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Aos
Acionistas e Administradores da
Companhia Energética de Brasília – CEB
1. Efetuamos uma revisão especial das informações contábeis contidas nas Informações
Trimestrais – ITR da Companhia Energética de Brasília – CEB, referentes aos
trimestres findos em 30 de setembro de 2008 e 30 de junho de 2008, elaboradas sob a
responsabilidade da Administração da Companhia.
2. Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON, em conjunto com o
Conselho Federal de Contabilidade, e consistiu, principalmente, de: (a) indagação e
discussão com os administradores responsáveis pelas áreas contábil, financeira e
operacional da companhia, quanto aos principais critérios adotados na elaboração das
informações trimestrais; (b) revisão das informações e dos eventos subseqüentes que
tenham ou possam vir a ter efeitos relevantes sobre a situação financeira e as operações
da companhia.
7. Através de ação impetrada na Justiça do Trabalho pelo Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Urbanas, nas Atividades de Meio Ambiente e nos Entes de Fiscalização e
Regulação dos Serviços de Energia Elétrica, Saneamento, Gás e Meio Ambiente no
Distrito Federal – STIU/DF, a subsidiária integral CEB Distribuição S.A., foi
condenada, em primeira instância, ao pagamento da participação no lucro do exercício
de 2007, acrescido de juros e correção monetária, no montante de R$7.603 mil. Com
base nessa sentença judicial a subsidiária provisionou em setembro de 2008 o valor total
da condenação, cujo pagamento ocorreu em 01 de outubro de 2008, sendo baixado
contra a despesa, com os conseqüentes reflexos nas demonstrações financeiras da
Controladora (o resultado e o patrimônio líquido estão menores no mesmo montante).
No exercício 2007, aquela controlada apurou um lucro líquido de R$ 72.596 mil, e
como tinha um prejuízo acumulado de R$ 148.552 mil, registrou a compensação
integral com o lucro líquido, em atendimento à Lei 6.404/76, permanecendo com um
prejuízo acumulado de
R$ 75.956 mil. A caracterização contábil dessa despesa não encontra respaldo na Lei
6.404/76 e sua aceitação ainda pode vir a ser questionada por órgãos reguladores e
normatizadores a que a controladora e sua controlada estão sujeitas. A controlada
apresentou Recurso Ordinário à 17ª Vara do Trabalho de Brasília – DF. Baseado nisso,
entendemos que o registro desse valor deveria ter ocorrido em conta do Ativo realizável.
Presentemente não é possível prever o desfecho desse assunto.