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Mestre em Organizações e Desenvolvimento. Graduada em Direito e
Serviço Social. Especialização na em Dependências Químicas e Terapia
Familiar. Professora da Escola da Magistratura do Estado do Paraná e da
Uninter. Membro da Comissão de Práticas Restaurativas Tribunal de Justiça
do Paraná. Servidora do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
http://lattes.cnpq.br/6813775462786363
O primeiro período caracteriza-se pela insatisfação da população
com a administração da justiça, no qual se “preconizou três ondas
renovatórias que envolviam a assistência judiciaria aos pobres, a
representação dos interesses difusos e os então chamados métodos
“alternativos” de resolução de conflitos”. (AZEVEDO, 2011, p.12).
Cabe esclarecer que, o termo ondas renovatórias do acesso à justiça,
foi criado por Cappelletti (1988), que propõe um novo movimento
representado por três principais ondas renovatórias do acesso à justiça como
forma de solucionar esses problemas apontados como dificultadores do
acesso a justiça,.
O primeiro período consiste na efetiva implementação da assistência
judiciária; a segunda, voltada aos interesses difusos, especialmente na
questão da proteção ambiental e do consumidor; e, o último, atinente à um
novo enfoque de acesso à justiça, considerando as múltiplas alternativas
para atacar as barreiras que impedem o acesso. (CAPPELLETTI, 1988)
Já o segundo período, marcado por inquietações, foi caracterizado
pela necessidade da saída da justiça em tempo razoável. Assim, além do
acesso a justiça, seria necessária uma saída do Poder Judiciário, como o
proferimento de sentença em tempo razoável. (AZEVEDO, 2011).
Nesse aspecto, cabe esclarecer que os tribunais brasileiros, com
base nas diretrizes do Conselho Nacional de Justiça, se organizaram para
estabelecer diretrizes de enfrentamento da demanda abundante de ações,
motivados pela Resolução n. 70 do CNJ, de 18 de março de 2009. Ainda, a
denominada meta II do CNJ, impulsionou os tribunais a vencer o estoque de
causas antigas que somavam no início da meta mais de 70 milhões.
(BACELLAR, 2012).
E, por fim, o terceiro e atual período de acesso à justiça, está,
segundo Azevedo (2011), correlacionado ao desenvolvimento doutrinário,
dentro da cultura jurídico-processual brasileira, das novas modalidades de
soluções consensuais de conflitos.
Já Bacellar (2012) propõe que vivenciamos cinco ondas de reforma
desse movimento de acesso a justiça, quais são:
a) primeira onda: relacionada a implementação da assistência jurídica
gratuita ou em valores compatíveis a renda das pessoas menos favorecias;
b) segunda onda: atinente aos interesses difusos, como consumidor
meio ambiente;
c) terceira onda: acesso a justiça com múltiplas alternativas para
desmobilizar as barreiras que impediam o acesso;
d) quarta onda: traz a dimensão ética dos profissionais que buscam
viabilidade o acesso a justiça, bem como da própria concepção de justiça;
e) quinta onda: seria a onda de saída da justiça, seja pelos métodos
adversariais, seja pelos métodos consensuais.