Professional Documents
Culture Documents
A) CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMO
Começámos por questionar a maioria sobre a razão que a levava a contrair este
empréstimo (1.000.000,00€) quando é certo que em tesouraria a C.M.C. dispõe de
5.953.077,15€, como, aliás, resulta do Resumo Diário de Tesouraria n.º 230 de
02/12/2010.
Seguidamente perguntámos qual era a taxa de execução da receita do
orçamento em curso e o que é que corria mal nesta execução de forma a condicionar o
recurso a este empréstimo, para que pudéssemos aquilatar da necessidade do mesmo.
Perguntámos também porque razão se pretendia contratar a 20 anos e não com
um prazo mais curto.
1
Vereação do Partido Socialista
Questionámos ainda a razão de ser do período de carência – porquê 5 anos?
Foram-nos dadas respostas meramente formais, designadamente que o Sr.
Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento tinha proferido em 18/11/2010 o
despacho de autorização de excepção para este empréstimo. Que a amortização das
obras devem ser repartidas pelas sucessivas gerações, e que não é hábito pagaram-se
comparticipações de obras financiadas por fundos comunitários com “tesouraria”.
Objectámos que não entendíamos o recurso ao empréstimo em apreço quando
o município tem disponíveis quase 6 milhões de euros e quando o Sr. Presidente da
Câmara e a maioria fazem gala em afirmar que as finanças municipais estão de boa
saúde e se recomendam.
Salientámos que este empréstimo é um endividamento suplementar, que
agravará a situação financeira da C.M.C. e contribuirá para hipotecar a acção do
município nos próximos mandatos, tanto mais que vivemos num difícil momento
financeiro e económico nacional e internacional, sem a garantia que num futuro
próximo existam receitas extraordinárias significativas e que, com toda a probabilidade,
deixaremos de receber fundos comunitários a partir de 2014.
Por conseguinte, salientámos que não estavam reunidas as condições para em
consciência se viabilizar mais um empréstimo que se repercutirá nos próximos
mandatos e onerará as próximas gerações.
Pelo que, considerando que se trata de uma irresponsável proposta de
endividamento, que compromete o futuro, votámos contra.
2
Vereação do Partido Socialista
Covilhã (PUGC) prevê um índice de ocupação do solo máximo de 0,25 e o loteamento
em apreço tem projectado um índice de ocupação do solo de 0,38, foi o assunto
presente a reunião de Câmara para que, ao abrigo do estatuído no n.º 4 do artigo 19º
do Regulamento do PUGC, atento o “justificado interesse público municipal ou
interesse económico” se aprovasse a majoração do índice máximo de ocupação do
solo regulamentarmente previsto, o qual, nos termos deste regulamento poderá ser
majorado até 0,65.
Tendo perguntado se a sociedade promotora do projecto tinha feito chegar
algum estudo ou documento sobre o assunto, já que do PIP não constava, nem tinha
que constar, qualquer estudo económico ou argumentário que concretizasse o
empreendimento, ainda que em traços muito genéricos, foi-nos referido pelo Sr.
Presidente em exercício, Prof. João Esgalhado, que sabia que se tratava de um
projecto muito importante, que criaria 600 postos de trabalho…
Declarámos então que, não obstante do PIP resultasse tratar-se de um grande
empreendimento e também fossemos favoráveis a empreendimentos que criassem
emprego e dinamizassem a economia local, a verdade é que não nos satisfazíamos
com a nua e crua realidade dos números constantes do projecto e com a parca
informação (privilegiada) que a maioria evidenciou possuir e nos quis fornecer.
Tendo deixado bem claro que, na ausência de documento fundamentado
provindo da sociedade promotora, não estávamos em condições de nos pronunciar
sobre o interesse público e económico do empreendimento, decidimos abster-nos.
3
Vereação do Partido Socialista
Os Vereadores do PS
Vitor Pereira
Graça Sardinha
João Correia