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APRESENTAGAO Este material foi elaborado pela equipe do Mestrado Profissional em Educagao em Diabetes do programa de pés-graduacao do Instituto de Ensino e Pesquisa Santa Casa BH com 0 objetivo de facilitar o entendimento dos passos para o exame completo dos pés das pessoas com diabetes Considerado essencial no acompanhamento e controle das pessoas com diabetes, este exame deve ser realizado pelo menos uma vez ao ano e fazer parte da rotina do rastreamento das complicagées e, principalmente, ser a oportunidade para que a equipe de satide eduque em diabetes para prevenir complicacées. Prof.* Dra. Janice Sepulveda Reis Endocrinologista - Coordenadora do Ambulatério de Diabetes Tipo 1 da Santa Casa BH Doutora em Clinica Médica pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Santa Casa BH Coordenadora do Mestrado Profissional em Educagao em Diabetes do IEP Santa Casa BH SANTA CASA Instituto de Ensino e Pesquisa Santa Casa BH CENTRO DE DIABETES - Santa Casa BH COORDENAGAO Prof.* Dra. Maria Regina Calsolari Endocrinologista - Coordenadora do Ambulatério de Neuropatia e Pé Diabético da Santa Casa BH Prof.* Dra. Janice Septilveda Reis Endocrinologista - Coordenadora do Ambulatério de Diabetes Tipo 1 da Santa Casa BH Doutora em Clinica Médica pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Santa Casa BH Coordenadora do Mestrado Profissional em Educagao em Diabetes do IEP Santa Casa BH COLABORADORES @ Daniel Dutra Romualdo Silva - Endocrinologista = Ewerton Lamounier Junior - Médico de Familia e Comunidade m Izabela Maira Sena - Fisioterapeuta m Livia Arruda Costa - Farmacéutica m Maria de Lourdes Baéta Zille - Farmacéutica e Bioquimica m= Walace Di Flora - Fisioterapeuta ILUSTRAGOES Juliana Maria Melo - Enfermeira e Arte-terapeuta SANTA CASA SUMARIO Protocolo de avaliagao dos pés Sintomas de polineuropatia Avaliagao de deformidades e alteracoes Avaliagdo da forga muscular Escore de sintomas neuropaticos Escore de sinais neuropaticos Avaliagao da sensibilidade protetora plantar Avaliagao circulatéria Diagnéstico e conduta Guia geral para prescricdo de calcados Referéncias 04 06 08 15 16 18 21 23 27 28 29 Nome: Origem: Data de nascimento: L L Idade:_ Sexo: © Feminino Masculine Data do exame: —__ O Diabetes Tipo 1 © Diabetes Tipo 2 MEDICAGOES EM USO: © nsulina O Antidiadsticos orais © Medicacdes para Neuropatia AVALIAGAO DE DEFORMIDADES E ALTERAGOES A INSPECAO: © Amputacao O Fissuras O onicomicose O Proeminéncia bssea © Anidrose © Halux valgo O Pécavo O Sinai da prece O Atrofia interéssea O Hiperceratose © Péde Charcot © Trauma © Catos © Hiverpigmentago O Péem garra O Utcera © Distrotia © Micose interdigital © Pé plano © Unha encravada Temperatura © Nomal © Fa Cor © Normal © Ganose Higienizacao © Acequada © Inadequada Calgados adequados O sin O Neo AVALIAGAO DA FORCA MUSCULAR E PROPRIOCEPG AO: Dorso flexdo e flexdo plantar ‘© Normal (Vence resisténcta) ©) Alterada ((raqueza levelmoderadalsevera) SINAIS E SINTOMAS DE POLINEUROPATIA: eae eed © Se NAO, interromper a avaliagao ‘Que tipo de sensagao mais te incomoda? (descrever as manobras para o | ©) Que'magao, dorméncia ou formigamento | 2 pts paciente se ele nao citar nenhuma destas) O Fadiga, caimbras ou prurido lot 8 Pés 2 pts © outra localizacao Opt ‘© Durante a noite 2 ots Existe alguma hora do dia em que aumenta de intensidade? Q Durente o dia e a noite pt © Apenas durante o dia Opt fe sintoma desert jé ofa) acordou durante a noite? osm Be ‘Alguma manobra que o{a) senhor(a) realiza é capaz de diminuir o sintoma_ 8 “Andar 2 pts elas) O Sentar ou deitar Opt Escore total: pontos. Classificagao: Normal / Leve / Moderado / Grave Um escore de 0-2: Normal; 3-4: Leve; 5-6: Moderado; 7 -9: Grave es «il INTENSIDADE DO SINTOMA NEUROPATICO: ESCALA VISUAL ANALOGICA (EVA) or eee Bre Om =I Mensuragio: CIO] mm) —intensidade (assinale): OLeve<40 OModerada 240-69 OGrave 270 eae ed PEDIRETTON PE ESGUERDO Vibagso 128 o o Presente =O, Dininuida ou ausenie = 7 Temaeratura o o Presene=0, Dimi ou auserte = Dor o o Presente = 0, Diminuida ou ausente =1 Fatixas o o Prasenie = 0, Presente eforgo) = 1; Ausente=2 eal de ports om smb op: = Escore tak 0-2: Normal; 3-5: Love; 6-8: Moderade; $10: Grave EXAME PARA RISCO DE ULCERA - SPP (MONOFILAMENTO 10 G): Assinalar 0s pontos em que nao houve sensibilidade. Qualquer rea insensivel, considerar o teste como positiva (SP alterada). SPP - SENSIBILIDADE PROTETORA PLANTAR O spp alterada O sPP normal Pé esquerdo O spp alterada O sPP normal AVALIACAO CIRCULATORIA: © faena © verzes © _Amputagées prévies Clauicapéo Internitente Osim © Nio Palos em MMI © Pesos © iit poser Puts ateral pedoso © Presente © Dirinuide ou ausene pooner Paulo artral tibial postevior © Proserte © Dimicuido ou ausene Puls ateal peioso O Presente ‘O Diminuido ou ausente PEESQUERDO) Puls artral tibial posterior O Presente © Diminuido ou ausene DIAGNOSTICO: © _DOR NEUROPATICA epenas)= scare de sntomas & 05 (am snas)- EVA = 40 mm ‘O_PNDDOLOROSA Escae de sntomas 208 eEssore de sina neuopsticos = 3 © PND cam sca de ucrapio Esco de snas = 05 com ou om sinlomas ‘© _PNOASSINTOWATICA somenteescores de snis) T lleve= 03 1Mocerada 205 _[ 1Grave=07 “Reaver mene wapblen: Ercre stones #05 © aU VA Esare = 40min CONDUTA © Encaminhamentos: ® Orientagses sobre cuidados com os pés © outros: Assinatura do examinador: es ; qe DIABETES MELLITUS: Eracass MANUAL DO EXAME DOS PES SINTOMAS DE POLINEUROPATIA. A anamnese permite a identificagéo de alguns sintomas de acometimento pela polineuropatia diabética. Os principais sintomas a serem pesquisados séo detalhados e exemplificados abaixo: PARESTESIA Sensagdo anormal - como ardor, formiga- mento, prurido etc.- percebidos na pele e sem motivo aparente, mas relacionados frequentemente com irritagdo ou trauma de nervos sensitivos ou raizes nervosas. DOR EM QUEIMACAO Também chamada de dor neuropatica peri- férica, é descrita pelos pacientes como uma sensagéo de dor como se estivessem calgando uma botinha indesejével, com dor em ardéncia, sensagao de queimagao ou fogo nas pernas. HIPERALGESIA Eo aumento anormal da sensibilidade a dor. Na hiperalgesia tatil, mesmo pequenos toques ou pressdes causam dor acentuada, enquanto na hiperalgesia muscular, peque- nos esforgos causam grande dor. ae SANTA CASA ALODINIA E decorrente da lesao nos terminais dos ¥ neurdnios que respondem pelos receptores de sensagao da pele. Quando tocamos a pele hé uma sensacdo de desconforto, como se a parte tocada tivesse sofrido quei- madura, ou uma ardéncia muito incémoda, por mais leve que seja o atrito no local afeta- do. Esta anormalidade pode ser percebida pela percepeao de dor relatada por alguns pacientes devido ao contato de roupas ou leng6is sobre a pele, ou mesmo pelo teste do monofilamento ANESTESIA Condigdo em que ocorre auséncia ou desa- parecimento de uma ou mais formas de sensibilidade. E 0 estagio mais grave da neuropatia sensorial. O paciente passa a no apresentar sensaco dolorosa com feridas, traumas e calgados, predispondo ao aparecimento de lesdes despercebidas que podem evoluir como Ulceras ou contamina- do bacteriana e, assim, colocar o paciente em risco de amputagses e infecgées graves. CAIMBRAS Contragéo muscular espasmédica, involun- taria, suibita e dolorosa, em geral, de curta duragdo. Sao frequentes na neuropatia diabética qe DIABETES MELLITUS: Eracass MANUAL DO EXAME DOS PES Anat el ala ea eee) O exame de inspecao dos pés permite a identificagao dos diversos sinais de acometi- mento pela polineuropatia diabética, assim como a presenga de complicagées e infec- g6es associadas. Os principais achados patolégicos do exame sao detalhados e exem- plificados abaixo: ATROFIA INTEROSSEA £ uma forma de resposta adaptativa da célula as novas condigdes impostas pelo organismo. Atrofia interéssea é uma altera- 40 na musculatura interéssea das maos e dos pés (entre os ossos do metatarso e do metacarpo), causando deformidades das extremidades, A musculatura nessas regi- Ges fica atrofiada, dando o aspecto de saliéncia dos tendées em meio aos muiscu- los interésseos. HALUX VALGO. Popularmente conhecido como joanete, é um desvio lateral acentuado do primeiro pododactilo, o hélux ou dedao do pé

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