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Aclinica contemporanea e seus manejos na Psicanalise das Configuragées Vinculares Lisette Weissmann AA Psicandlise das Configuragies Vinculares & uma eot- rente de pensamento psicanaitico que surge como necessidade de dar respostas @ questées que antoriormente surgiam nos atendimentoseficavam sem poder ser abrangidas nas consul tas peicanaliticas tradicionas. Dito trabalho psicanalitico vin- cular vem se modificando em fungio das mudangas do sueito contemporiineo eo socal que o constitu, Sempre as nossas priticas vem na frente das teotias ce temos que dar conta e esereverteoria para cuidar do soft mento que aparece em nossa clinia. A teoria da Psicandlise das Configuracdes Vinculares tentow cuidar das “questoes que ‘nha a ver com a interrapgio de atendimentos infantis ¢ de ovens, por ndo eonsegulr incluir os pais, quando fosse pre- ‘iso; e nos stendimentos aos adultos, nos quais apenas eran tidas em conta as angéstias referentes 2 vida intrapséquica™ (Weissmann, 2009, p31). Esses empecilhos marearam a né- cessidade de repensar & clinica e reeserevé-a para desenar tum dispositivo que habilite atrabalhar em atendimentos vin- culares a casas e familias. O dr. Tsidoro Berenétein ¢ a dra. Janine Puget foram os iniladores dessa linha de pensamento ‘que parte da psicandlise tradicional e inclu conceitos de outras| éneias como a antropologi, seciologa e filosofa {A teorin das confquragbes vinculares pode ser entendida ‘como um estudo psicanaitico dos vines e uma amphagao da pricandlise tradicional freudians. A psicandlse tad tional olosa 0 oltar no indvido, foalizando-a a parte de seu mundo intrapsiquico. A psicandlise das eonfigurages ‘inculares porte de mn clinica do eonjunto, que deseula ‘um inconseentevineular.Hst,& manera de wma estratara ‘ou de uma rede, estariasubjacente ans vinealos: no casa na ‘8 grupos e nas instituies. (Weissmann, 2009, © paciente 6 0 vinculo 0 sujeito que nas consulta 6 0 vinculo, como paciente a ser escutado dentro do consultrio, nee se incui a presenga ddaqueles que apresentam queixa em seu rlacionamento, Eston ime referindo aqui uo conceito de vineulo que compreende dois sujeitos em presenga, com um lago que os une, conformando ‘um “entre” que os relaciona, porém trata-se de dois sujeitos em relacionamento intersubjetive. Néo estou me referindo & ‘elagiointeapsiquiea com objetes interns Porém estamos falando de um pacieate diferente que 60 vinculo em se, como aquele que apresenta sofrimento e queixa aserescutada, Dentro da teoria da Psicandlise das Configuracdes Vin- culares, tomamos termos da psicandlise tradicional, mas tam- ‘bém pereebemos que ld outros que ito podem ser esticados para fazer sentido, pelo que escolhemos outros termos para Aescrever 0 traballioem vineulo. Por exemplo, no falamos de sintoma e sim de mal-star vincular como aquela queixa que Teva as syjeitos consulta vinclar, ‘A questio 6 como dar conta do mal-estar vincular na cli nea. Furi algumas precsSes sobre a diferenea de escuta que suselta um paecente individual e um paciente vincular. Quando escutamos um paciente multipessoalescutamas o vinculo, a dor esti colocada no relacionamento de dofs sujeitos que sofrem: -Acilncontompetdne ame marae na a [Nio se trata s6 de Joo nem s6 de Maria, que trazem suas posi- Bes de ujeito com suas mareas, mas sim do vineuo entre eles ‘que gera angistia, a qual precisa ser compreendida e contem- plada, Talver nem Jodo nem Maria sofram em outros vinclos, ‘Hique cada vinculo tem sua particularidadee funciona como um ‘aleidosodpio onde uma determinada configuragio fica além dos sujitos que compdem o vincul. Alguma coisa ¢ propiciada no “entre” e iso gerasoftimento, Esse seria nosso eixo de tra- batho, pensar no “entre, ou seja, aque espago no qual esses Swjetos eriam uma forma de se relacionar, que pode erescer & se enriquecer ou pode se esvasiar e empobrecer. A andlise do vinculo nio exelui a andlise do sujito, apenas trabalha a partir de oto wtice. Berenstein (2004) define vineuo como “uma situagio ineonsciente que, ligando dois ou mais sujeitos, os determi nna em base @ uma relagéo de presenga" (p. 20). A teoria par- te do conceito de vineulo como eategoria fundamental inicial (Berenstein, 2007), porque “nilo existe o sujeito separado” (p.110, oque existe na relagio €a partir dela. Ovinculo € aca 6 um “fazer entre" como potincia do que poderia ser entre se- res humanos, ¢ 0s sujeitos se instituem como novos sujeitos, ‘com base no vineulo e néo previamente a ele (Weissmann, 12009, p. a5). Aelinica¢ soberana para nos ausiliaraesclarecet ‘a teoria, um sujeito no div dizia“€ dfill para mim estar com ‘la, mas estando com ela consigo sor uma melhor pessoa”. ‘Trabulhamos com o conceto de “ajeno” como estranho, sikeridade, diferente radical, negatividade radial, segundo ‘autor que tomemos como referéncia. © conceito de “afeno” & ‘muito importante na teoria e nio pode ser traduzido para 0 portugués como allelo, porque em algumas acepgGes impli «10 contrério do que 0 conceit de “ajeno" aponta. Segundo erensicin (2004), "a ajenidad prope uma bidirecionalidade racial, a qual chamames de vincalar. Na diferenga, cada um propae ao outro uma ajenidad heterogsnea e, a partir disso, haven uma assimetria leredutive”(p. 64). Aqui estamos as” sinalando aquilo mais préprio do vinevlo que evidencia dois | v0 ate vierann Aci cntinprins seu rans na 19 contando as histérins de eada wm e serio tidas em conta quan do isso agregue ao trabalho vincalr. Escutamos nodiscurso do ‘asal time referéneia aos vineulos passados tanto nas familias ‘de origem, quanto nos relacionamentos anteriores. ‘Muitas veves os casais cham que tém que fazer uma es- colha entre a forma de ser de um ¢ a forma de ser do outro © {sso €um equivoco,jé que apontamos a possiblidade de armar ‘uma eonstrugio conjunta em novidade. ‘Berenstein ¢ Puget (1988) dizem que ‘Ovineulo de casa tem um comego que fia registrado para. ‘eonsencia como o momento do namoro, eoerece 0 marco para dispor de um modelo ihiséro que o instrumentara para agusedar » dor mental surgida de entrar em coutato ‘com a descontinuidade. (p16) 0s autores citados esto nos descrevendo um vinculo surgido no momento de namoro que era iluséo de um tipo de relacionamento, que precisa se reverter ese consttuir em um vineula de amor, porém marea a impossibilidade de dar cont- hnuidade a dusdo do namoro. A dor mental que surgira & x que- ‘bra dessa ihisio. Esse é um momento que supde um trabalho vincular entee 0s dois sujetos do casa para enriquecer o rela cionamento entre eles ou esvazii-lo de sentido. E.0 momento ‘em que 08 casas que no eonseguem passardo Um, momento Idealizado do namoro, ao Dols do vinculo, em que se const- tos diferentes com o “entre” vineular, aca- bam se separando como uma opcio. ‘Um casal para se constituir como casal comeca contando do némero Deis, sso néo equivale a Um mais Um, mas sim ‘8 Dois, formado por esses dos sujeltos que armam o vineul. (0 casal ndo se constitui #4 com o que eada um traz do tempo passdo, iso tem que ser eolocado em suspenso para comegar 4 pensar em uma criagdo propria desse easal. O pensamento Sobre o Um éforte nos casas, goralmente comecam d eomparar ‘as duas formas de pensar e tentam cogitar como cada um pode sersimilar ao outro, mas essa seria uma dindmica de exclusio, |W que & razio do um excluiria a do outro. Isso levaria & um sueitos com sua ateridadediferenciando-se fazendoos - rom dois outros entre si. Marcelo Vier (2008) nos diz que “a ‘egoricio da alteridade éum ponto eruil em toda conviven- | ae fomenta ou stemaa o transtorn (sntoma on problema) ‘que depois vemos no eonsultério como patologla” (p27). “Joo e Maia portam suas historias individuals com suas marcas intrapsiquias,intrasubjetivas; mas também trazem ‘uma historia de representagdes vinculares com marcas in- tereubjetvas. Outro registro que também precisa ser ido ex conta Sioa representaghestransubjetivas, rags das marcas soriaise clturais que nos atravessam ao mest tempo que ‘os enstituem enos faze parte de uma dterminada cltura ‘Um casa é formado por dois sueitos em viet. Para cescutar esse esl tenho que escutar os dois. Quan um deles fala na anise individual no est flando o casa, est flanvo siese sete, Na anise tradicional ~ n6s como psicanaitas ~ propiiamos uma ajuda individual, vamos escutar os obietos Internos do sueito que consulta; as marca evozs do outro no sujeto. A anise vineular ndo € uma eontinvagdo de snalise {ndlvidul, pois estamos recebendo o cal ot a fama no vin- culo que cis compoem, Fazer uma ailise de casa 0 fail outa coisa iremos exeatar outro espago mentale trabthare- :mos sobre cle. efronte ao sofrimento do vincalr na consulta tentaremos erar uma demanda daquees que compéem o vin- culo, uma demanda que expresse a qucixa que os age eta ‘mos nos refrindo aqui aeiralgo novo ente ees, instivuindo 2 possibilidade de encaregar-se da dor e ineompreensio que portam no reacionamento E ‘Acho importante fazer uma eseuta que respite o diseure so vineuar no formato ein que os sujeltos 0 vo eonstruindog cenfo car na tentago de fazer perguntas que apontem a reas sar dados, a modo de ma anaranese psiquitica. 4 clinica & Soberana na hora de nos ensina e nos fazer surpreender com cla. bistria dos dados de cada um doles nio ¢ fundamental polsa eseutavineular est drigida ao padecer que surge no ving clo 9 acede em Ine estar no discurs vincolan. Hes i sete Wsmann ‘engano, que a matemtica individual é diferente da mate- ‘itica vineular, © casal tem que inventare eriar um relacio- rnamento, um modo de pensar proprio deles,eriar um vineulo ‘dees, Uma evisa € inventar um vineulo e outra coisa ¢ tentar copia relacionamentos anteriores, os mesmos sio a exporién- cia que cada um traz no vinculo, mas 0 vineulo tem que ser ctiado por eles, na situagdo atual de Dois que eles deeidiram formar. Isso supde fazer outro casl diferente do que os dois ja temvivido. Geralmente escutamos na clinica discursos vineulares ‘nos quais cada sujeito parece tentar que pensamento de wn mule o pensamento do outro por ser diferente. 0 eixo de toda analise Vincular & dar um espago para a diferenga e tolerares- sas diferengas ontorgando um espago para o outro como outro, reconhecer 0 outro sujeito em sua alteridade. Poder dar um «espago ao outro, ainda que pense de maneira diferente, ali cada sujeto estaria eutorgando ao outro 0 estatuto de sujeito “aje- eridade com 0 qual constituir um vinculo. Na medi «em que possam se accitar como dois sujeitos com alteridade al constituriam o “entre” que delineiao vineulo. arei um exemplo. Uma familia que esté em anise traz ‘uma situagio vivida que iow um grande conflito familiar endo conseguiam compreender por que isso tinha acontecido. Trata -sede uma famfia tradicional; mie, pai, e dos flhos de 20 e 15 anos, pertencem a uma classe social abastada, eo casl trabalha em empresas multinacionas, O fio mais velho comesa ana ‘morar com uma moga que vende artesanato na rua, sem) mora dia fa, que veste roupas hyppies com longos dreds; tatuagens e piercings como enfeite. Os pais demostram grande desagrado com orelacionamento, mas ofilho traza namorada até sua casa semavisarefleam trancados no quarto dele. Essa nova situaglo ‘ncomoda muito os pais, mas pouco se fala abertamente entre les, apesar de dizerem que era uma das questdes que 0s trazia ara andlise. Uma noite eles foram convidados para uma festa em um restaurante de luxo e a mie pede ao filo pata Ihe dar uns ravilis que tinha no prato dele. Ele sugere que ela mesma cia contamprdne sous mando na a pegue ravidlis no buffet. Depois ela pede para cle trazer gua tele se nega a atender seu pedido, Ao sai da festa, no carro, ‘a mile comega a gritar com muita veeméncia com 0 filho cha- ‘mando-o de egoista,dizendo que ele no presta para nada, que fhunea ir subirna vida, que €uma desgraca de pessoa eque nin- ‘guém jemais gostaré dele. O pai omega a defender o filo 208 ‘berros, eo ont filho presencia a briga entre os pais como algo potico usual entre els, jé que proferiam impropéciose transmi- tiam violencia nas palavras. Na sesso de familia todos chore rarrando o aconteeido, ea mie diz nfo lembrar 0 que dissera 0 filho mais velho,s Tembra que ele The negara raviblis de seu prato la feos muito brava com isso. No transcurso da sesso ‘amie comege a aconselhar o filo mais velho a procurar ma parceirm adequada para cle, e sugere que encontre uma moga Classe A, ji que ela se considera clase A. 0 filho mais novo ri, ‘izendo: entaovoo® diz que ele precisa achar uma mulher como ‘oud? Nesse momento a mie relata que o fiho mais velho Tevou ‘a namorada para casa ¢ ela nio aguenta iso, e pede para no fer inaisiso quand clever meas ji quesote sma ttuagioe nfo aguents. 4 analista pergunta se toda essa situagao rao teria relagaocom abrigadelese por isso acabou nomeande- “o de egoista, A mic consegue avetar que a situaglo como um todo a esti machueando muito, e faz fazer coisas 36 movida pela angistia eo desespero que sente. ses confit vineula- es aparecem deslocados no ciscurso familiar, & 56 na anélise ‘inevlar conseguem ser colocados em palavtas.O confito em si no abre a signiticagio, © s6 retragando lags de sentido dis- ‘curso familar comega a estabelecer essa cadeia simbolica que ‘conforma e faz atensar a angisti, redigindo o diflogo para uma eompreensio eacetagio de todos os membros da familia. [A rosenca dos outros . [Na anélise vineulat os sueitos estio presentes no con- suiltrio junto a0 analista; cada um pode, com sua presenga, ‘marear as diferengas que se estabelecem entre: como 0 outro ‘odesereve e como ele se apresents; entio cada um estaria se apresentando além e aquém do outro. Cada sujito se mostra ‘seu pareeiro como opaco, com sua propria subjetividade, & pode estabelecer um limite is projegdes que o parvero faz; esse limite €estabelecido ja partir de sua propria presenca. Dessa forma eada um estara interferindo com o outro, cantribuindo assim para constitu o “entre” do vincul. A situagao clinica vincular defronta os sujetos que for- ‘mam 0 casal ou a familia com a presenga do outro no eonstl- trio, O sujelto nao constr6i o diseurso s® a partir das suas ‘epresentagies internas, pois outro est Ié para responder & estabelecer uma marca com sua presenga,o outro pode apare- ‘er como um obsticulo na medida em que pode contradizer, tentar marcar uma disparidade como sujeito diferent. A presenga do outro no signfiea somente que ele est ali ‘mas sim fala de seu carater fandador com si alteridade ‘que fa parte de todo vinculo com esse outro, no €passvel de ser reriado; assim como a fantasia no mundo Interno, ‘que revist ¢caneclaoeariter do outro, (Berenstein, 2001, P.95) Essa ndo é uma situagdo fécil de transitar, porém s ve-' 20s sto sunge na transferénca eo analista aparece como ace {que tenta decitrare colocar em palavras aquilo que os sujeitos sesentem impossibilitados deescutarou dese animara pensar. Ainterpretagioofereceum modeloparapensaroinconseiente imersubjtivo, para faxélo representivl, pensivel ¢ ex- pressivel; porém junta um conjunto de impressbes que fesultam da observacio, da dedugio e do conhecimento reunidos pelo analisa em wr ato comunieativo que explica a forma mais simples algumas singolaridades desee ‘conjuntona sesso familiar. (Berensten, 2007, . 54) Porém a andlise vincwlar prevsa ir construindo um tra: batho vineula, trabalho que desene a possbilidade dos st Jets se escutarem em sua alteridade, situagio essa que per= mitiré 0 enriquesimento do vinculo, conjuntamente com subjetividade de eada um dos sujeitos que © compder. O ou- {ro com sua presen esta ld na andlise vineular para receber ce responder ao diseurso de seu parceio, resposta que aparece tno vineulo na forma de um “fazer vincular’, tanto fazer com ppalavras quanto com gestos com 0 corpo, na linguagem ‘Corporal ou paraverbal. Cada sujeito aparece como limite para ‘outro 4 com sua presenga, isso possibiltaré que construam tum discurso vineular no qual as fantasias de eda um serao respondidas, confrontadas colocadas a trabalhar eriando um ‘enramado vineular conjunto, “A queixa nos atendimentos de familia ecasalcentram-se ‘no malestar nos vineules, que muitas vezes 0s sujitosniio conseguem reeserever @ ranovar 06 vineulos anteriones para ‘riar um nove tipo de relaeionamento isso implicaria ecriar a historia, em fazer abandono do passado para enxergar o pre- sente econstruir um vineulo do relacionamento presente entre les, No trabalho elinieo aparecem os distintos discursos que @ “andlse possibilta que sejam escutados outorgando um lugar para esses dois sujetos, mais: em vineuo. ‘Vou reletar outravinbeta clinica. Em uma sesso de ca- sal depois de ums férias, Célia conta de uma forma bem des- ‘ontraida como foi boa aestadia no hotel onde foram no fris- ddo prolongado, Em seguida, Pedro comega a falar de quanto incomodos a ele a presenga da filha dela na hora em que as uss ficavam muito tempo abragadas,falando entre si sem dar fespago nem a Pediro, nem ao esposo dels. Cia ic to surprest fe impectada com as palavras dele que nfo consegue responder. "A psicanalsta interpreta: Cia, € diel para voeé escu- tar impress6es tio distantes das que voe# colocon a0 falar das ‘érias? Serd que Peso io tem permissio para discordar de vvocd? Que 6 tio dificil para vo? eseutar? Gia ndo consegue estabelecer um didlogo para falar na sesso sobre o que ela estava sentindo, precisou esperar a pré~ ‘ima sesso para contar como se senta magoada ao escutar as apreciagdes de Pedro tao dstantes das dela e sentir que nem tinha pereebido o inedmodo dele. Fla precsou ter tempo para aceitaro que o parcero colocava, diferentemente dela, e pensar sobre isso, Dessa forma a anise foi permitindo que entrassem tio disearso vincular as disparidades, ¢ um pudesse escutar © ‘outro na sua ateridade e diferenga. ‘Um outro caso clinico, de uma familia formada por um casal do segundo matriménio e os filhos de cada tum dos ca- stis anteriores, aguelas nomeadas como familias era stco-ri, ensambladas ou reconstituides. A esposa e mae coloca que ‘no transcurso terapéutico conseguiu aeeitar que eles nio vio constituir um modelo de familia idealizado, com pais efillos ‘de uma tinica unio — tipo familia Doriana —, «sim que vio formar o grupo familiar possivel. Cada um pode escolher que lugar oeupar, dando espago para as duas geragBes que consti ‘tem esse grupo. Assim como aceitando um formato de fal ‘que inclua a rendincia, Na familia que eles formam é preciso ab-

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