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— EN EM SOCIOLOGIA pevisio, moneins FILOSOFIA CURIOSIDADES LISES COMPETENCIAS Técnicas —crncies ROTEROS, PISS ATUALIDADES UMOS teroshoramiL | ESIRUTURA TEMAS cRONOGRAMA ei a vai gostar do resultado da vida que planejou? Sera que vai ficar feliz com 0 que Cee ANC eu ca en ery Se teu ere levar vocé a um caminho obscuro e, muitas vezes, sem voltas. Nessa caminhada, Sheen ee eR Ne Mth eee RC ee ee dividir a vida com voo8 0 tempo todo. ER ee ei ee ee ea preparado para 0 acerto final com vocé mesmo. Esteja pronto para olhar no espelho eer ee keen eeu es) Cee NN ed ea aed Cee et eR teM te cede) Cee aU ae Me CM ae Rename hie ne Nee) mesmo. £ VOCE O GRANDE CHEFE DASUA VIDA, DO SEU FUTURO, portanto, & eee ee ena a uC a) pee eet eee ee er alguém ird fazer por vocé. A sua imagem amanha 6 0 que vocé fez ontem. E Pee te ee Neo ee ana Ue a eRe eco Em 2017 vocé tera 365 dias e oportunidades para escolher 0 seu futuro. MOVA-SE! yy NAO POSSO ESQUECER DE FAZER REDAGAD SOBRE © Eu Quero Mil informa que o compartilhamento SEM AUTORIZACAO PREVIA € proibida, Todos os Direitos dese documento sao reversados @ de acordo com a LEI N° 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 (htto:/ivww.planalto.gov.briccivil OSMleis/L9610.htm), 0 compartihamento, reprodugao, ou qualquer forma de disseminagso sem autorizarao do dono ou responsavel, é crime, Art. 5° Para os efeitos desta Lei, considera-se: 1 publicagae - 0 oferecimento de obra iteréris,artistica ou cientifica ao conhecimento do piiblico, com 0 consentimento do autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por qualquer forma ou proceso; 11- transmisséo ou emissio- @ dfuséo de sons ou de sons e imagens, por meio de ondas radioeletricas; sinals de setéite; flo, cabo ou outro condutor; meios sticas ou qualquer outro processo eletromagnético; Iil-retransmissio -@ emissio simuttanee da transmisséo de uma empresa por outra; |V- distibuigdo - a colocacao 4 disposi¢ao do publica do original ou cdpia de obras iterérias, artsticas ou cientiicas, interpretacdes ou execugdes fixedes e fonogramas, mediante a vende, loca¢ao ou {qualquer outra forma de transferencia de propriedade ou posse; V - comunicagso a0 pilbico - ato mediante o quel a obra & colocada eo alcance do publice, por {qualquer meio ou procedimento e que no consists na disinbuigao de exemplares; V1 reprodugao - a cépia de um ou varios exemplares de uma obra itréria, artistica ou cientiica ou cde um fonograms, de qualquer forma tangivel, incluindo qualquer armazenamento permanente ou temporério por meios eletranicas ou qualquer outro meio de fixagéo que venha a ser desenvolvido: Art, 22, Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criu. Art 24. Séo direitos morals do autor: 1-0 de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra; 1-0 de ter seu nome, pseudénimo ou sinal convencional indicedo ou anunciado, como sendo 0 do autor, na utiizagéo de sua obra; I1)-0 de conservar a obra inédit; 1V- 0 de assogurar a integridade da obra, opondo-ee a quaisquer modicagées ou & prética de ato que, de qualquer forma, possem prejudicé-la ou ating-lo, como autor, em sua reputago ou honre; V-0de modifcar a obra, antes ou depois de utilizac V1- 0 de retrar de circulagdo @ obra ou de suspender qualquer forma de utilizaeéo jé autorizada, quando a circulagéo ou utilzagée implicarem afronta a sua reputagdo e imager, Art 27. Os direitos morais do autor sZo inaliendveis « ireenuneiévels. Art. 33. Ninguém pode repreduzir obra que néo pertenca ao dominio publica, a pretexto de ancté-le, comenté-ia ou melhoré-la, sem permissao do autor. Art. 37. A aquisiedo do original de uma obra, ou de exemplar, nfo confere eo adquirente qualquer dos direitos patrimoniais do autor, salvo convencao em contrério entre as partes e os casos previsios nesta Lei <‘pbeinsitencnienaiiammacnmer eaumaaan Quaiquer forma de compartihamento desse material sera veramente investigada e o responsavel ird softer todas as penalidades expostas na LEI e sera expulso do projeto EU QUERO MIL. A venda dese documento também & proibida e cada participante recebera um material com um cédigo diferente para identificagso de possivels fraudes, (© comparthamento com amigos, parentes, conhecidos ou qualquer outra pessoa que no adquiriu © material diratamente com 0 EU QUERO MIL, em redes sociais (twitter, facebook, Whalsapp, instagram, cemail, etc), sob as formas lagais, também arcaré com todas as penalidades Em caso de conhecimento de possiveis violagdes ou tentativas, favor entrar em contato através dos rnossos meios de comunicago offcias, informando 0 ocorrido. As identidades daqueles que se dispusera ‘a denunciar no sero reveladas. Desse modo, abaixo listamos todos os nossos canais de comunicagao conde pode ser feito a dentincia de fraude ou tentativa de fraude: Facebook: htps:/iwww facebook.convEu-Quero-Mil-3227624414262961 Instagram: https:/www.instagram.comleuqueromill Email: euqueromil@hotmailcom “eee FUQUEROMII O tinies lugar onde o ODN M Tr MM OOM MM LOTT Oe “Ai vocé vé seu maior sonho escapando pelo suor das suas maos por 5 miseros pontos. A sensagao é de que © time adversario virou 0 jogo aos 45 min do segundo tempo. Voce comega a lembrar de todo 0 seu esforco 20, longo do(s) ano(s) de cursinho, de toda a sua garra no comecinho, da falsa sensacao de que uma vaga ja Seria sua, do desanimo e da inseguranca que chegou em setembro, da fora (que voce nao sabe de onde tirava) para continuar firme e forte e da esperanca de realizar 0 seu sonho. Pois eu digo, com bastante convicgao, que vestibular para medicina em instituigées conceituadas é coisa para GENTE GRANDE. Nao ¢ instantaneo, requer longas horas de estudo e muito preparo fisico e psicolégico. E uma grande maratona, talvez um erro cometido ao longo do percurso pode te trazer sérias consequéncias no final, é necessario ter uma vis&o além, se apoiar nos livros e confiar no seu conhecimento. Disciplina e perseveranca so palavras fundamentais para a situagao. As pessoas vao te dizer que vocé nao é capaz, que medicina talvez nao seja para vocé, que é preciso ter uma segunda opgao.... eu nao tenho! Nao vou me acomodar no mais facil s6 para poder falar que Passei em um vestibular, ndo me vejo em outra profissao de maneira alguma endo permito que pessoas que fem ao menos acompanharam a minha luta tentem jogar o meu sonho no lixo, E muito desgastante essa época do ano: vocé se vé entre revisées, vestibulares, espera por resultados e nao pode desistir, nd pode se dar 20 luxo de jogar tudo para o alto. A briga ¢ feia e a concorréncia nao perdoa. O vestibular vai te moldando, te preparando para o curso de medicina... muitos nao vao passar (nao por falta de conhecimento, mas de sorte) @ outros que vocé talvez nem imaginaria estarao na lista dos aprovados. & um jogo imprevisivel e, apesar de tudo, gosto disso: eu estou no meu campo de batalha.” Avaliagao da prova ---- Competéncias ----- Estrutura da Redacao Elementos de Coeséo Filosofia e Sociologia ----. Ideias e Argumentos ---- Citagées e Alusées -- Resumex do EQM Analises E importante, antes de tudo, que vocé entenda como sera feita a avaliagao da prova de redagao do ENEM. Primeiramente, a prova de redagéo compreende cinco competéncias: cada competéncia possui um valor de 0 ponto a 200 pontos. A nota minima é 0 e a nota maxima € 1000 (quando todas as competéncias atingiram nota maxima, ou seja, os 200 pontos). O texto produzido por vocé sera avaliado por, pelo menos, dois professores, de forma independente, sem que um conhega a nota atribuida pelo outro. Os dois professores avaliaraéo seu desempenho de acordo, apenas, com as cinco competéncias. O corretor nao teré acesso ao seu nome, ou seja, ele ndo sabera de quem é a redacao que esta corrigindo. Além disso, geralmente, os corretores nunca pegam redagdes do mesmo estado de origem para corrigir, ou seja, um corretor da Bahia corrigira redagées do Rio Grande do Sul, por exemplo. Isso tudo é para garantir uma maior seguranca no processo de correcao. O corretor recebera as redacgdes pelo computador — em um email cadastrado -, sendo esta digitalizada, nado constando nome do participante e informagées pessoais. Toda a corregao é digital e feita em um sistema. Em média, um corretor gasta poucos minutos para corrigir uma redagdo (alguns levam 5 minutos, outros 10, enquanto outros 15). Eles trabalham na propria casa e corrigem redagdes de acordo com “seu tempo” — embora tenha um prazo para entregar cada pacote de redacao diaria. Um professor corrige, em média, de 80 a 120 redag6es por dia. Para participar das corregées, é preciso ter formagado em Letras e ter mestrado, doutorado ou especializagéo em Lingua Portuguesa, em Literaturas de Lingua Portuguesa ou em Linguistica e ter experiéncia comprovada de, no minimo, 5 (cinco) anos em avaliacao de redagdes em larga escala. Para ser contratado, o nome do professor precisa ser indicado pelas reitorias das Universidades brasileiras ou das Secretarias de Educagao dos Estados a empresa aplicadora contratada para aplicagaéo do Exame. Em 2009, o ENEM pagava aos corretores um valor aproximado de R$3,14 reais por texto corrigido — um valor absurdamente baixo. Embora essa questéo tenha mudado, muitos ainda desconfiam de quanto é pago para corrigir cada redacao. Atualmente, estima-se que cada redacdo é avaliada por R$15,00 reais. Cada avaliador atribuira uma nota entre 0 (zero) e 200 (duzentos) pontos para cada uma das cinco competéncias, e a soma desses pontos compora a nota total de cada avaliador, que pode chegar a 1000 (mil) pontos. A nota final do participante sera a média aritmética das notas totais atribuidas pelos dois avaliadores. Considera-se “discrepancia” a divergéncia de notas atribuidas pelos avaliadores quando: o1 - elas diferirem, no total, por mais de 100 (cem) pontos ou - a diferenga for superior a 80 (oitenta) pontos em qualquer uma das competéncias. Qual a solugao para o caso de haver “discrepancia” entre as duas avaliagdes iniciais? Aredagao sera avaliada, de forma independente, por um terceiro avaliador. A nota final sera a meédia aritmética das duas notas totais que mais se aproximarem. E se a “discrep&ncia” ainda continuar depois da terceira avaliagao? Aredagao sera avaliada por uma banca presencial composta por trés professores, que atribuira a nota final do participante De acordo com o ministro da educacao, a partir de 2013, a correcdo das redacées passou a ter critérios mais rigidos. As medidas anunciadas pelo Ministério da Educagao (MEC) tém o objetivo de evitar que textos com desvios de ortografia recebam nota maxima na redagao, além de zerar a de dissertagdes em que candidatos inserem deliberadamente trechos irrelavantes. Diferenga nas notas Até 2012, os textos eram corrigidos por um terceiro avaliador quando as notas finais atribuidas pelos dois primeiros tinham 200 pontos de diferenga. Agora, a corregao das redagées é€ feita por dois avaliadores. Quando a diferenga for de 100 pontos em cada uma das notas finais (a soma dos valores das cinco competéncias), ha um terceiro avaliador. Outro critério para definir discrepancias na avaliagao das redag6es é a diferenga de 80 pontos apenas nas competéncias - o valor continua o mesmo. Erros de gramatica Na edigéo 2012 do ENEM, vazaram contetidos de redagées que, apesar de erros de grafia, receberam nota maxima. A partir de 2013, erros de portugués s6 sao desconsiderados em caso de nota 1000 quando a banca "justificar que aquele desvio € excepcional para justificar uma nota maxima". Agora que vocé entendeu como sera feita toda a avaliagdo do ENEM é hora de conferir como as competéncias serdo vistas pelo seu corretor, j4 que sAo elas quem definiraéo a sua nota. COMPETENCIA 1 Demonstrar dominio da norma da lingua escrita. A primeira competéncia do ENEM é muito facil de entender e muito dificil de conseguir os 200 pontos. Nessa competéncia, resumidamente, o corretor quer saber se vocé sabe escrever o portugués da forma correta. Aprova de redagao é feita no segundo dia juntamente com a prova de linguagens e matematica (ambas as provas so extensas e cansativas). Por esse motivo — e além da redagao ser também exaustiva -, a competéncia numero 1 acaba sendo “prejudicada”: por falta de tempo — ou cansago, exigido nas outras provas — o aluno acaba esquecendo de revisar o seu texto de forma detalhada. Os pequenos erros, comuns no ENEM, se tornam motivo para os corretores tirarem alguns pontos dessa competéncia. Por isso, nessa competéncia vocé devera reservar um tempo maior. Antes de entregar o seu texto, revise-o minusiocamente. Isso garantira que erros bobos sejam corrigidos. Essa competéncia busca também saber se o aluno sabe diferenciar a linguagem informal (aquela usada no cotidiano) da linguagem formal (a usada em redagées, por exemplo). Todos sabem — ou deveriam saber — que as pessoas nado escrevem do. mesmo jeito que falam, uma vez que sao processos diferentes, cada qual com caracteristicas proprias. Por isso, vocé, a partir de hoje, ira evitar 0 uso das girias (ai, nois, flw, nudes, etc) e de qualquer forma coloquial em suas produgées — sim, devemos ser cultos (ou aparentar ser). Na escrita formal deve-se evitar, ao relacionar ideias, o emprego repetido de palavras como “e”, “ai”, “entao”, proprias de um uso mais informal. Outra diferenga entre as duas modalidades diz respeito a constituigao das frases. No registro informal, elas s&o muitas vezes fragmentadas, ja que os interlocutores podem complementar as informagdes com o contexto em que a interagdo ocorre, mas, no registro escrito formal, em que esse contexto nao esta presente, as informagdes precisam estar completas nas frases. A entoac&o, recurso expressivo importante da oralidade, e as pausas, que conferem coeréncia ao texto, sao muitas vezes marcadas, na escrita, pelos sinais de pontuacao. Assim, as regras de pontuacgaéo assumem também essa fung&o de organizagao do texto. Além dos requesitos de ordem textual — como coesdo, coeréncia, sequenciagao, informatividade -, os erros gramaticais sao também comuns. Ha outras exigéncias para o desenvolvimento do texto dissertativo-argimentativo (vocé deve revisar esses conteudos no Youtube): - Auséncia de marcas de oralidade e de registro informal; - Precisao vocabular; - Obediéncia as regras de: concordancia nominal e verbal; regéncia nominal e verbal; pontuagao; flexao de nomes e verbos; colocacgao de pronomes obliquos (atonos e ténicos); grafia das palavras (inclusive acentuagao grafica e emprego de letras maiusculas e minusculas); e divisdo silabica na mudanca de linha (translineagao). 03 DICA: muitas pessoas gostam de escrever palavras dificeis na redagao — no intuito de mostrar seu vocabulo ao corretor — e acabam escrevendo de forma errada. A redagaéo do ENEM busca, entre outras coisas, OBJETIVIDADE e SIMPLICIDADE Querer impressionar o corretor com essas palavras rebuscadas demais (0 corretor pode até desconhecer o seu significado) podera te prejudicar. Deixe para impressiona-lo com seus argumentos, seu ponto de vista. Além disso, vocé precisa entender que o corretor nado tera muito tempo para pesquisar cada palavra desconhecida que vocé colocou em sua produgao — ele tem, em média, de 10 a 15 minutos para corrigir cada redagao. DICA: outra coisa frequente em redagées é a auséncia do pingo em certas letras. A letra ‘i’, por exemplo, tem pingo e muitas pessoas esquecem-se de coloca-lo. Isso também é motivo para descontar pontos. Entao, vocé sempre ira revisar esse detalhe que as pessoas deixam passar em branco. DICA: se vocé colocar um titulo em sua redagao — nao é obrigatério no ENEM -, vocé nao pode, jamais, colocar um ponto final. LEMBRE-SE: em titulo nado se leva ponto final. Os quadros a seguir apresentam os seis niveis de desempenho que serdo utilizados para avaliar a Competéncia 1 nas redagdes do Enem. Demonstra excelente dominio da modalidade escrita formal da Lingual 200 Portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convengées da escrita seraéo aceitos somente como excepcionalidade e| quando nao caracterizarem reincidéncia Demonstra bom dominio da modalidade escrita formal da Lingua) 4 60 Portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de| convencées da escrita. Demonstra dominio mediano da modalidade escrita formal da Lingual 4 20 Portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de} convengées da escrita. Demonstra dominio insuficiente da modalidade escrita formal da Lingual 80 Portuguesa, com muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e de convengées da escrita. Demonstra dominio precario da modalidade escrita formal da Lingua) 40 Portuguesa, de forma sistematica, com diversificados e frequentes desvios, gramaticais, de escolha de registro e de convengées da escrita. Demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal da Lingual 0 Portuguesa COMPETENCIA 2 Compreender a proposta de redagao e aplicar conceitos das varias areas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. O segundo aspecto a ser avaliado em seu texto é a compreensdo da proposta de redagéo. Ela exige que 0 participante escreva um _ texto dissertativo-argumentativo, que é 0 tipo de texto que demonstra a verdade de uma ideia ou tese. E mais do que uma simples exposic&o de ideias. Nessa redagaéo, o participante deve evitar elaborar um texto de cardter apenas expositivo. E preciso apresentar um texto que expde um aspecto relacionado ao tema, defendendo uma posigdo, uma tese. E dessa forma que se atende as exigéncias expressas pela competéncia 2 da Matriz de Avaliagdo do Enem. O tema constitui o nucleo das ideias sobre as quais a tese se organiza. Em ambito mais abrangente, o assunto recebe uma delimitagao por meio do tema, ou seja, um assunto pode ser abordado por diferentes temas. Seguem algumas recomendacgées: + Leia com atengdo a proposta de redacgdo e os textos motivadores, para compreender bem o que esta sendo solicitado. + Evite ficar preso as ideias desenvolvidas nos textos motivadores, porque foram apresentadas apenas para despertar uma reflexdo sobre o tema e nado para limitar sua criatividade. + N&o copie trechos dos textos motivadores. Lembre-se de que eles foram apresentados apenas para despertar seus conhecimentos sobre o tema. » Reflita sobre o tema proposto para decidir como aborda-lo, qual sera seu ponto de vista e como defendé-lo. *Retna todas as ideias que lhe ocorrerem sobre o tema, procurando organiza-las em uma estrutura coerente para usa-las no desenvolvimento do seu texto. » Desenvolva o tema de forma consistente para que o leitor possa acompanhar © seu raciocinio facilmente, o que significa que a progress&o textual é fluente e articulada com o projeto do texto. » Lembre-se de que cada paragrafo deve desenvolver um tdpico frasal. +Examine, com atencao, a introdugao e a conclusao para ver se ha coeréncia entre 0 inicio e o fim. + Utilize informagées de varias areas do conhecimento, demonstrando que vocé esta atualizado em relagao ao que acontece no mundo. » Evite recorrer a reflexdes previsiveis, que demonstram pouca originalidade no desenvolvimento do tema proposto. » Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto, tomando cuidado para nao se afastar de seu foco. Esse 6 um dos principais problemas identificados nas redagées. Nesse caso, duas situagdes podem ocorrer: fuga total ao tema ou fuga parcial ao tema. Essa competéncia do ENEM é muito importante: além dos 200 pontos caracteristicos, ndo compreender o tema da redagdo pode ZERAR toda a sua nota. Por isso, saber do que se trata o tema 6 de fundamental para alcangar os 200 pontos. Lembre-se: o ENEM costuma delimitar (tangenciar) os seus temas com palavras-chaves. Em 2016, o tema NAO FOI intolerancia religiosa. Perceba: se vocé apenas fala da intolerancia religiosa, vocé nao estaraé compreendendo o tema solicitando (Os CAMINHOS para COMBATER a intolerancia religiosa no Brasil). Isso também aconteceu em 2015 (a palavra chave foi persisténcia). Entaéo, vocé precisa se atentar a essas palavrinhas que podem mudar completamente o direcionamento que vocé tera que fazer no seu texto. O tema proposto para o Enem 2013 foi pautado por um problema social presente no cotidiano dos individuos e da sociedade brasileira, em que se mesclam aspectos de satide publica, educagéo, seguranga, direitos e deveres individuais e coletivos: consumo de bebida alcodlica e diregao de veiculos. A abordagem proposta concernia a discuss&o sobre efeitos da implantagao da Lei Seca no Brasil. A partir dessas palavras-chave destacadas, o participante precisaria considerar fatos, estatisticas, discusses, leis relacionados as consequéncias da implantagao desde 2008, ano em que a lei entrou em vigor. Nao se trata de uma discussao acerca de opinides sobre a lei, dicotomizadas entre a favor ou contra, mas da possibilidade de considerar a ampla gama de aspectos envolvidos na questdo. A pergunta que o tema propée é: a implantacgao da Lei Seca esta surtindo efeitos satisfatérios? Se ainda ndo esta, o que se pode fazer? No Enem 2015, a abordagem proposta referia-se a discussdo sobre a persisténcia da violéncia contra a mulher na sociedade brasileira. A partir dessas palavras-chave destacadas, o participante precisaria considerar as varias dimensées do problema contidas nos textos motivadores, por meio, sobretudo, de dados sobre a violéncia contra a mulher, a fim de decidir sobre o seu direcionamento. Nesse contexto, esperava-se que as redacdes abordassem o cenario em que se localiza o problema (a sociedade brasileira) e néo o tratassem como assunto novo, mas considerassem as politicas, agdes e leis ja em curso relacionadas a esse problema, como sugeriram os textos motivadores postos na proposta. A partir desse rol de informagées, esperava-se que, no Enem 2015, os textos produzidos se direcionassem para um determinado contexto, como o contexto legal: discutir os pontos de fragilidade e/ou aspectos positivos existentes na execucgéo da legislagéo atual (feminicidio, Lei Maria da Penha) acerca da violéncia contra a mulher; ou 0 contexto de protegdo as mulheres por meio de Politicas publicas: enfatizar a necessidade de prote¢éo as mulheres como uma realidade brasileira urgente e inegavel, problematizando a discussao de politicas publicas e sua efetividade; ou o contexto de agao da sociedade civil e/ou entidades nao governamentais: discutir politicas pela igualdade de género e empoderamento das mulheres, sob um viés mais sociolégico, problematizando a heranga da cultura patriarcal na sociedade brasileira e as lutas feministas; 0 contexto de mudanga cultural: transformar valores culturais com relagao a equidade de género; 0 contexto da agdo individual: demonstrar que qualquer mudanga de atitude e de comportamento tem origem no individuo como membro de uma coletividade. Em suma, podemos resumir essa competéncia em duas partes: a primeira, como dito, 6 a compreensao do tema solicitado pela banca (atentem-se as palavras-chaves do tema) e a segunda parte é a estrutura do texto dissertativo-argumentativo (introdugao, desenvolvimento, conclusao, elaboragaéo de tese, argumentos e propostas). De maneira geral, 0 texto dissertativo-argumentativo tem como objetivo convencer 0 leitor que a sua ideia esta certa, ou seja, vocé tera que vender muito bem o seu “peixe”. Em seguida, listamos algumas estratégias argumentativas que vocé podera utilizar para “vender” suas ideias: ESTRATEGIAS ARGUMENTATIVAS - Sao recursos utilizados para desenvolver os argumentos, de modo a convencer 0 leitor: exemplos; dados estatisticos; pesquisas; fatos comprovaveis; citagdes, alusdes ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto; pequenas narrativas ilustrativas; alusdes histdricas; e comparacgdes entre fatos, situagdes, épocas ou lugares distintos. ATENGAO! Sera atribuida nota zero a redagdo que nao obedecer 4 estrutura dissertativo-argumentativa, mesmo que atenda as exigéncias dos outros critérios de avaliagao. Vocé nao deve, portanto, elaborar um poema ou reduzir seu texto a narragao de uma histéria ou a um depoimento de experiéncia pessoal. No processo argumentativo, vocé podera dar exemplos de acontecimentos que justifiquem a tese, mas 0 texto nao pode se reduzir a uma narragao, por esta nao apresentar a estrutura de organizacao textual solicitada. Os quadros a seguir apresentam os seis niveis de desempenho que serao utilizados para avaliar a Competéncia 2 nas redagdes do Enem: Inétagecs Desenvolve o tema por meio de argumentacao consistente, a partir de um) 200 repertorio sociocultural produtivo e apresenta excelente dominio do texto dissertativo-argumentativo. Desenvolve o tema por meio de argumentagao consistente e apresenta| 160 ‘bom dominio do texto dissertativo-argumentativo, com proposicao, argumentagao e conclusao Desenvolve 0 tema por meio de argumentagao previsivel e apresental 120 dominio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposicao, argumentagao e conclusao. Desenvolve o tema recorrendo a cépia de trechos dos textos motivadores |ou apresenta dominio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo, nag atendendo a estrutura com proposicao, argumentacao e conclusao. |Apresenta 0 assunto, tangenciando 0 tema, ou demonstra dominio precario 4 do texto dissertativo-argumentativo, com tragos constantes de outros tipos| textuais. Fuga ao tema/ndo atendimento a estrutura dissertativo-argumentativa. 0 Nestes casos a redacao recebe nota 0 (zero) e é anulada. COMPETENCIA 3 Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informagées, fatos, opini6es e argumentos em defesa de um ponto de vista. O terceiro aspecto a ser avaliado em seu texto é a forma como vocé, em seu texto, seleciona, relaciona, organiza e interpreta informagées, fatos, opinides e argumentos em defesa do ponto de vista defendido como tese. E preciso elaborar um texto que apresente, claramente, uma ideia a ser defendida e argumentos que justifiquem a posigao assumida por vocé em relacdo a tematica da proposta de redagao. Essa competéncia trata da inteligibilidade do seu texto, ou seja, de sua coeréncia, da plausibilidade entre as ideias apresentadas. A inteligibilidade de sua redacao depende, portanto, dos seguintes fatores: + relagdo de sentido entre as partes do texto; * precisdo vocabular; * selecao de argumentos; * adequacao entre o conteudo do texto e o mundo real; e * progressao tematica adequada ao desenvolvimento do tema, revelando que a redagao foi planejada e que as ideias desenvolvidas sao pouco a pouco apresentadas, em uma ordem ldgica. A coeréncia se estabelece com base nas ideias apresentadas no texto e nos conhecimentos dos interlocutores, garantindo a construgao do sentido de acordo com as expectativas do leitor. Esta, pois, ligada 4 compreens&o, a possibilidade de interpretagao dos sentidos do texto. O leitor podera “processar” esse texto e refletir a respeito das ideias nele contidas; pode, em resposta, reagir de maneiras diversas: aceitar, recusar, questionar, até mesmo mudar seu comportamento em face das ideias do autor, compartilhando ou nao de sua opiniao. Resumindo: na organizagaéo do texto dissertativo-argumentativo, vocé deve procurar atender as seguintes exigéncias: * apresentacao clara da tese e selecdo dos argumentos que a sustentam; * encadeamento das ideias, de modo que cada paragrafo apresente informacées novas, coerentes com o que foi apresentado anteriormente, sem repetigées ou saltos tematicos; * congruéncia entre as informagées do texto e a realidade; e * precisdo vocabular. Simplificando: vocé deve saber montar o seu texto coerentemente, de forma ldgica, sem confusdo, para que sua opinido seja entendida na hora de corrigir. Ok? Alem disso, vocé nao pode “ficar em cima do muro” em relagao ao tema: deve defender seu ponto de vista, como a propria competéncia diz. Os quadros a seguir apresentam os seis niveis de desempenho que seraéo utilizados para avaliar a Competéncia 3 nas redagdes do Enem: Cnt lanbey Apresenta informag6es, fatos e opinides relacionados ao tema proposto, 200 de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um| ponto de vista. Apresenta informagées, fatos e opinides relacionados ao tema, de formal 160 organizada, com indicios de autoria, em defesa de um ponto de vista. Apresenta informagGes, fatos e opinides relacionados ao tema, limitados 120 aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesal de um ponto Apresenta informagées, fatos e opinides relacionados ao tema, mas 80 desorganizados ou contraditérios e limitados aos argumentos dos textos motivadores, em defesa de um ponto de vista. Apresenta informacées, fatos e opinides pouco relacionados ao tema ou) 40 _incoerentes e sem defesa de um ponto de vista Apresenta informagées, fatos e opinides nao relacionados ao tema e sem 0 defesa de um ponto de vista. COMPETENCIA 4 Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguisticos necessdrios para a construgao da argumentacao. Os aspectos a serem avaliados nesta competéncia dizem respeito a estruturagaéo ldgica e formal entre as partes da redagao. A organizagao textual exige que as frases e os pardgrafos estabelegam entre si uma relagdo que garanta a sequenciacao coerente do texto e a interdependéncia das ideias. Esse encadeamento pode ser expresso por conjungées, por determinadas palavras, ou pode ser inferido a partir da articulagao dessas ideias. Preposigées, conjungées, advérbios e locugées adverbiais sao responsaveis pela coesdo do texto, porque estabelecem inter-relagdo de oragées, frases e paragrafos. Cada paragrafo sera composto de um ou mais periodos também articulados; cada ideia nova precisa estabelecer relacdo com as anteriores. Assim, na produgao da sua redagao, vocé deve utilizar variados recursos linguisticos que garantam as relagdes de continuidade essenciais a elaboragao de um texto coeso. Na avaliagéo dessa competéncia, sera considerado 0 seguinte aspecto: +Encadeamento textual Para garantir a coesao textual, devem ser observados determinados principios em diferentes niveis: — Estruturagao dos paragrafos: Um paragrafo é uma unidade textual formada por uma ideia_ principal a qual se ligam ideias secundarias. No _ texto dissertativo-argumentativo, os paragrafos podem ser desenvolvidos por comparacao, por causa-consequéncia, por exemplificagao, por detalhamento, entre outras possibilidades. Deve haver uma articulagao entre um paragrafo e outro. — struturagdéo dos periodos: Pela prdpria especificidade do texto dissertativo-argumentativo, os periodos do texto so, normalmente, estruturados de forma complexa, formados por duas ou mais oragdes, para que se possam expressar as ideias de causa-consequéncia, contradigaéo, temporalidade, comparacdo, conclusao, entre outras. — Referenciacao: As referéncias a pessoas, coisas, lugares, fatos sao introduzidas e, depois, retomadas, a medida que o texto vai progredindo. Esse processo pode ser expresso por pronomes, advérbios, artigos ou vocabulos de base lexical, estabelecendo relagdes de sinonimia, antonimia, hiponimia, hiperonimia, uso de expressées resumitivas, expressdes metaforicas ou expressdes metadiscursivas. Procure utilizar as seguintes estratégias de coesao para se referir a elementos que ja apareceram anteriormente no texto: a) substituigao de termos ou expressGes por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, advérbios que indicam localizacao, artigos; b) substituigdo de termos ou expressdes por sindnimos, anténimos, hipdnimos, hiperénimos, expressdes resumitivas ou express6es metafdricas; c) substituigéo de substantivos, verbos, periodos ou fragmentos do texto por conectivos ou expressdes que resumam e retomem o que ja foi dito; e d) elipse ou omissao de elementos que ja tenham sido citados anteriormente ou sejam facilmente identificaveis. Resumindo: na elaboragao da redacao, vocé deve, pois, evitar: * frases fragmentadas que comprometam a estrutura ldgico-gramatical; * sequéncia justaposta de ideias sem encaixamentos sintaticos, reproduzindo usos tipicos da oralidade; + frase com apenas oragao subordinada, sem oragao principal; * emprego equivocado de conector (preposi¢ao, conjun¢ao, pronome relativo, alguns advérbios e locugdes adverbiais) que ndo estabelega relagdo ldgica entre dois trechos do texto e prejudique a compreensao da mensagem; * emprego do pronome relativo sem a preposigao, quando obrigatoria; e * repetigao ou substituigao inadequada de palavras, sem empregar os recursos oferecidos pela lingua (pronome, advérbio, artigo, sindnimo). ATENGAO! E muito comum as pessoas acharem que erros de virgula diz respeito a competéncia numero 1. ERRADO! A virgula 6 um elemento de coesao que, quando usada de forma errada, pode alterar o sentido original da frase. E muito comum vermos memes na internet por falta de uma virgula que gerou sentido ambiguo — vocé deve evitar isso ao maximo na sua redacao. Para alcangar os 200 pontos nessa competéncia vocé precisa dominar as conjuncdes (e saber como se usa), uso da virgula e evitar repetigGes de palavras (e de conjungées). Os quadros a seguir apresentam os seis niveis de desempenho que serdo utilizados para avaliar a Competéncia 4 nas redagdes do Enem: |Articula bem as partes do texto e apresenta repertdrio diversificado de 200 ‘recursos coesivos. Articula as partes do texto com poucas inadequagées e apresental 160 repertsrio diversificado de recursos coesivos. |Articula as partes do texto, de forma mediana, com inadequagées, 4 4 20 apresenta repertorio pouco diversificado de recursos coesivos. Articula as partes do texto, de forma insuficiente, com muitas inadequagoes, 80 le apresenta repertério limitado de recursos coesivos. |Articula as partes do texto de forma precaria. 40 Nao articula as informagées. COMPETENCIA 5 Elaborar proposta de intervengao para o problema abordado, respeitando os direitos humanos O quinto aspecto a ser avaliado no seu texto é a apresentagao de uma proposta de interveng&o para o problema abordado. Por isso, a sua redac&o, além de apresentar uma tese sobre o tema, apoiada em argumentos consistentes, deve oferecer uma proposta de intervengao na vida social. Essa proposta deve considerar os pontos abordados na argumentacao, deve manter vinculo direto com a tese desenvolvida no texto e coeréncia com os argumentos utilizados, ja que expressa a sua visao, como autor, das possiveis solug6es para a questao discutida. A proposta de intervengao precisa ser detalhada de modo a permitir ao leitor o julgamento sobre sua exequibilidade, portanto, deve conter a exposigao da intervengao sugerida e o detalhamento dos meios para realiza-la. A proposta deve, ainda, refletir os conhecimentos de mundo de quem a redige, e a coeréncia da argumentagdo sera um dos aspectos decisivos no processo de avaliagao. E necessdrio que ela respeite os direitos humanos, que ndo rompa com valores como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural Ao redigir seu texto, procure evitar propostas vagas, gerais; busque propostas mais. concretas, especificas, consistentes com o desenvolvimento de suas ideias. Antes de elaborar sua proposta, procure responder as seguintes perguntas: O que é possivel apresentar como proposta de intervengao na vida social? Como viabilizar essa proposta? O seu texto sera avaliado, portanto, com base na combinacao dos seguintes critérios: a) presenga de proposta x auséncia de proposta; e b) proposta com detalhamento dos meios para sua realizagao x proposta sem 0 detalhamento dos meios para sua realizacao. O quadro, a seguir, apresenta os seis niveis de desempenho que serdo utilizados para avaliar a Competéncia 5 das redagdes do Enem: ]2200 |eabor moto bom propasn deintervensio, de ome detahada reladonada o lee e erica A dscusto desenvohida no texte | 460 | Etabora bem proposta de intervengaio relacionada ao tema @ artculada & discussso deservolvida no texto. | 51220 | Elstree toxin ivan propa i rlsct erp wlockonia wo tata orcad disci ThoenvohAdé ra ioe. ‘80 labore, deforma nsufclente,proposta de irtrveng elaconada ao tema, ou proposta no anculada coma alscussodeservohida lees [40 _|eomon ped ce reno vp oy prs on ei oraeenata prs a ora | Nao apresenta proposta de intervenco ou apresenta proposta nao relacionada ao tema ou ao assunto 9 So dbet pede SONHAR: $60 Tambim pide “FAZER : EOM EVQUEROMIL 2 o a rs Aintrodugao é a parte da sua redagdo que tem como fungao principal conyvidar 0 le\tor a ler 0 seu texto. Por isso, ela possui elementos fundamentais e que precisam ser seguidos para sua elaboracdo. Sao eles: TOPCO FRASAL, TESE e ARGUMENTOS Vamos agora discutir cada um desses itens para vocé simplesmente arrasar na introdugao. Como ja dito anteriormente, a introdu¢ado é o elemento que dara boas vindas ao seu leitor. Pense na introdugao como sendo um “primeiro encontro”: no primeiro encontro vocé tem que se apresentar, falar 0 seu nome, sua idade e outras coisas... Na introdugdo é a mesma coisa. E 0 seu primeira contato com a lellor e, por isso, vocé tera que deixar claro quais so suas intengdes relacionadas a aquele tema/problema No primeiro encontro vocé nao ira falar tudo sobre vocé, somente aquelas caracteristicas mais marcantes ou mais importantes serao abordadas ali. Na introdugao. é@ do mesmo jeito: a intengdo nao é falar tudo, mas somente o necessario no intuito de criar expectativa e prender o lellor em seu texto. Pense da seguinte forma: se vocé falar tudo sobre si mesmo, provavelmente, a pessoa com quem se relaciona nado tera curiosidades para descobrir coisas novas ao seu respeito ao longo do tempo. A introdugao € exatamente isso. Se vocé fala tudo sobre o tema, para que o leitor ira continuar lendo o seu texto? Por isso, é de extrema importancia ser curio, objel\vo e claro na sua introdugao. Topico frasal 6 a orac&o que introduz a ideia central a ser desenvolvida em um paragrafo. Essa é a melhor definicdo de topico frasal. Vocé precisa entender que o tdpico frasal é frase de inicio do seu texto. Ela é a ideia central; ela é o que vai situar o seu leitor sobre o que vocé ira falar no seu texto. Pense da seguinte forma: se eu apenas cito 0 ponto de vista (tese) sobre 0 tema e as comprovacées (argumentos), meu leitor nao sabera de que problema se trata a minha redagao. Vocé precisa colocar na sua introdugao o | © IVA. Vocé tem que fazer a introducdo achando que o seu corretor ainda nao sabe qual é o tema e que ele precisa, portanto, descobrir isso na introdugao. O topico frasal tem essa finalidade. Vocé ira mostrar ao seu leitor qual € o problema de que se trata o seu texto. Mas como é possivel elaborar um tdpico frasal? Veja os exemplos extraidos de redacées nota mil em edicdes anteriores do ENEM: “A publicidade infantil movimenta bilhGes de ddlares e é responsavel por consideravel aumento no numero de vendas de produtos e servigos direcionados as criancas.” Perceba que o autor deixou claro na primeira oragdo do texto qual é o tema da redacao e qual é o problema. Por essa Unica frase vocé percebe que o tema trata-se da publicidade infantil e que ele falara sobre o consumo no desenvolvimento. A Revolugao Técnico-Cientifica do século XX inaugurou a Era da Informacao e possibilitou a divulgagao de propagandas nos meios de comunicacao, influenciando o consumo dos individuos de diferentes faixas etarias. Nesse contexto, a publicidade destinada ao publico infantil 6 motivo de debates entre educadores e psicdlogos no territorio nacional. Nessa introdugao teve algo a mais: em vez de introduzir 0 problema “seco”, a autora contextualizou (vamos abordar contextualizagao logo mais) o tema antes de apresentar qual seria (isso cria expectativa no leitor). No primeiro periodo ela deixa clara qual é a ideia central: trata-se da publicidade. Mas qual publicidade? Voltada a quem? No segundo periodo ela deixa isso bem nitido, introduzindo também alguns pontos pertinentes. O topico frasal pode ser feito desse modo. O topico frasal pode ser feito de dois modos: 1) Contextualizagao histérica + Apresentagdo do tema Vocé pode contextualizar o seu tema dentro do tépico frasal: citagdes e alusé6es podem ser usadas para esse fim. Apos a citacdo, o tema ainda nao estara totalmente definido. Caso isso ocorra, vocé iniciara um novo periodo para deixar nitido qual é o tema (como. ocorreu no exemplo anterior) 2) Apresentacao tematica E possivel, ainda, jogar o tema “seco” na introdugdo. Se vocé nao lembra nenhum fator historico, recorra a esse método. O primeiro exemplo reflete isso. Em vez de contextualizar ele apenas inicia 0 periodo ja abordando qual é o tema. Por uma questao simplesmente estratégica, indicamos que vocé faga o uso do primeiro modelo (contextualizar + apresentar) por dois motivos: o primeiro dele € que seu corretor ira achar que vocé possui conhecimentos de outras areas. Isso Ihe dara mais. credibilidade. Além disso, seu texto ficara mais coeso. No entanto, nada impede de vocé usar 0 modelo numero 2. Ambos sdo otimos. Agora esta na hora de colocar em pratica tudo o que aprendemos. Vocé ira elaborar um topico frasal sobre o tema “Publicidade infantil em questao no Brasil” usando 0 modelo 1. Para um melhor desempenho vocé precisa ver nossas dicas excelentes de elementos coesivos. Isso garantira maior coesao entre as suas ideias quando for usar © modelo 1 de topico frasal. Separamos alguns mapas mentais para auxiliar vocé na construgao de seus argumentos. Com essas informagées vocé ja pode comegar a produzir 0 proprio ponto de vista, definindo sua tese e elaborando suas propostas. teze —_ A tese € um dos elementos da introdugdo que acaba gerando muitas duvidas. Pensando nisso, o EQM ira te ajudar a resolver esse problema. Ja pontuamos sobre o topico frasal, nado € mesmo? Sabendo disso, vamos partir para tese. A tese € 0 seu posicionamento ciante do tema. O ENEM quer saber qual € a sua opiniao acerca do problema que o tema apresenta. Se vocé deixar clara a sua opiniao dentro da introdug&o, vocé ja vai pontuar em diversas competéncias. Mas mesmo assim, muitos possuem dificuldade em elaborar uma tese. Se vocé compreendeu o topico frasal, faze ruma tese é moleza! O tdpico frasal tem fungaéo de mostrar ao leitor 0 que sera discutido no texto (apresentagado tematica). Apds apresentar 0 tema vocé precisa se posicionar (principalmente se o tema for uma pergunta). Lembra-se da comparacao do primeiro encontro que fizemos com 0 tépico frasal e os argumentos? Otimo! A tese também se enquadra nessa analogia: no primeiro encontro vocé se caracteriza (apresenta o tema e, portanto, o tdpico frasal). Depois disso vocé indaga o seu parceiro com seus “atributos” (comec¢a a citar os seus argumentos). Logo apés isso vem o posicionamento. final: © 2\? Vai ou nao continuar se encontrando? A tese entra nessa parte: vocé vai se posicionar acerca dessa pergunta. O mesmo ocorre com a redacao. A banca exige um posicionamento seu diante do problema. Vocé ira elaborar uma opiniao formada, clara e objetiva. Essas caracteristicas juntas iraéo deixar a sua tese bem definida e explicita em sua redagao. Desse modo, o corretor ficara sabendo qual é a sua posicao frente ao problema. Vocé precisa ver isso na pratica. Observe os exemplos extraidos de textos nota mil no ENEM: Nesse Ambito, pode-se analisar que essa problematica persiste por ter raizes historicas e ideoldgicas. Essa tese mesclou tanto argumentos quanto 0 posicionamento. A autora deixa claro que © problema possui raizes historicas e ideoldgicas, porém nao cita quais. Essa “jogada” deixa claro que o candidato esta “forgando” o leitor a continuar lendo o seu texto para descobrir quais as raizes historicas e ideolégicas que fazem o problema persistir. Percebe-se que toda, ou quase toda, tese é uma afirmacgao. No entanto, alguma vem em forma de uma leve dose de “surpresa”, como o que a autora fez em sua tese. Contudo, no Brasil, isso nao ocorre, pois em pleno século XX! as mulheres ainda sao alvos de violéncia. Essa segunda tese, também de um texto nota mil, deixa clara a posicao do autor. E nitido o qudo direto, objetivo e claro foi o candidato ao elaborar essa tese. Conquanto tenham sido obtidos avangos no que se refere aos direitos civis, a violéncia contra a mulher é uma problematica persistente no Brasil, uma vez que ela se da- na maioria das vezes- no ambiente doméstico. Essa outra tese também é uma afirmagao direta como a outra. Porém, essa mescla um pouco do que a outra candidata fez no primeiro exemplo. Isso € perceptivel, nado € mesmo? Em todas as teses aqui apresentadas, os alunos colocaram elementos coesivos (vocé ira ver isso em nossa parte de elementos coesivos e usar em TODA tese que vocé for fazer). Uma dica bem eficiente é a que as vezes, algumas teses apenas promove a afirmacao do tema. Vocé também pode s6 “afirmar” o tema. seq Os argumentos! Ahhhhhh, argumentos! Essa é a parte mais facil da introdugao. Apos. vocé apresentar o tema (topico frasal), vocé ira apresentar os seus argumentos. O argumento é a parte que vocé apenas cla, sem desenvolver ele ou até mesmo colocar detalhes. Vocé ira apenas cita-los para deixar seu leitor com vontade de ler o seu texto. Se vocé falar muito de seus argumentos, para que o leitor ira continuar lendo o seu texto? Nao faz muito sentido, nado é mesmo? Entao apenas cite-os. E como se fosse no primeiro encontro: se logo de cara vocé fala tudo sobre vocé ( caracteristicas, gostos, etc.) 0 seu parceiro(a) nao tera vontade de descobrir mais nada. E isso fica chato, nao € mesmo? Agora, se vocé o indaga, apenas mostrando “um pouco”, a atencdo sera bem maior. O mesmo ocorre com a redacao: yore tem que deixar a cereja do bolo para depois! Deixe para mostrar seu poder no desenvolvimento. Os argumentos constituem uma “pré-tese”: se a sua tese for X, seus argumentos devem estar coerente com seu posicionamento X (tese). Veja sO 0 exemplo: se o tema fosse redugao da maioridade penal e sua tese fosse “Desse modo, é necessario a reducao da maioridade penal para amenizar os efeitos da violéncia no Brasil” e um de seus argumentos fosse “a educacdo como ferramenta para tirar jovens do mundo das drogas”, provavelmente, estaria incoerente. Veja: vocé defendeu a redugao em sua tese e em seus argumentos vocé é “contra”. Por isso, veja se a sua ‘ese © seus argumentos esiso ligados. Uma coisa muito comum acontecer é mesclar tese € argumentos em um unico periodo, ja que ambos estao ligados. De forma resumida, os argumentos sao as com provacdes da sua (ese. Apés expor sua ideia, vocé precisara comprovar os motivos dessa tese esta correta. E como fazemos. isso? Argumentos! Olhe so alguns argumentos de textos que receberam nota mil no ENEM: Esse quadro de persisténcia de maus tratos com esse setor é fruto, principalmente, de uma cultura de valorizagao do sexo masculino e de punigées lentas e pouco eficientes por parte do Governo. E nitido aqui a presenga dos argumentos: um deles é a cultura de valorizacdo do sexo masculino e 0 outro sao as punicdes lentas. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o legado histdrico cultural e o desrespeito as leis. Nessa outra tese, os argumentos sao citados logo apds os dois pontos. Esses problemas serao abordados no desenvolvimento da redacao. E muito importante, vocé citar os argumentos e desenvolve-los em ordem. Se vocé falou primeiro do X, seu D1 comecara com X. Isso dara mais coesao e facilitara a leitura, bem como 0 entendimento. Agora esta na hora de colocar em pratica tudo 0 que aprendemos. Vocé ira elaborar seus argumentos sobre 0 tema “Persisiencia da violencia feminina no Brasil’ usando. © que acabamos de falar. minha ans fight ACONTECEM EOM EVQUEROMIL \] * of" x ee Wee 2 ystis® Y fe fat ; / a ye- OS SEUS oe ‘™ a EU QUERO as ey ins x ! / -OY- . Q* eS oy a) a ~) * te O desenvolvimento é aquela parte que tem como fungao fazer o seu leitor mudar de ideia, acreditar no seu ponto de vista. Por isso, a sua meta aqui é convencer. Vocé tera que persuadir o seu leitor com excelentes argumentos em defesa de um ponto de vista que foi apresentado na introdugado. Lembrando que, o seu desenvolvimento é constituido pelos seus argumentos citados na introdugao. Existe um mecanismo muito pratico para organizar a estrutura do seu desenvolvimento. Se vocé quer ganhar tempo e nota, o melhor método é esse. Ele consiste em estruturar © seu desenvolvimento da seguinte forma: Tépico frasal + Ideias complementares + Tese critica Esse método ira reduzir 0 seu tempo de producao e tornara seus argumentos mais organizados e coesos. Por isso, ele é muito usado em redagdes que pontuam mais de 900. Se vocé entender seu funcionamento, aplicar nossas dicas e os elementos coesivos, a sua redagao estara em torno dos 920 pontos! Eu testei isso e funcionou. Outra dica que esse modelo permite € que vocé pode construir uma ‘“receita” para qualquer tema. Aplicando esse método, os resultados sao quase instantaneos. Vocé sO precisa treinar um pouco até conseguir fazer esse método perfeitamente. O tdpico frasal, no desenvolvimento, tem a mesma fungao que na introdugao. Ele representa a ideia principal do paragrafo de desenvolvimento, devendo, portanto, ser escrito em um Unico periodo. Aqui, no entanto, ele tem um diferencial: 0 seu leitor ja sabe qual é 0 tema, logo, nao precisa apresenta-lo novamente. Observe o exemplo do topico frasal de um desenvolvimento: E importante enfatizar que 0 modo consumista vigente, moldado pelas leis de mercado, possui papel protagonista na destruig¢ao ambiental. A ideia principal desse paragrafo 6 o desmatamento causado pelas leis de mercado (consumismo). A partir dessa ideia central, vocé ira discutir outras ideias que sustentam essa ideia principal. E sempre valido vocé esta relendo 0 que escreveu para as suas ideias ficarem mais conectadas. Se vocé fizer isso, seu corretor vai te pontuar muito bem. Vocé sempre comegara esse paragrafo abordando as CAUSAS do problema. SIM! E 0 modelo Causa e Consequéncia. Acredite essa técnica aplicada a esse modelo ira te diferenciar de seus concorrentes. Para inicio desse paragrafo, separamos elementos. coesivos perfeitos para vocé (ver parte de coesao aqui em nosso material). Relembrando 0 modelo Causa e Consequéncia: S6 possui dois paragrafos de desenvolvimento: o primeiro vocé discute as causas; 0 segundo vocé discute as consequéncias dessas causas. Na conclusao vocé propée solugdes somente para as consequéncias do problema. 20 Essas ideias complementares vem logo apés 0 primeiro periodo ( topico frasal). Elas iro sustentar o que foi afirmado em sua ideia principal ou t6pico frasal. Aqui, € valido usar dados estatisticos, além de possiveis alus6es. Essa parte é feita, geralmente, em dois periodos, ou seja, duas ideias que iréo sustentar a sua ideia principal. Observe o exemplo: E importante enfatizar que 0 modo consumista vigente, moldado pelas leis de mercado, possui papel protagonista na destruig¢éo ambiental. Diante disso, as ag6es predatérias do homem levam-o a explorar os recursos naturais numa velocidade maior do que a sua capacidade de regeneracao. Essa pratica que sustenta a lucratividade capitalista, constitui, paradoxalmente, a prdpria destrui¢do do espaco natural. Perceba que o primeiro periodo trata-se do meu tépico frasal. Logo apds ele, eu comeco a falar de ideias que estado subordinadas a minha ideia principal — essas sAo as ideias secundarias. Poderia introduzir dados, citagdes... Essa parte é livre. Vocé sé precisa organizar esse modelo, desse modo, sem fugir das regras para depois nao se perder. Cee rikica Para finalizar o seu desenvolvimento vocé usara um artificio que poucos usam. Trata-se da “tese critica’. No final do paragrafo, vocé vai colocar um pequeno e curto posicionamento critico sobre o que vocé falou... E como se fosse uma abordagem, um alerta. Se vocé colocar isso, de forma certa, seu corretor vai apaixonar em sua capacidade de organizar seu pensamento. Quase nenhuma redacao coloca. Observe 0 exemplo: E importante enfatizar que o modo consumista vigente, moldado pelas leis de mercado, possui papel protagonista na destrui¢&o ambiental. Diante disso, as agdes predatérias do homem levam-o a explorar os recursos naturais numa velocidade maior do que a sua capacidade de regeneragao. Essa pratica que sustenta a lucratividade capitalista, constitui, paradoxalmente, a propria destruigaéo do espaco natural. Tal realidade demonstra o quanto a atua¢ao antropica irresponsavel promove impactos de grandes proporgées na Terra. Perceba que esse final € uma reflexao do que foi dito. Se analisar mais fundo, isso funciona como uma “spoiler” do seu paragrafo de consequéncia. Quais impactos? Essas serao as minhas consequéncias.... Percebeu como as ideias ficaram todas ligadas? Isso é muito importante. COIsAS ACONTECEM is ” “OP. we Oe SEUS E ei MF ( se ) Nog A ba | { * ca . ow * CE: Q° rm S & 2 » \ } QUERO MIL USio Fa OS Aue Ma J St A concluséo é uma das partes mais dificeis da redagao. Existe uma competéncia exclusiva dela. Logo, vocé sera avaliado cuidadosamente. Por isso vocé precisa seguir passos certos para nao vacilar e perder esses 200 pontos. Aconclusao tem como objetivo finalizar o seu texto. Vocé somente ira propor solugées aos problemas apresentados. NAo ira falar mais de nenhum outro argumento, nao ira introduzir nenhum outro dado estatistico. Essa parte ja foi e agora esta na hora de elaborar uma proposta. E preciso que vocé lembre ao seu leitor do que vocé esta discutindo em seu texto. Assim, vocé ira comegar com um elemento coesivo de concluséo e em seguida vocé afirmara o seu tema. Existe um mecanismo muito pratico para fazer isso: vocé pode mostrar ao seu leitor que o problema é preocupante. Isso também é reafirmar um tema. Vocé pode fazer isso de inumeras formas, isso depende da maneira que vocé tem mais facilidade, mas sempre afirmando o tema antes. Nada de comegar ja propondo solugées, ok? Fazendo isso, 0 primeiro passo estara dado. Observe alguns exemplos de textos nota mil do ENEM: Esse inicio de conclusao esta bem articulado, por dois motivos: o primeiro deles é que teve uma afirmacgao do tema — essencial ao seu texto. O segundo é que teve uma conexao perfeita com a tese da introdugao. Veja sé qual foi a tese: Percebeu a conexdo entre as ideias? Vocé pode e deve fazer isso. Articular tese e inicio de conclusdo deixa seu texto mais coeso. Veja outro exemplo: Observe que ela mostrou a preocupacao do problema. Toda redagao nota mil deve conter isso. Entéo, se vocé quer MIL faga isso ja. Olhe outra: Do mesmo jeito... E perceptive! a preocupacao tematica nesse inicio de introducao. Vocé ja esta sabendo como inicia uma conclusao, né? Mas como o EQM gosta de inovagao, temos uma dica para fugir do senso comum. A maioria das conclusdes comecam com aqueles velhos elementos de “portanto, €é necessario que o Governo....”, “Tendo em vista os fatos abordados, nota-se...” Nao é errado. Mas ja virou cliché, nao & mesmo? Vocé precisa ver a nossa dica de elementos coesivos. Imperdivell! 23 Percebeu a conexao entre as ideias? Vocé pode e deve fazer isso. Articular tese e inicio de conclusao deixa seu texto mais coeso. Veja outro exemplo: Observe que ela mostrou a preocupagao do problema. Toda redacao nota mil deve conter isso. Entéo, se vocé quer MIL faga isso ja. Olhe outra: Do mesmo jeito... E perceptivel a preocupacdo tematica nesse inicio de introducdo da conclusao. Vocé ja esta sabendo como inicia uma conclusao, nado 6? Mas como o EQM gosta de inovagao, temos uma dica para fugir do senso comum. A maioria das conclusdes comegam com aqueles velhos elementos de “portanto, € necessario que o Governo....”, “Tendo em vista os fatos abordados, nota-se...” Nao é errado. Mas ja virou cliché, nao & mesmo? Vocé precisa ver a nossa dica de elementos coesivos, onde apresentamos. indmeras express6es que podem fazer parte do seu texto. EXEMPLOS DE CONCLUSOES NOTA 200 “A violéncia contra esse setor, portanto, ainda 6 uma realidade brasileira, pois ha uma diminuigéo do valor das mulheres, além do Estado agir de forma lenta. Para que o Brasil seja mais articulado como um “corpo biolgico" cabe ao Governo fazer parceria com as ONGs, em que elas possam encaminhar, mais rapidamente, os casos de agresses as Delegacias da Mulher e o Estado fiscalizar severamente © andamento dos processos. Passa a ser a funcdo também das instituigdes de educagao promoverem aulas de Sociologia, Histéria e Biologia, que enfatizem a igualdade de género, por meio de palestras, materiais histéricos e produg6es culturais, com o intuito de amenizar e, futuramente, acabar com 0 patriarcalismo. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: “O primeiro passo 6 0 mais importante na evolugao de um homem ou nagao. * “Destarte, é fato que 0 Brasil encontra-se alguns passos 4 frente de outros paises 0 combate 4 violéncia contra a mulher, por ter promulgado a Lei Maria da Penha. Entretanto, é necessério que 0 Governo reforce 0 atendimento as vitimas, criando mais delegacias especializadas, em turnos de 24 horas, para o registro de queixas. Por outro lado, uma iniciativa plausivel a ser tomada pelo Congresso Nacional ¢ a tipificaco do feminiciaio como crime de édio e hediondo, no intuito de endurecer as penas para os condenados e assim coibir mais violagées. E fundamental que 0 Poder Publico e a sociedade - por meio de deniincias — combatam praticas machistas e a execravel pratica do feminicidio.” O pensamento conservador, machista e miségino é fruto do patriarcalismo e deve ser combatido a fim de impedir a violéncia contra aquelas que historicamente sofreram e foram oprimidas. Para esse fim, € necessério que o Estado aplique corretamente a lei, acolhendo e atendendo a vitima e punindo o violentador, além de promover a conscientizagdo nas escolas sobre a iualdade de género e sobre a violéncia contra a mulher. Cabe a sociedade civil, 0 apoio as mulheres e aos movimento feministas que protegem as mulheres e defendem os seus direitos, expondo a postura machista da sociedade. Dessa maneira, com apoio do Estado e da sociedade, aliado ao debate sobre a igualdade de género, 6 possivel acabar com a violéncia contra a mulher.” fo-Cioig— Os agentes sociais sao aqueles responsaveis por aplicar a sua solugao na pratica. Nao tem muito segredo aqui. O importante é saber o que cada agente faz e depois aplicar as suas propostas. Mas antes, temos outra dica que garantira seus 200 pontos nessa competéncia. Como ja falamos do modelo de desenvolvimento de causa e consequéncia, adaptado a nossas técnicas, vocé precisara ter uma atencao a mais: se as suas consequéncias foram X, Y e Z, as suas propostas, obrigatoriamente, deverao ser para X, Y e Z. Vocé nao pode propor uma solugao para algo que vocé nao abordou em seu texto ou até mesmo deixar de propor uma solucao para algo que vocé falou. Por isso, as conclus6es sao bem gordinhas... Vocé precisa reservar, no minimo, sete linhas. SIM, vamos explicar 0 porqué disso. A sua conclusao deve ser detalhada o maximo possivel. Vocé tem que sempre se perguntar: quem pode fazer? (agentes sociais). Como deve ser feito? (proposta). Qual a consequéncia disso? (aplicabilidade no dia a dia). Respondendo essas trés perguntas, sua conclusdo estara seguindo um padrao otimo. Por isso, ela € a maior parte do texto. Outra dica importantissima € que a sua conclusao nao pode ser utépica demais, ou seja, ela deve ser exequivel (ter chances de se realizar no dia a dia do Brasil). Se vocé propuser algo muito utdpico, qual a chance disso se tornar realidade? Nenhuma, nado é mesmo? Entao, pense: o que eu estou propondo é, de fato, realizavel? Pense nisso! Vamos agora aos papeis dos agentes sociais. O Governo pode atuar na criagao de leis. Tome so um cuidado: muitas leis que alguns alunos propdem ja existem. Entao, vocé precisa saber se ja tem uma lei para aquele problema/proposta que vocé pretende fazer. Caso tenha, 0 papel do governo sera de fiscalizar e garantir o seu cumprimento. Em vez de ficar insistindo no repetido “€ papel do governo”, vocé pode também mostrar ao seu corretor que vocé é um aluno bem aplicado. Use os Ministérios, Secretarias e Camara de Deputados para promover essas acdes tipicas de Governo. Além disso, vocé pode usar os termos “Poder executivo, Judiciario e/ou Legislativo” para também propor algo. Isso mostrara ao seu corretor que vocé entende de LEI. Vocé ainda pode citar a Constituicao Federal, tendo como base o reconhecimento de diversos direitos sociais. Perceba isso em alguns modelos: Desse modo, vocé estara sendo mais especifico em sua redacao, estara fugindo do senso comum e nao estara despejando as responsabilidades somente a um org&o (0 Governo). midi A midia tem um papel muito importante: disseminar informagées e mobilizar a sociedade. Veja so algumas funcdes da midia: Promover passeatas/movimentos — a midia pode mobilizar a sociedade na promogao de passeatas no intuito de levar a importancia daquele problema Para as ruas. Promover campanhas publicitarias - ela ainda pode, por meio de sua programacao, instituir debates sobre diversos temas, resaltar a importancia de denuncias e alertar a sociedade sobre os mais variados temas. Nesse sentido, vale resaltar a importancia da midia na formacao ideolégica, tendo em vista o seu grande poder de persuasao e disseminacao massiva dos contetidos. Aqui, ainda é valido pontuar que pode ocorrer una AGAO CONJUNTA entre midia e governo: sabe aqueles comerciais de TV criados pelo Governo Federal? Entao, isso é uma parceria que da certo! Use a seu favor. Veja alguns exemplos: egcola Formaco critica de individuos — ela pode atuar na formagao de ideologias positivas, ja que desde a infancia 0 individuo tem contato com a escola. Por exemplo, o machismo pode ser combatido na escola desde a infancia. Como? Ensinando criancas o respeito e a igualdade. Isso acarretara em grandes mudangas na fase adulta. Reunides/palestras — a escola pode convidar toda a comunidade escolar (pais, alunos, funcionarios e comunidade) para instituir debates sobre os mais diversos temas. Desse modo, os problemas poderao ser debatidos e tratados de forma que todos participem. E 0 caso, por exemplo, do bullying, onde a participacao da escola é essencial e, unir todos esses membros é uma otima intervengao. fomclin A familia é uma entidade social capaz de promover mudancas individuais, ou seja, em cada individuo. O papel da Familia é muito amplo, pois ela atua em diversos nucleos. Cada familia decide quais propostas sao validas e cabiveis ao seu lar. Porém, uma parceria entre Familia e escola intensifica diversas ideias e, a aco conjunta dessas instituigdes é necesséria, como por exemplo, no caso de violéncia escolar, bullying, machismo, etc. As ONGs sao aquelas instituigdes capazes de promover grandes mudancas na sociedade. Por nao se veicular diretamente com o Governo, as ONGs tem total liberdade para realizar sucessivas acées que possam diminuir o problema. Elas podem promover manifestagdes sociais, levando a sociedade as ruas; podem cobrar direitos e deveres, realizando denuncias por diversos canais de comunicacao. Lesfecke — O desfecho é aquela parte da conclusao que vocé ira finalizar 0 seu texto. Vocé ja reafirmou seu tema, vocé ja colocou suas propostas e agora vocé ira finalizar. Use sempre elementos de coesao para inicio do desfecho (ver na parte de elementos coesivos isso). O que vocé precisara é fazer uma abordagem que finalize o seu texto. Essa é a tacada final para deixar seu corretor tipo assim: “esse ai entende, esse ai manja, esse ai merece os 200 pontos.” Vocé pode também usar uma cita¢ao para finalizar o seu texto. Aquela bem curtinha que resume todo o seu pensamento. Veja so 0 exemplo: Hora de praticar. Faga uma conclusao, de qualquer tema, seguindo essa estrutura que acabamos de mostrar EL edetlenbh) S redagdo do ENEM precisa, entre ouras coisas, esta conectada. E muito importante cé manter a sua coesdo. Para isso, existem os elementos de coesdo ou conectivos conjungées. Eles sao responsdveis por nao deixar as suas ideias ‘soltas” e “vagas” exto, dando mais “liga” a sua produgao. E como se vocé precisasse mostrar ao seu tor que as suas ideias estado todas unidas, de forma légica e coesa. sentido, é muito importante vocé revisar as conjungdes quando estiver do gramatica. Listaremos as conjungées imprescindiveis a construgdo de redagao nota mil (sim, toda redagao nota mil deve ter conjungées). es Coordenativas: : ligam oragées ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou elas: e, nem (= e no), no sé... mas também, nao sé... como também, Ao so... mas ainda. s: ligam duas oragées ou palavras, expressando ideia de contraste ou So elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, ndo as: ligam oragdes ou palavras, expressando ideia de alternancia ou icando fatos que se realizam separadamente. S4o elas: ou, OU... OU, ora quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. sivas: ligam a oragdo anterior a uma oragdo que expressa ideia de ou consequéncia. Sao elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por te, por isso, assim ativas: ligam a oragdo anterior a uma oragdo que a explica, que justifica a ja contida. S4o elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto ora”, onjung6es "e"," antes", quando" sao adversativas quando equivalem a nao" é conjung&o adversativa quando equivale a "mas sim". alavra "pois", quando é conjungao conclusiva, vem geralmente apés um ou mais ios da oracdo a que pertence. exemplo: 8 0 provocou com essas palavras; ndo se queixe, pois, de seus ataques. juando € conjungao explicativa,” pois" vem, geralmente, apés um verbo no imperativo sempre no inicio da oracdo a que pertence. ‘or exemplo Nao tenha receio, pois eu a protegerei. Conjung6es Subordinativas: Sao aquelas que ligam duas oragées, sendo uma delas dependente da outra. A oragao dependente, introduzida pelas conjungdes subordinativas, recebe 0 nome de oragao subordinada. As conjungdes subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais 1, Integrantes: Indicam que a oracdo subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem oragées que equivalem a substantivos. Sao elas: que, se. 28 2. Adverbiais Indicam que a oragéo subordinada por elas introduzida exerce a funcao de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstancia que expressam, classificam-se em a) Causais: introduzem uma oragao que é causa da ocorréncia da oragdo principal. Sao elas: porque, que, como (= porque, no inicio da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, j4 que, desde que, etc b) Concessivas: introduzem uma oracao que expressa ideia contraria a da principal, se’ no entanto, impedir sua realizagao. Sao elas: embora, ainda que, apesar de que, se be que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. ¢) Condicionais: introduzem uma oragao que indica a hipdtese ou a condicdo p ocorréncia da principal. Sao elas: se, caso, contanto que, salvo se, a nao ser que, d que, a menos que, sem que, etc. 4) Conformativas: introduzem uma orago em que se exprime a conformidade de u com outro. Sao elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. e) Finais: introduzem uma oracao que expressa a finalidade ou 0 objetivo com realiza a principal. Sdo elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, f) Proporcionais: introduzem uma oragéo que expressa um fato rela proporcionalmente a ocorréncia da principal. Sao elas: a medida que, a proporgao. passo que e as combinagées quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), menos... (mais), quanto menos... (menos), etc. g) Temporais: introduzem uma oragao que acrescenta uma circunstancia de tem expresso na oragao principal. Sao elas:quando, enquanto, antes que, depois que todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assi h) Comparativas: introduzem uma oragéo que expressa ideia de comp referéncia a oragao principal. Sao elas: como, assim como, tal como, com: como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, q (combinado com menos ou mais), etc. i) Consecutivas: introduzem uma orac&o que expressa a consequéncia da elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que no), de forma que, de. (tendo como antecedente na oracdo principal uma palavra como tal, ta tamanho), etc. Essas conjungées s&o extremamente necessarias para a construgdo da importante, além disso, que vocé saiba como usar cada conjungao, nao exemplo, uma conjungdo aditiva no lugar de uma adversativa (isso tirara competéncia quatro e comprometera todo o entendimento do texto). Além evitar ao maximo repetir 0 uso dessas conjunges ao decorrer do texto. E: conjungées sinénimas e repeti-las deve estar fora da sua lista. E importante salientar que repetir palavras refere-se, de certo modo, a coesdo Observe: Coesao por referéncia: é um dos tipos mais utilizados em um texto. Gragas a el repetigdes de termos, descuido que pode tornar desagradavel a leitura de um te: Os alunos do terceiro ano foram visitar 0 Museu da Lingua Portuguesa. Ele! acompanhados pelos professores da escola Em vez de: Qs alunos do terceiro ano foram visitar 0 Museu da Lingua Portuguesa. Os alunos terceiro ano foram acompanhados pelos professores da escola. Coesdo por substituigéo: sdo empregadas palavras e expressdes que retomam termos enunciados através da andfora. Observe o exemplo Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer, eles serdo suspensos Em vez de: Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso o mau comportamento volte a acontecer, os alunos serdo suspensos. Coesao por elipse: Ocorre por meio da omiss4o de uma ou mais palavras sem que issi comprometa a clareza de ideias da oracao: Maria faz 0 almogo e ao mesmo tempo conversa ao telefone com a amiga Em vez de: Maria faz 0 almogo e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga. Coesao lexical: ocorre por meio do emprego de sindnimos, pronomes, hipénimo heterénimos. Observe o exemplo: Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia junho de 1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Génio m nossas letras, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. DICAS DE OURO O EQM tem dicas exclusivas para vocé sobre a coesao - isso vocé nao ira enc livros. Sabe quando vocé “empaca” para comegar a redacao? Pois bem, exist elementos que também funcionam como conectores que podem te ajudar a res; impasse. Listamos, agora, quais so eles. Veja so: NA INTRODUGAO: - para iniciar um texto: No contexto social vigente [...] Na conjuntura contemporanea [...] Na sociedade pos-industrial [...] No cenario da Revolugao Técnico-cientifica [...] * Na pés-modernidade [...] Na era cibernética [...] No limiar do século XXI [...] Na historiografia e na contemporaneidade [...] - em seguida: Observa-se Sabe-se Consta-se Ressalta-se Salienta-se Aborda-se Verifica-se E notorio que Exemplo: Na histografia e na contemporaneidade, o drama do preconceito racial constitui uma violagao aos Direitos Humanos. NO DESENVOLVIMENTO 1: E licito referenciar o filosofo [...] E relevante abordar, primeiramente, que [...] E elementar que se leve em consideragao [...] E primordial ressaltar que [...] Deve-se salientar que [...] E pertinente elencar que [...] E indedutivel que [...] E de amplo conhecimento que [...] No limiar do contexto histérico [...] NO DESENVOLVIMENTO 2: Em decorréncia disso [...] Em detrimento dessa questéo [...] Outro fator imprescindivel [..] Nao se pode esquecer de que [...] Deve-se abordar, ainda, que [...] Concomitantemente a isso [...] Paralelo a isso [...] Simultaneamente a isso [...] NA CONCLUSAO: - para iniciar um paragrato: Com essas constatagées [...] Evidencia-se, portanto, que [...] Fica claro, dessa forma, que [...] Diante dessa problematica, consta-se que [...] Torna-se evidente, portanto, que esse entrave social [...] - no desfecho do problema: Dessa forma Desse modo Diante disso Assim sendo Portanto Logo - para solucionar o problema: Faz-se necessario que [...] E imprescindivel que Para minimizar esse fendmeno, é preciso que [...] Hustitidative das saludos: Para reverter essa problematica [...] a fim de... - para detalhar/justificar: .. €om © objetivo ... Cabe ao... E papel da .. com 0 intuito de... E fungao. na perspectiva de. RESUIMOS KARL MMR fannie ADORKO ROUSSEHU SOCRATES REDACEIO LOCKE Joniis DE WQUIKO WEBER Timanue Kan shitiO NGOsTINUO MOVIMENIOS SOGHIS Os movimentos sociais se definem pela acéo de um grupo organizado que tem por objeti instituigSes da sociedade ou ainda em defesa dessas instituig6es. Como exemplo de movimentos socials, temos 0 movimento escravista nas sociedades antigas; na idade média ocorreram movimentos de camponeses; a idade moderna foi palco de movimentos de mercadores. A industrializag4o, por sua vez, trouxe a sociedade movimentos operarios. No Brasil, na atualidade, conhecemos um Movimento dos Sem Terra (MST). alguma mudanga nas Aatualidade se vé de ante de novos movimentos sociais, como os pacifistas e ecolégicos. Os movimentos socials, de maneira geral, contribuem para a tentativa de ampliar os direitos e estender a cidade a todos os individuos. ALAIN TOURAINE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS: socidlogo Frances Alain Touraine (1925 -) estudou os problemas da sociedade pés-industriais defendendo a tese de que as sociedades se organizam e estruturam por meio das lutas sociais. Apés estudar os movimentos de trabalhadores, ‘em espacial os da América Latina, Touraine observou que os movimentos sociais se caracterizam por um confit social dentro de certo grupo social que se ope aos conceitos do mercado ou aos poderes autoritérios. Ele apontou, ainda, que os movimentos sociais abordam questées como liberdade, projetos de vida, respeito por direitos, na viséo desse socidlogo, néo podem ser reduzidos a ganhos materiais ou politicos. As sociedades ndo se organizam em movimentos sociais para conseguir coisas materiais, elas lutam por causas mais significativas. Dessa forma, Touraine defende a ideia que os movimentos sociais tém duas diregdes: a vertente utépica — em que 08 direitos dos individuos sao destacados ~ e a vertente ideolégica — em que a luta se determina contra um adversario social. De acordo com alguns estudiosos da psicologia social, os movimentos sociais acontecem a partir de alguns estagios: 1) Inquietago: € um sistema de alerta, algumas inquietagdes 40 notadas nesse estagio; 2) Excitagéio: a causa da inquietagao é identificada, surgindo um lider que organiza um grupo em beneficio do movimento. 3) Formalizagao: fase de organizagao para tragar planos de agai 4) Institucionalizagaio: normas sao estabelecidas para estruturar movimento com o objetivo de durar indefinitivamente O CONTROLE SOCIAL: Diversos socidlogos desenvolveram teoria para procurar compreender as formas de controle social, entre eles Michel Foucault (1926 ~ 1984). Para o estudo da sociedade, Foucault considerou que saber e poder se entrecruzam, pois ndo ha poder sem saber ou saber sem poder. A respeito disso, Foucault desenvolveu um conjunto de reflexdes a cerca do mictopoder. Para tanto, estudou escolas, convents, prisdes e quarteis, pois ele entendia que esses espagos eram locais disciplinadores da sociedade. Segundo ele, as normas de controle nao ocorrem apenas nas prisdes, mas também nos hospitais, fabricas, asilos escolas. Micropoder: redes de pequenos detalhes que envolvem o cotidiano, como construgdes moveis, regras olhares € punigdes que controlam os atos. Em relagao a escola, por exemplo, o autor afirma que esse & um ambiente de fixago de disciplina, uma vez que impoe regras de comportamento e tem a capacidade legitima de punir os individuos que descumprem suas normas. De acordo com a teoria de Foucault, vigiléncia é um instrumento de controle continuo nas escolas, prisdes, escritorios, ruas e que tem como objetivo tornar os individuos aptos a desenvolverem atividades produtivas. Ainda segundo esse autor, os Pequenos poderes — ou micropoderes -, abarcam todo 0 espago social, sem possibilidade de escapatéria, Focault constatou que a experiéncia do poder é uma teia de relagdes: pais ¢ filhos, patrées ¢ empregados, professores, @ alunos. Em todos os grupos sociais ocorrem esse tipo de relacionamento, que age sempre no sentido de controlar os individuos e sua consciéncia, fazendo se comportarem de maneira décil e Util. De acordo com essa teoria, existe na escola, assim como em outras instituigSes sociais, uma serie de interesses em jogo, pois cada instituigao tem certo discurso de acordo com os interesses. Uma escola ministrada por entidades religiosas, por exemplo, mantém no ccurticulo uma forte interacéio com doutrina de cunho religioso. EMILE DURKHEIM (1858-1917) Para Durkhiem, a coesao social, comparada com a solidariedade, é uma espécie de ‘cola’ que mantém a sociedad Uunida, fator que contribui também para que os individuos estabelegam relagdes entre os diversos grupos sociais. Na ‘obra da divisao do trabalho social, Emilie Durkhiem defendeu a ideia de que a sociedade garante a coesao porque esta ancorada em pactos entre os individuos, e denominou esses acordos de solidariedade mecanica e solidariedade ‘orgénica, Na solidariedade mecénica, encontrada nas sociedades pré-capitalistas, os individuos se diferenciam muito pouco um dos outros e se identificam por meio da familia, religiao e tradigao. As tribos e clas sao exemplos de locais onde a 33 solidariedade mecanica aparece. Auta forma é a solidariedade organica, que é caracteristica das sociedades capitalistas. Sao soiedades em que a coesiio social ndo est apoiada em costumes e tradigdes, 0s individuos tem maior diferenciagao entre si. As instituigdes sociais, segundo esse autor, tem o papel de socializar os individuos para que compartihem ideias e padrées de ‘comportamento, fortalecendo os mecanismos sociais. Essa é solidariedade que contribui para 0 equilibrio da sociedade. afrouxamento dos costumes faz com que os individuos se sintam sem parametros de comportamento e se nao existirem regras claras para 0 convivio social, a sociedade entra em anomia (estado de caréncia de normas, perda de identidade, que tem como consequéncia a decadéncia e a desorganizagao do sistema social). Em situagao de anomia, uma sociedade esta vulneravel ao crime e aos desvios potencializados. JA em uma sociedade em que o controle esta ‘garantido, os desvios ocorrem em menor quantidade. RESUMOS CXTRAS: MOVIMENTOS SOGHIS Viveros em uma sociedade altamente diversa e dindmica, em que uma enorme gama de diferengas coexiste diariamente. Os individuos que integram nossa sociedade possuem necessidades inseridas em realidades diferentes. Essas necessidades precisam ser representadas em nosso contexto politico para que sejam atendidas. Todavia, como bem sabemos, nao é sempre que os interesses e necessidades de determinados grupos s4o supridos devidamente pelo Estado ou pelos nossos representantes politicos. A partir desse conflto de interesses 6 que 0s movimentos sociais tornam-se uma ferramenta de intervengao. ‘Os movimentos sociais sao caracteristicos de uma sociedade plural, que se constréi em tomo do embate politico por interesses coletivos e/ou individuais. Assim sendo, a organizacao de individuos em prol de uma causa é uma caracteristica de uma sociedade politicamente ativa. Os grupos que produzem agéo em busca da representagao politica de seus anseios atuam de modo a produzir pressao direta ou indireta no corpo politico de um Estado. Para isso, varias formas de ages coletivas sao usadas, como a dentincia, as passeatas, marchas etc. A importéncia da organizacéo desses grupos mobilizados ¢ grande. A fora da ago coletiva sé é efetiva quando irecionada, Dessa forma, o surgimento de lideres que representem diretamente as demandas do grupo a organizagao ‘em nome de exigéncias ou ideias comuns séo os pilares e a forga motriz por traz desses grupos. Portanto, percebe-se que os movimentos sociais estdo diretamente ligados & resolucao de problemas socials, e ndo a reivindicagao de posses materiais. No entanto, eles ndo se resumem apenas a revindicagao de direitos ou a demanda pela representagao de um grupo, pois um movimento pode surgit como agente construtor de uma proposta de reorganizagao social para mudar um ou outro aspecto de uma sociedade. ‘Temos como exemplo o movimento Passe Livre, que busca obter a isengéio ou o custeamento da passagem de transporte coletivo pelo governo, tendo como argumento ideoldgico a ideia de que todos os individuos de uma sociedade devem ter 0 direito de ire vir assegurado pelo Estado. O argumento pauta-se no principio da liberdade de deslocamento ‘sem que esse direito seja alienado ou tenha valor monetério atribuido a agao de ir e vir. Ao estipular um custo para 0 desioca sociélogo francs Alain Touraine considera que a semente dos movimentos sociais est no conflito entre classes e vontades politicas. Para ele, 08 conflitos sociais esto enraizados em nossa forma de governo e em nosso Estado moderno, permeado por vontades individuais e pelas desigualdades sociais. Essa desigualdade, que fere os principios de igualdade de um Estado democratico, torna-se um agente de segregacao social, cultural e econémica, fatalmente interferindo nas formas de atuagao civil daqueles afligidos por tal mal. Diante disso, os movimentos sociais tornam-se entidades de mediacao, isto é, a ferramenta de maior efetividade que os ‘grupos minoritérios e desfavorecidos dispdem para buscar a garantia de seus direitos. Sua existéncia deve ser garantida dentro de um Estado democréttico, que depende da legitimacao dos cidadaos que o integram para que possa exercer ‘sua fungo de governar em nome do bem-estar comum. anorncoes UY aT ‘Apesar de a Industria Cultural ser um fator primordial na formagao de consciéncia coletiva nas sociedades massificadas, nem de longe seus produtos sao artisticos. Isso porque esses produtos ndo mais representam um tipo de classe (superior ou inferior, dominantes e dominados), mas so exclusivamente dependentes do mercado. Essa viséo permite compreender de que forma age a Indistria Cultural. Oferecendo produtos que promovem uma satisfacdo compensatéria e efémera, que agrada aos individuos, ela impGe-se sobre estes, submetendo-os a seu monopilio e tornando-0s acriticos (jé que seus produtos sao adquiridos consensualmente). Camuflando as forgas de classes, a Indiistria Cultural apresenta-se como Unico poder de dominagao e difusdo de uma cultura de subserviéncia, Ela torna-se 0 guia que orienta os individuos em um mundo caético e que por isso desativa,

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