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CAPITULO VI Colaborador: — Manoel Jorge Nobre Os trés fatores basicos no estabelecimento da apren- dizagem e meméria so a aquisicao, 0 armazenamento ‘DuTeIeNgaS eA SvOGH cho de informagoes. ESTES PrOces= 30s, em Conjunto, conferem ao individuo os requisitos infnimos para suafsdaplagio ao meio em GUE TN ‘Um dos mais intrigantes problemas da Psicobiologia daatualidade continua sendo ainvestigacio da base neu- ral dos tragos de memséria ou engramas, como os deno- minou Karl Lashley, nos anos 50. Lashley dedicou toda sua vidade pesquisadordinvestigasio dossitios no SNC onde estariam localizadosos engramas, através de expe- rimentos em queremoviadeterminadas areas do ncocdr- tex na tentativa de impedir a comunicagdo transcortical entre as regides sensoriais ¢ motoras do cdrtex. Uma, descrigdo dos resultados de suas pesquisas freqiiente- mente encontrada na literatura reflete bem as dificulda~ es surgidas nestes estudos: "Nao é possivel demonstrar a localizagao isolada de qualquer vestigio de mem6ria em nenbuma parte do sistema nervoso. Determinadas regides podem ser essenciais para a aprendizagem ou para a retengao de uma atividede especifica, mas 0 engrama esté representado por toda parte”. Um indica- tivodo desenvolvimento deste campo de pesquisa,apar- tirdesta data, aparece nos traballios publicados por W. B. Scoville, trés anos mais tarde (1953). Este pesquisador, realizando neurocirurgias que consistiam na remogio bilateral do hipocampo, observou gue os DUSIERES Or ‘ivan umes: odo OSM ue Sam ia. Ese procedimento interferia comos ‘aquisi¢ao da memoria. Tal estudo revoluc ST Oe rocande ‘a énfase dos estudos de localizago dos tragos de meméria para a investigagai dos processos responsiveis pelo armazenamento da ‘mesma; além,¢ dbvio, de chamara atencao para. vimento ddhipocampofnestes processos. “Um caso clissico na Meratura © a descricao da perda de meméria relatado por Scoville e Milner( 1957) de um paciente de 27 anos de idade que ficou conhecido como HM. Este paciente era portador de uma epilepsia intra tavel do lobo temporal decorrente de um acidente cere- bral ap6s ter sido atropelado por uma bicicleta aos 9 anos de idade, Em raziio das crises epilépticas severas e fre- «lientes com incapacitagao para o trabalho ele foi subme- tido a uma cirurgia que removeu bilateralmente o hipo- campo, a amigdala e partes da drea de associagdo do c6rtex temporal. A cirurgia melhorouconsideravelmente seu quadro epiléptico, mas o deixou com graves distr bios de meméria, Chamou a atenco destes pesquisado- res que o seu déficit de meméria era bastante especitico: apresentava boa capacidade de mem@ria para eventos ocorridos antes da cirurgia ¢ era capaz.de reter informa- Ges por segundos e minutos, masnao armazenavainfor- mages acerca de pessoas, lugares ou objetos por mais de um minuto, O mais grave problema de HM era a incapa~ cidade de transferir informag6es para os sistemas de armazenamento duradouro de memoria. Mais tarde veri- ficou-se que HM e outros; com lesées similares no lobo temporal medial sfo capazes de aprender certos Tipos de informagoes, como Tareas MOTOTaS e perwep- tuais, ¢ reter estas informagoes por algum tempo. Sao, anDST capenes To ORT Co aE AROSE 7agao a estimulos novos € passiveis de ‘condiciona— mento operante e pavloviano, mas sao ineapazes de transferirint agbes Novas para os bancos de meméria; ¢ guardar mimeros de telefone. Esta difict ie estava ‘SRoclada principles esGes do Hipoeamnpo (Tualmente, com 0 desenvolvimento das pesquisas neste campo, a hipétese de Lashley ainda continua sendo considerada ¢ aceita com as modificagées ¢ atualizagGes porque passam todas as teorias, influenciadas que so pelo desenvolvimento das pesquisas e pelo curso da ciéncia. ‘Sem divida, hoje, admite-se que aaprendizagemememé- ria recrutam processos neurais em multiplas regides do ‘cérebro, mas que certas estruturas estiio mais envolvidas ‘que outras. Os sitios cerebrais que so ativados dependem, sobremancira, do que efetivamente esta sendo aprendido. Assim, ¢ natura] que o cértex occipital seja mais ativado > durante a aprer m tarefas ‘que requerem o uso de mapas espaciais, 0 cerebelo em tarefas que exigem habilidade motora, a amigdala no \ Ene easier eriencias) finir aprendizagem e meméria nfo é tareta facil dado que, em geral, estes processos slo inferidos a partir de alteragdes comportamentais antes que medidos dire- tamente. Uma das definigées correntes indica que a sprendicagem correspo mde a aquisicao de novos conhe- cimentos do mero 6, como resultado desta experiéncia, ‘ovorre 1 modificagio do comportamento, enquanto quea memoria © a retencao deste conhecimento. A rapidez da afivacio dos processos neurais envolvidos na aquisicao de informagées, bem como a eficiéncia dos mecanismos ‘subjacentes aos processos de armazenamento ¢ recupe- raco das mesmas, pode ser a representacdo no cérebro do que denominamos inteligéncia, De maneira geral, os mecanismos cerebrais da memiriae aprendizagem esta0 também associad osS05 neUrais responsavers Bela atencio, percepgio, motivacdo, pensamento Ce precession Pte ee sarbayes en quae sages em qualquer um deles tendem a afetar, indize- tamente, a aprendizagem ea memsria. Em vista da dificuldade em se definiro que vemaser aprendizagem tem-se optado por um termo mais geral que é applasticidade cerebral que se refere a alteracies funcionats¢ estruturais nas sinapses (zonas ativas de contato) como resultado de processos adaptativos do ‘organismo ao meio. Estas modificagGes, como veremos ‘a seguir, promoveMi alteracoes na erciencia sinaptica e 7 Aprendizagem e Meméria Podem aumentar ou diminuira transmissdio de impulsos com a conseqiiente modulacdo do comportamente, Neste caso-apredcupaeao os estudiosos desta drosespr dirigida a todas as formas de plasticidade do sistema nervoso antes que com um modelo particular e espect- fico de aprendizagem ememéria, 6.1. CLASSIFICACAO DOS PROCESSOS. DEAPRENDIZAGEM Aclassificacto dos processosdeaprendizagem guarda intima relaedo com os procedimentos experimentais de Jaborutirio, conhecidos como condicionamento clissico, . Conjectura-se que nas éreas sensoriais de associaga0 ‘os mecanismos associados a retencdo de informagées por perfodos curtos estariam relacionados 4s conexées sind. ticas das dreas corticais com aferentes no Iimbicos ao Passo que as sinapses de aferentes origindrios do sistema limbico so essenciais para a formagao da memoria de longo prazo. Esta constatagSo pode estar associada a0 conhecimento comum de que as experiéncias as quai damos pouca importneia nao so armazenadasnamem6- ria, ao passo que as experigncias com forte conotagzio emocional so facilmente relembradas. 6.5. DISTURBIOS DE MEMORIA. Dado que a aprendizagem depende do armazena- ‘mento de informacdes, ¢ por conseguinte da meméria, 112 varios autores sustentam que ambas sao parte de um mesmo processo. Este processo de aquisi¢ao, armaze- namento evocacio de informagdes € passivel de ser afetado por disturbios no funcionamento cerebral. ‘Vamos comentar aqui dois destes distirbios: as amné- siase a deficiéncia mental. 6.5.1. Amnésias Asamnésias podem decorrer de perturbagio do fun- cionamento cerebral que resultam em perda da cons- ciéncia, Clinicamente, estes disttirbios podem gerar uma amnésia anterdgrada ou uma amnésia retrograda. méria para eventos ocorridos apds a recuperacii 1s Gente Resins meapeedale dea eae aprender novas infor: magées, isto é, de armazend-las duradouramente e poder ‘alas recorrer prontamente. Esta interrupgao do Tuxo de informag6es € comumente observada em pacientes alcodlatras (pacientes portadores da sindrome de Korsa- Koff). O prejuézo parece ocorrer no sistema de acréscimo de informacdes ao sistema de memoria, dado que estes pacientes ainda conseguem reter o contetido da memoria longo prazo, que jé estava armazenada antes do distir- ‘io, como também nao ha prejutzo da meméria priméia, ‘ou seja, eles conseguem reter informacSes por curtos periodos. O hipocampo parece exerver um papel critico nesta transferéncia de informacdes, uma vez que a lesto bilateral desta estrutura ocasiona uma amnésia com caracteristicas similares. Na amnésia retrégrada ocorre perda seletiva da _penbr pn vemos OcoTS aes Wo Asttbio ae gerou a perda da COMsciencia. Pode ocorrer aps convull- Ges, Taumatismos cranioencefilicos, apoplexia (aciden= tes vasculares cerebrais), choques elétricos (terapéuticos ou acidentais) e anestesia. Em geral, esta amnésia se cexpressa de forina plena para eventos que ocorreram ime- diatamente antes do trauma e é progressivamente menos severa quanto mais distantes estiverem os eventosaserem relembrados. E légico que a gravidade da amnésia depende da extensio do traumatismo, podendo durar minutos, horas, dias ou semanas. Na amnésia decorrente de traumas moderados, parte da interferéncia pode ser devida a problemas nos mecanismos de busca e leitura Estaconclusobaseadano fato de queapésestes traumas corre um retomo gradual damemériaaparentemente per- ida. Se a interferéncia ocorresse no sistema primirio de armazenamento da meméria, um retorno da memoria niio seria mais possivel Estas amnésias so reproduzidas nos estudos com animais de laborat6rio pelo uso de agentes trauméticos, ‘como 0 choque eletroconvulsivo, ou drogas bloqueado- ras da sintese protéica, como a puromicina ea ciclohexi- mida, que deprimem a atividade neuronal. O tempo de comprometimento da meméria variade varios segundos a0 tempo de vida do animal, dependendo da associagio de varios fatores, tais como a espécie do animal utili- zado, o tipo de mem6ria estudado e o nivel de aprendi- zagem requerido, bem como do agente escolhido para induziro déficit na meméria, Por exemplo, o uso de dro- gas inibidoras da sintese de protefnas, como as jé cita- das, s6 afetam o perfodo de consolidagao se sua ago ocorrer nas primeiras horas do processo de consolida- . Apds algumas horas, estes compostos no mais, interferem no processo de retengao de tragos. 6.5.2. Deficiéneia Mental Deficiéncia mental € a condigdo associada a um fun- jonamento intelectual geral abaixo da média (expresso como leve, moderado, severo ou profundo através da aplicagdo de testes apropriados de inteligéncia), que se manifesta no perfodo de desenvolvimento do individuo, resultando em prejuizos na sua adaptacio ao meio. termo "retardo mental" € freqiientemente usado alternadamente com "deficiéncia mental’. A Organiza- do Mundial da Satide (OMS) tem recomendado o termo genérico "subnormalidade mental”, que inclui duas cate- gorias separadas e distintas: retardo mental e deficigncia Amnésias mental, Retardo mental, de acordo com a nosologia da OMS, ¢ reservado para o funcionamento subnormal do cérebro secundairio a causas patolégicas subjacentes identificaveis, enquanto que deficiéncia mental € fre- iientemente usado como um termo aplicadoa individuos com Q.I. igual ou inferior a 70. Neste tltimo caso, uma patologia nao precisa necessariamente estar subjacente a0 processo, e fatores como dificuldades de adaptacio 40 modelo sociocultural vigente podem estar implicados. Assim, podem desempenhar papel importante na mani- festagio dessa condigao as dificuldades de aprendizagem na idade escolar e 0 ajustamento sociovocacional defi- ciente na idade adulta, Atualmente, tem-se preferido refe~ rir-se ao deficiente mental como pessoa portadora de necessidades educacionais especiais ‘A prevaléncia da deficiéncia mental ¢ estimada em cerca de 2% da popula, sendo que a maior incidéncia corre na idade escolar entre 10€ 14 anos de idade. 6.5.2.1. Fatores etioldgicos: Vinte ¢ cinco por cento dos casos de deficiéncia mental so reconheciddos como ccausados por anormalidades biol6gicas. A deficiéncia mental associada com essas perturbacdes é geralmente diagnosticada no nascimento ou relativamente cedo na infincia, ¢ a gravidade é geralmente de moderada a pro- funda, Por outro lado, anormalidades cromossOmicas € metabdlicas, ais como a sindrome de Down e a fenilee- tontria, descritas a seguir, so as perturbagdes mais comuns na causa do retardo mental. Antigamente, as eriangas com sindrome de Down eram chamadas de mongol6ides devido &s suas caracte- risticas fisicas de olhos oblfquos, nariz achatado, pregas epicanticas (nos cantos dos olhos). Outros sinais fisicos incluem hipotonia (reduc do tOnus muscular), prega tinica na palma das mdos e Ifngua protrusa. Todos os casais so suscetiveis de ter um filho com sfndrome de Down, mas a probabilidade é maior quando a mae tem mais de 40 anos. A principal anormalidade cromoss6- micassociadaa sindrome de Down éa trissomia do cro- mossomo 21 (trés eromossomos 21, a0 invés de dois),ea sua incidéncia representa, aproximadamente, cerca de 10% de todos os pacientes mentalmente deficientes. A fenilcetontria resulta de um defeito genético quese transmite como um trago autondmico recessivo simples «que ocorre em aproximadamente em um de cada 15.000 nascimentos. O defeito metab6lico bésico na fenileeto- niiria 6 uma incapacidade de converter a fenilalanina, um aminogeido essencial, em paratirosina, devido & ausén- cia ow inatividade da enzima hepatica fenilalanina hidroxilase, que catalisaa conversao. Um procedimento Iaboratorial simples (ensaio de inibigao de Guthrie, teste dopezinho) érotineiramente utilizado paradetectara feni- Talanina no sangue dos recém-nascidos. O diagnéstico precoce, antes dos trés meses de idade, acompanhado da implementagio de uma dicta restrita em fenilalanina 113, Aprendizagem e Meméria melhora circunstancialmente 0 desenvolvimento das criangas, que terdo uma inteligéncia normal. O trata- ‘mento dietético pode ser interrompido aos seis anos de ‘dade, Para criancas diagnosticadas tardiamente, a insti- tuigdo da dieta restrita em fenilalanina nio influencia 0 nivel deretardo mental, masmethorao quadrona medida que diminuj sua irritabilidade e aumenta sua responsivi- dade social e grau de atengio, Como meneionado acima eerea de 25% dos casos de deficiéncia mental estdo associados a fatores biolégi- cos. A maior incidéncia dos casos de deficiéncia mental ‘corre nas classes socioeconémicas mais baixas. Con- tribuem para esta incidéncia fatores biolgicos ambien tais como a subnutrigdo e a experigncia, na primeira infiincia, associada a privagdo de estimulos sociais, Tin- gtiisticos e intelectuais. Em geral, estas criancas vivem em ambientes familiares instaveis, com mudancas fre- giientes, sem o suporte de uma estrutura de bem-estar social adequada. Acrescenta-se o fato de que as mies de ‘ais familias sdo freqtientemente analfabetas, sem apos- sibilidade de fomecer os estimulos necessirios para 0 desenvolvimento sadio da crianga. Nenhuma causa bio- I6gica pode ser identificada nos 75% de casos restantes, que manifestam prejuizo intelectual leve. Atengio espe- ial € dada aos fatores pré ou perinatais, como o mau desenvolvimento do cérebro do feto decorrente de doen- as crdnicas maternas (anemia, hipertensio etc.) einfec- ciosas (rubéola, sfilis e AIDS) ou, ainda, hipéxia cere- bral durante o parto, 6.5.2.2. Interagéio com outras doengas mentais: A inter-relagZo entre os processos neurais envolvidos na aprendizagem e meméria e outros estados neuropsico- logicos, como atengioe pensamento, ecomportamento emocional, fica evidente quando observamos a relaco entre transtornos mentais e deficiéncia mental. Labili- dade emocional, egocentrismo e pensamento concreto sdo fregiientemente vistos em pessoas retardadas, ¢ estdo relacionados a desajustes do comportamento emocional associados a déficits cognitivos, particular- mente dificuldades na formagdo de conceitos ¢ no pen- ‘0. susceptibilidade 4 manifestagtio de bios mentais é extremamente alta em individuos com deficigncie mental, particularmente distirbios psi- coticoy ¢ de natureza afetiva, da mesma forma que pacientes que apresentam primariamente estes disttir- bios mentais mostram uma tendéncia a desenvolver alguma forma de deficiéneia mental. A auto-imagem negativae a baixa estima so prova- velmente aspectos quase universais da personalidade de pessoas com deficiéncia mental. Os individuos com deficieéncia mental tem conscigncia de suas limitagbes, de forma que o conflito entre a sua auto-imagem real e © que imaginam que esperam dele pode ser uma fonte de estresse e ansiedade constante se agravados ainda 4 mais pela dificuldade de comunicagao. Esta situagio pode gerar isolamento social e a predisposicao & depressdo e, em alguns casos, 2 agressividade. Deve ser destacado que muitos individuos portadores de necessidades educacionais especiais manifestam uma grande dependancia da atengdo e do apoio de outras pessoas. Essa situagdio pode prejudicar o desenvol mento de uma auto-imagem que resulte na formagiio de sua identidade, 6.6. BIBLIOGRAFIA. 1. Ashton H, Brain systems disorder and psychotropic drugs. New York, Oxford Medical Publications, 1987, 2. Avanzi V, Brando ML. 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