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Número 29, maio 2017


m en t o d e Escola
Agrupa rreia - TA
VIRA O,50
ust o C o
Aug
Dr. Jorge BIBLIOTECA ESJAC

I Concurso de Leitura Expressiva

Beatriz Carmo vence «Dar Voz às Letras»

F omentar a educação
para a leitura, promover o trei-
no e a melhoria da capacidade
de ler, estimular a prática de
leitura em público, descobrindo
o prazer de ler para os outros e
de partilhar textos foram os
objetivos definidos para o I Concurso tinha conhecimento prévio, e leu um Enya Lennon (11.ºC1), «O mundo
de Leitura Expressiva «Dar voz às poema por si escolhido de um poeta não se fez para pensarmos nele» de
Letras», que teve lugar entre os dias 13 e português. Alberto Caeiro, e Iúri Montes (11.º
23 de março, dias em que se realizou a Beatriz Carmo (12.ºA1) leu C1), «Quando vier a Primavera»
fase de seleção, e 28 de março, dia da «Saudades» de Florbela Espanca; Cátia também de Alberto Caeiro.
final, integrada no âmbito da Semana da Pacheco (12.ºC2), «Cântico Negro» de
Leitura. José Régio; Henrique Lopes (11.º A1),
«Lágrima de Preta» de António Gedeão; Nesta edição:
Na fase eliminatória, os vinte e qua-
tro alunos dos 10º, 11º e 12º anos, que Vladyslava Shoturma (11.ºA1), «Que de Concursos
se inscreveram, leram um excerto de mim» de António Gedeão; Inês Carva-
lho (11.ºA3), que usou uma vela como Prémio de Mérito
Cândido ou O Otimismo, de Voltaire.
Na final, perante um público, que adereço para reforçar a comunicação, Teatro
enchia o auditório, e um júri exigente, «Uma pequenina luz» de Jorge de Sena;
Projetos
constituído pelas
professoras de Por- Educação Pré-Escolar
tuguês, Ana Cristina
Matias, Antonieta Ciências Experimentais
Couto e Paula Cris-
Eco dos Espaços
tina Pereira, e pelo
professor de Histó- Línguas
ria, José Couto, os
sete selecionados Cinema
leram dois textos: Ciências Sociais e Humanas
cada um leu um
excerto do Manifesto Visitas de Estudo
Anti-Leitura, de José
Fanha, do qual não
CONCURSOS

Cada finalista pôde, neste momen-


to, mostrar o quão corajoso, inteligen-
te e sedutor é como leitor, acreditando
nós que até se surpreendeu, e nos sur-
preendeu, com a qualidade da sua par-
ticipação, as potencialidades imensas e
o talento que nos seduziram e nos
emocionaram. Por isso, o Júri, embora
se baseasse em critérios de avaliação
(dicção/articulação, entoação, fluên-
cia, ritmo, audibilidade, expressivida-
de, pontuação, postura), teve a difícil
tarefa de escolha do leitor mais
expressivo. Ainda assim, acabou por
distinguir a aluna Beatriz Carmo como
a leitora de 2016-2017 que melhor deu
voz às letras.
Os finalistas receberam um certifi-
cado. Enquanto Beatriz Carmo foi
recompensada com um prémio em
livros, oferta da Escola e da Porto
Editora, a quem muito agradecemos,
nós ficamos com a felicidade de poder
ter proporcionado este momento.

A professora: Antonieta Couto

Concurso Nacional de Leitura

D
Por Ana Cristina Matias, professora de Português
Afonso Cruz, e Eleanor & Park, de
Rainbow Rowell, que as alunas têm
epois de terem sido estado a ler com agrado.
as melhores classifi- Na Fase Distrital de Faro do Con-
cadas, de entre 21 curso Nacional de Leitura, organizado
candidatos dos 10.º ao 12.º anos, na pela Biblioteca Municipal José Maria-
fase de escola do Concurso Nacional no Gago (Olhão), as alunas disputarão
de Leitura, que decorreu a 24 de janei- uma prova escrita, com questões de
ro e para o qual leram uma das seguin- escolha múltipla e uma pergunta de
tes obras em opção, Contos Misteriosos e desenvolvimento, aberta e argumenta-
Fantásticos, de Edgar Allan Poe, Amor tiva, sobre os romances lidos.
de Perdição, de Camilo Castelo Branco, A Escola Dom Paio Peres Correia
ou Felizmente há luar, de Luís de Sttau também realizou as provas de apura-
Monteiro, Ana Sofia Santos (11.º mento para esta fase distrital e disputa
A3), Enya Lennon (11.º C1) e Inês a categoria do 3.º ciclo.
Horta (12.º A1) vão disputar, no Esperamos que os alunos do Agru-
Auditório Municipal de Olhão, no pamento Jorge Augusto Correia consi-
próximo dia 9 de maio, a fase distrital. gam classificar-se entre os cinco
As obras de leituras obrigató- melhores e aceder à segunda prova,
Página 2 ria são agora O pintor uma Prova oral em palco e com
debaixo do lava-loiças, de audiência .
PRÉMIO DE MÉRITO
Da Secundária para Medicina

Brincar com moderação e estudar a sério


Por Carolina Monteiro, Prémio de Mérito 12.º ano (2016)

F
país de lés a lés aos fins de semana, e média subiu.
até fora do país, participei em festi- Foram quase
alar sobre mim aos vais, estágios e provas em período dois meses de
outros é sempre algo mui- escolar. grande sofri-
to difícil, talvez das coisas Porém, os livros sobrepunham-se mento, mas
mais difíceis de fazer. Contudo, e por- a qualquer coisa. Mesmo fora da épo- na noite de 10
que o meu testemunho poderá ser ca de testes, eles faziam parte inte- para 11 de
importante para cada um de vós, vou grante das minhas malas ou carteiras setembro de
tentar traçar em linhas gerais o meu de sair, fosse passear com os meus 2016, talvez
percurso e a minha história. pais, fosse ao cinema, ou a uma prova uma das noi-
Desde que me lembro de alguém de patinagem, levava sempre os meus tes m ai s
me perguntar o que queria ser quando livros. Só em época de testes, tentava importantes
fosse grande, respondia sempre “Quero mesmo não sair e dedicar-me única e na minha
ser médica!”. Mais tarde, mas ainda na exclusivamente ao estudo. vida, os resultados saíram e eu lá esta-
escola primária, já tinha a especialida- Foi assim desde o ensino básico va colocada na faculdade e no cur-
de predefinida na minha cabeça: até ao secundário. Mas, efetivamente, so que tinha colocado como pri-
Pediatria Oncológica. Sempre pensei foi no 12.ºano que dei o tudo por meira opção: o meu sonho de criança
em Medicina para ajudar crianças cujo tudo. Uma décima valia a diferença de começava a realizar-se!!!
tempo de vida possa ser menor que o entrar ou não, e, por isso, em cada Uma nova etapa estava para che-
normal, e cujo sofrimento é maior ficha, em cada teste, em cada trabalho, gar. Uma nova vida avizinhava-se e
que em qualquer ser humano com havia sempre um nervoso miudinho uma nova realidade para conhecer. As
mais idade. Ou seja, ajudar inocentes a no estômago não fosse aquele praxes começaram e eu não faltei a
lutar contra uma doença que até hoje momento estragar um sonho que nenhuma. As aulas começaram e sur-
ainda não tem cura, mas, dentro de tinha desde criança bem pequena. giram as primeiras dificuldades: o
alguns anos, estou certa de que sere- O terceiro período chegou a cor- estar longe da família, a dificuldade de
mos capazes de a descobrir. rer, e punha-se-me a questão: “E se ouvir um professor numa sala com
Foi com este foco que, desde não entrar em Medicina?” Aí, as coi- mais de 400 alunos, a quantidade de
pequena e de forma muito natural, ia sas começaram a piorar. Os nervos matéria dada em cada aula. Enfim!
para a escola e todos os dias tentava aumentaram, a pressão aumentou. Um sonho que se não for mesmo um
aprender mais e escutar tudo para que Pensava, pensava, mas não me via a verdadeiro sonho poderá ser o maior
nunca falhasse nem faltasse nenhum fazer mais nada. Surgem então as mui- pesadelo das nossas vidas.
pormenor. Fui sempre exigente comi- tas conversas com os meus pais, e Os trabalhos, as apresentações, o
go própria, defeito ou virtude que houve obviamente um plano B se não grau de dificuldade levam muitos ago-
hoje me acompanha, e que nunca foi conseguisse chegar a Medicina à pri- ra a refletir se querem ou não conti-
imposto por ninguém, nem mesmo meira, segunda ou terceira tentativa. nuar, se ali estão por opção, se irão
pelos meus pais, antes pelo contrário. Na verdade, foi muito difícil ouvi-los aguentar-se. Se ali estão por imposi-
Se o sonho era Medicina, desde cedo dizer: “Se não entrares, optas por isto, ção, vão querer abandonar.
percebi que ou estudava e tinha méto- ou por aquilo, e vais sempre tentar Eu sempre sonhei estar na Facul-
do, ou nunca lá chegaria. Sabia que só Medicina no ano seguinte. Um sonho dade de Medicina da Universidade de
o conseguiria com muito, muito esfor- é para cumprir e nunca desistir!” Lisboa . Tenho orgulho em estar no
ço. Mais tranquila, e já muito perto curso que sempre quis tirar. É muito
Abdiquei de poucas coisas na dos exames, continuavam as noites difícil e estou certa de que os 20, 19 e
minha adolescência. Se havia traba- sem dormir bem, os nervos em franja, 18 que trago desde o 10º, ou os 5 que
lhos para fazer, aproveitava intervalos o stress, a pressão, mas certa de que se sempre tive até ao 9ºano, agora
e tardes livres para os fazer. Em gru- não conseguisse naquela altura, iria podem ser substituídos por negativas
po, fazíamos também o mesmo. E conseguir no ano seguinte ou no ou simples notas de 10, mas com
perguntam-me vocês: “A tua vida foi outro. Até lá, entraria na segunda esforço e motivação sei que um dia
só escola?” Claro que não! Diverti-me opção e faria o mesmo. Estudava para serei MÉDICA! Médica não pelo esta-
como todos vós, passeei, fui a festas e transitar de ano com sucesso! tuto, pois escolhi medicina como
à praia, confraternizava nos intervalos, A primeira fase foi devastadora poderia ter escolhido desporto, Tea-
tudo igual. Pratiquei patinagem artísti- para quase todos e cada vez mais o tro, Biologia, Música ou whatever…. A
ca no Patinagem Clube de Tavira, des- sonho parecia estar longe. Veio a medicina não pode con-
de os seis anos de idade, percorri o segunda fase e, apesar de pouco tinuar a ser o curso dos Página 3
importar para o meu curso, a minha que querem ser ricos,
TEATRO
mas sim o curso daqueles que querem família que adoro, estudo o que sem- facultados, dia a dia, na Universidade.
ajudar, daqueles que querem salvar pre sonhei e agora, com todas as difi- Por tudo o que atrás expus, gosta-
vidas, daqueles que gostam e amam a culdades que se me deparam, estão a ria de vos deixar um conselho: divir-
profissão, mesmo sem nascer em chegar os primeiros exames, que por tam-se, levem a vida a brincar com
família de médicos, nem de enfermei- sinal são muito, mas mesmo muito moderação, mas a escola levem-na
ros, mas sim em famílias humildes, difíceis. Mas se não conseguir à pri- a sério. Estudem, apliquem-se e reti-
que muito esforço fazem para ter os meira, como atrás referi, tentarei a rem dela o mais importante: método,
filhos a estudar fora da sua terra, segunda! formação e conhecimentos básicos.
como é o meu caso. Esta é a diferença que hoje vejo Assim, mais facilmente conseguirão
Cresci com este sonho. Os meus em mim em relação aos três anos em chegar aos vossos objetivos. Ouçam
pais estiveram sempre do meu lado, que frequentei a Escola Secundária. Se os conselhos dos professores, façam
dia após dia o apoio deles crescia, nessa altura não suportava uma nota os trabalhos, estudem para os testes,
sempre que um dia era mais difícil ou abaixo dos 19, e tive muitas, hoje per- tirem todas as dúvidas. Sem eles não
que uma nota não era o que me satis- cebo que na vida temos de criar os seremos nada. E aproveito o momen-
fazia, os meus pais eram os primeiros nossos alicerces e depois construir a to para agradecer a todos os meus
a felicitar-me e a dizerem para a próxi- casa lentamente, mas de bons e fortes professores , sem exceção, o apoio, o
ma será melhor. Esta nota já é fantásti- materiais para que, dentro de poucos ensinamento e a paciência que comigo
ca! Hoje, o apoio deles continua anos, não comece a ruir. Ou seja, um tiveram. Aos meus amigos e colegas,
incondicional. Com um simples tele- curso na Universidade tem de ser obrigada pela AMIZADE e PACIÊN-
fonema, mensagem ou conversa, os levado com muita responsabilidade, CIA!!!
meus pais carregam-me as baterias de mas com moderação. Se ao longo de A todos vós, criem cedo as vossas
força, energia e motivação. Mesmo doze anos aprendi um método, bases metas, sejam ambiciosos e lutem pelo
que algum ano ou cadeira fique por e alicerces para construir a minha car- que desejam estudar e ser. Não impor-
fazer, estou certa de que eles estarão reira, hoje tenho de consolidar todos ta o curso, importa o que vos faz
ao meu lado com todo o apoio e dedi- esses conhecimentos e acrescentar FELIZES!
cação. Sou uma privilegiada! Tenho a todos os outros que me vão sendo

Clube de Teatro da ESJAC apresenta «O céu da minha rua»


Por Ana Cristina Matias, professora de Português

A
A primeira apresentação correu foram contemplados com uma caloro-
bem e o grupo conquistou os colegas sa salva de palmas.
e professores presentes por ter conse-
Atores:
pós alguns contratem- guido apresentar uma peça com cerca
Daniel Silva (12.ºC1), Mariana Silva
pos, o Clube de Teatro de hora e meia de duração e envolven-
(12.º C2), Tiago Gonçalves (12.º C1),
ESJAC, encenado pelo professor Luís do 12 personagens.
Bruna Albino (12.º E), Bruna Montei-
Gonçalves, levou à cena, no dia 30 de Apesar do sucesso da estreia, de a
ro (11º B), Afonso Ribeiros (12º A2),
março, a comédia de costumes de sessão da noite ser na escola e de ago-
Vladyslava Shoturma (11.º A1), Bea-
Romeu Correia, O Céu da minha Rua. ra o público ser maioritariamente os
triz Abrantes (12º E), Hugo Domin-
Como se de atores profissionais se pais e encarregados de educação, não
gues (12.º B), Andreea Marti (10.º E),
tratasse, o grupo teve logo duas ses- se sentiram como se estivessem jogan-
Cristiana Francisco (10.º A3) e Camila
sões de teatro no mesmo dia. Uma do em casa. Os nervos tomaram conta
Madeira (10.º C1)
pela 14h30, no Cineteatro António de alguns por momentos, levando-os
Pinheiro, e outra pelas a ter brancas momentâneas ou ataques
Técnicos:
de riso. Porém, a vontade de conven-
Página 4 20h30, no Auditório Áudio e vídeo - Ricardo Pires (12.º A2)
ESJAC. cer o público sobrepôs-se e, no final,
Luzes - Tiago Matos (12.º A1)
projetos
DECO vem à escola
Por António Viegas da Silva, Professor de Economia

de Orçamento Familiar (Gerir e Pou- Pegada Ecológica, economia circular


par)», no dia 9 de janeiro, e outra ses- como forma de reduzir resíduos,
são sobre «Gestos simples para um levando-nos a tentar compreender a
consumo sustentável», no dia 29 de importância dos comportamentos de
março de 2017. consumo relativamente à gestão efi-
A primeira sessão desafiou os alu- ciente de recursos, através da mobili-
nos a responder à questão: O que zação e motivação dos jovens cida-
devo saber para gerir e poupar o meu dãos para atitudes sustentáveis relati-
dinheiro? Para encontrar resposta a vamente ao ambiente e desenvolvi-
esta e outras questões acessórias sobre mento sustentável.
a temática, os alunos passaram a com- Esta é uma iniciativa do professor
preender melhor a diferença entre o António Silva através do programa da
necessário e o supérfluo; a relacionar DECO que promove palestras nas
despesas e rendimento, avaliando os escolas, iniciativa intitulada
riscos e incertezas no plano financei- "Consumers TALKS" . Estas têm
ro. Foi também abordado o tema dos como objetivo informar os alunos
meios de pagamento, o que ajudou a sobre «Consumo», promovendo o
compreender melhor o funcionamen- debate e a discussão sobre decisões

D
to do sistema bancário e financeiro. A mais conscientes, responsáveis e sus-
terceira parte da sessão foi orientada tentáveis relativamente aos desafios
para o saber poupar e quais os seus impostos pela sociedade. A DECOJo-
urante o segundo período objetivos, salvaguardando a importân- vem desafia os alunos a responder à
foram desenvolvidas várias cia da ética nas questões financeiras, questão: Por que é que em 2030 preci-
ações de enriquecimento curricular no direitos e deveres relativamente a saremos de dois planetas TERRA para
âmbito das disciplinas de Economia A questões financeiras, dando ênfase à sobreviver?
e C, dentro das quais se destacaram relevância do planeamento a médio e Ambas as sessões foram muito
duas palestras promovidas pela Asso- a longo prazo. animadas e participadas por todos os
ciação de Defesa do Consumidor Já a segunda sessão abordou temas estudantes, sendo decerto uma expe-
(DECO). Uma sessão sobre «Gestão para a compreensão do conceito de riência a repetir no futuro.

Erasmus+

Food and Sustainability Thrive

N
Por Anna Caruso, Adjunta do Diretor AEJAC
colate, como a MARS, ou entrepostos
o âmbito do projeto de distribuição e transformação de
E r a s m u s + , carne, verduras e frutas, produtos
“Alimentação e desen- para serem comercializados em todo o
volvimento sustenta- mundo. A preocupação com a susten- bom exemplo dessa preocupação com
do”, recebemos, de 13 a 18 de feverei- tabilidade está presente na indústria, a sustentabilidade. A belíssima escola
ro, um grupo de alunos e professores com a abertura de fábricas que trans- nova – onde estivemos – que aprovei-
holandeses de Veghel. Das atividades formam vegetais e frutos fora do tou equipamento da anterior é outro
desenvolvidas a que mais marcou os tamanho permitido em sopa ou doce bom exemplo.
visitantes foi a ida à ilha de Tavira pela de fruta para venda nos supermerca- O convívio com os nossos parcei-
beleza natural e pelo sol de fevereiro. dos. Também se verifica na constru- ros holandeses e de outros países foi
De 3 a 7 de abril viajámos nós até ção civil, pela preferência em restaurar enriquecedor e divertido. Não pode-
Veghel, uma pequena cidade que cor- em vez de construir de raiz e pelo rea- mos esquecer a imagem das nossas
responde à ideia que temos da Holan- proveitamento de materiais. A trans- chegadas de bicicleta e, muito menos,
da: uma paisagem plana, casario baixo, formação da escola antiga de Veghel as sessões intensivas de treino nas
muitas bicicletas, muita humidade e em apartamentos de custo reduzido, deslocações de bicicleta que nos trans-
pessoas simpáticas. A indústria ali- tendo sido mantida a estrutura do edi- formaram em ciclistas de primeira.
mentar é a principal atividade econó- fício existente e usado materiais
mica da região e na zona industrial Página 5
sobrantes de outras construções, é um
podemos encontrar fábricas de cho-
PROJETOS
Semana do Departamento das Ciências Sociais e Humanas dária de Tavira conseguiram aprovar
Por Ana Cristina Matias, professora bibliotecária uma medida do seu projeto como
De 6 a 10 de março decorreu na («Portugal na aditamento ao projeto de recomenda-
ESJAC e na Escola Dom Paio Peres segunda meta- ção do Círculo Eleitoral de Faro. O
Correia a Semana do Departamento de do séc. trabalho parlamentar que foi desen-
de Ciências Sociais e Humanas. XIX»); peça de volvido na Sessão Distrital revestiu
Houve lugar a palestras («A Pou- teatro «Bullying grande importância para a experiência
pança e o euro», Caixa de Crédito - uma história de hoje», e filme e pessoal dos alunos participantes por-
Agrícola Mútuo; «Tudo o que um debate, «Globalização e Desenvolvi- que permitiu vivenciar um confronto
adulto nunca te disse», por Ana Amo- mento sustentável». de ideias com colegas bastante mais
rim Dias; «O turismo no século XXI A Biblioteca ESJAC associou-se à experientes no âmbito da atividade
— oportunidades e desafios», por iniciativa. Colaborou na divulgação, política.
Carimo Rassal, Equipa UAlg; palestra pês em destaque novas obras do catá- O projeto “Parlamento dos
pelos juízes Cristina Giro e Vítor Par- logo, indicadas pelos grupos discipli- Jovens”, no qual a Escola Secundária
dal); debates («Juventude e política: nares de Economia, Geografia e His- participou pela primeira vez, permitiu
uma ligação improvável?»; «Debate tória, montou uma exposição com criar uma predisposição para o debate
sobre Educação»; «Bullying e ciber- cartazes de divulgação de visitas a de ideias nos alunos envolvidos,
bullying: ameaças à saúde mental dos empresas pela turma VTIAT1 e, ain- desenvolver o espírito democrático e
jovens»); exposição de maquetes da, organizou a palestra UAlg referida. aproximar os jovens à política.

Parlamento dos Jovens CEF-


Por Hortense Correia, professora de Economia, e Empregado de mesa
Teresa Brito, professora de História serve
Jantar
das Entidades da

O
Política – Uma ligação improvável?” Proteção Civil
Todas estas ações tiveram por
objetivo estimular os alunos a refletir Por Fausto Luís Teixeira, formador

A
projeto “Parlamento
dos Jovens” tem como sobre a sociedade que integram, a
principais objetivos o desenvolver o seu espírito crítico, a
tomar consciência do seu papel inter- turma CEF- Emprega-
envolvimento dos jovens na atividade do de Mesa, nível 2,
política e a motivação para a resolução ventivo na construção de uma socie-
dade melhor e a formar uma visão do 8.º ano de escolarida-
de questões que afetam o seu presente de, composta por 16
e o futuro individual e coletivo. Foi mundo e da vida marcada por valores
humanitários. alunos, deu o seu contributo num
com este propósito que se organiza- Jantar para as diversas personalidades
ram três debates no Auditório da A Sessão Distrital do Concurso
“Parlamento dos Jovens” decorreu no da Proteção Civil da cidade de Tavira,
ESJAC, Tavira, envolvendo as turmas ocorrido na Escola Básica 2/3 Dom
10.ºB, 11.ºB e 12ºA1 e C2. Instituto Português do Desporto e
Juventude (IPDJ), em Faro, no dia 21 Paio Peres Correia, no dia 23 de mar-
O primeiro debate ocorreu em ço, a partir das 19h30.
dezembro de 2016 e contou com a de março, e contou com a participa-
ção de 14 escolas do Algarve. Em Esta atividade prática de enriqueci-
presença de um elemento da autar- mento curricular, permitiu aos alunos
quia, o professor Eurico Palma, que representação da Escola Secundária de
Tavira estiveram três alunos do 12.º aplicar e desenvolver princípios de
abordou a temática dos desafios do organização do trabalho, funciona-
poder autárquico. Em janeiro de 2017, C2: Bruna Silva, Carolina Mascarenhas
e Rodolfo Machado. Os alunos apre- mento de equipas e responsabilização
realizou-se a Sessão Escolar do proje- individual perante tarefas específicas,
to “Parlamento dos Jovens” onde se sentaram as suas medidas, tal como
todas as outras escolas, e debateram as além da interiorização da sua capital
debateram as medidas propostas para importância tanto no seu próprio
reforçar o poder local que constavam propostas de alteração à Constituição
Portuguesa para votar no projeto de sucesso educativo como no da entida-
da lista apresentada pelo 12.º C2 ao de escola.
Concurso Nacional. Já em março de recomendação do Círculo Eleitoral de
Faro. O projeto mais votado foi o da Dada a escassez de tempo para
2017, no âmbito da semana do Depar- levar a cabo o evento e as característi-
tamento de Ciências Humanas e Escola Secundária João de Deus. Na
tarde do dia 21 de março, houve novo cas específicas deste - algures entre o
Sociais, a turma 12.ºC2 promoveu institucional e o colegial - , adotaram-
um debate em torno do debate para melhorar o projeto mais
votado, e os alunos da Escola Secun- se técnicas de serviço adequadas
Página 6 tema: “Juventude e (mistas), que refletissem o tom do
PROJETOS
ambiente. Para tal, a turma procedeu à
organização do trabalho e divisão de
tarefas. Estas incluíram lay out, atoalha-
mento e decoração geral do espaço, mise
en place de mesa, serviço de receção, ela-
boração da ementa e respetivo folheto,
confeção das “Delícias D. Paio”, confe-
ção da “Pasta D. Paio”, definição da
receita e serviço do “D. Paio vai à
praia”, atendimento, técnicas corretas de
transporte de material, buffet, serviço
“À inglesa direto” (sopa), serviço “À
russa” (travessa na mesa), serviço de
bebidas e vinhos, serviço “À america-
na” (sobremesas), desembaraçamento de
mesas e serviço de copa.
Do “Relatório de atividade”, elabora-
do pelos alunos, retira-se terem avaliado
a atividade maioritariamente com Exce-
lente, terem aprendido, terem gostado
bastante da sua participação e sentirem-
se orgulhosos pela sua quota parte do
sucesso do evento.
Pela positiva, no balanço desta ativi-
dade de turma, compete-me assinalar a
turma ter conseguido: assegurar o servi-
ço com sentido de responsabilidade,
reforçando, em muito, a sua autoestima;
cumprir a contento todas as tarefas pro-

O
postas e necessárias; reagir positivamen-
te a contratempos tanto quanto à sua
hora de jantar e período de descanso,
revelando um otimismo e espírito de
sacrifício de assinalar, como pela hora
tardia a que o evento terminou e a que
chegaram aos domicílios. De assinalar,
ainda, a eficiência de serviço demonstra-
da, o bom domínio de técnicas de servi-
ço aprendidas, tanto em sala de aula
como nos Almoços Pedagógicos já efe-
tuados, a satisfação dos alunos, a dispo-
nibilidade e espírito de cooperação reve-
lados, outra vez, pelo Staff dos refeitó-
rios da D. Paio e da Dr. Jorge Correia
(cedência de material) e do Sr. João Inês.
Como aspeto menos positivo será de
assinalar a pouca fluidez e mecanização
de serviço cozinha - sala, óbice mais que
natural por falta de rotinas; aglomera-
ções pontuais de alunos e algum ataba-
lhoamento, desculpáveis, igualmente,
por falta de rotinas. Por último, e impu-
táveis à minha pessoa, o não ter acaute-
lado devidamente o jantar dos alunos e
não ter tido celeridade na solução desse
problema, bem como o não ter tido
expediente para avisar os Encarregados
de Educação, na hora, de que o Evento Página 7
estava atrasado.
PROJETOS
Animação turística em Tavira

N
Por João Forte, professor de Economia

os passados meses de janeiro e fevereiro,


os alunos do 11.º VTIAT 1 (Curso Voca-
cional de Técnico de Informação e Animação Turísti-
ca), acompanhados pelo seu professor João Forte,
tiveram a oportunidade de, no âmbito do módulo 3
(UFCD 3473 – Desenho e organização de programas
e atividades de animação) da disciplina de Técnicas
de Organização e Animação Turística, visitarem seis
empresas que dinamizam atividades de animação
turística no concelho de Tavira.

Empreses visitadas/atividades desenvolvidas

Pesca desportiva, passeios


marítimos e observação de
golfinhos e cetáceos.

Passeios de tuk-tuk.

Voos-aventura com turistas e eventos especiais


.

Passeios pedestres na cidade de Tavira, passeios


de natureza, visita a atividades típicas e grandes
rotas.

Venda e aluguer de bicicletas, organização de pas-


seios com/sem guia e oficina de reparação.

Cursos PADI e DDI, saídas de mergulho e batis-


mos de mergulho.

Os alunos tiveram, assim, através do contacto com os gerentes e os


colaboradores destas empresas, a oportunidade de compreender o proces-
so de planeamento, programação e organização de atividades de animação
turística, bem como as funções e principais competências, o contexto
socioprofissional, as exigências de formação e certificação e
Página 8 as questões deontológicas dos profissionais de animação.
PROJETOS
Testemunhos das visitas:
Aprendi que não Gostei muito de andar de Gostei! Fiquei a saber que para pilotar um trike bilugar
se pode nadar tuk-tuk e aprendi que não é é necessário fazer um curso de voo como pilo-
com os golfinhos. fácil montar uma empresa. Wilson to e ter um mínimo de 30 horas de voo a solo.
Almeida, n.º 17
Ana Brito, n.º 1 Beatriz Mendonça, n.º 3 João Forte

Gostei da ideia de os barcos Fiquei surpreendido com Fiquei a saber que, aparen- Gostei bastante do per-
de pesca avisarem a empresa os motores Piaggio dos temente, D. Paio Peres Cor- curso escolhido! Nota-se
quando avistam golfinhos. tuk-tuk, que têm 200 cm3. reia tinha 2,5 m de altura. que foi bem estudado
Diogo Silva, n.º 5 para agradar ao público.
Marcelo Lourenço, n.º 12 João Carrasqueira, n.º 9 João Carrasqueira, n.º 9

Aprendi que a Abílio Bikes é a Gostei da conversa com o Gostei da visita ao Hotel Aprendi que não se deve
loja mais antiga da cidade e, na sr. Luís Branquinho sobre a Vila Galé Albacora para nos suster a respiração ao
minha opinião, é um negócio sua loja e os serviços que encontrarmos com um dive mergulhar, devido à
muito bem estruturado na área fornece, e já sei onde arran- master da Udiving (sr. variação da pressão
da animação turística. jar a minha bicicleta. Guilherme Pereira). do ar nos pulmões.
Ana Veríssimo, n.º 2 Diogo Machado, n.º 4 Érica Sousa, n.º 6 Marcelo Lourenço, n.º

A todas as pessoas e entidades que tornaram possível a concretização destas atividades formativas / aulas no
exterior, deixo aqui o meu sincero agradecimento.

Voluntariado Ambiental para a água na Ribeira de Alportel


Por Augusta Carvalho, professora de Biologia

A
Tavira, ao qual agradecemos mais junto ao leito da ribeira, em vários
uma vez a disponibilidade e continui- pontos do local de amostragem, con-
turma do 11.º ano do dade desta atividade. soante o tipo de substrato e dinâmica
Curso Profissional Os sedimentos (areia ou lodo) dos da água. Já no laboratório foi feita a
Técnico Auxiliar de rios e riachos, bem como a vegetação triagem dos vários organismos encon-
Saúde, integrado nas atividades da ribeirinha, estão em geral colonizados trados, separados e identificados os
disciplina de Saúde, realizou, no dia 3 por invertebrados macroscópicos grandes grupos a que pertencem, com
de abril , uma saída de campo à Ribei- conhecidos por macroinvertebrados ajuda de um guia de identificação.
ra de Alportel, dando continuidade à bentónicos. Estes organismos A biodiversidade encontrada bem
atividade “Voluntariado Ambiental incluem, entre outros, moluscos, ane- como a presença de macroinvertebra-
para a Água”. Aí, houve lugar à lídeos e larvas de inseto, os quais estão dos sensíveis e muito sensíveis, tais
monitorização da qualidade ecológica na base de toda a cadeia trófica ribeiri- ninfas de insetos das Ordens Ephe-
da água da Ribeira de Alportel, utili- nha. Muitos destes macroinvertebra- meroptera e Plecoptera, mostraram-
zando os macroinvertebrados bentó- dos são bastante sensíveis a situações nos uma qualidade ecológica da água
nicos como bioindicadores. de contaminação ou alterações varia- Muito Boa, o que era previsível, aten-
Este projeto, que se vem realizando das das caraterísticas da água, pelo que dendo a que acabámos de sair de uma
há vários anos nesta escola, bem podem ser utilizados como indicado- época de chuvas intensas, apresentan-
como em outras do Algarve, é promo- res de qualidade do meio. do a ribeira um grande caudal, com
vido pela APA - ARH Algarve, teve, O grupo de alunos, com a ajuda da águas correntes e transparentes.
mais uma vez, o apoio direto e logísti- professora Augusta Carvalho, profes-
co do Centro de Ciência Viva de sora de Saúde da turma, fez as reco-
lhas das amostras de água e sedimento Página 9
EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

Jardim de Infância Horta do Carmo

A
Por Fernanda Guerreiro (Educadora) e Fátima Torres (Assistente Operacional) , com o apoio de
Ricardina de Jesus (Adjunta do Diretor do AEJAC ) e Luís António Silva
s crianças da Sala B do J.I. Horta do Carmo realizaram no Primeiro Período, várias Atividades
no âmbito da Educação para a Saúde como a comemoração do dia da Alimentação com uma visi-
ta ao Mercado Municipal, elaboração da Pirâmide Alimentar, elaboração de uma salada de frutas e
implementação da mesma no lanche da manhã, utilização de materiais recicláveis na elaboração de trabalhos
relacionados com o tema, passeios ao meio circundante com a observação e interação com a natureza com
jogos e exercício físico. Complementando a alimentação foi executada uma pequena horta com ervas de cheiro
e legumes da época.
Em baixo as fotografias realizadas sobre as atividades elaboradas ao longo do período.

O que devemos ou não comer


Por Luís António Silva (ex-coordenador de projetos do 1.º/2.º/3.º ciclos/PES)
Sementes
São conhecidas as propriedades anti-inflamatórias e anti-oxidantes das sementes. A chia, já utilizada
pelos astecas, e a linhaça são ricas em vitaminas, sais minerais e omega 3, que reforçam as defesas
do organismo;
Batata doce
Tem betacaroteno, que nos protege dos chamados radicais livres. Não é
que este tipo de batata tenha menos calorias que a batata comum, simples-
mente estas são absorvidas de uma forma mais lenta;
Bebidas vegetais
Isentas de lactose, tais como as bebidas de arroz, aveia, soja,
amêndoa, caju e coco, são uma alternativa ao leite;
Chocolate negro
Deve ser consumido com moderação e quanto mais cacau tiver, menos gordura e
açúcar contém. Contém antioxidantes, ferro e magnésio. Um estudo recente, reali-
Página 10
zado pela Universidade de Kingston (Londres), concluiu que o
chocolate negro aumenta a resistência do organismo;
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

Café
Deve ser consumido com moderação, não devendo ultrapassar os 3 cafés por dia. Um estudo publicado na “New
England Journal of Medicine”, em 2012, indica que o consumo de café pode diminuir o impacto das doenças crónicas,
mas o seu consumo em excesso aumenta a pressão arterial;
Gorduras
Não devem ser rejeitadas totalmente uma vez que existem alguns alimentos gordos ricos
em omega 3, vitaminas e minerais, tais como o atum, a sardinha, o salmão e a truta. Deve-
mos, no entanto, rejeitar molhos e batatas fritas;
Produtos Processados
A OMS lançou, recentemente, um aviso sobre a nocividade de enchidos, presunto,
salsichas, fiambre e outros produtos processados. A gordura deve ser ingerida ocasionalmente e não diariamen-
te. Assim, as carnes vermelhas, classificadas pela OMS como “potencialmente cancerígenas”, mas ricas em fer-
ro, zinco, proteína e vitamina B12, devem ser consumidas com moderação;
Açúcar
Consumido em grandes quantidades e um dos grandes males da atualidade, oaçúcar está contido em grandes parte dos
alimentos que consumimos e pode provocar diabetes, obesidade, cáries e doenças cardiovasculares. Segundo a OMS, o
consumo de açúcar simples e o contido na nossa alimentação deve estar abaixo dos 10% da
energia consumida diariamente, e o ideal seria de valores por volta dos 5%. Sendo uma
média de 2000Kcal o valor necessário diariamente, não deveríamos ingerir mais de 50g de
açúcar por dia (o ideal seria 25g/dia). Eis alguns exemplos de fontes de açúcar consumidas
diariamente: 1 pacote de açúcar tem, em média, 6g; 0,5l de coca-cola tem, em média, 53g; 1
iogurte de fruta, sem calorias, tem 16g; 4 bolachas “maria” têm cerca de 6g a 8g; uma pizza
pequena cerca 20g; e 100g de gomas contêm cerca de 56g.
Conclusão
O problema do consumo dos diversos nutrientes/alimentos não está , exclusivamente, no seu consumo, mas sim na sua
moderação.

Nutrigenética: a dieta do futuro

D
Por Maria Beatriz Carmo, 12.º A1

mente substituídos por produtos no nutricional. No entanto, dadas


evido a fatores como industrializados, tais como fast-food as dificuldades que este tipo de
o crescente aumento e refrigerantes, os quais apresen- plano alimentar acarreta, pelo facto
da obesidade e o aumento do apa- tam altos índices de gordura, açu- de nem todos os indivíduos reagi-
recimento de doenças que esta cares e conservantes, não trazendo, rem da mesma maneira aos mes-
implica, como hipertensão, cancro, assim, qualquer vantagem decor- mos hábitos alimentares, surgiu um
diabetes ou apneia do sono, torna- rente da sua ingestão. novo tipo de dieta, baseada nas
se cada vez mais importante pro- Os maus hábitos alimentares características genéticas de cada
mover uma consciencialização da associados à diminuição da ativida- um: a nutrigenética.
população em relação aos cuidados de física e a outros fatores, como A nutrigenética é uma junção da
que devem ser tomados quando sedentarismo, consumo de tóxicos nutrição à genética, ou seja, a partir
temos de fazer as nossas escolhas e privação do sono, refletem-se da recolha do DNA de um indiví-
alimentares. intensamente na nossa saúde e têm duo e da, posterior, análise a um
Nos últimos anos, alimentos preocupado muitos médicos e grupo de genes associados à nutri-
hortícolas e frutícolas naturalmente nutricionistas. ção e à gestão do peso, é possível
nutritivos e saudáveis, que estive- O necessário é, portanto, uma criar uma dieta personalizada.
ram desde sempre na base da nos- urgente alteração dos hábitos diá- Continua na página
sa alimentação, estão a ser gradual- rios, evitando os produtos indus- seguinte Página 11
trializados e seguindo um bom pla-
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

Seja um detetive de OGM


Por Teresa Brito Lopes, 12.º A1

Tomando, como exemplo, a


fenilcetonúria, uma doença em que
os indivíduos não degradam a feni-
lalanina, um aminoácido, por ine-
O s OGM (Organismos
Geneticamente Modifi-
cados) são organismos
cujo genoma foi manipulado,
podendo, no caso de ter sido inse-
produto a evitar. Outra hipótese é
fotografar o produto, digitalizando
ou enviando a imagem para a
morada supracitada, e devolver o
produto no local em que tenha
sido comprado, pedindo o reem-
ficiência de um gene, e em que são, rida informação genética de outros bolso e referindo que o faz por se
por isso, obrigados a seguir uma indivíduos, por forma a proporcio- tratar de um produto transgénico.
dieta sem a presença deste aminoá- nar-lhes novas características, ser 2. Escrever nas sugestões dos
cido, a nutrigenética também pre- chamados de organismos transgé- supermercados que para comprar
nicos. Da produção destes OGM, produtos animais nesse sítio, preci-
tende perceber de que forma reagi- podem considerar-se dois proble-
mos a determinados alimentos, sa de ter informação acerca do
mas: a quebra da barreira natural- local onde estes se podem encon-
permitindo, deste modo, criar uma mente existente entre várias espé-
dieta que reduza os riscos de doen- trar, com a garantia de não terem
cies e a alteração dos alimentos, o sido alimentados com produtos
ças relacionadas com a obesidade. que pode acarretar problemas na transgénicos.
Assim, os nossos genes podem saúde humana. 3. Nos restaurantes e cantinas que
ser desativados ou ativados pelo Os detetives de OGM são quais- frequenta, faça pressão sobre o
uso regular ou inibição de determi- quer consumidores que, por não gerente, afirmando que não preten-
nados alimentos e, portanto, a par- quererem consumir este tipo de de continuar a ser cliente do mes-
alimentos e pretenderem condicio- mo, caso não haja rejeição dos pro-
tir da análise clínica podemos con- nar as escolhas das indústrias
cluir acerca da forma como o nos- dutos transgénicos por parte do
agroalimentares, prestam atenção e estabelecimento.
so organismo reage a cada um procuram, nos locais em que
deles e estabelecer um plano ade- fazem as suas compras, os produ- Há dois grandes tipos de trans-
quado às nossas necessidades e tos transgénicos destinados ao génicos que circulam no mercado:
objetivos. consumo humano. O seu objetivo o milho e a soja (a colza e o algo-
é impedir que este tipo de produ- dão transgénicos são pouco usados
tos seja vendido ou utilizado em em Portugal). Na prática, se os ali-
Fontes: mentos contiverem milho, soja, ou
locais de consumo alimentar
A proposta da Ciência: do Paleolítico à nutrigenética. algum dos seus derivados (óleos,
(4 de fevereiro de 2015). Obtido de Jornal
humano, como são os casos de
Sol: https://sol.sapo.pt/artigo/123421/a- cantinas e restaurantes. amidos, farinhas, lecitinas, proteí-
proposta-da-ci-ncia-do-paleolitico-a- Os detetives devem estar sempre nas, etc.), eles podem ser transgéni-
nutrigenetica atentos aos alimentos, podendo cos. De acordo com a lei, todos os
excetuar-se esta regra no caso dos produtos que contenham vegetais
Genetic services. (2017). Obtido de HeartGenet- transgénicos têm que apresentar no
ics. Genetics & Biotechnology.: http://
produtos biológicos e das secções
www.heartgenetics.com/genetic-services/ dos legumes e frutas frescos, uma seu rótulo “geneticamente modifi-
vez que, os primeiros, estão livres cado”.
Medicina Personalizada. Nutrigenética. (s.d.). Obti- Contudo, existem os “OGM
do de Centro de Genomas: http:// de transgénicos e, nos segundos, a
www.centrodegenomas.com.br/m1851/ UE não aprovou quaisquer produ- invisíveis”- produtos animais, pro-
medicina_personalizada/nutrigenetica tos deste tipo que sejam transgéni- venientes de animais que tiveram
cos. uma alimentação com alimentos
Planos nutricionais. (2015). Obtido de Nutriba-
Há três passos que os detetives transgénicos nela inseridos, que
lance: http://www.nutribalance.pt/ não apresentam rotulagem relativa
programa/planos-nutricionais/ de OGM devem seguir:
1. Ao verificar que comprou um ao seu tipo e base de alimentação.
Sales, C. (s.d.). Nutrigenética. Obtido de alimento transgénico, enviar um Se tiver quaisquer dúvidas ou qui-
Cristina Sales. Medicina Funcional pacote como amostra para Plata- ser partilhar ideias relativamente a
Integrativa: http:// forma Transgénicos Fora, a/c este assunto, basta consultar ou
www.cristinasales.pt/pt/consultas/ Associação Campo Aberto, Apar- contactar a Plataforma Transgéni-
nutricao-funcional/consultas/ tado 5052, 4018-001 Porto, a fim cos Fora.
nutrigenetica/ de que o produto seja fotografado Fonte consultada:
Artigos das pp. 11 a 14
Seja um(a) detetive OGM! (2016). Obtido de
Página 12
orientados pela professora e colocado na página online, como Plataforma Transgénicos fora.: http://
de Biologia, stopogm.net/conteudo/seja-uma-detetive-ogm
Augusta Carvalho
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

Será que foste tu?


Como é que poderei descobrir?

Por Sónia Baltazar, 12.º A1


DNA Fingerprint
DNA Fingerprint é um método usado para identifi-
car um indivíduo, a partir de uma amostra de ADN,
através da análise de um padrão único no seu ADN.

4. Uma vez o processo terminado, os fragmentos


Conhecimento Base de ADN são transferidos do gel frágil para uma
 Quase todas as células do corpo contêm o nosso ADN. membrana de nylon e depois “descompactados”
 Em média, cerca de 99,9% do ADN entre dois humanos é o mesmo. para produzir bandas de ADN.
5. O gel é pigmentado com um corante que se liga
 O resto da percentagem é o que nos difere como ser único (a menos ao ADN e depois colocado sob luz UV, os fragmen-
que seja um gémeo verdadeiro!). tos de ADN brilham, o que nos permite visualizar o
 Embora isto possa parecer uma pequena quantidade, significa que ADN presente em diferentes locais ao longo da
há cerca de 3 milhões de pares de bases que são diferentes entre extensão do gel.
duas pessoas. Estas diferenças podem ser comparadas e usadas para 6. Para comparar dois ou mais DNA Fingerprints Imagem 2-
distinguir alguém. diferentes, as amostras são colocadas lado a lado Membrana de Nylon
 Minissatélites são sequências pequenas (10-60 pares de bases de no mesmo gel eletroforese. sob luz UV
comprimento) de ADN repetitivo que mostra uma melhor variação,
de uma pessoa para a outra, que outras partes do genoma.
Solucionar um crime
O perfil de ADN é bastante útil em
 O primeiro minissatélite foi descoberto em 1980. ciências forenses porque uma pequeni-
na amostra de material humano deixa-
DNA Fingerprintring do para trás depois de um crime pode
DNA Fingerprintring foi inventado em 1984 pelo professor Sir Alec ser suficiente para identificar alguém.
Jeffreys depois de se aperceber que podia detetar variações no ADN Uma combinação feita entre uma
humano, na forma de minissatélites. DNA Fingerprintring é uma técni- cena do crime e um perfil de um indiví-
ca que simultaneamente deteta vários minissatélites no genoma para duo identifica um possível suspeito.
produzir padrões únicos de um indivíduo. A polícia poderá usar a evidência de
ADN para suportar outras evidências, o
A probabilidade de ter duas pessoas com o mesmo DNA Fingerprint que ajudará a condenar alguém por um
e não serem gémeos verdadeiros é bastante reduzida. crime. Perfis de ADN completos dão
Imagem 3-
Tal como uma impressão digital, o ADN Fingerprint é algo com que Verificação de combinação do ADN combinações fiáveis e poderão dar
nascemos, é algo único. dos suspeitos fortes evidências de que um suspeito é
culpado ou inocente de um crime.
Como é o DNA
Fingerprint produzido Bancos de dados
1. Coleta-se ADN de uma amostra de material genético, habitualmente com perfis de ADN guardados
sangue, fios de cabelo, saliva ou sémen. O Reino Unido foi o primeiro país a criar um banco de dados com os
2. Utiliza-se então uma técnica de PCR (Polymerase Chain Reaction- perfis de ADN em 1995.
Reação de Polimerização em cadeia), a qual permite amplificar/ O UK National DNA Database (Banco de dados nacional do Reino Unido)
multiplicar a amostra do ADN, o que pode ser bastante útil caso se guarda os perfis de ADN de indivíduos do Reino Unido, muitos deles, liga-
perca uma amostra, ou seja necessário repetir a análise e assim dar dos a crimes sérios.
continuidade ao estudo. A maioria dos países tem agora um banco de dados nacional com perfis
3. Estes pedaços de ADN são então separados de acordo com o seu de ADN.
tamanho por um processo chamado eletroforese em gel.
Descobrir parentes
Cada um recebe metade do
seu ADN do pai e metade da
mãe. Por isso, perfis de ADN
podem ser utilizados para
confirmar se duas pessoas
estão relacionadas biologica-
mente.
Perfis de ADN podem tam-
bém ser usados para identifi-
car vítimas de desastres e
ajudar a juntar famílias sepa-
radas. Raramente os perfis de
ADN resultam em falsos posi-
Imagem 1- Processo Eletroforese em gel tivos, logo são bastante fiáveis. Imagem 4- ADN de 3 indivíduos (mãe, pai e filho)

 O ADN é inserido em poços (cavidades) numa extremidade do gel, Fontes consultadas:


parecido com seiva. Eletroforese em gel. (2017). Obtido de Khan Academy: https://
 É aplicada uma corrente elétrica para fazer o ADN avançar pelo gel. pt.khanacademy.org/science/biology/biotech-dna-technology/dna-
 O ADN é carregado negativamente por isso dirigem-se para o lado sequencing-pcr-electrophoresis/a/gel-electrophoresis
positivo. Porque os fragmentos do ADN não têm todos o mesmo What is a DNA fingerprint? (2016). Obtido de
tamanho, os menores atravessam o gel mais rapidamente que os Your Genome: http://www.yourgenome.org/
maiores. Página 13
facts/what-is-a-dna-fingerprint
CIENCIAS EXPERIMENTAIS

Organismos Geneticamente Modificados:


As plantas que consumimos e não conhecemos

A
Por Daniela Pereira, 12ºA1
que o gene inserido na planta é Cultivo de plantas transgénicas em
proveniente da bactéria de solo Portugal
biotecnologia, ao Bacillus thuringiensis. Este gene pro-
longo do tempo, tem move a produção de uma proteína
vindo a adquirir uma tóxica na planta, específica para o
enorme importância a nível mun- combate a determinados tipos de
dial, tanto pelo seu poder econó- insetos, tornando o alimento resis-
mico, como pela sua potencial uti- tente a essas espécies.
lidade. Ao longo dos anos, com a Soja
evolução da biotecnologia, associa-
da à evolução da Humanidade, o
Homem inseriu nos mercados os
alimentos geneticamente modifica-
dos. Este novo tipo de alimentos
veio revolucionar o mundo da ali-
mentação moderna. A soja é o alimento transgénico
Os organismos geneticamente modi- que existe em maiores quantidades
ficados são um dos resultados desta no mundo, como o trigo. Há
nova tecnologia. Os OGM são diversos tipos de soja transgénica,
aqueles cujo genoma foi manipula- sendo a mais conhecida e cultivada
do, apresentando diferenças relati- aquela que recebeu o gene
vamente à sua constituição origi- (transferido da bactéria Agrobacte-
nal, de modo a favorecer alguma rium tumefaciens, existente nos solos)
característica desejada. Os OGM que lhe confere maior resistência
podem também ser designados aos herbicidas. O óleo de soja é o
organismos transgénicos quando pos- principal subproduto do cultivo
suem material genético de outros transgénico para o consumidor.
organismos inserido no seu geno-
ma. Arroz
A manipulação genética per-
mite obter organismos detentores
de determinadas características
vantajosas, previamente estudadas
e selecionadas.
Principais culturas transgénicas
no mundo O arroz transgénico mais conhe-
cido é o arroz dourado, que apre- O milho transgénico (milho-Bt)
Milho senta dois genes, um retirado do é o único organismo geneticamen-
narciso amarelo e o outro de uma te modificado cuja cultura é permi-
bactéria. Estes genes codificam tida na Europa. Passou pela avalia-
uma substância (beta-caroteno) ção da Agência Europeia de Segu-
que é percursora da vitamina A. rança Alimentar e está regulamen-
Desta forma, este arroz é conside- tado em Portugal. Para cultivá-lo, é
rado como uma vantagem para os necessário obedecer a uma série de
países subdesenvolvidos, que pos- medidas, como manter distâncias
suem uma alimentação carenciada mínimas de outras culturas, criar
O milho geneticamente modifica- de vitaminas. Tem sido muito zonas de refúgio com milho con-
do é normalmente controverso e está a ser testado em vencional, notificar os vizinhos e
Página 14 conhecido por países do sudeste asiático e na Chi- fazer cursos de formação. Áreas
milho-Bt, uma vez na. relativamente pequenas, concentra-
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

O cancro, os oncogenes e o TP53


das sobretudo no Alentejo e Riba- (supressor de cancro)
tejo, estão no cimo da lista das

O
regiões com maiores plantações de Por Rafael Palindra e Mariana Francisco (12ºA2)
cultivo de milho-Bt.
Ao longo de dez anos de cultivo
em Portugal, o milho transgénico
apenas adquiriu a preferência de cancro é uma
uma pequena parte dos agriculto- doença que afeta gra-
res portugueses. A área cultivada vemente a sociedade por ser uma
numa década abrange pouco mais das maiores causas de morte na
de um terço da plantação total de atualidade. O problema do cancro
milho num único ano. Em 2014, o começa quando uma célula não oncogenes, transformando-os em
milho-Bt representou cerca de 6% consegue parar de se reproduzir, oncogenes.
da cultura total de milho em Por- ou seja, parar de fazer mitoses Por outro lado, todos os animais
tugal. sucessivas. estão equipados com uma série de
“A tradicional broa de milho, um Esta doença tem origem em “interruptores” concebidos para
item simbólico da gastronomia regional células que, devido a oncogenes, induzir a célula a cometer suicídio
portuguesa, está a ser feita em parte com aumentam a sua atividade mitótica (apoptose), se algum oncogene
milho geneticamente modificado, sem que exponencialmente. Este comporta-
o consumidor tenha disso qualquer conhe-
entrar em atividade. O mais famo-
cimento. mento poderá levar à formação de so e mais importante destes
Análises a amostras recolhidas nal- metástases que, ao invadirem a “interruptores” é o gene TP53,
guns pontos do país revelam que nos corrente sanguínea, farão o cresci- que, para bem da nossa saúde, con-
distritos de Braga, Porto e Viana do mento de tumores em outros vém que esteja operacional. O
Castelo há broa com milho transgénico em
quantidades que obrigam a uma rotula- órgãos do corpo. principal objetivo é conservá-lo
gem específica, dizendo que o produto bem, resguardá-lo do ataque de
contém organismos geneticamente modifi- possíveis agentes mutagénicos, de
cados (OGM). (…)” forma a que execute o seu traba-
In Jornal Público, 22 de abril de 2015 lho, que é o de ser o “guardião do
genoma”, ou seja, é responsável
Questões éticas levantadas por induzir a última linha de defesa
em relação aos OGM do corpo contra o cancro: induz de
imediato apoptose (destruição) da
Os benefícios dos organismos célula cancerígena. Este fenómeno
transgénicos ainda não se mostram é tão importante que quase todo o
convincentes para a aceitação por
tratamento terapêutico do cancro
parte da maioria da população. Por
funciona apenas porque induz a
outro lado, a utilização de OGM
na área da medicina não suscita as apoptose ao alertar o TP53.
mesmas dúvidas que as plantas Quanto mais tempo vivermos,
Mas, então, de onde surgem os mais erros acumulamos nos nossos
transgénicas produtoras de alimen- oncogenes?
to. Na verdade, ainda não existem genes e maior é a probabilidade de
Os oncogenes surgem da muta- oncogenes serem ativados perma-
estudos suficientes que demons- ção de uns genes chamados proto-
trem que os organismos genetica- nentemente e de supressores de
oncogenes, que regulam as mitoses tumores serem desligados. A muta-
mente modificados não fazem mal
das células (genes que encorajam as ção do gene TP53 é uma caracte-
à saúde humana nem ao meio
ambiente, sendo estas as maiores células a se multiplicarem, o que é rística definidora de um cancro
questões éticas levantadas sobre o bastante importantes na infância e letal. Em 55% de todos os cancros
tema. Até onde a biotecnologia para curar feridas durante a vida, humanos, os TP53 sofreram uma
poderá avançar sem que a saúde pois as células têm de ser renova- mutação, não ocorrendo por isso a
das pessoas e o equilíbrio do meio das). Estas mutações podem ocor- eliminação do cancro do doente.
ambiente seja colocada em causa e rer devido à exposição prolongada
a fatores mutagénicos (radiações, Artigo orientado pelo professor de Biologia,
em perigo? Rui Carmo
compostos químicos, etc.), que
podem modificar (mutar) os proto- Página 15
Artigo orientado pela professora de Biologia,
Augusta Carvalho
eco dos espaços
A Biblioteca ESJAC é um espaço pedagógico que cada dia oferece um “nutriente para a men- Ofir Chagas lança
te”, como diz o nosso lema. Por isso, a nossa equipa empenha-se em prestar apoio ao cumprimen- Figuras e Factos de
to dos diferentes currículos e a complementar a formação dos nossos jovens com palestras, exposi- Tavira do Século XX
ções, atividades de dinamização cultural, participação em concursos, apoio à aprendizagem e divul-
gação de obras e de eventos, entre outros. Seguem-se notícias breves sobre algumas dessas atividades
ocorridas de janeiro a maio de 2017.
Por Ana Cristina Matias, professora bibliotecária
Dia de São Valentim Maré de Contos
Ao abrigo do
Programa 365
Algarve, decorreu,
de 5 a 12 de março,
em Tavira, a Maré
de Contos com
uma programação
variada, havendo
atividades para o
público em geral e outras dirigidas ao
público escolar.
Ofir Chagas, interessado pela
realidade histórica de Tavira e do
O carinho e as demonstrações de Algarve e pela preservação da sua
afeto devem ter um carácter diário, memória, lançou no dia 18 de feve-
mas isso não invalida que se celebre o reiro, na Biblioteca Municipal
amor no Dia de São Valentim , 14 de Álvaro de Campos, mais uma
fevereiro. Para o fazer, recebemos a obra.
colaboração dos alunos de Espanhol, Figuras e Factos de Tavira do Século
10.º ano, Cursos Profissionais, da pro- XX contém um conjunto de cróni-
fessora Carmen Pedroso, que elabora- cas da sua autoria, na maioria com
ram postais sobre o tema «Te quiero grande sentido de humor, sobre
mucho». As alunas da professora Mar- figuras populares de Tavira nos
garida Correia (Ed. Especial) também anos 40, e uma peça de teatro de
nos deixaram um dos seus trabalhos revista, “Tavira em Banda Curta”.
A ESJAC foi contemplada com Segue-se uma compilação de textos
artísticos e nós, por sua vez, pusemos uma sessão com Cristina Taquelim,
obras em destaque sobre o tema do em homenagem a outros que pug-
contadora de histórias. naram pela história local, como
amor, como, por exemplo, a compila- Essa atividade, "Contos de Boca a
ção da responsabilidade de Vasco Damião de Vasconcelos e as suas
Graça Moura, 366 poemas que falam de Orelha", realizou-se no dia 9 de mar- crónicas, “Figuras de Tavira d’On-
amor, e afixamos dois sonetos, um de ço, às 14h10, no Auditório. Cristina tem” publicadas, nos anos 40, no
Camões (“Quando de minhas mágoas Taquelim contou histórias tradicio- jornal Povo Algarvio; António
a comprida”) e outro de Shakespeare nais, outras adaptou-as para um ritmo Rodrigues Santos e as suas cróni-
(“Fosse-me a carne opaca de pensa- RAP e encantou todas as turmas pre- cas, “Figuras que o Tempo apa-
mento”). sentes. gou”, publicadas, nos anos 80, no
jornal Lestealgarve; e Liberto Con-
Olimpíadas da Língua Portuguesa ceição com a sua “Galeria de figu-
ras típicas de Tavira” publicada,
Como de Olimpíadas se trata, a nos anos 90, no Jornal do Sotavento.
exigência é elevada. Por isso, dos 26 alu- Ofir Chagas convidou as duas
nos, do 10.º ao 12.º anos, que no dia 10 professoras bibliotecárias do nosso
de março compareceram para realizar a Agrupamento a estarem presentes,
prova escrita da 1.ª fase das Olimpíadas bem como três alunos do 3.º ciclo
da Língua Portuguesa, nenhum alcançou e três do ensino secundário, tendo
a nota mínima para prosseguir em prova: cada um recebido um exemplar
18 valores. Ainda assim, João Moura autografado.
Página 16 Teixeira (10.º A2) merece o nosso aplauso, pois alcançou os 16
valores.
eco dos espaços
Semana da Leitura nal «Faça lá um poema, 2017», cujo Apresentação de
resultado ainda se aguarda. O Tempo e o Verso, de
Com o mote «O prazer de ler», José Gabriel Duarte
decorreu, de 27 a 31 de março, a A convite de Rui Cabrita, membro
Semana da Leitura. da casa Álvaro de Campos, a profes-
sora Ana Cristina Matias apresentou,
no dia 8 de abril, pelas 17H, na casa
Álvaro de Campos, o livro de poesia
O Tempo e o Verso.

No quinto dia desta semana, hou-


ve lugar a «Partilha de Leituras»,
entre as turmas 10.º A2 , A3 e B,
Na ESJAC, a celebração teve o orientadas pelas professoras Alberti-
seu início com uma palestra pelas na dos Santos e Ângela Vale. Os
professoras Sílvia Quinteiro e Rita Os alunos Beatriz Abrantes (12.º
oradores foram Joana Carolina, João E), Cátia Pacheco (12.º C2), João
Baleiro, da Equipa UAlg, que, com Teixeira, Sara Gama, Beatriz Rosa,
grande poder comunicativo, deram Silva Dias (11.º A1), Paulo Pereira
Cristiana Francisco e Miguel Oliveira (11.º A1) e Vladyslava Shoturma
uma perspetiva da viagem traçada que provaram saber ler com gosto e
por Claudio Magris na sua obra (11.º A1) também participaram nesse
comunicar essa experiência aos seus evento de literatura e música, em
Danúbio. Uma viagem da nascente colegas. Seguiu-se uma palestra diri- conjunto com outros convidados, e
à foz desse rio pautada pelas refle- gida aos alunos do 12.º ano, leram poemas dessa obra.
xões do viajante sobre a história, a «Depois de 1974, contar a Histó-
geografia, a filosofia, a política e a ria de outra maneira. Memorial
literatura. Seguiu-se a final do Con- do Convento, de José Saramago»,
curso de leitura expressiva, «Dar por Carina Infante do Carmo, da
Voz às Letras», noticiado na pri- Equipa UAlg.
meira página deste jornal.

Na quarta-feira, dia 29, Beatriz


Carmo (12.ºA1), Enya Lenon (11.º
C1), João Mêda (10.º C1) Bruna
Martins e Beatriz Rosa (10.º A3),
acompanhados pelas professoras
Ana Cristina Matias e M.ª Albertina
dos Santos participaram na rubrica
«Tavira a Ler», na Rádio Gilão.
Cada um dos alunos presentes pode José Gabriel Duarte em O Tem-
A semana encerrou com o lança-
falar das leituras que os têm acompa- po e o Verso dá-nos a ler poemas
mento do e-book «Odes», com
nhado, bem como do seu apreço que são fragmentos da sua reflexão e
escrita criativa de alunos do profes-
pela escrita de poesia e de narrativas, que por ele falam. Através da escrita,
sor Luís Gonçalves, turmas 12.ºA1,
para o caso de Beatriz Carmo, Bea- consegue ser observador de si mes-
B e E, capa de Diogo Mendes (12.º
triz Rosa e João Mêda. Poemas des- mo, mas continuar uno na sua contí-
E) e edição da professora Ana Cristi-
tes alunos tinham sido selecionados nua busca de ser melhor. Afirma-se
na Matias, enquanto nos autocarros
para divulgação na comemoração do como um amante, que não se cansa
Sobe e Desce continuava a circular a
Dia da Poesia (21 de março), entre de degustar o amor, mas também
Galeria de Autores elaborada pelos como um crítico
os quais "Porque o rio continua,
membros da Rede de Bibliotecas da dissonância do Página 17
com água ou sem ela", de João
de Tavira. mundo.
Mêda, submetido ao concurso nacio-
LÍNGUAS
Artigo de opinião

Amor egoísta e obstinado

E
Por Cláudia Sequeira, 11.º B

ntre a novela Amor de ter sido feliz com Teresa se o tivesse


Perdição, de Camilo Cas- feito, se fosse mais paciente, ou talvez
telo Branco, e o roman- até mais ajuizado. Mas não o fez e não
ce russo Anna Karenine, de Tolstoi, o foi, e isso acabou por ditar o seu
existe um fosso que os separa. No fim.
entanto, no meio das suas incontá- Com Anna Karenine aconteceu
veis diferenças, existem pontes que algo de semelhante, mas, ao contrário
unem as duas obras, nomeadamen- de Simão, Anna era uma mulher casa-
te, o amor egoísta e obstinado das da e já adulta. No entanto, isso não a de divergência entre ambas as obras,
personagens principais. impediu de conhecer o homem que nomeadamente no que diz respeito ao
De certo modo, ambas as vidas viria, posteriormente, a ser o seu desenvolvimento das personagens ao
de Simão Botelho e de Anna Kare- amante depois de com ele se cruzar à longo da ação. Enquanto na novela de
nine podem ser sintetizadas pela saída de um comboio. Perdeu-se ao Camilo o ritmo narrativo é rápido e a
frase de Camilo Castelo Branco, cometer adultério, do qual resultou narração não mais aprofundada do
“Amou, perdeu-se e morreu aman- uma bastarda. Ao fugir, tanto com o que aquilo que é necessário, a obra de
do”, e até o fazerem parte de triân- amante como com a bebé, deixou o Tolstoi é de um rigor descritivo e de
gulos amorosos os une enquanto marido que se recusava a dar-lhe o um desenvolvimento de todas e cada
personagens. divórcio e o seu filho legítimo. O seu uma das personagens, muito caracte-
Simão amou Teresa desde o amor obstinado, paranoico e excessi- rísticos do seu estilo.
segundo em que a viu da janela do vamente ciumento acabou, também, Escolheria, por isso, Amor de Perdi-
seu quarto. Escolheu perder-se no por ditar o seu fim. Suicidou-se, ironi- ção para uma leitura rápida, mas consi-
seu amor em vez de procurar solu- camente, atirando-se para a linha de dero a leitura de Anna Karenine muito
ções alternativas, ou mesmo aceitar comboio. mais recompensadora a nível literário.
as que o destino lhe oferecia. Podia No entanto, mesmo com estas
“pontes”, continua a existir uma gran-

Mudar comportamentos e mentalidades

A
Por João Infante, 11.º B
Perdição decorre em Portugal, enquan- mar, a filha não tem
to A confissão da Leoa em Moçambique. grande importância, sen-
mor de Naquilo que diz respeito à situação do que o seu único dese-
Perdição, da mulher na sociedade, há similitu- jo é que a filha se torne
publicado des. Temos, como exemplo, a opres- uma esposa dedicada e subordinada a
em 1862 por Camilo Castelo Branco, são de que são vítimas Teresa e Maria- um “bom homem”. Em ambos os
e A Confissão da Leoa, publicado em mar, protagonistas de cada obra. Os casos, os pais não demonstram um
2012 por Mia Couto, são obras muito autores criticam a desvalorização da amor genuíno e descomprometido
distintas, tanto pelo tempo, lugar e opinião feminina relativamente ao pelos filhos.
contexto da ação, como pelos temas próprio futuro e ao amor. Nas duas Em suma, as duas obras servem
abordados. No entanto, ambas apre- obras, as mulheres devem ser submis- de mote para uma mudança de com-
sentam uma reflexão crítica sobre sas ao homem, servindo apenas para portamentos e mentalidades, através
alguns aspetos da sociedade, nomea- casar, para ser um “acessório” e para das críticas dos seus autores. Pessoal-
damente a condição social da mulher as lides domésticas. mente, não pondo em causa a qualida-
e os conflitos entre pais e filhos. Camilo e Mia Couto também tecem de de Amor de Perdição, recomendaria a
Apesar de a história de Mia Cou- abertamente críticas aos pais e à sua leitura de A Confissão da Leoa, devido
to se passar dois séculos depois, os relação distante e autoritária com os às descrições cruas e perspicazes da
temas abordados por Camilo persis- filhos. Para Tadeu, pai de Teresa, a sociedade, que me agradaram particu-
tem. Porém, o filha está destinada a casar com o seu larmente.
Página 18 espaço é varia. A primo Baltasar, e essa é a sua única Artigos orientados pela professora de Português,
hipótese. Para Hanifa, mãe de Maria- Ana Cristina Matias
ação de Amor de
LÍNGUAS
Apreciação crítica

A atualidade das críticas de Jonathan Swift

A
Por Beatriz Rosa, 10.º A3

dade e a altivez do ser humano. A razão. Aqui todos viviam num


terceira terra visitada, Laputa, é ambiente de paz em que a família e
s Viagens de Gulliver,
uma ilha voadora cujo povo só se o respeito mútuo eram os pilares
da autoria de Jona-
interessa pela matemática e pela da comunidade.
than Swift é a obra mais conheci-
música. O relato desta viagem foi As Viagens de Gulliver é um
da deste autor natural de Dublim,
utilizado para realçar a ânsia do livro muito interessante de ler e
na Irlanda, tendo sido publicada
conhecimento por parte do ser recomendo-o. De uma forma bre-
em 1726
humano, que acaba por colocar ve, o autor utiliza uma espantosa
Este romance satírico encontra
em causa a justiça, a felicidade e a aventura para expor a falsidade e
-se dividido em quatro partes,
saúde das populações. Por outro corrupção que o ser humano
cada uma descrevendo uma terra
lado, critica fortemente aqueles esconde. Acho também importante
fictícia, visitada pela personagem
que governam, a abstração peran- referir que Gulliver, ao ser con-
principal, Lemuel Gulliver, um
te aquilo que não lhes interessa e frontado com esta verdade nua e
marinheiro e cirurgião.
crua, acaba por considerar, no
Gulliver chega a cada
final da história, o Homem um
terra por providência do
animal deplorável, com o qual
destino, através de naufrá-
nada quer ter a ver.
gios, piratas e traições, e,
A atitude crítica e satírica
apesar de ser bem-recebido
de Jonathan Swift lembra-nos
pelos respetivos governan-
Gil Vicente que também critica
tes, sempre se sentiu inde-
a sociedade da sua época,
feso, quer pela indiferença,
como acontece no Auto da Bar-
o tamanho, a inteligência,
ca do Inferno. Curiosamente as
quer pelo sentido de supe-
características das personagens
rioridade dos habitantes.
típicas de Gil Vicente ainda
Gulliver acabou sempre
são atuais.
por voltar para casa, em
Em suma, Jonathan
Inglaterra, onde vivia com
Swift, recorrendo a artifícios
a mulher e os filhos. Con-
para demonstrar o seu ponto
tudo, passado algum tem-
de vista, procurou criticar dire-
po, procurava uma razão
tamente a forma de ser do
para voltar ao mar.
Homem e indiretamente o
O autor, através de des-
engenho, as capacidades e o
crição de cada uma destas
pensamento humano, assim
“terras”, procura criticar as dife-
as regras de etiqueta, as quais são como a forma como este interage
rentes facetas negativas da huma-
exageradas, aproximando-nos da com a Natureza, a tecnologia e a
nidade.
comicidade. No quarto e último sociedade. Por estas razões, consi-
Na primeira terra visitada, Lilli-
território, Hyonym, Gulliver vê-se dero esta obra bastante atual, uma
put, viviam os Liliputianos, cuja
confrontado com a insensibilida- vez que as características aponta-
dimensão diminuta caricaturiza a
de, a ambição e a corrupção da das pelo autor à humanidade conti-
pequenez da humanidade nas
sociedade humana. Nesta terra, o nuam presentes, ainda que, por
relações sociais. Já na segunda
ser humano era o animal irracio- vezes, mais ou menos atenuadas.
parte, Gulliver descobre a cidade
nal que vivia subjugado por todos Artigo orientado pela professora de Português,
dos Gigantes, Brobdingnang, cujo
os outros animais, nomeadamente Albertina dos Santos
tamanho excessivo da população Página 19
cavalos falantes, dotados de
representa o sentido de superiori-
Línguas
Visiting FUTURÁLIA
Creative Killer
Por Jacinta Hegarty
Por João Graça, Curso EFA—Educação e Formação de Adultos

O
e Cristiana Fernandes, 12.º C2
Artigo de ficção orientado pela professora de Inglês, Ana
Magalhães

n 30th March 2017,


classes 12.ºC2 and 12ºB
went on a trip to Futurália in Lisbon.
On 23rd August a univer-
Futurália is a fair with lots of universi-
sity student was brutally ties showing what they can offer to
killed while playing a students interested in getting a higher
game. education, it allows students to be
aware of their options.

This accident occurred in Dublin, Ireland in the victim’s house.


This poor young man was playing Mindcraft in the maximum
settings, the computer couldn’t handle it and exploded on his
face.
After the bang the neighbours rushed in to find a burnt corpse
on the ground, they quickly realized that the bang was origi- We started our trip at 8:40 in the
nated from the victim´s personal computer and the cause for morning, we travelled by bus. We ar-
John´s death. rived at 12:30, and right away walked
up to the fair. The students separated
This game was created to open the player´s creativity and not in groups of four and five so it would
to take innocent lives. Shortly after the accident, the game be easier to move around and be able
was banned from most countries to prevent further tragedies. to see more and faster. From 1:30 to
2:00pm we all had lunch at different
places, some had brought food from
home and others bought food there.
After lunch we all went different
Everyone should feel accepted wherever they go ways to explore the fair, we visited the

S
stands and learned more about each
got to be tolerant. university. We all visited universities
In a country within our interests but also got to
know universities we were not familiar
ome peo- like the United States with and it made us realise we had lots
ple aren’t of America some of options, including abroad.
nice to people treat immi- At 4:30 pm it was time to leave, so
grants and even citizens from dif- we travelled back to Tavira and ar-
immigrants, people with different rived at 8 pm.
skin colour or people with differ- ferent ethnicities based on racist It was a very helpful experience, and
ent cultural backgrounds. When stereotypes and forget that their I think we can speak for all the stu-
you travel or move to another culture and diversity have contrib- dents that were able to go, that it al-
country, you expect people to be uted a lot for the country. lowed us to get information in a way
welcoming, to help you settle You should treat people from that we wouldn’t be able to do alone.
To all the students that are not sure if
down, so why are you being dis- different cultures with kindness they should go there next year, we
respectful to other people? Al- because we are all human and eve- would advise you to go because it is a
though you might not agree with ryone should feel accepted wher- very good learning experience and will
your new immigrant neighbours’ ever they go. help you figure out what paths to fol-
11.º C1 low in order to provide you with the
Página 20
traditions and future you want for
lifestyle, you’ve Artigos orientados pela professora
de Inglês, Margarida Beato yourself.
LÍNGUAS
Adult seal thinks that a random penguin is his wife
Por Francisco Ashdown, Curso EFA—Educação e Formação de Adultos, Nível 4

The scientists say that the rea- Researchers watched as the six
A team of university students son behind the seals´ actions -foot seals, which have an aver-
recorded this unusual behavior cannot be confirmed, because age weight of 400 pounds,
on Marion Island in the Ant- of a lack of evidence. But some chased the three-foot king
arctic Indian Ocean for the believe that the problem was penguins along the rocky
journal Polar Biology. It hap- the fact that these young teen- beach.
pened sometime during Spring ager seals were looking for fe- This does happen quite a few
of the year 2012. male partners and unfortu- times with closely related spe-
nately they were all taken by
It is believed to be the only older seals, or some simply just cies. However, it is rare to find
documentation of the strange weren´t feeling the good looks instances involving very differ-
occurrence of these desperate trouble- ent specimens.
some seals.
Artigo orientado pela professora de Inglês, Ana Magalhães

Should European countries open the door to refugees fleeing


war-torn countries?

Por Carolina Mascarenhas, 12.º C2

I n my opinion, yes, they


should because we need to
think about other people’s lives
and show our humanitarian side by
appreciate to be able to enter
neighbouring countries. So, we
need to see that these people are
not a danger to the Nation and to
To conclude, I believe that peo-
ple need to be more and more hu-
manitarian and helpful, because
these horrible situations can hap-
pen at any moment, any time and
at any place.
helping them escape from terrible the world, because they just want
wars that they didn’t start. to escape from war and to be safe, Artigo orientado pela professora de Inglês,
Margarida Beato
I also like to think that if I were like any other person in that situa- Página 21
in their places, I would very much tion.
CINEMA

«Diamante de Sangue»
No âmbito das disciplina de Geografia A e para a consolidação de aprendizagens relativas ao tema do 10.º ano, “Recursos do subsolo, problemas e
potencialidades», os alunos assistiram ao filme “Diamante de Sangue” (2006), realizado por Edward Zwick, e, na sua sequência, refletiram sobre o mesmo.
Fernanda Lopes, professora de Geografia
Africa, o paraíso abandonado por Deus
Por João Mêda, 10.º C1

O
.
cultura, possui uma imensidão de
continente africano terra que podia ser bem usada. Mas
podia ser hoje o conti- as guerras constantes têm destruí-
nente mais rico e evo- do as infraestruturas, espalhado a
luído, mas é dos mais fome e a ignorância. Como é retra-
atrasados. Apesar de ter os recur- tado no filme, grande parte da
sos, o clima, uma enorme riqueza, população vive na miséria, em
é hoje uma região de terceiro mun- pequenas aldeias ou em grandes e
do, volátil e em guerras constantes, desordenadas cidades. O ensino
atrasada e destruída. Esta realidade não é para todos e a população
é bem retratada no filme está, por isso, obrigada a viver da
“Diamante de Sangue”. As guerras terra e do mar. Muitos são rapta-
quase tribais entre as diversas dos e levados pelos rebeldes para a
etnias e fações, a fraqueza dos exploração de diamantes, como
governos, a corrupção generalizada aconteceu com Solomon. O filme fez-me questionar os limi-
e o banho de sangue fazem parte Os diamantes são, sem dúvida, tes do ser humano, a dificuldade
do dia a dia de um africano. a maior riqueza de África, e o que temos em partilhar, sentir, per-
Todos nós temos direito à auto- motor que move toda a engrena- doar… e ajudar.
determinação, se assim não fosse, gem política e militar. O interesse Quando olho para a quantidade
Portugal hoje não existiria. Mas, pelo controlo deste recurso leva ao de pessoas que coabitam com
estará África pronta para viver armamento de rebeldes, à destrui- determinada sociedade que se afo-
ção e substituição de governos e ga na pobreza, vejo um pedaço de
sozinha? O colonialismo teve as existência que se arrasta por ruas
suas coisas boas e más, cada Impé- governantes. Todos querem ser
ricos, e quem quer, não olha a que já não existem, um aglomerado
rio teve os seus aspetos positivos e de tristezas capazes de transpor
negativos e, pondo a política de meios. Mais uma vez, os brancos
oceanos. Ainda assim, têm espe-
parte, são inegáveis as infraestru- voltam a entrar na cena, compran-
rança.
turas deixadas pelos europeus do os diamantes sujos com sangue, “Diamante de Sangue”, de
naquele continente. Ao contrário controlando os rebeldes, lavando a Edward Zwick mostra-nos que o
da África do Sul, que soube apro- pedra preciosa e lucrando. A sede amor excede qualquer barreira e
veitar o que foi deixado e crescer por poder e riqueza leva à morte, à que somos muito pouco sem este.
economicamente, o resto do conti- separação de famílias e à perda de
nente mergulhou numa idade das dignidade, a maior coisa que pode- Catarina Palindra, 10.º C2
trevas após a saída dos colonos. mos ter.
Após a descolonização, grupos Mulheres são violadas, crianças
rivais começaram a lutar pelo veem as famílias morrerem, sendo por fornecerem armas e usarem os
poder, pela riqueza, pela terra. As depois formatadas para serem africanos como instrumentos para
suas armas foram, e continuam a crianças-soldado. Esta é talvez a as suas causas, os ocidentais por
ser, fornecidas pelas grandes coisa mais desumana que se pode ignorarem este problema e não
potências, como os EUA, o Reino fazer a alguém: lavar de tal modo a intervirem, os negros por escolhe-
Unido e pela antiga União Soviéti- sua mente para que mate, viole e rem este caminho e todos os
ca, que querem lucrar e ter acesso roube, pensando que é certo. O humanos por lavarem as suas mãos
aos muitos recursos. lugar de uma criança não é no com a desculpa da “auto determi-
África podia ser um grande con- campo de batalha, mas sim na nação”. É verdade que todos têm
tinente. É rico em recursos do sub- escola. direito de escolher seu destino,
solo, tem um cli- Todos têm uma parte de respon- mas, tal como os jovens, certos
Página 22 ma e um solo sabilidade. Os europeus pela des- países precisam de ajuda para saber
favoráveis à agri- colonização mal feita, as potências fazer as escolhas certas.
CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

«O ódio», um filme em exploração


“O Ódio” (1995), um filme de Mathieu Kassovitz, passa-se em França e
começa com imagens de uma manifestação num bairro social. Conta a história
de Vinz, Hubert e Saïd, respetivamente, um judeu, um negro e um árabe, durante
24 horas. Todos vivem na periferia da grande “cidade das luzes”, num bairro
extremamente problemático onde se dança hip-hop e se ouve reggae e onde a
marginalidade atinge picos elevados com armas, drogas, gritos e extrema violên-
cia. Quando estes jovens se deslocam para o centro da capital francesa, sentem-
se completamente descontextualizados num mundo tão distinto do seu. O facto
de um polícia se dirigir a um deles como “senhor” causa-lhes estranheza. De um
momento para o outro, estão numa exposição de arte e não percebem o que tais
obras pretendem transmitir. Um deles é chamado à atenção por estar encostado
a um objeto que nem sabe que se trata de uma escultura e quando vai na rua e vê
um outdoor publicitário que diz “O Mundo é Seu”, reescreve: “O Mundo é Nos-
so”. É esta atitude de possessão do mundo que nos acompanha ao longo do fil-
me, mostrando a dura realidade dos bairros periféricos da cidade de Paris.
Miguel Santos, 12.º C2

Emos, termo com origem na palavra em Apesar de Vincent, Hubert e Saïd,


inglês emotion ou emotional, refere-se a os protagonistas de “O ódio”, não per-
um grupo social que tem uma visão bas- tencerem a nenhum gangue, ao longo
Um defensor dos direitos dos ani- tante diferente do mundo. Normalmente,
têm alguma revolta, seja contra a socieda-
do filme é possível ver-se esses grupos
mais respeita ao máximo toda e qual-
de, o mundo ou até mesmo a sua vida. (skinheads), quer no bairro onde habi-
quer forma de vida e apela à mudança,
Os emos consideram-se pessoas altamen- tam, quer na cidade de Paris. Todavia,
especialmente no que respeita ao esta-
te emotivas e sensíveis, gostam de músicas os jovens agem quase como em confor-
tuto dos animais nos campos político, cujos temas são a melancolia, a tristeza, o midade com as “leis” desses grupos.
social e económico. Ele é alguém com amor (especificamente: o fim de uma rela-
muita compaixão, paixão, seriedade, Defendem o bairro e as pessoas que lá
ção) e a rejeição do outro. Usam maiorita-
responsabilidade social, paciência e, riamente roupas escuras, mas há quem
vivem, sendo capazes de lutar por isso.
acima de tudo, persistência, visto que também prefira roupas extremamente Mas, sobretudo, demonstram o “gosto”
sabe que não consegue mudar o mun- florescentes! Pintam os olhos de preto e, pela violência.
do num dia, pois também não conse- por vezes, também o cabelo com uma cor Neste filme, os jovens encontram
fora do comum. Muitos que aderem a esta uma arma perdida. Vincent, dos três
gue os seus hábitos nesse mesmo "tribo" não o fazem apenas pelo gosto
período. quem mais tenta agir como um gangster,
musical em comum, mas sim pela empatia
Tendo em conta estes aspetos, pen- com esse modo de vida. Por vezes, a vida apega-se de imediato à arma. Contudo,
so que muito dificilmente Vinz, de um emo é um "inferno", pois grande essa arma desencadeou apenas sari-
Hubert e Saïd, do filme “O ódio”, se parte sofre de bullying. Isto acontece por- lhos, levando à morte de dois dos
conseguiriam inserir neste grupo, visto que são diferentes e o que é diferente jovens.
normalmente é atacado física e/ou verbal- Portanto, a partir do filme, consegui-
que, tendo em conta o que se passa mente. Este sofrimento diário gera
nas suas vidas, os direitos dos animais depressão, chegando alguns a cometer
mos observar que quando os jovens não
não estão no topo da lista das suas suicídio. Daí que um dos estereótipos estão inseridos em ambientes prósperos
preocupações. Para além disso, basta mais conhecidos acerca dos emos seja "os e socialmente equilibrados, isso leva a
assistir à maneira como desumanizam emos são uma carrada de malucos que se uma espiral de violência e de desinteres-
as mulheres e as tratam «abaixo de cortam". Está totalmente errado. Isso se por outros aspetos, como a escola.
acontece devido ao bullying. Além disso, depois de se entrar nesse
cão» para entender que não são muito Este estilo de vida é completamente
respeitadores da vida humana. Contu- diferente do estilo dos três rapazes do modo de vida, é difícil sair. Por muito
do, penso que Vinz partilha algumas filme "O ódio". O dia a dia deles é muito que se tente, vai-se sempre ter o peso
características com alguém que prote- agitado e cheio de confusão, envolvendo de defender o gangue ou, no caso do
ge os direitos dos animais, como a polícia, droga, armas e conflitos entre filme, o bairro. Logo, é a escolha entre a
consciência social e a vontade de agir, grupos. Enquanto os emos gostam de estar vida (não defender o bairro) e a morte
no seu canto sem ninguém a perturbar,
apesar de as aplicar, no seu caso, de
estes rapazes do filme gostam de locais
(morrer pelo bairro).
uma maneira muito própria. movimentados e de armar conflitos com Carolina Mascarenhas, 12.º C2
as pessoas ao seu redor.
Carolina André, 12.ºC2 Artigos orientados pela professora de Página 23
Gonçalo Agostinho, 12.º C1 Psicologia, Edite Azevedo
CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Psicologia

É breve...
Por Rúben Bento, 12.º A1

«Vida significa existência. Do latim com a escola. Todos os aconteci- perspetiva. Mas ver o meu avô
“vita”, que se refere à vida. É o período mentos marcaram a vida, a vida materno a morrer aos poucos
que decorre entre o nascimento e a mor- que estou a viver. Simplesmente numa cama de hospital com um
te». Encontrei isto quando abri o marcaram. Por mais simples ou cancro de estômago mudou com-
dicionário. Mas o que mais me pouco complexos que sejam. pletamente a minha vida. A partir
chamou a atenção foi a afirmação Alguns marcam de forma positiva da noite, daquela noite, em que ele
de que a vida é o tempo que decor- e outros nem tanto. estava num caixão, em câmara
re entre o nascimento e a morte. Foram vários os momentos ardente, dentro daquela igreja … E
que mais marcaram a minha vida. eu, naquela noite de verão, a cho-
Uns bons. Outros … rar à porta da igreja sem conseguir
Começo pelo que me deixa pôr um pé lá dentro pois não acre-
feliz: as viagens que fiz e que faço ditava naquilo que estava a aconte-
marcaram e marcam a minha vida, cer. Foi como se naquele momento
pois é a fazê-las que me sinto mais tivesse ficado sem chão ou sem
inteiro. Já percorri este país de sul parede para me apoiar, pronto para
a norte, visitando também as ilhas. cair.
ADORO! Adoro visitar museus. Ainda agora a minha vida come-
Adoro passear. Adoro conviver. çou. Sei que haverão momentos
Tudo isto me muda. Traz-me cul- positivos e momentos menos posi-
tura geral. Faço amizades. Divirto- tivos. Aprendi com a morte do
Durante esse tempo existem
me. Cada viagem é especial. meu avô que a vida é curta. Por
acontecimentos que nos marcam.
Mas também existem momen- isso, tenho de a aproveitar da
Alguns mais pequenos, outros de
tos que marcaram a minha vida de melhor maneira: sendo feliz e nun-
maior importância. Não interessa
forma menos positiva. Morte. ca esquecendo que a vida é breve.
se foi o de ontem quando ia sendo
A morte da minha avó paterna,
quase atropelado, ou o do ano pas-
quando tinha 11 anos, fez-me
sado quando fiz a viagem a Madrid
olhar para as coisas com outra

V
histórias, todas as suas aventuras. Agora passo por ali e vejo as
Queria ser igual a si, queria explo- mesmas coisas, mas diferentes, já
rar todos os cantos do mundo, nada me pertence.
enderam a casa e queria escrever livros das minhas Hoje, tento ver isto como algo
venderam-me a mim, viagens, queria ter uma autocara- menos negativo. Cresci. Percebi
porque era uma peça integrante vana igualzinha à sua! Ainda que- que as coisas materiais não
daquilo a que chamava “minha ro. passam disso mesmo. É apenas o
casa”. Hoje, expresso-me por Eles tentaram vender as nossas o eterno amor e a lembrança
palavras, não havendo palavras, memórias, tentaram que eu me que nos unem.
sentindo, não havendo sentimen- esquecesse, tentaram apagar o
to. que, em tempos, fora a nossa Com saudade.
Vi o mundo dali. Era só mais vida. Agora, há um espaço na
uma criança inocente, porém Da sua neta,
minha vida que nada conseguirá
mimada. Sentei-me no seu colo e alguma vez completar. Não sei
ouvi atentamente todas as suas Mariana Castro e Sousa
explicar o que é, mas é.

Página 24 Artigos orientado pela professora de Psicologia,


Edite Azevedo
CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Economia A de visita em Lisboa Museu do Dinheiro


Por Miguel Oliveira, Raquel Teixeira e Tiago Domingos, 10.º B Por Beatriz Madeira e Daniela Oliveira,
10.º B

N
o dia 20 de janeiro, a
turma 10ºB fez uma
visita de estudo ao
Museu do Dinheiro em
Lisboa.
O edifício onde hoje encontra-
mos o Museu do Dinheiro já foi a
igreja de S. Julião, até 1933, o maior
centro de distribuição de numerário
no país, até 1996, armazém e gara-
gem, até 2006, mas agora é um
museu, o mais recente em Lisboa.
O Museu do Dinheiro apresenta

N
o tema do dinheiro, a sua história e a
sua relação com as sociedades e com
surgimento e da sua evolução até o indivíduo através das coleções de
aos dias de hoje. Além do painéis numismática e notafilia do Banco e
os dias 19 e 20 de com informação, há materiais mul- de outros objetos e dispositivos vir-
janeiro de 2017, a timédia à disposição dos visitantes tuais de contextualização.
turma do 10.º B da pelo que os alunos não hesitaram Neste museu ficámos a saber a
ESJAC, acompanhada pelos pro- em os utilizar. A experiência dos história do dinheiro desde o seu apa-
fessores António Silva e Graciete alunos foi ainda marcada pela pas- recimento até aos nossos dias, como
Pontes, realizou uma visita de estu- sagem por um antigo cofre que nasceu a primeira moeda e a primei-
do a Lisboa, no âmbito da discipli- contém uma barra de ouro que ra nota, como era feito o câmbio do
na de Economia. A visita consistiu vale cerca de meio milhão de dinheiro e como é que as socieda-
na ida à Assembleia da República, euros. des, portuguesa e de todo o mundo,
ao Museu do Dinheiro e à Fábrica Na visita à Fábrica da Felicidade, aceitaram esta inovação.
da Felicidade. fundada em 1977 e localizada em
Na visita à Assembleia da Azeitão, por cima de um dos
República, que coincidiu com a maiores aquíferos da Europa, foi
visita do Sr. Ministro da Saúde, possível conhecer, para além das
Adalberto Campos, os alunos técnicas de produção dos produtos
puderam observar como funcio- da marca Coca-Cola, o impacto
nam os debates entre as várias ambiental desta indústria, bem
fações do poder, em Portugal. O museu utiliza tecnologia mul-
como as formas de o minimizar. timédia para interagir o mais possí-
Após a sessão, os alunos tiveram o Ainda foi possível compreender o
privilégio de ser guiados pelo vel com os visitantes. A viagem pela
impacto económico que esta estru- história do dinheiro mostra moedas
deputado Cristóvão Norte até à tura industrial tem na região. A
antiga sala onde se realizavam os e notas raras.
mensagem que a marca Coca-Cola Pudemos ver dinheiro antigo,
debates. Aí puderam expor as suas tentou transmitir foi a de uma não só de Portugal, mas também de
dúvidas acerca da Assembleia e do empresa que se preocupa com a outros países, elementos fornecids
seu funcionamento. preservação do ambiente, tendo pelo Banco de Portugal. Também
A turma também visitou o em conta as necessidades da popu- ficámos a conhecer alguns dos obje-
Museu do Dinheiro, inaugurado lação atual e também as das gera- tos usados antigamente nos bancos,
em abril de 2016 pelo Banco de ções futuras. Foi possível ainda como máquinas, chapas de impress-
Portugal e situado na Antiga Igreja observar os investimentos de ão, esboços e desenhos que estão na
de S. Julião, no Largo de S. Julião. modernização e racionalização das origem das moedas e notas.
Esta visita guiada foi realizada com instalações da fábrica, permitindo Artigos orientados pelo professor de Economia,
o objetivo de aumentar o conheci- assim melhorias na produtividade. António Viegas da Silva.
mento acerca da moeda, do seu Página 25
Visita de estudo

À descoberta de Madrid

E
barco. No entanto, os alunos não Rainha Sofia Frederica. Antes de
tiveram tempo para usufruir desta ser um dos melhores e mais impor-
ntre os dias 21 a 24 de atividade. tantes museus de arte moderna da
fevereiro de 2017, alu- Assim, passaram os alunos uma Europa, com coleções de arte do
nos do 11.º ano inscri- bela manhã no primeiro dia desta século XX, foi um austero e antigo
tos em Espanhol, das áreas de pequena aventura de quatro dias hospital setecentista. O museu
Ciências e Tecnologias, e de Eco- num dos espaços verdes mais detém três exposições permanen-
nomia, bem como seis alunas do bonitos do centro da cidade de tes: “A Erupção do Século XX:
12.º ano realizaram uma visita de Madrid. Utopias e Conflitos”; “A Guerra Já
estudo à capital espanhola. Acabou? Arte num Mundo Dividi-
Acompanhados por António Ândria Pontes e Joana Viegas, 11.º B do”; “Da Revolta à Pós-
Silva (professor de Economia), modernidade”. Daqui, destacam-se
Centro de Arte Reina Sofia
Paula Barata (professora de Inglês), alguns artistas com as suas maiores
Carmen Pedroso (professora de obras como: Pablo Picasso com
Espanhol) e Teresa Geraldo Guernica; Salvador Dalí com O
(professora de Filosofia), os alunos Grande Masturbador; Joan Miró com
puderam ao longo de vários dias Dançarina Espanhola; e Eduardo
visitar alguns museus, palácios e Chillida com Espírito dos Pássaros. O
conhecer melhor a cidade de museu é constituído por quatro
Madrid. edifícios: o Edifício Sabatini (o edi-
No primeiro dia, um dos primei- fício central), o edifício Nouvel, o
ros locais a ser visitado foi o Par- Palácio de Velázquez e o Palácio
que do Retiro. Aí tiveram a opor- de Cristal.
tunidade de ver o interior do Palá- No dia 21 de fevereiro, a minha
cio de Cristal e, no Palácio de turma visitou, no Parque do Reti-
Velásquez, puderam ver uma parte O Museu Nacional Centro de ro, os Palácios de Velázquez e de
do Museu Nacional Centro de Arte Arte Reina Sofia, em Madrid, foi Cristal. No dia seguinte, visitámos
Reina Sofia. Almoçaram em frente inaugurado a 10 de Setembro de o edifício central, onde a atenção
ao Monumento a Afonso XII, 1992 (24 anos), apesar de ter sido dos alunos foi mais cativada pela
desfrutando de uma grande paisa- decretado museu nacional em obra de Pablo Ruíz Picasso referi-
gem onde era per- 1988. O seu nome é uma homena- da anteriormente.
Página 26 gem à antiga rainha espanhola,
mitido andar de Joana Gromicho, 11.º B
Visita de estudo
Museu do Prado Estúdios da ATRESMEDIA co, como a nível histórico. A nível
No dia 24 de fevereiro, ocorreu a histórico, a Bolsa de Madrid foi ins-
taurada em 1809 pelo rei José I
visita aos estúdios da ATRESME- Bonaparte, mas só em 1831 foi
DIA, a maior rede de audiovisual aprovada a lei da sua criação e orga-
privada em Espanha. nização. Atraiu-nos a atenção as cin-
Fundado em 1982, sob o nome co balas marcadas num vidro de um
de Antena 3, o grupo é formado dos salões. A nível arquitetónico,
por canais televisivos generalistas atraiu-nos a atenção as várias formas
(Antena 3), informativos (La Sexta, geométricas, símbolos maçónicos, e
Mega) e de entretenimento (Neox, a utilização de cores mais claras.
Nova, Atreseries), para além dos Estivemos sentados numa sala,
canais de rádio Melodía FM, Radio considerada a 'joia' do Palácio da
Bolsa. Até ao verão de 1989, era
Europa e Onda Cero. neste espaço que se reuniam os
Os alunos ficaram a conhecer o Agentes de Cambio e Bolsistas em
No dia 23 de fevereiro, um funcionamento das diferentes sessões de trabalho. Trata-se de um
grupo reduzido constituído na sua emissoras e puderam contactar espaço que conserva o mobiliário
quase totalidade por alunos do com os espaços de gravação. Assis- original desde a inauguração do palá-
11.ºB e o professor de Economia, tiram em direto ao programa “Al cio em 1893. Esta sala deixou de ser
António Silva, dirigiu-se ao Museu Rojo Vivo” (informação e análise utilizada, pois atualmente essa fun-
do Prado, numa atividade opcio- da atualidade), a uma emissão da ção é feita numa grande sala que é
nal, fora do programa da visita. rádio Onda Cero e entraram nos considerada a mais importante. É
Aí tiveram a oportunidade de estúdios de outros programas, nessa sala principal que decorre todo
ver todas as salas de exposição. o movimento bolsista em múltiplos
como “La Ruleta de la Suerte”. ecrãs gigantes e pudemos observá-
Sendo um museu de renome,
alberga importantes obras de artis- los em tempo real.
tas de diversas nacionalidades, Nesse mesmo dia, o grupo em
nomeadamente, espanhola, italiana, visita foi surpreendido com um
alemã, britânica e francesa. evento invulgar: tivemos o privilégio
Enquanto na pintura britânica se
destaca a coleção de retratos dos
séculos XVIII e XIX, época do
esplendor cultural em Inglaterra,
na pintura espanhola destacam-se
as pinturas medievais e renascen-
tistas de pintores do Século de
Ouro, nomeadamente, Goya, e Para além disso, as turmas fica-
ainda a mais importante coleção de ram a conhecer algumas curiosida-
desenhos e estampas, também esta des sobre os bastidores, as técnicas
pertencente ao museu. O museu utilizadas e sobre aquilo que se de assistir ao lançamento de uma
conta ainda com uma igreja, locali- passa por trás das câmaras. nova empresa na Bolsa de Valores,
zada na parte de trás deste, que com uma sessão de apresentação
alberga importantes pinturas reli- João Infante, 11º B formal dos acionistas e demais pes-
giosas espanholas do século XVII. soal da instituição.
O grupo, depois de uma visita Bolsa de Madrid Em suma, nós gostamos imenso,
exaustiva ao museu quase na sua pois tem tudo a ver com a área de
íntegra, sentiu que fez a decisão A Bolsa de Madrid foi visitada pela Economia.
certa de visitar o Prado ao invés da turma de Economia, 11.º B, que foi
alternativa de conhecer outras par- acompanhada pelo professor da dis- Beatriz Ramos e Rúben Paulino, 11.º B
tes da cidade, que era o programa ciplina António Silva, e a turma de Artigos orientado s pelo professor de Economia,
inicial. espanhol pela professora Carmen António Viegas da Silva
Brígida Fernandes Pedroso.
e Cláudia Sequeira, 11ºB Os alunos ficaram a conhecer a Página 27
sua história tanto a nível arquitetóni-
Visita de estudo
Aprender em contexto real

N
Enquanto as turmas 12º A1, agora conhecida como Basílica dos
A2 e E fizeram o passeio Mártires, local onde o poeta foi
pessoano, a turma B visitou o Par- batizado e sobre o qual escreveu
os dias 2 e 3 de mar- lamento, acompanhada pelo pro- “Ó sino da minha aldeia”.
ço de 2017, as tur- fessor de Economia, António Sil- O passeio continuou pelos
mas 12.º A1, A2, B e E, da Escola va, com o objetivo de assistir a um vários locais onde o poeta
Secundária Dr. Jorge Augusto Cor- debate requerido pelo Partido Eco- trabalhou e frequentou,
reia, no âmbito da disciplina de logista "Os Verdes" relacionado nomeadamente a Rua da Prata,
Português e no caso da turma 12.º com "Áreas protegidas classifica- Rua dos Franqueiros (onde foi
B ainda no âmbito da disciplina de das", na Sala das Sessões. Uma tirada a célebre fotografia de
Economia C, deslocaram-se a Lis- hora depois, os alunos tiveram Pessoa, de pé, ao balcão, a beber
boa para uma visita enriquecedora uma visita guiada com o deputado um copo de vinho e na qual
para os seus conhecimentos. Os Cristóvão Norte que deu a conhe- escreveu a Ofélia: “Fernando
participantes foram acompanhados cer a Sala do Senado e respondeu a Pessoa em flagrante delitro”) e Rua
por cinco professores: António perguntas colocadas pelos alunos da Assunção (onde conheceu
Silva, Edite Azevedo, Luís Gonçal- mais curiosos. Ofélia). Parámos também no
ves, Marta Nugas e Paula Pereira, e Uma situação inicialmente intri- Largo do Carmo, onde Pessoa
uma encarregada de educação, Elsa gante, que ocorreu durante a visita viveu.
Martins. As turmas dormiram no ao Parlamento, foi verificar que Foi entre paragens que os alu-
Hotel Vila Galé na Ericeira . no edifício também estava hastea- nos leram algumas “cartas ridícu-
Iniciámos a visita pelas 08h20. da a bandeira de Espanha. Afinal las” que Fernando Pessoa escreveu
Desde cedo que estava presente o tratava-se da visita oficial da presi- à sua amada e provaram os exce-
entusiasmo e a alegria nos dente do parlamento espanhol, a lentes pastéis de nata da Manteiga-
autocarros. Durante a viagem, foi qual os alunos viriam a encontrar, ria.
notório o convívio, não só entre os pois também assistiu por breves O último ponto da visita foi o
alunos das diferentes turmas, como momentos à sessão parlamentar local onde Fernando Pessoa toma-
entre alunos e professores. Música, nas galerias do hemiciclo da sala de va o seu cafezinho, Martinho da
jogos em grupo e fotografias sessões. Arcada. Localizado no Terreiro do
fizeram também parte desta O passeio pessoano
Paço, é o mais antigo café de Lis-
viagem que, apesar de longa, nos boa. Fernando Pessoa foi um
animou bastante. O passeio pessoano teve início cliente habitual deste café até ao
Pelas 13 horas, os alunos chega- na Praça D. Pedro IV, conhecida fim da sua vida (ainda hoje lá se
ram a Belém, onde almoçaram e como Rossio, onde, mais uma vez, pode ver a sua intemporal mesa,
muitos não resistiram aos tão as nossas simpáticas guias nos com a sua chávena de café, um
famosos pastéis de Belém. esperavam, para fazerem uma livro e o seu típico chapéu); che-
breve introdução sobre a vida de gou a mencioná-lo num dos seus
Pessoa e a Lisboa em que este poemas em que evoca a amizade
No Parlamento
viveu. Depois continuámos o com o poeta Mário de Sá-Carneiro.
nosso passeio pelas ruas
No Convento de Mafra
movimentadas da baixa de Lisboa
e Chiado, onde o poeta se
encontrava geralmente e onde se No dia seguinte, sexta-feira, 3 de
situa o café A Brasileira e a sua março, tivemos uma visita guiada
estátua sentada na esplanada. pelo convento de Mafra, onde se
Vimos o sítio onde nasceu passam alguns episódios da obra
Fernando Pessoa, o Largo de São Memorial do Convento.
Carlos, num dos apartamentos que Apesar do tempo de chuva, frio
lá existem, em frente ao teatro de e vento, a visita correu conforme
Página 28 São Carlos. Daí foi-nos possível planeado, uma vez que esta se
avistar a antiga Igreja dos Mártires, efetuou no interior do convento.
VISITA DE ESTUDO
As guias foram bastante bém a oportunida-
atenciosas connosco. No início da de de partilhar
visita, fizeram um pequeno resumo entre si vários
da obra Memorial do Convento e aspetos, positivos
falaram-nos da construção deste e negativos, sobre
enorme monumento e manifesta- o acontecido. O
ram a sua disponibilidade para momento mais
esclarecerem qualquer dúvida que apreciado pelos
tivéssemos, ao longo do percurso. alunos foi a peça
Visitámos vários espaços interiores de teatro, devido à
do convento, tais como, os quartos excelente repre-
do rei e da rainha, a biblioteca, a sentação por parte
enfermaria, casas de banho, salas dos atores, que
de entretenimento, entre muitos ajudaram a desper-
outros. tar o interesse do
Acabada a visita e após a pausa público, facilitan-
para almoço, regressámos ao do a interpretação
convento para assistir à peça de da história do livro
teatro relativa à obra de Saramago. Memorial do Conven-
A peça teve início numa sala, to. O único aspeto
onde nos foi apresentada uma negativo foi o mau
breve atividade com os sons que tempo que esteve
iríamos ouvir durante a peça, e em Mafra.
acabou num auditório, onde Pudemos também concluir que
assistimos a uma extraordinária foi uma forma de aprender em e as atividades referidas. Em rela-
representação da obra. A peça, contexto, o que nos proporcionou ção às obras estudadas, temos ago-
encenada pela companhia Éter, uma boa e nova experiência de ra uma visão mais integrada das
enriquecedora para a aprendizagem convívio e nos deu outra obras e do contexto em que foram
da obra em questão, foi muito bem perspetiva do poeta Fernando escritas, não esquecendo a visita ao
representada pelo grupo de atores Pessoa e da obra de Saramago Parlamento que despertou em nós
que prendeu a atenção do público Memorial do Convento. O ponto alto, uma visão mais global, verdadeira e
desde o primeiro momento. Todos para nós, foi o alojamento onde critica acerca do modo como se
os alunos se mostraram agradados passámos a noite, na Ericeira, e discutem certos assuntos e proje-
por terem assistido à peça de teatro onde pudemos aproveitar as tos no país.
que teve a duração de 90 minutos. ótimas instalações do hotel e a Finalmente, agradecemos muito
incrível vista, assim como a relação este tipo de viagens porque não só
Conclusão crescemos com a cultura que
e apreciação crítica de amizade que estabelecemos
com os alunos das outras turmas e adquirimos, como podemos ver
No geral, consideramos que a os professores. sítios novos e entusiasmantes. E,
visita ultrapassou as expetativas. É de salientar a disponibilidade claro, o convívio é mesmo muito
Não houve complicações e e o papel que os professores e a bom.
conseguimos realizar todo o representante dos encarregados de NOTA: Este texto é constituído por excertos
percurso previsto. educação tiveram nesta atividade e de vários relatórios apresentados pelos alunos:
Daniela Pereira, Filipa Guerreiro, Teresa
Concluída a visita de estudo, os também os guias pelo seu Lopes, Inês Horta, Laura Garcia, Ana Modes-
professores mostraram aos alunos profissionalismo. to, Tiago Matos e Sónia Baltazar (12º A1); e,
ainda, Ana Carolina, Mariana Moreno, Maria
a sua satisfação com o seu bom Só nos resta agradecer aos pro- Santos, Maria Machado, Tânia Domingos,
comportamento durante a mesma fessores responsáveis por esta ini- Emine Karameshinova, Laura Pereira e Sónia
Madeira (12º B).
e o seu orgulho pelos elogios rece- ciativa que foi deveras proveitosa
bidos por parte dos representantes Luís Gonçalves
visto que pudemos conviver e (Professor de Português)
do hotel e dos condutores dos dois aprender num ambiente mais des-
autocarros. Os alunos tiveram tam- Página 29
contraído e apelativo com os guias
VISITA DE ESTUDO
Visita de Estudo a SINTRA e LISBOA – 3 e 4 de abril de 2017 – 11.º A3, C1, C2 + 12.º TGEI e TSEC

Sim... os acepipes?
Deliciosos...!

O almoço, a anteceder o passeio por SINTRA, era imprescindível. Havia que dar reforço ao corpinho antes de se lhe exigir
o esforço. Não foi a «bela pratada de ovos com chouriço» queirosiana, mas um belo piquenique preparado pela mãezinha.

Reunidos na praça, que pulula-


va de gente, foi dado o tiro de
partida para o passeio tentador
até Seteais. Eram duas horas e,
apesar da tarde ensolarada de
abril, apressámos o passo e o
que vimos logo foi o hotel Law-
rence, que ainda mantém o seu
ar simpático.
Seteais ali estava e não nos desiludiu. O terreiro, coberto de relva muito tratada, e o
palacete de , recebendo o sol, convidavam-nos a ficar. Depois da foto que
tirámos por detrás do arco, que pomposamente mostrava o seu escudo de armas, de
onde avistávamos o Palácio da Pena, aguardava-nos um momento teatral humorístico.

Chegava o momento de o João


- Palma Cavalão, o Francisco -
Lola, o Diogo - Eusebiozinho, o
Henrique - Concha, a Inês - Cru-
ges e a Alexandra – Carlos, se
prepararem para representar o
Ah, Núria, já episódio das espanholas.
pensaste, eu e
tu regalados a Por volta das seis da tarde,
viver neste mais cultos, e antes de o moto-
Palácio!
rista nos levar numa viagem-
foguete para Lisboa, fomos à
Piriquita deliciar a alma de famo-
sas queijadas e fofos travessei-
Página 22 ros! O preço é que não foi apeti-
toso...!
VISITA DE ESTUDO
O dia começava bem! Esperava-nos um “peddypaper” e Ah, Núria, já pensaste, eu
mais uns quilómetros a percorrer! A professora Antonieta e tu partindo daqui
dava as instruções e nós fazíamos um esforço enoooorme para ...o mundo, felizes!
para a ouvir e para mostrar que queríamos fazer a «romaria» por
essa Lisboa queirosiana!

Um texto sobre o que a visão do rio Tejo, das


pessoas, dos sons nos provoca? Sentados no Cais
das Colunas, a inspiração foi vindo e escrevemos.
Depois partimos, em grupos, seguindo o percurso
orientador com muita atenção para não nos per-
dermos nesta Lisboa que parece não parar.

E nós também não parávamos. Numa correria louca, íamos descobrindo o antigo hotel Central, a estátua de Eça com a sua
«verdade», o Largo de Camões com a estátua do poeta, sisudo, perante os «descuidos» dos pombos. Não é, Angela?

Víamos, como Carlos e Ega, as duas igrejas (do Loreto e da Encarnação), o teatro da Trindade, onde decorreu o sarau de
beneficência a favor das vítimas do Ribatejo, o de S. Carlos, onde Carlos conheceu Teresa de Gouvarinho.

Depois, como Carlos, «farejávamos» a antiga rua de S. Francisco, o nº 31, para ver se no 1º andar víamos Maria Eduarda.
Não, nem ela, nem Carlos, nem Dâmaso, o do chique a valer! Talvez no Grémio, mais à frente! Também não! Esses tempos já
eram! Iludidos continuávamos, sempre à descoberta desse mundo do passado que queríamos trazer para o presente. Ainda
havia o consultório de Carlos, no Rossio, o antigo «Passeio Público», hoje Avenida da Liberdade! Tudo visto, mas de forma
mais acelerada, porque já cheirava a almocinho...!
Ó Diogo, não sejas teimoso! Não foi no 33,
foi no 31 que Carlos disse a Maria Eduarda que
a amava! Não li, mas a professora disse...!

Professores Antonieta Couto e José Couto


e-mail: biblio.estavira@clix.pt e-mail: biblioblogue@gmail.com
Ficha Técnica
olas Chefe de Redação: Ana Cristina Matias
up a m ento de Esc TAVIRA Conselho de Redação: Antonieta Couto, Helena Bar-
Ag r reia -
usto Cor
tolomeu, João Picoito, Luís Gonçalves,
r ge A ug Margarida Beato, Rogério Neto e Serafim
Dr. Jo Gonçalves
Redação: Alunos e Professores do AEJAC
BIBLIOTECA ESJAC Paginação: Ana Cristina Matias
Impressão: Reprografia ESJAC

http://www.estbiblioblogue.blogspot.com/ https://www.facebook.com/www.bibliotecaESJACTavira/

IV Encontro Diocesano de EMRC em Tavira Prémio Kugan


Por Fátima Paulo, professora de Economia Por Norberto Mestre, Vice-diretor

D urante a interrupção das


atividades letivas da
Páscoa, foi entregue ao
aluno Luís Duarte o
segundo dos três pagamentos de 400€
cada, do prémio atribuído pela Funda-
ção Kugan ao melhor aluno do 12.º
ano do Curso de Ciências e Tecnolo-
gias, de 2015/16, inscrito na disciplina
de Física, e cuja média final do curso

C
importância das obras de misericórdia fosse superior a 16 valores, no 12º
corporais e espirituais. ano, e desempenho de bom no pri-
erca de 2.800 alunos e 122 O recinto tinha um “Mural da meiro e segundo semestres do 1.º ano
professores, do 5.º ao 12.º Misericórdia” reservado ao desenho do ensino universitário.
ano de escolaridade das de uma obra de misericórdia à escolha
várias escolas do Algarve, participa- dos alunos. Para além da Cáritas, que
ram, no dia 2 de abril de 2017, no IV teve um stand para apresentação da
Encontro Diocesano de Educação instituição aos alunos, também esteve
Moral e Religiosa Católica (EMRC) presente a Algar, empresa responsável
em Tavira. A iniciativa, promovida no Algarve pela gestão do sistema
pelo Secretariado da Pastoral Escolar multimunicipal de valorização e trata-
da Diocese do Algarve, teve lugar no mento de resíduos sólidos. Esta orga-
Parque de Feiras e Exposições de nizou um ‘Quiz’ sobre a correta ges-
Tavira. tão dos resíduos produzidos no dia a
O nosso Agrupamento foi convida- dia, que o nosso Agrupamento Em relação ao prémio, Luís Duarte
do a participar e foi com grande entu- ganhou entre todas as escolas partici- considera-o uma mais-valia, não só
siasmo que o fizemos. Turmas dos pantes. pela motivação para a continuação
Cursos Profissionais de Secretariado, Também o vereador da Câmara de dos bons resultados no pós-
Técnico de Vendas e Turismo fizeram Tavira, José Manuel Madeira, destacou secundário, como também para hon-
parte do secretariado e monitorizaram o sentido de solidariedade manifesta- rar o mérito e o esforço desenvolvido
as provas. do pelos alunos, agradeceu à diocese ao longo do 12.º ano. Para além disso,
O Encontro foi aberto pelo bispo por ter escolhido esta cidade para a trata-se de um prémio com um valor
do Algarve que saudou os alunos e realização do Encontro e aos alunos e monetário muito interessante e que
manifestou regozijo pela organização professores por terem participado. contribui bastante para o início de
de mais um encontro de ERMC, agra- A manhã teve continuidade com uma fase bastante dispendiosa, a fre-
decendo também em nome da diocese atividades lúdicas e desportivas com quência do ensino superior. Pensa
e dos próprios alunos aos professores insufláveis, entre outras. Houve ainda ainda que esta é uma iniciativa de
pela realização da iniciativa, bem aulas de hip-hop, body combate e grande importância e que muito tem
como à Câmara de Tavira que colabo- zumba. contribuído para que o seu esforço,
rou. Destacou e agradeceu ainda o De tarde, o Encontro concluiu-se no sempre difícil primeiro semestre da
gesto solidário dos alunos e professo- com um concerto do rapper D8 que Universidade, fosse ainda maior para
res que levaram 443 quilos de enlata- cantou temas do seu primeiro álbum conseguir alcançar os objetivos defini-
dos para doar à Cáritas Diocesana do de estreia, como “Já não dá”, “Estou dos inicialmente para a atribuição do
Algarve que também esteve presente aqui” ou “Se tu quiseres ir comigo”, o prémio. Finalmente, agradece a atri-
no Encontro. O prelado explicou que que levou ao rubro os alunos. buição do prémio pela Fundação
aqueles bens alimentares serão Obrigada a todos os alunos que Kugan e considera-o como uma ini-
“distribuídos pelos mais necessitados estiveram presentes e aos professores ciativa que incentiva bastante o suces-
do Algarve”. Destacou, ainda, a que contribuíram para a concretização so escolar.

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