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VOLUME 1 CALCULO Cdleulo com funcoes de uma variavel, com uma introducao a Algebra Linear TOM M. APOSTOL Cote Mee ate Le Tom M. Apostol CALCULO VOLUME | Calculo com fungoes de uma varidvel, com uma introducao a Algebra Linear e EDITORA REVERTE LTDA. Rio de Janeiro Barcelona-Bogota-Buenos Aires -Caracas-México Titulo da obra original: Calculus, one-variable calculus, with an introduction to linear algebra Second edition Volume 1 Edicdo original em lingua inglesa publicade por: Blaisdell Publishing Company, Waltham, Massachusetts Copyright © by Blaisdell Publishing Company Tradugao de: Doutor Ant6nio Ribeiro Gomes: Professor Catedrético da Faculdade de Ciéncias ¢ Tecnologia da Universidade de Coimbra Propiedad de EDITORIAL REVERTE, S. A. Encarnaci6n, 86-88 (08024) Barcelona Proibida a reprodu¢ao de toda ou parte desta obra, sob qualquer forma, sem autorizacéo Por escrito do editor. Reservados todos os direitos Edig&o em portugués © EDITORIAL REVERTE, S. A., 1988 Impresso em Espanha ISBN - $4291 3018-5 obra completa ISBN - $4 - 291 $015-3 tomo T Depésito Lega! B.37329/68 LITOCLUB S.A. - BARCELONA Indice analitico PREFACIO INTRODUCAO i Parte 1. _Introdugéo histérica L O . bei 11.2. Introdug&o histérica 3 11.3. © método de exaustio para 4rea de um asegmento parabélicon 4 * 108 11.5. Anilisis critica do método de Arquimedes 10 11.6. _A introdugao ao calculo utilizada neste livro 12 Parte 2. Conceitos fundamentais da Teoria dos Conjuntos 12.1. _Introdugao a teoria dos conjuntos 13 12. NotagGes para representar conjuntos 14 12. Subconjuntos 14 12.4. Reunides, intersecgdes, complementos, 16 Parte 3. Um conjunto de axiomas para o Sistema de Niimeros Reais 13.1. Introdugfo 20 13.2. Axiomas do corpo 21 *13.3.__Exercicios _23 #135. Exercici 25 X Indice analitico 13.7. Interpretagdo geométrica dos mimeros reais como ponios de uma reta__26 13.8. Limite superior dum conjunto, elemento maximo, extremo superior (supremo) 27 13.9. © axioma do extremo superior (axioma de completitude) 29 13.10. A_propricdade arquimediana do sistema dos nimeros reais 30 13.11. Propriedades fundamentais do supremo e do infimo 31 Exereicios _33 *13.13, Existéncia de raizes quadradas para os niimeros reais nfio negativos 34 *13.14. Raizes de ordem superior, Poténcias racionais 35 1315. resentag¢éo dos numeros reais por meio de decimais 36 Parte 4. Indi matemdtica, simbolo somatdrio e questées afins 14.1. _Um exemplo de demonstrag6es por indugo matemética 39 14.2, O principio da indugio matematica 40 +143. O principio de boa ordem 41 144. Exercicios 42 *14.5. Demonstragéo do principio de boa ordem 44 14.6. O simbolo somatério 45 14.7. Exercicios 148. Valores absolutos ¢ desigualdade triangular 49 143. Exercicios _52 14.10. Exercicios varios referentes ao método de indugado 53 1. OS CONCEITOS DO CALCULO INTEGRAL 59 As ideias fundamentais da geometria cartesiana 59 Fung6es. Idéias gerais e exemplos 61 . __ Fungées. Definigéo formal como um conjunto de pares ordenados 65 14, Mais exemplos a fungoes reais 66 L3,___Exercicios _68 1.6. © conceito de drea como uma fungao de conjunto 70 LT, Exercicios = 73. L8. — Intervalos ¢ conjuntos de ordenadas 74 19. PartigSes ¢ fungGes em escada 75 1.10. Soma e produto de fungdes em escada_ 77 Pip Some & prod oe funptes om escede 77 1.12, A definigdo integral para fungdes em escada 79 1.15. Propriedades do integral duma fungio em escada 80 1.14. Outras notacdes para os integrals 85 ens 1.16. © integral de fungdes mais gerais 88 1.17. Integrais superior ¢ inferior 90 [18 A drea de um conjunto de ordenadas expressa por um integral 91 1.19. Observagdes relativas & teoria e técnica de integragio 92 1.20. Fungdes mondtonas e mondtonas por partes. DefinicOes e exemplos 93 1.21. Integrabilidade de _fungSes monétonas limitadas 94 1.22. Caleulo do integral de uma fungao monétona limitada 96 Indice analitico XI 123, Célculo do integral dx quando p € um inteiro positive 97 1.24. Propriedades fundamentais do integral 97 1.25. Integragio de polinomios 99 1.26. _Exercicios _100 1.27. _ Demonstragio das propiedades fundamentais do integral 101 2._ALGUMAS APLICACOES DA TEORIA DA INTEGRACAO 107 21. Introdugao __107 2.2. _A drea de uma regiio compreendida entre dois gréficos representada por um integral 107 2.3. Exemplos resolyidos 109 3 Exercici 2.5. As fungdes trigonométricas 114 2.6. Férmulas de integragao para o seno ¢ 0 cosseno 117 2.7. Deserigio geométrica das fungées seno ¢ cosseno 122 oa Erercici 2 2.9. Coordenadas polares 128 2.10, © integral para érea em coordenadas polares 151 2.11. Exerefcios 133 2.12. Aplicagiio da integraciio a0 cdleulo de volume 133 Fig Feercici 2.14. Aplicacao da integrag&o ao conceito de trabalho 137 2.15. _Exercicios _140 2.16. Valor médio de uma funcfio _140 217 Exercici 2 2.18. _O integral como fungGo do limite superior. Integrais indefinidos 144 3._FUNGOES CONTINUAS 151 3 I iva di a 5 3.2. Definigao de limite de uma fungao 152 5.3. Definigéo de continuidade de uma fungio 156 3.4. Teoremas fundamentais sobre limites. Mais exemplos de funcSes continuas 157 35. Demonstragées dos teoremas fundamentais sobre limites 161 56 Exercici 3.7.___ FungGes compostas ¢ continuidade 166 =A Brercieh 58 3.9. Teorema de Bolzano para fungdes continuas 169 3.10, © teorema do valor intermédio para fungdes continuas 171 4.1L___Exercicios _172 3.12. O processo de inversio 173 3.13, Propriedades de fungdes que se mantém por inversio 174 3.14. _ Inversos de fungSes monétonas «por intervalos» 176 Exercici 7 XIL Indice analitico 3.16. _Q teorema dos valores extremos para fungées continuas 177 3.11.__Teorema da continuidade uniforme 180 4.18, _Teoremme_da_inteprabilideda-para Fungbes-consiowse St 3.19, Teoremas da média para integrais de fungdes continuas 182 xercicios 183 4._CALCULO DIFFRENCIAL 185 4d Introdugao histérica 185 4.2. Um problema relativo i velocidade 186 43. _A derivada de uma fungao _189 44. Exemplos de derivadas 1290 45. A bra das derivadas 193 4.6, __Exercicios _197 4.7. __Interpretagfo geométrica da derivada como un declive 199 4.8. Outras notagées para as derivadas 201 4.9. __Exercicios _204 4.10. _A_regra para a derivacao de fungdes compostas 205 4.11. Aplicages da regra de derivagao duma fungaéo composta, Coeficientes de variagao ligados e derivacdo implicita 208 4.13, AplicagSes da derivagiio a determinagido dos extremos de fungdes 2135 4.14. O teorema do valor médio para derivadas 216 See ne 4.16. _Aplicagdes do teorema do valor médio a propriedades geométricas das fungGes _220 4.17. Critério da derivada de segundo ordem para a determinagdo de extremos 221 18. Tracado de curvas 222 4.19. Exercicios 224 4.20. _Exemplos resolvidos de problemas de extremos 225 4.21 Exercicios _227 4.22, Derivadas parciais 230 23. Exercici 235 5. RELACAO ENTRE INTEGRACAO E DERIVACAO 237 5.1. A derivada de um integral indefinido. O primeiro_teorema fundamental do cdlculo 237 5.2.___Teorema de derivada nula 240 5.3. Fungdes primitivas eo segundo teorema fundamental do célculo _ 240 54. riedades de uma Tuncao estabelecidas a partir de_propricdades da sua derivada 243 5.6.___A notagdo de Leibniz para as primitivas 246 5.7. __Integracio por substituigdo 248 3.8 Exercicios 253 Indice analitico XU 5.9. Integragio por partes 254 5.10.__Exereicios _257 * Enereici as 4 259 6. FUNCAO LOGARITMO, FUNCAO EXPONENCIAL E_FUNCOES TRIGONOMETRICAS INVERSAS 265 6.1. Introdugdo 265 6.2. Motivagao para a definigao do logaritmo natural como um integral 266 63. A definicdo de logaritmo. Propriedades fundamentais 269 6.4. © grafico do logaritmo natural 270 6. Consequéncias da equacdo funcional Liab) = Lia) +(b) 270 6 Logaritmos referidos a qualquer base positivab #1 271 Férmulas de derivagio e integragio contendo logaritmos 273 68. Derivagao logaritmica 275 9 Eeeciins a6 6.10, Aproximacéo polinomial para o logaritmo 278 i Exercici 23RD 6.12. A func#io exponencial 283 6.13. Exponenciais expressas como poténcias de ¢ 285 614. A definigéo de e* para x real qualquer 285 6.15. A definigdo de a* paraa>O0O ex real 286 6.16. Derivagio ¢ integragao de férmulas contendo exponenciais 286 6.18, Fungées hiperbdlicas 292 Exercici 6.20. _Derivadas de fungdes inversas 294 6.21. _Inversas das fungdes trigonométricas 295 2 Exercici 299 6.23. _Integracfio por decomposicao en fragGes simples 301 6.24. Integrais que podem ser transformados em integrais de fungSes racionais 308 625. Exercici 310 626 _E . con ‘ 312 7. APROXIMACAO POLINOMIAL DE FUNCOES 317 24. Introdugio 317 1 Polinémios de Taylor gerados por uma fungio 318 73. CAlculo de polinémios de Taylor 321 7 E 5 323 15. Férmula de Taylor com resto___324 7 Estimativa do erro na férmula de Taylor 326 #77. QOutras formas para o resto da {6rmula de Taylor 329 18, __Exercicios 331 79. Quitras observagdes acerca do erro na férmula de Taylor. A notagio O 333 7.10, AplicacSes &s formas indeterminadas 336 XIV Indice analitico LiL___Exercicios _338 7.12. _Regra de L’Hopital para a forma indeterminada O/O 340 213.__Exercicios _343 Ld, Os simbolos +: ¢ —=, Extensfio da regra de L'Hopital__345 347 7.16. _O eomportamento de log x e e* para grandes valores de x 349 8 INTRODUCAO AS EQUACOES DIFERENCIAIS 355 8.1. Introdugiio 355 82. Terminologia e notagdo 356 83. Equacao diferencial de primeira ordem para a fungao exponencial 358 84. Equagoes diferenciais lineais de primeira ordem 359 85. _Exercicios 362 8.6. Alguns problemas fisicos conduzindo & resolugéo de equagdes diferenciais lineais de primeira ordem 363 8.7. Exercicios 370 83, Equacio diferencial linear de segunda ordem com_coeficientes_constantes _375 8.9. Existéncia de solugdes da equagio y+ by =O 375 8.10, _Redugio da equacao geral ao caso particular y” + by =0 376 8.11, Teorema de unicidades para a equagio y+ by =O 377 8.12. Solugo completa da equagio y” + by=0 379 8.13. Solucdo completa da equagio y” + ay’ + by =0 379 8.14. _Exercicios 381 8.15. Equagdo diferencial linear de segunda ordem nao homogénea com coeficientes constantes 382 8.16. Métodos especiais de determinacéo de uma solugéo particular da equagao nao homogénea y+ ay'+ by=R 386 8.18. _Exemplos de problemas fisicos conduzindo a uma equacao diferencial linear de segunda ordem com coeficientes constantes 388 js ndo lineais 394 8.20. Observagdes referentes a equagdes_diferen 821. Curvas integrais e campos direcionais 396 823. Equacées diferenciais de primeira ordem de varidveis separdveis 400 824, Exercicios 405 825. Equacées homogéneas de primeira ordem 405 eases 8 8.27. _Alguns problemas fisicos e geométricos conduzindo no estabelecimento de equagGes diferenciais de primeira ordem 407 8.28, Exercicios de revisio variados 412 9. NUMEROS COMPLEXOS 415 9.1, Introdugaio histérica__415 9.2. DefinigSes ¢ propriedades 415 Indice analitico = XV Os niimeros complexos como uma extensfio dos mimeros reais 417 Interpretagio geométrica. Médulo ¢ argumento 419 Exercicios 422 Exponenciais complexas 423 Exemplos de f6rmulas de derivagdo ¢ integragio 427 Exercicios 429 10. SUCESSOES, SERIES, INTEGRAIS IMPROPRIOS 433 10.1. © paradoxo de Zeno 433 10.2. Sucessdes 437 103. SucessSes mondtonas de ntimeros reais 441 4 oot 5. Séries infin 10.6. __A_propriedade da linearidade das séries convergéntes 446 10.7. Séries telescépicas 447 108. A série geométrica 449 10.9.__Exercicias _452 210.10. Exercicios sobre desenvolvimentos decimais 455 10.11. Critérios de convergéncia 456 10.12. Critérios de comparacio para séries de termos no negativos 457 10.13. O critério de comparagfio com um integral 460 hii mete + 10.15. Critérios da rafz e do cociente para séries de termos niio negativos 463 10.16. Exercicios 465 10.17._Séries alternadas 467 10.18. Convergéncia simples e absoluta 471 10.19. Critérios de convergéncia de Dirichlet e Abel 472 10.20. Exercicios 474 021,_¢ we 16 10.22, Exercicios de revisio variados 480 10.23. Integrais impréprios 483 10.24, Exercicios 488 11. SEQUENCIAS E SERIES DE FUNCOES 491 11.1, Convergéneia _pontual de sucessdes de funcSes 491 11.2. Convergéneia uniforme de uma sucesso de fungbes 491 113. _Convergéncia uniforme e continuidade 494 114. Convergéncia uniforme e integragio 495 115. Uma condiciio suficiente para a convergéncia uniforme 496 11.6. Séries de poténcias. Cfrculo de convergéncia 498 11.7. Exercicios 500 11.8. Propricdades das fungGes representadas por séries reais de poténcias 502 119. A série de Taylor gerada por uma fungao 505 XVI Indice analitico 10.10. Uma _condigio suficiente de convergéncia da série de Taylor 506 11.11. Desenvolvimento em série de poténcias das fungdes exponencial e trigonométricas 507 11.12. Teorema de Bernstein 508 5 Exersiai 509 L ‘Séries de _poténcias ¢ equagées diferenc’ Sul 1115, A série binomial 514 11.16. _Exercfcios _515 12, ALGEBRA VETORIAL 519 12.1, Introdugao histérica 519 12.2, © espaco yetorial dos sistemas de IV ntimeros reais 520 12.3, _Interpre métrica n <3 124. Exercicios 525 12.5, Produto escalar 526 12.6. Norma ou comprimento de um vetor 528 12.7. Ortogonalidade de vetores 530 12.8.___Exercicins 531 12.9. Projecedes. Angulo de dois vetores num espago a N dimensées 533 12.10, Vetores coordenados unitérios 534 12.11. Exercicios 536 12.12, © subespago de um conjunto finito de vetores 559 12.13. _Independéncia linear 540 1214 Bases 545 ois Eeeeision 548 12.16. ‘0 espaco vetorial V, dos a-sistemas de niimeros complexos 546 12.17. Exercicios 548 15, APLICACOES DA ALGEBRA VETORIAL A.GEOMETRIA ANALITICA 551 13.1. _Introdug@o _551 13.2. __Retas num _espago n dimensional 552 13.3. Algumas propricdades simples da reta 553 13.4, _Retas_em_fungées vetoriais 555 13.5. Exercicios 557 13.6, Plano no espaco euclidiano n dimensional 558 13.7. _Planos en fungées vetoriais 562 13.8,__Exercicios 563 15.9. Produto vetorial 564 13.10. O produto vetorial expresso_na forma de determinante 566 13.11. Exercicios 568 13.12, O produto misto ou triplo escalar 570 13.13.__Regra de Cramer para a resolugdo de um sistema de tres equagées lincais 572 13.14, Exercicios 573 Indice analitico XVII 13.15. Vetores normais a planos 575 13.16, Laquagées lineares cartesianas definindo planos 577 317 Exercici 578 13.18. As secgdes cénicas 580 13.19. Excentricidade das secgSes cénicas 583 15.20. Equagies polares das cénicas 584 13.21. Exercicios 586 13.22. Cénicas simétricas relativamente & origem 587 13.23. Equagdes cartesianas das cénicas 588 324. Enerciel 6 13.25. Exersicios variados sobre cénicas 593 14. CALCULO COM FUNCOES VETORIAIS 597 14.1. FungGes vetoriais de uma varidvel real 597 14.2, Operagées algébricas. Componentes 597 14.3, Limites, derivadas ¢ integrais 598 Exercioi 14.5, Aplicagdes as curvas. Tangéncia 603 14.6. Aplicagdes ao movimento curvilineo. Vetor velocidade, grandeza do vetor, velocidade e vetor aceleracio 606 14.8. A tangente unitéria, a norma principal, ¢ o plano osculador a_uma curva 612 149, Exercicios 615 14.10. Comprimento de um arco de curva 616 14.11. Aditividade do comprimento do arco 619 14.12. A func&o comprimento de arco 620 Exennick aos 14.14. Curvatura de uma curva 625 14.15. Exercicios 627 14.16. Qs vetores velocidade e aceleragéo em coordenadas polares 628 14.17. Movimento plano como aceleragéo radial 631 14.18. Coordenadas cilindricas 631 14.19, Exercicios 632 14.20. Aplicagdes ao movimento dos planetas 634 14.21. Exercicios de revisio 638 15. ESPACOS LINEAIS 641 15.1. _Introdugio _ 641 15.2. _ Definigao de espago lincar__641 15.3, __Exemplos_de espagos lineais 643 15.4. _Conseqiiéncias elementares dos axiomas 644 15.5. _Exercicios _645 15.6, _Subespagos de um espago linear _647 15.7. Conjuntos dependentes e independentes num espago linear 648 XVIIL Indice analitico 15.8. Bases e dimensfo 650 15.9. Exercicios 651 15.10, Produto interno, espagos euclidianos. Normas 652 15.11, Ortogonalidade num espago euclidiano 656 15.12. Exercicios 658 15.13. Construgdio de conjunto ortogonais. O método de Gram-Schmidt 661 15.14. Complementos ortogonais. Projecgdes 665 15.15. A melhor aproximagéo de elementos de um espago euclidiano por elemento de um subespaco de dimensio finita 668 15.16. Exercicios 669 16._TRANSFORMACOES LINEAIS E MATRIZES 671 16.1. _Transformagdes lineais 671 16.2. __Espaco nulo e contradominio 673 16.3.__Nulidade ¢ ordem 674 16.4. Exercicios 675 16.5. Operagdes aigébricas relativas a transformagées lincais 677 16.6. _Inversas 679 16.7. Transformagdes lincares biunivocas 682 16.8. Exercicios 684 16.! Transformagées lineais com valores determinados 686 16.10. Representagéo matricial das transformagdes lineais 686 16.11. Construgdo de uma representagao matricial na forma diagonal 690 16.12, Exercicios _692 16.13. Espagos lineares de matrizes 694 16.14. Isomorfismo entre transformagdes lineais e matrizes 695 16.15. Multiplicagdo de matrizes 697 16.16, Exercicios 700 16.17. Sistemas de equacées lincais 702 16.18. Técnicas de cdlculo 705 16.19. Inversos de matrizes quadradas 709 6.21. Exercicios variados sobre matrizes 712 SOLUCOES DOS EXERCICIOS 715 Introdugio 115 Capitulo Capitulo Capitulo Capitulo Capitulo Capitulo Capitulo Capitulo Capitulo BREE WON MUR 2 & BREB Indice analitico XIX Capitulo 10 739 Capitulo 11 742 Capitulo 12 744 Capitulo 13 746 Capitulo 14 749 Capitulo 15 752 Capitulo 16 754 INDICE. 10 SUCESSOES, SERIES, INTEGRAIS IMPROPRIOS 10.1. O paradoxo de Zenaio O assunto principal deste capitulo teve a sua origem num problema posto ha mais de 2400 anos, quando um fildsofo grego Zenio de Eleia (495-435 a. C.) precipitou uma crise na Matematica antiga formulando alguns paradoxos engenhosos. Um deles, muitas vezes chamado 0 paradoxo do corredor, pode apresentar-se do seguinte modo: Um corredor nunca pode alcangar a meta numa corrida porque tem sempre que correr metade de qualquer distancia antes de correr a distancia total. Quer isto dizer que, tendo corrido a primeira metade, tera ainda que correr a segunda metade. Quando tiver corrido a metade desta, falta-~he uma quarta parte do total. Quando tiver corrido a metade desta quarta parte falta-Ihe a oitava parte do inicial € assim indefinidamente. Zenio referia-se 4 corrida idealizando, evidentemente, uma situagdo na qual o corredor é considerado como um ponto em movimento de um extremo do segmento até ao outro extremo do segmento de reta. Podemos formular o paradoxo de outra mancira. Suponha- mos que 0 corredor parte do ponto | marcado na fig. 10.1 ¢ corre para o ponto 0. As posi- ges assinaladas com 1/2, 1/4, 1/8, etc., indicam a fragio do percurso que falta percorrer quando esses pontos sio alcangados. Estas fragdes, cada uma das quais vale metade da anterior, subdividem 0 percurso total num nimero indefinido de pequenos segmentos cada vez mais pequenos. Para percorrer cada um desses segmentos € necessdrio um certo intervalo de tempo ¢ o tempo exigido para correr todo o percurso ¢ a soma total de todos estes intervalos parciais. Dizer que 0 corredor nunca atinge a meta, significa que cle no pode atingir esse ponto ao fim dum intervalo de tempo finito; ou, por outras palavras, que a soma dum numero infinito de intervalos positives de tempo no pode ser certa- mente finita. Esta afirmacdo foi rejeitada 2000 afios depoisde Zeno, com a criagiio da teoria das séries infinitas. Nos séculos xvm ¢ xvitt os matematicos comegaram a pensar que seria possivel generalizar as ideias da adi¢fo ordinaria de conjuntos finitos de nimeros a conjuntos infini- tos, de mancira que algumas vezes a “soma” dum conjunto infinito de niimeros seja finita. Para se ver como se pode fazer esta extensdo ¢ ter uma ideia de algumas das dificuldades que podem ser encontradas ao fazé-la, devemos analisar o paradoxo de Zen’io mais em porme- nor. 433 434 Calculo Suponhamos que 0 jd mencionado corredor corre com velocidade constante e admitamos ainda que necessita T minutos para cobrir a primeira metade do percurso. Na quarta parte seguinte do percurso gastara 7/2 minutos, na oitava parte seguinte gastara 7/4 e, em geral, para a parte do percurso compreendida entre 1/2" e 1/2** necessitara de 7/2" minutos. A “soma” de todos estes intervalos de tempo pode ser indicada simbolicamente escrevendo a seguinte expressao: TT T THytgtectyt (10.1) Esta é um exemplo das chamadas series infinitas ¢ 0 problema consiste agora em verificar se existe algim método natural de determinagio dum numero que possa ser chamado a soma desta série. ‘A experiéncia diz-nos que 0 corredor que corre com velocidade constante alcangara a meta ao fim do dobro do tempo necessario para alcangar o ponto médio. Visto que ele gasta T minutos para correr metade do percurso, devera gastar 27 minutos para efetuar toda a cor rida. Esta linha de raciocinio sugere fortemente Fig. 10.1. O paradoxo de Zenao. que devemos atribuir a “soma” 27 a série (10.1) ¢ leva-nos a esperar que a igualdade TT Tl, Te ytgtc tytn (10.2) seja “verdadeira” em certo sentido, A teoria das séries infinitas diz-nos exatamente como interpretar esta igualdade. A ideia é a seguinte: em primeiro lugar somam-se um nifmero finito de termos, por exemplo os 1 primeiros, ¢ representamos a sua soma por s,. Assim temos T_T T seTt yt gt tsa (10.3) Obtémese assim a chamada soma parcial n-enésima da série. Em seguida estudamos 0 compor- tamento de 5, quando # toma valores tio grandes quanto se qucira. Em particular tentamos determinar se a soma parcial s,, tende para um limite finito quando n cresce indefinidamente. Neste exemplo é facil verificar que 27 é o valor limite da soma parcial. Com efeito, se Sucessées, séries, integrais imprdéprios 435 calculamos varios destas somas parciais, encontramos s=T, “= Chama-se a atengao para o fato de que estes resultados podem ser expressos do modo seguinte: 4§=2-)NT 2 =R-YT 3 =A-)N su =RO-DT, 1 © que nos leva a conjeturar que, para qualquer inteiro positivo n, se tem a formula = (2 - salt. 10.4) i A formula (10.4) ¢ alias facilmente verificavel por indugao. Visto 1/2""'> 0 quando n—~ +09, resulta que s, + 27. Portanto a igualdade (10.2) é “verdadeira” se a intepretamos como significando que 2T é o limite da soma parcial s,. Este processo limite parece invali- dar a afirmagao de que a soma dum numero infinito de intervalos de tempo nao pode ser nunca finita. Vamos agora apresentar um argumento que proporciona um consideravel apoio ao ponto de vista de Zeno. Suponhamos que fazemos uma pequena,mas importante, mudangana ana- lise precedente do paradoxo da pista de corridas. Em vez de admitirmos que a velocidade do corredor é constante, suponhamos que a sua velocidade decresce gradualmente de tal maneira que ele gasta T minutos para ir de | a 1/2, 7/2 minutos para ir de 1/2 a 1/4, 7/3 minutos para ir de 1/4 1/8 e, em geral, T/n minutos para ir de 1/2"! a 1/2" O “tempo total” que gasta na corrida pode representar-se pela série infinita: T+ sis +e tte. (10.5) Neste caso o nosso sentido fisico nfo sugere qualquer “soma” natural ou Obvia para atribuir a esta série © por isso devemos confiar inteiramente na analise matematica para tratar deste exemplo. Procedamos como no caso anterior introduzindo as soma: arciais s, ou seja ror =7 Justa... 10.6 s=T+stztoctsy: (10.6) O nosso objetivo consiste em analisar © que acontece a s, quando n crece indefinidamente. Estas somas parciais no sio tio faceis de estudar como as de (10.3), porque nao existe uma 436 Calculo formula simples analoga a (10.4) que simplifique a expresso do segundo membro de (10.6). Nao obstante é facil obtermos uma estimativa para a grandeza de s, S© compararmos a soma parcial com um integral apropriado. Na fig. 10.2 esta tragado o grafico de f(x) = 1/x para x > 0. (A escala esta modificada no eixo OY). Os retangulos indicados tém uma area total igual a soma + (10.7) 1 aa 1 1 l+54gt- Fig. 10.2. Significado geomeétrico da desigualdade | + 1/2 + ... + I/m > log(n + 1). A area da parte sombreada ¢é |'*! x~'dx = log(n + 1). Visto que esta area no pode exceder asoma das areas dos retingulos, temos a desigualdade tebe de +4 ez togine 1). (10.8) Multiplicando ambos os membros por 7, obtemos 5, > T log(n + 1). Por outras palavras, se a velocidade do corredor decresce da maneira que se indica atras, o tempo necessério para alcangar © ponto 1/2" é,pelo menos, T log( + 1) minutos. Visto que log(zr + 1) cresce inde- finidamente quando » aumenta, devemos concordar com Zenao € concluir que o corredor nao pode atingir a meta ao fim de qualquer intervalo de tempo finito. A teoria geral das séries infinitas faz uma distingdo entre as séries do tipo (10.1) cujas somas parciais tendem para um limite finito e as do tipo (10.5) cujas somas parciais tendem 438 Calculo Na matematica estas palavras tém significados ténicos especiais, A palavra “sucesso” tem um sentido analogo ao da linguagem corrente, querendo significar-se um conjunto de objec- tos dispostos segundo determinada ordem, mas a palavra “série” é usada em sentido algo diferente, O conceito de sucessiio sera discutido nesta segio e o de série sera definido na segdo 10.5. Se a cada inteiro positive n esta associado um nimero real ou complexo q,, entio 0 conjunto ordenado Wy My Ag y ery yy diz-se definir uma sucessio infinita. O fundamental aqui ¢ que cada elemento do conjunto foi qualificado com um inteiro, de maneira que podemos falar de primeiro termo a,, segundo Jermo a, e, em geral, 0 termo de ordem n, a,. Cada termo a, tem um sucessor g,, , € por isso ndo ha nenhum termo que seja o ultimo. Os exemplos mais correntes de sucessdes podem construir-se dando algumas regras ou formulas para descrever o termo de ordem n. Assim, por exemplo, a formula a, = 1/n define uma sucessio cujos primeiros cinco termos Algumas vezes empregam-se duas ou mais formulas como, por exemplo, iyy = 1, Ggy = DP, sendo por conseguinte alguns dos primeiros termos os seguintes 1,2, 1,8, 1, 18,1, 32,1. Outra maneira habitual de definir uma sucessao é por um conjunto de instrugdes que indicam como obter um termo a partir dos anteriores, depois de definidos alguns. Assim poderemos escrever y= aya, paran>d Esta regra particular € conhecida por formula de recorréncia e define uma sucessao notavel cujos termos séo chamados mumeros de Fibonacci (+). Os primeiros termos sao 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34. Em qualquer sucessdo 0 fundamental ¢ que exista alguma fungo f definida no conjunto dos inteiros positives, tal que fim) seja 0 termo de ordem m da sucessio para cadan= 1, 2, (G+) Fibonacci, também conhecido por Leonardo de Pisa (cerca de 1175-1250), encontrou esta sucessiio num problema referen- Le aos processos hereditarios nos coelhos. Sucessées, séries, integrais impréprios 439 3,.... Este serd com certeza o modo mais conveniente para estabelecer uma defini¢o ténica de sucessio. DEFINIGAO. Uma fungdo f, cujo dominio é 0 conjunto de todos os inieiros positivas 1, 2, 3, ~ndliz-se uma sucesséo infinita. O valor de fungéo f(n) diz-se o termo de ordem n da suces- sdo. O contradominio da funcao (isto €, 0 conjunto dos valores da fungao) ¢ habitualmente re- presentado escrevendo os termos por ordem, isto ¢: SU SASBoo- LM Por uma questio de comodidade a notagao {f/n)} ¢ usada para representar uma sucessdo cujo termo de ordem a é fim). Muitas vezes a dependéncia de n é indicada pelo uso de indi- CES, € ESCTEVE-SC Ox, Sn, Xn, Mx, OU UMA notacdo andloga, em vez de f(nj. A menos que seja especificado doutro modo, todas as sucessdes neste capitulo so supostas de termos reais ou complexos. A questo fundamental que se nos apresenta aqui é determinar o modo de decidir se os ter- mos de fn) tendem ou nao para um limite, quando m cresce indefinidamente. Para tratarmos este problema necessdrio se torna alargar o conceito de limite as sucessdes. Isto faz-se como segue. DEFINICAO. Uma sucessdo |f(n)} diz-se ter um limite L se, para todo 0 mimero positivo €, existe outro nimero positive N (o qual pode depender de €) tal que Ifln) — Li < «para todoon > N. Neste caso diz-se que a sucessdo{ {(n)} converge para L e escreve-se limf(n)=L, ow fin) L quando n + , Uma sucessdo que ndo convirja diz-se divergente. Nesta definicao os valores da fungao f(n) ¢ o limite L podem ser numeros reais ou complexos. Se fe L siio complexos podemos descompo-los nas respetivas partes reais ¢ partes imaginarias, por exemplof'= u + ive L =a + ib. Entéo tem-se f(n) — L = u(n) —a + + i[0(n) — b]. As desigualdades l(a) — al < | f(a) — E| e lo(n) — | < Lf) — LI mostram que a afirmagao/(n) +L implica u(n) + a e v(m) + b quando n +00. Inversamente, a desigualdade Ifla) = El S |edn) — a] + |o(m) — 5 440 Célculo mostra que as duas afirmagdes u(n) > a, v(n) > b implicam /(n) + L quando n > 09, Quer isto dizer que uma sucessao de termos complexos f converge Se e S6 se ambas as partes realue imaginaria v convergem. separadamente, caso em que se tera lim f(n) = lim u(n) + flim o(n) E evidente que qualquer fungiio definida para todo o real positive x pode ser usada para construir uma sucessdo restringindo x a tomar unicamente valores inteiros. Isto explica a forte analogia entre a defini¢&io que acabamos de dar e a que foi apresentada na se¢io 7.14 para fungdes mais gerais. A analogia estende-se igualmente a limites infinitos ¢ deixa-se a0 leitor a definigaéo dos simbolos lim f(n) = +00 c lim f(n) = —c0 como se fez na segio 7.15 quando fé uma fungao real. Se f é complexa, escrevemos Sl) + © quando n > © se |f(n)| + +29, A expresso “sucessiio convergente” é usada unicamente para uma sucessiio cujo limite é Jinito. Uma sucesso com um limite infinito diz-se divergente. Existem, evidentemente, suces- ‘sdes divergentes que nao tem limites infinitos. As férmulas que se seguem definem alguns exemplos: fin) =(-I". f= sen" fy=(—9(i+2), f= em As regras basicas do calculo de limites de somas, produtos, etc., sio também validas para limites de sucessdes convergentes. O leitor nao tera dificuldade em formular estes teoremas por si proprio; as respetivas demonstragées sdo algo semelhantes as dadas na segao 3.5. A convergéncia ou divergéncia de muitas sucessdes pode ser determinada pelo uso de pro- priedades de fun¢des conhecidas que estiio definidas para todo o x positivo. Mencionamos alguns exemplos importantes de sucessdes de termos reais cujos limites se podem calcular diretamente ou pela utilizagaio de alguns dos resultados estabelecidos no cap. 7. lim==0 se x«>0 (10.9) nam Rl lim x" = 0 se |xi 0, b> 0, (10.11) nom on lim nn" =1 (10.12) a para todo o real a. (10.13) tim (1 + 442 Célculo Se f(n)~ a demonstragdo é analoga, sendo neste caso o limite o infimo do conjunto dos valores da fungao. 10.4. Exercicios Nos Exercicios | a 22 define-se uma sucesso (/(in)| pela formula dada. Em cada caso: (a) dizer se a sucesso converge ou diverge; (b) determinar o limite em cada sucesso conver- gente. Em alguns casos pode ser de utilidade substituir o inteiro m por um nimero real posi- tivo arbitrario x e estudar a fungdo de x assim obtida pelos métodos do capitulo 7. Podem aplicar-se as formulas (10.9) a (10.13) dadas no final da Segdo 10.2. n mt an 4 (-2" Lf) = 4-7 12. flo) = sa, nto $d 2 f= - . 13, fi) = Vn - Vin 3. fir) = cos" 14. fl) = na", onde lal <1. 4 sy =? 15. fy = 4, aa, 100,000” 5. fin) = 5. 16. flr) = a 6. fn) = 1+ (=I) 17. fo) =(1 +3) . 7p) = 2 18 fom) = 1+ cos “Ip 1 4ccy \-n 8 fy) = 19. fea) -(1 +5) 9. fin) = 2" 20. fini) = ei", 10. fr) o 2 fe) ater 12/¥gen(n!) 1. fl) = 22, fir) = neti, Cada uma das sucessdes {a,) nos Exercicios 23 a 28 é convergente, portanto, para cada € > 0 previamente dado, existe um inteiro N (dependendo de «) tal que|a, — Z| < « se nN, sendo L = lim, ,...@,. Determinar, em cada caso, o valor de N adequado a cada um dos seguintes valores de « : « = 1:0, 1; 0,01; 0,001; 0,0001. 1 eet 23. a, =-. 25.0, =o n n 0 24. a, =——. 2 = FT 26. ay, Sucessées, séries, integrais impréprios 443 9 27. aa = 28. dy =n 2n . wei" in) + 29. Provar que uma sucesso no pode convergir para dois limites diferentes. 30. Supor que lim, _. 4, = 0. Usar a definigio de limite para provar que lim, _... a? = 0. 31. Se lim, ,,.@,=A elim, ,. 4, =B, usar a definigéo de limite para provar que lim, _... (@,+b)=4 + Belim, ,..(ca,) = cd, com c constante. 32. Considerando 08 resultados dos Exercicios 30 e 31, provar que se lim, .,, 4, =A, entic lim, 00% = A?. Em seguida, servindo-se da identidade 24,4, = Gy +b)? aio \n-v00 ny provar que lim, ..(@, 1,0) =AB selim, a, =A elim, |b, = In-200%m, 100 33. Se a é um numero real ¢ 7 um inteiro n&o negativo, 0 coeficiente binominal © é definido por a a(x — 1x —2)0:(e =n +1) no nl . (a) Quando a =—1/2 mostrar que a) 1 ay) 3 (a 5S [#\_ 38 2) 63 ()--3. (3-3. G)--% (=a G)--me (b) Seja a,=(-D"C%"). Provar quea, > O equea,,, im Dark =log2. © Peers =<. (©) lim >= -}- (@) tim Diet = me Se _= SF moet + vd. 444 Calculo 10.5. Séries A partir duma sucessdo de mimeros reais ou complexos podemos sempre formar uma nova sucessao pela adigao sucessiva dos seus termos, Assim, dada a sucessao de termos 4 dy,-.. 54 podemos formar a sucessio das “somas parciais™ K=O, Hata, HE At ates, etc., vindo para a soma s, a expresso =a tat +a,—Sa. (10.14) A sucesso |s,] das somas parciais chama-se uma série infinita ou simplesmente uma série ¢ representa-se também pelos simbolos seguintes At agtagte, tate babe, xt (10.15) Por exemplo, a série E 1/k representa a sucesso {s,| para a qual Com os simbolos em (10.15) se pretende lembrar que a sucessdo de somas parciais {5,} € obtida da sucessao {a4} pela adi¢do de termos sucessivos. Se existir um numero real ou complexo S tal que lim s, = dizemos que a série E/°_, a, € convergentee tem a soma S, caso em que se escreve Yass. im Se {s,} diverge, diz-se quea série Sy_, a, diverge ¢ niio tem soma, EXEMPLO 1. A SERIE HARMONICA. Na discussio do paradoxo de Zeno, mostramos que a Sucessdes, séries, integrais imprdprios 445 soma parcial 5, da série E 1/k satisfaz a desigualdade k=l => > log (n + 1). 3 Visto que log(m + 1) + 2° quando n-+ °°, 0 mesmo ocorre com 5, € por isso.asérie Xy_, 1/k diverge. Esta chama-se a série harménica. ExempLo 2. Na discussio do paradoxo de Zeno encontrémos também as somas parciais da série 1 + + + +. + wm dadas pela formula ye’ 4 qual se demonstra facilmente por indu¢o. Quando -+00, estas somas parciais tendem para o limite 2 ¢ por isso a série converge ¢ tem soma 2. Podemos indicar isso escrevendo lt}epeer a2. (10.16) O leitor deve ter presente que a palavra “soma” é usada aqui num sentido muito especial. A soma duma série convergente nao se obtém por uma adigao ordinaria, mas sim como o limite da sucessdo de somas parciais. Também notara o leitor que, para uma série conver- gente, o simbolo E {x € usado para representar tanto a série como a respetiva soma, muito embora os dois ejaza conceitualmente distintos. A soma representa um numero ¢ portanto nao pode ser nem convergente nem divergente. Uma vez feita a distingao entre a série ca respetiva soma, o uso do mesmo simbolo para representar ambas as coisas nao da lugar a qualquer confusiio, Como no caso da notagao de somago finita, a letra k utilizada no simbolo 2% é um “in- =1 dice mudo” que se pode substituir por qualquer outro simbolo conveniente. As letras n, m,¢ r sao habitualmente usadas com esta finalidade. Algumas vezes é conveniente iniciar a soma com k = 0 ou & = 2 ou qualquer outro valor de k. Assim, por exemplo, a série em (10.16) pode escrever-se Zi 1/2, Em geral, se p > 0, definimos o simbolo = fi, Para significar 0 mesmo que by com b, = tek Assim b, = a,, b, = a,,,, etc. Quando niio ha peri- go de confusio, ou quando o ponto de partida nao é importante, escreve-se Ea, em lugar de 446 Célculo E facil demonstrar que as duas séries © as cz ax so ou ambas convergentes ou ambas divergentes. Seja s, =a, + 4, +44, 01, =a, +4.) +. 44,,, , Sep= 0 temse 4,41 = 40 + Sp pelo que ses, +S quando n + 0, entao s, + a) + S¢inversamente, se f, + T quando 1% + , eno s, + T — ay. Deste modo, ambas as séries convergem ou divergem quando p = 0. O mesmo é verdadeiro se p > 1. Para p= 1 tem-ses, = 1, © parap >1 tem-set, =5y 4p) —Sp—1 ede novo resulta que ambas as sucessdes [s, | ¢ {1, | convergem ou divergem. Exprime-se isto muitas vezes dizendo que omitindo ou adicionando ao principio duma série um nimero finito de termos tal nfo afeta a sua convergéncia ou divergéncia. 10.6. A propriedade da linearidade das séries convergentes As somas finitas ordinarias possuem as seguintes propriedades importantes: S(a, +b.) =Sa,+ Sb, (propriedade aditiva) (10.17) a a 2 Xica,) = «Sa, — (propriedade homogénea). (10.18) a a O teorema que apresentaremos a seguir é uma extensdo natural destas propriedades as sé- ries infinitas convergentes, e desse modo justifica muitos calculos algébricos nos quais as séries convergentes so tratadas como se fossem somas finitas. Quer a associatividade quer a homogeneidade podem ser combinadas para se definir uma propriedade de linearidade que pode enunciar-se do modo seguinte. ‘Teorema 10.2. Se Ea, e Eb, sdo séries infinitas convergentes de termos complexos e ae 6 dois nimeros complexos dados, entdo a série E(xa, + 6b,) também converge, e a sua soma 6 dada por dea, + pb,) = Su, +) (10.19) Demonstragéo. Tendo em conta (10.17) ¢ (10.18) podemos escrever Ea, + b.) =4Da,+ BE bs. (10.20) mt = Quando 2 — © o primeiro termo do segundo membro de (10.20) tende para aE Gd, © 0 se Sucess6es, séries, integrais impréprios 447 gundo termo tende para Be Pe Portanto © primeiro membro tende para a sua soma, ¢ isso prova que a série Z(a@a,, 5%) converge para a soma indicada por (10.19). O teorema 10.12 admite um interessante corolério que é muitas vezes usado para se concluir da divergéncia da série. TeoREMA 10.3. SeEa, converge eseEb, diverge, entdo X(a, + b ) diverge. Demonstragdo, Visto que b, = (a, + 4,) — a,, € porque Ea, converge, o Teorema 0.2 diz-nos que a convergéncia de £ (a,+ 6,) implica a convergéncia de =. Deste mado, E (a, + b,) ndo pode convergir se Eb, diverge. Exempto. A serie I(1/k + 1/2) diverge porque 5 1/k diverge, embora © 1/2 convirja. Se Ea, ¢ £6, sio ambas divergentes, a série E(a, + b,) pode ou nao convergir. Por exemplo quando a,—by= | para todo 0 n, entio (ay + by! diverge. Mas quando a,= le b,=-1 para todo on, entio E/a, + 6,) converge 10.7. Séries telescépicas Outra propicdade importante das somas finitas ¢ a propriedade que cstabelece que Db, — bast) = br — Bases (10.21) aA Quando tentamos generalizar esta propriedade as séries infinitas somos levados a considerar aquelas stries £an para as quais cada termo a, pode ser expresso como uma diferenga da forma a, = by — 6, (10.22) Estas séries slo conhecidas por séries telescdpicas ¢ 0 seu comportamento é caraterizado pelo seguinte teorema. ‘TEOREMA 10.4. Sejam {a} e[b,} duas sucessdes de mimeros complexos tais que by para n= 1,2,3,... (10.23) A série La, converge see 86 se.a sucessdo |b, converge, hipdtese em que se verifica Sa,=b—L, onde L=limb,. (10.24) ay aw 448 Calculo Demonstragdo. Seja s, a soma parcial dos n primeiros termos de E.a,. Entio temos devido a (10.21). Desta maneira ambas as sucessdes {s,} e {6,1 convergem ou ambas diver- gem, Além disso se 6, + L quando n +o», entao 5, +b, — L, 0 que prova (10.24), Nota: Toda a série é telescopica, visto que se poder sempre verificar (10.22), escolhendo um b, arbitrarioe fazendo b,,,=b, —5, paran> 1es,=4, +. +4, EXxEMPLO 1. Seja a, = 1/(n? + n). Entao tem-se 1 1 1 Tatton n+l! 4, ¢ por isso (10.23) verifica-se com b, = 1/n. Uma vez que b, = Le ZL = 0 obtém-se 8 1 =1 Pray EXEMPLO 2. Se x nao é um inteiro negativo, tem-se a decomposigao. 1 1 1 1 (+ Ont x4 Yn + x42) toga asses) para todo o inteiro m > 1. Portanto, pela propriedade telescpica, as seguintes séries conver- gem e tem a soma indicada. L 1 2 Ganneed In x 2) Ax + Ix +2)” EXEMPLO 3. Visto que logln/(n + 1)] n ee, a série E login/(n + 1)] diverge. log m — log(n + 1) € porque log m © quando Nota: A série telescopica ilustra perfeitamente a diferenga importante entre somas finitas e séries infinitas. Se escrevermos (10.21) na forma desenvolvida temos: (by = ba) + (by = by) $+ + (bu = bead = br — bg igualdade que pode ser verificada pela supressdo dos paréntesis ¢ simplificagao dos termos simétricos. Suponhamos agora que fazemos as mesmas operagdes nas séries infinitas Sucessées, séries, integrais improprios 449 (by = by) + (by = by) + (By = By) Fore Assim 6, permanece, 5, anula-se com —5,, 6, com —b,, etc. Para todo n > | anulam-se b, € —b,, simplificando-se todos os 6, menos 6, o qué nos leva a concluir ser 6, a soma da série. Devido ao teorema 10.4 esta conclusiio é falsa, a menos que lim , = 0. Mostra-nos esta me conclusio que os paréntesis nem sempre podem ser removidos numa série infinita como acontece com uma soma finita. (Ver também o Exercicio 24 da se¢ao 10.9). 10.8. A série geométrica A propriedade (10.21) das somas finitas pode utilizar-se para estudar um exemplo muito importante conhecido por série geométrica. Esta série é gerada por adigdes sucessivas. dos termos duma progressio geométrica e tem a forma Ex", onde o termo de ordem n, x", & a poténcia de grau m num nimero fixo x, real ou complexo. £ conveniente iniciar esta série com A com a convengao de que o termo inicial, x°, é igual a 1. Seja s, a soma parcial dos n primeiros termos desta série, isto é: Spe ltxe reper ga Se x= |, cada termo do segundo membro ¢ igual a | ¢ s,=n. Neste caso a série diverge, uma vez que 5,*00 quando #-+ 0, Se x # I pode escrever-se a soma simplificada, obser- vando que a Sot = xy =o mt (l= x)s,=(1-»E So Pois que a liltima soma é do tipo (10.21). Divindindo por |—x, obtemos a expressio Isto mostra que o comportamento de s, para n suficientemente grande depende inteiramente do comportamento de x", Quando |x| < 1, entéo x" + 0 quando n + © e a série converge para a soma I/(1 — x). Visto que 5.5 — 5, x", a convergéncia de {s,] implica x" + 0 quando n — ©, Portanto, se |x| >1 a sucessiio |s, diverge visto x" nao tende para zero nesta hipdtese. Demonstramos assim 0 seguinte teorema: TeoreMa 10.5. Sex écomplexo, com|x|< I, a série geométrica £ x" converge e tem a n=0 soma 1i{1 =x), isto é, tem-se 450 Calculo Loxdetgec gates ae oe [xict. (10.25) —x Se|x|= 1, a série diverge. A série geométrica, com |x| < 1,é um dos raros exemplos em que a soma pode calcular-se pela determinagao duma formula para as suas somas parciais. (Na Sedo 10.1, em ligagao com o paradoxo de Zenao, tratamos o caso particular desta série para x = 1/2). A real importancia desta série esta no fato de poder ser usada como ponto de partida para a deter- minagéo da soma dum grande numero de outras séries interessantes. Por exemplo, se admi- tirmos que |x| < 1 ¢ substituimos x por x? em (10.25), obtemos a igualdade Petpet pe pay st jal <<. (10.26) Observe-se que esta série contém aqueles termos de (10.25) em que o expoente é par. Para determinar a soma das poténcia impares basta multiplicar ambos os membros de (10.26) por x, obtendo-se XPM EPH HOM pes se |x} <1. (10.27) Se se substitui x por —x em (10.25), temos boxdatowt ge ¢(-ptt +e se [x}<1. (10.28) L+x Substituindo x por x? em (10.28), temos: 1 Lext4xtaxte--- —1)"x™" ‘= se <1. (10.29) xe xt ax + (Hix + ine |x| (10.29) Multiplicando ambos os membros de (10.29) por x, resulta: xox pe xo pe g(t pe =a se |x| <1. (10.30) x Se substituimos x por 2x em (10.26), obtemos: L$ 4x? + 16xt pe aes + ee 14x que é valida se | 2x]< 1 ou, o que é equivalente, se |x| < =z: E evidente que muitas outros exemplos podem ser construidos de forma semelhante. 452 Célculo entéo para cada inteiro positive m a formula de Taylor conduz a igualdade {@) Sart + Ex). (10.34) So onde a soma finita 2 a,x* é um polinémio de Taylor de grau < n ¢ E,[x) é 0 erro corres. pondente a essa aproximagao. Se agora fixamos x ¢ fazemos crescer # indefinidamente em (10.34), os polindmios de Taylor dao lugar a séries de poténcias, nomeadamente oe sendo cada coeficiente a, definido por: Se, para um dado x, 0 erro E,¢x) tende para 0 quando m ~+ co, entio para esse x podemos fazer n + co em (10.34) obtendo F(x) =lim Saye" lim E,() = Sart me note Roo awe Por outras palavras, a série de poténcias em questio converge para f(x). Se x é um ponto para o qual E(x) nfo tenda para 0 quando n — ©, entdo a soma parcial nio tendera para SG). Condiges a que f deva satisfazer para garantir que E,(x) + 0 serio estudadas mais adiante, na segio 11.10. Para fundamentar melhor a teoria geral das séries de poténcias vamos debrugar-nos a seguir sobre certas questées gerais relativas & convergéncia e divergéncia de séries arbitrarias. Voltaremos ao estudo das séries de poténcias no capitulo 11. 10.9. Exercicios Cada uma das séries dos Exercicios 1 a 10 € uma série telescépica ou uma strie geométrica ou alguma série cuja soma parcial pode simplificar-se. Em cada problema pro- var que a série converge ¢ que a soma tem o valor indicado. =. 1 1 _— 1D aria ey 73" ye 5. ye = . Vit tn 1" 6 Det tie Bie eH Sucessées, séries, integrais impréprios 453 n+) (-9"'@n +) a Sete ° see ati) Penten Slog [1 + ny" + n)) . an fe 6. 2a Pinas) 7! ©. 2. Tog nt flog (n+ Ip] = 198: V*- Na segio 10.8 obtivemos séries de poténcias para log(1 + x)e arctg.x pela efetivacio de diferentes operagdes sobre a séri¢ geométrica. Duma maneira semelhante, sem preocupagao de justificar as passagens, obter as formulas dos Exercicios 11 a 19. Estas slo todas validas, pelo menos para |x] < 1. (A justificagdo tedrica sera dada na segdo 11.8). 12> - -3e. abe +e =] 13, Sater EE, ws Otte -1, 4, Site = SNe eee hs Geer Meta 1 at onde P,{x) € um polindmio de grau k, sendo o termo de menor grau x ¢ © de maior grau x4. Demonstré-la por indugdo, sem ter a preocupacio de justificar os célculos efetuadas com séries. 21. Os resultados dos Exercicios 17 ¢ 19 sugerem uma formula mais geral Syn tk). 1 +k) Fin 42-4 De )e gc ome (74) AME ad Demonstra-la por indugo, sem tentar justificar as operagdes formais com séries. 22. Sabendo que em = e™ para todo o x, determinar as somas das séries seguintes pres- mo supondo que é possivel operar com sérics infinitas como se fossem somas finitas. 454 23. 24, 25. Célculo w 345". o> © (n= Ihn +1) at a (a) Dado que E "Int = e* para todo o x, provar que me Ge + xe%, nat supondo que é possivel operar sobre estas séries como se fossem somas fnitas. (b) Asoma da série z pint é@ ke, onde k é um inteiro positivo. Determinar o valor de k. Nao tentar justia 0s caleulos. Duas séries 5 a, ez bn dizem-se idénticas se a, = b, para todo n = 1. Por exemplo as series 04+0+4+04-- e a-D+d-D+d-H)+-- sao idénticas, mas as séries P+ltlte-- © 140414041 404-: nao so idénticas. Determinar se sim ou nao as séries so idénticas em cada um dos seguintes pares: f@)1-1+1-1+ e @Q-1I)-GB-H+4-H-G-H+--. (@pi—1+i-1+ e GQ-)+0-)+0-)+0-1 + @i-1+1-14- © L+(-14+1)+(-14+1 4+(-14+14- @l+e¢he+h+-: e 140 -D4+G-P+G-H+--- (a) Utilizando (10.26) provar que O42 404 xt Hee se |xi <1. Observar que segundo a definigio dada no Exercicio 24 esta série nio é idéntica a de (10.26), se x # 0. (b) Aplicar o Teorema 10.2 ao resultado da alinea (a) € a (10.25) para deduzir (10.27). {c) Mostrar que o Teorema 10.2 quando aplicado diretamente a (10.25) (10.26) nado da (10.27). Em seu lugar, obtem-se a formula £ a =x") = x/(1 — 2), valida se |x] <1. a= Sucessées, séries, integrais impréprios 455 *10.10. Exercicios sobre desenvolvimentos decimais Na se¢io 13.15 tratamos da representagdo decimal dos numeros reais. Viu-se que cada numero real x positive admite uma representagao decimal da forma ayayay..., onde 01. O niimero x esta relacionado com os digitos ay, ay. a pelas desigualdades a +1 To" (10.35) O 1. Se x > 0, represente a, o maior inteiro contido em x; admi- la-se que a), a,, ..., @,., tenham sido definidos e que a, representa o maior inteiro tal que Sucessées, séries, integrais impréprios 457 bem da diferenga entre condigao necessdria ¢ condigao suficiente. Portanto o leitor deve esforgar-se por ter sempre presente esta distingao quando aplica na pratica um determinado critério. O mais simples de todos os critérios da uma condigao necessdria para a convergéncia ¢ pode ser enunciado do modo seguinte: TrorEMA 10.6. Se a série La, converge, entdo o seu termo de ordem n tende para 0, isto é, (10.37) lima, Demonstragdo: Seja s, = a, + a, + + @,. Enléo a, = 5, —5,_,. Quando moo quer 5, quer s,,_, tendem para o mesmo limite € por isso a, 0 €0 teorema esta demonstrado. Este é um exemplo dum critério que é do tipo (ii) e nao do tipo (i). A condigao (10.37) ndo é suficiente para a convergéncia duma série. Por exemplo, quando @, = 1/n, a condigao a, — O€ satisfeita ¢ contudo a série E1/n diverge. A real utilidade deste critério esté no fato de nos dar uma condigio suficiente para a divergéncia, isto é, se os termos a, duma série Ya, ndo tendem pata zero, entao a série diverge. Esta conclusdo € logicamente equivalente ao Teorema 10.6. 10.12. Critérios de comparagao para séries de termos nao negatives Consideramos nesta secdo apenas séries de termos ndo negativos, isto é, séries da forma Ea,, onde cada a, 2 0. Uma vez que as somas parciais de tais sérics sao monOtonas crescen- tes, pode aplicar-se oTeorema 10.1 para se obter a seguinte condigdo necessdria e suficiente de convergéncia. TEOREMA 10.7. Se a, 2 @ para toda on = I, entdo a série La, converge se € somente se a sucessdo das respetivas somas parciais é limitada superiormente. Se as somas parciais so limitadas superiormente por um namero M, por exemplo, a soma da série nfo pode entio exceder M. EXEMPLO I. OQ Teorema 10.7 pode usar-se para se provar a convergéncia da série Z val. Calcula-se um limite superior para as somas parciais através da igualdade a= sm ara = a qual € evidentemente verdadeira para todo k 21, pois k! é formado por k — 1 fatores todos eles 2 2. Deste modo tem-se 460 Cédlculo ExeMPLo 3. Uma vez que £1/n & divergente, toda a série de termos positivos assinto- ticamente iguai a 1/n sera também divergente. Por exemplo isto verifica-se com as duas séries 1 a e psn at aa A relagdo sen I/m~ I/a resulta do facto que (senb)/x-+ | quando x~+0. 10.13. O eritério de comparagio com um integral Para aplicar os critérios de comparagao é necessario dispor de alguns exemplos de séries de comportamento conhecido. As séries geométricas e a fungao zeta sio importantes para esta finalidade. Novos exemplos podem ser obtidos de maneira muito simples por aplicagao do critério de comparagdo com um integral, pela primeira vez demonstrado por Cauchy em 1837. — Sq Jie ax s x hw mH Fig. 10.4, Demonstragao do critério de comparagao com um integral. TeoREMA 10.11. CRITERIO DE COMPARAGAO COM UM INTEGRAL. Se f'é uma fungdo posi- tiva decrescente, definida para todo o real x > | ¢,se para cada n > 1, é et =| 70 dx. entdo ambas as sucessées |s,| e |t al convergem ou divergem. Demonstragéo: Comparando f com fungGes em escada adequadas, como se sugere na fig, 10.4, obtemos as desigualdades sw) < f “Wx dx = converge-see somente se s > 1. n m= Fazendo f(x) = x~*tem-se of Lae {Ts a x se s#1, log n se s=1. Se s> 1 o termo n'-*10 quando n- 00 ¢ por isso {t,} converge. Pelo crit tal implica a convergéncia da série paras > |. Quando s< | entdo 1,-+. ¢ a série diverge, © caso especial s = | (a série harménica) foi discutido ‘na segdo 10.5. A sua divergéncia jd era conhecida de Leibniz. io do integral, ExEMPLO 2. © mesmo método pode ser utilizado para demonstrar que — 1 ——,_ converge-se ¢ somente se 5 > 1. n(log n)* (Inicia-se a soma com n = 2 para evitar nm para o qual log n seja nulo). O correspondente integral neste caso (log n)'~* — (log 2)"* . (log ny" = dog 2)°* 1, a =| ee Is ses# 2 x(log x)" log (log n) — log (log2) se s=1. Ento {r,} converge se e sé se s > | e por tal motivo, em virtude do critério do integral, o mesmo acontece com a série em questio, 10.14, Exercicios Verificar se as séries seguintes siio convergentes ou divergentes e, para cada exemplo, justi- ficar a resposta dada. APOSTOL — 16 462 Calculo (4n — 3)4n — 1)" In — 1 log (4n + 1) Sl i na + 1) 2. tee lal 12D ager lanl < 10, oa 13. S | 10000 +1 4 <> [sennx| SS 1.008" (7/3) 5. 2a M4, 2 2+(-1)" < 1 6 > a Is. > a n (log log n)* © = Ln log n (log log 1. > 16. Dr ~ an Ww ‘x 8. Se. 17. Liver a Team 1 (laws ° ea wT e-Vedx. 19. Seja f uma funcdo crescente nao negativa, definida para tode o x = 1. Aplicar 0 mé- todo sugerido para a demonstra¢do do critério do integral para provar que Spm < [pore 7) & & Fazer f(x) = log x e deduzir as desigualdades ene |, asérie diverge. (ce) Se R= |, acritério é inconcludente. Demonstragéo: Suponhamos R < 1 ¢ consideremos x tal que R < x < 1. Entao (10.43) deve ser verificada para todo n = N, a partir dum certo N. Por conseguinte Ea, converge pelo critério de comparagao e a alinea (a) fica demonstrada. Para demonstrar (b), observemos que R > 1 implica @, > | para uma infinidade de valores de neem consequéncia a, nio pode tender para 0.Portanto, pelo Teoremal0.6, Ea, diverge, © que demonstra (b). Para provar (c), consideram-se os dois exemplos nos quais a, = I/n ¢ a, = I/n?. Em ambos 0s casos R = I visto que n+ 1 quando n -+ 0 [Ver a igualdade (10.12) da segdo 10.2], mas E 1/n diverge enquanto que £ 1/n? converge. Exempto 1. Por aplicagao do critério da raiz é facil determinar a convergéncia da série = foe), pois que n= = £0 quando n+. logn 464 Calculo [EXEMPLO 2. Aplicando o critério da raiz a Zla/(n + 1))", encontramos * i quando n+, pela igualdade (10.13) da segiio 10.2. Posto que I/e < 1, a série converge. Uma aplicagao ligeiramente distinta do critério de comparagao conduz ao critério do quociente, TEOREMA 10.13. CRITERIO DO QUOCIENTE (OUDE D’ALEMBERT).Seja La, uma série de ter- mos positivos tais que +L quando no, a, (a) Se L < 1, asérie converge. (b) Se L > |, a série diverge. (ce) Se L = 1, 0 eritério é inconcludente. Demonstragdo: Suponhamos L < | e consideremos x tal que L < x < 1, Existiri entdo um inteiro N tal que a, , /a,, < x para tedo on = N. Isto implica para todoon2N. Quer dizer, a sucessdo (a,/x") € decrescente para n 2 N, Em particular, quando #2 N, deve verificar-se a,/ x" < ay/x" ou, por outras palavras, a | implica que a.) > 4, para todon2N,a partir dum certo N, e por tal motivo a, nao pode tender para 0. Finalmente (c) demonstra-se utilizando os mesmos exemplos que no Teorema 10.12. Observacdo: O fato do quociente a,,\/a, ser sempre menor do que 1 ndo significard necessariamente que o limite L seja menor que |, Por cxemplo a série harménica, que € divergente, tem sempre o quociente m/(n+ 1), menor que | mas o limite L é igual al. Contudo para a divergéncia é suficiente que 0 quociente seja maior que | para n suficien- temente grande, visto que entéo ¢ a,,) >a, ¢ a, no pode tender para zero. 466 Calculo 8. 5 (alm — 1), ah Me Ms So t/2 + (—17 = a" 14, > r"|seanx|, 7 > 0, i dog" 15. Sejam {a,) e [b,} duas sucessdes com a, > 0 e b, > 0 para todo o n ZN, € seja Cyn On One ng See Provar aque: (a) Se existe uma constanic positiva r tal que c,> 7 > 0 para todo o m= N, entio La, converge. [Sugestdo: Provar que Ef _y a, $ dy by/r-] (b) Sec, <0 param 2N ese ¥ 1/b, diverge, entio La, diverge. [Sugestdo: Provar que £ 1/6, é majorada por ¥a,,.] 16, Seja La, uma série de termos positivos. Provar o critério de Raabe: Se existir um r > Oe um WV = 1 tal que para todo n> N, entio Ea, converge. A série Za, diverge se yu 1 ——21-~- para todo n 2 N. a, n [Sugesido: Recorrer a0 Exercicio 15 com by,, = 1.1 17. Scja Za, uma série de termos positives. Provar o critério de Gauss: Se existir um N > 1, ums > 1, eum M > 0 tais que Sucessées, séries, integrais impréprios 467 naa _4 fm paran2 N, a, now com |/(i)| $M para todo o n, entdo La, converge sed > Le diverge se A <1. [Sugestdo: Se A #1, utilizar o Exercicio 16. Se A = 1, utilizar o Exercicio 15 comb, ,;= "log m] 18. Aplicar o critério de Gauss (do Exercicio 17) para provar que a série >( 2-4-6" ++Qn) ) converge se k > 2 diverge se k < 2. Este é um exemplo em que falha o critério do quo- ciente. 10.17, Séries alternadas Até aqui estudamos, com alguma pormenor, séries de termos nao negativos. Vamos voltar agora a nossa atengdo para as séries cujos termos podem ser pasitivos ou negativos. O caso mais simples ocorre quando os termos da série so alternadamente positivos ou negativos, Tais séries dizem-se alternadas e sio da forma S(-yr'a, = a, — a, +4, - a, + +(-D™a, +77, (10.45) a 2 para cada a, > 0. Exemplos de séries alternadas eram ja conhecidas de muitos dos pioneiros da investigagio neste dominio. Ja referimos a série logaritmica 3 log(lt+xpax— F479 q toe (epee y a Como provaremos mais adiante esta série converge ¢ a sua soma é log(1 + x) sempre que =1 2"sen” x yr ae. Nos Exercicios 49 e 52 as séries supdem-se de termos reais. 49. Sea, > OeZa, converge, provar que 1/a, diverge. 50. Se za, converge, provar que Za? converge. Dar um contra exemplo no qual Z@? con- virja, mas Eq, | divirja. 51. Dada uma série convergente Da, onde cada a, 20, provar que y/a,n"? converge se p> 1/2. Dar um contra exemplo para p = 1/2, 52. Dizer se é verdadeira ou falsa cada uma das seguintes proposigdes. (a) Se Ea, converge absolutamente, também converge absolutamente £.43/(1 + a). (b) Se Ea, converge absolutamente ¢ se nenhum a, = —1, entéo Za,/(1 + a,) converge absolutamente. *10.21. Comutatividade nas séries A ordem dos termos duma soma finita pode sempre alterar-se sem que isso afete o valor da soma. Em 1833 Cauchy fez a surpreendente descoberta de esse fato nio ser sempre ver- dadeiro para séries infinitas. Por exemplo consideremos a série harmonica alternada SucessGes, séries, integrais imprdéprios 477 l—} ela bth bbe: = log? (10.56) A convergéncia desta série para a soma log 2 foi provada na segao 10.17. Se reordenamos 0s termos desta séric, tomando alternadamente dois termos positivos seguidos dum ter- mo negativo, obtemos uma nova séri¢ escrita como segue: Pti-dbtate—t+h4eu—-tt+— (10.57) cada termo que aparece na série harmonica alternada aparece também uma s6 vez aqui e reciprocamente. Todavia pode facilmente demonstrar-se que esta nova série tem uma soma maior que log 2. Procedemos para isso do modo seguinte: Seja r,,a soma parcial de ordem n de (10.57). Se n é um multiplo de 3, por exemplo n = 3m, a soma parcial ¢,,,contém 2m termos positivos ¢ m termos negativos e é dada por “Fora de Em cada uma das trés ultimas somas utilizamos a relagao assintotica Staton C+ o(1) quando n+, kot obtendo tym = (log 4m + C + o(1)) — Mog 2m + C + o(1)) — A(log m + C + a(1)) = #log2 + ofl). Assi 3 top 2 %, 14 SSM 13, —Z- log 2 quando m — %, Mas dy, . y= by + WAM + 1) 8 be = 83 — 12m), pelo que t,,, 1 © fy_— 1 Sm © mesmo limite que ¢,,, quando m — °, Portanto cada soma parcial ¢, tem o limite 3 log 2 quando a ©», pelo que a soma da série em (10.57) + log 2. O exemplo precedente mostra que a reordenagdo dos termos duma série convergente pode alterar a sua soma. Provaremos a seguir que isto pode verificar-se somente se a série dada ¢ simplesmente convergente, isto ¢, a modificacdo da ordem dos termos numa série absolutamente convergente ndo altera a sua soma. Antes de provarmos @sta afirmacdo, vamos precisar 0 que deve entender-se por reordenagdo. DeFINICAG. Represente P ={I, 2, 3, ...} conjunto dos inieiros positives. Seja f uma fungao cujos dominio e contradominio so P e admita-se que f goza da propriedade seguinte: Sucessées, séries, integrais imprdprios 479 Os termos a,, 2;,..., 4, anulam-se na subtragio, pelo que se tem 18, — Ayl S laysal + lays! + * Ay = StL <*. |Ax I<3 Combinando este resultado com (10.58) vemos que |B, ~ S| <€ para todo 0 = 2 M, 0 que quer dizer que By S quando n~ co e demonstra que a série reordenada 55, tem soma S. A hipotese de convergéncia absoluta noTeoremal0,20 é essencial. Riemann descobriu que uma série simplesmente convergente de termos reais pode ser sempre reordenada de modo a dar lugar a uma série que convirja para uma soma previamente dada. O raciocinio de Rie- mann fundamentava-se numa propriedade das séries simplesmente convergentes de termos reais. Uma tal série Ea, tem infinitamente muitos termos positivos ¢ infinitamente muitos termos negativos. Consideremos as duas novas séries Ea’, ¢ Ia, obtidas tomando s6 termos positivos e sé termos negativos, respetivamente. Mais precisamente, definamos a’, ¢ a, como segue: + a Iw a, a, — 14, eetlal lal ay (10.59) 2 Se a, é positivo, entio a =a, € a; =0; se a, € negativo, entio a; = a, ¢ a= 0. As duas novas séries La}, e Za, estdo relacionadas com a série dada a, do modo seguinte: TeoREMA 10.21. Dada uma série La, de termos reais, definam-se a, ea, por (10.59) (a) Sea, simplesmente convergente, ambas as séries Ea, e La, divergem. (0) SeZa, é absolutamente convergente, ambas as séries Ea” e La, convergem e tem-se Da,=Sar+ Say. (10.60) aa Demonstrapao. Para demonstrar a alinea (a) observa-se que Lja, converge ¢ Zila, diverge. Deste modo, pela propiedade da linearidade (Teorema 10.3) ay, diverge ¢ Za,,di- verge. Para demonstrar (b) observamos que quer E}a, ¢ E4la,| convergem pelo que, pela propriedade da linearidade (Teorema 10.2), ambas as séries Za’, e Ia, convergem. Visto ser a, = af,+ a, obtemos também (10.60). Podemos demonstrar agora facilmente o teorema da reordenagio de Riemann. TEOREMA 10.22. SeLa at uma série simplesmente convergente de termos reais e S um mimero real dado, entdo existe uma reordenagdob, de La, que converge para a soma S 480 Calculo Demonstragao. Definamos af ¢ a como foi indicado em (10.59). Ambas as séries Daye Laz, divergem, visto que Za, é simplesmente convergente. Reordenemos Ea, do modo se- guinte: Tomam-se, pela ordem, termos positivos a* em nimero suficiente, de maneira que a sua soma exceda S, Se siio necessarios p, termos positivos temos Sa,>s mas SYa,gS se a

Oe 6 > 0, calcular lim (a + 6"). n-100 Sucessdes, séries, integrais improprios 481 3. Uma sucessio {a,,| esta definida por recorréncia em fungao de a, € a, pela formula Gy + yy z Gaet para n>2 (a) Supondo que {a,) converge, calcular o limite da sucesso em fungio de a, ea, O resultado é uma média aritmética pesada de a, ¢ a}. (b) Provar que, para cada escolha de a, € @,, a sucessio |a,| converge. Pode supor-se que ay < ay. [Sugestio: considere {a,,| € (a2, , ,| separadamente.] » . Uma sucessao |x, esta definida pela seguinte formula de recorréncia: Mel, ty VFR. Provar que a sucess&io converge ¢ determinar o seu limite. . Uma sucessio {x,| ¢ definida pelas seguintes formulas de recorréncia w Provar que a sucessio converge e calcular o limite. 6. Sejam [a] ¢ [b,] duas sucessdes tais que para cada n se tem a, +e" (a) Demonstrar quea,, > Oimplica d,, > 0, (b) Se a, > 0 para todo o n € se La, converge, demonstrar que £(b,/a,) converge. Nos Exercicios de 7 a 11 averiguar a convergéncia das séries. 2 = 1 . 2 VT) 9. Zia a 2 - 1 Zena - 20+ Va— 1). 10. > aa 11, Z a,,sendoa, = I/n sen éimpar, a, = I/n* sen é par. n=l 12, Provar que a série 7 3 Wr Fl vr iso converge para a > 2e diverge paraa = 2. 482 Célculo 13. Dado ay > 0 para cada n, dar uma demonstragdo ¢ um contra-exemplo para cada uma das proposigdes seguintes. (@) Se E a, diverge, entio E a? diverge. n=t™ nai" (b) Se I a® converge, entio £ a, /n converge. n=l” nai" 14, Determinar todos os valores reais de c para os quais as séries I (n/a) converge, ne 15. Determinar todos 0s inteiros a = 1 para os quais a série E (nt? Aan)! converge. Pt 16. Sejam n, < n, < ny... aqueles inteiros positivos que nao contém O na sua representagao decimal. Assim mn, = 1, rly = 2, ay My =9, My = 11, --5 My = 19, n,,=21, etc. Provar que a série dos reciprocos Ez i /n, converge ¢ tem uma soma inferior a 90. [Sugestdo: A série 9X (9/10)” majora a série em estudo.] n=0 17. Se a é um nimero real arbitrario, seja s,(a) = 1° + 2" +... + n?. Calcular o seguinte limite: tim 22+) non 5,(0) (Considere 0 a positive, negative ¢ ainda a = 0). 18. (a) Se p © q sao inteiros fixos p 2 q = 1, mostrar que (b) A série seguinte é uma série reordenada da série harmonica alternada na qual apare cem, alternadamente, trés termos positivos seguidos de dois negativos: V+h+5-d-te gehen —-b-t+4t4—-- Mostrar que a série converge ¢ tem soma log 2 + 1. log 3/2. [Sugestdo: Considerar soma parcial se usar a alinea (a), (c) Reordenar a série harmonica alternada, escrevendo alternadamente p termos positi- vos seguidos de q termos negativos. Aplicar a alinea (a) para mostrar que esta reorde- ~ ne 1 nacdo define uma série que converge ¢ tem soma log 2 + ~~ log (p/q). Sucess6es, séries, integrais impréprios 485 Portanto Seertl*lax converge eo seu valor é I/a. Por outro lado, sea > 0 temos dim [eds Destemodo f°, e~*/*!dx também convergeevale I/a. Assimpodemos coneluir(, &~@| dx = = 2. Observe-se, contudo, que o integral {~,, e “dx diverge porque | .e “dx diverge. Como no caso das séries, dispomos de varios critérios de convergéncia paraintegraisim- proprios, O mais simples diz respeito a funcdes integrandas positivas. TEOREMA 10.23. Se o imegral proprio J*f(x)dx existe para todo ob = ae se f(x) > 0 para todo o x > a, entdo J? fi x)dx converge se € sé se existe uma constante M > 0 tal que [rods 2M para cada’ > a. Este teorema constitu a base do seguinte critério de comparagio : TEOREMA 10,24, Se o integral proprio jtf(x}dx existe para todo 0 b 2a e se 0 < fix)< S g(x) para todo o x = ae f? g(x jdx converge, entdo | fix}dx também converge ¢ i ix) dx < f a(x) dx Nota: O integral [7 g/x)dx diz-se que majora o integral [* flxidx. TeOREMA 10.25. CRITERIO DE COMPARACAOLIMITE. Se ambos os integrais préprios f° ftx)dx e ['g(x)dx existem para todo b = a, com f(x) 2 0 € g(x) >0 para todo x 2 a, ese com c#0, (10.63) entdo os integrais {°ftx)dx e | g(x)dx ow convergem ambos ou divergem ambos. Nota: Se o limite em (10.63) é 0, podemos concluir apenas que a convergéncia de |" e(x)dx implica a convergéncia de | /(x)dx. Sucess6es, séries, integrais impréprios 487 definida pela equagio f(x)= x4 se O< x< 1. O integral fi. f(x) dx converge, mas © integral [},n/*(x)Jdx diverge. Geometricamente isto significa que 0 conjunto de ordenadas def tem uma area finita, mas o solide obtido pela rotagdo desta regido em torno do cixo OX tem um volume infinito. Integrais impréprios da forma {°-/(dr definem-se de modo semelhante. Se os dois integrais [‘_f(dte J°-f(t)de convergem, entio podemos escrever [roa pods! sod Nora: Alguns autores escrevem |? em vez de [°~. A defini¢do pode generalizar-se (duma maneira evidente) para cobrir 0 caso de qual- quer numero finito de integrais parcelas. Por exemplo, se f nao esta definida em dois pon- tos ¢ 0 0 integral { e-r*'de converge. Este integral deve interpretar-se como uma soma, a saber “ ne J ettdr + | et de. (10.65) segundo integral converge para qualquer real s, devido ao Exemplo 4. Para estudar o pri- meiro integral escrevemos ¢ = 1/u € observamos que Mas fo e-" u-*'du converge para s> 0 por comparagio com {2 u-*-!du. Portanto o integral |}, e-"*-'de converge para s > 0. Quando s > 0, a soma (10.65) representa-se por P(s). A fungio F assim definida chama-se a fingio gama, introduzida por Euler em 1729. Ela possui a interessante propriedade de que f(a + |) =n! quando n é um inteiro 2 0. (Ver Exercicio 19 da secgao 10.24, para um esbogo de demonstragio). Sucessées, séries, integrais imprdéprios 489 15. Para que valores das constantes a ¢ b existira o limite e sera igual a 1? . x8 + ax + bx lim | =r" poe dy @+atl 16. (a) Provar que (b) Dizer se convergem ou divergem os seguintes integrais impréprios de 2 PSs [i eneae. ye = 17. (a) Provar que o integral Soe (sen x)/xdx converge. (b) Provar que tim x [1 (cos d/dr= 1. 040 * (€) Serd o integral [4 (cos #/# ar convergente ou divergente? 18. (a) Se 'é monétona decrescente para todo x 2 | ¢ se f(x)—+ 0 quando x + + 9, provar que o integral [ pide € a série L/(n) sio ambos convergentes ou ambos divergentes. [Sugestdo: Recorde-se a demonstracio do critério do integral.) (b) Dar um exemplo duma fungao mondtona / para a qual a série Ef(n) converge e 0 integral [7° fd diverge. 19. SejaT'(s)= JG, | e ‘dt, se s > 0. (A fungao gama.) Usar a integracio por partes para demonstrar que I'(s + 1)=s ['(s). Demonstrar depois, por indugdo.que [' (m + 1) =n! se n é um inteiro positivo. Em cada um dos Exercicios 20 a 25 figura uma proposig&o, nfio necessariamente correta, relativa a fungao f definida para todo x 21. Em cada um desses exercicios n ¢ um inteiro positivo ¢/, representa o integral {T/(x)dx, que se supde que existe sempre. Para cada pro- posigdo dar ou a demonstragaéo ou um contra-exemplo. 20. Se/'é mondtona decrescente ¢ se lim_ J, existe, entéo o integral |‘° (x) dx converge. nee 21. Se lim f(x) =O lim J, =A, ent&o |" /(x)dx converge e tem valor A. xaos 100 22, Se a sucessio (/,} converge, entio o integral [7° f(x)dx converge. 23. Sefé positiva ese lim J, = A, entio f 1 A@)dx converge ¢ tem 0 valor A. no 24. Suponhamos que f(x) existe para todo x 2 1 e que existe uma constante M > 0 tal que 490 Calculo \/'@)| $M para todo x > 1. Se lim J, =A, entioo integral J} f(x) dx converge e vale A. nao 25. Se | fx) dx converge, entao lim f(x) = 0. see 1 SUCESSOES E SERIES DE FUNGOES 11. Convergéncia pontual de sucessies de fungdes No capitulo 10 estudamos sucessdes cujos termos eram nimeros reais ou complexos. Agora vamos considerar sucessdes |/,,| cujos termos sao fungdes reais ou complexas, pos- suindo um dominio comum na reta real ou no plano complexo. Para cada x pertencente ao dominio, podemos formar outra sucessao [f,(x)} de numeros cujos termos so os correspon- dentes valores das fungdes. Designemos por S 0 conjunto dos pontos x para os quais esta Sucessio converge. A fungio f definida em S pela igualdade. f(x) =lim f(x) se xe S, chama-se a funedo limite da sucessio {f,) € diz-se que a sucessio [f,| converge pontualmente parafno conjunto S. O estudo de tais sucessdes esta relacionado,em principio,com o seguinte tipo de questi cada termo duma sucessio (/,| tem uma certa propricdadc tal como a continuidade, d bilidade ou integrabilidade, até que ponto esta propriedade se conserva na fungdo limite? Por exemplo, se cada funglo /, ¢ continua num ponto x, serd também a fungao limite con- tinua em x? O exemplo seguinte mostra que, em geral, ndo o ¢. limite? Por exemplo, se cada fungao f,, ¢ continua num ponto x, sera também a fungao limite continua em x? O exemplo seguinte mostra que, em geral, ndo 0 é. iva- Exemp.o 1. Uma sucessdo de fungées continuas com uma fungdo limite descontinua. Seja SalX) = x" se OS x < 1. Os graficos de alguns termos da sucessio estado representados na fig. 11.1, A sucessiio {f;) converge no intervalo fechado [0, 1] e a sua fungdo limite f'¢ da- da pela formula 491 492 Calculo se 0 0 existe um inteiro N, que depende de x ¢ €, tal que|f,(x) — f(x)| < € sempre que n 2 N. Se o mesmo N serve para todos os pontos x de S, entio a convergéncia diz-se unjforme em S. Quer isto dizer que podemos dar a seguinte DerinigAo, Uma sucessdo de fungdes {f,| diz-se convergir uniformemente para J, num conjunto S, se para cada € > 0 existe um N (dependendo unicamente de €) tal que n2 N implica [flx) — S09) << para todo x em S. Simbolicamente escreve-se Sif uniformemene sobre S. Fig. 11.3 Significado geométrico da convergéncia uniforme. Se n > N, todo o grafico de cada f, esta situado a uma distancia inferior a ¢ do grafico da fungao limite. Quando as tungées /, sio reais, existe uma interpretagao geométrica simples da convergén- APOSTOL — 17 494 Calculo cia uniforme. A desigualdade |f,, (x) — f(x)|< ¢ €equivalente ao par de desigualdades. Ll) — 6 0 existe uma vizinhanga M¢p) tal que lcs) — fep)| < © sempre que x « Nép) O S. Se é dado ¢ > 0, existe um inteiro N tal que n> N implica UC) — FOI < ‘ para todo o xem S. Visto que f,,é continua em p, existe uma vizinhanga N(p) tal que lfyx) — fp) < 5 para todo o x em Mp) 0S. Portanto, para todo o x em N(p) 1 S, tem-se IF) —f(PI = 1FO9 — fx) + £009 — fp) + fap) — PDL SCO = f9@)| + LL) — SCP + LP) — flr) - Uma vez que cada termo do segundo membro é < > encontramos que | /fx)—fipj|<«€ como queréamosdemonstrar. O teorema precedente tem uma aplicacdo importante as séries infinitas de fungdes. Se os valores das fungGes f/x) sao somas parciais de outras funges, por exemplo FC) = Xu), m1 ¢ se, +f pontualmente em S, entao tem-se 496 Calculo Fi) — f(9| < — para todo oem (a, b]. b-—a Por conseguinte, se x ea, b] e se n 2 N, temos a atee: teats) — 0) =| f ay - feo ae| < [ic — 70) os ee pelo que g,,— g uniformemente em [a, 8]. ‘Ainda, como corolério, temos 0 correspondente resultado para séries infinitas. Teonema 11.4. Se uma série de fungées Zu, converge uniformemente para uma fungiio soma f num intervalo \a, bl, com cada wy uma funcdo continua em \a, bi e se xela, 6) define g(x) => u()dt —e axr=| senar, entdo g,,-» g uniformemente em (a, b]. Por outras palavras, tem-se lim ¥ f u(t) di = awe ida lim ¥ u(t) de fa nce Rat ou x | rugs yar =["S Zuo. fide Ja tet Demonstragdo. Aplicamos oTeorema II.3 a sucessio de somas parciais |/,} dadas por Slt) =F ult), ot e observamos que Jz f,(¢) dt = Sz, fz u(t) dr. Com frequéncia exprime-se o resultado do Teorema ll.4 dizendo-se que uma série unifor memente convergente pode integrar-se termo a termo. 11.5. Uma condigao suficiente para a convergéncia uniforme Weilrstrass estabeleceu um critério para provar que certas séries sao uniformemente con- Sucessées e séries de fungdes 497 vergentes. O critério € aplicavel sempre que a série dada possa ser majorada por uma série convergente de valores numericos positivos. TEOREMA 11.5. OcriTério M DE Wetrstrass. Dada uma série de fungdes wi ma Visto que a série EM, converge, para todo « > 0 existe um inteiro NW tal m 2 N implica yM. a>0,b>0. a>0,b>90. 17. Seffx) = nxe~™ para n = 1, 2,... €.x feal-provar que 1 rt [puree | lim f,0ode . Jo ene Este exemplo mostra que as operagoes de integragao ¢ passagem ao limite nem sempre podem permutar-se. 18, Seja f(x) = (sen ax)/a, e para cada x real fixo seja f(x) = lim f,,(x). Provar que 200 lim £50) #/'O). Este exemplo poe em evidéncia que as operagdes de derivacao ¢ passagem ao limite nem sempre podem permutar-se. 19. Provar que a série z (sen nx)/n? converge para todo o x real e representar a sua soma por f(x). Provar que fé continua em [0, zle aplicar 0 Teorema 11.4 para provar que 20. Sabe-se que if O0 (todo 0 x). [Sugestio: cos 2x = 1 — 2 sent x] sant 2 Se (todo 0 x). 2 pet 13, entice (ot 2" (todo o x). [Sugestdo: 2x = | — 2sen®x.] (todo 0 x). (xl <1). Su -Camwet dx ( (xl < De Sucessées e séries de fungdes 544 2 1 an 4D yn (i oh wt ym bord Sd 4- 7+ +n — 2) sfoy are ET on 7) yin, yr ety tb (Achar a eb) S 516 Calculo yn some - yeas Qn)! Gx" Dori y" = Hy — x) 8. f) yeaxty 9. fo) = ant 10) => siio chamadas fungdes de Bessel de primeira espécie de ordem zero e um respetiva- mente. Estas fungdes aparecem em muitos problemas de matematica pura ¢ aplicada. Mostrar: (a) que ambas as séries convergem para todo o real x; (b) Jj(x) = —J,(2); (c) do(x) (x) com jolx) = x Jo(x) ¢ jx) = xJ,(). LL. A equagao diferencial sty” toy + (et — ny = 0 chama-se equagdo de Bessel. Provar que J, ¢J, (definidas no Exercicio 10) sio solugdes quando n = 0 en = 1, respetivamente. Em cada um dos Exereicios 12, 13 ¢ 14, supdr que a equagao diferencial dada tem uma solugdio desenvolvivel em série de poténcias e achar os quatro primeiros termos ndo nulos. 12. y’ =x? + y?, com y = 1 quando x = 0. 13, y’ = 1 + xy*, com y = 0 quando x = 0. 14. yp’ = x + y*, com p = 0 quando x = 0. Nos Exercicios 15, 16, 17 supér que a equagio diferencial dada admite como solugo uma série de poténcias da forma y = E a,x", e determinar 0 coeficiente a 18. y' = ay, 16. y” = xy. tay ty =O. 18. Sejaf(x) = E a,x", onde a, = | € os restantes coeficientes so determinados pela iden- n= tidade ete 3,0 + (n+ Vay)" Calcular @,, ay a, ¢ encontrar a soma da série correspondente a f(x). . Sn . : 19. Seja f(x) = z An 120M OS coeficientes a, determinados por Solugdes dos exercicios 739 28. (a) 365 2 >" cidadios em sanos (b) 365(1 — e >®*) mortes em ¢ anos. 29. 6,96 milhas por segundo = 25,056 milhas por hora. 30. (a) minimo relativoem0 (b) a= fs 8 (d) 4. 31. (b) minimo (c) > Capitulo 9 9.6. Exercicios (pg. 422) 1. (a) 2@ 0 () i) f= ) 1 +i 6] 248 Ee @ 0 &) ier _ 2@Vv2 5 © 1 @1 V2 O VB 3. fa) ae (b) r=3, k ( velar (dd) r=i,d=0 ©) 6) r= Load (r= 2V2,0 = 46 th) fo r=$V2,0=—]fr rah G=-be 4. (a) y=0,xarbitrario (6) x>0,y=0 (6) Todooxey (d) x=0, Yarbitrario; ou y=0, x arbitrario () x=Ly=0 () x=1,y=0 9.10. Exercicios (pg. 429) L @) f(b) -2 (co) -3 id) 1 fe) l+i @ a+dVv2 @) vii (=i 2. (a) y=0, xarbitrario (6) x =y =0 (c) x =0, (2a + 1), sendo n um inteiro qualquer. (d) x =1,y = 4% + 2m, sendon um inteiro qualquer. 3. (b) z = 2n ni, sendo n um inteiro qualquer. 6 cx = Kay + iby) para 10. ©) IV34+4, <3V3+ () a+bi, -a— , —b tai, bai, sendoa=3l2+V2 ¢@ b=4,/2- v2 (e) a— -a+bi, b+ai, —b —ai,sendoa e b os de (d) Hl. @) Wem*e* (©) — < arg(zy) + arg (x) 13. B= Alle — «* + awi) 1,/ by Capitulo 10 10.4. Exercicios (pg. 442) 1. (a) Converge, (b) 0 8 (@) Diverge 2. (a) Converge’ (b) 1 9. (a) Converge — (b) 1 3. (a) Diverge 10. (@) Diverge 4. (a) Converge — (b) } IL. (@) Converge — (b) 0 5. (a) Converge (b) 0 12. (a) Converge (by 4 6. (a) Diverge 13. (a) Converge (b) 0 7. (a) Converge — (b) 0 14. (a) Converge (by) 0 740 Célculo 15, (a) Converge — (b) 0 23. N> Ife 16. (a) Converge (b) 0 24. N> Ie 17, (@) Converge —(b) & 25. N> Ife 18, (a) Diverges 26. N > Ie 19, (a) Converge (b) 0 27. N> Wie 20. (a) Diverges \ 21. (a) Converge — b) 0 28. og « 22, (a) Diverge Jog (9710) b n - =a nel 34. (c) Seja 5,= rol +k , ¢ definir ¢, analogamente como uma soma de | ~ jb an. Ambas as sucessdes {s,| e |{,| convergem para o integral {2 f(x) dx. 10.9. Exercicios (pg. 452) 22. (a) 1 (b) 22-3) () e+! 23. (b) 5 24. (a) Idéntica (b) mo idéntica (c) nfo idéntica (d) idéntica. *10.10. Exercicios sobre desenvolvimentos decimais (pg. 455) 1 23 3 Me 4. ably 5. OF 10.14, Exercicios (pg. 461) 1. Divergente 8. Convergente 2. Convergente 9. Divergente 3. Convergente 10. Convergente 4. Convergente 11. Divergente 5. Convergente 12. Convergente 6. Convergente 13. Divergente 7, Convergente 14, Convergente 15, Convergente para s > 1; divergente para s = 16. Convergente 17. Convergente 18. Convergente 10.16. Exercicios (pg. 465) 1. Convergente 2. Convergente 3. Convergente 4. Divergente 5. Divergente 6. Divergente 7. Divergente 8. Convergente 9. Convergente 10. Divergente 11. Convergente 12, Divergente 13. Convergente Solugdes dos exercicios 741 14. Convergente se 0< 7< 1, ou quando x=k7, k itteiro qualquer. 10.20. Exercicios (pg. 474) » CRIA AK 10. 11. 12, 13. 14. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34, 35. 36. 37. |. Simplesmente convergente. . Simplesmente convergente. Divergente para s < 0, simplesmente con’ vergente para s > 1. Absolutamente convergente . Absolutamente convergente . Absolutamente convergente . Divergente Divergente Divergente Simplesmente convergente Absolutamente convergente Divergente Absolutamente convergente Absolutamente convergente Divergente para s < 0, simplesmente com vergente paras > 1. Absolutamente convergente Absolutamente convergente Divergente Absolutamente convergente Absolutamente convergente Absolutamente convergente Absolutamente convergente z=0 Todo oz Todo o z que satisfaga a |z|< 3. Todo o z Todo 0 z excepto inteiros negativos. 10,22, Exercicios de revisio (pg. 480) 1. fa) 0 2 3. 4. 5. 7. 8. 9 1 (b) Converge sec < 1;0 limite €0 se c < (a) 1 Bey + fag 4a + V5) 0 Divergente Convergente se s<}; divergente ses > 4 Convergente 1 £ +1 quando Quando.a > —1, 0 limite e =~ F a+ vergente para 0 < 5s < 1; absolutamente con- 15. 16. 17, 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24, Divergente Absolutamente convergente Absolutamente convergente Absolutamente convergente Simplesmente convergente Simplesmente convergente Divergente Simplesmente convergente Divergente Simplesmente convergente wergente para 0 < ¢ < 1: absolutamente con- 38. Todo o z # 1 que satisfaga afz| < 1. 39. |2| < ets 40. Todo oz 41. Todoo z# Oque satisfaca a0 < 2-1! <1 42. 43. 44. 45. 46. AT. 48. Todoo z#—1 que satisfaga a|2z+3| <1 Todooz =x + iycomx > 0 Todo o z que satisfaga a|2+ 1/z|> 1 Todo o z que satisfaga a|2+ 1/z|> 1 Tedoo z #0 [x —k| 1. (b) o maior dos dois numeros ae. 10. Divergente LL. Divergente 14. © <3 1S. a@>3 a<—1,o limite é 0, 742 Caleulo 10.24. Exereicios (pg. 488) 1. Divergente 6. Convergente 2. Convergente 7. Convergente 3. Convergente 8. Convergente 4. Convergente 9. Divergente 5. Convergente 10. Convergente se s > 1; divergente ses < 1 11, © = 4; 0 integral tem o valor } log } 12, integral temo valor } log § 16. (6) Ambos divergem 17. (s) Divergem Capitulo 11 11.7. Exereicios (pg. 500) 7 = 2; convergente para |z| <2 convergente para|z| < 2,2 # 2 convergente para|z + 3| < 2,2#—1 4. ; convergente para |z| < } 5. r=}; convergente para |z|< } 6. convergente para |z| < e 7. 3 convergente para |z +1] s 1 8 +6 9. 4; convergente para |z| < 4 10. 1; convergente para |z| < 1 ul 1 12, r=Ie 13. +09 sea =kn, kinteiro; r= 1 sea x kx 14, rsea 15. r = max (a,b) 16. r = min(ifa, 1/6) 11.13. Exereicios (pg. 509) 1 |x| a, para n & 0; f@) =2x- = Todo o x Todo o x Le dyys = cel . Todo 0 x; f(x . Todo 0 x; f(x)= ex x-1 . Todo 0.x; f(x) = cos 2x 9, Todo o x, f(x) = x+ sh 3x. I yaltxt¢etice- 13. yma t bet ty? + egal a 14. y = Jat + ext $ shot! + abo"! 4° 5. y= > = * a 16 y =a(t +e 066 [Gn=h ami) 2. eet +afee> HT 1a) um) SZ. (Haynie (-1ysgtet im ynalt +d ra Fm) ES “Gn —H 18. a= =1, a, =0, a, =3; f(x) =(e+ De® 1 senx | cos.x 19. a, =0, aq =H SO) === + x se x 0; f(0) 2 flr) = —2fn® 20. (0) V2 = 1,4142135623 743 744 Calculo 21. (b) V3 = 1.732050807568877 ‘Capitulo 12 12.4. Exercicios (pg. 525) 1. (a) (50,9) (6) (-3.63) ©) G,=1,4) (@) (=7,24,21) — (@) (0,0,0) S. x = 1Be, —¢2 3Qe, =e) 6. (a) G@4+axty+ x+y) () x=2 yal = 1 7. (a) (en +22z,x¢yte.x+y +2) (d) Um exemplo, x=—2, p=2= 1. 8 =2 2. . @) (ktzx¢ytnxrtyy ©) x= -h pad, 12. As diagonais de um paralelogramo intersetam-se a0 meio. 12.8. Exercicios (pg. 531) 1. @ -6 () 2 () 6 (0 4 2. (a) (A B)C = (21,28, -35) (b) AB +O) =64 ©) (A+B) CHT 24-7 ws) (@) A(B-C) = (30,60, —-108) (e) ABC) = 5, Um exemplo: (1, ~3,—3) 6. Um exemplo: x 2, —1, 10) 1 CHL = 5 7 1 -5 <7 = = 3 a 8 C= (L345) (F wu ws 9 @ V4 &) V4 © V3 @ 5 10. @) G,—ou(- 1) ®) G4 Now (=1,-1) ©) _ (3, 2) ow (—3, -2) (@) (a) ou (4, a) 1 1 1 H. @) —=@,-15) &) Se(-2,.-3.9 © GOD Vaz via v2 4-1) (e) (1, -3,4) 1 (dy == (-5, = va2 12A4¢B,CeD,Ce&, Dek. 13. (a) (2-De(2D © @Ne-2Z-) © GL %e(-1,-2 (@) 1, Be 14. Um exemplo: C 15. Um exemplo: C 16. = $503.4), 20. A soma dos quadrados dos lados dum paralelogramo qualquer é igual a soma dos qua-

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