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Revolução Americana

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Nota: Este artigo é sobre aspectos políticos e sociais. Para aspectos militares,
veja Guerra de Independência dos Estados Unidos.

Este artigo faz parte da série


História dos Estados Unidos

Até 1754

1754 até 1789

1783 até 1815

1815 até 1865

1865 até 1918

1918 até 1945

1945 até 1964

1964 até 1991

1991 - presente
Cronologia

A Revolução Americana, ou Revolução Americana de 1776, teve suas raízes na


assinatura do Tratado de Paris, que, em 1763, finalizou a Guerra dos Sete Anos. Ao final
do conflito, o território do Canadá foi incorporado pela Inglaterra. Neste contexto, as treze
colônias representadas por Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, Nova Hampshire,
Nova Jersey, Nova Iorque, Pensilvânia, Delaware, Virgínia, Maryland, Carolina do
Norte, Carolina do Sul e Geórgia começaram a ter seguidos e crescentes conflitos com a
metrópole inglesa, pois, devido aos enormes gastos com a guerra, a metrópole aumentou
a exploração sobre essas áreas. Constituiu-se em batalhas desfechadas contra o
domínio inglês. Movimento de ampla base popular teve como principal motor
a burguesia colonial e levou à proclamação, no dia 4 de julho de 1776,
da independência das Treze Colônias - os Estados Unidos, primeiro país dotado de
uma constituição política escrita.

Thomas Jefferson

As ações militares entre ingleses e os colonos americanos começam em março de 1775.


No decorrer do conflito (Lexington, Concord e batalha de Bunker Hill), os representantes
das colônias reuniram-se no segundo Congresso de Filadélfia (1775) e Thomas
Jefferson, democrata de ideias avançadas, redigiu a Declaração da Independência dos
Estados Unidos, promulgada em 4 de julho de 1776, dando um passo irreversível.
Procede-se também à constituição de um exército, cujo comando é confiado ao
fazendeiro George Washington.
Os britânicos, lutando a 5500 km de casa, enfrentaram problemas de carência de
provisões, comando desunido, comunicação lenta, população hostil e falta de experiência
em combater táticas de guerrilha. A Aliança Francesa (1778) mudou a natureza da guerra,
apesar de ter dado uma ajuda apenas modesta; a Inglaterra, a partir de então, passou a se
concentrar nas disputas por territórios na Europa e nas Índias Ocidentais e Orientais.[1]
Os colonos tinham força de vontade, mas interesses divergentes e falta de organização.
Das colônias do sul, só a Virgínia agia com decisão. Os britânicos
do Canadá permaneceram fiéis ao Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. Os voluntários
do exército, alistados por um ano, volta e meia abandonavam a luta para cuidar de seus
afazeres. Os oficiais, geralmente estrangeiros, não estavam envolvidos no conflito.[2]
O curso da guerra pode ser dividido em duas fases a partir de 1778. A primeira fase, ao
norte, assistiu à captura de Nova York pelos ingleses (1776), além da campanha
no vale do rio Hudson para isolar a Nova Inglaterra, que culminou na derrota
em Saratoga (1777), e a captura de Filadélfia (1777), depois da vitória na batalha de
Brandywine.
A segunda fase desviou as atenções britânicas para o sul, onde grande número de
legalistas podiam ser recrutados. Filadélfia foi abandonada (1778) e Washington acampou
em West Point a fim de ameaçar os quartéis-generais britânicos em Nova York. Após a
captura de Charleston (1780) por Clinton, Cornwallis perseguiu em vão o exército do sul,
sob a liderança do general Greene, antes de seu próprio exército, exaurido, render-se em
Yorktown, Virgínia (outubro de 1781), terminando efetivamente com as hostilidades. A paz
e a independência do novo país (constituído pelas treze colónias da costa atlântica) foi
reconhecida pelo Tratado de Paris de 1783.
Apesar das frequentes vitórias, os britânicos não destruíram os exércitos de Washington
ou de Green e não conseguiram quebrar a resistência norte-americana.
Mais tarde, em 1812 e 1815, ocorreu uma nova guerra entre os Estados Unidos e a
Inglaterra. Essa guerra consolidou a independência norte-americana.

Índice

 1Atritos
 2Consequências
 3Cronologia
 4Bibliografia
 5Referências

Atritos[editar | editar código-fonte]

"Washington atravessando o Rio Delaware", retratado em 1851 por Emanuel Leutze do


General George Washington durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos.

A Guerra dos sete anos, terminada com vitória da Inglaterra sobre a França (Tratado de
Paris, 1763), deixou a nação vencedora na posse de ricos territórios no continente
americano, já colonizados, sendo reconhecido o seu direito de expandir o seu domínio em
direção ao interior do continente. Esta possibilidade agradou aos colonos, que
prontamente se prepararam para explorar e aproveitar novas terras, mas, para sua grande
surpresa, o governo de Londres, por recear desencadear guerras com as nações índias,
determinou que nenhuma nova exploração ou colonização de territórios pudesse ser feita
sem a assinatura de tratados com os índios. Foi esta a primeira fonte de conflito entre os
colonos e a Coroa inglesa. Os colonos também acusavam os ingleses de manter exércitos
permanentes em território americano e manter um judiciário forjado com julgamentos
simulados, o uso de mercenários para ocupar o território americano.[3]
Mas, pouco depois, surgiram novos atritos. Procurando restaurar o equilíbrio financeiro,
a metrópole apertava as malhas do pacto colonial com vários atos. Em 1750 fora proibida
a fundição de ferro nas colônias; em 1754 proibiram-se a fabricação de tecido e
o contrabando. Apesar de vencer a Guerra dos Sete Anos, a Inglaterra impôs novas
medidas restritivas às treze colônias. Em 1765 foi aprovado um decreto regulamentando a
obrigação de abrigar e sustentar tropas inglesas em solo americano (prática que pesava
muito sobre as finanças coloniais). Foram ainda criadas a Lei do Selo que acrescentou
um imposto de selo sobre jornais, documentos legais e oficiais etc., e os Atos de
Townshend, que procuravam limitar e mesmo impedir que os americanos continuassem
suas relações comerciais com outras regiões que não a Inglaterra.
Em 1773, o Parlamento inglês concedeu o monopólio do comércio do chá à Companhia
das Índias Orientais, da qual muitas personalidades inglesas possuíam ações. Os
comerciantes rebeldes norte-americanos que se sentiram prejudicados disfarçaram-se
de índios peles-vermelhas, assaltaram os navios da companhia que estavam no porto
de Boston e lançaram o carregamento de chá no mar (Festa do Chá de Boston). A
Inglaterra reagiu de imediato com um conjunto de leis que os americanos chamaram de
"Leis Intoleráveis" (1774): fechamento do porto de Boston; indenização à companhia
prejudicada e o julgamento dos envolvidos, na Inglaterra.
As reações dos colonos foram, de início, exaltadas, mas pacíficas: exigiram o direito de
eleger representantes para o Parlamento de Londres (para poderem discutir e votar as leis
que lhes diziam respeito), passando depois a atos de boicote às mercadorias inglesas.
Esta guerra econômica desencadearia motins e forçou o governo inglês a alguns recuos,
que contudo não satisfizeram os colonos. O conflito agravou-se com a presença de tropas
enviadas para conter os protestos. Como resposta, em 1774 os representantes das
colônias americanas, exceto Geórgia, enviaram seus delegados a Filadélfia, num primeiro
Congresso Continental que, a partir daí, embora com divergências no seu seio, foi a voz
política dos colonos.
Em 1774, houve o 1º Congresso Continental de Filadélfia, onde se resolveu acabar com o
comércio com a Inglaterra enquanto não se restabelecessem os direitos anteriores a 1763.
O mesmo Congresso também redigiu e divulgou uma Declaração de Direitos.
Houve logo depois, um 2º Congresso em que foi reunido em Filadélfia onde se decidiu a
criação de um exército que seria comandado por George Washington, fazendeiro e chefe
da milícia da Virgínia.
Nesse Congresso, apesar de se manterem leais ao rei, os colonos pediram a suspensão
das "Leis Intoleráveis" e firmaram uma Declaração dos Direitos dos Colonos, no qual
pediram a supressão das limitações ao comércio e à indústria, bem como dos impostos
abusivos. O rei reagiu, pedindo aos colonos que se submetessem; estes, porém, não se
curvaram diante da coroa inglesa. O extremar das posições levou à criação de milícias, à
constituição de depósitos de munições e a um aumento contínuo de tensão que iria
irromper em guerra.

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