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COREIA DO NORTE | CAMINHONEIROS E MAIS: ° ° ° ° ATUALIDADES 0 PODER DA JUSTICA No rastro da Operacao Lava Jato, o Judiciario ganha forga no Brasil. Entenda como ele funciona, como conquistou tanto destaque e os desafios que tem pela frente APRESENTAGAO UM PLANO PARA OS SEUS ESTUDOS Este GUIA DO ESTUDANTE ATUALIDADES oferece uma ajuda e tanto é claro que um nico guia nfo abrange toda a p: necessaria para o Enem e os demais vestibulares, E por isso que o GUIA DO ESTUDANTE tem uma série de public: que, juntas, fornecem um material completo para um étimo plano de est O roteiro a seguir é uma sugestio de como vocé pode tirar melhor proveito de sguias, seguindo uma trilha segura para o sucesso nas provas, para as provas, m paraco fp} HG DECIDA 0 QUE VAI PRESTAR @ PROFISSOES primeiro passo para todo vestibulando é escolher com clareza a PRAMS corcira co universidade onde pretende estudar Conhecendo 0 rau de difculdade do proceso seletivo eas matrias que tom na hora da prova, fica bem mais faci planearos seus estudos para obter bons resultados. © como 0 ce PoDE asuDAR oct 0 GE PROFISSOES tr cursos superiores existentes no Brasil, explica em detalhes as carat teristicas de mais de 270 carreras e ainda indica asinstituicdes que ‘oferecem os cursos de melhor qualidad: deestrelas do GUIA DO ESTUDANTEecom a avaliagdo oficial do MEC. todos os de acordo com o ranking EV REVISE AS MATERIAS-CHAVE ae a cere sete etc eee ore ercee es pe incipais matérias do Ensino Medio. Vocé pode re UPS inportartes das rodasasma ontatdos fu ras au focar apenasem algumas delas.Além de revero! mental fazer muito exer io para praticar. © como 0 ce Poe AsuDAR VOCE Nés produzimos um guia para cada materia estudada no Ensino Mécio: GE GEOGRAFIA, Histéria, Por- tugués, Redacdo, Biologia, Quimica, Matematica e Fisica. Todos rednem os temas qu sm nas provas, trazem muitas qu de vestibulares para fazer tém uma linguagem fécil de entender, permitindo que vocé estude sozinho. ‘=u El MANTENHA-SE ATUALIZADO (Opasso final écontinuarestudando atualidades, poisas provasexigem alunos cada vez mais antenados com os principaisfatos que ocorrem no Brasil eno mundo. A\ém disso, é preciso conhecer em detalhes 0 < ‘eu processo seletivo ~0 nem, por exemplo, é bem diferente dos demaisvestibulares " © como 0 ce PODE AJUDAR VOCE 0 GEENEM c 0 GE Fuvest sio ver- dadeiros"manuais deinstrucaa’ que mantém vocé atualizado sobre todos 0s segredos dos dois maioresvestibularesdo pais, Se vocé seguir participando de pracessos seletives em 2019, também no dé para perder a préxima edicao do GE Atualidades, que sera langada em margo, razendo novos fatos do naticario que padem cair nas provas. a ATUALIDADES y OPODER DAJUSTICA FOTO: FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF CDA nears} Veja quando slo lancadas ‘as nossas publicagdes este ano mes PUBLICACAO Janeiro GE HISTORIA eee GEGEOGRAFIA = GE MATEMATICA ay GEATUALIDADES1 Abit GE Fisica ot GE QUIMICA hae GE FUVEST " GE BIOLOGIA Junho GEENEM a GE PoRTUGUES rn GEREDAGAO GEATUALIDADES2 Setembro Outubro GE PROFISSOES Novembro Dezembro (0 guias ficam um ano nas bancas ‘com excectio do ATUALIDADES, que é ‘semestral. Ve pode compri-los também pelo site do Guia do Estudante: guladoestudante.com.br FALE COM A GENTE: ‘Av. Major Sylvio Magalhaes Padilha, s200, Condominio América Business Park ~ difcio Atlanta, CEP 05692-050, 10 Paulo/SP, ou email para: guladoestudante abril@atleitor.com.br CARTA AO LEITOR Presidentes da rm juno deste ano, um simples apertode mio CoreiadoNorte, Kim 0 QUE A IMAGEM foi capaz de mobilizar as atengdes de todo 0 Jongiun, dos EUA, mundo, Aose cumprimentarem emCingapura, Donald Trump, se ~ os presidentes dos Estados Unidos (EU), cumpximentamem NAO REVELA Donald Trump, e da Coreia do Norte, Kim cipulaistérica Jong-un, deram inicio ao primeiro encontro entre lideres dos dois paises, de uma guerra nuclear: 0 cordial deve ser compreendido a partir de um contexto historico, estratégico e, por que no, teatral, Para entender o real significado desta imagem, é preciso olhar ao entorno de seus prota- sgonistas e questionar: qual a importincia do encontro? Por que houve uma guinada nas hostilidades em tio pouco tempo? Quais os interesses nao revelados dessa reuniio? © que move toda aequipe do GE ATUALIDADES é ustamente a tentativa de explicaro noticidrioe proporcionar um entendimento claro acerca dos principais fatos nacionaiseinternacionais. Cada fras cada indicador, cada mapa, cada foto desta publieagao foram incluidos com o propésito de permitir similar as informagdes que serdo mais titeis na hora em que vocé for prestar o vestibular. O queesti por trés da morte da vereadora Marielle Franco, as implicagdes da greve dos caminhoneiros que quase parou o pais, as ameacas que a democracia enfrenta no Brasil e no mundo ¢ os desafias do Poder Judiciario sdo algumas das abordagens e reflexes que propomos nesta publicagao, Ao explorar o histérico, os conceitos, os desdobramentos e as contradig6es dos acontecimentos, procuramos ex- pandir a sua compreensio para além do que uma imagem ou uma noticia podem revelar na superficie. ‘Um abrago e sucesso nos exames apés meses de trocas de farpas e ameagas ° io Sasaki, editor (e papai) - fabio.sasaki@abrilcom.br Nota da redacdo: esta edicao fol fechada em 12 de julho de 2018 ATUAUADES|2rsemest 208 5 SUMARIO RUC eee ee} ESTANTE icas culturais Sugesties de mes, histéras em quadtinhose fotograias que ampiam.acompreensio scbretemasce atualidades PONTO DE WISTA 14 Agreve dos eaminhoneiros Confira o enfoque que as prncipais revistas semanais deram a0 protesto que quase parou o pals 16 Aprisdo de Lula Veja como fol a abordagem dos ommais sobre 0 dia em que 0 ex presidente se entregou a Policia Federal DESTRINCHANDO 18. Desigualdade Conjunto de infografia apresenta um panorama sobre a concentracdo de rendano Brasil e no mundo aborda os esafios para realizar uma wibutagao mais justa 24 Estados Unidos e Rusia Os desafiosenfrentados pelas duas Poténcias ea rivalidade que remete 0 periodo da Guerra Fria Acior 34 Coreia do Norte Donald Trump e kim Jong: un realizam enconteo histévico que tentacontero programa nuclear norte-coreana 40 Guerra da sitiaAtaque com armas quimicas mata retaliagio dos UA, mas ditador Bashar al-Assad permanece frteno poder “44 Oriente Médio EUA abandonam acorde nuclear com 03, 2m decisio que tr 48. Descubra: Curdistéo Mapas egréficos abordam as caractersticas socioeconémicas dessa regiao que busca seu Estado préprio ‘consequéncias para jogo de poder na regido 50 América Latina Difculdades econémicas epolarzacao politica ‘matcam a eleigbesrealizadas nos paises da ogiso S56 Cuba Asada de Rail Casto do pacer dinicio’ transis politica naitha caribenha e pode consolidar as reformas econémicas 538 Guerra Mundial 0s 100 anos do im do confit que deixou uma ropa destruidae nfo conseguiu aplacarasrivalidades 60 Nasmios da Ju Ossie PODER JUDICIARIO Reportagem especial debate oatual protagonismo do Poder Judicisrionasociedade 62 Opoder detoga As decisSes da Justica que elevaram asus inflvencia na sociedade eo confto entre os tes padres 65 Uma complexa engrenagem Acstruturaeas multiplas atibuigbes dos principals éreios do Poder Judicisrio 72 A.usticana berlinda A eficiéncia do Judicisrio édebatide 2 partirda subjetvidede das decisdese dos priviléios de classe 6 ccavuatondes | 78 Democracia Crise politica, econdmica emoral permite a ascensio e ideresautortariosecolocam em riscoos sistemas democraticos 88 Operagéo Lava Jato Asimplicagies da prisdo deLula 92 Questo agréria Com os assentamentos paalisados, crescema violéncia no campo eas demandas porreforma agrévia 96 Questio indigena As ameacas acs direitos historicos dos indios 100 Transportes Greve dos caminhoneiros provoce prejuiros bilionarios reacende o debate sobre a dependénciarodovieria 4108 Trabalho inovacoes tecnoldgicasalteram a producde industrial ¢ provocam mudangas profuncas na relagBes trabalhistas 4114 Inflagdo Com os precas sob control, taxa de juros despenca 116 Balanga comercial Aumento das exportacées gera superivit 118 Globalizagio ameaca de uma guerra comercial entre UAe China QUESTOES sociAs 124 ViolénciaA morte da vereadora Matille Franco expbe oavancodo crime organizado ne Rio eos problemas daintervengiofederal 130 Migragdes 0 ingresso.em massa de venezuclance 20 Brasil 134 Urhanizage.0 desabamento.de um préio ocupado por familias de semteto em Sio Paulo revela as falhas das politcashabtacionals 1180, Demografia 0s efetos do envelhecimento populacional no mundo ass as NOMA fentitéria Os movimentossocais ea luta por dtetos in Luther King 0: 50 anos da mer do movimento pelos direitos cvisdos negres 150 Internet Vazamento de informacbes de usvatios do Facebook reforea tegras de protecao de dados pessoais na web 4156 Agua 0 fim da seca no Nordeste ea gestdo dos recursos hides 160 Doenas no transmissiveis O tabogisioe outros fatres de isco 164 Chico Mendes Morte de atvista ambiental completa 30 anos de um dos maiores li JENCIAS E MEIO AMBIENTE SINULADO 16 Teste 32 questdes dos vestibulares sobre temas desta edc30 PENSADORES 1178. Thomas Hobbes 0s confltosinternacionais na visio do flésofo Em busca de direitos negados A Ganha-Pao expoe, de forma delicadae realista, as restricdes impostas as, mulheres no Afeganistio ¢ precisar sustentar sua fa- de. Como se nao bastasse, voeé também nao tem permissio para sait de casa, Essa é a realidade da menina Parvana, retratada na animagao A Ga nha-Pao, indicada a0 Oscar e 0 Globo de Ouro de methor animagao em 2018. sseada no livro da escritora cana- Deborah Ellis coproduzida por Canadi Irlanda e Luxemburgo, a obra conta a histéria dessa garota que vive com sua familia em Cabul, capital do ESTANTE sto, em uma sociedade con- trolada pela milicia Taliba grupo extremista, que governou o pais de 1996 a 2001, mas ainda hoje comanda areas, impée uma politica mareada por execugées puiblicas, pelo combate A influéncia ocidental e pela obrigatoriedade do uso daburea (roupa utilizada por mulheres mugulmanas que cobre todo ocorpo eo rosto). Um de seus ataques que ganhou grande repercussio ocorreu em 2012, contra a estudante Malala Yousafrai,de15 anos, que hutava foibaleada ao air daescola,noPaqui 0 filme, logo no inicio, por meio de pequenashistérias compartilhadas entre Parvana e seu pai, resume séculos de Tutas que marcaram a regido e desen: cadearam 0 fortalecimento do cextremista. Asconsequencias desse regi- me sto explicitadasem pequenos acon- tecimentos no diaa dia da personagem. Paralelamente, outrahistéria écontada ao longo do enredo pela prépria Parvana, e serve como uma alegoria para ajudar a construire entender determinades elementos da trama central Parvana sente na pele as limitagdes impostas pelo taliba. Nessa ociedade, as mulheres passam por uma série de restrigdes de direitos liberdades: no podem trabalhar nem sair pelas ruas sem cobrir-se por completo. F, quando saem nessa condicio, devem estar sem- preacompanhadas de um homem.Nem mesmo uma simples ida ao mereado ou 4 farmécia para comprar produtos de extrema necessidade & permitida. Ao serem notadas, as mulheres so ques- tionadas, agredidas e perseguidas por estarem supostamente “se exibindo” para os homens. Filha de uma escritora e de um pro- fess vé sua vida mudar quando seu pai é preso injustamente A familia, formada por sua mie, tt irmamais velha e um bebé, deixa entio de ter uma pessoa que a sustente € facaas compras de itens bésicos para sobrevivéncia. Impotente frente nessa situago, Parvana decide se adaptar ‘como pode: corta seus cabelos e se veste com roupas masculinas para se passar por um menino, poder sair de casae prover o sustento de sua familia Quando vai para arua pela primeira ez nessas condigdes, o sentimento de liberdade toma conta da menina, O espectador consegue sentir imedia- tamente as diferencas no tratamento que a personagem recebe. O que até enti era preocupacao e medo de ser notada, se torna tranquilidade e alivio de poder ir e vir sem nada a temer. Com essa primeira barreira superada,o objetivo dajovem passa aser tirar seu pai da prisio. ‘A animagio também vai além das restri¢des aos direitos e & autonomia das mulheres e, de forma sutil, aborda ‘outras questdes presentes nessa socie- dade, Os casamentos com criangas, as mortes eausadas por minas terrestres, o trabalho infantil, o analfabetismo, a guerra eouso dearmas pelos jovens si0 alguns dos problemas apresentados. E, por mais absurdas que possam parecer diversas situagdes, 0 longa aborda as diferencas culturais e mostra a natu- ralidade com que acontecem na regio. AGANHA-PAO Diregfo| Nora Twomey Ano| 2017 Destinos marcados pela ditadura Em Amores de Chumbo, desdobramentos do regime militar brasileiro afetam a vida de trés ex-militantes A ditadura militar, que ocorreu no Bra- sil entre 1964 ¢ 1985, deixou diferentes ‘marcas em quem vivenciou de perto os efeitos do regime. Em Amores de Chum- bo, trés personagens tém seus destinos completamente alterados por situacées pelas quais passaram nesse periodo. ‘Miguel, um professor de sociologia e ex-preso politico, e Licia, que se: forgou para tird-lo da prisio, comemo- ram a unido de 43 anos. Essas quatro décadas também marcam o tempo em que Maria Bug tora pernam= bucana que lutou a0 lado dos dois pelo fim da ditadura, se exilow na Franca, Quando ela volta ao Recife (PE) ¢ de- cide reencontrar Miguel, com quem teve um relacionamento najuventude, sérias revelagdes vém 4 tona, O regime militar serve como pano de fundo para entender as decis6es tomadas pelos personagens desse triamgulo amoroso dar profundidade & trama. Enquanto Miguel e Liicia julgam os ‘motives que levaram Maria a partir para ‘exilio, esta conta que niio resistin aos horrores que sofreu: torturas, a pris deseu parceiroeamorte de conhecidos. Emum misto decobraneas e acusagées, oprofessore a escritora descabrem que cartas que enviaram um ao outronunca chegaram aos seus destinatarios, o que poderia ter mudado o destino do casal Em um dos momentos mais fortes do filme, um grupo de atores faz uma apresentacio mostrando a estudantes fotos e relatando historias de pessoas mortas durante a ditadura. Em outro, Miguel e Maria chegam a das celas do periodo,em uma delicada cena na qual o dislogo ¢ curto, mas & possivel perceber a emogio de cada um. 0 titulo do longa faz referéncia aos “anos de chumbo”, como ficou conhe- cido, no Brasil, os anos mais repressi- vos da ditadura - de 1968, quando foi instaurado o Ato Institucional n° 5, atéo final do govern Médici, em 1974. Amoresde Chumbo &0 primeiro filme de ficea0 da cineasta pernambucana ‘Tuca Siqueira, que possui umarelagio estreita coma época retratada: seu pai, Laciano Siqueira, foi preso durante 0 governo militar. O objetivo da diretora nio foi fazer um filme sobre 0 periodo cemsi, mas sobre os efeitos delena vida das pessoas. O ponto de vista de cada ‘um guia diferentes percepgdes sobre acontecimentos de um periodo que di- touorumo do Brasil ede diversas vidas. isitar uma [AMORES DE CHUMBO Diregéo| TucaSqueira Ano [2018 ATUAUOADES |r semeste2018 9 10 POUL Doe Dramas da marginalizagio Castanha do Pard explora a questo da desigualdade social e da auséncia do Estado C periferia de Belém, no Para, cresceu em uma familia na qual eas psuraagreatay Eacry oat ao menino e 4 sua mae. Apdés uma da discussées familiares, Castanha desa- parece. Uma vizinha chama a policia ¢, enquanto da seu relato a um guarda, Soe aaclatamuiraieaes eae Sacer seni reece ae eee Sauna cls anieT oon oe eri dade Anes einai do tema e da conducao da historia, é pos- sivel notar os tons lidicos de um me nino que se refugia em sua imaginagio. ‘Mesmo com as dificuldades impostas Ri eco vitdrias em partidas de futebol. Ojovem circula, ao longo do dia, pelo tradicional mercado piblico de Belém, (© Ver o Peso, um dos mais antigos do Berbaceeme wie formas de se divertir. Ele sobrevive de pequenos furtos e é marginalizado tanto por stia condigao social quanto pelo deseaso do Estado, ‘As criangas so representadas com cabecas de animais, No caso de Casta- nha, um urubu, animal muito presente ES aaua vu reel Mal poe comum e frequente, também passa despercebido na multidao. ‘Assim, em ritmo agitado e inteira- mente colorido em aquarela, o romance grafico prendeoleitorem cada pagina. A Se cleenecaaaae astanha, umjovem que vive na ESTANTE CASTANHA DO PARA Autor ida Jn Editora Edi do Auto, 84 péginas desde figuras do futebol, como Pelé, até personagens como Jaspion, famoso herdi da década de 1980. Em uma lingua- gemrepleta degitias e expressdesttipicas da Regido Norte do Brasil, os didlogos sii fortemente marcados pela oralidade. 0 trabalho do artista Gidalti Jr. foi oprimeiro vencedor na categoria His- t6ria em Quadrinhos, que estreou em 2017, na 59* edigio do Prémio Jabuti, ‘um dos prémios literdrios mais impor- tantes do Brasil. O autor nasceu em Belo Horizonte (MG), mas mudou-se para Belém ainda crianga, A producio demorou trés anos para ficar prontae nasceu de uma campanha de financia. mento coletivo. A HQ é uma adaptaga do conto Adolescente Solar, do escritor e poeta Luizan Pinheiro. ‘Uma dasimagens da obra, que mostra ‘um policial tentando atingir o garoto em fuga com um cassetete, chegouaser censurada em uma exposigao de hist rias em quadrinhosem um shopping de Belém. A alegacio foide quealustragio seria uma ofensa 4 Policia Militar, além decausar incémodo aos frequentadores do local devido 4 “cena de violéncia” O autor respondeu que olivro retrata situagbes cotidianas de diversas metré- poles brasileiras, e que nio pretendeu fazer apologia ao crime ou desmoralizar apolicia, Segundo ele, inclusive, um dos ppersonagens mais humanizados da his toria éo préprio policial que investiga ‘o desaparecimento do protagonista. Luta pela liberdade Em Angola Janga, a versio dos negros em Palmares é colocada no centro da narrativa epois de 11 anos de uma mi- nuciosa pesquisa feita pelo ilustrador, professor e mestre em histéria da arte Marcelo D’Salete nasceu a HQ Angola Janga ~ Uma His- téria de Palmares titulo da obra vem da lingua af cana kimbundu e significa “pequena Angola”. Este foi o nome dado a Pal- mares pelos préprios moradores para definir esse polo de resisténcia negra regio foi um conjunto democambos entre Alagoas ¢ Pernambuco, cuja ca- pital politica eadministrativa, Macaco, chegou a ter mais de 6 mil habitan- tes - 0 que equivale & populacio da maiores cidades brasileiras da épo« sa espécie de pedaco da Africa no Brasil resistiu por mais de 100 anos tentativas das autoridades de abafar © movimento e dar continuidade a0 sistema escravocrata, 0 foco da narrativa nao se limita aos feitos da principal lideranca da resis- tencia, Zumbi, cuja morte em 20 de novembro de1695 inspirou a criagio do Dia da Consciéncia Negra. Ela também aborda personagens complexos, comoo lider Ganga Zumba, o bandeirante Do- mingos Jorge Velho e outros homens e mulheres que fizeram parte do periodo. 0 autor paulista se dedicou inten- samente aos estudos de documentos, textose imagens que, juntos, formaram um expressivo panorama daresisténcia negra no period colonial. Seu objetivo niofoiilustrar o queteriasidoa“histéria vverdadeira”, mas sim oferecer uma ver~ ANGOLA JANGA Autor MarceloD'Salete Editora Veneta, 422 pSginas sio diferente da comumente retratada, colocando os negrosno fovo danarrativa Diversos elementos da personalidade de cada personagem sio construidos aos poucos. Na detalhada arte em preto € branco, acompanhamos a trajetéria das figuras resgatadas pelo autor. Nasutileza dos didlogos, os personagens sio huma- nizados ea romantizagao é deixada de Jado. Entre erros e acertos, momentos de coragem ede fraqueza,os diferentes niicleos da historia sio desmistificados edeixam de ser apenas os grandes per- sonagens planos dessa época. Em uma mistura entre realidade € fice, a obra trata de fatos histdricos sem exagerar no didatismo, Recursos como flashbacks fortalecem 0 enredo sem prejudicar 0 andamento da histé- ria, E possivel compreender detalhes do periodo por meio dos dialogs, mas também dos textos que introduzem os capftulos com documentos, trechos de v10s sobre aépocae até declaragdescde pessoas que viram os conflitos de perto. Paracompletar, nas iltimas piginas, ha umglossério com os principaistermosdo periodo utilizadosno livro, mapas, miime- rossobre aescravidio eacontecimentos importantes em ordem cronoldgica. Mesmo tratando da escravidao e da resisténcia negra no periodo colonial, a HQ mostra-se contemporiinea. Oracis- ‘mo ainda esta presente na sociedade, ¢ entender as raizes desse preconceito & fundamental paracombaté-lo. ATUAUABES|>semeste2019 AL 2 LLL Imagens que mostram as aos varias faces da violéncia Fotografias vencedoras do prémio World Press Photo 2018 expressam as brutais consequéncias de conflitos politicos e soci: pelo mundo ESTANTE 6S calor, o claro, Eu nio sabia o que era, 36 Juma bola de fogo vir minha dirego, Eu a segui, disparando a minha cimera sem parar, ouvi seus gritos e foi ai que me dei conta do que era”, contouo autor da imagem acima, 6 venezuelano Ronaldo Schemidt, da ‘Agéncia France Press (AFP),no México. Abolade fogo a que ele se refere é0 corpo do estudante venezuelano José Vietor Salazar Balza, de 28 anos, em chamas.0 fotégrafo, que havia deixado sua terra natal havia quase duas dé das, foi enviado para pais novamente para cobrir os violentos confrontos entre a policia e os opositores do pre- sidente Nicolés Maduro que abalaram a regio entre abril e julho de 2017, ‘As manifestacdes se intensificaram depois que Maduro anunciou a convo: cagio de uma Assembleia Constituinte para alterar a Constituigao do pa Foram quatro meses de confrontos quase didrios em meioa umadaspiores crises econémica, politica e social que a Venezuela enfrentou, Nas ruas,travou- se uma batalhaem meio a bombasdegis lacrimogéneo, balas de borracha, pedras ‘ecoquetéis molotov. Mais de120 pes morreram e milhares ficaram feridas O registro da imagem ocorreu apés a explosio do tangue de gasolina de uma motocicleta da policia na Praca Altamira, no leste de Caracas. foto representa a te tum pais, o meu, em desgraga: refém de uma espiral de violéncia politica eso- cial’, declarou Schemidt, Pelofato deo homemestar com o resto coberto, sem mostrar sua identidade, a fotografia foi interpretada como arepresentacio de ‘uma Venezuela em chamas. A;magem venceu o prémio de melhor foto do ano da 61" edigo do concurso World Press Photo ofthe Year, promo- vido pela Fundacio World Press Photo (WPP). A organizacio realiza anual- mente uma premiago internacional, selecionando as melhores fotos jorna- listicas. A justificativa para a escolha da imagem foi que ela “desencadeia uma emogio instanténea”. Na parede atrés do homem no centro da imagem, ‘umapichagio paradoxalmente mostra ‘umaarma que disparaa palavra “PAZ” Outras fotos que foram destaque des- taedigdo do prémio também retratam, de alguma forma, manifestagdes de violencia ~nem sempre tio explie A foto acima mostra uma senhoi Nadhira Aziz, que observa as forcas de dfesa civil iraquianas recuperarem os ie sua sobrinha ede sua imi em sua casa, na cidade de Mosul, apéstum ataque aéreo em junho de 2017 ccontrao grupo Estado Islimico. Nabat Thade Mosul, estima-se que pelo men 4.100 civis foram mortos. O registro foi feito pelo fotégrafo irlandés Ivor Pric A série feita pelo canadense Ke Frayer sobre os muculmanos rohingya de Mianmar (@direita) também merece atengio. No pais de maioria budista, eles ndo sio reconhecidos pelo Estadoe formam uma das minorias étnicas mais perseguidas do mundo. Com isso, pro- tagonizaram uma fuga em mas mort Para conferir todos os trabalhos pre- miados nesta edigio, acesse o site da PP: httpsy//wwwavorldpressphoto. org/collection/photo/2018. © MOMENTOS EXTREMOS Aesquerda, a foto doestudante venezuelano José Victor Salazar Balza lem chamas fol registrada em Caracas, em meio & turbuléncia politica no pas, onde se enfrentam grupos contréros efavordvels ao presidente Nicolés Maduro. Acima, a raquiana Nadhira ‘lz, que se recusou a sair do local onde estava enquanto os restos mortals de sua irmaie sua sobrinha eram retiados do lugar, ap6s ataques aéreos na cidade de Mosul. Abaixo, a imagem escancara a exaustio de uma famila de muculmanos rohingya em um campo de refuglados em Bangladesh, depois de deixarem seu lar em Mianmar,vtimas de perseguigSo do Estado. PONTO DE VISTA 4 OFUTURODA PETROBRAS VEJA © principal elemento da capa de Veja é uma mangueira de abastecimento. Ela traz 0 logatipo da Petrobras, permitindo aidentificagéo com a empresa. Da mangueira sai uma grande quantidade de combustivel, dando a idela de desperdicio e ‘numa possivel sugestio a ineficiéncia da estatal “0 futuro da Petrobras”, a principal chamada, surge na parte Inferior da capa. Relacionada a ela e acima vim outras quatro ‘chamadas menores."Por quea empresa ndo pode serinstrumento politico de governos” faz alusdo aos governos petistas, que, na visio da revista, usaram a empresa para objetivos politicos. 0 contetdo dessa chamadaca ideia do desperdicio aconam assim, implicitamente, para a privatizacdo da empresa como forma de ‘combateressas préticase a fata de eficéncla, Nasequéncia,“Dols presidenciaveis sie favor da privatizagio da estatal, cinco si0 contra” traznovamente a questio da privatizaclo, mostrandoa io dos candidates. Em “60 bilhSes dereais foi prejuizo da reve dos caminhoneiros (adivinhe quem vai pagar a conta...)” sugere, ironicamente, que oletor - 0 contribuinte -& quem vai arcar como prejuizo da greve. Por fim, “O que acontece a partir de agora com o prego do combustivel” chama a atenco paraa politica de precos da Petrobras, colocada em xeque pela greve. ISTOE ‘Comum fundo proto principais chamadas em amarelo, Istol privilegiou uso politico da greve em sua capa, ouseja,comoa ‘manifestacéo teria sido apropriada por diferentes grupos para ‘promover seus interesses. No centro, afotografia de uma rodo- via de Campinas (SP) bloqueada por manifestantes que atearam fogo em pneus, vem acompanhada da manchete “Sob osigno do caos” edo texto: “Mobilizacdo que teve inicio com a greve dos caminhoneiros descamba para baderna com ainfiltracso deoportunistas que pregam o “quanto pior, melhor”. O uso de ‘expresses como “descamba para a baderna”e “infiltragdo de ‘oportunistas” revela uma abordagem explicitamente opinativa, De acordo com a revista, esses “oportunistas” seriam tanto pessoas que pedem a volta do regime militar como sindicalistas ‘que defendem a libertagio do ex-presidente Lula - ambos, descontentes com a atual situacio, torceriam para 0 “ca0s", “abaderna”, para o “quanto pior, methor”” ‘As duas chamadas acima do titulo da publicac3o também sio relacionadas a greve dos caminhoneiros.“O levantefisct” critica carga tributéria brasileira “oinsustentivel peso dosimpostos”) ‘eA solucio dos candidatos” explora, assim como fez Veja, a op ‘igo dos presidenciaveis quanto a politica deprecos da Petrobras. Agreve dos caminhoneiros e seus efeitos Paralisagio bloqueou vias, causou prejuizos e desabastecimento, além de expor fragilidade do governo OFATO [== 21demaiode 2018,uma seve convocada por caminhonei- ros, contra os sucessivos aumentos no prego do diesel, parou o pais por 11 dias. Com centenas de pontos de blo- queio em todo o Brasil, manifestaca deixou postos e aeroportos sem combus- tiveis,dificultou a circulagdo de automé- veise énibus, levou fabricasa suspender a produgio. interrompeu adistribuigao de alimentos. 0 protesto, que causou prejuizo avaliado em bilhdes de reais, teve oapoio deassociagSesempresariais do setor ede grande parte da populagao. [Num vai e vem de negociagdes com os caminhoneiros,o presidente Michel Te- ‘mer acabou cedendo’ pressioe atendeu a todas as reivindicagées da categoria. © entio presidente da estatal, Pedro Parente, pediu demissio da empresa. CARTA CAPITAL Carta Copitalnio traz uma fotografiana capa, masuma grande ilustracio. Emtons escuresefinebres, sugerindo um ambiente fantasmagérico, surge do solo uma grande mao para cima, como ‘vinda de um corpo enterrado.Aolado da imagem aparece ainica chamada"“Golpe morto, olpistas vivos”-seguida de “Natimor- ta uma funesta solugio militar para a ruina exposta pela greve caminhoneira,ressurge da tumba a farsa do parlamentarismo”. Assim, a revista explora como a greve dos caminhoneiros teria colocado em evidéncia o que seria aruina do governo Temer (0 ‘“golpe morto”). Na vio da publicagio, ogoverno responsaivel pelo golpe'(asaida do poder da presidente eleita Dilma Rousseff) ‘agora estaria “orto” (corpo enterrado) - tanto pela conducdo equivocada da economia do pais (desemprego,reforma trabathista tc), como pela baixa aprovagio popular e pela inabilidade a0 negoctar com os camminhoneiros. Mas, ainda que o “golpe” esteja 23” estariam vivos (mio para cima) para emn- preenderem outros “golpes” ~ como uma ntervencao militar (que teria sido aventada, mas no executada, daia palavra “natimor- ta”) ea volta do parlamentarismo, Uma antiga agio (arazio da expressio “ressurgeda tumba”) sobre sistema de governo seria julgada pelo STF, emjunho de2018, mas acabou sendo suspensa. EPOCA ‘Uma grande foto estampa a capa da revista. Ela mostra as dduas principais figuras relacionadas a crise dos combustiveis ‘ea greve dos caminhoneiros - Michel Temer e Pedro Parente. ‘Ambos aparecem sorrindo, como se estivessem concordando sobre algo sob um fundo azul-celeste, que reforsa o ambiente de harmonia. Vale lembrar que a capa fol feita antes do ligamento de Parente da empresa, em 1° dejunho de 2018. ‘Almagem, no entanto, parece nio corresponder a chamada principal (“0 apagio do gestor"), que aponta Parente, homem cde confianga de Temer, como pivé da rise. Esse recurso sugere ‘© descompasso entre o que representou a paralisacao, com seus enormes prejuizos tanto para a economia do pais como para a prépria Petrobras, ea reacio tardia e desencontrada do _governo, que inicialmente subestimou o protesto, mas depois indicagBes da categoria. ‘Afrase “0 apagio do gestor’, usada na chamada principal, refere-se tanto a fama de bom gestor de Parente (por ter feito, por exemplo,a Petrobras dar cro depois de um periodo acu- ‘mulando perdas), quanto ao apetido de “ministro do apagio", ‘que recebeu quando era ministro da Casa Civilecoordenouo racionamento durante a crise energética de 2001. ‘acabou cedendo a todas as: AUAUOADES|>semeste2019 35 16 Lula é preso em Curitiba por corrupcao Condenado a12 anos e um més de detencao no caso do triplex em Guarujé, ex- presidente se entregou a PF OFATO m7 de abril de 2018, 0 ex-presi- dente Luiz Inicio Lulada Silva, do Partido dos Trabalhadores (PP), foi preso na Superintendéncia da Policia Federal (PF), em Curitiba (PR), para cumprir pena de pri anos € 1 més de reclusio por corrupgio passiva.e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guaruja. Desde que 0 juiz Sergio Moro expediu a ordem de prisio, dois dias antes, Lula se manteve na sede do Sindicato dos Metahirgicos do ABC, em Sao Bernardo do Campo (SP), de onde negociou sua entrega. Na manhi do dia 7 de abril, ganizado um ato piiblico em frente 20 sindieato em apoio a Lula, Emum carro desom, e coma presenca de politicos, sindicalistas e artistas, Lula discursou para milhares de simpatizantes. A noi- te, impedido por parte da militincia de deixar o sindicato, o ex-presidente foi a pé até um prédio préximo, onde equipes da PF o aguardavam. De li, foi de helicdptero até 0 aeroporto de Con- sgonhas, de onde seguiu para Curitiba. PONTO DE VISTA O ESTADO DE S. PAULO LULA PRESO v = "a a ESTADO DES. PAULO Lula Preso. A frase curta, clara e direta foia manchete (pri cipal chamada) dojornal 0 Estado des. Paulo, assim como dos ‘outros dois didrios. Em todos eles, ela foi grafada em negrito ‘eemletras maiisculas, indicand ‘Outro ponto comum aos trés di todo 0 espace da p ‘Abaixo da manchete, 0 Estado privilegiou trésinformacies: ‘a duragéo (12 anos e 1 més) eo motivo da pena (corrupgio.e lavagem de dinheiro);o fato de Lula sr o primeiroex-presidente ‘irparaa cadeia por crime comum; ea demora(26 horas) em Lula se entregar apés0 prazo dado por Moro. 0 Estado também foi o nica entre os tras dirios a citar, em suas chamadas, 0 Julz Sérgio Moro, espécie de antagonista de Lula. ‘Agrande foto que ocupa cerca de metade da capa mostra a chegada de Lula sede da Policia Federal, em Curitiba. Lula, do cabosa baixa, desce do aviso, acompanhade por policiais. O titulo da foto nao deixa dividas: Destino final. Ou seja, aca- ‘ou; Lula foi preso. ‘Abaixo da imagem, hé outras quatro chamadas para o caso, Uma se refere 20 diecurso de Lula edestaca os “ataques contra ‘oMinistério Public e Judicisio”. Outras duas séo de colunistas dojornal, ambas crticando o ex-presidente (“Lula age como cchefe de bando” e “Priséo de Lula é por ambigdo, cobica e promiscuidade com empreiteiras”). Por fim, a chamada para © editorial (opinigo do jornal) defende a decisio do STF de negar habeas corpus a0 ex-presidente. FOLHA DE S.PAULO [LULA PRESO, FOLHA DE S.PAULO Entre os trés didrios, a Folha de S,Paulo foi a tinica a mos- ‘rar, em sua capa,a manifestagio de apoio que Lula recebeu. A ‘maior parte do espaco da primeira pagina foi ocupada por duas {fotografias, de mesmo tamanho, posicionadas uma abaixo da outra, mostrando o ex-presidente em dois momentos di ‘Ade cima, identificada com “So Bernardo”, lagra Lula em A multi tos. 0 de militantes que acompanhou seu ‘em frente ao Sindicato dos Metalirgicos do ABC, na cidade ue foi seu berco politico. Lula aparece sendo carregado pelos simpatizantes e trazendo floresina mio. A fotografia foitirada apés seu discurso, durante o dia, deixando a imagem bem niida e as cores com boa definicio. {foto debaixo,identificada com “Curitiba”, a0 contrio, 6uma imagem feta durante noite, nomomento em que oex-presidente chegou & sede da PF, na capital paranaense. Assim, enquanto a primeira foto revela Lula num momento apotestico, com muita luz, no alto, erguido por uma multidao, a segunda imagem faz tum contraponto, a0 retratar Lula num ambiente escuro,sezinho, emmovimento descendente -Lula desce do aviéo, conduzido por Policias. Representam, respectivamente, sua gloria esua queda. Abaixo da manchete “Lula Preso”, ojornal destacou dois fatos: © periodo de 26 horas que levou para Lula se entregar (este em comum com 0 Estado e 0 lobo) eodiscurso que oex-presidente fez. é, ainda, sete artigos que repercutem ofato - cinco deles de jornalistas ou colunistas da Folha e dois de autores convida- dos - um contrario e outro favordvel ao ex-presidente, LULA PRESO Primer ex presi patitaseentreg e a cumprir pena por corupe, a3 PF depois de quase 2 horas OGLOBO 0 diério carioca apresenta sua cobertura dofato sob a expres- ‘0 “condenagic historia’, reforgand ainda mais titulo “Lula _preso”. Comuma abordagem parecida com afeita pelo Estado, (0Globo também destaca, nalinha abaixo da manchete, operi- ‘odo de26 horas que o ex-pre eo fato de ser 0 primeira ex-presidente a cumprir pena por corrupcéo. Com um destaque menor, também cita odiscurso de Lula, assim como a Folha ofez, mas foca no desafio a auto- ridades e no ataque a0 Judictério, Ministério Pablico emidia. Diferentemente da Folha e do Estado, 0 Globo néo traz aim: ‘gem de Lula chegando a sede da Policia Federal em Curitiba. (0 jornal mostra o ex-presidente ainda no Sindicato dos Me- tallrgices do ABC, mas néo durante seu discurso, quando fol carregado pela multidio, esimno momento em que entra no carro da Policia Federal, com o semblante abatido, “Rumoa cadeia’, diz o titulo da legenda, que chega a citaros militantes, ‘mas nao ob a ética do apoio (“militantes bloquearam portoes do locale impediram por quase duas horas a saida do petista”). ‘Acapa ainda destaca cinco artigos sobre caso, duas matérias ‘euma charge. Achamada para uma das mat “aie de 100 politicos, de 14 partidos, ja foram investigados na Lava- Jato” - 0 que seria uma forma de defesa a0 argumento de petistas de que a operacaoéseletivae sé miraLula ou o PT. Jé ‘a charge mostra Lula como “O Pensador’, famosa escultura de ‘Auguste Rodin. Ele aparece sentado e refletindo, na prisio-a Janela quadrada, 20fundo, 6 uma referénciaas grades das clas. lente demorou para se entregar AUAUABES|>semeste 2019 17 DESTRINCHANDO NO ESTUDO E NO DIAADIA, GRAFICOS, MAPAS E TABELAS TRAZEM MUITAS INFORMAGOES INDICE DE GINI NOS PAISES . | aim, 0 movcaoor ox estcuatoxDe indie (oucoeficent) deGini€e principal indeador uizad pata edit graude concentra deena na POBREZA. DESIGUALDADE Desguldade e pobreza io concetos iferentesPobezaetrelcenads 3 Draco material ede necesidaes sins Consideramseentremarente pabresaqules qu sobrevivem com RICO EDESIGUAL Repae ques EUA donot do maior Produto Intern rato (1 apresentam eleva cin, ‘queimplica que todaasuariquezando&

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