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MEDIACAO DE CONFLITOS tude indice Invodugto 1 ETAPA -NaoViolencla ¢ Mediagio de Confltor Paneamento ds 1* Eloy do cue pore um ald semana 8 Iearacto dos Paricpantes 9 Tema I~ Nowa was sobre Confitn 10 S-FICHA —CONVERSANDO SOBRE CONFLITOS 4 Tene 2 Violence Nao Vitec 2 2) FICHA ~ VIOLENCIA E NAO-VIOLENCIA. iE 13 ‘3 FICHA - ESTRATEGIAS DA NAO-VIOLENCIA ATIVA ..... 2 _ 15 Tena 3~ Ertedend a resolgto nto clade confit, r : ” 4 FicHa -S"TUAQOES DE CONFLITO. i 2 rr 5 RCHA-OHO'GPONOPONO. a a ‘© FICHA - ENTENDENDO A RESOLUGAO NAO-VIOLENTA DE CONFLITOS 9 AP Tead ~ Negocio e Med! $0 sn oe 7 PICHA - ANEGOCIACAD- ™ 21 ‘3 FICHA- A MEDIACAO. 22 @ ICHa BUSCANDO SOLLIGOES GANA-GANHA. 23 [0 FICHA - MENSAGENS EU 23 CAD. {1 FICHA ~ AS ETAPAS DA MEDIACAO DE CONFLITOS. racer S Terma 5 ~ Trina « Medio de Conftios : S228 1@0FICHA — ESCREVENDO UM CONFLITO. 26 26 [5 FICHA™-PROBLEMAS NO PROCESSO DE MEDIACAO 2 #FFICHA DE AVALIAGAO 28 2: ETAPA:~ Aprofundando a Identidade © o Papel do Mediador(a) Roteko para ella o curso em momentos de Sn horas cada un 30 Tera 6~A peso dof] mesndr( 31 /MFicHa.~ ATITUDES E PAPEL D(A) MEDIADORIA) : 31 Term 7~ Escala Aton 32 1S FICHA —INFORME DE ROUBO g 33 {ie FICHA - TECNICAS DA ESCUTA aTVA 24 | PRICHA™O PODER COOPERATIVO 35 Tira 8 Lidondo com os eres sber ding interes de poses 36 Teme 9~Preprando pare epsero curso 36 18 JOGO DE PAPEIS -FICHA DR. PAULO a7 19 JOGO DE PaPEIS —FICHa DRA. SANDRA 38 20 FICHA ~ LIDANDO COM AS EMOCOES. 39 41 FICHA — MULTIPLICANDO OFICINAS ans 40 in pare vericar om prepeativos com areca “2 Textos complementares para misticas e dindmicas 4 Uwaniresto 2000 44 4.3 SERUM CONSTRUTOR DA PA? EFICIENTE am"; 2 MANIFESTO DE SEVILHA. : alee 47 BIBLIOGRAFIA 48 Vida e Juventude Introducao Mediacao de Conflitos: uma experiéncia de politica puiblica pré-ativa para construgao de uma Cultura de Paz. Danie! Seidel ‘Atuar na perspectiva da mediagéo de confltos pressupde uma vi desejo de se construir uma Sociedade de Paz. jo de mundo e 0 Diferente da idéia em vigor no senso comum, Paz nao é apenas auséncia de querras ou a submissio calada a ordem instituida. Cultura de Paz na perspectiva da mediacao é conviver com os conflitos, ou até provoca-los, se for o caso, com o objetivo de fazer com que cada um(a) assuma seus compromissos na efetivagao da ordem democratica. E na verdade buscar a resolucao dos conflitos de forma nao violenta. ‘Mas para que tal possa ocorrer é necessério repensar nossa forma de lidar com os conflitos. Conflitos sao da natureza das relacdes humanas. Eles acontecem sempre que ideias, interesses e percepgées diferentes se colocam. A forma natural de resolver conflitos deveria ser 0 didlogo. Todavia, dialogar significa reconhecer a outra pessoa como um ser humano capaz de pensar, fazer acordos e cumpri-los dentro de um prazo combinado. Em muitos conflitos © desejo que emerge é de negar a outra pessoa, como sujeito de direitos. Para isso, ameaca- se, amedronta-se, intimida-se, faz-se chantagem ou corrompe-se. Mediacao: conceitos e objetivos A mediacao € necesséria quando as partes em conflito perdem a capacidade de resolver diretamente seus conflitos por meio de uma negociagio (ou consenso direto). Quando isso acontece, qualquer das partes envolvidas pode buscar um(a) mediador(a). E importante esclarecer que mediar conflitos nao é fazer calar’a parte mais fraca, é, pelo contratio, garantir o direito a palavra. Esta possibilidade tao negada em experiéncias, autoritérias, onde quer que elas acontecam. E criar condigées objetivas de igualdade para que ocorra uma interagao humana construtiva, Aqui esta a grande poténcia e fraailidade da Mediagdo: para que ela ocorra necesséria a adeséo das partes em conflito. E a grande poténcia porque as pessoas deixam de ser pecas no conflito e passam a atuar como protagonistas na busca de solucées que sejam satisfat6rias para ambos os lados. Fragil porque ela nao pode ser imposta, por mais autoridade legitima que tenha quem a esté propondo. Quando imposta, ela nega sua esséncia: compromisso miituo das partes em resolver de forma nao violenta 0 conflito, E importante afirmar que a Mediacao pode ser proposta por autoridades, porém para acontecer é preciso que as duas partes em conflito aceitem, E pode ser argumentado acerca das vantagens da mediagéo: ~ abrevia a resolugéo dos conflitos que por outros mecanismos poderiam tardar muito; torna as partes capazes de proporem alternativas (solucées) a partir das possibilidades que tenham para sanar o problema; (afirma a autonomia das partes como sujeitos pensantes no proceso) possibilita o resgate da relacéo que néo se desgasta ainda mais pela demora de uma solugéo; Definindo melhor os conceitos Ja de outros Para compreensao do que seja mediagéo é imporiante diferenci conceitos mais conhecidos: Mediagao néo é arbitragem: arbitragem requer uma lerceira pessoa com poder de “dar o apito final”. Ou seja, é este terceiro que opta e “bate 0 martelo” na solucéo que ele(a) acreditar ser a mais justa para resolucéo do conilto. Mediacao nao advocacia em favor da parte mais fraca: 0 advogado defende com convicgao uma das partes. Num processo de mediagao o(a) mediador(a) facilita a comunicagéo e garante equilforio para que cada parte se coloque de forma a satisfazer sua necessidade de expressdo. Se na pré-mediagao identificar que um dos lados tem muita dificuldade em expressar-se, pode dispender 0 tempo necessério para “treinar” a fim de que a pessoa aprenda a falar, mas nunca falar por ela! Mediag3o néo é conformagao ou negagéo dos direitos: o que se deseja na mediagéo € promover a justica de modo mais rapido ¢ menos formal. Porém, o mediador deve esclarecer as partes os direitos e deveres que cabem a cada uma delas. Mediacao nao é conciliacao: a conciliagao é uma parte do processo formal, onde as artes, assistidas por uma autoridade constituida, procuram uma solucéo para abreviar 0 proceso, porém, nao se encontrando uma solucéo livremente aceitével entre as partes, Seque-Se 0 proceso litigioso. Mediagao de Conflitos néo é “temédio para todos os males”. Ela tem limitagées que precisam ser observadas, Por exemplo: néo pode ser realizadla com pessoas tomadas por sentimentos extremos (“sangue quente” - é preciso que as pessoas envolvidas recuperem a capacidade de pensar); no pode ser realizada se uma das partes esté embriagada (ou tomada por qualquer substancia que comprometa a capacidade de raciocinio); néo pode ser realizada se uma das partes em conflito esté portando arma de fogo ou qualquer arma que ameace a vida das pessoas, entre outros, Partimos da compreenséo que quando algum conilito vira “caso de policia” é porque ‘outros mecanismos de politicas piblicas, principalmente, as politicas sociais falharam. A necessidade de politicas de geracéo de trabalho e renda; lazer e cultura s4o urgentes € necessérias, A principal politica publica, porém, é construir um projeto de nacao brasileira conde haja perspectiva de vida para todos|as).. F frapa Nao-VioLéncia £ Mepiachio DE CONFLITOS Planejamento da 1* Etapa do curso para um final Sabado Bh- Recepcéo com enirega de pastas e crachds . café 8h30 — Abertura e introdugéo com explicagéo dos objetivos do ericontro 9h- Dinamicas de Integragao 10h - anche 10h 15- Conversando sobre confltos — fichas coloridas 10h50 — Estudo da Ficha ~ Conversando sobre conflitos, 11h30 - Plendria 12h30- Almoco 13h30 - Barémetro da ndo-violéncia 14h- Estudo das Fichas- Violéncia e Nao-Violéncia, e Estratégias da Nao-Violéncia Ativa, 14h30- Apresentacao dos grupos e aprofundamentos 15h 30 - Intervalo 15h45- Trabalho em grupos com os fantoches ou com dramatizacées para apresentarem resolugées violentas e nao violentas, Ficha Situagoes de Confito 16h15- Apresentacao dos grupos 16h45- Estudo da Ficha — Entendendo a Resolugo nado violenta de eontfltos. 17h - Conclusées e Dinamica final - Fernado Hospedagem solidaria Domingo 7h30 - Recepgao e café 8h - Mistica inicial 8h30- 5 minutos para elaboracéo do cartaz do que ficou marcante do dia anterior 8h45. Fichas — Buscando SolugSes Ganha-Ganha e Mensagens-Eu ‘9h - Treino das Mensagens EU 9h15 - Apresentagao do treino das mensagens EU ‘9h45 - Duplas para estudo e explicagao das fichas sobre Negociacéo, Mediacao ¢ Etapas da Mediacao 10h30 - Escothendo uma das sittiag6es anteriores para treino de mediagao 11h - comentérios 11h30- Escrevendo um conflito - Ficha 11h45 - Grupos para escolha de um conflito para ser mediado 12h — Preparando a mediac&o do conflito que o outro grupo apresentou 12h30 - Almogo 13h30 - Dramatizagao das mediacées 15h30 - Intervalo 15h45 - Explicacéo da Ficha ~ Problemas no processo de mediagdo e solugses 16h30 - Avaliagao 16h45 - Entrega dos certificados 17h — Mistica de encerramento: Forca da Paz Vida e Juventude Integracao dos Participantes Acolhida dos participantes com entrega da pasta, crachd, cartdo de boas vindas Explicaco do objetivo do curso: “capacitar multiplicadores em Mediacao de Conflitos” Apresentacéo cultural de abertura Momento de integracéo do grupo: ‘Alongamentos diversos, acordar 0 corpo, caminhar, observar 0 local em volta, ver com ‘outros olhos, observar as pessoas, cumprimentar de diversas formas: com dedo indicador, com cotovelo, ombros, joelho, calcanhares, pé.... juntar dois a dois conversar: nome, de onde vem Dindmica do nome e qualidade. Cada um pensou em 3 qualidades que tem e uma delas deveria comecar com a primeira letra do nome. Por exemplo: Jussara Justa, Daniel Dinémico, Marcelo Militante, Todos passam a se tratar e pelo nome e sobrenome (qualidade) adotada durante o curso. Pode-se utilizar varias técnica para aprender 0 nome e a qualidade: repetir em voz alta, repetir de todos na roda sem errar, falar 0 nome e agradecer a cada um até o final do circu. Dinamica do abrago. Um abraco e outro pergunta; O que é isso??? Resposta: isso é um abrago!!. Todo mundo faz, até o circulo todo ter feito. Depois dois grupos ao mesmo tempo até todos terem se encontrado. E todos se perguntam: O que ¢ isso? Isso é um. abraco. Outras dinamicas: Todos(as) receberam um baldo e escolheram a cor. Brincar com o balo com objetivo de formar grupos: com uma mao, com a outra, para cima, nao deixar cair, juntar dois a dois, sem deixar cair, em grupos por cor, sem deixar cair, um ajudando 0 outro. Depois cada um(a} recebe um pedaco de barbante e deverd marrar 0 balao ao tornozelo. Cada um deve estourar 0 balo do outro sem deixar estourar 0 seu. A medida que seu balao estourar deve sentar-se, Ao final respirar, falar, partilhar as expectativas, sentimentos. Comentar 0 que as dindmicas tém haver com o tema, $ teoeclo ot 3 comutos je Juventude Tema 1 Nossa visao sobre Conflitos Dinamica conversande sobre conflitos: Primeiro passo: o facilitador pede que cada um pense individualmente o que significa conflto para ele e com qual cor relaciona a idéia de conflito. Em seguida sol que cada pessoa pegue uma ficha na cor escolhida, escrevendo nela qual é a palavra a que associa imediatamente a coniflito. SUGGEST AO USAR UMA COR la um apresenta a palavra e cor escolhida. Terceiro passo: 0 grupo organiza da pior forma de resolver os conflitos & melhor forma. (juntando as palavras iguais e ordenando) Quarto passo: debate sobre qual é a visdo que predomina sobre conflites: conflitos so bons ou ruins? Apés 0 debate, organiza-se grupos de quatro ou cinco pessoas para estudar, destacando as principais idéias da FICHA - CONVERSANDO SOBRE CONFLITOS Em seguida, realiza-se a plenéria dos grupos para compartilhar as id: importantes do texto, comparando-as com a viséo inicial que as pessoas trouxeram. mais Comentarios possiveis: + Agente cria um mundo bonitinho, em que nao pode ter o negativo, o feio. Conflito € uma incompatibilidade de METAS. Sempre temos conflitos, mas o importante é o que fazemos com eles. Uma coisa ¢ a incompatibilidade de metas e outra é a resposta que damos a ele. Devemos eliminar os tabus de que conflito é ruim, é coisa negativa. * Precisamos desmistificar a violéncia como uma palavra magica. Tirar o véu sagrado que a violéncia carrega no senso comum. + Nao queremos uma paz de aparéncia. + Ser humano é um ser confltvo. A paz que queremos assume os conflitos e as vezes precisamos “destruir, para construir” (Jer. 1) + Paz é referéncia de valores. + Jesus foi conflitivo, mas nao foi violento. * Avioléncia é construida e produzida pelos seres humanos. + Aagressividade é que nem qua, pode irrigar ou inundar, + Estamos vivendo a era do pan-violentismo: tudo é violéncia. + Ser firme é diferente de ser violento. + Estar furioso é diferente de ser violento, Uma coisa é ter o sentimento, outra coisa é 0 que fazemos com ele. Vida e Juventude FICHA - CONVERSANDO SOBRE CONFLITOS Conflitos nao sao problemas Podemos perceber uma tendéncia geral de se ter uma visao negativa do conflto. Os confitos, Porém, sao normais e nao s4o em si positivos ou negativos, maus ou ruins. E a resposta que se da aos conflitos que os torna negativos ou positivos, construtivos ou destrutivos. A questao central é como se resolvem os conflitos: se por meios violentos ou através do didlogo. Os conflitos devem ser compreendidos como parte da vida humana, sendo seu problema transferido para a forma com que sda enfrentados e resolvidos, Diferenca entre conflito e briga Contflitos nao sao sinénimos de intolerancia ou desentendimento, nem se confundem com briga. A briga jé é uma resposia ao conflito, Um conflto pode ser definido como a diferenca entre duas metas, sustentadas por agentes de um sistema social. Podem ser organizados em trés niveis: pessoais, grupais ou entre nacées. Frente ao conflito, podem ser assumidas tués atitudes basicas: a) ignorar os conflitos da vida; b) responder de forma violenta aos contfltos; ©) lidar com os conflitos de forma ngo-violenta, por meio do didlogo. Os beneficios dos conflitos E justamente a nao aceitacio dos conflitos que provoca a violéncia, Esta busca resolver 0 conflito, negando o outro, Todavia, quando se aprende a lidar com o contflito de forma nao-violenta, ele deixa de ser encarado como o oposto da paz para ser visto como um dos modos de existir em em sociedade. Entre os beneficios do conflito, podemos citar: a) estimulam pensamento critico e criativo; b)_melhoram a capacidade de tomar decisoes; ¢} reforgam a consciéncia da possibilidade de opcao; 4) incentivam diferentes formas de encarar problemas e situagées; @)melhoram relacionamentos e a apreciacdo das diferencas, )promovem auto-compreensio. Paz e conflitos Assim, 0 conflito nao é um obstaculo a paz. Pelo contrério, para construir uma cultura de az ¢ preciso mudar atitudes, crengas e comportamentos. A paz é um conceito dinamico que nos leva a provocar, enfrentar e resolver os conflitos de uma forma néo-violenta. Uma edueagao para a paz reconhece © conflito como um trampolim para o desenvolvimento: que nao busque a eliminacdo do conflito, mas sim, modos criativos e ndo-violentos de resolvé-los. Podemos falar de trés caminhos fundamentais: ) a prevencao do conflto, desenvolvendo a sensibilidade & presenca ou potencial de violéncia ¢ injustica (sistemas de alerta prévio) e a capacidade de analise do conflito; b] a resolugdo, ou seja, o enfrentamento do problema e a busca de mecanismos institucionais; <) a transformacao, em vista de estratégias para mudanca, reconciliagéo & construcao de relacées positivas Feacho oe comes Vida e Juventud Tema 2 Violéncia e Nao-Violéncia Dinamica do barémetro de valores Objetivo: despertar para 0 conceito de nao-violéncia. Materiais: dois pequenos cartazes: “Violenta” e “Nao violenta’. Tempo: 30 minutos. Procedimento: o facilitador, depois de ter solicitado ao grupo que afaste cadeiras e deixe todo 0 espaco livre, demarca uma linha imaginétia, colocando numa extremidade o cartaz “Violenta” e, na outra, 0 cartaz “Nao violenta”. Explica aos participantes que, apds cada afirmacéo, cada um deve posicionar-se mais préximo de um ou de outro cartaz, conforme sua convicedo. Quem tiver diividas ou nao tiver um posicionamento fechado eae eral que mede os posicionamentos. Depois que 0 grupo se posiciona, o facilitador pode pedir aos que ficaram em posicdes mais fortes as razbes da prépria escolha. Um grupo escuta os argumentos do outro, num clima de respeito. Situacées de que o facilitador pode lancar mao: a} Um grupo de bancérios grevistas, preocupacios em impedir o acesso de seus colegas ao banco, coloca um tapete de flores bem na porta do banco, com o sequinte cartaz: “ Nao pise nas flores”. A acao desses grevistas é violenta ou nao violenta? b) Gandhi, para acelerar o processo de independéncia do seu pais, a India, da dominacéo da Inglaterra ~ e diante da proibicao briténica de que os indianos sequer fabricassem seus tecidos — organiza uma grande queima de tecidos britanicos. A acao do lider indiano é violenta ou nao violenta? c) Os negros americanos, diante das leis segregacionistas que impediam seu acesso a determinados ambientes, estritamente freqiientados por brancos, organizam sit-ins ,isso 6, entram nesses lugares, como, por exemplo, um bar, sentam-se e nao se levantam e nem se intimidam diante dos mais diversos tipos de pressao. A acéo adotada é violenta ou nao violenta? 4d) Jesus, conforme narram 0s Evangelhos, encontra no Templo de Jerusalém uma multidao de vendedores e cambistas que transfor mam aquele lugar num “covil de ladrées”. Brandindo um chicote, expulsa-os do Templo, derrubando suas mesas e pertences. A acso de Jesus é viclenta ou nao violenta? ‘¢) Um grupo de agricultores, desejando trabalhar na terra, mas vendo-se na condi¢ao de que essa Ihes é negada, organiza um movimento para provocar um debate puiblico sobre a distribuicdo das terras improdutivas e agilizar ages nesse sentido. Entre as diversas estratégias adotam as manifestagdes puiblicas e a invasdo de prédios pblicos. A agao desse movimento é violenta ou nao violenta? Textos de aprofundamento: FICHAS - VIOLENCIA E NAO-VIOLENCIA e ESTRATEGIAS DA NAO-VIOLENCIA ATIVA (pode-se fazer uma leitura circular das duas fichas ou em pequenos grupos de no maximo sete participantes, cada grupo estudando uma ficha diferente, sequidos de plenéria) Vida e Juventude FICHA - VIOLENCIA E NAO-VIOLENCIA, Embora muitas vezes a frase seja atribuida a Gandhi, foi o pastor americano A. J Muste (1885-1967), um dos grandes lidetes do pacifismo do século XX, quem afirmou certa vez: “Nao existe caminho para a paz: a paz é o caminho”. Essa afirmacéo, freqlientemente repetida por aqueles que se engajam na luta pela paz, expressam bem um aspecto metodolégico central: a relacéo que deve existir entre meios e fins em toda e qualquer atividade pacifista. [sso 6, os meios séo embrides dos fins, como Gandhi costumava repetir, ou 0s fins esto embutidos nos meios. Dessa forma, os tinicos meios eficazes ¢ auténticos para a construcdo da paz séo aqueles que, por si s6, sejam sinais de paz. ‘Vamos conhecer mais sobre esse caminho paraa paz que se revela, ao mesmo tempo, como um estilo de vida pessoal e uma estratégia de mudanga social, unindo compromisso pessoal e empenho coletivo. O caminho de Gandhi Para entender o termo ndo-violéncia é necessdrio considerar a vida e 0 pensamento de Mohandas Karamchand Gandhi. Ele desenvolveu a concepcao da ndo-violéncia em ‘trés momentos principais: Na Africa do Sul, onde atuou como advogado, a partir de 1893, em defesa dos direitos da minoria indiana com direitos civis extremamente limitados; Na India, a partir de 1915, trabalhando em defesa dos intocdveis, a maioria pobre, discriminada e considerada impura; E, de 1919 em diante, na luta pela independéncia da india da dominacao do. Império Britanico. Nesses contextos, Gandhi concentrou se método nao violento em dois conceitos chave: ahimsa e satyagraha. A ahimsa é a recusa de toda violencia. “A nao-violéncia é 0 meu primeito artigo de fé, e € também o tiltimo artigo do meu credo’, dizia ele. Gandhi recusava-se a acteditar que fosse necessério recorrer & violencia para combater a violéncia, pot entender que o efeito produzido cortia o risco de ser contrario Aquilo que se pretendia, alongando e reforcando a cadeia de violéncia, Responder a violéncia com mais violéncia é submeter-se a légica da violéncia e reforgar o seu poder sobre a realidade. A Unica maneira de resistir é, pois, destruir sua légica, comecando por abster-se de reforcé-la. Por isso Mahatma (Grande Alma) dizia: “A nao-violéncia é a completa auséncia de malquerer para com tudo 0 que vive. A ndo-violéncia, sob sua forma ativa, é boa vontade para com tudo o que vive. Ela é amor perfeita”” Renunciando a violéncia, Gandhi coloca outra forga em seu lugar: a satyagraha. Explica ele: “Satya (verdade) implica o amor, agraha (firmeza) serve de sinénimo para forca. Comecei, assim, a denominar o movimento indiano de satyagraha, e entendia esse termo como a forga que nasce da verdade ¢ do amor (...). O seu significado fundamental é a adesao a verdade e, por conseguinte, a forca da verdade. Chamet-Ihe igualmente forca do amor ou forga da alma”. Por isso, a ndo-violéncia proposta por Gandhi é chamada também de ndo-violéncia ativa ou de firmeza permanente. Quem nao usa a violéncia nao é necessariamente um nao violento: para sé-lo é preciso buscar a justica por meio da verdade. Asnormas da satyagraha de Gandhi podem ser colocadas entre os noves instrumentos da paz e da justiga. Veja algumas frases que ele costumava repetir: Vida e Juventude Deixe a ahimsa guiar todos os seus pensamentos e preocupacées! Identifique-se com amor com aquele a quem voce se opée! ‘Sua luta no deve ser primeiramente contra algo, mas por um objetivo positive! Ofereca ao seu adversério um sinal de verdade! Dé o primeiro passo! ‘Nunca julgue sew oponente ou alguém mats duramente que a si mesmo! ‘Nao mate! ‘Néo force seu oponente; ajude-o a mudar seu coragdo, conquiste-o para o bern! Lute contra a injustica a mentira, mas nunca contra pessoas! ‘Ngo leve vantagem da fraqueza do seu adversério! Esteja disposto a fazer sacrificios! Tente entender o ponto de vista do seu oponente! Seja leal até o fim! Nunca comeia sabotagem! Considere a covardia tao terrivel quanto a violencia! caminho aberto por Gandhi serviu de inspiracéo para uma série de movimentos de transformagéo social no mundo inteito, como o movimento pelas liberdades civis dos negros nos Estados Unidos ou pelos direitos dos trabalhadores no Brasil A forca da nao-violéncia A ndo-violéncia ndo se confunde com a passividade diante da injustica ou do mal. Muitas vezes hé confusdo entre a palavra pacifismo e passividade. Passividade é 0 fechamento voluntatio dos olhos diante de uma situagao de injustiga. Segundo Gandhi, é a atitude mais baixa que alguém pode tomar: submeter-se a injustiga ao invés de assumir ‘a responsabilidade humana de lutar contra ela. 0 medo das conseqiiéncias de se opor & injustica pode tornar uma pessoa passiva. Isso significa que a pessoa passiva é sempre um pilar de injustica, menor ou maior. Uma outra razdo de passividade deriva da complexidade de situagdes injustas que nos cercam, criando um sentimento de fraqueza e impoténcia para mudar a realidade. Nao se devem esconder conflitos, divergéncias, injusticas e violéncia, mas procurar uma maneira de resolvé-los. Passividade s6 mantém, reforca e aumenta a injustica. “A ndo-violéncia rejeita toda forma de violéncia, mesmo que travestida de luta contra a opressdo. A violéncia é substituida pela forca da verdade, da justica, do amor”, A ndo-violéncia opée-se, igualmente, & contravioléncia, isso é, & atitude de vencer o mal assumindo meios violentos. Quando uma pessoa, um grupo ou um povo adota a contraviolencia é porque, muilas vezes, ndo conhece outa maneira de lular contra a injustica Fala-se, hoje, do mito da violéncia redentora para expressar essa crenga ilus6ria na possibilidade da violéncia e da guerra como solucao para situaces de sofrimento injusto, Se quisermos estabelecer justica pela contravioléncia, precisaremos ser sempre um pouco mais fortes do que o adversério, usando meios cada vez mais violentos de presso ou de destruigao. Dessa maneita, entra-se na espiral da violéncia, criando um ambiente que impede a paz. Se adotarmas o caminho da contravioléncia, vamos permitir que 0 agressor dite os meios da luta. Assumindo os meios violentos, nos deixamos contaminar pelas atitudes de desprezo ¢ de falta de respeito pela pessoa humana. Aceitamos a utllizacao de meios que inuem e destroem os outros. Os violentos impem seus meios e sua maneira de pensar sobre nds e derrubam, assim, nossas convicgées e esperancas. Na contravioléncia, 0 adversétio é identificado com a injust a que cometeu e, por isso, precisa ser morto para acabar com a injustica. Ao contrério, na situacéo de nao- violéncia ativa, a pessoa ou o grupo é separado do mal que fez, Nesse caso também se luta para superar a injustica e tornar sua existéncia impossivel, pelas estratégias de ndo- ‘cooperacéo, Mas, 20 mesmo tempo, h4 0 compromisso de transformar as attitudes daqueles que sao responséveis, Os agressores sao inclufdos no processo de libertacéo. Desse modo, promove-se a mudanga dos conceitos nas mentes das pessoas, criando novas atitudes. E assim que a transformagao de uma situacéo ¢ a reconciliacdo se tornam possiveis. Vida e Juventude FICHA - ESTRATEGIAS DA NAO-VIOLENCIA ATIVA A ndo-violéncia com estratégia de mudanea social pode lancar mao de trés recursos: néo-cooperacao; intervencéo ndo-violenta; e divulgacdo das lutas pela paz Nao-cooperacao: significa nao colaborar com ordens insjustas. E retirar o costumeiro apoio a agées que prejudiquem a muitos, produzindo, assim, uma ruptura no cotidiano, Para Gandhi, 0 que fez o poder do Império Britanico na india, foi mais do que a capacidade de dominio dos ingleses, a resignacéo dos indianos: “Nao sao tanto as. espingardas britanicas como a nossa cooperacao que sao responsaveis pela nossa sujeigao... O governo nao tem nenhum poder fora da cooperacéo voluntatia ou forca do povo. A. forca que exerce é 0 nosso povo que a da. Sem 0 nosso apoio, 100 mil europeus ndo poderiam sequer ter um sétimo das nossas aldeias.(...) Aquilo que esté em causa é, por conseguinte, opor a nossa vontade & do governo, ou, com outras palavras, retirar-lhe a nossa cooperagao. Se nos mostrarmos firmes na nossa inten¢ao, o governo serd forcado a vergar-se & nossa vontade ou desaparecer” Gandhi usou a néo-cooperagéo como instrumento para discutir e debater com 0 poder briténico que se negava a um acordo ou uma tematizagao da questao da independéncia indiana, A Marcha do Sal, em 1930, contou com milhares de participantes. Foi um ato de desobediéncia frontal a proibicdo de extrair sal. Como conseqiiéncia, Gandhi se encontrou com o vice-rei britanico nas Indias, e desse encontro se encaminhou o Pacto de Nova Delhi, assinado em 05 de Marco de 1931, e considerado um marco na: -constituigao das liberdades civis. Dessa forma, a mobilizacao dos cidadéos por meio de um ato de ndo- cooperacao permitiu exercer uma coacéo sobre aqueles que tinham o poder de deciséo, permitindo um debate e posterior consenso. Anno-cooperacao pode ser realizada em trés &mbitos: social, econémico e politico. Um exemplo de ndo-cooperagéo social aconteceu na Holanda, durante a invasao navista. Pressionado pela policia a deciarar no palco que as cortinas s6 se abririam depois que os judeus evacuassem a sala, um ditetor de teatro viu todos os presentes, judeus e ndo-judeus, retirarem-se do recinto. Um exemplo de ndo-cooperagéo econémica foi o movimento dos negros de Montgomery, Estados Unidos, em 1956. Por 382 dias os negros recusaram-se a andar de 6nibus, até conseguir a revogagao das leis discriminatérias que os obrigavam a ceder higar para os brancos. Na linha de nao-cooperacao politica pode-se lembrar a resistencia contra a ocupacéo nazista na Dinamarca. Quando oficiais alemaes entravam em uma loja ou restaurante © ordenavam a prisdo dos judeus, todos faziam siléncio imediatamente ou se retiravam. As ordens de prender os judeus, em 1943, a populagao dinamarquesa colaborou para minar © plano nazista: dos 7 mil judeus dinamarqueses apenas 500 foram presos. Intervengéo nao violenta: Segundo o Texto-base CF-2005 Ecuménica, “trata-se de intervir em alguma situagao, porém de forma no violenta”. “Os métodos de intervencao funcionam tanto negativa quanto positivamente. Eles podem transformar e mesmo desintegrar padrées de comportamento estabelecidos, poliicas, relagSes ou instituicdes que sao vistos como censuréveis; ou podem estabelecer novos padrées, politicas, relacdes ou instituicoes” Fala-se de cinco categorias de métadas de intervencdo nao violenta: psicolégica, fisica, social, econémica e politica. Um exemplo de intervengao psicolégica € o jejum feito por Gandhi para conseguir fazer parar as rivalidades entre hindus e mugulmanos, que infelizmente continuaram e provocaram a separacéo entre India e Paquistéo. Essas tivalidades estéo na origem da disputa entre os dois paises pelo controle da Tegido de Caxemira. Vida e Juventude Na linha de intervencao fisica pode-se lembrar o grupo de anti-segregacionistas de Martin Luther King, que praticaram a ocupacao de meios de transporte (ride-in) durante os anos de 1955 e 1956, impedindo que os brancos tomassem seu lugar. Exemplo de oracao em protesto ¢ o utilizado por Gandhi em Vykom, na India, para ‘conseguir que os sacerdotes brémanes deixassem de proibir que os intocdveis passassem na frente do templo. O gesto de Gandhi, ao tecer suas proprias roupas em oposicao as ordens insttuidas de apenas comprar tecidos ingleses, pode ser citado como um caso marcante de intervenc&o econémica. Muitos grupos do Movimento dos Trabalhadlores Rurais Sem Terra (MST), no Brasil, utiliza a ocupagéio ndo violenta como forma de levar adiante sua luta pela reforma agraria. A Comissio Pastoral da Terra (CIT) publica anualmenie relat6rios sobre conflitos no campo. No relatério de 2003 foram registrados cerca de 25 mil trabalhadores rurais em regime de trabalho escravo no Brasil. Em face dessa realidade, a CPT mantém uma campanha permanente contra © trabalho escravo, identificando casos, acolhendo fugitives, encaminhando dentincias para os 6rga0s competentes e facilitando 0 trabalho do Grupo Mével dos fiscais do governo para resgates, Em nove anos, 10,700 trabalhadores em regime de escravidao foram libertados pelo Grupo Mével Divulgacao das lutas pela paz: tornar piiblico 0 que se estd fazendo é outra caminho para a mobilizacéo e envolvimento das pessoas na luta pela paz. A meta é comunicar-se com 0 ppdblico, influencier, despertar a atencao e dar publicidad para o problemaem questao. Contribuir para a construgéo e formacao de uma opiniao pilblica em favor da Paz. Podem ser utiizados Varios meios: declaracées formais, comunicacées com audiéncia signficativa, representacdes de grupos, atos ptblicos simbélicos, presséio sobre individuos, pecas teatrais e shows, caminhadas, homenagem aos mortos, assembiéias ptiblicas e outros. Nesse conjunto, queremos destacar dois instruments que podem ser importantes num processo de educacdo para a paz: as stages e as campanhas. ‘As manifestagées server para expressar um posicionamento ~ estar contra algo ou a favor um sentimento ou, ainda, simplesmente para informar. Com se viu em casos como o de Kosovo ou da Palestina, a comunidade internacional sabe realmente muito pouco dos conflitos que acontecem no mundo e dos sentimentos e posicionamentos das partes envolvidas, assim como dos grupos que atuam em favor da paz. ‘As manifestacses podem usar da palavra, oral ou escrita, como no caso de um panfleto ou de uma palestra, Também podem ser fetas por meio de atos simbdlicos, como, por exemplo, a piramide de sapatos realizada pela Campanha Internacional para Banimento das Minas ‘Terrestres, em frente & Torte Eiffel, na Franca, e ao Congreso dos Estados Unidos, em Washington. Esse gesio suscitou perguntas e envolveu a comunidade na questo dramética das minas terrestres. Caminhadas e vigiias, muitas vezes associadas a gestos simbélicos, como levar velas, fotos de pessoas injusticadas ou simplesmente o siléncio, tém-se revelado como eficazes para chamara atendo sobre determinada situacéo, influenciar os outros a aceitar um ponto de vista ‘ow assumir uma certa acéo. As campanhas séo uma segunda forma de tornar piblico um posicionamento, Elas se estruturam em torno de fins determinados, como por exemplo, a Campanha pelo Tribunal Penal Internacional. Aqui, trata-se de buscar aliados e promover determinado consenso sobre questées pontuais que afetam um grupo, um pais ou toda a humanidade, ‘As campanhas possuem uma estrutura maior que a das simples manifestagées, Requerem um planejamento cuidadoso, com definicao precisa de metas a curto e longo prazo, formacso de quadros, analise dos apoios e aliancas possiveis, bem como dos adverséios, estabelecimento de conletidos, programacéo de acSo com datas, prazos, responsabilidades, recursos, fundos e publicidade. Entre as formas mais utilizadas das campanhas estéo os abaixo-assinados, que possibiitam comprometimento das pessoas envolvidas. Tema 3 Entendendo a resolucao nao violenta de conflitos Organiza-se grupos com no maximo sete participantes. A eles se distribui situacdes conflituosas para que pensem dois finais: um violento e outro no violento. Pode-se utilizar varias técnicas: fantoches com colagens em palitos de picolés ou dramatizacoes. ‘As situac6es estao descritas na FICHA - SITUACOES DE CONFLITO O trabalhos em grupos terao a duracéo de 20 a 30 minutas. Faz-se entéo a apresentagéo dos trabalhos, em plenria, Na segiiéncia dos trabalhos, repassa-se a FICHA - ENTENDENDO A RESOLUCAO NAO VIOLENTA DE CONFLITOS para estuco individual e comentario em duplas ou no mesmo grupo de trabalho. Alguns comentarios: = Infelizmente, a violéncia é mais divulgada do que a paz; - Aomissdo também é uma atitude violenta; = Somos criadores da Paz; - Anao-violéncia exige agressividade e a ndo-agressio; = Para ter paz que queremos, devemos assumir 0s conili vvezes, até provocar os confltos; - O conflito faz parte da existéncia humana; = Apassividade reforca as injusticas e a violencia; = Ocdidlogo é 0 caminho para a resolucdo nao-violenta de conflitos; - Apalavra violencia esté sendo mal utilizada na sociedade; - Apassividade é ctimplice da injustica; = Nossa busca é que no conflito cada parte possa ser 0 sujeito e nao “peca”; = Nao-violéncia: Sinais de verdade para o adversario; = Tudo se constréi humanamente: = A forma ndo-violenta de resolver contflitos é o caminho da paz; - Passividade nao é um meio de ndo-violéncia: = Acontravioléncia deve ser substituida pela forga do amor, ,enfrenté-lose, as enegho ve coms Vida e Juventude FICHA - SITUACOES DE CONFLITO 4 - Um grupo de estudantes passa a lado de sua casa no caminho da escola Encontraram um atalho, pela esquina do seu jardim e jé formaram uma trilha, Ure dia, vocé sai ao encontro das estudantes e, B - Vocé levou bastante tempo esperando na fila do banco, Um pessoa chega e, sem Tespeitar a fila, se poe na sua frente. Entdo... C-- Vocé levou sua geladeira para consertar. Prometem devolver a geladeira no dia Seguinte. Passam varios dias. Ent&o, vocé vai ao encontro do técnico. D ~ Vocé esté se preparando para uma importante prova. Seu irméo chega em casa, depois de ter feto também ele um exame difell. Para relaxar,ele liga 0 som rum volows muito alto. Vocé. E Seu filho de cinco anos esta brincando com uma bola na sala ¢ a bola bateu no vaso de sua estimacso, quebrando-o totalmente. Ent... FICHA - 0 HO'OPONOPONO © “hdoponopeno” é um métedo original do Havat de resolver conflitos que significa “deixar as coisas claras” Um exemplo é 0 caso de um homem que dorme tranatiilamente em sua casa, Ouve Tuidos, desperto ¢ pega um adolescente que tentava fugir com alguns ddlares, Chamo Policia. O adolescente passa a ser um delinqliente juvenil, fichado pela policia, © homem pensa melhor. Olha o rapaz ¢ 0 imagina durante muito tempo na priséo, Ditige-se& policia: “deixem-me solucionar esse caso”. Toma conhecimento de que a rma do adolescente esta doente e a familia € demasiado pobre para pagar a assistencia médion, Organiza-se 0 *Holoponopone”. Os familiares do proprietatio, os vizinhos, © adolescente e sua famfia se sentam em tomo a uma mesa, Hé um moderador.—um homer sAbio — que nao provem nem das familias nem cos vizinhos pede e dé-se 0 perdao. O adolescente deve pagar sua agéo realizando trabalhos de jardinagem gratis durante algum tempo. © homem tico e os vizinhos se poe de acordo para ajudar as despesas médicas da familia. Ao final, redige-se a hi Sria do roubo de forma aceitével para todos e logo se queima © Papel, representando o final do episddio, mas nao de suas conseqiiéncias, Este método reconcilia as partes e resolve o conflitos. Nao é um método fécil requer profundos conhecimentos ¢ habilidades das pessoas sAbias na soluc&o pacifica de confitee ara reunir as partes, Vida e Juventude FICHA - ENTENDENDO A RESOLUCAO NAO-VIOLENTA DE CONFLITOS Para que serve a resolucao ni lenta? O objetivo basico da resolucao ndo-violenta de conflitos é a transformacéo das pessoas de pecas de um conflito em sujeltos no conflito. Os conflitos tém uma légica e as formas de resolucdo néo-violenta trazem a possibilidade de tratar com racionalidade os conflitos. O que a resolucéo consensual proporciona é 0 resgate de cada envolvicio, como alguém capaz de obter acordos, de estabelecer pontes, enfim, de compreender. Portanto, trata-se de construir um acordo onde as partes envolvidas sejam beneficiadas: esquema vit6i vitéria ou ganha-ganha. Dificuldades para a resolugao nao-violenta Vivemos numa sociedade que deseja que de um conflito saia uma ganhador e uma perderdor. A meta é vencer o adversdrio, ou deté-lo: esquema vitGria-derrota ou ganha- perde. HA uma tendéncia muito forte a escamotear o conflito ou passar por cima dele. As figuras do pai, do lider, do mestre, so daqueles que protegem seus filhos, liderados e alunos das dificuldades do conflito. E uma perigosa tradlicao que deixa as pessoas totalmente despreparadas para lidar com as dificuldades que os conflitos trazem. O que nao é a resolucao nao-violenta de conflitos? A resolugéo néo-violenta de contflitos nao é 0 escamoteamento ou fuga do conflito. Nao é buscar a resignagéo ou submiss4o da parte mais fraca, impedindo que esta expresse seus verdadeiros sentimentos, opinides e emogées. E diferente também da gestao de conflitos ou arbitragem, que ¢ feita de cima para baixo por uma autoridade para impor uma solug3o ‘ou manter a situacdo vigente. A resolucéo do conflito visa urna compreenséo e uma aplicacao conta de meios democréticos que estimulam a responsabilidade social e a tesposta criativa A mudanga. O que caracteriza a resolucao nao-violenta de conflitos? A caracteristica fundamental é a participacao das partes envolvidas, como sujeltos ‘competentes, mediante 0 uso do didlogo, na busca de um consenso ou de uma solucéo vil6ria-vitéria (ou ganha-ganha). Todo processo de resolugao nao-violenta de conflitos supde, a0 menos, os sequintes elementos: a) a possibilidade de cada parte expor seus sentimentos através de frases tipo: “eu sinto isso"; ) uma avaliacdo racional do proceso através de frases tipo: “eu penso que isso é a melhor opcao por causa daquilo” ou “eu penso que isso nao € a melhor op¢ao. por causa daquilo”; c) 0 empenho na busca de solucdes para o conflito. Vida e Juventude Tema 4 Negociacao e Mediagao Dindmica: organiza-se o grupo em dois lados formando duplas. A um lado se distribui a FICHA - A NEGOCIACAO ¢ para o outro lado a FICHA - A MEDIACAO. Cada qual estuda individualmente a ficha, num prazo de 15 minutos no maximo e depois repassa para o seu parceiro de dupla: cada lado tem 10 minutos para explicar para © outro, Totalizando neste trabalho 35 minutos. Nos comentérios gerais procura-se identificar se nas apresentacées feitas de resolucao ndo violenta das situacées anteriores foram Negociacao ou Mediagao. Na seqiiéncia é distribuida e explicada a FICHA - BUSCANDO SOLUCOES GANHA-GANHA Alguns comentérios: - Resoluc&o n&o-violenta de conilitos é um processo de auto-conhecimento; - Resolucao ndo-violenta de conflitos é uma resolucdo ganha-ganha; - Instrumentos importantes sao Mensagens EU. Devemos colocar os nossos sentimentos na resolugdo n&o-violenta de conflitos. Por exemplo: “Eu me SENTI ameagada, triste, PORQUE .... QUE TAL ....” Em seguida, distribuir a FICHA - MENSAGENS EU. Apés as explicagdes das mensagens EU, retornar aos grupos da resolugao violenta para em 10 minutos, treinar Mensagens EU, a partir das respostas apresentadas no teatro. Retoma-se as situagdes de conflitos e estuda-se a FICHA - AS ETAPAS DA MEDIACAO DE CONFLITOS. Trabatha-se com a mediacéo de conflitos naquelas situagGes iniciais. Se houver tempo, pode-se apresentar todas as mediacées, por meio de dramatizacées ou sendo escolher apenas uma para apresentar e depois verificar se todas as etapas da mediacdo foram sequidas. Vida e Juventude FICHA - A NEGOCIACAO Caracteristica da negociagao Pelo consenso direto, as pessoas ou grupos tentam chegar a uma soluggo mutuamente aceitével do conflito mediante uma rellexo e uma tomada de decisées comuns. Trata-se, 1ndo de impor um ponto de vista, mas de chegar a um terceiro termo, o que implica algumas condigées a) que as partes desejem realmente encontrar uma solugio boa e aceitavel para ambas; = 'b)__manifestar os sentimentos de raiva ou desagrado, porém de modo néo ofensivo ou prejudicial; <} escutar 0 que 0 outro tem a dizer; 4) esforcar-se para entender o ponto de vista da outra parte; €) respeitar as necessidades do outro. Diretrizes VitériaVitéria Uma educadora americana, desenvolveu a técnica chamada por ela de diretrizes Vitria/ Vitéria: a) Tome algum tempo para esfriar a cabeca, se necessario. Descubra maneiras diferentes de mostrar que est4 zangado. b} Cada pessoa expée seus sentimentos e a forma como vé 0 problema, usando as MENSAGENS EU. Sem acusacéo, sem xingar e sem interromper. <) Cada pessoa expée 0 problema da forma como a outta pessoa 0 vé. d) Cada pessoa declara de que maneira ela propria é Tesponsdvel pelo problema. €) Faca uma sesso de tempestade de idéias para levantar as solugdes possiveis e escolha aquela que satisfaga a ambas - uma solugdo Vitéria/Vitoria. f} Aponte as qualidades de seu amigo/parceiro. O processo de Negociagao Existe um outro esquema, semelhante ao de cima: a) Faz-se uma lista dos pontos a debater. Esse passo define o préximo e enfoca a discussao. b) Acordam-se algumas normas bésicas. Por exemplo: cada parte escutard, sem interromper, enquanto a outra parte apresenta sua versdo; cada parte faré um resumo da versio de outra parte, até que ambas fiquem satisfeitas. Entéo, comecaré a discussio, ©) Estabelece-se um turno de intervencées. 4) Faz-se uma lista com 0s pontos de acordo. Comecar pelos pontos de acordo pode ajudar a reduzir a tenséo dos desacordos. @) Em continuagéo, elabora-se uma lista com os pontos de desacordo. Hi que rocurar ser 0 mais preciso possivel. Transformar acusacées desproporcionais ‘ou exageradas em frases especificas de desacordo. ) Discute-se possiveis solugées (utilizando, por exemplo, a chuva de idéias). 9) Define-se bem qualquer solugéo aceitavel em principio: quem fara (ou nao fard) 0 que, quando, aonde. h) Escreve-se tudo. mus FICHA - A MEDIACAO Definindo a mediacao Um outro método de resolugéo nao-violenta de conflitos é © consenso indireto ou mediacao, definido como uma negociagao na presenca de uma terceira pessoa, aceita por ambas as partes envolvides no conflito. No consenso indireto, o mediador exerce um papel apenas de facilitador, ajudando as partes a obter uma solucao e a estabelecer o didlogo. O acordo é negociado entre os envolvidos numa solugao que ambos aceitem, de forma que © peso da responsabilidade recaia sobre as partes, entendidas como sujeitos do processo. Assim, s80 eles quem controlam o contetido da negociacao e definem a natureza do acordo. © papel do mediador ‘Ao mediador cabe conduzir 0 processo, adotando uma posi¢ao equilibrada e estabelecendo as principais regras das negociacdes, abrindo canais de comunicacao, moderando o proceso. A acao do mediador tem em vista capacitar os disputantes a controlar seus futuros, ajudando-os a assumir responsabilidade de suas prdprias agbes e tomar decisGes de forma que possam suporté-las. Uma habilidade do mediador é o uso de parafrase, isto é, a habilidade de reproduzir fielmente a mensagem emitida pela pessoa que esi dando sua verséo dos fatos Métedos de mediacdo Use regras simples, contudo eficazes, 1. Defina seu papel de mediador como apoio para que ambas as partes “ganhem”; 2. Obtenha de ambas as partes uma disposi¢ao inicial para solucionar verdadeiramente 0 conflito; 3. Deixe cada pessoa dizer o que é 0 conflito para ela. Verifique se a outra pessoa o compreendeu realmente. Guie a conversagéo rumo a uma solucéo comum do conflito longe de ataques pessoais. Incentive-os a olhar para as respostas aonde todos obtenham o que necessitam. Redirecione as “faltas” (xingamentos, zombarias, ofensas, ameacas, nao escutar, etc). = ae Etapas na mediacéo Abra Introdugées e acordos de aquecimento; explanagées, Estabeleca Vista geral: Qual é 0 problema? Cada pessoa expressa sua visio do conflito, questées e-sentimentos. Detalhes: O que esté envolvido? Mais detalhes. Identificar necessidades e interesses. Esclarecer as percepg6es. Identificar as questées relevantes. Espelhar se necessario. Buscar Onde estac-agora? Identificar éreas de acordo. Incentivar a boa vontade para o acordo. Negociacéo: Foco na agéo futura. O que gostariam de fazer? O que deve ser feito? Desenvolver opgées. Negociar acordo com vitéria para ambas as partes. Concluséo Definir 0 acordo. Planos para o futuro, incluindo um momento para rever o acordo. Vida e duventude FICHA - BUSCANDO SOLUGOES GANHA-GANHA Uma dupla exigéncia As soluges do tipo ganha-ganha caracterizam-se por atender, ao mesmo tempo, as ‘exigéncias do eu (assertividade) e do outro (compreensao). O que pede, por um lado, um auto-conhecimento e um auténtico conhecimento e escuta do outro, Muitas vezes projetamos nos outros nossas préprias sombras, criando e inventando inimigos, Solucées ganha-ganha [ Assertividade + Assertividade— (quando a pessoa consegue | _ (quando a pessoa nao expressar de forma consegue expressar 0 que verdadeira oque quereo | quer, nemo que esta que est sentindo) sentindo) ‘Compreensao + (quando a pessoa @ganha-ganha® ®perde-ganha consegue entenderos | — resposta colaborativa resposta acomodativa sentimentos eo que a ‘outra pessoa quer) Compreensao- (quando a pessoa néo ©ganha-perde® @perde-perde® consegue entender os resposta competitiva resposta evitativa sentimentos e o que a outra pessoa quer) $ Mgt oc Contos FICHA - MENSAGENS EU As mensagens-eu. s0 muito importantes, visto que quando se expde de modo adequado 0 que se esté sentindo, geralmente, a outra parte se sensibiliza e se abre a0 didlogo. Mensagens-eu séo formas de expressar o sentimento que ocorre a alguém em determinada situacao, abrindo para o didlogo, em contraposicao as mensagens vocé, nas. quais hé uma qualificacao e uma determinagao do oponente. Exemplo de Mensagens Eu: “Eu estou zangado” “Estou chateado, porque vocé pegou meu material”; “Fiquei ofendido porque vocé me xingou.” ‘As mensagens-vocé dificultam o entendimento, porque quando alguém é acusado a forma natural de reagir é defendendo-se, fechando-se ao diélogo. Exemplos de mensagem vocé: “Vocé é um chato”; “Voce € um miserével”; “Vocé me irrita.” Trata-se, portanto, de desenvolver uma competéncia comunicativa. As mensagens eu caracterizam-se, geraimente, por trés partes: a) expresso do sentimento: eu sinto. b) a justificativa: porque... ¢) um apelo & solugéo: que tal se... © Vida e Juventude FICHA - AS ETAPAS DA MEDIACAO DE CONFLITOS. 1. Pré-mediagéo (realizada com cada parte em separado) * Apresente-se como mediador, * Pergunte as pessoas envolvidas no conflito se gostariam que vocé as ajudasse a resolver o problema; + Encontre um lugar calmo para fazer a mediacéo; * Combine as regras do processo de mediacéo, 2. Comeco da mediacao Acolha as pessoas e peca que elas concordem com as seguintes regras: + Tentar solucionar o problema de forma pacifi + Nao ofender verbalmente o outro; + Nao interromper, cada parte teré o mesmo tempo pata falar; + Guardar segredo, 3. Escuta ativa ‘Ao mediador, caberd criar um ambiente em que as pessoas possam se expressar livremente e de forma confiante, bem como fazer algumas perguntas que permitam desenvolver um debate racional: * Pergunte & primeira pessoa: O que aconteceui? Parafraseie (diga com outras palavras a mesma coisa) + Pergunte a primeira pessoa: Como esté se sentindo? * Pergunte & segunda pessoa: O que aconteceu? Parafraseie. + Pergunte & segunda pessoa: Como esté se sentindo? O mediador deve ajudar os envolvidos a nao criar um clima de acusagées, de forma que se centrem no miolo do conflito e diferenciem posigao de interesse. O mediador deve ainda estimular a capacidade das partes em compreender o ponto de vista da outra parte e evitar ficar procurando culpados. 4. Procurando Solucées + Pergunte & primeira pessoa: O que voce poderia ter feito de forma diferente? Parafraseie. ‘+ Pergunte a segunda pessoa: O que voeé poderia ter feito de forma diferente? Paratraseie. Pergunte & primeira pessoa: O que vocé pode fazer aqui e agora para ajudar a solucionar o problema? Parafrasele Pergunte & segunda pessoa: O que vocé pode fazer aqui e agora para ajudar a solucionar 0 problema? Parafraseie. Faca perguntas criativas para aproximar mais as pessoas de uma solucéo. 5. Firmando Compromissos + Ajude as pessoas envolvidas no conflito a encontrar uma sohigao que seja boa para ambas e com a qual elas se sintam bem, + Repita a solugao detalhadamente para as pessoas envolvidas e pergunte se elas concordam, + Redija 0 Acordo Final de forma clara e realista, com agées, prazos ¢ responséveis. Solicite as partes que assinem o acordo. Dé uma cépia para eles. + Elogie os parceiros e parabenize-os pela mediacao bem sucedida. Vida e Juventude Tema 5 ‘Treinando a Mediacao de Conflitos facilitador solicita que cada um escreva um conflito que conhega. Pode ser algum vivenciado pela prépria pessoa ou por algum conhecido dela (familiar, amigos, colegas de trabalho, participante do movimento social) Explica-se a FICHA ~ ESCREVENDO UM CONFLITO. Cada participante escreve individualmente um conflito e depois compartilha num grupo de cinco a sete participantes (por dez minutos). O grupo escolhe um conflito para ser mediado e repassa para outro gtupo dramatizar a mediagdo (20 minutos) Se houver mais de um facilitador, podem acontecer dramatizagées simultaneas em lugares separados. Sendo, uma apés a outra vai sendo dramatizada. Apés a plenétia com troca de impresses sobre 0 desempenho dos mediadores, irlabalha-se a FICHA - PROBLEMAS NO PROCESSO DE MEDIACAO. Identificando posicao ¢ interesses Posigdo ou posicionamento é 0 que as partes em conflito querem; é que elas dizem publicamente. E aquela afirmacao fechada que, inicialmente as partes em conflito nao querem abrir mao. Nao ha como mediiar posicionamentos. E papel do mediador descobrir qual é 0 interesse ou a necessidade (8s vezes oculta) que esta por detrés da posicéo apresentada em piiblico. Assim, é importante, na pré- mediagao perguntar o para qué cada lado do conflito esta defendendo determinada posicao. E questionar a cada parte o que ela tem por objetivo ao defender seu posicionamento. O mediador precisa identificar 0 que esté em jogo de verdade no conflito, Mediar & colaborar para que cada parte descubra os interesses ocultos nas posic6es contrarias no conflito, de forma que eles sejam expressados durante o processo na forma de mensagens-eu. Vida e Juventude Problemas com o problema (continuagio da FICHA - PROBLEMAS DA MEDIACAO) Problema POT gu BOTBCE ‘Goma preven? Salugdo possWeT ATA medlaGeo] Fixagao nos Posturasiedutveis, | Artes da eunido conunla,buscare | Provocar uma chuva de Posiconamentos, amplar ouras alternatives baseadas | idles 10s inleresses. ‘Nao se colocam de | Desejo oago porum | Recordar 8s parts a abjalve global. ‘cord em um gonto | pono, por honra ou erguntar s@ 6 panto cobsessvo é to importante @ incompatves insignificant, or anor proprio, nto de emeacar iodo 0 processo, Discutese sobre | Perepectvas distntas | Comecar ientifcanda passieis | Chegar ao acordo da estar iferetes valores. | que aparecern come | valores comuns, fem desacordo em relagéo a alguns valores, Buscar uma ecisdo aceltivel para todos, FICHA DE AVALIACAO, O objetivo foi alcangado? Como foi a metodologia? E aassessoria, como foi? Avalie a organizacéo geral: Sugestées: Mencione trés i ias que ficaram mais fortes, apés 0 curso 2 Erapa: APROFUNDANDO A IDENTIDADE £ © PAPEL DO Mepiapor(A) Vida e Juventude Roteiro para se realizar 0 curso em 5 momentos de 3 a 4 horas cada um Enconti gts 7 Misica Aptesentacdo do projeto Apresentagio das pessoas Dindmica -nome e sobrenome com qualidade inciando com a mesma letra do nome Dinamica do baldo: cooperagao e confito Dinamica da arvore au do termémetro~ ‘Confito* Mapeamento de conftos (na familia, comunidade, escola, igrela, mulheres, Brasil) Diferenga entroconfito¢ problema Ficha - Conversando sobre confitos | Avalagao| Mistica ¥ Wonifesto de Seviha Manifesto 2000 Ser consirutor de uma cultura de paz Dinamica do bardmetro Fiona sobre Nao-wioléncia ¥ Fiche siuagdes de Confitos ‘Dramatizagde de rasolugdo violente@ no volenta Ficha - Entendendo a resoluco no volenta de confitos Treina de "mensagens eu” Ficha ~ Consenso direto ou negociagdo Ficha - Mediagao de conflies Etepas da mediagao “Dever de casa” — Escrever um confit (Ficha) co ‘presentagao dos confltos escrics em cartazes (grupos) Retomar discussdo sobre a diferenga ene confitoe problema Ficha - Solug2o ganhalganha Escolha de 3 confitos para teinar mediagéo Forma-se gtupos que io dramatizar em rodizio a mediagao das 3 confitos escalhidos Explcapée de facltador apart da Ficna sobre problemas na mediagéo. Ficha -Escuta AtWa = Ficha ~ Informe de roubo Fiona - Lidando com as emopdes ‘Traino de mediagso Fichas ‘Jago de papéis* 1 a Vida e Juventude an ‘Tema 6: a pessoa do(a) mediador(a) Leitura em plenéria da FICHA - © HO’OPONOPONO, seguida de comentatios. Organizar grupos de 4 ou 5 pessoas para: ‘1 Compartilhar experiéncias resolucéo de conflitos de maneira nao violenta. Avangos e Dificuldades 2. Escrever 10 princfpios da resolugo néo-violenta de conflito a partir do que aprendemos e do que vivenciamos. 3+ Cada grupo deve escrever 3 perguntas e colocar em um envelope para ser respondida durante o encontro. Plenario dos Grupos Estudo da FICHA — ATITUDES E PAPEL DO(A) MEDIADOR(A) e ligar os comentarios com o que foi apresentado pelos grupos FICHA - ATITUDES E PAPEL DO(A) MEDIADOR(A) Atitudes para mediadores Estas atitudes sao relevantes sempre que vocé quiser contribuir em um conflito do qual vocé nao ¢ parte envolvida, Pode ser um amigo que conta um problema no telefone. Pode ser um bate-papo informal com duas partes discutindo. Pode ser uma sesso formalmente organizada da mediacao. ‘Seja objetivo - valorize ambos os lados, mesmo se particularmente vocé prefere um ponto de vista, ou mesmo quando somente uma parte esté presente. Apéie - use cuidadosamente a linguagem. Providencie um ambiente néo- ameagador, onde as pessoas sintam-se seguras para abrirem-se. Nenhum julgamento — desencoraje juizos sobre quein estava certo e quem estava errado. Nao pergunte “por que o fez?”, mas sim “o que aconteceu?” e “como vocé sentiu?” Dirija 0 processo - nao o conteiido, usando perguntas sabias. Incentive as sugestées dos participantes. Resista aconselhar. Se suas sugestées forem realmente necessétrias, faca perquntas que facilitem a comunicacao. Ganha/Ganha - trabalhe para a vitéria de ambos os lados. Faga des oponentes parceiros, $ eon ot 3 comutos Vida e Juventude FICHA - TECNICAS DE ESCUTA ATIVA. ‘Atitudes que ajudam a outra pessoa a falar ‘tudes Objetvo Ades Exempos Trcentvo "Transm nerese Nao concorde oudiscarde | ‘Vocé pode me conlar Incentvaraoutra pessoa | use alaasneutras | mai.” a confinarflando, vo vaigées na antoragéo da v2, Esdlarecimento | Ajuda a esclarecer o que | Fara perguntas reafirne | “Quando aconleceu?™ sedi uma interpretagdo erada Obter mais informagies | pare forgar a pessoa que ‘Nudara pessoa que fla a | fla a explicar mais, ver outos pontos de visa | Reafimagto Mosarque vooé esta | Reafime idéias bésicas, | “Entéo voce gostara que esoutando @ fates. seus pals aoredtassem ‘compreendendo o que se | mais em voce. Esté az, | conor” \Vertique seu signcad inte retacdo, Retlexdo Mostrar que vos Refita cs sertimentos | “Voo8 parece muito | | @Parétase) compreende o que a bésioos da pessoa que | desapontado" pessoa sente fala, ‘Aludar a pessoa a avatar seus prdprios sentimentos| Aepois de ter oui outa pessoa expresséos. Resume Reve oprogresso Reafime as pincipais | "Parece que essas so a5 | Puxar iia, ftos © idbias expressadas, ides bésieas que voce entimentos importantes | indindo os sentimenios, | oxprossou.." ‘0 mesmo tempo. Estabelecer uma base pata ciscussdo poster. Validagdo Reconhecero valor Reconega olor de | “Eu valorizo seu deseo de a outa pessoa. ‘seus problemas e resolve este problema seniimentos . ‘most que valorza seus esforgose ages. Vida e Juventude FICHA - O PODER COOPERATIVO Respondendo a resisténcia dos outros Quando enfrentado com uma afirmagéo que possa prejudicar o processo, faga perguntas abertas para redirecionar a resistencia. Explore as dificuldades e dirlja entao a discusséo para focalizé-la em suas possibilidades positivas. Explore - esclareca detalhes E demasiado caro => Comparado a que? Demasiado => Comparado a que? Eu quero o melhor => O que seria o melhor para vocé? Procure opgdes Vocé nao pode fazer isto => Que aconteceria se fizesse? Ele (ela) nunca deveria..= > Como podemos nés, encontrar maneiras para que aconteca? Elas sempre... = > Hé alguma vez que nao? Nés jé tentamos=> Qual foi o resultado? Esta ¢ a nica maneira de fazer isso => Si considerar? |, € uma opedo. Que outra, poderiamos Redirecione - mova-se para o positive Isso nunca funcionaré=> Que se deve fazer para dar certo? Eu ndo quero..=> O que vocé deseja? um erro => Como poderia ser? E desastroso = > Como se poderia fazer melhor? > O que ele (cla) poderia fazer para ser aceitavel? que faria para tornar possivel? Eu nao posso => Vocé nao pode ver uma maneira para fazer isto neste momento? Retome as necessidades ¢ interesses legitimos Ele (ela) é um caso perdido! => E duro ver como trabalhar com ele (ela)? Vocé é um idiota (e outros insultos)! => Que nés necessitamos fazer para sait destes r6tulos? Vamos lembrar nosso acordo inicial? ‘Como ousa fazer tal coisa! = > O que voce nao gosta? Deve ser feito da minha maneira => O que fez isto parecer a melhor op¢ao? lugar dele (dela) é no chiqueiro! => Ele (ela) influencia na sua vida? Ele (ela) nao fez sua parte => O que vocé pensa que ele (ela) deveria fazer? Teoacho ve Vida e Juventude Tema 8: Lidando com as emogoes e saber distinguir interesses de posigées: Dinamica: Jogos de Papéis Objetivo: distinguir o que é interesse do que é posicdo. Passos: 1. Divide-se todo 0 grupo em duas partes, organizando duplas: um teré a FICHA - DR. PAULO e 0 outro a FICHA - DRA. SANDRA. 2. Cada um Ié a sua ficha individualmente, 3. As negociacées so iniciadas, dando um tempo de 10 a 15 minutos, 4. Suspencle-se o tempo e pergunta-se quem conseguiu fazer a negociagéo. 5, Seguem-se os relatos sobre as negociacées e as ligdes que se tiram para a vida a partir desta dindmica, Comentario possivel apés a dinamica realizada: = Nao se deter apenas nas posicées (ambos querlam as bananas de casca azul, mas é Preciso analisar os interesses, (um queria as polpas e 0 outro as cascas). Todovia eran Fivais ¢ jd chegaram pré-dispostos a “derrotar” 0 outro. Entrega da FICHA ~ LIDANDO COM AS EMOCOES e dar de 10 a 15 minutos Para que em siléncio cada um(a) reflita sobre 0 contetido da ficha, Apés este tempo cada um(a) escolha uma pessoa para estar em dupla para compartilhar, (mais 10 minutos) e finalmente, juntam-se trés duplas e compartilham oe idéias mais importantes que sero compartilhadas em plenatio. Tema 9 Preparando para repassar o curso Estudo da FICHA - MULTIPLICANDO OFICINAS. Trabalho em grupos para preparar o repasse, seguida de plendrio para definic ‘encaminhamentos. Roteiro bésico 1. Dinamicas de integracéo, 2- Cultura de paz, 3- O que é conflito? 4. Nao-violéncia. 5. Resolugao Nao-violenta de cont 6- Negociagao e mediacao. F- Papel do mediador. & Roteiro basico de mediacéo. Vida e Juventude JOGO DE PAPEIS FICHA - DR. PAULO Vocé € 0 Dr. Paulo, um cientista pesquisador que trabalha para uma firma farmacéutica. Depois de muitos anos de pesquisa, vocé desenvolveu uma promissora vacina para a AIDS. Ainda que se encontre em fase de prova, os ensaios em um néimero reduzido de voluntarios produziram resultados muito esperancosos. A AIDS afeta a milhdes a cada ano e sua vacina, ainda que relativamente secreta, esté ganhando publicidade. Vérios governos de paises devastados pelos efeitos da AIDS contataram a companhia para qual ‘rabalha, para fazer provas em seus pafses. Por azar, a vacina se faz da polpa da banana azul, que é extremamente escassa. Somente foi celhida uma quantidade minima {aproximadamente 3,000) dessas bananas a temporada passada, devido a infestacdo de insetos, que destrufram grande parte do cultivo. Nao se dispora de mais bananas até a colheita da préxima temporada e de novo os peritos esto predizendo uma colheita muito pobre ‘Suspender os experimentos de sua vacina significaria que vocé ndo poderia seguir ‘com 0 processo de provas; que atrasatia em varios anos a aprovacéo de uma distribuic&o massiva, Os experimentos preliminares demonstraram que sua vacina néo tem efeitos colaterais para quem esta vacinado, Sua companhia tem os direitos sobre a patente da vacina, que se espera ser de grande procura quando estiver disponivel ao puiblico. Apesar disso, sua companhia comecou a desenvolver uma politica da vacina para quem mais necessita, mas que nao podem pagar os seus gastos. Recenlemente, vocé descobriu que R. Rodriguez, um exportador latino-americano de frutas, tem 2.000 destas bananas, em boa condicéo, para a venda. A polpa dessas 2,000 bananas bastariam para produzir uma quantidade substancial da vacina, de firma que ela esteja disponivel para provas futuras e fazer possivel que a aprovem para uma distribuicdo massiva dentro de um ano, se todos os experimentos futuros correrem bem ‘Vocé também descobriu que a Dra. Sandra também esta buscando urgentemente comprar estas bananas de R. Rodriguez. A Dra. Sandra trabalha para uma companhia farmacéutica rival e se negou em trabalhar em sua diviséo em assuntos de grande interesse Cientifico, De fato, suas negativas em cooperar com sua divisdo retardaram as investigacses desta vacina, ‘Sua companhia 0 autorizou a contalar o Sr, Rodriguez para conseguir as 2.000 bananas azuis. Vocé foi informado que Rodriguez as vender a melhor proposta. Vocé pode pagar o maximo de R$ 250.000,00 para ober as polpas das 2.000 bananas disponiveis. Antes de contatar o Sr. Rodriguez, voc® decidiu falar com a Dra, Sandra, de maneira tal que vocé nao tenha obstaculos para comprar as bananas. Hracio ve 3 ©munos Vida e Juventude JOGO DE PAPEIS FICHA - DRA. SANDRA Vocé é a Dra. Sandra, uma quimica empregada de uma grande corporagéo multinaciénal. Vocé ¢ um cientista da diviséio quem tem a responsabilidade de desenvolver tecnologias para manejar os riscos e efeitos ambientais e sanitérios do derramamento de petréleo em comunidades costeiras Recentemente, houve um grande derramamento em uma comunidade dé 50,000 pessoas, em uma regio conhecida por sua produtividadé agropecuétria. De fato, esta regio @ a despensa do pais. O petréleo derramado contaminou a qua ¢ a terra, arneacando a proxima temporada de plantio e destruindo as reservas de agua da comunidade. O presidente do pais esté contemplando a dectaracso de um estado de emergéncia © a evacuagao da regio e ja pediu reservas de alimentos para seu pais as ONGs e as organizagées internacionais de emergéncia. Sua diviséo desenvolveu um produto que é capaz de neutralizar os efeitos danosos do petrdleo derramado. O produto foi provado previamente em uma comunidade aonde © petréleo derramado contaminow a terra, Um dos ingredientes fundamentais que se utiliza no produto é a casca da banana azul, que é muito rara. Infelizmente, a colheita deste ano de banana azul foi muito reduzida devida a uma praga, de forma que apenas foram colhidas 3.000 frutas. O produte requer a casca da banana azul: as provas que foram realizadas com as cascas de outras bananas nao deram os mesmos resultados. Recentemente, vocé descobriu que R. Rodriguez, um exportador latino-americano de frutas, tem 2.000 destas bananas, em boa condiséo, para a venda. As cascas dessas 2.000 bananas parecem ser suficientes para produzir uma quantidade suficiente de produto, © suficiente para salvar a proxima colheita e descontaminar as reservas de Agua. Vocé também descobriu que o Dr. Paulo também esta buscando urgentemente comprar estas bananas de R. Rodriguez. O Dr. Paulo trabalha para uma companhia farmacéutica rival e se negou em trabalhar em sua divisdio em assuntos de grande interesse cientifico, De fato, suas negativas em cooperar com sua divisdo retardaram as investigacées. deste produto. O presidente solicitou a colaboragéo de sua companhia, Sua companhia o autorizou a contafar o Sr. Rodriquez para conseguir as 2.000 bananas azuis. Vocé foi informado que Rodriguez as vender & melhor proposta. Vocé pode pagar o méximo de R$ 250,000,00 Para obter as cascas das 2.000 bananas disponiveis. Antes de contatar 0 Sr. Rodriguez, vocé decidiu falar com o Dr. Paulo, de maneira tal que vocé no tenha obstaculos para comprar as bananas. Vida e Juventude FICHA - LIDANDO COM AS EMOCOES, Trabathando seu eu Nao seja complacente. Nao negue. Crie relacionamentos mais ricos. Cinco perguntas - quando com raiva, ferido ou ameacado 1, Por que me sinto assim com raiva, ferido ou ameacado? 2. 0 que desejo mudar? 3. O que necessito fazer para deixar este sentimento? 4. De quem é este problema, realmente? Quanto é meu? Quanto é dos outros? 5. Qual a mensagem néo-dita desia situagéo? Cinco objetivos — para comunicar emogoes 1. Evitar 0 desejo de punir ou responsabilizar. AcSo? 2. Ajudar a melhorar a situagao. Acéo? 3. Comunicar apropriadamente seus sentimentos. Acdo? 4, Melhorar 0 relacionamento ¢ a comunicacdo. Acs0? 5. Evitar repetir a mesma situagéo. Acao? 6. Se uma comunicagéo nao for apropriada, que outra acéo pode ser feita? 5 Lidando com 0s outros 3 Mono ne O comportamento das pessoas acone para uma finalidade. Procuram maneiras de onuvos se relacionar, serem significativos e se auto-proteger. Quando as pessoas perceben uma ameaga para sua auto-estima, um caminho para o fechamento pode comegat. As pessoas podem seguir em seus comportamentos destrutivos acreditando que estes Ihe darao um lugar e um sentido, A forma como nos posicionamos diante destes comportamentos dificeis pode determinar como firmes estes se tornam. O segredo seré quebrar forga deste camninho apoiando suas necessidades reais sem apoiar as opinides defeituosas destrutivas. ae Cainkopaaotecharenio | Alternatives Wlhores Procirando atenglo Voc eerie lado weage | Evia longo pip DB lneio “eaporpo somenieuando | tino es param para compre ping soured! romenaneant,¢reomesam | specimen qian nde eto tooo compartments faondo una cet parca. a contribuigéo e participacso reais. Jogos de poder YYocé se sentaprovocado cu | Sia do conrono,Ajudeos a usar o ameagad erage capetn. A vp smene undo as | SMR EAR MF A constant, sprtans ps eaten cole, quando acomerato. Api auesinae singuim pdr me die autor, Procurndo evanche Vet ae srs edo porelase | Convencecs qe vob esota eas ‘eusa sige somerta so | ra. ls prooram vigere | necesssdes Conta ele de ufo outs sntroneftos | als xem cu porous | conan. comevesiut steno Fazendo-se de vitima ‘Vooé se desespera.. Eles plore toda a aan pee nao “eu cos, rdo separa | respandenpasianate no | IEE 8 persona. Focalze em i nn iosan nent meota¢ pemanecema ‘iat ‘opuanjonua ‘sonyalqo sop a woneuiay ep fens 9 euisyo euinu jeqeuepuny "euLojsuey 2 eilanoide ‘tossuos “exeduios 2s opny, ‘ogmnut apuesB wnt owtos wredionsed sopo} ‘euisyo euinyy *e FPessed “enyepeiB ogSnqsuoo v 9 eulsyo ewun ‘ezuaj2ese anb © sesyn0 seyINU ap 2 “emySOD ap ‘oyedles ap ‘o|UeD ap eUlDYo ep Ose 0g ages 2389 ‘ovsniysu0d eso esseda: 3s PpuO wipquIE} 9 seUI ‘,sesIOD, 1INNISUIOD 2 1e}sas0) ‘teu ap oSedsa 0 9 ‘wINUWOD OstIas ON “OIYO WN ao1eKa 2S BpUO seBN] Oo 9 ‘oUPUOTDIP © opunBag ‘ewiay opeulmiajap win ap audoucie as ouanbed ayuawenyejas odnB wn anb bred opesn ojtaumsysut win 9 eulsyO y Zed ead ey ep a oyLos op OWO} WHE seroUBLds 2 soyuaumuas ‘selgpt wueIauonin 2 weyjpreduio> sopoy anb wa umWoS oYfeqey WIN Wa 2s -opumrygsuod ‘olzeyunio9 opmNU tn ap ealpadsiad e zed v ered opuejuode ‘ovSnqjsuod ep ayuauoduioo 0 wiazey seaiboBepad seutsyo sy ‘zed ap einyino ep ovdnqsucd ap ossanaid ou. sopnuese6 wiaias 2 sojueuiaja owto9 as-uleinBye ‘sepezitear seoneud sep soosinal seyq\ssod ‘rages ap sasaiujs ap ovSn1)su09 ap sojuaurout 129212]0 ‘ovssnosip ap sodedsa seu) opssnostp v ajuoujersadse 5 Seuroyo sep eIBojoporoul y saxqno « 2e]Q} 9p sojue weyyar anb sajuedionzed soe snuLiod ered seoruDe} ezIIyN « sia ap Sood soquaIENTp 80 JaD94UOSOI « ossanoid wiog win opuesn ‘eal euia} ¥ argos opemuco Blaise odnuB © anb woo 1020} « see} anb sieur seinose « Slanssu0s Seta} Soe OyUaye IES « sequa1ajip esta ap Sood so soD04UOD—I « ‘opssnosip euin ap jouy OB stejuawepUny sojuod so esinas a saossnosIp se AWINSOI « srewiap sop sejunBiad se wrepuodsai anb odniB op sosquiaui so anjued « ovSediogied 2 serqyinba 2 rewtue « g0181 21905 estiad ga0n anb 0 :ow10d ‘odruB (© woo seyjnred a ayaya: e saquedionzed so wreprauios anb seyaqe sejunBiad 1270} « Jopey|iey wog wn ep sopepriqrH, ‘opxayas ap sepepmiqey senou odnu6 ov seuisua (p uanpput anb sao5njos se xeyu2w0} (2 ‘oruaumpuatua onjnur o zanoword [q 'S0po} ap oededionied e rewue (2 ‘sagSuny onenb opumnssod ‘ossanoid op iojoword owio> enje opeyioes wy “eUIa} 2959 21q0s ee} OdnuB 0 oWLOD 9 ossanoid 0 ojuenbua ‘opuepes vise odnub o anb o 2 opnajtioa © “epnayuco o wioa anb op ossaoaid 0 woo opednooaid stew! 9152 anb wandje 9 opener) wp “wiadyorpied sopo} anb wa ossaooid wn exed opuinguyucd ‘}9Bj steul elas oessnosip e anb iad Jaze; 9 jaded nas ‘sopeyoyy owod “po95 stew Jaze} eaurubis ree} eiAvled y YOpeTTIDe; op oe ajueYjowes psoperpedes owos jaded nas ‘ennjedionied 2 eayerazur exSojopoiau eum zezyIqN OY aquediapred no soperpaut ouico sesjno a 1opey|9yy no sossajoid owoo sazon seunbje ‘sladed soupn 12010x9 anb p19} OpeyTEIe] OWOD ‘2IUESSaL>}UL 2 engedinyzed vfas anb ogSeqedeo euin zezqear a ianjonuasep De} vjaIe} 9 CBN Aopeoydyjmnut op no soperi|toey op jaded Q SVNIOI4O OGNVOITAILION - WHOL 2pnuaanp 2 epiy Vida e Juventude Um roteiro que pade ser seguido: a) Primeito momento: acolhida e sensibilizacao ) Segundo: percepgao e aprofundamento do tema/problema ©) Terceito: sintese 4) Quarto: comprometimento @) Quinto: avaliagéo 4) Sexto: encerramento e confraternizacao/celebracao Na acolhida e sensibilizacéo, trata-se de criar uma comunidade de trabalho e convivéncia, condigao indispensavel para a eficdcia da oficina, ao mesmo tempo em que se ajuda o grupo a entrar no clima do tema escolhide. 0 modo como se estrutura este primeiro elemento é fundamental para a continuidade e, mesmo, para o sucesso da oficina. Por exemplo, uma oficina que trabalhou o tema da guerra e da violencia comecou com 0 grupo olhando e comentando a foto de Phan Thi Kim Phuc, feita no dia 8 de junho de 1972, no Vietna, onde ela aparece fugindo nua diante de um bombardeio de ‘napalm’ (substancia t6xica) sobre populagées civis. Numa oficina sobre minas terrestres, as pessoas foram convidadas a escolher uma de muitas fotos de vitimas de minas e responder a trés erguntas: © que sinto? 0 que sei? 0 que posso fazer? Uma vez sensibilizado, o grupo ¢ convidado a um aprofundamento da questéo, através de textos, filmes ou outros recursos, com o objetivo de descobrir todas as nuances da tematica A sintese constitui 0 momento central da oficina, sua pedra de toque, quando os seus participantes constréem e sistematizam um saber sobre o tema trabalhado. Por exemplo, numa oficina sobre protagonismo juvenil, os jovens analisaram e debateram varias experiéncias ¢ trabalhos de jovens na linha da cidadania; depois, foram convidados a escrever num cartaz 0 que era protagonismo juvenil. A reconstrugao da pratica é 0 momento onde os participantes pensam e debatem seus compromissos com a temética. A técnica da oficina trabalha com informagdes e conhecimentos, mas objetiva uma relacSo total das pessoas com a tematica, na linha do empenho e engajamento, endo apenas como trabalho racional ou intelectual. Como espago coletivo, a avaliacéo permite que os participantes expressem seus sentimentos e opinides, nao apenas sobre o modo como a oficina foi desenvolvida, mas, sobretudo, sobre o sentido e o significado dos procedimentos em suas vidas. Celebrando a vivéncia, a oficina se encerra com um momento de confraternizacéo, ‘20 mesmo tempo alegre e profundo. E hora de dizer os compromissos assumidos, expressar as descoberlas e as inquietudes, cantar, através de uma milsica pertinente, a temética estudada e as perspectivas vislumbradas. Isso possibilita que a oficina seja integrada pelas pessoas no seu itinerério e percurso pessoal como um momento realmente significativo. ‘Seguindo esse roteiro bésico, pode-se organizar, a partir das finalidades especfficas, oficinas de resolugéo de conflitos, oficinas de desarmamento, etc, O processo quer conduzir especialmente & capacitagéo metodolégica dos participantes dos cftculos de cultura da paz, $ Niongto ve Coreat0s ‘souuedionied sojad sepejuasarde sepueuiap se owsoyas 32] “TZ ‘osino 0 ajueinp sesodoid seo5e se eangid we 120}03 “OZ, Luossesse op ojuaure2o}sap 2 wiaBepadsoy ‘ovdda0ax ep sepin’) 61 ‘sopipuan wis ered sopeuorzejas souny| 2 seyasjure ‘Jeo0] 0 vied sena-] “QT ‘oyaloud op souueg o s2pjoy resedaig “11 ‘sopeuitue sojue wo9 ‘suotisjul reredaig “Oy ‘oquona op einjiage e xeiBysaid ered seossad repiauod “¢] ‘opeoynioo seredaig “pT 'eSuasaid 2p ‘2)s1] ‘Sony ‘Sopx24 "yy>eD “eysed :sajUEdioned so ied ConepIP euayeU! reredaig “ET !soLIg}efax 2 50}0} WO OJUAAd o TeNSIBOY “ZT ‘oquana op sojue eIp um Waplo tue opm) sextap a opeyeNud fe00] 0 sey “TT ‘seidwioo seuanbod 1070} ‘euejaicas ‘sejougBiow sep sepino eied jeossed ‘opSdaoar veanynuyso-euul Bog wun reredaxg “0 ‘ordgpuvo seredang faquepnie 2 exequrzoo eum reyeqUOD ‘serdutoo rezyeay fonuooue op jeu 2 objuY ou FeBaqua ered woquig WN Lod seputn seoq ap ogeD un reLedaig eula} o aigos jemmyino ogdequasarde euin wos empage eumn seredaig ‘aunop ered seossad se iayjoze ered 1ofen opuesypian ‘siangsuodsar seinoosd 2 fed0] SIUC fouoye[a} Jod no auaweossed se|-ppintioo a sajuedrosed svossad se 1e}ST] {(sepipinipgns 49s wiapod anb ‘seisodoid seuupn yy) opSeureiBord v proag Houroa ‘opuenb ‘wanb ‘gnb 0) sejare} opueBojep @ oputuyap ‘ovde ap ourjd wn se10qeIq -T ws Kaas ads relougpaoajue woo sonpexedaid so reoy}1a0 vied eySy] apnquannp 2 epiA, TETOS COMPLEMENTARES PARA MISTICAS E DInaMicas hi Vida e Juventude MANIFESTO 2000 Occoneeito de cultura de paz adquiriu dimensao pitblica, especialmente quando a ‘Assembléia Geral das Nacdes Unidas proclamou 0 Ano 2000 como Ano Intemnacional por uma Cultura de Paz e a Década 2001-2010 como a Década Internacional para uma Cultura de Paz e Nao-violéncia para as Criancas do Mundo. No ano 2000 foram coletadas cerca de 100 milhées de assinaturas do Manifesto 2000 para uma Cultura de Paz e de Nao-violéncia, um instrumento elaborado por um grupo de Prémios Nobel da Paz, ndo como uma peticao 0u abaixo-assinado, mas como um exercicio da responsabilidade individual Reconhecendo minha parte de responsabilidade diante do futuro da humanidade, especialmente para as criangas de hoje e de amanh&, comprometo-me, em minha vida digtia, em minha familia, meu trabalho, minha comunidade, meu pats e minha regido a: © respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminagéo nem preconceitos, + praticar a néo-violéncia ativa, recusando a violencia em todas as suas formas fisica, sexual, psicol6gica, econdmica e social, especialmente aos mais fracos ¢ vulneraveis, como criangas e adolescentes; * parlilhar meu tempo e meus recursos materials, cultivando a generosidade, a fim de terminar com a exclusdo, a injustica e a opressao politica e econdmica; + defender a liberdade de expressio ea diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e 0 dilogo, sem ceder ao fanatismo nem & maledicéncia e & recusa do préximo; * promover um consumo responsavel e um modo de desenvolvimento que tenha em conta a importancia de todas as formas de vida e o equilfbrio dos recursos naturais do planeta; * coniribuir para o desenvolvimento de minha comunidade, propiciando a plena articipacdo das mulheres e o respeito dos principios democréticos, com o fim de criar, juntos, novas formas de solidariedade. SER UM CONSTRUTOR DA PAZ EFICIENTE Trabalhar na construgdo da paz e da reconciliagdo requer perseveranca e ‘compromisso, Muitas vezes, as caracteristicas particulares fazem com que as pessoas estejam mais preocupadas com a construcéo de relagdes ¢ a implementacao de processos de mudanga social sustentaveis para ajudar a criar uma paz justa. Mas é importante, também, desenvolver algumas habilidades humanas: Adaptabilidade significa estar preparado para mudar de direcdo durante os processos. Superar uma postura defensiva se refere a ser capaz de escutar 0s comentarios citicos das pessoas, com tranqiiilidade, Em geral, nossa primeira reacdo é nos proteger, mas, essa ndo é uma atitude que ajude muito. Quando estamos na defensiva, as pessoas teagem sendo mais agressivas para apresentar sua opiniao ou negando-se a contribuir ‘com mais comentarios. Empatia implica captar as emocdes de uma pessoa e logo devolver essas emogdes a elae ao grupo inteiro. Empatia significa ser capaz de colocar-se na situacdo da outra pessoa ou “em seus sapatos” para entender o que a pessoa esta experimentando. Criatividade ajuda a olhar o futuro encontrar novas formas de chegar ld. A \¢40 faz parte da criatividade, e ¢ importante cultivé-la, ou pelo menos ndo Ihe opor resisténcia. Construir uma paz justa requer a criatividade de todos! Trabalhar a resolucao de conflitos e 0 comportamento nas relacoes essencial para um construtor de paz eficiente. Nao ensinamos somente pelo que dizemos, mas também por aquilo que fazemos. Se nosso comportamento contradiz a mensagem que tratamos de transmitir, minamos nossa mensagem e perdemos o respeito de quem trabalha conosco, Sentir-se cémodo com a ambigiiidade significa que voce nao tem que saber em cada momento para onde rumam exatamente suas atividades ou a direcao que o grupo esta tomando. Essa € uma dimensao importante, porque a paz é um objetivo a longo prazo. Muitas vezes nao estamos seguros de que nossas atividades nos levem diretamenie para la. Freqtientemente, 0 caminho que nos leva a uma paz justa néo é 0 mais dbvio, mas sim o mais cheio de voltas, que implica gastar tempo com colegas e outras pessoas, construir relacées que geram as bases para a construcéo da paz. Estar & vontade com a ambigtiidade nos permite seguir pelo caminho mais complexo, ainda que tenhamos 0 olho firmado no objetivo final Na construgao da cultura de paz, é importante considerar os seguintes t6picos: Ser globalizante: é preciso ver a totalidade do panorama, para efetuar uma mudanga a partir de dentro. A paz duradoura se conseque abordando as fontes miiltiplas do conflito nos varios ambitos da sociedade, desde as organizacdes de base até os diversos niveis de lideranga, Precisamos desenvolver sensibilidade para identificar as necessidades de quem trabalha conosco, determinar as metas do nosso trabalho, as agdes que nos possam levar até elas e um desenho ou um plano que sirva como guia para se afingir esse propésito. Para fazer tudo isso, deveros sair do redemoinho da fabuta cotidiana e das crises que nos rodeiam e dirigir nossas agbes e 0s eventos diéios com uma visio e objetivos suficientemente amplos. Isso requer uma anélise consciente do contexto. Fortalecer as relacées de interdependéneia: a construcao da paz envolve um sistema de pessoas, papéis e atividades intercomestadas. A interdependéncia tem a ver Vida e duventude com a conexéo entre 0 que fazemos e a maneira como o fazemos. Nenhuma pessoa, atividade ou nivel da sociedade ¢ capaz de planejar e transmitir a paz por si s6. Tudo esta vinculado, tudo se afeta mutuamente. A construcao da paz apéia e fortalece as relacdes interdependentes necessrias para as mudancas desejadas, 0 que implica em processos que forjem relagées entre as pessoas que néo pensam da mesma maneira, mas que, no entanto, so interdependentes. A interdependéncia das pessoas e as atividades na construgo da paz so como a teia de uma aranha. Cada fio é importante, mas necessitam-se muitos fios para completar a teia. De igual maneira, muitas atividades na constru¢éo da paz devem Uunir-se para alcangar 0 objetivo. Como os fios da tela, as relacbes na construcéo da paz devem ser suficientemente fortes e duradouras para se sustentarem mesmo quando a situaco exija mais resisténcia. Ser sustentavel: construir a paz é um projeto de longo prazo. Os conflitos violentos atravessam geragées, e nao podemos esperar que a construcao da paz tome menos tempo. Para que a construcao da paz seja sustentada por geracdes, necessitamos perceber com tengo até onde esto nos levando nossas atividades e nossas energias. O olhar globalizante requer que pensemos mais aléin do imediato ¢ estabelecamos respostas efetivas aos assuntos @ &s crises para conseguirmos uma visdo a longo prazo. Por outro lado, a sustentabilidade exige que pensemos no necessério para criar uma capacidade continua e processual de responder e transformar os ciclos recorrentes do conflito e das crises. Como acontece em relagéo ao desenvolvimento, a construcéo da paz sustentavel busca descobrir e fortalecer 08 recursos existentes em cada situacéo em que desejamos atuar. Possuir em enfoque estratégico: a construcdo da paz requer acées programaticas especificas, escolhidas estrategicamente para fazer algumas coisas muito bem. Ser estratégico significa aprender a responder pro-ativamente a situacoes socials emergentes e dinamicas e dar resposta as necessidades e preocupacdes imediatas, ao mesmo tempo que se fortalece um processo de mudanca a longo prazo. Por conseguinte, ao programar e valorizar as ‘ages na construgéo da paz, precisamos conhecer as necessidades imediatas e o trabalho que deve ser desenvolvido até alcangar a desejada mudanca. Ao avaliar estrategicamente ‘as atividades em que trabalhamos, inchiimos o que fazemos com o que nos comprometemos ecomo enfocamos nossas atividades. Assim, nosso trabalho na construgao da paz responder a crise, mas néo seré manejado por ela. Construir uma infra-estrutura para a paz: necessita-se de uma infra-estrutura que ofereca aos espagos sociais os mecanismos log(sticos e as instituigGes necessdrias para apolar o processo de mudanca e uma visao de paz a longo prazo. A infra-estrutura fornece © suporte bésico que permite as pessoas e aos processos de construcéo da paz sobreviver aalguma crise imediata, enquanto se perseque pacientemente a mudanca desejada a longo prazo, Uma infra-estrutura na construgéo da paz esta fundamentada nas pessoas, nas suas relagdes e nos espacos sociais que acreditam nessa proposta, e que sao necessérios para a reconciliacdo e a transformaco do coniflito. Atividades que podem ser desenvolvidas: a) Em termos de organizacées de base + trabalho na resolucéo de contlitos; ‘ educacéo em direitos humanos; + apoio psicossocial e atencao as vitimas de violencia; Vida e Juventude MANIFESTO DE SEVILHA Em 1986, cientistas de diversas dreas, convocados pela ONU, reuniram-se em Sevilha, na Espanha, para debater a contribuicdo das ciéncias para a paz. nessareuniao foi construide © Manifesto de Sevilha, do qual transcrevemos alguns trechos. Convencidos de que a responsabilidade nossa, como pesquisadores em diversas disciplinas, chamar a atencao sobre as atividades mais petigosas e mais destrutivas de Rossa espécie, a saber, a violéncia e a guerra; reconhecendo que a ciéncia é um produto da cultura que nao pode ter caréter definitive ou abarcar todas as afividades humanas, agradecidos pelo apoio que temos recebico das autoridades de Sevilha e dos representantes espanhéis da Unesco: nés, os universitérios abaixo-assinados, vindos do mundo inteivo ¢ ‘Yepresentante das disciplinas pertinentes, reunimo-nos e produzimos o seguinte manifesto sobre a violéncia. Neste manifesto impugnamos certo numero de pretensiosos descobrimentos biolégicos que tém sido utilizados por pessoas, inclusive em noses Tespectivos ambitos, para justificar a violéncia e a guerra. Jé que a utilizagdo desses descobrimentos criou uma onda de pessimismo em nossas sociedades, prociamamos que a deniincia priblica e reflexiva de tais manipulagoes constitui uma contribuigéo a0 Ano Internacional da Paz. Omau uso de fatos e teorias cientificas com o fim de legitimara violencia e a guerra, sem ser um fendmeno novo, esta estreitamente associado ao advento da ciéncia moderna, Por exemplo, a teoria da evolugdo foi utilizada para justificar nao s6 a querra, mas também © genocidio, 0 colonialismo e a eliminacao do mais fraco. Explicamos nosso ponto de vista em forma de cinco proposigées. Estamos perfeitamente conscientes de que, no marco de nossas disciplinas, se poderia falar de multas Outras questées que desencadeiam a violéncia e a guerra, mas nos deteremos Voluntariamente, ao que consideramos uma primeira etapa. Cientificamente é incorreto dizer que herdamos de nossos antepassados, os animai uma propensao para fazer guerra. (...) Cientificamente € incorreto dizer que a guerra ou qualquer outra forma de comportamento violento esté geneticamente programado na natureza humana (... Cientificamente ¢ incorreto dizer que no decorter da evoluigéo humana se operou uma selecdo em favor do comportamenio agressivo sobte outros tipos. (...) Cientificamente € incorreto dizer que os homens tém cérebro violento. ~-) Cientificamente é incorreto dizer que a guerra é um fenémeno instintivo ou que responde a um tinico motivo. Come conclusao, proclamamos que a biologia ndo condena a humanidade & querra, ao contrério, que humanidade pode liberar-se de uma: \visdo pessimista herdada da biologia, >, uMa vez recuperada sua confianca, empreender neste Ano Internacional da Paz e nos ‘anos que vito as transformagdes necessérias de nossas sociedades. Embora essa aplicacio dependa, principalmente, da responsabilidade coletiva, deve basear-se também na ‘consciéncia de individuos, cujo otimismo ou Pessimismo $0 fatores essenciais. Assim como as guerras comecam na alma dos homens, a paz também encontra sua origem em nossa alma. A mesma espécie que inventou a guerra também € capaz de inventar a paz. E responsabilidade de cada um de nés, eo Troiacho we comutos BIBLIOGRAFIA (CBIP/CNBB. Para construir uma cultura de paz no Brasil: superando as violéncias, 3.ed. Brasilia: CBJB, 2004. COMISION EPISCOPAL DE PASTORAL SOCIAL CARITAS. Herramientas para el manejo y resolucién temprana de conflictos. La Paz, Bolivia: Cepag/Caritas, 2004 CONIC. Cultura de Paz: guia para transformacéo social. Sao Paulo: Salestana, 2005, FREIRE, P Acdo Cultural para a Liberdade e outros Escrtos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976, Edueagio e Mudanga. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. GUIMARAES, M. R. Cidadios do Presente: Criancas e Jovens na Luta Pela Paz. Sao Paulo: Saraiva, 2002 Edueacao para a Paz: Sentidos e Dilemas, Porto Alegre: EDUCS, 2005 HONNETH, A. 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Uma selecao de textos, constitui a terceira parte, que pode ser utilizada para aprofundar e fortalecer a mistica ao de uma Cultura da Paz no Brasil. Boa curso! Apolo: Brasileira - CNBB. CATHOLIC RELIEF SERVICES SECRETARIA ESPECIAL BOS DIREITOS HUMANOS.

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