Professional Documents
Culture Documents
LO 12 Cartilha Escola
LO 12 Cartilha Escola
Washington, DC: American Psychiatric Association. 2. Archer, A., & Gleason, M. (2002). Skills for school success: Book 5. North
Billerica, MA: Curriculum Associates, Inc. Barkley, R.A. (1990). Attention deficit hyperactivity disorder: A handbook for diagnosis
and treatment. New York: Guilford. 3. Barkley, R. A. (1997). Behavioral inhibition, sustained attention, and executive functions:
Constructing a unifying theory of ADHD. Psychological Bulletin, 121(1), 65–94. 4. Bender, W. (1997). Understanding ADHD: A
practical guide for teachers and parents. Upper Saddle River, NJ: Merrill/Prentice Hall. 5. Burt, S. A., Krueger, R. F., McGue, M., &
Iacono, W. G. (2001). Sources of covariation among attentiondeficit/hyperactivity disorder, oppositional defiant disorder, and
conduct disorder: The importance of shared environment. Journal of Abnormal Psychology, 110, 516– 525. 6. DuPaul, G. J., &
Stoner, G. (1994). ADHD in the schools: Assessment and intervention strategies. New York: Guilford Press. D 7. uPaul, G. J., &
Stoner, G. (2002). Interventions for attention problems. In M. R. Shinn, H. M. Walker, & G. Stoner (Eds.), Interventions for
academic and behavior problems II: Preventive and remedial approaches (pp. 913–938). 8. Bethesda, MD: National Association
of School Psychologists. Forness, S. R., & Kavale, K. A. (2001). ADHD and a return to the medical model of special education.
Education and Treatment of Children, 24(3), 224–247. 9. Forness, S. R., Kavale, K. A., & San Miguel, S. (1998). The psychiatric
comorbidity hypothesis revisited. Learning Disability Quarterly, 21, 203–207. 10. Gable, R. A., Sugai, G. M., Lewis, T. J., Nelson, J.
R., Cheney, D., Safran, S. P., & Safran, J. S. (1997). Individual and systemic approaches to collaboration and consultation. Reston,
VA: Council for Children with Behavioral Disorders. 11. Jensen, P. S., Martin, D., & Cantwell, D. P. (1997). Comorbidity in ADHD:
Implications for research, practice, and DSM-IV. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 36,
1065–1079. 12. Jensen, P. S., Shertvette, R. R., Zenakis, S. N., & Ritchters, J. (1993). Anxiety and depressive disorders in
attention deficit disorder with hyperactivity: New findings. American Journal of Psychiatry, 150, 1203–1209. 13. Mannuzza, S.,
Klein, R. G., Bessler, A., Malloy, P., & LaPadula, M. (1998). Adult psychiatric status of hyperactive boys as grown up. American
Journal of Psychiatry, 155, 493–498. 14. Manzo, K. K., & Zehr, M. A. (1998). Take note. Education Week, 18(3), 3. Olsen, J. (2003).
Handwriting without tears. Retrieved May 23, 2003, from http://hwtears.com. 15. Osman, B. B. (2000). Learning disabilities and
the risk of psychiatric disorders in children and adolescents. In L. Greenhill (Ed.), Learning disabilities in children with a
psychiatric disorder (pp. 33–57). Washington, DC: American Psychiatric Association. 16. Rief, S. F. (1997). The ADD/ADHD
checklist: An easy reference for parents and teachers. Reston, VA: Council for Exceptional Children. Robelia, B. (1997). Tips for
working with ADHD students of all ages. Journal of Experimental Education, 20(1), 51–53. 17. Scruggs, T. E., & Mastropieri, M. A.
(2000). The effectiveness of mnemonic instruction for students with learning and behavior problems: An update and research
synthesis. Journal of Behavioral Education, 10(2–3), 163–173. 18. Slavin, R. E. (2002). Education psychology: Theory into
practice. Boston, MA: Allyn and Bacon. 19. Stevens, S. H. (1997). Classroom success for the LD and ADHD child. Winston-Salem,
NC: John F. Blair. 20. Todd, A. W., Horner, R. H., Sugai, G., & Sprague, J. R. (1999). Effective behavior support: Strengthening
school-wide systems through a team-based approach. Effective School Practices, 17(4), 23–37. 21. Wagner, M. & Blackorby, J.
(2002). Disability profiles of elementary and middle school students with disabilities. Menlo Park, CA: SRI International.
Introdução 04
Telma Pantano
Fonoaudióloga e Psicopedagoga, Coordenadora da equipe
multidisciplinar do Hospital Dia Infantil do Serviço de Psiquiatria da Modificações de instruções acadêmicas 06
Infância e Adolescência do Hospital das Clínicas da FMUSP, Especialista
em Linguagem, Master em Neurociências pela Universidade de
Barcelona – Espanha, Mestre e Doutora em Ciências pela FMUSP, Pós
doutora em Psiquiatria pela FMUSP, Professora e Coordenadora dos Instruções que visam a modificabilidade 10
do comportamento
Cursos de Neurociências e Neuroeducação pelo CEFAC.
Modificações ambientais 12
Crianças com
Apresentam prejuízos no ambiente Porém, mais do que conhecer as características dessa patologia, cabe ao professor
escolar, na socialização e no relaciona- conhecer as características funcionais dos alunos com TDAH e desenvolver os
mento interpessoal em consequência do Apresentam recursos para aprimorar o desempenho e favorecer o processo de aprendizagem.
comprometimento na leitura ambiental, prejuízos no Pequenas adaptações no contexto educacional podem levar o aluno a observar e
ocasionadas pela imaturidade e disfun- ambiente escolar,
na socialização e
desenvolver suas potencialidades, melhorar seu desempenho e favorecer a auto-
ção da região do córtex frontal, que por estima melhorando assim, o rendimento e o desempenho no processo educacional.
no relacionamento
sua vez resulta em falhas na seleção e na
interpessoal As sugestões contidas nesse guia pretendem melhorar a funcionalidade do aluno e
adaptação de compor tamentos e
modificar a dinâmica em sala de aula. Favorecendo a integração da criança com TDAH
recursos linguísticos adequados a
como um todo no grupo escolar.
ambientes específicos (Wu & Gau,
2012). São modificações que, sem dúvida, beneficiam o aluno com o aumento do aproveita-
mento no processo educacional.
É importante não entender as modificações como privilégios: o objetivo é permitir que
a criança com dificuldades específicas decorrentes do TDAH, não sendo cobrada por
suas dificuldades de organização atencional e temporal, possa mostrar o seu real
potencial e com isso adquira ganho acadêmico.
As alterações devem ser introduzidas e discutidas com os pais e a equipe multidiscipli-
nar que atende o aluno (psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos e psicopedagogos),
sendo estipuladas metas de curto e médio prazo a fim de promover a retirada do
suporte à medida que os objetivos forem sendo alcançados (DuPaul & Stoner as cited
in Shinn, Walker, & Stoner, 2002).
As principais orientações que visam a melhora da funcionalidade dos pacientes com
TDAH envolvem três grandes áreas de transformação: as instruções acadêmicas,
comportamentais e ambientais.
4 5
Modificações
De instruções acadêmicas
Recomenda-se que as aulas devem envolver a participação ativa do aluno conteúdo de aula à partir de exemplos e situações vividas pelas
através da constante estruturação do pensamento, e algumas estratégias crianças. Desenvolvendo novas formas para incorporar conteúdos
pedem para que isso se torne efetivo: pedagógicos na rotina diária. Esse mesmo levantamento pode ser feito
ao final da aula para a verificação dos conceitos adquiridos.
De instruções acadêmicas
8 Impedindo distrações:
Sentar a criança numa posição que não permita observar janelas
10 Entendendo as dificuldades do TDAH
Crianças com TDAH tendem a ter o pensamento mais concreto e se
ou o movimento de fora da sala de aula, preferencialmente com beneficiam de atividades que envolvam tato e movimento na aprendiza-
foco direcionado exclusivamente ao professor. gem. Tentar utilizar esses canais durante a exposição, principalmente
em conteúdos mais simbólicos e abstratos.
É importante que o professor adquira o hábito de não responder
imediatamente às questões formuladas pelos alunos. Aguardar de Ajudar o aluno em atividades que envolvam memorização. Informar o
10 a 15 minutos antes de responder permite a elaboração de que deve ser memorizado e ajudar o aluno em técnicas de memorização
respostas e/ou pensamentos associados por parte de todo o e reforço que envolvam a visualização, categorização e elaboração,
grupo. As respostas devem vir de forma pausada e com novas permitindo que a informação seja vista, ouvida e, se possível, apresen-
reflexões a respeito do tema. tada de forma tátil.
As atividades para crianças e adolescentes com TDAH devem ser No caso de dificuldades com a letra cursiva em função de questões
fornecidas em partes, com pausas entre as atividades permitindo psicomotoras ou impulsivas, permitir o uso da letra bastão e/ou o uso
que a criança se levante, beba água, aponte alguns lápis ou mesmo de alternativas ao sistema de escrita, como o uso de gravador em
saia da sala para realizar algumas atividades externas rápidas. conjunto com a escrita ou mesmo a digitação, principalmente em
situações avaliativas.
9 Ensinando a se organizar:
Muitos alunos com TDAH se desorganizam nos momentos de
Em caso de agitação extrema, pedir para a criança realizar atividades
que envolvam movimento e a façam permanecer em sala, como
mudança de atividade ou troca de sala. Nessas situações reco- distribuir cadernos, ajudar a colocar mensagens na lousa e pegar
menda-se que as mudanças sejam programadas com antecedên- materiais. Permitir o uso de garrafinhas de água ou bolinhas fisioterápi-
cia e os passos que as crianças devem realizar sejam descritos em cas que não façam barulho são alternativas interessantes, pois permi-
voz alta e se possível impressas. tem atividades motoras simples e discretas em sala de aula.
Ajudar o aluno priorizar atividades: o que deve ser feito e qual a Recorrer a variedade de recursos na exposição do conteúdo e em
ordem da apresentação. Aumentar a frequência dos reforços tarefas de casa. Utilizar recursos como filmes, sons, cartões, grava-
positivos para cada atividade realizada adequadamente. Ensinar ções de conteúdos, apresentações visuais (ex.: power point e prezi)
habilidades de organização de materiais (agendas, avisos sono- mapas, infográficos, etc... além de sempre que possível levar o conteú-
ros, post its, etc) preparar listas com as tarefas diárias, semanais e do para discussão do grupo.
mensais, estimular a checagem das atividades, estabelecer rotinas
diárias com modelos prévios do que deve ser feito, organizar os Permitir a organização de novas palavras e enunciados não compreen-
materiais em locais específicos e de fácil acesso. didos. Utilizar folhas de papel com espaços específicos para anotações
e dúvidas. Ensinar as crianças a fazerem anotações com espaço entre
as informações e desenhos para delimitar as informações.
8 9
INSTRUÇÕES
Que visam a
modificabilidade do
comportamento
Em caso de mentiras, não confrontar o aluno. Promover reflexões
?
sobre as situações e/ou temáticas envolvidas;
Muitas crianças com TDAH apresentam fala descontextualizada,
?
expondo-se em relação ao grupo. Nesses momentos é fundamental
que o professor providencie a atenção e o reconhecimento do que é
dito pelo aluno, porém deve-se reverter o tema para as questões
envolvidas na sala de aula. Pode-se pedir, por exemplo, que o aluno
reformule a sua questão com a ajuda do professor;
Solicitar o auto-monitoramento diário através da fala e da escrita com
?
perguntas como: O que você melhor compreendeu da aula de hoje?
O que você fez para se manter atento? Qual a parte da aula mais fácil
de entender? Quais estratégias você utilizou para estudar para essa
prova?
Ensinar e incentivar o aluno a fazer perguntas sobre o que está lendo.
?
O que você perguntaria nessa questão? Que informações você
precisaria para resolver essa questão? Quais as operações que você
realizaria?
As consequências, tanto positivas como negativas das ações devem
?
ser adotadas imediatamente ao comportamento adequado e/ou
inadequado;
No caso de atividades em grupo, pedir para o aluno refletir sobre
?
possíveis condutas antes do início da atividade. Ajudar a criança a
definir objetivos e metas para realizar as atividades, incentivar
atividades de grupo e a participação em grupo;
Eleger de forma rotativa crianças que sejam responsáveis e ajudem a
?
monitorar o comportamento dos outros colegas.
10 11
MODIFICAÇÕES
Ambientais
Colegas de sala, professores auxiliares e os pais podem também ser
recrutados como tutores para ajudar a criança no auto-monitoramento. É
importante que a criança aprenda quais são as situações e momentos em
sala de aula que tendem a provocar maior desatenção.
Discutir a resolução de conflitos. Encorajar a criança a conversar sobre os
conflitos com outros professores e/ou coordenadores e tentar fazê-los
compreender as ações e emoções que a levaram até o conflito.
Exemplos de técnicas:
Sistemas de autogestão.
Treinar os alunos para monitorar e avaliar seu próprio comportamento,
juntamente com o feedback constante do professor. Em um sistema de
autogestão típica, o professor identifica comportamentos que serão
gerenciados por um aluno e fornece uma escala de avaliação escrita que
inclua os critérios de desempenho para cada classificação.
É válido, sempre que possível, fazer uma comparação entre a avaliação do
professor e a auto-avaliação do aluno para reflexão.
12 13
orientações
14 15