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de Servos om Informatica Lida, = Ana glo da Capa: Susan Hlizabeth Boling Roameues da Oretha (Tutti Bae): Mujica «da Capa: Binho's Fotolito 440 @ Acabamento: Book RJ PREFACIO . esente publicagio trata de expresso, canto e musica. Bem sabemos que fn expressa-se das mais dstntas maneiras. Como também s40 distintas a8 ' Bes do que éa msica, ara Rilke, a masica € 6 halite das estatuas; para Scho- ler, a misica ¢ pura vontade. Jé © poeta e her6i nacional cubano José Marti Jamiou que a miisica éa alma do povo. Talvez.essas visGes nio sejam antagOnicas, omplementares, e somadas contribuam nesse nosso delicioso debate filos6fico. ‘calocagées sequer suscitam polémica, pois so verdades undnimes. Uma delas ficontestavel fato do ser humano em qualquer época, em qualquer cultura, gosta miisica, A outra verdade fundamental é que todo cantor é antes de mais nada wm ico, Eu afirmo isso de forma muito serena, pois na minha condigao profissional hiisico instrumentista, participo da guerra eterna entre mtisicos e cantores. Fsta- ‘cereados de apocalipticos por todos os lados, pessoas que anunciam por todos os os a chegada eminente do juizo final. Nesse dia, num grande julgamento univer- Jum gigantesco Nuremberg césmico, Deus resolver definitivamente as querelas, ‘es e gatos, entre corinthianos e palmeirenses e entre cantores ¢ instrumentis- Nés, os instrumentistas, chamamos os cantores de canétios ¢ relaxamos no palco Aidlados pelos nossos instruments. Sim, entre nés e a platéia existe um interme- io, Ja 0 cantor tem o sex proprio corpo como emissor daquilo que 6 considerado 0 into cramatico focal da apresentacao. Melhor dizeitdo, toda a expectativa e toda 1 esto amarradas ao fragil gogo do canério. & principalmente por intermédio do jot que 05 individuos do publico se identificam dentro do processo dialético do Admmeno musical. Ora 0 espectador imagina a si préprio sobre o palco, pois tem a Alasia narcisista de ser o centro da afetividade daquela circunstancia; em outro mo- to esse mesmo espectador adota como sua a poesia da letra cantada, e entdo a voz cantor e do espectador tnificam-se no imaginario. Por isso 0 erro do cantor ofende emogées profundas da platéia, Nao é a toa que os cantores tornam-se famosos € dayandicos e tém uma relagdo agonistica com sua obra; enquanto nés, nuisicos hedo- as, rastejamos pelos cantos ruminando a frustragéo de nosso anonimato, contando ' piadas e maldizendo a midia manipuladora e burra. Certa vez fazendo um joWw com um grupo de misicos amigos, convidamos uma cantora para subir ao pal- {e cantar conosco. Ela prostrou-se maravilhosa em frente ao microfone e entio nds > VONRS TELaKS Sustht FIGAB4tg ial; Tel/Fax (I 8287 toce Anternetsh : ! www.carthago.com. ie ‘Nenhuma parte deste livro pode sere fe ser reproduzida em auterizacio prévia, por escrito, da Editora, Impresso no Brasil — Printed in Brazil Carthago Editorial Ltda, Rua General Jardim, 272 — 2° andar —Conj. 24 0125-010 — SAO PAULO — sp Fones: (011) 214-0664 — Fax: (011) 257-2958 ‘Web Site: http:/ /www.carthago.com br E-mail: carthago@carthago.com.br tun Indo, erramos a harmonia eo ‘ Met vaca, vlna denen conplaiveom un gh ee eee Ganon nase doi eae meno ie ee cee oe Pensou furiosa; "Musicos filhos da Puta, voods querem a parse on os olhos ¢ arriscou sale cantando na mais drida soliv tinge conser arate, fomes encontrando 0 caminho das pedras e If pelo melo da es no Barhoe ae cree @ musica e fomos aplaudidos de maneira con da torneira arrependida de ter saido de casa. ‘ Met! pensamento, como a leitor ja deve Maire agra em ars mn ea sem de cantar investem na sua formagao est lo tara mush Heros So Ba ees, apap ai tne vc Bain on gars epee ae ada meta ep ins sts goede nd we Papp fin Sse ptt cere Sn ener ae DNs cenicoe codeine Wializacio da musica contemporinea Betis Cini, uma cepremio — Pefncoios Bis o ma expressio — Principios Bésicos de Téniea Voeal” do Movie Maron eat Bat €fruto da experiencia de dss cantoras que eres, lca de uma maneira ampla e responsavel construindo uma ligaeke faa Isioloya, 0 canto, passando pela proftain, consciences conga ge nite 8 fin no objeto final do artista que ¢ a expreseao, een! questao essa fundamental na re 4 ‘Sao Paulo, maio de 1999, Guga Strocter APRESENTAGAO te livro 6 a expresso de nosso envolvimento com a musica, ow specificamente, com a arte de cantar. A forma pela qual nés a inter- amos € a colocamos em pratica no nosso dia a dia despertou-nos 0 ode compartilh’-la com outras pessoas que tém o privilégio de lhe sensiveis. Sabemos que essas pessoas s40 muitas, mas poucas co- 1m o fato de que, por detras da beleza do canto, esta todo um rigoro- yplexo, mas fascinante trabalho de educagéo, aprimoramento da ea e preservagao do instrumental basico da voz: as cordas vocais. ‘A idéia deste livro nasceu da necessidade que tivemos de organizar jonalizar o material acumulado em anos de estudo. Também, a expe- que adquirimos como cantoras atuantes em gravacOes e apresen- pliblicas foi essencial & adequagaio do material de que nos servi- para melhor ensinar. O carter didatico desse nosso trabalho tem por base ligdes tiradas ‘com outros profissionais da drea, cantores e instrumentistas Tendo em vista o objetivo maior desse livro, que é 0 de estabelecer relagio mais empatica e agradavel com o aluno de canto, nés 0 es- ‘amos a partir da percepgao de que as dificuldades decorrem, so- ido, do material disponivel. Ou seja, na medida em que o canto s6 le enquanto técnica e aprendizado na érea da misica erudita, o canto Jar, ainda que se beneficiando disso, acaba por limitar-se a uma ati- de marginal, secundaria e sem os rigores dedicados aquela. Ora, demos que na pratica isso nao acontece e que o refinamento da voz, jualquer drea do canto, seja ela erudita ou popular, nao pode prescin- de técnicas que As vezes precisam ser especificas. ‘este motivo, prinelps Hesse projeto s6 veio A luz ‘Rim particular agradecemy ‘ia Mayer, Mara Behlau, D1 kakubo, Carlinhos Antunes, Luciano Kurban, Silvia Rodrigu Twixeira, Sandra P. A. Rocha, Luis R. A. Rocha, Maria Orlanda Pinassi, Pagotto e Oswaldo L.. Mori. Monica Marsola Tutti Bab Capituto I INSTRUMENTO VOCAL: DescricAo E FUNCIONAMENTO. “A Musica, em qualquer latitude, é linguagem universal, é uma dédioa que Deus concede ao espirito para sua ventura eterna, € energia cds- ‘mica expressa em sons ao invés de palavras, é a composigao sonora que vibra pelo infinito sob a batuta do Regente Divino, traz em sua intimi- dade a palpitagio da prépria natureza, plena de forcas criadoras, contendo em sia beleza, a poe- sia, a inspiracio ¢ 0 éxtase.” I8 eXerce EM NOSSO Organismo. ualquer instrumentista, o cantor também necessita conhecer .parelho Respiratério de 0 ar entra e passa (vias aéreas e pulmoes): Vias aéreas: narinas, fossas nasais, faringe, glote, laringe e ‘traquéia; Pulmées: bronquios, bronqufolos e alvéolos. Os pulmées se localizam na caixa tordcica, s40 de consisténcia yponjosa e sua cor é rosada devido a grande quantidade de Jangue que neles circula. Sao o principal 6rgao do aparelho res- piratério e constituem nosso receptaculo de ar. a © caminho do ar até chegar aos pulmoes: a) Narinas: onde o ar é aquecido, umedecido e filtrado; 1b) Traquéia: bifurca-se, dando origem aos brénquios; ©) Bronquios: cada um deles leva ar a um dos pulmoes. Os bronquios se ramificam em tubinhos que levam o ar até os alvéolos; d) Alvéolos: onde ¢ feitaa troca do oxigénio, vindo do ar inspi- rado para a corrente sangitinea; pelo gas carbnico, presente no sangue, ¢ posteriormente devolvido para o ar. Oar entra e sai dos alvéolos gragas ao movimento conjunto do - trax e do diafragma. aber laringe (com 04 tdm a fungio de receber o som da sroeaay¢ aig io para o aparelho ressonador que ira influir Cavidade Nasal, ‘fia cor (timbre), sonoridade e amplitude da voz. Narinas. Laringe Bronquiolos Alvéolos ta vocal (silencio) Corda vocal (emitindo sons). Diafragma Epiglote Oaparetho respiratério. 2) O Aparetho Fonador Onde o ar se transforma em som ao passar pelas cordas vocais (nome popular dado as pregas formadas pela musculatura) lo- calizadas na laringe. A producao dos fonemas (som) ocorre pela modificagio da cor- rente de ar que vem dos pulmées (corrente expiratoria). Essa eon t ; ; tlhe da laringe. modificagao é feita pelas cordas vocais e pelos articuladores, Le 13 Cavidade Nasal Maxilar Palato Duro Lingua Falato Cordas Vocais Masculos ii. da Nuca Sonoras Oaparetho fonador ARTICULADORES * Mandibula Inferior — Uj e, Inico vel eae 8s0 movel da face, que sem- * Lingua — Dei ‘itada e rasa no fu indo da mandibi pip contra os incisivos inferiores eo las vogais Tuas YoBais e na maior parte das consoantes, lingua deve ser a mesma; um levantamento natural sivos inferiores. + a posicao da apenas nas vogais “e” “i” ela tem |, porém sempre apoiada nos inci- lato Mole — Desobstrul o fundo da garganta ao levantar- #0, eliminando assim a aspereza da sonoridade, tornando-a vedonda; TAblos — Naturais, sem contragdes musculares, mas firmes, de acordo com a prontincia; Alvéolos, Dentes ¢ Palato Duro — Também sao articula- dlores, porém passivos. A falta de dentes ou desalinhamen- { dos mesmos provoca proniincia imperfeita e até mesmo ruidos desagradaveis, como chiados ou mesmo assovios. Aviciclo para sentir o movimento do palato mole: 1) Inspire; 2) Eimita a vogal “a” passando em seguida para “an”; J) Se necessério, encoste um dos dedos no palato mole para sentir melhor 0 movimento. Ao realizarmos este exercicio, “a “ e “an”, varias vezes dentro de uma respiracao vamos perceber o movimento do palato mole No “a” para tras (saida de ar pela boca) e no “an” para frente (saida de ar pelo nariz). © Aparelho Ressonador Se perguntarmos a dez pessoas: De onde ressoa a voz? Nove, pelo menos, responderiam: “E da garganta”. Isso seria o equivalente a dizer que o violino ressoa sobre suas cordas, e todos sabemos que o valor de um violino ndo depende de suas cordas, mas sim de sua caixa (seu ressonador), da quali- dade da madeira com que foi construido, de suas dimens6es dos detalhes de sua fabricagao. No canto, 0 ar, ao fazer vibrar as cordas vocais, produz um som insignificante, que necesita encontrar uma caixa de ressonancia para poder amplificar-se. 15 Os ressonadores slo muitos 6 quase poderiamos afirmar todos 08 ossos do corpo entram em vibragio para o cal Portanto, aparelho ressonador é 0 local de onde te tira a qual dade do som e sua amplitude, * Caixa de Ressonancia Inferio. e pulmées; * Caixa de Ressonncia des da face. Cavidade Naval Cayidade Bucal faringe, traquéia, bronquig Superior: cavidades bucais e cavida Havin, ‘Traquéia Osressonadores faciais (superiores) Si0 0s mais importantes, f regido de ressonancia é também conhecida como “mascara” “Cantar na Mascara” significa cantar utilizando os ressonacl tes da face. Esses ressonadores superiores sao muito diffceis dd serem usados adequadamente. A ressonancia facial, aliada as ressondncias de Palatais (médias), que so mais faceis d voz brilho em toda a sta extensao, A passagem fécil e sem defeitos, de muito da posigao correta da penha um papel importante no Depois de tudo que falamos si zer um exercicio para que po: acontece: Pulmoes peito (graves) @ Bronquios le conseguir, asseguram ) do grave para o agudo, depen: boca (articulagio), que desen)s aparelho ressonador. ‘obre os ressonadores vamos fi ssamos, na prética, sentir o qué Oaparetho ressonador (foto peito-e frontal). Caixa DE RessonAncia SupERIOR 1) Inspire profundamente; 2) Expire emitindo o fonema: “Mémmmmmmm"; 3) Coloque as maos no rosto (para sentir a vibracao), Carxa DE REssONANCIA INFERIOR 1) Inspire profundamente; 2) Expire emitindo a vogal “A” (no grave); 3) Coloque as maos no peito pa ira sentir a vibracdo. Cariruto II Respiracao “Considera-se que 0 canto brota de uma forte misteriosa, que anima toda a criagio, todos os animais, seres humanos, droores, plantas e tudo que se ouvir. Na literatura oral, diz-se que tudo que tem seiva, tent Canto” iy Clarissa Pinkola Estés ‘le, porque ela ativa os 6rgaos responsaveis que ingoes, sendo, portanto, a ideal para o canto. 19 possuti dois movimentos; sao eles: a inspiragiio e a gio — fia entrada de ar nos pulmoes; (io — fia saida de ar dos pulmées. \spiracio e expiragaio, contam com 0 auxi- diafragma tem a ver com inspiragao e expiracao? sculo que separa a cavidade toracica da abdominal, é 0, principalmente na inspiragao, sendo inclusive cha- lo chefe da inspiragao. 4 inspiracao, o diafragma desce até o abdémen, tornando ntrada de ar nos pulmées. Pode-se observar visivelmente este \a-se uma pequena saliéncia no abdémen. piragio, o diafragma apoia e pressiona a coluna de ar, que ira ss clas cordas vocais, produzindo 0 som. lamental 0 uso correto do diafragma na respiragao, pois, caso 1 garganta assume a fungao de apoio e com isso a voz sai com slorco, dificultando a boa emissao. @ a emissio do som, o cantor deve fazer uma leve pressio (baixo-ventre, mais ou menos quatro dedos abaixo do umbi- essa regidio que o cantor deve voltar sua atencao, principal- notas mais dificeis. a tom cantado, dependendo da altura e da intensidade, exige energia que é fornecida pela quantidade de ar. Controlar a 0 significa retirar dela toda a energia que o tom exige para man- ficiéncia. antor busca uma gindstica respiratéria, porém esta inspiracao F normal, sem exageros e deformagdes no térax e abdémen por O segredo do fOlego nfo exté 46 na enpacidade tordcien @ win fr "saber coFtrolar, dosare sara musculatura que controla nossa rexpir (diafragma) Respirar bem é meio caminho and lado para se cantar bem, Elevagio day Costelas Abaixamenty do Diafragma Diafragma Abaixamento das Costelas Elevacao do Diafragma Inspiragioe expiracao, Capiruto TIT ImrostacaAo Voca “Aamo a miisica, acredito na methora do planeta, confio em que nem tudo esta perdido, creio na bondade do ser humano e intuo que loucura é fundamental. Agora s6 me faltam carneiros eca- bras pastando no meu jardim. Viver é étimo!” Elis Regina san suas partes © 0 mecanismo da respiragio. Com to faremos um estudo da téenica vocal a partir feitos com intervalos musicais dispostos melodica 8 0 outra) e acompanhadbs por um instrumento har- oliio) assegurando a afinacao do cantor: Os intervalos ‘ago ajudam a educar o ouvido e trabalham fundo a © correta exige o dominio da respiragao (inspiracao e \gma), clos articuladores e dos ressonadores. silo criados com vogais (vocélicos), silabas (sildbicos), ozes sio trémulas, outras nasais, guturais, veladas, du- ‘hi também as que tém auséncia de poténcia, de extensao, comando e de elasticidade. continua dos vocalises fara com que pouco a pouco esses sanados e endo teremos uma voz com extensio maior, ide, firmeza e seguranca pitulo I fizemos a descrigio dos articuladores; agora veremos ago funciona na vocalizagao, —Fonemas produzidos por uma corrente de ar vibrante que passa livremente pela boca. is sao produzidas pelo diferente posicionamento dos mis- delimitam a boca: a lingua, os labios e 0 palato mole. dlo assim, as vogais podem ser orais e nasais. Vogais Orais — A corrente de ar vibrante passa apenas pela Widade bucal. Sio estes os fonemas vocélicos orais: a, 6, @, i, ogais Nasais — A corrente de ar vibrante passa ao mesmo tem- po pelas cavidades bucal enasal. Sao cinco as vogais nasais: (nh) O libio inferior toca o8 dentes incisivos su- ‘ ‘AGAO DURANTE A Vocatizacho . Bettterre dos dentes Incl A,B 6 — Sons claros, abertos verticais = A lingua toca a face interna dos de Na posicao da fala nao se pode cantar; para se emitir ay 1 perfeicao deve-se ovalar a boca. Desta maneira o som recy fundo da garganta dando o arredondamento da vou, A pressio do ar faz com que através do palato mole e proje ressondl Alingu s 5 dos det ivos su- lingua toca os alvéolos dos dentes incisivos © som entre para a te-se timbrado, boca. Odlotso da lingua toca 0 palato duro ou eéu da Lhe Nh; 1 ae posterior da lingua toca o palato mole. a boca e uma projegig IK G(uer. ara que o som se amplie. ingem os agudos, o queixo val d om ampliar-se. , O— Sons escuros, fechados e verticais, E necessario também o ovalamento di; tuada dos labios para frente, A medida que os vocalises atiy do e dando espaco para o so; we aplica ao estudo da técnica vocal rated tea ¢ muito a emissao, beleza do seu timbre, sea Bnacto O mecanismo da voz, em poucas Pa oats Mipiracto, os pulmées se enchem dear Fste a tans 7 fade na expiracao, as cordas vocais se ap imam 0 Bee tsteesaaee Du Se Feber ais) e dirigi-l seeber som da laringe (cordas vocals) € d c Miisor onde adquire amplitude e qualidade. vac) eo onisopermane pel Be ertizacao exercitaros nosso diafragma (res paso) e0 Vai se ovalando em busca de um som arredondado e bem timbra ae eee to, para a boa emissio é preciso a ap E,i—Sons escuros, fech. (no agudo). No grave, damos um | mordente. ados e horizontais (no grave) e eve sorriso para manter a voz vibrandy Consoantes —Sio fonemas Produzidos por uma corrente de ar pe 0. 40 do som em varias alturas e todas veniente dos pulmdes que enfrenta obsticul allagio envolve a emisso do som em vériasalturas¢fodas pendem das diferentes posicdes da lingua & dos | ‘possuem um potencial vocal que p Bios. Ao ponto cla cavidade bucal em qu se lol trabalho de vocalizacao. 0 cestéculo a corrente dear, dé-se o nome de: po ou zona de articulagzo. ZONA DE ARTICULACAO Das Consoantes * Pilabiais — Contato dos lébios superior ¢ infer ior Exemplos: P, Be M; Caprituto IV ‘Trssirura & Recistro MEDIO “Suponho haver na mitsica uma significagtio coculta que faz dela uma das coisas mais impor- tantes da vida, e que possui tremenda energia cent potencial para o bem ou para o mal.“ Confiicio ‘a0 limite de sons emitidos por uma voz, do agudo, mesmo além dos limites naturais de itu, , geralmente, duas oitavas nos adultos. Porém, ‘vores que atingem trés oitavas (Sarah Vaughan) mesmo quatros oitavas (Mariah Carey) mas isso ito rato. conjunto de notas, geralmente de uma oitava mais 14 quinta, na qual 0 cantor emite a voz com total ho- oneidade. — fia parte central da tessitura de uma voz. Exemplo: Soprano. ExtensAo REGISTRO MEDIO ‘Ao iniciarmos o estudo do canto, é mais prudente vocal registro médio, aleangando depois a nossa tessitura para no om masiado esforgo e posterior dano as cordas vocals, Na Mosica Porutan ‘Tenor (Voz masculina aguda) CLASSIFICAGAO DAS VozEs Quando consultamos livros de canto ou de teoria musieal zem em seu contetido a classificacaio das vozes, percebemoy que : rem ao uso da voz na mtisica erudita, com tessituras mais ampli Caer rny as usadas na mtisica popular. Armiisica erudita é partiturada, portanto mais rigida na {oly andamento e interpretacao. A miisica popular permite maior {le de, incluindo mudangas de tonalidade que se adaptam melhor h i do cantor; oferece maior possibilidade de exploracao de timbres inclui ritmos e efeitos vocais de acordo com a vontade cando a tessitura no mesmo plano de importanci. tros musicais. =) SSS SS] do intérp) ia que 0s OUtrON f Por exemplo, se uma Soprano quiser cantar uma musica ot — ee mente composta para um Baixo, ela muda para uma tonalidade a into Baixo cerem vores rare, também aparece ae daa sua tessitura. Dentro da mtisica erudita existe a mesma povil cee csc hate ee tee soe de, porém, é bem menos utilizada. Bri devendo inclusive se explora as maltples pessibiidaden de amnisica popular e a erudita tem se Na Mosica Eruprra Na Musica Porutan também, que a interagao entre a miisica popular e a ielente ¢ complementar. Soprano se joprano (Wor feminina aguda) (Voz feminina aguda) popular, a maioria das cantoras canta em tessitura de OF ——= ‘08 cantores como Tenores ou Baritonos. As vozes de Con- = — = 10 rarissimas. Gostarfamos de deixar bem claro que para lho necessArios vérios fatores: afinacao, ritmo, interpreta- \do a tessitura apenas um deles. Contralto Vozes INFANTIS (Voz feminina grave) = fanto de meninos quanto de meninas, sob 0 ponto de vista ypresentam muita diferenga e, por isso, sao simplesmente Imo: vozes infantis. Nito achamos aconsethdvel que criangas entre 06 12 an “Impostacio Vocal” (vocalises) A crianga sabe naturalmente como usar cantar livremente, fi mais interessante nest Seu “todo criativo”, deixando que ela primeito explore o vivelit $0, objelos sonoros,instrumentos musicais, percepgio auditiVa, nério, materiais plasticos diversos (argila, tintas, pastel ett) vi plenamente como integrante do Universo, optando posterionih aprofundamento em alguma rea artistica especitica: misicn, uM 4, artes plasticas, canto ete. seu aparetho ve 2 icade estimular a 6 | CariruLo V INSIDADE, DurACAO E ANDAMENTO ADOLESCENCIA — Mupanca pe Voz Ena puberdade que acontecem mudangas na voz. A puberdade acontece meninas dos 11 aos 14 anos. As idades acima variam devido volvimento de todos os érgaos. A mudanga de voz caracteriza-s aringe em todas as dimensoes. entre meninos dos 12 aos 16 anoy 8 precocidade ou retardo da e pelo crescimento anatém Meninos — A mi dao. E radical, pois su: rudanca € caracterizada geralmente pela 10 1a voz desce cerca de uma oitava, adquirindy dancas no timbre, maior sonoridade e resisténcia, "A taringe do mundo a cnoerna de hz gar gantaaterta dos deuses qu, aca primar ‘renova a ago do abismo primordial abrindo suas ports ao sol quesobe como tna drre un ov vesplandcent ou unt cro cantante. E é ee erfinio que enuncia novamente o mundo at ee de uma miisica, cujos raios ressoam prim como a silaba OM...” Meninas — A mudanga é menos brusca, sua altura, tornando-se aveludada, intensidade, sem rouquidao, may) melhorando a exten: do, tim E bastante controvertida a opiniso dos autores sobre se o adolen te deve ou nao cantar neste perfodo. Sci(do Livro “O som eo sentido” ot a José Miguel Wisnik) Nossa experiéncia nos leva a acreditar que com acompanhamel . : de bons profissionais na area d lo canto nao haveria inconveniente nj ‘Tint wilidade de cada voz. Todas as vozes possuem © tinieas que as diferenciam das demais, é como ital | {nado por fatores complexos como: a estrutura ‘adores, capacidade das cavidades de ressonan- nein clos harménicos que acompanham os sons e ppelas dimensdes das cordas vocais. le yer mudado, mas, através da vocalizagao corre- muito seu colorido. TNTENSIDADE (DINAMICA) 4 propriedade do som de emitir uma nota mais forte | notamos que, no decorrer de uma cancao, depen- | da letra ¢ da melodia, nao podemos emitir as not 4 (intensidade). A essa alteragao de cantarmos algu- baixinho, e outras com mais volume, dé-se o nome de saber graduar a intensidade durante a execugéo musi- ( indicada pelos sinais ‘am respectivamente: aumento e diminuigao de intensida- sdes, como por exemplo: forte (), fortissimo (ff), piano 10 (pp), mezzo forte (mf) etc. Na muisica popular, a dinamica flea a ou, na maioria das ve bom-senso. cargo do arranjay 8, do proprio intérprete, sempre rey Duragao Bata 0 pé numa série continua com intervalos igualy 2) Cada batida corresponde a um “tempo”, que 4 medida da miisica; 3) Cante um som qualquer e segure durante 4 tempos) 4) Depois segure 6 tempos. Pois bem, um mesmo som pode ter duragoes dliferentoy, duracao € 0 tempo em que se prolonga o som. Quando distribuimos e organizamos estes sons dentro de Sago (seqiiéncia de tempos periddicos), temos o ritmo, No nosso dia a dia, a todo © momento nos deparamos ainda que nao tenhamos consciéncia disso. Sao as batidas do Nd 40, 0 barulho do trem, 0 coaxar de um sapo — Hermeto Pash diga —, a maneira continua com que o sangue 6 bombeado eit veias, as batidas de um ferreiro, o ritmo continuo de uma cami) Ao ouvirmos um samba, uma valsa, uma salsa, um choro, i etc, conseguimos identificar seus diferentes estilos principalind elemento ritmico predominante. ANDAMENTO Uma mesma cangio pode ser cantada ou tocada em varias VJ des, desde que se mantenha a relacio proporcional de duracio notas. A este aspecto musical, d-se o nome de andamento, Na miisica erudita os andamentos sio marcados na parlil expresses como: + Andamentos lentos: grave, largo, adégio etc. Andamentos moderados: moderato, andante, andantina Andamentos rapidos: allegro, vivace e presto etc And. 120 d cima, aparecem também em quantas inland 4. cangiio deve ser executada, maneira esta usada ypular, : : Mamento exato wiliza-se o metrénomo, que é um Jima régua que assinala os valores de unidade de | No exemplo acima, o péndulo dara 120 batidas por gorresponde a uma unidade de tempo no caso — pular 0 andamento nao é tao rigido. mos um andamento, devemos estar atentos & manei- 0 pode interferir na emiss4o dos sons, na diegdo ‘roupirag: im chorinho,a velocidade em geral é répida, mas deve ea que se entenda a letra (diego), Numa msi \damento for muito lento, as notas se tornardo muito nd mais controle da respiracdo diafragmética Capfruto VI in, Emirir & AFINAR “Se voce disser que eu desafino, amor, Saiba que isso em mim provoca imensa dor. S6 privilegiados tém ouvido igual ao seu, Eu possuo apenas o que Deus me dew. Tom Jobim Newton Mendonca e simultaneamente eristaliza I, 0 aparelho auditivo as posiciona de tal maneira useulares ¢ sensoriais se realizam e determinam ‘faptado pelos ouvidos, outros estimulos transmi ‘euntros cerebrais e ai o som é guardado na memé- Jo, entram em aco novos estimulos que Mo cérebro para os centros nervosos dos muisculos , bucais e outros. | garda o som na memsria e agora sim o emite, ‘ons cantados, eles podem soar afinados ou 6 afinagdo? {or G afinado quando ele atinge as alturas sonoras i correta. lento (vibracao) e possui o que chamamos de fre- ie de vibragdes por segundo). Se conseguirmos 16 vi- lo {4 ouviremos um som. Existe um padrao de afina- qual afina-se o 14 em 440 Hz (Hz = vibracées por na cle afinar é uma convengao que pode variar de Por exemplo, no Barroco a freqiiéncia da nota la era de lar 6 atingir a mesma freqiiéncia que foi tocada ou ou- iginal a ser cantada. if se ter acesso ao 14 padrao (440 Hz) utilizamos o dia- pequeno instramento de metal em forma de forquilha a determinada, em geral 0 14; a partir dela vocé afina vores. {ambém pode ser de sopro e produzir mais de uma nota is Farores QuE INTERFEREM NA AFINACAO percepcao é um deles. Todos devem aprender a ouvir. icamente, escuta. A escuta pode ser cons Ocantor deve aprimorar sua escuta consciente, seu ou- 45 mi Intor, AO OVE UM som, gulr compar peasons cham Ree scias”, NAo & diferencié-lo de outeos, Por exemplo: um som grave de um medio en a ceste termo; digamos que seja “surdo para freqiléncias’ i ‘u problema, Quando do, um som forte de um fraco, sons mais longos de mais curtos, disting, Pad 0 desatinedo tem See su brto, O"Tone Deaf" os timbres, os diversos instrumentos, até conseguir uma percepgao ma lor emite uma nota desafina ta, ee eran ours tom einen fina, como por exemplo, distinguir intervalos entre as notas, ovivit » ha @capaz de cantar uma musica . monia (acordes que acompanham a melodia) etc. Todos temos, pelo menos instintivamente, a nogio sonora da esca de dé maior: Wencé-lo de seu erro. 2 ae dita-se que o “Tone Deaf“tem uma deformagao no ouvide in i e re freqiiéncias. @ 0 impede de reconhecer as 2 - ae Yo outro ie existe o “Ouvido Absoluto’ - Voce pode nas sare ° Jo absoluto e nao perceber, até que venha a lidar com moe 5 i is ce as jas las Jindividuo que possui ouvido absoluto reconhece as notas toca\ : iiénci adas sozinhas ou agrupa= ve Be cvics aboctato¢ umn habldade nate, ens no heredity ido Absoluto ¢ um. nata, mas na so) ouvido relative em um ouvido absoluto a = - 08 Ter ouvido absoluto nfo é garantia para ser um bom miisico. MI a0 e Re axe? DO sn? A partir dela, e com a ajuda de um bom professor, podemos traba- Ihar a percepgao e 0 ouvido musical. Aestrutura musical nao favoravel, falta de atengao, repetigao contt- _ hua de um mesmo trecho, respiragao incorreta, falta de apoio no diafrag- _ Ma e notas no limite da tessitura, também so fatores que interferem ta inagao. Todo o estudo ligado a percepcao auditiva trara beneficios ao can- F ampliando sua capacidade de criagio, execucio, interpretagio ¢ acao. Acreditamos que todas as pessoas que nao possuiem problemas fisi- cle audicao, podem cantar afinadas. Existem, também, problemas psi- Bicos frente ao ato de cantar falta de estimulo, itonias de amigos e es que comparam pessoas de uma mesma familia, crenca no “dom” le com certeza existe —, mas a educagio do ouvido e o desenvolyi« “Renuncie a uma coisa somente quando desejar tanto alguma outra que a coisa remunciada ne- nhuma atragdo mais exerca, ou, quando parecer que ela est interferindo no que é mais infensa- mente desejado.” 1a rouquidao 6 sempre motivo de alerta, Caso a rouquidao nao a em uma semana, é recomendavel procurar 0 médico, pois tanto tratar de irritacao momentanea, como um nédulo em formagio, mesmo um processo inflamatério mais sério. Selecionamos alguns t6picos que geram diividas a respeito de suas cias na voz. VERDADES E MENTIRAS Fumo 1) Everdade que fumar faz mal para a voz? Por qué? Sim, A laringe e as cordas vocais sao revestidas por um tecido chamado mucosa. Esta possui cilios méveis que servem para ex- pelir a secrecao do trato vocal. Quando a fumaca quente atinge as cordas vocais, ocorrem dois mecanismos, um de defesa, que aumenta a produgio de secrecio, e outro que envolve a parada da movimentagio dos cilios, ocasionando depésito de muco, que provoca o pigarro. Além de fazer mal para a voz, 0 fumo 6 con- siderado um dos maiores responsaveis pela incidéncia do cén- cer de laringe e pulmao. 2) A pessoa exposta A fumaga do cigarro também sofre suas conseqiiéncias? Sim. Um individuo nao fumante também pode apresentar alte- races. Portanto, no fumar em ambientes fechados 6 uma ques- td0 de respeito a satide dos outros e de educacao. \ qué jinha” no fim de semana? Sim, Toda a cléncia especializada afirma que o cigarto 6 prejual lo que as outias pessoas fazem, clalt side vocal, mas existem ifiierdd piofsslerfas cde ee aah ace es tes acer 0 ito usar a Debi, ; mo tendo consciéncia disso fumam, nao necessariamente cles Beaeece queequilibradanente, bebida pode es- io ou até mesmo achar que uma volvendo problemas mais sérios, POF possuirem maior resisténciq da aren ee ncsmna amaciar sua voz antes de cantar. ; ao fimo. © que nao quer dizer que a longo prazo nao ocorra Bpeuerou distirbios vocais e respira t6rios. Os cantores e profissionais diy atores etc.) ndo devem esquecer qui outros profissionais, logo, esto maiy voz (professores, politicos, utilizam mais voz do que: expostos a riscos Drocas 8) A maconha é prejudicial & voz? 4) Ecerto ficar pigarreando para tirar a secrecio da garganta? a bem Sim, pelos mesmos motivos de agressao do fumo, mas tam| . é enrolada. ‘Nao, pois as tentativas de pelas toxinas da queima do papel no qual a erva é en soltar secrecao cauisam uma irritacio dla mucosa e descamagao do tecido. O mais adequado é super. hidratagio, bebendo de 2 a 3 litros de agua por dia, para que a Seerecio sala espontaneamente. Recomenda-se também inspi. tar profundamente pelo nariz e deglutir logo em seguida, 9) Ba cocaina? é cial, pois lesa diretamente a mucosa. A ir ibém é prejudicial, pois lesa diret Soctina inetivelprovoea fadiga vocal e dificuldade em manter comunicacao adequada e eficiente. Atcoon 5) Faz bem beber conhaque antes de cantar? ALIMENTAGAO, Nao. Inicialmente o indiv: levemente anestesiada, abusos vocais e 86 per da bebida. Estas cons cae fraca. iduo se sente mais solto e a laringe é Por isso 0 individuo acaba cometendo rcebera suas conseqiiéncias apés o efeito eqtiéncias sao: ardor, queimacdo, voz rou- 10) O cantor deve ter uma alimentagao especifica? Nao, mas sua alimentagao deve ser hem eaaleaeae a een ook muito condimentedos ficult a sigetioe tambént’a movimentacao livre do diafragma. Verdes pote ° bem mastigadas relaxam a musculatura da mondiale, melho- rando a diccao. Antes de cantar nao evens ites leite e derivados, pois eles aumentam a formacai prejudicando a ressonancia e produzindo pigarro. 6) Quais as bebidas mais prejudiciais a voz? Os destilados (uisque, vodea, fermentados (cerveja, indicados. pinga e conhaque), porém os vinho e champanhe) também nao sao Sim, pois possui propriedade adstringente, auxiliando a | za da boca e da faringe. Os sucos de laranja e limao também autxiliam a absorgtio do cesso de secregdo, 12) Gelado faz mal? 13) O cantor deve usar local e gengibre pa: Palinhas de hortela, mel, pastilhas, spra a manter sua voz saudavel? Nao. Estes recursos mascaram a dor do esforco vocal, dando dang falsa sensacio de melhora, prejudicando ainda wate oesta- do das mucosas, 14) 0 cantor deve praticar esportes e atividades fisicas? Sim, a natacao, o caminhar, a danca, a yoga e outros siio muito indicados. Deve-se evitar aqueles que exigem movimentos vio- lentos de bragos e que causam tensio masculee na regio do Pescogo, costas, ombros e t6rax, como por exemplo, tenis, bas- uete, boxe, vole, musculagao e levantamento de Peso. 15) Durante a menstruagio hé alteracio na voz? Sim. No perfodo pré-menstrual e nos primeizos dias de mens- jruacao, em conseqiiéncia do edema (inchago) das conde vocais Provocado pela alteracao hormonal, BF sttvamos vor cansada, discreta rouquidao cen voz grossa e dificuldade em afinar. sim. ‘Nas mulheres, durante a Pe ee a ininos produz uma voz mais pes Tamers, tora dade provoce um aumento Ge eg ‘voz, tornando-a mais aguda. Cariruto VIII Corpo, Voz E INTERPRETACAO “Se vocé aprende uma cangfo ¢ ela tem algo a ver com vocé, ndo hé nada a se desenvolver, vocé simplesmente sente isso, e quando canta as ou- tras pessoas sentem algo também. Para mim nfo tent nada a ver com trabalho, ar- ranjo ou ensaio. Me dé uma cangio que eu possa sentir, e ela nido me dard trabalho algum.” Billie Holliday SS Mapa ee O ato da fonagio p clas conscientes ou no. ‘Até este momento falamos sobre o ato fisico de cantar. Neste capftu- Jaremos sobre as sensagées da mtisica refletidas pelo corpo no ato da ‘A emogao, quando é verdadeira, faz. com que 0 corpo reaja através (0s, expressdes faciais, corporais sem que antes vocé tenlha ensaia- fara isso. Por exemplo: 0 corpo de pessoas tristes possui pontos co- \s — postura arquieada, movimentos contidos, sensagao de né na gar- ;nta, bem diferente do corpo de pessoas alegres que tém postura ereta, svimentos amplos, voz clara, olhar brilhante etc. No ato de cantar nem sempre conseguimos buscar a emogao neces ia para que o corpo reaja de maneira adequada; por isso muitas vezes itilizamos recursos gestuais forcados e estereotipados que nao conven- platéia nenhuma. Daf a necessidade da conscientizacao e liberagao © corpo para que haja “entrega” na interpretacio. Essa conscientizacao 6 processo individual, pois o meu movimento expressivo para cada emocao nao ¢ igual ao seu; ha pessoas que possuem gestos largos, expansivos e outras que reagem ao mesmo estimulo de aneira diferente, o que nao quer dizer que a primeira sinta mais emogao que a segunda. Mas como adquirir esta consciéncia? Em primeiro lugar: observando seu proprio corpo, seu movimento, sua postura, sett equilibrio, suas tensdes e pontos relaxados, seu andar, suas articulagdes. A conscientizacio se refletiré na interpretagao, que, por sua vez, possui dois momentos. Primeiro momento: Como eu compreendo determinada cangao? (le- tra, mtisica, harmonia, arranjo, ritmo. Segundo momento: De que maneira eu transmito o que compreen- di? (gestos, dinamica vocal, luz, roupa, postura, localizagao no palco etc.) /0sentimento, de dentro para fora, fazeno com que corpo “fale el ou em movimento, sensibilizando o ouvinte. Cantar 6 transmit nada valem a afinagao, impostacao e técnica, sem interpretacao importante que o cantor, principalmente iniciante, nao se prenda so 1 Capiruto IX Hehtea tim estilo de mtisica, f interessante pesquisar um acervo variad Iscos com diversos estilos e compositores de diferentes pocas, es: Dicas aos CANTORES lo aberto a ouvir musica primitiva, nica, erudita, caipira popular a Voz lca instrumental, contemporanea e novos compositores, E PRorissioNals D. Océ dleve ouvir para conhecer e perceber quais as cangoes que se tilicam com vocé, para aos poucos selecionar as que o interessein Orica, mas ndo se preocupe em imitar: ao interpretar uma canao {i gravada, busque a sua “voz",o seu estilo, a sua interpretaga “Enviar luz a profundeza do coragio é dever do artista.” Robert Schumann ne Uma voz bem trabalhada permite 0 dominio da expressao interpretativa. Nao desgastar a voz em brigas, gritos, telefonemas longos e a0 falar em locais ruidosos. A competicao sonora é comum nas gran- des cidades. O esforco vocal 6 maior em algumas situagdes co- muns no dia a dia — por exemplo: professor em classe baru- Ihenta, falar em automéveis, 6nibus, trem, metrd, danceterias, festas etc. £ aconselhavel manter a intensidade vocal em um nivel mode- rado em todas as situagdes. Nao cochichar ou sussurrar, pois isso representa maior esforco vocal do que o necessério para a producao da voz normal. Depois de conseguir uma boa impostacao, ao cantar ou repre- sentar, esquecer a voz e ouvir 0 coragao. ‘Ao primeiro sinal de resfriado: repouso vocal e alimentagao ade- quada, na medida do possivel. A desintoxicagao do organismo clareia a voz. Usar roupas leves e folgadas permitindo a movimentacao livre do corpo. Nao apertar regides do pescogo, onde se encontram a laringe e as cordas vocais, nem a cintura, pois aperta o diafragma, muis- culo muito importante para apoio respiratorio. Ocalgado deve ser confortavel e seguro; nunca compre um novo eva para o palco sem antes testé-lo. M1) Cuidado com 0 ar-condicionado, pois ele retira a umidade do ar, ressecando a corda vocal. Se for imprescindivel o uso do ap condlicionado, aconselha-se a ingestao constante de égua na ten peratura ambiente, Cuidado com os aquecedores de ar, pois o mecanismo de resse~ camento 6 0 mesmo do ar-condicionado, sendo também nece: sdria a reposigio de liquidos no organismo. Pode-se também utilizar recipientes contendo agua para manutencao da umida- de do ar, As bebidas alcodlicas, fumos e drogas sao prejudiciais, entre outras coisas, 4 voz. Nao ficar tomando remédios ou chupando pastilhas por conta propria, s6 se recomendados por médico. Nao dé muita importancia ao que leigos comentam sobre sua voz. Exemplo: Voz sensual (rouca), ou vocé € desafinado, nao tem talento para cantar, voz de “taquara rachada”, Procure um pro- fissional da voz para esclarecer suas diividas. Nem acredite em tudo 0 que dizem que é bom para a voz, pois nem sempre é, Nao se deixe abalar por um fracasso ou por criticas venenosas. B importante que o cantor estude musica, teoria, hist6ria, solfe- jo, percepgao etc. para se integrar melhor no contexto do espe- téculo e também facilitar a comunicacao com os miisicos, po- dendo assim expressar melhor suas idéias musicais. espe um | Verificar em frente do espelho a abertura vocal, a lingua, a ex: preasito facial ete. 20) Saber ouvir é muito importante. Escutar discos, assistir a shows, sao atividades que enriquecem a vida do cantor. 21) Finecessario ouvir outros cantores, mas cuidado para nao imi- té-los, Busque sua identidade vocal. 22) Articule cuidadosamente ao falar — isso requer menos esforgo vocal para fazer-se ouvir. 23) © artista deve ter uma vida interior intensa; que seus pens ‘mentos sejam nobres, harmoniosos e positivos. Viva um pouc' acima da realidade. 24) O orgulho ea vaidade sio dois sentimentos nocivos ao cantor 25) Cultive a humildade, tendo consciéncia de suas qualidades ¢ limites. 26) Devemos nos cuidar, mas sem exagerar. O exagero fard do can tor uma pessoa incémoda as outras. 27) O equilibrio entre mente, corpo ¢ espirito reflete um cantor harmonioso. CapituLo X CANTAR EM PUBLICO “A vaia é uma manifestagzo. Pior seria a indiferenca.” Amaldo Baptista slo para apresentagio em ptiblico, seja num barzinho, baile, sarau, no bcking vocal, coral ou mesmo num show solo. (O cantor sabe que existem exercicios que podem ajudé-lo a cantar a dia melhor, exatamente, dia apés dia, sem pressa nem ansiedade, constancia e disciplina. Nao existe uma linha divis6ria entre os atos de “estudar” e o de antar em piiblico”. Ambos se complementam podendo caminhar jun- . S6 acreditamos no estudo acompanhado da prética, seja ela formal nao. O cantar em piiblico permite que vocé entre em contato com situa es diferentes daquelas da sala de aula. Nela s6 existem o aluno e 0 srofessor; 6 0 momento de repetir, experimentar, tirar duividas etc. Numa ypresentacao em piiblico, outras situaches aparecem: a platéia a sua fren- _ condigdes técnicas (som, iluminacio, tamanho do palco etc); 6 0 mo- vento de por em pratica seus descobrimentos e tirar deles experiéncias, conscientizar de dificuldades e qualidades. palco é um lugar magico, fascinante ¢ todas as pessoas que tém oportunidade de ocupé-lo devem fazé-lo com o maximo de respeito ¢ honestidade consigo mesmas e com quem as esta ouvindo. Cantar aquilo em que realmente se acredita. O canto reflete a alma. Independente de vocé se sentir preparado ou nao, aproveite o momentoe entregue-se & misica e nao transforme sua apresentagao num problema ‘Aceite seus limites e faca tudo com muita calma e carinho. Tudo que é feito com verdade certamente terd boa receptividade do ptiblico. Em dia de show é muito comum, antes de uma apresentacao, o can- tor ficar resfriado, com dor de garganta ou outro tipo de doenga relacio- nada com sua voz ou aparelho respiratorio. Isso revela que a expectativa para tal apresentagao foi mal-canalizada. Qual o lado bom da espera pela apresentagéo? Muitos processos so acelerados; com certeza vocé nao faltard as aulas de canto, ensaiaré com a banda ou play back, estudara mais do que de costume, lapidando ao maximo 0 espetculo como um todo. Como jé escrevemos anteriormente, o processo de amadurecimento acontece pas- 50 a passo. sintomas indesejados. ' esquega que a técnica deve ser para 0 cantor uma conquist ser interiorizada lentamente; Portanto, no dia do show vocé dey ir dle corpo e alma, com técnica, mas também com emogio, or mais agitado que este dia essa ser, mantenha a calma e pensi eeessario fazer para que tudo corra da melhor maneita possivel a apresentacao. eguimos agora com algumas dicas praticas: Caso vocé tenha de “passar” o som a tarde, aproveite a0 maxi- ‘mo para se familiarizar com o palco, mas nao exagere cantando _ ou falando demais, economize energia. Chegue ao local da apresentacao antes do horatio, isso 6 muito importante para o seu equilibrio. Exercicios Faga um bom relaxamento. Solte as articulagoes, fazendo um alongamento suave Repasse mentalmente todos os detalhes do show. Vista-se com um pouco de antecipagio— é importante que vocé : “No corpo harmonicamente desenvolvido e ele- Se sinta & vontade com a roupa e os sapatos. ‘vado ao ponto supremo de energia penetra 0 es- pirito da dance ..); para bailarino, convird até que o corpo seja esquecido, quando muito, ele nao ‘mais seri do que um instrumento valioso e bem afinado, no qual (..) tanubém possam se refletir 0s sentimentos e pensamentos da alma. Aqueca suavemente a voz com al, Iguns exercicios respiratérios e vocalises, Busque uma integracao com toda a equipe (mtisicos e técnicos). Se vocé esta se sentido nervoso(a), cker dizia que o nervosismo é sin: sabor especial ao espetéculo. Bom show! no se preocupe! Cacilda Be- ial de respeito ao palco e da , Isadora Duncan Apés 0 show nao esqueca de perdido durante o mesmo. Se tudo nao correu da lie de maneira sensata. beber Agua, para repor o liquido maneira que vocé esperava, relaxe e ava- AQUECIMENTO CORPORAL Com a palma das maos, massageie os pés em todos os pontos — " metatarso, calcanhar e articulagao dos dedos. Continue dando “ pinhas”, para ativar a circulacao. ‘Tornozelos [Em pé, gire 0 tornozelo do pé direito para a esquerda e para a dire ta, Faga o mesmo com o pé esquerdo, em ntimero de vezes igual a0 do pé direito. Joethos Continue em pé, colocando as palmas das maos sobre os joelhos fletidos; agora, gire os joelhos para um lado e para 0 outro. Quadris a) Considere que o meio de suas pernas é 0 centro de um cfrculo e, girando o quadril, desenhe um circulo nos dois sentidos; b) Faca o mesmo desenhando. Obs: Comece com circulos de diametro pequeno e vé aumentando gradualmente, O movimento deve ser suave, como se voce estivesse usando um lubrificante. ‘Tronco: ‘Ainda em pé curve tronco para frente, para um lado e pata 0 outro. Concentre-se no “tronco”, nao use 0 quadril, o momento ¢ de cons- cientizacao das articulacées; perceba como voce se movimenta, suas dificuldades e facilidades. Repita lentamente. mbro direito e deixe cair suavemente; } Faga o mesmo com 6 ombro esquerdo; Gire os dois ombros nos dois sentidos, ‘oluna a) Como numa escada imagindria, vA subindo com os bracos alon= gando ao maximo a coluna, até ficar na ponta dos pés; 1b) Solte os bracos até o chao com os joelhos levemente flexionados e fique embaixo alguns segundos; ) “Desenrole” muito lentamente a coluna, como se fosse uma fo- tha de samambaia, olhando sempre para 0 abdémen, até ficar ereto. Muito lentamente, com carinho e respeito pelo seu corpo. “Amassando 0 Barro” a) Apéie e equilibre o corpo em um dos pés; b) Com o outro, va “amassando 0 barro” que vocé imagina estar sob os seus pés; ©) Faga o mesmo do outro lado. Lingua O cantar pede a lingua abaixada na boca; para conseguir isso de ma- neira aclequada, sao necessarios alguns exercicios para que a lingua se tonifique, se fortaleca e ao mesmo tempo se mantenha relaxada. a) Rode a lingua dentro da boca 10 vezes para cada lado; b) Movimente a lingua lateralmente e rapidamente; ©) Abaixe a cabeca, solte a lingua o maximo que puder, permane- cendo alguns segundos nesta posicao. Comece a levantar a ca- beca sem forcar, de maneira que a lingua entre na boca natural- mente, sem forca. Repita algumas vezes. b) Nao (para esquerda, para direita); a => ©) Talvez — Como se fosse encostar a orelha no ombro, cuidando para nao subir o ombro; QP a) Cfrculos — Nos dois sentidos. Obs.: Neste ponto j poderemos comecar a vocalizagao. e icais anteriormer dos com "Trrrr”, por exemplo, mnt ea “Comece a soltar lentamente lente 0 vA". } "boca oval, erito no Capitulo Ti lente 0 “E” “Threrr” — Rte g a 8rupo consonantal, quando exe, forca” na garganta, ser cendo-a e a0 mesmo ter ‘cutado sem cok lo ve para trabalhar a lari "mpo relaxando-a, no movimento de Sim, ido o olhar estiver na [i ‘A”, numa altura e vo! ©, sim, somente emitindo a a vimento, quan Preocupacao de cantar Ainda embaixo, comece novamente 0% —ea: i ssim por diante com todas as vogais Obs.: S i: v elas serai 6 “empre que utilizarmos vogais elas erdo: A, EB, 1,0, Oeu, i VEEL O, Ao executar 0 exercicio, 10 6a boca da referida vo, Projecio dos lébi eee articular as vogais, lembre-se de | Por exemplo, “A”: boca oval, verti pana geal : falam com i cais utilizando “Brrr’, Mine eee bebe , "PR etc. O bebe Qeanto den nds também retomaremos _ Faca todos os exerci ‘ercicios cervicais com “Tr reer” @“Brerry’: Trrrrra 6 irrrrre ile eee By ra Brrevré ae qe Brreeré Brrerré rereru é ie Falitee) Brrrrru Werrri inge, aqui podem ser executy Inicie com “Trrrry, linha do horizonto, lume confortaveis, irticulagao de ‘Tirrrr” eva soltando lenta- ) 2 a) Solte oar em “Ffff’ (barriga se esvazia); b) Inspire (barriga enche de ar); ©) Solte novamente o ar em “Ffif” (mega o tempo em que per manece soltando 0 ar sem inspirar — comece com 10) segun- dos e aumente gradativamente). Repita o exercicio com “X” e “S” 2) Staccato (Destacando um som do outro) em "8", “FY e“X": a) Solte todo o ar em “Efff’; b) Inspire; ©) Solte varios “$” curtos e separados um do outro. Para cada 8” a barriga “entra” (quando sai o som) e “enche” quando vocé inspira para o proximo “S”, Mesmo que vocé nao ins- pire de um “8” para o outro é bom que faca este movimento, para que 0 exercicio seja mais eficiente; d) Repita com “F” e”X". 3) “8” em Staccato e Legato (ligando um som ao outro) a) Solte todo o ar em “Ffff’; b) Inspire; ©) Solte 4 “5”, cada um durando 1 tempo (destacando um do outro); 4) Solte mais um “S”, agora durando 4 tempos. Obs.: Repita varias vezes aumentando a duragao do iltimo “S” para: 8 tempos, 12 tempos, 16 tempos, 20 tempos ete. durante quan- tos tempos vocé agiientar. Osom do“S” longo deve ser o mais equilibrado possivel, como se voce soltasse o “S” pelo buraco de uma agulha, e o som saisse em quantidade, volume e timbre sempre iguais. O exer- cicio deste controle faz. com que no momento de cantar vocé utilize melhor o ar que inspirou, nao tendo problemas como: respirar no meio da palavra, frase etc. (Obs.: Cante num tom “agudo cémodo” a primeira consoante mais a 8) Solte todo o ar em “Ff; : ‘b) Inspire; Fp: ‘Assovie as canges antes de cantar. © assovio massageia as cor SS Emia (Bea a vad edt ins voeais e tora mais perceptivel 0 uso do diafragma, bem B+ 0664 6,d0u como a divisio da respiracao. ‘Técnica de Vibragio ‘Vamos retomar agora a vibragio: EMITIR: “Tie” a) Reto; b) Modulado (ouca internamente ‘DO, RE, e cante numa altura cémoda); ©) Intervalo de quinta; d) Oitava (ascendente e descendente); e) Citava (descendente e ascendente); £) Fazer o mesmo com “Brrr”, "M","N",“V",“Z" e 7) Bocejos Vociilicos, bem ampliados com terminacéo em “M! Abhikhhmmm Ehhhhhhmmm Ehhhhhhmmm Thhhhhhhinmm Ohhhhhhmmm Ohhhhhhmmm Ubhhhhhmmm NM a) l=subida -O00 000 2=descida-Ooo iii b) 1=subida -aoaoaa.. lescida -aaaiii 2= descida —p> Ooveee {alternando) aaa eee... (alternando) and. = 104) ais em and. = 60. Iraumentando até chegar no a) Voge b) Béda bida Bada vada Bada bada sé; ©) Ména mana Mana mana Ména mana nll; d) Pata pata Pata pata Pata pata ki; e) Lara léra Lira tira Lava lara rei; f) Fassa fissa Féssa fissa Passa fassa cla; g) View viza Viza vdza Viza véza ji a) “Brrverrer" b) “Trrrrrrer” a) oo0aao e Ja je Jo je ca e oie et eH jo je ji je ji je 4) di dé do do da da do do di dé de i b) bi bE bo bo ba ba bo bo bi bé ie fa i ©) ti té to to ta ta to to ti té to té ti And. = 92 a) vi vi vi ) we ve ve b) zi zi zi d) ze ze ze And. = 69 ‘1 = subida —> a PSs a) pad pad pad pa pa pa ph pa b) pé pa pa pa pa pa pa ©) pi .. d) pé e) pri “ 4 2-= descida —> > uubida -Oo0 000. descida -Ooo iii Oooeee...(alternando) la ld lé la ld la b) 1=subida -aoaoaa 2=descida -aaaiii aaa eee... (alternando) a 1) Iuéoé6 2) Aw —> ° > a) Vogais em and. = 60. Ir aumentando até chegar no and. = 104; b) Bada bdda Bada bida Bada bida sé; ©) Ména mana Ména mana Ména mana nha; d) Pata pata Pata pita Pata pata kd; ©) Léra Mara Lara lira Lara Tara red; f) Féssa fassa Fassa fassa Fassa fissa cha; 8) Viza ‘vdza Viza ‘vdza Viza viza ja. Prosseguiremos agora com mais alguns vocalises que utilizam en- leamentos diversos e melodias de escalas variadias: Maiores, Menores, is, Pentatdnicas, entre outras. O andamento inicial deve ser lento e gradativamente a velocidade ser ampliada, de preferéncia com o acompanhamento de um metro- ou de um bit eletrénico 1) Sazai i sazai i. 2) Sazaé 6 sazaé é 1) Bi bop Bi bop Bibop Vom Vam Vom Vam 2) Vom... 34 1) Du bi Du bi Du 2) Bi Du bi Du u 1) Aaaaaa yt A. Liro Liro Liro Liro Vivivifi Vevu vu fu 6 Nanind Nanind Na... a) Du du du du.. b) Pa ra pa ra. Miumi wu miu miu Du dop da dé... 45 Oaeu... Oain... (ornamento) A aut in in Quo. Aaaao Eeeei Ooooa Tiiie Na nine Nani ne no No... (vibrato final) Acaa Teaa Aeaa Ieaa g g =| 2 fa BEHLAU, Mara; PONTES, Paulo — Higiene Vocal Lovise Ltda, SP, 1993. BLASIO, Denis di — Guide for Jazz and Scat Vocalists, published by Jamu Aebersold, 1991. ‘AESARI, E. Herbert — Vocalises. CARTOLANO, Ruy Botti — Regéncia. Irmaos Vitale, SP, 1968, |ACERDA, Oswaldo — Compéndio de Teoria Elementar da Miisica, Klivora Ricordi, 1991. LAMPERT — “Kalmus Vocal series”. Edited by Max Spicer, New York: LOTGEN — “Kalmus Vocal series”. Edited by Max Spicer, New York: | MIRANDA, Nancy — Apostila. QUINTEIRO, Eudéxia Acuna — Estética da Voz. Sammus Editorial, SP, 1989. RIGGS, Seth — Singing for the Stars. Alfted Publishing Co. Inc, USA, 1994 VILLELA, Eliphas C. — Fisiologia da Voz, SP, 1961. WEIL, Pierre; TOMPAKOW, Roland — O Corpo Fala. Editora Vozes Lidia, Petropolis, RJ, 1982. WISNIK, José Miguel —O Sont¢ 0 Sentido. Companhia das Letras, do Livro, 1989. ZANDER, Oscar — Regéncia Coral. Instituto Educacional do Livre edigGes. URGS, Porto Alegre, 1979. As AUTORAS Monica Marsota E Turn Bak Monica MARsOLA Nossa vida musical se inicia intra-uterinamente. Comigo este inicio i extremamente saudavel. Aos dois anos jé cantava cangdes intelras © 10s quatro anos iniciei meus estudos. Primeiro foi o piano... f... Toda mae gostaria que a filha tocasse piano, a minha também! ‘Apesar de me desenvolver muito bem, chorava durante todas 2s gulas e scabaram por deduzir que eu nao gostava do piano. Mais tarde, ee 15 anos, descobri que 0 que ocorria na verdade era uma grancle emo- Gao causada pelo som do piano, que me fazia chorar. Passei entao para 0 violio e logo o juntei ao nosso primeiro instruc mento: a voz. © canto para mim sempre foi instintivo e, a partir do estude do violdo, minha atitude vocal foi se moldando, unindo o erudito a0 Popls: Jaro téenico a0 organico. Nunca duvidei de que deveria fazer meisical Formei-me em violdo clissico e complementei meus estudos com varios professores: Samuel Kerr (Canto Coral), Theophil Mayer (Canto), Manto Mendes (Percussao Vocal), Edelton Gloeden (Violso), Femando Carvalhaes (Canto), Villani Cortés (Composigio), entre outros. Cursei ecomplementei a Faculdade de Composigao e Regéncia pela UNESP. Paralelamente aos estudos atuo como cantora ¢ instrumentista des- dde-os sete anos, participando de festivais,bailes, gravaces de jingles, bn. king vocal, shows e discos ao lado de Boccatto, Chico Memoria, Carlinhos Vieira entre outros. g fe", a0 |i regs ti Verbo intransitive”: dleigidan Luce, com quem rato de Dorian Gray” c erto Cordovani, Outta paixito: Educagao, io eriel a trilha sonora ‘Amar, 18 anos a “Cameral C asa de Cultura”, escola de a qu atl ny e pe s escola r8as manifestacdes artisticas: Muisica, Teal ee Artes Plasticas es Plasticas, A musicalizaga izagao de crianca: Bie sisiclicacto cas e aulas de canto me fazer : mais 0 aperfeigoamento da minha pit cial Hoje também dedico ive. de pré-esi -escola e 1° grau, |, tesgatando nk cali que possam manter nas crian tos lente com a musica. or jsta paixao pela Ed lucacdo uniu o: i i que resolvemos escrever este tivro, men anacioe to de Tut a Durante t ante todos est ositora e Instrument hows. ~ Meu 1°CD, “Luz” a varias facetas. . F _ Para mim, cantar é essencial! 'es anos me divido em: Educadora, tista, apresentando-me om bares, olin cee teatros e casas de tem ai i Producao musical de Filé Machado e mostra Nest ste momento estou em fase de gravacao do 2° Aproveito para dizer algumas resent nastier algumas palavras que fazem parte de uma das __ “Penduro 0 amor nas cordas da minha laringe, Bt cantando espanto os calos e os nés.” laduro — Ménica Marsola / Oswaldo L. Mori / Jtilio Bellod Me Z Mori / ). i). arte: el a Parte do meu tempo a reciclagem de profess esque ando n ssquecida, 'cas uma boa relagdo com a artee prin: Turti Bak Comecei minha carreira muito cedo, sempre cantando em festas, rave, festivais, passando mais tarde a cantar em bares ¢ principalmente gm orquestras de bailes que foram para mim uma grande escola. Nesta @poca abandonei o curso de Administragao de Empresas para poder me dedicat mais intensamente ao estudo do canto. varios e renomados professores os quais pude- ram me dar uma excelente base para construir minha personalidade rma. Teal Porém senti a necessidade de adaptar tais técnicas liricas a0 canto popular e foi nesse estudo que acabei criando exercicios especificos para Focalizagdo, sempre voltados para 0 canto popular. eriéncias fui aliando a técnica vocal sao corporal e interpretacao, 0S desde 1989 em meu proprio Estudei canto com Devido as minhas proprias exp aos exercicios de fonoaudiologia, 4 express quais deram origem aos cursos que ministro esttidio em Sao Paulo. Como cantora continuei minha jornada atuando em jingles, CPs, shows solo também ao lado de nomes como Luiz, Melodia, Fatima Cue" dies, Jonge Bemjor, Skowa e Chico César. Em 1996 Tancel meu 1” CD, intitu- teoeencatez”, que contou com a participacao especial de Guilherme ‘Arantes, Filé Machado e Badi Assad. Foi também em 1996, depois de uma ‘MG6nica Marsola, que nasceu a idéia de orga- anto transformando-o em um pequeno livro itit a outros apaixonados pelo canto, de alguma maneita— sermos titeis € longa conversa que tive com nizarmos nosso material de c com o simples propésito de transmi rnossas experiéncias e esperando — fazer novos amigos. Em 1998 concluimos o livro. Atualmente, estou preparando meu pro- ximo CD e continuo ministrando aulas de canto e oficinas. Conheci muitas professoras de canto e de t delas brilhantes conhecedoras da voz e do offcid maioria delas, ficava com um pé atr: boas cantoras liricas), portanto men da voz a quem quer cantar miisica popular; ou, populares, mas presas a determinados padres es senhoras de universo limitado. Sim, e delas tod ou teriam Ges de pas alids, bastante complexa. E por superar cada uma dessas limitagies, experiéncia prética e claro dom langamento de Canto, uma e: Vocal, de Ménica Marsola e Tutti Baé. Um livro que todo cantor e cantora, ou ag} como de cabeceira, Em tempo: quem nao aspira 0 oficio do eal leitura. E descobriré que’o segredo do bom ca no é s6 questo de abrir a boca e emitir sons Mi a coisa. Como em qualquer oficio, alias. MonieaMarsola Tutti Baé 2 < z E f E | ¢ : a 2 2 < 4 Zz c z CANTO, UMA EXPRESS PT ante Le key weds ce a bom profissional. No futebol ha casos de atlet passar por um trabalho intenso de musculaggs que s6 ento pudessem se aprimorar teenie profissd gio é requisito fundamental, ido que nao tivesse que dis de fato. O piloto de aviao faz v e mais vidas em suas maos. Por isso tudo, eu como cantora que sou material didatico na area da miisica. Foi com livro de M6nica Marsola e Tutti Baé, duas bell sensfveis, que de forma clara, simples e muil@ seus conheciment Ingresse também no mundo decente & Evite langar "bolas na trave", reconhega os mi coragies e faga um plano de vo seguro pelo

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