You are on page 1of 13
ae ETC UA TIEN USTAAOM LOOT Capitulo 1 ONC ae Col eYe [Cet- Mod: | re pee a Capitulo 1 Validade e verdade ve! [ire oh MOR ORME Ces [re OP MeO eeCe «A légica € 0 principio da sabedoria e n5o 0 seu fim, afirmou surpreendentemente a famosa persona- gem Spock, no sexto filme da série Star Trek. Isto foi surpreendente porque Spock & um grande partidério da légica, ainda que nunca tenha explicado aos mi- Ihdes de fas exatamente o que é isso. Todavia, pelo menos numa coisa ele tem razao: a lagica é, para nés, sobretudo um instrumento e nao tanto um fim em si. Se a légica um instrumento, 6 um instrumento para qué? Para responder a esta pergunta é preciso compreender primeiro o que se estuda nesta disci- plina e a importancia disso. E 0 que estuda ela? Os ar- gumentos. Assim, a nossa primeira tarefa sera com- preender melhor o que so argumentos, e por que so cles importantes, Claro que todos argumentamos to- dos os dias, mas sem estudar légica nao sabemos bem o que ¢ isso, nem como se pode argumentar me- thor. Uma das nossas tarefas ser ter uma visio clara do que distingue os argumentos dedtivos dos indutivos, Mais do que isso, contudo, é importante saber quais so 0s padres de corregio de uns e de outros. Ao padrao fundamental de corrego chama-se «walida- de», e este 6 0 conceito mais importante da légica Quando argumentamos caimos muitas vezes em fa- lécias ~ argumentos que parecem bons mas nao o so Uma das nossas preocupagées sera estudar algumas dessas faldcias, com 0 objetivo de as evitar quando ar- gumentamos e de melhor examinar os argumentos dos filésofos. Ha filésofos que acusam outros de ten- tar enganar sistematicamente as pessoas com argu- mentos falaciosos, e 6 com essa discussao que termi- namos esta Parte | do nosso estudo. Percurso do Capitulo 1 NECN e} er Lee ena ery DCS ¢ a 3 3 e é E Sempre que falamos, usamos a lingua portuguesa. Sempre que pensamos, usamos a ldgica sem o saber. A |6- gica é a gramatica do pensamento, Dominar a légica permite-nos pensar melhor 8 a Validade e verdade | Capitulo O que é um argumento? Os argumentos sao tentativas de apoiar certos pontos de vista com razées. Neste sentido, os argumentos nao sao intiteis; na verdade, séo essenciais. ‘Anthony Weston Por que razdo & a légica importante? Porque em légica estudamos os argumentos, 05 arguments séo importantes. Mas por que raz4o S80 os argumentos importan- tes? Porque & com eles que justificamos as nossas aces € apoiamos os nossos pon- tos de vista. Ore, os argumentos podem ser bons ou maus, sem que nos aperceba- mos disso. Estudar ldgica permite-nos argumentar melhor. Estudar ldgica permite-nos também examinar com rigor os argumentos das outras pessoas, incluindo os dos fildsofos. Quando lemos um texto de um filésofo que de- fende que é imoral matar animais para os comer, por exemplo, seré 0 seu argumento realmente bom? Para o sabermos com mais rigor, temos de estudar légica. E para isso temos de comegar por saber melhor o que é um argumento, O conceito de argumento Uma boa maneira de compreender o que & um argumento ¢ comegar com um exemplo: A sociedade portuguesa nao ¢ justa porque algumas pessoas s80 muito ricas € ou- tras s80 muito pobres. Temos aqui um argumento porque temos dois elementos importantes: uma pre- missa e uma conclusao. A premissa 6 que algumas pessoas so muito ricas e outras muito pobres, na sociedade portuguesa; e a conclusao é que essa sociedade nao 6 Justa. O que tentamos fazer num argumento € defender uma conclusao com base numa ou mais premissas. Um argumento é ent&o composto por uma conclusio, que é a ideia que estamos a defender, e por premissas, que so as ideias que usamos para defender a conclusio, Sempre que defendemos ou justificamos uma ideia, argumentamos. E, como é ébvio, isto é uma coisa que fazemos todos os dias. Assim, argumentar & defender uma conclusdo com base numa ou mais premissas. ‘As premissas e as conclusées s4o proposi¢des. Mas 0 que é uma proposi¢a0? 9 zz PARTE Argumentagio e légica formal O conceito de proposicao Como ¢ evidente, ha frases diferentes que exprimem o mesmo contetido. Por ‘exemplo, «O Pedro leu um romance» e «Um romance fo’ lido pelo Pedro» exprimem ‘0 mesmo contetido. Este é 0 primeiro aspeto das proposiges: uma proposicao é {que algumas frases exprimem, mas uma proposicéo nao é uma frase porque ha frases diferentes que exprimem a mesma proposicao. Nem todas as frases exprimem proposigées. Por exemplo, «Estaré frio em Paris?» no exprime uma proposic3o porque é uma pergunta; «Fecha a janela, por favor» tam- bém nao exprime uma proposigao porque é um pedido, As frases s6 exprimem pro- posigdes quando exprimem um contetido verdadeiro ou falso, o que ocorre apenas nas frases declarativas; por isso, nem as frases interrogativas nem as imperativas expri- mem proposi¢ées. Nao exprimem proposigdes porque nao exprimem qualquer con- teido verdadeiro ou falso. ‘Assim, uma proposico é o contetido verdadeiro ou falso expresso por uma frase. Porque as perguntas, ordens e exclamagdes ndo exprimem qualquer conteddo verda- deiro ou falso, ndo exprimem proposigdes. Chama-se valor de verdade & verdade ou falsidade das proposigdes. Assim, 0 valor de verdade da proposigao expressa pela frase «Eca era um escritor» é verdadeiro, a0 passo que falso é o valor de verdade da proposi¢ao expressa pela frase «Eca era mar- iano», Uma frase € ambigua quando exprime mais de uma proposigio. Por exemplo, «Ega Viu a Maria com os binéculos» exprime em alguns casos a proposigao de que ele a viu através dos bindculos, mas noutros casos exprime a proposi¢ao de que a viu transpor- tando os bindculos, Gari oor (frases diferentes que exprimem (proposicées diferentes expressas Sit aca oy eae) Mario Soares é 0 pai biolégico de Jodo Soares. Rita tem uma estagGo preferida Mério Soares & 0 progenitor de Jodo Soares, HA nesta sala uma pessoa culpada, Joo Soares &fiho biolégico de Mério Soares. A educagGo ¢ importante nas nossas vidas. (© antecessor masculino imediato de Joo Soa- area ‘© melhor jogador do mundo é portugués. Jodo Soares & descendente imediato de Mério Soares ‘Aqui tudo & permitido. Validade e verdade | Capitulo Encontrar argumentos ‘Agora que sabemos o que sdo argumentos, precisamos de saber como os encon- trar nos textos. Claro que, quando somos nés mesmos que queremos defender uma ideia, sabemos perfeitamente que estamos a argumentar. Porém, como saber se um texto tem argumentos? Muitas vezes no podemos perguntar ao autor. Nestes casos, 6 util procurar algumas expressées da lingua portuguesa que assinalam a presenca de arguments Ha dois tipos de expressées que assinalam a presenga de argumentos: os indica- dores de conclusio e os indicadores de premissa. Os indicadores de conclusao indi- ‘cam que a proposigao que se lhes segue é uma conclusao; os indicadores de premissa indicam que a proposigao que se Ihes segue é uma premissa. ero Indicadores de premissa logo. porque. portanto. pois, por isso. dado que. por conseguinte. visto que. implica que. devido a dai que. a razao € que. segue-se que admitindo que infere-se que. sabendo-se que. consequentemente. supondo que. como ta jd que O conceito de entimema Um entimema é um argumento que tem pelo menos uma premissa oculta. Isto 6 algo que acontece porque nem sempre nos damos ao trabalho de exprimir todas as nossas premissas. Por exemplo, imaginemos que alguém diz «O Carlos nao ests em Paris porque est em Portugal». Esta pessoa argumentou, mas no se deu ao trabalho de exprimir uma das premissas: «Quem estd em Paris nao esté em Portugal». O argu- mento completo é «O Carlos nao esta em Paris porque estd em Portugal, e quem esta ‘em Paris nao est em Portugal». PARTE Argumentagio e légica formal ATIVIDADE 1 2) Leia atentamente o seguinte texto: «Os argumentos so essencias[.. porque s8o uma forma de tentar descobrir quais os me- lhores pontos de vista. Nem todos os pontos de vista so iguals. Algumas conclusées podem ser apoiadas com boas razdes; outras, com razSes menos boas, Mas muitas vezes nao sabemos quais so as melhores conclustes. Precisamos de apresentar argumentos para apoiar dife- rentes conclusdes, e depois aveliartais argumentos para ver se so realmente bons.» Anthony Weston, A At de Argument Tas de Desir Mucho, Libos, 1998 41. Por que razio so os argumentos essenciais, segundo o autor? 2, Dé alguns exernplos de conclusdes que so apoiadas por razdes que considera més, ¢ de outras que so apoiadas por razées que considera boas. ATIVIDADE 2 Complete corretamente as seguintes afirmacées: 1, Os argumentos so compostos por 2. Uma premissa é usada para 3. Uma concluséo & 4. Uma proposigao & 5, S6.as frases = exprimem proposigées. ATIVIDADE 3 Recorrendo aos indicadores de premissa e de conclusao, assinale as premissas e conclu- sées dos argumentos sequintes: 1. Nao podemos permit 0 aborlo mt porque & o assassinio de um inocente, _sat 2. Os artistas podem fazer 0 que muito bem entenderem. == E por isso que é impossivel definira arte, = 3, Dado que sem Deus tudo & permitido, = é necesséria a existéncia de Deus para fun- damentar a moral e dar sentido & vide. = 4, Se Sécrates fosse uma divindade, seria imortal = no era uma divindade. = 5, Nao hé justia porque hé quem seja muito mais rico do que eu Too Complete 0 quadro seguinte: | P porque Q Mas, dado que nao era imortal Como tal, P P Frlogo Q Q Consequentemente, P Uma vez que P,Q Infere-se que P DeP segue-se que pois Dai que P Admitindo que P 2 zz Validade e verdade | Capitulo Validade e verdade O niimero de pessoas que raciocinam bem em questdes complicadas 6 muito menor do que o daquelas que raciocinam mal. Galileu Gali A palavra «validade» tem em filosofia um significado especial, diferente do signifi- cado comum, O mesmo acontece em muitos outros casos. Por exemplo, quando es- tudamos misica, descobrimos que «altura» nao quer dizer volume de som, mas antes quao agudo é um som. Nesta licao, vamos compreender com rigor o que é a validade, ‘© que a distingue da verdade e como as duas se relacionem, O conceito de validade Avvalidade é uma carateristica importante de alguns argumentos. Ha dois tipos de validade: a dedutiva e 2 ndo dedutiva. Falaremos para jé apenes do primeiro tipo. ‘Quando um argument 6 dedutivamente valido, 6 impossivel ter premissas ver- dadeiras e conclusdo falsa, conjuntamente; ou seja, a verdade das premissas & incom- pativel com a falsidade da conclusio. Isto vé-se bem num exemplo simples: «Alguns paises pobres s5o democraticos, logo, alguns paises democraticos sio pobres». E evi- dentemente impossivel a premissa ser verdadeira e a conclusao falsa. Todavia, tanto a premissa como a conclusao poderiam ser falsas, separadamente, pois poderia acon- tecer que nenhum pais pobre fosse democratico. O que nao poderia acontecer é al- guns paises pobres serem democriticos ao mesmo tempo que nenhum pats demo- cratico é pobre. Validade e invalidade A validade s6 afeta a conclusao se as premissas forem verdadeiras: se o forem, a validade garante que a conclusao também serd verdadeira. Contudo, se pelo menos uma das premissas nao for verdadeira, a validade nao impede a conclusao de ser falsa. Assim, por exemplo, o argumento seguinte 6 dedutivamente valido, apesar de ter conclusio falsa: «Alguns italianos sao marcianos, logo, alguns marcianos so italia- nos». Porque tem premissa falsa, a validade néo garante a verdade da conclusao, ‘Quando um argumento ¢ valido e tem premissas falsas, sera a conclusdo sempre falsa? Nao, depende dos casos. Alguns argumentos validos com premissas falsas t8m conclusao verdadeira, como no seguinte exemplo: «Braga e Paris sao cidades portu- guesas; logo, Braga é uma cidade portuguesa». Assim, quando um argumento valido tem pelo menos uma premissa falsa, a con- clusdo tanto pode ser verdadeira como falsa. A validade dedutiva s6 nos dé uma van- tagem quando sé temos premissas verdadeiras, pois nesses casos a conclusao é sem- pre verdadeira. 13 PARTE [BUM | Aroumensasso elgica formal E 0 que acontece se um argumento for invélido? Tudo pode acontecer precisa- mente porque 0 argumento ¢ invalido: tanto pode ter premissas verdadeiras e con- clusao falsa como pode ter premissas verdadeiras e concluséo também verdadeira. ‘A questo é que, se o argumento for invalido, mesmo que tenhamos sé premissas verdadeiras, 2 conclusdo tanto pode ser verdadeira como falsa. lnvalido Todas verdadeiras Verdadeira est Falsa Todas falsas fanto pode ser vali Verdadeira Lapa acetates como invalido Umas verdadeiras (Rea outras falsas Verdadeira ‘A validade dedutiva é uma conexao existente entre os valores de verdade das premissas e da conclusdo de um argumento. £ uma conexao que torna impossivel a verdade das premissas em conjungo com a falsidade da conclusio. Quando essa conexo no existe, o argumento nao é vélido, mesmo que todas as premissas sejam verdadeiras € 2 concluséo também o seja. Por exemplo, o argumento «Alguns seres humanos sao filésofos, logo, todos os seres humanos vivem na Terra» & obviamente invalido, apesar de a premissa e de a conclusdo serem ambas verdadeiras. E invalido porque entre o valor de verdade da premissa e o da conclusao nao existe o tipo ade- quado de conexao. Verdade e validade ‘As proposigées que constituem os argumentos sdo verdadeiras ou falsas, mas ndo so validas nem invdlidas. Por sua vez, 0s argumentos so validos ou invalidos, mas nao s8o verdadeiros nem falsos. Por que razao isto 6 assim? Uma maneita de compreender 0 que esta em causa 6 darmo-nos conta do se- guinte: uma casa € constitu‘da por tijolos. Cada tijolo mede 45 centimetros. Significa isso que a casa mede 45 centimetros? E dbvio que ndo, porque nem todas as carate- risticas dos tijolos que compdem a casa so transferides para a prépria casa. E vice- -versat a casa tem janelas, mas nenhum dos tijolos tem janelas. ‘O mesmo acontece no caso dos argumentos: so compostos por proposi¢ées, © as proposigées sao verdadeiras ou falsas; porém, isto ndo permite concluir que os argu- mentos so também verdadeiros ou falsos. Se assim fosse, um argumento com umas premissas verdadeiras e outras falsas seria verdadeiro ou falso? Assim, a primeira ideia ¢ esta: nao é correto concluir que os argumentos sao ver- dadeiros ou falsos s6 porque as proposigdes que os constituem séo verdadeiras ou fel- sas; @ também no é correto concluir que as proposicées so validas ou invélidas s6 porque os argumentos so vilidos ou invalidos. 14 az Valdade e verdade | capitulo fa A segunda ideia que um argumento verdadeito, se existisse tal coisa, seria certa- mente um argumento inteiramente constituido por proposigSes verdadeiras. Todavia, ha argumentos inteiramente constituidos por proposi¢ées verdadeiras que so inval dos, como ja vimos. Eis mais um exemplo: «Alguns seres humanos sio filésofos; logo, todos os filésofos sao seres humanosy. Por outro lado, as proposigdes no podem ser vilidas nem invélidas porque a val- dade 6 uma conexao existente entre proposi¢des; nao ¢ algo que uma proposicao ppossa ter sozinha. Claro que no dia a dia usamos «validade» mais ou menos como siné- nimo de «verdadeiro» ou «interessante»; mas, no sentido filoséfico e légico, nenhuma proposicao pode ser vilida no mesmo sentido em que um argumento pode ser vélido. ATIVIDADE 5, Qe Complete corretamente as seguintes afimacées: 1, Nenhum argumento dedutivo com premissas verdadeiras e concluséo false 2. Alguns argumentos dedutivos so =, apesar de terem premissas e concluso verda- deira, mas nem todos. 3. Os argumentos so 4. As proposigdes so mas no s30 nem ATIVIDADE 6 Complete corretamente o seguinte quadro: Verdadeiras Verdadeira Falsas Verdadeiras Falsa Falsas ATIVIDADE 7 Leia atentamente 0 seguinte texto ‘Avalidade & uma propriedade particularmente agradével para um argument. Pois, se 0 leitorraciocinarvalidamente (isto 6, se 0 seu raciocinio puder ser representado por um argu- ‘mento valido},e se partir de premissas verdadeiras, nunca seré condurido ao erro. E se conse- gui que alguém aceite as suas premissas como verdadeiras, essa pessoa tern de aceitar como verdadeiro soja 0 que for que se siga validamente dessas premissas. Os filésofos sao entusias- tas dos argumentos vélidos. Procuram e conseguem que concordemos com algumas peque- ‘nas premissas inocentes, oferecendo depois o que pretendem ser argumentos valides que tém todo o tipo de conclusdes surpreendentes © grandiosas. Nas Meditagées, Descartes comeca ppor uma premissa inécua ~ penso ~ ¢ conclu: Deus existe.» WH Newton Smith Lis: Ln Curso nroduéro Lisbon: Graiva, 198 1. O autor dé duas razdes para sustentar a ideia de que a validade é uma propriedade agra- divel para um argumento. Que raz6es sao essas? 2, O que acontece na argumentacéo filoséfica, segundo o autor? 15 Argumentagao e légica formal ATIVIDADE 8 Leia atentamente 0 seguinte texto: «Os argumentos dedutivos oferecem, pois, a certeza — mas apenas se as suas premissas {orem indubitéveis. Uma vez que as premissas dos nossos argumentos raramente sao de facto indubitéveis, es conclusdes dos argumentos dedutivos sérios tm ainda assim que ser tomados com algumas (por vezes muitas!) retic&ncias. No entanto, quando conseguimos encontrar pre- missas fortes, as formas dedutvas so muito tte... Mesmo quando as premissas séo dubitévels, as formas dedutivas oferecem uma maneira eficiente de organizar um argumento, especialmente num ensaio argumentative.» Anthony Weston, A Ate de Argument de Desdério Mucho, Lisboa, 1996 1. As formas dedutivas validas so muito tteis quando conseguimos encontrar premissas fortes. Porqué? 2, Mesmo com premissas dubitéveis, as formas dedutivas vilidas so iiteis. Porqué? NESTE CAPITULO APRENDI QUE... 10. 1 12, 13, 14, 15, 16. 17. 18, 19. A légica & importante porque nela estudamos os argumentos, e os argumentos so importantes. Os argumentos sao importantes porque os usamos para justificar as nossas ages €@ apoiar os nossos pontos de vista Estudar l6gica ajuda-nos a argumentar melhor e @ examinar melhor os argumentos dos outros. Um argumento é um conjunto formado por uma conclusdo (a ideia que queremos defender) e uma ou mais premissas (as ideias usadas para defender a conclusdo). AAs premissas ¢ a concluséo de um argumento so proposigdes. Uma proposigao & 0 contetido verdadeiro ou falso expresso por uma frase. As frases interrogativas, exclamativas e imperativas no exprimem proposicées. Sé as frases declarativas exprimem proposicdes. valor de verdade 6 a verdade e a falsidade das proposigées. Uma frase 6 ambigua quando exprime mais de uma proposicéo. Ha varios indicadores de premissas e de conclusao. Um entimema é um argumento que tem uma ou mais premissas ocultas: Um argumento & dedutivamente vilido quando ¢ impossivel que tenha premissas verdadeiras © conclusio falsa, conjuntamente, 56 08 argumentos vidos com premissas verdadeires garantem conclusées verda- deiras. Um argumento valido com premissa falsa tanto pode ter conclusio verdadeira como falsa, Quando um argumento é invélido, tudo pode acontecer quanto a0 valor de ver- dade das suas proposigées. A validade dedutiva € uma conexo entre os valores de verdade das premissas conclusdes dos argumentos. Os argumentos podem ser validos ou invdlidos, mas no podem ser verdadeiros nem falsos. AAs proposigdes podem ser verdadeiras ou falsas, mas no podem ser vslides nem invilidas. ”

You might also like