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Rubén Maurício

Introdução ao DireitoComunitário I
1.- Sociedade e Estado

1.1 Sociedade

Das sociedades advêm as comunidades, que são, sujeito que não defende da
escolha – Deriva de elementos subjectivos.

Do particular surge as Associações, sujeito tem poder de escolha – Deriva


de uma escolha racional, deriva por um pensamento orientado.

O meio social, uma escola, uma profissão, é tudo considerado uma


sociedade.
A sociedade política (no geral) é a soma de todas as sociedades
particulares. Esta sociedade política tem interesses, tais como, proteger o
interesse comum/geral/comunidade como um todo, ou seja, olhar para o
bem comum.
A existência de poder político, ter a possibilidade do outro respeitar um
limite de regras, é uma característica da sociedade particular.
O voto, é uma das formas de definir uma sociedade politicamente
organizada, particularmente, se esta for uma sociedade democrática.

Numa sociedade, existe um conjunto de regras que orientam o


comportamento. Estas normas visam o bom funcionamento da sociedade e
obter resultados para conflitos que possam vir a surgir, ou seja, são regras
para a defesa do interesse comum, baseado na justiça e na utilização da
força de forma legítima.
Ex: A sociedade ponto verde, que tem interesses (a reciclagem) que
visam o bem comum (diminuição da poluição) e que tem a possibilidade do
outro respeitar o limite de regras (não se poder colocar vidro no caixão
azul).
Isto tudo faz com que a sociedade ponto verde sustente um bom
funcionamento e que compra os seus objectivos.

1.2- Estado 2

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Introdução ao DireitoComunitário I
O Estado implica a existência de uma sociedade e de um poder político,
este poder é que orienta essa sociedade.
Os três elementos clássicos na definição de Estado, são: o território, a
população e o poder político. Um estado implica um território delimitado
com uma população que se rege pelos governo que usa o seu poder
político.
O Estado usa muitas vezes funções soberanas, que são a utilização da
força de forma legítima, nomeadamente a coação.

1.3- Estado e União Europeia

Quando procuramos saber qual o conceito de Estado que deve estar


presente quando pensamos na União Europeia é porque não é apenas o
território o definidor do elemento de um Estado.
Nos nossos dias, cada vez é mais importante que se procure uma
aproximação á busca planetária, para podermos assim compreender os
fenómenos que se passam no estrangeiro.
A importância da localização da sede do poder faz nos pensar que os
próprios organismos que são núcleos não governamentais, têm poderes
além fronteira.
O fenómeno da Globalização, faz com que se estabeleça comunicantes
entres as várias Nações, sendo que se for compreendida, lança o homem na
procura do bem-estar.

A União Europeia tem ainda que respeitar todas as identidades


Nacionais, como por exemplo, tem que respeitar Portugal, pois é um
Estado unitário um Estado Unitário, devido a dois factores, o factor de
identidade Nacional, a língua, e por ter o seu próprio poder politico.

Antes de existir a União Europeia, havia os chamados Laços de


Pertença, um conjunto de maneiras de estar de vários países.

1.4- Mudanças 3
Com a criação da União Europeia, muitos aspectos mudaram, devido a essa
mudança, criou-se a extra territorialização do trabalho, ou seja, a

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possibilidade de ir trabalhar para outro país e deslocar empresas. O que
levou ao aumento da taxa de emigração.
Há muitos emigrantes Portugueses a quem foi concedida outra
cidadania, há inclusivamente indianas com nacionalidade Inglesa, o que
quer dizer que o território não é o único elemento que define direitos e
laços de pertença, nomeadamente, quando um português pode votar para as
câmaras em França, acima de tudo o direito do voto também deixou de ser
uma questão de território, vendo-se cada vez mais Estados-nação e não
apenas Estados, dai que falemos dos pais Baixos da Catalunha, Traz os
Montes, onde a natureza da nação e a identificação de uma região, levou á
criação da União Europeia e do comité das Regiões (Anexo 1).
Também se pode dizer que as empresas multinacionais são empresas
que têm poderes alem do território da empresa mãe, como é o caso da
Coca-Cola.
As liberdades da União Europeia levam a que haja livre circulação de
pessoas e também de capitais, o que quer dizer que a União Europeia tem
também como objectivo não apenas o desenvolvimento das democracias
internas, mas também o desenvolvimento económico de cada Estado-
Membro, é nesse sentido que se pretende corrigir a PAC, para que não
provoque ascendentes comunitários, nomeadamente, por via da paralisação
da agricultura em casa Estado-Membro.

2.5- Algumas opiniões

O professor Adriana Moreira, defende que existe uma relação de poder do


cidadão isolado face ao estado que faz esvaziar os próprios Direitos do
cidadão, exemplo: Acidente de trabalho

O professor Marcelo Rebelo de Sousa, defende que é indispensável que o


cidadão isolado face ao poder tenha consciência da sua própria dignidade,
se o caso esta inserido e protegido por um artigo constitucional como é o
caso do nosso artigo 1.

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O Dr. Luís, só defende que a questão da União Europeia, deixou de ser uma
questão interna de cada Estado, por quanto ela representa, uma questão
externa e interna de todos os Estados-membros da União Europeia.

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2- Nacionalidade e Identidade
A justiça, é o ideal a atingir pelo Direito, que seja compatível com a
segurança e que seja útil ao bem-estar social, não devendo a mesma
descuidar o artigo 13 da C.R.P bem como o artigo 9 inerente ás tarefas
fundamentais do Estado.
Num Estado Moderno, o titular do poder é a colectividade, e os
governantes devem exerce-lo como suporte dos órgãos da colectividade
que os nomearam e por essa razão, o Estado Moderno surge com o povo,
território e poder.

A nação já é uma comunidade de base cultural que pertencem á mesma


nação todas as pessoas que comungam num certo ambiente cultural feito de
tradição e costumes. E levando que um único que liga os indivíduos e os
integra num certo povo chama-se Nacionalidade, e noutros casos de
cidadania que significa a atribuição de qualidade titular de ter certos
direitos e obrigações.

A identidade, implica o mínimo de vontade e de conceituamento


daquelas pessoas sobre quem exercita o poder, e é por esta razão que se diz
que o exercício do poder, é admitido desde que haja legitimidade, quando
existe oposição do modo como esse poder é exercido.
É neste sentido que a identidade e a criação dos Laços de Pertença, são
um objectivo do poder político, assim identificado pela União Europeia.

4- Os direitos dos Cidadãos Europeus


Os Direitos dos Cidadãos Europeus encontram-se deferidos nos
tratados, mas não se esgotam neles, já que existem direitos e obrigações
que provêm das constituições dos Estados-Membros que estejam aderi dos,
ou seja, com a salva guarda dos Direitos do Homem e a Liberdades
Fundamentais assinas em Roma a 4 de Novembro de 1950. 5

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5- Tratados
Os principais constantes dos tratados, têm influência nos Direitos e
deveres do Cidadão Europeu, e alguns são de aplicação directa, como por
exemplo: É proibida toda e qualquer descriminação em relação á
nacionalidade/sexo/religião e etc.
Os Estados-membros devem assegurar a aplicação do princípio da
igualdade, sendo que o Tratado de Lisboa, reconhece novos direitos para
além dos consagrados na lei.

O Tratado de Lisboa, também defende o modo como a sociedade deve


ser concretizada nos diferentes domínios, e refere especialmente as
situações de política extrema de segurança, a concessão e sigilo político.

Os Estados-Membros asseguram a aplicação do princípio de igualdade,


de renumeração entre trabalhadores, correspondendo ao principio de
trabalho igual, salário igual.
O Tratado de Lisboa, preserva e reconhece novos direitos e ainda
mecanismo para que estes sejam representados e respeitados.
A carta dos Direitos Fundamentais tem hoje a força jurídica vinculativa
e a carta vai muito mais longe, estabelecendo o verdadeiro catálogo de
direitos reconhecidos a todos os cidadãos da União Europeia. Assim,
compete ao tribunal de justiça fazer cumprir as disposições da carta. Sendo
que o Tratado de Lisboa, coloca a solidariedade no âmbito dos valores da
União Europeia, sendo reconhecida como o calor fulcral.
O Tratado de Lisboa define como a solidariedade deve ser concretizada
nos vários domínios, nomeadamente abastecimento energético.
Temos também uma nova cláusula de solidariedade que exige que a
União Europeia e os seus Estados-Membros intervenham conjuntamente
caso um Estado-Membro seja alvo de um ataque terrorista, ou vítima de
uma catástrofe de origem natural.

6- Natureza jurídica do Direito Comunitário 6

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Por um lado, uma teste internacionalista, o Direito Comunitário foi
criada por tratados (surgindo com o tratado de Roma).
As relações assentam na superaria dos Estados.
Os partidários da tese, defendem que não é uma subordinação dos povos
e do Estado de Comissão, como prova: O facto do Direito Constitucional
estar acima do Direito Comunitário.
Critica: Tese não justificada como as normas do Direito
Constitucional. Não tem aplicação directa.

2º Tese Federalista. Direito Comunitário é um direito de uma federação de


Estados (um conjunto de Estados Federais), tem aplicabilidade directa.
1º Critica, não explica a actual natureza da União Europeia.

2º Critica, o facto da União Europeia não ter poder constituinte


próprio. Retira argumentos á tese federalista.

3º Critica, não representa uma racionalidade própria

4º Critica, a União Europeia não tem uma capacidade jurídico


limitada.

5º Critica, na federação quando uma norma de um Estado barra


uma norma da federação, tradicionalmente é uma nulidade de norma
estadual.

7- Thomas Hobbes
A sociedade civil é entendida como o corpo de que o soberano é a alma.
Considerou Hobbes que o medo é o que leva á luta de todos contra todos e
que o verdadeiro poder absoluto é aquele que sabe entender o modo para
manipular nas guerras as pessoas umas as outras. Para Hobbes a lei é a
palavra de quem tem o direito de condenar os outros.
Hobbes diz que nos devemos aproveitar da estupidez humana e incutir
lhes que tem razão quem vence e não quem realmente tem razão. Também 7
á que colocar a maior insegurança possível na vida das pessoas, para que
elas acreditem que necessitam de alguém que as salve e de alguém que

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Introdução ao DireitoComunitário I
preze por elas. Segundo Hobbes deve-se tentar que todo o mal que á no
homem seja visto tal como a inveja o crer ser superior ao vizinho, tratar o
homem lobo do homem e para que este veja o estado como a vontade de
todos os indivíduos é quem tem direitos ilimitados, dado quem vota nele é
o mesmo que lhe dizer “autorizo-me a que essa pessoa abdicando lhe o meu
direito de me governar a mim mesmo”. Ora esta situação leva ao
Leviatham que é a soma de todas as vontades através de um pacto de
sujeição.
Para Hobbes á que manter o homem em guerra com o homem e se não
estiverem em guerra á que provocar essa guerra para que o homem tenha
medo de viver sem segurança e votar num partido absoluto ou num
soberano absoluto. Hobbes dizia que os seres humanos deviam ser
uniformizados.
Para Hobbes á que tirar partido daqueles que se julgam convencidos
quando na verdade são os mais vulneráveis e são comandados pelos mais
inteligentes. Para Hobbes a lei é a palavra de que o Direito tem que
comandar os outros. Há que esticar para o Direito Natural levando ao
homem a acreditar que são respeitados nesse conjunto de direitos e depois
tomar os direitos e através de uma força que pode não se chamar divina
mas que é aquela que tem todo o poder e que uma vez residindo na mão de
um qualquer poder tornar o Leviathom uma forma de totalitarismo
escondido numa falsa democracia, já que não existe democracia em
nenhum pais que aceite que o povo se submeta através de pactos de
sujeição.

8- Anexos

Anexo 1

O Comité das Regiões foi criado em 1994 pelo tratado da União


Europeia, é um órgão consultivo composto por representantes dos poderes
locais e regionais da Europa. O C.D.R tem de ser consultado antes da
adopção de decisões da U.E no domínio da politica regional, ambientem 8
educação e transporte – que afectam directamente os poderes regionais e
locais.

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O C.D.R é composto por 344 membros. O numero de membros de cada


país da U.E reflecte, de forma aproximada, o respectivo numero de
habitantes. A composição do C.D.R é a seguinte:

Alemanha, França, Itália e Reino Unido: 24


Polónia e Espanha: 21
Roménia: 15
Bélgica, Bulgária, Republica Checa, Grécia, Hungria, Países Baixos,
Áustria, Portugal e Suécia: 12
Dinamarca, Irlanda, Lituânia, Eslováquia e Finlândia: 9
Estónia, Letónia e Eslovénia: 7
Chipre e Luxemburgo: 6
Malta: 5
TOTAL: 344

Os membros do C.D.R são eleitos dos municípios ou das regiões, muitas


vezes lideres políticos dos governos regionais ou presidentes de câmaras.

Os membros do C.D.R são designados pelos governos dos Estados-


Membros da U.E, mas exercem as suas funções com plena independência
política. São nomeados pelo concelho da U.E por um período de quatro
anos e podem ser reconduzidos nas suas funções. Devem também dispor de
um mandato de autoridades que representam ou ser perante estas
politicamente responsáveis.

O C.M.R designa, de entres os seus membros, o Presidente, por um


período de dois anos. Em Fevereiro de 2008, foi eleito o Presidente Belga
Luc Van den Brande.

O que faz o C.D.R?


A missão do C.D.R consiste em apresentar os pontos de vista locais e
regionais no que se refere à legislação da U.E, através da emissão de
pareceres sobre as propostas da comissão. 9

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A comissão e o concelho consultam obrigatoriamente o C.D.R. nos
domínios que afectam directamente os poderes locais e regionais, podendo
igualmente consultar o C.M.R sempre que considerarem oportuno. Por sua
vez, o C.D.R pode adoptar pareceres por iniciativa própria e apresenta-los à
comissão, ao concelho e ao parlamento.

Como esta organizado o C.M.R?


O C.M.R realiza cinco sessões plenárias por ano, durante as quais são
definidas as linhas políticas gerais e adoptados pareceres.

Os membros do C.M.R estão repartidos por comissões especializadas,


cuja função é preparar as sessões plenárias: Existem seis comissões:

Comissão de Politica de Coesão Territorial (COTR)


Comissão de política Económica e Social (ECOS)
Comissão de Desenvolvimento Sustentável (DEVE)
Comissão de Cultura e Educação (EDUC)
Comissão de Assuntos Constitucionais e Governação Europeia (CONST)
Comissão de Relações Externas (RELEX)

9- Perguntas e Respostas

O que entende por aproximação e busca planetária?


Ao depararmo-nos com o Mundo actual, concluímos que a
praticamente é impossivel existir alguma coisa que quebra a ligação uns
com os outros.
Porém, se se fechar um país numa perspectiva de defesa face ao
outros irá entrar num isolamento ao resto dos paises do mundo.
Em relação a esta concepção, temos a opinião de Shum Peter (grande
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economista), este defende que o fenómeno da globalização, ou seja, “abrir
portas ao resto do mundo”, é visto como algo positivo, pois possibilita uma

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Introdução ao DireitoComunitário I
melhor forma de comunicação entre os povos e proporcionará uma melhor
qualidade de vida e de bem-estar.

Relacione o artigo 21 da constituição com os Direitos


do Homem.

O artigo 21 da Constituição refere-se ao Direito de Resistência,


“Todos têm o direito de ressitir a qualquer ordem que ofenda os seus
direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão,
quando não seja possível recorrer à autoridade pública.” Relativamente
ao primeiro artigo dos Direitos do Homem “Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e em direitos, dotados de razão e de
consciência, devem agir uns para os outros em espírito de fraternidade”.
Estes artigos referem-se aos princípios bases dos Homens, nomeadamente,
a igualdade, a liberdade e a fraternidade.
Nesta concepção, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, diz-nos que
um cidadão isolado face ao poder tem que ter consciencia da sua dignidade,
caso esteja inserido e protegido por um artigo constitucional. Neste sentido,
podemos concluir que qualquer individuo nasce dotado de princípios que o
vão ajudar a viver em sociedade, sendo que estes não lhe serão retirados.
Caso o tentem, tem o direito de invocar os seus princípios e até mesmo
ressitir face ao problema.

O conceito de Estado-Nação abrangerá ou não o antigo


conceito de Estado.
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O conceito de Estado-Nação diz respeito a uma território delimitado,
composto por um governo e uma população dentro desse determinado
território.
Nação refere-se ao passsado, a um desenrolar de acontecimentos que
caracterizam uma determinada população, desde a cultura, a raça, os
costumes etc. Relativamente ao conceito de Estado é a organização
política, ou seja, a estrutura que suporta uma população num determinado
território. Consequentemmente, são estes os três elementos caracterizadores
de um Estado.
Portanto, Estado-Nação é engloba a noção de Estado, envolvendo os
três elementos caracterizadores (território, população e o poder político),
factores determinantes para a existência de um povo e por sua de uma

Explique a importância do Comité das Regiões no


Tratado de Lisboa.
Dentro da União Europeia, a noção de territótio definido
geograficamente deixou de ser vista destab forma. Estamos assim
presentes a Estados com uma religião semelhante, língua, costumes,
valores, entre outros, em que todos têm que ser respeitados.
Não é, por se fazer parte de um determinado país com um
território comum que têm que seguir uma determinada cultura e um
determinado padrão da maioria. Desta forma, podem existir dentro
de cada país exepções, exemplo de Portugal com a região de Trás-
dos-Montes, estes têm uma língua própria, o Mirandes, e dentro
deste território foi criada uma cultura, hábitos e costumes própria
como aconteceu com a língua.
Foi neste princípios que a União Europeia se baseou e criou o
Comité das Regiões, com o objectivo de respeitas todas as “sub-
nações” existentes, daí a importância que tenha que estar presente no
Tratado de Lisboa, para que, em todo o mundo sejam respeitadas
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estas culturas da mesma forma. Se assim não fosse, não poderiamos
considerar o país respeitador dos Direitos Humanos, onde todos
somos iguais e temos as mesma liberdade.

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Explique a razão que leva os fundos comunitários a ser
um modo de controlo das políticas internas de um país.
Os fundos comunitários são apoios dados aos países-membros
da União Europeia, nomeadamente, aos 27 países-membros que
fazem parte. Neste sentido, foi criada a Política Agrícola Comum
(PAC), que levou à expansão da União Europeia a “grande
velocidade”.
Já no Tratado de Roma estava estipulado a criação de uma
política agricola comum. A importância da PAC vê-se sobretudo na
intervenção política da União Europeia, uma vez que detêm mais de
50% do orçamento e por aplicar as suas medidas a grande conjunto
de pessoas e territórios. Dentro dos principais objectivos da PAC
destacam-se: regras comuns (livre circulação de produtos, levando à
concorrência); produtividade agricola e proteger os produtos
agricolas, entre outros.
A PAC foi um dos grande exemplos de subsidios dados pela
União Europeia, mas existiram outros tratados que ajudaram os
países-membros. A União Europeia é considerada a maior
subsidiadora.
Contudo, muitas destas medidas ajudam ao controlo dos
países, pois consegue-se prever a produção dos países, ajudar na
distribuição igualitária da riqueza/produtividade e é capaz de
prevenir possiveis quebras de produção dos países.
Estes tratados pretendem corrigir as desigualdades no Mundo,
para que não exista excedentes comunitários, possibilitando o
desenvolvimento sustentável e um desevolvimento economico.

Diga o que entende por laços de pertença da União


Europeia
Laços de pertença é um conceito que já existe há muitos mais
anos do que a criação da União Europeia devido, principalmente, à
desterritorialidade, que permitia o contacto com os individuos dos
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países “vizinhos”, como é o caso de Trás-dos-Montes, onde existe
um língua própria, uma mistura entre Português com o Espanhol.

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Neste sentido, laços de pertença são um conjunto de formas de estar
e pensar, ao nível das crenças religiosas, normas e princípios.
Assim sendo, os laços de pertença são traços próprios de uma
comunidade e que regem um determinado conjunto de pessoas com
os mesmos, ou semelhantes, príncipios sociais, economicos e
políticos que permitem a vivência em comunidade.
Este coneito pode ser mais alargado e designar laços de
pertença da aldeia global, ou seja, entre todo o mundo, no qual
podemos ter experiências vivênciadas com outras pessoas de outros
costumes ou hábitos.
Actualmente, a possibilidade de criar laços de pertença com o
Mundo foi devido à circulção livre de pessoa e capitais entre os
países.

Explique as razões que nos leva a abordar a temática


da tentação imperial no âmbito da União Europeia.

Na União Europeia a tentação imperial pode ser abordada na perspectiva


externa e na perspectiva interna.
Na perspectiva externa, a preocupação baseia-se com um modelo de uma
Europa Federal, segundo Michael Pinton. Ele diz que: “ A Europa Federal constitui um
projecto de império, e que não possui o carácter original, por se tratar de um império
formado não pela violência das armas mas pela tirania do dinheiro”. Ou seja, para
Michael Plinton, a liberdade de escolha das pessoas, seria limitada pela pressão
financeira e não pela física.
No panorama interno, o poder que alguns Estados Membros têm para dominar
outros é o princípio de preocupação, em que muitos dos seus integrantes acabam por
não declarar.
A Europa vê-se na obrigação de tomar certas medidas para que isso não
aconteça, como é o caso de tentar obter o máximo de denominador comum, não
esquecendo o conceito de liberdade e de desenvolvimento dentro da União Europeia.
Em suma, a União Europeia impõe-se sobre a tentação imperial, nunca
esquecendo dos termos de sociedade, comunidade, povo, nação e território.
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Introdução ao DireitoComunitário I
O princípio da subsidiariedade constitui um apelo à
descentralização do poder.

A descentralização do poder tem como ideia-chave a adaptação das decisões a um


nível cada vez mais próximo do cidadão. Sendo por isso um principio descentralizador,
em que dá preferência ao Estado Membro no exercício das atribuições correntes, ou
seja, a intervenção do Estado é por regra, e a da comunidade é por excepção.
Podemos dar como exemplo uma sociedade em que o poder esta focado nos
cidadãos de classe alta, esquecendo-se assim da classe baixa, o principio de
subsidiariedade ajuda os cidadãos de classe baixa, o que investe num apelo à
descentralização do poder, as medidas tomadas têm que abranger tanto o nível da classe
alta como o nível da classe baixa.

Existe uma reformulação da cidadania face á


existência da União Europeia.

O termo cidadão é sinónimo de homem livre, portador de direitos e obrigações a


título individual, assegurados em lei. Na Europa, isto implica a ideia de aproximação
entre instituições Europeias e o cidadão, bem como, uma participação mais forte nas
questões relacionadas com a União.
Por exemplo, qualquer cidadão tem o direito de petição perante o parlamento
Europeu, escrevendo por exemplo uma carta na sua língua e esperar pela resposta
também escrita na sua língua.
Podemos ainda acrescentar, que para um Estado aderir à União, terá que respeitar os
princípios inerentes à liberdade de circulação de pessoas, capitais, mercadorias e
serviços, bem como, deverá ainda respeitar os princípios fundamentais da União
Europeia, o que de certa forma reformula o conceito de cidadania para por exemplo,
novos Estados Membros que aderem à União Europeia.

Podemos considerar a União Europeia uma instituição


internacional?

Na minha opinião não. A União Europeia tal como o nome indica, trata-se de uma
união de vários países do continente Europeu, que se juntaram de forma a criar esta
união.
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Atendendo aos próprios princípios da criação da União Europeia veremos que não se
trata de uma instituição internacional.

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Introdução ao DireitoComunitário I
A União Europeia foi criada em 1997 e posta em vigor em 1999, foi criada com o
princípio de unir os países da Europa de modo a construir uma Europa mais rica,
dinâmica, prospera, fortalecida e por um lado imune á criação de problemas. Imune
porquê? Porque podemos partir do princípio que a União foi criada para reduzir
problemas que originalmente levavam a novos conflitos entre os países da União. Sendo
assim, criou-se determinadas normas, normas estas que regulam o bom funcionamento
da União, uma delas, talvez a que mais se impõe hoje em dia, é a de livre circulação de
qualquer cidadão da União Europeia, para qualquer país da União. Com esta norma,
verificamos desde já que a União não se trata de uma instituição internacional, ora se
assim fosse, estaria aberta a todos os cidadãos de todo o Mundo, não fazendo diferenças
daqueles cuja nacionalidade pertence ou não á União.
Existem várias instituições internacionais: o Banco Mundial, a CINTERFOR, a
UNESCO, a OCDE, a ONU etc. Todas estas instituições são diferentes da União
Europeia, nenhuma tem o mesmo principio de ajuda comunitária que a União.
A instituição internacional que no meu ver, se aproxima mais da União Europeia, é a
USAID, uma instituição que desenvolve e apoia economicamente a assistência
humanitária em todo o mundo de acordo com as politicas exteriores dos E.U.A.. Ou
seja, ela rege-se pelas politicas dos E.U.A., mas torna-se internacional devido à sua
preciosa ajuda por todo o Mundo.
Podemos então concluir, que para a União Europeia se tornar uma instituição
internacional, terá obviamente que abrir portas a todos os cidadãos do mundo e aceitar
novos países que não abranjam agora os termos definidos pela União para a sua
aceitação.

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