Coordenadores . _ JOSE ROGERIO CRUZ E TUCCI JOSE ROBERTO DOS SANTOS BEDAQUE CAUSA DE PEDIR EPEDIDO NO PROCESSO CIVIL (questdes polémicas) José Jesus Cazerta JUNIOR José MARCELO MENEZES VIGLIAR José Roserto pos Santos BEDAQUE, José Rocério Cruz & Tucct Juntor ALEXANDRE Moreira Pinto JuvEncio VASCONCELOS VIANA Lions, Zacuis RicarDO DE Barros LEONEL EDITORA [ae REVISTA DOS TRIBUNAISayes enol pial bi Cyvney DERPDTE ORR: BUELL) Lie Bene TEAC 102] BOURILO GME 2 nos : CoRR12 CAUSA DE PEDIR E PEDIDO NO PROCESSO CIVIL, 11.7 Apelagao € reformatio in pejts 2 (e antinomia entre o disposto no art. 458, eno PLETO DO RECURSO ESPECIAL: VARIAGOES EM TORNO DE, UMA QUESTAO POLEMICA — Jost Jesus CazetTA JONIOR ... 124 trodugo: a escolha do tema ¢ a compreenstio da teoria na 12.20 caso concreto: as teses controvertidas © delicado equilibrio ent Io exeqllendo e o res; 12.3 Os problemas que © caso susci exata individualizagio do competéncia de derrogacio .. 12.4Cumulagio de pedidos: requisitos e classificagao 12.50 principio da congruéncia e a omissdo do juiz quanto a um dos pedidos 12.6 Ffeito devolutivo e a substituicdo da sentenga pelo acérdao: © que significa conhecer do recurso... 12.7 Conclusées Bibliogeafia 414 416 418 420 422 427 429 429 431 432 437 439 441 444 446 1 OS ELEMENTOS OBJETIVOS DA DEMANDA EXAMINADOS A LUZ DO CONTRADITORIO. JOSE ROBERTO DOS SANTOS BEDAQUE Professor Associado da Faculdade de Di ‘Desembargador do TISP. reito de agao ¢ contrad 1.3 Identificagao da deman relevancia — 1.4 Identificagao da de- manda: \s— 1.5 Contradit6rio e correlagao ~ 1.60 contradité- rio e as questes de ordem piblica ~ 1.7 Os elementos objetivos da demanda e a apelagio ~ Bibliografia 1.1 O direito constitucional de acesso a Justig: ‘ederal assegura a todos a possil so ao Poder Judicidrio. Sempre que alguém pretender um interesse e no puder obté-la espontaneamente, quer em razio do comportamento de outrem, quer porque 0 préprio sistema nao permi- te? poderd dirigir-se a atividade jurisdicional do Estado e deduzir sua pretensao. Ao dispor que nao excluira da apreciacao do Poder lesio ou ameag: (art. 5.°, XXXV), 0 legislador \cional garante, de fo: mais amplamente, meu Tutela cautelar... p teresse pode decorrer da resistencia da denominava lide, ou de dbice existente a chamada jurisdig&o necessaria, So- (orios do juiz, n. 2.1, nota 16, € Tutela cautelar..., p. 102, nota 1-eduie sordyoutid ap o1unfuos o eiuasoidax anb ‘ossao0ud op yeuormnsuos jain @ as-a1oya1 ooreureuicy “97.9 °d *~eIzuEeS 1p |Fapour J ‘orZOWIOD 3, ore1ou09 wo e|-pandasse ‘ured solu ap ovSisodsipaid ‘rfos no ‘oxsaioid eotdurt enuerey ‘SON[JuOD ap OESnIOs ap [wIeIsa OLUSWRNSUL ov ‘Jeuotomnsuos ossaoozd opiaap oF ENuEsS ‘astpue BUITIN Wo ‘sos -sod st tind vmasaidar ogSe ap jeuoromnsuos enuered v ‘wIssy ‘pa v snf s9z4 ououreAnazo ‘wonb v jeuoroipstunf jaime zezyiqera exed ‘opejapoui aqusuresoroNUTW 919 40d ‘Teuo1omysto> sopeisi#ay ojad orsiaaid ousstuesour o 9 ‘sepep -unjur sagsuaraid stiout ap no sowarip ap sazejmiy ‘sopor ap ovdisodsip 8 piso onb oq “ssopasaiaut welas Ogu jp anb epure “[euoIDIpstint vain) v sa1oNbas wopod sopoy, ‘ovanp inssod o1uaureanajo wanb v os ~saov 0 seuade emnBasse ovt [e1apa.f OLSIMNSUOD v ‘epIpaUL BSsaNy ‘ossaooid ov 9 oxdipsunt ¥ ossoae equa vossad v onb vied ‘opeSvoure no opesoj ‘ovtomp wn ap oSeuUYE F LISeG “SEISIPAONUOD ap OFSNIOS OP Teese owsiue our Ov OHarIp Wg) Sasso OWISI ‘UpeUDsaide OpSUaTOId vaenrofer e Z1nf 0 opurad| ‘e|-ensuoUIOp wanBasu0D oBU seUI ‘oRSIPUOD bss9 WeULIYE SOM “SOMALIp ap sarejmin aquauTeas ORS OUPIOIpNs Topo ‘8 wa3ip as anb so sopor won “wpiod “ejdure srewi 9 vnuEed y Tenayeur v1ayso vu oquaureoipunf opejsim assaza1uy nas ered yereisa od -ajoxd v opussaiajo “0 -predure jeuoIoMNSUOD vUFaISIS Oo axdq{ “OpLULIIFE HP Op awIMp 0 vfos “[euotoIpstanf ejaim v svaajd o19A anb ajanbe. ‘9 o1st “epuewiep ep Jone o onb ap essruraid ep aued ogsia vssy omuauneau -eyuodso optiduins ogu o1faip op oSeysiies & euorozodoid ‘elas no “ersnt voipuinf wepio ¥ ossa2e OAngj9 0 sopor ¥ arueseS voGnday ep ORSINI -suoD ¥ ‘eiALpor ‘ougIIpNy Japod ov optpad ap o“Se|nuII0j Bal v XEN -assv anb op stew o1mnpy “[eUoIoMNsuOD apas twa seossad se sepo) v Oper -nBosse piso ‘o1ueLiod ‘[e39] ossa00ud optAap op 25-19] 9 BIOIpUL URS ap v]-pinay ‘oprisg op [euoroypstin{ apepratte & se90s0xd ap o1N1P O ‘opSejsnes eanaja & ‘opereduze owuaumeorpunt assarajut op 2] -mip ov ‘seuorouodoud & tpenbape vA jeIeIsa owwsIuEDaU asso elas asap -usraid ‘ossip wigly “oxisanb ep sorsadse sop uin seuade 9 assa sey ‘ossazozd 0 ayueipaut zeme assed a eioipu ens ap eres [eres ORSuNY Esso ab ered “outauIp orsodns $1 OnigutayaLnoo 04 217 Y VaNYWad Va SOALLATHO SOLNAW'T3 SO © opurznpap ‘ogSipsunf v ses0a01d erseg “svossad se sepor & Jaajuodsip ise FIA BSSy "TeUOIOMINsHOD ossao01d OptAap Op os-10[eA Wopod ‘[e19 -uvisqns ouejd ou soptdaioid sassaraqut ap ovu no sazejnin ‘sopoy, -vja 8 snf sozy squowiyear wonb & esi sHaJUOD & Orde owaUINNSUL smuasaidas seut ‘sopor 8 opeandasst 95 oZu 495 exap ossas0ud O TeHAreu ootpynl owaUTEUApIO OM SopIra|aquIS9 SO11dxIP SO aquaureanaye remnJasse v ode o1uauunnsut ajanbe “efas no ‘orsnf @ onbg ossaooid ou as-repey Jeq “ersnf woIpyanf wapyo ¥ seul ‘eSNSNy E OSsaIe seuade ogu séuorsiodoid e openbape owstuesaut 9 ‘srerouasse svonsyt -a1oe89 sens wO9 ‘ossao0id 0 ‘]euOIOMINSUOD LopE|SIB9] OP 9A OW “o19 some sop apeplon|qnd ‘sogstoap sep ovSeanout -meu zinf“esayap pidure ‘ououpentod outos ‘saiuasout 9 & senuezes se woo ‘[euo!onyHYsto> ossao0Ad OptAap O JeaneIsUT9 opeIsa Op [euoLDIpsunf apepiane ® reD0A01d ap ‘sopor B epLigjuoo “apepyqissod & eiuasardar ‘opepuiqeiseyeut ep e104 no ogSe ap jeuoromNsuoD ovanp ‘ouy!DIpnE Jopog OF Ossaoe op ENuEeB e anb 1921p 98-opod “epipaut vssaN, ouotons1suo9 ossez04d optaap op seurey> apod as anb o ‘q{-assaraiu wn ap ovsessnes e sejmisod ered oulstuesaur assap as-rayeA eussaau wan ap oxsaoid x ‘astipue ewN[N wa ‘sepeunsap sepoy, ‘sen -uese8 serouinut ap 0-opueaia9 ‘opSipsunt vp ogSeMe ap oluaumNsUE O aquauresofonurur noiwauieinaas gg6q ap Eslaliseaq OESIMNSHOS & ‘OUPIOIP -nf spog OF Ossaoe o IeanBasse ap W9Ie “9 ors] “LUE eUdord EU sePID -ajaqeisa sopeptoijisadsa 9 seansHa1seIe> to} ‘SeISIPAONUOD 9p OFSNIOS ap Jeie1so Ofou! o “eiado oESIpsunf & anb wos CUOUINNISU! 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Muito emborao aces- 0 a0 Poder Judiciario seja franqueado a todos, reais titulares de direitos ou detentores de simples interesses no amparados no plano material, evidentemente 0 mecanismo est direcionado para a satisfagao daquele que efetivamente merece a tutela jurisdicional Nao basta, pois, assegurar abstratamente 0 direito de ago a todos aqueles que pretendam valer-se do processo. E necessério garantir 0 acesso efetivo a tutela jurisdicional, por parte de quem dela necessita, Insuficiente afirmar que a Constituigdo assegura o denominado direito abstrato ou incondicionado de acdo. E preciso identificar 0 que isso efetivamente representa para o patrimdnio juridico da pes- soa. Importante fixar que todos tém, independentemente de quais- quer condiges pessoais, nao a certeza ou a probabilidade de obter 0 reconhecimento de um dircito, mas a possibilidade séria ¢ real de contar com instrumentos adequados para alcangar esse objetivo. Sig- nifica, portanto, que a garantia constitucional de agao implica a exis- téncia de tutela jurisdicional adequada a protegio do direito demons- trado em sede processua O correto entendimento do complexo de normas constitucion: direcionadas & garantia do sistema processual, constitui o primeiro pas- rados pela Consttuigio Federal diretamente relacionados ao sistema pro- cessual. Para ele, 0 processualista moderno adquiriu a conscigncia de que, como instrumento a servigo da ordem constitucional, processo precisa refletiras bases do regime democritico, nela proclamados; ele é, por assim dizer, 0 microcosmos democratico do Estado-de-direito, com as conota- g6es da liberdade, ig acio (contradit6rio), em cima de Tegalidade e responsat 1 p.25). V. tb. Cou- ture, Fundamentos... p. 146 e ss. Vittorio Denti observa a evolucdo da jurisprudéncia da Corte constitucio- nal italiana, que passou a confer significado concreto aos prinefpios enun- Ciados na Constituiglo, assegurando-Ihes significado substancial, nfo me- ramente formal. Daf o direito de aco, assegurado no art. 24 do texto cons- nal, ndo significar mais apenas direito ao julgamento. Representa, na ina concreta garanzia di effettivita delta ttela dei dirt lata col principio di uguaglianza sancito dall'art. 3 cost. ia civil... p. 73) CF. Comog 1. Commentario della Costituzione, p. 10. (0S ELEMENTOS OBIETIVOS DA DEMANDA ALUZDO CONTRADITORIO. 17 so para conferir maior efetividade p« cesso. el A tutela que emerge do pro- ‘As regras existentes na Constitui¢ao, destinadas a estabelecer ga- rantias para o processo, nao esto limitadas aos varios incisos do art. 5.°, que substancialmente apontam para 0 juiz natural, contraditério, ampla defesa e vedaco As provas ilfcitas (incisos LIII, L1V, LV e LVI. En- contramos ainda no capitulo reservado ao Poder Judiciério inimeros dispositivos diretamente relacionados com 0 bom desenvolvimento do processo. As garantias dos juzes e dos tribunais (arts. 95 ¢ 96) e 0 dever de motivacao (art. 93, IX) também constituem importantes instrumentos para assegurar efetividade a fungao jurisdicional. Para produzir resultado pratico dotado de utilidade e realmente capaz de solucionar o litigio, a tutela jurisdicional depende da existéncia de sistema adequado de principios relacionados ao processo em si, mas também da regulamentagao adequada dos deveres e garantias daqueles a ‘quem foram incumbidas sua condugao e direcdo.® ‘A Constituigao procura estabelecer, pois, 0 processo justo, ou seja, © instrumento que a sociedade politicamente organizada entende neces- sfirio para assegurar adequada via de acesso a solugao jurisdicional dos litigios. Foi-se 0 tempo em que 0 processo era concebido como fendmeno puramente técnico, caracterizado pelo formalismo estéril. Os institutos processuais S40 construidos sob a profunda determinante de valores éti- Cos, exatamente aqueles que norteiam a propria Constituigaio. Cada pais tem seu modelo processual-constitucional, idealizado em conformidade com as opcbes ideol6gicas dominantes,? CE. Vittorio Denti, La giustizia civile, p. 74. O ilustre processualista da Uni- versidade de Pavia acrescenta que a perspectiva tradicional do estudo do proceso tende a dar maior importincia &s normas constitucionais represen- tativas de garantias individuais das pessoas. Mas, observa, existe intensa interpenetragao entre tais garantias ¢ aquelas concementes a posigao insti- tucional do juiz no ordenamento, tal como se verifica pela Declaragao Interna- ‘cional dos Direitos do Homem. O autor apresenta interessantes considera~ ‘goes sobre as garantias processuais estabelecidas nesta carta (p. 74-78). CE. Bedaque, Direito ¢ processo, p. 18 e ss. Comoglio, em magnifico estu- do de direito comparado, procura idemtficar nos varios sistemas de garan- tias constitucionais do processo um modelo unitario, com requisitos basi--guipenuoa ou se2\ynuap! ap BIppt JoMne ow!sauH op z ‘ooLeUNEUICT BATaSq0 oq ooo ‘seaoud-se9pe-n1pod op vorusEUIp EU aajosas 28 O1I9NIPLNIUOS C ‘$8.2 pg “d*-somawopun.y yenU09 op O14 sig 's89 11 "d *~-spjouppuay soaoy ‘ossao0xd op st SY ‘JAOULD 1WHBa]Ied EPY “Jo ‘oUOUpenuos op ordiound op opnaiuos © 21qog “¢g0"1 “d “ospenb J9u ossas0ud 2 ouorZIpstIMID ‘OM[FOWLD ID ww “pda red Jap eunaseio v odeo nuadey aaniaffos ayIpUNIS to!zIsod ne OF ayudoUILIDd O1LOIp nO ‘apepinoey eu setiade Ula aisisuoo opt OpSe ap ouanp “ueezze 9p vonuEH Ip OBSIA BN “O19 “d “~aIeUOFZMINSOD arzUEIeD ‘OssMUOZZIA OIPUBSSAIY JO ws U0rY) 1p (enundioastp) ezuanbas wun ut su2qqi ‘2inf op owusur1suaAo9 op oRSeULIOJ EU OBSed. \qissod e saured se xeanasse jeuotominsuos onred vjduare stew; -exjur yenssaooid eur 9 opriaiuos ofno ‘wsajap vyduze v9 OLUgUIpENUOD o as-tuRDEISap ov samuarout sordyoutud so anug “jexpaq ogSmnsuo3 vudosd vjed opi -20u09 ou109 [e) OWWALUNNSU OF * reo] ossaa0id opiaap ov ossaoe © snuvse 9 jouotonmnsuos ourjd ou ogSe op oMlanIp o seingassy -ord op o1raurafoauasap ou v. soyafns so woo aquourewun{ ‘axap anb ‘zinf ow wipquit exofa4 9s stod ‘old “ue syeur ouatgUa} 9 OLONpeNUOD Bf “TENsso20Ad OESEar ep soured Se aquaUeAIsnpoxa EpLasuOD KSedIonEd ap enue 9 vsajap vjdure onb nsse 2isop apeprliqejotaur y “wsafap ap onamp op orsodnssaud viuesardax o1faUt -nd 0 ‘owuaunpacoid op jeamnnsa esd ojad opeumuexy “ousUI9UeS owsou op soysadse wramnysuos ‘spre ‘esayap ryduze 9 OLIONpENYOS ossaooid op optagnsas ojed ‘epeiaye 19s apod vorpyinf wiaysa wfno 9 epeanard 9 ejam w wronb ap a2e4 ‘ura sajanbe waquie) ow1oo ‘opeisa Op [e2uoIoIpstinf apeprante v E20. osst sod 2 ‘opeSeaure no peso] ovaitp 4a) vBaye wanb 95 OU stem Saquouoduos sop wn 9 BSa}op eIdure W “OLOUP © apuaarduioo ovse ap yeuorst -984109 ooo as-enxa “eisodxa s1waULOUaIUE essmuuaId EIIROY OLOMPE.ATUOD 2 OESE ap OWI ZT 61 ORILIGVULNOD 0a 211 ¥ VaNVWNaG Va SOALLATHO SOLNAWTa SO ugpuar V "(p90 4 “d * 9 o8se0034 Jap ¢.a14aAIA, “auIp 1s00 204) eu 1rens Bautnaygots ajuDWoULIojuoD eles 1D 249 aenss2001d O|J9pOUL Jap wa ‘OsseAu! 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Trata-se de postulado destinado a proporcionar ampla participacao dos sujeitos da relagao processual nos atos preparatGrios do provimento final. Sua observancia constitui fator de legitimidade do ato estatal, pois representa a possibitidade que as pessoas, diretamente envolvidas com o proceso tém de influir em seu resultad de de contraria-los. E a informacao necesséria a ambas as partes, aquem. se deve assegurar a oportunidade de reagao."” Mas, como o processo ¢ seus princfpios sao fenémenos informados is € politicos,” essa concepgao axiolégica também se (0 realidade atual.'* rio fator de legitimagao dos atos de poder praticados no proceso (cf. 0 principio do cont e sua dupla destinagdo, Fundam de ago e 0 direito de ios do processo ci \V. Candido Dinamarco, O principio do contradit6rio, Fundamentos...,2. ed. p. 93, reportando-se a conceitos de Canuto Mendes de Almeida e La China. Edo eminente processualista, ainda, a seguinte consideracao: “Atenta a esse quadro de participagao dos litigantes, a doutrina vem ha algum tempo identifi- cando 0 contradit6rio no bindmio informacdo-reagdo, com a ressalva de que, cembora a primeira seja absolutamente necesséria sob pena de processo e nulidade de seus.atos, a segunda € somente possi Contradit6rio e sua dupla destinagao, Fundamentos..., 3. ed.,p. 127). CE. meu Direito e processo..., p. 18-20. Cf. Carlos Alberto Alvaro de Oliveira, Garantia do contraditéri 133¢ ss., Com consideragdes esclarecedoras sobre a evolugao do instituto e sua concepgio atual (0S ELEMENTOS OBJETIVOS DA DEMANDA A LUZ DOCONTRADITORIO. 21 Tem-se entendido que a necessidade de efetiva participacao no "8 Se contra- do processo é abrangido pelas idéias norteadoras desse princi Visto moderna e adequada de contradit6rio, portant essencial para sua efetividade a participacio risdicional. Tanto quanto as part it considera 40. Os valores determi Telagio processual nao s4o os mesmos vigentes no ini crescente complexidade das situagdes regidas pelo dir enorme disparidade econémica entre os sujei cada vez maior de cultura: tudo isso exige maior preocupa- 40 do representante estatal com 0 resultado do processo. Vem daf a idéia do juiz. partic Nao mais satisfaz.a idéia do juiz inerte € neutro, alheio ao dramma della competizione. lade passiva, supostamente garantido- ra da imparcialidade, ndo corresponde aos anseios por uma Justiga efe- tiva, que propicie acesso efetivo a ordem juridica justa, lade entre 0 contradit6rio e a parti- cipagao mais ativa do juiz na relagao processual. Muito ao contrério. modemo desse prinefpio processual, que se pretende efetivo € equil proceso, assegurando aos sujeitos parc de oportunidades, real igualdade de t Em outras palavras, cabe ao juiz conferir contetido substancial, no apenas formal, & igualdade das partes, assumindo a diregao material “Cf. dois trabalhos em que desenvolvi com maior profundidades essas idéias Poderes instrut6rios... e Tutela cautelar... © Nessa linha, Dinamarco aponta a dupla destinagao do contradit6rio: asse- ‘gurar as partes o dit de participar da portanto, num di do contradit6rio exclusi ada a participagio do juiz” (O pri nado, Fundamentos.... 3. ed. p. 124). as partes, desconsi iGrio e sua dupla dest889 ¢¢-d“-sonoup ap opsiop ‘sung ap euloiog wos|IPA “A ‘sesBas9 Sordiouuad anus ogSunsip pauqog “(ce § “s995IISu)) ,opO1 wun OULOD [1419 Ossadoid OF OU 2 stenS -sao01d B19u9|9 ep 2 OMlauIp Op 2019s wuNB}e v seuade as-wosEjO4 siod ‘sieU -o1am1ysuo9-oanyjod sordjautad so sopeiop ogs onb ap apepryeiouas ap s01 p19 0 19} OpU,, Stod ‘osss90ud op ea!ud91 eaBas ap seuu ‘oldrouLid ap ‘40811 2 ‘wien 2s opu ooreWIeUIC] Bred “T/-69 “d “~souoMusstn sovapog “anbepag jo ‘oanisodsip ordjaunid 2 epueuiap ep ordsounid anu oBSUNSIP © 2390S us o8o[ptp 9p 2 eaoad ap ‘owSaup ap sore wi aysisuoo znf ov agdutt o1gupenuos op enueses & onb orSedionied,, e119 jonssao0ud onpouip ap saodmnnsuy oyna} © wOd epLoy|gnd 39s v "eyIpou epuTE ago wo ‘ooswureuigy vied “gé-1L “d *~souomusur sa1apog ‘anbepad 1D) -myp op orSeysaylueu ap auswiuapuadeput ‘oxSipsiinf vp o1>;orex9 6 a1gos [eSaj opstaaid jemuane anb ‘owueuod ‘seuLsye aS-epog Tenssao01d wotus9) e aquarauy OUsTURDAU ‘orSipsunt ep vioipur ep orsodenuos ‘epueutap ep o1djautud O “yeuotom -nsuoo ezarmeu way eSnsns E OSSad# ap SOpOI t OpLIAsIOD 1apod ‘aued ep opSeooaord squerpaur vioigut ep epeltias 19s opeisg op [euoLIpsiNe apepiane v op apeprssaoaut e WIS SEU ‘OLNBIDIpNE Zepog OF OssaoT ap ppuries ep ousuigHay O IeUIWIEXA ap INnbE LIEN as OLN “oMMNp woo anb op snug woo stews onnur as-eo1sNuapt ‘o[NSuE a159 30d BIstA ‘onde y “epuewiop ep apepissacau v ead oRSipsunf up e12z9uI Vy ze RpURUIEp ep ordjounsd EURO vuinnop & onb ov as-arauiqng “epessaraiut aud vp orSe2oaoxd ap ap -uadop o1oso10x9 nas “(Z97 2 «2 ‘SUE ‘JgD) [euro NsuoseAsU ezeIMIeL ap seia1 op opze1 wa -OrD\JO ap ene ovU jeIEISA apEprane uss ‘opSipstinf ep eioxput e sezadns & optunsap otwsiuesout IMnsuoo [euo!omNsUoD Ossao0Id OPIAaP oF OS5aI" J1gGo 9 OPEIsy OP Tevo1orpsunf opepiante # re20x0xd ap ‘epHayuoo sopor e “enueIES y vroupaajoa sepucuap up ovseaynuapL eT jOPROYIUAIs Ontapeprad nas erMOUOsT Ep oMdjouLd ov oputrayuo> ‘souesny so anua sopeprendisap stemuaaa seiseye ered Inq"UOD OLOUPENUOD oF 1opedtnl Op oESEAAIN e “stEUL OP LALV €Z_ORIOLIAYALNOD Oa 217 ¥ YANYWA Va SOAMLAIHO SOLNIWITI SO, (g€1 “d ‘ouompenuos op enuesen ‘es19AN10 ap oseary ouDqIy ‘sojse3 ‘A) opeisg op oonjod aquaze “opm ap ewroe *» zinf o anb ap e1> -upi2suo9 ap epewor ¥ oped] SSWLEUINU FAS9 MIEqWIE [RISIPALOWSIANE Oye) (vee “4 “apo ossazoid ou vs -2fep y “eatonbig sopseusinsy o1uea|> 'J9) oD5 vp s203ipuod se awueLy|>ttI9s oluo91 ovStnsax sonbjenb d4jos opu siod “onde wudoad e anb ojdure stew 91e 9 esa}ap ep o112up 0 anb 9s-roytian jeuorony ouejd ON “(O80T d *oupenb Jat ossaoaid 2 suorzipstinisy ‘o1Zowo.) ,orzipnid jap 05109 [ou ‘ouorzedisauied eueiued sp 0 eS3yIp Ip MEIP 19p OaMIa}9 oWwaUIpO po ootweuIp oviomppesuos js ssaurosduos quaWs]eUOIZesH URIS n> ep (essaaoud je teuense aysue) 1058180 118 nam Ip eI9s2UO DUOIZoUHE B LOD, wud) ouomppenuos 09 vyjep oun ee S0peyinsas ap vasng v y1s0 29 ‘soued se onb euuioy euIsaUl ep ‘stod ‘soped|nt op apep suNOU & aIMUpT 95 SIL OEN “Ossas01d Op opEy|Asas © woD ophewiosd woo wpquse) Zinf o aciopisto> anb jeimeu stew wpeu ‘9 WSse ag or le!oueisqns sew ‘oensge 9 [euLI0) opnuas ua seuade ove 3 Jud Opnaywo> Ow1o> Wa} 21S 4,"OLL -guptnuos op opepianaya e exed inqrnuoo opu eunysod vss ‘opeijnsar © Wos opesstuosduioasap a ossiuio vfas se3ynf op 19pod op nnsoau as wonb v ajanbe anb apusaidhos as ovyy ‘spusiaad as anbo 9‘oanvdionied ‘oane zing “omewnpacoad op aitauteatte sedionzed waquim aja anap anb Pauls oss] ‘steiozed souofns sop ovSediomed v snuesed 9 xejnwNse B ‘soauopt “steal sozapod lod se1U09 op wa} Jopes|nf o ‘oWUeY IEG ‘ouOUpENuOD op oLQLINba ap auerodust 201" OWLOD ‘ouoreqosd owunfuo> op ovSnusuos eu 2 jenssaooid ovSejad ep o1UdWHIA -Joauasep ou zinf op wane ovSedioiued ap vigpr v wpquiE) aduEIqy “sa ~aed sup opepiant & opriiuuyt p15 ogu ‘eulapous op5daou09 opunsas “ou. -9upesiuos ousiugtiey 0 anb ‘oiueyod “wisiA ap 19psod aAzp 28 OPN «Sto anua apependisep ap sore) sonbjenb ap ovseu -funyja & Wod ‘osse201d op osIn9 © opor us OLAyTINba osL9pEpIoA soLTed sv onu9 JAey 9A9q “OPIZNpap O1aNp Op CTUBUITOSYUODaI OF SOLESSaI -2U Sojvy So svsISUOWp 2 sagzes SeMs IeULIIFe ap soua[eAINba saouLyS woo ‘vfs no ‘seuue ep apepied wiod ossooo1d ou as-seuasaide uses sod soja anb ap uy v ‘sauied sep oormguost ojuaurEyen 0 aque? 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O que nao se admite € 0 legislador ordinério opor Sbices 20 .esso a Justica.”* Nada impede, todavia, seja desconsiderada a regra da \ércia, por questdes de politica legislativa ou conveniéncia, permiti do-se ao juiz, em determinadas situagdes, dar inicio ao proceso sem provocaciio da parte. Essa conclusio nao pode ser aplicada ao processo penal, visto que sua iniciativa, por dispositivo constitucional, foi conferida com exclusi- vidade ao Ministério Publico (CF, art. 129, inc. 1). Nessa medida, im- possivel a concessao de tutela jurisdicional penal de oficio. De qualquer modo, também em face de regras infraconstitucionais, provocada a atividade jurisdicional, o provimento deve ater-se aos limi- tes da demanda, segundo determinam outras normas processuais € que correspondem ao chamado prinefpio da correlagio, da congruéncia ou da adstrigdo (CPC, arts. 128, 459 460). A luz desses dispositivos, portanto, esta o juiz objetivamente tado aos elementos da demanda deduzidos pelo autor na inicial. O pedi- do formulado e os motivos deduzidos pelo autor representam o ambito de atuagio do julgador. Nao pode ele conceder mais ou coisa diversa da pretendida, nem apresentar razoes diferentes daquelas apresentadas. Se Aliés, existem situagdes em que o juiz.atua de oficio, como na abertura de inventario (CPC, art. 989) e na conversio do pedido de concordata em faléncia (Decreto-lei 7. 661, de 21.06.1945, art. 162), ‘A constitucionalidade da clsustla compromisséria, mediante a qual os con- tratantes comprometem-se a submeter & arbitrage eventuais litfgios (art. 42), foi questionada no Supremo Tribunal Federal (SE 5.206-Espanha (AgRg), rel. Min, Sepiilveda Pertence). Embora ainda ndo conclutdo o jul- ‘gamento, pelos votos calhidos ji se conhece o resultado: a manifestagao de vontade da parte na cléusula compromiss6ria no momento da celebragao do contrato e a permissio dada ao juiz para que substitua a vontade da parte recalcitrante em firmar compromisso no ofendem o art. 5.°, XXXVI, da Constituigao Federal. Daf serem constitucionais 0 pardgrafo nico do art. 62; 0 art. 7° e seus pariigrafos; as novas redagdes atribufdas ao art. 267, VII, e art. 301, IX, do Cédigo de Processo Civil pelo art. 41, e 0 art. 42, (05 ELEMENTOS OBJETIVOS DA DEMANDA ALUZDOCONTRADITORIO. 25 © fizer, dar-se-d o fendmeno do julgamento ultra ou extra petita, o que pode implicar nulidade da sentenga.> ‘Tais regras decorrem diretamente do principio da demanda e da inércia da jurisdic4o. Na medida em que se admitisse ao juiz conceder 0 autor mais do que fora pedido, ou por razdes diversas das deduzidas na inicial, estar-se-ia possibilitando a tutela jurisdicional de oficio. Tudo oque excedesse os limites objetivos da demanda implicaria atuagao sem provocacao. Verifica-se, pois, a importancia da correta identificagio desses ele mentos, que constituem © material com que 0 julgador iré trabalhar, visando & concessio ou denegacao da tutela jurisdicional pleiteada. Além do mai: cessuais, como so eles fundamentais na solugao de questdes pro- julgada, litispendéncia, conexao e continéncia.* Os elementos objetivos da demanda sao a causa de pedir e o pe- dido. Caracteriza-los mediante a compreensio de seu contetido € fun- damental. 1.4 Identificagao da demanda: problemas No estudo do tema, depara-se com intimeras questoes. Discutem 08 processualistas se a causa de pedir deve set explicada tio-somente a pattir dos fatos deduzidos pelo autor ou se é relevante a caracterizagao juridica, Dessa divergéncia, nascem as teorias da substanciagio e da individuagao. 5 Em diversas oportunidades, 20 relatar recurso de apelagao, anulei sentenga porque no atendia a regra da correlacdo, com violagdo ao contradit6rio (Ap 818.0347, Jat, 1° TACSP, 12.*Cam., 06.02.2001, v.u.; Ap 927.001- 9, Sao Paulo, 1° TACSP, 12* Cam, j. 21.11.2000, v.u.; Ap 805.056-8, Cajuru, 1° TACSP, 12.* Cam. j.29.06.2000, v.ti; Ap 787.457-5, Sao Pau lo, L° TACSP, 12 Cam. j. 09.11.1999, v.u.; Ap 776.696-5, Tieté, 1° TACSP, 12." Cm., j. 1.°.06.1999, v.u.; Ap 764.479-3, Assis, 1.° TACSP, 12." CAm., j. 13.04.1999, v.u.). Mais recentemente, a declarar m dade apenas de um dos capitulos da decisao, porque concedida tutela nao pleiteada adequadamente (Ap 822.770-7, Sao Paulo, 1." TACSP, 12.*Cim.,, 4. 29.05.2001, v.u.). 0 “V_ meu Direito e processo... p. 85.LUT mou “76 “d ‘0s -sanoid 9 orang nau °A “epe8nf estos ep eatsnjsaud erogatyo ep omtadsas Wy szuvee dd “spuosod psnvo Vy “oony, 9 Zn ONPBOY 950f “FOI /EST “Ad “SOPMIS "UEWIAAT ID 1S7-6€2 “d “"tpuarad wsneo y “pony 9 21> oUDzOy, sof ap opsisodya vayjuew v oyadsal v “A “SaquasayIp Ipod ap sesme> 2p ‘owgisixa e opueuruiaiap ‘SosroAIp steroUass9 Some] ORS “oRideonsn wo OWUU ;PUN too wossad PUISALL PP JOA UO EProoyUOAS‘osMINy Oss2z0Id WHE“? 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Nao se tentaré resolvé-los, obviamente. Sao bem mais modestas as pretenses deste trabalho, mesmo porque o autor tem plena consciéncia de suas limitagdes. Pretende-se, todavia, sugerir alguns dados para reflexio. Observaciio quase desnecesséria, porque pertencente ao campo da obviedade, mas que infelizmente passa despercebida por muitos dos que abordam o tema da identificagao da demanda, € 0 intenso nexo existente entre matéria ¢ 0 direito material. Elementos da ago consistem em dados da relagao jut utilizados pelo processo para individuar a ago proposta. Utilissima a per- feita compreensao desses elementos, pois é a partir deles que sdo resolvi- dos varios dos problemas processuais, como a conexao, a continéncia, a litispendéncia e a coisa julgada. O critério para determinacao do objeto material do processo ¢ identificagao da demanda € fator fundamental para a soluco de questées atinentes a tais institutos.”? J4 no dit causa de pedir, pedido ¢ as partes prestavam-se para a individuacdo da eadem res. Hoje, muito embora a teoria da triplice identidade seja insu- ficiente para resolver todos os problemas decorrentes do confronto entre duas ou mais agdes, ndo se pode negar sua importincia. Diante dessas situagdes excepcionais, a teoria dos trés eadem, embora nao constitua cri- tério absoluto, deve ser aceita como “boa hipétese de trabalho" * A acd identifica-se pelas partes, pelas causa de pedir e pelo obje- to. Nessa andlise, deve o processualista, necessariamente, voltar os olhos para a relagdo substancial, pois € 14 que se encontram tais elementos. A causa petendi € representada pelo fato constitutivo do vinculo juri- dico, bem como o fato afirmado pelo autor que toma necesséria a interven- a0 jurisdicional. Tais fatos dao origem a uma relacio jurfdica de direito ‘material e a um direito que dela se origina. Tudo isso da ética do autor.” » Ch-José Rogério Cruze Tucci, A denominada situagdo substancial... p.271 » Cf. José Rogério Cruz e Tucci, A causa petendi.., p- 36. ©9 Cf. José Rogério Cruz e Tucci, op. ult. cit, p. 169. © Segundo afirma Milton Paulo Carvalho, sio “elementos da causa petendi o fato (causa remota) ¢ 0 fundamento juridico (causa prOxima). A causa re= ‘mota compreende tanto 0 fato constitutive do vinculo quanto ofato particu lar, ou se, © ato do r€u contrario ao direito afirmado pelo autor, que vem (0S ELEMENTOS OBJETIVOS DA DEMANDA A LUZ DOCONTRADITORIO. 29 ‘A causa de pedir € elemento essencial da ago, pois revela a cone- xiio entre 0 provimento jurisdicional pleiteado pelo autor e a pretensao por ele formulada. O provimento sera emitido em razio de uma situagao juridica material.” Todo esse exame, como se verifica, no pode ser feito sem os ele- mentos do direito material. Alias, a grande fonte de divergéncia doutri- nia, em sede de causa de pedir, diz respeito aos elementos necessérios agdo. E suficiente a deducao dos fatos constituti- ou se faz necessdria apenas a indicacao da relagao juridi- ca substancial? contetido minimo para identificacao da causa agendi seriam os fatos constitutivos da pretensdo do autor, ou seria a relagao ou estado juridicos por ele afirmados”” Temos, pois, as teorias da substan- ciagao e da individuagao." A adogio de uma ou outra vai depender da opsao pela regra da eventualidade.”? a constituiro interesse de agir. A causa préxima compde-se da relagHo jurt- dica que vincula autor e réu (chamemos de diteito constitutivo) mais o reito particular (dirtto singolo) invocado pelo autor como causador do efeito pretendido” (cf. Do pedido no processo civil, p. 94) © Cf. Milton Paulo de Carvalho, Do pedido... p. 77 Ct. Botetho de Mesquita, A causa petendi...p. 185. Informa, ainda, o ilus- tre professor que a principal critica sofrida pela teoria da substanciagio reside no fato de a construcio se afastar do direito material, esquecida a fungao do direito processual (op. cit. p. 187). Cf. Fazzalari, Note in rema, p. 118, para quem as doutrinas opostas estdo muito préximas, podendo ser consideradas como as duas faces da mesma realidade: “propugnare, infat, V'allegazione dei fatti costitutivi 0 qu del rapporto giuridico significa porsi, rispettivamente, dal punto di vista della fattspecie (sosta lo degli efferti che ne promanano, cio da due punt di vista perfettamente compatibili, anzi corrispondenti”. Milton Paulo de Carvalho, Do pedido... p. 81 € ss. afirma que 0 direito brasileiro se vale das duas teorias para determinar 0 contetido da causa de pedir. No mesmo sentido, Botelho de Mesquita, A causa petendi... p. 197 Para uma andlise da construgo de Fazzalari,v. José Rogério Cruz e Tucci ‘A denominada siuagdo substancial, passim. “A regra da eventualidade, impondo um sistema rigido de preclusdes, cons- titui, em sltima andlise, pressuposto da teoria da substanciaga0, ao exigira cexposigao simultinea, na petigdo inicial, dos fatos que fazem emergir a pretensio do demandante (causa petendi remota) e do enquadramento da situagao conereta, narrada in status assertionis, ou seja, A previsto abstrata,1B loo opunjuoo 9s ogy anb opSnisdo *[2199 no euIxoud sipd ap vsneo 'B euean8yquoo ‘apeprorpunt ens aiooap anb op “os!punf owvaureUap10 OU ‘epnuos erensqe ovsiaaid ¢ ‘stuonsasso smpis u epenieu ‘ey210U09 ovsem “1S ep ojwaurespenbua Q “soured sv asju> a1uaysixa eoxptinf-oongy oRSeau e 295-a49]u owas pad op vsneo ep ovSisodxe Ep “120n |, 2 Z143 o1N9B0Y 250 e1eq “(OI PioU 2 ZL “d “119 do) eorpuinf euusoU ep erensqe Laney OLSLIDSOp e sor21909 so1e} Sop oxSunsqns # woo e2iprunf oxSeausifenb eoyynuap! 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Além disso, outras razes, ligadas mais & técnica e desti- nadas a evitar contramarchas do proceso, também informam a regra da adstrigao, Preferivel, portanto, conservé-la, minimizando, todavia, as conse- quéncias decorrentes de sua nao observancia, em conformidade com os principios informativos do sistema das nulidades processuais. A correlacio, é preciso deixar claro, no pode ser considerada dog- ma inafastdvel. O proprio legislador admite, em casos especificos, se- jam ultrapassados os limites objetivos da demanda. O art. 461, § 4.°, do Cédigo de Processo Civil, permite a imposigao de multa diéria ao réu, independentemente de pedido. A sanciio pode também ser aplicada em sede executiva, ainda que omissa a sentenga. Possivel, também, a altera- do da multa anteriormente fixada (CPC, art. 644 e pardgrafo tinico). Hipétese mais evidente de julgamento ultra petita, expressamente admitido pelo sistema, 6, sem diivida, a tutela condenatoria ex officio, versando pensio alimenticia, em demanda com pedido exclusivamente declaratério de reconhecimento de paternidade (Lei 8.560, de 29.12.1992, art. 7.) Apesar de derrogada a propria regra da inércia, prevista no art. 2.° do Cédigo de Processo Civil, permanece integro o prinefpio do contra- dit6rio, cuja observancia € imprescindivel a legitimidade da tutela. Assim, acondenaco ao pagamento de alimentos, embora nao plei- teada na inicial, pode ser concedida desde que precedida de contradit6- rio e ampla defesa (CF, art. 5.°, inciso LV). Essa é a Unica conclusio possivel, sob pena de o dispo: questo configurar violagao ao devido processo constitucional. ivo em. Daf por que eventual transgressao as regras da correlaciio entre a demanda ¢ 0 provimento somente deve ser considerada como fator de nes sexuales por la época de la concepcién, pero se prueba, inclusive por propia confesién del demandado, la posesién notoria del estado de hijo por 1 tiempo exigido por la ley, no hay raz6n valida de ningtin tipo para negar la declaratoria con sustento que esa causal no se aleg6, porque ello significa El futuro del proceso civil, p. 462). (0S ELEMENTOS OBJETIVOS DA DEMANDA A LUZ DO CONTRADITORIO. 37 nulidade do proceso se impedir a realizacao plena do contraditério. Caso isso nao ocorra, a atipicidade do ato processual torna-se irrelevan- te, pois niio obsta a que 0s objetivos visados pela técnica sejam alcanga- dos, ainda que o ato nao corresponda ao modelo legal. Essa conclusao representa, em tiltima anélise, aplicagdo da regra da instrumentalidade das formas.” A sentenga ulira ou extra petita viola, sem diivida, a inércia da jurisdicao, pois naquilo que nao consta da demanda o juiz estara agindo de oficio. Ainda assim, trata-se de nulidade sandvel se, analisada 8 luz do principio do contradit6rio, nenhum prejuizo conereto for detectado, _No ambito do processo penal a inércia da jurisdigio € regra consti- tucional, pois somente 0 Ministério Piblico pode dar inicio a relagio processull Necessério verificar, portanto, se a consideracdo de fatos no des- critos na dentncia, mas debatidos pelas partes, gera sempre prejuizo para outros valores dignos de protec. Caso afirmativa a resposta, a nulidade sera insandvel, ainda que preservado 0 contradit6rio. Nesse caso, haverd violagao da inércia, regra constitu: processo penal, sem ofensa, todavia, ao contraditério. nal para o Penso que. solugao depende do exame da situago concreta. Como premissa para raciocinio, prevalece a regra da inexisténcia de nulidade sem prejuizo. Basta verificar, portanto, quais os valores que a regra da inércia visa a amparar. Caso tenham sido preservados, juntamente com ‘© contraditério, nao vislumbro razio plausivel para anulacao do proces- 50, 0 que somente interessa & parte que, nao tendo razdo, pretenda prote- Jar a solugao final, com fundamentos meramente formais, sem conteido relevante. Por fim, observa-se que as regras da adstrigdo ou da correlagio da sentenga ao pedido estao relacionadas fundamentalmente com a matéria fética. Isso porque a correta aplicacdo das normas juridicas é fungaio do juiz, que sequer esté vinculado ao direito invocado pelas partes. Cf., a respeito, Bedaque, Nulidade processual e instrumentalidade do pro- cesso, p. 33-36, Sobre a correta aplicagdo da regra iura novit curia, ef. Francisco Javier Ezquiaga Ganuzas, “ura novit curia” y aplicacién... p. 41 ess.40pedjaf op epepraissed & seonsa se ‘warsAs Cevss2apo op sajaul euraISIS op Seonisoroesea se aigog “1 d “(Jap o1d:5und) ovoM!ppesiu0; ‘o1{SoU0:) 3D, (56d “sora -ppung “jo) nf op omsjdso ou opuinyuy “owoue8jnf o sesedasd voytuais ‘onseurutcy ap ov5y opunas “zedionsed 3 “sordjouud sassop steuawepuny Soquawiout sop win imsto9 oedediansed e stod ‘esajop vjdure v 9 ouOUpER -uoo 0 23908 steuorominsuoo seiBa3 sep zny ¥ 21UoUN|eIDads9 ‘oRXa|Ja1 JOTEUL oar9uu ORSN|ouOD fey, ‘sued sop BIAgid ORSedionued Jonbjenb wias “o1D}40. 2p eploayuod 495 opod eorgnd wopuo ap wus eur sa0oid cuarsts op satasdigiut sop apeprutueun ead oss" o1uawpuaiud 9 “oups1u09 oY ‘owaddsou v vssoidxo opsiaaud ySIXOU! 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Deve ele desenvolver sua atividade de condutor do processo de forma ativa, buscando remover todos os obstaculos que se apresentarem a efetivida- de do contraditério. Exige-se a imparcialidade do julgador, mas rejeita- se sua indiferenga.* Nesta sede inclui-se o dever de estimular a plet via a respeito de qualquer questo, mesmo aquelas passiveis de exame de oficio, a fim de que as partes tenham real oportunidade de influir no julgamento.* Contraditério nada mais € do que o conjunto de atividades desen- volvidas pelos sujeitos do proceso, reveladoras da existéncia de didlo- g0 efetivo entre eles, visando a correta formagio do provimento jurisdi- cional. A participago das partes € fundamental para conferir legitimida- de a tutela, pois significa que a elas foi assegurado 0 poder de influir no convencimento do juiz. Qualquer decisdo judicial fundamentada em conviegdes decorrentes de elementos nao submetidos ao debate frustra a efetividade do contradi- t6rio, reduzindo injustificadamente o contetido da regra constitucional. Dafentender que o modelo processual constitucional, ao consagraro principio do contradit6rio, impede o juiz. de tomar qualquer deciso, sem ouviras partes a respeito de questdes a serem abordadas no provimento. ea evolugiio para 0 juiz participativo, com 0 objetivo de alcangar a efetivida- de da tutela jurisdicional, cf. Comoglio, Contraddittorio, p. 8-9. Cf. tb. J. A. Jolowicz, A reforma do processo civil inglés: uma derrogagio ao “adversary system”, em que so apontadas as recentes modificagdes realizadas no sis tema inglés, especialmente no tocante A ampliagio de poderes do juiz. ‘O juiz moderno compreende que s6 se Ihe exige imparcialidade no que diz respeito & oferta de iguais oportunidades as partes e recusa a estabelecer distingdes em razio das proprias pessoas ou reveladoras de preferéncias tolera, porém, a indiferenca” (Candido Range! Dinamarco, A instrumentalidade do proceso, p. 196). Sobre a necessidade de participagao efetiva do juiz no processo ¢ os varios aspectos que essa postura mais ativa envolve, v. Marinoni, Novas linhas..., p. 66-69. CE. Comoglio, Contraddittorio (principio del), p. 9. Ao interpretar regra andloga da Constituigdo italiana, Comoglio confere- Ihe significado imperativo para 0 juiz, “imponendogli di provocare, anche (OS ELEMENTOS OBJETIVOS DA DEMANDA ALUZDOCONTRADITORIO. 41 Alids, entre os Gbices a serem removidos pelo juiz, a fim de que © processo atinja 0 objetivo desejado, encontra-se exatamente o risco de que as partes nfo possam se desincumbir plenamente dos énus processuais.” Nessa medida, nao se concebe contraditério real e efetivo sem que as partes possam participar da formagao do convencimento do juiz, ‘mesmo tratando-se das questdes de ordem piiblica, cujo exame indepen- de de provocagio. O debate anterior & decisao € fundamental para con- ferir eficacia ao principio. Para tanto, deve ser abandonada a idéia de juiz. como mero arbitro, para transforma-lo em verdadeiro condutor dos rumos do processo, ga- rantindo as partes a adequagao do instrumento.® Toda essa preocupacio esta voltada a preservacao do contraditério real, ou seja, aquele em razo do qual o juiz tem o dever de proporcionar as partes condigdes de participacdo efetiva na elaboragao do julgamen- to, influindo no resultado. Essa conclusio se aplica inclusive as questdes de ordem publica, pois deve haver correspondéncia absoluta entre 0 ambito do didlogo desenvolvido entre os sujeitos do processo € 0 contetido da decisio fi iva, I'estensione del contraddittorio a tutte le questioni (preliminare o pregiudiziali di fatto o di drito), leq tecnicamente idonee a condizionare in misura decisiva I'esito del giudizio” (Commentario della Costivuzione, p. 24). Em outras palavras, deve o juz assegurar “la parita delle armi frai soggelti in lite” (Comoglio, Giurisdizione ¢ processo nel quadro... p. 1.071). Cf. Comoglio, Giurisdizione e processo nel quadto...p. 1.088. 0 contradi t6rio representa, em siltima andlise, a igualdade substancial das partes no processo, Embora tenha a mesma fungao do direito de agio — assegurar 0 pleno acesso a0 Poder Judiciério nao visa a produgio de efeitos externos. © escopo do contraditério € garantir internamente “a tutte le parti tun’ equivalente possibilta di incidire sulla formazione della decisione gis- risdizionale (senza riguardo quel che debba poi essere, in concret del giudizio)” (Comoglio, Ferri e Taruffo, Lezioni, p. 69) © Como bem observa Comogtio, “s"imponga definitivamente la concezione del giudice-garante (in luogo di quella, ormai superata, del giudice-arbi- a tutela de un'eguaglianza reale fra le parti in lite ed a presidio dell‘effetivta dei loro diritti processuali” (Contraddittorio, p. 26).Ibb-pcy “d son -priawa “eara1oy wS0qeE SO|ED PS0F “A ‘Sopo1 Jod “eur21 op ontedsa4 ¥ ‘9¢-1¢ “d “oysos0p pep wraipnfupiov211dv & ,.vuns sou vary, “SeznUED eBeINbzzI !91ALs O98! ‘tte, -J9 ‘OpHuias OWSOW ON (EpT “A ‘OLIOHPENUOD Op PHUEseD) ,.ose9 Op eS -sod vjdure seu 9 ‘omayiseiq [AID Ossaa0rg ap O81p9D op twists OW ‘and ‘opSejade vp oaninjoaap ortayo op apepipunyod wu tnbe as-e[e.f ‘osingar ov ojwauniaord se89u no sep vexed ‘yeungin ojed stoatosouso> sowwatuepuny so stenb 489 (epeusndury eypiew & 4 -Jonap 2 98) ovsuarxo vjad sopeurunarap sartuut] So aiduras sopenadsay jeunqun op vaniudoo apeprpunyosd ep woe os-evesy “vista ap owod onno ap opestjeue 19s apod waquier oAnnjorap o1tajo owsou O opSejadv vp Oxnnjoaap O11949 Op oKSUAIXE v 9 LIS ‘ourexaar vied oquejade ojad opexyy onquiy 0 sejodenxo epod ou Teunqun 0 wigquiva “(oop 2 6Sp '8ZI “SU “OdD) BIoUgMIBUOD no oBSela1 =309 vp o1dsoutud o woo apepmuniojtios tra “epueurap ep SOArTofgo sartULt| o°L 9P Zinf 0 anb wo eprpour eusou tN onrinjon -op 01249 oad sopidueiqe wenuosua as Ogu so[myded ster anb 3921p v2 -1duri anb o *[erored pias opSepade e “sassoiaqu snas e soupnuod jer>Ipne ‘ore op sopsadse osin991 Ou aInJou! ap Oxt9p awuefade o OSE} “Te101 F395 “opeorye 103 eSuaquas ep [OApUSNdus! opneitos.oopor ag ‘ppousnduy pyigiow vp o1aujoayuoo o poung “14 ov puaajosap opSmjadv y :{WAt3 088a201g AP O51p93 op ‘Indo “Ss {ue ou orsodsip o seq “sopuiayar atuoutessaidxa soe OBSefar WO aItOUL -08-of) yiou1020 ogSnjoaap v q -Fousndut opuorord stenb ‘staavsoney ap ops ayy anb eSuaiias ep sopmydes so anuap “seuruLIMOp a[9 & qed, “(unppjaddn wnnumnb wmnnjoazp wnjurt) aquejade oudoad 0 -B)s0 oyu] “epeudndur eUgIeU e jeuNqLN oF arfonap oRSefade Y 2. 2pepIpunyord 9 ovsuayxa :so|nBue stop tod o1st4 498 apod osinsas assap OnEpL OP aUIEXA O onb as-aqUS ovSejade ep oannjoaap o1se ov opeuorovjar pisa “eiougprudsuunf ep 2 euLnnop ep ovSuare epraop © oproaiau war ovtt anb “1273 ounus OpU oRSnjos ap eUH|qoxd ONE soe Japuare op wai ne: ovSvjade v 9 epucutap ep soanafqo somaura}9 SOL" Eb ORILIGVUINOD 0d 211 Y VaNVWad Va SOALLAIHO SOLNAWaTA SO -nsnf @ 2 oanp op ogdeoyide wiazioa 9 eanaye e opSnnsqo wo9 “oW!st>1u29) ‘opeoijdxo jew wn v sazaa se oputasas ‘oustimLomne 9 opssaudo ap oqUoUE -nnsur wa wopunpas 01409 s140u Dum vxBa1 ep oBSearide v 2 [eIDIpnl OYB10 ‘op apd 0 anb s1padut &“ossaoaid op oeSeziyess0mop ap enuese# eonugine ‘eanvodsiod essop onuap ‘opuny ou ‘9s-vwior [eIorpnt ofo[pip O “eSusne ep oxdeuistuupe eu cepepy9 op J ¥ sEnuWIp Ze5 gs “opesadsou! 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Wag “Te IAI ossa90¥d ON OGIaad a waza aa YSAVD ow44 CAUSA DE PEDIR & PEDIDO NO PROCESO CIVIL sivel. Todas as questdes suscitadas ¢ discutidas no processo, todos os fundamentos da demanda e da defesa, ainda que o juiz nao os tenha examinado, serdo devolvidos para exame em 2.° grau (CPC, art. 515, §§ 17 e 2.) Também se entende que, embora nao suscitadas no jufzo de ori- gem, pode o tribunal decidir em conformidade com fundamentagao cujo conhecimento nao depende de provocacao. Sao aquelas matérias que 0 julgador pode examinar de oficio, a respeito das quais nao se verifica preclusao (CPC, art. 267, § 3.°).” Se quisermos tragar um paralelo, a extensio do efeito devolutivo refere-se a0 pedido formulado na apelagdo; ja a profundidade diz respei- to aos fundamentos do recurso. Nessa medida, se a sentenga acolher apenas um dos trés pedidos ¢ © autor apelar tio-somente quanto a um dos dois nio atendidos, aquele iio impugnado esta definitivamente rejeitado. Em relagao.a ele nao havera devolugao, sendo inadmissfvel seu exame em sede recursal Agora, se 0 autor ¢ 0 réu deduziram varios fundamentos para 0 pedido ou a defesa e 0 juiz acolher apenas um para julgar procedente ou improcedente, a apelagao de qualquer deles devolverd ao tribunal toda a matéria suscitada em 1.° grau. Exemplificando: o autor pretende a declaragao de nulidade de cer- tidio da divida ativa, porque constitufda irregularmente e por inconstitu- cionalidade do tributo. Acolhida a pretensao pelo primeiro fundamento, a apelagio do réu permite ao tribunal o exame do segundo, Da mesma forma, se o réu apresentar defesa de mérito, fundada em nulidade da obrigacao e pagamento, caso o juiz entenda demonstrado © V. José Carlos Barbosa Moreira, Comentérios.... p. 439; Ap 871.177-7, a0 Paulo, 1.° TACSP, 12." Cam.,j. 15.03.2001, v.u.; Ag no A 197.577- GO, STI,4"T.,rel. Min, Salvio de Figueiredo Teixeira, DJU de 05.06.2000; Agravos de Instrumento 965.451-3, Bauru, 1.” TACSP, 12." Cam, j 24.10.2000, v.u.;904.155-4, Mirassol, 1. TACSP, 12.*Cam.,j. 15.02.2000, va; 877.728-8, Santos, 1. TACSP, 12.” Cam.,j. 19.10.1999, v.u.; 699.909- 3-SP, 1" TACSP, 1" Cim., rel. Juiz Joao Carlos Garcia, j. 16.09.1996, v.u.; REsp 175.432-CE, STI, 5." T., rel. Min. Gilson Dipp, DJU de 03.11.1998, p. 191; AI 58.183-4, Pod, TISP, 5." Cam. Dir. Priv., rel. Des. Silveira Netto, j. 26.03.1998, m.v. (0S ELEMENTOS OBIETIVOS DA DEMANDA ALUZDO CONTRADITORIO. 45 este tiltimo, sem qualquer referéncia ao vicio do ato, nada obsta seja ele reconhecido em grau de recurso. Nesse caso, serd negado provimento a0 apelo do autor, por fundamento diverso. Dai a desnecessidade de a parte vencedora apelar, para ver exami- nado fundamento sobre o qual o juiz.se omitiu. A profundidade do efeito devolutivo da apelacio do vencido € suficiente para provocar ampla atividade cognitiva do tribunal sobre as questées debatidas em 1.* ins- tancia Até aqui, nada de mais. As consideragies feitas sao relativamente pacificas. Existe, é verdade, 0 problema da prescricdo € da decadéncia, que constituem defesas de mérito. Eventual apelagao contra sentenga que as acolher nem sempre proporcionaré a devolugao das demais ques- es deduzidas pelo réu, se em relacao a elas for necessério o desenvol- vimento de atividade probatéria ainda nao realizada, Nesses casos, afastada a decadéncia ou a prescrigio, outra alterna- tiva nao ha, sendo o retomo dos autos & origem, para que todo 0 conted- do de mérito seja suficientemente debatido.” © Por isso, na Ap 814.793-5, de Sorocaba, relatada pelo eminente Jui Oliveira, proferio seguinte voto vencido: Ouso discordar em parte da ilus- trada maioria, pois, afastada a prescrigao, inexiste Sbice ao julgamento das demais quesibes de mérito A controvérsia no €fética, tanto que as proprias partes pl mento antecipado, por nfo terem mais provas a produzir (fs. 378, 386 © 398 v). [Na medida em que a questio é de direito, toda a matéria de méritojé foi ap viouauiogo v anb eisqo wpeU ‘ness ,"| W19 PpEHOSNs opU PIOqUID “OSSt Jog ‘opipad 0 syuopadoadunt se8|nf a v|-gaaquooas jounqis 0 eLapod ‘vorprinf asai e opesoaut atueyade v assann ou onb epute “epipatu essay, (6rd “A “TOA “asuas0d “pag "1D 8520014 2p 081 09 "esID10W BSOQleG SOLE 9s0f ‘SoJeABpIOM 9 STG "HE “AD “J9) eoIPUNL bupIeW B epOr *o uur syenb se 21ND 'O1DYO 9p stoxpurus 2x9 Sagisonb sv 281 ade ep OArinjoxap o1949 op apeprpunjoud y “e1Aepor ‘eplznpap opu “vsajap ap eu ieus a “opejode op od uo oUMJ0} Ose9 ap wIDUDLIODO [eMUDA: oupupenuos se 2PEIUOA ap O19} 10d apeprtiqenue ens opuesian epuEUT -ap wea “einjosqr out 4od ‘ovento9 ouIsauL assa ojnu JeIeII9p. apod ovu sepy “nar ojad opesoaut vfas ort ojwausepuny [ey anb epute “sor uejenuoo Sop umn ap enjosqe apeploedeout ap e1ougysixa v reIqUIN|SIA zinf © as ‘oyenuos wa opepuny opipad ap oRStefa1 v aasssod “ain op eaners -jur 10d opSerjdure euoduios ogu visa “epuewiop ep soariafqo sarnusty so wraresSoqur ogu 2s ‘opsuaiaid eumn ap ojwaunnyjooe ap owaya ered se[-prap suOD [aAjssTupeUs “sOpeB{nf ojad o19}J0 ap seproayuod Jas wessod ‘ser -nyosqe sopeprynu outoo ‘eorqnd uropio ap sagisanb ayuersqo OBN, Ly ORIQLIaYAINOD 04 2:11 Y VANVWG Va SOAILAIMO SOLNAWATI SO op wrouyatosqo ap apepissagau e “eiaepor “opuEy|essou “vo Ola]JO ap laurWeXa ‘o[Ned OBS AP *6-Z67'76 “dV B sHIE| ‘Wa '5661'3001 {UBD ¥ ZI “ASOVE. «Tt “edny,‘9-B66-0E9 dy Sa ‘B66T'€071 tT “dS ‘L-9L7'6S9 dW “1¢ °d ‘19 'T TOA ‘as tyalog a1o 088. SoLspmanie? \are4 E102}3BY 05129 ID *r661"0'90 { “WED vy ‘ASOVE «1 “eavs010g “6-BTT'FZS dy WA “L661°20°8I yoruer “doa -wieg -Z1 ASV. “dS '7-369'¢99 dV “¥CI-EET 4 E66I “La TNa19 ossoooad ow ypuaiad wsnea Y “IBOM], 9 2043 OUPEOY 950F ‘J yp) '$661'20'72O T “WED 6 ZI “ASOWL oT “dS-S ~2zs'0Es dy ‘666 1°S0 11 FWD LTT ASOV.L 6 | Pameseay “p-6rl Las dv $6661'80°01 f "WED ZT “ASOVL «I 'dS-9-9ES OF9dY “WA "L661 9071 f Mug <'Z1 ‘ASOVE «I '48-8°829'604 dV 8 “oor 1eL “f “IK, WED ¢ZI “SOV oT “dS-9-E6E FL AV EA ‘S66 T POST TWH ZI “aSOVA «1 “Omopagag ‘¢-g98'869 dy ‘631 “d ‘Ly “po 'E “Dduazua8 vp Sopoplyiny “analy epnasy es9i9L ‘OL1 “A “Z66I “SiQEE ‘Ia12 o8s0204d 0 opipad og “oulease> ap O[ned UOT" “A 09h 2 6SP'SZT "SUED IO uw CaWH “0007-2161 *F*ENIANO USMOS 21NF “194 "WED ¥ZT “aSOVAL 61 “eqwo040g “-£6L'P18 dy) apes eysoU oiuoWEa|nf op opseML ‘NUa9 E[aa}sseq “wSua1U2s ep oBSEInUE ap “oIUELIOd “apepIss92.U OFA OBN (LPL “14 “po *€ “opesaie> ps!D 0852204 2p OB1p2 ‘AION apespuy ap eutye esoy 2 -4f AON UosIaN ‘p61 ‘over “AAeYSN “weLUKANT ‘oun oauug 2p “onnapsoag 019 ossa204d 0 21g0s SopMI] 2 COU SANOULD anf up ie ov ‘osst 10g, sc orouffo x9 autexa ap stansssed sejonbep vfas onpur op eugreur e onb wpuye “epeioyjeut sooueutiad ogsnjaU09 [e , ie PSUDIUDS UP SoU] SO WIO1I0Dp Tenb op “(z9z 2 Z “sue ‘d>) epueutep ep o1djound oudoid o eora ojuowes|nf 0 ‘oAoU owwoUTepuny Operoaide as ‘ast{pUE CUNT wy ‘ep onadsou & seysaytuea as ap apeptuntiodo ana rnbas eupntos aired 8 as aiuawijediounid ‘ogsisap ep apeplnu e128 apepueindau vssg «c b1ougnuduoo ep no oRSunspe vp vigor e owSe[otn tod “jeio"paf oueutersunuord op apepyinu vatidumt anb o ‘neal, wo pinad parxa owwaure Sn! eLIaAeY “UIISSe aS50J OLN ‘epuewiep ep oanafqo arturo opeadsaz ss aAap “TeIOTE opsuaiaid p azajat as anb ou ‘seus ‘ejdure 9 o1taya assap apepipunjosd Vy ‘opSeaoul Janbyenb yaayssnupeus opuas ‘yeIoIU! eu eprznpap zipad ap ws -neo v aBueiqe os oesejade ep apeprannjoaap e ‘opour ranbenb aq AIAIO OssaD04d ON OIA a HI jaa ysnvo ov48 CAUSA DE PEDIR E PEDIDO NO PROCESSO CIVIL Allis, nesse caso 0 julgamento seria extra petita nao s6 porque examinado causa de pedir diversa daquela deduzida na inicial, mas tam- bém em razio de ser diferente 0 pedido formulado. Mas no € esse o problema mais sério com que se depara no tema da profundidade do efeito devolutivo da apelagdo, pode o tribunal até mesmo conhecer de matéria nao suscitada em 1.° grau, desde que se trate daquelas passiveis de exame ex officio, como pressu- postos processuais e condicdes da agao. Considerada hipétese de sucumbéncia recfproca, em que apenas 0 autor apela, os capitulos da sentenca ale favordveis e nao atacados pelo réu nao integram a extensdo do efeito devolutivo, Nessa medida, a parcela da sentenga em que foram aten: pretenses do autor nao pode ser analisada pelo tribunal, pois a apelagio interposta nao a abrange (CPC, art. 515, capt). ‘Mas, 8 luz da profundidade cognitiva admissivel, nada obsta o re~ conhecimento, em sede recursal, da caréncia da agao. E matéria de or- dem piiblica, cujo exame pode ser feito de oficio, ainda que a respeito nao exista discussao em 1.° grau Indaga-se aqui: qual o alcance dessa caréncia? Fica restrita a0 que foi devolvido por forga da extensio ou atinge matéria estranha a esse Ambito exatamente aquela parte da sentenga favordvel ao autor-apelante? Considerado nao $6 0 disposto no art. 515, caput, mas também o pro- prio principio da demanda, segundo 0 qual a atividade jurisdicional s6 atua ‘mediante provocacao e nos limites estabelecidos pela parte, a resposta sera afirmativa. Em reforgo a esta conclusio, pode ser invocada, ainda, a imuta- bilidade do capitulo da sentenga nao abrangido pelo recurso do autor, ow seja, a coisa julgada material, além da proibigdo da reformatio in pejus. Por tais razées, a profundidade do efeito devolutivo da apelagao ou efeito translativo desse recurso nao alcanga capitulo da sentenga nio abrangido pela extensao dele. Esta solugtio deve ser adotada em qualquer hipétese de matéria, cujo exame no recurso se der por forca da profundidade do efeito devo- lutivo, embora possam ser criadas situagdes aparentemente paradoxais. Se o recurso parcial interposto pelo autor levar ao reconhecimento de nulidade processual insanavel (incompeténcia absoluta, por exemplo), 0 (0S ELEMENTOS OBJETIVOS DA DEMANDA A LUZ DOCONTRADITORIO. 49 tulo da sentenga a ele favordvel e nao impugnado pelo réu ficaria inc6lume. Nao seria afetado pela anulacao do processo. A luz das premissas estabelecidas, portanto, a parte ndo abrangida pela extensio do efeito devolutivo da apelago do autor, ausente recurso do réu, estaria imune ao julgamento realizado em 2.° grau. Reflexiio idéntica pode ser estendida as situagdes de litisconsércio, em que apenas um deles recorre. Eventual caréncia do litisconsorte au- tor ou anulagio do processo nao pode atingir a situaedo do co-autor que nao apelou. Acolhida sua pretensio, somente apelagdo do réu tem o condao de devolver a matéria ao tribunal. O recurso do litisconsorte, se considerada a extensio do efeito devolutivo a ele inerente, n&io abrange capitulo da sentenga favoravel ao outro. Ressalve-se apenas o litiscons6rcio unitério, em que 0 resultado do proceso deve ser igual para todos os litisconsortes (CPC, art. 509), 0 que significa deva ser uniforme a disciplina da situagao jurfdico-mate- rial. Dai decorre a necessidade de assegurar a participacdo no procedi- mento recursal ao litisconsorte que ndo recorreu.* A mesma conclusio deve ser aplicada a hipétese de nulidade da sentenga citra petita. Aqui, violado 0 principio da correlagaio (CPC, art 128 e 460), pode o autor apelar, visando ao reconhecimento desse Provido 0 recurso, nao parece aconsethavel, nem admissivel, a anulacao do julgamento, desconstituindo a parte valida, na qual fora concedida a0 autor parcela do pedido. Esse capitulo nao foi objeto de impugnagio, verificando-se 0 fendmeno da coisa julgada. Restaria ao tribunal determinar novo julgamento no jufzo a quo, mas apenas em relago ao pedido ainda ndo examinado naquela sede. © Como bem observa Barbosa Moreira: “Nao se pode mexer naquilo que no foi objeto do recurso, ainda que isso conduza a situagdes de contradica0 légica. Se nio houve recurso contra uma parte da sentenca, mas verificou- se que faltava um requisito de validade do processo (pot exemplo: 0 Minis- {rio Piblico nao foi chamado a intervir quando o caso era de obrigatoria jervengo), nem por isso se est autorizado a anular a parte da sentenga da qual nao houve recurso. Essa jé transitou em julgado, € 56 com agio resci- sora € possivel atingi-la” (Correlagio entre 0 pedido e a sentenga, RePro 83/214-215), © Cf. Barbosa Moreira, Comentarios... p. 375 € s8.; Candido Dinamarco, Litisconsércio, p. 151 € s.SL Otay *,d2IsKs KuesiO9pe,, for opSeZouop wun :s9{Zuy |] ossao0ud op eULNOJaI Y “V “f “ZOIMOTOL 0661 ‘PURUSIANIUA asuDIO : oINeg CBS 1p2°Z yonssoa0ud ontanp op spiouapuar spaoy “WwUsB>|{9q YP AT AONTYD ‘0002 "PAON x07] [PLONP : pHOPEHBA “oyDazap jap 1012 pnt provid & und naou vuny,, “eBeinbry JotAef OOsIoueLI “SVZANVO TI 104 "886 ‘oysoSy-(ajenssacoid onuip 9 9{e19U98 e0A1) BIN DUOIZY ALLA : outsoy “7019 suo;rag oyousioatad oudiosp 2112p [RaW TWZZva ‘9661 suaed : 2s701¥ onog ovSouusof 2 opssaudxo ap 2poptaqi » ,nsi9n, wad. 92 vpoatid pia v “2popiunur v “pawoy y sosasip 2p ops122 2p Eid194 WOS|'PALSVTAVA $861 ‘LY: o1ned OBS -oIaesuo9srT 119 1'SI04 SONDRA: Ofna OBg "Pa ¢ “ows2poU AID os52201d op somuauopunNs Sonaufep | Ofned OBS "11419 jonssa20ud on2up ap seoSmsY ‘SonoyTPW : ole ogg “po “g -oss9201d op apoprprounusur y |>8uey OpIpueD ‘OOUVINWNIG. 6861 “OUNINWY IT -24Nmpasnn auo!22] — apra19 oREUSME 7 ‘YR6I "py "U "WEPED : BAOPEd “KIXXX 210552204 ouiig tp vistary “sjeassadoud wsmynd 9 BUOIZMNSOD LWO|eA “OUONEA "LINAC. “£661 “TH! “one ots 2p sopeoapy sop oRSeisossy ‘Op oppSoapy op visiaay “ovSeIoUEISGnS ep tii02) epeurtuousp ep oysodnssaid ow1o9 apepyyemuda ep esas y ‘2661 “ZaP~INO “ZB-1LZ/B9 Me 7Y "UEIEZTEI IP qo bu ossavoud op o1a{qo oud joz2uDisqns op5onn1s epeuROUDP y C661 LA oyneg 08g “1419 ossazaid ou spusrad estes y -O1NPFOY POL TOOALT ZA ‘9161 “ewedoa : sour oping “f OpseNPA"AAALNOD 3661 “UNlI4 “06 42 (omoyyuos v japour) ,,ossa201d orsniB,, 9 a7euoIZMNSOD arzuEIED 9861 PoIpuunig eipadojoroug vII9p AX SwIN[oA [ep ONENSD “s>9pNID ‘0L61 “uIepaD + eaopeg ‘219 ossa90ud j) pa au0rzD, 2p 21Duo!RNNIs00 DIEUDADS YY 1861 “Heyes, IOOIN : PUROJOg “RoR D IP END “suOIRMISOD D]jop OLsDIUaHUAIED souong "po ¢- 412 Josa20ud oysorap op S01 TS. 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Sao Paulo werme. Novas linhas do processo ci ‘Sao Paulo : Matheiros, 1996. MONIZ DE ARAGAO, Egas Dirceu. Conexio © ed. reve ampl. ios do processo civil na Ce So Paulo : RT, 1992. OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro de. Garantia do contradit6rio. Garantias por José Rogé- PARRA QUIANO, J: | futuro del proceso civil. Conferéncia apresentada nas XV Jornadas Iberoamericanas de Direito Processual, em Bogoté, Co- Témbia, de 10 a 14.09.1996, e publicads pelo Instituto Colombiano de jonale dell’azione. Digesto delle ‘Torino : UTET, 1992. vol. Vill le. Napoli: Jovene, PROTO PISANI, 1994, RODRIGUES, Hordcio Wanderlei. Acesso a justiga no di jeiro. S40 Paulo : Académica, 1994. SIQUEIRA, Cleanto Guimaraes. A defesa no processo civil. Belo Horizonte Del Rey, 1995, TEIXEIRA DE SOUZA, Miguel. Aspectos do novo processo civil portugués. RePro 86, abr./jun. ndrea. Lezioni di diritto processuale ci processual bra 2 SISTEMAS RIGIDOS E FLEX{VEIS: A QUESTAO DA ESTABILIZACAO DA DEMANDA JUNIOR ALEXANDRE MOREIRA PINTO ‘Mestre pela Faculdade de Direito da USP. “Advogado SUMARIO: 2.1 Consideragbes introdut6rias - 2.2 A estabilizacio da demanda ~ 2.3 Nogio de estrutura processual rigida: 2.3.1 Os prazos processuais; 2.3.2 A preclusio; 2.3.3 A regra da eventualidade ~ 2.4 Modelos processuais rigidos e lexiveis: 2.4.1 Paises socialists; 2.4.2 Segue: processo inglés; 2.4.3 Segue: o processoalemiioe outros: 2.4.4 © pprocesso italiano: 2.4.4.1 O Cadigo de 1865; 2.4.42 O Cédigo de ‘43 A novella de 1950; 2.4.4.4 A reforma de 1990; 24.5 A, brasileiro ~2.5 A imutabilidade da demanda e seus jos informadores: 2.5.1 A busca da verdade real como fim do o do contraditéro e a estrutura da processo 21 Consideragées introdutérias A questio da estabilizagao da demanda guarda estreito relaciona- a maior ou menor rigidez de um procedimento. ment Um modelo processual rigido presume a existéncia de um processo se desenvolvendo por intermédio de fases ordenadas, distintas © vi das a fins especificos, havendo um momento em que a demanda estard estabilizada, ou seja, os temas objetos de decisdo nao mais poderaio ser= sale = Ee eo oo. .- eT oa ee eet ee ee ee “ress i! - . =_: aoe sae aenat curr — ' vais nea= os bs - - = — — = er ee DoE amy oper ares ea A et ye Tae ee ere oa eee

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