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Douter em Musica ¢ Catedratico de Harmonia ‘Superior 4 Teoria Musical pala Universidade Federal do Rio de Janeiro — Aswociate Teacher do Trinity College of Music of London HARMONIA DA CONCEPCAO BASICA A EXPRESSAO CONTEMPORANEA : 1° VOLUME | i 2007 | z 9° Edicge HARIONIA DA ESCOLA DO AIOE vANEIRO rr ae ee EDITORA CASA OLIVEIRA DE MUSICAS LTDA, austere lA RA RAGES TA om Masia Soisa bMrttes Reolii Doutor em Musica @ Catedrético de Harmonia Superior e Teoria Musical pela Universidade Federal do Rio de Janeiro — Associate Teacher do Trinity College of Music of London HARMONIA DA CONCEPCAO BASICA A EXPRESSAO CONTEMPORANEA DE ACORDO COM G PROGRAMA DE HARMONIA DA ESCOLA DE MUSICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL 00 RIO-DE JANEIRO 1 VOLUME 9° adigao 2007 EDITORA CASA OLIVEIRA DE MUSICAS LTDA. RUADA CARIOCA, 7. TEL: Dine.8630- 297.0200 RIO DE JANEIRO - Ru Deixamos registrada nesta obra tada a nossa experitnele de 40 anos dedicados 20 ensino desta fascinance matéria — HARMONTA. Frocurames wera malor clareze ¢ simplicidade posefvels no modo de expor or estun- them como, mefodizar o seu encaminkamento pare fucilitar o aprendizado, At ze encontram os conhecimentos findlementais, para teria correta ¢ bem feite harmo. nizagdo, desembaragos do rigor excestiva que atrafia a idéia de eriapio harménica, RENOVAR SEMPRE, @°0 nosso lems. Todaviz, som exageras « incomvaniéncias quite (Aipam soar folsa a tdéia do BEM FAZER e, sem derurpar o que reatmente signifies 0 atuatiracdo dos principios da Harmonia moderna, que refletem uma conceppifo harménica moldada no exp! vito da época em que viverras, AAUTORA outubro de 1979 RIO Copyright 1976 by Casa Oliveira de Miisicas S/A- Rio de Janeiro BRASIL MARIA LUISA BE MATTOS PRIOLLE Apresentagso: NogGes de Fraseologia. . Unidede Unidede Unidade Unidade Unidade Unidade Unidade Unidade Unidade Unidade 10 (Harmonia a 4 vozes) .. Unidade 11 (Dobramento de notas nos acordes de 5), Unidade 12 (Dobramento de notas nos acordes de 6). Unidade 13. (Dobramento de notas nos acordes de 45}, Unidade 14 (Dobramento de notas nos acordes de 42 aum.e 68) Unidade 15 (Mudanga de posiedo dos acordes)... 0.0.00 065 Unidade.16 (Cadéncias Harménicas) Unidade 17 (Escolha de acordes — Cifragem do baal Unidade 18 (Marchas Harménicas) Unidede 19 (Harmonia Dissonante Natural)... . Unidade 20 (Acorde de 72 da Dominante) . Unidade 21 (Canto Dado). Unidade 22 (Acorde de 73 re Sensivele de ro Diminuia). Unidade 23 (Acorde.de 93 Maior e menor da Dominante} - Unidade 24 (Modulacdo aos Tons vizinhos) ... « “HARMONIA” —DaConcepefo Basica a Expresso Contempordnea 19 VOLUME INDICE 1 (Movimento: mel co) . 2 (Movimento harménico} . 2 (Cifregem dos acordes no. estado. fundamental Su. Presséo de notas — Unissono — Cruzamento — Conserva- Sao de notascamum) .. 25.65... 506. i 4 (595 e 895 diretas — 525 « 88s soneaalrtealse . 5 (Notas atrativas — Resolugdo por tendéncia atrativa nos encadeamentos VIL- 1, V-VleV- i). 6 (Realizacdo de Baixo Dado) .. 7 (Acorde de 62 — Acorde de 62 do I! grau) 8 (Acorde de 49 e 62),..... @ (Acorde de 47 aumentada 2 62). m1 HARMONIA - Da Conouncio Batica A Exorensio Contemporanes Unidade 25 (Acordes de 74 e 92 sobreténica) . Unidade 26 (Acordes de empréstimo) ..... ‘ Unidade 27 (Resolucdo suspense dos acordes disson. rnatursis), Unidade 28 (Acordes de 7? Juntads). Unidade 29 (Modulagdo aes Tons Prisimos) Unidade 30 (Resolucdo Excepcional dos acordes dissonantes) . Unidade 31 (Falsa RelagSo} . reer wee Unidade 32 (Cadéncia Evitada) Unidade 33 (Marchas formadas com | scoides de 7a). Unidede 34 (Harmonizagao croméatica unitanica)...... Cantos.e Baixos Dados Variados....66.020 0) 0s cee cree ee 6 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLL! Apresentagao AO escraver este compéndio — em’2 voluriés — tiverios a preocupacda de abordar toda a matéria compreendida no estudo da HARMONIA, ‘acen- do-o com clateze ¢ objetivamente. Naturalmente que, sendo a HARMONIA uma espadis de 9° estudo da. COMPOSICAO, tivemes que traté-la também sob 0 aspec: cional, para poder consolidar uma base que deve-ser firme e bem alice Entretanto, mostramos paralelamente que, certas resolugGes, bem coms, os Tos encadeamentos e condi¢tes harménicas j4 forem superadas por sutras = tuagGes que, sem ferir o bom efeita do conjunto harmémieo, pacem a a Sar atualizades, para ndo-estagnar uma arte que segue, dia a dia, a evalugao « tempo. A Musica teve, durante stoulos, desenvolvimento felativamente 9+ embora acompanhande © avango do progressa.des.artes pldsticas edic ‘> dus vivendi"" de geracdo apés geracto. de Se: A Renascenca fol.um verdadsiro alvorecer para as artes em veio.a Maisica criandd uma desenyeltura que a trouxe a0 mesmo plano 2 5 pans&O as damais artes. Nao podemos aceitar nos dias de hoje, um estudo de HARMONIA cz oa: de exctusivamente nas bases do velho Contraponto da Idade Média_ A HARMONIA deve ser tanto quanta possivel contrapontada, 1 tange 20 sistema de imitagGes, dislogande as vozes e,a0 mesmo temao, Jar do a cada voz, em particular, uma independéncia comprovada. Naa s¢ pois, censiderar apenas o BAIXO es voz mais aguda |geraimente o Sop como vores cantantes, © deixar-as oulras vozes relegadas ao compleren? harmdnico- Todas as vores do CORAL tin sua importéacia relative, a Cada qual cabendo a vez de liderar a melodia em evidéncia. E esta a autémtica HARMO- NIA CONTRAPONTADA, Quanto as velhas regras, austeras, proibitivas {como as tamosas 635 4845, @ ultras mais), ndo devem ser todas abolidas definitivamemte, mas, recolocs- das.em plano mais ameno, mais livre, ¢ mais eberto. Assim, serdo aceitas todas as normas quevenhem volorizar este expressi- va forma de construcéa musical —o CORAL, isto 4, aprovando e fazendo uso de_novas licencas © mais ainda, nao as proibindo simplesmente porque esies Ou aqueles Tratados as regeitam, Tais licengas sero aqui amplamente- esclarecidas, ¢ exolicade o motive pela qual deixam de ser regeitadas; poderiio ser ent&o bem recabidas e postas em: pratica, Como vimos. tadas as recomendacBes que aqui cansignamas dizem res: peito 4 HARMONIA VOCAL HARMONIA - Da Concepeio Basica A Expressfo Contemporanea 7 Ne HARMONIA INSTRUMENTAL o campo é muito mais livre e assim, a liberatidade de cantedde harmnieo da obra deve ser condizente com a concep¢éo musical da época. Sendo o estuda da HARMONIA © primeira passe para a Composigao arte criatival, a HARMONIA deve dedicar-se amplamente ao desenwolvimen: oda capacidade inventive, que logo se revela na crianSo de melodias Julgamos pois convenienta, antes de entrarmos na matérie-da HARMO- NIA propriamente dita, desenvolver no estudante o QOS1O 6. manejo da com: posigao de metodias, Eis porque decidimes dedicar as “NocBes de Fraseolagia” o: primeira capitulo desta obra. A. guis2 de esclarecimento, lembramas que neste 19 Volume sera estu- jada Harmonia Vocal basica, 04 seja, o alicerce harménico que fortalecerd esquema das grandes estruturas musicaia, Foi revogada, entretanta, o rigor excessive, A Harmonia jd esté af re- tide de maior expansdo, ebrindo trilha para perspectivas mais ampias @ “nais adecuatias as iniclativas © concessies que vém aroporcionar # penetr: 220 em area sonora mais desoprimida, mais dilatada, Todavia, neste Volume, pera cimentar os fundamentes indispensavels 20 pom harmonista, Sera irabathades tados os acordes naturais @ os acordles ar- ‘ifeiais, cujo conhecimenta nao pode faltar a ura sdlida preparaca para o #80 futuro de combinagSes harmdnicas mais errajadas, Eis porque, os acardes aqui estudados so exctusivamente formadios por notas reais. As potas melddicas, oriundas do conteaponte flcride, bem como os acordes alterados, e outras agregacdes mais complexas de Iidirrio sabor con- ‘amperaneo, constituirée o contetdo da. 2° Voluma desta obra, A autora. 8 MARIA LUISA OE MATTOS PRIOLL) NOCOES DE FRASEOLOGIA Estrutura da frase musical (Célula ~ Motivo — Cesura — Inciso — Grupo — Mambro de frase — Parlodo — Cadéncia — Medida da frase — Tésis e arsis — ictus — Anacruse — Inicios e Terminecdes Frase uniténica e modulante) A estrulura da frase musical pode ser comperada a estruture a2 frase literdria. Ambas 1érm os seus elementos basicos de formarao. Assim come.a frase literria consiste numa reunido de patavras do sentido completo, também a frase musical outra coisa nao é se Conjunto de sons ritmados, apresentando, igualmente, sentido musics se? 1 do. Nela encontremos os seguintes elementas: Célula O menor elemento da estrutura musical dhol = Motive, Desento: 1 mais células (DS-s8 tambdie o nome de motive 4 na obra} motivo Cesura Significs © corte entre duis elementos. A cesura pode-ser represe: fOr uma pausa Ou Mes/TIO pela simples iddia ce respirac HARMONIA - Da Concenego Basics A Expressgo Contamporsnes 9 Inciso Peguero: grupo dé notas (fermando ume idéie de pequena porte) garal- mente intercalada entre cesuras. conira = inelea Joeisa, incivo inde Grupo £8 reuniao de dois ou mais iheisos. ride © ineiso spresenta propercdes mais ampies, ¢ assume maior importéncis no contexto da frase musical recebe o nome de grupo. Membro de frase Ea maior parcela na subdivisie da frase. Possue sontide mais ou menos detinida, podende ser formada ‘por um sé bloca inteirige ou por dois ou mais grupos. Per iodo. Periodo ¢ um conjunts de frases, e tem sentido musical absolute Alguias vezres o periodo 6 const Triengs fonga iu. mais ou jo por urna Unica f - 0 periodo ¢ asi ssificado: simpies, quande formado por uma tnica a frase, bindtio, s¢ tom dua’ frases, termario, se. tun trés frases, quaterndrio, ¢ tem quatru frases. Os perfados’de mais de quatrn frases pertencam, geral mente, @ pecei dk grande yulto e serdo estudades no Curso de Mortologia : Musical. o MARIA LUISA DE MATTOS FRIOLL! O periods formado por uma s6 frase também pode: como binario, ternério ou quaterndrio, caso possa ser = em elementos regulares. ser Classit fase désmembrada Cadéncia Chama-se cadéncia 4 sensacio de resnuso na termi ou membro de frase. apBo de uma frase As cadéncias se classificam como: melédieas ou harménicas. As sadéncias melédicas, como seu propria nome indica, restringem exclusivamente, a0 sentido melddico da frase. As cadéncias melédicas podem ser: suspensivas e conclusivas. Sdo suspensivas aquelas que no dio iddia de repouso definitive e apare cem, consequentemente, no.decorrer do perfoda, SGo conclusivas as cadéncies que fazemi sentir um repouso deci ocorram no final do perlodo: As cadéricias harm@nicas s5c. simultaneas com as meladicas, mas depe: dem dos acordes sobre os quais elas repousam. Essas cad@neias ¢: lis ag sentido harménico da frase, dat a denominac#a particular que virde a ter, Sergo tratadas.oportunamente, em uma das préximas unidedes. Analisemos o seguinte trecho para exempliticaggo do que fai dito Trata-se de um periode terndrio (formado de 2 frases) A 1@ frase (4 compassos) termina com cadGncia suspensiva. A 24 frase (4 compassos} estd subdividide em dls membros de frase (de 2 campassos cada ur eando embes os membros com eadéneia suspensiva, A 32 frase (4 passes), terming com ¢adéncia conclusive. Este Ultima cadéncia sen. bém cle eenciusdo do periado, Metro da frase A frase é medica pelo numero-de elemantés que entram na sua forma so, E chamada frase regular ou irregular. Varios s3o as elementos c anazes de dar 4 Trase essa classificacao (regular ou irregular}. Usaremos paca essa tim 3 contagem do nimero de compassos. HARMONIA - Da ConcencSa Basica A Expresso Contemporinea i Se a frase tiver aGmero par de compassos ser pode ser.de duas espécies: a) — quadfada — quando formada por 4 compasses ou qualquer nimero maitiplo de 4 (8, 12, 16, etc}, Exempio: todas asfrases do trecho anterior (formadas por 4 compassos cada uma). b}— nfo quadrada — quando formada por quantidade de comipassos cujo niimero no obedege:é contegem observada na especie ante: rior. Ista @, tem numero par dé compasses, nao séendo esse namero maltislo de 4 (6,16, 14, etc, compasses). regular. A frase regular Exemplo Se a frase tiver nlimero impar de compassos serd irregular. Exemplo: Contudo, se varias frases formadas por némero impar:de compassos se sucedem, conseculivamente, sempre com o mesmo nimere de compassas, & ‘tuem um pervade, estas frases serdo consideradas regulates por sime- Ista, em conseqliéncia da unifarmidade com que sa sueedem. £3 eamossiosh Também os membros de frase servers, fraglientemente, coma elemento de contegem para determinar 9 regularidade ou irregularidade das frases ‘Tésis ¢ Arsis — fetus Em todos os compessos os tempos fortes sda chamados Tésis.Os tempos fraces denominarn-se Arsis. 12 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Na construgzo musical toda elementa independente, scia ele frase, membro de frase, ou qualquer outro elemente lainda que mais curto que o membro de frase) recebe, genericamente, a denominagdo de ritma, fetus 0 nome dado ao pri ‘oO tempo forte (19 tésis) e go dhtimo tempo forte (dltima tésis) de um ritmo. Assim senda, os fetus 630 chamacios — fetus inicial ¢ ictus final. Anacruse ¢ 0 nome que se dé 4 nota inicial de um ritmo Inicios ritmicos: Quanto ao inicio os ritmos s8o chamados: a) — Tétieo — quando comega em tempo ferte, isto é, quand op? fa nota da frase coincide com a primeira tésis. (19 Tempo Forte, ou sea o fetus inicial. ate ri anacrusa, quando hé uma ou mais notes antes do fetus inicial tes do 19 forte). HARMONIA - Da Conceppio Basica A Expresso Contempariinga 13 Quando se faz a contagem dos.compassos de uma frase anacristica, observa-se que a anacruse nZo entra na contagem. Assim, considera-se sempre como primeira compasso de uma frase aquele no qual recai o ictus inicial. Esta frase anacrdstica que acabamos de exempliticar 4, pois; constitufda de 4 compassas, 6) — Acéfalo {ou decapitedo| — quando esta desprovido do fetus inicial, isto €, qUando.o compass é iniciada por uma pause de curta duracdo, ea melodia principia, geralmente, em fraco de tempo, Nota: A melodia esta desprovida do fetus inicial, uma vez qué, nao se sente o apoio da tésis; todavia, o ictus inicial poderd vir marce- dono baixe, du seja, no acompanhamento, Terminacdes ritmicas Quanto 4 terminagiio os ritmos s80 chamiadas 3) — Masculina — quanda termina em tempo forte, iste €,-quando.a tit ma nota do ritma coincide com a ultima tésis. No ritmo maseulino @ Ultima nota recai sobre o fetus final, bh— Feminino — quando 6 ritmo termina em tempo frato ou parte jraca de tempo, ou seja, env drsis [depois do fetus final}, Id MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI ‘c) — Decaudado (sem cauda) quando o ritmo é desaravido do Ietus fi- nal. A dltima tésis é substituida por pausa. 0 ictus final pode, eon. tudo, vir marcado no baixo (no acompanhamento) Frase uniténica ¢ frase medulante Frase uniténiea ¢ aquela construfda inteiramente num sé 10m Todas as frases Ue, até aqui, serviram de exernplo $30 uniténicas Frase modulante ¢ aquéla que camtém modulacdes no sau decurre fj) baw 5 3 “Be ‘08 periodas so também unit Facamos @ andlise do trecho sequinte, cbservando os eleme: seologia que-estudamos aqui. ros de trae E um perfodo uniténico (um Dé menor) quertenérie. lcomposte de 4 frases), sendo tadasas frases quadradas (4 cor/ipassos cada uma), 1@ frase — Subdividida em dois membros (de 2 compassos cada Ambos of membros sO anacriisticos, tendo o primeira membro termingc3o masculina «, o scgundo, femi Duas cadéncias suspensivas. HARMONIA - Da Concepe§o Bitica A Expressiio Contemporénas 1s 22 frase — Tética e masculina, Cadéncia suspensiva, # frase ~ Anaceistica e feminina, Cadéncia suspensiva. 42 frase — Subdividide em 2 membros (de 2 commassos, cada). Ambos ‘65 membros 380 téticos femininos. Ouas eadéncias, sendo suspensiva a do 1° membro da frase e conelusiva a do 20 membre, A-nalise que fizemos abrange apenas noes de fradedlogia. A fraseologia musical com todos.cs seus detalhes pertence a0 estude de Morfologia Musical. EXERCICIOS 7 — Be acorda com o que estudamos analisé Os seguintes trechos: 16. MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI UNIDADE 1 MOVIMENTO MELODICO (Composicio de melodia: escolares} Movimento ou passo melodica — ¢ 0 nome que se dé 30 movimento de Passagem de urn som para cutra, A melodia consiste numa sucess3o de mavimentos melddicus ejustados ao ritmo. A melodia pode ser vocal ou instrumental. Estudaremos aqui as regres de composicdo cde melodias escolares para vozes, Na composi¢ao destas melodias so permitides os seguintes intervalos: Semitons cromaticos 28S maiores.e menores 385 maiores e menores 435 © 593 justas 685 maiores e menores BAS justas, Pare os intervalos de 72 Maior @ menor ha algumas restrices. £ parm do, entretanto, quando.a primeira nota do intervato fora ultima de ume fra- se 2 @ Segunda nota fOr a primeira da frase sequinte. Qs intervalos diminutes serdo permitides quando fizerem movimento descendente ‘sobre uma nota sem repousa, isto é, sobre uma nota que pega continuidade da melodia Desses Intervalas, os mais usados s3o 05 de 48 © 58 fazencdia movimento descendente sobre a sensivel (VII grau) ¢ esta resoivendo logo sobre 2 tOnica (I grau) ou depois de passer pela supertanica HARMONIA - Da Concencio Basica A Expresség Contemporanea 17 © intervalo sumentado permitide &o de 2? aumentada que se enconira jo Vi grau para o VII grau do modo menor, com resolucao idéntica a essa que aeabamos de citar. VE Vil iW wir i EXERCICIOS 1 = Marcar cam ® os movi 10s meladicos nZo permiticos z ty 7 2 — Compor melodias empregando 0s tons # 0: nuimero de compasses pedidos; usar somen- te as intervalos permitidas: © abservar a6 regras da fraseologia estudadas na unidade ante- fior. al BS Maior. 8 compassos. b} La Manor, B compsssot. ¢} Re: Mair, 6 compassos d} Ré Menor, 12 compasses. HARMONIA - Da Concepeso Bisica A Expressiio Contemporinea 19 Contrario —- quando as vores caminham em sentido oposto, iste ¢, enquento: uma sobe a outra dese. Obliquio -- quando Uma das vozes siStentd ‘ou repete @ mesma nota, bu faz permuta de 82, enquanto.a outra voz'sobe ou desce. \ L [ed Desses (8s movimentas of melhores, para uma rea! s gante, s30.0 contriria eo obliquo. Os intervalos ati comtrério ou obliquo sao sempre bans. AagsO coOrrets @ Ble los por movimento © movimento direto produz, muitas vezes, intarvalos rejeitadas no con- junta harménico. Os intervales que requerem meis cuidade no seu emprego 20 os intervalos de 59 ¢ 83, os quais, quando atingidos por movimento direto, so charnacios 69 direta e 8 direta. EXERCICIOS 1 = Indigque os varios movimentos harminicos entre todas ss partes nes soguintas sux és sessios de acordes: Modelo: 1) = baite © soprano — movimento contrario. baixo © cuntralta — movimento direto. cantralte » soprano — movimente centriria. 20 MARIA LUISA DE MATTOS PAIOLLI UNIDADE 3 CIFRAGEM DOS ACORDES DE 3 SONS NO ESTADO FUNDAMENTAL— SUPRESSAO DE NOTAS NOS ACORDES — UNISSONO — CRUZAMENTO — CONSERVAGAO DE NOTAS COMUNS Cifragem: Em um econjunto harméniee vocal, ou sea, cm um eore, @ vor ve {seja ela qual for} toma o nome de baixe. Pare designar a disposicSo das notas dos acordes (ora no estado funda: mental, ofa no estado invertide) segundo se apresentam no conjunte hard: nico, s8o colocados algarismos acima ou abaixo das notas do baixe. Tais algerismos referem-se aos intervalas que devem ser feites corm o baixo ¢ notes vam completar os acordes que compdum & core. Avesta representagd6 dog scordes por meid de aigarismus da-s de cifragem. Gifragem dos acordes de 3 sons no estado fundamental: Para designar um acorde de 3 sons — Perfeito Maior ou Perteito Menor, no estado fundamental — coloca-se sabre qualquer nota que de baixe o algarismo 5) este alyarismo (8) indica a note que baixo intervalo de 5% juste, ficando naturalmente subenteri+ du forma 3 3? do acorde Os acordes de 5? diminuta s3o cifrados com & Os seordes de 5.5 sumentada sdo cifrados cor esquerda do 5 uma pequena cruz (+), indicands que Sensivel do tom.a que pertence o acorda de 5¢ aume i v vr WT Va VIE aE G acorde de 5? aumentada {+5} n3o ¢ usado na harmionia a 3 partie e € usado com menos frequéacia que as damais, na harmonia a 4 partes, RMONIA Concepsao Basica A Express3a Contempartinea 2 Observacées: 2 — A cruz (+) ac lado de qualquer algarisma indica que @ note que formar com o baixo o intervalo designada pels cifragem, é semare a sensivel da Tom ® — Quando um baixe nda tem cifragem subentendese a rage 5: «© — Quando.a 36 do acerde deve ser alterada coloca-sa a si nal da alterapgo conveniente abaixo do 5, Gu apenas o sinal da alteracao. d — Usase, com frequéncia o acorde do 11! gray da modo: menor, porém, sem a 59 aumentada, isto 6, em vex dasensivel (70 grau alt rado) emprega-se a subténica (da escela melddica descendente) que forma gom 9 Hl grau urna $8 juste 2} Simenor Bb) Supressiio de notas nos acordes As tealizagbes harmOnicas tam, as vézes, por conveniéincia, nacessidade de suprimir uma nota nos acordes de J sons. Neste caso, a nota que s# supri mo 9 58, @ nunca 234. Isto se dé nos acordes perfeitos (5). J& nos acardes de Be dl uta (Gi ests licenca nao 6 permilida, pois, sem a SF, este acarde perde 2 sua particularidade, que é 6 5@ diminuta. Na harmvnia a 3 partes, usase dobrar o baixo ou 239 de acorde quan 403: suprimea 52. Quando se dobra o baixo a cifragem ¢ 8. A cifragem 8 @ usada soniente na harmonia a3 partes. Subentendese qué © dcorde estd incompleto, ou svja. sem 6 5@ © com o beixe dobrado Ireoeticio uma au duas B85 acima} =x Unissono: Chama:se unissono uma nota cantada simultaneamente por duas vores diferentes, 22. MARIA LUISA OE MATTOS PRIOLLI 0 unissono 86 & permitide em wozes cont/guas ¢ sando rigorosamente observadas as sequintes normas: ® — 9 unissane deve ser atingide por moviments cantrério‘ou obliquo. 6b — 0 unissona deve resolver por movimento contrarig ou obliquo. 0 unissono nao deve ser atingidc: Cruzamento Dé-se 0 eruzamento. quando ume voz’ faz ouvir notas mais graves que Sutra voz que Ihe é imediatamente inferior no conjunte harmanice, ou quan- do uma voz taz ouvir Notas mais agudas que 2 outrs voz que Ihe é imediata- mente superior. ‘© cruzamento das vozes é proibida na harmonia escolar. Conservagao de notas comuns. No encadeamento de dois ecordes que contenhar notas comuns, usa-se, sempre que possivel, conservar na mesma voz as notas comuns (em movimen- to obliquo}. Esta n3o 2, antretanita, norma absaluta, HARMONIA - Da Concepgiio Basica A Exaress3o Contemporanea 2B E conveniente conservar a extensio das vozes dentro dos limites das vozes corais, Cu seja: Sempré que possivel as vozes contiguas devem guardar entre sia inter- valo maximo de uma 84, cu soja, no deve haver entre esas vozes intervala composto. Em caso de extrema necessidace, se esta norma néo puder ser observada, 2s yozes que Ultrapassarem o intervalo de 84 deve wolter o mais rapidamente poss{vel aos interveias simples. Somente o baixo nJo.esté suje to 2 esta condicao. EXERCICIOS 1 = Completar os scordes de acordo come cifragem: 24 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI 2 — Encadear os grupos de scordes conservando as notas comuns: HARMONIA - Da Concenodo Basica A Expresso Contemporiinea 38 UNIDADE 4 595 e 883 DIRETAS PERMITIDAS ‘5% e 895 CONSECUTIVAS Como vimos na unidade 3 (Movimento Harménico) os intenvalos de 53 ede 84 s80 os gue demandam mais cuidados no seu emprego, para alcangar- mos uma realizacdo eufénica e clegante. Quando atingidas. por movimento contrario ou obliquo, 45? © a 8% tazem sempre bom efeito Quando atingidas por movimento direto, para produzirem bom efeito, exigem sejam observadas certas condigdas. Vajamos: 54 direta permitida nas partes extremas: a) — guanda fdr atingida por semitom na_ parte superior. Bo. menor 5} — quando vier sobre a toniea (1 grau) ov sobre a dominante (V grau} 258 dispensa o semitom e pode ser atingida por intervalo de tom na parte superior. 26 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI ¢) — quando a $4 recair sobre a subt6nica, ou seja, 54 do acorde do|!| grau do modo menor (na forma melédica descendente), faré bom sieitc se fOr atingida por intervalo de tom na parte superior. d)— quando o acorde sobre o qual recai a 5¥ possui duas notas comuns com 9 acorde anterior, Isto se da quando as fundamentais dos acordes se «1 cadeiam por 395 descendentes, Neste caso, a parte superior dispensa o grau conjunte {tom ou semitam) e pode seitar uma 34 As notes que entram na tormatdo desses dois acordes $e ajustam como. um acorde de 74 (ré— fa — la — 6), Daf-o bom eteito dessa 59 direta (ré-14) que parece resultante da.combinagéo das notes de um sé acarde, 84 direta permitida nas partes extremas: A 88 direta requer semitom na parte superior, ainda mesmo que seja sobre a ténica ou sobre 2 dominante. NOTA: Mais adiante, o desenvolvimento do estudo da Harmonia nos propor cionard outras boas dispasicSes que permitirZo condigSes.mais amplas para-o emprega da 8? direta. HARMONIA « Da Concepeiio Bisica A Expresso Contempor 54 direta e 8 direta nas partes intermedidrias: Qualquer 53 oy 88 formada por uma parte extrema e uma parte in madigria € considecada 5@ ou 8% em parte intermedidria © observa formas aplicedas as parte: A 5a direta e BY ‘ata S30 permitidas nas partes intermedidrias. a} quando urna das partes {a mais aguda ou a mais grave) que fermam a 5¢ ou @ 8#, for atingida por grau conjunro indiferantemente tam ou semitom). ermedidrias. bl Tambeém € permitida a 5¢ direta em parte intermedidria quando.ume das duas notes que formam 52 94 foi ouvida no acorde anterior, 585 © 88S consecutivas Chamam-se 588 e B93 consecutivas duas ou mais 588, eduas ou mais idas nas: mMesmas partes. sejam elas atingidas por movimente direto rid. As G85 ¢ 885 consacutivas, geralinente, n3o Produzem bom jeito harmGnico. Eis porque seu uso é restrito, Proibvicias Prowiclns 5 Consecutivas 28 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Todavia, as 55 consecutivas $30 permitidas quando a segunda 54 ou ambas forem diminutas, Isto, porque 4 5? diminuta & harmonicamente mais suave que a 52 justa. Ampliando este conceito.considera-se também de bom eteite.o emprego das 685 consecutivas, sendo diminuta a primeira $8, ¢ iusta a segunda. Convem observar qué tis preceitas nunea se ap! icer 4s B82 cansecutivas. Observemos agora, o exemple seguinte: Essas 535 ¢ 805 ngo sdo considerades consecutivas, porquanta se trata da repeticgo dos mesmos sons ¢ nao, sons diferentes, O exemplo citaco esté pols, corrato. Assim coma produzem mau efeita as #8 consecutivas, também o pro: duzem os unissonos consecutives, 9 unissono seguido de 82 ou vice-versa, senda, per esse motiva, proibidos. uaistono cansec. ynissong seg..de §? x09, de untssona HARMONIA - Da Contencda Bisica A Exprassin Contemparanes 29 - EXERCICIOS T= Marque os graus dos acardes. Verifique todas 25-525 @ 89? encontradad nestes ence: deamentos ¢ explique se esto certas (permitidas) ou erradas (proibidas!, Modelo — 13) — 52 em parte intermedia rio, Gerta — porque ests por movimento contré- ‘. 2 — Marque os graus dos acordes, € siga como no exercielo n? 1 al 2 v Fy 7 5 oe 3 — Marear ox graus. Encadear os acordes de acordo com a cifragem, evitando 58S o BES consteutivas e observande © emprego das S## ¢ B3* permiticias, Esses exerciciot devem ser reatizades em 2 posicdes, contorme modelo, Bs maior 30 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLL| UNIDADE 5 NOTAS ATRATIVAS — RESOLUCAO POR TENDENCIA ATRATIVA NOS ENCADEAMENTOS Vil-}, V—-Vie V-1 Sabemos que of acordes dissonantes contém notas atrativas, isto 6, notas de movimento obrigado, para que possam resolver neturalmente sobre acordes consonantes. Encadeamento VII—1. Assim, 6 acorde de 5? diminuta do VII grau (dissonanie) tem 2 hotas atrativas 8) — a sensivel sobe para a tanica: b) — a 58 do acorde resolve descendo por grau conjunto. Sus tendéncia atrativa pede resoluco natural sobre ot Q acorde do V graué um Perfeito Maier, logo, é consonante e como tal nga pede resolugSo obrigatéria sobre um determinado- grau. Contude, quan- do o V grau vem seguide do | grau cu do VI grau a sensivel faz sentir sua atragdo pela tanica, e passa a Ser nota atrativa. Encadeamento,V—-Vi. Neste encadeamento a sensivel pede resoluedo sobre a t6nica. Na harmonia a 3 partes, quando s# pretica esse encadeamento, um dos dois acordes (o V gray ou o VI grau) deve vir incomplero, isto 6, sem a54 (para evitar 585 consecutivas). Vejamos entaa como pademos encadear corre- tamente esses graus. —|V—VI. 5 HARMONIA - Oa Concepego Basica A Expressia Contemporanes 31 a) V grau completo — WI grau incompleto, de preferéncia com a 38 dobrada. b}— V grau incompleto, cam o baixo dobrade. A 3a {sensivel) neste corde no se dobra, por ser nota atrative, e o dobramento de-nota atrativa deve ser evitado nara eviter B85 consecutives — VI grau completa. Encadeamento Tambsen neste encadeamento a sensivel pede resolugdio sobre a ténica. Na harmonia a 3 partes, no encadeamenta V—I,jestando ambos no esta- do fundamental, © | grau fica sempre incomplera sem a 54), EXERCICIOS Estes exercicios devem ser realizados em 2 posigiies. 1 Realizar os encadeamentos Vil-I, déterninando os tons © observanda as condisaes Préprias deste encadeamento, 32 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI 2— Realizar os eneadeamentos V—VI, determinando os tons e observando as condicbes proprias deste encadeamento, 3— Realizer os encadeamentos,V—I, determinando of tons e observande as condigSes proprias deste encadedmenta, ts ar os encadeamentos WII— Ly Vive W—Lines tons de: Sol maior, Ré menor, Si maior, Fa menor, mib maior, Do# menor, Lab maior e Fat menor. HARMONIA - Da Concengdo Bésica A Expressio Contemporanes 33 UNIDADE 6 REALIZACAO DO BAIXO DADO Dds o nome) de baixo dado 4 melodia eserita para a voz mais grave de 1m coro, Essa vod 2, geralmente, o baixo, Realizar um baixo dado significa acomodar sobre @ baixe dado os acdrdes conwenientes @ construcdo das me- ladias correspondentes as demais vozes do core. © baixo dado pode ser cifrado ou no ser cifrada. Quando o baixe dado ‘ado 4 necessério fazer a realizacdo observando sigorasamante a citragem caGa, sem madificd-la. Se a baixo dado no {6r cifrado,.a escola dos acor- 368, © por conseguinte a cifragem, serd conforme © gosto de quer o realizar. baixo dado cifrada ‘Tadas as normas estudadas anteriormente sobre: movimentos melodicos harmdnicos, 595 2 885 diretas, 585 e BAS consecutivas, unissonos ¢ encadea- mento Vil—-1,V—WI & VL deve ser rigerosamente observadas nda somen- ¢ nas baixos dados constituidos de acordes cifrados com. 5, mas também em totins os baixos dados contendo novas cifragens que serao sstudadas & medida que forem sendo empregadas. Na reatizagdo do baixo observa-se o sequinte 1 = Verificar 0 tom do Baixo dado, mercar os graus ¢ assinalar os enca- deementos VIL-I,V—Vlje W=L., 2 ~ Lengar 2s notes do primeiro acordé e, encadear este primeico vacorde com ¢ segundo; examinar 0 mavimento que atingiu-a 53do segundo acorde, Se 5? fal atingida por movimento contrério ou oblique estard correts, Se fol aiingide por mavimento direto, 4 preciso cbservar as normes que regen tals 538 _ Estas devem ser chservadas no dacorrer de toda trabalho, ista é, encadeamento do 26 com 0 39 acarde, do 3° com 0 49, ete, até-enca- ear o peniltime como o Ultima ecorde 3 — Quando a 64 de um acorde provoca erro, esteja na parte superior Ou Na parte intermediéria, podérd ser suprimida, Neste caso, dabra- se de preteréncia o baixo. RCS MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLL! 4 — Quando um acorde: ficar incompleto, torcosamente teré BE em vez de 54. Assim sando, ¢ necessério observar o movimenta que atingu a 68. Se tr contrario ou oblique a 8% estard correta. Se fOr mowmento direto 6 necéssario Observar as normas.que regem. 1ais BAS 5 —Observar, figorosamente, o movimento obrigado das notas atrati- vas, nas encadeamentos VIN. V—-VheVaby Do'M EXERCICIOS 1 — Reslizar of deguintes baixas-cifradas: ‘1 —F | HARMONIA - Da ConceprSo Basira A Exoressifa Cantemparanea 33 UNIDADE 7? ACORDES DE 6a — ACORDE DE 64 DO II GRAU Acordes de 62. Quanda os acordes de-3 sons sa-acham na 14 inversiio la 3? do-acorde figura no baixa) sua cifreagemré 6, 230 Tormados de 3 e 64, Estes acordes ndo podem ser empregadas ineompletos, ou seja, nesses scores nao se faz supressao de nota, devem ser usados sempre completas. ‘Quand temos no baixo. dois graus Conjuntos cifrados com 6, usa-se dé A feréncla, solocar ambas as 62S na parte. superinr, Se colotarmas ambes 2s fa parte intermediaria teremos 0 erro de duas 589 consecutives. 3 te eerste fombor ar 8% ro e 6 ef | saree separa 7 rt Emsio (3 consscucnae! 2g 66 36 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLE! Quanda nao tor possivel cofocar ambes as 688 na parte superior usa-se também @ seguinte dispasi¢ado das notas: O mesmo baixo pode ser cifrado com 5 Go0u6 5. Neste caso, a3a é comum aos dois acordes €, para tornar mais elegante a harmonizaco, conser- wa-se:@ figura ‘da nota do baixo.na 32 do ecorde, ‘Observages: ¢) Quanco a nota do baixe tem duas cifragens difer: come no caso.acina,§ Gaou§ 6, logicamenty, a cifragem cabe um grau diferente. eda um dos dois acordes estiver na io (cifrade com 6), embos os.acordas ficam com: Acorde de 62 do Il grau. Tratase dla 14 inversdo do acorde. Sul Vil gré Quando o acerde deiedo VII grau esta ma 18 inversia passa‘a ter 50: mente uma nota airative, que 42 sensivel que sobe 4 ténica. 4.32 do acorde 2.63 do Il grau (que & a 54 do acorde de So VII grau) é livre, quer dizer, cHixa dé ser nota atrativa, logo, pode subir ou descer. HARMON! Da Cancepego Bésica A Expresso Contemporinea 37 Ja sabemos que este acorde pede resolucao sobre o | grau. Na harmonia 3-3 vozes, quando esté acarde resolve sobre o | grau na 18 inwersdo; a3@ sobe, EXERCICIOS 1 = Completar os acordes.e marcar os graus. 3) Db maior Re menor £5 ese 6 4 = Resolver og seguintes acordes de 6? do It gi ingicar as tons. 38 MARIA LUISA DE MATTOS FRIOLLI 5 — Reatizara 3vozes, HARMONIA - Da Goncengio Bisica A Expresso Contemporines 39 UNIDADE 8 ACORDES DE 42 E 63 ‘Quando 0s seordes'de 3 sons, Perfeito Maior @ Perfeita Menor, s atham i fa 23 inversBo , a S? do acorde se encontra no beixo, sua cifr formados de 48 justa e 63 im #6, @.s0 2 6 5 6 4 £ 4 i ¥ iv I Esses acardes também devem ser usados sempre completos, Os acordes de 9 n&o podem ser émpregadas livremente com Gemats acordes de 5 (estado fundamental) e 6 (18 inversda) No acocde de § uma das duas notas que formam.a intervalo de 44, '5t0., © baixo cu a 44, dows vir preparada. Preparar uma nota significa fazer ouvir esta nota, na mesma parté,-no acorde anterior. Prolongar uma nota, signitica conserva-la na mesma voz, nO acorde = saquinte 3quele em que ela foi ouwida, Em outras palavres, Preparar uma nota © atingi-la por movimento obliquo. Prolongar uma nota 6 fazé-!2 prassequir Sor movimento oblique. O baixo cifrado, com § obedece a condigSes-especiais que limitam o seu amprega, e, de acorde com tais condicBes 0 acorde des é trabalhado sob uma torma particular, Vejamos: 1) = Acorde de £ om forma de passagem. © baixo que camténi- a criragem § deve vir precedida @ saquide Je grau conjunto (fragmento ce escala} 3a} — A48 do acorda dave vir preparada @ prolongada. 40 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI b)— Caso no posse ser prolongada, a 49 deve resolver subindo ou descendo, por grau conjunto, Il] — Acorce de § em forma de bordadura, © baixo que contém 0 acorde de 9 deve vir preparade & pralanga- do: Assim sendo, e 42 ndo demanda cuidados especiais, isto é, ndio precise ser preparada, nem prolongada, Obserwa-se que a parte su Of € a parte in termediéria formam bordaduras. NOTA: Chame-se bordadura o seguinite movimento melddica: determninado som sobe-ou-desee um grau @ volta ao mesma som, Se a bordadurs vier baixe: a) a4 do acorde de 9 dewerd ser prepa- rada e prolongada; 0) nao podendd ser prolongada a 42, esta deve resolver subindo cu descendo por grau conjunto [condicdo idéntica 4 do acorde de $ de passegem). HARMONIA - Da Concancio Bisica A Expressiio Contemporanea al Il) = Acorde de $ em forma de apogiatura, © ecorde de § em forma de apogiatura sé sa pratica sobre dominante © resolvendo sobre ela mesma, Trata-se da um acorde artificial, si0-@, ale ngo 62 29 invers#o de um acorde de 3 sons. As notas-deste acorde ie $ s$0.uma dupla apogistura ¢ tormam, ocasionalmenta, uma 48 o uma com 0 baixa, Assim sendo, a 42. dispensa preparacio ou Prolongagao. osistimos em lembrar que esta espécie de acorde de 5 s6 se emprega sobre o V grat: (dominante), resolvendo sobre o proprio V grau, com cifragem 5. Esta marcacdo-W/ indica que o TE grats abrange também o acorde de $ texxando' bem evidente que esta cifragem (& ) nda 6, a, 2 28 inversio do 2 orau e sim, a dupla apogiatura da S9e da be do proprio V grau As 2 formas, passagem e bordadura, as vézes se migturam num mesmo corde de§ . Isto é, o acorde de © se inicia de uma forma e prossegue de utra forma. E cansiderado um acorde de Observa-se no exemple “a que-o acorde de § comecou em forma de hordadura’ {com © baixo preparado), ¢ seguiu come scorde de passagem com a 49° pratongadal, O exempio “b” comecou come acorde de Passagem som a 44 -preparada), © sequiu em fornia de bordadura (com o baixo proton- gage, NOTA: ) A 4@ do acorde de 3 em forma de passagem dispensa preparacdo St, COM excecda do baie, todas a5 outras notas sia comuns ao scorde precedente, A 43 @ a 68 S30 af consideradas coro notas de acorde anteriore 9 Saixo funciona simpiesmente como uma “neta de passagem’”, ay MARIA LUISA DE MATTOS PRIGLLI b)\A 48 do acorce da § em forma‘de passagem também dispensa prolengacdo {ow resoluedo por grau conjunto ascandente ou des- cendente) se fOr observada a mesma ticenca do exempio acima, atribuindo-se-the a megma justificativa, EXERCICIOS 1 — Completar os scordes confarme a cifragem © marcar os graus. i Sol Mai Bemaior 6 gh we Sylltator db ak 8 2 — Realizar a3 partes, indicando as formas dos acordes de 4°. 12) De Maior 9) Dee soe cde od 2 a HARMONIA - Da Concepedo Basica A Expresso Contemporanes 43 3 — Baixos dados (para realizar a 3 partes). 44 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLL| UNIDADE 9 ACORDE DE 4@ AUMENTADA E 63 O acofde de 43 aumentada e 62 ¢ a 22 invers#o dos-acordes de 58 diminuts. Este acorde ndo esta subordinado a nenhuma das 3 formas do acorde de § (passagem, bordedura, apogiatura), Nele se observa apenas a resolucdo das suas notas atrativas, ou soja, das que formam o intervalo de 4? aumentada. 0 acorde de 49 aumentadae 68 ¢ praticado sobre o 49 grau das estalas Maiores' & Menores (28 inversfo do acorde de.B do Vil grau) e-sobre a BO grau das escelas menores {28 inversio do acorde de Edo || grau do mode menor) Quands © acorde de 44 aumentada e 68 vem sobre o 4° gray (do VII grau| tem duas notas atratives: 2) a sensivel que sobe 4 ténica, @ o baixo. que resolve descendo por grau conjunto. Sua cifragem 4 , la eruz indica sempre 2 sensivel, logo a cruz ao lado do 4 indica que e 42 cima do beixo ¢ a note sensivel). Esta cifragam , § ié-se: 4@ aumentada e 68 =L menor a fi Z TH i my il i. Quando 0 acorde de 43 sumentada e 6% vem sobre o menor (4° do Il grav do: modo menor} tem somente uma no atrativa, que 60 baixe que resolve descendo por grau conjunto. A citragam deste adorde & simplesmente 4 (Ao leva crud ad lado ded porque néste acorde néo aparece a sensivel}, por esse.m é preciso cuida- do para-n8o confundi-lo com os demais-acordes de 9 bordadul ou apogiatura) HARMONIA - Da Gonespcio Bisice A Expressac Contemporanea 45 Obs; Para: deternhinar os qrius da escala usamos'a saguinte forma de eMaCdO 08 graus harménicos, b) Para emos (isa dos algarismos romanos. oS graus melédicos amos 8 algarismos ard- +f 6 5 2. $2 a EXERCICIOS Indicar 98 tons.e resolver os acordes de 42 aumentada-e 68, a3 pattas ue 46 MARIA LUISA OG MATTOS PRIOLL! UMIDADE 10 HARMONIA A 4 VOZES (OU A 4 PARTES) Para fazer um coro a 4 vores, usando ecordes de 3 sors, repetir ume des nowes de cada um dos acordes, estejam eles no mental ou invertidos, nacesséria aco funde- A rapeticao. de netas no acorde chama-te dobramento, As notas atrativas, de mode geral, nao devem ser dabradas, O dobramenta de notas dos aeardes abedece a condi¢tes forme esteja o acorde fo estado fundamental, na 18 ou.na 24 ir Convers: peciais, cone ¢ & movimento direto simultanea nas 4 voys: gue. pelo menos, 2 vozes caminhem por grau conjunta, © Qua’ caminham por grau.conjunte, ¢ etgito da movimente direto er wores @ bastante suave. Todas as normas. empregadas na harmonia a 3 vozes continusm vigoran- dona harmoniaa 4 vozes, HARMONIA . Da Concepeso Basica A Expresso Contemporaned 45 Qbs.: Para determinar og gious da escala usamos ‘a seguinte forma de @umerago graus harménicos, bl 05 (180 dos algarismos romans. ExXERCICIOS Indicar os tons € resolver os acordes.de 43 qumentada ¢ BY a3 partes. = Bsixos-dados: Realizar a 3 partes - a6 MARIA LUISA DE MATTOS FRIOLLI UNIDADE i0 HARMONIA A 4 VOZES (OU A4 PARTES) Para fazer um core a 4 vozes, usando acu: repetir ums das notas de cada uny dos acordes, estejam eles no estado funda- mental ou invertides, A repetiggo de notas no scorde chama-se dabramento. As notas atrativas, de modo geral, no devem ser dobradas. O dobramento denotes dos acordes obedace a condighes especials) Con forme esteja o acorde no estado fundamental; na 12 ov na 28 inversdo. Convém evita’ © movimento direto simulténes nas 4 vies, ar que, pelo menos; 2 vazes caminhem por oreu conjunto, Ou: taminham por grau conjunta, o efeito do movimento direte + voves € bastante suave do ser io 3 vores m todas as Todas es normas empregadas na harmonia a 3 vozes con: do na harmonia a 4 vozes. iam vigoran ar cs HARMONIA - Da Concepco Basico A Exprestio Contemporanes ay UNIDADE 11 DOBRAMENTO DE NOTAS NOS ACORDES DES Nos ecordes cifrados com’ (estado fundamentall a melhor nota para orar é4 baixo. © dobramento da 9? ou da'Sé @ peimitido, desde que seja para evitar “os ou methorar o desenho melédico, © dobramento do baixa no acorde do Vi grau (no exemplo acime) erretaria O.erro de duas 588 a duss 825 consectives, Oacorde deS-do Vi) grau 60 Unico que faz 6xcecko a esse dobramento. ‘ea melhor nota para dobrar a 32, uma vez que 0 baixo @ a 58 so notes a8. MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Excepcionalmente faz-se o dobramento do baixo (sengivel) no scorde deS-do VI! grau, observando-se, rigarosamente, as seguintes candictes: a) — a nota que vem dobrar o baixo deve vir preparada ¢ ern parte inter- medigria (nunca ne parte superior) b}—@ nota que vem dobrar 9 baixo deve resolver descendo uma 34 (para evitar duas B35 consecutivas) Lembramos que 0 -tobramento do baixo nesta atorde é, do, por consequinte, ndo deve ser praticado com freqiér tolera- EXERCICIOS Realizar'a4 partes: HARMONIA- Da Concepeiio Batiea A Exprecszo Cantemporines 49 UNIDADE 12 DOBRAMENTO DE NOTAS NOS ACORDES DE 6 Cade'nota da escala tem a sua funcae de impartancia dentra da tom a que pertence. E conforme a sua importancia sio consideradas notes de 18, 280 39 ordem. So notas dé 18 ordem: 19, 49, ¢.59 (graus tonais) S8o noias de 2? ordem: 29 @ 69. graus, S30 notas de 32 ordem; 30 e 79 graus. Nos acordes de 6% (19 inversdo) devé-se debrar, de preferéncia, as notas de 14 ordem; nao importa que.a notade 19 order sejao baixo, a lerceira ou + 63 Permite'se 0 dobramenta das notas de 28 ou 34 ordem para evitar erros u aprimoraro desenta melddico 3g MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI No exemplo a", 5-dobramante do fa (nota de 12 orden) no 29 acor- de, provecou 0 erro de dues 845 consecutivas,. No exempio "6", corrigimos o erra apontado, dobranda ola (nota de 24 ordem) no 29 acorde. Un acorde parém, faz excepdo 4 pretertncia do dobramento da nota de Wardem. E oacorde de 68de II grau, isto €, 0 acorde des do VII grau na 12 inversso. Neste acorde a melhor nota para ser dobrade & 6 baixe (nota de 28 ordem) pois.o dobramento.da notade 18 ordem {a39) aumenta o nlirmero de dissonancias do ecorde, a) A nota que servi de dobrament do Baixo, not de 24 ordem, 36 produziu conson4ncias com ss demais notes de acarde, conservanda 0 acorde apenas a cissongncia que Ihe ¢ propria, ou seja, 243 aumeniada {imversBo da =}, b} O dobramento da nota de 13 ordem (32 do acorde) proiluziu mais ume dissonancia no.acarde {a}, .além da dissonancia (42° aumantac pré- pria do acorde. Para que este dobramento seja-permilido & necessary resolver @ dissonéncia da 58 diminuta, assim sendo, @ sensivel subird a tonica eo dobramento da 39 resolverd descendo por grau conjunto. E evidente pois, que o débramento preferida no adorde grau deve ser @ baixo (nota da 23 ordem). 629 da ll HARMONIA - Da Concepedo Basics A Expresso Contemporanes St Em qualquer -acorde de 68 dovemos, sempre que: possivel, colocarna arte superior a 32 ou a G2 .E, caso seja feito o dobramento. do baixe, aste poderd figurar na parte superior so for nota de 1 erdem. BuMe= pata de TPordeen Baines noes dn 3 orctary Para que seja-permitidio o dobramento do baixo na parte superior, sem iu @ baixo seja nota de 18 ordem & necessirio observar uma das sequintes Wwmas, para que’o efeita seja agraddvel. 14— @ note que very dobrar o baixo na parte superior deve vir prepara: da. 38— Numa seqiiéncia de'3 acordes, lerende a part superior uma série de 2 greus conjuntos, em movimento contrdrio. com 0 baixo. © acorde de-6@, com o baixo‘dabrade ne parte superior {sem que @ baixo seja nota de 12 -ordem), deverd ser 9. acarde intermediario da seatiéncia desses 3 acordes. 52 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI EXERCICIOS I — Propure as notas de 18,28 ¢ 3? ordem dos seguintes toms: Sol Maior, Ld menor, Fi Maigr, Sol mesor, Mi Mgigr, Sib Waiore Fad menor, ll) — Baixos dados {Realizar 9 4 partes). HARMONIA - Da Concepeio Basica A Expresso Contempordnea 53 UNIDADE 13 & DOBRAMENTO DE NOTAS NOS ACORDES DE 4 Nos'acordes da 46 (scja em forma de passagem (2), bordadura (b) ou apogiatura (c) # melhor nota para sor dobrada o baixo. A 4 também pode ser dobrada, porém, & necssstrio:a) — preparar o baixo, ou b) — preparar uma das duas 483; auc) — se 6 acorde de 48 estiver ~ forma de passagem é conveniente, se poss/vel, Preparar as duas 423, al C eh é es é ae Nas circunsténcias em que o ecorde de 46 dispensa a preparecdo da 48, 's pode ser dobrada liveemente, sem que se cogite de qualquer prepareciio, » caso do acorde de 45 em forma de apogiatura (a), Ainda, se o acorde de 6 6m forma de passagam, tendo sido a 42 e a 68 J ouvidas no ecorda serlor. O baixo cifrado com 49, nessa circunsténcia, funciona anends como ota de passagem. Além de no carecer a Preparaco da 49, 6 seu dobramen- # livre (b) al Anos a) 4 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Também @ permitido o dobramento livre'da 62 (em qualquer das situa ces do acarde de 46}, EXERCICIOS Baixos dacins. (Realizar a 4 yozes). bf fe 5 og gues 28) bra HARMONIA - Da Concepgdo Basica A Expresso Contemporinea 55 UNIDADE 14 DOBRAMENTO DE NOTAS NOS ACORDES DE 48 AUMENTADA E 68 a No acorde de 49 aumentada ¢ 62 que se pratica sobre o 42 grau dé am- os os maddas {5-de VII grau na 24 inversio) a dnica nota que se dobra da 69, umawez queo baixo ca 44 S80 notas atrativas. fy 08 sion au 06 p00 No acorde de 42 sumentada & 62 que sepratice sobre 0 62 grav do “ado menor (do II greu do mode menor} dobra-sea-4@ ou 2 68. Somente baixe néo pede ser dobrado por ter tendéneia atrativa. EXERCICIOS Determinar of tons © realizar a4 vozes: ag ble Cle. De ¢ gf oF 56 MARIA LUISA DE MATTOS PAIOLL! 2 — Baixosdados (Realizara 4 partes) ab + 6 6 6 +8 og a6 HARMONIA - Da Concapedin Bésica A Expresso Contemporanes 33 UNIDADE 15 MUDANGA DE POSIGAO DOS ACORDES Dé-se a mudanga de posig#o dos acordes, quando dois ou mais acordes se sucedem, todos do mesmo grau, por conseguinte, todos com as mesmas notas, porém variando de cada vez a ordem das notaé ou 0 estado do acerde. Para indicar 4 mudanga de posigg, clirese, com 5, 6, 46 ou +45 ou sinda, qualquer outra cifragem que far aprendida futuramente, conforme convier ad primeira acorde do grupo. @, 2 partir da cifra fazse seguir uma inha reta, horizontal, chamada linha de continuidade, até o Gitimo acorce do mesmo grau, onde termina a mudanga de posi¢do do acorde. a) — mudanes de pasicas, sem mudanca de estado (o baixo conservou-se © mesmo}; b) — mudanga dé posic&o, com mudanca de estado (o 19 acorde esta no estado jundamental 0 29 acordeina 14 inversac); ch — mudanga de posigaa,com traca de notas (verifique que enquanto o soprano caniou mi-do, o tenor cantou do-mi, iste é, fizeram troca de notas}, id) — mudanga de posigg6. com mudange de estado @ iroca de notas 6) — mudangade posiggo: no ecorde de 45 em forma de apogiatura A mudanca de posicdo ai, neste cas0, otovocou mudanga de estado momentaneamente, terminando a mudanca com o proprie acorde com que foi iniciada (46 em forma de apogiatura). Enguanta se efetua a mudanga de posicdo, em qualquer das partes, se permitida: qualquer movimento melidico, seja qual f6r o intervala lirciusiy! as de 78 ou-ainda qualquer intervato aumentado ou diminuto, ascendan descendente resultante da mudanca de posicdo). 58 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI A 54 direta que resulta da mudunga de posicio ¢ permitida (tanta em partes extrernas, como 2m partes intermedisrias} até mesmo quando ambas as partes que formam 254 fazem movimento de salto, 535 e 885 consecutivas permitidas pela mudanca de posi¢ao. Sao permitidas duas 598 ou duas 895 consecutivas: 1) quando a primeira 52 cua primeira 89mudar de posigfo, ¢ a segunda 58 ou a segunde 84 fdr a- tingiaa por movimente contrério, 2) A tudanga de posipae ndo evita essis 523 oy estas 885 so estivarem bor movimento direta. HARMONIA - Da Concepeda Basiea A Expressén Contemparinea 89 3} «Sao permitidas 585° consecutivas ou G95 consecutivas (saja por mo- vimente direto ou contrdrio) quanda a primeira 54 ou a primeira 88 mu- dar de posic¢ao ¢ uma das notas que formam @ segunda $8 ou a segunda 8? vier preparada, ___ ae a tf Pc § m2 e i : 4 [real F alle z| e — he ae = — } ye - —e = 4) Quando a segunda 58 ou asequnda 82 surge apds'a emissiic do acorde, ou seja, quando resulta de mudanca.de pasigao do segunda acarde. As 535 e BAS consecutivas rasultanies dessa dispasiciio de acordes so deno- minadas 535 ¢ 845 retardadas. a separa F velardeda ie F 5) Quanda’a primeira S28 ou a primeira’82 var em tempo fracd ou parte fraca de tempo, e muda de posi¢go antes de-atingir a segunda 52 ou a sequnde 84, 6) Quando as 595 ou as Bes consecutivas (mesmo que estejamn em po fortel -est8o separadas, no m{nimo, por trés mudanges de posico gunda $8 ov a seounda 84 fr atingida acr movimento contrario pela Stir mudanea de posigao 80 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI ‘Observages: 2) a mudenea dé posieaic permite Que 9 acorde fique. incom: Pleto, podende ser suprimida qualquer nota, ainda que sejaa 34 x F. SA RS Ed 6) evite-se, na mudanga de posigo, atacar 2.48, 4 58 ou a 82 justa, sem ouvir simultaneamente # 33 da acerde tem qualquer-vez). ee a ee — zz = EXERCICIOS 1 — Realizar as-sequintes mudangas de posigjo: 5 i 26 mower af §—— 6) @~ — HARMONIA - Da Concepedo Bésica A Expresso Contemporanes él 2 = Reealizar os baixes dados: 3a) MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI UNIDADE 16 CADENCIAS HARMONICAS As cadéncias harménicas sao céracterizadas pelo baixe e denerminades de acordo com os graus sobre 6 quais se dé o repouso da frase (mernbro da frase ou periodo). Assim, as eadéncias harménicas so as seguintes 4) — perfeita 2) — imperfeita 3) — interrompida 4) — 4 dominante 5) — melo-cadéneia (impropriamente chemada por alguns autores — semi-cadénci 6) — plagal 7) — evitada Esta G!tima (evitada) 6 se eplice ns harmonia modulante, porquanto cada um dos acordes sobre os quais ela repousa pertence a tom diferente Esta cadénicia ¢ pois uma cadéneia modulante, ¢ par isso sera tratada em uma des oréximas unidades, quando alcangarmas o estudo das modulagdes, As demais cadéncias harmnicas sfic consideradas cadéncias uniténicas, uma ver que repousam sobre acordes do mesmo tom. Vejamos cada cadéncia particularmente 1 = Gadéncia perfeita. Eo repouso sobre o encadeamento V—I, ambos no estado fundamental OV gfau seré cifrade com 5 ou 46 5 (forma dé apogiatural, Futura- mente, quando jé estiver senda praticado’o acorde de 74 da Domina grau poderd user a cifra deste acorde. E importante, para melhor efeito, que o WV grau, nesta cadéncia, venhe precedido do II grau ou do IY grau, consti- tuindo a “formula da cadéncia”, HARMONIA - Oa Concencau Basica A Expresso Contemporanea 63 Observando os exemptos verificamos am a} — encadeamento V—|, ambos cifrados com’ 5. V grau precedide do IV grau (formula), b) — encadeamento V—I. V grau cifrado com 45 § (forma de apagiatu- ra), precedide dol! grau (férmula}- c) — cifragem idéntica & anterior. A disposi¢éo das partes al, provocou uma 88 direta (sobre 6 | grau} sem semitom na parte superior, Come produz bom efeite, permite-se esta 4 direta, isto é, sobre a. | you, na eadéneia perfeita, desde que a supertdnica desca para a tanica, parte: superior. d) —cifragem idéntica 4 (bp) 2 (ch, E muito comum esta mudanga de Posipio nos acordes da cadéncia Na cadéncia perfeita também se cmprega a sequinte cifra no W grau — 85 ou 56, embora com menos frequéncia que as der — Verificando: a} — a cifragem 65 (sobre o V grau) funciona como “apogiatura supe- tior” (nota meladical da 52 do corde. b)— a cifragem 5 6 (sobre o V grau) funciena como se apés o V grau fosse introduzida (no soprano) uma “escapada™ (nota melodica). No Modo menor permite-s¢ alterar ascendentementé a 34 do acorde do | grau, transformanda-o em | grau do tom homénimo maior. Esta cadéncia parfeita 4 de extraordindrio efeito, dando mesmo 2 terminacgo, uma “sensa- o30-de claridade’’ 6a. MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLL! Verificamos em a) — V grau © | -greu -ambes cifrados-com 5 (no estado fundamental); observe-se Que a | grau esta corn alteracdo ascendente da 34 (oc ) hg parte superior, para destacer o efeito da terminagio no modo Maior, b)— V greu cifrade com 46 § (forma de apogiatural @ | rau, amber com alteragdo ascendente da 39 (dog }, Embora na parte interme didria, od6%. déa terminego brilhante efeito. Nota: Em todos os exemplos fal figorosarnente observada’a “férmula da: caddncia™ com o |V grau eo | grau, respectivemente, prece- denda.o V grau. Espécie de cadéncia Quando sa empregam diferentes cifragens scbra determinado grau de uma eadaneia (como na cadéncia pertaita: id an ‘OW 28 ou 9). diz-se qué 8 cadéneia tem espéeies diversas, Camo virus, a cadéncia perisiza tem varias espécies, 2 — Cadéncia imperfeita. E o repouse sobre'o encadeamento V—I, estenda um deles ou ambos inwertidos: Embora seja esta cadéneia formada com os mesmas greus com que se compGe 4 cadéncia perfeita, seu efeita nag @ 10 convincentemente conclysi- v0, parquanto o estado invertido des acordes enfraquece o efeita harmdnico. Forma tipice a bl el Ai 5 a é 5 § a i ee oF [i comme &7) ay Verificamos que esta-cadéncia tambem tem varias espécies al — V grau no estedo fundamental € | grau na 14 inversid — 45 mais usada das eadéneias imperfeitas (tip:ca) b)— V gray na 1@ inversio e I:grau no estado fundamental cl— V grau_na 22 inversdo (em forma de: “passagem")/e-1 grau na. 18 inversig — cadéncia muito imperfeita. Na cadéncia imperteita, bem como nas cadéncias subsequentes; & lacu! tativa & preparecdo da formula corn o |'Vou I! grau, HARMONIA - Da Cancopeao Batica A Expressio Contemporanea 65 Variante de cadéncia Quando determinado grau de uma cadéncia é substituido par cutro grau diz-Se que 8 cadéncia tam variante. Nesta cadéncia o \/ grau pode ser substituido pelo VII grau, no estado fundamental ou invertido. © a variante da cadancia imperfeita, 2:88 que a cadéneia so fez sabre o enca- enta Vil—I, éstando 9 VII grau em: a) — no estada fundamental eem bec) invertida 3 ~ Cadéncia interrompida E odescanse sabre o encadeamente V—VI, ambos no estado fundamen: al ftipica} a} -- V-VI tambos no estado fundamental) forma tipica da cadéncia interrompida; b)— 4 5 — VVI,-0 V grau vam precedido do Il grau (poderiaser também © IV graul, Esta é uma das espécies muito usadas na realizacdo des ta eadéncia, Este cadéncia tem as seguintes variantes. a) 4) 66 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Vejamos: a) — 'V—VI (do. homénimo menar emprestado ao Malor}. Esta variante 86 Se pratica quando o trecho esti em tom Maior para que seja possivel o empréstima. b) — V—IV {no estado fundamental). Neste encadeamento evita-se que @ sensfvel Ocupe a parte superior, ou seja, a senstvel deve ficar em parte intermediaria: c) — V-IV {na 12 inversSo). Ja neste encadeamento nade impede que a sensivel ocupe a parte superior, O motiva da posicdo da sensivel Neste encadeamento, bem como no exemplo (b), sard devidamen- te esclarecido na unidade: ‘‘Escotha de acordes para bons encadéa- mentos”. d) - V—I!' {no estado fundamental). €) — V-lI (na 14 inversdo) Nota: Observe que o V (no estado fundamental) conserve-se imutavel, © veriante ocerra nas varias substituigies do VI grau, 4 — Cadéncia a Dominante. Eo apoio sobre o°V grav nao estado fundamental, Qua! que faga com 0 V grau bom encadeamento, paderd prevedé-la OV grau onde recaie cadéncia podera canter também ac! (forma de apogiatura). Diz-se nesta espécie qué a tadéncia tem resolugao feminina, ou seja, resclugao em tempo fraco. Alo V grat deverd ser precedi- do do Il ou |M grau para efeito de formula. ' i i ' Vejamas: al— 0 V¥ gray, onde repousa a cadéncia, veio precedido do | grau (6timo encadeamental, mas podaré também ser precedido de qual- quer outro grau que com ele faca born encadearnenta, b) — cadéncia & donvinante com resolugio feminina, isto é. Vv grau esta cifrado com 4° 5,

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