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endriva sinc iccruniaslaewslnadammmoonn: =a Piiblico-alvo: s4o as pessoas a quem os produtos sio dirigidos Demanda: éa procura dos produtos pelo mercado. No caso das empresas construtoras de edificagdes, seus produtos podem ser a prépria edifica 40 (bem), ou a construgao da edificagao (servigo). A Figura 5.3 apresenta uma casa em miniatura ofertada como um presente. As vantagens de um empreendimento imobiliério devem ser enaltecidas para provocar e estimular a comercializacio ea efetivacdo da compra. ‘ ‘ : 3 i 5 § i Figura $3 - Marketing imobilidric. 5.3.1 Demandas de mercado Conforme suas caracteristicas ¢ influéncias, os mercados podem ter necessidades diferentes A demanda dos produtos pode se apresentar das seguintes formas: Nesse tipo de demanda, 0s consumidores nao gostam do produto ¢ podem até mesmo estar dispostos a pagar para evité-lo. Os produtos nao sto desejados, mas sio inevitaveis na maioria das vezes, Por meio do marketing é feita'a andlise dos motivos da insatistagio, ¢, a partir dai, desen volvem-se programas de marketing que consistem no redesenho do produto, precos mais baixos ¢ programa de comunicagio, cujo objetivo ¢ mudar as crencas ¢ as atitudes desse mercado, Como exemplo, tem-se os empreendimentos com vista para favelas ou cemitétios, Planejarenio e Custos de Obras 5.3.1.2 Demanda inexistente Sa Nessa situagio, 0s consumidores no conhecem 0 produto, ou nao estio interessados nele, © trabalho de marketing & encontrar maneiras de conectar 0s beneficios dos produtos s neces- sidades e interesses naturais das pessoas. Como exemplo, tem-se as construgdes com equipamen- tos interligades por sistemas sem fio. 5.3.1.3 Demanda latente ‘Nessa demanda, 0s consumidores compartilham uma forte necessidade que nao pode ser satisfeita por nenhum produto encontrado no mercado. A atividade de marketing seré a de avaliar 0 potencial do mercado e procurar atendé-lo da melhor forma possivel. Como exemplo, temos as apli- cages de novas tecnologias existentes somente em outros mercados, 5.3.1.4 Damanda em declinio ou declinante Nessa situago, 0s consumidores comegam a comprar 0 produto com menos frequéncia ow deixam de compré-lo. A atividade de marketing sera reverter a situagao tentando mudar o produto ou mudar 0 pablico-alvo, isto é, tentar realizar agdes que revertam a situagao. Por exemplo, a redu- ao de interesse na compra de apartamentos em prédios sem area de lazer. 6.3.1.5 Demanda irregular demanda ocorse qu : emg hfING beeen m de olseia-postivel it sjustar-e pro- c p ila eliGcac hes BE 8 BD verre Nese caso os consumidores compram adequadamente todos 0s produtos colocados no mercado, A empresa tenderi a manter essa demanda no futuro. O setor de marketing deverd acompanhar as tendéncias do mercado e fazer os ajustes necessarios. Por exemplo, a compra de determinados segmentos de produtos como apartamentos de um dormitério. 5.3.1.7 Demanda excessiva Nessa situacdo existem mais consumidores interessados em comprar 0 produto do que pro- Autos dispontveis. Nesse caso, 0 setor de marketing deverd ajustar a oferta a demanda, Quando pos- sivel, podera desenvolver taticas para desestimular a demanda ou aumentar a oferta. Por exemplo, desestimular a demanda com o aumento do preco dos iméveis ou estimular as compras aumentando a oferta de iméveis. 5.3.1.8 Demanda indesejada Nesse tipo de demanda, os consumidores se sentem atraidos por produtos que podem ter con- sequencias sociais indesejadas. Por exemplo, a compra de produtos de outras regides, que ndo geram trabalho a mao de obra local. §,.3.2 Orientagdes da empresa para agGes no mercado As empresas construtoras podem ter a seguinte orientagao de mercado, Tabela 5.2: ‘Tabela 5.2 - Quadro-resumo das orientagées de mercado mean eee eS ave ees procure Produgéo de bens te 0 clertes ¢ lev tesa compra element Nese caso, as ages da construtora partem do principio de que os consumidores dao prefe- réncia a produtos que oferecem qualidade ¢ desempenho superiores ou que tém caracteristicas ino- vadoras, As organizagées que seguem essa linha concentram-se em fabricar produtos de qualidade ‘¢ em aperfeicod-los ao longo do tempo. Porém, um produto novo ou melhorado nao seré neces- sariamente bem-sucedido, a menos que tenha prego certo e seja distribuido, promovide e vendido da forma adequada. orientagéo de produto 5.3.2.3 A orientagao pare vendas ‘Nesse caso, a construtora parte do principio de que 0s consumidores ¢ as empresas, por yon- tade propria, normalmente nao compram os produtos da organizacao em quantidade suficiente A organizagao deve, portanto, empreender um esforgo agressivo em promogao ¢ vendas. 5.3.1.8 Demanda indesejada Nesse tipo de demanda, os consumidores se sentem atraidos por produtos que podem ter con- sequencias sociais indesejadas. Por exemplo, a compra de produtos de outras regides, que ndo geram trabalho a mao de obra local. §,.3.2 Orientagdes da empresa para agGes no mercado As empresas construtoras podem ter a seguinte orientagao de mercado, Tabela 5.2: ‘Tabela 5.2 - Quadro-resumo das orientagées de mercado mean eee eS ave ees procure Produgéo de bens te 0 clertes ¢ lev tesa compra element Nese caso, as ages da construtora partem do principio de que os consumidores dao prefe- réncia a produtos que oferecem qualidade ¢ desempenho superiores ou que tém caracteristicas ino- vadoras, As organizagées que seguem essa linha concentram-se em fabricar produtos de qualidade ‘¢ em aperfeicod-los ao longo do tempo. Porém, um produto novo ou melhorado nao seré neces- sariamente bem-sucedido, a menos que tenha prego certo e seja distribuido, promovide e vendido da forma adequada. orientagéo de produto 5.3.2.3 A orientagao pare vendas ‘Nesse caso, a construtora parte do principio de que 0s consumidores ¢ as empresas, por yon- tade propria, normalmente nao compram os produtos da organizacao em quantidade suficiente A organizagao deve, portanto, empreender um esforgo agressivo em promogao ¢ vendas. que serio realizadas as construgdes) e 0 orgamento de marketing. A terceira' definigao da estratégia de marketing descreve o planejamento das vendas, as metas de lucros ea estratégia do mix de marketing; 5) Andlise do negécio: nessa etapa, apés a empresa decidir qual conceito de produto e qual estratégie de marketing serio adotados, é feita 2 avaliagdo da atratividade comer- ial da proposta. A anilise comercial deve incluir 0 estudo de vendas, custos e projegdes de lucros, para saber se eles satisfazem os objetivos da construtora. Se os parimetros de retorno forem atingidos, o produto poderd passar para o estigio de desenvolvimento. Para estimar as vendas, deve-se analisar 0 hist6rico de vendas de produtos semelhantes; reali- zar pesquisas de opinido; estimar as vendas minimas e maximas para que se determine 0 nivel de risco. Entio, utilizam-se os dados de vendas e custos para analisar a atratividade financeira do novo produto; 6) Desenvolvimento do produto: nessa etapa a ideia do produto serd transformada em um produto funcional. Serio construidas uma ou mais versées fisicas do conceito do pro- duto, até ser criado um protétipo que satisfaca e estimule os consumidores e que possa ser produzido rapidamente, dentro dos custos previstos. Quando ficam prontos, os protéti- [pos precisam ser testados. Quando possivel, os testes devem ser realizados em ambientes experimentais, de preferéncia laboratoriais, para verificar se 0 produto tem um desempe- ho seguro ¢ efivaes 7) Teste de mercado: se 0 produto passar no teste funcional, o préximo passo € 0 teste de mercado, estigio em que 0 produto.e 0 progtama de marketing sio,inteoduzidas em situ- agbes de mercado mais realista, Esse teste dé ao”profigsioial de| marketing expetincia com a comercializaco doproduto antes de seremassumidas as grandes despesas de um langamento éfetivo. A quantidade de testes de marketing varia conforme o novo produto. Esses testes podem ter cists muito altos e, As vezes, levam tanto tempo que os concor- rentes tiram vantagem disso; 8) Comercislizacao: a introdugao do novo produto no mercado pode significar a constru- ‘s40, ou o aluguel, de instalagdes para a fabricacéo dos novos produtos. Para as constru- toras, é muito importante decidir 0 momento da introducio do produto no mercado, e onde ele serd langado (em uma Unica localidade, em uma regiao, em nivel nacional ou em nivel internacional). Com o langamento de novos produtos a construtora procura a diferenciagao, estratégia mer- cadolégica que pode ser atingida por meio de atributos do produto, tais como aparéncia, qualidade, desempenho, durabilidade, estilo etc. Outro tipo de diferenciagdo de mercado pode ser por meio do atendimento, como por exem- ploa relacio préxima com o cliente, competéncia, educacéo, credibilidade e reputacdo, entre outros. E, finalmente, outra forma seria pela marca, que simboliza a imagem da empresa no mercado. As empresas que adotam perfis competitivos ttm posturas de aprendizagem intensiva, enquanto buscam a identificacéo de estratégias que maximize a probabilidade de sobreviver ¢ prosperar, procurando focar suas atividades naquelas que sejam realmente agregadoras de valor, ou seja, nas atividades mais intensivas em conhecimento. ‘Anise Esontsmica € MercadotGaice de Emoreendimentos e Ean frct- Panoprent # Gist» Obras: Arane Cres sa Foes HANA PAD oO GaN 1" €SCAC Com a crescente integragio dos mercados, 0s novos agentes econdmicos tém afetlG@e aaa ambiente de negécios das organizagées e a competitividade das empresas. Isso significa a obtencéo de ganhhos continuos de eficdcia em termos de redugao de custos, diferenciacdo de produtos (bens e servicos), inovac4o tecnoldgica, entre outros. Isso, também, envolve a capacidade sistémica de orga- nizacao das cadeias produtivas, a partir das diferentes formas de coordenacio estabelecidas entre os diversos agentes que as constituem. Assim, no desenvolvimento de novos produtos, sio muito importantes a adequada identifica- sao das necessidades dos consumidores, o grau de satisfagio dos clientes, o grau de inovacao dos produtos e 0 desempenho de marketing da empresa. Com o mercado globalizado, as construtoras se veem pressionadas a adotar estratégias com- petitivas, com novas concepgdes, agbes ¢ atitudes, nas quais produtividade, custo e eficiéncia se impdem como regras basicas, mas nio suficientes, na busca da sua sustentagdo duradoura no mer- cado da construgio civil Devem ser implantadas medidas eficazes para avaliar os indices de oferta e a demanda de novas tecnologias, bem como de gestéo das cadeias produtivas. Isso tem sido considerado um grande diferencial competitivo, para dar a certeza dos investimentos, garantindo um sistema de inte- ligencia estratégica para o setor de marketing, de forma descentralizada e com foco no desenvolvi- mento regional, apto a operar com maiores chances de sucesso ¢ abrangéncia. Algumas caracteristicas do mercado podem explicar a ocorréncia de sucesso no langamerito de novos produtos, como, por exemplo: a) Mercado favordvel }) Sensibilidade do meréado a propaganda; ¢) Sensibilidade do mercado a inovagées no produto; 4) Experiéncias anteriores da empresa bem ou malsucedidas no langamento de novos produtos; ©) Tradigio e forca da marca da empresa no mercado; £) Percepgao da qualidade do produto; entre outras. ‘Quando as empresas pensam em crescimento, lucratividade e longevidade, a inovagio de pro- dutos é muito importante. Mas, quando se trata de um novo produto, representa grandes riscos. © maior risco no langamento de novos produtos est no estigio de introducéo no mercado. Essa é fase a mais criticada de todo 0 processo. Empresas diferentes adotam diferentes mecanismos de medida dos resultados dos novos pro- dutos, conceituando-0s as vezes como insucesso ou como sucesso. O que diferencia uma abordagem da outra sdo as escalas usadas pelas organizacGes. Assim, o que pode ser sucesso para uma empresa pode representar insucesso para outra, Os diversos ramos de atividades esto associados a riscos de diferentes proporgées. Ao porte das empresas estio também associados nao sé riscos diferentes como também expectativas diferen- tes. De qualquer forma, o importante ¢ notar que existe um risco em langar novos produtos no mer- cado, ¢ que ele nao ¢ pequeno. } ‘Planejemenio Custos de Obras Ean frct- Panaprent # Gist» Obras: Arane Cres sa Foes HANA PAD 8 OS GaN "ECAC Como visto, as empresas podem reduzir 0s riscos sabendo os motivos pelos quais eset Oseee produtos se tornam insucesso. Entre as diversas causas de insucesso podem ser citadas algumas rela~ cionadas a deficiéncia nas acdes de marketing, como por exemplo: andlises de mercado deficientes, escolha errada da época de langamento, falhas em prever antecipadamente a concorréncia e baixos esforcos de distribuicao. 5.3.5 Mix de comunicagaéo O miix de comunicagio, ou composto de comunicagio de marketing, ¢ um conjunto de ferra- mentas com as quais a empresa transmite ao mercado informacées por meio de um ou mais veicu- los de comunicagio. A comunicagio é uma arma importante para diferenciar-se da concorréncia ¢ expandir os negécios. As relagdes de comunicagao envolvem o emissor, que normalmente so as empresas ou organi- zagbes, e os receptores, que podem ser considerados 0 ptiblico-alvo. Piblico-alvo é 0 tipo, ou fracio, de piiblico para quem a empresa dirige seus esforgos de marketing, visando atender necessidades especificas, ou solucionar problemas. ‘A comunicagao deve levar em consideragio os diversos piblicos-alva, pois para cada tipo de grupo deverd ser desenvolvida uma estratégia de agbes especificas. © composto de comunicacéo vem se tornando cada vez mats bilateral, com os cllentes, por meto de telemarketing, Internet, alguns veiculos de comunicacdo e pesquisas de marketing, tendo acesso 4 organizacio. Isso faz com que empresa tenha mais informagées sobre seus clientes e 0s conhesa melhor, identificando, cont’ mais precisio suas necessidades e seus desejos. ‘Alidentificacao do piblico-alvo\é iniportanite pata ‘a empresa, para que as.agBes de comunica- ‘Ho se tornem direcionadas a determinada parcela de clientes¢ possam ser diretas, alcangando seus objetivos de maneira maiseeficiente eeficar. Dirante toda a vida das empresas elas estdo realizando comunicagBes, seja externamente com © mercado, ou internamente com o seu publico interno. O importante é fazer com que durante todo ‘0 processo comunicativo sejam realizadas interconexdes entre esses dois tipos. Denomina-se endomarketing a realizaglo de ages de marketing voltadas para 0 piblico interno da empresa. Sua comunicacéo é com o piblico interno, isto é, os funciondrios da empresa. Seu objetivo é promover relacionamentos entre os departamentos e os funcionérios. Ele deve atrair, motivar e reter os clientes internos, além de desenvolver seu foco para o servigo, e ampliar seu inte- resse na organizacio ¢ pelo cliente final. Alcangando esses objetivos, torna-se facil chegar a resulta- dos eficientes, além de atrair e reter também os clientes externos. Para atingir os objetivos do endomarketing, a empresa pode utilizar campanhas promocionais, campanhas de motivacéo, treinamentos ¢ veiculos de comunicacao, como boletins, jornais, murais e revistas. E necessdrio avaliar periodicamente os beneficios propiciados por eles, a fim de que tenha um feedback que possibilite redirecionar a comunicagao de forma mais benéfica para a organizagéo. A comunicacdo externa representa as atividades pertinentes ao mercado. Sao as agdes respon- siveis por informar, lembrar e persuadir o cliente em favor do produto (bem ou servico).. ‘A comunicagio postu airs ferameatas que fem da comsicago um inportas mento dentro do mix de marketing. Essas ferramentas sio a propaganda, venda pessoal, promogio de vendas, relagSes-publicas, marketing direto e merchandising. Propaganda A propaganda ¢ um modo especifico de transmitir informagées ¢ ideias a respeito de produtos (bens ou servicos), de modo a ser identificado seu patrocinador e cobrado determinado valor pela sua veiculagéo, O intuito desse esforco é persuadir, convencer e mobilizar a ago do cliente a com- prar o produto anunciado. A propaganda tem um custo relativamente baixo se comparada 4 quantidade de pessoas que ela atinge, Além do seu alcance, em grande escala a propaganda sugere ao consumidor uma ideia positiva sobre o porte, a popularidade e o sucesso da empresa vendedora. Os produtos assim apre- sentados transmitem para seus clientes uma impressao mais verdadeira e confidvel. Ela permite que a apresentacao dos produtos, ou da marca, possa ser realizada de forma dra- matizeda, com a utilizagaio dos elementos artisticos visuais, bem como podem criar uma imagem duradoura de um produto, ou promover aumento na velocidade das vendas. © principal objetivo da propaganda ¢ transmitir uma imagem correta, relacionada ao con- tetido que se deseja transmutir, para que se possa criar uma imagem ou continuar mantendo-a, alem de preservar ou aumentar sua aceitagao ¢ preferéncia na mente do consumidor, Quando o objetivo da propaganda é alcancado, percebe-se rapidamente uma respasta com 0 aumento das vendas. Entre os tipos mais comuns de propagarida estao aquélas €iijo objetivo ¢ criardémanda para.os prodiutos. Existem, também, outros tipas de propaganda, como: » Propagenda institucional: tem’ por objetivo"divulgar e promover o nome, a imagem da vempresas » Propaganda pioneita informativa: tem por objetivo desenvolver a demanda de um pro- ‘duto novo no mercado; > Propaganda persuasiva: tem 0 objetivo de fazer com que 0 consumidor seja convencido a preferir determinada marca, independentemente de ser um produto util ou um supérfluo; > Propaganda comparativa: nela sao realizadas insinuagoes a respeito da qualidade dos produtos do concorrente para demonstrar sua inferioridade; nesse tipo de propaganda o anunciante expée as diferencas entre os produtos; » Propaganda promocional: a veiculagio da divulgagio do produto é feita em meios de comunicagio de massa; » Propaganda corretiva: tem por finalidade veicular uma nova propaganda a fim de conser- tar algum tipo de informagdo errada que foi divulgada na anterior. ‘As formas mais comuns ¢ utilizadas de midias para propagandas so radio, TV, jornais, revis- tas e internet. As propagandas veiculadas nas rédios fizem com que o consumidor crie uma ima- gem mental com base no que ouve. A propaganda deve transmitir uma mensagem forte, ¢ possui a vantagem do custo relativamente baixo. O custo da veiculacdo na televisio é bem mais alto que o do ©} ‘Planejemenio Custos de Obras Ean frct- Panaprent # Gist» Obras: Arane Cres sa Foes HANA PAD 8 OS GaN "ECAC ridio, mas tem a vantagem do maior poder na hora de influenciar pessoas, pois trabalha cAMP See imagens, facilitando o entendimento e a memorizagio da propaganda pelo cliente, além do poder de alcance. Os jornais ¢ revistas dao a liberdade de escolha e delimitacio maior do piiblico-alvo, além de sua claboragao e divulgagio ndo serem caras. Para que seja efetuada uma boa propaganda, € necessirio que ela seja orientada para 0 con- sumidor. Assim, deve enfatizar todos os beneficios do produto voltados as necessidades dele. A propaganda deve manter apenas uma ideia persuasiva, pois desse modo acaba se tornando mais memorizvel, Deve apresentar um beneficio especifico, uma qualidade, algo que se destaque do con- corrente. Deve ser realista e sincera, sem criar ilusdes a respeito do produto, pois isso poderia gerar uma imagem negativa da empresa/marca. Venda pessoa! Ela ocorre quando os funcionérios da empresa desenvolvem uma interagio pessoal com 0 cliente. Toda essa interagao pode ser realizada de diversas formas, e pode ser pesscalmente, por tele- fone, fax ou computador. Uma das grandes vantagens da venda pessoal é que ela possibilita um feedback, ou resposta, imediata do cliente, permitindo que a comunicago seja ajustada no momento do atendimento para que sejam catisfeitas as nececsidades dos consumidores. Um dos pontos negativos da venda pessoal, no entanto, é 0 fato de exigir altos custos para sua implementacao e manutengéo. Promogo de vendas (Consiste em um conjunto de-ferramentas de incentivo;a maioria de curto’prazo, projetadas para estimular a compfa mais)rdpida ou em maior quantidade. Além de realizar a divulgacao do produto, tem como objetivo aceleraras vendas, maniter um contato direto com o piblico e impedir a agao da concorréncia. A promogio de vendas, geralmente, possui uma duracio curta para que gere maior impacto sobre 0 consumidor. Ela tende a desenvolver 0 mercado, pois gera maior competitividade, Um de seus pontos fracos é 0 fato de gerar uma dependéncia do consumidor em relagao aos incentivos e beneficios oferecidos. ‘As promogées voltadas para vendas visam estimular a compra; a visita ao ponto de venda, atrair novos clientes, além de bloquear a aco da concorréncia e aumentar 2 eficiéncia e a eficécia da forca de vendas. As promogées bem realizadas so capazes de por as empresas em evidéncia. Relacées-publicas Geralmente para os clientes essa ferramenta apresenta muito mais credibilidade do que mui- tos amincios que sio realizados. As relacdes-piiblicas s4o as acdes que desenvolvem relacionamento ‘com todos os piiblicos da empresa, visando desenvolver uma boa imagem corporativa, além de uma publicidade positiva. Na pratica das relagdes-piblicas, a mensagem a respeito da empresa chega ao consumidor em forma de noticia, o que faz com que essa técnica alcance aqueles que nfo gostam de vendedores ou ‘Andiise Econtmica e MercecaGeie de Empreerdimertos } Ean frct- Panoprent # Gist» Obras: Arane Cres sa Foes HANA PAD oO GaN 1" €SCAC de aniinciog, Esa ferrtmenta pode ca om grande impacto conscentizagto do pico, SN vantagem de possuir custos muito menores do que os da propaganda. Nesse tipo de comunicacdo, a empresa ndo paga pelo espaco e tempo de midia. Seus gastos sio com uma equipe para desenvolver e divulgar informagies e gerenciar eventos. ‘Uma das importantes ferramentas utilizadas pelas relagdes-pblicas € a noticia. Ela pode sur- gir de forma natural, ou pode ser sugerida pelos profissionais de relacdes-publicas, como uma aco ou evento que gere noticias positivas a respeito de seus produtos. Outra ferramenta valida é a agdo em eventos especiais, na qual podem ser realizadas entrevistas coletivas, reportagens, antincios em baldes, além de poder contar com atrages com artistas. Marketing direto Ele tem a tarefa de realizar as comunicagies dirigidas a consumidores individuais. A intengdo dessa ferramenta ¢ obter uma resposta imediata e promover relacionamentos duradouros. © marke- ting direto pode ter os contatos com clientes para a coleta de dados realizados pessoalmente, por telemarketing ou pela internet, a fim de conhecer seus gostos e realizar vendas mais dirigidas. ‘© marketing direto vem crescendo rapidamente. Um dos motivos desse répido desenvolvimento &o fato de possuir grandes beneficios tanto para os consumidores quanto para os vendedores. Para 9s consumidores, facilita de muitas manciras ¢ torna conyeniente as compras, pois cles podem utilizar catélogos de malas diretas e sites da web para realizar suas compras, em vez de terem que sair decasa em busca do produto que satisfaca suas necessidades. Outro ponto que tem favorecido.o marketing direto é 0 fato de ser um modo facil e privativoide realizar suas comprasy¢dessa forma os clientes nao necessitam-enfrentar aborrecimentos com as formas de persuasio dos vendedores, além do fato'de poderem obter informacbes sobre produtos sem ter que esperar que os vendedores 0 facam. Para os vendedores é uma ferramenta muito eficiente para construir relacionamentos com 05 clientes. As empresas desenvolvem um banco de dados no qual se identificaréo 0s consumido- res em potenciais € lucrativos. Assim desenvolvem relacionamentos mais fortes ¢ interligados com 0s clientes. ‘O marketing direto na internet e em outros canais eletrénicos possui muitas vantagens, como diminuicdo dos custos ¢ a grande velocidade ¢ eficiéncia. A diminuigdo dos custos se dé pelo fato de as empresas nao precisarem realizar manutengdes de uma loja, j4 que todos as esforcos sdo realiza- dos virtualmente. Ele é bem eficiente quando o cliente esté receptivo € cede certa atengdo a ele. Sua maior desvantagem é que seu custo final é muito elevado, dessa maneira no pode ser desperdicado com clientes que ndo querem recebé-lo. Merchandising Dentre todas as ferramentas da comunicagio de marketing, o merchandising € 0 que mais se aproxima e interage diretamente com 0 cliente. O merchandising & comumente conceituado, de forma simples, como uma propaganda de ponto de venda. £ muito mais dindmico e acaba fazendo com que o produto se ofereca 20 cliente. (© merchandising & o estimulo final para que o consumidor decida no momento da compra pelo produto oferecido por aquela empresa e ndo pela concorréncia. Ela é mais comum em lojas de e} ‘Planejemenio Custos de Obras Ean frct- Panaprent # Gist» Obras: Arane Cres sa Foes HANA PAD 8 OS GaN "ECAC varejo ¢ autosservico, ¢ tem a intenglo de criar impulsos de compra no consumidor. Ele fora do ponto de venda, como a comunicagao por meio de faixas de rua, placas, balio de ar, brindes de efeito multiplicador, bonés, camisetas, sacolas ete. A principal caracteristica do merchandising é a compra por impulso, o que torna latente a necessidade de exposigdo correta dos produtos. Quando 0 objetivo € alcancado, o merchandising ajuda a aumentar a rentabilidade e a reduzir perdas e desperdicios nos pontos de venda. Os niveis de comunicacao sio apresentados na Tabela 5.3. ‘Tabela 53 --Niveis de comunicagio 5.3.6 Marketing um a um oC maniging ote to one (O20) é ferramentarque Gonsiste em contatos diretos, que ‘um clignte (ourgrupo de cliemtes.com necessidades Assim, o marketing ‘O20 tem base no relacionamento e deve ser utilizado para conseguir da com os clientes, de forma a conhect-los o suficiente para poder ofere- categoria os bens e servicos mais adequados. Essa ferramenta € fundamental na fideli- contribuindo para a maximizagio de receita média por cliente, ou ARPU (Average Revertue Per User). As ages desenvolvidas no marketing O20 visam 4 satisfagdo das necessidades do consumidor, constituindo a base para @ criagdo de uma relago duradoura, na conquista da sua confianga ¢ leal- dade & marca. ‘Como visto, o marketing 020 é voltado para o cliente individual, e baseia-se na ideia de uma empresa conhecer seu cliente. Por meio de interagdes com esse cliente, a empresa pode aprender como ele deseja ser tratado. Assim, a empresa torna-se capaz de trati-lo de maneira diferente dos demais. No entanto, o marketing one to one nao significa que cada necessidade tinica do cliente deva ser tratada de maneira exclusiva, Em vez disso, significa que cada cliente tem uma colaboragio direta ‘na maneira como a empresa se comporta com relacéoa ele. ‘A empresa deve desenvolver uma relacdo personalizada, de maneira que seja cada vez mais conveniente que o cliente siga fazendo negécio com a empresa e que seja mais inconveniente mudar para o concorrente, ‘A empresa deve se preocupar em fornecer 0s produtos que satisfugam, essa necessidad enone do ponto de vista do cliente, ser uma casualidade. Dessa maneira, deve-se identificar a ocorréncia de eventos que determinam mudancas nas necessidades, sendo fundamental a participacio, cada vez maior, na vida dos clientes. E muito caro ¢ trabalhoso transformar uma empresa para one to one, bem como nao ¢ possivel para todos os clientes e sim para os melhores, os de melhor valor e de maior potencial. Para os que no tém esse perfil, deve-se continuar usando uma abordagem convencional. Assim, a empresa deve se preocupar em proteger os seus melhores clientes dos outros e do restante da organizacdo, no os deixando expostos 4s iniciativas de marketing de massa. A partir do conhecimento do cliente ¢ de qual 60 valor que ele tem na hist6ria do seu relacio- namento com a empresa, é possive! estabelecer niveis de relacionamento, distinguindo-se os melho- res clientes dos demais. Ample seus Sed Os contratos devem ser jundicamente corretes. Procure a orientagao de um advogada para realizar um contrato de presta- (Go de servicus. Para saber mais vela | abd ambitojuridico.com.bysite/in_link=revista artigos eituraBartigo id=112074revista cedero=13 Vamos recapitular? @ Agora é com vocé! i 1) is 3) 4) O que sio juros? O queé mercadologia? ‘Uma construtora fard um empréstimo de RS 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) taxa de juros de 2% 20 més, pelo perfodo de um ano. Qual 0 valor do montante que ela deverd pagar pelo empréstimo? ‘A realizagdo dos empreendimentos pelos construtores é uma prestacdo de servigos que, muitas vezes, ¢ feita a partir de contratos realizados junto as empresas incorpo- radoras, ou junto aos proprietarios dos terrenos. Cite os itens que devem constar em um contrato. ‘Planejemento € Custos de Obvas Ean frct- Panaprent # Gist» Obras: Arane Cres sa Foes HANA PAD 8 OS GaN "ECAC Bibliografia [ES BERTAGLIA, Paulo R. Logistica ¢ Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. Sio Paulo: Saraiva, 2009. ‘CAMPOS FILHO, Ademar. Matematica Financeira. 2. ed. Sao Paulo: Atlas, 2001. CHIAVENATO, Idalberto. Administragéo nos Novos Tempos. 3. ed. Barueri: Manole, 2014. DIAS, Sérgio R. (coord.). Gestdo de Marketing. Sao Paulo: Saraiva, 2006. HALPIN, Daniel W. WOODHEAD, Ronald W. Administragéo da Construgao Civil. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. JACQUES, Ian. Matematica para Economia e Administragao. 6. ed. Sao Paulo: Pearson, 2010. KOTLER, Philip. Administragao de Marketing. 10. ed. Sao Paulo: Pearson, 2000, ___s ARMSTRONG, Gary. Principios de Marketing, Sao Paulo: Pearson, 2007. LARA, Francisco de A. Manual de Propostas Técnicas. Sio Paulo: Pini, 1994. cnt antennal lement = padfe € Apresentagao LE livro Planejamento e Custos de Obras ¢ de fundamental importincia para estudantes e pro- fissionais que desejam realizar o planejamento e apropriar os custos de obras de edificagbes. No Capitulo 1, Planejamento na construcio de edificagdes, apresentam-se os setores presentes em uma empresa construtora de edificagdes ¢ suas interligagSes. £ indicado como realizar 0 clculo da produtividade na construgio de edificages, bem como os tipos de edificagdes. Também so apre- sentados 0 diagrama causa-efeito ¢ modelos de fluxogramas de processos, além do ciclo de vida de um projeto. © Capitulo 2, Administragéo do planejamento de obras de edificagées, apresenta modelos de estrutura € organogramas de empresas construtoras. Expde a matriz de responsabilidades como documento institucional sobre a delegacio de responsabilidades. £ apresentada a descrigio dos cargos como ferramenta para 0 processo de recrutamento, selecio e desenvolvimento de pessoal. E, também, apresentado o treinamento de pessoas (coaching). Para que o gestor possa fazer a tomada de decisio baseada em valores financeiros, é apresentada a drvore de decisées. Para a administragio do processo produtivo, demonstram-se 0 ciclo PDUA, o diagrama dente de serra ea curva ABC para estoques. No Capitulo 3, Planilhas orpamentériaside obras de edificacdes, define-se & importancia das planilhas:deciistos unitérios, bem como a influéncia dos/encargos saciais'e do BDL Sao aprésen- tadas a montagem de planilhia)orgamentiria ¢ a itiportincia do CUB para a construgao civil, bem como técnicas de precificacio, © Capitulo 4, Métodos quantitativos de controle de obras de edificagdes, introduz os grAfi- cas de controle para obras de edificacSes, expondo os métodos de levantamento quantitativos da obra. Sao apresentados gréficos de controle como o cronograma fisico, fisico-financeiro, diagrama PERT-CPM, histograma de pessoal, histograma de materiais, curva $ ea curva ABC de atividades. Finalmente, 0 Capitulo 5, Andlise econdmica e mercadol6gica de empreendimentos, aborda a engenharia econdmica e a importancia dos juros nos gastos da construgao de uma edificagao. Sao apresentadas as modalidades de contratos ¢ estudo de mercadologia, envolvendo as demandas de mercado, as orientagdes das empresas para ages no mercado ¢ a anilise do ambiente de negécios. Os autores ea fret Panoprent 6 Cis otra: Arane Caressa Fons aA PAD 0 WOE GaN €9GAC ear rcs Parent # Cisse tre Aron Cassa Fence egana Paberoe kaos Crm!" E20 Planejamento na Construgao de Edificagd6es Este capitulo tem por objetivo apreséntar os setores de-umia empresa construtora de edificagdes. Indicam-se como calcular a produtividade na construgio de edificacies ¢ 0s tipos de edificagdes. Tam- ‘bém sdo apresentados o diagram causa e efeito'e o fltixograma de processos. Por fim, € definido 0 ciclo de-vidade projeto. © planejamento ¢ um dos principais fatores para o sucesso de qualquer empreendimento. Em algumas construtoras existe um departamento dedicado ao planejamento de todas as suas atividades. Para fazer o planejamento é necessirio haver contato com todos 0s outros setores da empresa, bem como com fornecedores, prestadores de servicos terceirizados e demais empresas e pessoas envolvi- das na execugao de um empreendimento. A interagdo do setor de planejamento com os demais setores da empresa pode, por exemplo, se dar das seguintes maneiras: » Alta administracdo: a alta administragio 6 a direcio da empresa. Ela informa ao setor de planejamento os contratos vigentes para construgao de empreendimentos, os valores envolvidos, as condigdes das construgées ¢ os prazos de execugées. Os documentos que deverao ser disponibilizados para o setor de planejamento sio o contrato de construgio, 0s pré-projetos e respectivos memoriais relacionados a cada empreendimento. ‘tors frien- Pangprento# Cus ae Oras Artin Caros sa Fonsecs Brogan Paha» Marco Cran go Setor de engenharia: este setor coordena os setores de arquitetura, de projetos deenges nharia, obras, fabrica e o setor de depésito. Ele iré disponibilizar para o setor de plane}: mento 0s projets, memoriais ¢ relatérios, desenvolvidos pelos setores a ele subordinados. Setor de arquitetura: este setor devera informar quais os materiais que devem ser utili- zados na construcao da edificacio. Na informacio do produto deverio constar 0 tipo, a marca e o fabricante, bem como se existem materiais similares. Os documentos que deverio ser disponibilizados para o setor de planejamento sio as plantas de execucio, os memoriais descritivos e 0s memoriais executivos. Setor de projetos de engenharia: este setor deveré informar ao setor de planejamento quais as atividades de engenharia que serio realizadas na obra. Os documentos que deve- rao ser disponibilizados para o setor de planejamento slo 0s projetos de implantagio da obra, de fundagdes, de estruturas, de instalagdes elétricas, de telefonia, de seguranca, de automagdo, de instalagdes hidrdulicas, de telhados e outros projetos pertinentes a cada tipo de empreendimento. Devem ser entregues, também, 0s memoriais descritivos, os memoriais executivos e as tabelas quantitativas. Setor de obras: este setor devera informar mensalmente ao setor de planejamento, durante a execucao de cada obra, as medigdes dos servicos realizados, a quantidade de materiais e de mio de obra utilizada, 0 acompanhamento de cronogramas, além de relatérios sobre testes de novus materials © aditives necessdrius de servigus av projeto original. Setor de fabrica: este setor deveré informar mensalmente ao setor de planejamerite 0 andamento da producio industrial de cada obta e a mao de obra envolvida/€dmo, por exemplo, no caso de fabricagdo'de elementos pré-fabricados de concreto-armado ou ele- ‘Mentos de estruturas metilicas, cOmo, por exemplo,-de elementos pré-fabticados. Serao ‘entregues relat6tios consolidados sobre a produgéo;bem como de testes de novos mate- ‘Tiais e novas tecnologias. Setor de depésito: este setor deve informar ao setor de planejamento todo material que entra ¢ que sai, suas caracteristicas, quantidades, e para que empreendimento foram com- ‘prados, bem como as quantidades e datas de suas saidas, Deverd informar, também, os atrasos de recebimento e as niio conformidades observadas. Os documentos que deverio ser disponibilizados para o setor de planejamento sao relatérios consolidados. Setor comercial: este setor coordena os setores de marketing e de vendas. Ele ird disponi- bilizar para o setor de planejamento os relatérios consolidados, gerados pelos setores a ele subordinados. Setor de marketing: este setor coordena o setor de vendas. Ele faz o estudo de mercado para o lancamento do empreendimento e ¢ responsivel por todas as ages de prospeccio € contato com o consumidor, bem como pelo acompanhamento do mix de comunicaao da empresa. Ele informa ao setor de planejamento as preferéncias e expectativas dos con- sumidores com relagdo aos produtos oferecidos pela empresa. Os documentos que deve- rao ser disponibilizados para o setor de planejamento sio relatérios consolidados sobre o comportamento do consumidor em relagio aos produtos oferecidos pela empresa e sobre sua imagem no mercado. Planejamento @ Custos de Obras. ators fre Pamper # Cus Oras Artin Caras sa Fonsacs Brogan Paro = Marco Crane go » Setor de vendas: este setor realiza as vendas dos empreendimentos antes, duran eapeuaae a construcio das edificagées. Ele informa ao setor de planejamento o andamento da rea- lizagdo de negécios da empresa. Os documentos que deverdo ser disponibilizados para 0 setor de planejamento sio relatérios consolidados de vendas dos empreendimentos. » — Setor de financeiro: este setor coordena os setores contdbil, de tesouraria, de contas a pagar € contas a receber. Ele ira disponibilizar para o setor de planejamento os relaté- ios consolidados, gerados pelos setores a ele subordinados. Cabe a esse setor, também, informar 0 custo da utilizacao do dinheiro a ser aplicado na obra ¢, se for 0 caso, quais as documentagées necessdrias para um financiamento bancério. £ importante lembrar que a maioria das construtoras nao tem dinheiro suficiente para custear todo o valor envolvido na construgao de uma edificagao. Dai a necessidade de contratar um financiamento ban- cétio até haver o retorno financeiro. Os documentos que, também, deverio ser disponibi- Lzados para o setor de planejamento sao relatorios financeiros consolidados. > Setor contébil: este setor informa os dados reais de pagamentos de obras anteriores, bem como faz. 0 acompanhamento de pagamentos relacionados as obras em andamento. Os documentos que deverao ser disponibilizados para o setor de planejamento sao relatérios consolidados de acompanhamento contabil. » — Setor de tesouraria; este setor devera ser informado pelo setor de planejamento, antes da realizagio de cada empreendimento, quais ae necessidades financeiras relacionadas ¢ a data de suas utilizacdes. Os documentos que deverdo ser disponibilizados para o setor de planejamento sio relatérios dos recursos destinados a cada empreendimento para utiliza- ao futura. 2p Setbt de contas a pagar: este setor faz os/Pagamentos ényolvidos para a realizado da Obra. Ele informa ao sétor de planejamento o“andamentoydos pagamentos da empresa, rela- ‘ionando-os a cada empreendimento. Os-documentos que devero ser disponibilizados para o setor de planejamento sao relatérios consolidados dos pagamentos efetuados por empreendimento. » — Setor de contas a receber: este setor atua na cobranca dos valores a receber pela empresa. Ele informa ao setor de planejamento a entrada de recursos provenientes dos recebimentos relatives a cada empreendimento. Os documentos que deverio ser disponibilizados para o setor de planejamento sao relatérios consolidados de receitas dos empreendimentos. » Setor de administragao: este setor coordena os setores juridico, de informatica ¢ de com- pras. Ele ir disponibilizar para o setor de planejamento os relatérios consolidados, gera- dos pelos setores a ele subordinados. Ele informa, também, ao setor de planejamento os gastos do escritério central com cada empreendimento. Os documentos que deverao ser disponibilizados para o setor de planejamento sio relatérios consolidados de gastos do escrit6rio central com cada empreendimento. » — Setor juridico: este setor deveré informar ao setor de planejamento a documentagao téc- nica recebida de cada empreendimento (documentacio legal do terreno, orcamento, cronograma fisico-financeiro, memorial descritivo, memorial executivo etc.), para ser enviada aos érgaos piiblicos competentes. Os documentos que deverao ser disponibiliza- dos para o setor de planejamento sao relatérios consolidados para cada empreendimento. Pianejamento na Construgao de Edificagdes. e ators fre Panera # Cus ae Dares Artin Caras sa Fonsecs Brogan Paha «Marco Crane go » — Setor de informética: este setor deverd informar ao setor de planejamento os filtres cionados a cada empreendimento. Os documentos que deverio ser disponibilizados para o setor de planejamento sto relatérios consolidados de cada empreendimento. » Setor de compras: este setor devera informar ao setor de planejamento os materiais em programacdo de compra, seus valores, quantidades, prazos e locais de entrega, além dos profissionais do setor envolvido em cada compra. Os documentos que deverdo ser dispo- nibilizados para o setor de planejamento sao relatérios consolidados sobre as atividades de compra. ‘A Figura 1.1 apresenta membros da alta administracao e do setor de obras: podemos ver mem- bros da alta administragio reunidos no escritério (a). A pauta desse tipo de reunio envolve con- fecgao de propostas orcamentdrias a serem enviadas aos clientes, andlise de projetos recebidos de fornecedores e acompanhamento de relatérios gerenciais. A Figura 1.1 (b) apresenta dois profissio- nais da rea de construgao civil verificando um projeto antes de iniciar a confecgdo de vedagées ver- ticais compostas de alvenaria de blocos cerimicos. Figura 1.1 - (a) Membros da alta edministracio (b) edo setor de obras. Planejar a execucdo de um empreendimento significa realizar um plano de trabalho que indi- ‘que quais recursos financeiros, humanos e materiais sero necessarios para sua execugdo e em que instante do tempo eles devem ser utilizados. O planejamento é, entdo, uma previsdo de recursos, sem 0s quais a execugdo do empreendimento seria prejudicada. Assim, a atividade de planejar é baseada em hipéteses de desempenho de todas as pessoas € empresas que estariam envolvidas na execugéo do empreendimento. Assim, quando planejamos a execucao de um empreendimento sabemos 0 tempo que ira durar sua construcio e, portanto, a data de término da obra. Nesse caso, o risco de a obra atrasar é inerente ao processo de planejamento. } Planejamento @ Custos de Obras. ators fre Pamper # Cus Oras Artin Caras sa Fonsacs Brogan Paro = Marco Crane go PLANEJAMENTO E CUSTOS DE OBRAS | @eénca | Saraiva ~ 0 Inicio ou 0 termine de um processo, ou mesmo para indicar ‘outro processo que nao esteja no preserte estuco, O fluxograma pode ser utilizado, por exemplo, para a compreensio do processo de compra de materiais, Esse diagrama pode ser aplicado a pequenas compras domésticas, ou para compras empresariais, No caso de compras domésticas, a Figura 1.11 apresenta um carrinho de supermer- cado com o material necessdrio & pequena reforma de uma casa. No carrinho estio presentes blocos, madeiras ¢ telhas. Nesse caso, geralmente, ndo ¢ realizado um fluxograma do processo, por serem compras domésticas. No caso de compras corporativas ¢ muito importante a realizacao e acompanhamento dos flu- xogramas de compra, para que todos envolvidos no proceso possam seguir os mesmos trimites, € ser possivel realizar @ auditoria do processo de compra, Figura 1.11 - Carrinho de supermercado carregado de material. Plangjaments na Construgao de Edificagbes. 6 ates fre Plangprens# Css te Daas Antone CarossaFonsac Grapara Paar © Marcos Crear 1 Ego A Figura 1.12 apresenta o fluxograma horizontal de colunas para a compra de materiais. tecnologia eau cubs ooseeinll Sa aaeae adsgeade oe ‘da empresa e reduz custos operacionais. Figura 1.13 apresenta um almoxarifado de grande porte. E comum nos grandes empreen- dimentos a existéncia de amplos espacos reservados a estocagem de insumos destinados & cons- trugdo civil. ‘Er fa Panarrent ¢ Cato 6 Onras «Arion Cars ca Fonsecs rogarea Pro Miros Cra - 1" edo ‘igure 1.13 - Um almoxarifado de grande porte utiliza grandes prateleiras ¢ empithadeiras para a movimentaco de materiis. 1.4 Ciclo de vida de projeto De maneira geral, o ciclo de vida do projeto de uma obra corresponde ao periodo de tempo que se inicia em sua concepedo e termina na fase de inicio de sua operacio. Quando falamos em projeto, nos referimos a todas as etapas necessdrias para a operacao de um empreendimento. 1.4.1 Processos do ciclo de vida de uma obra Os processos do ciclo de vida de uma obra estdo indicados a seguir ¢ esquematizados na Figura 1.14. O grafico é dividido em cinco etapas: processo de iniciagao, processo de planejamento, processo de execugio, processo de controle e processo de encerramento. Observando o grifico, é possivel perceber que a intensidade varia ao longo do grafico em fungio do tipo de processo. Pianejamento na Construgao de Edificagdes. 6 ators fre Panera # Cus ae Dares Artin Caras sa Fonsecs Brogan Paha «Marco Crane go Intensidade Processode / planejamento / fee NS Iniclagdo, NV fo Figura 1.14 - Processos do ciclo de vida na construgdo de uma edificagao, 1.4.1.1 Processo de iniciagdo Ba fase inicial do ciclo de vida de um projeto. Nessa fase o objetivo € o estudo de viabilidade do empreendimento, que € feito por meio da determinacio dos fatores intervenientes no escopo geral do projeto (tecnologias, materiais e acabamentos a serem empregados, desenvolvedores de pro- jetos e obra, prazos envolvidos), My Ue Guapharthutenacacon [Figura 1.15 -Mepa-miindi repleto de diagremas ¢ rascunhos feitos & mio. Ease pode sero resultedo de snuitas andlises e inspiragbes de equipes multidisciplinares que estdo buscando alternativas de lugares para a instalacao de novos empreendimentos comerciais e industriais, por exemplo. 6 ane fate oom ates fre Plangprens# Css te Daas Antone Caros sa Fonsac Gagan Paar © Marcos Cretan Ego ‘Muitas veres a decistio de onde serio instalados novos hotéis, fabricas e conjuntos de Ganeeeuaae residenciais sofre influencia de fatores econdmicos e culturais de ambito mundial a local. 1.4.1.2 Processo de planejamento Nessa etapa sdo determinados os recursos (financeiros, de mao de obra, materiais e tempo) necessarios para atingir os resultados pretendidos no empreendimento. Nela sera feito o detalha- mento do escopo do projeto em relagdo a resultados, prazos e recursos. Serio listadas as atividades necessdrias para atingir os objetivos pretendidos. Sera feito 0 sequenciamento dos processos faci- litadores, com cronograma e orgamento vidveis, conforme os recursos disponiveis, obtendo-se a aprovacao dos envolvidos e interessados no projeto. Figura 1.16~ Varios métodos sto utlizados na comunicagdo entre os membros: softwares de gestio e de planejamento, material escrito em lousas ou em grandes paintis em papel, 1.4.1.3 Processo de execugdo Nessa etapa ¢ muito importante a coordenacdo de pessoas e recursos disponiveis. £ feito o gerenciamento das equipes de trabalho, reunindo os integrantes para informar os objetivos de cada servigo, com o intuito de solucionar conflitos durante a sua execugao. Para tanto, deve-se assegurar 0s recursos necessérios, de forma a poder executar o trabalho planejado. O gestor usa as informa- Ses surgidas na “linha de base” (default = padrao) para medir ¢ controlar 0 desempenho das equi- pes de trabalho, lembrando que quanto maior o tempo gasto maiores podem ser os custos. Plangjaments na Construgao de Edificagbes. } ators fre Panera # Cus ae Dares Artin Caras sa Fonsecs Brogan Paha «Marco Crane go Figura 1.17 - Ponte em construgdo sobre um rio: para uma obra de grande porte, © processo de construgdo exige muita tecnologia e uma grande quantidade de recursos humanos, financeiros e de equipamentos. Fique de otto! Linha de base é © nome do plano de trabalho original, que serve para orientar em qual tase do projeto se est. Podernos tet 2 inna Ge Das®-co escopo: deciaragao do escop9; 2 linna Ce base GO custo: ofGamiento Go projeto; a inh de Dase GO eae Ces ne ses ein 5 Sho aA A ab sins Rn Og tito ral o panajamero do empreendment. =~ 1.44.4 Processo de-encerramento ‘Essa etapa € a fase final ou de conclusao do projeto. E nela que é formalizada a aceitagao do projetoyOli/o seu encerramento de forma organizada. Ela encerra todas as atividades. Aqui é ava- liado © projeto, isto & seus resultados. Tudo deve ser documentado. E, finalmente, é dissolvida a equipe do projeto (todo o pessoal envolvido em todas as fases). (Sh McDerttbuerck cot Figura 1.18 - Planilhas, grificos e calculadora sio utilizados para ‘a verificagio da obtengao das metas de uma obra ao seu término, @ ee ates fre Plangprens# Css te Daas Antone Caros sa Fonsac Gagan Paar © Marcos Cretan Ego Antonio Carlos da Fonseca Braganga Pinheiro Sa Marcos Crivelaro Planejamento e Custos de At eV = odfcle™ a © 18 Edigao Oérica | Saraiva SS Sa ae ees ee ‘Figora 2.3 - Estratura organizacional matricial. - ‘Eaom £ic3-Paneanent ¢ Cust de Ohms: Anna Cro a Fonseca Dagar Prec Mirox Crna "80 > 2.1.4 Estrutura organizacional por projetos Nesse caso, os setores sio agrupados por projeto. Isso quer dizer que o agrupamento tem caré- ter temporario e sua durado depende de cada projeto. Assim, quanto maior o mimero de projetos, maior o tamanho da empresa, Sua departamentalizago ¢ funcional, tendo os objetivos e prazos bem definidos, Figura 2.4. rae [ ‘Suparintendéncia = a... organizacional celular ‘Nesse modelo de estrutura organizacional todos os setores estio no mesmo nivel hierirquico. Nele nao é representada a hierarquia da empresa. Esse modelo € utilizado em organizagSes que pos- suem equipes de alta performance e grande valor agregado, em que a supervisio rigida sobre cada pessoa envolvida é desnecesséria. Esse modelo geralmente é empregado quando as pessoas nao so vinculadas ao negécio de forma empregaticia, Figura 2.5. Figura 2.5 -Estruturs organizacional celular, Todo fancionério deseja ascender profissionalmente na carreira profissional e também atingir novos patamares no organograma da empresa, por exemplo, cargos de geréncia ¢ diretoria, Figura 2.6. ‘O administrador de uma empresa construtora deve sempre se perguntar '» Aestnutura da empresa & mais eficente para meus negécios? > Quals seriam as vantagens desvantagens em sa fazer uma mudanca? 2.2 Organograma de empresas construtoras de edificagées O organograma é uma representagdo grifica da estrutura hierérquica da empresa. Ele pode ser apresentado de virias formas. ‘A literatura indica que Daniel C. McCallum, no ano de 1856, elaborou o primeito organo- grama, para a empresa ferrovidria americana York and Erie Railroad Company, da qual era superin- tendente. No século XIX, as ferrovias eram empreendimentos complexos e caros, que necessitavam de uma estrutura hierrquica com varios niveis profissionais. No organograma 6 dado destaque & ordem hierdrquica de toda a estrutura hierdrquica da empresa. O organograma acompanha a forma da estrutura hierérquica da empresa. 2.2.1 Organograma hierarquico vertical ‘Nese tipo de organograma, quanto maiores a responsabilidade e a autonomia do cargo, mais elevada a posicao ocupada pelo cargo. A sequéncia de elaboracao desse organograma é: 1) Definir os cargos que serdo representados no organograma e suas posigdes relativas. 2) ‘Transferir os cargos para célules distribufdas verticalmente (os cargos mais importantes 3) devem estar em cima). Ligar as células com linhas que representam a hierarquia e a. comumicagao entre os cargos. Podem existir determinadas posig6es que repfesentam cargos de apoio. Eles.s40 chamados de “staff” ¢ respondem hierarqiticameénte a um cargo, mas nao tét»autoridade sobre outros niveis. "No caso de uma empresi’onstrutora de grande porte, podem existir os seguintes cargos: 1) 5 3) 4) 5) 6) Presidente Diretor (Administragio, Comercial, Engenharia, Financeiro, Superintendente) Gerente (Arquitetura, Fabrica, Obras, Projetos) ‘Coordenador, Encarregado, Chefe de Fabrica, Mestre de Obra Analista de Sistemas, Administrativos, Secretaria, Vendedor Operérios (almoxarife, apontador, armador, azulejista, carpinteiro, eletricista, encanador, kardexista, operador de grua, operador de guincho, pedreiro, pintor, servente, vigia). A Figura 2.7 apresenta a sugestio para 0 organograma dessa empresa. quanto maiores a responsabilidade e a autonomia do cargo, mais, posi¢ao ocupada pelo cargo, Figura 2.8. A sequénicia de elaboracdo desse organo- OF 3 5 rst orf 1) erarquico ‘izontal Oorganograma, grama é idéntica a do arganograma hierdrquico vertical. de rgan tipo a serda ‘Staff de planejamento g Re 2.25 rganograma hierérquico circular Nesse tipo de organograma, quanto maiores a responsabilidade e a autonomia do cargo, mais ‘central sera a posiio ocupada pelo cargo, Figura 2.9. ‘A sequéncia de elaboragdo desse organograma é: 1) Definir os cargos que serdo representados no organograma e suas posigdes relativas. 2) Transferir os cargos para células distribuidas concentricamente (os cargos mais importan- tes devem estar no circulo central). 3) Criar anéis concénitricos com setores que representam a hierarquia ¢ a comunicagio entre 0s cargos. (Sen s7s-a5-205-18763, ons epics eam LACE HAAR RASA D0 VRS a At tae eto, serotonin ctSerabr eas vpn gemrm nt Seen cog TSrnnoea tas teme SAREE coee secu ase scone ‘cea: Eg como cw 8 Oe Pe nbn toon amt ene Cates sana Bara Pee, tists Coes dort Exacta Tetons desert resite nets Os hones #2 Ete wus eee A fsraae cae ¢ gens ges tf rs Ge crwwsbetenacccon, rote fo 2 al 2 mene) fois Romadenmamake San iemes ‘os cape Ormenecheor Fipura 2.14 — A betoncira é um equipamento de grande utilidade em todo tipo de obra; post virios modelos e capacidades, e€ utilizads para misturar conereto e argamassa. A Tabela 2.5 apresenta as siglas para as condigdes de tomada de deciséo para a construtora do exemplo. a [Nao fazer a substivigfo aps 12 meses de obra (manter a maquina tual) “3b __| Fazer a substiuigdo apts 12 meses de obra A Tabela 2.6 apresenta os ganhos parciais em cada alternativa. Tabela 2.6 - Ganhos parciais em cada alternativa 1 (40,000.00 x 1) - 19:000,00 = 30.000,00 3 1100,000,00 | (50,000,00 « 3) - 100.000,00 = 50,000,00 1 12.000,00 _| (35,000,00 = 1) - 12,000,00 = 23.000,00 2 1 if '85.000,00 | (60.000,00 « 2) - 85.000,00 = 35.000,00 20.000,00 _| (30.000,00 x 1) - 20.000,00 = 10.000,00 '55.000,00 | (70,000.00 x 1) - $8.000,00 = 15,000.00 eee elels _AdministragSo do Planejamento de Obras de Edificactes ‘ron tron aneamenta# Cust de Oba tor Caos a Fores Baga Perse Mcos Si” ESEAD ‘A Figura 2.15 apresenta a drvote de decis6es para o estudo da betoneira. G=R$30000.00+ 'R5 23.00.00 + Re 15.000.00= RS 68,000.00 = REsa0%0004 Fe 68.000,00 | reresistucswnsesnmcsewwe =i esr | —[resimasemicome =f sno | ‘Assim, com base em informagdes preliminares, a drvore de decisio apresenta condigées para a tomada de decisao pelo gestor do projeto. 2.7 PDCA De maneira geral, o PDCA ¢ relacionado ao conceito de melhorias. Desenvolvido na década de 1930, no Bell Laboratories dos Estados Unidos, pelo estatistico Walter A. Shewhart, somente foi lo na década de 1950, pelo especialista em qualidade W. Edwards Deming, que aplicou 0 procedimento em trabalhos desenvolvidos no Japao, chamando-o de ciclo PDCA, Figura 2,16. Pan 00 (Plonejer) (Execunar) Act Check (Ata) (eritear) Figura 2.16 - Ciclo PDCA. Assim, as teorias da administracio o deserevem com base em quatro principios: i ._ » — Plan (plancjar): significa estabelecer os objetivos ¢ processos necessirios para fornecer 0s resultados de acordo com 0s requisitos estabelecidos. O planejamento envolve: 1) Localizar o problema; 2). Estabelecer metas; 3) Analisar fendmenos (utilizar 0 grafico da curva ABC); 4) Analisar 0 processo (utilizar o diagrama de causa ¢ efeito de Ishikawa); 5) Elaborar plano de acio. » Do (executar): significa implementar os processos. Apds a elaboragao do plano de acio, deve ser feita sua divulgagio para todos os trabalhadores da empresa, bem como deve ser realizado o treinamento necessario. para que o plano possa atingir seus objetivos. As > ages estabelecidas no plano de ages devem ser executadas de acordo com 0 mento, dentro do cronograma estabelecido, registradas e supervisionadas. » Check (verificar): significa monitorar e medir os produtos e processos, em relagao as poli- ticas da empresa e aos requisitos para os produtos, e relatar seus resultados, Nessa etapa, a ‘empresa deve executar a verificagao da eficécia das ages realizadas na fase anterior. Essa fase consiste nas seguintes tarefas: 1) comparagao de resultados (planejado versus executado); 2) listagem dos efeitos secundarios (provenientes das agdes executadas); 3) _verificagao da continuidade dos problemas (eficdcia das ages tomadas). » Act (atuar): significa executar as ages para promover a melhoria continua do desempe- nho do processo. Essa fase é responsivel pela padronizagéo dos procedimentos implan- tados, Isto & tendo comprovado a eficicia das aces tomadas ¢ sendo o resultado satisfat6rio, deve-se padronizar essas agdes, transformando-as em procedimentos padrao. Para realizar 0 processo de padronizacao, tem-se as etapas de: 1) elaboragao, ou alteragao, do padrio; 2) comunicagao; 3) educagio e treinamento; 4) acompanhamento da utilizacio Para a elaboracdo do PDCA é importante que a gestor do processo saiba avaliar a efcicia e a eficiéncia de suas propostas de projeto, no qual: » Eficacia: compara o realizado com 0 pianejado. |» Eficiéncia- compara 0s recursos utilizados com 08 recursos disponivess. 2.8 Diagrama dente de serra De maneira geral, é muito importante que os niveis de estoque sejam baixos, pois, além de ocuparem muito espago nas obras, existem: » — @ custo do capital investido; > ocusto de manutengio e de armazenagem; » — aobsolescéncia dos produtos; [ES » — avida atil do produto. (Os estoques presentes nas obras representam custos acumulados de matéria-prima e insumos, que sero usados no futuro. Os estoques séo criados para: » Proporcionar condigées sob as quais cada equipe da obra possa fornecer 0 maximo de servigo compativel com seu nivel de operacio. » — Permitir que cada uma das equipes possa atingir seu ritmo eficientemente, pela sua pro- dugao. Os estoques podem ser classificados em: » Estoques de matéria-prima: séo 0 material basico necessério para a fabricagdo de um determinado produto. Seu consumo é proporcional ao volume de produgio da obra. » Estoques de produtos em processo: so aqueles que estdo nas diferentes etapas (fases) de elaboracao do produto final, a transformagao da matéria-prima em produtos semiacaba- dos. Esses produtos sio feitos em uma fabrica, ou no canteiro de obras. » Estoques de produtos semiacabados: so aqueles saidos da produgio € que, para serem considerados acabados, passario ainda por diversas fases do processamento. Esses produ- tos sio feitos em uma fabrica, ou no canteiro de obras. » Estoques de produtos acabados: séo os produtos prontos destinados ao consumo final. » Estoques de produtos em trtnsitGsio todos os produtosiqie jé foram despachados de vumia unidade fabril para outra,oude fortiecedores,e\que ainda nao chegaram 2 sett des- tino final, que€0 canteiro de obras. » — Estoques de produtos em¢6nsignacio: sio os materiais que continuam sendo de proprie- dade do fornecedor até que sejam utilizados. Se ndo forem, serio devolvidos sem énus. | | Figure 2.17 - Movimentacéo de materials em uma grande central de armazenamento, Podem estar armazenados produtos acabados, semiacabados e matéria-prima. Aéminista;0 do Planejament de Obras de Edticagdes 38 ao Eres Paneprent# Cie tr Anon Caos sa Faancs eng Phere tao ana" 56R6 (O diagrama “dente de serra” representa a movimentagao (entrada e saida) de qualquer dentro do estoque. Ele ¢ um grafico em um plano cartesiano, em que o ¢ixo das abcissas representa 6 tempo decorrido (T) para o consumo do material ¢ 0 eixo das ordenadas representa a quantidade (Q) em unidades desse material em estoque, Figura 2.18. Esse ciclo sera sempre repetitive ¢ constante se: » Nao existiralteracao de consumo durante o intervalo de tempo (T). » Nao existir falha administrativa que provoque um erro na solicitagzo da compra para » Nao houver atraso na entrega por parte do fornecedor. » Nao howver rejeicao de Lote por parte do controle de qualidade. Cuanisade a Figura 2.18 -Diagrama Dente de Serra de seguranca, ou estoque de reserva, é a quantidade minima de material que deve exis- tir em reserva, destinada a cobrir cventuais atrasos na renovacao do estoque, garantindo o funciona- mento ininterrupto das atividades da obra. ‘A principal vantagem do nivel de seguranga é prover estoque suficiente para atender as demandas inesperadas, A atividade de abastecimento requet um acréscimo no nivel étimo de esto- ‘que (quantidade do estoque reserva), para manter suas atividades sem interrupcao. © estoque reserva sera atingido quando houver atraso na entrega do material, ow um aumento no ritmo de seu consumo, O estoque reserva deve ser, em primeira aproximagio, ij ao niimero maximo de unidades consumidas durante 0 maximo tempo de reposicio, subtraido do niimero médio de saida do estoque, durante o tempo médio previsto para sua reposigao. estoque minimo € a quantidade minima do material em que deverd ser feito 0 pedido de compra para reposicdo de estoque. O estoque minimo ¢ igual ao estoque reserva acrescido do nimero médio de saida de material do estoque, durante o tempo médio previsto para sua reposigao, Figura 2.19. Agradecimento Ao Instituto Federal de Educagio, Ciéncia e Tecnologia de Sao Paulo (IFSP) - autarquia federal de ensino gratuito -, que, pelo exercicio do magistério, nos permitiu « aquisigao de expe- riéncia docente e a convivéncia com alunos do ensino técnico do curso técnico de nivel médio em Edificagdes. Ao Centro Estadual de Educagao Tecnolégica Paula Souza (CEETEPS), que, por meio das Escolas Técnicas Estaduais (ETEC) Getulio Vargas, Guaracy Silveira ¢ Martin Luther King - institui- ‘gOes paulistas de ensino gratuito -, nos possibilitou aprimoramento profissional mediante a prética docente exercida no ensino técnico de nivel médio em cursos de construcao civil. Ao corpo docente das instituigdes citadas, pelo convivio repleto de alegria e troca de conhe- cimentos. As empresas do setor privado fornecedoras de materiais e prestadoras de servicos, que sempre colaboraram em palestras, minicursos e doacoes voluntérias. As instituipdes de ensino e pesquisa que permitiram a obtengio de titulasdo na graduacao e no stricto sensu: Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Escola Politécnica da Universidade de ‘Sao Paulo (EPUSP) e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen-USP). (Orem Enea a Esguadria de ago ' Esquadria de auminio 10 | Esquadtiese feragers CaN eae Fetragem 11 | Vio Vieroe ‘Aparelhos sanitarios 12 | Posrihos santos e meta Tinta acre | Tint latex FEN ico Tinta 6ieo Tinta et Vernia bea Impeimesbitzapéo de paredes 14 | impermesbitzagies Iimporeabiizgio do Ijes Impumeabilzagso de calzas équa 25 | instatagao eietnea mnstaiagan cerca 16 _| instologdo hiréulion Instalogfo hicréulca 17 _ | inetolagdes expects ‘Cantorme cada tino de obra. 18 | Elevacores b v oe. | ee aterias @ oquiparentos Muitas empresas néo conseguem realizar sues obres porque néo fizeram seus orcamentos de forma correta, importante apropriar corretarnente todos os servigos envolvidos na execugéo de uma obra, bem como saber seus pregos de mercado. 3.3 Encargos sociais sobre a m&o de obra Para fazer um orcamento, é necessirio saber quanto ird custar a mio de obra que seré utili ada, O custo da mio de obra deverd ser acrescido de um valor denominado encargo social. Os encargos sociais so pagamentos obrigatérios, exigidos pelas leis trabalhistas e previdencié- tias, ou resultante de acordos sindicais, adicionados aos salirios dos trabalhadores. Os encargus sociais sd divididos em tes niveis: > — encargos bisicos e obrigatérios; ‘Planejemenio Custos de Obras Ea fret Panaprent # Cis Obras Aran Ces ea Fennca enana Pare bars Gow! 620 % — encargos incidentes ¢ reincidentes; EEE » — encargos complementares. Tabela 3.2- Demonstrative dos encargos sociais bisicos A | Presiddia Socat 00 20,00 422. | Funde de Garantia por Tempo de Sarigo — FGTS B00 00 18 | Sativa Eaucarso 250 2.50 1s | Serica Seria a incitia —Sest 150 1,50 'AS_| Servigo Nacional de Aprencizgem Industrial ~ Sena 1,00) 1.00 16 | Serviga de Apnio 8 Paquena e Média Empresa — Seba 060 060 ‘AT | ‘sttut Nacional de Calcnzagéo © Reforma Agana — Ira 020 070 18s | Sepur Conta Acicentes 62 Wabatho- INSS 300 3.00 ‘8S | Servigo Social a incite da Corsrugan e Mobi - Seconeh 1.00 1.00 [A [esas tras Soci Bascoe seo | 37.80 “Tahela 34 Demanatrativn das enrargne enctate que ecehem incidéncia das encargoscaciatchéeiens Bt | Repouso semaraleYeadas 50, 82 ise = 3 1057 822 Dias de cua de vata 407 : “Total dos encargcs ss que receberninciéncias de A 39.17 az ‘Tabela 3.4 - Demonstrative dos encargos sociais que nao recebem incidéncia dos encargos sociais basicos C1 _ | Depcsio por despecids injusta 80% sobre [Az + (AZ + BI) 557 433 2 | Feriss (naenizadss) 1406 10.93) 63. | Aiso-prtvo Cindenizata) 1332 10,20 | Total dos encargos socials que nto recebem inciléncies de A 3274 25.46 Tabela 3.5 - Demonstrative das taxas das reincidéncias DI | Reincictncia de A sobre & 1681 a1 12. | Reinciodncis de A2 soore C3 105 oa2 B_| tote tas taras das reincicéncias 1586 392 ‘Ploriias Orcarventavas de Obras de Ecificactes ‘eaom fica-Paneament Cnt de Ohms Anno Coro Fonseca Dagar Prtera Miron Cova E80 ‘Tabela36 Demonstrative de subtotal das encargos sociais bisicos encargos soci incidentes e eincideriSaanE Descrigto ‘A | Total os encerges socials bésicos 37,80 B | Total dos encergas sovais que recebem Incicdncias de A 39,17 © _| Total dos encerges sorais cue nio recebem incidéncies de A 3274 25.46 | Tote! das taras das rincidtrcias 15,06 392 Subtotal 125.58 7540 No caso dos custos da mio de obra utilizada nas obras, além das leis sociais basicas, das inci- déncias ¢ reincidéncias, devem ser acrescidos os encargos complementares, que sio diretamente relacionados & mio de obra a ser utilizada. Os encargos complementares sao compostos com o custo do transporte dos trabalhadores (Lei 7418/85), pelo fornecimento gratuito de EPI - Equipamento de Protegao Individual (NR-6), pelo fornecimento de alimentagao ¢ demais ages aprovadas nos diss{dios coletivos da categoria nas reas de atuacio da empresa. (Os valores da tabela foram feitos para a cidade de Sao Paulo, no ano de 2014. ‘Tabela 3.7 - Encargos sociais complementares fre Observagao 1: Vale-Transporte (VT) Base Legal: Lei 7.418/85 e Decreto 95.247/87 ‘Tarifa média por viagem - C, = R$ 3,00 ‘Niimero de dias trabalhados/més ~ N = 26 dias Salério médio do trabalhador ~ S = R$ 1.500,00 '2*C, x N —0,06%S' r= OS e = [(2 x 3,00 x 26 - 0,06 x 1500,00) / 1500,00] x 100 = 4,40 % ‘Planejemenio Custos de Obras Ea fret Panaprent # Cis Obras Aran Ces ea Fennca enana Pare bars Gow! 620 Observagao 2: Refeicao Minima (VC) LE ‘Base Legal: Acordo Coletivo de Trabalho - Sinduscon SP Custo do café da manha ~ C; = R$ 2,50 ‘Niimero de dias trebalhados/més ~ N = 26 dias Salirio médio do trabalhador ~ $ = RG 1.500,00 VC = [(2,50 x 26 - 0,033 = 1500,00 x 26 x 0,01) / 1500,00] x 100 = 3,48 % Observagao 3: Refeicao - Almogeo (VR) ‘Base Legal: Acordo Coletivo de Trabalho ~ Sinduscon SP Custo do almogo ~ Vale-Refeigio - C; = R$ 18,00 ‘Nimero de dias trabalhados/més ~ N = 26 dias Salitio médio do trabalhador ~ § = RS 1.500,00 va (Co fe ement ~ Jantar (VR) a: Refei observacdo 3 para os trabalhadores que dormem na obra. Observagao 5: EPI Base Legal Art. 166 da CLT e NR-18 da Lei 6.514/77 Custo de cada um dos EPI - P Fator de utilizago do EPI - F ‘Niimero de trabalhadores na obra ~N Salério médio do trabalhador ~ § = R$ 1.500,00 ‘Tempo de permanéncia do EPI disposi¢io da obra em meses ~ ‘Vida util do EPI em meses - VU Observagao 2: Refeicao Minima (VC) LE ‘Base Legal: Acordo Coletivo de Trabalho - Sinduscon SP Custo do café da manha ~ C; = R$ 2,50 ‘Niimero de dias trebalhados/més ~ N = 26 dias Salirio médio do trabalhador ~ $ = RG 1.500,00 VC = [(2,50 x 26 - 0,033 = 1500,00 x 26 x 0,01) / 1500,00] x 100 = 3,48 % Observagao 3: Refeicao - Almogeo (VR) ‘Base Legal: Acordo Coletivo de Trabalho ~ Sinduscon SP Custo do almogo ~ Vale-Refeigio - C; = R$ 18,00 ‘Nimero de dias trabalhados/més ~ N = 26 dias Salitio médio do trabalhador ~ § = RS 1.500,00 va (Co fe ement ~ Jantar (VR) a: Refei observacdo 3 para os trabalhadores que dormem na obra. Observagao 5: EPI Base Legal Art. 166 da CLT e NR-18 da Lei 6.514/77 Custo de cada um dos EPI - P Fator de utilizago do EPI - F ‘Niimero de trabalhadores na obra ~N Salério médio do trabalhador ~ § = R$ 1.500,00 ‘Tempo de permanéncia do EPI disposi¢io da obra em meses ~ ‘Vida util do EPI em meses - VU (BR +B +...+ PB) EM=|——_N_ | 100 5 fe Seré adotado o custo médio mensal estimado por operdrio ~ (SPF) / N= RS 30,00 EPI = [30,00 / 1500,00] = 100 = 2,00% Observacdo 6: Ferramentas Manuais (FM) Base Legal: A empresa obriga-se a fornecer as ferramentas manuais necessirias para a execugao dos servigos. ‘Custo de cada uma das ferramentas manuais ~ P Fator de utilizacao das ferramentas manuais - F ‘Numero de trabalhadores na obra ~ N ge patceme™ P, 1B + PAE, +. 100 S Serd adotado 0 custo médio mensal estimado por operirio - (SPF) / N= RS 15,00 EPI = [15,00/ 1500,00] x 100 = 1.00% O total dos encargos sociais ¢ apresentado na Tabela 3.8. ‘Tabela 38 ~ Demonstrative do total dos encargos sociais “Total dos encargos sociais bisioos | Total dos encanges socinis que weber incdocins de A Sobre os autores Antonio Carlos da Fonseca Braganga Pinheiro é bacharel em Engenharia Civil pelo Mackenzie e doutor em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de Sao Paulo (Epusp). Na area de construgao civil, foi chefe de departamento de projetos, gerente de engenharia ¢ diretor técnico. Foi professor e diretor da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, foi dire- tor de campus, coordenador e docente na area de construgio civil do Instituto Federal de So Paulo (IFSP). E docente da Faculdade de Tecnologia de Sio Paulo (Fatec-SP), da Universidade Cidade de Sao Paulo (Unicid) e da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul). Marcos Crivelato é bacharel em Engenharia Civil pela Epusp e pés-doutor em Engenharia de ‘Materiais pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares de Sio Paulo (Ipen-USP). Na area de construcao civil, foi diretor de engenharia e planejamento de obras residenciais e comerciais de grande porte. £ professor da drea de construcio civil do Instituto Federal de Sao Paulo (IFSP) e da Faculdade de Tecnologia de Sao Paulo (Fatec-SP). & pesquisador no curso de mestrado do Centro Paula Souza. obra e de como sera sua execugao. Sao itens como: limpera e destocamento do terreno; fechamento da obra (tapume); edificagdes provisérias (escritérios da obra, almoxarifados, sanitarios, vestidrios etc.); locagao da obra; placas da obra, » Administragio local da obra - pessoal: sto despesas com a mio de obra que nao esta em um tinico servigo especifico. A quantidade ea formagio de cada um dependem do porte ¢ do tipo de cada obra. Para a redusio desse custo, profissionais como 0 enge- nheiro civil eo tecnélogo de edificios podem ser contabilizados como utilizando uma hora por dia na obra. Eles podem ser: chefia da obra: engenheiro civil, tecndlogo de edificios, tecnico de edificagdes, técnico de seguranca do trabalho, mestre de obras, estagiirios; encarregados; pessoal de manutengao de equipamentos; pessoal de manutengao do canteiro de obras; almoxarife e kardexista; gi dfcleme sao despesas fixas que ocorrem apenas uma ver a0 longo 4o da obra. Sao itens como seguro e ART - Anotacdo de Responsa- bilidade Técnica, feita junto a0 Crea. Administracdo local da obra - despesas diversas: so despesas variveis que ocorrem men- salmente no tempo de duracao da obra. Elas so gastos com: energia, agua, telefone; manutengio de equipamentos, manutengao do canteiro de obras. O BDI é calculado pela expressio matematica: apr()=( 228 oo Em que: DI = despesas indiretas B= beneficio ou lucro CD = custos diretos ® Instalagio e desmobilizacio de canteiro de obras: este item depende do port A> =aaaaa O beneficio ou lucro é calculado como uma porcentagem sobre todos os gastos realizad@eieaenene obra: B= B(%)x(CD+DD prego de venda do empreendimento é 0 custo direto da obra acrescido do BDI, édado pela expressio matemitica: PV=CD [1 +BD1(%)] Em que: PV = preco de venda do empreendimento CD = custo direto da obra BDI = beneficio e despesas indiretas © Exemplo Calculo do prego de venda de um empreendimento Dados: Custos Dirctos (CD) = R$ 5.000.000,00 Despesas Indiretas (DI) = RS 1.000.000,00 Lucro (B) = 6% dos gastos totais ement =u. . dfele' = R$ 6.000.000,00 gg x R$ 6.000.000,00 = R$ 360.000,00 x (DI + B) / CD = 100 x (RS 1.000.000,00 + R$ 360.000,00) / R$ 5.000.000,00 = 27,20% Prego de Venda (PV) = CD [1 + BDI(9%)] = R$ 5.000.00,00 (1 + 27,20%) = RS 6.360,000,00 ee ‘© BDI nao é um valor foo © deve ser caleulado para cada obra, ‘A ordem de grandeza porcentual das despesas indiretas e da lucro ern relago aos custos diretos é: Adminisiracéo central da construtore: 5% a 10%, » Despesas financeiras: 2% a 20%, = Comercializagio: 5% a 15%, uc: 6% a 19%, 6 ‘Planejemenio Custos de Obras Ean frct- Panaprent # Gist» Obras: Arane Cres sa Foes HANA PAD 8 OS GaN "ECAC 3.8 Precificagao == © prego é um dos elementos do composto mercadoldgico que indica a percepgio dos con- sumidores sobre 0 produto. O preco é um componente intrinseco ao proceso de negécios. Dai a preocupacdo com a sua administrago, uma vez que os resultados financeiros da empresa dependem diretamente dos precos praticados. No comércio em geral, para a precificagdo na fase de venda de um produto é utilizada a mar- gem. Ela € uma porcentagem que é acrescida ao valor de um produto ja acabado. A margem deve cobrir todos 08 gastos como aluguel da loja, comercializagio do produto, ener- gia, Agua, telefone, pessoal, tributos etc, ¢ lucro, ‘Na construgao civil, em geral, 0 produto deve ser comercializado ainda nao produzido, isto é, nao é um “produto de prateleira’, que esta pronto para ser vendido. Por isso, sua precificacao é feita com base nos custos diretos e na utilizacéo do BDI. Assim, embora possamos construir dois prédios idénticos, os gastos envolvidos podem ser diferentes, e, consequentemente, seus pregos de venda poderao ser diferentes. Quando o prédio estiver pronto, as unidades de apartamento que ainda nao foram vendidas podem ser tratadas camo produtos de prateleira e ter seus precas de venda variados conforme situa- ‘ges de prestigio, como apartamentos de frente ou de fundos, ou andares mais baixos e andares mais altos. Também ¢ possivel ter prepos variando por localizacdo geografica. © preco do empreendimento ¢ afetadé por fatores como:. ® — custos diretos da obra; ® — despesas indiretas da construtora; estabilizacéo econbmica do pais; » legislagao envolvida; tecnologias construtivas; » — demografia dos consumidores; » —_aspectos politicos locais e nacionais; » aspectos culturais dos consumidores; » — concorréncia, As edificagdes podem ter seus precos variando em fungao das caracteristicas do piblico-alvo da construgdo: » Produtos de consumo em geral: sao edificagdes destinadas aos puiblicos que fazem compra comparada com relacéo ao custo e os beneficios de cada empreendimento. Seus pregos sto relativos 2 renda dos compradores. » Produtos de especialidade: sio edificagdes construfdas sob demanda, isto €, para piiblicos especificus. Sav construgdes dnicas, como prédios com selo verde. Seus preyos sdo mais elevados em fungao das especialidades constrativas. Planithes Orcarnentarias de Obras de Ecificagoes 6 aon frct- Panaprent # Gist» Obras: Arane Cres sa Foes HANA Paro 0 OS GaN" €SEAC » Produtos de luxo: sio edificagdes destinadas as pessoas que esto preocupadas com ¢ demonstragio de poder econémico. Tém precos elevados e materiais com alta qualidade de acabamento. » Produtos de nicho: sdo edificagdes destinadas a grupos pequenos de compradores, Elas ‘apresentam caracteristicas adequadas 4 cultura e as caracteristicas de convivio social dos compradores. Os precos dessas edificagdes tendem a ser altos. > — Commodities: so as edificagdes nao diferenciadas, com precos baixos e qualidade razoa- velmente aceitavel. Nesse grupo estio as edificagées de interesse social. Em termos mercadolégicos, cliente & a pessoa que compra, ¢ consumidor & # pessoa que iré utilizar. Assim, o diente, seja ele consumidor ou comprador, desempenha um forte e decisive papel na formacao dos precos dos empreendimentos, principalmente em mercados competitivos. Por isso, é muito importante que seja feita uma anilise detalhada de seu comportamento, de seus valores e de suas atitudes, para a compreenséo dos niveis possiveis de precos a serem praticados pela construtora. eed | O BDI deve ser sempre caiculado para cada obra. Deve ser esperado que empresas de grande porte tenham grandes | valores de BDI. Veja este trabalho que interessante: [ Hieeiveieng nt ads ofeondoniaadnWeckCongtuoe8 pat | 1) Oquesio encargos sociais? 52) Oqueé BDI? £ 3) Quais so os tipos de orcamentos, e quais so suas margens de erro? 4) Caleule o prego de venda de um empreendimento para as seguintes condigdes: j Custos Diretos (CD) = R$ 90.000,00 ‘Despesas Indiretas (DI) = R$ 30.000,00 ‘Lacro (B) = 5% dos gastos totais @ as aon frct-Panoprent # Gis» Obras: Anone Caressa Foes HANA PAero 8 OS Gna" ESEAC Métodos Quantitativos de Controle de Obras de Edificagées Para comegar _ Este tem por obj 08 graficos de-controle para abras.de edificacées, uti- lizando 3 ald PS Go Prot halt ecaen or cee coms ‘cronograms fisico, fis \diagrama PERT-COM, histograma de pessoal, histograma de mate- “risissetirva Se curva ABC de atividades. Para a execucio de obras, & necessério planejar a quantidade de recursos que serio deman- dados. Na fase de planejamento, sto determinadas as tecnologias a serem empregadas, bem como ‘05 materiais basicos e de acabamento da edificagio, Com isso, é possivel determinar a quantidade dos recursos financeiros, humanos e materiais para que o empreendimento possa terminar no prazo estipulado em contratos. Durante a execucio da obra, § necessirio o acompanhamento do andamento dos servigos, de forma a se identificar possiveis atrasos no cronograma, bem como aumentos do consumo previsto na fase de planejamento, Por meio do acompanhamento ¢ possivel realizar o controle da obra e proceder a0s ajustes necessérios, Os grificos de acompanhamento séo: » — cronograma fisico; Eo Eres -Panoprent# Cis tre Anon Caos sa Fans ena Paha tao ana" 56He cronograma fisico-financeiro; diageama PERT-CPM; histograma de pessoal; histograma de materiais; curva; curva ABC de atividades. A Figura 4.1 apresenta um cronograma fisico de atividades da construgao civil. soln compete dv pin deci an tar am ee atividades, d “Tabela 4.1 ~ Atividades para o estudo dos grificos de controle de obras (0 gréfico de controle mais comum nas obras ¢ 0 cronograme tisico, também chemaco de grético de harras.. Sumério Capitulo 1 - Planejamento na Construgao de Edificagbes 1.4.1 Processos do ciclo de vida de uma obra. 1.4.2 Processos na construgio de edificagio, 15 Plano de ages SW2H ‘Agora é com voe#!.. Capitulo 2 - Administragao do Planejamento de Obras de Edificagdes. 39 ‘Fgura 4.12 Histograma de mode obra de constrvgio civ Folemel © objetivo do histograma de materiais ¢ indicar a quantidade de material necesséria para a execugio das atividades previstas, com isso planejando as suas compras e entregas, bem como dimensionando 0 canteiro de obras. er Como exemplo, para a execugio das atividades de uma obra sio necessérios os materiais da ‘Tabela 4.4. A Figura 4.13 apresenta o histograma de materiais. ‘Tabela 4.4 - Consumo de materiais por atividade jaieeoneee eM nee ad metry) (unidaded Sores ened 9.000 8 al+|g rit t Qumiisede do, matenal ‘Figura 4.13 - Histograma de materiais. 4.6 Curva S A curva S, vista na Figura 4.14, 6 um gréfico elaborado com os valores gastos acumulados a0 longo da duragao da obra. Ele é importante para se conhecer os gastos acumulados, previstos para cada instante da obra. Os valores so obtidos na ultima linha do grafico fisico-financeiro, ‘Tabela 4.5. ‘Tabela 4.5 - Custo total sermanal acumulado ‘Cusio total semanal ‘cae Rsi0 | Rs30 | Asso | RS70 | Rs90 | RE120 | S245 | RS 168 | RSi75 | RS177 Planejarrento & Custos de Obras ‘Ea frct- Panaprent# Cis tres -Arane Ces sa Fenn:a ayaa Pero arcs Gow! E20 Figura 4.14 - Curvas. 4.7 Curva ABC de atividades ‘Como visto, a curva ABC é muito util para o administrador de uma obra, pois dle tenha atengao as atividades mais caras. Em geral, tem-: T A classificagao das atividades em ordem crescente de custos est4 na Tabela 4.7. ‘Tabela 47 - Clasificacao das atividades por ordem crescente de custo Pate pe Yt ae lore , ® ‘da obra. g--: is cara, deve ser dada especial atencéo a atividade nimero 2 ‘A curva S apresenta 0 gasto acumlado da obra. A partir dela podemos saber se estamos consumindo adequada- mente 03 recursos financeiros destinados pare a construcéo do empreendimento, Observe que tabalho interessante: hhttpv/pmkb com. befwp-contentlupioads/201 3/08)Aplica%C3%4A7 %C3%ASo-da-Curva-E2%BO%ICS%SEZ BOSD. pdf Vamos recapitula: Foram vistos os grificos de controle para obras de edificagbes, apresentando métodos de levanta- Se re ‘inanceiro, diagrama PERT-COM, histograma de pessoal, histograma de materiais, curva S ¢ a curva ABC de atividades. 1) Para que serve o histograma de materiais? 2) OqueéacurvaS? 3) No planejamento de uma obra residencial, foi estimada sua duragéo em oito meses ¢, em fungio do desenvolvimento das atividades planejadas, seus custos totais em cada més, conforme a tabela a seguir. Construa a curva § relativa ao planejamento deste empreendimento. \Métocos Quantitative de Controle de Obras de Exificagtes } ‘Ea fret Panaprent # Cis tres -Arane Ces ea Fennca nana Phare bars Gow! £620 fa) Uma edificagao, na fase de planejamento, teve seu custo total estimado em RS 107.000,00 (cento e sete mil reais) ¢ o custo de cada atividade estimado confor- mea tabela a seguir. Com base nas informacées contidas na tabela, constrta a cur- ya ABC para as atividades relacionadas. Planejemento e Custes de Obras. ‘eaom fica-Paneament Cnt de Ohms Anno Coro Fonseca Dagar Prtera Miron Cova E80 Capitulo 3 - Pianiihas Orcamentérias de Obras de Edificacbes 43.3 Datas importantes no diagram... 4.3.4 Célculo das folgas e do caminho critic... Capitulo § - Anélise Econémica Mercadolégica de Empreendimentos 5.1 Engenharia econémica.. 5.2 Contratos.... $2.1 Sonia pe ocd pablo de pacer eins oman ic). 5.2.2 Contrato por empreitada global a pregos unitarios.. 55 Center puradedaldacivexcubslopecpmcplecme dal ius pemtiad ior 5.2.4 Contrato por reembalso dos custos mais uma quantia fixa (cpff - cast plus a fixed fee. 5.2.5 Contrato por prego maximo garantido ‘5.2.6 Contrato com incentivo 5.3 Mercadologia, 5.3.1 Demandas de mercado.. 5.3.2 Ontentagoes da empresa para agoes no mercado 5.3.3 Andlise do ambiente de negécios. 5.3.2.4 A orientacdo de marketing == Nesse caso, a construtora sai do principio voltado para o produto, em que o importante é “fazer ¢ vender’, ¢ passa para o principio centrado no cliente, em que o importante ¢ “sentir € res- ponder’. Assim, o importante nao é mais encontrar o cliente certo para o produto e sim 0 produto certo para o cliente. 5.3.2.5 A orientagéo de marketing holistico (valor) © marketing holistico pode ser visto como 0 desenvolvimento, o projeto ea implantagao de Programas, processos ¢ atividades de marketing, com o reconhecimento da amplitude e das inter- dependéncias de seus efeitos, Nesse caso, sdo envolvidos no processo, além dos consumidores, os empregados da construtora, os fornecedores ¢ 0s concorrentes. 5.3.3 Analise do ambiente de negécios Antes de preparar a estratégia de marketing, é preciso identificar as forcas que impulsionam 0 mercado ¢ as diferentes incertezas a ele inerentes. Isso € feito por meio da anélise SWOT. A anilise SWOT corresponde & avaliagio do ambiente interno da construtora (microam- bieute), isto & das foryas (strengihs) © fraquezas (weaknesses) ¢ du ambiente externo & cunstrutora (macroambiente), isto & das oportunidades (opportunities) e ameacas (threats). 5.3.3.1 Microambiente © nemo mel lt \ ee intermedi clientes; » — concorrentes; » pibblicos, que podem ser: governo; comunidade financeira, ou seja, todos os bancos que podem fornecer crédito e demais agentes financeiros; comunidades locais, ou seja, todas as organizacées € pessoas que existem na vizinhanga a ipetn® (ners i pon A combs at de ete ety readies on: grupos de pressio, ou seja, os militantes, grupos organizados de pessoas que lutam por > 8.3.3.2 Macroambiente (oportu O macroambiente de uma empresa abrange 0 que esta além de seu ambiente, Ele é muito com- plexo, € suas varidveis sdo: reas politicas governo ¢ 0s sistemas politicos: as leis; 6s interesses publicos. ‘A Figura 5-4 apresenta um importante politico falando em nome do govern numa entrevista sobre novas mudangas no mercado imobilidrio. Figura 54 Influéneia das decisses governamentais. Forgas naturais: questdes envolvendo camada de ozénio e as medidas para evitar set: agravamento; questdes envolvendo a distribuicdo ¢ a destruigio das florestas tropicais e sua respecti conservagao; alteragSes climiticas: chuvas excessivas, falta de chuva, furacdes e tornados; > — temperaturas excessivamente altas ou excessivamente baixas; » _ extingao de espécies vegetais e animais. A Figura 5.5 apresenta um parque de recreagao infantil alagado por causa de fortes chuvas. Planejarenio e Custos de Obras eon Erca-Panmarment# Cust Ob Aton Coe Fae:a Boma Pero iin 580 : | i ; Figura 55 - Chuva de forte intensidade, Torgas demograficas: % — redugio do niimero de filhos por familia; » _ reducio do nimero de membros caabitando | mesmo lars: o~ffiifiento do nimero de automdyeispertapitas » — redugao do tamanho'médio dos lates; 2 revisio da distribuiigao geografica (urbana e rural). condmicast » — crescimento econémico e distribuicao de renda; feito acelerador e efeito multiplicador; » — ciclos econdmicas, » — competitividade de mercado, Forgas tecnolégicas: » novas tecnologias; » — tecnologias obsoletas. A Figura 5.6 apresenta a evolucio tecnolégica de dispositivos de video, telefonia e armazena- mento de dados e imagens. »Andlise Econtmica e Mercedoligice de Empreendimentes 6 ‘ron rca aneamenn # Cua de Oba Aton Coosa Fomie:a Braga Pero @ Mcs Give” ESAS - Pig (- Evolugio tecnoigica de dispositivos de video telefonia armazenamento de dudos e imagens. Forgas sociais e culturais lazer e modo de vida das pessoas; natureza das relagoes de trabalho e lucro das organizaces; continuas mudangas do equilibrio entre vida pessoal trabalho; papel da mulher na sociedade em constante ampliagao, aproximando-se dos papéis ocu- pados pelos homens; aumento da expectativa de vida e envelhecimento da populagio que pode implicar na alteracéo dos sistemas de satide piblica, na alteragao do sistema financeiro, na mudanca dos habitos alimentares, da mudanga da cultura etc aumento da preocupacéo com 0 meio ambiente, em especial com o aquecimento global; revisao da cultura geral, com uma sociedade mais compreensiva das diversidades sociais, Planejarenio e Custos de Obras ‘eon Era Paneament# Cust de se tara Cale a Fanaa Boma bere RCO Cove I Eee Na Figura 5.7 vemos/a contratagdo de um novo engenheiro para 0 quadro écnic A= construtora, 0 que aumenta a forga organizacional. A Doane oe Figura 57 - Contratagao de um novo engenheiro, A figura 5.8 apresenta um resumo das forgas atuantes no ambiente de negécios. ‘Macroambierte do negocs (oporturidades © aneagan) Figura 5.8 - Resumo das foreas atuantes no ambiente de negicios, 5.3.4 Langamento de novos produtos A competitividade das empresas construtoras depende do desenvolvimento de novos produtos para o mercado imobilidrio, Para muitas empresas, desenvolver novos produtos com maior rapidez, maior eficiéncia e maior efetividade ¢ uma meta competitiva. Falar em novos produtos para o mercado da construgio civil significa estimar os impac- tos em custos, qualidade, satisfagao do consumidor, obtendo, assim, uma vantagem competitiva. Por meio de processos de inovacao, as construtoras irdo atingir novos mercados e aumentar seu potencial competitivo. Além dos fatores tradicionais, como custo ¢ qualidade, a influéncia do tempo é muito impor tante para o sucesso de novos produttos. O impacto das estratégias do tempo de lancamento no mer- cado é relevante no sucesso de novos produtos. O enfoque das empresas em atuar sobre os empresariais de desenvolvimento de produtos, a fim de aumentar a sua eficiéncia, € fundamental para a competitividade da empresa. Para o desenvolvimento de novos produtos, a pesquisa de marketing tem um papel importan- tissimo, devendo ser realizada prioritariamente. E por meio da pesquisa de marketing que a empresa ind buscar as informagdes necessirias para a tomada de decisio, testard os seus novos produtos, identificara ameagas e oportunidades, entre outras agdes relacionadas ao seu sucesso, © processo de decisio de compra do consumidor é composto de cinco etapas: 1) Mdentificagdo da necessidade; 2) Busca de informagées; 3) Avaliagdo de alternativas; 4) Compra; 5) Comportamento pés-compra. O processo de decisdo para produtos imobilidrios € influenciado pelos estimulos de marketing, introduzidos pelas empresas, por meio de caracteristicas do produto, preco, comunicagao (promo- ‘¢4o € propaganda), estimulos do macroambiente (fatores politicos, naturais, demograficos, econd- micos, tecnol6gicos, sociais e culturais) e as caracteristicas pessoais dos clientes. Esses trés fatores - estimulos de marketing, estimulos do macroambienteye caracteristicas pes wt influenciando 0 processo de decisto de a resultar nas-decis6e8do Soot re identiquemy a ne OW ids ak Sorte lores, para BEE cito etapas no protesso de desenvolvimento de novos produtos: Dy Bi-racio de ideias: a empress fax. um traballio sistemitico de procurar novas idélas que Ppossam resultar em novos produtos, Geralmente, sio geradas muitas ideias, com 0 obje- tivo de identificar quais sao de fato importantes, 2) Selecao de ideias: nessa etapa sera feita uma anilise, com 0 objetivo de identificar quais ideias sao boas, descartando as mais fracas, 3) Desenvolvimento e teste de conceitos: nessa etapa as ideias selecionadas serao transfor- madas em conceitos de produtos. £ importante fazer a distingao entre ideia de produto, conceito de produto e imagem de produto. Ideia de produto é uma ideia para um possivel produto que a empresa pode vir a oferecer ao mercado. Conceito de produto é uma versio detalhada da ideia apresentada em termos significativos a0 consumidor. Imagem de pro- duto éa forma como os consumidores pereebem 0 produto; 4) Desenvolvimento da estratégia de marketing: essa etapa é desenvolvida em trés fases. A primeira fase descreve 0 mercado-alvo, © posicionamento do produto e as metas de vyendas, de participacio no mercado e de luctos. A segunda parte da definigao de estra- tégia de marketing descreve o preco planejado do produto, sua distribuigao (locais em Wh oan lade na construcao de edificagées A produgéo ¢ uma medida que avalia os resultados ¢ uma atividade, por exemplo, a area de parede que foi construida por determinado pedreiro em um perfodo de tempo. Conhecer a produ- gio ¢ importante para a realizacao do planejamento e controle de produgéo (PCP), que ird decidir sobre o melhor uso dos recursos para a producao. A produtividade ¢ a capacidade de se produzir mais utilizando cada vez menos recursos em menos tempo. Assim, quando se fala em produtividade, a inten¢ao € diminuir o uso de recursos materiais, mio de obra, maquinas, equipamentos etc. O foco da produtividade é a reducio de custos da produgio para a melhoria competitiva no mercado, A Figura 1.3 apresenta um operdrio da construcdo civil instalando um isolante térmico na parede feita de madeira. E uma operaco construtiva de grande produtividade porque se baseia em pregar um revestimento (tecido) junto 4 veda¢ao vertical feita de madeira. Berta. Cremer ee om Figura 1.3 - Aplicagdo de revestimento térmico, A construgdo de uma edificago ¢ caracterizada pela sua construgdo em uma posigao prefi- xada. A construcao de edificagdes pode ser classificada em: > Edificagées convencionais: gio executadas de forma artesanal, com equipamentos.e fer- ramentas tradicionais. > -BdificagSes pré-fabricadas: sio executadas-de forma padronizada, com os elementos pre fabricados executadosem fabricas e posteriormente montados no local da obra. » — EdlificagSes industrializadas»sdo executadaS de forma padronizada, com os elementos ‘@xecutados na obra, por meio de gabaritos e moldes. A Figura 1.4 apresenta um conjunto habitacional de grande porte. £ um tipo de edificagao convencional executada de forma artesanal. Por isso, existem programas de controle de qualidade que buscam melhorar a produtividade e a qualidade da construgio civil. Figura 1.4 - Conjunto habitacional de grande porte: exemplo de edificagio executada de forma artesanal. @ ee ates fre Plangprens# Css te Daas Antone Caros sa Fonsac Gagan Paar © Marcos Cretan Ego A Figura 1.5 apresenta uma obra de grande complexidade, um hospital. £ complene-peme— grande quantidade de quartos, ambulatérios, salas de cirurgia e porque possui muitas instalagdes prediais, por exemplo, hidraulicas, elétricas e de gases medicinais. Os revestimentos de pisos e pare- des devem ser facilmente laviveis e higienizados. Os ambientes devem ser mantidos sob temperatu- ras controladas. f & é A Figura 1.6 apresenta um painel pré-moldado destinado 4 montagem de uma fachada de um edificié Comercial. E possivel perceber que os vidros estéo incorporados ao painel. Pigura 16 - O painel pré-moldado é um exemplo de edificagio pré-fabricada. ae @ ates fre Plangprens# Css te Daas Antone CarossaFonsac Grapara Paar © Marcos Crear 1 Ego ‘A Figura 1.7 apresenta um operario encaixando uma parte de uma laje pré-moldada SUamemmnuaas a uma viga também pré-moldada. Trata-se de uma operagio de montagem de pecas previamente fabricadas no canteiro de obras. No local de montagem nio existem materiais de construgao, tais como tijolos, areia e cimento, espalhados pelo chiio. Figura 1.7 - Montagem de laje pré-moldada. A Figura 1.8 apresenta uma casa de madeira executada de forma padronizada, Isso ¢ facilitado pela sua simplicidade e pequena quantidade de elementos que compSem a casa. nivale ce Figura 1.8 - Casa de madeira industrializade. } Panejamerto @ Custos de Obras. ates fre Plangprens# Css te Daas Antone Caros sa Fonsac Gagan Paar © Marcos Cretan Ego D=(QxIP)/(Nxh) Em que: D = duragio do servigo Q = quantidade de servico IP = indice de produtividade N = niimero de pessoas que irdo executar a atividade h = nimero de horas didrias disponiveis para a atividade Exemplo Em uma edificacdo, € necessério executar 210 m? (2,80 m de altura x 75 m de comprimen- to - obtidos da planta de execucio) de alvenaria de vedacio com blocos cer&micos furados 9x 19 x 19 cm (furos horizontais), espessura de 19 cm, juntas de 12 mm com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar trago 1:2:8. A produtividade média do pedreiro é 1,50 h/m?, a do servente ¢ de 1,92 h/m’, e o trabalho serd executado em jornadas didrias de 8 horas. 1) Quantos dias titeis serao necessirios se somente houver um pedreiro e um servente? 2) Quantos pedreiros e ajudantes serdo necessdrios para que a parede seja executada titeis? a j > -Sotuga05 7 ala O>\ f | Alividade = execugi0 de alvenaria deblocosceramieos “ Servigo (Q) = 210 m? deavenaria de blocos cerimicos | Quantidade de pedteitos (Npspazino) -rodutividade média de pedreiro (IPpppprigo) = 1:50 horas-homem/m? Quantidade de ajudantes (N,jupanre) Produtividade média de ajudantes (IP ypay-re) = 1,92 horas-homem/m? ‘Tempo de trabalho (h) = 8 horasidia Caso 1 Duracao do servigo (D) =? Quantidade de pedreir0s (Npzpazina) = 1 Quantidade de ajudantes (Nayuypanre) = A produtividade pode ser estimada com a expressio: aS Sa Duragio do servico de pedreiro (Dprpretno) = (Q x IPpepeetno) / (Npzpneiro xh) = (210 x 1,5) / (1 « 8) = 40 dias Duragdo do servigo de servente (Dseayenre) = (Q IPseavewrs)/ (Neeavente *) = (210 x 1,92) / (1x 8) = 51 dias Portanto, serdo necessirios 51 dias para executar a parede. Caso 2 Quantidade de pedreiros (Nexpzssxo) =? Quantidade de ajudantes (Nayypanre) Duragao do servico (D) = 5 dias 2) Npepnengo = (QX IPpeppeno) / (Dh) = (210 x 1,5) / (5 x 8) = 7,88 ~ 8 pedreiros b) Neravere = (QX IPnvenrs) / (DXB) = (210 x 1,92) / (5 x 8) = 10,08 = 10 serventes eer ye sry Para aumento da pAengpl Aa othone ter ages como: > equipamentos adequados ¢ disponiveis nas datas peeencienene » — mao de obra qualificada e adequadamente quantifi- cada para cada atividade; Tecopiey faders i trabelbo que ¢ dretamente relacionadas » -materiais de qualidade, com quantidade, prego © eutura da emprasae sus ienolopas. prazo de entrega adequados; » — terceiros contratados quando necessério. @ a ates fre Plangprens# Css te Daas Antone Caros sa Fonsac Gagan Paar © Marcos Cretan Ego Para a determinagéo da produtividade, ¢ importante saber 0 que seré feito (memorial descrtive) e como serd feito {memorial executive); » Memorial descritivo: € 0 documento que descreve os materiais e acabamentos @ serem empregados na construgio da edificagéo. » Memorial executive: €-0 documento que descreve todos 08 procedimentus tecnoldgicos que devern ser adotades para a execugdo das atividades da obra, 1.2 Diagrama de causa e efeito Esse diagrama de controle, também chamado de diagrama de Ishikawa ou diagrama espinha de peixe, foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, da Universidade de Téquio, em 1943, e por ele apli- cado pela primeira vez na Kawasaki Steel Works. Ele é formado por uma seta horizontal que aponta para o efeito observado (sintoma), ou uma necessidade ndo satisfeita, ou uma irregularidade observada. Esse diagrama ajuda na determinagio das sucessivas causas, suas intensidades e efeitos. A Figura 1.9 apresenta o diagrama de causa e efeito € sua similaridade com a espinha de peixe. Figura L9 - Diagrama de causa e efeito ou espinha de peixe. Por exemplo, a Figura 1.10 apresenta 0s possiveis fatores intervenientes na qualidade de uma alvenaria. Ela mostra que a qualidade da alvenaria pode depender de trés fatores: materiais, mao de obra e tecnologia. A qualidade dos materiais depende do prego, da disponibilidade, do fabricante e do armazenamento. A qualidade da mao de obra depende da qualificacao, da quantidade, da remu- neragio e da motivacio. E, por fim, a qualidade da tecnologia depende das maquinas, das ferramen- tas e do projeto. ee e ators fre Panera # Cus ae Dares Artin Caras sa Fonsecs Brogan Paha «Marco Crane go Ferramentat Tecnoioge Figura 1.10 - Diagrama de causa ¢ feito para a qualidade da alvenaria. 1.3 Fluxogramas de processos_ Os fluxogramas sao diagramas que indicam os fluxos das opera¢ées de entrada, processamento € saida. A palavra fluxograma vem do inglés flow-chart (flow = fluxo + chart = grafico). Assim, éuma técnica de representacio grifica que utiliza simbolos previamente convencionados, permitindo:a descrigao objeiva da sequéncia de um processoysua anilisee redesenho. | _Oslaxbgtamas podem ser verticais ov horitostais) 1.3.4 Fluxograma vertical E geralmente utilizado ém linhas de producao, € possivel dividir um grande processo em offrGasnis simples, Soa cimmbologia¢epreseniada na Tabela 11, Ear fe- Planar # Cus de Onras- Antena Caro sa Fonsocs roars Pro Mars Gowlar-1" Edo Um exemplo de fluxograma vertical 6 apresentado na Tabela 1.2. ns ‘Tabela 1.2 - Fluxograma vertical para a construgio de alvenaria de elevagio Loree 110 ) voce inca amas ; A/S] me | einen 2/0 D ae Eira abit “10 ) Ep) main, | Moreen mae 210 D Soe ee 51 AV |\Q| ee Misurasagamesss 7JO|M)D ASV || me | meee 2 1S D * ral Pedro \Veriica esquadro, nivel @ prumo | © fluxograma vertical tem como vantagens a rapidez de preenchimento e a facilidade na leitura. 1.3.2 Fluxograma horizontal Esse tipo de fluxograma pode ser descritivo ou de colunas: » Fluxograma horizontal descritivo: descreve, por meio de simbolos, o fluxo de atividades, documentos e informagGes que acontecem em um proceso. » — Fluxograma horizontal de colunas: nesse modelo as dreas envolvidas no fluxograma sio representadas em colunas, facilitando a compreensao das atividades que ocorrem em cada setor do Pianejamento na Construgao de Edificagdes. } Ear fe Planar ¢ Cus de Ooras- Antena Caro sa Fonsocs roars Pres @ Mars Gowlar-1* Edo z A simbologia do fluxograma horizontal é apresentada na Tabela 1.3. “Tabela 1.3 - Simbologia de fuxograma horizontal arr a ee Ls eee fice poksinaaennee VV ‘Conector de pagina Indica onde continua a sequéncia do fluxo em outra pagina. ‘Sentido da GculagSo verbal | As sins iterigam os simbols,incicando o fuxo a sar sequido. Planejamnento @ Custos de Obras: Eaves fen Planar Cust de ras Antena Caro sa Fonseca roars Pres Mars Gowisr-1" Eacdo 1.4.1.8 Processo de monitoramento e controle = Essa fase ocorre simultaneamente as demais fases. Seu objetivo é assegurar 0 cumprimento dos objetivos, 0 monitoramento ¢ a avaliagio do progresso para melhoria das ages. Aqui ¢ feito ‘0 monitoramento dos desvios de atividades, tempo e custos, tomando as agGes corretas necessérias para harmonizar o executado ¢ 0 programado. Séo avaliadas a necessidade de alteracées diversas no projeto e sua reprogramagao, se necessério, ajustando o nivel de recursos, e procedendo aos ajustes que se fizerem precisos, obtendo aprovagio dos patrocinadores do projeto. Na fase de monitora- mento, deve-se ajustar o processo continuo da equipe e cumprir os seguintes passos: ® — comparar com as linhas-base de custo, prazo e escopo; » — identificar quaisquer variagdes das linhas-base; » responder conforme as necessidades. A diregio da obra deve revisar 0 progresso em comparacio com as linhas de base, buscando resolver imediatamente os conflitos. § i i Z i 2 Figura 1.19 - Avaliaggo das medidas construtivas: 2 prética constante de verificar medidas 6 de fundamental importancia para que no ocorram eros que posteriormente serio de dificil corregio. 1.4.2 Processos na construgao de edificagdo Na construgio de edificago, os processos e as fases so: 1.4.2.1 Processo de iniciagao Concepgao, orgamento e estudo de viabilidade do empreendimento > concepgao do empreendimento; » — identificagdo das necessidades para realizacdo do empreendimento; » — identificacao de alternativas tecnolégicas, equipes técnicas; ae @ ates fre Plangprens# Css te Daas Antone CarossaFonsac Grapara Paar © Marcos Crear 1 Ego » — orcamentos preliminares; » — estudo de viabilidade econémica. 1.4.2.2 Processo de planejamento Projeto e planejamento da edificagao » elaboracdo de projetos executivos, memoriais descritivos e memoriais executivos; » — orcamentos detalhados; » planejamento da execugio da obra; » — elaboracdo e aprovacao da documentacao legal; » — elaboragao de propostas técnicas e contratos; » — planejamento de treinamento da mao de obra; » — transferéncia de tecnologia (construcio e testes de prot6tipos). 1.4.2.3 Processo de execugao Mobilizagao do canteiro de obras » — execugio do canteiro de obras; » — contratagio da mio de obra de execucdo; 1.4.2.4 Processo de encerramento Desmobilizagéo do canteiro de obras » — elaboracao dos projetos “as built” (como executado); >» treinamento de pessoal para a fase de operacdo e manutencdo da edificaco; » — transferéncia de materiais para outras obras ou almoxarifado central; > limpeza final; » — relocagio da mao de obra de execugao; » — transferéncia para o pessoal de operacao da responsabilidade pela edificacao. ‘Aiur ematSanebex Figura 1.20 - Elaboragdo de corregéo de projetos (as built), Essa pritica ¢ adequada para que alteragdes ou corregSes executadas durante a obra sejam também executadas nos projetos finas, ‘que servirdo para as equipes de manutenéo que atuario com a edificago em uso. 1.4.2.5 Processo de monitoramento e controle >» apontamento da produtividade da mao de obra; » acompanhamento dos servios realizados versus servicos planejados; » — identificagio de nio conformidadess . ®) Tobservacio de procedimentos da qualidade), '» — elaboracdo de relatérios de constatacao. Figura 1.21 - Um fiscal de obras exerce o processo de monitoramento ¢ controle na fase de acabamento da obra, por exemplo, para verificar se as atividades em execucio estio corretas. Planejamento na Construgao de Edificages. oe ates fre Plangprens# Css te Daas Antone CarossaFonsac Grapara Paar © Marcos Crear 1 Ego ‘A Figura 1.22 apresenta as cinco etapas do ciclo de uma obra. Uma ordem de gran valores percentuais dos custos envolvidos, em cada etapa do ciclo de projeto, é: » — Btapa 1: estudo de viabilidade do empreendimento - 2,4%. » — Etapa 2: projeto e planejamento da edificagdo ~ 5,8%. » Etapa 3: mobilizagao do canteiro de obras - 2,4%. » Etapa 4: construgéo da edificagio ~ 87,5%. >» — Etapa 5: desmobilizagao do canteiro de obras - 1,9%. Intensidace \ go -_" Figure 1.23 - Interior de um canteiro que esti passando por desmobilizagio. Estio sendo retirados materiais nio utilizados na obra, por exemplo, tubulagées, perfis metilicos e pranchas de madeira. Os valores percentuais médios de custos para uma residéncia sao apresentados na Taber “Tabela 1.4 - Valores percentuais médios de custos para uma residéncia tape ‘Varingbo do custo porcental Projets © apovagses 8% 812% Servigos preliirares mass Fundagoes sual Esnture 14% 3.22%, ‘Aeeraia meaee Cobertura 4% 2 B% Instaiagto niedulica Teen Instaiagéo elétrica SeaT% Impermeabilizagaosolamento térmica 2%a4% Esquadrias 4% 8 10% Revestinerte ¢ seabarentos 15% 832% Os valores médios percentuais de custos para edificios s4o apresentados na Tabela 1.5. ‘Tabela 1.5 - Valores percentuais médios de custos para um edificio Etapa ‘Custo mécio percent Despesas indretas da obra 10% ‘Estuco o& vablicece Ea Projetos @ aprovacées 1 “Canteira de obras 1% Te 19% ‘Avvenaias 35% Revestimentoe 7% Esquacrias eferagens 75% Viros 08% ‘Aparelhos sanitvos e metais 25% i Pinturas % Impemesbiizagtes 1% Instalagdoelétca 7% Insteiagao hcreulica 55% Instalacées especiis 2% Eievadores &% Umoezs: 05% Desmodiizess0 05% Diversos: 0.5% TOTAL 300% Planejamenta na Construgso de Ediicagoes Eaves fe Parapet # Cust de Ones - Antena Car sa Fonseca roars Pres Mares Gowisr-1" Eacdo 1.5 Plano de agdes 5W2H ee ‘Um plano de acdo é © planejamento de todas as ages necessérias para se atingir um resultado desejado em um determinado projeto. A aco principal ¢ saber o que fazer, identificar e relacionar as atividades que fario parte do projeto. ‘Um plano de acao é um conceito, que ajuda na tomada de decisoes. Os planos de ages podem ser simples ou complexos. No caso de planos de acio complexos, é necesséria a criagdo de um docu- mento formal para fins de arquivamento, reflexo e principalmente para a comunicacio com as demais pessoas envolvidas no projeto. ‘Um plano de ago deve indicar tudo o que deverd ser feito e quando, Se a sua execugdo envol- ver mais de uma pessoa, deve ser informado quem seré o responsavel por cada uma das agdes. Ele, também, deve informar a razio de cada uma das ages, como elas deveriio ser realizadas e os custos. envolvidos. plano de ages é um documento que serve para a coordenago e o controle das ages que deverdo ser tomadas dentro de um prazo, em diregao ao objetivo estipulado para o plano de agao. O plano de ado ajuda no planejamento para a solucao de determinado problema, ou meta que se deseja alcancar. © planejamento inicta-se com o levantamento de dados. Quanto maior a quantidade de acoes pessoas envolvidas, mais necessirio e importante é ter um plano de aco. E quanto melhor o plano de ago, maior a garantia de atingir a meta. O plano de agdo 5W2H €¢ representado por um formularioypara execugdo e’controle de tare- fasyiid qual so atribuidas as responsabilidades € 6 determinado” como o trabalho-deverd ser reali- zado. Determinam-se ainda 6 local, 0 motivo e 0 prazo pata tonclusdo, juntamente com os custos envolvidos. Esse plano pode ser chamado resumidamente de 5SW2H, que € um mneménico dos itens em inglés do check list que indica os pontos principais de um plano de acao: >» SW 1 ~ What (0 que seré feito - Aco) 2- Who (quem fara - Responsével) 3- When (quando seré feito - Prazo) 4—- Where (onde serd feito - Local) 5~ Why (por que seré feito - Justificativa) > 2H 1 - How (como seré feito - Procedimento) 2— How much (quanto custard - Custo) ‘Também existe uma variagéo do plano de agéo SW2H, mas sem o “How much” (quanto cus- tara), formando a sigla SW1H. } Panejamerto @ Custos de Obras. ates fre Planers # Css te Daas Antone Caros sa Fonsac Braganc Paharo © Marcos Crvar-1 Ep0 E possivel preparar planilhas em branco para o desenvolvimento de varios planos Qumeeenuaae presentes na execucio de uma obra de edificagio. A Tabela 1.6 apresenta um exemplo de plano de ago SW2H. “Tubela L6 - Plano de agio SW2H para a realizagio das paredes internas do andar térreo Ge) ‘Objet: Realizagto das paredes internas do andar térreo item | Agso Loss! Fesponsdvel | Justicatve Proeesimerto Promo | Coste Betoreira do Para ser vilizads na ; 1 | Preperagto de 3m? | canter de | Servente | ahenara de eevacao | Matercimenioe area | 1.4 | as 300,00 deargmesse | Se — mmécia no tro 13. Mercazio de 20 m Mecerolacaide | Uliizer tena e penta 2 | deperece interna | APéartéreo | Pecrero | Ate Me te Tol ictl ard ‘Vimos que uma construtora pode ter diversos setores, Vimos também que 2 produtividade 6 um. fator importante para o sucesso de cada empreendimento. Foi apresentado o diagrama de causa e efeito como ferramenta para o diagnéstico ¢ a correcio de nao conformidades. Abordamos ainda o fluxograma de processos ¢ 0 ciclo de vida de uma obra. Planejamenta na Construqao de Edificagbes. e Ear fe Planar ¢ Cus de Ooras- Antena Caro sa Fonsocs roars Pres @ Mars Gowlar-1* Edo 1) Descreva o que é 0 ciclo de vida de um empreendimento. 2) Quais os valores médios de custos de servigos para uma casa térrea, considerando seu custo de R$ 100.000,00? Qual o custo total dos servigos do grupo A e do grupo B? Considere os itens: Instelagdo hidedulica Instalagdo aética , _————_—$—$—— ed i fRevestimento e acabamentos 1 } 3) Em uma obra de edificagio & ‘ i esmaltado 30 ct 4 colante. A p éde b/m?, em j¢ d de 8 horas. a) Q necessdrios se somente houver um pedreiro e um ser- 1 vente? — b) Quantos pedreiros e ajudantes serio necessdrios para que 0 piso cerimico seja executado em dois dias uteis? Plangjemento # Custos de Obras ‘Ear fe Planar ¢ Cus de Ones Antena Cares sa Fonseca roars Pres Mars Gowiar-1* Edo Administragao do Planejamento de Obras de Edificagées Para comegar ae ‘estrutura ea organograma deempresas e os modelos de sua apresenta- £ introduzida d documento institucional sobre a delegaio de i0 dos como ferramenta para o processo de recruta- _meorbiiyieina dy seater menneuprealoan pars Para que o _gestor possa fazer a tomada de decisio baseada em valores financeiros, & apresentada a arvore de deci- ‘ses. Para a administragio do proceso produtivo sio apresentados o ciclo PDCA, o diagrama Dente de ‘Serra ¢ a curva ABC para estoques. 2.1 Estrutura de empresas construtoras de edificag6es As empresas so organizadas conforme suas finalidades e as atividades que executam. Con- forme seu tamanho, ela poder ter poucos ou diversos setores, ou departamentos. Em qualquer situagao, é importante que ela apresente como funciona a estrutura hierarquica de seus departamen- tos, isto 6, como eles so subordinados ¢ como se relacionam. O grafico que apresenta os setores, ou departamentos, é denominado “estrutura organizacional’ A estrutura organizacional pode ser apresentada de diversas maneiras. ‘Eso Eres aseprent# Cis ch tre Anon Caressa Fans regan Phere tacos Gin!" e 2.1.1 Estrutura organizacional funcional Nesse caso, os departamentos so agrupados em seu propésito funcional. Essa estrutura orga- nizacional possui estruturas de comunicacao e coordenagao, predominantemente, na relacao chefia- -subordinado, existindo pouca comunicagio entre os setores ou departamentos da empresa. Esse tipo de organizagio geralmente é utilizado em empresas de pequeno porte, j4 que, em vir- tude de seu tamanho reduzido, teriam poucos problemas de comunicagao, Figura 2.1. = ee Ee es ens === : pdifelemert 24 irutura organizacional divisional ‘Nesse caso, os setores sto agrupados conforme a unidade de negécio. Essa estrutura organiza- cional proporciona maior velocidade de resposta as demandas ¢ maior autonomia para cada unidade de negécio, permitindo maior agilidade e menos burocracia. Assim, o gestor da unidade de negécio administra estrategicamente cada divisio, bem como todas as suas operagies, Figura 2,2. Sita DF | Dinar conaria DS _| Ciretor superintendente EN | Erearegase ENG | Engonheiro GA | Geen de autre Ge | Goris de tbrica {GO| Goren de obras GPE_| Gertie de ros ce erasnnare ‘MO. Nt oF ORG | PR VE _| Vendedor Figura 2.9 - Orgatiograma hierdrquico circular. ‘A Figura 2.10 apresenta (2) um engenheiro civil segurando projetos de obras e (b) uma reu- nido de arquitetos analisando uma maquete. (3) Figura 2.10 - (a) Engenheiro civil, (b) Arquitetos. Cada um desses profisionais possui ums atuaco importante nos diversos organogramas de construtoras. oe (administrador de uma empresa construtora deve sempre se perguntar: © O.oanograma existente representa exatemente a empresa? > Quais seriam as vantagens e desvantagens em se fazer uma mudanga? oe Plangjamento e Custos de Obras ea fret Panoprent 6 Cis otra: Arane Caressa Fons aA PAD 0 WOE GaN €9GAC No desenvolvimento das atividades de uma empresa de construgdo civil, ¢ importante definir quais sio as autoridades e responsabilidades de todas as pessoas envolvidas. A autoridade 6 definida como um poder legal, ou legitimo, para comandar ou agir, e pode ser de duas espécies; » — Autoridade de jure: é 0 poder legitimo para comandar ou agir. f expressa na forma de uma politica, isto ¢, a descri¢éo do cargo. Portanto, estd relacionada & posi¢ao na organizagao. » — Autoridade de fato: € 0 poder que surge em virtude de conhecimentos ¢ competéncias de uma pessoa. A responsabilidade ¢ diretamente relacionada & autoridade, isto é, quem tem a autoridade para agir também torna-se responsével pelos seus atos. 2.3 Matriz de responsabilidades ‘A matriz.de responsabilidades é um documento formal organizacional que apresenta os cargos envolvidos em determinada atividade, bem como suas autoridades e responsabilidades. Como exemplo, veja a Matriz de Responsabilidades para a elaboracio de um projeto de um empreendimento apresentada na Tabela 2.1. ‘Tabela 2.1 - Exemplo de matriz de responsabilidades a a fy ; Pepe lee 2 5 3 5 5 \ fabs a 4 3 . sobre i 4 3 3 Moin i 2 4 4 5 5 5 | Me a ob i 4 5 5 | Eevgamente i = 4 5 5 1 cect ror: -nfe own esc oa ml on we cn terse Podem ocorrer falhas de autoridade ¢ responsabilidade no desenvolvimento das atividades relacionadas. Elas ocorrem por motivos tais como: » falta de definicio de autoridade e responsabilidade dos cargos; » falta de interesse das pessoas envolvidas; » falta de compreensio da matriz de responsabilidades; » cultura organizacional. ‘Adminisvagdo do Planejarento de Obras de Extiieagbes. oe cao rcs Panoprent 6 Cis otra: Arane Cres sa Fons SANA PAD 0 WOE GaN ECAC Na administragdo de uma empresa todos empregados tém suas responsabilidades estabelecidas por normas internas. Assim, eles se relacionam de forma direta, ou indireta, com os colegas de trabalho. ‘Agora, com o objetivo de melhorar 0 desempenho da empresa, cabe 40s gestores tomar ages administativas baseadas ‘em diagnéstico organizacional, elaborado a partir de respostas obticas dos empregades a perguntas como: As pessoas envolvidas em um projeto compreendem seus papeis individuals e ecletivos? » Bxiste documentagéo interna de delegacdo de poder para as pessoas participantes do projeto? AS pessoas envolvidas no projeto compreandem que sua autoridade ce poder iegal tem que sar reforcaca com autor- ade de fato? > Existem barreiras organizacionsis para o exercicio da autoridade na empresa? > As pessoas envolvidas no projeto racebem 0 apoio adequado de outros setores da empresa? 2.4 Descrigao de cargos Para que a empresa possa melhor desempenhar suas atividades, 6 necessirio que seja feita a descrigao de todos 0s cargos da organizacao. A descrigdo de cargos deve conter itens como: * escolarizagio minima paraa sua ocupasio; ’ > comhecimentos necessérios; f 1 \ > habilidades, siamo 1 aN wi » > jjommada de trabalho; atividades de rotina; atividades eventuais; » com quem deve trabalhar em cooperagao; » quem sio seus subordinados; » a quem deve responder pelas suas agSes; > remuneragéo. A Tabela 2.2 apresenta um exemplo da descrigdo do cargo de pedreiro, Tabela 2.2 - Descrigéo do cargo de pedreiro. oI S = Nivel fundamental Matematica basica Seguranca do trabaiho relative ao cargo eo Plangjamento e Custos de Obras ea fret Panoprent 6 Cis otra: Arane Caressa Fons aA PAD 0 WOE GaN €9GAC SS eigemapey ea a _| Habilidades, attudes © competéncias | Conhecer prepara da agamassa So comureen Se ee aoa — a ao a aan Ses oe oe fae saan Ss soca Sa emaaee ne Ccarpintero Figura 2.11 — Assentar alvenaria é uma das funges do pedreiro. _Adminisiragdo do Planejarmento de Obras de Ediicacies, 6 ‘eon frca-Panmameno# Cust de Oban: Aor Cvos ca Foes Bomar Pero COR Crm E80 Na Tabela 2.3 esta. um exemplo de descricdo do cargo de técnico em edificagdes. ‘Tabela 2.3 - Descrigdo do cargo de tecnico em edificagoes Para evitar acidentes do trabalho e obter altos indices de produtividade, 6 imporMegueeee todas as pessoas da empresa sejam selecionadas conforme a descrigao de cada cargo, bem como tenham capacitagao continua para seu exercicio. 2.5 Capacitagao de pessoas (coaching) A capacitacao de pessoas, ou treinamento (coaching), ¢ muito importante para a lideranga e a construgo de equipes de trabalho. A capacitagéo pode ser individual ou coletiva. treinamento tem como objetivo desenvolver as capacidades profissionais das pessoas, por meio de intervencdes pessoais feitas para mudar ou reforcar comportamentos. Assim, o treina~ mento envolve acdes que reforcam os comportamentos positivos e ages para mudar os compor- tamentos considerados negatives. Treinar uma equipe é uma tarefa essencial para a construcdo de esforcos colaborativos. ‘Aan ejethutenscken Figura 2,12 - Reunidio de treinamento, foco principal é o comportamento de pessoas que pode afetar o desempenho do trabalho a ser realizado. A intengao ¢ fazer 0 individuo e a equipe agirem de maneira esperada. Em alguns casos, quando a vida pessoal afeta o desempenho profissional, € necessdrio que o treinamento inclua a vida pessoal do individuo. Os gestores da obra tém como obrigago organizar e manter as equipes em alta produtividade. ‘A condugéo da equipe exige lideranga. A lideranga deve estebelecer as expectativas em relacéo as equipes de trabalho e indicar os padres da qualidade. estabelecimento das expectativas de desempenho, geralmente, ¢ feito por reunides com as equipes de trabalho. No inicio da obra, deve-se apresentar os servicos que serao realizados, as exi- sgéncias relacionadas, seus prazos e padrao de conduta das equipes. No decorrer da obra, os gestores e lideres de equipe devem reforcar as expectativas da reu- nido inicial, fazendo elogios quando os comportamentos sio condizentes com os comportamentos esperados, bem como promovendo aces corretivas quando os comportamentos sio diversos daqueles esperados. ‘Adminisvagdo do Planejarento de Obras de Extiieagbes. oe ao Eres Paneprent# Cie tr Anon Caos sa Faancs eng Phere tao ana" 56R6 O lider deve ter as seguintes agoes em relacao aos seus liderados: >» Motivar as pessoas a reconhecerem os pontos fortes, ou os fracos, e perceber quaisquer problemas na condugio de suas atividades, » Fazer com que as pessoas indiquem as possiveis causas de suas aces, permitindo que encontrem a melhor solucao para os problemas. » Provocar nas pessoas o encaminhamento das agbes corretivas adequadas. » Promover o comprometimento das pessoas com os objetivos de trabalho e sua disposicio em corrigir os eventuais erros. » — Motivar as pessoas a assumir responsabilidades por suas decisdes e agdes. Uma das técnicas de treinamento de desempenho mais ¢ficientes ¢ 0 lider dar 0 exemplo para 0s liderados. Entao, o lider deve ser 0 exemplo para suas equipes, elogiar-Ihes 0 desempenho e, quando necessario, fazer criticas construtivas. » Exemplo do lider: 0 lider deve chegar sempre pontualmente e ficar com a equipe se ela precisar trabalhar até mais tarde. Ele deve ser calmo, ter paciéncia, ser sincero ¢ ter pensa- mentos claros. » Elogiar: 0 elogio pode ser utilizado quando o individuo, ou a equipe, finaliza tarefas, ou alcanga objetives dentro do cronograma de trabalho. Suber que as realizagGes so reco- nhecidas e que sio importantes para os outros traz orgulho para a equipe de t © clogio deve ser sincero ¢ estar relacionado Speaias ea is equipe com relacéo as mudangas. As criticas construtivas devem ser feitas com cau- € apenas na presenca do individuo. Quando necessirias, elas devem ser feitas em ambiente neutro, de maneira tranquila, abordando somente assunto necessério. O treinamento de individuos e das equipes muito importante, ¢ o lider, para ter sucesso, deve ter algumas caracteristicas pessoais como: » — Desenvolver a autoconfianga e 0 senso de responsabilidade nos individuos, para que solu- cionem seus proprios problemas. > — Motivar os individuos em suas capacitagies pessoais e profissionais. » Personalizar o treinamento para cada individuo. » — Respeitar os valores e as atitudes de cada individuo, » Ter interesse real nas preacupaces das pessoas. » — Utilizar técnicas de comunicagio verbais ¢ no verbais. ‘Contitos sempre irao ocorrer, em raza0 da natureza temporaria de uma equipe de obra. O conflto ccomre quando ha uma ‘civergéncia, entre duas ou mais partes. em relecdo a aigum elemento co trabalho, ou que pode ser uma diterenca de ooi- ‘igo, Como uma solugao técnica, o custo ou mesmo © prazo da entrega, © confito profssional tamdém pode Ir para 0 campo pessoal. Isso é mals cic! de gerenciar do que as civergéncias pro- {issionais, € tem um grande impacto negativo, porque dest os relacionamentos de trabalho. 2.6 Arvore de decisdes O administrador de uma obra precisa tomar muitas decisées. O processo de tomada de decisio consiste em examinar, comparar e avaliar as consequéncias de cada alternativa e escolher uma delas. Para avaliaco das alternativas é preciso determinar as consequéncias de cada uma e submeté- -las a0 critérios previamente estabelecidos. Para a avaliacio, sio considerados elementos que nio podem ser modificados, como custos de produtos e prazos de entrega. A tomada de decisao observa as seguintes condicoes: » Cortexa: quando o resultado a ser obtido com a deciséo é bem conhecido. Por exemplo: a entrega de cimento na obra tem custos e prazos certos. > Incerteza: quando a probabilidade do resultado ndo € conhecida. Por exemplo: doeeaaeae entre o emprego de duas tecnologias diferentes, em que sao empregados materiais ¢ equi- pes diferentes. » — Risco: quando a probabilidade do resultado é conhecida. Por exemplo: a probebilidade de ganhar uma concorréncia contra trés outras empresas equivalentes € de um quarto (25%). Arvore de decisio é a representagdo grifica de um processo estatistico de tomada de decisio. A Tabela 2.4 apresenta os simbolos utilizados na arvore de deciséo. ‘Tabela 24 - Simbolos utilizados na drvore de decisio Nb de decisto OQ Nb de otado Nb terminal © at... 18 meses. Ela possui uma betoneira antiga, e quer saber se ha vantagem em substitui-la por outra nova. Foram apresentadas trés alternativas: » fazer a substituigao no infcio da obra; » fazer a substituigdo apés seis meses de obra; » — fazer a substituigéo apés 12 meses de obra. Para cada situago foi considerado o rendimento médio anual no periodo de trabalho de cada maquina (R), expresso em (RS/ano), e com despesas fixas (RS), correspondents aos custos de aquisi¢io e juros da nova maquina e as despesas de seguro e manutengio em ambas as hipdteses. 3 Plangjamento e Custos de Obras ea fret Panoprent 6 Cis otra: Arane Caressa Fons aA PAD 0 WOE GaN €9GAC Er=(DxT)-(dxt) Em=Er+(dxt) em que: Er = estoque reserva do material Em = estoque minimo do material D=consumo maximo do material ‘T= tempo maximo de reposi¢ao do material deve inciar 0 processo de compra d= Somnanertal Pasa Caareen nites t= tempo médio de reposicio do material Quantdade + w Figura 2,19 - Apresentagao do estoque minimo. Exempio Em uma obra sao utilizados sacos de cimento de 50 kg. Para sua reposigao no estoque da obra séo necessdrios de 20 a 40 dias, desde 0 pedido de compra até sua deposicao no cantei- 10 de obras. Em fungio de sua utilizagio na obra, sua demanda oscila entre 40 e 120 sacos por dia. Qual o estoque minimo que seré necessdrio para manter a produtividade em obra ‘com esse produto? Solugo Er=(DxT)-(dxt) ‘D=120 sacos/dia ‘T=40 dias d= (40 + 120)/2 = 80 sacos/dia t= (20 + 40)/2 = 30 dias Er = (120 sacos/dia x 40 dias) ~ (80 sacos/dia x 30 dias) = 2.400 sacos “Em = Er (dt) = 2.400 sacos + (80 sacos/dia x 30 dias) = 4.800 sacos. 2.8.1 Ficha de controle de estoque (Os principais objetivos da ficha de controle de estoque so: > conhecer a disponibilidade dos materiais; » permitir analisar quando sera necessério emitir um pedido de I > “peek¥cien © > niimero ou cédigo do item: >» especificacio ou descrigio; > unidade de medida; » — localizacdo no almoxarifado; » produto final a que se destina (tipo de utilizacao). Solugo Er=(DxT)-(dxt) ‘D=120 sacos/dia ‘T=40 dias d= (40 + 120)/2 = 80 sacos/dia t= (20 + 40)/2 = 30 dias Er = (120 sacos/dia x 40 dias) ~ (80 sacos/dia x 30 dias) = 2.400 sacos “Em = Er (dt) = 2.400 sacos + (80 sacos/dia x 30 dias) = 4.800 sacos. 2.8.1 Ficha de controle de estoque (Os principais objetivos da ficha de controle de estoque so: > conhecer a disponibilidade dos materiais; » permitir analisar quando sera necessério emitir um pedido de I > “peek¥cien © > niimero ou cédigo do item: >» especificacio ou descrigio; > unidade de medida; » — localizacdo no almoxarifado; » produto final a que se destina (tipo de utilizacao). Figura 2.20 - Em um estoque, a ficha de identificagio dos dades do produto ¢ imprescindivel erent prego possiveis s percentual de perda ou rejeigo prevista e realizada. Sobre movimentagao de estoque » pedidos de reposicio: data do pedido, n° do pedido, quantidade pedida e data em que o material sera recebido: » —recebimento do material: data, quantidade recebida, n® da nota fiscal; » reserva do material: data, quantidade e n° do pedide de reserva; » retirada do material: data, quantidade e n® da requisicio. Sobre o custo ¢ valor do transporte ® — custo unitario de cada entrada; » — custo total de cada entrada; © — custe unitério médio; » custo padrio (custo de venda em quantidades padrio); Para controle » — Lote ménimo ou estoque minimo; » — lote econdmico; » — custo total de cada saida; » custo da quantidade encontrada em estoque. 2.9 Curva ABC para estoques A curva ABC tem por finalidade identificar os itens de materiais de acordo com sua importan- cia em termos de valor, peso e volume dos consumos, estoques, compras etc., Figura 2.21. Figuica 221 - Curva ABE'Ge estoque. ‘A ideia dessa curva surgiu na Itilia em 1800, com Wilfredo Paretto, que a denominou lei 20 x 80. Ele mediu a distribuicao de renda da populagio e constatou que poucos individuos da sociedade concentravam a maior parte das riquezas existentes, isto €, 20% da populacao absorvia 80% de renda. A aplicagao dos fundamentos do método de Paretto foi comprovada e posta em pritica nos Estados Unidos, logo apés a Segunda Guerra Mundial, 1951, pela General Electric, tendo como res- ponsivel H. F Dixie. ‘Quando existe grande diversidade de materiais de alta rotatividade no estoque, pode-se utili- zar 0 método de controle de estoque da curva ABC. Esse método consiste em separar e agrupar os materiais do estoque em trés grandes classes, segundo seu valor aquisitivo, dando a cada classe um tratamento particular para seu controle. As classes so: > Classe A: sto os materiais de maior importancia e que merecem um tratamento prefe- encial, justificando procedimentos detalhados ¢ uma grande atengio por parte de toda a administragio, Chie C: ho ot mteriisde'menor importa « que jutiienn poues ox III atengao por parte da administracéo. Os procedimentos sao os mais rapidos possiveis. » Classe B: sao os materiais em situagdo intermediéria entre as classes Ae C. A diivisio das classes é: » Classe A: uma pequena quantidade de materiais (cerca de 20%) de todos os materiais estocados, que correspondem ao maior custo do total dos materiais (cerca de 80%). » Classe B: uma quantidade intermedidria entre A e C, (cerca de 30%) de todos os mate- riais estocados, que correspondem ao custo intermediério do custo total de materiais (cerca de 15%), » — Classe C: uma grande quantidade de materiais (cerca de 50%) de todos os materiais esto- cados, que correspondem ao pequeno custo do total de materiais (cerca de 5%). ‘Vantagens da curva ABC para o controle de estoques: » maior facilidade para fazer inventario de estoques; » redugio imediata do tamanho dos inventarios; ® — custos de servigos burocriticos mais baixos; » melhor planejamento de estoques. spreforoment 2.10 Matriz de priorizagao - GUT A matriz de priorizacao ¢ uma ferramenta de gestdo muito utilizada para indicar prioridades de agées. Ela possibilita ao gestor fazer escolhas dentre as diversas alternativas, com critérios mais rigorosos do que as demais ferramentas, fazendo com que as alternativas se confrontem entre si. A matriz de priorizacao ¢ importante para se classificar as agdes em termos de prioridade, por- que é uma tabela que permite a comparagio de uma alternativa com todas as outras. ‘A matriz de priorizagio surgiu da questo: 0 que deve ser feito primeiro, o importante ou © urgente? Muitos gestores passam muito tempo resolvendo problemas ¢ nao percebem que, as vezes, o de que eles se ocupam é algo que nao seria o mais indicado para aquele momento. Mas ‘como saber 0 que ¢ 0 mais indicado? Ai, surge a matriz de priorizagao, que ¢ uma ferramenta sim- ples que ajuda muito quando se tem varios problemas para resolver. Resa ferramenta de gestiin, também chamada matriz GIT, considera a gravidade (G), a urgéncia (U) e a tendéncia (T) de cada ago: Adiministacéo do Pleneiamento de Obras de Ecificagdes 6 cao rcs Panoprent 6 Cis otra: Arane Cres sa Fons SANA PAD 0 WOE GaN ECAC » Grayidade: avalia o impacto do problema sobre as operagdes e as pessoas da avaliando os efeitos que surgirao em longo prazo em caso de nao realizacao (5 - Extre- ‘mamente grave; 4 - Muito grave; 3 - Grave; 2 - Pouco grave; | - Sem gravidade); » — Urgéncia: avalia 0 tempo disponivel, ou necessério, para realizar a agio (5 - Extrema mente urgente; 4 - Muito urgente; 3 - Urgente; 2 - Pouco urgente; 1 - Sem urgéncia); » Tendéncia: avalia 0 potencial de gerar (aumentar) problemas (5 - Se nao for feito gerard problemas imediatamente; 4 - Vai gerar problemas a curto prazo; 3 - Vai gerar proble- mas a médio prazo; 2 - Vai gerar problemas a longo prazo; 1 - Sem tendéncia de gerar problemas). E necessério que cada problema a ser analisado receba uma nota de 1 a 5 em cada uma das : gravidade, urgéncia e tendéncia. Apds a pontuacio, ¢ feita a soma de todas as no- tas atribuidas (G, U eT) para cada ago. A ado que obtiver o maior niimero na soma € a agio de maior prioridade, e assim sio classificadas as demais ages, da maior para a menor. A Tabela 2.8 apresenta um exemplo de aplicagio da matriz de priorizagdo em que séo compa- radas diversas agdes. ‘Tobela 2.6 - Matriz de priorizago para resolver problemas Em que: Ocorréncias: G= 1 (baixa gravidade) e G =5 (alta gravidade) Solugao: U = 1 (baixa urgéncia) e U = 5 (alta urgéncia) Situagao: T = 1 (nao ird piorar se nada for feito) eT = 5 (nao ira ficar muito pior se nada for feito) Diante do exposto, percebe-se que, de acordo com as reclamages, o item que requer maior cuidado e prioridade € a validade do produto, pois ela afeta diretamente a satide dos consumido- res, Em segundo lugar esté o estacionamento, pois, ndo tendo onde estacionar, os clientes procuram outro estabelecimento. Na realizagéo da Matriz de Pricrizagio ¢ importante canhecer termos técnicos come: > Follow-up: diz respeito a0 ecompanhamento das ordens de servico, com 0 objetivo de controle da producéo, "> Tempo de steadimento ou lead-time: & @ tempo gasto entre a ordem de servige e a sua conclusso, Vamos recapitular? @ i Agora 6 com vocé! | 1) Fagaaestrutura de uma microempresa, constituida de diretoria, departamento admi- | nistrativo e departamento de obras. | 2) Quando é utilizada a curva ABC, com quais itens do estoque devemos ter mais cui- | dado em sua confertncia? £3) Para algumas das atividades de uma obra utilizada areia média lavada. Para sua { reposi¢ao no estoque da obra sdo necessérios de 5 a 15 dias, desde o pedido de com- } pra até sua deposicao no canteiro de obras. Em fungao de sua utilizagio na obra, sua ; demanda oscila entre 6 a 20 m3 por dia. Qual o estoque minimo que seré necessario {para manter a produtividade em obra com esse produto? “Apresente a descrigao de cargo para carpinteiro. A) O treinamento de individuos e das equipes é muito importante. Cite algumas caracte- | aisticas pessoais importantes que o lider deve ter, para ter sucesso junto a sua equipe. ment = pdfe € ‘Pianejemenio Custos de Obras Ea rcs Pangprent Cis tras Aran Caves sa Fennca ena Phere HOS Grane Planilhas Orgamentarias de Obras de Edificagé6es Para comegar Este capitulo demonstra a eet de custos unitérios, bem como a influéncia Sociais ¢ do BDI. Sio apresentadas 4 montagem-de/planilha orgamentéria ¢ a importin- |para a sonata gree ‘técnicas de precificacao. 3.7 Orgamento na construgao de edificagdées © orgamento € elemento fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento. Ele é a previsto de custo de uma obra. Assim, o orcamento deve quantificar insumos como mao de obra, materiais, maquines, ferramentas ¢ equipamentos, necessérios para a realizacdo da obra, seus custos 0 tempo que seri utilizado na execugio de cada servico. O orcamento pode ser: » Por estimativa: € feito para estudar a viabilidade de empreendimentos. £ elaborado com base no projeto preliminar de arquitetura. Sua margem de erro é de cerca de 20%. » Preliminar: é feito para o planejamento inicial da obra. Elaborado com base nos projetos preliminares de arquitetura, de estruturas, de instalagdes elétricas e de instalagbes hidréu- licas, utiliza os memoriais descritivos, que também esto em fase preliminar. Tem mar- gem de erra de 10% Eo Eres -Panoprent# Cis tre Anon Caos sa Fans ena Paha tao ana" 56He » — Executivo: é feito para o planejamento inicial da obra. Elaborado com base em Pprojetos e respectivos memoriais descritivos de acabamentos completos, tem margem de erro de 5%. No caso do orgamento por estimativa, o célculo do orgamento € obtido pela multiplicagao de dois fatores: » Area equivalente da construgdo: € a somatéria das areas equivalentes de todos os pavi- mentos da obra. Deve ser utilizada a NBR-12721/2005 - Critérios para avaliagdo de custos de construgdo para incorporacao imobilidria ¢ outras disposigdes para condominios edili- cios - Procedimento - para transformar areas reais de padrées diferentes em areas equiva- lentes correspondentes a um mesmo padrio. » — Custo unitério do metro quadrado de construgio: € 0 custo unitério por metro quadrado, calculado mensalmente pelos Sindicatos da Indiistria da Construcao Civil de todo o Brasil, denominado CUB - Custo Unitirio Basico, No caso do orgamento preliminar e do orcamento executivo, 0 célculo do orgamento é obtido pele multiplicagao de dois fatores: > Planilha de custo unitério: so planithas que indicam o valor unitério de cada servigo, por meio de apropriagio dos insumos utilizados (mio de obra, materiais, mdquinas e ‘equipamentos). » — Levantamento quantitative dos servigos: 6 a quantidade de servico necessdria para dlexe- cugéo da obra. £ obtide com base nos projetos enos memoriais descritivos, ‘Figura 3.1 - Profissionais analisando um orgamento. A planilhe de custo unitério, co levantamento quantitativo dos servigos sdo itens verificados sempre. 3.2 Levantamento quantitativo © levantamento quantitativo tem como objetivo quantificar as quantidades de servigos que existirao na obra. Os servicos a serem executados variam conforme o tipo o porte de cada obra. | ‘eta! dos encargos sociais que no recebem inckitrcias de A D_ | Tosa! cas taxas das reincicencias 3.4 Planilha de custo unitério Como visto, para realizar o orgamento de uma obra é necessirio conhecer 0 orcamento de cada servigo a ser executado, O custo de cada servico & composto por sua quantificagao e os custos da mao de obra, dos insumos e dos equipamentos necessirios para sua execugio, Assim, o custo de cada servico (CS) é determinado por: (CS=E (MO+MT+EQ) Em que: MO = custo da mio de obra MT = custo dos insumos EQ = custo dos equipamentos Neste item, vamos conhecer como determinar of custos unitérios de produc, qile servirio para sonia gpssilhe de custos unitatios. iGo, deve-se conhecer a produtividade da io dos insumos que sero utilizados no ser- Os custos unitérios de cada servigo sio determinados em relacdo as unidades de servigo (m, pega, kgf, horas de mao de obra, horas de equipamento etc.). Para obter indices de produtividade préprios, devem-se realizar apontamentos durante 0 desenvolvimento dos servicos in loco e, posteriormente, fazer um tratamento estatistico. Com isso, € possivel ter sob controle o processo orsamentario real da construtora. ‘Quando @ empresa atua em diversas regides, onde o clima e as culturas sio diferentes, podem surgir indices de produtividade diferentes para cada regio. Caso a construtora nao possua indices de produtividade préprios, podem-se utilizar valores miédios de produtividade, como os epresentados na TCPO ~ Tabelas de Composigées de Pregos para Orcamentos, da Editora Pini, A produtividade (P) é a relagio entre a quantidade de servico realizada (QS) ¢ o tempo (T) ‘necessirio para realizd-lo: P=QS/T ) Exernplo CAlculo de produtividade em obra Para executar uma parede de alvenaria de vedagio com blocos cerimicos furados de 9 x 19 x 19 cm (furos horizontais), juntas de 12 mm, com argamassa mista de cimento, cal hidratada e ‘areia sem peneirar traco 1:2:8, com espessura de 19 cm, altura de 2,80 m e comprimento de 14m, um pedreiro demorou 26 horas. Em que; Produtividade = Quantidade de servigo / Tempo ‘Nesse caso, a produtividade do pedreiro foi de: P = (2,80 m x 14,00 m) / 26 horas = 1,5 m?/h A composicéo de custo unitirio geralmente tem os seguintes itens: > Indice de aplicago de materiais: consumo de cada material utilizado na unidade do servico. » — Indice de produg&o da mao de obra: quantas horas de mao de obra sdo utilizadas na uni- dade do servigo. » Indice de aplicagao de equipamentos: quantas horas de equipamento sao utilizadas na unidade do servico. > — Custos unitétios dos materiais: prego do material na unidade do indice de aplicagao, » — Custos unitérios da mo de obra; prego da mao de obra por horay > @ustes horirios de equipamentos: prego do"équipamento por hora. » — Taxas de encargos socials: aplicadas sobrea mao de obra. CommpGBigao do custo Unitsrio de mao de obra O custo unitirio da mao de obra CUryoy é feito em fungio da produtividade (P) do operdrio envolvido na execusao do servico e de seu custo horério CH yo). CU pio) = PX CH so Composigaio do custo unitério de materiais A composicio do custo unitario dos materiais esta relacionada A unidade do servigo. Composig&o do custo unitério de equipamentos ‘A composigéo do custo unitério dos equipamentos esté relacionada a sua finalidade: > pequenos equipamentos ou ferramentas; » — méquinas operatrizes; » — equipamentos de transporte. As planilhas de custo unitério sio instrumentos muito importantes para o orpamentGeeimaaaaam obra. Elas apresentam todos os custos unitérios envolvidos: » mio de obra; » — materiais; » — equipamentos. ‘A Tabela 3.9 apresenta um exemplo de planilha de custo unitirio. ‘Tabela 3.9 - Exemplo de planitha de custo unitirio ae ee eee ‘Custo unitério (RS). a a =o Pedreiro bh 1,50, - ‘30 | 12,00 rae a 75 ae ‘Sub-total, (23,52 Ss eel a oe a mae ai: zs mine | ol we a ee =e re = aT ee = Reta > Consgeramse mail e mo de obra para prepare de argamassa, marcagio © excucio de aenae. Exetuamse servigos de fixagdo (encunhamento) da > Pera adotada para os blocos cerdmicos: 5%. » Perda consideraca para a argamassa: 30%, 3.5 Custo unitario basico da construgao civil (CUB) custo unitério basico (CUB) ¢ o principal indicador do setor da construgao civil. Calculado mensalmente pelos Sindicatos da Indistria da Construgo Civil de todo o Brasil, divulgado até o dia 5 de cada més. Planithes Orcarnentarias de Obras de Ecificagoes oe ‘Ea fret Panaprent # Cis Obras -Arane Ces ea Fenn:a enana Pero bac Gow! 620 Ble determina o custo global da obra, para fins de cumprimento do estabelecido na {eee incorporagao de edificacées habitacionais em condominio, Lei 4.591, de 16 de dezembro de 1964, que assegura 20s compradores em potencial um pardmetro de comparago com a realidade dos custos. A finalidade do CUB é determinar 0 custo global da obra para fins de cumprimento do estabe- lecido na lei de incorporagio de edificagées habitacionais em condominio, ressaltando que o CUB é um custo/m? apenas de orientagio para o setor da construgdo civil: nao é nunca o custo real da obra, que 86 € obtido por meio de um orgamento completo com todas as especificagdes de cada projeto em estudo ou andlise. Atualmente, a variagio percentual mensal do CUB tem servido como mecanismo de reajuste de precos em contratos de compra de apartamentos em construgao e até mesmo como indice do setor da construgio civil. ‘Gorge Figura3.2 - Edificio em construgao. O custo por metro quadrado ¢ uma referencia importante para o cliente que deseja comprar um apartamento e para quem deseja vender. Um erro, mesmo que pequene, na determinago desse valor, em fungao da grande érea envolvida, pode ciusar desvantagem para uma das partes envolvidas. Eles so calculados com base nos diversos projetos padrao representativos residenciais (R1, PP4, RB, PIS, R16), comerciais (CAL8, CSL8 e CSL16), galpio industrial (GI) e residéncia popu- lar (RP1Q), levando-se em consideragéo os lotes de insumos (materiais e mao de obra), despesas administrativas e equipamento e com os seus respectivos pesos constantes nos quadros da NBR- 12.721:2006 da ABNT. ‘A Tabela 3.10 apresenta os projetos-padrio utilizados para o céleulo do CUB. oe ‘Planejemenio Custos de Obras Ean frct- Panaprent # Gist» Obras: Arane Cres sa Foes HANA PAD 8 OS GaN "ECAC “Tabela 3.10 - Projetos-padrio utilizades para o cileulo da CUB Assim, os tipos de CUB Residencial previstos na norma atingem 11 especificagdes. O lote basico de cada projeto é composto de 29 insumos (25 para materiais, 2 para mao de obra, despesa administrativa (engenheiro) e equipamentos (betoneira). ‘A metodologia de célculo do CUB se inicia com a coleta de dados. Os salérios pregos de materiais e mao de obra, despesas administrativas ¢ equipamentos previstos na NBR-12,721:2006 sio obtidos pelo levantamento de informagdes junto a uma amostra de cerca de 40 empresas da constru- io. Agindo dessa maneira, 0 universo da pesquisa se da sob a dtica do comprador, eli sie RCs ine aloe de sto unitdrio de construcao por metro quadrado é a somatéria das com- aces ~ progos x pesos dos insumos, para cada especificagdo. As especificagdes sao classificadas por padrio de acabamento e ntimero de pavimentos. 3.6 Planilnas orgamentérias As planilhas orcamentarias sao planilhas com todos os levantamentos de servigos ¢ seus res- pectivos custos, para a execucio de determinado empreendimento, que pode ser uma construgio, reforma ou outros servicos de engenharia. O levantamento quantitative dos servigos é feito com base nos projetos executives (arquite- tura, estrutura, fundagdes, instalagdes elétricas, instalagoes hidraulicas e instalacoes especiais) e res- Os custos dos servicos devem ser determinados nas planilhas de custos unitirios. ‘A Tabela 3.11 apresenta um exemplo de planilha orgamentaria. “Tabela 3.11 - Exemple de planitha orgamentiria Rese eee Ii | ger seems mre = 1300 | — 70000 i keeper an ae = Se ae 1 [ nade haloes om 7200 | isomn00 | ise0onm0 Te ca [enna a [ec se 70] 0000 | toon zlelaley jalelel= [ele 3/3 [2/3, BBG) RR) 2/F RR) 2 ‘Und. 61 | Fema ee | 200000 60,00__| _120.000,00 G2__| Cimbramento tubular desmontivel m 4.000,00 50,00 | _ 200.000,00 ¢ [83 | Amates kat_| 50.000,00 ‘@.00_| $00,000.00 GA | Concrete esintural a (650,00 500,00 | 25.000,00 65 _| Transporte lncamento, adensamento me 850,00 35,00, 22,750.00 5 | Deslorma a? | 200000 30,00, '60,000,00 6.7 __| Retrada co cimbremmento m 4,000.00 25,00 | 100,000.00 Estnutura metiicn 38.880,00 > [tt _| sinew a 450,00 13,00 5.850,00 72 | Taha ee 200,00 125,00 '25.000,00 73 | Cahes ™ 50,00 160,00 8.000,00 12.1 | Contrapiso de concreto a? __| 5.000,00 30,00 | _ 150.000,00 122 | Pisode conereto m | 1.00000 120,00 | 120,000.00 12.3 | Aramasse de reguarizagio ae | 400000 25,00 | _100.000,00 42 [124 | Piso cerdmico ae | 150000 130,00 195,000.00 125 | Rodapé cerémico oH 1.000,00, 30,00 30.000,00 126 | Piso de carpate a | 2.00000 130,00, | 260.000,00 32.7_| Cord de arremate = 500,00 5,00, 2500.00 128 | Piso de peda ca 500,00 20,00, 40.000,00, aa [161 [rere ws [1600 | 1s0000 | 1500000 1462 [oa seunas fer 45 | 15.1 | Greait 152 | Guwocvpa Pintura 16 | 16.1 | Muros, poredes © tetas - ldtewacrilica a 5.000,00 15,00 75,000,00 162 [Faqs deo naa den im [ 4.00000 2300_| _s200000 Wiss 107 500,00 171 [taco me 00 70000 500.00 [72 [Tempers | 200,00 | st000_ | 7aco000 173 [tararase im | 100.00 37000_| 37.0000 ‘Aparcihos sanitéris / metais '94.500,00 181 [vats wa | 50.00 ssa00 | 27.500 ae [192 | boc sent ves |g $6.00 00 i [Ties [Tonics wa [a f 2 i 17.008,00 450.000,00 emo = 10 | #8000000 | «5000000 hidraulicas (500,000.00, Matra oto we 10 | s0090000 | £00000 x a 100.000.00 211 [Mati elo obo ve 1.0 | 10090000 | 10000000 = 3 censconsc vragen 700.000°00 22.1 [Matisse to ce obea ved 3.0 | 20000000 | 20000000 Elevadores 800.000,00 23.1_[Fomecneto alli de doodoes a 40 | 70090000 | _e0n00000 Diversos 110,000,00 24 [261 [Pooaparo eras a 3,0 | _soea60 | 3000000 28.2_|Ounin esata a 10 | 6000000 | —_@000000 25 | Limpeza '90,000,00 251 [mpea wl | 1000.00 600 | 90000000 Planejemento e Custes de Obras. ‘eaom fica-Paneament Cnt de Ohms Anno Coro Fonseca Dagar Prtera Miron Cova E80 ‘A Tabela 3.12 apresenta um exemplo de valores percentuais de cada servico ema ‘Tabela 3.12 - Valores percentuais de cada servigo em obra de edificagao 3.11 Custo/m? = RS 9,610.850,00/5.200 m? = RS 1.848,24/m*, A Figura 3.3 apresenta diferentes esquadrias, itens que podem ser verificados na planilha citada anteriormente. Pode-se perceber uma grande diferenga de valores financeiros entre elas. 1 = = = ‘a Gaur oreRaERN @ ® © Figure 3.3 - Diferentes tipas de esquadrias: (2) madeira, (b) aluminio e(c) ferro, 3.7 BDI ‘A sigla BDI significa beneficio e despesas indiretas, isto & » — Beneficio: © lucro do construtor na execugio da obras » Despesas indiretas: sio as despesas indiretas do construtor com a execucio da obra (encargos financeiros e tributos puiblicos). Portanto, o BDI é uma taxa que deve ser adicionada ao custo de uma obra para cobrir as des- pesas indiretas que tem o construtor, mais o riseo do empreendimento, asdespésas financeitas que irdio aco1 yositributos incidentes na Operagao, eventuais despesas de comerializacdo e o lucro ‘melhor compreender 0 BDI, € necessdtio que se apresentem algumas definigdes » Gusios diretos: s0 todos os gastos envolvidos na produgao, isto 6, na execucio dos servi- 0s da obra: insumos (mio de obra, materiais € equipamentos); infraestrutura para a produgdo (canteiro de obras, administracdo local etc). > Despesas indiretas: so todos os gastos feitos para a comercializagio do produto: administragio central da construtora (diretoria, corpo técnico e administrativo; material de papelaria, mobilidrio, energias, Agua, telefone, alugueis etc.); gastos financeiros, como juros; pagamentos de tributos, como taxas e licencas; gastos de comercializacao, como viagens, propostas téenicas, material publicitério ete. Assim, como visto anteriormente, os insumos presentes nos custos diretos sto obtidos a partir de apontamentos da produtividade da mao de obra. ‘Vamos agora entender como é feito 0 levantamento dos gastos com a infraestrutura para a producao, que, também, estdo presentes nos custos diretos: 6 ‘Planejemenio Custos de Obras Ean frct- Panaprent # Gist» Obras: Arane Cres sa Foes HANA PAD 8 OS GaN "ECAC 4.1 Cronograma fisico Le Esse cronograma, também chamado grifico de Gantt, foi elaborado pelo engenheiro mecinico norte-americano Henry Gantt. Em 1903, ele apresentou & ASME (American Society of Mechanical Engineers) um trabalho chamado “A graphical daily balance in manufacture” (Um controle gréfico difrio de producéo), no qual descrevia um método grafico de acompanhamento dos fiuxos de pro- dugdo. Em 1917, durante o perlodo de Primeira Guerra Mundial, ele desenvolveu esse gréfico para a construcao de navios de guerra. O cronograma fisico consiste em um grafico em que cada atividade ¢ indicada por uma barra horizontal, com seu inicio e término assinalados, bem como se ela é continua ou intermitente, Figura 4.2, ‘A quantidade de atividades varia conforme cada empreendimento, ¢ sua duragdo ¢ estimada de acordo com os recursos disponiveis. oom oe i i - Fe Figura 42 -Grifico fisico, Durante a execusio da obra ¢ feita a marcagio do servigo executado na linha abaixo de cada atividade, 4.2 Cronograma fisico-financeiro Este cronograma ¢ uma extensdo do cronograma de barras. Nele so marcados os gastos finan- ceiros com cada atividade e sua utilizacio ao longo da duraco da atividade. Também sdo registrados 08 gastos no periodo ¢ os gastos acumulados, Figura 4.3. === ee oS > tele =o a [hes] = = = sewers tind pho Figura 4.3 - Gréficofisico-financeiro. sucesso dos empreendimentos depende do acompa- nhamento do grifico fisico-financeiro. Esse grafico pode ser feito a cada 15 dias ou mensalmente. Evaluation and Review Technique - Critical Path Method ou o de Programa - Método do Caminho Critico) era originalmente dois rama PERT-CPM (Progra nee ope (O diagrama PERT-CPM indica quais atividades serio realizadas e quais as precedéncias que existem entre elas, Com isso, ele permite; > observar a coeréncia do planejamento da obra; > ter uma estimativa da duracéo da obra; » saber quais sio as atividades criticas para atingir o prazo estimado para a conclusio do empreendimento; > conhecer as folgas previstas para cada atividade. A técnica do PERT-CPM consiste em representar todas as atividades de um empreendimento, segundo sua sequéncia de execucéo e a dependéncia entre elas. Para tanto, ela incorpora os seguintes conceitos: » Evento: € um instante a tempo que marca o inicio ou 0 término de uma atividade (undo ‘consome recursos). Atividade: @ tudo que consome recursos (financeiros, humanos, materiais @apomeaaam As atividades estao sempre entre dois eventos. Uma condi¢ao importante dessa técnica é que nndo pode haver duas atividades diferentes que iniciem e terminem nos mesmos eventos. » Atividade fantasma: ¢ uma atividade intermediiria, cujo prazo de execugio é zero, Ela & ctiada quando uma atividade depende de outras duas, que podem ser iniciadas em um mesmo momento, Assim, ela foi criada para evitar que duas setas iniciem em um evento e terminem em outro. » Polya: éa diferenca entre o intervalo de tempo existente para o inicio e o término de uma aatividade e a sua duracio prevista. » Camino eritico: é 0 caminho, desde o inicio até o final da obra, em que as falgas sio ‘nulas. Isso significa que qualquer atraso em uma das atividades presentes no caminho cri- tico ina gerar atraso na obra. oO. TOT forms ea ae ce pn sabe ne enema Se teat ter folga © poder se concentrar nas atividades O CPM foi desenvolvido em 1956, pela empresa DuPont, para o planejamento ¢ controle dos ree OL en Figura 4.4 Rede CPM. © PERT foi desenvolvido em 1957 pela Marinha norte-americana para planejar ¢ controlar a construcio do submarino nuclear Polaris. Ele consiste em uma rede com setas e nds, representativos das atividades ¢ dos eventos, Figura 4.5. ey = © © Diagrama de Precedéncia ou de Blocos foi desenvolvido por Roy, na Franca, ambas as técnicas do PERT e do CPM. Consiste em blocos representativos das atividades, ligados por setas que indicam as dependéncias entre elas, Figura 4.6. Numero everto tes eee ‘ern “mais cedo | mais tarde Folga ° ° 0 6 0 a *” ' 1 1 ' ; ; ' ' { ' } ' ' 1 1 ' ' ' ‘ ! 3 5 1 | 2-Aianat 2 Cobertie ' 4m [s | 43 | 48 b---- 1 { == =e ' ° ° ' ' | dfeleme (tea #8 te Po] sno ‘Figura 46 - Diggrama de precedéncia. Em que: t = duragio de cada atividade diagrama PERT-CPM deve indicar o caminho critico, isto é, 0 caminho em que as folgas sao aulas, Figura 47. 4.3.1 Definigées basicas 4.3.1.1 D (i, j): duragéo da atividade (i, j) £0 tempo necessario para ir da atlvidade | para a atividade }. = ‘ero nce Pangan # Cisse tre Anon Cares saFenecs gana Papers Maco Grwiao- 1" G20 4.3.1.2 C(i): date de inicio cede de um evento | == E 0 tempo necessirio para que 0 evento seja alcancado, desde que nao haja atraso nas ativida- des antecedentes. Assim, Cj) = maxi [Cli) + DG j)] Foi convencionado que para o evento inicial da obra, i= 1, 0 cedo seja nulo, isto € C(1) = 0. 4.3.1.3 T(): data de inicio tarde de um evento j Ea ultima data de inicio das atividades que partem desse evento de forma a nao atrasar a con- lusio do projeto. Assim, TQ) = min j (TG) -DGj)) Foi convencionado que para o iiltimo evento da obra, j =n, o tarde seja igual ao cedo desse evento, isto 6, T(n) = C(n). ‘igura4.7 - Rede PERT-CPM, ‘Figura 4.8 - Exemplo de atividade representada por umia rede PERT-CPM. 4.3.2 Calculo das folgas e do caminno critico Algumas atividades podem ser flexiveis em relagao ao seu inicio e término sem_ fique atraso no tempo de duracio da ob 4. as importantes no diagrama 4.3.3.1 PD\(i, j): primeira data de inicio Ba data mais cedo que uma atividade pode iniciar, na qual todas as atividades precedentes foram conduidas. PDIGj) = CW) 4.3.3.2 UDIii, }): ultima data de inicio Ea data mais tarde que uma atividade pode ser iniciada, sem atrasar a data de conclusio da UDIGi.j) = TG) - DG.j) 4.3.3.3 PDT(i, }); primeira deta de término Sa E a data mais cedo que uma atividade pode ser conchuida, isto é, considera-se que a atividade inicie na PDI(ij) ¢ tenha sua duracdo estimada obedecida. PDT(i, j) = CG) + Dfi,j) 4.3.3.4 UDT((, j): Gitima data de término E a data mais tarde que uma atividade pode ser concluida, sem atrasar a data final de conclu- ‘sao da obra, UDTM,j) = TU) 4.3.4 Calculo das folgas e do caminho critico Os tipos de folgas estao representados na Figura 4.9. Figura 49 - Tipos de folgas.. A Tabels 4.2 apresenta o cilculo das folgas e do caminho critico para o exemple. ‘Tabela 4.2 « Calculo das folgas e do camino critico Portanto, o caminho critico sio as atividades: Locagao ~ Alvenaria - Cobertura, Figura 4.10. ¥ 2-Abenara 3+ coertra =31 35 | 0 =a ae ° T 1 i ' ' 1 4-Piso t= 10 Figura 4.10. Rede PER-CPM com caminho criticoe folgasindicadas, 4.3.4.1 FT(i, j): folga total Eo atraso maximo que uma atividade pode ter sem alterar a data final de sua conclusio. EPG, j) = UDTG, j) - PDT, j) = TG) - [CG) + DG j)) FTG, j) = UDIG, j) - PDUG, j) = [14) - DG, j)] - CG) Enfio, a folga de uma atividade é a diferenca entre o tempo maximo disponivel para Aenean atividade e sua duragao estimada: FTG, j) = (TG) - CG] - DG) Fazendo variar o intervalo no qual a atividade deve ser realizada, outras folgas podem ser cal- culadas, como as que se seguem. 4.3.4.2 FLIi, j): folga livre £ o atraso maximo que uma atividade pode ter sem alterar a data estabelecida como sendo “Cede” do seu evento final. FLG j) = (CG) - C@] - DG j) 4.3.4.3 FD(i, j): folga dependente £ 0 periodo que se dispe para a realizagio da atividade, iniciando-a no “Tarde” do evento final. EDG,j) = (T@ - TW] - DG) 4.3.4.4 Fi(i, j): folga independente pect pep age sn dy (50™ pe "iltrapassando 0 “Cedo" do eventsfinal. FG) = (6G) =T6)] ~ Dj) listograma de pessoal © histograma de pessoal € o instrumento stil para o dimensionamento do canteiro de obras, pois apresenta a quantidade de operarios que estarao simultaneamente na obra. Seu objetivo é indi- cara mao de obra necessaria para a execugio das atividades previstas. ‘Como exemplo, para a execusio das atividades de uma obra € necessiria a mio de obra da ‘Tabela 43, e ohistograma de pessoal est representado na Figura 4.11. ‘Tabela 4.3 - Consumo de mio de obra por atividade 28 1 3/8) 8/8/85/8ia\"|, 0%, a] e3Sa 3) ESS S/8i si" wee 3 s}aisisia|sis) : } 2} 9) @} sisls|sis]3s|"L.~ is 33/3] 3]8]3]5) RSISSRS See is élele| Bod) sis|s|sie}s|s}"|.- | = s Je} Jeooe S)a/s/s/e/Si 3)". - +B SBBE se de gerenciamento que permite prever com ante- de excesso de trabalhadores operacionais. Esses valores extremos ‘com pequenas alteracdes no cronograma fisico. Nimaro do oper. cobra _ injitnnpttes fo & oua Analise Econémica e Mercadoldégica de Empreendimentos Para comegar Bite capitulo tem por objetivojapresentar 2 engenharit econdmica € a importancia dos juros nos Beg ericio Se iran sno alates de cnt « 0 su Bcc oa de mercado, as orientagdes das empreses para ages no mer- cado;anilise do ambiente de negdcios, Eee de novos produtos, mix de comunicacio e marketing umaum. 5.1 Engenharia econémica Os recursos financeiros de uma construtora so fundamentais para a execucdo das obras de seus empreendimentos. Muitas vezes as construtoras tém que buscar empréstimos financeiros para poder comprar materiais ¢ equipamentos, ou mesmo para pagamento da mio de obra. Assim, para 0 inicio de seus empreendimentos, elas devem dispor de capital. A matemitica financeira é a principal ferramenta da engenharia econdmica, e é a base para a anilise de opgdes de investimentos. Qualquer bem que pode ser aplicado na produgio é chamado de capital, e seu valor é expresso em unidades monetarias (R$). No caso das aplicagbes financeiras, 0 capital no instante da aplicagao é chamado de “principal” Eo Eres -Panoprent# Cis tre Anon Caos sa Fans ena Paha tao ana" 56He A utilizagio do capital para a construgio dos empreendimentos é uma agio de econ: tamente relacionada a sua remuneragao, que ¢ denominada juros. Os juros sdo o rendimento de um capital em certo periodo de tempo, expresso em porcenta- gem. A pritica bancéria é a dos juros compostos, em que a taxa de juros é aplicada sobre o principal ‘em cada periodo de capitalizagao, que, geralmente, é mensal. © valor final do capital acrescido do valor obtido pelos juros é denominado montante, ‘A Tabela 5.1 apresenta um exemplo de conta basica para aplicacio de juros compostos. “Tabela 5.1 ~ Exemplo de aplicagio de juros compostos em trés periodos de capitalizagio P+ Pim Ped +P + OniH Pasi ism= POST | pa eaie le pases pas wei ee Hodeie asian PO +219 45428 + mm : principal i = taxa de juros em porcentagem n= niimero de periodos de capitalizacio © Exemplo ‘Uma construtora fard um empréstimo de R$ 5.000.000,00 (cinco milhées de reais), 4 taxa de juros de 2% ao més, pelo periodo de dois anos. Qual 0 valor do montante que ela deveri pagar pelo empréstimo? P =RS 5.000.000,00 S=P (1 +i)" = 5.000.000,00 (1 + 0,02)" = RS 8.042.186,25 valor monetirio dos juros compostos, ao final de dois anos, & R$ 8.042.186,25 — R$ 5,000.000,00 = R$ 3.042.186,25 Por isso as construtoras tém que realizar suas obras rapidamente, para que possam saldar os empréstimos contraidos pelo setor financeiro, A Figura 5.1 apresenta um grifigdidealores financeizos regid® por jufos.compostos. Perceba ovnipido(Erescimento em um curtointervalo dé tempo $ at Figura 5.1 Evolugio dos valores financeiros eae @ 5.2 Contratos A realizacio dos empreendimentos pelos construtores é uma prestagdo de servigos que, muitas vveres, &feita a partir de contratos realizados junto as empresas incorporadoras, ou junto 20s proprie- tdrios dos terrenos. Os contratos devem ser elaborados conforme a finalidade do acordo entre as partes envolvides, edeles devem constar: > as partes envolvidas no contrato; >» —cobjeto do contrato; > as obrigagbes dos envolvidos; > aremuneracio do contratado; » as formas de cancelamento do contrato; » 0 forum para disputas judiciais. ‘A Figura 5.2 apresenta a assinatura de um fornecedor junto a uma empresa construtora. £ fun- damental a formalizacao de contratos, mesmo para servi¢os profissionais de pequena monta, ‘Figure 5.2 ~ Assinatura de contrato entre partes interessadas, Conhega agora as diferentes modalidades de contrato, 5.2.1 Contrato por empreitada global ou de prego fechado (lump sum price) Nesse modelo de contrato, o contratado (construtora) assume o valor total da obra, indepen- dentemente das quantidades e pregos unitérios envolvidos nos servigos. Se o valor previsto para a execugao de um servigo, ou para a obra toda, for ultrapassado, a construtora iré se responsebilizar pelos custos excedentes, ainda que sua causa seja, por exemplo, o aumento de prego dos insumos (material, mio de obra, energia elétrica, gua etc.). A escolha dessa modalidade de contrato parte do principio de que a totalidade doA@oPRoseaem envolvides na obra é plenamente conhecida. Para isso, deve-se fazer uma andlise criteriosa dos docu- mentos executivos da obra (desenhos, memorials descritivos e executivos, cronogramas e fluxogra- mas) ¢ quantificare precificar os servigos com bastante preciso. Essa modalidade de contrato ¢ comum para construgées junto ao service publico. ‘Assim, para um contrato de orgamento fechado, devem ser observados: » — onivel de detalhamento dos projetos e stias especificacdes; » — ocomportamento de precos dos insumos no mercado; » possiveis alteracdes de projeto durante a execucao da obra: » — aviabilidade econdmica do empreendimento. ‘Como vantagens dessa modalidade de contrato esto: » — amaior precisio do preco final do servigo (preco originalmente contratado); » o incentivo para a antecipagao dos prazos; » a'simulagio para fixagio dos precos de venda, que é mais transparente. ‘Como desvantagens estao: » costo danensjstermry | | * mreantcontadon Pela arene eve terminar no prazo estipulado por diversas razées. Lima delas 360 os jurds bancérios. 5.2.2 Contrato por empreitada global a pregos unitarios Essa modalidade de contrato nao € frequente, Nela 0 contratado (construtora) assume os pre- ‘Gos unitérios, bem como suas eventuais variagées. Essa modalidade de contrate aplicavel quando se definem a qualidade ¢ 0 tipo do servigo, porém a quantidade do servigo nao & precisa e sera verifi- cada durante as medigbes da obra. ‘A vantagem dessa modalidade de contrato ¢ a ficil quantificagao dos servigos. pois ela & reali- zada por meio de medicées realizadas durante suas execugées. Como desvantagens tem-se a necessiria realizacio de um rigido controle das horas trabalha- das pelos operdrios em cada servico, bem como as situacées de renegociacio de contrato. no caso de mudangas nas taxas dos encargos sociais. _ 5.2.3 Contrato por administragao ou contrato por preco de custo (cost plus a percentual fee) Nessa modalidade de contrato 0 contratante (construtor) recebe uma porcentagem dos gas- tos que foram efetivamente incorridos na obra. Como os presos € as quantidades sio variiveis, se houver economia nas quantidades ou nos precos, 0 contratante (incorporador ou proprietério do terreno) é beneficiada, ‘A vantagem dessa modalidade de contrato é permitir 0 inicio dos servigos sem que haja a completa definigio do seu escopo. Essa modalidade € indicada para contratos do tipo “guarda- -chuva’, em que as decisoes tém de ser rapidas e didrias. Sua desvantagem est €m nao assegurar ao contratante (incorporador ou proprietdrio) domi- nio sobre o prego total da obra, bem como nao apresenta incentivo para 0 contratado (construtora) diminuir os precos ¢ gastos na obra 5.2.4 Contrato por reembolso dos custos mais uma quantia fixa (cpff - cost plus a fixed fee) Essa modalidade de contrato é, geralmente, utilizada quando nao hi definig3o completa do escope dos servigos. A remuncragao da contratada (construtora) € formada por pagamento da ae teembolsavel (custos diretos) mais pagamento de uma quantia fixa, (Como vantagens dessa modalidade de contrato o estimulo a x Belexe- cugio, poi tado receberd uma qi ¢ Sie or fornecedo- . com stoma . ntagem k alpaca Seals mn para terminar rapida- Ntrato por prego maximo garantido Nesse modelo de contrato, o contratado (construtora) apresenta uma proposta que sera uti- lizada como PMG (Prego Maximo Garantido). Se o PMG for ultrapassado, o contratado assume a diferenca. No caso de redugéo de PMG, as partes compartilham o resultado. Dessa maneira, 0 con- tratante (incorporadora ou proprietirio) busca assegurar um incentivo ao maior comprometimento da contratada (construtora) com a obra a ser realizada, com estimulo ao desenvolvimento de solu- ‘Goes técnicas e metodologias que propiciem ganhos de produtividade e reducao de custos. Assim, essa modalidade de contrato demanda a cooperacao entre 0 contratante e 0 contratado, bem como a acuricia no orgamento. Quanto menos detalhados forem os projetos no momento da contratagéo por PMG, maiores sero os valores pagos aos terceirizados, dada a menor previsibili- dade dos riscos embutidos. Essa modalidade de contrato é similar a um contrato em regime de administragao, isto é, os custos dos forecedores da ubra ¢, na maiotia dus casos, da pidptia empresa Woustiutura so pagos diretamente pelo contratante (incorporadora ou proprietirio) ou, entio, reembolsados 4 iam (construtora). ‘Como vantagem estd a definigdo precisa do custo total maximo do projeto para o contratante, 5.2.6 Contrato com incentivo Essa modalidade de contrato é uma variante do contrato por maximo garantido. Nela, se a contratada (construtora) nao atingir 0 teto de homens-hora, recebe como prémio uma parcela da economia proporcional ao volume de homens-hora nao consumidos. Se o teto for ultrapassado, 0 prejuizo € partilhado com o cliente até certo limite do contrato. ‘Como vantagem para o contratante (incorporadora ou proprictario), essa modalidade de con- trato favorece o término dos servicos de forma mais ripida e.a custos mais baixos, por meio de solu- «ges de engenharia especialmente desenvolvidas. Como desvantagem, é necessirio que 0 calculo dos custos envolvides seja muito detalhado e ‘que seja realizado um forte controle na produtividade da mao de obra na execusao dos servicos. © instante da negociacéo do contrato é muito ote eee re eee dologia, ou mas! Pho tnto de priviclpios'e priticastealieados com’o objetivo tar 0 comérci é,a ofertae a procura de produtos. © Osiceso dos empreendimentos, também, depende do estudo dos mercados, isto é, do traba~ Iho de marketing. As acdes de marketing visam estimular a procura pelos produtos de uma empresa. Para melhor conhecer o marketing, sio importantes alguns conceitos basicos: » — Constimidor: so as pessoas que vio utilizar o produto, Por exemplo, os membros de uma familia so os consumidores de uma residéncia. » Cliente: sio as pessoas que irao pagar pelo produto, Por exemplo, em uma familia 05 pais podem ser‘os clientes e seus filhos nao. » — Produto: & tudo que pode ser comercializado, seja bem ou servigo. Por exemplo, uma edi- ficagao, um projeto de uma edificacdo ou a construgao de uma edificagao. » Bem: € um produto, portanto pode ser comercializado. E tudo cuja propriedade é possivel. Pode ser tangivel, como uma edificagao, ou intangivel, como o projeto de uma edificagio, » — Servigo: € um produto, portanto também pode ser comercializado. Contudo, no se tem propriedade, como no caso do servico de construgao de uma edificagio.

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