluio é um tipo de acordo estabelecido com ° de prejudicar terceiros (FERREIRA, 1986). No caso de t académicos, esse tipo de plagio pode acontecer quando “colaborac4o” entre amigos ou quando se trata de trabalho do de escritérios especializados em pirataria intelectual, os dois casos. objetivo rabalhos envolve compra- Vejamos 3.4.1 Conluio entre colaboradores E plagio apresentar um contetido académico que ja tenha sido apresentado anteriormente por uma outra pessoa, mesmo que essa outra pessoa tenha consentido alguém a reapresentar o mesmo trabalho como se fosse original. Esse caso pode acontecer quando ha um conluio (conchavo, combinagio) entre duas ou mais pessoas cuja finalidade é enganar outros. O plagio fica caracterizado porque o leitor (por exemplo, o professor da instituicao) é trapaceado, ao acreditar que 0 trabalho entregue pelo redator é dele mesmo, mas, na realidade, foi escrito originalmente por outro autor que cedeu ° mesmo trabalho para que fosse apresentado como sendo original. ' “FONTE ORIGINAL TIPOS DE PLAGIO NO AMBITO EDUCACIONAL, como advent do capitalism, oe ; me sncia passou a depender da ca bev je de troca comercial de bens Pete de traballio por dinheiro € ec Esta reorganizacao social vee ecimento de uma resultou no apart D classe trabalhadora que inchou as cidades, inflacionando rapidamente 2 empregabilidade. Cidades super- povoadas, muitos desempregados fe em péssimas condicdes de vida e sustento, provocando 0 desespero pela sobrevivencia, contribuiram para ocrescimento da criminalidade, sur- gimento & disseminacao de doengas, institucionalizagao da pobreza e da desigualdade social. Asociedade entrou num estado de caos e desordem, demandando a reflexdo dos pensadores da época em vista da compreensao da nova situagdo de vida e na busca de alter- nativas para o restabelecimento da ordem e do progresso. Neste contexto surgiu a necessidade da produgao de um conhecimento voltado especifica- mente para o social, o que permitiu o ‘surgimento da sociologia como ciéncia e o desenvolvimento de teorias que contribuiram para 0 en- tendimento e aprimoramento da vida humana em sociedade. AUTOR: LEMON, Claudio Henrique. Capitalismo e impacto social. 2004. 26 f. Monografia (Graduagao em So- ciologia) ~ Universidade Para Todos, Sao Paulo, 2004. 51 PLAGIO CONSENTIDO (Contuio) | Com 0 advento do capitalism, aso. brevivéncia passou a depender da ca- pacidade de troca comercial de bens e da forga de trabalho por dinheiro e vice-versa. Esta reorganizagao social resultou no aparecimento de uma classe trabalhadora que inchou as cidades, inflacionando rapidamente a empregabilidade. Cidades super- povoadas, muitos desempregados e em péssimas condigées de vida e sustento, provocando o desespero pela sobrevivéncia, contribuiram para 0 crescimento da criminalidade, sur- gimento e disseminagao de doencas, institucionalizagao da pobreza e da desigualdade social. Asociedade entrou num estado de caos e desordem, demandando a reflexao dos pensadores da época em vista da compreensao da nova situacdo de vida e na busca de alter- nativas para o restabelecimento da ordem e do progresso. Neste contexto surgiu a necessidade da produgao de um conhecimento voltado especifica- mente para 0 social, 0 que permitiu o surgimento da sociologia como ciéncia e o desenvolvimento de teorias que contribuiram para o en- tendimento e aprimoramento da vida humana em sociedade. REDATOR: PONTES, Augusto. Capita- lismo e Impacto social. 2009. 26 f. Monografia (Graduacao em Socio- logia) - Universidade Paralela, Sao Paulo, 2009. rr KROKOSCZ ae piAcio FE 52 auToR! alho é& apresentado em ings o mesmo trabé Tice, Comers 9 nome do autor & modificado, earac,, sth ferentes e ap ie sa o plagio consentido. oO exemple nterior apresenta une situagio COMM ness y alo de pesquisa © feito por uma determinage ‘ada Iigio. Um trabé ara . “s antrega @ a instituigéo de ensino e essoa que 0 entrega a um 1 1G em uma deter. minada data. Passados alguns anos ° mesino trabalho é entregue por outra pessoa, a uma instituigao le ensino diferente, Este exemplo demonstra hipoteticamente uma possibilidade de entre amigos. Imagine uma situagao na qual no ambiente de trabalho um colega comenta com O Co que arn na mesma area e provavelmente tem amesma formagao que esta com dificuldades para fazer um trabalho de pesquisa. O colega que ja é formado na Area alega que teve a mesma dificuldade mas conseguiu concluir o curso realizando uma investigacdo que foi bem avaliada. Durante aconversacao, um dos colegas “coincidentemente” alega que est4 interessado em fazer uma pesquisa sobre 0 mesmo assunto... Dai, pede o trabalho “emprestado” do outro ou este mesmo “cede” o trabalho sem maiores problemas para que seja reutilizado pelo amigo e fica tudo por isso mesmo, como se fosse apenas uma de p' conluio gentileza entre amigos. Com pequenas alterag6es o trabalho é entregue como se fosse original. , _Entretanto, mesmo que 0 autor original, que 6 um amigo, fa- ae parente etc. tenha “autorizado” 0 uso do mesmo trabalho ere isso nao isenta a ocorréncia do plagio porque para 0 i" eer caso © professor ou orientador que esta recebendo 0 ones ee, ele pode considerar, sem a menor suspeita, le obra original do redator, mas na realidade o traba- Iho ja foi apresentado como origi aA ori, condicées de tempo e i iginal por outra pessoa em outras TIPOS DE PLAGIO NO AMBITO EDUCACIONAL = 53 42 conluio comercial 3.4. comum de “acordo” entre duas partes para a é 0 conluio comercial. Nesse que é feito sob outro tipo o de tral jante compl: yuma empresa especializada. palhos académicos a um trabalho académic realiZ caso, 0 este encomenda pol O trabalho éentregue atendendo a todas as normas de padro- acao vigentes, possui a estrutura de um trabalho académico e gificilmente contém plagio, pois quem o faz geralmente sao profis- sionais da drea. Contudo, esse tipo de trabalho caracteriza-se como plagio porque 0 professor ou a instituicao que o recebe esta sendo enganado; acredita-se que O mesmo seja produto do esforco acadé- mico do estudante cujo nome vem impresso na capa. Na realidade, o estudante nao sabe quase nada a respeito do trabalho, pois ele foi inteiramente feito por uma empresa que produziu o relatério de pesquisa de acordo com a solicitagdo do cliente. Portanto, o trabalho entregue por uma pessoa como se fosse dela, na verdade é de autoria de outra, o que nado é do conhecimento de terceiros, sejam eles orientadores, professores ou leitores em geral. nizi 3.5 AUTOPLAGIO Essa modalidade de pldgio também é bastante desconhecida e por isso mesmo surpreendente: é possivel que 0 proprio autor seja seu plagidrio! Quando um mesmo trabalho intelectual é entregue a pessoas diferentes em situagdes diferentes, mas nao é indicado que 0 contetido que estd sendo apresentado jé foi utilizado em outras circunstancias, comete-se autoplagio. O trabalho académico sempre deve ser original, considerada a necessidade de contextualizac4o do contetido em relagdo a outras Pesquisas ou em relagdo aos préprios estudos que 0 pesquisador vem fazendo, para indicar a continuidade ou aprofundamento da tematica que esta sendo investigado. Ness o autor faga a citagaio de si mesmo em » I se falta contrario, est reputagao, preservando dessa m -se como autoplagio. EXEMPLO: se cuidado pode ser interpretado de se ao autor humildade por es balho ele mesmo. Quando a autocitag de deixar claro ao leitor que o ¢ jd foi apresentado, 0 autor nao esta falt ¥ demonstrando preocupa aneira a honestidad, Entre estudantes de graduagio, que nao té: sa, a reutilizagao de trabalhos académicos fei diferentes para finalidades diferentes pode at natural. Mas, que fique claro que nao é. Os contetidos produzidos e entregues desde que sejam citados e referenciados. Ca: 8eS Casos, & Doce seus 'rabalhos. forma CC ttiveg Ando em si © € feita e ontetido que e ada, Come top ‘01 + Pri tA sen” intuiy, . Sendo ¢. Dos. ando com a modése G40 com a Originaliga’ an, le intelectuay, ™ 0 habito da : tos em Circung; € Ser considera, star cit i- tancias ido algo Podem ser reutijj . Zados SO Contrario conf 'guram. FONTE ORIGINAL AUTOPLAGIO Baseado em duas décadas de pesquisa com pacientes com lesdes neurolégicas, Damésio (2001) defende @ opiniao de que, juntamente com @ raz4o, as emogées e sentimentos exercem um papel importante na elaboragao dos raciocinios e tomada de decisdes. Em sua obra, esse autor resgata também a importancia do Corpo, rompendo com a viséo dualista Cartesiana que separou pensamen- to (res Cogitans) e sentimentos (res extensa), Referéncla: NOVAS, ° » Carlos. Razao, emocao e senti mentos. 2008. 26 f. Trabalho de Filosofia (Graduagéo em Administragao) ~ Universidade Parale- la, Sao Paulo, 2008, Oe | Baseado em duas décadas de Pesquisa com pacientes com lesdes Nneurolégicas, Damésio (2001) defende a opiniao de que, juntamente com @ razao, as emogées e sentimentos exercem um papel importante na elaboragao dos raciocinios e tomada de decisdes. Em sua obra, esse autor resgata também a importancia do Corpo, rompendo com a visao dualista cartesiana que separou pensamen- to (res cogitans) e sentimentos (res extensa). Referéncla: NOVAS, Carlos. 0 papel das emogées no processo de tomada de decisao. 2008, 26 f. Trabalho de Conclusao de Curso (Graduagao em Administragdo) - Universidade Parale- la, S40 Paulo, 2009. —_ 11POS DE PLAGIO NO AMBITO EDUCACIONAL 55. oO exemple ficticio apre jruagao na qual aiteremees mente, ° post cor ntado anteriormente demonstra a | o mesmo estudante entrega em circunstancias conterido idént ico como se fos sido foi apre entado como um trabalho disciplinar ee foi reutilizado na elaboracio do Trabalho de oso de Curso do aluno. Isso é autoplagio. original. Primeira- evitd-lo, o estudante poderia ter utilizado o contetido da Para 7 seguinte maneira: FONTE ORIGINAL Baseado em duas décadas de pesquisa com pacientes com lesoes Feurol6gicas, Damasio (2001) defen- de a opiniao de que, juntamente com a fazao, aS emogées e sentimentos exercem um papel importante na elaboracao dos raciocinios € tomada de decisdes. Em sua obra, esse autor resgata também a importancia do corpo, rompendo com a visdo dualista cartesiana que separou pensamento (res cogitans) e sentimentos (res extensa). REFERENCIA: NOVAS, Carlos. Razdo, emocgao e sentimentos. 2008. 26 f. Trabalho de Filosofia (Graduagao em Adminis- tragdo) - Universidade Paralela, Sao Paulo, 2008, VERSAO SEM AUTOPLAGIO Arelacao entre corpo e mente ja foi observada em outros estudos, como no exemplificado a seguir: Baseado em duas décadas de pesquisa com pacientes com lesdes neurolégicas, Damasio (2001) de- fende a opiniao de que, juntamente com a razao, as emocées e senti- 4om Mentos exercem um papel impor- “<_ > tante na elaboragao dos raciocinios e tomada de decisdes. Em sua obra, esse autor resgata também a importancia do corpo, rompendo com a visdo dualista cartesiana que separou pensamento (res cogitans) e sentimentos (res extensa). (NOVAS, 2008, p. 10). Referéncia no final do Trabalho de Conclusao de Curso do mesmo autor: NOVAS, Carlos. Razao, emogao e sentimentos. 2008. 26 f. Trabalho de Filosofia (Graduagao em Adminis- trac&o) - Universidade Paralela, Sao Paulo, 2008. 56 AUTORIAE PLAGIO. FH KROKOSCZ os APROFUNDAMENTO Dicas para elaboracao de parafrases Uma das modalidades de ocorréne}. mum ¢ 0 plagio indireto. Isto ocorre Porque 9 Tedato, nm na atribuigao dos créditos da fonte, AUC NO caso de trapeila académicos é a indicagao do autor (citagao) e identify’ do documento original (referéncia). 'ACzg, do plagio basta Mas apesar disso, a elaboracao de pardfrases dificuldade bastante comum aos estudantes seja, a capacidade de dizer com as préprias original. Invariavelmente, o estudante aca mosaico. Inicia escrevendo com as préprias um trecho original, troca algumas palavras por sindnimogs escreve mais uma linha com as préprias Palavras e Tepete o procedimento, eventualmente incluindo trechos levemente modificados de um terceiro autor. Em suma, 0 texto resu]- tante é um pasticho, um trabalho feito com a reprodugiio de recortes de diferentes partes. também ¢ uma niversitarios, ou Palavras g ideia ba fazendo um Palavras, copia Esta é uma dificuldade que é superada com a Ppratica da escrita e 0 desenvolvimento de um estilo préprio de des- crigéo. Além disso, a redacgdo de um texto com 0 intuito de interpretacdo é bem-sucedido na medida em que sao empregadas algumas técnicas, O Massachusetts Institute of Technology (2007, tradugao nossa) fornece para seus estudantes a seguinte lista de Ppro- cedimentos para a elaboracgao de Pardafrases: a) trocar as palavras originais por sinédnimos; b) mudar a estrutura da sentenca (por exemplo, invertendo Perfodos); °) } a e) | f) apresentar q fonte utilizada, — TIPOS DE PLAGIO NO AMBITO EDUCACIONAL 57 Como dess' cs procedimentos, considere 0 intuito de apresentar um exemplo pratico da aplicagio guinte texto original omo fonte a partir do qual sera claborada uma pardfrase c % TEXTO ORIGINAL Paulo: Brasiliense, 1993. p. 17). Conhecimento cientifico é conhecimento provado. As teorias « sao derivadas de maneira rigorosa da obtengao dos dados da experié adquiridos por observagao @ experimentacao. A ciéncia é baseada no que podemos ver, ouvir tocar, etc. Opinides ou preferéncias pessoais © suposicoes especulativas nao tém lugar na ciéncia. A ciéncia é objetiva. O conhecimento cientifico € conhecimento confiavel porque € conhecimento provado objetivamente (CHALMERS, Alan F. O que é ciéncia afinal? Sao Versdo parafraseada com a utilizacdo dos procedimentos mencionados acima: Trocar a voz passiva para a ativa e vice-versa; reduzir frases em alguns pardgrafos; mudar algumas partes da narrativa original “As teorias cientificas sao deri- vadas de maneira rigorosa da obtengao dos dados da experién- cia adquiridos por observacao e experimentacao.” Os dados obtidos empiricamente por meio da observagiio e experién- cia sdo rigorosamente utilizados na elaboracao das teorias cientificas. Trocar as palavras originais por sinénimos “Aciéncia 6 baseada no que podemos ver, ouvir, tocar, etc.” O conhecimento cientifico fundamenta-se nas experiéncias sensiveis. Mudar a estrutura da sentenca (invertendo periodos, por exemplo) “Aciéncia € objetiva. 0 conheci- Mento cientifico 6 conhecimento confidvel porque é conhecimento Provado objetivamente.” A confiabilidade do conhecimento cientifico depende da prova. E nela que consiste a objetividade da ciéncia. GB AVTORIAE PLAGIO. WH KROKOSCZ oY 10 Original do autor Portanto, a ver: aplicagao das técnicas de parafrage indicad apresentada da seguinte forma, na qual ani md Tia 9 original, mas com uma redagiio diferente, cise a caracterizado pela mudanga na organizacsio periodos, passa a ser apresentado com 9 esti conserva a esséncia do contetido original, cons 9 nove i © das sen, ~ nae lo do redator we Veja o Tesultads, TEXTO PARAFRASEADO. A confiabilidade do conhecimento cientifico depende da prove ao-> que consiste a objetividade da ciéncia. Por meio dos dados opurgr ot ¢ "# mente com a observa¢do e a experiéncia so elaboradas as teorias pacts (CHALMERS, 1993). ientficas Referéncia no final do trabalho: CHALMERS, Alan F. O que é ciéncia afinal? Sao Paulo: Brasiliense, 1993,

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