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Re eect bya:ey, ADMINISTRATIVO | Dados Internacionais de Catalogacio na Publicagao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Remédio, José Antonio Direito administrativo a / José Antonio Remédio. - Sio Paulo : Editor Verbatim, 2012. Bibliografia. ISBN 978-85-61996-57-4 1. Dircito administrativo 2. Direito administrative - Brasil 1. Titulo. 12-04454 CDU-3sit Indices para catdlogo sistematico: 1. Direito administrativo 35 - Naenain Oavlac Alvec Dinta Cerrann 3 PRINCIPIOS DA ADMINISTRACAO PUBLICA 7 tntrodugao: normas, principios e regras eet pmas constituem 0 género, aso | comparagao entre prin o juridico & compo: ° ondenamento jl Posto por normas, que por sua vez se subdividem em principios € enquanto 0s principios e as regras sao as espécies. 10s e regras permite afirmar que:"* 4) os prineipios: sao “mandatos de otimizacao”, possibilitande que algo seja realizado na maior medida possivel, conforme as possibilidades juridicas e faticas; podem ser satisfeitos em graus diferentes: S40 aplicdveis mediante ponderagio; no caso de colisio entre principios, a contradigdo si ¢ solucionada com a invalidacao ou eliminagdo de um dos princi elacao d ; jos, mas sim, por meio da splicagao de uma relagdo de precedéncia relacionada as circunstincias do caso concreto entre os rincipios em conflito; 0 principio que tem precedéncia restringe as possibilidades juridicas da fatisfagao do outro; o principio desprezado, porém, continua integrando a ordem juridica, podendo, em outro caso concreto, haver a inversao da relagio de precedéncia; as colisdes entre principios nao fstio relacionadas & questdo de sua validade, mas sim, 4 dimensio da ponderagio b) as regras: tém o carater de “mandatos definitivos”; so sempre satisfeitas ou nao; se uma regra vale e eaplicavel, deve-se fazer exatamente o que ela exige; nesse sentido, as regras contém determinagdes no ambito fatico e juridicamente possivel; sua aplicagio é uma questao de tudo ou nada; nao sao suscetiveis & ponderagao; a subsuncio é para as regras a forma caracteristica de aplicagio do direito; no caso de colisao entre duas regras, a contradi¢ao, na maioria dos casos, ¢ eliminada com adeclaragao de nulidade de uma delas, ou seja. an. caput). Sio exemplos de principios os da legalidade (CF, art. 5°, Il e XXXV, e art. 37, caput) e da igualdade (CF, Constitui exemplo de regra 0 inciso VI do art. 20 da CF, ao dispor que o mar territorial é bem da Uniao. Osprincipios correspondem ao alicerce do sistema juridico e, como proposicées estruturais basicas ou juridco. fundamentais, condicionam as demais estruturas do sistema, dando coeréncia e harmonia ao ordenamento CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito constitucional e teoria da constitui¢ao. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2003, p. 1160. ALEXY, Robert. El concepto y la validez del derecho. Trad.: Jorge M. Sefta. Barcelona: Gedisa, 1997, p. 161-165, ipios seriam hierarquicame, ane s de normas Nte sy Oh, rior, Nstitucio, es parecer que O Mais que ing Embors passa p entre as diver Sas eSPs orm Be sf Man? % jerarquia entre normas ¢ juridico brasileiro. de que ha hierarq NStitug, face de outras é j umas em jidade de ‘ONaig z incom, ® se Ossiy, Consoante o STF, "2 Possiva 9 de inconstitucional tuigdo rigida’ ento dos Pring, éncia e fundam 3.2 Abrangénc Administracao Publica diets bee Ualquer a A CFI88 dispoe que a al e dos Municipios devera obe ecer, " Te outra ispos, tae orealdade woradade publicidade e ein art Scan legalidade, impessoalida visto no caput do art. 37 da CF nao ¢ exaustiyg i rol de principios prev hd diversos outros principios que integram 9 orden, exemplificativo, ae ae a Administracao Publica, alguns PreVistos ex, Cass ener sem normasinfraconstitucionais, eg Constituicdo, outros expresso: do sistema normativo. 1piog im Tessa o "IC0s, ainda, deco, Os principios que explicita ou implicitamente informam a atuacao Administraticg se extraidos da Constituicao Federal, ; Entre os principios implicitos que ae aan Supremacia do interesse publico sobre 0 Particular, o p © principio da autotutela, Ha tambem principios que conformam a atuacao administrativa Setorial Ambitos da Federacio. Administracio Publica esta tag Plo daindsponibiiant doing ‘Mente, iclusivg Ma A Lei 8.666/93, que regulamenta o art, da Administracag Priblica,dispoe que alicit OS principios bisicos da legalidade, a. Probidade administrativa, da vincula S40 cortelatos (art. 35, caput), No ambito estadual, a Constituicao do Moralidade, 'cléncia, a serem obedeci ‘walquer dos Poderes do E 37, XX, da CF acd0 sera process * impessoalidade, da m, G40 ao Anstrumento. con institui normas para licitagbes ecg ada e julgada em estrita conto Oralidade, da igualdade, dy publiig Wocatorio, do julgamento objetivo eis Estado de Sao Paulo, por exemplo, prevé os Prachi Publicidade, Tazoabilidade, finalidade, motivasio, inet * Pela administracio Pliblica direta, indireta ou funds stado (art, Ul), 98 Sé0 inter-rel di ites ana : Telacionados, » Com im a desenvolvida my mene Plicacées Feciprocas, embora, para fins 1 Presente trabalho de forma individual, STE .. co NTONIO. REMEDIO si Se i principios constitucionais e 38 a administragao Publica Xpressos Federal arrola ex P¥essamente os princi He ¢ eficiencia como de obediéncia obrigaryn noe ae egalidad: le, impessoalidade, moralidade, jicida 7 rigaté jubsidagt « Poderes da Unio, dos Est Batoria pela Administraca ae ads, do Distrito Lederntsreso Publica deta eine lunicipios (art. 37, caput). 3.3 principio da legalidade cpio da legalidade fot inici Piao de 1789, no sentido de meena Que nao epee, oe Desataco dos Diretos do «ue nao &proibid pela ei nao pode cer impedideeninguem pedido e ninguem integra a maioria dos Estados modernos, de Direito, gocid } er obrigndo a fazer 0 que esta nao ordena” e, na atbalidad * ade, er ipalmente aqueles consubstanciados sob a forma de Estadi 3 on a Todas as Constituigdes brasileiras, com excecio da C i 4 principio da Iegalidade, como se verificou coma Constituiaose list ana aot ort, § 2). a Constituigdo de 1934 (at. 113, n.2),a icant de 1824 (art, 179, 1), a Constitwicao de 1891 e967 Cart 150, § 2°) € a Constituigao de 1988 tok enemas (art. 141, § 2°), a Constituigao '\Fi88, além de prever o principio da legatidade de forma an iia ve nl Cninguém sera obrigao a fazer ou deinar de forma ampla em diversos dispositivos, como no _ o XXXV ("a lei ndo excluird da apreciagdo di een alguma coisa sendo em virtude de lei”) no a renplaexpressamente no caput do art. 37, a ‘oder Judicidrio lesdo ou ameaga a direito”), ainda 0 cont ai do art. 37, como de obediéncia obrigatéria pela Administracio Publica O principio da legalidade constitui a pedra angular do Estado de Direito. Enquanto sob a dtica do individuo o principio da legalidade contém a afirmacao da liberdade como regra geral, exigindo-se uma relagao de nao contradigao com alei, sendo dado ao particular fazer tudo 0 que nio estiver proibido por lei, sob 0 Angulo da Administracao implica numa relacao de estrita conformidade esubordinagao a lei, cabendo ao Administrador agir apenas quando a lei o permitir. ‘Ao administrador s6 ¢ admissivel fazer 0 que for previsto, permitido, concedido ou autorizado por Ie 0 principio da legalidade, também conhecido como “principio da restritvidade” ou “principio de legalidade estrita”, consagra, relativamente a atuagéo administrativa, a determinagao que a Administra: Publica somente pode atuar secundum legem, e jamais atuar contra legem ou praeter legem. ‘A Administraco Publica submete-se, qualquer que seja a natureza do ato por ela praticado, ao prit cipio da legalidade™®. Pelo princtpio da legalidade a Administracio esta vinculada, em toda a sua atividade, aos man: mentos da lei, nao podendo deles se afastar, sob pena de invalidade do ato e responsabilidade de seu auter 0 termo ‘lei’, no caso, possui sentido bast tuigéo, leis complementares, leis ordinarias, leis delegadas, lugées, regulamentos e portarias. ante amplo e genérico, englobando, entre outros, Con medidas provisorias, decretos legislativos, r: que 0 principio da legalidade tem como uma de suas manifestacé tiva”, embora inexista referencia expressa a respeito no art. 37.4. Jido quanto atende o seu fim legal, ou seja, o tim submetide incipio da legalidade, a0 qual é sempre vinculado.* Hé quem sustente, inclusive, “principio da finalidade administra 1350 porque 0 ato administrativo s6 € val Conclui-se que o fim ja esta sujeito 20 pri STE, RE 359.444-RJ, TP, maj. 24-3-2004 rel. Pl acérdio Min, Marco Aurélio, Dy 28-5-2004)

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