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DAVID JJ. deizeitas =L=T oO DINAMICA DAVID J. GRIFFITAS =L=T2O DINAMICA 3* edicao Tradugao: Heloisa Coimbra de Souza Revistotéenica: Antonio Manoel Mansanares Instituto de Fisica Gleb Wataghin Universidade Estadual de Campinas, Unicamp So Paulo Brasil Argentina Colombia Costa Rica Chile Espanha Guatemala México Peru Porto Rico Venezuela (©2011 by Pearson Education do Brasil ©1999, 1989, 1981 by Prentice-Hall, Ine ‘Tradugdo autorizada a partir da edigdo original, em ingles, Introduction to Electrodynamics, 3 edition, publicada pela Pearson Education, Inc., sob o selo Prentice Hall ‘Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicagio poder ser reproduaida ‘ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrdnico ou mectnico, incluindo fotocépia, gravago ov qualquer outro tipo de sistema de armazenamento c transmissio de informagdo, sem prévia autorizagdo, por escrito, da Pearson Education do Brasil Diretor editorial: Roger Trimer Gerente editorial: Sabrina Cairo Supervisor de produgéo editorial: Marcelo Frangozo Eaditora plena: Thelma Babaoks Ecdtora de texto: Sabrina Levensteinas Revisdo: Geisa Oliveira Capa: Alexandre Mieda Composigdo e diagramagdo em WTEX: Figurativa Editorial Dados Internacionais de Catalogacio na Publicacio (CIP) (Cfmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Griffiths, David J Eletrodindmica / David J. Griffiths; tradugio Heloisa Coimbra {de Souza; revisio técnica Antonio Manoel Mansanares. -3. ed, - Sao Paulo: Pearson Addison Wesley, 2011 Titulo original: Introduction to electrodynamics. ISBN 978-85-7605-886-1 1. Eletrodinamica 1. Titulo, o-11464 cDD-530 1. Bletrodindmica : Fisica 2010 Direitos exclusivs para a lingua portuguesa cedidos & Pearson Education do Brasil Lida., ‘uma empresa do grupo Pearson Education Rua Nelson Francisco, 26 — Limo CEP: 02712-100 - So Paulo ~ SP, Brasit Tels (11) 2178-8686 Fax: (11) 2178-8688 e-mail: vendas@ pearson,com Sumario Prefiicio xi Mensagem 1 Anélise vetorial 1 1.1 Algebra vetorial . 1 1.11 OperagGes com vetores 1 1.1.2 Algebra vetorial: na forma de componentes : 3 1.1.3 Produtos triptos sees sees 5 14 Vetores posigdo, deslocamento e separagio 6 1.1.5 Como vetores transformam-se 8 1.2 Célculo diferencial sees sees a) 1.2.1 Derivadas ‘ordindrias’ . wees 9 1.22 Gradiente wees 10 1.23 OoperadorV... 0.0.05. wee 2 1.24 Odivergente cee wees n 1.25. O rotacional : : . B 1.2.6 Regras de produtos wees - : 4 1.2.7 Segundas derivadas . . wees . case 16 1.3 Caleuto integral cece . 7 13.1 Integrais de linha, superficie e volume vee : 0 1.3.2 Teorema fundamental do céleulo . eee 2 1.3.3. Teorema fundamental para gradientes . ae : 2 1.3.4 Teorema fundamental para divergentes wee - 3B 1.3.5. Teorema fundamental para rotacionais, sete 25 1.3.6 Integragdo por partes... . cece 2 1.4 Coordenadas curvilineas. . . sees sees - B 1.4.1 Coordenadas polaresesficas . - 28 1.4.2 Coordenadas cilindricas wees 32 15 A fungio delta de Dirac... . cece ee 33 1.5.1 O divergente de #/ . wee 33 15.2 A fungdo deta de Dirac unidimensional... os. . 34 1.5.3 A fungdo delta tridimensional : 36 1.6 A teoria dos campos vetoriais...... . . : : 38 1.6.1 Oteoremade Helmholtz . . : : : 38 1.6.2 Potenciais, : . - 8 2. Bletrostitiea 2 21 Ocampoelétrico . . . cece eens 2 2.1.1 Introdugio vee ees : ar) 212 Leide Coulomb .. . Te . 4B 2.1.3 Ocampo elétrico fete eee 8 2.14 Distribuigdes continuas de carga... “4 vi Eletrodinmica 22 23 24 25 Divergentee rotacional de campos eletrostaticos 22.1 Linhas de campo, fluxo e lei de Gauss 2.22 Odivergente de E 223° Aplicagdes da lei de Gauss 224 Orotacional de E . Potencial elétrico 2.3.1 Introdugdo ao pote ; 23.2 Comentérios sobre o potencial . 23.3 Equagiio de Poisson e equaglo de Laplace . 2.34 0 potential de uma distribuicdo de carga locatizada 2.35 _ Resumo: condigdes de contorno na eletrostética . Trabalho e energia na eletrostética : 24.1 O trabalho feito para movimentar uma carga 24.2 A energia de uma distribuigdo de cargas pontuais 243 Aenergiade uma distribuigdo de carga continua 244 Comentarios sobre a energia eletrosttica Condutores 2.5.1 Propriedades bésicas 25.2. Cargas induzidas : : - 25.3 Carga superficial e forga sobre um condutor . 254 Capacitores veces ‘Técnicas especiais 3 32 33 34 Equaciio de Laplace 3.11 Introdugio. . . . 3.1.2 Equaglio de Laplace em uma dimensio. 3.1.3 Equagdo de Laplace em duas dimensoes 3.14 Equagdo de Laplace em trés dimensdes : 3.1.5 Condigdes de contorno e teoremas de unicidade . 3.1.6 Condutores eo segundo teorema de unicidade O método das imagens re 3.2.10 problema clissico da carga imagem 3.2.2. Carga superficial induzida 3.23. Forgae energia on 3.24 Outros problemas de carga imagem Separagdo de varidveis : 3.3.1 Coordenadas cartesianas 3.3.2 Coordenadas esféricas Expansio multipolar wees 3.4.1 Potenciais aproximados para grandes distincias 3.4.2 Os termos de monopoloe de dipolo . 34.3 Origem das coordenadas nas expansoes multipolares 3.44 Ocampo elétrico de um dipolo Campos elétricos na matéria 4 42 43 Polarizagio 4.1.1 Dielétricos 4.1.2 Dipotos induzidos . 4.13 Alinhamento de moléculas polares . 4.14 Polarizagio oe © campo de um objeto polarizado 4.2.1 Cargas de polarizagao - 4.22 _Inerpretagio fisica das eargas de polarizagio 423 O campo intemo de um dielétrico O destocamento elétrico . - 43.1 Lei de Gauss na presenga de dielétricos 4.3.2 Um paralelo enganoso a7 a 30 34 55 58 7 59 39 2 64 64 65 67 68 68 69 1 B 8 8 8 19 9, 82 83 85 85 86 87 88 89 102 to2 105 106 108 113 113 113 113 Ns u7 17 117 - 19 122 123 » 123 125 44 Sumario 43.3 Condigoes de contorno Dielétricos lineares 44.1 Suscetibilidade, permissividade, constante dielétrica 442. Problemas de valor de contorno com dielétricos lineares 443. Energia em sistemas dielétricos, 444 Forgas em dielétricos Magnetostatiea Sl 52 33 $4 Lei de forga de Lorentz, S.L1 Campos magnéticos 5.1.2 Forgas magnéticas 5.13. Comentes Lei de Biot-Savart 5.2.1 Correntes estacionétias, 5.2.2 Ocampo magnético de uma corrente estacionria Divergente ¢ rotacional de B . 5.3.1 Correntes em linha reta 5.3.2 _Divergente erotacional de B 5.33 Aplicagdes da lei de Ampere 53.4 Comparagio entre magnetostéticae eletrosttica Potencial vetorial magnético 5.4.1 O potencial vetorial : 54.2 Resumo: condig&es de contomo na magnetostitica 5.4.3 Expansio multipolar do potencial vetorial ‘Campos magnéticos na matéria 61 62 63 64 Magnetizagio . 6.1.1 Diamagnetos, paramagnetos ferromagnetos 6.1.2 Torques e forgas nos dipolos magnéticos 6.1.3 _Efeito de um campo magnético nas érbitas atomicas 6.14 Magnetizagio : campo de um objeto magnetizado . 6.2.1 Correntes de magnetizagio 6.2.2 _Imterpretagiofsica de correntes de magnetizagio - 6.2.3 O campo magnético dentro da matéria . © campo auxiliar H 63.1 Lei de Ampére em materi magnetizados 63.2 Um paralelo enganoso 6.33. Condigées de contorno Meios lineares e nao lineares 64.1 Suscetibilidade e permeabilidade magnéticas 64.2 Ferromagnetismo Eletrodinémica 1 72 73 Forga eletromotriz TAL Lei de Ohm 71.2 Forga letromottiz 7.1.3 fem devida ao movimento Indugdo eletromagnéstica 7.2.1 Lei de Faraday 7.22 Ocampo elétrico induzido 7.23 Indutancia 7.24 Acnergiaem campos magnéticos Equagdes de Maxwell 73.1 Acletrodinamica antes de Maxwell 732 Como Maxwell corrigiu a lei de Ampére 73.3. Equagdes de Maxwell vii 125 126 126 131 134 136 11 14 141 142 145 150 150 150 154 154 155 156 162 163 163 167 169 7 7 7 m7 180 182 182 182 185 186 186 186 139 190 190 190 192 198 198 198 203 208 208 208, 21 215 20 23 23 224 226 viii Eletrodinamica 734 Carga magnética cee 7.35 Equagdes de Maxwell na matéria : . ses 2B 73.6 Condigdes de contorno . . . . : fences 230 8 Leis de conservagio 239 8.1 Carga e energia : 239 8.1.1 Equagdo de continuidade a cee 29 8.1.2 Teoremade Poynting . . : cee BO 8.2. Momento : 242 821 Tercera lei de Newton na eleuodinimica veces - 42 8.2.2 Tensor das tenses de Maxwell... 0... sees rereeee 243 8.23 Conservagio do momento viene cece 246 8.24 Momento angular : ce 048 9 Ondas eletromagnéticas 253 9.1 Ondas em uma dimensio cee wees 253 9.1 Aequagiode onda . . wees : bee e eee e ees 253 9.1.2 Ondas senoidais .. . : : 255 9.1.3 Condigdes de contorno: reflexdo e transmissio wees 257 9.14 Polarizagéo . wees wees 260 9.2 Ondas eletromagnéticas no vacuo : re 261 9.2.1 A equagdo de onda para Ee B 9.2.2 Ondas planas monocrométicas . : seen 2 9.2.3. Energia e momento em ondas letromagnéticas rn 265 261 93 266 Propagagdo em meio linear : : 266 9.3.2. Reflexio. transmissio para incidéneia normal. : cee 267 9.3.3. Reflexdoe transmissio para incidéncia obliqua . . : - 269 9.4 Absorgio e dispersio : : 23 9.4.1 Ondas eletromagnéticas em condutores .. . : cece 213 9.4.2 Reflexdo.em uma superficie condutora. . . wees sees 216 9.4.3 A dependéncia da permissividade com a frequéncia viene 277 9.5 Ondas guiadas a : : 282 95.1 Guias de ondas .... : : sees 282 915.2 Ondas TE em um guia de onda retangular - 284 9.5.3 A linha de transmissio coaxial wees 286 10 Potenciais e campos 290 10.1 A formulagao do potencial . : 290 10.1.1 Potenciais escalar e vetorial : . 290 10.1.2, Transformagies de calibre fens : 292 10.1.3. Calibre de Coulomb e calibre de Lorentz, : : 293 10.2 Distribuigdes continuas : 294 10.2.1 Potenciais retardados cee wees -. 294 10.2.2. Equagoes de Jefimenko cee 298 10.3 Cangas pontuai : wees 299 10.3.1. Potenciais de Liénard-Wiechert : . 299 10.3.2. Os campos de uma carga pontual em movimento wee +. 303 11 Radiagao 309 11.1 Radiagio dipolar : 309 I1.L.1 O queé radiagio? cee eee wes 309 11.1.2 Radiagdo de dipolo elétrica : . 310 11.1.3 Radiagdo de dipolo magnético : fees -. 3I4 11.14 Radiago de uma fonte arbitrévia wees . : 317 11.2 Cangas pontuais : =. 320 11.2.1 Poténcia radiada por uma carga pontual cece eee es =. 320 11.2.2 Reagdo de radiagdo 11.2.3. Fundamentos fisicos da reagio de radiagio 12 Eletrodindmica e relatividade 12.1 A teoria especial da relatividade 12.1.1 Postulados de Einstein 12.1.2 A geometria da relatividade 12.1.3 As transformagées de Lorentz 12.14 A estrutura do espago-tempo 12.2 Mecénica relativistica wees 12.2.1 Tempo proprio e velocidade propria 12.2.2. Energia e momento relativistico 12.23 Cinemitica relativistica 12.24 Dindmica relativistica 12.3 Eletrodindmica relativistica - 12.3.1 O magnetismo como fendmeno relativstico 12.3.2 Como os campos se transformam 12.3.3 Otensorde campo . . 12.34 Eletrodindmica em notagio tensorial 12.35 Potenciais relatvisticos . Apéndice A Célculo vetorial em coordenadas curvilineas A.l. Introdugso A2 Notacio AB Gradiente A4_Divengente AS. Rotacional AG Laplaciano ‘Apéndice B_O teorema de Helmholtz, Apéndice C Unidades indice remissivo Sumétio ix 324 327 333 333, 333 337 344 348, 353 353, 355 356 360 364 364 366 373 374 377 381 381 381 381 - 382 384 386 387 389 392 Prefacio Este € um livro texto sobre eletricidade e magnetismo, destinado aos alunos de peniiltimo e iltimo ano de faculdade. Ele Pode ser totalmente estudado com tranquilidade, em dois semestres, talver até com tempo de folga para tpicos especiais (cit- cuits de corrente alternada, métodos numéricos, fisica dos plasmas, linhas de transmissio, teoria das antenas etc.). Um curso de um semestre pode razoavelmente chegar até o Capitulo 7. Diferentemente da mecdnica quintica e da termodinamica (por «exemplo), existe um consenso bastante generalizado em relagZo ao ensino da eletrodindmica; os assuntos a serem incluidos, ¢ até mesmo sua ordem de apresentago, no so particularmente controversos,¢ os livros texto diferem entre si prineipalmente quanto a0 estilo € ao tom, Minha abordagem é,talvez, mais informal que a maria; acredito que isso torn ideias dificeis mais interessantes e acessiveis, Para a terceira edigao, fiz um grande mimero de pequenas mudancas a fim de tornaro texto mais claroe gracioso. Modi- fiquei, também, parte da notagao para evitar inconsisténcias e ambiguidades. Assim, os vetores unitarios cartesianos i, je & foram substituidos por %, ¥e 2, de forma que todos os vetores estdo em negrito e todos os vetores unitérios herdam a letra da coordenada correspondente, (Isso também libera k para ser 0 vetor de propagagio das ondas eletromagnéticas,) Sempre me incomodou usar a mesma letra r para coordenada esfética (Jistincia a origem) e coordenadaeilindrica (distincia ao eixo 2). Uma alternativa comum para a segunda & p, que, no entanto, tem funges mais importantes na eletrodinamica. Portanto, apés uma busca exaustiva, opte pela lera s, que € pouco utilizada. Espero que esse uso nio ortodoxo nio cause confusdo. Alguns letores me pediram que abandonasse a letra manuscrita (0 vetor de um ponto fonte F para o ponto do observagiio 1) em favor de r ~ r’, que é mais explicito, Mas isso torna muitas equagdes perturbadoramente enfadonhas, principalmente quando o vetor unitirio & esté envolvido. Sei, por minha prépria experigncia como professor, que alunos desatentos ficam tentados a Jer + como r — com certeza isso toma as integrais mais faceis! Acrescentei uma segdo ao Capitulo | explicando ssi notaglo e espero que ela ajude, Se vocé é aluno, por favor anote: 2 = r ~ 0 que nao é a mesma coisa que r. Se voce ¢ professor, por favor avise seus alunos para que prestem atengdo ao significado de, Acredito que é uma boa notagio, mas tem de ser manuseada com cuidado. ‘A maior mudanga estrutural é que retirei as leis de conservagio do Capitulo 7, criando dois novos capitulos curtos (8 € 10). Isso deve favorecer os cursos de um semestre e proporciona um enfoque mais compacto ao Capitulo 7. Acrescentei alguns problemas e exemplos (¢ retirei outros que nio cram eficazes), Incluf mais referéncias & literatura de facil acesso (particularmente o American Journal of Physics). Sei € claro, que a maioria dos leitores no ters tempo ou intengo de consultar esses recursos, mas creio que de qualquer forma vale a pena, nem que seja apenas para enfatizar que a cletrodindmica, apesar de sua idade venerdvel, esté bem viva, com descobertas novas e intrigantes acontecendo o tempo todo. Espero que, ocasionalmente, um dos problemas atice a sua curiosidade e que vocé fique inspirado a consultar a referencia — algumas detas so verdadeiras joias. ‘Como nas edigdes anteriores, fiz dstingao entre dois tipos de problemas. Alguns tém um objetivo especificamente peda- gégico e deve-se trabalhar neles imediatamente apés a leitura da sego & qual pertencem. Esses problemas foram colocados 105 pontos pertinentes a0 longo do capitulo, (Em alguns poucos casos, a solugdo de um problem ¢ utilizada mais tarde no texto, ¢ por isso eles esto identificados com um marcador (e) na margem esquerda.) Problemas mais longos, ou aqueles de natureza mais geral, serio encontrados ao final de cada capitulo. Quando ensino um assunto, passo alguns desses problemas como ligéo de casa e trabalho com outros na classe. Os problemas que sio extraordinariamente desafiadores estio marcados, com um ponto de exclamagio (1) na margem. Muitos letores pediram-me que as respostas dos problemas fossem colocadas no final do livro; infelizmente, outros tantos foram radicalmente contra isso, Fiz uma coneiliagdo fornecendo as respostas onde isso me pareceu particularmente adequado, A editora disponibiliza (para professores) um manual com as solugGes completas ui beneficiado pelos comentérios de vérios colegas — nio posso listar todos aqui. Mas gostaria de agradecer as seguin- tes pessoas pelas sugestdes que contribuiram, especificamente, para a terceira edigao: Burton Brody (Bard), Steven Grimes (Ohio), Mark Heald (Swarthmore), Jim McTavish (Liverpool), Matthew Moelter (Puget Sound), Paul Nachman (New Mexico State), Gigi Quartapelle (Milao), Carl A. Rotter (West Virginia), Daniel Schroeder (Weber State), Juri Silmberg (Ryerson xii Elevodindmica Polytechnic), Walther N. Spjeldvik (Weber State), Larry Tankersley (Naval Academy) e Dudley Towne (Amherst). Pratica- ‘mente tudo o que sei sobre eletrodinamica — com certeza tudo sobre o ensino da eletrodindmica — eu devo a Edward Purcell David J. Griffiths Site de apoio do livro No Companion Website deste lito (www. prenhall.comy/riffiths_br), professores podem acessaros seguin- (es materiaisadicionais 24 horas por dia: apresentagées em PowerPoint e manual de solugdes (em inglés) Companion Website Esse material é de uso exclusivo para professores e estd proteg ido por senha, Para ter acesso a ele, os professores que ‘adotam o livro devem entrar em contato com seu representante P Pearson ou enviar e-mail para universitarios@ pearson.com, Mensagem O que é eletrodinamica e como ela se encaixa no esquema geral da fisica? s quatro campos da mecinica 'No diagrama abaixo esbocei os quatro grandes campos da mecénica: Mecinica classica | ‘Mecanica quantica (Newton) (Bohr, Heisenberg, Schridinger eta.) Relatividade especial Teoria quintica de campo Einstein) Dirac, Pauli, Feynman, Schwinger etal.) t) _| (irae, Pauli, Feynman, Schwinger et al.) } ‘A mecfinica newtoniana foi considerada inadequada no inicio deste século — ela serve para 0 “dia a dia’, mas para objetos {que se movem com altas velocidades (préximos & velocidade da luz) ela € incorreta e deve set substituida pela relatividade special (introduzida por Einstein em 1905); para objetos extremamente pequenos aproximadamente do tamanko dos étomos) cla€falha por vérios motivos, sendo substituida pela mecdnica quintica (desenvolvida por Bohr, Schrédinger, Heisenberg ¢ ‘muitos outros, principalmente na década de 1920), Para objetos que so ambos, muito répidos e muito pequenos (como & comum na moderna fisica de particulas) requer-se uma mecénica que combine a relatividade e os principios quiinticos: essa ‘mecénica quantica relativistica conhecida como a teoria quantica de campo — ela foi elaborada nas décadas de 1930 ¢ 1940, mas até hoje nio se pode dizer que sea um sistema completamente satisfatGrio. Neste livr, exceto pelo cltimo capitulo, iremos trabalhar exclusivamente no dominio da mecénica cléssica, embora a eletrodinmica se estenda com simplicidade singular aos outros trés campos. (De fato, a teoriaé, na maioria dos aspectos, aulomaticamente consistente com a relatividade especial para a qual foi, historicamente, o principal estimulo.) Quatro tipos de forga ‘A mecinica nos diz como um sistema iré se comportar quando estiversujeito a uma determinada forga. Existem apenas «quatro forgas fundamentais conhecidas (atualmente) na fisica; vou listé-las pela ordem de intensidade decrescente 1. Forte 2. Bletromagnética. 3. Fraca 4. Gravitacional, A brevidade desta lista pode surpreendé-1o, Onde esté o atrito? Onde esté a forga ‘normal’ que nio nos deixa atravessar © chio? Onde estdo as forgas quimicas que mantém as moléculas unidas? Onde esté a forga de impacto entre duas bolas de bithar que colidem? A resposta é que sodas essas forgas sio eletromagneticas. De fato, nao € exagero dizer que vivemos em tum mundo eletromagnético — pois praticamente todas as forgas que sentimos no nosso dia a dia, com excecio da gravidade, tém origem eletromagnética. As forgas fortes, que mantém protons e néutrons unidos nos micleos at6micos, tém um alcance extremamente curto e, Portanto, nio as ‘sentimos',apesar do fato de serem cem vezes mais fortes do que as forgas elétricas, As forgas fracas, que respondem por certos tipos de decaimento radioativo, néo s6 tm curto alcance, como sio, antes de mais nada, muito mais fracas do que as eletromagnéticas. Quanto & gravidade, ela € to desprezivelmente fraca (em comparagdo com as outras) que € somente em virtude das grandes concentragses de massa (como a da Terra a do Sol) que podemos sequer percebé-la. A ‘epulsio elétrica entre dois elérons€ 10%? vezes maior que sua atragdo gravitacional, ese os dtomos fossem mantidos juntos Por forgas gravitacionais (em vez de elétricas) um Gnico stomo de hidrogénio seria muito maior do que o universo conhecido.

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