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REVISTA TRIMENSAL INSTITUTO HISTORICO Geographico ¢ Ethnographico do Brasil WUNDADO NO RIO DE JANEIRO DEBAIXO DA IMMEDIATA PROTEOGAO DE S.M.1. 0 Sr. D. Pedro Ul ‘TOMO XXXVI y Parte primetra Hot fact, ut longos durent bene gesta per anos EL possint sera posteritate (rui. RIO DE JANEIRO R. 1. Garnier — Livrelro-editor 69 Rua do Ouvidor 69 REVISTA TRIMENSAL ¢. INSTITUTO HISTORICO & GEOGRAPHICO E ETHNOGRAPHICO DO BRASIL . —_ 4 TRIMESTUE DE 1873 SUMMARIO DAS ARMADAS QUE SE FIZERAM E GUERRAS QUE SE DERAM NA CONQUISTA DO RIO PARAHYDA : Escriptoe feito por mandsdo do muito reverendo padre'em Christo, 2 © padre Christovilo de Gourds, visitador da eompanhia de Josus de toda a provineid do Brasil, é (Copia do originat existente na Bibtiothsea Nacional te Lisboa, offerecida 19 Instituto pelo Dr. Antonio Honriyues Lecl Anles de entrar tia relagio das guerras armadus, que os reis deste reino mandarin dar e fazer eemtra 0 gentio Pi figuar, senhor de mais de quatrocentas leguas por costa f; Weste rio do Parahyba até o do Maranhio, que comecaram * no tempo de Luiz dp Brito de Almeida, governador-goral deste Estalo. do Brasil, e se acabaram no tempo do licen elado Martim Leitio, oavidor geral do mesmo Estado, e que por mandado de el-rei D. Filipe, nosso senhor, os eonquis= a tow © povoou o rio Parahyba, me pareveu fazer uma breve = descripgio delle & do estado em qne es Pernambuco e Tamai ellis, para mais farilmente no decurso desta histori: tenderem muitas cousas, a qual é a seguinte : = t= CAPITULO T © rio Parahyba, que nas carlas de marear se chama S. Domingos, est em seis grios da banda do sul ; corre por © Fumo que os mareantes chamam nornoroeste, susueste a barra & entrada; corre pelo dé nordeste susudoeste até a ponta do Cabedetlo, que é ja dentro, Tem de baixa-mar, no mais baixo, em im banco que faz de arda, quatro bragas, alli para dentro, pelo rio acima, temseise sete. A bocca da ‘abra que 0 rio faz tera de largo uma legua, ¢0 canal que vai pelo meio, que é0 que chanamos barra, tem um quarto de legua, e todo o mais de uma parte e outra 6 muito aparcal- Jado. 0 fundo é de aréa, muito limpa e sem nenhuma pe- dra, © assim muito maior porto, e cagaz de maiores embarcagbes que 0 de Pernambuco e Tamarac, dos quacs dista vinte @ duas legaas do de Pernambueo e dezesele do de Tamaracd por cosa para a handa do norte, ¢ os arret fes que correm 20 longo de toda esta quebeam alli mi Pelo rio acima uma legua, da banda do norte, tem uma illia formos de arvoredo, de uma legua dy comprido eum tergo de largo, defronte da qual esta o surgidoura ou porto das ‘Nans, capaz de grande quantidade d'ellas, e abrigado de to- dos 0s Yentos. Da parte do sal faz o rio um formoso canal, pelo qual, acima duas leguas, podem ir navios de cem to- neis, © outras tres mais acima grandes caraveles, que & até onde chega a represi da maré, Da parte do norte vai oulro brago que divide a ithada terra firme, ¢ n’ella de~ fronte da ponta da ilha, da parte de cima, onde o rip seco- meca a dividir e fazer itha, se feo primeiro forte por ordem do general Diogo Flores de Valdez. Este rio, que torna depois solo on oito leguas ao sul, tem uma yarzea de mais de qua- torze de comprido, ¢ de largo tem duas mil bragas, e seis centas no mais estreito, toda retalhada de esteiros ¢ rios a caudaes de agua doce, que podem dar mais de quarenta en- genhos de assucar, por toda a terra Ser singular para canna, com o servigy de mar, 0 de menos fabrica do Brasil, por ser rio morto, © pelo menos de inverno todo navegavel, ¢ de Verio mais deseis, sete leguas, cont caraveldes, que tam= bem entram nos rios que n’elle se ‘mettem, que sio muitos e Proveitosos por abundarem de muitos pesados e miariseos, com oultas muitas terras para cannas, mantimentos, pastose lenhas, que sé a dos. manguos as fazem infinitas. Pois as ou- tras varzeas que ha entre Pernambuco e 4 Parahyba, e ja~ zem a0 longo dos rios, que entre ostas duas capitanias mais pegados ao-Parahyba éitram no mar, nao’ promettem me- nos proveito, antes muito granide ; fallo por varzeas, porque esta 6 sémente a boa terra do. Brasil, qué os outeiros ou al- los no dio canna, a9 menos n'estas capilanias do norte, @ quando n’elles acerta’a terra ser boa di Mwantimentos, mas nio canna, que sémente se dams varzeas, qué é a terra babs ao longo dos rios oa de grandes alagadicos, que no Brasil. ha muitos, principalmente perto do mir, onde os ha, Grandes, © a8 matas das arvores si muito maiores @ muito mals altas! e grossis que no sertio, onde nao ha rios nem aguas sendo de pogos, que com muita difficutdade se acha, Emfim, todo 6 sortao do Brasil 6 muito esteril, de pouco malo ¢ terra desaventurada, que com trabalho dia man- dioca que os negris plantam como bacéllos, e em dez, doze mozes se faz Uo grossa vomo grandes nabos, mas com raizes comprides, com muitas pernas @ tenras, que raladas dio muita farinka, ¢om que elles e os hraneos se sustentam, o depois: do trigo-6 o:melhor mantimento que se sabe; prin- Cipalmente deitada de molho faz singular farinha mer em fresca, que s¢ parece como nosso cuscuz; fi {lambert outros beijfis, que sto sedondos como manquaes(?) ou comprides, "como querem, souco mais grosso que hos- tias: & muito bom comer, porque toma o gosto ou sabor natural daquillo com que 6 comem, Fazem mais outra fo~ rinha d'estas raizes, a que tambem chamam mandioca, ‘mais cosida para durar muitos mezes, com que yém ao reino @ irdo & India. A esta chamam farinha de guerra, porque: n'ellas se servem os negros {indio escravot) d'esta, e como no Brasil um negro tem farinta e réde, arcos, flexas, logo se tem por rico. O eabedal que todos os Brazis ordinavia- mente levam 4 guerra nio é outro sendo mulher, que Ihe leva a rédo e algama pouca de farinha para os primeiros dias, que depoisos passaros, ratos, bichos e mais immun- dicia 0 paga eos sustenta, que no Brasil nade d'isto 6 vene- oso, o que é uma das marayithas d'elle, Por a mesma r= gio. nas guerras que lhes fazemos aquelle que leva mais ne- gris para Ihes cagarem ou pescarem, s4o mais regalados @ ‘9 molhor providos. Sao geralmente todos os Brazis muito ciosos, ainda que tam muitas mulheres—dez, vinte, equan- tas cada um pido sustentar : ¢ os principaes $0 n’isso 0 mos- tram, em serem cabecas na guerra, que regularmente Sio os mais valentes. Dos ciumes que em cabo uns dos outros tém, por res- peito dos quaes dio mui facil eredito a qualquer suspeita & love indicio, procederam, procedem sempre todas as divi- sOes, guerras ¢ differéngas que todo este gentio do Brasil entre si tem, e por aqui lhe urdem os portnguezes muitas brigas com que so desavém umas nagSes com as outras, com ‘© qual ardil os entramos e desbaratamos, que todos juntos nuncaninguem padéra com elles, nem os domira ; este ar- Gil nos nao val com os Pitiguares, que, sendo o maior & mais guerreiro gentio do Brasil que occupam do Parahyba até 0 Maranhio, que sio seiscentas leguas, e tio unidos @ ‘conformes esto uns com outros, que de industria assenta- ram entre si entregarem-se a nds(?) os delinguentes uns aos = Ouiltos & castigarem-n'os sem brigarem, nom se desavinew, unca por isso, e assint o dlizem sempre nas palhasavs brane cos quanlo, nas guerras vém a falki. Outra vous maravi- thosa torarei: aqui do geatio do Brasil, j& que me alargues tanto fora do primeivo intento. Como elles todos Siu muito -cios08 Si lambern muito amigos das mulheres e mui bran~ ‘Hos para ellas, & gente que por seas respeitos servent eobee Hecem) abs sogrOS COMO a pais, mas quande ellas parem os maridos se fingem docntes ¢ se deitam le mimosos tas r= des, alli-sin n'ellas servides dois on tis dias ¢ visitados, eellas em parindo so vo lavar com as eviancas 4 fonte. Tem mais Outra propriedadeé ngo pola heriarem do estado da ins nocencia, que n’elles esta tio covrupla © damnada, que con {ea toda a orden da natives por mera sensualidade folgam dle dndarem nits,sem nenhuma cobertiira até om suas veryo- nas, conga que parece os proprios animaes brntos estrai= nham, Sin menos cobigosos, sendo em extremo mais appe= Hilosos que todas as outras nacbes do mundo, e;por isso tudo qué san nos braneos desojam, esperam e queret que thes dém,. ¢ em {h’o. dante 0 dio logo aos outros, e com qualquer raseavel the hio 0 vestide por que (antes mor= viam, E* gente que, sempre,se tem vagar, come, como bru- Ws, en ‘isto 0 em snas sujidades on deshonestidades enteti= dem somente, como na andamn em guetras, porque seiko pouco ao trabalho, e naluralmente sio folgazdes, como 0 ‘So todas as outras nagdes fora da nossa Envopa. Ajuda muito a isso a fertilidade da terra em produzit este manti- mento que chamarm mantioea, que fo plo, de todo Bri sil Perit, porque cada pessoa com a plant do: um 86 dia faz b ‘mantimento qui the basta todo o anno, mas variam as folhias: por nfo cansarem a terra, ¢ com serem tio comilbes Lemese mais a Tome que todas as nagdes do. mundo, que andar dois dias inteivas sem comen nem beber, Sto mui affeicoa® TOMO XNXVE, PT 2 —W— dos uv mataralinente ariyos dé quem 9 seu, mas mat Ve rios © mudayeis em extremo, & por poneas cousas ariet » perdom tno, ese levantam, @ assim em nada tem constan cia, nein firment : Sto muito falsos, inelinaddos a enganos aleives ;@ @ tio proprio ¢ natural isto do elima ¢ tera do. Brasil, que logo se pega e tem ji pegailo a quasi toilas 0s brancos naturaes do Brasil, antes a todlos, que a ruim st mente que the a prineipio lanearam do Limoviro de ishoa & das outras cadéas do reino peiovon ainda mais esta nata- im, © assimse deve fazer ponen funtamento das tos do Brasil, como nao fossern de pessnas maito qualifies das na virtue, Tornando, pois, as varzeas, que didia seca melhor li porque n’ellas hw mais sella sie) que-assim chamamd tort forty boa; & ha que ha laldarat a soca ou planta da ean brine & quarenti, annos sem cansar, nem se plantar, que & Mnilo sustenlavem-se estas Yarzews com se alagarem todos osannos, porque ao longo do mar é terra baixa e muito ve {allada de rios @ esteiros. ‘Toda a terra do Brasil rita Lem inais que dois ou bees palmos de boa tora, como mateiro por cima, que loge d/alli para haixo é ruim terra de ara esolta, sem prestar pata nari; © por esta cause tolas as arvores no Beasil (énas vaizes 4 Mir da terra, ¢ com qualqusr-yento se avraneam,e s3 ve que niio ln.as tai las para Dak Cont isto e eot 9 nad haverna propria lingua dos Brasés tres: letras. prineipaes © dt maior significagio que temos, Ga si~ bor: B, L, R, caja fulla nos mostra faltavem-the a elles tres fundamentos cin que o genero bumano se sustenta, e norie por que se governa, que sio—fé, Jere rei—nos quiz 0 au- or da naturera avisar 0 mio fazermos fundamanto de couse alguma do Brasil, porque realmente diestas tres cousas en- tre o gentio, @ nao. sei seane estenda aos braneos, eavece Thais o Brasil que de todas. Porque nada adoram, nem tém reis, nem califas, como as outras nacdes, soniio aquelles a que chamam cabecas para suas guerras, e fora d'ellas nas aildeas, onde vivem, dao pouco por elles, nem os estimam, nem guardam f@, nem entre si, nem com os braneos, nem vordade mais que emquanto se Thes antolha, Sido mui dados, a leitigos, © 0 feiliceiva que liaem cada aldéa ¢ 0 seu ora~ culo: tém muita commnnieagdo com 0 demonip, eaconte~ co-lhes com elle muilas cousas mui graciosas © as Verbs ek pantosis. Mas, tornando jd ao pont donde me diverti por dar uma breve relacio decousas que nos livros que fallatn do Brasil mio achei eseriplass as vargeas, que so estendem ao longo aquelles grandes ris que vito de Pernambuco pata 1 Parahyba, que todos se vaddam ide dias até sete e- mais Tegnas, dio mostra bem clara e certeza assis ovidente dest= rom rani rendosas a quem as aproveitar, como sia as do ‘¢audaloso Garamane (sir) ¢ as dos rios Copestras ¢.0 Tbiay. Guajana, Capibariby, qe chegam até as serras de Copaoba Alm do Parahyba, a0 norte cineo leguas par mar @.dex pelo. sertio, esti onto grande rio, que ¢harwam Mangnape, qe entra he mar na bahia da Traiedo, 0 qual vio tem a0 fongo do st muito ¢ hoas yarzeas até Copaola,, por ande est capitania de Parahyhn, possuinde mais varzeas que eon, proviimos. 6 0 tnelhor do Brasil) que todas as ontras cap ias, e-com isto e com ler tis jsio brasil que Pernanbneo, fF snitite melhor, porque quanto mais para O norie tanto une Jhor. E. cont todo ode Pernaminey ester de Bernambuee pari a Parahyha, se tri muito mellior pela Parahiyba con ajuda daquelles ris, no. inverno, (qoe em Pernambiten, onde © cavreto delle fiea muito longe, «mite eustoso & ificuftose + flea tambenry Parabyhe mais porto do remo, semi dobar cabos, ¢ resolutivamente @a.methor eapitania ‘ly Brasil, e hil que, sthido hemo porto, segava nao arrihay juivin ds Sntithas,que & grande Inero’y.. cut importante ao ig comnmercio © navegacdo deste grande Estado. Neixo a la (Irorira e colbeita de vinle © trinta nios franceras que todos ‘08 nnos antes ie ser nossa alli carregiva, tendo sas feilo~ hias sobre si cada nagio, fazendo de um anno para outes 4 carga cata im para suas nads, eum enja ajuda os negros Pitiguares (0 nuaior em nameyo € midis, como ji disso, guuer- reiro gentio do Brasil) ; de vinle annos a esta parte corriam todas as fronteiras de Tamaraci, que si com trina e dois tmoradores acurralados nailha piedasamente sustentayam a capilania,e nade Pernambuco ji nio moiam tres engenhos, e-em condigao de pejarem outros, por tudo estes Pitigueares item assolando, porque mais facilments pudessemacarretir P carregar 0 pho aes franeozes, @ do tal maneira se foram apereebendo e appellidando os francezos em sim ajuda, que se viecam a forlificar, a sem modo, no mesmo rio Parahyba, com os francezes, siluando-se grande quantidade de aldeas dos indios pelo rig acima, de uma e de outra parte, por ser a mais fertil eonsa do todo o Brasil, ¢ como ficaram a dez, doze leguas da nossi fronteira, corriam-n'os segiros Lodos ps dias, gevados nos: sallos que_nos dayain ; com o que as eapitanias de Pernam- buco e Tamarac andavam tio inquietas ¢ Wrabathadas, que no se ousavam valer dos engentios fronteiros, wem facia pao-brasil, que é 0 remedio dos pobres, tio cortaidos os tie “ nhao medo ¢ as dividas, Zo espantosamente consumidos & atbribulades: por alguns deverem mais de trinta e quarenta init erizados, & as merearores com as dividas wntigas, que Jiveramt quasi principio com a terra, 10 desaccommodadus, que se finham por perdidos; mas, (omads aquelle fonte da carga do plo no Parahyla, areebentou luge em Berman bueo com tanto proveito, como a experiencia o mosiron, porque ins pagaram o que deviam, outros se fizeram rieos: mas (antes em nada havin canselho, dem ordem, par os —Wee fussos em” nada a terein nas gaerras, que mal Ihe Mlavam, como foram as que the den am Antonio Rodrigies Bacellar, eapilio da itha Tamaracd, que estas © as outras wanca yam de mais que faztl-os destros, ensinanilo-os a pelojar, porque em quasi toilos os reconlras e Sallds, que n’este empo comnoses liverame nos deram, lesaram sempre ome Hhor, e i fama dé tantas victorias continuo desea 0 gente a varni¢a, com que se dobrayam as oppressies d'estas duns capilanias, quo parece pela malicin dos morailores dellas incorreram 0 juizo de Deus, provowindo os indios a rompi mento: com o mio tratamento e respostas que a seus servi= davam, sendo elles 1'tsse mui certos e proveltosos, 6 nes capliveiros que (quebrando-Ihies a {@ coatra todd o dirvite natural «das yeates), thes davam, porqie nas tempos das pares eram estes Pitiguares 0 melhor gentiy d'esta terrae costa; mits a cobica dos moradores, prineipalmente das mmisttiras doy Brasil, da nacio mamelueos & degriadlos, cos tomados a se vestir ¢ binquetear de suas pelles, que todos por tordas as Vins, sem excepeao, recollwm as belsas, ven= dlendo-os: sem temor de Deus, nem melo do castigo s que realmente come estas ciilpas sio das eaberasnunen por estas cousas se deu no Brasil. Esta tyrannia Gio impiamente usada no Brasil estragon, assclou e damnou tullo; nem deixario por estas injustas vexacdes, que se fazem aos indios, de vir grandes acoites a0 Brasil, se nto provém com grande ordem, exemplares ¢ rignrosos castigos contra estas cabegies: Ainda qite parece quer todos os castiwos qe Deus The dd aos que coutinnare 0 sertia & por esta eausa, porque & pasmar a alrevimento ¢ solfiira com que a Luito custo os homens se ieixam andar n'aquelle grande sertdo por espago de dois, tres ow quatro © muitos annos, sem Deus, sem mantinen- tos, nds, como ps selvagens, ¢ sujeitas « todas as persegtti- Aes (0 jhiserias diy mundo, s mettem os homens dizentas DA 1DA.DO-DN. FEINAO DA SILVA 4 PANAMYDA. & DO GOFERNADON, ETE De WIRITO DE ALALEIDA, Elrei D. Sebastiio, que Deus tom, informarto de todas estas cousas ¢ receiosn de os franceze’s so sitiiaram @ se for- fificaroun sto rid Baraliyba, mandon ao governador Liz de Brito de Almeida o fosse ver 9 elygesse sitio para a povorurt, e por elle rido poler ir, indo o Dr. Pernio da Silva, ouvidor geral © provedor-mbr da fazenda deste Estulo, a Pernam= buco, Jhto commetiew. 0 qual com toro o poder de gente ty pie do eavallo da dita eapitania, © muitos indios que ainda ‘enldo havia, foi no anno de setenta e quatro a velo e castigar os indios Pitiquares que n'aquelles dias Wasim assolade tum engenho, que in Dingo Dias, layrallor muito rice, ¢0- megava com grande fabrica no rio fucunhaen, dee loguas do Parihyta, @ como ke tio poderose cornet iio the on sivam ésporars mas, refaendo-se,. o fizeram voltar pela piitin to depressa, que no houye vagar pare nada. Oqual, acabados os negocios a que foi a Pernambuco, s0 torniott yara a Babia, donde, informade o governador Luiz de Brite de Almeida do que passava eda imporianria do negocio, con- formanio-se com a ondem que linha de el-rel, resolv @ determinow de |r em pessoa couguiatar e poroare Paraby ba, para co qual offeito na cidade da Bahia mandou apercelier ~unacarmada de doxe yelas, com lodaa gente que pode ajun- far, fevando toda a nobveza da cidade, offieiaes (a just fazenda, com todas 0 patrechos e mantimentos necessarins, ‘emfimn, gm o maior apparato de capities e soldados, ¢ revado, das mais consas que the a elle foi possivel ajuntac. Partin no mez dé Setembro de 1573, ¢, com leipos contrarins, cabo de alguns dias andar espancando o mar, tornow a arri-

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