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Londrina
2010
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Londrina
2010
1
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________________
Orientador André Luiz Balestero
Faculdade Pitágoras Londrina
____________________________________
Prof. Marcel Eduardo Viotto Romero
Faculdade Pitágoras Londrina
____________________________________
Prof. Rodrigo Z. Fanucche
Faculdade Pitágoras Londrina
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Aos motoristas da van e ao dono das vans, Marco Antônio, que também
já foi companheiro do bar.
Ésquilo
6
RESUMO
Para proteger uma instalação elétrica industrial é necessário determinar como o
circuito será protegido, utilizando de maneira adequada dispositivos de atuação,
buscando a finalidade à qual a proteção se propõe, e para isso é necessário
seletividade, exatidão, segurança e sensibilidade ideal da proteção. Este projeto
apresentará um exemplo de cálculo e dimensionamento da proteção, utilizando uma
das metodologias existentes para cálculos de curto circuito. Serão apresentados
alguns dispositivos básicos de proteção, e métodos de dimensionamento utilizando
as correntes de curto-circuito obtidas nos cálculos, buscando um funcionamento
dentro da tensão, corrente, freqüência e tempo, dentro das especificações dos
circuitos e equipamentos instalados e determinar a melhor localização dos
dispositivos de proteção, conforme as normas vigentes. A implantação destes
dispositivos, de maneira adequada, procura garantir a continuidade e proteção de
equipamentos.
ABSTRACT
To protect an industrial electrical installation is necessary to determine how the circuit
will be protected by using properly actuation devices, seeking the purpose for which
protection is proposed, and this requires selectivity, accuracy, security and protection
of the right sensitivity. This project will present an example of calculation and sizing
of protection, using one of the existing methodologies to calculate short-circuit
currents. Will be shown some basic devices for protection, and sizing methods using
the short-circuit currents obtained on calculations, trying to operate within the
voltage, current, frequency and time, within specifications of circuits and equipment
installed and determine the best location of protection devices, according to current
regulations. The deployment of these devices, as appropriate, seeks to ensure the
continuity and protection of the equipments.
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................. 12
2. OBJETIVO ....................................................................................... 13
2.1. OBJETIVO GERAL.............................................................................................. 13
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................. 13
7. CONCLUSÃO .................................................................................. 92
8. REFERÊNCIAS ................................................................................ 94
12
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO
Corrente
Tempo
Corrente
Tempo
Corrente
Tempo
Corrente
Tempo
(3.1)
(3.2)
A figura 3.6 (a) mostra β nulo quando ocorre o defeito no com a tensão do
sistema é nula, e o figura 3.6 (b) que mostra o defeito quando o sistema está em
ponto de tensão máxima e β = 90°.
20
θ – ângulo que mede a relação entre a reatância e a resistência do sistema e tem valor igual a:
(3.3)
Para X>>R
Para o instante t = 0
21
Para X>>R
Para o instante t = 0
(a) (b)
Figura 3.6 – Corrente de curto-circuito em função do valor da tensão para t = 0
(Fonte: Mamede, 2007, pg. 233)
que a reatância (R>>X), fazendo com que o segundo termo da equação tenda a zero
também, pois é diretamento proporcional a constante de tempo.
(3.4)
Fa = fator de assimetria
(3.5)
Quanto menor for a relação entre X/R, menor será a constante assimétrica,
portanto o valor da corrente assimétrica de curto circuito será menor.
O valor em p.u. pode ser obtido dividindo uma determinada grandeza por
um valor de base. Por exemplo, uma impedância com valor de 100 Ω, adotando um
valor de base de 10 Ω, teremos 10 p.u., pois:
Assim:
25
Caso o valor fornecido seja em p.u., basta conhecer o valor de base para
obter o valor da grandeza, conforme equação:
Assim:
(3.6)
26
(3.7)
c) Impedância de base:
(3.8)
(3.9)
a) Tensão:
(3.10)
b) Corrente:
(3.11)
c) Potência:
(3.12)
d) Impedância:
(3.13)
27
Figura 3.9 – Curto-circuito bifásico com Figura 3.10 – Curto-circuito monofásico fase-
terra terra
(Fonte: Mamede 2007, pg. 239) (Fonte: Mamede 2007, pg. 239)
(3.14)
(3.15)
(3.16)
31
(3.17)
(3.18)
Impedância unitária:
(3.19)
(3.20)
32
(3.21)
(3.22)
(3.23)
(3.24)
(3.25)
(3.26)
(3.27)
(3.28)
(3.29)
(3.30)
(3.31)
37
Tabela 3.4 – Capacidade de corrente para barras redondas de cobre com pintura e
sem pintura
Diâmetro Capacidade de Corrente
Seção Peso Resistência Reatância
Externo Permanente
Barra Pintada Barra Nua
Mm mm2 kg/m mΩ/m mΩ/m
A A
5 19,6 0,175 0,1146 0,2928 95 85
8 50,3 0,447 0,4343 0,2572 179 159
10 78,5 0,699 0,2893 0,2405 243 213
16 201,0 1,79 0,1086 0,2050 464 401
20 314,0 2,80 0,0695 0,1882 629 539
32 804,0 7,16 0,0271 0,1528 1.160 976
50 1960,0 17,5 0,0111 0,1192 1.930 1.610
(Fonte: Mamede, 2007; pg. 149)
38
Tabela 3.5 – Capacidade de corrente para barras retangulares de cobre com pintura
e sem pintura
Largura Espessura Seção Resistência Reatância Capacidade de Corrente Permanente (A)
1 2 3 1 2 3
12 2 23,5 0,9297 0,2859 123 202 228 108 182 216
(3.32)
A corrente de base é:
(3.33)
(3.34)
40
(3.35)
(3.36)
(3.37)
(3.38)
41
Segundo Mamede (2007, pg. 246), “o valor máximo admitido por norma
de diversas concessionárias de energia elétrica da impedância de malha de terra
(Rmt) é de 10 Ω, nos sistemas de 15 a 25 kV, e é caracterizado pelo seu componente
resistivo”.
(3.39)
Em geral, Zu0c é:
(3.40)
(3.41)
(3.42)
(3.43)
(4.1)
Onde:
Ics – corrente de curto-circuito que atravessa o dispositivo de proteção
T – tempo de duração da corrente de curto-circuito
(4.2)
Onde:
k2 X S2 – integral de Joule para aquecimento do condutor da temperatura
máxima de operação contínua até a temperatura de curto-circuito, admitindo
aquecimento adiabático, onde k tem valores diferentes para diferentes tipos de
condutor e isolamento conforme tabela (4.1);
S – área da seção transversal do cabo, em mm2.
50
Tabela 4.1 – Valores de k para condutores com isolação de PVC, EPR e XLPE.
Isolação do condutor
PVC
2
EPR/XLPE
≤ 300 mm > 300 mm2
Material do condutor
Temperatura
Inicial Final Inicial Final Inicial Final
70°C 160°C 70°C 140°C 90°C 250°C
Cobre 115 103 143
Alumínio 76 68 94
Emendas soldadas em condutores de
115 - -
cobre
NOTAS
1. Outros valores de k, para os casos mencionados abaixo, ainda não estão
normalizados:
- condutores de pequena seção (principalmente para seções inferiores a 10 mm2);
- curtos-circuitos de duração superior a 5 s;
- outros tipos de emendas nos condutores;
- condutores nus.
2. Os valores de k indicados na tabela são baseados na IEC 60724.
(Fonte: norma NBR 5410/2004, pg. 68)
(4.3)
(4.3)
52
(5.1)
(5.2)
(5.3)
(5.4)
(5.5)
Conforme cita Mamede (2010, pg. 347), de acordo com a NBR 5361 que
especifica disjuntores de baixa tensão, só podem ser aplicadas as condições de
sobrecarga previstas nas equações 5.1 e 5.2.
56
A A A
Fusível gII
Todas 1,2 x In 1,6 x In
Fusível gG
Todas 1,25 x In 1,6 x In
Disjuntor em caixa
Todas 1,05 x In 1,35 x In
moldada tipo G
(5.6)
59
(5.7)
(5.8)
(5.9)
5.2. FUSÍVEIS
Fusível de vidro; fusível Diazed, fusível tipo NH, fusíveis tipo cartucho
Figura 5.3 – Amostras de fusíveis
61
Essa liga de solda do elemento fusível, além de ter uma resistência maior
que o resto do fio (ou lâmina), tem também sua temperatura de fusão inferior.
- fusível tipo cartucho, tem formato de um tubo e seus contatos ficam nas
extremidades e essas têm forma de virola ou faca;
(5.10)
Onde:
Ipm = Inm X Rcpm
Inf – corrente nominal do fusível, em A;
Ipm – corrente de rotor bloqueado ou corrente de partida, em A;
Rcpm – relação entre corrente de partida e a corrente nominal, dada na
tabela 5.4 ou em tabela ou placa do fornecedor do motor;
Inm – corrente nominal do motor, em A;
K – fator de multiplicação (tabela 5.3).
65
(6, 16, 25, 40, 63, 100, 160, 250, 400, 630 e 1000 A)
Figura 5.8 – Zona de atuação – fusíveis NH
(10, 20, 32, 50, 80, 125, 200, 315, 500, 800 e 1250 A)
Figura 5.9 – Zona de atuação – fusíveis NH
68
6. ESTUDO DE CASO
Este projeto não será implantado na empresa, será utilizado apenas para
fins didáticos. O projeto apresentará apenas dados referentes à proteção contra
curto-circuitos, não sendo mencionados mecanismos de controle de motores,
medição, etc.
6.2. CÁLCULOS
b) Impedância do transformador.
- Seqüência positiva:
73
Nas equações abaixo, Pb e Pnt são iguais e Vnt e Vb também são iguais,
- Seqüência zero:
Comprimento (Lc) = 62 m;
Número de condutores (Nc) = 2;
Seção transversal do condutor = 185 mm2.
- Seqüência positiva:
75
- Seqüência zero:
- Impedância acumulada:
76
- Seqüência positiva:
- Seqüência zero:
- Impedância acumulada:
77
CCM1
o Seqüência positiva:
o Seqüência zero:
o Acumulado:
CCM2
o Seqüência positiva:
o Seqüência zero:
o Acumulado:
78
CCM3
o Seqüência positiva:
o Seqüência zero:
o Acumulado:
CCM4
o Seqüência positiva:
o Seqüência zero:
o Acumulado:
CCM5
o Seqüência positiva:
o Seqüência zero:
o Acumulado:
79
CCM6
o Seqüência positiva:
o Seqüência zero:
o Acumulado:
CCM7
o Seqüência positiva:
o Seqüência zero:
o Acumulado:
Ics (kA) Ica (kA) Icim (kA) Icb (kA) Iftma (kA) Iftmi (A)
4,33 5,15 7,29 3,75 2,30 9,38
Ics (kA) Ica (kA) Icim (kA) Icb (kA) Iftma (kA) Iftmi (A)
4,30 5,12 7,24 3,72 2,29 9,38
CCM2
Ics (kA) Ica (kA) Icim (kA) Icb (kA) Iftma (kA) Iftmi (A)
1,97 1,97 2,79 1,71 1,33 9,35
CCM3
Ics (kA) Ica (kA) Icim (kA) Icb (kA) Iftma (kA) Iftmi (A)
1,11 1,11 1,57 0,96 0,88 9,31
CCM4
Ics (kA) Ica (kA) Icim (kA) Icb (kA) Iftma (kA) Iftmi (A)
1,15 1,15 1,63 1 0,87 9,31
CCM5
Ics (kA) Ica (kA) Icim (kA) Icb (kA) Iftma (kA) Iftmi (A)
0,94 0,94 1,33 0,81 0,73 9,29
84
CCM6
Ics (kA) Ica (kA) Icim (kA) Icb (kA) Iftma (kA) Iftmi (A)
3,28 3,51 4,96 2,84 1,38 9,36
CCM7
Ics (kA) Ica (kA) Icim (kA) Icb (kA) Iftma (kA) Iftmi (A)
3,19 3,32 4,69 2,76 1,65 9,37
Inf ≤ Ipm X K
Tabela 6.2 – Corrente de partida e corrente de trabalho dos motores (com base na
tabela 6.1)
Ref. Corrente de partida (A) Corrente corrigida de partida (A) Corrente nominal de trabalho (A)
M1 101,64 40,66 26,6
M2 36,3 18,15 5,5
M3 53,06 21,22 13,1
M4 10,45 5,23 1,9
M5 17,5 8,75 3,5
M6 5,72 2,86 1,08
M7 18 9 3
M8 2,66 1,33 0,95
M9 66,22 26,49 13,4
M10 55,3 22,12 13,7
M11 53,55 21,42 15
M12 36,3 18,15 9,5
M13 55,3 22,12 13,7
M14 195,84 78,34 52
M15 294,44 117,78 78
M16 3,53 1,77 1,07
M17 2,34 1,17 0,78
M18 3,9 1,95 0,78
M19 5,76 2,88 1,2
M20 5,98 2,99 1,3
M21 4,97 2,48 1,08
M22 7,73 3,86 1,61
M23 7,97 3,98 1,66
M24 3,06 1,53 0,6
M25 9,24 4,62 1,68
M26 7,91 3,95 1,34
M27 9,24 4,62 1,68
M28 12,42 6,21 2,3
M29 14,52 7,26 2,2
M30 12,6 6,3 1,75
M31 17,61 8,81 2,59
M32 36,3 18,15 9,5
M33 36 18 8,3
Tabela 6.4 – Fusível e Corrente de Corte (Taf < Tsc para satisfazer proteção)
Corrente CC Modelo do Tempo de Corrente
Tsc
Ref. CCM no CCM Fusível Atuação (Taf) de Corte Satisfaz/Sugestão
(s)
(kA) Escolhido em (s) (kA)
M1 1 1,85 Diazed 35 A << 0,01 2,5 0,061 Sim
M2 1 1,85 NH 16 A << 0,01 1,4 0,024 Sim
M3 2 1,97 Diazed 16 A << 0,01 1,5 0,021 Sim
M4 3 1,11 NH 6 A << 0,01 0,55 0,066 Sim
M5 3 1,11 Diazed 6 A << 0,01 0,7 0,066 Sim
M6 3 1,11 Diazed 2 A << 0,01 0,22 0,066 Sim
M7 4 1,15 Diazed 6 A << 0,01 0,7 0,061 Sim
M8 4 1,15 Não satisfaz - - - -
M9 4 1,15 NH 25 A << 0,01 1,2 0,061 Sim
M10 5 0,94 Diazed 16 A << 0,01 1 0,092 Sim
M11 6 3,28 Diazed 16 A << 0,01 1,6 0,007 Substituir Condutor
M12 6 3,28 NH 16 A << 0,01 1,5 0,007 Substituir Condutor
M13 6 3,28 Diazed 16 A << 0,01 1,6 0,007 Substituir Condutor
M14 6 3,28 Diazed 63 A << 0,01 4 0,007 Substituir Condutor
M15 6 3,28 NH 80 A << 0,01 1,3 0,007 Substituir Condutor
M16 7 3,19 Não satisfaz - - - -
M17 7 3,19 Não satisfaz - - - -
M18 7 3,19 Não satisfaz - - - -
M19 7 3,19 Diazed 2 A << 0,01 0,32 0,008 Substituir Condutor
M20 7 3,19 Diazed 2 A << 0,01 0,32 0,008 Substituir Condutor
M21 7 3,19 Diazed 2 A << 0,01 0,32 0,008 Substituir Condutor
M22 7 3,19 Diazed 2 A << 0,01 0,32 0,008 Substituir Condutor
M23 7 3,19 Não satisfaz - - - -
M24 7 3,19 Não satisfaz - - - -
M25 7 3,19 Diazed 4 A << 0,01 0,55 0,008 Substituir Condutor
M26 7 3,19 Não Satisfaz - - - -
M27 7 3,19 Diazed 4 A << 0,01 0,55 0,008 Substituir Condutor
M28 7 3,19 NH 6 A << 0,01 0,7 0,008 Substituir Condutor
M29 7 3,19 Diazed 4 A << 0,01 0,55 0,008 Substituir Condutor
M30 7 3,19 Diazed 4 A << 0,01 0,55 0,008 Substituir Condutor
M31 7 3,19 Diazed 4 A << 0,01 0,55 0,008 Substituir Condutor
M32 7 3,19 NH 16 A << 0,01 1,5 0,008 Substituir Condutor
M33 7 3,19 NH 16 A << 0,01 1,5 0,008 Substituir Condutor
Nos casos onde está marcado como sugestão “substituir condutor” será
necessário redimensionar os condutores dos motores e refazer os cálculos de tempo
máximo suportável pelo condutor.
90
7. CONCLUSÃO
Com este trabalho foi possível conhecer uma das metodologias de cálculo
de curto-circuito e aplicação de equipamentos para proteção, tanto contra
sobrecargas, quanto curto-circuitos. Porem é necessário fazer um estudo mais
detalhado sobre outras metodologias e comparar a eficiência de cada uma delas.
8. REFERÊNCIAS
WEG Equipamentos Elétricos S.A. Automação: Fusíveis D e NH. Disponível em: <
www.weg.net >. Acesso em: 23 agosto 2010.
WEG Equipamentos Elétricos S.A. Motores: Motores Elétricos. Disponível em: <
www.weg.net >. Acesso em: 23 agosto 2010.