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Nota: Este artigo é sobre aspectos políticos e sociais. Para aspectos militares,
veja Guerra de Independência dos Estados Unidos.
Até 1754
1991 - presente
Cronologia
Thomas Jefferson
Índice
1Atritos
2Consequências
3Cronologia
4Bibliografia
5Referências
A Guerra dos sete anos, terminada com vitória da Inglaterra sobre a França (Tratado de
Paris, 1763), deixou a nação vencedora na posse de ricos territórios no continente
americano, já colonizados, sendo reconhecido o seu direito de expandir o seu domínio em
direção ao interior do continente. Esta possibilidade agradou aos colonos, que
prontamente se prepararam para explorar e aproveitar novas terras, mas, para sua grande
surpresa, o governo de Londres, por recear desencadear guerras com as nações índias,
determinou que nenhuma nova exploração ou colonização de territórios pudesse ser feita
sem a assinatura de tratados com os índios. Foi esta a primeira fonte de conflito entre os
colonos e a Coroa inglesa. Os colonos também acusavam os ingleses de manter exércitos
permanentes em território americano e manter um judiciário forjado com julgamentos
simulados, o uso de mercenários para ocupar o território americano.[3]
Mas, pouco depois, surgiram novos atritos. Procurando restaurar o equilíbrio financeiro,
a metrópole apertava as malhas do pacto colonial com vários atos. Em 1750 fora proibida
a fundição de ferro nas colônias; em 1754 proibiram-se a fabricação de tecido e
o contrabando. Apesar de vencer a Guerra dos Sete Anos, a Inglaterra impôs novas
medidas restritivas às treze colônias. Em 1765 foi aprovado um decreto regulamentando a
obrigação de abrigar e sustentar tropas inglesas em solo americano (prática que pesava
muito sobre as finanças coloniais). Foram ainda criadas a Lei do Selo que acrescentou
um imposto de selo sobre jornais, documentos legais e oficiais etc., e os Atos de
Townshend, que procuravam limitar e mesmo impedir que os americanos continuassem
suas relações comerciais com outras regiões que não a Inglaterra.
Em 1773, o Parlamento inglês concedeu o monopólio do comércio do chá à Companhia
das Índias Orientais, da qual muitas personalidades inglesas possuíam ações. Os
comerciantes rebeldes norte-americanos que se sentiram prejudicados disfarçaram-se
de índios peles-vermelhas, assaltaram os navios da companhia que estavam no porto
de Boston e lançaram o carregamento de chá no mar (Festa do Chá de Boston). A
Inglaterra reagiu de imediato com um conjunto de leis que os americanos chamaram de
"Leis Intoleráveis" (1774): fechamento do porto de Boston; indenização à companhia
prejudicada e o julgamento dos envolvidos, na Inglaterra.
As reações dos colonos foram, de início, exaltadas, mas pacíficas: exigiram o direito de
eleger representantes para o Parlamento de Londres (para poderem discutir e votar as leis
que lhes diziam respeito), passando depois a atos de boicote às mercadorias inglesas.
Esta guerra econômica desencadearia motins e forçou o governo inglês a alguns recuos,
que contudo não satisfizeram os colonos. O conflito agravou-se com a presença de tropas
enviadas para conter os protestos. Como resposta, em 1774 os representantes das
colônias americanas, exceto Geórgia, enviaram seus delegados a Filadélfia, num primeiro
Congresso Continental que, a partir daí, embora com divergências no seu seio, foi a voz
política dos colonos.
Em 1774, houve o 1º Congresso Continental de Filadélfia, onde se resolveu acabar com o
comércio com a Inglaterra enquanto não se restabelecessem os direitos anteriores a 1763.
O mesmo Congresso também redigiu e divulgou uma Declaração de Direitos.
Houve logo depois, um 2º Congresso em que foi reunido em Filadélfia onde se decidiu a
criação de um exército que seria comandado por George Washington, fazendeiro e chefe
da milícia da Virgínia.
Nesse Congresso, apesar de se manterem leais ao rei, os colonos pediram a suspensão
das "Leis Intoleráveis" e firmaram uma Declaração dos Direitos dos Colonos, no qual
pediram a supressão das limitações ao comércio e à indústria, bem como dos impostos
abusivos. O rei reagiu, pedindo aos colonos que se submetessem; estes, porém, não se
curvaram diante da coroa inglesa. O extremar das posições levou à criação de milícias, à
constituição de depósitos de munições e a um aumento contínuo de tensão que iria
irromper em guerra.