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ATERRANENTO ELETR Geraldo Kindermann e Jorge Mario Campagnolo 3 edigéio modificada ¢ ampliada SAGRA-DC LUZZATTO Editores— GERALDO KINDERMANN JORGE MARIO CAMPAGNOLO Professores da Universidade Federal de Santa Catarina t . ATERRAMENTO ELETRICO 3* edicaio modificada e ampliada SAGRA - D.C. LUZZATTO. Editores— SAGRA-DC LUZZATTO LIVREIROS, EDITORES E DISTRBUBORES x tone Rua Jodo Alfredo, 448 — Cidade Baixa Porto Alegre Clube dos Eaitores 90050.230 — Porto Alegre, RS, Brasil doo Grande dose ‘Telefone (051)227-5222 ~ Telefax (051)227-4438 __ PREFACIO DOS AUTORES Acreditamos que a 3° edic&o deste livro continue a preencher expressivamente lacuna existente na bibliografia sobre Aterramento Elétrico. Procuramos fazer um livro que tem por objetivo principal agrupar e apresentar © assunto numa seqiiéncia Iégica, que tem sido ao longo do tempo aperfeigoado a cada nova edigdo, para que o mesmo possa ser utilizado como livro texto em cursos de escolas profissionais de nivel médio e superior, bem como fonte de consulta por engenheiros eletricistas ou para cursos especificos sobre Aterramento Elétrico. Esperamos que as informagdes contidas neste livro contribuam como fonte de consulta 4 érea de Engenharia Elétrica, pois seu conteiido é amplo, auxiliando, prin- cipalmente, as dreas de Eletrotécnica, Distribuig&o e Sistemas Elétricos de Poténcia. Este livro é fruto da experiéncia acumulada durante varios anos. Esta ex- periéncia foi adquirida através de trabalhos praticos, bibliogrdficos e trocas de in- formagées entre profissionais de empresas, principalmerite nos cursos ministrados na Universidade Federal de Santa Catarina em convénio com # ELETROBRAS. Os Autores. Indice Geral 1 Introdugao ao Sistema de Aterramento 11 12 1.3 14 15 16 LT 18 19 1.10 11 Introdugio Geral Resistividade do Solo... 0. eee eee ene eee ees A Influéncia da Umidade 0. ee eee A Influéncia da Temperatura (Alinfluencia d= Eatraicmay Ligagdo A Terra. eee eee tees Sistemas de Aterramento Hustes de Ateramento 0 Ateramento ee .rtrt—“‘“Cswsrs~sises=s=“( =e Classificagéo dos Sistemas de Baixa Tenséo em Relagao & Alimentacio e das Massas em Relacio & Terra 2... eee eee Projeto do Sistema de Aterramento..........-0.0000 00 2 Medigio da Resistividade do Solo 21 2.2 2.3 24 25 iodo trtssrsi“‘“;CC Localizagio do Sistema de Aterramento Medigées no Local... 0 ee eee eee tenes Potencialem|Um'Ponto = Potencial em Um Ponto Sob a Superficie de Um Solo Homogéneo 7 I 2.6 Método de Wenner 20... cece cece eee e eee eens 18 2.7 Medigéo Pelo Método de Wenner 0.2... e cece eee 20 2.8 Cuidadog na Medigio 2.0.0 eee eee eee 21 2.9 Espacamentos das Hastes 22 2.10 Diregées a Serem Medidas 23 2.11 Anélise das Medidas 4 212 Exenplo Gerl@ ee ee 25 Estratificago do Solo 27 BAL Introdugio eee eee ee 27 3.2. Modelagem do Solo de Duas Camadas . 0... 0.00 eve eee ee 28 3.3. Configuracéo de Wenner . . 29 3.4 Método de Estratificagio do Solo de Duas Camadas........... 31 3.5 Método de Duas Camadas Usando Curvas ... 2... a 31 3.6 Métodos de Duas Camadas Usando ‘Técnicas de Otingizagio ..... « 39 3.7 Método Simplificado para Estratificagao do Solo em Duas Camadas .. 42 3.8 Método de Estratificagio de Solos de Varias Camadas...... 0... 47 3.9 Método de Pireon 6... cee cece eevee ev eee ee 47 3.10 Método Grafico de Yocogawa 0... eee cece eee eee 52 Sistemas de Aterramento 61 “0 Trodusoe ee 61 4.2 Dimensionamento de Um Sistema de Aterramento com Uma Haste Ver- Hel) eo ee ee 61 4.3 Aumento do Diémetro da Haste... . . 64 44. Interligagéo de Hastes em Paralelo 66 4.5. Resisténcia Equivalente de Hastes Paralelas 0.0.0.0. 0000 68 4.5.1 Indice de Aproveitamento ou indice de Redugéo (K)...... « 70 4.6 Dimensionamento de Sistema de Aterramento Formado Por Hastes Ali- _ nhadas em Paralelo, Igualmente Espagadas ..... . . 4.7 Dimensionamento de Sistema de Aterramento com Hastes em Triéngulo 4.8 Dimensionamento de Sistemas com Hastes em Quadrado Vazio.... . 4.9 Dimensionamento de Sistema com Hastes em Quadrado Cheio ... . - 4.10 Dimensionamento de Sistema com Hastes em Circunferéncia ..... . 4.11 Hastes Profundas ©... 6 0. ee ee es 4.12 Resisténcia de Aterramento de Condutores Enrolados em Forma de Anel e Enterrados Horizontalmente no Solo 4.13 Sistemas com Condutor Enterrado Horizontalmente no Solo... .. ‘Tratamento Quimico do Solo Gi Unoducig 9 5.2 Caracteristica do Tratamento Quimico do Solo... 0... eee es 63 UipesderetmentoQumicg: 966g 5.4 Coeficiente de Redugio Devido ao Tratamento Quimico do Solo (Ke) - 5.5 Variacao da Resisténcia de Terra Devido ao Tratamento Quimico 5.6 Aplicagéo do Tratamento Quimico no Solo . . 5.7 Consideragées Finais . 1. ee es Resistividade Aparente 6.1 Resistividade Aparente 00.0... eee eee eee eee 6.2 Haste em Solo de Varias Camadas.. 2... eee 63 ReducaoideCamadase 6 6.4 Coeficiente de Penetrago (w) 6... eee eee eee eee 6.5 Coeficiente de Divergéncia (6 ) 6.6 Resistividade Aparente para Solo com Duas Camadas...... « Fibrilagio Ventricular do Coragao Pelo Choque Elétrico i 71 78 80 81 83 103 103 105 106 107 - 109 - 109 115 iv Tl intoducso, ee — boone 145 8.12 Potencial de Toque Maximo da Malha em Relagao ao Infinito ..... 146 8.13 Fluxograma do Dimensionamento da Malha de Terra 12. 146 8.14 Potencial de Toque na Cerca Perimetral da Matha... 0. eee 149 8.15 Melhoria na Malha .... . 8.16 Malha de Equalizagdo 8.17 Exemplo Completo do Dimensionamento de Uma Malha de Terra . . . 151 9 Medida da-Resisténcia de Terra 159 QA Introdugéo eee eee eee eee 159 9.2 Correntes de Curto-Circuito pelo Aterramento .. 0... e eee 159 9.3 Distribuic&o de Corrente Pelo Solo 9.4 Curva de Resisténcia de Terra versus Distancia... .. . - be oude 162 9.5 Método Volt-Amperimetto oo... cvs cece eee eee ee 163 9.6 Medigao Usando 0 Aparelho Megger.. 00-0 ee eee “| 164 9.7 Precaugao de Seguranca Durante a Medicao de Resisténcia de Terra . . 166 10 Corrosao no Sistema de Aterramento 167 10.1 Corrosio 10.2 Eletronegatividade dos Metais .. 6... 0 eee eee eee 167 10.3 Reag&o de Corroséo. . 6 ee ee 168 10.4 Corrosao no Sistema de Aterramento . 1... - 5. eee ee eee 172 10.5 Heterogeneidade dos Materiais que Compéem o Sistema de Aterramento 172 10.6 Heterogeneidade dos Solos Abrangidos Pelo Sistema de Aterramento . . 174 10.7 Heterogeneidade do Tipo e Concentragao de Sais, e da Umidade no Sistema de Aterramento 2.1... ee ee ee ee 175 10.8 Heterogeneidade da Temperatura do Solo... - 1... e eee eee 176 VI 100 AcracsoDifrcncal . 176 10.10Agao das Correntes Elétricas Dispersas no Solo»... 2... saa tee 10.11Protegdo Contra a Corrosio oe ee 178 10.12Protegao Por Isolagéo de Um Componente ................ 179 10.13Protegao Catédica Por Anodo de Sacrificio .. 6... ee eee 179 10.14Protegao Por Corrente Impressa . . . - 181 10.15Religamento e a Corrosio . 2.2... 183 JOH6Considetacces 183 11 Surtos de Tensao 185 11.1 Introdugao 185 11.2 Campo Elétrico Gerado no Solo Pelo Surto de Corrente em Uma Haste 185 11.3 Gradiente de Ionizagio do Solo 2.22... ee ee eee 186 114 Zona de Tonizagao no Solo... ee 187 11.5 Finalidade da Haste. 0... eee ee 190 o A Tabelas de Hastes Paralelas, Alinhadas e Igualmente Espacadas 191 B Retorno da Corrente de Sequéncia Zero do Curto-Circuito 199 B.1 Correntes de Curto-Circuito pela Terra B.2 Corrente de Malha oe 199 © Resisténcia de Malha 203 C.l_ Resisténcia de Malha de Terra... 0... ee eee 203 C.2 Anilise da Resisténcia de Malha em Fungao de Pardmetros ..... . « 205 Bibliografia 209 Capitulo 1 Introducgao ao Sistema de Aterramento 1.1. Introdugao Geral Para que um Sistema de Energia Elétrica opere corretamente, com uma ade- quada continuidade de servigo, com um desempenho seguro do sistema de protegio e, mais ainda, para garantir os limites (dos niveis) de seguranga pessoal, é fundamental que 0 quesito Aterramento mereca um cuidado especial. Esse cuidado deve ser traduzido na elaboracio de projetos especificos, nos quais, com base em dados disponiveis e parimetros pré-fixados, sejam consideradas todas as possiveis condigdes a que o sistema possa ser submetido. Os objetivos principais do aterramento sio: © Obter uma resisténcia de aterramento a mais baixa possivel, para correntes de falta & terra; © Manter os potenciais produzidos pelas correntes de falta dentro de limites de seguranga de modo a nao causar fibrilagdo do coragéo humano; © Fazer que equipamentos de protegio sejam mais sensibilizados e isolem rapida- mente as falhas 4 terra; © Proporcionar um caminho de escoamento para terra de descargas atmosféricas; © Usar a terra como retorno de corrente no sistema MRT; © Escoar as cargas estaticas geradas nas carcagas dos equipamentos. Existem varias maneiras para aterrar um sistema elétrico, que vo desde uma 1 2 CAPITULO 1. INTRODUGAO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO simples haste, passando por placas de formas e tamanhos diversos, chegando as mais complicadas configuragées de cabos enterrados no solo. Um dado importante, na elaboracéo do projeto do aterramento, 6 0 conheci- mento das caracteristicas do solo, principalmente sua resistividade elétrica. Esta, além da importancia para a engenharia elétrica, em termos de protego e seguranca, auxilia também outras dreas, tais como: © Geologia; na localizagdo de jazidas minerais e falhas nas camadas da Terra, lengol d’égua, petrdleo, gas, etc; * Arqueologia; dando subsidio para descobertas arqueolégicas. 1.2 Resistividade do Solo Varios fatores influenciam na resistividade do solo. Entre eles, pode-se resealtar: @ tipo de solo; © mistura de diversos tipos de solo; ry © solos constituidos por camadas estratificadas com profundidades e materiais di- ferentes; © teor de umidade; © temperatura; compactagéo e pressio; © composigéo quimica dos sais dissolvidos na 4gua retida; © concentragio de sais dissolvidos na agua retida. As diversas combinagées acima resultam em solos com caracteristicas diferen- tes e, conseqiientemente, com valores de resistividade distintos. Assim, solos aparentemente iguais tém resistividade diferentes. Para ilustrar, a Tabela 1.2.1 mostra a variacdo da resistividade para solos de naturezas distintas. 3 TIPO DE SOLO RESISTIVIDADE [0m] Lama Ba 100 Terra de jardim com 50% de umidade 140 Terra de jardim com 20% de umidade 480 Argila seca 1.500 a 5.000 Argila com 40% de umidade 80 Argila com 20% de umidade 330 ‘Areia molhada 1.300 Areia seca 3.000 a 8.000 Calcario compacto 1.000 a 5.000 Granito 7.500 a 10.000 Tabela 1.2.1: Tipo de Solo e Respectiva Resistividade 1.3 A Influéncia da Umidade A resistividade do solo sofre alteragdes com a umidade, Esta variagéo ocorre em virtude da conducio de cargas elétricas no mesmo ser predominantemente iénica. Uma percentagem de umidade maior faz com que os sais, presentes no solo, se dis- solvam, formando um meio eletrolitico favordvel & passagem da corrente iénica. As- sim, um solo especifico, com concentracio diferente de umidade, apresenta uma grande variagdo na sua resistividade. A Tabela 1.3.1 mostra a variacio da resistividade com a umidade de um solo arenoso. Indice de Umidade | Resistividade (0m) (% por peso) (solo arenoso) 0,0 10.000.000 25 1.500 5,0 430 10,0 185 15,0 105 20,0 63 30,0 @ Tabela 1.3.1: Resistividade de Um Solo Arenoso com Concentragao de Umidade Em geral, a resistividade (p) varia acentuadamente com a umidade no solo. Veja figura 1.3.1. Conclui-se, portanto, que o valor da resistividade do solo acompanha os perfodos de seca e chuva de uma regiao. Os aterramentos melhoram a sua qualidade com solo imido, pioram no periodo de seca. 4 CAPITULO 1. INTRODUGAO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO Umidade Figura 1.3.1: p x Umidade Percentual Solo Arenoso 1.4 A Influéncia da Temperatura Para um solo arenoso, mantendo-se todas as demais caracteristicas e variando- se a temperatura, a sua resistividade comporta-se de acordgcom a Tabela 1.4.1. Temperatura | Resistividade (.m) ey (solo arenoso) 20 72 10 99 0 (agua) 138 O (gelo) 300 =5 790 =e 3.300 Tabela 1.4.1: Variagao da Resistividade Com a Temperatura Para o Solo Arenoso De uma maneira genérica, a performance de um determinado solo submetido a variacdo da temperatura pode ser expressa pela curva da figura 1.4.1. A partir do py inimor Com 0 decréscimo da temperatura, e a conseqiiente con- tragdo e aglutinagao da agua, é produzida uma dispersao nas ligagées idnicas entre os granulos de terra no solo, e que resulta num maior valor da resistividade. Observe que no ponto de temperatura 0°C (gua), a curva sofre descon- tinuidade, aumentando o valor da resistividade no ponto 0°C (gelo). Isto é devido 40-30-20 -10 04 © 20 30 40 50 60 70 80 9 100 um Figura 1.4.1: p x Temperatura ao fato de ocorrer uma mudanga brusca no estado da ligagao entre os granulos que formam a concentragio eletrolitica. Com um maior decréscimo na temperatura hé uma concentragao no estado molecular tornando o solo mais seco, aumentando assim a sua resistividade. Jé no outro extremo, com temperaturas elevadas, préximas de 100°C, o estado de vaporizagio deixa o solo mais seco, com a formacao de bolhas internas, dificultando a conducao da corrente, conseqiientemente, elevando o valor da sua resistividade. 1.5 A Influéncia da Estratificagdo Os solos, na sua grande maioria, néo sio homogéneos, mas formados por diversas camadas de resistividade e profundidade diferentes. Essas camadas, devido a formagao geolégica, so em geral horizontais ¢ paralelas A superficie do solo. Existem casos em que as camadas se apresentam inclinadas e até verticais, devido a alguma falha geoljgica. Entretanto, 6s estudos apresentados para pesquisa do perfil do solo as consideram aproximadamente horizontais, uma vez, que outros casos sio menos tipicos, principalmente no exato local da instalagéo da subestacio. 6 CAPITULO 1. INTRODUGAO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO Como resultado da variagio da resistividade das camadas do solo, tem-se a variagio da dispersio de corrente. A figura 1.5.1 apresenta o comportamento dos fluxos de dispersao de correntes em um solo heterogéneo, em torno do aterramento. Figura 1.5.1: Estratificagéo do Solo em Duas Camadas As linhas pontilhadas séo as superficies equipotenciais. As linhas cheias so as correntes elétticas fluindo no solo. 1.6 Ligagao 4 Terra Quando ocorre um curto-circuito envolvendo a terra, espera-se que a corrente seja elevada para que a protecdo possa operar e atuar com fidelidade e precisio, eli- minando 0 defeito 0 mais rapidamente possfvel. Durante o tempo em que a protegao ainda no atuou, a corrente de defeito que escoa pelo solo, gera potenciais distintos nas massas metdlicas e superficie do solo. Portanto, procura-se efetuar uma adequada ligacéo dos equipamentos elétricos & terra, para se ter o melhor aterramento possivel, dentro das condigées do solo, de modo que a protecéo seja sensibilizada e os potenciais de toque e passo fiquem abaixo dos limites criticos da fibrilagéo ventricular do corago humano. 7 ‘A maneira de prover a ligagdo intima com a terra é ligar os equipamentos e massas a um sistema de aterramento conveniente. 1.7 Sistemas de Aterramento Os diversos tipos de sistemas de aterramento devem ser realizados de modo a garantir a melhor ligag&o com a terra. Os tipos principais sao: © uma simples haste cravada no solo; © hastes alinhadas; © hastes em triéngulo; @ hastes em quadrado; © hastes em circulos; © placas de material condutor enterradas no solo; © fios ou cabos enterrados no solo, formando diversas configuracées, tais como: — extendido em vala comum; = em cruz; — em estrela; — quadriculados, formando uma malha de terra. O tipo de sistema de aterramento a ser adotado depende da importancia do sistema de energia elétrica envolvido, do local e do custo. O sistema mais eficiente é, evidentemente, a malha de terra. 1.8 Hastes de Aterramento O material das hastes de aterramento deve ter as seguintes caracteristicas: ser bom condutor de eletricidade; deve ser um material praticamente inerte As agdes dos dcidos e sais dissolvidos no solo; 8 CAPITULO 1. INTRODUGAO AO SISTEMA DE ATERRAMENTO © o material deve sofrer a menor acao possivel da corrosio galvanica; © resisténcia mecAnica compativel com a cravagio e movimentacio do solo, As melhores hastes séo geralmente as cobreadas: Tipo Copperweld: & uma barra de aco de secgdo circular onde o cobre é fundido sobre a mesma; Tipo Encamisado por Extrusao: A alma de aco ¢ revestida por um tubo de cobre através do processo de extruséo; Tipo Cadweld: O cobre é, depositado eletroliticamente sobre a alma de ago. E muito empregada também, com sucesso, a haste de cantoneira de ferro zincada. 1.9 Aterramento Em termos de seguranga, devem ser aterradas todas as partes metdlicas que possam eventualmente ter contato com partes energizadas. Assim, um contato aciden- tal de uma parte energizada com a massa metilica aterradg estabeleceré um curto- circuito, provocando a atuacio da protegao e interrompendo a ligagéo do circuito energizado com a massa. Portanto, a partir do sistema de aterramento, deve-se providenciar uma sélida ligagao As partes metilicas dos equipamentos. Por exemplo, em residéncias, deve ser aterrados os seguintes equipamentos: condicionador de ar, chuveiro elétrico, fogio, quadro de medigao e distribuicio, lavadora e secadora de roupas, torneira elétrica, lava-louca, refrigerador e freezer, forno elétrico, tubulacao metalica, tubulagéo de cobre dos aquecedores, cercas metilicas longas, postes metalicos e projetores luminosos de facil acesso. Jana indistria e no setor elétrico, uma andlise apurada e eritica deve ser feita nos equipamentos a serem aterrados, para se obter a melhor seguranca possivel. 1.10 Classificagao dos Sistemas de Baixa Tensdo em Relacao 4 Alimentagao e das Massas em Relacao 4 Terra A classificacée ¢ feita por letras, como segue: Primeira Letra - Especifica a situacao da alimentagéo em relagao & terra. T - A alimentagao (lado fonte) tem um ponto diretamente aterrado; I - Isolagao de todas as partes vivas da fonte de alimentagao em relagdo A terra ou aterramento de um ponto através de uma impedancia elevada. Segunda Letra - Especifica a situacéo das massas (carcagas) das cargas ou equipa- mentos em relagio & terra. T - Massas aterradas com terra préprio, isto é, independente da fonte; N - Massas ligadas ao ponto aterrado da fonte; I - Massa isolada, isto é, ndo aterrada. Outras Letras - Forma de ligacdo do aterramento da massa do equipamento, usando 0 sistema de aterramento da fonte. S - Separado, isto é, 0 aterramento da massa é feito com um fio (PE) separado (dis- tinto) do neutro; C- Comum, isto é, 0 aterramento da massa do equipamento é feito usando 0 fio _ neutro (PEN). Exemplo 1 Sistema de alimentacao e consumidor do tipo TN-S. Figura 1.10.1. 4 - + va + + rt 1 1 Equipamento, — 1 eletrico cargo) Aterramento da alimentago oa Figura 1.10.1: Sistema TN-S

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