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indice | Decreto-lei n.° 152/2005 de 31 de Agosto. Il_ Os Fluidos — Tabelas e Quadros Ill Incidéncias Ambientais - Accao sobre a camada de Ozono IV Nogées Basicas de Refrigeraga V Caracteristicas e Utilizacao.. VI Manuseamento Vil Recomendagées de Seguranga Pessoal V.1, 2008 (Protbida a Comerciatizagao) Decreto-lei n.° 152/2005 de 31 de Agosto V.A, 2006 (Proibida a Comerclattzagdc) 5284 5. Gestiio piblica e Institucional Cooperagio Externa ‘*Promover « cooperagio integrada das regiGes ultraperi- féricas com vista & defesa e concretizagio dos seus objectivos junto da Unite Eurapeia; ‘ promoyer uma melhor intogragdo e cooperagio econd- ‘mica entre a Regio e outros Estados-Membros da Unio Europeia, nomeadamente, através do aprofun- 50 = * nico do grupo A. Reouperagéo antes da desmontagem ox remogio de parte ou toialidade dos equipamentospritelpas . | Um tenico do grupo B ‘Uni éenico da grupo B e um te. ‘ica do gpa A. (Carga de Nuigo s 84g (Carga de faido > 8&5 Recuperagio antes da dosnontagem ou | "‘Temogio de acessrios e- ou eguipa lent atiliar do circuit pimdsic. (Garg de ido < 15 kg Ua téenico do grupo B, (Carga de sido > 13g 20001 é ‘Un téenin do grupo B eum te ‘ico do grupo A. | Recuperagdo sem desmontagem © ox ‘emogie do equlpamente. Carga de Buide 15 kg (Carga de fuido > 15 Kg ‘Um téenia do grapo ‘Um téenio do grupo B e wm te ‘leo do grupo A. Residlagem S Un tdenio do grupo A. Valorizagio «. - Um técnica do grap A. Destruigio = ‘Un tdenloo do grupo A. (0) ico lr deste daa ‘Ne? 167 —31 de Agosto de 2005 ANEXO IL Ficha de intervengao relativa a equipamentos de rerigeragde ‘ede arcondiclonado e bombas de calor 1—Ieentificagio do proprietério(detentor do equi pamento: 2—Identificagéo do técnico responsével pela inter- vengio: 2.1 — Qualificagao do téenico: . 22—Nome, niimero de identificagio fiscal ¢ con- tacto 3—Data da intervencéo: ... 4—Localizagio do equipamento: .. 5 —Caracteristicas do equipamento (marca, modelo, mimero de série, ete): ... ‘6—Tipo(s) de intervencéo(des), de acordo com 0 anexor: ... ‘7 Identificagéo do agente reftigerante: 4) Designagio quimics 5) Formula quimica: ¢) Cédigo da Lista Europeia de Resfduos, publi- ceado na Portaria n,° 209/204, de 3 de Margo: .. 8—Carga do agente refrigerante contida no equipamento: ... (kg). 9—Capacidade’ de refrigeragéo do equipa- ment . 10 —Quantidade de agente refrigerante: Recuperado: .... (kg) Reciclado (recuperado e recarregad Valorizado: ... (kg); Destruido: . (kg); Nova carga: ... (kg); (Identificacso’ ‘do ‘agente refrigerante caso seja substitu(do,) (kg); ‘1M —Quantidade do agente refrigerante recuperado para efeitos de: Destruiglo: ... (kg); ‘Reciclagem: .. . (kg); ‘Valorizagio: ... (kg). 12 — Observagées: 0 Técnico Responsivel, ... Proprietério/Detentor, ANEXO IT Ficha de intervengSo rolativa a sletemas de protecgéo ‘contra Ineéndlos @ extintores 1 —Identificagéo do proprictério/detentor do sistema ou equipamento: . 2—Identificagao do técnica responsivel pela inter- vengio: 21 — Qualificagio do técnico: ... 22—Nome, niimero de identificagio fiscal ¢ con- ‘acto: .. 3—Data da intervencfo: ... 4—Localizagio do sistema’ e ou equipamento: 5—Caracteristicas do sistema e ou equipamento: 6 — Identificagao do agente extintor: 4) Designagéo quimica b) Férmula quimi ¢) Cédigo da Lista Europeia de Residuos, publicado na Portaria n.° 2092004, de 3 de Margo: ... DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 5289 7-—Carga do agente extintor contida no sistema ¢ ou equipamento: .. (kg). 8 — Quantidade de agente extintor: Recuperado: «.. (kg); Reciclado (tecuperado © recarregado): ... (kg); Velorizado: .... (kg); Destruido: i Nova carga: (ke); (Identificagio’ do agente extintor caso seja subs- tituido.) 9 — Quantidade do agente extintor recuperado para efeitos de: Destruigdo: .. . (kg); Reciclage: + (Kg); Valorizacio: -.(k5)- 10—Observagées: .. Técnico Responsével, ... 0 Proprietério/Detentor, ANEXOIV Solugbes técnicas de gestio de residuos contendo substinclas que empobrecem a camada de ozono (ODS) 1—Ambito, — O Regulamento (CE) n.° 2037/2000, do Patlamento Europeu do Conselho, de 29 de Junho, aplica-se a todas as substincias que empobregam camada do ozono (ODS). No quadro n.° 1 apresenta-se uma stimula das substancias regulamentadas que podem ser encontradas na constituigio de residuos de eq pamentos de refrigeracdo, solventes, espumas ¢ equi- pamento de combate a incéndios: Distribulgdo de substéncias regulamentadas per diferentes produtosiequipamentos spemeiends sable Equpementos de reiigeragio (at | CRC: 1,12, 13,113,114, 500,502, “Toncicomads bombs deter, | 503 frigorificos congeladores | HCFC: 22,123, 124 domésicos) Misturas de HCFC, inctuindo Rada, Ré02a, Rédss, RéOGs, RaOga, Ral. Eepumas sessveeeeeees | HORC: 22, 146, 142, ‘Aerossspropetentes CEC ii, 1 114. Here: 2, 1425, Solventes crits, LL triloroetan, HicFer ie. Bromoclorometano, Equipamento de combate a nctn- | Halons 1221, 101, eo 2—Openagdes de gestdo.— A designacia das ope- rag6es a que os residuos so sujeitos é efectuada na 6ptica das definigdes constantes no artigo 2.° do Regu- Iamento (CE) n.° 2037/2000, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Junho, Neste contexto, consideram-se as operagées de reco- tha e armazenamento de res{duos como récuperago, a reciclagem é entendida como o processo a partir do ual € possivel a reutilizagio de parte ou da totalidade dos residuos, as operagées de tratamento sio designadas como de valorizagio e as de eliminagio como de destruigio. 5290 2.1 —Recolha, armazenamento ¢ transporte de resi- duos com ODS, — Uma gestio adequacia de certos tipos de cquipamentos em fim de vida, nomeadamente de reftigeracio e de ar condicionado contenda CFC ¢ HCFC, passa pelo respeito de procedimentos adequados na sua recolha, acondicionamento ¢ transporte, no tra- jecto que os conduz desde o seu utilizador final (domés- tico ou industrial) até no local de valorizagao e ou reck clagem ¢, ainda, pela implementacéo posterior dos requisitos necessérios ao seu correcto desmantelamento, Devem ser observadas as condigdes necessérias para pre- venir tanto os danos nos equipamentos como derrames de ODS ¢ dos dleos de lubrificacko, Previamente & reciclagem e ou valorizagio de equi- pamentos em fim de vida que contenham substancias Tegulamentadas, devem ser obscrvados aspectos essen- ciais relatives as condigbes-de armazenamento, nomea- damente no que concerne a verificagao do seu estado fisico e de limpeza, aos procedimentos a levar a cabo durante 0 perfodo de armazenamento e, ainda, as con- digGes fisicas e de seguranga do proprio espago de armazenamento, ‘Neste sentido, na recolha e armazenamento deste tipo de equipamentos devem ser observados os seguintes aspectos Condigées prévias de recepgio—a recepgio dos equipamentos deve encontrar-se sujeita& aplicagao efec- tiva de procedimentos que evitem a danificagéo da sua estrutura e componentes, assim como prevenir danos sobre o ambiente devidos a eventuais fugas, Em par- ticular, deverdo ser implementadas medidas que pre- vinam’ danos nos circuitos de refrigeracio. Devem encontrar-se previstos sistemas de recolha para even- tuais fugas de fluidos com utilizagio de agentesisubs- tncias de absorcio em quantidades suficientes. Os detentores dos equipamentos em fim de vida devem ser devidamente informados pelos operadores de gestio de residuos sobre as condigées em que devem manter 05 equipamentos durante 0 seu transporte © entrega; Transporte—no transporte destes equipamentos devem ser tomadas precaugbes especiais no sentido de evitar que perdas liquidas nao controladas causem polui- ‘glo aquética. No sentido de prevenir fugas de CFC ¢ ‘outros poluentes, os equipamentos devem ser conve~ nientemente amarrados no veiculo de transporte de forma a evitatem-se danos no equipamento. Nes operacies de carga e descarga destes residuos para 0s veiculos de transporte os equipamentos nfo devem softer pancadas nem ser invertidos e devem ser colocados de forma segura evitando que escorreguem ou calam durante 0 transporte, Os equipamentos devem scr transportados na vertical, sem ser invertidos e sem excrcer pressio nos anéis de refrigeracao; Tnspecedo— a chegada ao local de armazenamento deve ser efectuada a verificacio e registo da existencia de danos nos equipamentos ou ocorréncia de derrames. Os registos devem especificar a quantidade de equi- ppamenios recebicos, por tipo de reirigerante e por tipo de isolamento; Limpeza—no caso dos frigorificos/combinados areas congeladoras, as prateleiras e separadores no inte- rot dos equipamentos devem ser retirados (para faciitar a limpeza) e proceder & sua limpeza de modo que sejam DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A No 167—31 de Ago de 2005 retirados quaisquer vestigios de alimentos que ainda se encontrem no seu interior, Este procedimento reduz 6 risco do desenvolvimento de germes e da produgio de odores durante 0 periodo de armazcnamento; ‘Armazenagem — nos equipamentos que estejam des- tinados & remogio de ODS em duas fases (extraccéo dos fluidos de refrigeraco em fase separada do tra- tamento da espuma de isolamento), a respectiva extrac- fo de gis deve ser efectuada num perfodo que néo ultrapasse os trés meses. ‘0 atmazenamento dos equipamentos antes da extrac- 0 de gés deve ser feito em locais com superticies imper- meabilizadas © com sistema de drenagem controlada, Os equipamentos devem ser armazenados completos (inteiros) e na vertical ¢ 0 seu empilhamento deve ser cfectuado de forma a prevenir situagbes de fugas de substlncias perigosas, assim como nio dificultar ou impedir a execugdo das opcragées posteriores de tra- tamento: altura de empithamento equivalente & altura de dois equipamentos, cerca de 3,5 m. Se os equipamentos tiverem sido previamente des- mantelados, 28 condigdes do armazenamento dos com ponentes e pecas devem assegurar a protecglo das espu- mas, devendo ser removidos todos os abjectos cortantes, ¢ a altura de empilhamento das pecas deve ser con. dicionada de modo a evitar 0 esmagamento das pecas; Seguranca — os locais de armazenamento devem evi- denciar as condigdes de seguranga no sentido de evitar acessos nfo autorizados, No caso de ser garantida a interdigao de acessos nfo autorizados (quando os equipamentos so armazenados no interior de um editicio fechado, por exemplo), nfo € necessério retirar as portas dos equipamentos fri- gorificos. Nos restantes casos devem ser tomadas medidas no sentido de evitar o encarceramento de criangas no inte rior de equipamentos, nomeadamente de frigoriticos e arcas, devendo remover-se as portas ¢ ou as borrachas que mantém as portas fechadas. Os sistemas de fecho de portas tipo «trinco», exis- tentes em frigorificos antigos, devem ser retirados antes do armazenamento; Prevengio de inctndios—nos locais de armazena- mento deveréo encontrar-se disponiveis e sujeitos a ‘manutengao regular por parte dos bombeiros todos os mecanismos adequados de combate a incéndios. 2.2—Reciclagem e valorizagéo.— As solugées téc- nicas apresentadas aplicam-se a recuperacio, reciclagem e valotizagéo de ODS contidas em equipamentos de refrigeragdo em fim de vida e na de equipamentos de combate a incéndios: Rotrigeragéo De acordo com o Regulamento (CE) n.° 2037/2000, do Parlamento Europeu ¢ do Conselho, de 29 de Junko, 1 partir de 1 de Janeiro de 2001, 0s CEC recuperados devem ser destruidos a partir de tecnologias ambien- talmente adequadas. Quanto aos HCFC, poder-se-d, até 2015, optar pela sua destruigio ou reutilizacdo. A partir de T de Janeiro de 2015’ serio proibidos todos os hidroclorofluorocarbonos. ‘A recuperacio de ODS deve ser efectuada com 0 menor niimero possivel de etapas, devendo, a partir do ‘momento em que seja iniciado, ser minimizados os tem- os de armazenamento entre essas etapas, 2 167—31 de Agosto de 2005 Apresenta-se uma lista hierdrquica preferencial rel tiva ds alternativas a considerar na recuperagio de OD! 1) Tratamento de ODS em equipamentos néo danificados em unidade de tratamento com sis- tema de desgaseificagéo integrado e totalmente automética; 2) Incineragio do equipamento completo (intacto endo danificado); 3) Desgaseiticacio, seguida de recuperagio de ODS e deposigao noutro local; 4) Processamento manual dos equipamentos, corte ¢ desmantelamento para recuperagio de ODS ce deposigio noutro local Para atingir uma boa eficiéncia na recuperagio de ODS, a extraccdo do gas refrigerante deve ser efectuada durante a mesma etapa em que se extrai o éleo de Iubrificacéo, com um minimo de 90% em peso do éleo ‘que esta ser extraido do sistema ‘A regulamentacao de ODS nos equipamentos de reftigeragio abrange quer as substincias do fluido refri- gerante contido nos sistemas de refrigerago quer as Contidas na espuma de isolamento. A idade dos equipamentos pode fornecer uma indi- cago sobre as substdncias presentes nas espumas de isolamento de frigorificos e congeladores, podendo ser identificadas a partir de quatro tecnologias principais de produgéo: CEC-11 — equipamentos fabricados antes de 1990; CEC-11_ reduzido — equipamentos fabricados entre 1991 1994; HCFC-14b — equipamentos fabricados a partir de 994; Misturas de ciclopentanos — equipamentos fabri- cados a partir de 1994, ‘As misturas de hidrocarbonetos aparecem actual ‘mente como alternativa de substituigio na utilizacéo de HICFC-14b, a qual foi eliminada a partir de 1 de Janeiro de 2003, Para o$ fluidos refrigerantes, as opgdes no fabrico destes equipamentos a0 longo do tempo tém sido as seguintes: CEC-12— equipamentos fabricados antes de 1990; HCEC-22 —equipamentos fabricados apés 1990; HEC-134a — equipamentos fabricados apés 1995; Tsobutano ov outtos hidrocarbonetos — equipa- ‘mentos fabricados apés 1995. No que diz respeito ao processo de recuperagio de ODS nos equipamentos de refrigeragéo, devem consi- derarse duas ctapas: a extraccfo do gis refrigerante (desgascificacio) e a recuperagao das substincias con- ‘tidas nas espumas de isolamento, Blapa n° 1 — Extracgo do gis reftigerante Existem duas alternativas do processo de extracgiio do gis: A—Remogio do refrigerante e do 6leo durante ‘amesma ctapa; B—Remocio do reftigerante e do 6leo em etapas diferentes DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A 5291 1—A extracgio do reftigerante ¢ do 6leo durante ‘a mesma etapa permite obter uma maior eficiéncia de recuperagéo a partir da utilizagéo de suecio em vacuo, sendo 0 aproveitamento da presséo inicial do sistema ‘forma mais eficiente da remogio do leo, 2— Antes do processo de extraccio do gés, a tem- eratura do dleo deve estar pelo menos’ a 5°C (alternativa A), 3—O proceso de extracgdo deve ser levado a cabo numa tea fechada em que seja possivel a captura e ecupetacdo de emissdes de substancias regulamentadas (por exemplo, por adsorgdo ou condensago) para depo- Sigo posterior (alternativa B). ‘4 — Os processos de extraccio devem ser executados de forma consecutiva e sem intervalo de tempo entre si (alternativa B). 5—No processo de extracgdo de és, as emissiies de ODS devem ser limitadas a um maximo de 5 g por equipamento (alternativa B). 6—Os fluxos de ar devem ser controlados de forma a evitar 0 desenvolvimento de concentragdes atmosié- ricas de gés refrigerante que possam representar algum pperigo. Isto pode acontecer, por exemplo, quando se rocede & extracoio de hidrocarbonetos (alternativa B), 7-—De forma a reduzir a viscosidade do éleo antes de proceder & extracgio de gés, a temperatura do dle deve ser elevada a 20°C antes do inicio do processo de desgaseiticacio, 8—Apés a extraccéo da mistura éleo-reftigerante ter sido efectuada, as duas fracgbes devem ser separadas ( mais rapidamente possfvel de forma a permit extrait a maior quantidade possitel de refrigerante do dleo {alternativas A e B). 9—A percentagem remanescente no 6leo nfo deve ultrapassar 0,9% em peso (altemnativas A e B). 10 —Devem ser efectuados registos relativamente a0 leo e ao refrigerante removidos sobre as quantidades, origens, destinos, frequéncia de extracgo, modo de transporte e métodos de tratamento (alternativas A eB). ‘1. —Devem ser implementados ¢ mantidos registos de residuos encaminhados (altemnativas A e B). 12—As éreas de armazenagem devem ser devida- mente delimitadas ¢ os recipientes etiquetados de forma clara e inequivoca 13—Os recipientes de armazenamento, eilindros, tambores, etc., devem encontrar-se em boas condigées € sujeitos a inspeceao periédica, (Os refrigerantes gasosos so mais dificeis de condi- cionar do que os agentes expansores, que sio liquidos. A alternativa A possui um melhor desempenho, alcan- ‘gando perdas de ODS, por equipamento, de 1,17 g no reftigerante e de 0,14 g no éleo, Em qualquer situagéo, as perdas nfo devem ultrapassar a gama dos 1,5 £3,5 g por equipamento, Blapa n 2—Recuperayio de ODS nas espumas de Igolamento Apis a drenagem do sistema reftigerante o compres- sor deve ser removido do equipamento e colocado mum contentor selado, Os comutadores ou outros componentes que conte- nham merctirio devem ser removidos do equipamento € colocados em contentor adequado antes da respectiva destruigéo. Todos os condensadores © componentes electrénicos devem ser retirados dos equipamentos. 5292 Unidsdes de vatamonto totalmente autométoas A capacidade de processamento de uma unidade totalmente automética tipica pode processar entre 60 © 100 médulos por hora. Em primero lugar, os equi- pamentos sao esmagados ou triturados e depois enviados para um moinho. Os metais ferrosos e nfo ferrosos siio separados nesta fase, juntamente com as fracgdes em pléstico. A espuma propriamente dita é separada a partir da utilizagéo de um separador de ar, sofrendo depois uma moagem; 0 p6 assim produzido € normalmente encaminhado para um ciclone, para extracgéo de quan- tidades residuais de agente espumante, As ODS liber- DIARIO DA REPUBLICA —ISERIE-A_ 1N2167-—3 de Agosto de 2005 tadas nesta fase so recolhidas através de sistemas de Filtros regenerativos e de condensadores, Devido as dife- rengas entre os pontos de ebuligio respectivos, a con- donsacéo da égua ocorre em primeiro lugar e em seguida a dos agentes expansores, Refrigerante © “gua devem ser recuperados separadamente. Sendo que o objectivo pretendido é reduzir 20 mfnimo as perdas de ODS, mma unidade de tratamento total- mente automiética deve ser efectuada a monitorizagio das quantidades destas substncias em cada sector/acti- vidade relevante da unidade, de acordo com 0 quadro Monitorizagéo de perdas de ODS numa unidade de tratamento totalmente autométion nan tee “ln de eninge Extras de ge Concentasto de ODS no seo | Nio exten at 0 presente métodcsofllament acct a Earope Teepe. ‘pre dtermnagho de ODS em Slea de lbstcagio. No entun, {Alemania tem eavidedo elorgoe no tentdo da adopgio das ‘ormas DIN 53727 e BN ISO 1098-1 para ene ess, "Tturagio emoagem Vestipis de agentes espasores | Enguanto nfo xe encontrar defnido um método oficial para a deter- ‘ontidos nas espana aderentes ‘a fragmentos de met. Vestigios de espumas aderentes a Tragmentos de plistico, ‘inagto de espumas aderentesafragmentos de metal salternatira reside ma remogdo da expurma através de vérae tapicas a alas femperaturas Ainda nlo hd definigto da telhor téenien dispar rel, encontrando-e este aspect em revisio pela UNEP Pons ‘Techatcal Options Committe. A separagio dos componentes de termoplistico doe residuos do resto 4 conjunto térmico encontrase dependente de futuras cons. SeragGes quanto as melhores tenicas dspontves, Tem sido con. Sderida a hip6tese da distolugio dos termopléstios mantendo intact o restenteconjunto térmico, Este ego também se encontra fb revisio pela UNEP Foame Technical Options Committ Resfduos_ de agentes expantores Gissolvides na mate de polis: retano, Resuperagio de pociras de poliue ‘io erisem aié ao presente métodos analiticos europeus ofical- ‘mente azeites para a determinagio da concentragto reidual de (ODS em espumas. No entanto, existem alguns métodoranaiticos que tim vindo a ser uilizadas com sucesso, como por exerplo © méiodo desenvolvido pela Butterworth Laboratores no Reno ‘Unido. Ne Suis, tem vindo a ser dosonvolvido im metodo alter rativo pela enidade respoasdvel aquele pats pela geno de ext Gus. Anda que este metodo nfo etela ormalmentereconheedo, foi ciado na norma RAL-GZ 728, relatva& reilagem de eat pantonto de retzigereqac, ODS presentes ao sistema de ‘Tituragfo © moagem de equips ee eas | O rac de menor Perdas difusas para a atmotfera no | Emissdes stmostéricas de ODS intevor da ‘unidade de trata ‘ugas no sistema de extracgio de Monitorzagio continua com utlizasio de enalisadores de infae ‘vemelhos Recolha de ODS condensadas...., | ODS iguides “Método da deteesfo por fotclonizgto ou por detector defoniagio dechama (FID — flame onvation detector. (ODS na dg do local de descarga (esgoto) ou para cursos de agua uperfigal ob eubterinea. ‘Perdas pelos tubagens de efventes Tigudos 2 167-—31 de Agosto de 2005, DIARIO DA REPUBLICA —ISERIE-A 5298 UUnidades ce tratamanto eemisutomdticas ou manuals Osprocessos manuais podem ser distinguidos em duas classes: 1) Desmantelamento disereto ¢ parcial dos equi- pamentos—-em que 0s componentes com ‘espuma so expedidos para processamento com- pleto numa unidade de tratamento semiauto- tica ou totalmente automética; 2) Desmantelamento manual — que precede o envio directo para incineragio das espumas ¢ outros componentes. O principio de reduzir ao minimo as perdas de ODS € igualmente importante neste tipo de processamento, Deve ser garantido que o desmantelamento de frigo- tificos e congeladores mantenha os niveis de perdas de cespumas, contidas nos componentes de metal ¢ pléstico do equipamento, 0 mais baixo possivel. O poliuretano, no entanto, € um adesivo natural c os agentes expansores mantém-s¢ de forma significativa dissolvidos na matriz de poliuretano, © processo de desmantelamento estri- tamente manual néo permite a recuperagio ou a des- truigdo das espumas contidas nos equipamentos, ‘A monos que o operador consiga demonstrar que cum- pre os requisitos exigidos para as unidades totalmente autométicas, os processos de desmantelamento manual fou semiautomético mio deverdo ser implementados, Halons (© uso de halons encontra-se hoje restrito & neces- sidade de responder a situagSes ctiticas com aplicago na proteccio civil ou actividade militar, tendo sido proi- bida a sua produgéo. Enquanto nfo se encontrarem solu- {ges completas em substincias alternativas, a reciclagem € valorizagio de halons constitui um bom método para suprir fuluras necessidades criticas. Por outro ledo, a reciclagem 6 uma melhor alternativa & destruicéo, ‘A reciclagem de halons consiste na remogao de con- teminantes (eos, hirogénio, particlas) & partis de um processo de reftigeracio e filtragio de forma que © halon possa de novo ser re-introduzido num sistema de combate a incéndio, A valorizacao dos halons envolve fo seu reprovessamento com a consequente produgéo de um produto com novas especificagées através de pro- cessos de filtragio, destilagdo, refrigeracéo e vaporiza- io. Se o halon se mantiver contaminado, entéo a tiniea solugio possivel é a sua destruigéo, ara a reciclagem de halons, o sistema de bombagem deve permitir a transferéncia répida e eficiente do halon iiguido e gusoso do recipients para o equipamento de reciclagem, O sistema de reciclagem pode incluir dois madulos funcionando de forma automitica: 1) remogéo de contaminantes por process0 de filtragfo, e 2) remo- gio de hidrogénio por condensacéo do halon ¢ purga Go hidrogénio. A substituicdo dos filtros deve ser feita sem libertagio de halons. 23 —Destruigéo, — As substincias fluoradas, como 08 CFC, sio conhnecidas pelas suas excelentes caracte- risticas de establlidade, Esta vantagem, que se verifica durante a sua ulilizagéo, revela-se uma desvantagem quando o produto ou o equipamento onde se encontram atingem o seu fim de vida ‘Nos paises partes do Protocolo de Montreal a des- igho de ODS deve ser efectuada de acordo com as tecnotogias aprovadas pelo Protocolo. A maioria das tecnologias actualmente utilizadas agrupa-se entre ‘varias categorias de incineragio ¢ tocnologias de uti- lizagio de plasma, As tecnologias de destruicéo apro- vvadas no fmbito do Protocolo de Montreal e a sua apli- cabilidade para os grupos de ODS mais relevantes encontram-se sumarizadas no quadro n° 3 ‘Toonologlas de destrulgfo aceltes no ambito 'do Protocolo de Montreal erocre | dem | spams Efiitncia de destrugto ......| 99.99% | 99.99% | 959% Pirlo plasmahidrogénio x ‘Plasma mierondas x Formos imentelras x Retetoreraaking wo. x Desslogenagio.cataltcs em “ase gas eons eae Regetor vapor gobreaguosiée |X Ineineragio”teatduos_sidos ‘buns 7 x Incineragta de inecsto guide | x x Gxidagia efstrapor x x idlige pasma/argen x x | Indugio de radlosreguéncia plas ea x x Indineragho frna rotative cc x x 24 22 24 CFC's HCFC's HFC’s Os Fluidos — Tabelas e Quadros Quadro Fluidos Vt, 2008 (Proibida a Comerctaltzagtc) CFCs Manual Refrigerac&o e Ar Condicionado ‘Abril 2006 Manual Refrigeragao e Ar Condicionado Abril 2006 Manual Refrigeragao e Ar Condicionado i = Abril 2006, 2 See Manual Refrigeragao e Ar Condicionado apirac associacdo portycuesa da initia de retigerardoe ar concicionado luidos Frigongeneos mais usuais, Quadiro-Sintese de algumas propriedades relevantes (v3 - Abr 2006) Ea Nee] cas fan] SS eae ae ee ee feels pirat oes, ne Rit | Towtimear | ccur | ce | ome Sem Tes | uel! avefcomiten] GO a a eR PO Iz | Dicloradiemetans CRC | Branco oes mat 100 enti oar: |) Siete mas pte af eal cree |e PRetigaane pars ats cu ‘mui | ue or | 0 | corinwmenm | ccin, | crc | amcnn|fjeessie esas] 2 [sol ane] em] BE eae, ae Boe [eater | cam | ac | ow || ane SP nal” ad 3 Apter tic ese [a as [Sia P| naz | conanerneam | cnc, | cre | sell Psat ol 2 [al clans | a Gane || Stee cement el ao | tiemee | can | we |e (esaes a roe ed Ge oso % T ac{Somt| OB Bi [Dimes [CCL] Gre aa RT as ea 2 R23 | Dicowuituorewm [CHEEK HCFC | Cinzeato ee a SP ee Sn oe Rens Penmtvoretane | CHECK,| HEC | Castaiho: [° sam" hod a ir [ata | Soe nua | tenterene |crcue| ufc | aniee we es 5 | rae TE pane [e2-nisa+ Rin ee FOE Temi [ize tae an ear | ro ana [e22+R125-RI0 ee ae le iy “aS | ae Ee so Remap | Rt + R125 Ram SSS 00 a fan [Roshan io [f_ 2S aa Por Ran [RETR] Yee yeo [lf] On prereoe gel [wee] Fo a es yr i tame [ees 9 SS lle Eel nm | rain [RE fed rr hh Pa : aeee| 1 zalea eee nant | rudmaziis | aE “ae ere el elem moo | rumen [SER =. ‘ioc siye| ave] | SB Teas | Par eh | SSE fares | rc] man] POE He | Séeiec | (comet) od = Se 2 . | aa | co, | Cem Faery a Ee a : vo [eee ad eer ee, eseinmass Rar ease saeenae Sp pears eee Spo ence OO ee oe ree Abril 2006 23 Incidéncias Ambientais —- Acc&o sobre a camada de Ozono 3.1 Introdugao 3.2 Enquadramento legal 3.3 Oqueéo ozono? 3.4 Oque 6a camada de ozono? 3.5 Oqueéo buraco da camada de ozono? 3.6 Consequéncias da exposi¢ao aos raios UV 3.7 Substituigao dos fluidos prejudiciais para a camada de ozono 3.8 Diferengas entre CFC, HCFC, HFC 3.9 Situagao portuguesa V.4, 2008 (Proibida a Comercializagétg) Manual Refrigeracao e Ar Condicionado 3.1 INTRODUGAO Ao fim de um longo periodo ceracterizado pela ideia de que as quest6es ambientais ram assuntos de importéncia secundiéria, assiste-se hoje a uma tomada de consciéncia generalizada, com a comunidade internacional a debruger- se com atengfo e preocupagto sobre as solugdes poss{veis para os problemas criados. Ao mesmo tempo, procura-se encontrar um conjunto de boas préticas que, na medida do possfvel, proporcionem a manutengfo de uma qualidade de vida apreciavel, sem comprometer um bom quadro ambiental. Entre as preocupagties referidas, a da camada de ozono tem uma importincia primordial, nfo s6 pelas suns consequéncias 20 nivel da saide piblica, mas também pelas implicagdes directas ou indirectas no clima e nos ccomportamentos dos organismas vivos em gerel, Determinados os agentes responsiveis pela progressiva destruigdo da camada de ozono, foi possivel concluir pela sua clara ligagdo & actividade humana, em sectores bem determinados e em moldes passiveis de correegdo urgente. Entre essas actividades encontram-se as que de algum modo se viam na necessidade de manusear determinados fluidos halogenados, como ¢ 0 caso das instalagdes de reffigeragto e ar condicionado, os aerosssis, fabrico de determinados tipos de embalagens ¢ outzas actividades utilizadoras de halons, como por exemplo as ligadas aos cextintores para incéndios. Estabelecidos os acordos intemacionais adequados ao nfvel de preocupagdo cientficamente estabelecicos, passou-se A fase das legislagdes nacionais, chegando finalmente 0 momento para que também em Portugal se iniciasse 0 proceso de regulamentagao e controle do problema, 1Na lideranga desse processo encontra-se 0 Instituto do Ambiente que, nos termos da lei, se fez rodear de entidades ligadas aos sectores em causa, estabelecendo mecanismos de certificaglo de técnicos para manuseamento dos referidos fluidos. © Decreto-Lei 152/2005 ¢ o instrumento legal eriado para dar cumprimento as exigéncias ambientais, estabelecendo normas de actuagao, formalismos ¢ enquadramento dos técnicos capacitados para este tipo de trabalhos. ‘No entanto estas normas s6 poderio ser efectivas se a0 nivel das praticas houver um conhecimento minimamente s6lido dos modos de proceder, das causas desse proceder e das consequéncias X associadas as més priticas, Este texto da APIEF 6 um passo no sentido de proporcionar e divulgar esse conhecimento. 3.2 ENQUADRAMENTO LEGAL © documento fundamental para a alteragio de comportamentos fice & questo da camada de ozono foi o Protocolo de Montreal, estabelecido ex 1988 pelo UNEP, United Nations Environment Program, e ao qual foram adicionadas sucessivos ajustes ou emendas (Londres, 1992; Copenhaga, 1992; Viena, 1995; Montreal, 1997; Pequim, 1999), © texto completo do protocolo pode ser consultado na Internet, no enderego ‘ttpu/ha.umep.org/ozone/Montreal-ProtocolMontreal-Protoco!2000 shim Sucessivos paises foram aderindo a0 protocolo e pondo em pritica as suas recomenclag6es, verificando-se que, em 1992 0 consumo de CFC jé havia sido reduzido em cerca de 40% em todo o mundo, permanecendo no entento grandes quantidades de fluidos anmazenados em mltiplas instalagdes. Abril 2006 a Manual Refrigeragao ¢ Ar Condicionado O Dec-Let 119/2002 de 20 ABR. implementou na ordem juridica interna o Reg.(CR) 2037/2000 relative as substiniias que empobrecom a camada de ozono. ‘Na sequéncia deste decreto surge o presente Dee.-Lel 152/2005 de 31 de Agosto, que veio definir os requisites de qualificacbes minimas para o pessoal sénico habilitedo a realizar as operagdes de recuperagdo, reciclagem, valorizagao e destruigho dos fluidos existentes nos sistemas frigorificos e bombas de calor (e também dos equipamentos de proteogto contra incéndios ¢ solvents). © Decreto 152/205 encontra-se em plena efectividade ¢ constitui um desafio sério nfo 6 para os profissionais que devam manuscar fluidos que empobregam a camada do ozono, mas também para quem os coniratar ou para os proprietirios dos cequipamentos que utilizem aqueles fluidos. Por outro lado, silo definidas algumas regras quanto aos processos de recuperagto, reciclagem e valorizagto dos fluidos, num émbito que envolve no sé os técnicos mas também as entidades ligadas ao adequado manuseamento dos mesmos enquanto residuos. 3.3 0 QUE EO OZONO? © ozono & um gés cuja molécula 6 constitulda por 3 dtomos de oxigénio (0s). Os dtomos de oxigénio isolados (0) so altamente instiveis, ou seja, tém tendéncia a ligar-se com outro étomo de oxigénio que aparecer por perto, Este é 0 motivo porque o oxigénio ¢ -quase sempre encontrado aos pares (na sua forma molecular diatomica), em que & muito mais estive. 0 oxigénio que respiramos, que existe na nossa atmosfera & constituldo por 2 dtomos de oxigénio (0,). A molécula de ozono, Os, resulta da ligagto de 3 dtomos de oxigénio ¢ é muito menos estavel do que 0 O3 ¢ por isso também tem tendéneia a assumir a forma diat6mica se encontrar uma particula, moléeula ou ito, de outra natureza, que Ihe “solieite” o dtomo de oxigénio resultante dessa passagem a Oz, (Nota: um ido é uma particula, seja tomo ou conjunto de étomos, carregada electricamente, como por exemplo o io cloreto (Cl-) Oxigénio ale atérico Distémica © oZONO. ‘Abril 2006 28 Manual Refrigeragao e Ar Condicionado Quando ha moléculas de ozono em mimeto suficiente consegue-se vé-lo como um gis azul pélido, A sua molécule 6 bastante instével e combina-se com facilidade com outros quaisquer stomos. O ozono tanto pode existir na troposfera — onde o Homem vive e se movimenta — como na estratosfera — entre 30 © 40 km de altitude e apresenta-se sempre com a mesma férmula quimica, Os. Para a vida na Terra o ozono pode ser bom e pode ser mau, O local onde o encontramos é que define se ele é “bom” ou “mau”, Na troposferg, a nivel de terra ¢ do mar, ele & mau pois é um poluente prejudicial & sade humana, & vegetagfo © a muitos materais comrentes. Ele fz parte do “smog” que de vez ett quando se vé sobre as grandes cidades. oS pend Na stratosfera encontramos 0 ozono hom que protege a vida na Tetra dos devastadores efeitos dos temiveis ros ultta-violeta emitidos pelo Sol OZONO PRINCIPAIS CARACTERISTICAS Etimologla Do grego odzein, exalar um odor al Formula Os ‘Trés dtornes de oxigénio Forma alotrépica do oxigénio Alotrépico: que existe sob varias formas fisices Natureza Gas: Cor Azul ‘Odor Forte e penetrante Densidade 1,66 Liquetaccae - 112 °C Decompée-se a 100 °C E mais oxidante que 0 oxigénio Destréi as matérias orgSnicas por oxidacio Utllizagao § —_‘Bactericida § — Desinfeceéo do ar § _ Esterilizagdo de dgua § Branqueamento de téxtels § ___Envelhecimento de madeiras, de vinho Producao § Plantas (em simult&neo com o oxigénioy § — ReaceSo fotoquimica na alta atmosfera § Descargas eléctricas § Reaccbes quimicas ‘Atencao § Perigoso de respirar § _Irradiago penetrante ~ Mutagées biolégicas = Cancros de pele Descoberto 51840 ‘Abril 2006 9 3.4.0 QUE E A CAMADA DE OZONO? A. constituigho’ da _atmosfera que envolve 0 nosso planeta bem conhecida hé muitos anos. Mas o que s6 se descobriu mais tarde foi que se nflo houvesse virios filtros a bloquear a incidéncia dos raios ultra- violetas, a vida ndo seria possivel. U-V e vida sfo incompativeis!.. ‘Na figura ao lado podem ver os vtios fltros que nos protegem, (Que existia na estratosfera uma camada de um gés azulado, entre 30 € 40 km de altura, envolvendo a Terra, jé se sabia desde os finais do séeulo XIX. Que esse gis, a que entreianto se deu o nome de ozono, bloqueava a passagem dos raios ultra-violetas,s6 se descabrit ao longo dos primeiros anos do séeulo XX, Se fosse possivel compactar todas as moléeulas de ozono existentes na estratosfera, « espessura da camada obtida, pasme-se, seria de 3 mm. Exosfera ——_» 400 em altinde Termosfera ——p300in Mesosfera——® soi Estratosfera—_» im CEC’s, Abril 2006 elas indtistrias Manual Refrigeracdo e Ar Condicionado Joe Farman, Brian Gardiner © Jonathan Shanklin — a equipa de ‘lentstas qu em 1985 descobriao buraoo na eamada de ozono, Foi apenas no ano do nosso «25 de Abriby que cientistas ameticanos formulatam pela primeira vez a teoria do empobrecimento da camada de ozono por impacto de produtos — fabricados nomeadamente, por causa das substincias chamades guimicas, 30 Manual Refrigeracdo @ Ar Condicionado Em 1985 soou o primeiro alarme vindo de cientistas das bases da Antértida que afirmavam que desde hé uns anos, za Primavera, 0 ozono comegou a abrir um buraco de ano para ano maior (tomou-se possivel et poucos anos observar-se a sequéncia seguinte): Evolugdo do buraco na camada de ozono apés 1979, Verifica-se que o seu tamanho aumentou regularmente. ‘Como é que a eamada de ozono ¢ destruida pelos nossos CFC’s? Como os CFC's foram libertados na atmosfera, por serem “mais eves" que o ar, sobem até & estratosfera, onde se encontra 0 ozono. Al, por acgto dos raios UV, a molécula dos CFC’s “‘cinde-se” e “sobra” cloro livre que vai “agarrat” um dos trés étomos de oxigénio do czono, destruindo portanto uma molécula de ozono, ‘Um tomo de cloro vai ajudar a destruir uma molécula de ozono, 05+ C.-» 0; + CLO liberta-se oxigénio O; (estavel) ¢ flea CIO (instivel) Este Cl O capta mais um étomo de oxigénio de outra molécula de ozono e forma-se CIO; que sendo instével cinde- see volta a ficar cloro isolado e liberta-se mais oxigénio diatémico (estavel). C10+0-+ C10; +02 © mesmo cloro solto vai a nova molécula de ozono e repete 0 processo, destrdi-a 05% Ch. assim sucessivamente, Relembremos R12 6 diclorodifluormetano = C Ch F R22 é monoclorodifuormetano = C C1HF; Portanto, uma molécula de qualquer CFC (pelo facto de ter cloro na sua molécula) — vista do lado do ozono — ser considerado “um assassino em série”... 2 ‘Um s6 tomo de cloro pode destruir até 100 000 moléculas de ozono, Gravara original Contre for Atmospheric Science Univ. de Cambridge Abril 2006 31 Seige Manual Reftigeragao e Ar Condictonado 3.6 CONSEQUENCIAS DA EXPOSICAO AOS RAIOS UV E vital, para bem dos organismos vivos, que os raios UV dos vérios comprimento de onda no penctrem na stmosfera terrestro A diminuig#o de espessura da camada de ozono, vai permitir que os raios ultravioletas (UV-C, UV-B, UV-A) penetrem ¢ incidam mais intensamente na Terra, Eles causam danos tiio graves com: -Aumento de canctos e envelhecimento de pele; ‘Quoimaduras superficisis; Conjuntivite e cataratas; Destruig&é do ADN genético; Doengas do sistema imunitrio; Redugio da fotossintese (e, como tal, desaparecimento do plincton - primeiro elo da cadeia alimentar aquética - e diminuigto do rendimento e da qualidade das culturas); © Mudangas na composigiio quimica da troposfera, ow seja, aceleragtio do smog fotoguimico, estimulando assim a produgto do ‘ozon0 tropostérico; * Alteragbes climéticas Uma pequena diminuigto de 1% na quantidade de ozono provoca um aumento de 1,3 a 1,8% na radiagto ultra- violeta que atinge a Terra, o que provoca um aumento de 2% de casos de cancros de pele, 3.7 SUBSTITUIGAO DOS FLUIDOS PREJUDICIAIS PARA A CAMADA DE OZONO Face aos problemas atrés expostos, tomou-se nevessério definir estratégias de progressiva substituiglo dos fluidos prejudiciais por outros com cardcter no agressivo para a camada de ozono. Essa substituiglo, estabelecida feseadamente para novas instalagdes, conforme quadto de datas adiante exposto envolve no s6 novas instalagdes, mas também métodos de abordagem dos fluidos residentes em instalagdes antigas, tendo surgido diversas solugbes ara o efeito. Essas solupbes t2m vindo a evoluir ¢ as indéstrias encontram hoje em dia diversos fluidos ou misturas de fluidos, capazes de desempenhar papéis semelhantes aos anteriormente usados, mas sem os riscos para 0 ozono a eles associado, ‘Abril 2006 es

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