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DEMAIS ASPECTOS SOCIAIS DA VIDA URBA- NA Avida social nas cidades tem sido analisada pelas ciéncias sociais por meio de seus trés vieses interpretativos: a sociologia, a antro- pologia ca ciéncia politica. O que nos interessa aqui mais de perto sao as andlises sociologi cas, mas antes, vamos fazer algumas consideracoes sobre os outros dois campos de estudo. A ciéncia politica se ocupa, geralmente, das relagdes de poder no Ambito das esferas estatais. Estuda as teorias politicas, formas de governo e governabilidade, campanhas politicas, e outros assuntos referen- tes a vida publica A antropologia, antes ocupada em estudar comunidades mais simples, como as indigenas, ultimamente tem se voltado para o estudo das comu- Cena que jé é rotine noComplexedo: ‘Alomio, Rio de Janeiro, nidades complexas, situadas no perimetro urbano. Seu foco principal € a cultura dessas comunidades, e como estas se desenvolvem. Violéncia Avioléncia das cidades, principalmente a das grandes cidades, é um dos maiores problemas contemporaneos do Brasil, que afeta todos os setores da vida social: midia, industria, comércio, relacdes cotidianas ete. crescimento da violencia tem contribuicdo para a supremacia do medo entre os cidadaos, em grande parte os de classe média. E este medo muitas vezes toma propor¢oes para além do que realmente faz sentido, mediante a insisténcia da midia (jornais, rédios ¢, sobretudo, a televisao) em contar e recontar fatos acontecidos. Uma conseqiiéncia imediata de tal medo é 0 crescimento da indastria es- pecializada em materiais de seguran¢a, aumentando, ironicamente, as vagas de emprego neste setor. Percebe como a vida em sociedade é cheia de con- tradigdes? Empregos sao gerados grasas a0 aumento da violéncia. Satde Publica Na realidade, em 500 anos de Brasil, independentemente do regime vi- gente, a satide nunca ocupou lugar de destaque no governo, ficando sempre em plano secundario. Accrise da satide no Brasil vem de longa data e continua presente no dia- acdia da sociedade. Freqiientemente nos deparamos com noticias que reve- lam filas de pacientes nos hospitais e postos de saiide, essencialmente do servigo publico, além da falta de leitos, equipamentos etc. E, no meio desta 27 a cep} DUGG) cxise, esta a populacao que precisa de atendimento, direito garantido pela nossa constituicao, além dos médicos, que vivendo em condicdes precérias de trabalho, justa ou injustamente, sao condenados por cor- rup¢ao e negligencias. Enquanto um quesito basico da vida em sociedade, a saiide, é ga- rantida pelo Estado, e todos, teoricamente, podem ter acesso a ela. A escassez de infra-estrutura, corrupgio de médicos, deficiéncia no atendimento, superlotasio, sao dilemas que contribuem para o des- crédito de tal instituigao. Por esse motivo, boa parte da populacao, a maioria provida de um Transporte status econdmico mais favorecido, tem buscado apoio nos servicos piblico brasileiro. da satide privada, o que demonstra, cada vez mais, a ineficiéncia do Estado para suprir necessidades primérias do ser humano. Transporte Piiblico Com o demasiado aumento da populacio, via de regra, da populacao po- bre, as grandes cidades tém adotado sistemas de transporte piblico, ja que a aquisicao de um automével est4 aquém dessa classe. No entanto, s6 quem depende de fato de tal servico, sabe de suas ificul- dades. A primeira delas tem a ver com o no suprimento da demanda, ou seja, hé muitas pessoas ¢ pouco transporte, geralmente com altas tarifas ¢ mé qualidade que indlui a superlotacao a demora, elementos que se casam com outro problema: o abarrotamento do transito. Por outro lado, 0 transporte piblico, se utilizado com mais freqiiéncia pelas classes médias, seria uma alternativa interessante & diminuicao da po- luigao visual, sonora e do ar. Contudo, é bastante utépico achar que aqueles que possuem um veiculo abririam mio dele para enfrentar os transportes publicos, que nao suportam a prépria populagio costumeira aos seus servi- 508 28 BIBLIOGRAFIA ADORNO, Theodor e HORKHEIMER, Mex Zahar, 2985, ica do esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho?: ensaio sobre as metemorfoses e a centralidade do ‘mundo do trabalho. So Paulo: Cortez, 1995 DAMATA, Roberto. Carnavais, melandros e herdis: para uma sociologia do dilerna brasileiro. 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