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——— Terry Orlick E:ZeWAM TENTAT VAS | PARA SAR... ee ed Vencendo a competi¢ao | & ~ Cotho usar a cooperagio | Preficio de Sidney G Insanidade comp: | | Alternativas de cooperasto | | OVMENTDS DESESDERADOS DOS BREGOS PARA VOAR. (1 (recmvmtoy encamania’ | | : " eae | wcomgio e cevrtthon- |} | Ann Weahe by 1 | cfreuze no LivRe ‘Compose, imprssa ¢ enexdeenado peo CGirelo do birto S.8 24681097531 Be 9B 210 in Books Ld indice Paerécto r ‘A NECESIDADE DE UMA ALTERNATIVA scssuessnssnnian 9 Qualidade de vida Bor que se incomod: | APTO PARA COOPERAR : . 16 Selvagens primitivos Sobrevivéncia do mais apto Um chamado i cooperagie: 0 condicionamento para a competigao Superioridade cooperativa Gosto de voc# quando cooperamos 33 O gue & realiza Um belo povo estd morrendo A China do pove Visdes da China As eriangas na China A secializagio na China Jogos e exporees na Reptblies Popular da ‘A'alda du Chive continental APTO PARA DESTRUTR © que hé na televisio Sio os esportes um cat harmonia? A violéncia entre os torcedores A violéncia entre os jogadores ho nobre para s paz ea 0 QUE VOCE QUER DIZEK COM AGRESSKO, COMPETIGRO E DESUMANIZAGAO? isacetenaielareenn (© que € desumanizador na agressto? Mat o que é competigao? 76 DE DESTRUIR veronnsnnonenennvnenennrnnsninn Encanto ou desencanto Produsio e lazer 87 ESTRUTURAS DOS JOGOS COOPERATINOS vw © porencial dos jogos cooperativos Estruturas ¢ eatruturas alternativas © [ovo para a mudansa No inicio JOGOS COOPERATIVOS CONTEMTORANPOS svn 123 “jogos cooperatives sein perdedores Jogos de resultado coletivo Jogos de inversio Jogos semicooperativos Aceitagio dos jogos cooperatives © Lupacto Bos JOGOS CooPERATIVOS 138 Cooperagio no jardim-de-inf Meios alternatives de cooperagio no m-deinfancia ido de caso JOGOS COOPERATIVDS nan Onde estio todos os pioneiros Outras idsies cooperativas 168 0 JoGos 00s POvOs Pnt Os jogos do norte reav JGO SOBRE A COOPERAGAO sosesesnmnemnensnnsennenes 18D OES ae ogos cooperatives ensinados pelos companhcir parte do métedo do jogo sos 189 FIA O AUTOR E SUA OBRA .. cis ‘ Prefacio A enorme bnfase que se dé competigao durante as fasts de desenvolvimento das criancas e dos adolescentes € wma questi de srande preocupagan pare pais conscientes, profesores, tremnadores ‘sportivnse petrocinadores de associasdes ports locas nacio- ‘profisionais do setor dos servicos de entretenimento ¢ outros aque extejam envolvidor no eresimento e na criacéo sadia dos jovens. ‘A tondincia a incuti 0 espirito competitivo nos meninos e nas moninas tarnowse uma grande preocupagio para os médicos, pi: logos ¢ priquiacras, Cade vee mais eles estéo send convocsdos «lidar com os efeitos perniciosos da incensivu corpetigdo entre os ual conscientizagio da natureza critica do problema le 1ow0 eforgo de reavaliacao dos fatoresencolvidos, pro- ‘porcionanndo « criasio de alternativas que aienuem os efeitos necivos dda excesina competi¢zo nas criancas e nos adolescents. Ode, Tenry Onlick & sam des principais defensores da desenfa leugio do espiito competitivn, No su inva Vencendo a tigio (Wiring chrough Cooperation), le recomenda alternativas ddeconperagio pare msanidade competitiva nos dia de hoje Se estudes de ouras culeras ede cuburas mas primitivus leona 10a conclair que a vorapetitividade no é instintioe {ator necestrio para a obsengao do suceso, Pelo con Onlice sponta a competitividade como destruidora cos valores so ciais esonciais e pre 0 loro O sucesso pela conperacio jomec ‘para a compreensio do problema da comipetiividade jn belece rms estudo interessante e bem documentado dos problemas oferecealternativa: bastante ravodveis e ecetaveis Pais profisionaiseestudantes achario ee inva musta tail na conscientizagio da questo de competicao, wna vez gre ee trata ade ranges, programas e estudos. O dr, Orlick acrescenta ese Horo 4 sua lista de publicastes re Laciradas a juoentudee a jogos que enzolver: competicto, fora dose para trazer racionalidade e sanidade ao lidar com o proble- ama da competitividade, antes que esta figue completamente fora ae contre, Sidney G_ Lauzain Conjerencista Emérito DEPARTAMENTO DE ESTUDOS DO LAZER Universidade de Maryland Associagio N. Recreago & Parques dade do homem com o préprio homem. Quase dariamente ve A necessidade de uma alternativa idade de vida Na noite passeda assisti ao notici nirio — apenss outro aientado contra a vida essoas amarradas, sero impiedosamente bel utr série de bombas explodindo e abrindo ei rhe para a destruigio da bumanidade, Os lugares mudam, mas © nome do jogo continus 0 mesmo. As noticias didcias sio exposiges aterradoras da desumani- mos querras, bombardeios, seqiiestros, raptos, matargat, asaltos, estupros ¢ intimeros auitzos exemplos de co- no 0 homem explora cruelmente seus semelhantes Estimase que 59 milhe: de seres humanos foram mortos «gm gucrras ou por crimes generalizados, entre 1890 ¢ 1948. Isso & quase w2s vezes toda a populigio do Canadé. No mundo telro, gastase anualmence 7 369 délares para treinar ¢ equipar m soldido, mas somente 200 délares sf0 aplicedos aa edacx- Glo de uma crianga. O equivalente a 15 toneladas de TNT existe para cada homem, mulher e criangs. Criamos armas destrut: que confunder 2 imagi vas nucleares, bombas napalm, gés paralisante, rais laser letzis ¢ verenos especiais nic detectdve's. Ao mesino tempo em ue vultosis quantias sio desigadas para pesnuisa militar, muito pouc dino ov forgo é investido na pesquisa p: ‘Nos Estados Unidos, ocorre um crime violento a cada 48 segundos. Na cidade de Baltimors uma em cada quarents pe lento, todas os anos. De acardo 9 do normal de vida. Desde 1970 tem ocorrido um répido cres- cimento no mimero de estupros, seguidos de eas char ces de uma mulher, em Los Angeles, ser estuprada & mais do jue uma em dez, As ranas de crimes comets ¢ 4M anos, e contra as mulheres, su anos reeentes, Entze 1963 ¢ 1974 o nimero de assassinatos no Canadé aumencon cinco ve rapidamente do que a po- pulagio, a incidéncia de assaleos e estupros, der vezes mais. Alm disso, a grande quantidade de crimes fiaanceiros pratica- dlos pelos chamados ‘‘solarinkos brancos", em que as pessoas so enganadas e trapaceadas, geralmente nto descoberta ou é ora _Felizmneate exis as que ocorrem regularmente, no que, & vezes, parece ser uma selva impiedose. O homem mostra sua eapacida de de ser ama criatura afetuosa, amorosa ¢ compassiva, apesar de ter sido ctiado numa cultura altamente industrilizadi e com P ds conhece exemplos dentro das nosas propria experitncias, Existem iniimeras Justragées que demons trama calorosa hospitilidade ea afivel considerasao do homert eate em tempos de afl incontiveis sacrificios pessoals entre aqueles essa grande capacidede de cooperagio ¢ com que deve ser culrivada ao invés de mais realizado ¢ lucraria 1105 adolescentes de 10 sm dramaticamente nos se pudesse se ade da nossa vida pode ser enriquecid por pessoas uosts € generosas, como da mesma forma pode ser ue s20 cruéis e Frias. Os outros po nossa felicidade on infelicidade. So as pes amos em contato diariamente no trabalho, ante as férias, em qualquer lugar, a qual ‘A felicidade ¢ 0 bemestar estio tio intimamente relaciona: que 0: outros fxzem, ou nto frzem, que néo pode. preocupar apenas conosco. E de nosso proprio os, atencioses « cooperatives. Pense 110 que © ce bem, ser aceito, apreciado por outras pes mples gesto de amizade, um ou dois elogios, uma spontinea de bondade, uma preocupagéo sincera ex- pressada em relapi0 a voed, Nab é maravilhoso quando slguém se desliga dos seus interesses part ajudar vocé ou para faué-lo senttirse acrito, sem esperar Gualquer recompensa? Pense em co- mo seria bela a vida se a cada dia 0 mimero de atos de bondade aumentasse mil vezese o de atos maldosos diminuisse mil vezes Imagine 0 que seria, mesmo por um s6 momento, se tados com quem woe entrasse em contsto durante o dia fossem agra diveis, honestos © preceupados com os seus interesses. Pe em como seria se voct pudesse actediear sempr ticos owas autoridades dissesse competitive, ¢ a vida nio valerd a pena ser A corrupeao ea distorcao dos valores humanos existe em todos 0s niveis, em todos os dominios — negocios ¢ nos esportes, A ética compe Se Cio interisa que esté ameagando destruir nossa sociedad. Mie ae de R Ihdes de pequenos Waterggtes acontecem todos os dias em no- ime da necessidade de veneer. O mais erégico que as vitdrias de Watergate, do Vietnam, etc, representam perdas muito graves para a sociedade, Quan- do um grande niimero de pessoas se tornam fraudul Yentes exploradoras, todos nds somes afetados, Se nio ramente, com certezs 0 seremes no que concerne d qualidade de vida e paz mental, Quando as decisSes importantes de uma Sociedule sio basexdes 0 lucro material, em vez de no lucro Ge carste: humanitirio, ado 6de surpreender que estejamos nos fascando dos valores humanos. No podemos nem mesmo es perar ama qualidade de vida decente no futaro se esse tendén- ia nio for revertida Pssei a metade da miaha vida nos Estados Unidos ¢ a ow tra metade, no Canada. Observei um sério declinio de muitos dos noss0s valores ¢ ideais mais preciosos nos Estados Unidos ego comerardo ave of memos valores destiarem 20 Cx Tronicamente, tenslo da prépri s pessoas est2o sendo destrufdas por ums ex- competitiva, Flas conhecem o jogo de fotebol, 0 jogo da polities, 6 jogo da vita. Vencer por qualquer ". O endosso geral desse principio motiva os atos de nosso tempo, Assissinos, terroristas, guerti= ros ¢ fomentadores de guersas nfo sko Jonoos, simplesmente craram como certo, com toda a conviegio, o lems “veneer qualquer custo” joria dos nostos valores esto em declinio posque as -as ou macerias pe- fara.0 ma que adultera, oterrorista que mata, todos téni algo. ganhar de ime- disco. Geralmente 4 custas de outras pessoas. ‘Talvez nio devéssemos mais perguntar que tipo de ambiente cath produzindo um senso de valores tio distorcido, mas vex disso, pergantar que tipo de ambiente poderia corri antes que figuem definitivamente pervertidos. Cada vex que acontéce truigio humana e para a corrupsdo € fortalecido, ou que au menta & incidéncia de crimes violentos (0 que acomece disriamente, sinto-me mais obrigado e mais comprometido a fazer algums coise Simplesmente prender ou matar 0s culpados depois da ocor- réncia do ato nio resolverd nossos problemas. Einposs'vel por B yuma acrocidade, cada ver que 0 potencial para a des liciar todos e tudo na sociedade. Poreanto, devemos erabalhar o,é especialmente relevante para nossa socied: para mudar'o sistema de valores, de mode que as pessoas con: as forgas do mal dominem 0 mundo é necesstrio ap: trolem seus prdprios comportamtentes econ 2 um jente de homens bons nko faga nada” wembros cooperativos da a so escolh ente para que 98 carruptos ¢ tir 6 0 que resolverd os nossos principais problemas de hoje ¢ muitos que ainds virio. ‘ Addguiri uma substancial quantidade de co 6 desenvolvimento psicolégico e social, especialmentea res peta da que acorse por intermédia des jogos e dos espartes E minha esperanga basear-me nasser conhecimento: ao tentar proporcionsr uma filosofie ¢ mecanismos para uma mudanga positiva cm nossa sociedad, Talver, se alguns adultes mais des euidores de hoje tivessem sido, ga 5a8, expostos a0 afeto, aceitarfo e valores humanos, o que tento promover alr: vvés dos jogos ¢ esportes cooperativos, teriam erescido em uma utea diresao, Se outros aspectos do seu ambiance tivessem tam: bbém apoiado uma orentagio mais positiva em relagio 3 vida hhumana eles terium adquirido maneiras alternativas e mais po sitivas de se relacionar com as pessoas eos problemas. A medi- a8 pessoas se tornarem mais senstvei tos dos seus semelhentes ¢ mais 1.0 bem comum, nosso planeta se tornaré um lugar mais su cl efeliz de s¢ viver, para todos nds, Mudangas nessa dire so absoluramence essenciais para assegurar ums qu je vide decente e garantir a propria vida aqueles que acham que nada pode ou precisa se ch Fromm tem uma importante mensagem. Ele afirma g) smo funciona em grande parte para proteger os pré os pessimistas de qualquer exigéncia interior de se fazer al- na coisa, a0 proteger 2 idéia de que nada pode ser feito. Por 19 lado, os otimistas e defendem contra 2 mesma exigfncia rior persaadiado 2 si proprios de que tudo e:t4 camiahan na divegfo certa, , portanto, nad precisa ser feo. A post que Fromm sustenta éa de uma ( racional na capacidede le desenredar-se do que parece ser a teia fatal das cits que ce préprio criou. Como ficara claro pela lei 10, nds temos tanto o conhecimento como acapa- langa positiva. Tudo o que precisanios fem que temes nas mavimentado a direst nos nos movimentar, a declacagio feita por Robert Kennedy, pouco tempo antes de ser assassins: “ 38 Apto para cooperar mein com a competigdo e aos selvagens primitivos dos vem: pos remotos. Porém, ser’ a competicio realmente “navural"? Ela ajuda nossas chances de sobrevivéncia? Melhora a qualida ce da nossa vida? Selvagens primitives al da década de 60, um cagador solitério deparou-se meira vee, por acidente, com habicances de cavernas p mitivos, quando perambulava numa floresta chuvosa das Fil pinas, Naguela época, os tssaday nfo tinham inimiges acm armas, Nao matavam animais e nfo tinham palavras pare d a coises como uta, inimigo, édio ou guerra, Elizalde, o segundo forasteito que vistiou os tasaday, comen- So fel, Podemos aprender com eles. AS 3s sio simples, absolutamente honestas, e descobriram wm modo de viverfelizes em sev ambiente... se , sem 6503 mio. Hi quem diga que as pessoas sio mds porguc essa € a natur tera humana, Bet, eel Paresem . todos: 0 comem, ago ficam sétisfeitos. «quecer de si mesmos come individuos; se busca al bbuscam juntos, ¢ amam as mesmas coisas. ...Protegem a nazu- cza ¢ sio um povo belo e smoraso. Nio brigam — isto & fan- tistico aos diat de hoje! O mundo esté desmoronando, e, no nto, essas pessoas conviver em estreita harmoni Entretanto, a imagem que nos vem i mente, quando enciona os selvagens primitives, & de eriatucas subumanas, sedentas de sangus, © homem moderna é tide como or « evoluide dessevipo de criatura competitiva ¢ agressiva, e, por tanto, € presumidamente o herdeito de algumas de suas carac- teristicas selvagens, por intermédio dos genes. ‘Mas um conjunio amplo de evidénciasindicam que os ho- mens préhistéricos, que gando, caracterizam-se pelo min maximo de cooperagio e partilha dos seus bens. A idéiz de que seres humanos evoluiram e sobreviveram gracas somente 3 feroz e incansdvel competigio e & agressividade nfo é apoiada pelos fatos A desir lem larga escals passaram a exit com o aumento de produtividede, adivisio de trabalho, formagio dos grandes excedentes da produgio e a criagio dos Estados com suas hicrarquias ¢ clites. A destrutividade humana ‘aumentou proporcionalmeate a0 crescimento da civilizagio & 20 papel do poder. Os povos da dade da Pedra, que sobrevi vem em cantos remotos do mundo, geralmente sao seres hu- anos gentise sensiveis, com grande senso ecolégico, ao menos enquanto nfo forem invadidos por nés Atvalments, muita gente iguala a realizago humana 3 tec- nblégica. A tecnologia avangada ea riqueze material cornaram: se mais importantes para o homem moderno que a bondade e 1. O progresso & visto n Enquanto a nossa sociedad: gira em torno de produsio, eco nomi € 0 miximo de ganhos pessoas, muitas sociedades tivas fazer exaramente o oposto, Dao suas propriedades, sdmi- arn a generosidade, esperam a hospitalidads e criam sang6es so negatives para 0 egoismo. Esperam qué se reparta, 2 0 doa dor é naturalmente generoso, A gratidio nio & expressada, uma ‘vez que existe um estado de reciprocidade ao inves de caridade. As pessoas se ajudam mutuamente, e isso é fundamental. Ver Frowm, dna itera 7 Enige-se gonerosidade ¢ modéstia das pessos de alto statns sas culturas primitives, cujas recompensas giram em tomo do amor ¢ da atengio recebida dos outros. Um individuo pede ser mais forte do que os de! serd presi do grupo. ‘A maioria dos cagadores e agricultares primitivos ado tive m empenho apaixonado icos”, uma vez que no pela posse de bens ow a inv havia sequer propriedade micas que causassem a inv tivo pare a explora de outros sees huma explorar energiasfsiess ou psicol . outra pessba para fine egotaat £absurda numa socledide onde econemice 60 cialmente nfo hé qualquer base paca a explorasio”, diz Fromm no seu livro The ana sia da destrutividade b Nes culturas primitives e as classifica com base na agressividade ¢ no pacifismo, As oito so- A idéis de ciedades mais orientadas para a vida (os indios pueblo zt, os crapesh das mi tod nas, 08 bathonga, os arandas os semangs, os 0s esquimés do Polo e os Mbuens) centralizavam suas so- ds em torno de preservasio edo resimenco da via em Fssas sceiedades sio caracterizadis por um minima de hos , violéncia ou emueldade. A punigio rigorosa, 0 crime stituigio da guerra estio ausentes ou desempenham nelas papel extremamente pequeno. As criangas sio trated inte io consideradas alas, € em ger: firmativa em relagao 20 sexo. FIA pour ca compatigio, cabige, inveja, individualismo ou exploraga a cooperagio. Prevalece nessis sociedades ume de confianga, auto-estima e bom humor £9 compartment & beens. mais de perto uma sociedade orientada para ios zwei o valor dos agressivos, competitives e aio-cooperatives so considerados anormas. Hx ndo pouca competigio, o wabalho é essencial: mente cooperativo eo aciimulo ¢e propriedade & pra desconhecido. Existe grande generasidade para com 0s outros, e aexplorzgio mutue €desconhecide, Os homens néo agem com violéacia, ¢ temas como terror e perigo nao séo cultivados em. sua_mitologia ou lends, Por outro lado, os dobuats desconfiam de todo mundo, @ 1m como possiveis inimigos, A vide entre ees é uma tirsr © mésimo de van- ecigio teaigoeira, sus- cc crucldade s2o 0: meios para o " odido ¢ aquele que conseguiu tomar o lugar de outro, vo, O sstcina foment 4 animosidade ganhos de uns is custas das perdas de ouiros. O assas editado no é raro. A vida parece ser uma luta onde ancago- nistas mortais sto colocidos jo concurso de bens materiais, Farece-lhe familiar? Depois de ter analisado muitas sociedades diferentes, a an~ tropéloga Margaret Mead concluiu cue o cooperativismo em uma sociedade nZo depend do ambiente flsico, do desenvo! mento teenolégico ou do suprimento real dos bens desejacos. 3 estraturt social que determina se os membros dessa socie- ide irio cooperar ou competi entre si ‘As culturas que dio grande énfase & competigio tendem a ter uma Gnica medida para o sucesso, a valorizar a propriedade cea criar uma estsutura social que deperda duo. A maior énfase na cooperagao cor sponde a um ato grau de seguranga pars o individue, a uma fase menor no sonko de stats e a uma estrutura s nnio depeada do exercicio do poder sobre 2s pessoas, afirma Mead. mi nossa prépria cultura somos sitiados pela compericio,| Recompensamos os vencedores erejetamos os perdedores. No so sistema educacional & baseado na competicio. Nio ens mos nossis eriangas a amarem o aprendizado; nbs as ensinamos, 41se esforgarem para conseguir notas altar, No ensimmos as 5 # amarcin 03 esportes; nés 28 ensinamos a vencer jo 08. Quando 0 ese portance no é que se venga ou se perca, € ele nao estava descrevendo o dominante na vida america- nna, mas prescrevendo um remédio para a excessiva preocupa {0 com a vitéria. Do jogador de segunda divisio, que irrompe oF espor 1 que gritemy “Som so de Richard Nixon em vencer outra eleigo 20 estudance do tercelro ano que despreca seu colega porque conseguiv una nota “manifestamos uma obsessto culeural es pantosa coma ritdria,” assinala Eliot Aronso em seu livro The social animal ( social”). “Tantos sio os exemplos da compettividade, rivalidade e ex: ploraydo impiedosa do homem pelo seus semelhantes dentro dda nessa cultura que muitas pessoas estio convencidas de que € eisa a natureza humana. Se considerarmos somente 2 socie- dades ataais e dentre elas as saciedades indusrislizadas, crien- tacks para a prodso, que sio verdadeirasselvas urbanay ¢f r porque essa idéia errénea existe. Entretanto, « erenga cm sié perigosa poraue serve para jusificar e fortalocer 0 mes mo comportamento que achamios repulsivo. Em esséncia, 0 que nos € uma profecia auro-realizavel: se acreditamos que essa a verdadeira navareza do homem e esperamos dele este com- portamento, entio sem davida o teremos. Todavia, em meio todo esse negativismo, ha vislumbres do que o homem tem, sido © do que ele pode ser. O fato de que existem sociedades onde 2 competigio © a apressio praticamente nao existem, bem como sociedsdes em competigio crvele « destrutividede so as normas, somos levados a acreditar que es:es comportamentos sio-aprendides, Por exemplo, a tribo semia, da Mala a qualquer forma de modelos de agressto para se imicar e nem existe qual- reforgo positive pare aagressio. O assassinato nfo exist. Da mesma forma, entre os hutteritas o comportamento agresti= nnio € sancionado e sua subcultura cooperativa, dentro da América do Norte, &caracterizada pela auséncia de agressividae lao que mesmo nas sociedades esubeulturss sn que exis Ses, ¢ modelos de comportemento compe também muitos individuos que srlade, cooperatives, gentis ¢ acenciosos, A despeito nicia que 0s rodeia, permanecem nao-violentos. é sido por se tirar vant: m aqueles que nao estio dispostos deliberademente, Serio, entao, 2 competicio, 2 agres- quando a caga era pouca, os tivel, esezss9, e nas épocas de fome. A ameaga da morte por int niggo resukou na eooperagio mais intensa do pova esquimé. Se fosse natural ao ho: mate 3 ameaga da ‘corr ‘A proposigio de que o homem ado compete is samente com seus semelhantes, ¢ quea competigao és coal para a sobrevivéncia humans, parece ser um mito que se aatoperpetuou, Néo existe qualquer evidncia de um impulso biologicamemte herdido para a competisio, que pzejudique 0 ‘organisio caso seja ignorado, como é 0 caso da necessidade de comer, beber ow respiear. A ageessvidade humana simplesmente rio é necessiria para a sabrevivénein do homems no miximo, Suma ameags « ela Sobrevivencia do mais apto O coneeito de sobrevivéncia do mais apto tem sido usado com aburo para justifiezr 0 principio de que ‘'s forga estd cer 12”. Entretanto “o mais apto” ade significa see o mais force ‘omais bruto, Darwin ficou amargurado por suas teorias tex s, crucldades ¢ puerras _oniraos mais fracos. Essas teorias da selegao natural foram mal Snterpretadas e deturpadas para justificar a explorarao dos po- bres pelos ricos. Negociantes ambiciosos, politicos fraudulen- tos © cidedfos desonestos racion: 5 custo ¢ a idéia de que os *perdedores” merecem ser esmagados. Entretanto, apesar do mau uto de suas teorias, Charles Dara o senso moral ¢ ha coo: peragio social — ¢ mio ne competiio. Como os bidloges sabem, mesmo 20 nivel celular, 2 adap- tagdo cooperstiva tem sido freqiientemente o caminho mais bem-sucedido para o desenvolvimento e para a sobrevivénc A evolugio de diversas espécies dependeu em alto grau di to de processos que permitem milhaces de eélalas at nem harmonia com um imo de tensdo entre si, be- lo asi propsias a0 assegurarem a sobrevivencia de toda eva extrurura. Quando coldnias de clas indviduais para formar uma iinica comunidade cooperative, 2 ico ¢ amplamente compensida pelo avxili , por eividuelmente pode confi ra aja dis ou- Dentre as célulasindividuais de corpos complexes tio intima: igados, egofsmo-e altrufsmo tornarantse praticamen- 10%; mio pode haver motivo para lutas competitivas re células que deendam umas das outras e partilhem tudo, até mesmo a prdpria vide", diz. Hans Seyle em seu livro Stress, without distress ("Tensio sem angistia’ Hi ampla evidncia em apoio 4 portamento cooperativo, nac-agressivo ¢ a ajuda m grande valor pars a sobrevivéncia Desde a origem dos organismos unicelulaes, anos, a vida em geeal tem sido um misto de m gfe limitada, tanco denteo das expéctesc importante” no desenvolvimento social e bioldgico a8 criaturas vivas. As espécies sobrevivem pelo aperfeigoa- 0 de sua capacidade de cooperagzo mitua. Pode-se afirmat mente, endo, que a lei bésica da vida ¢ a cooperacio! ‘A sociedade buumana tem sobrevivido poraue 2 cooperagio seus membros tornou possvel a sabrevivéncis. A coopera so continua &talvez mais impoctance para o homem que para ra espécie, porque 4 agio humana tem um efeito as a2 outeas expécies, Nio s6 tem a capacidade ambiente natu 10 ests se alastando cad vex is da coexisténcia harmonioss, que foi fundamental pare © desenvolvimento e sobrevivincia. A diregao em que 0 ho- fo na saciedade ocidental pode ser com; nento do cdncer. O aspect mais cncer dentro de um corpo humano ou dentro de u w as eélukes cancerosas cuidam somente de si préprias. mem mode} sae alimentam das outs pas do teu hoped, a efe temente, elas cometem suicitio gio, uma ver que a célala cancerosa nfo sobrevive fora do corpo em que ela iniciou seu desenvolvimento descvidaco ¢ egocéntrico. Extremos semelhantes de egoismo e competisio Altima anélise, destruirio tanto © ambiente 0 desumanes, e tual, A. competi¢ao em suas formas extrenas nos corna a to- dos perdedores. A longo prazo, nto haverd vencedores — so- mente perdedores —, « nfo ser que comecemos & nos voltar para uma direglo mais cooperativa ¢ harmoniosa. Acredito que o homers tena a capacidade de empenh nama enorme variedsde de comportamentos, tanto competi ‘vos como cooperatives, agressivas © nfo-agressives. Aqueles comportamentos que se tornam parts do seu repertério deper- cetio muito do aprendizado social que ocorre num ambiente social. Os padres de comportamente fluem dos valores que sto adquiridos durante as brincadeiras e os jogos da infdncia, dos modelos 2 que estamos expostos ¢ dos reforgos que resultam do engajamento em certos atos, Em resumo, somos socializados para tipos construtivos ou destrutivos de comportamento, Conseqiientemente, 0 ambience tem 2 chave para o nosso foruro, mesmo para aqieles que insitem em agarrar-st & visio dh competigio e agressividade € para of outros que acham no haver nada que possamos fazer para alerar nor so caro. E um fato estabelecide que as conseqiiéncias dos nos ‘© que faremos amanba. Talvez. cam “nhaado para a frente a partir desse ponto, “o homem comple: tard todo o citeulo e constmuiré ama sociedade em que ninguém estard ameazado: nem o ilho pelo pais nem o pai pelo seu che fe; nem uma classe social por outra; nem uma nagZo por uma > imagina Erica Fromm, Um chamado & cooperagio: 0 cond para a competi¢io aamenco “A cooperasio", disse Hartmann mais positiva, que agrupa ums varie interestes separados numa unidade coletiva" Ble disse ainda que aForgade ccoperacio esté na confianea mii Bautich, um pesquisador mais recente, a mente esa proposigio. Designou grapos de estudantes ros para stuascs de aprendizado cooperativas ou compettivas 'No grupo cooperative, os membros foram informados de que seriam julgados em grupo. Essencialmente, todos os mem- bros receberiam a mesms nota com base no desempeniio do gru- -uaglo competitiva, o grupo fol informaco de que cada membro seria julgado em comparagio aos outros membros do proprio grupo, Nesse caso a nota para cada pestoa seria dife- rente e determinada pela contribuigdo relativa do individuo pa- 4.4 solupio do problema Os resultados desse estado indicaram q nfo.a competigfo, dentro de um grupo leva io dos esforsos, maior diversidade ra quantidede ds cont $10 dos membros, gio soi companheiros, maior produtividede por un lade dos re- sultados, maior am a cooperacio, & maior coordens- pelos companheiros, Como Deutse’ observou: ‘Parece claro que @ maior produtividade do grupo ou da oryanizagio resulta quando os membros ou subunidades sio coo perativos, em vez de competitives, em seu interrelacionamento, A inercomunicaio de das acoordenas de eons, a a rau: co orgulhe do prépsio grupo, que sto fundamentals para ‘onia ¢ a cficigncia, parecem rompidos quando os sindo por objesivos muv 4 alguma indicarao de que ac tividade produz msior inseguranga pessoal (expectativa de hosti- le por parte dos outros) do’ que a cooperagio”. 1951, foi realizado um_dos primeiros estudos expert tentais sobre os efeitos sociais da compecigio e da cooperaeo entre criangas, Ts grupos de eriangas de sete anos foram soli los @ pintar um mura) eoletivo aum grande pedaco de pa- ‘revompana tanto competitivo quanto coope =r1 0 mural cooperative, ascrianpasforem informadss se todos pintassem bem € fiasse bonico, todas reeebe prémio, Elis planejaram o tema geral do quadro © as es especificas que cade um pintaria, Fara o mural compet: forum seguidos os mesmos procedimentos basicos, exceto formadas de que somente o melhor fa conversas amis- itu. O comportamento negativ converss hostl, confises de material para fins egpistas ¢ obstrugio ov dominio do trabalho de outro membro. Sob acondigto de cooperag2o, houve muita partilha de (a, conversas ¢ risadas amistosas e comentérios construtivos so- bre 0 trabalho do outro, As vezes, tris ov quatro criangas ceabslhavam bem préximas, acotoyehdas num espago em que ‘mal cabiam duas, mas ninguém parecia se importar com isso. Sob a condigio comperitiva, houve muitos comentéries ad vvers0s sobre o trabalho do outro, ¢ os elogios foram notoria- © que tornou essas eriansas eooperativas ou competitivas foi principalmente « fungio da sicuag%o social, juntamente com. a maneira pela qual cada ume havia aprendido a reagir ao seu ambiente! ‘Um estudo cléssico na area da competicfo e da cooperagio {oi realizado poucos anos depois e trouxe uma compreensio mi completa das condigdes que levam 3 harmonis e ao confli Esse estudo envolveu dois grupos de meninos de 12 anos, nor- mais ¢ bem-ajustedes, num acampamento de verdo. O conflito introduzido estabelecendo-se ume série de atividades com- divas, como, por exemplo, um torneio de jogos, onde um. grupo foi colocado em conironto com outro em partidas de teb0l, beisebol e cabo de guerra, O resultado da compericzo toi enfatizado concedendo-se prémins ou privilégios especiais para afequipe vencedara, Embora os jogos comegassem com 25 esportivo, A medids que o tornsic foi prosseguindo isso logo judou pare ho: adversérios comegaram a insultar seus oponentes ¢ subse ‘temente recasaram-se a manter qualquer tipo de relacionamen- tocomeles. Xingamentos, empurrdes e brigas entre os membros dos grupos rivaisse esterderatn para além dos jogos etorneram- sea norma no acampamento, Durante esse processo de confl to intensificado enire ot grupos, 0 cooperativiemo dentro de cada um tornou-se mais force, mas obviamente nfo se transpor- ou para as relagdes com 0s raembros do outro grupo. A coo- peragio interna estava direcionada unicamente para Gerrorar ou ser melhor que 0 grupo rival. slo dbviido gor Stone, Darin e Haines, em 1951. Ver bblografia 28 Uma vez que as hostilidaces chegaram a um ni ‘0 jogos competitivos foram eliminados. Contudo, 2 simples in ternipeio da competigio nfo eliminow a animosidade que hae via se desenvolvido entre os grupos. A tensio ea mé von: avian se 0 jente pelas siaagdes de cor foram colocidos. Uma vez que a descon- a € @ animosidade para com 0 outro grupo estayam laments implantadas, a¢& mesmo as atividades normalmen- como assistir a um filme ou fazer as refei- bes numa mesma sala, serviam para aumentar, em ver de diminuir, 0 conflito entre os dais grupos. Pareciam proporeio- nar uma oportunidade para ques rivas s depreciassem ou ata. Para diminuir a hossilidade, fer-se uma tentativa de estabe- lecer objetivos sobrepostos, que interessariam a ambos os grt pos, mas que no podiam ser alcangados por um grapo sem 0 auxilio do oucro, Um desses objetivos inventados envolvia a interrupgao no fornecimento de agua para o acampamento, que era bornbeada de cerca de dois quilémettos de distancia. Os meninos foram informados do problema e trabalha durante o resto da tarde pars localizar e cor Um situaigio semelhante ceorreu quando os meninos quiseram jo problema. ver um filme, mes cada grope teria oaluguel do filme. Os dois gruposse reuniram, calcala ro caberiaa cada umm, escolheram o filme por votasao e assistiram a ele juntos. Numa outra ozasio em que todos es favam com fome, 0 caminhio que apanharia os alimentos ni cidade nfo queria dar a partda. Os meninos trabalharam jun. tos, puxando uma cords, para dar a purtida no camiahio. rents caoperativos nio ram de lade geral entre os meninos. A principio cles retomaram os xingementos e provoeagées anteriormeate esta belecidos, logo que a tarefs foi terminada, Entretanto, os at tos ¢ 0: conilitos foram gradvalmente reduzidos, e até mesmo dos, por intermédio de uma série de empreendimentos cooperatives. A harmonia que se Gesenvolveu por meio desses~ esforgos conjuatos estendeu-se para praticamente todasas ireas de interagfo entre os meninos, da mesma forma como aconte- ceu com a desarmonia induzica pela competisio, Os xingamen. ercagbes paracam; meninos de grupos diferentes se 3 mesma mess e interelacionaran-se de mancira amistosa, desenvolveram amizades ¢ os mel sos de “grandes amigos” ne outro grupo. A hostilidade diminuiu ¢ as amizades cresceram 29 se colo. ‘ar as criangas em situagdes em que dependiam mutuamente Aose estabelecer objetivos em que a cooperagic eva access pare @ als rados mutuamente desejévcis, desenvolveus sea harmonia. Os meninos engejaranrse ein meiose fins coo, perativos, Partilharam o process € © produto. Cooperararn, ro pars derzotar ou depreciar outros, mas para que todos se salssem da melhor forma, Por meio dessa espécie de interdepen- cncia os meninos finalmente comesaram 2 cooperar espon ente € a gostar mais uns dos outros, no importando em gue equipe estivessem, Esse estudo pionsiro ! deu apoio 4 hipétese de que, quan do um grupo sd pode ati objetivos is eustas de um ou . seus membros se tornario mutuamente hostis, embora os rtipos sejam compostos de individuos normals e bem juste: clos. Uma importante revelario que advém dessa pesquisa & 0 fato de que, andlise, a interdependéteia, cooperacio harmonia entre as eriangas nao foi alcangada porque ums equ pe out um individuo foi recompersado pela derrota do outro, nas sim através de objetivos comuns, gue foram compartlhcs dos por todos. Ineroduzir conflitas entre grupos visando = riar harmonia dentro de outcos grupos, nao é nem necessécio nem justificivel, e, em termos de cooperasio e harmonia entre tode a humanidade, é contraprodutivo, rela gir sr Superioridade cooperativa Um dos mitos que foi derrubado pela pesquisa sobre o aprendizado cooperative é 0 de que « competigio € necessiria ara que os estucantes aprendam ou tenhamn um bom desen- peaho. Com relagio a0 desempenio académico, descebrit-se que as eriongas aprescntam resultados igualments bons em clas Ses cooperativas como emt competitivas, Na verdade, uma série de esiudos demorstraram que crianges de varias clases sécio- Esc iid por Steel 1956 e em 1961. Ver biting 7 1s tim maior sucesto om areas como matemitica, de- senva re leituca quando estio trabalhando juncos com seus colegas sob uma estrusura de objetivos cope rativos em vez de individualistas ov comp: ‘A verdadzira superiovidade nao cepende da com ras outros, Albert Einstein, juntamente com muitos outros grandes eruditos, artistas, clentstas e humanistas,atingiu a gran- deza vivendo de acordo com padres pessonis de superioridade, Einstein foi deserito pelos seus bidgrafos como uma pessoa ro competitiva, de manciras afaveis, incaprz de prejudiear alguém. Existem muitas pessoas extriordi cativamente para a sociedade ¢ que pode como cooperativas ou tio-compettivas, Talvez aqueles que dio as majores contribuigées sejam motivados mais por [ucres de cunho kumano do que por ueros materiais, e chegaram & con- clusio de que o sucesso no depende do fracasso de uma cutra pessoa e asim sio capazes de motivarem a si mesmas, Dar uma, buigio ou fazer algums coiss bem, simplesmente nfo exige a derrota ou a depreciagzo de outsa pessoa, Pode-se ser extre mamente competente, tanto fisica como psicologicamente, sem mais se prejudicar ox conquistar 0 outro. . Apesar desses fatores, geralmente cctedita-se que para "ven- “ter sucesso”, & preciso ser um Feroz. competidor bray as regres. Muitas pessoas parecem achar que para ensinar as crianyas a viver e prosperar na sociedade & necessirio preparée s para serem comp: vantagens dos outros, antes que 9s outros o fagam. [As cnangas norceamericanas tornaram-se to con das a competir que competem mesmo quando a situagio requer joperacZo,,O impulso para a competi¢io sobrepuja o interes se pessoal. E uma competicdo irracional. ‘Criangas de 10 anes, em Los Angeles, participaram de wna ede experiincias e fracassaram repetidmente na obtencio dos prémios que disputavam porgy requeriam cooperagio, Numa dessas exper xicanase norteamericanss receberam uma série de cart&es, que permitiam a cada crianga escolher o resultado, tanso para si ‘mo para seu companheiro. ‘As norie-americanas geralmente ziam sacrificios pessoais unicamente visando dimiauir as Fecompensas dos seas compasheiros. A maneira com as erian- Ver Aronson, Blin, fe ce fubroan na bibligrafic By gas norte-americanas se disp mrarcante das evans movi ‘Numa outra experigncia com crisngas mais jovers, um brim foi dado a uma crianga, e deixou-se que outra deciisse neira deveria ficar com ele ou nio. Os pesquisidores que “as ctiangas norte-americanas nio sio apenas irracionalmente competitivas, como também sadicamente pro- pensas&rivalidade. Quando podiam escolher, as criangas norte: americanas tomavam os bringuedos dos seus companheiros em 78 por cento das vezes, mesmo quando nio podiam guardéclot para si mesmas, Observando 0 suzesso de suas ages, algumas elas regoaijavam-se, dizendo: “Hal Hal Agora voc nio aire ceber um brinqued Estudos feites com eriangas noreeat las se tormaram cada vez msis competitivas & medida que v0 crescendo, Exbora a capacidade intelectual para reagir & neces sidide de auxilio métuo aumente des § aos 10 anos, ela ndo ¢ representada em situagSes experimentais de jogos em terms de feria de modo s indicaram que comportamento, Estudos mostraram que criangas de 4 ¢ § anos, tanto nas sociedades competitivas como nas cooperativis, sio basicamente cooperatives em suas reagées acs jogos de mesa experiments. petitivas em suas reagSes por volta dos 7 € 9 anos de ica quanto seus correlativos nes cul:uras cooperativas permarecem cooperatives “Tencéncias semelhartes foram encontradss na pesquisa I rea- Alzada com criangas canadenses, Asde 4, §¢ 6 anos eram muito ‘cooperativas em suas reagdes a jogos ativos enquanto as mais velhas se tornavam progressivamente mais compet E disso, quando ranges de 12 615 anos de uma ernuraindigens, ivamente cooperativa, do norte do Canad f radas com outras da mesma idade do sul do Cana se que asdo sul eram muito angas urbanas do Canad, Estados Unidos, Holanda, Is rel ¢ Cortia do Sul sio todas igualmente competitivas, enquamto 48 da zona rural esses mesmos paises sio mais cooperatives CCriangas mexicanas rursis de 10 anos sio capazes de coop. ‘umes com 5 outras para conseguir prémios que fogem 20 cance de suas similares norte-americanas urbanas, Essa tendén- 1 Bae avigido por Neon e Kage, ere 1972. Ver igri. cia de competir em sudo freqiientemente interfere na capacids Sede uma erianga desenvolver ténices adapestivas e cope ‘vas para asolugio de problemas, Em ceras situayes « compe fale auco-dersotadora, A expzritneia de coo- * perapdo pode sjudar a superar essa irracionalidade era criangas Competitivas. O fato de que as criangas urbanas raramente apre- senitim cooperagio espontines indica que o ambiente que pro- porcionames a clas vazio de experiéncias que as seasiilizem, paraa cooperasio, Em Ultima analise,seja 0 objetivo superiori- Gade pessoal 03 hazmonia entre os homens, re acto é algo relacionado 20 165, © no 20 & Gosto de voot quando cooperamos Experiéncias controladas com adultos indicaramn que gosta ‘mos dis pessoas que cooperam conosco mais do que das pes soas que compstem conosco; gostamos das que nos elogiam mais do que daquelas que nos riticar; gostamos das que eontribuer para que aleancemes nossos objetivos mais do que das que no arem isso; goscamos de que nos facam favores ¢ daqueles a quem Fazemos favores; gostamos das pessoas que partilham di opinido, que nos escuzam ¢ respeltam © que dizemos, De que meis determine ieolademente se uma pessoa gostar’ de outta ¢ a retribuigio do sentimento. Neste seatido, gostar de “ vim parece ter umm efeito de bola de neve, Quanto mais as pessoas tendem a gostar de nbs, mais tendemos a gostar a cooperayio parece sera minci de fazer a bola de neve crescer ‘Assim como em adultos, os estudos com criangas sugerem atos amistosos prestados sio associtdos 20% atos amistosos comportamento amigével ou ostl que as crians im dos colegas reflete bem de perto o comportamen to que eles tém para com elas. Estudos de campo docum: tom um ndmero ersscente de comportamentos inamistosos du: rante os jogos comparitives. Quando meninos de 10.212 anos jlveram em jogos competitives, quase ametade das suas rages foram inamistosas, ao passo que, quando estevam em imal’. Ver bltiograia titivas, 99 por eento das inceragées foram Além disso, nas sieuagSes de jogos competitivos, comportamento amistoso era menos provivel de see retsib do em igual inc : yos aumentam muito 1 probibilidade de comport jamistoso Tanto criangas com distrbios como criangas normais e bem ajustadas reagem da mesma forma 4 animosidade com apzoxi- madamente 89 por cento de reapSes ndo-amistesas, Criangas com distGrbios diferem de criangas normais principalmente na for- ma como sio iniciadas ¢ reagem ao comportamento Reagem a gestos amistosos de modo nioamistoso apro: mente a metade do tempo, enquanto as criangas bem ajustadas raramente reagem a atos amisosos de modo nio-amistoso, AS Nirbios nfo aprenderam a reagir de mancira ite pargcem interpretar atos amistosos co no modo mloamisome E uiceasnis abtar qe diane osc Was normais parecem rea pate cas veces como.as Gue presenta rc tuagdes, as criangas normais sio As vezes extremamente hostis e reagem de forma rac-amistosa a um tergo dos atos amistasos dos seus companheires. Esti claro que as sicuagdes competitivas tendem a estimular asuspeitae « fat de confianga, uma vez que nio se espers que ‘os outros resjam a favor dos nossos interesses, A confianga mii tua nfo pode we desenvalve ade, Concluivse que os jogos compe iangas com amistorn ¢ ge dos os vinculos, ¢ a confiange cade vez mai de uma cooperagio benrsucedida. ‘A confianga miicua & mais provivel de ocorrer quando as pessoas s40 positivamente orientadas para o bemestar da ou- tro, E.¢ desenvolvimento dessa orientagio positiva éincentiva- dapela experiéncia da cooperagio bem-sucedida. A cooperacio exige confianga porque, quando alguém escolke cooperar, cons- entemente coloca seu destino parcialmente nas mos de outros. Usando esse comhecimento, 0 preconceito pode ser rel ¢ para que os individuos discriminados e imam se nam atras da coopeapio nbors a guerra geralmente resulee em agio cooperstiva, seus fins sio desteutivos. Simplesmente nfo é neces € comegiiéncia "Budo drigido por Ranch emt £963, Ver cori. sdrio criar inimigos para se ter amigos. Nao ¢ necessirio haver 1a para se obter a paz. Isso foi cemonstrado em estudos ex erimentais, e também pode ser comprovado aa coesio © no cooperstivisme das ¢ e dos gio d go Ituras como a dos tesuday, dos bechonga rsh das montanhas, Essa coesio é egal licen soca wale DEINE Op ‘upos externos, Para melhorar a nossa prépria sociedade e qualidade de vie devemos deseavolver um interesse genuino pela seguranga bermestar uns dos outros. Devemos promover esforsos C00: v0, que estimulem o desenv ge: 10 pelo sucesso, em vez de pelo fracasso dos outros. Deverios apeger-nos as elemenios postivos do comportament oje e cultivéstos para amanha nossa vids nfo precisam ser todos matua. interdependentes. Mas, a0 interagirmos com outta pes mos fazé-lo da mane ¢ empitica 2 Os povos cooperatives que conheci siveme prosperam nas cul: turas coop. guei especialmente impressionedo com os (esquimés) do Artico canadense ¢ 0 povo da China conti: nental. Tive muitas experigneias tocantes quando visite esses poves, © como resultado reavaliei minha prdpria estrutura de valores ¢ 0s valores da sociedade ocidemtal. Essasincursbes pelo aprendizado e valores humanos ampliaram minha visio do que € possivel nos jogos e na prdpria vida Nao estou sugerindo que abandonemos nosso modo de vi- da e o substituamos por um outro. Nunca serem # eanadensestradicionais ot os chineses do con esiou insinuando que queiramos ser como eles. Podemos, en Lustanto, aprender muito com esses povos. Pordemos tentar de- seavolver as qualidades universais de cooperasio © interesse mituos ¢ com isso salvaguardar 0 nosto futur * Ascriangas de 5 anos que observei no Artico, na Cl ‘em nossas sossdes de socializagio urbana cooperativa exam ori ente diferentes; somente 2 humanidade era basicamente sina. E & precismente com esta humanidade que todas as callturase povos podem lucear cos de vis sobre as culturas « seguir, ‘io alego ser uma autoridade sobre o norte do Canadé ou sobre a China continental, Embors tenha passado incontéveis horas observando e entrevistando o povo, a juventude e os It deres de ambas as culeuras, vim a reconhecer que nao existe al- z0.como um “especialistainstancineo”. As pessoas slo a8 tinicas verdadeiras especialistes quando se trata de entender como sua Sociedade funciona para elas. Minka opinigo sobre essas cultu- ras foj formada por minhas curtas experiéncias com elas luz disco apresento meus pon, 33 © pove native do norte sides, ¢ sempre terra, Os territérios a nororste abrangem cerca de 2 0 de quilémetros quadrados ¢ sio habitados por um pequeno gtx po de nativs do note que periazem um ferge de ui por cen Bes, que estéo espalhadas pe de trezentos residentes. Nos dameate wm més por ano fezendo pes povossdes, aceseiveis somente por via fluvial ou sei as qualidade: dos inuit do passado © examinei o que rest, ‘Acordem social dos émet foi nte fundada sobce a farflia ampliada, que proporcio de seguranga pessoal, PadrOes disseminados de reciprocidade e paruilha de alimentos eram evidentes. Esforgos cooperativos exam geralmente necessérios para assegurar o sucesso d= uma agads, Nfo era comum que um carador fosse extremamente vem sucedido enquanto cutros tinham grande dificuldade de fazer uma Ginica eapada. Numa sociedace capitalista 0 prezo dos mentos tera cofride ama grande ata, refletinda 0 prin a inwit la sua boa sorte m jum futuro pedximo ele pode- ria se ver necessitado. Assim, o melhor lugar para guardar 0 ex- cedente pessoal era com aquteles que, na ocasiao, esavam dos. Desst modo ajudavam a assegurar sua futura se- ate, 0 conceito de propriedade, = da era descanhecido para os inuit. A propriedade pessoal con sistia de co'sas como armas, confeceionadas pela prép dos porque nio pertenciam 20 individuo mas 20 seu papel rociedade esquimé.” Tomar emprestado ov partlhar a pro- priedade pessoal era urna prética comum. Até mesmo « terra ava aberta ao uso de todos 08 » bros do grupo? equentemente invertido nas culturas primitivas. As pestoas pertenciam terra, ¢ no a terra 35 pestoas. Vir Gland, 1970, ne bilicgraia Fy] rmaneiea essoa podia satisfazer chdes eas do grupo com o mesmo ato, Hav cae u jor qualidade de vida}, © ner destruigio ou no enfraquecimento de concribuintes em poten cial. A partilha erz um componente fundamental 3 vide. Os padrées de partilha eram refletidos e fortalecidos nas brincadeiras e jogos dos innit, Por intermédio de brincadeiras. © jogos acrianga esquim® aprendia os mesmas padrdes de com- portamento que via nas atividades dos adultos. A distancia leva 20 encanto Descobri que quanto mais me afastei da influéncia do ho- mem branco, mais sinceras,sferuasas e gentiseram as pessoas Corea vez, visitel uma povosgio remota no Artico oviden: {que tinhs meno: de com habitantes. Sitvava-se bem alm da das f ? efetuava a entrega de suprimentos aproximad por més. Durante varias gerapdes ado se viu a presenga do ho- mem branco nessa érea, Cerca de quarenta anos antes, um pa “gre passou a viver permanente no povoado ¢, mais recenternen- ‘te, um professor branco fez desse povoado 0 seu lar nio hi radio, televisfo, estradas, ov tréfego Ni primeira mani levantei-me cedo ¢ andei pelo. povos: do. O vento uiveva, vindo do mar gelado. Nada se moviaa nko ser o vento, Os cles estavam encolhidos em silicic ‘os pela neve, que fora arrastada sobre eles dur nte a noite Um vasto eceano branco se estenddia em todas as diregdes, até onde a vista podia alcangar e por milhares de quilémetros. Em: bora eu sivesse vistado o extremo norte muitss v aprimeiza que senti quanto era érido e distante de tudo, Fiquei svimirado de como alguém poderia sabreviver ali, © fata de os nuit viverem em barmonis nes tributo « sua fantéstica adapeal véncia da cooperagio hi 35 Passei muitos dias obscrvando as eciangas brincarem nesse povosdo, A brincadsira era espontinea, criativa e alegre, AS 1ngas sotriam quase continua me gargalhavam, Des izavam pela encosta de um morro préximo, de costas, de frer- te, sentadas, muma cadeira velha sem pernas, em caixs pequenas amariadis @ um velho esqui, ou sobre uma prancha de made 12, Quando o vento parou, emergiu de um lago préximo um bloco de gelo cristalino, azul escura, de cerca de 3 metros de sspessura, Ascriangas corriam sobre gelo e deslizavam de bro- m pequieno trend, pusade por tum cio, sobre 0 gelo. Outro deslizava sobre esquis improviss- dos, também puxado por um efo, e ambos se divertiam muito, Um menino indio, que eu conkecers em outro povoado cost mava esquiar em toda a rea ao redor da linha de ar ss brincayam sobre o lago gelado via gagf0 e contatos afetuosos entre elas. Sempre alguém esperava pelos menores, que vinham atrés, mais lentamente. Depois desse longo divertimento, as criangas me levaram de volta para onde eu estava hospedado. Algumss delas encra- ram para uma visita, Eu tinha um livro de colorir e tres Hpis de cot. Normalmente duas ou 1r&s criangas usavam esse mate. ral ao mesmo tempo, Elas decidiam ax figuras ct parte delas ¢ continuarmente trocr is sem proble. as e quase sem falar. Tiso era definitivarmente um ato de coo- peraglo, que incluia ficar por sobre os ombros uns dos outros A primeira inclinagio de um forasteiro seria pensar que 0 nelhor era dar @ cada ctianga seus propries | livros para colori. Talvez no. Depois dessa sessfo de pintura coope: tativa fizemos um Tenche, © uma pequena criangt esquiime a levar os pratos, enquanto outras se ofereceram pa: Jos, Esse crianga semipre me chamava de “homem ‘Quando ela tenminou de avr os pata, disses nhas mos — esto brancas”. Eu fiz um nto me perguntou se todas as pessoas naseiam igua 3s € "depois comecavam a lavar peatos e ficavam A orientapto cooperativa das brincadsitss das criangas foi ln por observagées feitas num povoado init vizinho ¢ Wve fieave eerea de 600 quilbmetios de distincia. A bri re dessas criangas era replete de cooperasio las se ajudavamn umas as ovtras para subir em bar- 1235, empurrevemse nes balangos, gartilhavam bringuedos¢ si mulavam lutas de modo efetuoso, como filhotes de ursos. Mui- tas vezes eram vistas de maos dadas ou andando cam os bragos Sobre os ombros das oatras. As eriangas sempre diam“ AIS”, t irealientemente pergumavam come era nowo nome, que ge. ene emt guano se ancontavos depos En varias ocasiGes observamas criangas pequenas oferecendo comida fulconisios iu neioiee Coates anid earsiahs Sisvieal. me uma mordida do seu picolé. Um pesquisedor auxiliar, que sme ccompanhou nessa viagem, logo percebcu a marcante di Taig ce Cuteness Sacra opcaie ca aa ceriangas em comparagio ao das criangas do sul do Canadé, Minha breve estadia no pequeno e remoto povoado foi um dos pontos altos da minha viagem 0 norte, especialmente por ‘uma experiéncia que eu tive com uma linha de armadilhas de dois cagadores inuiz Eram homens de grande habilidade t co- nhecimentos, ue gostavim dese trabalho e modo de vidi em vias de dsaparecer, Pude vert no Toxo deles quando exive tm stu amblene, queer, devo serescenar, absolutamente de- pendente deles para sobreviver. Quando estavamas na linha de armadilhas, durante um breve perfodo de tempo, tive uma pe quena prova da sabor desse modo de vida. Ao chegarmos no conjunto de armadilhas, descobrimos que trés das quatro rapo sas braneas que foram capturadas tinhem sido comidas por uma Joba. Um dos homens que havia instalado as armadillis pren= deu oy pés numa delas, mostrou-os a tirou ot pés, Nada podia ser feito no exso, de forma que ele nto ficou perturbado ow zangado. Essa adlaptabilidade ao ambiente natural e aos aconte tos incontrolaveis me impressionou continuamente no Arico. Temos a tendéncia de nos pertubar desnecessariamente qua: do's coisis nfo acontecem como quetemes. Li as pesoas io com 9 vento, Algurs minutos hors, ds ou semanas no f zem grande difeengn. No entast,« homem branco asia gran. de parte do eeu tempo se preocupando com coisas que nlo 0, to importantes ou que no vic se modifcar com a preseupesto E interessante observar que, se civ para o ceste do povoado, enconts Brand as sufleientes, 2 poucos@ ro, Mas como os homens jd tinham’ bastante carne, carcagas cada um, ngo fomos naquela diregio. Seguimos em regio contréviz, 2 Oshomens brancos massacraram tados os bGifalos. Esse po- vo nativo, seguindo ideais tadicionais, matava apenas tim, quar do precisava. sso era em parte um reflexo de diferentes, perspectivas diferentes, ms, principalment losofia de vide diferente © que é redlizasio? A fea da reslizagio humana & complicada, e refleti muito durante minha perma 0 norte, O ho- rilizado parece considerar a realizagio conto algo em st importar com o que é realizado. Como, por exemplo, matar, receber grandes punigSes ou engolir 0 maior himero de ovos numa nica reli, Tale, como eflete ro homem primitv. do a motivagi também 0 & Em alguns casos 1 nlovrealizagio pode ser a mais admirivel realizagio. Por examplo, matar tas reagdes, algumas delas desejaveis, outras nem tanto. E im- gos competitivos nas culturas cooperativas nfo pare: ante que esse esforgo seja mais harmonizado ¢ dirigido part ‘um grande problema, porque vencer nunca é una hhunmanistas. As orientagdes destrutivas, bem como as cons questo de vida ou morte. Embora 0 trutivas sio aprendidas, assim como também o & a modéstia sma competitiva, 08 jogadores o encaram de uma maneira ‘Niio nascemos com todos esses sistemas de crencas e modos de va, Embora os individuos possam se esfor- reagir. Eles ocorrem como a resuleado de um processo de so- pelo fato de calizagio. Quando vocé teabalha com criangas de 3, 4e 5 anos hor ¢ neta hé qualquer animosid isso se tora dbvio, Outro dia, 20 realizarmos alguns jogos coo: Ejsal uma competigio sauivele perativos, uma bela garotinba de $ anos saiu correndo para 9 rsadora. Se féssemos capazes de manter esse tipo ce pers: banheiro, que fica a0 lado do ginisio de esportes. Alguns ins ! stiva em mossos jogos compe ida cantes depois ela pos a cabega forada porta ¢ gritou: “No em 108 os problemas que agora sio evidentes, papel, nZo posse limpar meu bumbumn”. O resto da classe con os membros da nossa sociedade estiverem soci invot a brincar sem se interessar com o que estava acontecendo. idole mais cooperativa e humanista, seremos caprzes de Nama outre ocasi dos em. alguns jo- ' aprovagio do homem amado, provavel ito mais compet ivas para ser a hor possvel, nko hé veegonl ar os jogos competitivos de uma maneiza amistosa e jovial. gos ativos, quando no meio do jogo uma menina tirow o vest & entio, seri me rarmos nossa atencao nas doe jogow-o de lado aum gesto decidido. Ela queria ficar livre | 8 para correre assim fez, N3o hé nada intrinsicamente errado e1 08 A orientagSo feminins, As pesquisas dm mestea qualquer dessesatos, ¢, no entarto, dagui a dez. anos, essa eta ees scagem de modo mais uniform fs neces sas edo aprendide a reagir de modo diferente e poderko corar 4 se empenhar por de vergonha s6 em pensar que se comportaram dessa maneirs. por fen Engiaae A questio ¢ que as pessoas aprendem modos "apropriados” de homens parecem ser mais orien por reagir, aja com celigio a ebdigos de como se vestir ou de como se comportam mais de acordo com compet Se, em relagio 4 preocupago com os mbora a sevializago positiva seja um dos abjetivos dec! ¢ § empatia, os homens pudessem, rados de muitos programas de atividades e experiéncias educa- pr tives, poueo se fez. para construir ambientes que visem a yimezo consideravel hzagdo desse objetivo, Pentos, notes outras recompen nde de vida + Sodados hé muito tempo pera objetivosde desempenho, mn sm criades na mesma sociedsde & cagio de gos, e vitérias, Todavia, raramente se criam reforgos fem gera anais preocupa- aque visam (e depeadatn) os objetivos saciais e a interacio hi com o bemvestar do outros ¢ nko tho abeecadas com o re: mana desejavel de pessoa para pessoa. Na v hi poucos: itive, Isso pode ena? relacionado com ' extativo e eaoperativa em m -m menos condieionadas com- as de premiaeS0. S30 bem mais Ireqiientes os motivo: | pare no ser prestativo, Dessa fornia, a opgto da cooperisio € essencialmente eliminada. ara trabalharmos dentro das atusis escruturas de vit derrota, para suscitarmos mudangas, devemos diminuir a per- ceppio dos participantes em relagio 4 importancia do resultado numérico e proposcionar critérios diferentes de acsitacio e su- cesso. Um alternativa para om proporcionar novos tipos de estrururas de vitériswiedria que eriem jogos sem per= dedores, ‘Onde novas abordagens ou extruturss foram produsidas, ten amos garantis paricipagfo plena nos jogos, assegarar sentime tos de aceitaglo ¢ prazes, desenvolver valores interpessoais positivos ¢ promover a cooperagéo. Tentamos prepacar 0 pal- Co para que as criangas aprendam a valorizar as outras ¢ reco- rnhesam que as vitorias pessoais nao dependem necessariamente ch cercora das outras, Tentamos ajudar as criangas a tomar cons- cidncia de que todos os que estio jogando, toda a equipe, toda seo pare imegrante do jog Inodurimos regis lassem a conseguir isso, Uma ver. que esses valores basicos forem aprendidos © aceitos, em geral as gran rao a mals tae Ao ineroduzir atividades e jogos que alteram o stual con- exito de vitdriadezrota, a vontade original de jogar apenas pe- s valores intrinsecos do jogo é legivimada e reavivada. [ss por sua vez, progorciona wina posicio significativa paraa de massa, jovens ¢ velhos, no campo do envalvimento ativo, Para o adolescente, que maistarde escotheri buscar 0 caminho «da supremacia, habituado aos jogos cooperativos, deveri enca- rar a competigio € cooperacio, em uma equipe, de um modo siudavel e positive. Sead experiéncia com rovos jogos deve demonstrar que sr'2c to Gorto-am ser human nan pende otaiente de un rest Conseqiientemente, pars aqueles que desejarem, os exportes se tornario uma busea do autodescnvolvimento, ¢ nfo uma ‘oportunidade de destruir os outros ou uma temivel questio de 3 expos vos podem ser enrique como também os cooperadores potenciais, as recom- pensas associadas 8 cooperagio e alcance imediato do objetivo desejado por meio da cooperagio. Deve-se lerabrar que, numa sociedade competitiva, a percepcio que um individuo tem de tumta soluedo cooperativa atraente ¢ eficiente pode estar distor- 6 cida por sua socializario em solugdcs competitivas para t As experiéncias cooperativas bemsucedidas durance a infancia ajudario a cristalizar a atragio pelas aiternativas cooperativas durante toda a vida foco para a mudanga Em nossa buses de mudangas positiv seria focalizar nossa atengio no comportamento dos adultos esperando que professores, trcinadorcs, pais ¢ outros adultos si nificativos se tornem exemplos apropriados ¢tcansinitam val es cooperativos e humanistas, Pessoas significativas na vida de ‘uma crianga certamente tém 9 potencial ¢e influenciar estratu- ies de valores, autopercepcdes € comportamentos. Entretanto, Para seguirmos esse caminho, devemos primeiro mudar 0 com- portamento do adulto, que deve, por suz vez, tentar influen- ciar © comportamento da crianga, Como todos sabemos modificar 0 comportamento de um adulto nfo é ama tarefe fé- se esperamos que esses adultos ajam, haseados nesse com= portamento reeémadquirido, influenciando outros que estio a seu cargo, « tarefa torna-se mais diffeil ainda. Aumenzando 0 grav de compromisso, podemos adiscéncia entre nossis palavras ¢ atos. O compromisso s de ne como o empenko ou obrigardo de um individuo para com atos de comportanento. O grav de compromisso em contex- tos de atividade fisica pode ser aumentado da seguinte forma: 1. Melhorando a explicidade de uma incencio (por exem plo, melhorande a publicidade e a especificidede) 2. Aumentando a responsabilidade pelo comportamento (por exemplo, distinguindo 2 imporinch e liberdade ao de elarar 4 intengio) 3. Revisandose peviadicamente ox objetivos eas intengBes aradas (por exemplo lembrando freqiientemente ¢ reformu- indo a intengo), Cal Bowerill, que awal d sao de Treinadores do Canad, testou essas hipdteses ma prévica Com diferentes equipes esportivas, Numa ocasifo afixou o se- 7

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