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INDICE LINGUA PORTUGUESA Elementos de construsio do texto e seu sentido: género do texto literario e néo Iterario, narrative, descritive & argumentativo}; interpretagio e organizagzo interna or Semntica: sentido e emprego dos vocabulos; campos seménticos; emprego de tempos e modos dos verbos em portugues. 19 Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticals; processos de formacéo de palavras; mecanismos de flexio dos nomes e verbos, 22 Sintaxe: frase, oragéo e periodo; termos da oracao; processos de coordenagéo e subordinago; concordéncia nominal e verbal; transitvidade e regéncia de nomes e verbos; padrées gerais de colocasio pronominal no portugues; ‘mecanismos de coesio textual Ontegratia, Acentuagio gratia, Emprego do sinal indicativo de crase. Pontuagéo.. Estilstca: figuras de linguagem. 102 Reescrita de frases: substituiso, deslocamento, paralelismo; variagao linguistica: norma culta, 107 @NovA ‘CONCURSOS ELEMENTOS DE CONSTRUGAO DO ‘TEXTO E SEU SENTIDO: GENERO DO TEXTO (LITERARIO E NAO LITERARIO, NARRATIVO, DESCRITIVO E ARGUMENTATIVO); INTERPRETAGAO E ORGANIZAGAO INTERNA. Interpretagio Textual Texto ~ é um conjunto de ideias organizadas e rela- cionadas entre si, formando um todo significative capaz de produzir interacéo comunicativa (capacidade de codi- ficar e decodifican). Contexto - um texto é constituido por diversas frases. Em cada uma delas, ha uma informacao que se liga com a anterior e/ou com a posterior, ctiando condigdes para a estruturacéo do contetido a ser transmitido, A essa in- terligacéo da-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases € tio grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, po- dera ter um significado diferente daquele inicial Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- réncias diretas ou indiretas a outros autores através de citagdes. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretacdo de texto - 0 objetivo da interpretacéo de um texto € a LA partir dai, localizam-se as ideias secundarias (ou fun- damentasées), as argumentagdes (ou explicagées), que levam ao esclarecimento das questées apresentadas na prova, Normalmente, em uma prova, o candidato deve: + Identificar 0s elementos fundamentais de uma ar- gumentasio, de um processo, de uma época (nes- te caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). + Comparar as relages de semelhanga ou de dife- rengas entre as situagées do texto. + Comentar/relacionar 0 contetido apresentado com ‘uma realidade. + Resumir as ideias centrais e/ou secundatias, «+ Parafrasear = reescrever 0 texto com outras pala- CondigSes basicas para interpretar Fazem-se necessarios: conhecimento histérico-ltera- rio (escolas e géneros literdrios, estrutura do texto, lei- tura e pratica; conhecimento gramatical, estilstico (qua- lidades do texto) e semantico; capacidade de observagao de sintese; capacidade de raciocinio, Interpretar/Compreender Interpretar significa: Explica, comentar julgar,trar conclusées, deducir Através do texto, ifere-se que.. E possivel deduzir que.. © autor permite coneluir que. Qual é a intengao do autor ao ofirmar que. Compreender significa Entendimento, atencéo ao que realmente esté escrito. O texto diz que.. E sugerido pelo autor que.. De acordo com 0 texto, € correta ou errada a afirma- so. O narrador afirma, Erros de interpretagao + Extrapolagio (‘viagem’) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que néo estao no ‘texto, quer por conhecimento previo do tema quer pela imaginasio. + Redusio = € o oposto da extrapolasio, Da-se aten- do apenas @ um aspecto (esquecendo que um texto € um conjunto de ideias), 0 que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desen- volvido. + Contradiséo = as vezes 0 texto apresenta ideias contrarias as do candidato, fazendo-o tirar con- clusdes equivocadas e, consequentemente, errar a questio. Observacio: Muitos pensam que existem a dtica do escritor e a otica do leitor. Pode ser que existam, mas em. uma prova de concurso, o que deve ser levado em consi- derasao € o que 0 autor diz e nada mai Coesio e Coerancia Coesio - é 0 emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, oracdes, frases e/ou paragrafos entre si Em outras palavras, a coesdo da-se quando, através de um pronome relativo, uma conjuncio (NEXOS), ou um pronome obliquo atono, ha uma relasio correta entre 0 que se vai dizer e que ja foi dito. S80 muitos os erros de coesio no dia a dia e, entre eles, est o mau uso do pronome relativo ¢ do prono- ime obliquo atono. Este depende da regéncia do verbo; aquele, do seu antecedente. Néo se pode esquecer tam- bem de que os pronomes relativos tém, cada um, valor semantico, por isso a necessidade de adequac3o ao an- tecedente. Os pronomes relativos so muito importantes na in- terpretacio de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesio, Assim sendo, deve-se levar em considerago que existe um pronome relativo adequado a cada circunstan- cia, a saber: {que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- te, mas depende das condigdes da frase. qual (neutro) idem ao anterior. quem (pessoa) cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois © objeto possuido. como (modo) ‘onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) Linus PORTUGUESA UiNGUA PORTUGUESA Exempla: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria parecer 0 demonstrativo 0): Dicas para melhorar a interpretagao de textos * Leia todo o texto, procurando ter uma visto ge- ral do assunto. Se ele for longo, néo desista! Ha muitos candidatos na disputa, portanto, quanto ‘mais informagéo vocé absorver coma leitura, mais chances tera de resolver as questées + Se encontrar palavras desconhecidas, néo interrom- paaleitura. * Leia o texto, pelo menos, duas vezes - ou quantas forem necessarias. + Procure fazer inferéncias, dedusées (chegar a uma conclusio). * Volte ao texto quantas vezes precisar. ‘+ Nio permita que prevalecam suas ideias sobre as, do autor, + Fragmente 0 texto (paragrafos, partes) para melhor ‘compreensio. * Verifique, com atengao e cuidado, o enunciado de cada questio. + O autor defende ideias e vocé deve percebé-las. + Observe as relagdes interparagrafos. Um paragra- fo geralmente mantém com outro uma relacéo de continuacZo, conclusao ou falsa oposicéo. Identifi- que muito bem essas relacées. + Sublinhe, em cada paragrafo, 0 topico frasal, ou seja, a ideia mais importante. ‘+ Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou incorreto”, evitando, assim, uma confusio na hora da resposta — 0 que vale néo somente para Inter- pretacao de Texto, mas para todas as demais ques- tees! + Se 0 foco do enunciado for o tema ou a ideia prin- cipal, leia com atengio a introdugo e/ou a con- clusio. + Olhe com especial atensio 0s pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, atc, chamados vocabulos relatores, porque reme- ‘tema outros vocabulos do texto. SITES Disponivel em: Disponivel em: — Disponivel em: —_ Disponivel em: (@ EXERCICcIOS COMENTADOS 1. (EBSERH ~ Analista Administrative ~ Estatistica - AOCP-2015) O verso em que aprendi a boiar Quando achamos que tudo jé aconteceu, novas ca- pacidades fazem de nés pessoas diferentes do que IVAN MARTINS Sei que a palavra da moda é precocidade, mas eu acre dito em conquistas tardias. Elas tem na minha vida um gosto especial Quando aprendi a guiar, aos 34 anos, tudo se transfor- mou. De repente, ganhei mobilidade e autonomia. A ci- dade, minha cidade, mudou de tamanho e de fisionomia, Descer a Avenida Rebousas num taxi, de madrugada, era diferente — e pior— do que descer a mesma avenida com as mios ao volante, ouvindo rock and roll no radio. Pegar a estrada com os filhos pequenos revelou-se uma delicia insuspeitada, Talvez porque eu tenha comecado tarde, guiar me pare- ce, ainda hoje, uma experiéncia incomum. E um ato que, mesmo repetido de forma diaria, nunca se banalizou in- teiramente, Na véspera do Ano Novo, em Ubatuba, eu fiz outra des~ coberta tempora. Depois de décadas de tentativas intiteis e frustrantes, num final de tarde ensolarado eu conquistei o dom da fiutuagdo. Nas aguas calidas e translicidas da praia Bra- vva, sab o olhar risonho da minha mulher, finalmente con- segui boiar. Nao riam, por favor. Vocés que fazem isso desde os oito anos, vocés que ja enjoaram da auséncia de peso e esfor- 50, vocés que no mais se surpreendem com a sensasio de balangar ao ritmo da agua ~ sinto dizer, mas vocés se esqueceram de come tudo isso é bom, Nadar é uma forma de sobrepujar a agua e impor-se a cla, Boiar é fazer parte dela — assim como do sol e das. montanhas ao redor, dos sons que chegam filtrados ao ouvide submerso, do vento que ergue a onda e lansa gua em nosso rosto. Boiar & ser feliz sem fazer forca, & isso, curiosamente, néo ¢ facil, Essa experiéncia me sugeriu algumas consideracées so- bre a vida em geral Uma delas, ébvia, € que a gente nunca para de aprender ou de avangar. Intelectualmente e emocionalmente, de lum jeito pratico ou subjetivo, estamos sempre incorpo- rando novidades que nos transformam. Somos geneti- camente elaborados para lidar com o novo, mas nao $6. Também somos profundamente modificados por ele. A cada momento da vida, quando achamos que tudo ja aconteceu, novas capacidades irrompem e fazem de nos uma pessoa diferente do que éramos, Uma pessoa capaz de boiar é diferente daquelas que afundam como pedras. Suspeito que isso tenha importancia também para os re- lacionamentos. Se a gente nio congela ou enferruja—e tem gente que ja cesta assim aos 30 anos — nosso repertorio intimo tende a se ampliar, a cada ano que passa e a cada nova relasio. Penso em aprender a escutar e a falar, em olhar o outro, em tocar o corpo do outro com propriedade e deixar-se tocar sem susto. Penso em conter a nossa propria frustra- do e a nossa firia, em permitir que o parceira floresca, em dar atengéo aos detalhes dele. Penso, sobretudo, em conquistar, aos poucos, a ansiedade e inseguranga que rnos bloqueiam 0 caminho do prazer, nao apenas no sen- tido sexual, Penso em estar mais tranquilo na companhia do outro e de si mesmo, no mundo, Assim como boiar, essas coisas so simples, mas preci- sam ser aprendidas, Estar no interior de uma relagéo verdadeira é como estar nna agua do mar. As vezes vocé nada, outras vezes vocé boia, de vez em quando, morto de medo, sente que pode afundar. E uma experiéncia que exige, a0 mesmo tem- po, relaxamento e atengio, e nem sempre essas coisas se combinam. Se a gente se pde muito tenso e cerebral, a relagio perde a espontaneidade. Afunda, Mas, largada apenas ao sabor das ondas, sem atengio ao equilibrio, a relasao também naufraga. Ha uma ciencia sem calculos que tem de ser assimilada a cada novo amor, por cada um de nos. Ela fornece a combinacio exata de atensio relaxamento que petmite boiar. Quer dizer, viver de for- ima relaxada e consciente um grande amor. Na minha experiéncia, esse aprendizado nao se fez ra- pidamente, Demorou anos e ainda se faz. Talvez porque eu seja homem, talvez porque seja obtuso para as coi- sas do afeto. Provavelmente, porque sofro das limitagBes emacionais que muitos sofrem e que tornam as relagBes afetivas mais tensas e trabalhosas do que deveriam ser. Sabemos nadar, mas nos custa relaxar e ser felizes nas ‘aguas do amor e do sexo, Nos custa boiar. ‘boa noticia, que eu redescobri na praia, é que tudo se aprende, mesmo as coisas simples que pareciam impossives Enguanto se esta vivo e relagao existe, ha chance de me- thorar. Mesmo se ela acabou, é certo que havera outra ro futuro, no qual faremos melhor: com mais calma, com. ‘mais prazer, com mais intensidade e menos medo. (O verdo, afinal, esta apenas comecando. Todos os dias se pode tentar boiar. ‘ni://epoca globo com/colunas-e-blogs/van-martins/ncti- i/2014/01/overoo-2m-que-aprendi-boiar html De acordo cam 0 texto, quando o autor afirma que “To- dos os dias se pode tentar boiar." ele refere-se ao fato de a) haver sempre tempo para aprender, para tentar relaxar e ser feliz nas aguas do amor, agindo com mais cal- ma, com mais prazer, com mais intensidade e menos medo, b) ser necessario agir com mais cautela nos relaciona- mentos amorosos para que eles néo se desfacam. ) haver sempre tempo para aprender a ser mais criterio- 50 com seus relacionamentas, a fim de que eles sejam vividos intensamente. 4) haver sempre tempo para aprender coisas novas, in- clusive agir com o raciocinio nas relagdes amorosas. @) ser necessério aprender nos relacionamentos, porém sempre estando alerta para aquilo de ruim que pode acontecer. Resposta: Letra A. Ao texto: (.) tudo se aprende, ‘mesmo as coisas simples que pareciam impossiveis. / Enquanto se esta vivo e relacao existe, hé chance de ‘melhorar = sempre ha tempo para boiat (aprender). Em ‘a’: haver sempre tempo para aprender, para ten- tar relaxar e ser feliz nas aguas do amor, agindo com, ‘mais calma, com mais prazer, com mais intensidade e menos medo = correta Em “b": ser necessario agir com mais cautela nos rela- cionamentos amorosos para que eles no se desfagam = incorreta - 0 autor propée viver intensamente. Em ‘c’: haver sempre tempo para aprender a ser mais, criterioso com seus relacionamentos, a fim de que eles sejam vividos intensamente = incorreta ~ ser menos. ‘objetivo nos relacionamentos. Em ‘ds haver sempre tempo para aprender coisas no- vas, inclusive agit com o raciocinio nas relagdes amo- er mais emocéo. ser necessario aprender nos relacionamentos, porém sempre estando alerta para aquilo de ruim que pode acontecer = incorreta — estar sempre cuidando, no pensando em algo ruim. 2. IBACEN — TECNICO - CONHECIMENTOS BASICOS ~ AREA 1 e 2 ~CESPE-2013) Uma crise bancéria pode ser comparada a um vendaval Suas consequéncias sobre a economia das familias e das empresas so imprevisiveis. Os agentes econémicos rela- cionam-se em suas operacées de compra, venda e troca cde mercadorias e servicos de modo que cada fato econd- ‘ico, seja ele de simples circulacdo, de transformasao ou de consumo, corresponde a realizasio de ao menos uma operasao de natureza monetaria junto a um intermedi rio financeiro, em regra, um banco comercial que recebe um depésito, paga um cheque, desconta um titulo ou antecipa a realizacéo de um crédito futuro. A estabil de do sistema que intermedeia as operasées monetiias, portanto, ¢ fundamental para a propria segurana e esta- bilidade das relages entre os agentes econdmicos, A’iminéncia de uma crise bancaria é capaz de afetar e contaminar todo 0 sistema econémico, fazendo que os titulares de ativos financeiros fujam do sistema financeiro se refugiem, para preservar 0 valor do seu patriménio, em ativos moveis ou imoveis e, em casos extremos, em. estoques crescentes de moeda estrangeira. Para se evitar esse tipo de distorgéo, é fundamental a manutengéo da credibilidade no sistema financeiro. A experiéncia brasileira como Plano Real é singular entre os paises que adotaram politicas de estabilizasio monetaria, uma vez que a rever- so das taxas inflaciondrias ndo resultou na fuga de capitals liquidos do sistema financeiro para os ativos reais. Pode-se afirmar que a estabilidade do Sistema Financ ro Nacional € a garantia de sucesso do Plano Real. Nao existe moeda forte sem um sistema bancario igualmente forte. Nao é por outra razao que a Lein® 4.595/1964, que criou 0 Banco Central do Brasil (BACEN), atribuiu-ihe si- ‘multaneamente as funges de zelar pela estabilidade da moeda e pela liquidez e solvéncia do sistema financeiro. ‘Atuagéo do Banco Cental na sua funcdo de zelar pela estabil- fade do Sistem Financeio Nacional internet: < wn-bcb govbr > (com adaptacées Linus PORTUGUESA UiNGUA PORTUGUESA Conclui-se da leitura do texto que @ comparagio entre “crise bancaria® e “vendaval" embasa-se na impossibi- lidade de se preverem as consequéncias de ambos os fendmenos ().ceRTO ()ERRADO Resposta: Certo. Conclui-se da leitura do texto que a comparagio entre “crise bancaria" e “vendaval” em- basa-se na impossibilidade de se preverem as conse- ‘quéncias de ambos os fendmenos. Voltemos ao texto: Uma crise bancéria pode ser com- parada a um vendaval. Suas consequéncias sobre a eco- ‘nomia das familias e das empresas sdo imprevisiveis 3. (BANPARA - ASSISTENTE SOCIAL - FADESP-2018) Lastro e 0 Sistema Bancario lel Até 05 anos 60, 0 papel-moeda e o dinheiro deposita- do nos bancos deviam estar ligados a uma quantidade de ouro num sistema chamado lastro-ouro. Como esse metal ¢limitado, isso garantia que a produsio de dinhei ro fosse também limitada. Com o tempo, os banqueiros se deram conta de que ninguém estava interessado em trocar dinheiro por ouro e criaram manobras, como a re- serva fracional, para emprestar muito mais dinheiro do que realmente tinham em ouro nos cofres. Nas crises, como em 1929, todos queriam sacar dinheiro para pagar suas contas e os bancos quebravam por falta de fundos, deivando sem nada as pessoas que acreditavam ter suas economias seguramente guardadas. Em 1971, 0 presidente dos EUA acabou com o padrio- -ouro. Desde entéo, 0 dinheiro, na forma de cédulas & principalmente de valores em contas bancaras, ja néo tendo nenhuma riqueza material para representar,¢ cra do 2 partir de empréstimos. Quando alguém vai até 0 banco e recebe um empréstimo, 0 valor colocado em sua conta é gerado naquele instante, criado a partir de uma decisio administrativa, e assim entra na economia. Essa explicagio permaneceu controversa e escondida por ruito tempo, mas hoje esta clara em um relatorio do Bank of England de 2014 Praticamente todo 0 dinheiro que existe no mundo é ariado assim, inventado em canetagos a pair da conces- so de empréstimos. O que toma tudo mais estranho perverso é que, sobre esse empréstimo, é cobrada uma divida. Entio, se eu peco dinheiro ao banco, ele inventa rimeros em uma tabela com meu nome e pede que eu devolva uma quantidade maior do que essa. Para pagar a divida, preciso ir até o dito “livre-mercado”e trabalhar, lutar, taivez trapacear, para conseguir 0 dinheiro que banco inventou na conta de outras pessoas. Esse € 0 di- nnheiro que vai ser usado para pagar a divida, ja que a Linica fonte de moeda é o empréstimo bancério. No fim, 05 bancos acabam com todo o dinheiro que foi inventa- do e ainda confiscam 0s bens da pessoa endividada cvjo dinheiro tomei ‘Assim, 0 sistema monetério atual funciona com uma moeda que é a0 mesmo tempo escassa e abundante. Es- casa porque s6 banqueiros podem cri-la, e abundante porque é gerada pela simples manipulaso de bancos de dados. O resultado ¢ uma acumulacéo de riqueza e po- der sem precedentes: um mundo onde o patriménio de 80 pessoas é maior do que o de 3,6 bilhées, e onde 0 1% mais rico tem mais do que os outros 99% juntos. Ll Disponivet em hrtps//fagulha.org/artigs/nventando-dinheiro/ ‘Acessodo em 20/03/2018 De acordo como autor do texto Lastro eo sistema bancé- rio, a reserva fracional foi criada com o objetivo de a) tomar ilimitada a produgo de dinheio. b) proteger os bens dos clientes de bancos. )impedir que os bancos fossem a faléncia. d) permitir 0 empréstimo de mais dinheiro ) preservar as economias das pessoas. Resposta: Letra D. Ao texto: (..) Com o tempo, os banqueiros se deram conta de que ninguém estava interessado emtrocar dinheiro por ouro e criaramma- nobras, como a reserva fracional, para emprestar mu to.mais dinheiro do que realmente tinham em ouro nos cofres. Em ‘a’, tomar ilimitada a producio de dinheiro comreta Em *b", proteger os bens dos clientes de banco: comreta Em “c’, impedir que 0s bancos fossem a faléncia = incorreta Em “a", permitir 0 empréstimo de mais dinheiro = comreta Em “e", preservar as economias das pessoas = incor- reta 4. (BANPARA — ASSISTENTE SOCIAL - FADESP-2018) Aleitura do texto permite a compreensio de que a) as dividas dos clientes so o que sustenta os bancos. b) todo o dinheiro que os bancos emprestam é imagi- ) quem pede um empréstimo deve a outros clientes. d) o pagamento de dividas depende do “livre-mercado”. «) 0s bancos confiscam os bens dos clientes endividados. Respostat Letra A. Ema", as dividas dos clientes sio o que sustenta os bancos = correta Em”b", todo o dinheiro que os bancos emprestam é imaginirio = nem todo Em “c", quem pede um empréstimo deve a outros clientes = deve ao banco, este paga/empresta a oU- tros clientes Em "a", 0 pagamento de dividas depende do “livre- mercado” = nio 56: (.) preciso it até 0 dito “livre- “mercado” e trabalhar, lutar,talvez trapacear. Em’e’, os bancos confiscam as bens dos clientes endi- vidados = desde que nio paguem a divida 5. (BANESTES ~ ANALISTA ECONOMICO FINANCEI- RO GESTAO CONTABIL - FGV-2018) Observe a charge abaixo, publicada no momento da intervengao nas at Vidades de seguranga do Rio de Janeiro, em marco de 2018, Ha uma série de informagiesimplictas na charge: NAO pode, no entanto, ser inferida da imagem e das frases a Seguinte informa cio: a) a classe social mais alta esta envolvida nos crimes co- metidos no Rio; b) a tarefa da investigasao criminal nao esta sendo bem- “feita; a linguagem do personagem mostra intimidade com 0 interlocutor; ) apresenga do orelhio indica o atraso do local da char- ge €@) as imagens dos tanques de guerra denunciam a pre- senga do Exercito. Resposta: Letra D. NAO pode ser inferida da imagem e das frases a se- guinte informagao Ema’, a classe social mais alta esta envolvida nos cri mes cometidos no Rio = inferéncia correta Em", a tarefa da investigacao criminal néo esta sen- do bern-feita = inferéncia correta Em’‘c’, a linguagem do personagem mostra intimida- de como interlocutor = inferéncia correta Em’‘d", a presenga do orelhio indica o atraso do local da charge = incorreta Em ’e’, as imagens dos tangues de guerra denunciam a presenca do Exércto = inferéncia correta 6. (CAIXA ECONOMICA FEDERAL - NIVEL SUPERIOR ~ CONHECIMENTOS BASICOS ~ CESPE-2014) As primeiras moedas, pesas representando valores, ge- ralmente em metal, surgitam na Lidia (atual Turquia), no século Vil a.C. As caractersticas que se desejava ressaltar ram transportadas para as pecas por meio da panca- dda de um objeto pesado, em primitivos cunhos. Com 0 surgimento da cunhagem a martelo e 0 uso de metais nobres, como 0 ouro e a prata, os signos monetétios pas- sarama ser valorizados também pela nobreza dos metais neles empregados. Embora a evolucéo dos tempos tenha levado @ substi- tuisgo do ouro e da prata por metais menos raros ou suas ligas, preservou-se, com o pasar dos séculos, a as- sociagao dos atributos de beleza e expresso cultural a0 valor monetirio das moedas, que quase sempre, na atua- lidade, apresentam figuras representativas da historia, da cultura, das riquezas e do poder das sociedades. Arnecessidade de guardar as moedas em seguranga le- vou ao surgimento dos bancos. Os negociantes de ouro € prata, por terem cofres e guardas a seu serviso, passa- rama aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guar- dadas, Esses recibos passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por ser ‘mais seguro porté-los do que portar dinheiro vivo. Assim surgiram as primeiras cédulas de “papel moeda’, ou c dulas de banco; concomitantemente ao surgimento das cédulas, a guarda dos valores em espécie dava origem a instituiges bancarias ‘Casa da Moeda do Brsit 290 anos de histéria, 1634/1964, Depreende-se do texto que duas caracteristicas das ‘moedas se mantiveram ao longo do tempo: a veiculasio de formas em sua superficie e a associagao de seu valor ‘monetiio a atributos como beleza, () CERTO () ERRADO Resposta: Errado. Depreende-se do texto que duas ‘earacteristicas das moedas se mantiveram ao longo do ‘tempo: a veiculagéo de formas em sua superficie e a associagio de seu valor monetario a atributos como beleza = errado (é 0 inverso). Texto: (.) a associacio dos atributos de beleza e ex- pressio cultural ao valor monetario das moedas, que quase sempre, na atualidade, apresentam figuras re- presentativas da historia, da cultura, das riquezas e do poder das sociedades. 7. (Camara de Salvador-BA ~ Assistente Legislative Municipal — FGV-2018-adaptada) "Hoje, esse termo denota, além da agressio fisica, diversos tipos de impo- sisao sobre a vida civ, como a repressio politica, familiar ‘ou de género, ow a censura da fala e do pensamento de detetminados individuos e, ainda, o desgaste causado pelas condigées de trabalho e condigdes economicas”. A manchete jomalistica abaixo que NAO se enquadra em rnenhum tipo de violéncia citado nesse segmento €: a) Presa por mensagem racista na internet; b) Vinte pessoas so vitimas da ditadura venezuelana; ) Apanhou de policiais por destruir caixa eletranico; d) Homossexuais so perseguidos e presos na Russia; ©) Quatro funcionarios ficaram livres do trabalho escravo, Resposta: Letra C. Em “a’: Presa por mensagem ra cista na internet = como a repressao politica, familiar ou de género Linus PORTUGUESA UiNGUA PORTUGUESA Em “6: Vinte pessoas sio vitimas da ditadura vene- zuelana = como a repressao politica, familiar ou de gé : Apanhou de policiais por destruir caixa eletra- nao consta na Manchete acima ': Homossexuais slo perseguidos e presos na -ome a repressio politica, familiar ou de gé- ‘Quatro funcionérios ficaram livres do trabalho escravo = 0 desgaste causado pelas condicées de tra- batho 8. (MPE-AL - ANALISTA DO MINISTERIO PUBLICO AREA JURIDICA - FGV-2018) Oportunismo @ Direita e a Esquerda Numa democracia, é livre a expressio, estio garantidos © direito de reunio e de greve, entre outros, obedecidas leis e regras, lastreadas na Constitui¢éo. Em um regime de liberdades, ha sempre o risco de excessos, a serem devidamente ‘contidos e seus responsaveis, punidos, conforme estabelecido na legislacio. E 0 que precisa acontecer no rescaldo da greve dos cami- nhoneiros, concluidas as investigases, por exemplo, da ajuda ilegal de patrdes a0 movimento, interessados em se beneficiar do barateamento do combustivel. Sempre ha, também, 0 oportunismo politico-ideolégico para se aproveitar da crise. Inclusive, neste ano de elei- 40, com 0 objetivo de obter apoio a candidatos. Nao faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor, para desgastar governantes e reforcar seus projetos de po- der, por mais delirantes que sejam. Também aqui vale o que esta delimitado pelo estado democratico de direito, defendido pelos diversos instruments institucionais de que conta o Estado ~ Policia, Justica, Ministério Publico, Forgas Armadas etc A greve atravessou varios sinais ao estrangular as vias de suprimento que mantém o sistema produtivo funcionan- do, do qual depende a sobrevivéncia fisica da populacao. Isso nao pode ser esquecido e serve de alerta para que as autoridades desenvolvam planos de contingéncia. 0 Globo, 31/05/2018 “Eo que precisa acontecer no rescaldo da greve dos ca- minhoneiros, concluidas as investigasées, por exemplo, da ajuda ilegal de patrées ao movimento, interessados em se beneficiar do barateamento do combustivel” Se~ gundo esse paragrafo do texto, o que “precisa acontecer” a) manter-se o direito de livre expressio do pensamento, b) garantir-se o direito de reuniao e de greve. ¢ lastrear leis e regras na Constituicéo. 4) punitem-se os responsaveis por excessos. €) concluirem-se as investigacées sobre a greve. Resposta: Letra D. Em “a": manter-se o diveito de livre expressdo do pensamento. = incorreto Em "b": garantir-se o direito de reunido e de greve. incorreto Em “c’: lastrear leis e regras na Constituigi. = incor- reto Em “4”: punirem-se os responsaveis por excessos. Em “e": concluirem-se as investigacées sobre a greve. = incorreto Ao texto: (.) hd sempre o risco de excessos, a serem devidamente contidos e seus responsdveis, punidos, conforme estabelecido na legislacao. / E 0 que precisa acontecer... = precisa acontecer a punigéo dos exces- 9. (PC-MA - DELEGADO DE POLICIA CIVIL - CES- PE-2018) Texto CGIA1AAA A paz no pode ser garantida apenas pelos acordos politicos, econdmicos ou militares. Cada um de nos, in- dependentemente de idade, sexo, estrato social, crenca feligiosa etc. & chamado a criagao de um mundo pacifica- do, um mundo sob a égide de uma cultura da paz. Mas, 0 que significa “cultura da paz"? Construir uma cultura da paz envolve dotar as criancas € 05 adultos da compreensio de principios como liber- dade, justica, democracia, direitos humanos, tolerancia, igualdade ¢ solidariedade. Implica uma rejeicéo, indivi dual e coletiva, da violencia que tem sido percebida na sociedade, em seus mais variados contextos. A cuitura da paz tem de procurar solugdes que advenham de dentro da(s) sociedade(s), que néo sejam impostas do exterior. Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser abordado em sentido negativo, quando se traduz em um estado de nao guerra, em auséncia de conflito, em passividade © permissividade, sem dinamismo préprio; em sintese, condenada a um vazio, a uma néo existéncia palpavel, dificil de se concretizar e de se precisar. Em sua concep- so positiva, a paz no € 0 contrério da guerra, mas a pratica da nao violéncia para resolver confitos, a pratica do dialogo na relagio entre pessoas, a postura democra- tica frente a vida, que pressupde a dinamica da coope- racio planejada ¢ 0 movimento constante da instalacio de justica. Uma cultura de paz exige esforco para modificar o pen- samento e a ago das pessoas para que se promova a paz. Falar de violencia e de como ela nos assola deixa de ser, entéo, a tematica principal. Nao que ela va ser esquecida ou abafada; ela pertence a0 nosso dia a dia e temos consciéncia disso. Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa impregné-lo de pala- vras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantama paz, que Ihe proclamam e promovem. A vio- lencia ja é bastante denunciada, e quanto mais falamos dela, mais lembramos de sua existéncia em nosso meio social. E hora de comesarmos a convocar a presenca da az em nds, entre nds, entre nagdes, entre povos. Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se a ges- tao de conflitos, Ou seja, prevenir os conflitos potencial- mente violentos e reconstruir a paz e a confianca en- tre pessoas originarias de situagao de guerra é um dos exemplos mais comuns a serem considerados. Tal missio estende-se as escolas, insttuigdes puiblicas e outros lo- «ais de trabalho por todo o mundo, bem como aos par- amentos e centros de comunicasao e associagées. Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades, lutando para atingir um desenvolvimento susten- tado e 0 respeito pelos direitos humanos, reforcando as instituigées democraticas, promovendo a liberdade de expres- so, preservando a diversidade cultural e o ambiente. E,entZo, no entrelacamento "paz — desenvolvimento — direitos humanos — democracia” que podemos vislumbrar a educacio para a paz. Leila Dupret. Cultura de paz e acdessbcio-educotivas:desoios para a escola contempordnea In: Pica. sc. Educ (impr) v6, .° 1. Campi= nas, jun. /2002 (com edaptacde). De acordo com o texto CG1ATAAA, os elementos “gestdo de conflitos” e “erradicar a pobreza” devem ser concebidos a) obstaculos para a construcéo da cultura da paz b) dispensaveis para a construsio da cultura da paz d imrelevantes na construggo da cultura da paz 4) etapas para a construsao da cultura da paz €) consequéncias da construgio da cultura da paz. Resposta: Letra D. Em ‘a’: obstéculos para a construgio da cultura da paz. = incorreto Em “6”: dispensdveis para a construcio da cultura da paz. = incorreto Em ‘c’ irelevantes na construcéo da cultura da paz. = incorreto Em “d": etapas para a construsao da cultura da paz. Em “e": consequéncias da construso da cultura da paz. = incorreto Ao texto: Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se d gestdo de conflitos. («) Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades = etapas para construcso da paz. 10. (PC-SP - PAPILOSCOPISTA POLICIAL - VUNESP-2013) Leia o cartum de Jean Galvao (hetps://mm facebook comjeangalvoo.carunista) Considerando a relagio entre a fala do personagem e a imagem visual, pode-se concluir que o que o leva a pular a onda é a necessidade de a) demonstrar respeito as religides. b) realizar um ritual mistico, divertir-se com os amigos. 4) preservar uma tradicéo familar. @) esquivar-se da sujeira da agua, Resposta: Letra E. Em “a’: demonstrar respeito ds religiées. Em "b': realizar um ritual mistico. = incorreto Em "c": divertir-se com 0s amigos. = incorreto Em “d’: preservar uma tradicéo familiar. = incorreto Em "e" esquivar-se da sujeira da agua personagem pula a onda para que nio seja atingido pelo lixo que se encontra no mar. Linus PORTUGUESA UiNGUA PORTUGUESA 11. (PM-SP - SARGENTO DA POLICIA MILITAR - VUNESP-2015) Leia a tira. ‘aectra sara ws noes tampos ‘gor, tomes que Na rina bpoca, ‘ania gente vioBnea’ ‘ee vant gressive ‘tute Sa 7 a “r = = Com sua fala, a personagem revela que (Folha de S Paulo, 02.10.2015. Adaptade) a) a violencia era comum no passado. b) as pessoas lutam contra a violencia violencia esta banalizada, d) 0 preso que pagou pela violencia foi alto. Resposta: Letra C. Em “a”: violéncia era comum no pasado, Em “b': as pessoas lutam contra a violéncia. = incorreto Em ‘c’:a violéncia esta banalizada. Em “d": preco que pagou pela violéncia foi alto. = incorreto Infelizmente, a personagem revela que a violencia esta banalizada, nem ha mais “punigBes” para os agressivos. 12, {PM-SP - ASPIRANTE DA POLICIA MILITAR [INTERIOR] - VUNESP-2017) Leia» charge x amnegos DE cOsuETTCos | suBIRAO 12%) NesTEANO./| >a =a Pancho, win gazetadopove com by) £ cometo assocar 0 humor da charge a0 fato de que 2) 0s personagens tém uma autoestma elevadae sio otimistas, mesmo vivendo em uma situacdo de completo conf- by os doi personagens esti muito beminformados sobre a economia, o que ni conde com aimagem de iminosos 0 valor'dos cosmdticos afetara dretamente a vida dos personagens, pot eles demonstram preocupagdo com 3 A Linguagem Literéria e a néo Literaria A linguagem literaria é bem diferente da linguagem nido literaria, A linguagem literdria é bela, emotiva, senti- mental, trazendo as figuras de linguagem como a meta~ fora, a metonimia, a inversio, etc. Apresenta o fantastico que precisa ser descoberto através de ums leitura atenta, A linguagem nao literaria € propria para a transmissio do conhecimento, da informasio, no ambito das neces- sidades da comunicagao social. £ a lingua na sua fungio pragmatica, empregada pela ciéncia, pela técnica, pelo Jornalismo, pela conversacio entre os falantes. Podemos estabelecer 0 seguinte confronto entre as duas formas: Linguagem Literaria \guagem nao Literaria Intralinguistica Eetralinguistica ambigua clara/exata conotago denotacéo sugest@o preciso transfiguragao da realidade —_realidade subjetiva objetiva ordem inversa ordem direta Intertextualidade Intertextualidade acontece quando ha uma referén- cia explicita ou implicita de um texto em outro. Tambem pode ocorrer com outras formas além do texto, miisica, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusio 4 outra ocorre a intertextualidade. ‘Apresenta-se explicitamente quando o autor informa © objeto de sua citacio. Num texto cientifico, por exem- plo, o autor do texto citado ¢ indicado; ja na forma im- plicita, a indicagio € oculta. Por isso € importante para 0 leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando ha um didlogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas ideias da obra citada ou contestando-as, Ha duas formas: a Parafrase e a Parédia. Parafrase Na parafrase as palavras so mudadas, porém a ideia do texto & confitmada pelo novo texto, a aluso ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. E dizer com outras palavras o que ja foi Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant’Anna em seu livro "Parddia, pardfrase & Cia” (p. 23) Texto Original Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabié, As aves que aqui gorjeiam ‘Nao gorjeiam como lé. (Gonsalves Dias, "Cans do © Parafrase ‘Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a Cancéo do Exilio, Come era mesmo a ‘Cancéo do Exilio? Eu tao esquecido de minha terra. Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabia! (Carlos Drummond de Andrade, “Europa, Fransa Bahia") Este texto de Gonsalves Dias, “Cangio do Exilio”, é ‘muito utiizado como exemplo de parafrase e de parédia, Aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitive conservando suas ideias, no ha mudanga do sentido principal do texto, que é a saudade da terra natal. Parédia A parédia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, ha uma ruptura com as ideologias impos- tas e por isso € objeto de interesse para os estudiosos. da lingua e das artes. Ocorre, aqui, um choque de inter- pretagio, a voz do texto original é retomada para trans- formar seu sentido, leva o leitor a uma reflexio critica de suas verdades incontestadas anteriormente. Com esse processo ha uma indagagao sobre os dogmas estabeleci- dos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocinio e da critica. Os programas humoristicos fazem uso continuo dessa arte. Frequentemente os discursos de politicos so abordados de maneira comica e contes- tadora, provocando risos e também reflexao a respeito da demagogia praticada pela classe dominante. Com 0 mesmo texto utilizado anteriormente, teremos, agora, uma parodia, Linus PORTUGUESA UiNGUA PORTUGUESA R Texto Original Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabié, As aves que aqui gorjeiam ‘Nao gorjeiam como (Gonsalves Dias, “Cansio do exilio"). Parodia Minha terra tem palmares ‘onde gorjeia 0 mar 5 passarinhos daqui Go cantam como os de (4. (Oswald de Andrade, “Canto de regresso a patria’) © nome Palmares, escrito com letra mintscula, subs- titui a palavra palmeiras, ha um contexto histérico, social € racial neste texto, Palmares é 0 quilombo liderado por Zurmbi, foi dizimado em 1695, hid uma inversio do sen- tido do texto primitive que foi substituido pela critica a escravidao existente no Brasil ESTUDO DE TEXTO(S) ‘Texto Literario: expressa a opinigo pessoal do autor que também é transmitida através de figuras, impreg- nado de subjetivismo. Exemplo: um romance, um conto, (Conotagio, Figurado, Subjetivo, Pessoal). ‘Texto Néo-Literdrio: preocupa-se em transmitir uma ‘mensagem da forma mais clara e objetiva possivel. Exem- plo: uma noticia de jornal, uma bula de medicamento, (enotasio, Claro, Objetivo, Informativo). 0 objetivo do texto passar conhecimento para o lei tor. Nesse tipo textual, nao se faz a defesa de uma ideia, Exemplos de textos explicativos so os encontrados em manuais de instrusées. Informativo: Tem a fungéo de informar o leitor a res- peito de algo ou alguém, € 0 texto de uma noticia de Jornal, de revista, folhetos informativos, propagandas, Uso da funsio referencial da linguagem, 3* pessoa do singular. Descrigdo: Um texto em que se faz um retrato por es- crito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produsio ¢ 0 adjetivo, pela sua fungio caracterizadora, Numa aborda- gem mais abstrata, pode-se até descrever sensagdes ou ‘sentimentos. Nao ha relagio de anterioridade e posterio- ridade. Significa “criar* com palavras a imagem do abjeto descrito. E fazer uma descricéo minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere. Narracio: Modalidade em que se conta um fato, fic- ticio ou nao, que ocorreu num determinado tempo e lu- gar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos ido mundo real. Ha uma relagio de anterioridade e pos- terioridade, O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrages desde as que nos contam. historias infantis, como o “Chapeuzinho Vermelho" ou a "Bela Adormecida'’, até as picantes piadas do cotidiano. Dissertagao: Dissertar é mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence a0 grupo dos textos expositivos, juntamente como texto de apresentacao cientifica, 0 re- Iatorio, o texto didatico, o artigo enciclopédico. Em prin- cipio, 0 texto dissertativo no esta preocupado com a persuasio e sim, com a transmisséo de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo ‘Argumentativo: Os textos argumentativos, a0 contré- rio, im por finalidade principal persuadiro leitor sobre 0 ponto de vista do autor arespeito do assunto. Quando © texto, além de explicar, também persuade o interlocutor €e modifica seu comportamento, temos um texto disser- tativo-argumentativo. Exemplos: texto de opinifo, carta do leitor, carta de soliitagio, deliberacio informal, discurso de defesa e acusagao (advocacia),resenha crtica, artigos de opiniso ou assinados, editorial Exposisio: Apresenta informagées sobre assuntos, ‘expde ideias; explica, avaia, reflete. (analisa ideias). Es- trutura basica; ideia principal; desenvolvimento; conclu- so. Uso de linguagem clara. Exemplo: ensaios, artigos cientiticos, exposigdes Injungio: Indica como realizar uma ago. E também utilzado para predizer acontecimentos e comportamen- tos. Utila linguagem objetiva e simples. Os verbos sio, na sua maioria, empregados no modo imperative. Ha também 0 uso do futuro do presente. Exemplo: Receita de um bolo e manus. Dislogo: é uma conversagéo estabelecida entre duas ou mais pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e retomadas. Entrevista: € uma conversagéo entre duas ou mais pessoas (0 entrevistador e 0 entrevistado), na qual per- guntas sao feitas pelo entrevistador para obter informa- sao do entrevistado, Os reporteres entrevistam as suas fontes para obter declaragées que validem as informa- ses apuradas ou que relatem situagdes vividas por Petsonagens. Antes de ir para a rua, o reporter recebe tuma pauta que contém informages que 0 ajudarao a construir a matéria. Além das informagées, a pauta su- gere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o reporter cos- tuma reunir 0 maximo de informages disponiveis sobre © assunto a ser abordado e sobre a pessoa que sera en- trevistada. Munido deste material, ele formula perguntas, que levem o entrevistado a fornecer informacées novas e relevantes. O reporter também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou manipula dados has suas respostas, fato que costuma acontecer princi palmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando o reporter vai entrevistar o presidente de uma instituigéo publica sobre um problema que esté a afe- tar o fornecimento de servicos a populagzo, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que considera positivo na instituigao. E importante que © reporter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a confianga do entrevistado, mas no tentar domind-lo, nem ser por ele dominado. Caso contrario, acabara indu- zindo as respostas ou perdendo a objetividade. ‘As entrevistas_apresentam com frequéncia alguns sinais de pontuagio como 0 ponto de interrogacao, © travessio, aspas, reticéncias, paréntese ¢ as vezes col- chetes, que servem para dar a0 leitor maior informacées que ele supostamente desconhece. 0 titulo da entrevista 4 um enunciado curto que chama a atensio do leitor € resume a ideia basica da entrevista. Pode estar todo em letra maitiscula e recebe maior destaque da pagina. Na maioria dos casos, apenas as preposicées ficam com a letra minuiscula, O'subttulo introduz o objetivo principal da entrevista e ndo vem seguido de ponto final. € um ppegueno texto e vem em destaque também. A fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira pa- gina da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entre- vistado e que aparecem em destaque nas outras paginas da entrevista sao chamadas de “olho Granica: Assim como a fabula e o enigma, a crénica € um genero narrative. Como diz a origem da palavra (Cronos é 0 deus grego do tempo), narra fatos historicos em ordem cronologica, ou trata de temas da atualidade. Mas nao € 56 isso. Lendo esse texto, vocé conhecera as principais caracteristicas da cronica, tecnicas de sua reda- io e tera exemplos. Uma das mais famosas cronicas da historia da litera- tura luso-brasileira corresponde & definico de crénica como “narrasio historica’. E a “Carta de Achamento do Brasil", de Pero Vaz de Caminha’, na qual séo narrados a0 rei portugués, D. Manuel, o descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses passaram aqui. Mas trataremos, sobretudo, da cranica como igénero que comenta assuntos do dia a dia. Para comecar, ‘uma crénica sobre a cronica, de Machado de Assis: 1.0 nascimento da crénica “Ha um meio certo de comesar a crénica por uma tri vialidade. E dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz- -se isto, agitando as pontas do lenco, bufando como um. touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Res- vala-se do calor aos fendmenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petropolis, e la glace est rompue esta comegada a cranica. (.) Machado de Asis. Crénicas Escohidas.$d0 Paulo: Edltor Atco, 1994 Publicada em jornal ou revista onde é publicada, des- tina-se @ leitura didria ou semanal e trata de aconteci- mentos cotidianos. A crénica se diferencia no jornal por no buscar exatidio da informasao. Diferente da noticia, {que procura relatar os fatos que acontecem, a crénica 05 analisa, dé-lhes um colorido emocional, mostrando aos ‘olhos do leitor uma situagao comum, vista por outro an- gulo, singular. O leitor pressuposto da crénica é urbano e, em prin- cipio, um leitor de jomal ou de revista. A preocupasio com esse leitor € que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dé maior atengéo aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporaneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas gran- des cidades. Jornalismo e literatura: E assim que podemos dizer que a crénica é uma mistura de jornalismo e literatura, De umrecebe a observasio atenta da realidade cotidiana e do outro, a construc da linguagem, o jogo verbal. Algumas cronicas sio editadas em livro, para garantir sua durabilidade no tempo. 0 que élinguagem? £ 0 uso da lingua como forma de expresso ¢ commu: nicaglo entre as pessoas. Agora, ainguagem nio € s0- mente um conjuto de palavrasfatadas ou escitas, mas também de gestos e imagens. final, nfo nos comunica- mos apenas pela fala ou escrita, no é verdade? Enfao, 2 inguagem pode ser verbalzada, e dai vem a analogia 20 verbo. Voct jé tentou se pronuncar sem Utlizat 0 verbo? Se néo, tent, e veré que & impossvel se ter algo fundamentado e coerente! Assim 2 lingua- gem verbal é que se utiliza de palavas quando se fala ou quando se escreve. 7 linguagem pode ser nio vetbal, a0 contrévio da verbal, ndo se utliza do vocabulo, das palavras para se Comunicar. O objetivo, neste caso, ndo\€ de expor ver~ balmente 0 que se quer dizer ou o que se esté pensan- do, masse utlizar de outros meios comunicativos, como placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou se, dos signos Vejamos: um texto narrative, uma carta, 0 dislogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou te- levsionado, um bilhete? inguagem verbal ‘Agora: o semaforo, oapito do juz numa partida de futebol o cartio vermelho, o carte amarefo, uma danga, 0 aviso de “ndo furne” ou de "silencio", 0 bocefo, aiden tificagao de "feminino”e “masculin” através de figuras na porta do banheiro, as places de trénsito? Linguagem nie verbal! "A linguagem pode ser ainda verbal ¢ no vetbal 20 mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons © antncios publitaris. Observe alguns exempl Cartio vermelho - dentincia de falta grave no futebol. Charge do autor Tacho ~ exemplo de linguagem ver- bal (6xente, polo Norte 2100) e ndo verbal (imager: so, cactos, pinguir. Linus PORTUGUESA UiNGUA PORTUGUESA “ Placas de transito ~ a frente “proibido andar de bici- cleta’, atras “quebra-molas”, RN Simbolo que se coloca na porta para indicar “sanitario Imagem indicativa de “silencio”. Seméforo com sinal amarelo advertindo “atengio". 1. Linguagem como forma de Acio e Interagio A concepsio da linguagem ainda é bastante debatida entre os linguistas, que até hoje ainda no chegaram a um consenso da sua concepgéo. Ela ésintetizada de trés maneiras diferentes, sendo que o modo que mais utiizamos emnossos relacionamentos com outras pessoas € a de ago e interacéo. Neste modo, a linguagem funciona como uma “ati- vidade" de acao/interagao entre os envolvidos nesta co- ‘municagio. Os interlocutores expéem algo ao outro para que este seja induzido a interagir na conversa, que pode ser verbal, nao verbal, mista e digital. A atividade de comunicagio ¢ indispensavel ao ser humano e aos animais. Existem diversos meios de comu- nicasio: Entre os animais: a danca das abelhas, os odores, as produgées vocais (como no caso das aves) ~ Entre 6s homens: a danca, @ pintura, a mimica, os estos, 05 sinals de transito, 0s simbolos, a lingua- gem dos surdos-mudos, a dos deficientes visuals, a jinguagem computacional, a linguagem matemati- «a, as linguas naturas etc. De um modo geral, da-se o nome de linguagem a todos os meios de comunicasao: linguagem animal e lin- guagem humana, em linguagem néo verbal e linguagem verbal. O termo é, pois, empregado a aptido humana de associar os sons produzidos pelo aparelho fonador hu- mano a um contetdo significativo e utilizar o resultado dessa associasio para a interacdo verbal. Fala-se, pois, em linguagem verbal E um termo muito amplo: as linguas naturais (portu- gues, inglés, por exemplo) so manifestacdes desse algo imais geral. Saussure, 0 linguista genebrino, concebia a linguagem em duas partes: a lingua e a fala, e era a pri- meira 0 seu objeto de estudo; embora, reconhecesse a interdependéncia entre elas. Enquanto sistema de signos, a linguagem é um cédi go - um conjunto de signos sujeitos a regras de combi nnagio e utilizado na produgéo e na compreensio de uma mensagem. 0 signo é compreendido por: = Significante, veiculo do significado (parte percepti- vel, sensivel); - Significado, o que se entende quando se usa o signo (parte intelighvel Os linguistas compreendem que ha no process de comunicagio seis elemento: ~ Emissor (remetente), envia a mensagem; - Receptor (destinatario), recebe a mensagem, - Mensagem - informagéo veiculada; - Cédigo, sistema de signos utiizados para codificar ’a mensagem: ~Contexto(referente), aquilo a que a mensagem se refere: - Contato (canal), veiculo, meio fisico utilizado para ‘transmitir a mensagem. 1.1, Concepgio de linguagem De acordo com o prof. Luiz C. Travaglia, no seu li- vro Gramatica e Interacio, admite-se para a linguagem admite tres concepsées: 1 Linguagem como expresso do pensamento Se a linguagem é expressio do pensamento, quando as pessoas néo se expressam bem é porque nao sabem elaborar 0 pensamento, Se o enunciador expressa 0 que pensa, sua fala é resultado da sua maneira propria de organizar as suas ideias. O texto, dessa forma, nada tem a ver com 0 leitor ou com quem se fala, e sim, somente como enunciador. Nessa linha de pensamento encontra- ~se a gramatica normativa ou tradicional 1.3. Linguagem come instrumento de comunica- sio Neste conceito a lingua ¢ vista como um cédigo, que deve ser dominado pelos falantes para que as comuni- cases sejam efetivadas. A comunicacio, pois, depende do grau de dominio que o falante tem da lingua como sistema, O falante utiliza-se dos conceitos estruturais que conhece para expressar o pensamento; 0 owvinte deco- difica os sinais codificados por ele e transforma-os em ova mensagem. Essa linha de pensamento pertence a0 estruturalismo e também ao gerativismo. 1.4. Linguagem come forma ou proceso de inte- racio Nesta concepeio o falante realiza agées, age e intera- ge como outro (com quem ele fala). Bessa forma, a lin- ‘uagemtoma uma dimensio mais ampla e no uniforme, pois inserindo num contexto ideolégico e sociocultural, cla néo tem diresao preestabelecida vai depender unica- mente da interagéo entre os dois sujeitos. Fazem parte dessa corrente a Teoria do Discurso, Linguistica Textual, Semantica Argumentativa, Analise do Discurso, Analise da Conversagio. 1.5. As fungées da linguagem Para entendermos com clareza as fungées da lingua- gem, € bom primeiramente conhecermos as etapas da comunicagio. ‘Ao contrario do que muitos pensam, a comunicagéo nnio acontece somente quando falamos, estabelecemos tum dialogo ou redigimos um texto, ela se faz presente emtodos (ou quase todos) 0s momentos. Comunicamo-nos com nossos colegas de trabalho, como livro que lemos, com a revista, com os documen- tos que manuseamos, através de nossos gestos, ages, até mesmo através de um beijo de “boa-noite’. E 0 que diz Bordenave quando se refere @ comuni- casio: “A comunicagéo confunde-se com a propria vida ‘Temos tanta consciencia de que comunicamos como de que respiramos ou andamos. Somente percebemos a sua essencial importancia quando, por acidente ou uma cioenca, perdemos a capacidade de nos comunicar. (Bor denave, 1986. p.17-3)" No ato de comunicacio, percebemos a existéncia de alguns elementos, io eles + Emissor 6 aquele que envia a mensagem (pade ser uma tinica pessoa ou um grupo de pessoas). + Mensagem: é 0 contetido (assunto) das informacées que ora sao transmitidas. + Receptor: é aquele a quem a mensagem é endere- ada (umindividuo ou um grupo), também conhe- ido como destinatario, + Canal de comunicagao: é 0 meio pelo qual a mensa~ gem € transmitida + Codigo: € 0 conjunto de signos e de regras de com- inacéo desses signos utilzados para elaborar a mensagem: 0 emissor codifica aquilo que 0 recep~ tor iré decodifiar. + Contexto: 6 0 objeto ou a situagdo a que a mensa- gem se refere. Partindo desses seis elementos, Roman Jakobson, linguista russo, elaborou estudos acerca das fungdes da linguagem, os quais so muito uteis para a analise e pro- dugio de textos. As seis funsSes so: 1. Fungao referencial: referente é 0 objeto ou situa- éo de que a mensagem trata. A funcio referencial pri- vilegia justamente o teferente da mensagem, buscando transmitir informasées objetivas sobre ele, Essa funsio predomina nos textos de carster cientifico e é privilegia~ do nos textos jornalisticos. 2. Fungo emotiva: através dessa fungio, 0 emissor imprime no texto as marcas de sua atitude pessoal: emo- es, avaliagées, opinides. O leitor sente no texto a pre- senga do emissor. Exemplo: ‘L..] Mas quem sou eu para censurar os culpados? O pior é que preciso perdod-los. £ necessério chegar a tal nada que indiferentemente se ame ou nio se ame o criminoso que nos mata. Mas nao estou seguro de ‘mim mesmo: preciso amar aquele que me trucida e per- guntar quem de vos me trucida. E minha vida, mais forte do que eu, responde que quer porque quer vinganga e responde que devo lutar como quem se afoga, mesmo que eu morra depois. Se assim for, que assim seja [.". (Fragmento de A hora da estrela, de Clarice Lispector) 3. Fungo conativa: essa funcdo procura organizar © texto de forma que se imponha sobre o receptor da mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o, Nas mensa- gens em que predomina essa funsio, busca-se envolver 0 leitor com o contetido transmitido, levando-o a adotar este ou aquele comportamento. Nos tipos de textos em. que a fungéo conativa predomina, é possivel perceber 0 uso da 2# pessoa como maneira de interpelar alguém, além do emprego dos verbos no imperative para con- vencer o interlocutor: Exemplo: coats 4, Fungae fatica: a palavia fatica significa “ruido, ru- ‘mor’. Foi utilizada inicialmente para designar certas for- mas usadas para chamar a atencio (1 ahn, ei). Essa fungio ocore quando @ mensagem se Linus PORTUGUESA UiNGUA PORTUGUESA orienta sobre 0 canal de comunicagéo ou contato, bus- cando verificar e fortalecer sua eficiéncia, Tipo de mensa- gem cujo objetivo é prolongar ou interromper uma con- versa, Nela, 0 emissor utiliza procedimentos para manter contato fisico ou psicol6gico com o interlocutor: Exemplo: "(.) 18, como vai? Eu vou indo e vocé, tudo bem? Tudo bem eu vou indo correndo Pegar meu lugar no futuro, e vocé? Tudo bem, eu vou indo em busca De um sono tranquilo, quem sabe Quanto tempo... pois é.. Quanto tempo. Me perdoe a pressa Ea alma dos nossos negocios Oh! Nio tem de qué Eu também so ando a cem Quando é que vocé telefona? Precisamos nos ver por ai (..)” (Trecho da musica Sinal Fechado, de Paulinho da Vio- ba), 5. Fungo metalinguistica: quando a linguagem se volta sobre si mesma, transformando-se em seu proprio referente, ocorre a funsao metalinguistica, Linguagem utilizada para falar, explicar ou descrever © proprio cédigo: esse € o principal objetivo da funsio ‘metalinguistica, Nas situages em que ela é empregada, geralmente na poesia e na publicidade, a atencéo esta voltada para o proprio cédigo: Exemplo: 6. Fungo poética: quando a mensagem ¢ elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combina- es sonoras ou ritmicas, jogos de imagem ou de ideias, temos a manifestagao da fungio poética da linguagem, Essa funsao ¢ capaz de despertar no leitor prazer estético surpresa. E muito encontrada na Literatura, especial- mente na poesia, a funsao poética apresenta um texto no qual a funsao esta centrada na propria mensagem, rompendo com 0 modo tradicional com o vemos a lin- guagem, EILey oe) 8 As i shad Are a cal ea eh mundo @¢arer easy ago ine” Essas fungées no sio exploradas isoladamente; de modo geral, ocorre a superposigéo de varias delas. Hs, no entanto, aquela que se sobressai, assim podemos identificar a finalidade principal do texto, VARIAGOES LINGUISTICAS A linguagem € a caracteristica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinigo frente aos assuntos relacionados a0 nosso cotidiano e, sobretudo, promovendo nossa insergé0 a0 convivio social, Dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os niveis da fala, que sao basicamente dois: onnivel de formalidade e 0 de informalidade. 0 padréo formal esta diretamente ligado @ linguagem escrita, restringindo-se as normas gramaticais de um modo geral. Razio pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais, Quanto ao nivel informal, por sua vez, representa © estilo considerado “de menor prestigio", e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da lingua, uma vez que, para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errénea € considerada “inculta’, tormando-se desta forma um estigma. Compondo 0 quadro do padrio informal da linguagem, estéo as chamadas variedades linguisticas, as quais representam as variacdes de acordo com as condigées sociais,culturais, regionais e historicas em que € utiizada. Dentre elas destacam-se: A) Variagées histéricas: Dado o dinamismo que a lingua apresenta, a mesma softe transformacées a longo do tempo. Um exemplo bastante repre- sentativo a questo da ortografia, se levarmos em consideragao a palavra farmdcia, uma vez que a mesma era grafada com “ph’, contrapondo-se @ linguagem dos internautas, a qual se fundamenta pela supresséo dos vocébulos. Analisemos, pois, 0 fragmento exposto: Antigamente “Antigamente, as mocas chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Néo faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os Janotas, mesmo sendo rapagées, faziam-lhes pé-de- ‘alferes, arrastando @ asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.” Carlos Drummond de Andrade Comparando-o a modernidade, vocabulario antiquado. percebemos um B) Variagées regionais: Séo os chamados dialetos, que sao as marcas determinantes referentes a di- ferentes regies. Como exemplo, citamos a palavra ‘mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Fi- gurando também esta modalidade estio os sota~ ques, ligados as caracteristicas orais da linguagem, © Variagées sociais ou culturais: Estio diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrugio de uma determinada pessoa, Como exemplo, citamos as girias, os jar- goes e 0 linguajar caipira As girias pertencem ao vocabulério especifico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros. Os jargées estéo relacionados 20 profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os medicos, advogados, profissionais da area de informatica, dentre outros. ‘Vejamos um poema sobre o assunto: jo na fala Para dizerem mitho dizem mio Para melhor dizem mid Para pior pid Para telha dizer teia Para telhado dizem teiado E vo fazendo telhados. ‘Oswald de Andrade SITE Disponivel em: —_ TIPOLOGIA E GENERO TEXTUAL Atodo 0 momento nos deparamos comvatios textos, sejam eles verbais ou néo verbais, Emtodos haa presenca do discurso, isto é, a ideia intrinseca, a esséncia daquilo que esta sendo transmitido entre os interlocutores. Estes interlocutores so as pegas principais em um didlogo ou em um texto escrito. E de fundamental importancia sabermos classificar 05 textos com os quais travamos convivéncia no nosso dia a dia, Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e géneros textuais, Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opiniso sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. £ exatamente nessas situacdes corriqueiras que classificamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narracéo, Descrieéo e Dissertacéo, As tipologias textuais se caracterizam pelos aspectos de ordem linguistica 0s tipos textuais designam uma sequéncia definida pela natureza linguistica de sua composisio, So observados aspectos lexicais, sintaticos, tempos verbais, relagdes logicas, Os tipos textuais sio 0 narrative, descritive, argumentativo/dissertativo, injuntivo expositivo, A) Textos narrativos ~ constituem-se de verbos de acio demarcados no tempo do universo narrado, ‘como tambem de adverbios, como € 0 caso de antes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele opareceu. Depois de muita conversa, resolveram.. B) Textos descritives - como o proprio nome indica, descrevem caracteristicas tanto fisicas quanto psicologicas acerca de um determinado individuo ou objeto. Os tempos verbais aparece. demarcados no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a@ {sa da gratina, C) Textos expositivos ~ Tém por finalidade explicar um assunto ou uma determinada situagio que se almeje desenvolvé-la, enfatizando acerca das razées de ela acontecer, como em:O cadastramento ira se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portanto, indo se esqueca de fazé-lo, sob pena de perder 0 beneficio, D) Textos injuntives (instrucional) ~ Trata-se de ‘uma modalidade na qual as ages so prescritas de forma sequencial, utilzando-se de verbos ‘expressos no imperativo, infinitive ou futuro do presente: Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador até criar uma massa homogénea, E)_Textos argumentativos (dissertativo) — Demarcam-se pelo predominio de operadores argumentativos, revelados por uma carga ideologica constituida de argumentos e contra- argumentos que justifiam a posi¢éo assumida acerca de um determinado assunto: A mulher do Linus PORTUGUESA UiNGUA PORTUGUESA 8 ‘mundo contempordneo luta cada vez mais para conquistar seu espaco no mercado de trabalho, 0 que significa que os géneros esto em complementacéo, indo em disputa GENEROS TEXTUAIS So 0s textos materializados que encontramos em nosso cotidiano; tais textos apresentam caracteristicas sécio-comunicativas definidas por seu estilo, funcao, composigo, contetido e canal. Como exemplos, temos: receita culinéria, e-mail, reportagem, monogrofia, poemo, editorial, piada, debate, agenda, inquérito policial forum, blog, etc. ‘A escolha de um determinado género discursive depende, em grande parte, da situagio_de producéo 0 seja, a finalidade do texto a ser produzido, quem sao 05 locutores e os interlocutores, o meio disponivel para veicular o texto, etc. Os géneros discusivos geralmente esto _ligados a esferas de ctculagio. Assim, na esfera joralitce, por exemplo, so comuns géneros como noticias, reportagens, editors entrevistase outros na esferadedlvulgacéo cientfica so comuns géneros como verbete de diciondrio ou de enciclopécta, artigo ou ensaio cientfico, seminério, conferéncia, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Portugués linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhies. ~ 7 ed. Reform. — Sao Paulo: Saraiva, 2010. Portugués — Literatura, Produgdo de Textos & Gramaética volume nico / Samira Yousseff Campedell, Jésus Barbosa Souza. - 3. ed. — Sao Paulo: Saraiva, 2002. SIE http://www-brasilescola.com/redacao/tipologia- textual htm (@ EXERciclos COMENTADOS 1. (T-DFT ~ CONHECIMENTOS BASICOS - TECNICO JUDICIARIO — AREA” ADMINISTRATIVA — CESPE ~ 2015) Ouro em Fios ‘A natureza € capaz de produzir materiais preciosos, como 0 ouro e o cobre - condutor de ENERGIA ELETRICA. 0 ouro ja € escasso. A energia elétrica caminha para isso. Enquanto cientistas e governos buscam novas fontes de energia sustentaveis, faga sua parte aqui no DDFT: - Desligue as luzes nos ambientes onde é possivel usar a iluminasio natural = Feche as janelas ao ligar o ar-condicionado, - Sempre desligue os aparelhos elétricos ao sair do am- biente. = Utilize o computador no modo espera. Fique ligado! Evite desperdicios. Energia eletrica Anatureza cobra o preco do desperdicio. Internet: (com adoptaeées) Ha no texto elementos caracteristicos das tipologias ex- positiva e injuntiva () CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo. Texto injuntivo ~ ou instrucional - & aquele que passa instrusdes ao leitor. O texto acima apresenta tal caracteristica, Leia 0 texto a seguir e responda a questio. ‘Como nasce uma (fragmento) ist Quando cheguei 20 edifcio, tomei o elevador que serve do primeiro a0 décimo quarto andar. Era pelo menos 0 que dizia a tabuleta no alto da porta —setimo — pedi. A porta se fechou e comesamos a subir. Minha atengio s¢ fixou num aviso que dizia: E expressamente proibido 0s funcionérios, no ato da subi- da, utlizarem os elevadores para descerem. Desde o meu tempo de ginasio sei que se trata de pro- blema complicado, este do infinito pessoal. Prevaleciam entio duas regras mestras que deveriam ser rigorosa- mente obedecidas. Uma afirmava que o sujeito, sendo ‘9 mesmo, impedia que o verbo se flexionasse. Da outa infelzmente ja nao me lembrava Mas no foi o emprego pouco castco do infinito pessoal que me intrigou no tal avso: foi estar ele concebido de maneira chocante aos delicados ouvidos de um escritor que se preza. Qualquer um no sendo itremediavelmente burro, enten- deria'o que se pretende dizer neste aviso. Pois um tiolo de burrice me baixou na compreensio, fazendo com que 2 ficasse revirando a frase na cabeca’ descerem, no ato dda subida? Que quer dizer isto? E buscava uma forma simples e correta de formular a proibigéo: Epproibido subir para depois descer E proibido subir no elevador com intenco de descer E proibido ficar no elevador com intengao de descer, quan- do ele estiver subindo. Se quiser descer, no tome o elevador que esteja subind. Mais simples ainda: Se quiser descer, 56 tome o elevador que estver descendo. De tanta simplicidade, atingi a sintese perfeita do que Nelson Rodrigues chamava de ébvio ululante, ou seja, a enunciagio de algo que néo quer dizer absolutamente nada Se quiser descer,néo suba Fernando Sabin. A vota por ime. Rode Jane: Record 1895, p. 137-140. (Com adoptagies) 2. (INSS - TECNICO DO SEGURO SOCIAL - CESPE - 2008) O género textual apresentado permite o emprego da linguagem coloquial, como ocorre, por exemplo, em "Qualquer um, no sendo irremediavelmente burro” e “un ‘Yolo de burrice’ () CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo. O género é a cranica, conta fatos, do dia a dia de maneira descontraida, o que permite a utilizagéo de uma linguagem mais préxima do leitor; SEMANTICA: SENTIDO E EMPREGO DOS VOCABULOS; CAMPOS SEMANTICOS; EMPREGO DE TEMPOS E MODOS DOS VERBOS EM PORTUGUES. Semantica é 0 estudo da significagao das palavras das suas mudangas de significacdo através do tempo ‘ou em determinada época. A maior importancia esta em distinguir sinénimos e anténimos (sinonimia / antonimia) e homénimos e pardnimos (homonimia / paronimia. Sindnimos Sio palavras de sentido igual ou aproximado: aifabeto ~ abecedério; brado, grito - clamor; extinguir, epagar - abolir. Duas palavras so totalmente sindnimas quando sao substituiveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara e rosto, por exemplo); sé0 parcialmente sinénimas quando, ocasionalmente, podem ser substituidas, uma pela outra, em deteminado enunciado (aguadar ¢ esperar). Observacio: A. conttibuigéo greco-latina é responsavel pela cexistancia de numerosos pares de sinénimos: adversério e antagonista; translicido e difano; semicirculo e hemiciclo; contraveneno e antidoto; morale ética; coléquio e didlago; transformacio e metamorfose; oposicdo e antitese. Anténimos So palavras que se opdem através de seu significado: cordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; ‘mal - bem, Observacio: A antonimia pode se originar de um prefixo de sentido oposto ou negative: bendizer e malaizer; simpatico e antipético: progredir e regredir; concordia € discérdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista € anticomunista; simétrico e assimétrico, Homénimes e Pal = Hom@nimos = palavras que possuema mesma gra- fia ou a mesma prontincia, mas significados dife- rentes, Podem ser A) Homégrafas: sio palavras iguais na escrita © diferentes na prontincia rego (subst) e rego (verbo); colher (verbo) e colher (subst); jogo (subst) e jogo (verbo); denincia (subst) @ denuncia (verbo): providéncia (subst) e rovidencia (verbo). 8) Homéfonas: sio palavras iguais na prontincia e diferentes na escrita: acender(atear)eascender(subit):concertar harmonizar) € consertar (reparar); cela (compartimento) ¢ sela (arreio); censo (recenseamento) e senso (juizo); paco (palécio) e passo (andar) © Homégrafas © homéfonas simultaneamente (ou perfeitas): So palavras iguais na escrita e na prontincia caminho (subst) e caminho (verbo); cedo (verbo) & cedo (ad); lire (ad) e livre (verbo). ~ Parénimos = palavras com sentidos diferentes, po- rem de formas relativamente proximas, Séo pala- vras parecidas na escrita e na prontincia: cesta (re- ceptaculo de vime; cesta de basquete/esporte) © sesta (descanso apés 0 almogo), eminente (lustre) « iminente (que esta para ocorrer), osso (substan- tivo) e ouco (verbo), sede (substantivo e/ou verbo “ser” no imperative) e cede (verbo), comprimen- to (medida) e cumprimento (saudagio), autuar (processar) ¢ atuar (agit), infligir(aplicar pena) ¢ infringir (viola), deferr (atender a) e aiferir (diver- git), suar (transpirar) e soar (emitit som), aprender {conhecer) e aprender (assimilar; apropriar-se de), trdfico (comércio ilegal) e tréfego (relative a movi- mento, transito), mandato (procuragio) e mandado (orden), emergir (subir a superficie) e imergir (mer- gulhar, afundar), Hiperonimia e Hiponimia Hipsnimos ¢ hiperénimos sio palavras que perten- cem a um mesmo campo semantico (de sentido), sendo © hipénimo uma palavra de sentido mais especifico; 0 hiperonimo, mais abrangente. O hiperénimo impée as suas propriedades ao hipo- nimo, ciando, assim, uma relagio de dependéncia se- mantica. Por exemplo: Vefeulas esta numa relacéo de hi- Peronimia com earros, ja que veiculos & uma palavra de significado genérico, incluindo motos, énibus, caminhoes. Veiculos € um hiperonimo de carros.. Um hiperénimo pode substituir seus hipénimos em quaisquer contextos, mas o oposto nao é possivel.A.util- zagio correta dos hiperonimos, ao redigir um texto, evita a repetigéo desnecessaria de termos. Parénimos: Séo palavras parecidas na escrita e na prontincia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e imi- nrente, tetdnico ¢ titanico, atoar e atuar, degradar e de- agredar, cético e séptico, prescrever e proscrever, descri- Go e discrigao, infigir (aplicar) e infringir (transgredi), 0550 € ouso, sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), comprimento e cumprimento, deferir (conceder, dar de- ferimento) e diferir (Ser diferente, divergir,adian), ratificar (confirmar)e retifcar (tomar reto, corigi), vultoso (volu- ‘moso, muito grande: soma vultosa) e vultuoso (congestio- nado: rosto vultuoso). REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS- SACCONI, Luiz Anténio. Nossa gramética completa Sacconi, 302 ed. Rev. Sao Paulo: Nova Gerasio, 2010, Linus PORTUGUESA UiNGUA PORTUGUESA 20 CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHAES, Thereza Cochar - Portugués linguagens: volume 1-7: ed. Reform. ~ So Paulo: Saraiva, 2010. AMARAL, Emilia... [et al. Portugués: novas palavras: literatura, gramética, redacdo ~ Séo Paulo: FTD, 2000. XIMENES, Sérgio. Minidiciondrio Ediouro da Lingua Portuguesa ~ 2. ed. reform, — Séo Paulo: Ediouro, 2000. SITE Disponivel em: —_ POLISSEMIA Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir rmultiplicidade de sentidos, que s6 se explicam dentro de lum contexto. Trata-se, realmente, de uma unica palavra, mas que abarca um grande nimero de significados dentro de seu proprio campo semantic. Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemas que o prefxo “poli” significa multiplicidade de algo. Possibilidades de varias interpretacdes levando- se em consideragéo as situagées de aplicabilidade. Ha uma infinidade de exemplos em que podemos verificar a ocorréncia da polissemia: © rapaz é um tremendo gato. O gato do vizinho ¢ perata Precise fazer um gato para que a energia voltasse. Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevivéncia © passarinho foi atingido no bico. Nas expresses polissémicas rede de deitar, rede de computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em comum a palavra “rede”, que da as expressdes o sentido de “entrelagamento”. Outro exemplo é a palavra "xadrez", que pode ser utilizada representando "tecido", "prisio* ou Jogo” - 0 sentido comum entre todas as expressées €0 formato quadriculado que tem. Polissemia e homonit A confuséo entre polissemia e homonimia ¢ bastante comum, Quando a mesma palavra apresenta varios significados, estamos na presenga da polissemia. Por outro lado, quando duas ou mais palavras com origens € signficados distintos tém a mesma grafia e fonologia, temos uma homonimia ‘A palava “manga” € um caso de homonivia. Ela pode signficarumaffutacuumapartedeumacamisa Naoépolssemia porque os diferentes sgnfiados para a palavra ‘manga’ tém forigens diferentes. “Letra” € ura palava polssémica: pode signtiaro elemento bésico do afabetoo texto de uma cancao 4 a caligrafa de um determinado inividuo. Neste aso, 0s aiferentessgnticados esto interigados porque remetem para ‘mesmo conceito,o da escita. Pol semia e ambiguidade Polissemia e ambiguidade tém um grande impacto na interpretacio, Na lingua portuguesa, um enunciado pode ser ambiguo, ou seja, apresentar mais de uma interpretasao. Esta ambiguidade pode ocorrer devido & colocagao especifica de uma palavra (por exempio, um adverbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que tém uma alimentacdo equilibrada requentemente séo felizes. Neste caso podem existir duas diferentes: ‘As pessoas tém alimentacéo equilibrada porque sao felizes ou sto felizes porque tém uma alimentacéo equilibrada, De igual forma, quando uma palavra é polissémica, cla pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpretasao. Para fazer a interpretacao correta € muito importante saber qual o contexto em que a frase é proferida Muitas vezes, a disposisao das palavras na construso do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, comicidade, Repare na figura abaixo: interpretagées (http://www humorbabaca.com/fotos/diversas/corto~ cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014). Poderiamos cortigir o cartaz de intimeras maneiras, mas duas seriam: Corte e coloracéo capilar Faco corte e pintura capilar REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHAES, Thereze Cochar. Portugués linguagens: volume 1 - 72 ed. Reform. = Sao Paulo: Saraiva, 2010 SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramética completa Sacconi.30# ed, Rev. Sto Paulo: Nova Geracio, 2010, Sie Disponivel em: DENOTAGAO ECONOTACAO Exemplos de variagio no significado das palavra: Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido literal) Ele ficou uma fera quando soube da noticia. (sentido figurado) Aquela aluna é fera na matemética. (sentido figurado) As vatiages nos significados das palavras ocasionam © sentido denotativo (denotagio) e o sentido conotativo (conotagio) das palavras. A) Denotagio Uma palavra é usada no sentido denotative quando apresenta seu significado original, independentemente do contexto em que aparece. Refere-se a0 seu significa- do mais objetivo e comum, aquele imediatamente reco- inhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado ‘que aparece nos dicionarios, sendo o significado mais li- teral da palavra, ‘A denotagao tem como finalidade informar © recep- tor da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um carater pratico. € utilizada em textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais de instrusio, bu: las de medicamentos, textos cientificos, entre outros. A palavra “pau', por exemplo, em seu sentido denotativo € apenas um pedaco de madeira. Outros exemplos: Oelefante € um mamifero, As estrelas deixam o céu mais bonito! B) Conotagio Uma palavfa é usada no sentido conotative quando apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretacdes, dependendo do contexto em que esteja inserida,referindo-se a sentidos, associacdes eideias que vio além do sentido original da palavra, ampliando sua significaggo mediante a circunstancia em que a mesma 6 utilizada, assumindo um sentido figurado e simbéiic. Como no exemplo da palavra “pau em seu sentido co- notativo ela pode signifcar castigo (dar-Ihe um pau), re- provagéo (tomei paui no concurso) ‘Aconotacéo tem como finalidade provocar sentimen- tos no receptor da mensagem, através da expressividade e afetividade que transmite. E utilzada principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras de musica, em anuincios publicitarios, entre outros. Exemplos: Vocé é 0 meu sol! Minha vida € um mar de trstezas. Vocé tem um coracéo de pedral Qg Procure associar Denotagio com Dicionério: trata-se de definigdo literal, quando 0 termo € utilizado com o sentido que consta no dicionsrio. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed. Rev. Sao Paulo: Nova Geracio, 2010. Portugués linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- reja, Thereza Cochar Magalhies. - 72 ed. Reform. ~ Séo Paulo: Saraiva, 2010, SITE httpy//www-normaculta.com.br/conotacao-e-denota- cof (G EXERCICIOS COMENTADOS 1. (BANESTES - TECNICO BANCARIO - FGV-2018) Um ex-governador do estado do Amazonas disse o seguinte: “Defenda a ecologia, mas néo encha o saco”. (Gilberto Mestrinho) © vocabulo sublinhado, composto do radi- cal-logia (‘estudo’), se refere aos estudos de defesa do ‘meio ambiente; 0 vocabulo abaixo, com esse mesmo ra- dical, que tem seu significado corretamente indicado & a) Antropologia: estudo do homem como representante do sexo masculino; b) Etimologia: estudo das racas humanas; Meteorologia: estudo dos impactos de meteoros sobre a Terra; d) Ginecologia: Iheres; @) Fisiologia: estudo das forgas atuantes na natureza, estudo das doengas privativas das mu- Resposta: Letra D. Em “a": Antropologia: Ciéncia que se dedica ao estudo do homem (espécie humana) em sua totalidade Em “b":Etimologia: Ciéncia que investiga a origem das palavras procurando determinar as causas e circuns- tancias de seu processo evolutiva Em “e": Meteorologia: Estudo dos fenémenas atmosfé- ricos e das suas leis, principalmente com a intencéo de prever as variacées do tempo. jnecologia: estuco das doencas privatvas das correta Em “e's Fisiologia: Ciéncia que trata das funcées orgé- ricas pelas quais a vida se manifesta 2. (CAMARA DE SALVADOR-BA - ASSISTENTE LEGIS- LATIVO MUNICIPAL - FGV-2018) "No verdade, todos os ‘anos a imprensa nacional destaca os inaceitaveis ntimeros da violéncia no pais”. O vocabulo “inaceitaveis” equivale a0 “que néo se aceita’. A equivaléncia correta abaixo in- dicada é: a) tinta indelével / que nao se apaga; b) ago impossivel / que no se possui; ©) trabalho inexequivel / que nao se exemplifica; ) carro invisivel / que nao tem vistoria; @) voz inaudivel / que nao possui audiencia. Resposta: Letra A. Em “a":tinta indelével / que no se apaga = correta - Em *b": aco impossivel = que ndo é possivel Em’'c* trabalho inexequivel = que ndo se executa Em “d": carro invsivel = que ndo se vé Em “e": voz inaudivel = que no se ouve Linus PORTUGUESA 2 UiNGUA PORTUGUESA 3. (MPU - TECNICO ADMINISTRATIVO - CESPE-2010) A pobreza é um dos fatores mais comumente respon- saveis pelo baixo nivel de desenvolvimento humano @ pela origem de uma série de mazelas, algumas das 4quais proibidas por lei ou consideradas crimes. E 0 caso do trabalho infantil. A chaga encontra terreno fértil nas sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja onde © capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga criangas e adolescentes a participarem do processo de producéo. Foi assim na Revolucao Industrial de ontem nas economias ditas avangadas. E ainda é, nos dias de hoje, nas manufaturas da Asia ou em diversas regides do Brasil. Enquanto, entre as nacées ricas,o trabalho infantil foi minimizado, ja que nunca se pode dizer erradicado, ele continua sendo grave problema nos paises mais po- bres. Jornal do Brasil, Editorial, 12/7/2010 (com adaptagées) A palavra “chaga’, empregada com o sentido de ferida social, refere-se, na estrutura sintatica do paragrafo, a “pobreza’ ()cERTO (ERRADO Resposta: Errado. (.) £ 0 caso do trabalho infantil. A chaga encontra terreno = refere-se a “trabalho infan- til". 4. (MPU - CONHECIMENTOS BASICOS PARA 0 CAR- GO 33 - TECNICO ADMINISTRATIVO - Nivel Médio — CESPE-2013) Ha um dispositive no Cédigo Civil que condiciona a edi G0 de biagrafis & autorizagdo do biografado ou des Cendentes. As consequéncias da norma sio negativas. Uma delas é 2 impossibidade de se registrar e debar para a posteridade a vida de personagens importantes ha formacio do pas, em qualquer ramo de atividade Permite-se ainterdicdo de reqistros de epoca, em prejut 20 dos historiadores e pesquisadores do futuro. Dessa forma, tem sido. sonegado, por exemplo, 0 relato da vida do poeta Manoel Bandeira © dos tsctitores Matio de Andrade e Guimardes Rosa, Tanto no jornalismo quanto na iteratura nfo pode haver censura prévia. Publicada a reportagem (ou biografia), os que Se sentrem atingidos que recorram a justiga E preciso Seguir o padtio existente em muitos pases, em que hi biografas“autorizadas"e ‘nao autorizadas ReclamagSes posteriores, “quando exstem, so encaminhadas 20 foro devido, os tribunals O alegado “dieito a privacdade" ¢ argumento fragi para justicaro veto a que a historiografia do pals sea tnriquecida, como se ndo bastasse o fato de 0 poder de censura concedido a biografados e herdeiros ser umn atentado 8 Constitusao. 0 Globo, 23/9/2013 (com adaptacées). A palavra “sonegado” esta sendo empregada com 0 sentido de reduzido, diminuido. () CERTO. (_) ERRADO Resposta: Errado. (.) Permite-se a interdicao de regis- tros de época, em prejuizo dos historiadores e pesqui- sadores do futuro. essa forma, tem sido sonegado, por exemplo,o rela- to da vida do poeta Manoel Bandera e dos escritores Mario de Andrade e Guimaraes Rosa = 0 sentido € 0 de “impedido". 5. (PC-SP - ESCRIVAO DE POLICIA - VUNESP-2014) 0 termo destacado na passagem do primeiro paragrafo — Mesmo com tantas opcées, ainda ha resisténcia na hora da compra, ~ tem sentido equivalente a a) impetuosidade. b) empatia. 0 relutancia d) consentimento, €) seguranga, Resposta: Letra C. Mesmo com tantas op¢ées, ainda fd resisténcia na hora da compra. Em “a’ impetuosidade (forca) = incorreto Em "b’: empatia = incorreto Em "e's relutncia (resisténcio). Em “d's consentimento (aceitacéo) = incorreto Em ’e": seguranca = incorreto A substituigo que manteria 0 sentido do periodo € ‘ainda hé reluténcia’. MORFOLOGIA: RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES GRAMATICAIS; PROCESSOS DE FORMACAO DE PALAVRAS; MECANISMOS. DE FLEXAO DOS NOMES E VERBOS. ESTRUTURA DAS PALAVRAS As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vi ta de sua estrutura significativa, Para isso, nés as dividi- mos em seus menores elementos (partes) possuidores de sentido. A palavra inexplicével, por exemplo, € constitui- da por trés elementos significativos: Jn = elemento indicador de negacéo Explic ~ elemento que contém o significado basico da palavra Avel = elemento indicador de possibilidade Estes elementos formadores da palavra recebem 0 nome de morfemas. Através da uniao das informagSes contidas nos trés morfemas de inexplicavel, pode-se e tender o significado pleno dessa palavra; ‘aquile que néo tem possibilidade de ser explicado, que no é possvel tor rar claro’. Morfemas = so as menores unidades significativas que, reunidas, formam as palavras, dando-Ihes sentido. 1. Classificagao dos morfemas A) Radical, lexema ou semantema - ¢ 0 elemento portador de significado. € através do radical que podemos formar outras palavras comuns a um grupo de palavras da mesma familia, Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez. 0 conjunto de palavras que se agrupam em torno de um mesmo radical denomina-se familia de palavras. B) Afixos - elementos que se juntam ao radical antes (05 prefixes) ou depois (sufixes) dele. Exemplo: beleza (sufixo), prever (prefixo), inti! (prefixo) ©) Desinancias - Quando se conjuga o verbo amar, obtém-se formas como amavo, amavas, amava, amavames, amédveis, amavam, Estas modificacées ‘ocorrem a medida que 0 verbo vai sendo flexio~ nado em numero (singular e plural) e pessoa (pri- meira, segunda ou terceira). Também ocorrem se modificarmos 0 tempo e 0 modo do verbo (ama- va, amara, amasse, por exemple). Assim, podemos cconcluir que existem morfemas que indicam as fle- xes das palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das palavras varidveis e recebem o nome de dicam 0 género € 0 rniimero dos nomes. Para a indicacao de género, 0 Portugués costuma opor as desinéncias -0/-a" ga- roto/garota; menino/menina. Para a indicagio de ero, costuma-se utilizar o morfema 5, que in- © plural em oposisio a auséncia de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/ga~ rotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos nomes terminados em-r e -z, a desinncia de plural assume a forma -es: mar/mares; revalver/re~ vélveres; cruz/cruzes. 2 Desinéncias verbais: em nossa lingua, as desi- niéncias verbais pertencem a dois tipos distintos. Ha desinancias que indicam 0 modo e 0 tempo (desinéncias modo-temporais) ¢ outras que indi- cam o numero e a pessoa dos verbos (desinénci niimero-pessoais): cant-é-va-mos: cant: radical / ~~ vogal temética / -vav: desinéncia modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do in- dicative)/ mos: desinéncia nimero-pessoal (caracteriza a primeira pessoa do plural) cant-4-sse-is: cant: radical / ~~: vogal temética / -sse-sdesinéncia modo-temporal (caracteriza 0 pretérito imperfeito do subjuntivo) / -is: desinéncia nimero-pessoal (caracteriza a segunda pessoa do plural) D) Vogal tematica Entre o radical cant- e as desinéncias verbais, surge sempre o morfema —o, Este morfema, que liga 0 radical as desinéncias, € chamado de vogal tema- tica- Sua fungio é ligar-se ao radical, consttuindo ‘© chamado tema. £ a0 tema (radical + vogal tema- fica) que se acrescentam as desinéncias. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais tema- ticas. No caso dos vetbos, a vogal tematica indica as conjugacées:-a (da 1? conjugagio = cantar), -¢ (da 22 conjugagéo = escrever) e 1 3 conjugagéo = patti. tematicas nominais: Séo -0, -2, e -0, quando atonas finais, como em mesa, artista, per- do, escola, base, combate. Nestes casos, nio pode- riamos pensar que essas terminacées sao desinén- cias indicadoras de género, pois mesa e escola, por ‘exemplo, nao sofrem esse tipo de flexo. E a estas vogais tematicas que se liga a desinéncia indica- dora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes ‘terminados em vogais tanicas (ofé, café, cipé, ca- qui, por exemplo) nao apresentam vogal tematica D.2 Vogais tematicas verbais: Séo -a, -¢ ¢ -i, que ‘caracterizam trés grupos de verbos a que se da 0 nome de conjugacées. Assim, os verbos cuja vogal temitica é -a pertencem a primeira conjugacéo; aqueles cuja vogal tematica € -e pertencem a se- ‘gunda conjugacao e os que tém vogal tematica ~ pertencem a terceira conjugasao, B) Interfixos So os elementos (vogais ou consoantes) que se in- tercalam entre o radical e 0 sufixo, para faciitar ou mes- ‘mo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Por exempla: Vogais: frutifero, gasametro, carnivoro. Consoantes: cafezal, sonolento, friorento. 2. Formacio das Palavras Ha em Portugués palavras primitivas, palavras deriva- das, palavras simples, palavras compostas. A) Palavras primitivas: aquelas que, na lingua por- ‘tuguesa, no provém de outra palavra: pedra, flor. B) Palavras derivadas: aquelas que, na lingua por- ‘tuguesa, prov de outra palavra: pedreiro, flori- cultura. C) Palavras simples: aquelas que possuem um sé ra- dicak azeite, cavalo. D) Palavras compostas: aquelas que possuem mais de um radical: couve-flor, planalto. As palavras compostas podem ou nao ter seus ele- mentos ligados por hifen. 2 rocessos de Formacao de Palavras Na Lingua Portuguesa ha muitos processos de for- magio de palavras, Entre eles, os mais comuns séo a de- rivacéo, a composicéo, a onomatopeia, a abreviacdo e 0 hibridismo, Linus PORTUGUESA 23 UiNGUA PORTUGUESA 24 2.2. Derivacie por Acréscimo de Afixes £ 0 processo pelo qual se obtém palavras novas (de- tvadas) pela anexacio de afios 4 palavra primitiva, A Gerivasio pode ser prefal suf eparassintetca, 'A) Prefixal (ou prefixago): a palavra nova é obtida por acréscimo de prefixo In feliz °/ des leal Prefixo radical prefixo. radical B) Sufixal (ou sufixagéo): a palavra nova é obtida por acréscimo de sufixo, Feliz mente / eal — dade Radical sufxo radical sufixo oP: a palavra nova é obtida pelo acrés- ineo de prefixo e sufixo, Por parassin- se principalmente verbos, fn frist ecer Prefixo radical —sufixo fn tard ecer prefixo radical sufixo Ha dois casos em que a palavra derivada é formada sem que haja a presenca de afixos. So eles: « derivacdo regressiva e a derivacéo impropria. 2.3. Derivagio * Derivagio regressiva: a palavra nova € obtida por redugéo da palavra primitiva. Ocorte, sobretudo, nna formagéo de substantivos derivados de verbos. Janta (substantivo) - deriva de jantar (verbo) / pesca (ubstantivo)- deriva de pescar (verbo) + Derivagao imprépria: a palavra nova (derivada) é ‘obtida pela mudanga de categoria gramatical da palavra primitiva. Nao ocorre, pois, alteracdo na forma, mas somente na classe gramatical Nao entendi o porqué da briga. (0 substantivo “por- qué” deriva da conjunsa0 porque) Seu olhar me fascina! (olhar aqui é substantivo, deriva do verbo olha). g ‘#FicaDica A derivacio regressiva “mexe" na estrutura da palavra, geralmente transforma verbos tem substantivos: caga = deriva de cagar, s2- que = deriva de sacar {A derivasio impropria néo “mexe" com a palavra, apenas faz com que ela pertensa a tuma classe gramatical “impropria® da qual ela realmente, ou melhor, costumeiramen- te faz parte. A alteracio acontece devido a presenga de outros termos, como artigos, por exemplo: O verde das matas! (0 adjetivo “verde” pas- sou a funcionar como substantivo devido & presenga do artigo “o") 2.4, Composicio Havera composisio quando se juntarem dois ou mais radicais para formar uma nova paiavra, Ha dois tipos de composisao: justaposicao e aglutinacao. A) Justaposicio: ocorre quando os elementos que formam o composto so postos lado a lado, ou seja, justapostos: para-raios, corre-corre, guarda- -roupa, segunda-feira, girassol B) Composigao por aglutinacio: ocorte quando os elementos que formam o composto aglutinam-se pelo menos um deles perde sua integridade so- nora: aguardente (gua + ardente), planalto (plano + alto), pernatta (perna + alto), vinagre (vinho + acre). Onomatopeia - é a palavra que procura reproduzir certos sons ou ruidos: reco-reco, tique-taque, fom-for. Abreviagio - é a redusio de palavras até o limite permitido pela compreensio: moto (motocicleta), prew (pneumatico), metré (metropolitano), foto (fotografia), Abreviatura: ¢ a reducSo na grafia de certas palavras, limitando-as quase sempre a letra inicial ou as letras ini ciais: p. ou pag. (para pagina), Sr (para senhor). igla: é um caso especial de abreviatura, na qual se reduzem locugées substantivas proprias as suas letras iniciais (séo as siglas puras) ou silabas iniciais(siglas im- puras), que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras); DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (si- alas impuras). Hibridismo: € a palavra formada com elementos oriundos de linguas diferentes: automével (auto: grego: ‘mével:latim); sociologia (soci: latim; logia: grego); sam- ‘bédromo (samba: dialeto africano; drome: grego). (@ ExeRciclos COMENTADOS 1. (RIOPREVIDENCIA - ESPECIALISTA EM PREVIDEN- CIA SOCIAL - SUPERIOR - CEPERJ/2014) A palavra “in- fraestrutura” é formada pelo seguinte proceso: a) sufixagéo. b) prefixagao © parassintese ) justaposigio ) aglutinaséo Resposta: Letra B. Infra = prefixo + estrutura ~ temos a juncdo de um prefixo com um radical, portanto: de- rivacao prefixal (ou prefixagao) 2. [SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIALIMG ~ AGENTE DE SEGURANGA SOCIOEDUCATIVO - MEDIO = IBFC/2014) O vocabulo “entristecido” € um exemplo de a) palavra composta ») palavra primitiva ¢) palavra derivada d) neologismo Resposta: Letra C. en + triste + ido (com consoante de ligasao “c’) = ao radical “triste” foram acrescidos 0 prefixo “en” € 0 sufixo “ido, ou seja, “entristecido” & palavra derivada do processo de formagao de palavras, ‘chamado de: prefixagao e sufixacao. Para 0 exercicio, basta “derivada’! REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed. Rev. Sao Paulo: Nova Geraco, 2010. CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHAES, Thereza Co- char. Portugués linguagens: volume 1 - 72 ed. Reform, = Sio Paulo: Saraiva, 2010. ‘AMARAL, Emilia... [etal] Portugués: novas palavras: li teratura, gramética, redacéo.— Sao Paulo: FTD, 2000. SITE Disponivel em: http://mwwbrasilescola.com/gramati- @/estrutura-e-formacao-de-palavras-ihtm. Classes de palavras Adjetivo E a palavra que expressa uma qualidade ou caracte- ristica do ser e Se relaciona com o substantivo, concor- dando com este em género e niimero As praias brasileiras esto poluidas Praias = substantivo; brasileras/poluida (plural e feminine, pots concordam com “pratas’) adjetivos 1. Locusie adjetiva Locugéo = reuniao de palavras. Sempre que sio ne- cessarias duas ou mais palavras para falar sobre a mes- ‘ma coisa, tem-se locucio. As vezes, uma preposicéo + substantive tem o mesmo valor de um adjetivo: é'a Lo- cusio Adjetiva (expresso que equivale a um adjetivo) Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixio sem freio (pavéio desenfreada) Observe outros exemplos: de aguia aquiline de aluno discente de anjo angelical de ano ‘anual de aranha de boi de cabelo capilar de cabra eaprino de campo __campestre ou rural de chuva pluvial deciansa___pueril de dedo digital de estomago _estomacal ou gastrico de falcéo falconideo defarinha__farinaceo de fera ferino de ferro fereo de fogo igneo de garganta__gutural de gelo glacial de guerra bélico dehomem _viril ou human deiha insular deinverno__ hibernal ou invernal de lago Tacustre de leo Teonino de lebrel eporino de lua Tunar ou selénico de madeira __ligneo demestre ___magistral de ouro dure de pancio passional de pancreas __pancreatico de porco suino ou porcino dos quadris __ciatico de tio fluvial de sonho onitico de velho seni de vento eolico de vidro vitreo ou hialino de virha inguinal de visio Optica ou dtico Observacio: Nem toda locusio adjetiva possui um adjetivo corres- pondente, com o mesmo significado: Vi as alunas da 5? série. / O muro de tijolos caiu. 2. Morfossintaxe do Adjetive (Fungo Sintatica): © adjetivo exerce sempre funsées sintaticas (funcéo dentro de uma oracio) relativas aos substantivos, atuan- do como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). Linus PORTUGUESA 2 UiNGUA PORTUGUESA 26 3. Adjetive Patrio (ou gentilico) Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Estados e cidades brasileiras: Alagoas alagoano Amapé ‘amapaense Aracgjt ‘aracajuano ou aracajuense ‘Amazonas ‘amazonense ou bar Belo Horizonte belo-horizontino Brasilia brasiliense Cabo Frio cabo-friense Campinas campineiro ou campinense 4, Adjetivo Patrio Composto Na formagio do adjetivo patrio composto, 0 primei ro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita, Observe alguns exemplos: Africa ‘Alemanha teuto-inglesas afro- / Cultura afro-americana ‘germano- ou teuto-/Competicées ‘América américo- / Companhia américo-afficana Bélgica_belgo- / Acampamentos belgo-franceses China Espanha hispano- / Mercado hispano-portugués sino- / Acordos sino-japoneses Europa_euro- / Negociacées euro-americanas Franga_franco- ou galo- / Reuniées franco-italianas Grecia _greco- / Filmes greco-romanos Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas italia italo- / Sociedade italo-portuguesa, Japéio nipo- / Associacées nipo-brasileiras Portugalluso- / Acordos luso-brasileiros 5. Flexo dos adjetivos adjetivo varia em género, mimero e grau. 6. Género dos Adjetivos Os adjetivos concordam com o substantive a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante 0s substantivos, classificam-se em: A) Biformes - tem duas formas, sendo uma para o masculine ¢ outra para o feminino: ativo e ativa, Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o tltimo elemento: 9 moco norte-a- ‘mericano, a moca norte-americana. Excegio: surdo B) Uniformes - tém uma sé forma tanto para o mas- culino como para o ferninino: homem feliz e mulher feliz Se 0 adjetivo & composto e uniforme, fica invariével no feminine: conflto poitico-social e desavenca politico- -social 7. Nmero dos Adjetivos ‘A) Plural dos adjetivos simples Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexo numérica dos substantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas. Caso 0 adjetivo seja uma palavra que também exerca funcéo de substantivo, ficard invaridvel, ou seja, se a pa- lavra que estiver qualificando um elemento for, original- mente, um substantivo, ela mantera sua forma primitiva Exemplo: a palavra cinza ¢, originalmente, um substanti- vo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcio nara como adjetivo, Ficara, entio, invariavel, Logo: cami- sas cinza, ternos cinza. ‘Motos vinho (mas: motos verdes) Paredes musgo (mas: paredes brancas). ‘Comicios monstro (mas: comicios grandiosos) B) Adjetive Composto E aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- malmente, esses elementos sio ligados por hifen. Ape- nas o ultimo elemento concorda como substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo com- posto seja um substantive adjetivado, todo 0 adjetivo composto ficaré invariével. Por exemplo: a palavra “rosa" ¢ originalmente, um substantive, porém, se estiver qua- lficando um elemento, funcionara como adjetivo, Caso se ligue a outra palavra por hifen, formara um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, 0 adjetivo composto inteiro ficard invariavel. Veja ‘Camisas rosa-claro. Ternos rosa-clar. Othos verde-claros. Galgas azul-escuras e camisas verde-mar. Telhados marrom-café e paredes verde-claras. Observacio: Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por “cor-de-..” so sempre invaridveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos cor-de-rosa. 0 adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele- mentos flexionados: criancas surdas-mudas. 8. Grau do Adjetive Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a in- tensidade da qualidade do ser. Séo dois os graus do ad- jetivo: 0 comparative e o superlativo. A) Comparativo Nesse grau, comparam-se a mesma caracteristica atribuida a dois ou mais seres ou duas ou mais caracte- risticas atribuidas a0 mesmo ser. O comparative pode ser de igualdade, de superioridade ou de infeioridade. Sou téo alte como vocé. = Comparativo de Igualdade No comparativo de igualdade, 0 segundo termo da comparagao € introduzido pelas palavras como, quanto ou qué. Sou mais alto (do) que vocé perioridade Silvia € menos alta que Tiago. = Comparativo de In- ferioridade Comparative de Su- Alguns adjetivos possuem, para 0 comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. Séo eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/supe~ rior, grande/maior, baixo/inferior. Observe qu = As formas menor e pior 80 comparativos de su- petioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais ‘mau, respectivamente. = Bom, mau, grande e pequeno tém formas sintéticas (methor, pier, maior ¢ menor), porém, em compa- ragées feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analiticas mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparagio de dois elementos Pedro é mais grande que pequeno - comparacio de dduas qualidades de um mesmo elemento. Sou menos alto (do) que vocé. = Comparative de In- ferioridade Sou menos passivo (do) que tolerante. B) Superlativo superlativo expressa qualidades num grau muito levaco ou em grau maximo. Pode ser absoluto ou rela- tivo e apresenta as seguintes modalidades: B.1 Superlativo Absoluto: ocorre quando a quali- dade de um ser é intensificada, sem relacio com outros seres. Apresenta-se nas formas: = Analitica: a intensificacao ¢ feita com 0 auxilio de palavras que dio ideia de intensidade (adverbios) Por exemplo: O concurseiro é muito esforcado. = Sintética: nessa, ha 0 acréscimo de sufixos. Por exemple: O concurseiro é esforcadissimo, Observe alguns superlativos sintéticos: benéfico - beneficentissimo ‘bom - bonissimo ou étimo ‘cruel - crudellssimo dificil -dificitimo doce - duleissimo facil - faciimo fel fidelissimo B.2 Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relacio a um conjunto de seres. Essa relacao pode ser: = De Superioridade: Essa matéria é a mais facil de todas. = De infetioridade: Essa matéria é a menos facil de todas. 0 supertativo absoluto analtico ¢ expresso por meio dos adverbios muito, extremamente, excepcionalmente, antepostos ao adjetivo. © superlativo absoluto sintético se apresenta sob dduas formas: uma erudita - de origem latina ~ e outra popular - de origem vernacula, A forma eruclta é cons- tituida pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos ~issimo, imo ou érrimo: fideissimo, faciimo, paupérrimo; 2 popular € constituida do radical do adjetivo portugues + 0 sufixo~isimo: pobrissimo, agilissimo. (s adjetivos terminados em ~io fazem o superlativo com dois “i: rio ~ frissimo, sério ~ serissimo; 0s termi- nadlos em cio, com apenas um “feta - feissimo, cheio ~ cheissimno. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Portugués linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- reja, Thereza Cochar Magalhaes. ~ 72 ed. Reform. ~ Sao Paulo: Saraiva, 2010 SACCONI, Luiz Anténio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed. Rev. Séo Paulo: Nova Gerasio, 2010 Portugués: novas palavras literatura, gramética, reda~ ¢@o / Emilia Amara. [et al}. - Séo Paulo: FID, 2000. SITE http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ morf32.php Advérbio Compare estes exemplos: 6nibus chegou. 6nibus chegau ontem. Advérbio é uma palavra invariével que modifica 0 sentido do verbo (acrescentando-Ihe circunsténcias de tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do proprio adverbio. Estudei bastante, = modificando o verbo estudei le canta muito bem! = intensificando outro advérbio (bem) Ela tem os olhos muito claros. = relagéo com um ad- jstivo (cares) Quando modifica um verbo, 0 advérbio pode acres- centar ideia de: ‘Tempo: Ela chegou tarde, Lugar: Ele mora aqui. Modo: Eles agiram mal Negasao: Ela nao saiu de casa, Duivida: Talvez ele volt. Linus PORTUGUESA 27 UiNGUA PORTUGUESA 28 1. Flexiio do Advérbio Os adivérbios sio palavras invariaveis isto é, nfo apre~ sentam variagéo em género e ntimero. Alguns advérbios, porém, admitem a variago em grau. Observe: A) Grau Comparativo Forma-se 0 comparativo do advérbio do mesmo modo que 0 comparativo do adjetivo: = de igualdade: tao + advérbio + quanto (como): Renato fala téo alto quanto Joao. + de inferioridade: menos + advérbio + que (do ‘quel: Renato fala menos alto do que Joao. = de superioridade: A.1 Analitico: mais + advérbio + que (do que): Renato fala mais alto do que Jodo. ‘2 Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala methor que Jodo. B) Grau Superlativo superlativo pode ser analitico ou sintetico: B.1 Analitico: acompanhado de outro advérbio: Re- rato fala muito alto, muito = advérbio de intensidade / alto = advétbio de modo B.2 Sintético: formado com sufixos: Renato fala al- tissimo. Observacio: AAs formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc) so comuns na lingua popular. ‘Maria mora pertinho dagui (muito perto) A crianca levantou cedinho. (muito cedo) 2. Classificagao dos Advérbios De acordo coma circunstancia que exprime, 0 advér- bio pode ser de: A) Lugar: aqui, antes, dentro, ali adiante, fora, aco- 1a, atras, além, (6, detras, aquém, cé, acima, onde, perto, ai, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, de- fronte, nenhures, adentro,ofora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a disténcio, @ dis- tancia de, de longe, de perto, em cima, é direita, esquerda, ao lado, em votta. B) Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhé, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, entéo, ora, jamais, agora, sempre, jd, enfim, afinal, amide, breve, constan~ temente, entrementes, imediatamente, primeira- ‘mente, provisoriamente, sucessivamente, as vezes, 4 tarde, & noite, de manhd, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer mo- ‘mento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia () Modo: bem, mal, assim, adrede, methor, pior, de- pressa, acinte, debalde, devagar, @s pressas, as cla- ras, és cegas, @ toa, a vontade, as escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente @ frente, lado a lado, a pé, de cor, em Go e a maior parte dos que terminam em “-men- te’: calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escan- dalosamente, bondosamente, generosamenie. D) Afirmagao: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, indu- bitavelmente. E} Negagio: no, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. F) Davida: acaso, porventura, possivelmente, pro- vavelmente, quicd, talvez, casualmente, por certo, quem sabe. G) Intensidade: muito, demais, pouco, to, em ex- cesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quéo, tanto, a:saz, que (equivale @ quao), tudo, nado, todo, quase, de todo, de multe, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades graduaveis) H) Exclus: apenas, exclusivamente, salvo, sendo, so- ‘mente, simplesmente, :6, unicamente. Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das arvores. 1D) Inclusie: ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam- bem. Por exemplo: O individuo também amadurece durante a adolescéncia. J) Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por ‘exemple: Primeiramente, eu gostaria de agradecer 420s meus amigos por comparecerem & festa. Saiba que: Para se exprimir o limite de possibilidade, antepée-se a0 advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei ‘© mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde possivel. Quando ocorrem dois ou mais advétbios em -mente, ‘em geral sufixamos apenas o timo: O aluno respondew calma e respeitosamente. 3. Distingéo entre Advérbio e Pronome Indefinido Ha palavras como muito, bastante, que podem apare- cer como advérbio e como pronome indefinido. Adverbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro adverbio e no sofre flexes. Por exemplo: Eu corri muito. Pronome Inde! laciona-se a um substantivo softe flexes. Por exemplo: Eu corri muitos quilémetros. 4. Advérbios Interrogativos Sio as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? por qué? nas interrogagées diretas ou indiretas, referen- tes as circunstancias de lugar, tempo, modo e causa. Veja Interrogacio Direta Como aprendeu? Interrogacio Indireta Perguntei como aprendeu. (Onde mora? Tndaguei onde morava. Por que choras? [Nao sei por que choras. ‘onde vai? Perguntei aonde ta. Donde vens? Pergunto donde vens. ‘Quando voltas? Pergunto quando voltas 5, Locugae Adverbial Quando ha duas ou mais palavras que exercem fun- 0 de advérbio, temos a locugéo adverbial, que pode expressar as mesmas nocées dos advérbios. Iniciam ordi- nariamente por uma preposicéo. Veja A) lugar: 8 esquerda, a direita, de longe, de perto, para dentro, por aqui, etc. B) afirmagio: por certo, sem diivida, etc. ) modo: as pressas, passo a passo, de cor, em vio, em geral frente a frente, etc. D} tempo: de noite, de dia, de vez em quando, 6 tarde, hhaje em dia, nunca mais, et. A locusdo adverbial e 0 advérbio modificam 0 verbo, © adjetivo e outro adverbio: Chegou muito cedo. (advérbio) Joana é muito bela (adjetivo) De repente correram para a rua. (verbo) Usamse, de preferéncia, as formas mais bem mais ‘mal antes de adjetivos ou de verbos no participio: Essa matéria é mais bem interessante que aquela. 'Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso! © numeral “primeiro’, ao modificar 0 verbo, é advér- bio: Cheguei primeiro. Quanto a sua fungio sintatica: 0 advérbio e a locusio adverbial desempenham na orago a fungao de adjunto adverbial, classificando-se de acordo com as circunstan- cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advér- bio. Exemplo: ‘Meio cansada, a candidata saiu da sala, = adjunto ad- verbial de intensidade (ligado a0 adjetivo “cansada") Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi- dade e de tempo, respectivamente. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Portugués linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- reja, Thereza Cochar Magalhaes. ~ 7 ed. Reform. ~ Sao Paulo: Saraiva, 2010 Portugués: novas palavras: literatura, gramética, reda- do / Ernia Amaral., [et al ~ So Paulo: FID, 2000. SACCONI, Luiz Antenio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed, Rev. Sao Paulo: Nova Gerasio, 2010. SITE http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ morf75.php Artigo O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo- -se como o termo variavel que serve para individualizar ou generalizar 0 substantivo, indicando, também, 0 gé- nero (masculino/feminino) e o ntimero (singular/plural) Os artigos se subdividem em definidos (‘o" e as va- riagdes “a'las] e [os})€ indefinidos ("um" e as variacSes “uma’[s] €“uns). ‘A) Artigos definidos - Sao usados para indicar seres determinados, expressos de forma individual: O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam muito. B) Artigos indefinides — usados para indicar seres de ‘modo vago, impreciso: Uma candidata foi cprova- da! Umas candidatas foram aprovadas! 1. Circunstincias em que os artigos se manifestam: Considera-se obrigatério 0 uso do artigo depois do numeral “ambos”: Ambos os concursos cobrardo tal con- tetido. Nomes préprios indicativos de lugar (ou topénimos) admitem 0 uso do artigo, outros néo: Sdo Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia. Quando indicado no singular, 0 artigo definido pode indicar toda uma especie: O trabalho dignifica 0 homem No caso de nomes préprios personativos, denotando a ideia de familiaridade ou afetividade, ¢facuitativo 0 uso do artigo: Marcela é a mais extrovertida das irmas. / O Pedro € 0 xod6 da familia No caso de os nomes préprios personativos estarem ro plural, so determinados pelo uso do artigo: Os Maias, 1s Incas, Os Astecas.. Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (do artigo), 0 pronome assume a nogéo de “qualquer”. Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) Toda classe possui alunos interessados e desinteressa~ dos. (qualquer classe) ‘Antes de pronomes possessivos, 0 uso do artigo é fa- cultativo: Preparei o meu curso. Preparei meu curso. ‘A utilizagio do artigo indefinido pode indicar uma ideia de aproximasao numérica: O maximo que ele deve ter é uns vinte anos. 0 artigo também é usado para substantivar palavras pertencentes a outras classes gramaticais: NGo sei o por- qué de tudo isso. / O bem vence o mal. 2, Hé casos em que 0 a sad ‘Antes de nomes de cidade (toponimo) e de pessoas conhecidas: O professor visitara Roma. igo definido nao pode ser Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre- senca do artigo sera obrigatoria: O professor visitard a bela Roma, Antes de pronomes de tratamento: Vossa Senhoria sairé agora? Linus PORTUGUESA 29 UiNGUA PORTUGUESA 30 Excegio: O senhor vai é festa? ‘Apos 0 pronome relativa “cujo” e suas variagées: Esse €0 concurso cujas proves foram anuladas?/ Este & 0 can- didato cuja nota foi a mais atta REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Portugués linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- reja, Tereza Cochar Magalhies. ~ 7? ed. Reform. - So Paulo: Saraiva, 2010, Portugués: novas palavras: literatura, gramdtica, reda- Go / Emilia Amara... [et al ~ Séo Paulo: FTD, 2000.SAC- CONI, Luiz Antanio. Nossa gramética completa Sacconi, 302 ed. Rev. So Paulo: Nova Geracio, 2010. Portugués linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- reja, Thereza Cochar Magalhées. - 7? ed, Reform. - So Paulo: Saraiva, 2010, SITE http://wwnw.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm Conjungae Além da preposicéo, ha outra palavra também inva- riavel que, na frase, € usada como elemento de ligacao: a conjungio. Ela serve para ligar duas orages ou duas palavras de mesma funcéo em uma oragéo: O coneurso seré realizado nas cidades de Campinas € Sio Paulo. ‘A prova nao sera fail porisso estou estudando muito, 1. Morfossintaxe da Conjungie As conjungées, a exemplo das preposigées, no exer- cem propriamente uma fungio sintatica: s4o conectivos. 2. Classificagae da Conjungio De acordo com 0 tipo de relagéo que estabelecem, as conjungdes podem ser classificadas em coordenati- vas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunsao podem ser isolados um do outro, Esse isolamento, no entanto, no acarreta perda da uni dade de sentido que cada um dos elementos possui. Ja rno segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunsao depende da existéncia do outro. Veja: Estudei muito, mas ainda néo compreendi o conteddo, Podemos separa-las por ponto: Estudei muito. Ainda néo compreendi o conteido. ‘Temos acima um exemplo de conjunsio (e, conse- quentemente, orases coordenadas) coordenativa — “mas”, Ja em Espero que eu seja aprovada no concurso! Nao conseguimos separar uma orasio da outra, pois a segunda “completa” o sentido da primeira (da orasio principal): Espero 0 qué? Ser aprovada. Nesse periodo te- ‘mos uma oracéo subordinada substantiva objetiva direta (cla exerce a fungéo de objeto direto do verbo da orasio principal) 3. Conjungées Coordenativas Sao aquelas que ligam oragées de sentido completo ¢ independente ou termos da oragéo que tém a mesma fungo gramatical. Subdividem-se em: A) Aditivas: ligam oracées ou palavras, expressando ideia de acréscimo ou adisio. Sao elas: e, nem (=e ‘ndo), no 56... mas também, nao 56... como também, bem como, néo s6.. mas ainda, A.sua pesquisa é clara e objetivo. ‘No 56 danca, mas também canta. B) Adversativas: ligam duas oracées ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensasio. Sio elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, ndo obstante, Tentei chegar mais cedo, porém no consegui C) Alternativas: ligam oragdes ou palavras, expres- sando ideia de alternancia ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. Sao elas: ou, Olle: OU, OFA. OF, i, QUE. Quer, $e). Se, tale vez... talvez. Ou escotho agora, ou fico sem presente de aniversério. D) Conclusivas: ligam a oragio anterior a uma oragio que expressa ideia de conclusdo ou consequéncia. Sio elas: (ogo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Marta estava bem preparada para o teste, portanto nfo ficou nervosa. Vocé nes ajudou muito; teré, pois, nessa gratiddo. E) Explicativas: ligam a oracio anterior a uma oragio que a explica, que justifica a ideia nela contida, So elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. ‘Nao demore, que o filme jé vai camecar. Falei muito, pois nao gosto do silencio! 4, Conjungées Subordinativas Sao aquelas que ligam duas oragées, sendo uma de- las dependente da outra. A oracio dependente, intro- duzida pelas conjunsées subordinativas, recebe o nome de oracéo subordinada. Veja 0 exemplo: O baile ja tinha comecado quando ela chegou. O baile ja tinha comecado: oraco principal quando: conjungio subordinativa (adverbial temporal) ela chegou: orasio subordinada As conjunsées subordinativas subdividem-se em in- tegrantes ¢ adverbiais: Integrantes - Indicam que a orasio subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da prin- cipal. Introduzem oragdes que equivalem a substantivos, ou seja, as oragdes subordinadas substantivas. Sao elas: que, se. ‘Quero que vocé volte. (Quero sua volta) Adverbiais - Indicam que a oragio subordinada exer- ce a fungio de adjunto adverbial da principal, De acordo ‘com a circunstancia que expressam, classificam-se em: |A) Causais:introduzem uma oracio que ¢ causa da ecorréncia da oracio principal. Sao elas: porque, gue, como (= porgue, no inicio da frase), pois que, Visto que, uma vez que, porquanto, j@ que, desde gue, ete Fle néo fez 0 pesquisa porque nao dispunha de meios. B) Concessivas: introduzem uma oracao que expres- sa ideia contraria & da principal, sem, no entanto, impedir sua realizacio. Séo elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por ‘mais que, posto que, conquanto, etc. Embora fosse tarde, fomos visité-lo. © Condicionais: introduzem uma oragao que indica a hipstese ou a condicéo para ocorréncia da prin- cipal. Sao elas: se, caso, contanto que, salvo se, @ indo ser que, desde que, a menos que, sem que, et. Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Qg ‘AFicaDica Vocé deve ter percebido que a conjungio con- dicional “se” também é conjungao integrante. A diferenca é clara ao ler as orasdes que slo introduzidas por ela. Acima, ela nos da a ideia da condisio para que recebamos um telefo nema (se for preciso qjudo). 14 na oragio: Néo sei se farei.o concurso, Nio ha ideia de condigao alguma, ha? Outra coisa: 0 verbo da oragio principal (se) pede complemento (ob- jeto dlreto, ja que “quem néo sabe, no sabe algo’). Portanto, a oragéo em destaque exerce a fungio de objeto direto da oraso principal, sendo classficada como oracéo subordinada substantiva objetiva dreta. D) Conformativas: introduzem uma oracéo que ex- prime a conformidade de um fato com outro. Séo elas: conforme, como (= conforme), segundo, con- soante, etc. © passeio ocorreu como haviamos plangjado. E) Finais: introduzem uma oracao gue expressa a fi- nalidade ou o objetivo com que se realiza a oracio Principal. ao elas: para que, afin de que, que, por- gue (= para que), que, ete. Toque o sinal para que tedos entrem no saléo F) Proporcionais: introduzem uma oragéo que ex: pressa um fato relacionado proporcionalmente a ocorténcia do expresso na principal. Sao elas: & medida que, & proporséo que, a0 passo que € as combinasées quanto mais. (mais), quanto me- nos. (menos), quanto menos. (mais), quanto me nos... (menos), ec © preco fica mais caro & medida que os produtos es- Observacio: Sio incorretas as locugées proporcionais a medida fem que, na medida que e na medida em que. ) Temporais: introduzem uma oracéo que acrescen- ‘ta uma circunstancia de tempo ao fato expresso na ‘orasio principal. Sao elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= as- sim que), ete. A briga comecou assim que saimos da festa H) Comparativas: introduzem uma oraso que ex- pressa ideia de comparasio com referéncia 8 ora- ‘¢80 principal. Séo elas: como, assim como, tal como, como se, (téo).. como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal qual fal qual, que nem, que (com- binado com menos ou mais), etc 0 jogo de hoje sera mais dificil que o de ontem. 1) Consecutivas:introduzem uma oragio que expres- 5a a consequéncia da principal, Sao elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que nao), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oracao principal uma palavra como tal, tao, cada, tanto, tamanho), et. Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do A FIQUE ATENTO! Muitas conjungées néo tém classificagao tinica, imutavel, devendo, portanto, ser cla sificadas de acordo com o sentido que apr sentam no contexto (destaque da Zé!) REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS SACCONI, Luiz Antanio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed. Rev. Séo Paulo: Nova Geragio, 2010 Portugués linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- reja, Thereza Cochar Magalhaes. ~ 72 ed. Reform. ~ Sao Paulo: Saraiva, 2010 Portugués: novas palavras: iteraturo, gramética, reda~ ¢@o / Emilia Amara. [et al} ~ Séo Paulo: FID, 2000. SITE http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ ‘morf84.php Interjei Interjeigie é a palavra invariavel que exprime emo- es, sensagées, estados de espirito. E um recurso da lin- guage afetiva, em que néo ha uma ideia organizada de maneira logica, como sio as sentensas da lingua, mas sim a manifestacéo de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situasao particular, um momento ou um contexto especifico. Exemplos: Ah, como eu queria voltar a ser crianca! ah: expressio de um estado emotivo Hum! Esse pudim estava maravilhoso! interjeigéo Linus PORTUGUESA 31 UiNGUA PORTUGUESA 32 expresso de um pensamento stibito = inter- ieigéo © significado das interjeigdes est vinculado & ma~ neira como elas sao proferidas. O tom da fala que dita © sentido que a expressio vai adquirir em cada contexto ‘em que for utiizada. Exemplos: Psu! contesto: alguém pronunciando esta expressio na ra; significado da interjeigSo (sugestéo): “Estou te cha- ‘mandi! i espere!" Pru! contexto:alguém pronunciando em um hospital: sig- rifcado da interjigb (gest "Por fvor, fog siln- Puxa! Ganhei o maior prémio do sorteio! usa: interjeisio; tom da fala: euforia Puxa! Hoje ndo foi meu dia de sorte! puna: interjeisio; tom da fala: decepsao As interjeigdes cumprem, normalmente, duas funcées: AA) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo ale- ria, tristeza, dor, etc: Ah, deve ser muito interes- sante! B) Sintetizar uma frase apelativa: Cuidado! Saia da ‘minha frente, As interjeigdes podem ser formadas por 1 simples sons vocslicos: Oh, AR, 0, 0 1 palavres: Oba! Ola! Claro! + ‘Grupos de palavras (locusées inteyjetivas): Mew Deus! Ora bolas! 1. Classificagio das Interjeigées Comumente, as interjeigées expressam sentido de: A) Adverténcia: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Atencéo! Otha! Alerta! B) Afugentamento: Fora! Passa! Rua! €) Alegria ou Satistacio: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva! E) Animagio ou Estimulo: Vamos! Forca! Coragem! Animo! Adiante! F) Aplauso ou Aprovacio: Bravo! Bis! Apoiado! Viva! G) Concordanecia: Clara! Sim! Pois ndo! Tél H) Repulsa ou Desaprovacio: Credo! lh! Francamen- te! Essa nao! Chega! Basta! 1) Desejo ou Intensao: Pudera! Tomara! Oxalé! Quei- ra Deus! 4) Desculpa: Perdéo! K) Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena! L) Diivida ou Incredulidade: Que nada! Qual o qué! M) Espanto ou Admiracio: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! ‘Qué! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz! N) Impaciéncia ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa! P6! Ora! 01 Pedido de Auxilio: Socorro! Aqui! Piedade! P) Saudacéo, Chamamento ou Invecagao: Salve! Viva! Olé! Al6! Tehau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deus! Q) Siléncio: Psiu! Silencio! R) Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa! Saiba que: As interjeicées so palavras invariaveis, isto é, no so- frem variaggo em género, ntimero e grau como 0s no- mes, nem de ntimero, pessoa, tempo, modo, aspecto € vyoz como os verbos. No entanto, em uso especifico, al- {gumas interjeicées sofrem variacao em grau. Nao se trata ide um processo natural desta classe de palavra, mas tio 6 uma variacéo que a linguagem afetiva permite. Exem- plos: otzinho, bravissimo, até loguinho. 2. Locugio Int Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressio com sentido de interjeiclo: Ora bolas!, Virgem Maria!, Meu Deus!, O de casal, Ai de mim!, Gracas a Deus! Toda frase mais ou menos breve dita em tom excla- mativo tona-se uma locusio interjetiva, dispensando anilise dos termos que a compéem: Macacos me mor- dam!, Vatha-me Deus!, Quem me dera! 1. As interjeiges S80 como frases resumidas, sinté- Ue! (= Eu no esperava por Peco-the que me desculpe) 2. Além do contexto, o que caracteriza a interjeigdo & ‘© seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais podem aparecer como inter- Jeigdes. Por exemplo: Viva! Basta! (Verbos) / Fora! Francamente! (Advérbios) 3. A interjeicdo pode ser considerada uma “palavra- -frase” porque sozinha pode constituir uma men- sagem Por exemplo: Socorro! Ajudem-me! Siléncio! Figue quieto! 4, Ha, também, as interjeigdes onomatopaicas ou imi- tativas, que exprimem ruidos e vozes. Por exemplo: ‘Miau! Bumba! Zés! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-ta- que! Qué-qué-qual, ete 5. Nao se deve confundir a interjeigdo de apelo “6” ‘com a sua homénima “oh!", que exprime admira- ia, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois exclamativo e néo_a fazemos depois do “6° vocativo. Por exemplo: “O natureza! 6 mae pie- dosa e pura” (Olavo Bilac) REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramética completa Sacconi. 30 ed. Rev. Sao Paulo: Nova Gerasio, 2010. Portugués ~ Literatura, Producdio de Textos & Gramd- tica - volume unico / Samira Yousseff Campedell, Jésus, Barbosa Souza, ~ 3, Ed, ~ Sio Paulo: Saraiva, 2002, Sie http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ morf89,php Numeral Numeral é a palavra variavel que indica quantidade numérica ou ordemy expressa a quantidade exata de pes- soas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa deter- minada sequéncia. Os numerais traduzem, em palavras, 0 que os nime- ros indicam em relacio aos seres. Assim, quando a ex- pressdo € colocada em nuimeros (7, 1.%, 1/3, etc) ndo se trata de numerais, mas sim de algarismes. ‘Além dos numerais mais conhecidos, jé que refletem a idea expressa pelos ntimeros, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quan- tidade, proporséo ou ordenasio. Séo alguns exemplos: década, dizia, par, ambos(as), novena, indicam quantidade exata ou determi- nada de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns car- dinais tem sentido coletivo, como por exemplo: século, par, dizia, década, bimestre, indicam a ordem, a posi¢éo que alguém alguma coisa ocupa numa determinada se- quéncia: primeiro, segundo, centésimo, etc. #FicaDica As palavras anterior, posterior, siltimo, ante- peniiltimo, final e pentiltimo também indi- ‘cam posigéo dos seres, mas so classificadas como adjetivos, nao ordinais. © Fracionarios: indicam parte de uma quantidade, ou seja, uma diviséo dos seres: meio, terco, dois quintos, etc ivos: expressamideia de multiplicagéo dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: dobro, triplo, quintuplo, etc. 2. Flexao dos numerais Os numerais cardinais que variam em género so um/ uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/ duzentas em diante: trezentos/trezentas, quatrocentos/ quatrocentas, etc. Cardinais como milhéo, bilhéo, trilhio, variam em ntimero: milhées, bilhdes, trlhées. Os demais cardinais sao invariaveis. (Os numerais ordinais variam em género e mimero: primeiro ‘segundo milésimo primeira segunda mmilésima primeiros segundos milésimos primeiras segundas milésimas Os numerais multiplicativos so invaridveis quando atuam em fungées substantivas: Fizeram o dobro do es- forco e conseguiram o triplo de producéo. ‘Quando atuam em fungées adjetivas, esses numerais flexionam-se em género e numero: Teve de tomar doses triplas do medicamento. (Os numerais fracionarios flexionam-se em género intimero. Observe: um terco/dois tercos, uma terga parte/ duas tercas partes Os numerais coletivos flexionam-se em niimero: uma diizia, um milheiro, duas diizias, dois milheiros. E comum na linguagem coloquial a indicacéo de grau ros numerais, traduzindo afetividade ou especializasio de sentido. E 0 que ocorre em frases como: “Me empresta duzentinho..” E artigo de primeirissima qualidade! O time esta arriscado por ter caido na segundona, (= segunda divisio de futebol) 3. Emprego e Leitura dos Numerais Os numerais so escritos em conjunto de trés algaris- mos, contados da direita para a esquerda, em forma de centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma separagio através de ponto ou espaso correspondente a tum ponto: 8.234.456 ou 8 234 456, Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar exagero intencional, constituindo a figura de linguagem conhecida como hipérbole: Jé li esse texto mil vezes. No portugués contemporaneo, néo se usa a conjun- io e” apos “mil’, seguido de centena: Nasci em mil no- vecentos e noventa e dois. ‘Seu salario seré de mil quinhentos e cinquenta reais. Mas, se a centena comesa por “zero” ou termina por dois zeros, usa-se 0 'e" Seu salério seré de mil e quinhen- tos reais. (R$1.500,00) Gastamos mil quarenta reais. (R$1.040,00) Para designar papas, eis, imperadores, séculos e par- tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e, a partir dai, 0s cardinais, desde que 0 nume- ral venha depois do substantivo; Ordinais Cardinais Jodo Paulo i (segunde) Tomo XV (quinze) D. Pedro (segundo) Luis XVI (dezesseis) ‘Ato! (segundo) Capitilo XX (wnt) ‘Século Vil (oitavo) ‘Século XX (vinte) Canto (nono) Joao Xai (vinte e tres) Se o numeral aparece antes do substantivo, sera lido como ordinal: XXX Feira do Bordade.(trigésima) g Para designar leis, decretos e portarias,utiliza-se 0 or- dinal até nono e o cardinal de dez em diante: Artigo 1. (primeiro) Artigo 10 (dez) Artigo 9." (reno) Artigo 21 (vinte e um) Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por associasao, Ficara mais faci Linus PORTUGUESA 33 ‘Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Significam “um e outro’, “os dois” (ou “uma € outra’, “as duas’) e sao largamente empregados para retomar pares de seres aos quais ja se fez referéncia. Sua uti lizasao exige a presenca do artigo posposto: Ambos os concursos realizardo suas provas rio mesmo dia. O artigo sé UiNGUA PORTUGUESA dispensado caso haja um pronome demonstrativo: Ambos esses ministros falardo & imprensa, Quadro de alguns numerais Cardinais Ordinais ‘Multiplicativos Fracionarios um primeiro : : dois segundo dobro, duplo meio tres terceiro triplo, triplice terse quatro quarto quadruplo quarto cinco quinto quintuplo quinto seis sexto séxtuplo sexto sete sétimo sétuplo sétimo oito citavo éctuplo citavo nove nono. nénuplo nono. dez décimo décuplo décimo onze décimo primeiro - onze avos doze décimo segundo - doze avos treze décimo terceiro - ‘reze avos catorze décimo quarto - catorze avos quinze décimo quinto i quinze avos dezesseis décimo sexto - dezesseis avos dezessete décimo sétimo - dezessete avos dezoito décimo oitavo - dezoito avos dezenove décimo nono - ddezenove avos vinte vigesimo - vinte avos trinta trigésimo - trinta avos quarenta quadragésimo - quarenta avos cinguienta quinquagésimo - cinquenta avos sessenta sexagésimo - sessenta avos setenta Septuagésimo - setenta avos oitenta octogésimo - itenta avos oventa nonagésimo - oventa avos| em centésimo céntuplo centésimo duzentos ducentésimo - ducentésimo trezentos trecentésimo - trecentésimo quatrocentos| quadringentésimo quadringentésimo quinhentos quingentésimo - quingentésimo seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo setecentos septingentésimo 5 septingentésimo citocentos octingentésimo - octingentésimo ovecentos ongentésimo ‘ou noningentésimo ongentésimo milhiio rmilionésimo : rillionésimo bilhio bilionésimo : bilionési REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: ‘SACCONI, Luiz Anténio. Nossa gramatica completa Sacconi. 302 ed. Rev. Séo Paulo: Nova Geracéo, 2010. Portugués linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhies. ~ 7 ed. Reform, ~ Sao Paulo: Saraiva, 2010. Portugués: novas palavras: literatura, gramética, redacdo / Emlia Amaral...fet al. ~ Séo Paulo: FTD, 2000. SITE http://www soportugues.combr/secoes/morf/morf40.php. Preposicso Preposicio é uma palavra invariavel que serve para ligar termos ou oracées. Quando esta ligagio acontece, nor- malmente ha uma subordinacéo do segundo termo em relacio ao primeiro. As preposiges so muito importantes na estrutura da lingua, pois estabelecem a coesio textual e possuem valores semanticos indispensaveis para a compreen- so do texto. 1. Tipos dePreposicio A) Preposigdes essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposigdes: a, ante, perante, apés, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trés, atras de, dentro de, para com, B) Preposigées acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposicées, ou seja, formadas por uma derivagao imprépria: como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, sendo, vist. ©) Locugées prepositivas: duras ou mais palavras valendo como uma preposisao, sendo que a tiltima palavra é uma (preposisio}: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em Frente a, ao redor de, gracas a, junto 9, com, perto de, por causa de, por cima de, por tras de. A preposisio ¢ invariavel e, no entanto, pode unir-se a outras palavras e, assim, estabelecer concordancia em géne- ro ou em ntimero, Exemplo: por + 0 = pelo / por + a = pela. Essa concordncia néo ¢ caracteristica da preposigéo, mas das palavras as quais ela se une. Esse processo de juno de uma preposi¢zo com outra palavra pode se dar a partir dos processos de: = Combinacio: uniao da preposisio “a” com o artigo “o"(s), ou com o advérbio “onde”: ao, conde, aos, Os voca- bulos no sofrem alteragéo. = Contraco: unio de uma preposisio com outra palavra, ocorrendo perda ou transformasio de fonema: de + 0 = do, em + a= na, per + 05 = pelos, de + aquele = daquele, em + iss0 = nisso. * Cease fun de vogais iémcas: 8 C3" preposiio +“ artigo), Aqui" preposcdo + 1+ vogal do pro- nome “aquilo’ pode funcionar como preposicio, pronome pessoal abliquo e artigo. Como distingui-los? Caso 0 " seja um artigo, vira precedendo um substantive, servindo para determina-lo como um substantivo singular efeminino: A matéria que estudei ¢ facil! Quando é preposigio, além de ser invariavel, liga dois termos e estabelece relagéo de subordinacao entre eles. Irei& festa sozinha. Entregamos a flor 6 professora! = 0 primeito “a” é artigo; 0 segundo, preposicéo. Se for pronome pessoal obliquo estara ocupando o lugar e/ou a fungio de um substantivo: Nos trouxemos a apos- (és a trouxemos. tila 2. Relagdes semanticas (= de sentido) estabelecidas por meio das preposigées: Destino = Irei a Salvador. Modo = Saiu aos prantos. Lugar = Sempre a seu lado. Assunto = Falemos sobre futebol ‘Tempo = Chegarei em instantes. Causa = Chorei de saudade. Fim ou finalidade = Vim para ficar. Linus PORTUGUESA 35 UiNGUA PORTUGUESA 36 Instrumento = Escreveu a lapis. Posse = Vias roupas da mamée. ‘Autoria = livro de Machado de Assis ‘Companhia = Estarei com ele amanha: Materia = copo de cristal. Meio Oposigao = Esse movimento é contra o que eu penso. Prego = Essa roupa sai por cinquenta reais. Quanto & preposigéo “trés’: nao se usa senio nas locugdes adverbiais (para tras ou por trés) e na locusio prepositiva por tras de. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS SACCONI, Luiz Antanio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed. Rev. Séo Paulo: Nova Geragio, 2010 Portugués linguagens: volume 2/ Wiliam Roberto Ce- reja, Thereza Cochar Magalhaes. 7 ed. Reform. ~ Sio Paulo: Saraiva, 2010 Portugués: novas palavras: literatura, gramética, reda- ¢@o / Emilia Amara. [etal ~ Séo Paulo: FID, 2000. SITE http://wwnw.infoescola.com/portugues/preposicao/ Substantive Substantive é a classe gramatical de palavras va veis, as quais denominam todos os seres que existem, sejam reais ou imaginarios. Além de objetos, pessoas fendmenos, os substantivos também nomeiamn: = lugares: Alemanha, Portugal sentimentos: amor, saudade estados: alegria tristeza qualidades: honestidade, sinceridade ages: corrida, pescaria 1. Morfossintaxe do substantivo Nas oragdes, geralmente o substantive exerce fun- sées diretamente relacionadas com o verbo: atua como nticleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto di- reto ou indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda, funcionar como niicleo do complemento nominal ou do aposto, come miicleo do predicativo do sujeito, do obje- to ou come nticleo do vocativo. Também encontramos substantivos como nticleos de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas fungées séo desem- penhadas por grupos de palavras. 2. Classificagao dos Substantivos A) Substantivos Comuns e Préprios Observe a definicao: Cidade: sf 1. Povoagao maior que vila, com muitas casas e edifcios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de municipio é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposicéo aos bairros). Qualquer “povoagio maior que vila, com muitas casas ¢ edificios, dispostos em ruas e avenicas” sera chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substan- tivo comum, Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, homem, mulher, pais, cachorro. Estamos voando para Barcelona, substantive Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Barcelona € um substantive proprio — aquele que designa os seres de uma mesma especie de forma particular: Londres, Paulinhe, Pedro, Tieté, Brasil B) Substantivos Concretos e Abstratos B.1 Substantive Concrete: é aquele que designa 0 ser que existe, independentemente de outros seres Observacio: Os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginatio. Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasilia. Seres do mundo imaginério: saci, mée-d'égua, fantas- B.2 Substantivo Abstrato: é aquele que designa se- res que dependem de outros para se manifestarem ou existirem, Por exemplo: a beleza nao existe por si $6, ndo pode ser observada, S6 podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar, Portanto, a palavra bele- 2 um substantivo abstrato. Os substantivos abstratos designam estados, quali- dades, acées e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraidos, e sem os quais néo podem existir: vide (estado), rapidez (qualidade), viagem (ago), saudade (sentimento). = Substantivos Coletivos Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abetha, coutra abetha, mais outra abelha, Ele vinha pela estrada e foi picado por varias abethas. Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- cessério repetir 0 substantive: uma abetha, outra abelha, ‘mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. No terceiro, empregou-se um subs- tantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie (abelhax). O substantive erxame ¢ um substantivo coletive. Substantive Coletive: € 0 substantive comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de se- res da mesma espécie. Substantive coletive Conjunto de: assembleia pessoas reunidas aleateia lobos ‘acervo livros ‘ntologia trechos lterdrios slecionados | | { sinodo pérocos ‘arquipelago thas talha ‘enha anda ‘misicos ‘ropa [ muares soldados bande desorderos ou maifeitores turma estudontes,trabalhadores ance examinadores vara porcos batalhdo soldados 3. Formacio dos Substantivos cardume pees caravana vijantes peregrinos AA) Substantivos Simples e Compostos a“ fae sept subst er T= ga ado em gots sabre cancioneiro cangdes, poesia: lricas 0 substantive chuva é formado por um tnico ele- colmeia ‘bethos mento ou radical, E um substantivo simples. concilio bispos __Ac1 Substantivo Simples: é aquele formado por um congresso parlamentares, cientistas tinico elemento. 5 5 Outros substantivos simples: tempo, so, sof, et Veja lenco atores de uma peca ou filme | agora: O substantive guarda-chuve ¢ formado por dots exquadra inavios de guerra elementos (quarda + chuva) Esse substantivo é compos- enxoval roupas to. a Ps A.2 Substantive Composto: é aquele formado por falange soldados, anjos dois ou mais elementos. Outros exemplos eli for, pas- fauna animais de uma regido satempo. feixe fenha, capi B) Substar )s Primitivos e Derivados flora vegetois de uma regiGo B.1 Substantivo Primitivo: € aquele que nio deriva vo -savios mercantes Smibis dle nenhuma outra paavra da propria lingua portuguesa, frota tes, Gib B.2 Substantivo Derivado: é aquele que se origina girdndola fogos de artificio de outra palavra. O substantive imoeiro, por exemplo, é horde ‘andidos, invasores derivado, pois se originow a partir da palavra limo. junta mmédicos, bois, credores,exa- 4 Flexo dos substantivos ir [urados 0 substantivo é uma classe varivel. A palavra évarié- regio voldades anion dembnlos vel quando sofre flexdo (variacio). A palavra menino, por Legi ldados, anjos, de exemplo, pode sofrer variagées para indicar: leva Presos, recrutas Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: ‘mata malfetores ou desordeiros ‘menino / Dirinutivo: menininho ‘manada bfalos, bois, elefantes, A) Flexo de Género mathe cies de raca Genero ¢ um principio puramente linguistico, nfo de othe Chaves verduros vendo ser confundido com "sexo". O género diz respeito — % a todos os substantivos de nossa lingua, quer se refiram multidéo pessoas em geral a seres animais providos de sexo, quer designem apenas raver insetos (gofanhotos, mosqui-| | “clsas": 0 gato/a gata; o banco, a casa. tos ete) Na lingua portuguesa, ha dois géneros: masculino femining, Pertencem a0 género masculino os substant- penca bananas, chaves Yos que podem vir precedidos dos artigos 0, 05, um, uns pinacotece pinturas, quadros Veja estes titulo de filmes: ‘quadrilha ladrbes, bandidos Ovelho eo mar ramathete flores Um Natal inesquecivel rebanho ovelhas Osreis da proia stant ; ertencem a0 género feminino os substantivos que repertério ecas teatro, obras musicals | podem vir precedidos dos artigos o, os, uma, umas: réstia alhos ou cebolas A histéria sem fim: romanceiro esis narratvas Uma cidade sem pasado po m As tartarugas ninjas revooda éssaros Linus PORTUGUESA 37 UiNGUA PORTUGUESA 38 5. Substantivos Biformes e Substantivos Unifor- 1. Substantivos Biformes (= duas formas): apresen- ‘tam uma forma para cada género: gato ~ gata, ho- ‘mem ~ muther, poeta ~ poetiso, prefeito - prefeita 2. Substantivos Uniformes: apresentam uma unica forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificam-se em: A) Epicenos: referentes a animais.A distingao de sexo se faz mediante a utiizasio das palavras “macho” “femea":a cobra mache e a cobra fémea, o jacaré macho e o jacaré fémea, B) Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes a pessoas de ambos 0s sexos: a crianca, a teste- munha, a vitima, 0 cénjuge, © génio, o idolo, 0 tn- dividuo. €) Comuns de Dois ou Comum de Dois Géneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo: 0 colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista, Substantivos de origem grega terminados em ema ou gaia s#o masculinos: 0 fonema, 0 poema, o sistema, 0 sintoma, o teorema, = | Existem certos substantivos que, variando de género, variam em seu significado: 0 guia (vigarista) e a dguia (ave; perspicaz); o cabeca (lider) e a cabeca (parte do corpo); 0 capital (dinheiro) € «@ capital (cidade); 0 coma (sono mérbido) e a coma (ca- beleira, juba); 0 lente (professor) e a lente (vidro de au- mento);.0 moral (estado de espiito) e a moral (ética; con- clusio); 0 praca (soldado raso) e a praca (érea publica); co radio (aparelho receptor) e a rédio (estagio emissora) 6. Formacio do Feminino dos Substantivos Bifor- Regra geral: troca-se a terminagéo -0 por a: aluno ~ aluna, ‘= Substantivos terminados em -és: acrescenta-se -a a0 masculine: fregués- freguesa + Substantivos terminados em ~do: fazem o femini- no de tres formas: 1. troca-se do por -oa 2.troca-se do por a. = campedo - camped 3. troca-se ~do por ona. = solteirdo - soltevona Excegdes: bardo — baronesa, ladrdo - ladra, sultdo - sultana patréo - patroa = Substantivos terminados em -or: acrescenta-se -a a0 masculine = doutor - doutora troca-se -or por -ttiz: = imperador ~imperatriz = Substantivos com feminine em -esa, -essa, ~isa cénsul- consulesa / abade - abadessa /poeta - poe- tisa / duque - duguesa / conde - condessa /profeta = profetisa = Substantivos que formam o feminino trocando -e final por -a:elefante - elefanta * Substantivos que tam radicais diferentes no mas- caulino no feminino: bode — cabra / boi - vaca * Substantivos que formam 0 feminino de maneira especial, isto é no seguem nenhuma das regras anteriores: czar ~ czarina, réu -ré 7. Formagio do Feminino dos Substantivos Uni formes Epicenes: Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiro. Nao € possivel saber 0 sexo do jacaré em questio. Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar 0 masculino e 0 feminino. Alguns nomes de animais apresentam uma sé for- rma para designar os dois sexos. Esses substantivos sio chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fémea. ‘A cobra macho picou o marinheiro. A cobra fémea escondeu-se na bananeira. 8, Sobrecomun: Entregue as criancas 6 natureza. A palavra criancas se refere tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem um possivel adjetivo permitem identi- ficar 0 sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja ‘A.crianca chorona chamava-se Jodo. ‘Accrianca chorona chamava-se Maria. Outros substantives sobrecomuns: a ctiatura = Jogo é uma boa criatura, Maria é uma boa criatura. © cénjuge = O cénjuge de Jodo faleceu. O canjuge de Marcela faleceu 9. Comuns de Dois Géneros: Motorista tem acidente idéntico 23 anos depois. Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? E impossivel saber apenas pelo titulo da noticia, uma vvez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. ‘A distinggo de género pode ser feita através da anali- se do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o subs- tantivo: 0 colega - a colega; o imigrante - a imigrante; lum jovem - uma jovem: artista famoso - artista famosa; reporter francés - reporter francesa A palavra personagem é usada indistintamente nos dois géneros. Entre 0s escritores modemos nota-se acentuada preferéncia pelo masculino: O menino desco- bru nas nuvens os personagens dos contos de carachinha, Com referéncia a mulher, deve-se preferiro feminino: O problema esté nas mulheres de mais idade, que néo aceitam a personagem. Diz-se: 0 (ou a) manequim Marcela, 0 (ou a) modelo fotografico Ana Belmonte. Masculinos: o tapo, o eclipse, o lanca-perfume, 0 dé Jpena), 0 sanduiche, o clarinete, 0 champanha, o sésia, 0 ‘maracajé, o cle, o herpes, o pijama, o suéter, 0 soprano, 0 proclama, 0 pernoite, o pubis Femininos: o dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, 2 cataplasma, a pane, a mascote, a génese, a entorse, a libido, « cal, a faringe, a célera (doenca), a ubd (canca). Sio geralmente masculinos 0s substantivos de ori- {gem grega terminados em -ma: 0 grama (peso), 0 quilo- {grama, 0 plasma, © apestema, 0 diagrama, o epigrama, 0 ielefonema, 0 estratagema, o dlema, 0 teorema, 0 trema, 0 eczema, oedema, 0 magma, 0 estigma, 0 axioma, otra- coma, o hematoma, Excegées: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, ete. Género dos Nomes de Cidades - Com raras exce- ‘ges, nomes de cidades so femininos: A histérica Ouro Preto. / A dinémica Sdo Paulo. / A acolhedora Porto Ale- gre. / Uma Londres imensa e triste Exceges: 0 Rio de Janeiro, 0 Cairo, 0 Porto, o Havre. 10. Genero e Significacao Muitos substantivos, como jé mencionado anterior- mente, tém uma significagao no masculino e outra no fe- minino. Observe: 0 baliza (soldado que a frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; 0 que vai é frente de um bloco carnavalesco, manejando um bast), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibicdo de trénsit), 0 cabeca (chefe), a cabeca (par te do corpo), 0 cisma (separacao religiosa, dissidéncia), a cisma (ato de cismar, desconfianca), 0 cinza (a cor cinzen- ta), a cinza (residuos de combustéo), 0 capital (dinheiro), 4 capital (cidade), 0 coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira) o coral (pélipo, a cor vermetha, canto em coro), 2 coral (cobra venenosa), o crisma (éleo sagrado, usado na administragéo da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento da confirmacéo), 0 cura (péroco), a cura (ato de cura), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planicie de vegetacéo), 0 guia (pessoa que guia ou- tras), a guia (documento, pena grande das asas das aves), 0 grama (unidade de peso), a grama (retva), 0 caixa (fun- cionério da caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamen- tos) o lente (professor), a lente (vidro de aumento), 0 mo- ral (Gnimo), a moral thonestidade, bons costumes, ética), © nascente (lado onde nasce 0 Sal), a nascente (a fonte), © maria-fumaca (trem como locomotiva a vapor), maria- -fumaca (locomotiva movida a vapor), 0 pala (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo), o radio (aparetho receptor), a radio (emissora), 0 voga (remador), a voga (moda). B) Flexio de Namero do Substantive Em portugués, ha dois rtimeros gramaticais: o singu- lar, que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A caracte- ristica do plural é 0 °s" final 11. Plural dos Substantivos imples Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n"fazem o plural pelo acréscimo de °s":pai— pois: imd ~ ims; hifen -hifens (sem acento, no plural. Excegao: cérion - cénones. Os substantivos terminados em fem "ns": homem - homens. Os substantivos terminados em “r”e “z"fazemo plural pelo acréscimo de “es": revélver — revélveres; raz -raizes fazem o plural O plural de carater é caracteres. Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam- -se no plural, trocando o “I por “is”: quintal - quintais; caracol ~ caracéis; hotel - hotéis, Excegées: mal e males, cénsul e cénsules. Os substantivos terminados em ‘il"fazem o plural de duas maneiras: 1. Quando oxitonos, em “i 2. Quando paroxitonos, em anil - canis is": missil - misseis. Observasio: A palavra réptil pode formar seu plural de duas ma- neiras: épteis ou reptis (pouco usada).. Os substantivos terminados em “s" fazem o plural de duas maneiras: 1. Quando monossilabicos ou oxitonos, mediante 0 acréscimo de “es”: ds ~ ases /retrés - retroses 2. Quando paroxitonos ou proparoxitonos, ficam in- variaveis: o lipis - os ldpis / 0 énibus - os dnibus. Os substantivos terminados em “io” fazem o plural de trés maneiras. 1. substituindo 0 2. substituindo o 3. substituindo 0 ~ao por ~ 5! gro - gros Observacio: Muitos substantivos terminados em “io” apresentam dois — e ate trés — plurais: aldedo ~ aldedes/aldedes/aldedos ancido ~ ancides/ancides/ancidos charlatdo ~ charlatdes/charlataes corrimao ~ corrimaos/corrimoes ‘guardiao — guardiées/quardiaes vildo - vildos/vildes/vilaes Os substantivos terminados em “x” ficam invariveis: o latex - os latex. 12, Plural dos Substantivos Compostos A formagéo do plural dos substantivos compostos depende da forma como sio grafados, do tipo de pa- lavras que formam o composto e da relagio que esta- belecem entre si. Aqueles que séo grafados sem hifen comportam-se como os substantivos simples: agua dente/aguardentes, girassol/girass6is, pontapé/pontapés, ‘malmequer/malmequeres. 0 plural dos substantivos compostos cujos elementos sao ligados por hifen costuma provocar muitas duividas discussées. Algumas orientagdes so dadas a seguir: A) Flexionam-se os doi dos de: substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores elementos, quando forma- Linus PORTUGUESA 39 UiNGUA PORTUGUESA 40 substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- feitos adjetivo + substantive = gentil-homem e gentis-ho- numeral + substantive = quinta-feira e quintas-feiras B) Flexiona-se somente 0 segundo elemento, quando formados de: verbo + substantive = guarda-roupa e guarda-roupas palavra invariavel + palavra variével = alto-falante alto-falantes palavras repetidas ou imitativa: ) Flexiona-se somente 0 pri quando formados de: substantivo + preposicdo clara + substantive = dgua- de-colénia e dguas-de-colénia substantivo + preposicao oculta + substantive = ca- valo-vapor e cavalos-vapor substantivo + substantive que funciona como deter- minante do primeiro, ou seja, especifica a fungao ou o tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba-relégio - bombas-relégio, homem-ré - homens-ré, peixe-espaca - peixes-espada. ro elemento, D) Permanecem invaridveis, quando formados de: verbo + advérbio = 0 bota-fora e os bota-fora verbo + substantivo no plural = 0 saca-rolhas € os saca-rolhas 13. Casos Especi 0 lowva-a-deus e os lowva-a-deus 0 bem-te-vie os bem-te-vis 0 bern-me-quer € os bem-me-queres 0 jodo-ninguém e os joBes-ninguém. 14, Plural das Palavras Substantivadas ‘As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras, classes gramaticais usadas como substantivo apresen- ‘tam, no plural, as flexes préprias dos substantivos. ese bem os prés e os contras. O aluno errou na prova dos noves. Ouca com a mesma serenidade os sins e os néos. Observasio: Numerais substantivados terminados em “s” ou ‘2” nido variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez. 15, Plural dos Diminutivos Flexiona-se 0 substantivo no plural, retita-se 0 °s" fi- nal e acrescenta-se 0 sufixo diminutivo. pe(5) + zinhos = paezinhos animai(s) + zinhos = animaizinhos botée(s) + zinhos = botéezinhos chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos faréi(s) + zinhos = faroizinhos tren(s) + zinhos colhere(s) + zinhas flore(s) + zinhas = florezinhos ‘méo(s) + zinhas trenzinhos colherezinhas méozinhos apéi(s) + zinhos ‘papeizinhos tinei(s) + zinhos = tuneizinhos pails) + zinhos = paizinhos pals) + zinhos = pezinhos als) + zitos = pezitos 16. Plural dos Nomes Préprios Personativos Devern-se pluralizar os nomes préprios de pessoas sempre que a terminacSo preste-se a flexio. Os Nopoleées também séo derrotados. As Raqueis e Esteres 17. Plural dos Substantivos Estrangeiros Substantivos ainda no aportuguesados devem ser esctitos como na lingua original, acrescentando-se “s" (exceto quando terminam em “s” ou "2"}: os shows, os shorts, 0s jazz. Substantivos jé aportuguesados flexionam-se de acordo com as regras de nossa lingua: os clubes, os cho- pes, os jpes, os esportes, as toaletes, os bibelds, os garcons, (05 réquiens. Observe o exemplo: Este jogador faz gols toda vez que joga. 0 plural correto seria gois (6), mas nao se usa, 18, Plural com Mudanga de Timbre Certos substantivos formam o plural com mudanga de timbre da vogal tanica (0 fechado / 0 aberto). E um fato fonético chamado metafonia (plural metafénico) Singular Plural corpo (6) corpos (6) exfogo _esfrgos fago fogos forno fornos fosso fossos imposto impostos otho thos poco pocos porto portes posto postos tijolo tijolos ‘Tema vogal tanica fechada (6): adornos, almocos, bol- 505, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, sores, etc, Observacio: Distinga-se motho (8) = caldo (molho de carne), de ‘metho (6) = feixe (motho de lenha). Ha substantivos que so se usar no singular: o sul, 0 norte, o leste, o oest, a fe ete. Outros 56 no plural: as nipcias, os vveres, os pésames, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. Outros, enfim, tém, no plural, sentido diferente do singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probida- de, bom nome) e honras (homenagem,ttulos) Usamos, as vezes, 05 substantivos no singular, mas com sentido de plural: ‘Aqui morreu muito negro. Celebraram o sacrificiodivino muitas vezes em capelas improvisadas. ) Flexo de Grau do Substantivo Grau é a propriedade que as palavras tém de exprimir as variacdes de tamanho dos seres. Classifica-se em: 1. Grau Normal - Indica um ser de tamanho conside- rado normal. Por exemplo: casa 2. Grau Aumentativo - Indica 0 aumento do tama- inho do ser. Classifica-se em: Analitico = 0 substantivo é acompanhado de um ad- Jetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande, Sintético = acrescido ao substantivo um sufixo in- dicador de aumento. Por exemplo: casaréo. 3. Grau Diminutivo - Indica a diminuisi0 do tama- rnho do ser. Pode ser: Analitico = substantive acompanhado de um adjeti- a pequenez. Por exemplo: casa pequena. ‘acrescido ao substantive um sufixo in- dicador de diminuigéo, Por exemplo: casinha, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed. Rev. Sao Paulo: Nova Geracio, 2010. Portugués linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- reja, Thereza Cochar Magalhies. - 7 ed. Reform. ~ Séo Paulo: Saraiva, 2010, CCAMPEDELL|, Samira Yousseff, Portugués - Literatura, Producdo de Texto & Gramética ~ Volume tinico / Samira Youssef Campedelli, Jésus Barbosa Souza. ~ 3° edigo ~ Sao Paulo: Saraiva, 2002. SITE http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ morfl2.php Pronome Pronome é a palavra variavel que substitui ou acom- panha um substantivo (nome), qualificando-o de alguma forma 0 homem julga que € superior & natureza, por isso 0 homem destréi a natureza, Utiizando pronomes, teremos: © homem julga que é superior & natureza, por isso ele a dest. Ficou melhor, sem a repeticio desnecess ‘mos (homem e natureza). Grande parte dos pronomes nao possuem significa- dos fixos, isto €, essas palavras s6 adquirem significagao dentro de um contexto, 0 qual nos permite recuperar a referéncia exata daquilo que esta sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicacéo. Com ex- eco dos pronomes interrogativas e indefinidos, os de- ‘mais pronomes tém por fungao principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando- “lhes sua situac#o no tempo ou no espaco. Em virtude dessa caracteristica, os pronomes apresentam uma for- ma especifica para cada pessoa do discurso, Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. Iminha/eu: pronomes de 1. pessoa = aquele que fala] Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? Itua/tu: pronomes de 22 pessoa = aquele a quem se fala] A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada, Idela/ela: pronomes de 32 pessoa = aquele de quem se fala] ia de ter- Em termos morfolagicos, 05 pronomes so palavras variaveis em género (masculino ou feminine) e em ni mero (singular ou plural). Assim, espera-se que a refe- rencia através do pronome seja coerente em termos de géneto e niimero {fendmeno da concordancia) com 0 seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado Fala-se de Roberta, Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano. [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordan- cia adequada] Ineste: pronome que determina “ano” = concordan- cia adequada] Iele: pronome que faz referéncia a “Roberta” = con- cordancia inadequada] Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. 1. Pronomes Pessoais So aqueles que substituem os substantivos, indican- do diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes “eu” ou “nos”: usa-se os pronomes ‘tu’, "vés", ‘vocé" ou “vocés” para designar a quem se dirige, e “ele”, "ela", “eles” ou “elas” para fazer referéncia a pessoa ou as pessoas de quem se fala, (Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- des que exercemnas oragées, podendo ser do caso reto ou do caso oblique. Linus PORTUGUESA a1 UiNGUA PORTUGUESA a2 A) Pronome Reto Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen- tenga, exerce a fungéo de sujeito: Nos the ofertamos flores Os pronomes retos apresentam flexdo de niimero, géneto (apenas na 32 pessoa) e pessoa, sendo essa tk tima a principal flexo, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, © quadto dos pronomes retos é assim configurado: 1.8 pessoa do singular: eu 2 pessoa do singular: tu 3.¢pessoa do singular: ele, ela 1. pessoa do plural: nés 2 pessoa do plural: vis 3.%pessoa do plural: eles, eas Esses pronomes néo costumam ser usados como complementos verbais na lingua-padrio. Frases como “Vi ele na rua’, “Encontrei ela na praca’, “Trouxeram eu ‘até aqui"- comuns na lingua oral cotidiana - devem ser evitadas na lingua formal escrita ou falada. Na lingua for- ‘mal, devem ser usados os pronomes obliquos correspon- dentes:"Vi-o na rua’, “Encontrei-a na praca’, "Trouxeram- -me até aqui’: Frequentemente observamos a omissio do pronome reto emLingua Portuguesa. Isso se da porque as proprias formas verbais marcam, através de suas desinéncias, as, pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos boa viagem. (Nos) B) Pronome Obliquo Pronome pessoal do caso obliquo é aquele que, na sentenga, exerce a funcao de complemento verbal (objeto direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (ob jeto indireto) Observasio: pronome obliquo é uma forma variante do prono- ime pessoal do caso reto. Essa variagio indica a funsio diversa que eles desempenham na orasao: pronome reto marca o sujeito da oraco; pronome obl complemento da orasio. Os pronomes of variagio de acordo com a acentuasio tar sem, podendo ser atonos ou tanicos. 2, Pronome Obliquo Atono ‘So chamados atonos os pronomes obliquos que néo so precedidos de preposicao. Possuem acentuagio to- nica fraca: Ele me deu um presente, Lista dos pronomes obliquos atonos 14 pessoa do singular (eu): me 2% pessoa do singular (ty) 3." pessoa do singular (ele, ela) 0, a, the 1L® pessoa do plural (ns): nos 2." pessoa do plural (v6s): vos 3." pessoa do plural (eles, elas): os, as, thes FIQUE ATENTO! Os pronomes o, 05,0, as assumem formas es- peciais depois de certas terminacdes verbais: 1. Quando 0 verbo termina em -z, -5 ou -r, © pronome assume a forma lo, (os, la ou las, a0 mesmo tempo que a terminacéo verbal é suprimida, Por exemplo: fiz +0= feclo fazeis + 0 = fazei-lo dizer + a = dizé-la 2. Quando 0 verbo termina em som nasal, 0 pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: repde + 0s = repde-nos retém + a: retém-na tem + as = tem-nas B.2 Pronome Oblique Ténico 5 pronomes obliquos tonicos séo sempre precedi- dos por preposicées, em geral as preposicées o, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tanicos exercem a funcio de objeto indireto da oracio, Possuem acentua- a0 tonica forte Lista dos pronomes obi 1.4 pessoa do singular (eu): mim, comigo 2° pessoa do singular (tu): ti, contigo 3.° pessoa do singular (ele, ela): si consigo, ele, ela 1.4 pessoa do plural (nes): nds, conosco 2° pessoa do plural (v6s): vés, convosco 3.° pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas Observe que as tinicas formas proprias do pronome ténico sio a primeira pessoa (mim) ¢ segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto ‘As preposiges essenciais introduzem sempre prono- mes pessoais do caso obliquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da lingua formal, 05 pronomes costumam ser usados desta forma ‘Nao hé mais nada entre mim e ti. Nao se comprovou qualquer ligacéo entre tie ela No ha nenhuma acusagéo contra mim, Néo va sem mim. Ha construgées em que a preposisio, apesar de sur- gir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma ‘oracio cujo verbo esta na infinitivo. Nesses casos, 0 ver- bo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro- nome, deverd ser do caso reto. Trouxeram vérios vestidos para eu experimentar, No vé sem eu mandar, A frase: “Foi facil para mim resolver aguela questéo!" esta correta, ja que “para mim” € complemento de "Yé- cil”,A ordem direta seria: Resolver aquela questéo foi fecl para mim! ‘A combinasio da preposisio “com” e alguns prono- 'mes originou as formas especiais comigo, contigo, consi- {go, conosco e convosco, Tais pronomes obliquos ténicos frequentemente exercem a fungio de adjunto adverbial de companhia: Ele carregava 0 documento consigo. A preposigio “ate” exige as formas obliquas tonicas: Hla veio até mim, mas nada falou. Mas, se “ate” for palavra denotativa (como sentido de incluso), usaremos as formas retas: Todos foram bem na prova, até eu! (= inclusive eu) conosco” e “convosco” so substituidas “com vés” quando os pronomes pes- soais so reforsados por palavras como outros, mesmos, prdprios, todos, ambos ou algum numeral Vocé tera de viajar com nos todos. Estavamos com vés outros quando chegaram as mas noticias Ele disse que iria com nés trés. 3. Pronome Reflexive Sao pronomes pessoais obliquos que, embora fun- cionem como objets direto ou indireto, referem-se a0 sujeito da orasio. Indicam que o sujeito pratica e recebe a aco expressa pelo verbo. Lista dos pronomes reflexivos: 12 pessoa do singular (eu): me, mim = Eu ndo me lembro disso. 22 pessoa do singular (tu):te, ti= Conhece a ti mesmo, 32 pessoa do singular (ele, ela) se, si, consigo = Gut- therme ja se preparou. Ela deu a si um presente, Anténio conversou consigo mesmo, 12 pessoa do plural (nds): no: 28 pessoa do plural (vés): vo: com esta conquista. 32 pessoa do plural (eles, elas): e, si, consigo = Eles se conheceram. / Elas deram a si um dia de folga. g Vés vos beneficiastes © pronome é reflexive quando se refere 8 mesma pessoa do pronome subjetivo (sujei- lade de ago: Nés nas amamos. /Olha- calados. 0 "se" pode ser usado como palavra exple- tiva ou particula de realce, sem ser rigoro- samente necesséria e sem funcio sintatica: Os exploradores riam-se de suas tentativas./ Sera que eles se foram? C) Pronomes de Tratamento Sao pronomes utilizados no tratamento formal, ceri- monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (por- tanto, a segunda pessoa), utilizam © verbo na terceira pessoa. Alguns exemplos: Vossa Alteza (V. A.) = principes, duques Vossa Eminéncia (VE) = cardeais Vossa Reverendissima (V. Ver) = sacerdotes ¢ reli- giosos em geral Vossa Exceléncia (V. Ex) = oficiais de patente supe- rior & de coronel, senadores, deputados, embaixadores, professores de curso superior, ministros de Estado e de ‘Tibunais, governadores, secretatios de Estado, presiden- te da Republica (sempre por extenso) Vossa Magnificéncia (V. Mag.”) = reitores de univer sidades Vossa Majestade (VM) = reis,rainhas e imperadores Vossa Senhoria (V. S:) = comerciantes em geral, ofi- ciais até a patente de coronel, chefes de seco e funcio- ratios de igual categoria Vossa Meretissima (sempre por extenso) = para juizes de direito Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento Vossa Onipoténcia (sempre por extenso) = Deus ‘Também sio pronomes de tratamento 0 senhor, a se- hora e vocé, vocés. “O senhor" e "a senhora” sao em- pregados no tratamento cerimonioso; “vocé" e “voces”, no tratamento familiar. Vocé e vocés sio largamente em- pregados no portugués do Brasil; em algumas regides, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco emprega- da, Ja a forma vos tem uso restrito a linguagem litirgica, ultraformal ou literaria, Observacée 1. Vossa Exceléncia X Sua Exceléncia: 0s pronomes de tratamento que possuem “Vossa(s)” so emprega- dos em rela¢éo a pessoa com quem falamos: £5- pero que V. Ex.2, Senhor Ministro, compareca a este encontro, 2. Emprega-se “Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa: Todos os membros da CPI. afirmaram {que Sua Exceléncia, o Senhor Presidente da Repabli- a, agiu com propriedade. 3. Os pronomes de tratamento representam uma for- ‘ma indireta de nos dirigitmos aos nossos interlo- cutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Ex- celéncia, por exemplo, estamos nos enderesando @ exceléncia que esse deputado supostamente tem. para poder ocupar o cargo que ocupa, 4, Embora os pronomes de tratamento dirijam 22 pessoa, toda a concordancia deve ser com a 3." pessoa. Assim, 05 verbos, os pronomes possessivos e os pronomes obliquos empregados em relacdo a eles devem ficar na 3 pessoa Basta que V. Ex.° cumpra a terca porte das suas pro- ‘messas, para que seus eleitores the fiquem reconhe- cidos. 5. Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ‘ounnos dirigimos a alguém, néo é permitido mudar, 20 longo do texto, a pessoa do tratamento esco- Iida inicialmente. Assim, por exemplo, se comeca- mos a chamar alguém de ‘vocé", néo poderemos usar “te” ou ‘teu’. O uso correto exigira, ainda, ver- bo na terceira pessoa, Linus PORTUGUESA a3 UiNGUA PORTUGUESA Quando vocé vier eu te abracarei eenrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado) Quando vocé vier, eu @ abracarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correte) = terceira pessoa do singular Quando tu vieres, eu te abracarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos.(correte) = segunda pessoa do singular 4, Pronomes Possessivos Sao palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuida). Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1 pessoa do singular) NUMERO PESSOA PRONOME singular primeira ‘meu(s), minhats) singular segunda teuls), tual) singular terceira seu(3), suals) plural primeira ‘nosso(5) nossals) plural segunda v0550(5) vossals) plural terceira 5eu(3), suas) Note que: ‘forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; 0 género e o niimero concordam com 0 objeto possuido: Ele trouxe seu apoio e sua contribuicao rnaguele momento dificil Observacées: 1. Aforma “seu” no é um possessive quando resul- tar da alteragio fonética da palavra senhor: Muito obrigado, sev José. 2. Os pronomes possessives nem sempre indicam posse. Padem ter outros empregos, como: AA) indicar afetividade: Nao faca isso, minha filha B) indicar cilculo aproximado: Ele ja deve ter seus 40 ) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem {a seus defeitos, mas eu gosto muito dela. 3. Em frases onde se usam pronomes de tratamento, © pronome possessivo fica na 3.* pessoa: Vossa Ex- celéncia trouxe sua mensagem? 4. Referindo-se a mais de um substantivo, 0 possessi- vo concorda com 0 mais préximo: Trouxe-me seus livros e anotacées. 5. Em algumas construsées, os pronomes pessoais ‘obliques stonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe os passos. (= Vou sequit seus passos) 6. O adjetivo “respectivo" equivale a “devido, seu, pré prio", por isso nao se deve usar “seus” a0 utiliza-lo, para’ que néo ocorra redundancia: Coloque tudo ros respectivos lugares. 5. Pronomes Demonstrativos Sio utilizados para explicitar a posigéo de certa pa- lavra em relasao a outras ou a0 contexto. Essa relagio pode ser de espaso, de tempo ou emrelagao ao discurso. A) Em relagio ao espaco: Este(s), esta(s) e isto = indicam o que esta perto da pessoa que fala: Este material € meu, Esse(s), essa(s)¢ i550 = indicam 0 que esta perto da pessoa com quem se fala Esse material em sua carteira é seu? Aquele(s), aquela(s) © aquilo = indicam 0 que esta distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala Aquele material nao é nosso. Vejam aquele prédio! B) Em relacio ao tempo Este(s),esta(s)¢ isto = indicam o tempo presente em relagio a pessoa que fala: Esta manha farei a prova do concurso! Esse(s),es5a(s)¢ isso = indicam o tempo pasado, po- rém relativamente préximo época em que se situa a pessoa que fala: ssa noite dormi mal: s6 pensava no concurso! Aguele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afastamen- to no tempo, refetido de modo vago ou como tempo remoto: ‘Naquele tempo, os professores eram valorizados. ©) Em relacio ao falado ou escrito (ou ao que se falaré ou escrevers): Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer fazer referéncia a alguma coisa sobre a qual ainda se fa- lara Serdo estes os contetidos da prova: anélise sintatica, cortografia, concordéncia Esse(s),essa(s)¢ isso = utilizados quando se pretende fazer referéncia a alguma coisa sobre a qual ja se falou Sua aprovacéo no concurs, 50 € 0 que mats dese Este e aquele so empregados quando se quer fazer referancia a termos ja mencionados; aquele se refere 20 termo referido em primeiro lugar e este para o referido por tim ‘Domingo, no Pacaembu,jogardo Palmeiras e Sdo Pau- lo; este esta mais bem colocado que aquele. (= este [So Paulo] aquele [Palmeiras) Domingo, no Pacaembu, jagardo Palmeiras e Sao Pau- lo; aquele esta mais bem colocado que este. (= este [So Paulo] aquele [Palmeiras) Os pronomes demonstrativos podem ser variaveis ou invariaveis, observe: Variéveis: este(s), estals, esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). lnvariavels isto, iso, aquilo. ‘Tambem aparecem como pronomes demonstrativos: = os), als}: quando estiverem antecedendo o “que” e puderem ser substituidos por aquele(s), aquela(s), aquilo. Nao ouvi 0 que disseste. (Nao ouvi aquilo que disses- te) Essa rua néo é a que te indiquei. (no é aquela que te indiquei) = mesmo(s), mesma(s), préprio(s), prépria(s): va- riam em género quando tém carater reforsativo: Estas so as mesmas pessoas que o procuraram ontem. Eu mesma refiz os exercicios. Elas mesmas fizeram isso. Eles préprios cozinharam. Os proprios alunos resolveram o problema. + semelhante(s): Nao tenha semethante atitude. fal, tais: Tal absurdo eu ndo cometeria, 1. Emfrases como: O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos intimos; aquele casado, solteiro este. (ou entéo: este solteiro, aquele casado) - gste se re- fere & pessoa mencionada em ultimo lugar; aquele, & mencionada em primeiro lugar. 2. 0 pronome demonstrativo tal pode ter conotacéo irénica: A menina foi a tal que ameacou o professor? 3. Pode ocorrer a contragio das preposicées a, de, em com pronome demonstrative: aquele, aquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc: Ngo acreditei no que estava vendo. (no = naquilo) 6. Pronomes Indefinidos Sao palavras que se referem a 32 pessoa do discur- so, dando-Ihe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada. ‘Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém- -plantadas. Nao €¢ dificil perceber que “alguém” indica uma pes- soa de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma imprecisa, vaga. E uma palavra capaz de indicar lum ser humano que seguramente existe, mas cuja iden- tidade & desconhecida ou nfo se quer revelar. Classifi- A) Pronomes Indefinidos Substantives: assumem lugar do ser ou da quantidade aproximada de se- res na frase, Séo eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo, Algo o incomoda? Quem avisa amigo é. B) Pronomes Indefinides Adjetives: qualificam um ser expresso na frase, conferindo-Ihe a nosio de quantidade aproximada. Séo eles: cada, certo(s), cert) Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem varias profissées. Note qui Ora s80 pronomes indefinidos substantivos, ora pro- rnomes indefinidos adjetivos ‘algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, mui- tos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, ne~ nhuns, nenhumats), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanto(s) tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda), umm, uns, uma(s), ‘Menos palavras e mais acées. Alguns se contentam pouco. Os pronomes indefinidas podem ser divididos em va- riaveis e invariaveis. Observe: = Variaveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vério, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, ‘muita, pouca, varia, tanto, outra, quanta, qualquer, quaisquer’, alguns, nenhuns, todos, muites, poucos, Vérios, tantos, outros, quantos, algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, vérias, tantas, outras, quan tos = Invariaveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, cada. “Qualquer € composto de qual + quer (do verbo que- ren, por isso seu plural é quaisquer (unica palavra cujo plural ¢ feito em seu interior). Todo ¢ toda no singular e junto de artigo significa in- telro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as: Toda a cidade esta enfeitada. (= a cidade inteira) Toda cidade esté enfeitada. (= todas as cidades) Trabatho todo o dia, (= 0 dia inteiro) Trabatho todo dia, (= todos os dias) S80 locugées pronominais indefinidas: cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, ete Cada um escolheu 0 vinho desejado. 7. Pronomes Relativos Sao aqueles que representam nomes jé mencionados anteriormente e com os quais se relacionam.Introduzem. as oracdes subordinadas adjetivas. CO racismo é um sistema que afirma o superioridade de um grupo racial sobre outros. (firma a superioridade de um grupo racial sobre ou- tros = orasao subordinada adjetiva) © pronome relativo “que” refere-se @ palavra “s tema” e introduz uma orasio subordinada, Diz-se que a palavra “sistema” € antecedente do pronome relativo que. (© antecedente do pronome relative pode ser o pro- nome demonstrativo 0, 0,05, 05 ‘Nao sei o que vocé esta querendo dizer. As vezes, 0 antecedente do pronome relativo néo vem expresso. Quem casa, quer casa, Linus PORTUGUESA 45 UiNGUA PORTUGUESA 46 Observe: Pronomes relativos variaveis = 0 qual, cujo, quanto, os quails, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas. Pronomes relativos invariaveis = quem, que, onde. Note que: 0 pronome “que” é 0 relative de mais largo empre- go, sendo por isso chamado relative universal. Pode ser Substituide por 0 qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo, O trabalho que eu fiz refere-se & corrupgao. (= 0 qual) A cantora que acabou de se apresentar € péssima. (= a qual) Os trabathos que eu fz referem-se 6 corrupcao. (= 05 quis) ‘As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) © qual, os quais, a qual e as quais so exclusivamente pronomes relativos, por isso séo utilizados didaticamen- te para verificar se palavras como “que’, “quem”, “onde” (que podem ter varias classificacdes) so pronomes rela tivos. Todos eles so usados com referéncia & pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposigdes: Regressando de Sdo Paulo, visite’ o sitio de minha tia, 0 qual me deixou encantado. O uso de “que”, neste caso, geraria ambiguidade. Veja: Regressando de Sao Paulo, visite o sitio de minha tia, que me deixou en- cantado (quem me deixou encantado: o sitio ou minha tia?) Essas sto as conclusées sobre as quais pairam muitas diividas? (com preposiges de duas ou mais slabas util za-se o qual /a qual) O relativo “que” as vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oragio: Néo chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocacao natural. 0 pronome “cujo”: exprime posse; néo concorda com © seu antecedente (0 ser possuidot), mas com o conse- quente (0 ser possuido, com o qual concorda em géne- ro ntimero); néo se usa artigo depois deste pronome; “aujo” equivale a do qual, da qual, dos quai, das quais Existem pessoas {antecedente) cujas acdes so nobres. (consequente) Se o verbo exigir preposigéo, esta vira antes do pro- nome: O autor, @ cyjo livro vocé se referiu, esta aqui! (re- feriu-se a) “Quanto” é pronome relativo quando tem por ante- cedente um pronome indefinido: tanto (ou variagées) € tudo: Emprestei antes quantos_foram neces- {antecedente) He fez tudo quanto ha~ via fala. (antecedente) 0 pronome “que! precedido de preposi se referea pessoas evern sempre um professor a mui to devemes. quem {preposigio) “Onde”, como pronome relativo, sempre possui ante- cedente e 6 pode ser utiizado na indicagio de lugar: A casa onde morava foi assaltada, Na indicagao de tempo, deve-se empregar guande ou emgue' Sinto saudades da época em que (quando) mora- vamos no exterior Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pa- lavras: = como (= pelo qual) - desde que precedida das palavras modo, maneira ou forma: ‘Nao me parece correto 0 modo como vocé agiu sema- 1na passada. + quando (= em que) - desde que tena como antecedente um nome que dé ideia de tempo: Bons eram os tempos quando podiames jogar videogame. Os pronomes relatives permitem reunir duas orasdes numa s6 frase futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste esporte. = O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. Numa série de oragdes adjetivas coordenadas, pode ocorter a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, observava, 8. Pronomes Interrogativos So usados na formulasio de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefini- dos, referem-se @ 32 pessoa do discurso de modo im- preciso. Séo pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variagées), quanto (e variasées) ‘Com quem andas? Qual seu nome? Diz-me com quem andas, que te drei quem és. 0 pronome pessoal é do caso reto quando tem fun- sao de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso Sbliquo quando desempenha fungéo de complemento. 1. Eu nao sei essa matérie, mas ele iré me gjudar. 2. Maria foi embora para caso, pois ndo sabia se devia the gjudar. Na primeira oracio 0s pronomes pessoais “eu e “ele” exercem funcéo de sujeito, logo, sao pertencentes a0 caso reto. Ja na segunda oragio, 0 proname “Ihe” exerce fungio de complemento (objeto), ou seja, caso oblique. 05 pronomes pessoais indicam as pessoas do discur- s0. 0 pronome obliquo ‘Ihe’, da segunda oracio, aponta para a segunda pessoa do singular (tu/voce): Maria ndo sabia se devia ajudar... Ajudar quer? Voc® (Ihe) __0s pronomes pessoais obliquos podem ser stonos ou tonicos: os primeiros nao sio precedidos de preposiclo, diferentemente dos segundos, que sio sempre precedi- dos de preposicao. A) Pronome obliquo atono: Joana me perguntou 0 que eu estava fazendo, B) Pronome obliquo ténico: Joana perguntou para mim o que eu estava fazendo, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed. Rev. Sao Paulo: Nova Geraséo, 2010. Portugués linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- reja, Thereza Cochar Magalhées. ~ 7 ed. Reform. ~ Sao Paulo: Saraiva, 2010 Portugués: novas palavras: literatura, gramética, reda- do / Eria Amaral. [et al ~ Sio Paulo: FTD, 2000. CAMPEDELLI, Samira Youssef, Portugués - Literatura, Produgdo de Texto & Gramética - Volume unico / Samira Yousseff Campedell, Jésus Barbosa Souza, - 3. edigSo — Sio Paulo: Saraiva, 2002. SITE http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ morf42.php 9. Colecagao Pronominal Colocagio Pronominal trata da correta colocacio dos pronomes obliquos atonos na frase. 9 #FicaDica Pronome Obliquo é aquele que exerce afuncio de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: OBliquo = OBjeto! Embora na linguagem falada a colocasio dos prono- mes nio seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas na linguagem escrita Préclise = £3 colocario pronominal antes do verbo, Aprécise ¢ usada: 7 “quando 0 verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. Sio eas [AD Palavras de sentido negativo: ndo, nunco, ninguém, ‘jamais, etc: Nao se desespere! By Adverbios: Agora se negam a depor ) Conjungées subordinativas: Espero que me expli- guem tudo! D) Pronomes relatives: Venceu 0 concurseiro que se esforcou. E) Pronomes indefinidas: Poucos te deram a oportu- nidade. F) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. = Oragdes iniciadas por palavras interrogativas: Quem the disse isso? = “Oragdes.iniciadas por palavras.exclamativas: Quanto se ofendem! + Oragies que exprimem desejo (oracdes optativas): Que Deus 0 gjude. + ‘A procise € obrigatéria quando se utiliza 0 pro- nome reto ou sujeito expresso: Eu lhe entregarei 0 ‘material amanhé. /Tu sabes cantar? Meséclise = E a colocagio pronominal no meio do verbo. A mesoclse é usada: Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu- turo do pretérito, contanto que esses verbos nio estejam precedidos de palavras que exijam a proclise. Exemplos: Realizar-se-6, na préxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo. Repare que 0 pronome esta “no meio" do verbo “rea- lizara’: realizar ~ SE - 4, Se houvesse na oracéo alguma palavra que justificasse o uso da préclise, esta prevalece- fia, Veja: NGo se realizara. ‘Nao fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem. (com presenca de palavra que justifiquee o uso de pré- lise: Ndo fossem os meus compromissos, EU te acompa- nharia nessa viagem) Encise = E a colocasio pronominal depois do verbo. A éndise é usada quando a prodise e a meséclie nio forem possives "Quando o verbo estiver no imperative afirmativo Quando eu avisr,silenciem-se todos. + Quando 0 verbo estiver no infinitivo impessoal ‘Nao era minha intencGo machucé-a * Quando 0 verbo iniciar a oragéo. (até porque néo 58 nica periodo com pronome obliquo). Vou-me embora agora mesmo. Levanto-me as 6h. + Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo no concurse, mudo-me hoje mesmo! = Quando o verbo estiver no gertindio: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida 10. Colocai pronominal nas locusées verbais = Apés verbo no participio = pronome depois do verbo aunliar (e no depois do participio): Tenho me delicado com a leitura! Eu tenho me deliciado com a leitura! Eu me tenho deliciado com a leitura! = Nao convém usar hifen nos tempos compostos nas locugées verbais: Vamos nos unir! Iremos nos manifestar. + Quando hi um fator para précise nos tempos compostos ou locusées verbais: opsio pelo uso ddo pronome obliquo “soko” entre os verbos = Nao vamos nes preocupar(e nfo: nfo nos vamos preo- cupor’) 11. Emprego de o, a, 0s, as = Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, ‘05 pronomes: 0, a, 0s, as no se alteram. Chame-o agora. Deixei-a mais tranquil. = Emverbos terminados emr, s ouz, estas consoan- tes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: Linus PORTUGUESA 47 UiNGUA PORTUGUESA 48 (Encontrar)Encontré-o € 0 meu maior sonhe. (Fi) Fle porque ndo tha alternatva = Em verbos terminados em ditongos nasais (am, ‘em, do, Ge), 0s pronomes o, 0, 05, as alteram-se para no, na, nos, nas. Chamem-ne agora. ée-na sobre a mesa, g ‘#FicaDica Proclse ~ pro lembra pré: pré & prefixo que significa "antes"! Pronome antes do verbo! Encl ‘en* lembra, pelo som, /@nd/ (end, fem Inglés ~ que significa “im, final). Prono me depois do verbo! Meséclse ~ pronome obliquo no Meio do verbo REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS SACCONI, Luiz Anténio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed. Rev. Sao Paulo: Nova Gerasio, 2010. Portugués linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- reja, Thereza Cochar Magalhées. — 7? ed. Reform. - Sio Paulo: Saraiva, 2010, SITE http://www portugues.com.bt/gramatica/colocacao- -pronominal-htrmnl VERBO Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, nimero, tempo ¢ modo. A estes tipos de flexao verbal dé-se 0 nome de conjugagie (por Isso também se diz que verbo € a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre outtos processes: agao (amarran, estado (cou), fenome- no (choverd); ocorréncia (nascer); desejo (querer). 1. Estrutura das Formas Verbais, Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar 08 seguintes elementos: A) Radical: é a parte invariavel, que expressa o signi ficado essencial do verbo. Por exemplo: fal-et fal- -ava; fal-am. (radical fal-) B) Tema: é 0 radical sequido da vogal tematica que indica a conjugagio a que pertence o verbo. Por ‘exemple: fala-r Sto trés as conjugagées: 1 Vogal Temitica - A - falar, 2* Vogal Tematica ~E - (vender), 34 - Vogal Tematica -I- (part) ©) Desinéncia modo-temporal: € 0 elemento que designa 0 tempo e o modo do verbo. Por exemplo: falévamos (indica o preterito imperfeito do indicativo) / falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo) D) Desinéncia niimero-pessaal: & o elemento que designa a pessoa do discurso (12,22 ou 34) € 0 numero (singular ou plural): falamos (indica a 1.* pessoa do plural) / falovam (indica a 32 pessoa do plural) FIQUE ATENTO! 0 verbo pér, assim como seus derivados (com- por, repor, depor), pertencem a 2: conjugacio, ois a forma arcaica do verbo pér era poer. Avvogal “e", apesar de haver desaparecido do infinitive, revela-se em algumas formas do verbo: pe, pées, péem, etc. 2. Formas Rizoténicas e Arrizoténicas ‘Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuagio ténica, perce- bemos comfacilidade que nas formas rzoténicas o acen- to tanico cai no radical do verbo: opine, aprendam, amo, por exemplo. Nas formas arrizoténicas, o acento ténico no caino radical, mas sim na terminacio verbal fora do radical): opine, aprenderdo, amariamos. 3. Classificacao dos Verbos Classificam-se em: A) Regulares: so aqueles que apresentam o radi- al inalterado durante a conjugagéo e desinéncias idénticas as de todos os verbos regulares da mes- ‘ma conjugagio. Por exemplo: comparemas os ver- bos “cantar” e ‘falar’, conjugados no presente do Modo Indicative: canto falo cantas falas canta falas cantamos _falamos cantais_ falais cantam —_ falam #FicaDica Observe que, retiando os radicais, as desi- nnéncias modo-temporal e_niimero-pessoal ‘mantiveram-se idénticas. Tente fazer com ‘outro verbo e percebera que se repetiré 0 fato (desde que o verbo seja da primeira conjugagéo e regular). Faga com 0 verbo ‘andar’, por exemplo. Substitua o radical “cant” ¢ coloque o “and” (radical do verbo andar). Viu? Facil B) Irregulares: so aqueles cujaflexo provoca alte- rages no radical ou nas desinéncias:faco, fiz, farei fizesse. Observacio: Alguns verbos sofrem alterasio_no radical apenas para que seja mantida a sonoridade. E 0 caso de: corrigir/ como, fing ino, tocartoque, por exeimpo, Tis aerasGes nfo caracteram inegularidade, porque ofoneina per- © Defectivos: séo aqueles que no apresentam conjugagio completa. Os principais io adequar, precaver, compu- tar, reaver, abo, fiz D) Impessoais: sdo 0s verbos que nao tém sujeito e, normalmente, so usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos impessoais so: 1. Haver, quando sindnimo de exstic acontecer reoizar-se ou fozer (em oracées temporais Havia miatos candidatos no cia da prova. (Havia = Exstiam) Houve duas guerras mundias. (ouve = Acontecerar) Haverd debates hoje. (Havera = Realizar-se-i0) Vigjei a Madr ha muitos anos. (ha = faz) 2, Fazer, ser e estar (quando indicom tempo) Faz invernos rigorosos na Europa. Era primavera quando 0 conhec. Estava fio naquele dia 3. Todos os verbos que indicam fenémenos da natureza sGo impessoois: hover, ventar, nevar, gear, trovejr, ama- nhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se consti, ‘Amanheci cansado", usa-se 0 verbo “amanhecer” em sentido figurado, Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoa, ou seja, tera conjugacao completa. “Amanhec! cansado. (Sujeito desinenciak: eu) Choveram candidatos a0 cargo. (Sujeito: candidates) Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial eu) 4. O verbo passar (seguido de preposicéo), indicando tempo: Jé passa das seis. 5. Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposicéo "de", indicando suficiéncia: Basta de tolices. Chega de promessas. 6. 0s verbos estar eficar em oragies como “Est bem, Estd muito bem assim, No fica bem, Fica mat’, emreferéncia 2 sujeto expresso anteriormente (por exemplo: “ele estd mal’), Podemos, nesse caso, cassificar 0 sujeito como hipetetico, tornando-se,tais verbos, pessoais. 7. 0 verbo dar + para da lingua popular, equivalente de “ser possivel”, Por exemplo: Nao deu para chegar mais cedo. Dé para me arrumar uma apostila? E) Unipessoais: so aqueles que, tendo sujeito, conjugamrse apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural Sao unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessario) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar, mia, lati, pian) (Os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurads: Teu irméo amadureceu bastante. O que é que aquela garota esta cacarejando? Principais verbos unipessoais: = Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessario): Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante) Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover) E preciso que chova. (Sujeito: que chova) Fazer ir, em oracdes que dio ideia de tempo, seguidos da conjuncio que Faz dez anos que vigjei & Europa. (Sujeito: que viajei a Europa) Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que néo a vejo. (Sujeito: que no a vejo) Linus PORTUGUESA 49 UiNGUA PORTUGUESA 50 F) Abundantes: sio aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no patticipio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (participio irregular), 0 patticipio regular (terminado em *-do’) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular € empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe: Infinitive __Participio Regular —_—Participio Irregular Aceitor Aceitado Aceito ‘Acender ‘Acendido ‘Aceso ‘Anexar ‘Anexado ‘Anexo Benzer Benzido Bento Corrigir Corrigido Correto Dispersar Dispersado Disperso Eleger Elegido Eleito Envolver Envolvido Envolto Imprimir Imprimido Impresso Inserir Inserido Inserto Limpar Limpado Limpo ‘Matar Matado ‘Morto Misturar Misturado Misto Morrer Marrido Marto Murchar ‘Murchado Murcho Pegar Pegado Pega Romper Rompido Roto Soltar Soltado Solto Suspender Suspendido Suspenso Tingir Tingido Tinto Vagar Vagado Vago FIQUE ATENTO! A Estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o patticipio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/ dito, escrever/escrto, pér/posto, ver/visto, vir/vindo. G) Anémalos: sdo aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugagio. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui) e ir (fu, ia, vaces), H) Auxiliares: Séo aqueles que entram na formacao dos tempos compostos e das locugdes verbais. O verbo prin- cipal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auviliar, € expresso numa das formas nominais:infintivo, gertndio ou participio. Vou espantar todos! (verbo auxliar) (verbo principal no infinitive) Esta chegando 2 hora! (verbo auxiiar) (verbo principal no gertinlo) Observasio: Os verbos awniliares mais usados slo: ser, estar, tere haven 4. Conjugacae dos Verbos Auxiliares 4.1. SER - Mode Indicative Presente PretPerfeito Pret.Imp. Pret.mais-que-perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretéri sou fui era fora serei seria & foste eras foras serds serias| é fei era fora seré seria somos fomos éramos __féramos seremos seriamos sois fostes éreis fares sereis serieis so. foram eram foram serdo ‘seriam 4.2. SER - Mode Subjuntive Presente que eu seja ‘que tu sejas que ele seja que nds sejamos que vés sejais que eles sejam Pretérito Imperfeito Futuro se eu fosse se tu fosses se ele fosse se nés fssemos se vbs fosseis se eles fossem 43. SER - Modo Imperativo Afirmativo sétu seja voce sejamos nés quando eu for ‘quando tu fores ‘quando ele for ‘quando nds formos quando vas fordes quand eles forem Negativo indo sejas tu indo seja voce nao sejamos nés sede vos indo sejais vos sejam vocés 4.4, SER - Formas Nominais Infinitive Impessoal Infinitive Pessoal indo sejam voces Gerindio sendo Participi sido ‘eres tu serele serdes vos serem eles Linus PORTUGUESA 31 UiNGUA PORTUGUESA 52 4.5, ESTAR - Mode Indicative Presente Pret.perf. Pret. Imp. _—Pret.mais-q-perf. Fut.doPres. Fut.do Preté. estou estive estava estivera estarei estaria ests estiveste estavas estiveras estards estarias est esteve estava estivera estard estaria estamos estivemos estavamos _estivéramos estaremos —_estariamos estais estivestes estveis estivéreis estareis estarieis esto estiveram —__estavam estiveram estardo estariam 4.6. ESTAR - Modo Subjuntive e Imperative Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmative _ Negativo esteja estivesse estiver estejas estivesses estiveres esta estejas esteja estivesse estiver estgja esteja estejamos estivéssemos estivermos estejamos __estejamos estejais estivésseis estiverdes esta estejais estejam estivessem estiverem estgjam___estejam 4.1. ESTAR - Formas Nominais Infinitive Impessoal _Infinitivo Pessoal Gerindio estar estar estando estares estar estarmos estardes estarem Presente Pret.Perf. Pret.Imp. Pret Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté, hei houve havia houvera haverei hraveria és houveste havias houveras haverds haverias ha houve havia houvera haverd haveria havemos hhouvemos __haviamos hhouvéramos hhaveremos haveriamos haveis houvestes havieis howvéreis havereis haverieis hao hhouveram __haviam hhowveram haverdo haveriam 4.9, HAVER - Modo Subjuntive e Imperative Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmative _ Negativo ja houvesse houver hajas houvesses houveres ha hajas aja houvesse hhouver aja aja hhajamos hhouvéssemos hhouvermos: hhajamos hhajamos hgjais houvésseis hhouverdes havei hgjais hhajam hhouvessem houverem hhgjam hhajam 4.10, HAVER - Formas Nominais Infinitive Impessoal Infinitive Pessoal Gertindio Partie haver haver havendo hravido haveres haver hhavermos haverdes Haverem 4.11. TER - Modo Indicative Presente Pret.Perf. Pret. Preté.mais-q-perf. Fut.DoPres. Fut. Do Preté. tenho tive tinha tivera terei teria tens tiveste tinhas tiveras terds terias tem ‘eve tinhal tivera tend teria temos: tivemos tinhamos tivéramos teremos teriamos tendes tivestes tinheis tivéreis tereis terieis tém tiveram tinham tiveram terdo teriam 4.12. TER - Modo Subjuntivo e Imperative Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmative _ Negativo tenha tivesse tiver tenhas tivesses tiveres tem tenhas ‘tenha tivesse tiver ‘tenha ‘tenha tenhamos __ tivéssemos tivermos tenhamos __tenhamos Tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais tenham tivessem tiverem tenham tenham 1) Pronominais: Séo aqueles verbos que se conjugam com os pronomes obliquos atonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforgando a ideia ja implicita no proprio sentido do verbo (pronominais essenciais) Veja = Essenciais: sfo aqueles que sempre se conjugam com os pronomes obliquos me, te, se, nos, vos, se. So poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais @ refle- xibilidade ja esta implicita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado (a Aiideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, pois ndo recebe aco transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome obliquo atono é apenas uma particula integrante do verbo, ja que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforso da ideia reflexiva expressa pelo radical do préprio verbo. Veja uma conjugacéo pronominal essencial (verbo e respec- tivos pronomes): Eu me arrependo, Tu te arrependes, Ele se arrepende, Nés nos arrependemos, Vés vos arrependeis, Eles se arrependem, # Acidentais: séo aqueles verbos transitivos diretos em que a ago exercida pelo sujeito recai sobre o objeto re- presentado por pronome obliquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ago que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os. pronomes mencionados, formando o que se chama vor reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava. A reflexibilidade é acidental, pois a aco reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa: A garota penteou- Linus PORTUGUESA 53 UiNGUA PORTUGUESA Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes obliquos atonos dos verbos pronominais ndo possuem fungao sintética Hi verbos que também slo acompanhados de pronomes obliquos atonos, mas que néo slo essencialmente prono- minais - sio 0s verbos reflexivos. Nos verbos teflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idéntica & do sujeito, exercem fungées sintaticas, Por exemplo: Eu me fer. = Eu (sujeito) - 12 pessoa do singular; me (objeto direto) - 1 pessoa do singular 5. Modos Verbais Da-se o nome de modo as varias formas assumidas pelo verbo na expresso de um fato certo, real, verdadeiro, Existem trés modos: ‘A) Indicative - indica uma certeza, uma realidade: Eu estudo para o concurso. B) Subjuntivo - indica uma duivida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhé. ) Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, colega! 6. Formas Nomi ‘Além desses trés modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer fungées de nomes (substantivo, adje- tivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe: A) Infinitive A.1 Impessoal: exprime a significagao do verbo de modo vago € indefinido, podendo ter valor ¢ fungao de subs- tantivo. Por exemplo: Viver € lutar (= vida é lta) E indispensavel combater a corrupgGo. (= combate ) O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no pasado (forma composta). Por exem- E preciso lr este livro. Era preciso ter lido este live, 2 Infinitive Pessoal: é 0 infiniti relacionado as trés pessoas do discurso. Na 1.4 e 3 pessoas do singular, no apresenta desinéncias, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais,flexiona-se da seguinte maneira: 22 pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu) 12 pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nds) 22 pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vos) 3 pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles) Foste elogiado por teres alcancado uma boa colocagao. B) Gersindio: 0 gertindio pode funcionar como adjetivo ou advérbio, Por exemplo: Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (fungéo de advérbio) ‘Agua fervendo, pele ardendo, (fungio de adjetivo) Na forma simples (1), 0 gertindio expressa uma ago em curso; na forma composta (2), uma ago concluida: Trabathando (1), aprenderés o valor do dinheiro. Tendo trabathado (2), aprendeu 0 valor do dinheiro Quando 0 gentindio é vicio de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gertindio: 41. Enquanto vocé vai ao mercado, vou estar jegando futebol 2. Sim, senhora! Vou estar verificando! Em 7, a locugéo “vou estar’ + gerindio é adequadsa, pois transmite a ideia de uma aco que ocorre no momento da outra; em 2, essa ideia nao ocorre, ja que a locucéo verbal "vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento, exigindo, no caso, a construséo “verificaret" ou “vou verificar". quando nao é empregado na formasio dos tempos compostos, o patticipio indica, geralmente, o re- sultado de uma agao terminada, flexionando-se em género, numero e grau, Por exemplo: Terminados os exames, 0s candidatos sairam, Quando o participio exprime somente estado, sem nenhuma relacio temporal, assume verdadeiramente a funcio de adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma. 8, Tempos Verb: ‘Tomando-se como referéncia 0 momento em que se fala, a ago expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. A) Tempos do Mode Indicative Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio, Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que no foi completamente ado: Ele estudava as licdes quando fol interrompido. Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele u as ligdes ontem & noite. -mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato ja terminado: Ele jé estudara as licées {quando os amigos chegaram. (forma simples). Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relacéo ao momento atual: Ele estudaré as licées amanha Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato pasado: Se ele ‘pudesse, estudaria um pouco mais. B) Tempos do Modo Subjuntivo Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: E conveniente que estudes para o exame, Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro ja ocorrido: Eu esperava que ele vencesse 2 jogo. Futuro do Presente - Enuncia um ato que pode ocorrer num momento futuro em relago ao atual: Quando ele vier 4 loja, levard as encomendas. FIQUE ATENTO! Ha casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro. Em 1500, Pedro Alvares Cabral descobre o Brasil. descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu) No préximo final de semana, faco a prova! faso = forma do presente indicando futuro ( = fare) Tabelas das Conjugacées Verbais 1. Modo Indi 1.1. Presente do Indicative 1: conjugasio 2." conjugaséo 3." conjugacio CANTAR VENDER PARTIR cantO vendO partO cantaS vendeS. partes. s canta vende parte E cantaMOS. vendeMOS partiMOS ‘MOS cantals vendelS partis 1s cantaM vendeM parteM M Linus PORTUGUESA 55. UiNGUA PORTUGUESA 1.2. Pretérito Perfeito do Indicative 1.* conjugagéo 2.* conjugacae 3.* conjugagio, Desinéncia pessoal CANTAR VENDER PARTIR ‘cantel vendl part! U ‘cantaSTE vendeSTE partiSTE STE ‘canto vendeU parti U ‘cantaMOs. vendeMOS __partiMOS ‘MOS ‘cantaSTES vendeSTES _partiSTES STES ‘cantaRAM vendeRAM __partiRAM RAM 1.3, Pretérito mais-que-perfeito 1. conjugagée 2." conjugaséo 3.* conjugacéo __Des. temporal Desinéncia pessoal 13/23 € 33 con). CANTAR VENDER PARTIR cantaRA, vendeRA partiRA RA o cantaRAS vendeRAS partiRAS RA s cantaRA, vendeRA parti RA 9 ‘cantaRAMOS vendéRAMOS __ partiRAMOS RA MOS cantaREIS vend@REIS partiREIS RE 1s partiRAM RA M 1. conjugagio 2.* conjugagée 3°. conjugagao CANTAR ——VENDER PARTIR cantAVA__vendlA parla cantAVAS___vendlAS paras CartAVA___vendlA parla cantAVAMOS vendiAMOS —_partiAMOS cantAVEIS_vendlélS ___parlflS cantAVAM_vendlAM_partlAM 1.5. Futuro do Presente do Indicative *conjugagio ——2.* conjugage —_3.* conjugasSo CANTAR ‘VENDER PARTIR: ‘cantar et vender et partir ei cantar a5 vender as partir as cantar a vender a partir a cantar emos vender emos partir emos cantar eis vender eis partir eis ‘cantar do vender #0 partir 30 1.6. Futuro do Pretérite do Indicative 1 conjugasio ——_-2.* conjugagio 3. conjugasio CANTAR VENDER PARTIR ‘antarlA venderlA parti cantarlAS venderlAS partitAS ‘antarlA venderiA parti TeantariAMOS__venderlAMOS_—_—_partiiAMOS | cantarieiS venderiglS partis ‘antarlAM venderlAM partilAM 1.7. Presente do Subjuntivo Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinéncia -o da primeira pessoa do singular do presente do indicativo pela desinéncia -E (nos verbos de 1 conjugasio) ou pela desinéncia -A (nos verbos de 22 e 3 conjugasio). 1 conjug. 2." conjug. Desinén. pessoal Des. temporal Des.temporal 1.* conj, 2313.4 conj. CANTAR VENDER cant vendA E A 0 cantéS vendAS E A s cant vvendA E A o cantEMOS__vendAMOS _partAMOS _E A Mos cantéls vendAls partAls E A 1s cant vendAM partAM E A M 1.8. Pretérito Imperfeito de Subjuntive Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinéncia -STE da 2 pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Actescenta-se a esse tema a desinéncia temporal -SSE mais a desinencia de rntimero e pessoa correspondent, 1.4 conjugagéo 2." conjugagio 3.4 conjugagio Des. temporal Desin. pessoal 12 [22 € 3. conj. CANTAR VENDER PARTIR cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE o cantaSSES vendeSSES partiSsSES SSE s cantaSSE vendeSSE partiSsE SSE o cantaSSEMOS _vend@SSEMOS partiSSEMOS SSE Mos cantaSSEIS vendéSSEIS partiSSEIS SSE 1s cantaSSEM ‘vendeSSEM partisSEM SSE M 1.9. Futuro do Subjuntive Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinéncia -STE da 2 pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinéncia temporal -R mais a desinencia de rntimero e pessoa correspondent. Linus PORTUGUESA ST UiNGUA PORTUGUESA 58 1.2 conjugaséo 2.*conjugagéo _3.* conjugacio Des. temporal __Desin. pessoal 13122 e3.* conj. CANTAR VENDER PARTIR canta vendeR parti o cantaRES vendeRES partiRES R ES canta vendeR partik o cantaRMOS vendeRMOS parti MOS R Mos cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES cantaREM vendeREM partiREM R EM C) Modo Imperativo 1. Imperative Afirmativo Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2. pessoa do singular (tu) ea segunda pessoa do plural (vés) eliminando-se 0 "S" final. As demais pessoas vém, sem alteracao, do presente do subjuntivo, Veja 2. Imperativo Negativo Para se formar o imperative negativo, basta antecipar a negasio as formas do presente do subjuntivo. Presente do Subjuntivo oonoo Imperative Negative = No modo imperative no faz sentido usar na 3.* pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido ou conselho sé se aplicam diretamente a pessoa com quem se fala. Por essa razio, utiliza-se vocé/vocés. =O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: é (tu), sede (vos) 3. Infinitive Pessoal 1° conjugagée 2.* conjugasao CANTAR ‘VENDER cantar vender cantarES venderES cantar vender ‘cantarMOS venderMOS 3? conjugagso, PARTIR: Pal partirES partir MOS cantarDES venderDES partirDES cantarEM venderEM partirEM = Overbo parecer admite duas construsdes: Elas parecem gostar de vocé. (forma uma locusio verbal) Elas parece gostarem de vocé. (verbo com sujeito oracional, correspondendo a construsio: parece gostarem de voce). =O verbo pegar possui dois participios (regular e irregular) Elvis tinha pegado minhas apostilas. Minhas apostilas foram pegas. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: ‘SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed. Rev. Séo Paulo: Nova Geracéo, 2010. Portugués linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhies. ~ 7 ed. Reform. ~ Sao Paulo: Saraiva, 2010. Portugués: novas palavras: literatura, gramtica, redacdo / Emilia Amaral...fet al. ~ So Paulo: FTD, 2000. SITE http://www soportugues.combr/secoes/morf/morf54.php \VOZES DO VERBO Da-se o nome de voz a maneira como se apresenta a aco expressa pelo verbo em relasio ao sujeito, indicando se este ¢ paciente ou agente da aco. Importante lembrar que voz verbal nao & flexo, mas aspecto verbal, Sao trés as vozes verbai A) Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a agéo expressa pelo verbo: Ele fez o trabalho. sujeito agente aso ‘objeto (paciente) B) Passiva = quando 0 sujeito é paciente, recebendo a aso expressa pelo verbo: O trabatho foi feito por ele. sujeito paciente ago agente da passiva © Reflexiva = quando o sujeito é, a0 mesmo tempo, agente e paciente, isto é, pratica e recebe a agi Omenino feriu-se. @ #FicaDica Nao confundir 0 emprego reflexive do verbo com a no¢ao de reciprocidade; Os lutadores feriram-se. (um ao outro) Nos nos amamos. (um ama 0 outro) ‘Avvoz passiva pode ser formada por dois processos: analitico e sintético. ‘A) Voz Passiva Analitica = Constréi-se da seguinte maneira: Verio SER + participio do verbo principal, Por exemplo: A escola sera pintada pelos alunos. (na ativa teriamos: 05 alunos pintardo a escola) 0 trabatho é feito por el. (na ativa: ele faz o trabalho) Observacées: = Oagente da passiva geralmente ¢ acompanhado da preposisio por, mas pode ocorrer a construgéo com a pre- posigao de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados, = Pode acontecer de o agente da passiva nio estar explicito na frase: A exposicdo serd aberta amanha. = Avariagio temporal é indicada pelo verbo auviliar (SER), pois o participio € invariavel. Observe a transformasio das frases seguintes: Linus PORTUGUESA 59 UiNGUA PORTUGUESA 60 Ele fez 0 trabalho. (pretérito perfeito do Indicative) O trabatho foi feito por ele (verbo ser no preterito per- feito do Indicative, assim como o vetbo principal da voz ativa) Ele faz 0 trabatho. (presente do indicativo) O trabatho é feito por ele. (ser no presente do indica- tivo) Ele faréo trabatho. futuro do presente) O trabalho seré feito por ele. futuro do presente) = Nas frases com locuses verbais, 0 verbo SER as- sume o mesmo tempo e modo do verbo principal dda vor ativa. Observe a transformagio da frase se- guinte: © vento ia levando as fothas. (gertindio) As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gertindio) B) Voz Passiva Sint A voz passiva sintética - ‘ou pronominal - constréi-se com o verbo na 3. pessoa, seguido do pronome apassivador “se”. Por exemplo: Abriram-se as inscricées para 0 concurso. Destruiu-se o velho prédio da escola. Observasio: agente nio costuma vir expresso na voz passiva 1.1 Converse da Voz Ativa na Voz Passiva Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. O concurseiro ‘comprou a apostila. (Voz Ativa) Sujeito da Ativa objeto Direto A apostila (Voz Passiva) Sujeito da Passiva Agente da Passiva Observe que o objeto direto sera o sujeito da passiva; © sujeito da ativa passara a agente da passiva, e 0 verbo ativo assumira a forma passiva, conservando 0 mesmo tempo. Os mestres tém constantemente aconselhado os alu- (s alunos tém sido constantemente aconsethados pe- los mestres foi comprada pelo concurseiro Eu 0 acompanharei. Ele seré acompanhado por mim. Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, no havera complemento agente na passiva. Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. ‘Com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir, acordar, sonhar, etc) ndo hé vor ativa, passiva ou refie- xiva, porque 0 sujeito nao pode ser visto como agente, paciente ou agente paciente, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS SACCONI, Luiz Anténio. Nossa gramética completa Sacconi. 302 ed. Rev. Sao Paulo: Nova Gerasio, 2010. Portugués linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto C reja, Thereza Cochar Magalhées. ~ 7? ed. Reform, - Sao Paulo: Saraiva, 2010. Portugués: novas palavras: literatura, gramtica, reda~ Go / Emilia Amaral...et al.~ So Paulo: FTD, 2000. Sie http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ morfS4.php (@ EXERCICcIOS COMENTADOS 1. (TST — TECNICO JUDICIARIO - AREA ADMINIS- TRATIVA -FCC -2012) As vtorias no jogo interior talvez no acrescentem novos troféus, mas elas trazem recom- ppensas valiosas, [.] que contribuem de forma significa- tiva para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora dela. Mantém-se adequados 0 emprego de tempos e modos verbais e a correlacéo entre eles, ao se substituirem os elementos sublinhados na frase acima, na ordem dada, por: 4) tivessem acrescentado ~ trariam ~ contribuirem, b) acrescentassem ~ tém trazido ~ contribuirem ) tinham actescentado = trarao ~ contribuiriam, d) acrescentariam ~ trariam- contribuiram ) tenham acrescentado ~ trouxeram ~ Contribuiram Resposta: Letra E. Questéo que envolve correlagio verbal. Realizando as alterasdes solicitadas, segue como ficariam (em destaque): Em “o": tivessem acrescentado ~ trariam ~ contribui- Em “b": acrescentassem— trariam - contribuiriam Em ‘c’: tinham acrescentado — trouxeram - contri- buiram Em “4”: acrescentassem - trariam ~ contribuiram Em "e*: tenham acrescentado ~ trouxeram - Contri= buiram = correta 2. (TST - ANALISTA JUDICIARIO — AREA APOIO ESPECIALIZADO ~ ESPECIALIDADE MEDICINA DO TRABALHO ~ FCC - 2012) Esta inadequado 0 emprego do elemento sublinhado na seguinte frase: a) Sou ateu e peso que me deem tratamento similar a0 _que dispenso aos homens religiosos. b) A intolerancia religiosa baseia-se em preconceitos de _que deveriam desviar-se todos os homens verdadeira- ‘mente virtuosos. ) Atolerancia é uma virtude na qual nao podem prescin- dir os que se dizem homens de fe. ) O ateu desperta a ira dos fanaticos, a despeito de nada fazer que possa injuria-los ou destespeita-los. €) Respeito os homens de fé, a menos que deixem de fazer o mesmo com aqueles que néo a tém. Resposta: Letra C.Corrigindo o inadequado: Em "a": Sou ateu e peso que me deem tratamento si- millar a0 que dispenso aos homens religiosos, Em "b": A intolerancia religiosa baseia-se em precon- ceitos de que deveriam desviar-se todos os homens verdadeiramente virtuosos. Em “c’: A tolerancia é uma virtude na qual (de que) nao podem prescindir os que se dizemhomens de fe. Em “d': O ateu desperta a ira dos fanaticos, a despeito de nada fazer que possa injuria-los ou desrespeita-los Em “e": Respeito os homens de fé, a menos que dei- xem de fazer 0 mesmo com aqueles que néo a tem. 3. (TST - ANALISTA JUDICIARIO - AREA APOIO ESPECIALIZADO - ESPECIALIDADE MEDICINA DO TRABALHO -FCC - 2012) ‘Transpondo-se para a voz passiva a construsio Os ateus despertariam a ira de qualquer fandtico, a forma ver- bal obtida sera: a) seria despertada. b) teria sido despertada. ) despertar-se-a, ) fora despertada, @) teriam despertado. Resposta: Letra A. Os ateus despertariam a ira de qualquer fanético Fazendo a transposicao para a voz passiva, temos: A ira de qualquer fanatico seria despertada pelos ateus. 4. (TST - TECNICO JUDICIARIO ~ AREA ADMINIS- TRATIVA - ESPECIALIDADE SEGURANCA JUDICIA- RIA ~FCC ~2012) sla nunca alcancava @ musa ‘ianspondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resuitante ser a) alcanga-se. b) foi alcansada, ¢ fora alcangada. ) seria alcangada. @) era alcansada, Resposta: Letra E. Temos umverbo na voz ativa, entio teremos dois na passiva (auniliar + 0 verbo da ora¢ao da ativa, no mesmo tempo verbal, forma participio} ‘A musa nunca era alcancada por ela, O verbo “alcan- ava" esta no pretérito imperfeito, por isso o auxiliar tem que estar também (é = presente, foi = pretérito perfeito, era = imperfeito, fora = mais que perfeito, serd = futuro do presente, seria = futuro do pretérito) 5. (TST — ANALISTA JUDICIARIO - AREA APOIO ESPECIALIZADO - ESPECIALIDADE MEDICINA DO TRABALHO ~FCC - 2012) Aos poures, contudo, fui che- .gando a constatagéo de que todo perfil de rede social é um retrato ideal de nos mesmes. Mantendo-se a correcao € a logica, em que outra ateracio sejafeta na fase, o elemento gifado pode ser substituido por a) ademais. b) conquanto. ©) porquanto entretanto. ¢) apesar Resposta: Letra D. Contudo é uma conjungéo adver- sativa (expressa oposicio). A substituiclo deve utilizar outra de mesma classificagdo, para que se mantenha a ideia do period. A correta ¢ entretanto. 6. (TST ~ ANALISTA JUDICIARIO - AREA ADMINIS- TRATIVA ~ FCC - 2012) O verbo indicado entre pa- ranteses deverd flexionar-se no singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: a) Anenhuma de nossas escolhas.... (poder) deivar de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. b) Nio se... (poupar) os que governam de refletr sobre fo peso de suas mais graves decisdes. ) Aos governantes mais responsaveis nio.... (ocorrer) ‘tomar decisées sem medir suas consequencias. 4) Atoda decisio tomada precipitadamente.... (cos- ‘tumar) sobrevir consequéncias imprevistas e injustas. €) Diante de uma escolha,.... (ganhar) prioridade, reco- ‘menda Gramsci, 0s riterios que levam em conta a dor humana, Resposta: Letra C. Flexées emdestaque e sublinhei os ‘termos que estabelecem concordancia Em “a A nenhuma de nossas escolhas podem deixar de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos, Em “b*: Nao se poupam os que governam de refletir sobre 0 peso de suas mais graves decisées. Em “c': Ags governantes mais responsaveis no ocor- re tomar decisées sem medir suas consequéncias. = Isso no ocorre aos governantes uma oragio exerce a funcéo de sujeito (subjetiva) Em "d’:A toda decisao tomada precipitadamente cos- ‘tumam sobrevir consequéncias imprevistas e injustas. Em “e": Diante de uma escolha, ganham prioridade, recomenda Gramsci, os crtérios que levam em conta a dor humana. 7.(TRT 232 REGIAO-MT - ANALISTA JUDICIARIO — AREA ADMINISTRATIVA — FCC - 2016 ) ... para quem ‘Manoel de Barros era comparavel a Sao Francisco de As~ O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da frase acima esta em a) Dizia-se um “vedor de cinema’. b) Porque nao seria certo ficar pregando moscas no es~ paso. Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire. ) Quase meio século separa a estreia de Manoel de Bar- ros na literatura @).. para depois casé-las.. Resposta: Letra A. "Era" = verbo “ser” no pretérito im- perfeito do Indicativo, Procuremos nos itens: Em "a": Dizia-se = pretérito imperfeito do Indicativo Em “b": Porque ndo seria = futuro do pretérito do In- dicativo Em “c’: Na juventude, apaixonou-se = pretérito perfei- ‘to do Indicative Linus PORTUGUESA 61

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