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LETRAS DE HOJE cans oe Heese et net cewrno oe estubo8 9k LINGUA ORTUGUESA SS = See enenrecentn | nan on emo FranaterdeAammmcae Prenetefennee Poeual ere ‘ae range be Pree 99 Letras de Hoje estudos e debates, de assuntos de lingitistica, literatura e lingua portuguesa ESTUDOS SOBRE AQUISICAO DA LINGUAGEM ASPECTOS DO PORTUGUES BRASILEIRO. EDA LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS Regina Ritter Lamprecht Organizadara’ Centro de Estudos sobre Aquisisio e Aprendizagem da Linguagem ‘CEAALPUCRS ‘A revista etre de Hoje em sou nimero 110 sta ial homenagem Congrepago dos Inds Masts, Pret es chagrin Brasil 1 de outbre de 897 Drone at coos oe Maristas abritam es em Congonhas do Capo MG, no Rio de Jairo, S40 Poul, orto Alegre Belem do Para, Rec, Salvador, Carb, Brats ‘om vias dezenas de Gdades do interior ‘to Cento, no Nort no Sul do Pat fruto desta crzadareentora celeb seo floressimento {do ensino superior na PUC do Parana, em Curtibn ‘a PUC do Ro Grande da Sul,em Porto Alegre LETRAS DE HOJE, Posto Alegre 5298 1-162, deere 17 SUMARIO Apresentagio ‘Regina Ritter Larprecht ‘A aquisicdo das consoantos liquidas do Portugues ? Carmen Licia Matzenauer Hermandoren © Regine Ritter Laniprecht Aquisicio segmental do Portugues ‘um modelo implicacional de complexidade de tragos 2B Helen Bolli Mota ‘Processos de estrutura slabiea em criangas com desvios fonolégicos: ‘8 compatiblidade entre 0 ciclo de sodncia eum modelo integraco de percepcio e produgio ‘Ana Paula Fadanelli Ramos, ‘A habilidace metafonolégica em exiangas de cinco anos 61 ‘Miriam Coir A aquisigio de ‘eu’ e tu’ na relagio mie-crianga: interseccbes entre a Lingaistica ea Psicologia s Denise Sitoeira Isler Sujeito nulo na aquisicao do Portugués do Brasil: resultados quantitativos de um estudo de caso 107 Lucien Juliano Sires ‘Aspects da sintane e da aquisicio datingoa Braslea de Sais m5 Romie Male de Quo ‘Auisiiofonolgica ns linguas de sais 7 Ladenit Becker Karnopp LETRAS DENOJE. Port Alegre: v.32. 14 p34, devembro 1997 APRESENTACAO Este niimero de Letras de Hoje € dedicado a estudes sobre Aqulsieto da Linguagem que abordam aspecios do Portuguts iiMsileto e da LBKAS Lingua Brasileira de Sinals, usada pelos sarcos no Brasil. Dentro da diversidade dos topicos e modalidades de lingua gem falada ou sinalizada ~ aqui abordacdos hi um denorsinador Strum: esses trabalioe representam as alividades de pesquisa de Dessous ligadas entre elas por lagos de colaboragto, colegio © Tmizade desenvolvidos e fortalecidos ao longo de anos de aulas, feunides, discussGese rientagbes na FUCKS. Atuslmenteespalhay dag desavolvendo suns allvidades profissonais na PUCRS, OCPEL, fais otona, crncs, ou estudando em uriversidades no exterior, fs avtoras continuam suas discusses em contatos que, hoje, s80 mais esporidices porém continuam proparcionando enriquect. ‘mento mtu. 10 artigo de Carmen Licia Matzeneuer Hernandorena © Regina ‘Riley Lemprecht tra resultados de uina pesquisa inerinstitucional ‘ealizada na Universidade Catsica de Pelotas c na Pontificia Uni- ‘ersidade Catslica do Rio Grande do Sul, em que € examinado 0 ge de ani dann mejor de 10 an cm jeentre 207 anos “hens Boll Mota faa de sun tse de doutorado,realizada na ‘UCKS com boka-sanduche de 13 meses no Institut de Phonetigue, fm Pais, tempo duronteo qual trabalho com ©. Clements, PD. ‘autora prope tum modelo de nquiniio foroligic = partir de dads de criangys com desvios fon logos evolutivos ‘Paula Fadel Ramos também tabalha, em sua tese de outorado reaizada na PUC%S, dados da fala com desvice, com Tbase nos quais discute proceso de esrutura da fla, examine € Aliscute fats da percepcto a0 Indo da produto desses sueon, © ‘sponta possveismpliacbes para ator fonologicn. Miia Coimbra diseute x hablidace metaforol6gica de crian- 88 Na fixe dow cinco anos. Em sun tee de doutorado,realizada com bolsasanduiche de 24 meses na Universidade de OR, com coorienacio de © Read, PRD. autora MATRAS DE HOJE. Porto Alegre. v.32, 14, p56, decembro 1997 ssn irom pa wing oa in be Soe Torte ter, em sua tese de doutorado realizada na nh rs ees rc ema baie Ce, cera es Pore oc nt ce $s pate epee acne cc ne ee tna eee Se est ome eae ane Re ie a ten i Becca cetera at ee et Kaye ns sup ean fey bee che bee dob an om re Sa, dean eens eet ee mee erent "ies cin ir ge ea ae mas canes een ceag eens ine om Rte Lamps Sa cyan A aquisigdo das consoantes liquidas do Portugués (CARMEN LUCIA MATZENAUER HERNANDORENA REGINA RITTER LAMPRECHT A Mngunger des canes trmcnse, nig duas lias dca das, fre prin de endo no camo da dena lngisten Peaqelsaecenraias na uscs tanto de egulidades do us de reaios foals das lnguns, como de cates indivius fm aguliho de diferentes saunas tm trazidocontbuig sub tance para a dscuato do 90 de tora de aquisgt da lingua: fem, as amibem de pinpios que seston propose eons Felaves ao funclonamento dos componenss que congtitem as Inga nator Areas parle, como ada rapa de desvics lngliscos, vem se tamben benficando agement com core os ction, inaurondo inlercplinaadades de impor Unc Ics prs tds capes doeonecinet cn Vsmndo a um eepgo intrdisdplinar ~ que congreg tora fonoliiea,agulag da inguagem terapia de fala vrealizorse tna pesquisa cup tema score a aqiseto da fonologia da ie fia, cntando-e nas consoaies luda Gleratust tem so Uhdhime em apontarasiqudas como as consoaicscjo dominio complexe tardio cin dilerentes sistemas ingasios Reeren fener ao ngs sto exenpion os tbo de ara (973), {Locks (985), Stee Gammon e Dunn (108), Ingram (176,198) Com rca no Forts poem sro pong de Yo ‘is (198, Tetsena (1985, 189), Lamprect (980) Hemandorena {9990, Sante (19M). Rosa (1983) Valeur (995) Aesvedo {8990, Coimbra (995), Mande (98). Pela mplicaoe dessa LETRAS DE HOJE. Ponto Alege. v.92, 04 p. 7-2, devembro 1987 PENSE ee fits Ls rssh Ws vee ini ag lp mpeg elapenct a pounce cu va eres Gana fee ee peecae vat pes ence vs Teed lien eipierieing pear ore Soe ee cee tants ram diddor or 3 a etfs ce ure oe oe eich anise ree ioc oe mac - “ i pete lng oe ciinan, ae cena sop dn Dea, el cia on covers elie sees a ke Sats, om eal ce tm cberrente niiate peak propora ce Yaran iemandinen s Langer GOON, cee ak Di cnouna ts waka See tomo consoi e qutrovandecs Ingle, sbalvey Sines are — poi lige mest da cab da pleco Pisiante tits da stab, ine epee ar ae ae nist denon plas (DT eel 5 sabe 5 prets (aoe tal deat Sat ace ae =" eeleadnd tai te cova Uguss ert Ten Pvc Peters Pee Seton = sontndofonclsgan pret tlh (or ttle Seanvopis et Pokepey = Sno nlgen eS 8 asda (com ? wane: ext vogue do Pete) cenerplendo 6 conse dos wld nghiia cn- sss en socal eave’ le pedis TL coeds yalecdetieeratn needing Soren alam Ort eee tte Gn womans Tere cet nen lncatin Sr can tec eee Boe sorties, Ses ba omoone te coe tareraa fnetamentgfossnee ede eoneeae te Se Trai oad, presen vei i ests dependents do cnt, endo em vine sieprcelllc Gr & wn comers « perana's sales See tatameno Compulncondl For eats stebades eet cise asin dsl, me» ence eaten 9b on A fim de submeter os dads da pesquia a um programa com- Ptaciona, na etapa subseqiente do trabalho forum dgglades oy eipors das 310 cxfangas. O programa ulead fo enpez le nee fear individualmentee por fala ettia~ 9 comportamene cada liguida do Portugués de acordo cont as varivelsHngtingees ‘ue controle fei proposto. A Hgotosa metodologia empregada para a constitlgio do cox 2 da pesquisa eo grande nimero de ifcrmantes¢taieg eine fnglobadas permitiram que, indo além da proposta wien) ae PrOjto, 05 resultados culminassem na focmacto ae tin Barep oo Dados, denominado Banco de Dados “Azuisias te Foncoge pes fara — AQUIFENO, Esse Bano de Dado conan de ~ fitascasete com as enrevstas com e831 informantes pesulcas “ feito ont dos dado, em formula proprio; ichas com adigitacio do corpus de cada inforcaanes ~ chas~ de cade informante ede cade fica etaia como Fepto, em percents do cmmporiamento da coves, es liguidas de acordo com ads uma das varias po Rien ' AQLIFONO jé foram retizados ox ccrpora de nove Disserta: {See de Meseado ts ft defender « Cnc env een ae os ite Pi Gradacto em Lets da sucese urna no Curso de #-Greduao em Letras da UCTEL-e de uma Teac de Deuter emelaboragio na PUGS. sis Os dado cbiidos com a Ae agulbigto da fonogia do Fortes Tene taniaspesilidades, 0 presente teabalho resume a i ths de aquisicto das consountes igudas, com once Gees Ac SEES ease nec bree ins dna Eat resupoe ser a agusiso de imclogia sagear ee ae ema fonolgio da lingua, do conjunto de princionre ec Es; que morteam au fimclonaments. Essa oui yee {ada (empircament) pola evidencin do emplose saci ae soaks Iigulas, osja em conronincia cos as ees ae soma do Portugus, na grande maloris das ves oe Reentos slo sequandes no coms constinde, Tree eee aneoia fol code no percent! minimo de Side ets segue que eis ero aes exter de homoge jC eh, © linate minino de enpego sistemice ras cor ok Sderado como indicative de aguileae™” » CConsiderando a realidade sintagmatics da lingua € as concli- ses de numerosas.pesquisas quantitativas da_socilin Vavaniat que tm apontado fate fools come der antes de fendmencs Lngiisticos varkiveis, 0 presente trabalho tenn o objetivo de verificar o condicionamento desses messios fo- tores ne processo de aquisigio das conscantes liquidas, em posi ‘Gio de amet simples de silaba, através do controle das quatro vari- Svs = jf reeridas. Q estudo apontow um condiciona- ‘mento diferenciado das variéveis analisadas "Una descrigto preliminar dos dades das 31 falas etarias mos- ta que a varidvelrelativa & posigio ma estratura de palaer fo signi- ficaliva para a aquisigfo das quatro liquidas do Portugues em po- ‘dgdo de onset de slaba, soja no inicio de palavia (SIP), seja dentro 3 palavra (sb), Considerando 0 critenio de homogeneidade fscima feferida (percentual minimo de 90%), a linha de aquisicto ‘dessas consoantes dse em diferentes faixas ett, conforme rogiotm a Tabela 1; Fai do cm cris eau ds ie do Pras pou onset pes i DP Trane [es @a-2H FEF 0-3) laanineln FE9 4-35) FES (34-35) revista, garro FEA3 (40-43) palhaco FRI4 (42-43) dinheiro | Os grticos seguintes evidenciam etsa lina evolutiva 10 Nese prio, os movimentos descendents represen of cx Seehgion nde eoespondentes 0 seta nga ce preset + oplcaio de process fonleces oe eee dcrrvevanenins dé cq das geld So Sara x Eouodnde Ga lnhn do grafic aca de 9%, a Porat ios seri em que howre © emprego miequodo de ekciicencet anmiasneeniage. a anene ead velatva wo Crete lige spn dais mtn resultados sgnfenvon com fern 8 fides do Portugues +o emprego da liquid lateral /1/ €favoneid, tanto em 1, ome em SOY, pelas vopais[o],[) © [ul Exerpls: lalla {fmsc, Tula; Gola), salina, martlfu. Essas vogsis, como Mahia bene opattinago te /U Sr fsfaparieda FES moe. a parbedaFE7 (apart da FE tapas date? WnPaaidore? —— (ulepatandat 2, + oemprego da iquida later €favorecio pla vogal // oped A vogal ah como conteso eps, vo. Fert eubllioo do 77 wpastirde FET «+ cemprege da iquida no iaterol /8/ favored 2 eme ee pela Popa 0}, ExomplrfOle. Ease favorecimento cbecrfodoa prtrda PEO + ho wor elas vogns [a] [Uk Femplan ersakn, co ‘Honful Svea als pats do EOC voge 9 parr amy A iia niatral // no mostos see fvorecilapor shuma dao sete vps do Portugues, como conteo sept ‘ne dean Sums vopnis lingua no se aprsentarem come contents avortveiteemprego ds iid evidenindo Sore nae cpettamerns tegaiee dat coneonnsr cn Ge Ese Tits tatando do cone fvkign proce, vefcon se favoectmento ao ernprego também ce res iquidas da lingua: “alg tm, con contr peas rte, ‘opi fol a vogal El Exowos bala Ea, A ope Joke's colebieache do lla porte a FE Se vagal El 3 Jat da FE, com context pocedente “ + aliquid 2 ¢tavoracda poe cotentos precedente i Expr ln, lh. vo como contexts poses ty, favorece a enablizagio do /a/ x ptr da FE 13a Yop iehapentsda E10 + a ligside /R/ moses facinds pelo contexts precedente {oy Eemepic core h vol [oh chs conto freee Ferovect etnagio do [pri da FE ‘A vbrante /x/ nto teve seu emprego favoreido por qualquer dae tops do Portputs na conten gua precede Em uma aalze nial dees contexts lavorecedores de bs consantes hquids, nese que 9 jon se afcuiaiy das opis fees sr focitndor da gud 7, enquento que para a Extra parece er mots imporante ure dasYogts cca dines 1 ligida (1 asitads pelo contexosepineallemativo ou ‘opal alta ou vogal baba ¢ pelo conteso precedente vo- ealicvenat + allguide/4/ 6 facta plo comet spuitevoga sina ¢ ploconteto pcedeat voltae + aliquida /R/ €focitada por vogas com o pont ors} an- tom contest seguini, co nocomteno preceate ssa deren do pariietco condicionador pode ser devido a0 fate de /I/ e747 apreseniarem o'ponta de arcu [coronal], que € ndo-marcado; nesse caso, 0 ponto de articulago 4 voga pee no intefenr en sun seaeago como 0 perimeo altro fe ieretemente, act «Muda /R/ por apresent ont (coral, que € maresdo,¢antlene factidor'n presence Ae woes que commpatihem exept (Guano var tne esa parece condicionr o pros fo de aqui das qutr lisas do Poragués cm pos de lateral /1/¢favorcid pela sabe nice, tanto em tr, como mS. Explor pis Glad. Asiabe nica favorece a e- {Nblnagio do /1/ noha pt da Seno SOF, pid 7, A nleral /./ tem seu emprego favoreido a slabs poston 1, Frome eopelno. A asoepostoraca I fovrece w ales lodo Ly aparirda E10. 6 + a nfodateral /R/ mostrace facilitads na sflaba tOniea, tanto ‘Em isi, como em NDP. Exemplas: rod, garrafa. A sllaba toniea favorece 0 /R/ no isipa partirda FE 9, no SDP, a parti da FE 10 + ainfodbateral /1/ € favorecida na slaba post®nica 1. Exempo: lira A slaba postdnica | favoroce a estabilizagio do /+/ Sparlirda FE 1. [As observacdes relativamente % varlavel tonicidade sero apresentadas em conjunto com ¢s comentrios referentes A varis- ‘el posigéo na estrutura da palavra, ‘Knaltsados todos 0: restltadas, verificou-se ter sido a posicio na palavra a varidvel que possibilitou 0 tragado aitido de ume inte desenvolvimental na aquisigao das liquidas como onset ples. Diante desse fato, foi smprescindivel buscar, na teoria da ‘{aaba, uma primeira abordagem para o fendmeno. E também do ‘stud da silrba como unidade fonologiea que pode vir 0 enten- flimento da razio por que, no sistema do Portugués, dectre as Guatro liquidas da lingsa, 96 duas ~ // e /R/ ~ podem ocupa tanto o omet de sflaba de inicio de palavra, como de slaba dentro dapalavra Na abordagem da silabe, wma teoria tradicional é a que tem ‘base na selincie ou scentidade. Essa teoria trata a silaba como alter- ‘hind de soartidade: aponta 0 pico como o maior grau de soanti- Gade e estabelece restrigies para a ordenacio de consoantes nas ‘margens da slabe. Nessa propasta, a estrutura slabica preferida é ‘guela gue do onse! para o pico apresenta subida repentina de Soantidade, ou soja, aquela em que o onsct tem 0 menor grau de Soantidade, e que, do plco para 2 coda, apresenta descida grodual Ge soantidade, Portanto, essa estrulura segue dois principios ‘onet e Maccar6, 1996, p. 6) 2) as transicoes de soantidade do primeito elemento do onset para o nacieosBo de crescimento méximo e uniform 'b) as transigdes de soantidace do nécieo para iltimo elemen- toma coda sto de decréscimo minimo e uniforme 'No estudo da soantidade das grandes classes de sons das lin .guas, diferontes hieranquias tn sido propostas. Em se tomando a fhieranquia de sons proposta par Clements © Hume (1995), por ‘exemplo - apresentada na Tabela 2, © em se aplicando a aborde- ‘gem da slaba como altemancla de santicade, tense que a sabe ‘time aprecenta a eeqaencia 03 (obstruinte + vogal) 16 Tabela 2 Escalade soontidad, segundo Clements Hare (1995) Tipo desegmento Soantidade (bstruinte 0 Nasal 1 Liguida 2 Vogal 3 Fn asso en emoes pms ne aise sai ue ap oti ste al Se ee eboney gc rege amma) Be dese doce grew et Se egress deren econ Beceem meee: Ch. es ec en Ha Fc ieaectain macnn a ma Peespied kare ge ee Seon eee fee einen: eo en ane pees ares eee ee ae A escala de soantidade proposta por esses eulores 3 Aga ‘roposta pe tores aparece na Ts Tabela 3 Escala de soantidade, segundo Bonet ¢ Mascaré (1996) “Tipodesegmento___‘Soantidade Plosivas a Fricativas e Trill 1 Nasais 2 Laterais 3 Glides ¢ Flap 4 Yosais 5 w et em-e 08 dads Nese linha teéica € possvel também sna autor 3a A (Slog plese n agus precoce de /R/ Sa omer, no BW, common EDF, et Comps See como gr Tabea 1), Para sepuirae ea abordngen, ocom (8 4 CGsbear, na eval de oantiade propos pot 2 rec potrada na Tabela 3, a lds laterals. Esse lone onto necanarsete teri de ordenar /V/ acide sree qe eda presenta maior soadade PO se Lor ame Smeca, egando os pancpos da fring soto Setmantl(Clmentse Fame, 1999), Assn a nova esol de fidage enna conforse mestra a Tabla ‘Tabet - oon de satidade com a discrminagéo ds guides do Portugués Tipo de segmento Sonntidade Plosivas 0 ricativas ¢ 1 Nasais 2 1 3 a 4 6 z Vogais CO menor grade soamtidade de /R/ ¢/1/explicariaserem es sas Consens ave peferencias dete as Hguidas, pois per ‘Secu crest tas repetino de sontdae ela 20 Sra sla do gue as outas liquids, ou ej, atendem mate Efsquadamente ao Principio (a) aca refrido. Esse fato jus Chr amie serem /R/ eH ge pe conta Set de saa tanto no into, como dentro da playa Tetomandorse cones favorfveis sui de uid do Pontapugse pasoanda considera vaiivelfonicidade~ ain- dd nso agai esdutida vt segue a slab nica se mosea fore fedora na aquisigne de /R/ ede 7, evkdencando que ua pos kode fonekiments¢o melhor contest para a agus de al {is em que a iraaigo de soantidade ¢ crescents om rau maior do quelque envoive sab com ensts que impliquem ransigbes de Ravsdnde com pequeno grau de crescent, como ocorre ‘comas iquidas // € 11. 6 “Aprosentado o caminho da escala de soantidade pera a expici- tagio do porque de as liquidas /R/ e /1/ funcionarem como onset simples diferentemente de /A/ e /2/ no sistema da lingua e de ‘aquelas terem aquisicéo anterior a estas, tem de ser analisado 0) fato de a liquida /1/ ser adquirida antes de'/R/, tanto cm {3° ‘como em isn? (ver Tabela 1). Partindo-se da consiatacao de que ‘ambas se equiparam nas possibilidades de constitwicao de ore! ‘simples na fonologia do Portugués, nao ¢ mais na estrutura da ‘mas na estrutura do segmento que tem de resid a diferen- ‘gana ordem de sua aquisicao. Em andlise comparativa entre /R/ e /1/, tem de ser conside- ado que as pesquisas na érea da aquisicio da fonologia tém com- rovado ser /1/-a primeira liquida a ser dominad pelas crangns 1990; Hernandorena, 1990, Santos, 1980, Rose, 199) ‘Afirma-se até (Hernandorena, 1950) que /1/ €a consoante prota! po da classe das liquidas: ¢ a primeira a ser adquirida, @ aqucla fapez de substituir~ durante o processo de aquisigio da fon “todas as outta, em todas as posigoes que podetn ocupat na es fratura da silabe'e dia palevra, e &a liquida de maior freqdencia fas linguas do mundo. Quanto » essa freqliéncia, Maddieson (1988) registra que 79%, dentse 317 Maguas estudadas, contém /1/ fem seus sistemas fonclégicos. O autor aponta também que // std em 8° lugar entre os 10 segmentos mais reqdentes as lin- guns. A precocidade de sua aquisigSo, sua alta frequéneia nas kin- ‘guas ea possibilidade de seu emprego em lugar de qualquer das ‘outrasliquidas so fatores que parecem estar relacionados estr- {ura do segmento /1/, Considerando-se que cada segmento poesiti ‘uma organizagao Intema, constitulda de tacos distintivos dispos- fos hierarquicamente em diferentes tiers, epresentada por uma geometria ~ conforme Clements e Hume (1985) -, tem-se para /1/ ‘a seguinte estratura: 19 o ‘LARINGEO [o lateral) \ CAYIDADE ORAL, [+ s0n0r0} {- continuo} PONTO DE CONSOANTE ae [+ anterior] ama primeira adie dessa esrutra és veificn a pre sense dad wane nagimacidon ma gmc de um Semeto SER SA GF otto cb o cad one (eoronall cob © sie Sronmiey Segundo-seu geancra de fron de Cle we rere ume (99), que 36 cena em teria de tag com REINS kneladren como rferem os autores (Clemente Hs vee sec peaby, que consider teem on atclador= papel Faastnental na erganasio dn esratrn do segment, o= gies sare yor os decrminadoe a Teprsetagh foncyice dos emeod ple wear 7 a rete Satur Teoronall como um lore dealer TES “Tebmaro} -se apresentam como nao-mareados, Difern- ‘tense forebpervada nesta de RY, ero idetnde 0 tiae [icons ob on end aul) © tage (dorsal G00 © Bo pont ae connie; ten senido pode-se Venficar que a com Tindeto dos vagir tonctnintes da‘geometia de /1/ pode ser fonsiderada menos mareada do que a que compée a ctrtura de 0 7 RY «om ese encamishament,poderd ser posivel expicar precocidade da agusigto da guide /l/- Deve obserarse que Ry #agul ainda comm conante simples, dere dos proefos 4f fonologa auto segmental do 5 queslonand, neste etudo, Seu sat fonaltco no Parag, ono presente tabalo com usa anise preliminas ~ pre tenders apresentar uma anise da aqusiio das liqcidar Go Fortaguts © evidencar a importnga do controle de vandvels nguias em pengoces desva natures, mostando se apenas pegsenafceta de ma ampla pesquisa reaznds Em se ange Fticilarmente dos quid clase de sons que fern isctaso ‘Bfudos com bascem dieentes torn fonolgas-~ comprovew. Srgue a alse desc comportamento no proceso de agligo aa ligungem € de extrema Felevincla porque pode razor no Conisouigies substances pectosteiicos ainda emt discuss, tome tanim--tngata alin de sua aus econditads ot CGntesos de neu comportement varie nese proceso desel- Solviertal~ pode apontar nla sigalctivos mo serio de indo nas terapias de desvio de fl, Refertnclas bibliog “asia ee, BONIET, Elie, MASCARO, len Or errno of tating te shed ma, Chveide Autonom de areas, fs, George Ny HUME, Eat V-Twe ner organization of ese seunesn SUDA I (ol) Pra! Tay. Oxo ar pan die ing eato d iar apn eis pe wn rege ing tu de io. Doerner 1983, WDWakDs, ay Louse The oeuaton of gus Woking Par in Li ses Ohi ae Univers 13.9.1. EANDORENA, Carmen Lai doula de pra: eee pure com bane ot ngs nos. Pao Ags 1 ese (outers) rose, INGRAIE Div: Poniogie! duly chen. Landon: ard Amol, es toroge Anpion. Now York Cambridge University res TAMPRECKTT, tegina RP du atc normal de fowiogi do Petuguts — ease Resin de wigan 29 83 Foto Alege. 130 Tee a LOCKE, John, Phonolegcal acquisition and change. New York: Academie Pres, 3s Meson, tan. Paters of sounds, Cambridge: Cambridge University Pras, 198, MrT na Ruth M.A auisivo don vices, Dissertagio (Mostra), Poet, 1996 RTS Pe, Desnoelimentofonaligica do Portugués — descigto longitu- Sti nba 52. Ponto Alopes, 1992. Dssertago (Mestado) ~ SARE, stony 5.0 dacncoiment orl — estudio longi! sobre 105, Slay SO inde gate Zaouet mesesa anor e# meee Pots ‘lays t800 Basen (Mesa) Puce sr QHESyanton Cars DUNN. Carin. Normal and Disordered Phonaogy in Care al, Univer Prk ren, 10 Te ee tine apt of pang ix aes of onal! ae poling ans Lanares, 198, Tese (Douro) ~ ‘itiverldade de Londres Tart ixeveimento fonoligco em Portus (D7) Fst ng Laon UFBa, 12, 984, p. 225-27 vb te Coma “fe” Kool? Agu, mag ME te ree gor (prtagettemi). ono AL, ‘gpa Disuag (rad) = PES. Ee ene rors aqui da fonolgia do Ports ete de Miser 3p 93098 YAS tite FicRNANDORENA, Carmen I, M. LAMPRECHT, Regina 1 slg etn Pri Alege: Artes Mens 19 AGRADECIMENTOS _Agradecemos o indispensivel apoio do CxPa para a eaizagan da pes. gust the fguidus do Portguee 0 proceso de suri e suas implicaches™ rises nlsn1939/05°) eapradecemos. de forma muito especial, o trabalho rai dca «el dw Bln de igh Cin aoe case proeo: suo partcpagio fo! fundamental para que a pesquisa ae ee Pelee mekaocccivementeaingds, an

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