You are on page 1of 1
que del seu fruto, Entao 0 guerreiro branco nio teré mais quem o prenda na ‘terra estrangeira —Tua voz queima, filha de Araquém, como o sopro que vem dos sertdes do Ie6, no tempo dos grandes calores. Queres tu abandonar teu esposo? =Nao vem teus clhos la o formoso jacaranda, que vai subindo as mavens? A seus pés ainda esta a seca raiz da murta frondosa, que todos os invernos se cobria de rama e bagos vermelhos, para abracar 0 tronco irméo. Se ela no morresse, 0 jacarand nao teria sol para crescer tao alto, lracema é a folha escura que faz sombra em tua alma; deve cair, para que a alegria alumie teu seio O cristo cingiu o talhe da formosa india ea estreitou 20 peito. Seu labio pou- sou no labio da esposa um befjo, mas aspero € moro. (José de Alencar Rode anc: ios Tenios a Clentifos; io Paulo: usp 1979, 966-2) Leia o boxe “Uma literatura nacional” e 0 seguinte trecho do texto. “O pranto desfiava de seu belo semblante;e as gotas que tolavam aumae uma caiaim Suore 0 regaco, onde ja palpitava e crescia o filho do amor, Assim caer as folhas da drvore vigosa antes que amadureca 0 fruto. * —O que espreme as lagrimas do coracio de Iracerna? — Chora o cajueiro quando fica tronco seco e triste. Iracerna perdeu sua felicida- de, depois que te separaste dela.” No caDEANO ‘a. Notrecho, hé o emprego de comparacdo nas falas do,narrador e de lracema. Quais 0 05 elementos comparados? ny to 'b. Que emprego pouco comum quanto a pessoa gramatical se observa ns fala de Ira~ cema? Justifique sua resposta com elementos do texto. se Considerando-se o projeto de construco de uma literatura nacional imaginado por Alencar, que efeito de sentido o emprego de comparacao © de construcao pouco ‘comum quanto a pessoa gramatical produz no texto? ratura nacional *Certa a Ds Jaquaibe,gublizado no inicio a cba Kraze, José de Alencar exps seu pojto do cons ma literatura nacional echo deste texta calves Dias éo poeta nacional por exceléncia [.]-Bm suas poesias americanas aproveitou mu ‘ais linda tradigbes dos indigenas [-. yetanto os selvagens de seu pera falam uma Iingua classic [.] eles exprimem idetas pro- {de ura homem civilzado,e que no é verossirnltivessem no estado da natureza. séivida que o poeta tem de traduzir em sua lingua as ideias,embore rudes e grosses, dos [uJ é preciso que a lingua civlizada se molde quanto singelezaprimitiva da lingua barbara represente imagens e pensamentos indigenas sendo por terms e frases que aoleitor parecam rnabboca do selvagem. ‘ecimento da lingua indigena ¢ o melhor critéri paraa nacionalidade em biteratura Flenos 36 0 verdadeiro estilo, como as imagens poéticas do selvagem, os modos do seu pensamente, clas de seu esprit, e até as menores particularidades de sua vida a fonte que deve beber o poeta brasileiro;é delaque ha desalr o verdadeiro poerna nacional, eu oimagino, (Rio de laneio tive Tenens Cintfins Si Peulo:Edusp. 179), a ee ae

You might also like