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Cépia nao autorizada NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 6118 Primeira edigaio 31.03.2003 Verséo corrigida 31.03.2004 Valida a partir de 30.03.2004 Projeto de estruturas de concreto - Procedimento Design of structural concrete - Procedure Palavras-chave: Projeto. Estrutura. Concreto simples. Concreto armado. Concreto protendido Descriptors: Design. Structural. Plain concrete. Reinforced concrete. Prestressed concrete. Concrete Ics 91.080,40 ASSOCIACAG Numero de referéncia qi BRASILEIRA ABNT NBR 6118:2003 ‘TECNICAS 221 paginas © ABNT 2004 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 @ABNT 2004 Todos 08 direitos reservados. A menos que especiicado de outro modo, nenhuma parte desta publicagdo pode ser reproduzida ou utiizada em qualquer forma ou por qualquer me'o, eletrénico ou mecdnico, incluindo fotocépia & microfilme, sem permissao por escrito pela ABNT. Sede da ABNT Av. Treze de Maio, 13 - 28° andar 2003-200 — Rio de Janeiro - RJ Tol: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 2220-1762 abnt@abnt.org.br ‘wwwabnt.org.br Impresso no Brasil (© ASNT 2004 — Todos a8 ciretos reservados Cépia no autorizada ABNT NBR 6118:2003 Sumario Pagina Prefacio ... Introdugao iv 1 Objetivo 4 2 Referéncias normativas 3 Definigées 4 4 Simbologia .. 5 Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliaco da conformidade do projeto 13 6 Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto .. 7 Critérios de projeto que visam a durabilidade .. & Propriedades dos mater is 24 9 Comportamento conjunto dos materiais 10 Seguranga e estados limites .. 11 Agoes 12 Resisténcias .. 13 Limites para dimonsées, deslocamentos o abertura de fissuras 14 Anilise estrutural.. 15 Instabilidade e efeitos de segunda ordem ... 16 Principios gerais de dimensionamento, verificagao e detalhamento 102 17 Dimensionamento e verificagao de elementos lineares ..... 18 Detalhamento de elementos lineares 19 Dimensionamento e verificagao de lajes 20 Detalhamento de lajes .. 24 Regides especiais 22 Elementos especiais ... 23 Acées dinamicas e fadiga .. 24 Concreto simples 25 Interfaces do projeto com a construgao, utilizagao e manutengao ANEXOS A Efeito do tempo no concreto estrutural .. 189 B indice geral 198 C Indice de figuras e tabelas .. 208 207 D indice remi © ABNT 2004 — Todos os direitos reservados i Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Prefacio A ABNT - Associagao Brasileira de Normas Técnicas - € o Férum Nacional de Normalizago. As Normas Brasileiras, cujo contetido de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizagao Setorial (ABNT/ONS), séo claboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos selores envolvidos, delas fazendo parle: produtores, consumidores @ neutros (universidades, laboratérios e outros), A ABNT NBR 6118 foi elaborada no Comité Brasileiro de Construgao Civil (ABNT/CB-02), pela Comisso de Estudo de Estruturas de Concreto Simples, Armado © Protendido (CE-02:124.15). O Projeto de Revisdo Circulou em Consulta Publica conforme Edital Especial de 31/08/2001, com 0 niimero Projeto NBR 6118. Esta Norma contém os anexos A, B, Ce D, de carater informativo. Devido & mudanga de escopo desta Norma com relagao ao documento de origem (ABNT NBR 61 18:1980), estabeleceu-se a necessidade de revisio da ABNT NBR 7187:1987 - Projeto ¢ execucao de pontes de concreto armado e protendido ~ Procedimento - e também da ABNT NBR 8681:1984 - Acdes e seguranga nas estruturas, além da elaboragdo da ABNT NBR 14931:2003 - Execugao de estruturas de concreto - Procedimento. Esta informagao tem por finalidade alertar os usuarios quanto a conveniéncia de consultarem as edigdes atualizadas dos documentos citados. Para facilitar a consulta e a aplicagao desta Norma, tendo em vista sua extensdo e abrangéncia, as tabelas ¢ figuras estdo identificadas em fungao da segéo em que esto inseridas. Dessa forma, o numero de identificagao de cada tabela ou figura tem inicialmente 0 numero da segdo, seguido pela numeragao seqiiencial dentro da segao. Esta Verso corrigida incorpora a errata 1 de 31.03.2004. Introdugao Para a elaboragao desta Norma foi mantida a filosofia das anteriores: ABNT NBR 6118 (historicamente conhecida como NB-1), ABNT NBR 7197, ABNT NBR 6119 e ABNT NB-49, de modo que a esta Norma cabe definir os critérios gerais que regem o projeto das estruturas de concreto, sejam elas de edificios, pontes, obras hidraulicas, portos ou aeroportos etc. Assim, ela deve ser complementada por outras normas que fixem critérios para estruturas especificas i (© ARNT 2004 — Todos os direitos reservados Cépia no autorizada NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 6118:2003 Projeto de estruturas de concreto — Procedimento 1 Objetivo 1.1. Esta Norma fixa os requisitos basicos exigiveis para projeto de estruturas de concreto simples, armado @ protendido, excluidas aquelas em que se empregam concreto leve, pesado ou outros especiais, 1.2 Esta Norma aplica-se as estruturas de concretos normais, identificados por massa especifica seca maior do que 2 000 kg/m’, nao excedendo 2 800 kg/m’, do grupo | de resisténcia (C10 a C50), conforme classificagao da ABNT NBR 8953. Entre os concretos especiais excluldos desta Norma esto 0 concreto- massa e 0 concreto sem finos. 1.3 Esta Norma estabelece os requisitos gerais a serem atendidos pelo projeto como um todo, bem como 05 requisitos especificos relativos a cada uma de suas etapas. 1.4 Esta Norma néo inclui requisitos exigiveis para evitar os estados limites gerados por certos tipos de aco, como sismos, impactos, explosées e fogo. 1.5 No caso de estruturas especiais, tais como de elementos pré-moldados, pontes e viadutos, obras hidrdulicas, arcos, silos, chaminés, torres, estruturas off-shore, ou em que se utllizam técnicas construtivas no convencionais, tais como formas desiizantes, balangos sucessivos, langamentos progressivos e concreto projetado, as condigdes desta Norma ainda sao aplicaveis, devendo no entanto ser complementadas ¢ eventualmente ajustadas em pontos localizados, por Normas Brasileiras especificas. 2. Referéncias normativas ‘As normas relacionadas a seguir contém disposigées que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrigdes para esta Norma. As edigdes indicadas estavam em vigor no momento desta publicagéo. Como toda norma est sujeita a reviséo, recomenda-se aqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniéncia de se usarem as edigdes mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informacao das normas em vigor em um dado momento, ABNT NBR 5674:1999 - Manutengdo de edificagdes - Procedimento ABNT NBR 5732:1991 - Cimento Portland comum - Especificagao ABNT NBR 5733:1991 - Cimento Portland de alta resisténcia inicial - Especificacdo ABNT NBR 5735:1991 - Cimento Portland de alto-fomno - Especificagao ABNT NBR 5736:1991 - Cimento Portland pozoldnico « Especificacao ABNT NBR 5737:1992 - Cimento Portland resistente a sulfatos - Especificagao ABNT NBR 5738:1994 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilindricos ou prismaticos de concreto - Procedimento ABNT NBR 5739:1994 - Conereto - Ensaio de compressao de corpos-de-prova cilindricos - Método de ensaio ABNT NBR 6004:1984 - Arames de ago - Ensaio de dobramento alternado - Método de ensaio ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 1 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 ABNT NBR 6120:1980 - Cargas para 0 cdlculo de estruturas de edificagdes - Procedimento ABNT NBR 6122:1996 - Projeto e execucao de fundagées - Procedimento ABNT NBR 6123:1988 - Forgas devidas ao vento em edificagdes - Procedimento ABNT NBR 6153:1988 - Produto metalico - Ensaio de dobramento semi-guiado - Método de ensaio ABNT NBR 6349:1991 - Fios, barras e cordoalhas de ago para armaduras de protensao - Ensaio de tragao - Método de ensaio ABNT NBR 7190:1997 - Projeto de estruturas de madeira ABNT NBR 7222:1994 - Argamassa e concreto - Determinagao da resisténcia a tragdo por compressdo diametral de corpos-de-prova cilindricos - Método de ensaio ABNT NBR 7477:1982 - Determinagao do coeficiente de conformagao superficial de barras e fios de ago destinados a armaduras de concreto armado - Método de ensaio ABNT NBR 7480:1996 - Barras ¢ fos de ago destinados a armaduras para concreto armado - Especificago ABNT NBR 7481:1990 - Tela de ago soldada - Armadura para concrete - Especificagao ABNT NBR 7482:1991 - Fios de ago para conereto protendido - Especificagao ABNT NBR 7483:1991 - Cordoalhas de aco para concreto protendido - Especificagao ABNT NBR 7484:1991 - Fios, barras e cordoalhas de ago destinados a armaduras de protensdo - Ensaios de relaxago isotérmica - Método de ensaio ABNT NBR 7680:1983 - Extrago, preparo, ensaio e andlise de testemunhos de estruturas de concreto - Procedimento ABNT NBR 8522:1984 - Concreto - Determinagéio do médulo de deformagao estatica e diagrama tensfo- deformagao - Método de ensaio ABNT NBR 8548:1984 - Barras de ago destinadas a armaduras para conereto armado com emenda mecanica ou por solda - Determinagao da resisténcia a tragao - Método de ensaio ABNT NBR 8681:2003 - Agdes e seguranca nas estruturas - Procedimento ABNT NBR 8800:1986 - Projeto © execugao de estruturas de aco de edificios (Método dos estados limites) - Procedimento ABNT NBR 8953:1992 - Concreto para fins estruturais - Classificagao por grupos de resistencia - Classificagao ABNT NBR 89651985 - Barras de ago CA 42S com caracteristicas de soldabilidade destinadas a armaduras para concreto armado - Especificacdo ABNT NBR 9062:2001 - Projeto e execucdo de estruturas de concreto pré-moldado - Procedimento ABNT NBR 11578:1991 - Cimento Portland composto - Especificagao ABNT NBR 11919:1978 - Verificagéio de emendas metélicas de barras de concreto armado - Método de ensaio ABNT NBR 12142:1991 - Concreto - Determinago da resisténcia tragao na flexéo em corpos-de-prova prismaticos - Método de ensaio 2 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 ABNT NBR 12654:1992 - Controle tecnolégico de materiais componentes do concreto - Procedimento ABNT NBR 12655:1996 - Concreto - Preparo, controle e recebimento - Procedimento ABNT NBR 12989:1993 - Cimento Portland branco - Especificagao ABNT NBR 13116:1994 - Cimento Portland de baixo calor de hidratagao - Especificagao ABNT NBR 14859-2:2002 - Laje pré-fabricada - Requisitos, Parte 2: Lajes bidirecionais ABNT NBR 14931:2003 - Execugao de estruturas de concreto - Procedimento ABNT NBR |SO 6892:2002 - Materiais metalicos - Ensaio de tragao A temperatura ambiente ABNT NBR NM 67:1998 - Concreto - Determinagao da consisténcia pelo abatimento do tronco de cone ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 3 Copia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 3. Definigdes Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definigdes: 3.1 Definigées de concreto estrutural 3.1.1 concreto estrutural: Termo que se refere ao espectro completo das aplicagdes do concreto como material estrutural. 3.1.2 elementos de concreto simples estrutural: Elementos estruturais elaborados com conereto que nao possui qualquer tipo de armadura, ou que a possui em quantidade inferior ao minimo exigido para o concreto armado (ver 17.3.5.3.1 ¢ tabela 17.3). 3.1.3 elementos de concreto armado: Aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderéncia entre concreto e armadura, e nos quais néo se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materializagao dessa aderéncia 3.1.4 elementos de concreto protendido: Aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada por equipamentos especiais de protensdo com a finalidade de, em condigées de servigo, impedir ou limitar a fissurag4o e os deslocamentos da estrutura e propiciar o melhor aproveitamento de agos de alta resisténcia no estado limite itimo (ELU). 3.1.5 armadura passiva: Qualquer armadura que nao seja usada para produzir forgas de protensao, isto 6, que nao seja previamente alongada. 3.1.6 armadura ativa (de protensao): Constituida por barra, fios isolados ou cordoalhas, destinada a produgao de forgas de protensdo, isto é, na qual se aplica um pré-alongamento inicial 3.1.7 concreto com armadura ativa pré-tracionada (protenséo com aderéncia inicial): Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é feito utlizando-se apoios independentes do elemento estrutural, antes do langamento do concreto, sendo a ligagao da armadura de protensdo com os referidos apoios desfeita apés o endurecimento do concreto; a ancoragem no concreto realiza-se s6 por aderéncia, 3.1.8 concreto com armadura ativa pés-tracionada (protenséo com aderéncia posterior): Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado apés o endurecimento do concreto, sendo utilizadas, como apoios, partes do proprio elemento estrutural, criando posteriormente aderéncia com © conereto de modo permanente, através da injecdo das bainhas. 3.1.9 concreto com armadura ativa pés-tracionada sem aderéncia (protensdo sem aderéncia): Conereto protendido em que o pré-alongamento da armadura aliva é realizado apés o endurecimento do concreto, sendo utilizados, como apoios, partes do proprio elemento estrutural, mas nao sendo criada aderéncia com o concreto, ficando a armadura ligada ao concreto apenas em pontos localizados. 3.1.10 junta de dilatago: Qualquer interrupgao do concreto com a finalidade de reduzir tensées internas que possam resultar em impedimentos a qualquer tipo de movimentagdo da estrutura, principalmente em decorréncia de retragdo ou abaixamento da temperatura. 3.1.11 junta de dilatagao parcial: Redugdo de espessura igual ou maior a 25% da segdo de concreto. 3.2. Definigées de estados limites 3.2.1 estado limite Gltimo (ELU): Estado limite relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruina estrutural, que determine a paralisagao do uso da estrutura 4 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia no autorizada ABNT NBR 6118:2003 3.2.2 estado limite de formacdo de fissuras (ELS-F): Estado om quo se inicia a formagao de fissuras. ‘Admite-se que este estado limite ¢ atingido quando a tensdo de tragdo maxima na segéo transversal for igual a fay (ver 13.4.2¢ 17:34), 3.2.3 estado limite de abertura das fissuras (ELS-W): Estado em que as fissuras se apresentam com aberturas iguais aos maximos especificados em 13.4.2 (ver 17.3.3). 3.2.4 estado limite de deformagées excessivas (ELS-DEF): Estado em que as deformagées atingem os limites estabelecidos para a utilizagdo normal dados em 13.3 (ver 17.3.2) 3.2.5 estado limite de descompressao (ELS-D): Estado no qual em um ou mais pontos da segao transversal a tenso normal é nula, ndo havendo trado no restante da seco. Verificagao usual no caso do concreto protendido (ver 13.4.2). 3.2.6 estado limite de descompressdo parcial (ELS-DP): Estado no qual garante-se a compresso na ‘ego transversal, na regido onde existem armaduras ativas. Essa regio deve se estender até uma distancia 2, da face mais préxima da cordoalha ou da bainha de protensao (ver figura 3.1 e tabela 13.3). = Regio Bainha de protensao~ comprimida o Regiéo -— a, tracionada Figura 3.1 - Estado limite de descompressao parcial 3.2.7 estado limite de compressao excessiva (ELS-CE): Estado em que as tensdes de compressio atingem o limite convencional estabelecido. Usual no caso do concreto protendido na ocasiao da aplicagao da protensdo (ver 17.2.4.3.2.2). 3.2.8 estado limite de vibragées excessivas (ELS-VE): Estado em que as vibragées atingem os limites estabelecidos para a utilizagao normal da construgao. 3.3 Definigdo relativa aos envolvidos no processo construtivo 3.3.1 contratante: Pessoa fisica ou juridica de direito piblico ou privado que, mediante instrumento habil de ‘compromisso, promove a execugao de servigos e/ou obras através de contratado técnica, juridica e financeiramente habilitado. © ABNT 2004 — Todos os direitos reservados 5 Cépia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 4 Simbologia 4.1 Generalidades A simbologia adotada nesta Norma, no que se refere a estruturas de concreto, ¢ consti base (mesmo tamanho e no mesmo nivel do texto corrente) e simbolos subscritos. la por simbolos- Os simbolos-base utiizados com mais freqiiéncia nesta Norma encontram-se estabelecidos em 4.2 © os simbolos subscritos em 4.3. A simbologia geral encontra-se estabelecida nesta seco e a simbolagia mais especifica de algumas partes desta Norma ¢ apresentada nas segdes pertinentes, de forma a simplificar a compreensdo @, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos. ‘As grandezas representadas pelos simbolos constantes desta Norma devem sempre ser expressas em unidades do Sistema Internacional (SI). 4.2 Simbolos-base 424 Generalidades Alguns simbolos-base apresentados em 4.2.2 a 4.2.4 estdo acompanhados de simbolos subscritos, de forma a no gerar davidas na compreenséo de seu significado. 4.2.2. Letras minusculas a- Distancia ou dimensao + Menor dimensao de um retangulo - Deslocamento maximo (flecha) b- Largura - Dimensao ou distancia paralela a largura - Menor dimensao de um retangulo by - Largura da alma de uma viga. - Cobrimento da armadura em relagao a face do elemento d= Altura titi - Dimenso ou distancia e- Excentricidade de calculo oriunda dos esforgos solicitantes Mss @ Nes - Distancia f- Resisténcia (ver segao 8) h- Dimensao - Altura 6 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépla nao autorizada i Raio de giragao minimo da segao bruta de concreto da pega analisada k- Coeficiente £- Altura total da estrutura ou de um lance de pilar - Comprimento - Vao n= Nimero - Numero de prumadas de pilares 1r- Ralo de curvatura interno do gancho - Rigidez ‘s- Espagamento das barras da armadura t- Comprimento do apoio paralelo ao vao da viga analisada ~ Tempo u- Perimetro w- Abertura de fissura x- Altura da linha neutra 2+ Brago de alavanca - Distancia 4.2.3 Letras maidsculas A- Area da segao cheia A,- Area da secdo transversal de concreto ‘A, Area da segao transversal da armadura longitudinal de tragao A,’ - Area da secao da armadura longitudinal de compressao D- diémetro dos pinos de dobramento das barras de aco E-- Médulo de elasticidade (ver segao 8) (EN) Rigidez F-Forga - Agbes (ver segdo 11) G- Agbes permanentes (ver segao 11) G.- Médulo de elasticidade transversal do concreto H- Altura {© ABNT 2004 — Totos os direitos reservados ABNT NBR 6118:2003 Cépia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 I, - Momento de inércia da segao de concreto K- Coeficiente M- Momento = Momento fletor Myz- Momento fletor de 1° ordem de calculo Mzs~ Momento fletor de 2° ordem de célculo Maa Momento fletor resistente de calcula Msq~ Momento fletor solicitante de calcula N,- Forga normal de célculo ‘Nea Forga normal resistente de célculo Nes « Forga normal solcitante de célculo Q- Agées variéveis (ver segéo 11) R- Reagao de apoio Ra- Esforgo resistente de calculo ‘Sy - Esforgo solicitante de calculo T- Temperatura = Momento torgor Tas~ Momento torgor resistente de célculo Teg Momento torgor solicitante de célculo Va Forga cortante de ealeulo 4.2.4 Letras gregas a Angulo - Parémetro de instabiidade Coeficiente = Fator que define as condigées de vinculo nos apoios fh Angulo- = Coeficiente - Coeficiente de ponderago da resisténcia do concreto ‘y> Coeficiente de ponderagao das ages (ver sego 11) 8 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados Copia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 ‘m~ Coeficiente de ponderagao das resisténcias (ver segao 12) - Coeficiente de ponderagao das cargas oriundas da protensao (ver tabela 11.1 @ 17.2.4.3) 14> Coeficiente de ponderagao da resisténcia do ago 8 - Coeficiente de redistribuicao - Deslocamento e- Deformagao especifica «.- Deformagao especifica do concreto 2, - Deformagao especifica da armadura ativa, Deformagao especifica do ago da armadura passiva 0- Rotagao - Angulo de inclinagao - Desaprumo 2.- Indice de esbeltez = Coeficiente - Momento fletor reduzido adimensional = Coeficiente de Poisson - Forga normal adimensional p- Taxa geométrica de armadura longitudinal de tragéo pe- Massa especifica do concreto Pen Taxa geométrica minima de armadura longitudinal de vigas e pllares py Taxa geométrica da armadura de protenséo ps- Taxa geométrica de armadura aderente passiva «.+ Tenséo & compresstio no concreto 4 Tense a tragao no concreto «p+ Tensio no ago de protensao com Tensées normals resistentes de céloulo <9, Tensio normal no ago de armadura passiva us Tenses normais solctantes de eéleulo ‘tm Tensbes de cisalhamento resistentes de calcula ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 9 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 ‘tae- Tensao de cisalhamento solicitante de calculo sw Tens de cisathamento de edlculo, por torgéo su Tensdio de cisalhamento de célculo, por forga cortante = Diametro das barras da armadura >, - Didmetro das barras de armadura longitudinal de pega estrutural ‘y- Diametro equivalente de um feixe de barras 4.- Diametro nominal de fo ou cordoatha 4e- Didmetro das barras de armadura transversal tec- Didmetro da aguiha do vibrador 9 Coeficiente de funcia 4.3 Simbolos subscritos 4.3.4 Generalidades Os simbolos subscritos s40 apresentados apenas em 4.3.2 a 4.3.4 em mesmo tamanho do texto corrente, de forma a facilitar sua visu 4.3.2. Letras mindsculas apo - apoio c- conereto cor - corrigido d- valor de calcul ef efetivo e- equivalente eq - equivalente f-feixe fad - fadiga fic ficticia g- ages permanentes h- horizontal i ntimero seqiiencial inf - inferior 10 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ~ idade (referente a cura do concreto) k-- valor caracteristico = ntimero seqiiencial lim - limite m-média max - maximo min - minimo nec - necessario nom - nominal p- ago de armadura ativa q- agées variaveis 1 radial s+ ago de armadura passiva sec - secante ser servigo ‘sup - superior t-tragao - transversal tot - total u- Gitmo = de ruptura v- vertical - viga vo - vao vig - viga w-alma - transversal x ey - diregdes ortogonais y- escoamento do ago {© ABNT 2004 — Tots os direitos reservados ABNT NBR 6118:2003 " Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 4.3.3. Letras maidsculas R- resisténcias S- solcitagoes 43.4 Nimeros 0- inicio - instante de aplicagao da carga 28 - aos 28 dias 12 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 5 Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliagao da conformidade do projeto 5.1 Requisitos de qualidade da estrutura 5.1.1 Condigées gerais As estruturas de concreto devem atender aos requisitos minimos de qualidade classificados em 5.1.2, durante sua construgdo @ servico, @ a0s requisitos adicionais estabelecidos em conjunto entre o autor do projeto estrutural e o contratante, 5.1.2. Classi sage dos reqi 1s de qualidade da estrutura Os requisites de qualidade de uma estrutura de concreto sdo classificados, para efelto desta Norma, em tres grupos distintos, relacionados em 5.1.2.1 5.1.2.3. 5.1.2.4 Capacidade resistente Consiste basicamente na seguranga a ruptura. 5.1.2.2 Desempenho em servigo Consiste na capacidade de a estrutura manter-se em condigdes plenas de utlizagdo, nao devendo apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o uso para 0 qual foi projetada. 54.23 Durabi lade Consiste na capacidade de a estrutura resistir as influéncias ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e o contratante, no inicio dos trabalhos de elaborago do projeto. 5.2 Requisitos de qualidade do projeto 5.21 Qualidade da solugao adotada ‘A solugao estrutural adotada em projeto deve atender aos requisitos de qualidade estabelecidos nas normas técnicas, relativos a capacidade resistente, ao desempenho em servigo e durabilidade da estrutura ‘A qualidade da solugao adotada deve ainda considerar as condicées arquitetonicas, funcionais, construtivas (ver ABNT NBR 14931), estruturais, de integragdo com os demais projetos (elétrico, hidraulico, ar-condicionado e outros) explicitadas pelos responsaveis técnicos de cada especialidade com a anuéncia do contratante. 5.2.2 Condigées impostas ao projeto 5.2.2.1 Todas as condigées impostas ao projeto, descritas em 5.2.2.2 a 5.2.2.6, devem ser estabelecidas previamente e em comum acordo entre o autor do projeto estrutural e o contratante. 5.2.2.2 Para atender aos requisites de qualidade impostos as estruturas de concreto, 0 projeto deve atender a todos os requisitos estabelecidos nesta Norma e em outras complementares e especificas, conforme o caso. 5223 As exigéncias relativas a capacidade resistente ao desempenho em servigo deixam de ser satisfeitas, quando séo ultrapassados os respectivos estados limites (ver segées 3 e 10). ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 13 Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 5.2.2.4 As exigéncias de durabilidade deixam de ser atendidas quando nao sao observados os critérios de projeto definidos na segao 7. 5.225 Para tipos especiais de estruturas, devem ser aten em Normas Brasileiras especificas. fas exigéncias particulares estabelecidas NOTA _Exigéncias partculares podem, por exemplo, consistir em resisténcia a explosdes, ao impacto, aos sismos, ou ainda relativas & estanqueidade, ao isolamento térmico ou acistico. 5.226 Exigéncias suplementares podem ser fixadas em projeto. 5.2.3 Documentagdo da solugdo adotada 5.231 0 produto final do projeto estrutural & constituido por desenhos, especificagées e critérios de projeto. As especificagdes e os critérios de projeto podem constar nos préprios desenhos ou constituir documento separado. 5.2.3.2 Os documentos relacionados em 5.2.3.1 devem conter informagdes claras, corretas, consistentes entre si e com as exigéncias estabelecidas nesta Norma, 5.2.3.3 O projeto estrutural deve proporcionar as informagdes necessdrias para a execugao da estrutura 5.2.3.4 Como objetivo de garantir a qualidade da execugao de uma obra, com base em um determinado projeto, medidas preventivas devem ser tomadas desde 0 inicio dos trabalhos. Essas medidas devem englobar a discussdo e aprovagdo das decisées tomadas, a distribuigo dessas e outras informacées pelos elementos pertinentes da equipe multidisciplinar e a programagao coerente das atividades, respeitando as regras logicas de precedéncia. 5.3 Avaliagéo da conformidade do projeto 5.3.1. Dependendo do porte da obra, a avaliagao da conformidade do projeto deve ser requerida e Contratada pelo contratante a um profissional habiitado, devendo ser registrada em documento especitico que acompanha a documentagao do projeto citada em 5.2.3. 5.3.2 A avaliagao da conformidade do projeto deve ser realizada antes da fase de construgao e, de preferéncia, simultaneamente com a fase de projeto, como condi¢ao essencial para que seus resultados se tornem efetivos e consequentes. 5.3.3 A.segao 25 estabelece os critérios de aceitagao e os procedimentos corretivos, quando necessérios. 14 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 6 Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto 6.1 Exigéncias de durabilidade As estruturas de concreto devem ser projetadas @ construidas de modo que sob as condigées ambientais, previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto conservem suas seguranca, estabilidade e aplido em servigo durante o periodo correspondente a sua vida util 62 Vida Util de projeto 6.2.1 Por vida util de projeto, entende-se o periodo de tempo durante o qual se mantém as caracteristicas das estruturas de concreto, desde que atendidos os requisitos de uso e manutengao prescritos pelo projetista e pelo construtor, conforme 7.8 e 25.4, bem como de execugao dos reparos necessarios decorrentes de danos acidentais. 622 0 conceito de vida util aplica-se a estrutura como um todo ou as suas partes. Dessa forma, determinadas partes das estruturas podem merecer consideragao especial com valor de vida util diferente do todo. 6.2.3 A durabilidade das estruturas de concreto requer cooperacao e esforgos coordenados de todos os envolvidos nos processos de projeto, construgao e utilizagao, devendo, como minimo, ser seguido o que estabelece a ABNTNBR 12655, sendo também obedecidas as disposigdes de 25.4 com relagéo as condig6es de uso, inspegdo e manutengdo. 6.3. Mecanismos de envelhecimento e deterioracao 6.3.1 Generalidades Dentro dese enfoque devem ser considerados, ao menos, os mecanismos de envelhecimento deterioragao da estrutura de concreto, relacionados em 6.3.2. 6.3.4. 6.3.2 Mecanismos preponderantes de deterioragao relatives ao concreto a) lixiviagao: por agéo de éguas puras, carbénicas agressivas ou acidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento; b) expansdo por ago de aguas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reagdes expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado; ©) expansdo por aco das reagGes entre os alcalis do cimento e certos agregados reativos; d) reagdes deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformagées de produtos ferruginosos presentes na sua constituigéio mineralégica 6.3.3 Mecanismos preponderantes de deterioracéo relatives & armadura a) despassivagéo por carbonalagao, ou seja, por ago do gas carbénico da atmastera; b) despassivagao por elevado teor de ion cloro (cloreto}. 6.3.4 Mecanismos de deterioragao da estrutura propriamente dita ‘S40 todos aqueles relacionados as acdes mecdnicas, movimentagées de origem térmica, impactos, agées ciclicas, retragao, fluéncia e relaxagao. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 15 Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 6.4 Agressividade do ambiente 6.4.1. Aaagressividade do meio ambiente esté relacionada as ages fisicas e quimicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das agdes mecanicas, das variagdes volumétricas de origem ‘térmica, da retragao hidrdulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto. 6.4.2 Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com 0 apresentado na tabela 6.1 @ pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condig6es de exposigao da estrutura ou de suas partes. Tabela 6.1 - Classes de agressividade ambiental Classe de sficaca 4 Classificagao geral do tipo de _| Risco de deterioragaio agressividade | Agressividade / ambiente para efeito de projeto da estrutura ambiental Rural 1 Fraca = |_——__"________|_insignificante Submersa ul Moderada Urbana’? Pequeno Marinha”” u Fote 9 | ——_"S ____ Grande Industrial”? Industrial Vv Muito forte |-—__““S8 __| Elevado Respingos de maré Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nivel acima) para ambiontes internos secos (salas, dormitérios, banheios, cozinhas € areas de servigo de apartamentos residenciais ¢ Conjuntos comerciais ou ambientes com conereto revestido com argamassa e pintura). ® Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nivel acima) em: obras em regides de cima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regides onde chove raramente. >! Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indistrias de colulose e papel, armazéns de fertizantes, industrias quimicas 6.4.3 0 responsavel pelo projeto estrutural, de posse de dados relatives ao ambiente em que seré construida a estrutura, pode considerar classificagao mais agressiva que a estabelecida na tabela 6.1. 16 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 7 Critérios de projeto que visam a durabilidade 7.1 Simbologia especifica desta secdo De forma a simplificar a compreensao @, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta secdo, os ibolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dividas, encontram-se a seguir definidos. ‘A simbologia apresentada nesta segdo segue a mesma orientagao estabelecida na segdo 4. Dessa forma, os bolos subscritos tém o mesmo significado apresentado em 4.3, Grin = Cobrimento minima Cram ~ Cabrimento nominal (cobrimento minimo acrescido da tolerancia de execugéio) UR - Umidade relativa do ar Ac Tolerancia de execugéo para o cobrimento 7.2 Drenagem 7.24 Deve ser evitada a presenga ou acumulagao de agua proveniente de chuva ou decorrente de agua de limpeza e lavagem, sobre as superficies das estruturas de concreto. 7.22 As superficies expostas que necessitem ser horizontais, tais como coberturas, patios, garagens, estacionamentos e outras, devem ser convenientemente drenadas, com disposi¢ao de ralos e condutores. 7.2.3 Todas as juntas de movimento ou de dilatagdo, em superficies sujeltas a ago de agua, devem ser convenientemente seladas, de forma a tornd-las estanques a passagem (percolagao) de agua 7.2.4 Todos os topos de platibandas e paredes devem ser protegidos por chapins. Todos os beirais devem ter pingadeiras e os encontros a diferentes niveis devem ser protegidos por rufos. 7.3. Formas arquiteténicas e estruturais 7.3.1 Disposigées arquiteténicas ou construtivas que possam reduzir a durabilidade da estrutura devem ser evitadas. 7.3.2 Deve ser previsto em projeto 0 acesso para inspegao e manutencao de partes da estrutura com vida Util inferior ao todo, tais como aparelhos de apoio, caixGes, insertos, impermeabilizagées e outros. 7.4 Qualidade do concreto de cobrimento 7.4.1 Atendidas as demais condigées estabelecidas nesta se¢o, a durabilidade das estruturas é altamente dependente das caracteristicas do concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura. 7.4.2. Ensaios comprobatérios de desempenho da durabllidade da estrutura frente ao tipo e nivel de agressividade previsto em projeto devem estabelecer os parametros minimos a serem atendidos. Na falta destes © devido a existéncia de uma forte correspondéncia entre a relago agua/cimento, a resisténcia & compressio do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os requisites minimos expressos na tabela 7.1 ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 7 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Tabela 7.1 - Correspondéncia entre classe de agressividade e qualidade do concreto Classe de agressividade (tabela 6.1) Conereto Tipo \ u MW Vv Relagao cA < 0,65 < 0,60 < 0,55 <0,45 Agua/cimento em massa cP < 0,60 0,55 << 0,50 0,45 Classe de concreto cA 2 20 2 C25 = C30 240 (ABNT NBR 8953) |p > 025 > C30 > C35 2 C40 NOTAS 10 concreto empregado na execugtio das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 12655. 2 CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado. 3.CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido 7.4.3 Os requisitos das tabelas 7.1 e 7.2 sao validos para concretos executados com cimento Portland que atenda, conforme seu tipo e classe, as especificagdes das ABNTNBR 5732, ABNTNBR 5733, ABNT NBR 5735, ABNTNBR 5736, ABNTNBR 5737, ABNTNBR 11578, ABNTNBR 12989 ou ABNT NBR 13116, com consumos minimos de cimento por metro ctibico de concreto de acordo com a ABNT NBR 12655, 7.4.4 Nao 6 permitido o uso de aditivos contendo cloreto na sua composigao em estruturas de concreto armado ou protendido. 7.4.5 A protegao das armaduras ativas extemas deve ser garantida pela bainha, completada por graute, calda de cimento Portland sem adigdes, ou graxa especialmente formulada para esse fim. 7.4.6 Atenco especial deve ser dedicada a protegao contra a corroséio das ancoragens das armaduras ativas. 7.4.7 Para o cobrimento deve ser observado o prescrito em 7.4.7.1 a 7.4.7.7, 7.4.7.1 Para atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma, o cobrimento minimo da armadura ¢ o menor valor que deve ser respeitado ao longo de todo 0 elemento considerado e que se constitui num critério de aceitagao. 7.47.2 Para garantir o cobrimento minimo (cra) 0 projeto e @ execugdo devem considerar o cobrimento Nominal (Gan), que € 0 cobrimento minimo acrescido da tolerancia de execugo (Ac). Assim, as dimensdes das armaduras e os espacadores devem respeitar os cobrimentos nominais, estabelecidos na tabela 7.2, para Ac= 10 mm. 7.47.3 Nas obras correntes 0 valor de Ac deve ser maior ou igual a 10 mm. 7.47.4 — Quando houver um adequado controle de qualidade ¢ rigidos limites de tolerancia da variabilidade das medidas durante a execugdo pode ser adotado o valor Ac = 5 mm, mas a exigéncia de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto, Permite-se, entao, a redugdo dos cobrimentos nominais prescritos na tabela 7.2 em § mm. 7.47.5 Os cobrimentos nominais ¢ minimos estéo sempre referidos a superficie da armadura externa, em geral a face externa do estribo. O cobrimento nominal de uma determinada barra deve sempre ser: 18 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 a) Crom 2 barra; D) Camm 2 feixe = by = i's ©) Cam? 0,5 6 bainha 7.4.7.6 Addimensao maxima caracteristica do agregado gratdo utlizado no conereto nao pode superar em 20% a espessura nominal do cobrimento, ou seja: Apex $12 Crom Tabela 7.2 - Correspondéncia entre classe de agressividade ambiental ¢ cobrimento nominal para Ac = 10 mm Classe de agressividade ambiental (tabela 6.1) Componente ou ! u u va elemento Tipo de estrutura Cobrimento nominal mm Laje” 20 25 35 45 Conereto armado Viga/Pllar a 30 40 50 Conereto protendido”” Todos 30 35 45 55 *’Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou 08 fos, cabos © cordoalhas, sempre superior ao ‘especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosao fraglizante sob tensao. 2 para a face superior de lajes @ vigas que serdo revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais ssecos tipo carpete © madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tals como pisos de elevado desempenho, pisos ceramicos, pisos asfalticas outros tantos, as exigénclas desta tabela podem ser substituidas por 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal 2 1 mm. ®) Nas faces inferiores de lajes © vigas de reservatorios, estagdes de tratamento de agua @ esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes quimica e intensamente agressivos, a armadura deve ter ccobrimento nominal > 45 mm. 7.4.7.7 No caso de elementos estruturais pré-fabricados, os valores relativos ao cobrimento das armaduras (tabela 7.2) devem seguir 0 disposto na ABNT NBR 9062 7.5 Detalhamento das armaduras 7.5.1 As barras devem ser dispostas dentro do componente ou elemento estrutural, de modo a permitir e facilitar a boa qualidade das operacées de langamento e adensamento do concreto, 7.5.2 Para garantir um bom adensamento é vital prever no detalhamento da disposi¢éo das armaduras espago suficiente para entrada da agulha do vibrador. 7.6 Controle da fissuragao 7.6.1. 0 risco e a evolugio da corrosto do aco na regio das fissuras de flexdo transversals & armadura principal dependem essencialmente da qualidade e da espessura do concreto de cobrimento da armadura. Aberturas caracteristicas limites de fissuras na superficie do concreto dadas em 13.4.2, em componentes ou elementos de concreto armado, sao satisfatérias para as exigéncias de durabilidade. 7.6.2 Devido a sua maior sensibilidade @ corroso sob tensao, 0 controle de fissuras na superficie do concreto na regiao das armaduras ativas deve obedacer ao disposto em 13.4.2. ‘© ABNT 2004 — Todos os direitos reservados 19 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 7.7. Medidas especiais Em condigdes de exposigdo adversas devem ser tomadas medidas especiais de protecdo e conservagao do tipo: aplicagao de revestimentos hidrofugantes e pinturas impermeabilizantes sobre as superficies do concreto, revestimentos de argamassas, de ceramicas ou outros sobre a superficie do concreto, galvanizago da armadura, protego calédica da armadura e outros. 7.8 Inspegdo e manutengao preventiva 7.8.4 O conjunto de projetos relatives a uma obra deve orientar-se sob uma estratégia explicita que facilte procedimentos de inspe¢do e manutengo preventiva da construgdo. 7.8.2 O manual de utiizagao, inspegdo e manutengao deve ser produzido conforme 25.4. 20 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Copia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 8 Propriedades dos materiais 8.1. Simbologia especifica desta seco De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta secao, os ibolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dividas, encontram-se a seguir definidos. ‘A simbologia apresentada nesta segdo segue a mesma orientagao estabelecida na segdo 4. Dessa forma, os bolos subscritos tém o mesmo significado apresentado em 4.3 {- Resisténcia a compressao do concreto 2 Resisténcia de célculo compresso do concreto f,- Resisténcia a compresso do concreto aos j dias fi, - Resisténcia caracteristica & compressao do concreto fh, Resisténcia média a compressao do concreto f,~ Resisténcia do concrete a tragao direta fam ~ Resistencia média tragéo do concreto fay Resisténcia do concreto a tragao na flexao fase Resisténcia do concreto a tracao indireta fu- Resisténcia a tragao do ago de armadura passiva f,- Resisténcia ao escoamento do ago de armadura passiva ,- Resisténcia a trago do ago de armadura ativa fy~ Resisténcia ao escoamento do ago de armadura ativa E.- Médulo de elasticidade ou médulo de deformagao tangente inicial do concreto, referindo-se sempre ao médulo cordal a 30% f. E.,~ Médulo de elasticidade secante do concreto, também denominado médulo de deformagao secante do concreto E. (ts) - Médulo de elasticidade ou médulo de deformagao inicial do concreto no instante ty Ex - Médulo de elasticidade ou médulo de deformagao inicial do concreto aos 28 dias E,- Médulo de elasticidade do ago de armadura ativa E,- Médulo de elasticidade do ago de armadura passiva G,- Médulo de elasticidade transversal do concreto &,- Deformagao especifica do ago na ruptura Deformagao especifica de escoamento do ago v- Coeficiente de Poisson ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 2 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 82 Concreto 8.241 Classes Esta Norma se aplica a concretos compreendidos nas classes de resisténcia do grupo I, indicadas na ABNT NBR 8953, ou seja, até C50. ‘A classe C20, ou superior, se aplica a concreto com armadura passiva e a classe C25, ou superior, a concreto com armadura ativa. A classe C15 pode ser usada apenas em fundacées, conforme ABNT NBR 6122, e em obras provisérias. 8.2.2 Massa especifica Esta Norma se aplica a concretos de massa especifica normal, que so aqueles que, depois de secos em estufa, tam massa especifica (p.) compreendida entre 2 000 kg/m’ e 2 800 kg/m’. ‘Se a massa especifica real nao for conhecida, para efeito de calculo, pode-se adotar para o concreto simples © valor 2.400 kgim* @ para 0 concreto armado 2 500 kg/m’. Quando se conhecer a massa especifica do concreto utiizado, pode-se considerar para valor da massa especifica do concrete armado aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m° a 150 kg/m’, 8.2.3 Coeficiente de dilatagao térmica Para efeito de andlise estrutural, 0 coeficiente de dilatagdo térmica pode ser admitide como sendo igual a10°rc. 8.24 Resisténcia 4 compressao As prescrigdes desta Norma referem-se a resisténcia a compressdo obtida em ensaios de cilindros moldados segundo a ABNT NBR 6738, realizados de acordo com a ABNT NBR 5739 Quando nao for indicada a idade, as resisténcias referem-se idade de 28 d. A estimativa da_resisténcia & compressao média, fen. correspondente a uma resisténcia fu; especificada, deve ser feita conforme indicado na ABNT NBR 12655. A evolugao da resisténcia a compressdo com a idade deve ser obtida através de ensaios especialmente executados para tal. Na auséncia desses resultados experimentais pode-se adotar, em carter orientativo, os valores indicados em 12.3.3. 825 Resisténcia a tracdo A resisténcia a tragao indireta fey e a resisténcia a tragao na flexdo fi; devem ser obtidas em ensaios realizados segundo a ABNT NBR 7222 e a ABNT NBR 12142, respectivamente. A resisténcia tragdo direta f, pode ser considerada igual a 0,9 f25 0U 0,7 f,0u, na falta de ensaios para obtengéo de fasp & fa, pode ser avaliado o seu valor médio ou caracteristico por meio das equagées seguintes: Fam = 0,3 fae Fewcint = 0,7 fern Fassia = 1.3 fn onde: Fam @ fx S80 expressos em megapascal. 22 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Sendo f,, > 7 MPa, estas expressées podem também ser usadas para idades diferentes de 28 dias. 8.2.6 Resisténcia no estado multiaxial de tensoes Estando o concreto submetido as tensdes principals 0, > 0, 2 o,, deve-se ter: 912 — hay O15 fat 4 os sendo as tensées de compressao consideradas positivas e as de tragdo negativas (ver figura 8.1). % Figura 8.1 - Resisténcia no estado multiaxial de tensées 8.27. Resistencia a fadiga Ver 11.4.2.3¢ 23.54 8.2.8 Médulo de elasticidade (© médulo de elasticidade deve ser obtido segundo ensaio descrito na ABNT NBR 8522, sendo considerado nesta Norma o médulo de deformagao tangente inicial cordal a 30% f,, ou outra tensdo especificada em projeto. Quando nao forem feitos ensaios © no existem dados mais precisos sobre 0 concreto usado na idade de 28 d, pode-se estimar o valor do médulo de elasticidade usando a expressao: Ea * 5 600 fy!” onde: E.€ fy. Sd dados em megapascal. O médulo de elasticidade numa idade j 27 d pode também ser avaliado através dessa expressao, substituindo-se fa: oF fa Quando for 0 caso, é esse 0 médulo de elasticidade a ser especificado em projeto e controlado na obra. © médulo de elasticidade secante a ser utlizado nas andlises eldsticas de projeto, especialmente para determinagao de esforgos solicitantes e verificagao de estados limites de servigo, deve ser calculado pela expressao: = 0,85 Ea ‘© ABNT 2004 — Todos os direitos reservados 23 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Na avaliagao do comportamento de um elemento estrutural ou se¢ao transversal pode ser adotado um médulo de elasticidade Gnico, a tragao e 4 compressao, igual ao médulo de elasticidade secante (E..). Na avaliagao do comportamento global da estrutura e para o calculo das perdas de protensdo, pode ser utllizado em projeto o médulo de defomagdo tangente inicial (E.). 8.2.9 Coeficiente de Poisson e médulo de elasticidade transversal Para tens6es de compressao menores que 0,5 f © tensbes de tragdo menores que f, 0 cosficiente de Poisson v pode ser tomado como igual a 0,2 6 0 médulo de elasticidade transversal G.igual a 0,4 E,, 8.2.10 Diagramas tensao-deformagao 82.101 Compressio Para tensdes de compressao menores que 0,6 f,, pode-se admitir uma relagdo linear entre tensdes e deformagées, adotando-se para médulo de elasticidade o valor secante dado pela expressao constante em 828 Para analises no estado limite ultimo, podem ser empregados 0 diagrama tensao-deformagao idealizado mostrado na figura 8.2 ou as simplificages propostas na se¢o 17. 6, f 0,85 f4 240 3,5%0 9, =085 4. [1-(1- F2)] Figura 8.2 - Diagrama tensdo-deformacao idealizado Ver indicagao sobre o valor de fay em 12.3.3. 8.2.10.2 Tragdo Para 0 concreto nao fissurado, pode ser adotado o diagrama tensdo-deformacdo bilinear de tragao, indicado na figura 8.3. 24 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada 0,9, ik 015 %e g ABNT NBR 6118:2003 Figura 8.3 - Diagrama tensao-deformagao bilinear na tragdo 8.2.11 Fluéncia e retracdo Em casos onde nao é necesséria grande preciso, os valores finais do coeficiente de fluéncia o(t.,fo) e da deformagao especifica de retrag4o t(t..fs) do conereto, submetido a tensdes menores que 0,5 f. quando do primeiro carregamento, podem ser obtidos, por interpolaeao linear, a partir da tabela 8.1 A tabela 8.1 fomece o valor do coeficiente de fluéncia o(t.,5) € da deformagao especifica de retrago fates) ‘em fungao da umicade ambiente e da espessura ficticia 2AJu, onde A, 6 a area da secdo transversal © u 6 0 perimetro da seg em contato com a atmosfera. Os valores dessa tabela so relativos a temperaturas do concreto entre 10°C e 20°C, podendo-se, entretanto, admilir temperaturas entre 0°C © 40°C. Esses valores ‘so validos para concretos plasticos e de cimento Portland comum, Deformages especificas devidas @ fluéncia e a retragdo mais precisas podem ser calculadas segundo indicagao do anexo A. Tabela 8.1 - Valores caracteri icos superiores da deformacao espe Fer(tmt) @ do Coeficiente de fluéncia o(ta,) ica de retragao Umidade ambiente 40 55 75 90 % Espessura fcticia 2Adu 2 60 | 2 6 | 2 6 | 2 60 cm s [44 39 | 38 33 | 30 26 | 23 24 (t,t) zo] 30 29 | 26 25 | 20 20] 16 16 co] 30 26 | 22 22| 17 18| 14 1a dias [ 5 |-044 -029 |-037 -0.33 [-023 -021|-0,10 -0,09 o 30 [-037 -0,38 |-0,31 -0,81 [-020 -020|-009 -o009 60 |-0.32 -026 |-027 -030 [-0,17 -0,19|-008 -0,09 [© ABNT 2004 — Totos os direitos reservados 25 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 8.3 Ago de armadura passiva 8.3.1 Categoria Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utiizado ago classificado pela ABNT NBR 7480 com © valor caracteristico da resisténcia de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60, Os diémetros e segGes transversais nominais devem ser os estabelecidos na ABNT NBR 7480. 83.2 10 de superfici Os fios © barras podem ser lisos ou providos de saliéncias ou mossas. Para cada categoria de ago, 0 Coeficiente de conformacao superficial minimo, np, determinado através de ensaios de acordo com a ABNT NBR 7477, deve atender ao indicado na ABNT NBR 7480. A configuragao e a geometria das saliéncias, ou mossas devem satisfazer também ao que especificado nesta Norma nas segdes 9 e 23, desde que existam solicitagées ciclicas importantes. Para os efeitos desta Norma, a conformagao superficial é medida pelo coeficiente m;, cujo valor esta relacionado ao coeficiente de conformagao superficial ns, como estabelecido na tabela 8.2. Tabela 8.2 - Relagao entre n; © ns Coeficiente de conformagao superficial Tipo de barra TM ™ Lisa (CA-25) 1,0 4.0 Entalhada (CA-60) 12 44 Alta aderéncia (CA-50) 218 2,25 8.3.3 Massa especifica Pode-se adotar para massa especifica do ago de armadura passiva o valor de 7 850 kgim*. 8.3.4 Coeficiente de dilatagao térmica © valor 10°/"C pode ser considerado para 0 coeficiente de dilatagdo térmica do ago, para intervalos de ‘temperatura entre ~ 20°C e 150°C. 83.5 Médulo de clasticidade Na falta de ensaios ou valores fomecidos pelo fabricante, o médulo de elasticidade do ago pode ser admitido igual a 210 GPa. 8.3.6 Diagrama tensdo-deformacdo, resisténcia ao escoamento e a tragdo © diagrama tensao-deformagao do ago, 0s valores caracteristicos da resisténcia 20 escoamento fj, da resistencia a trago fx € da deformagao na ruptura sx devem ser obtidos de ensaios de tragdo realizados segundo a ABNT NBR ISO 6892. O valor de fx para os acgos sem patamar de escoamento é o valor da tenséo correspondente a deformasao permanente de 0.2%. Para calculo nos estados-limite de servico ¢ ultimo pode-se utilizar 0 diagrama simplificado mostrado na figura 8.4, para os agos com ou sem patamar de escoamento, 26 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Es Figura 8.4 - Diagrama tensao-deformago para acos de armaduras passivas Este diagrama é valido para intervalos de temperatura entre ~ 20°C ¢ 150°C e pode ser aplicado para trago compressao. 83.7 Caracteristicas de ductilidade Qs agos CA-25 CA-50, que atendam aos valores minimos de fulfex © &x indicados na ABNT NBR 7480, podem ser considerados como de alta ductilidade. Os agos CA-60 que obedecam também as especificagées dessa Norma podem ser considerados como de ductiidade normal. Em ensaios de dobramento a 180°, realizados de acordo com a ABNT NBR 6153 e utllizando os diametros de pinos indicados na ABNT NBR 7480, ndo deve ocorrer ruptura ou fissuragao, 8.3.8 Resisténcia a fadiga Ver 23.5.5. 83.9 Soldabilidade Para que um aco seja considerado soldavel, sua composicao deve obedecer aos limites estabelecidos na ABNT NBR 8965. ‘A emenda de ago soldada deve ser ensaiada a trago segundo a ABNT NBR 8548. A carga de ruptura minima, medida na barra soldada, deve salisfazer o especificado na ABNT NBR 7480 e o alongamento sob carga deve ser tal que néo comprometa a dutilidade da armadura. O alongamento total plastico medido na barra soldada deve atender a um minimo de 2%, 8.4 Ago de armadura ativa 84.1. Classificacao Os valores de resisténcia caracteristica a tragao, diametro e area dos fios e das cordoalhas, bem como a classificagao quanto a relaxagdo, a serem adotados em projeto, séo os nominais indicados na ABNT NBR 7482 e na ABNT NBR 7483, respectivamente, 84.2 Massa especifica Pode-se adotar para massa especifica do ago de armadura ativa o valor 7 850 kgim* ‘© ABNT 2004 — Todos os direitos reservados ar Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 8.4.3 Coel iente de dilatagao térmica © valor 10°/"C pode ser considerado para coeficiente de dilatagéo térmica do ago, para intervalos de temperatura entre — 20°C € 100°C. 8.4.4 Médulo de elasticidade © médulo de elasticidade deve ser obtido em ensaios ou fornecido pelo fabricante. Na falta de dados especificos, pode-se considerar o valor de 200 GPa para fios e cordoalhas. 8.4.5 Diagrama tensdo-deformacao, resisténcia ao escoamento e a tragdo diagrama tensdo-deformagao deve ser fornecido pelo fabricante ou obtido através de ensaios realizados segundo a ABNT NBR 6349. Os valores caracteristicos da resisténcia ao escoamento convencional fay, da resisténcia a tracd0 fa € 0 alongamento apés ruptura cx das cordoalhas devem satisfazer os valores minimos estabelecidos na ABNT NBR 7483. Os valores de fy {gx € do alongamento apés ruptura cx dos flos devem atender ao que é especificado na ABNT NBR 7482 Para clculo nos estados-limite de servigo e ultimo pode-se utlizar o diagrama simplificado mostrado na figura 8.5, e Figura 8.5 - Diagrama tensao-deformagao para agos de armaduras ativas Este diagrama é valido para intervalos de temperatura entre - 20°C e 150°C. 8.4.6 Caractoristicas de ductilidade Qs fios @ cordoalhas cujo valor de s, for maior que o minimo indicado nas ABNTNBR 7482 e ABNT NBR 7483, respectivamente, podem ser considerados como tendo ductilidade normal © numero minimo de dobramentos alternados dos flos de protensao, obtidos em ensalos segundo a ABNT NBR 6004, deve atender ao que é indicado na ABNT NBR 7482. 847 Resisténcia a fadiga Ver 23.5.5. 28 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. (Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 84.8 Relaxacao Arelaxagao de fios e cordoalhas, apés 1 000 h a 20°C (‘Ysooc) @ para tensdes variando de 0.5 fyx 2.0.8 for obtida em ensaios descritos na ABNTNBR 7484, ndo deve ultrapassar os valores dados nas ABNT NBR 7482 e ABNT NBR 7483, respectivamente. Para efeito de projeto, os valores de '/;.90 da tabela 8.3 podem ser adotados. Tabela 8.3 - Valores de ‘so90, em porcentagem Cordoaihas Fios fee RN RB RN RB Barras 05 fa 0 0 0 0 0 0.6 fn 35 13 25 1.0 15 O17 fa 70 25 5,0 20 40 018 fa 12.0 35 85 3,0 70 Onde RN 6 2 relaxagao normal RRB é a relaxagao baba ‘© ABNT 2004 — Todos os direitos reservados 29 Cépia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 9 Comportamento conjunto dos materiais 9.1. Simbologia especifica desta segao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta segao, os simbolos mais utiizados, ou que poderiam gerar duvidas, encontram-se a seguir definidos. A simbologia apresentada nesta segao segue a mesma orientagao estabelecida na segao 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém 0 mesmo significado apresentado em 4.3, fo - Resisténcia de aderéncia de célculo da armadura passiva foya = Resisténcia de aderéncia de célculo da armadura ativa k-- Coeficiente de perda por metro de cabo provocada por curvaturas nao intencionais do cabo 4- Comprimento de ancoragem basico ‘yp~ Comprimento de ancoragem bésico para armadura ativa 4gpg~ Comprimento de ancoragem para armadura ativa fap. Comprimento de transferéncia da armadura pré-tracionada ae Comprimento do trecho de traspasse para barras comprimidas isoladas ‘4o~ Comprimento do trecho de traspasse para barras tracionadas isoladas fp Distancia de regularizagao da forca de protensiio t- Tempo contado a partir do término das operagées de protensao ty - Instante de aplicagao de carga t.- Vida itl da estrutura x - Abscissa contada a partir da secao do cabo na qual se admite que a protensdo tenha sido aplicada ao concreto P(x) « Forga normal de protensao s(x) - Forga na armadura de protensao no tempo f= 0, na segao de abscissa x P,, =Forga de protensao de calculo, no tempo t P,- Forga maxima aplicada a armadura de protensao pelo equipamento de tragao P(x) - Forga caracteristica na armadura de protensao, no tempo t, na secao de abscissa x P(x) - Forga na armadura de protensao, no tempo f, na sega de abscissa x «.- Coeficiente para célculo de comprimento de ancoragem tap - Relagao entre E, © Ey 30 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 1p- Coeficiente de ponderagao das cargas oriundas da protensao 6 Diémetro das barras que constituem um feixe 6y- Didmetro equivalente de um feixe de barras 6+ Diémetro das barras de armadura transversal ‘i Na 1 - Coeficientes para calculo da tensdo de aderéncia da armadura passiva pt Mp2: Tps - Coeficientes para céloulo da tenséo de aderéncia da armadura ativa zp ~ Tens&o inicial no concreto ao nivel do baricentro da armadura de protenséo, devida protenséo simultanea de n cabos zg - Tensao no concreto ao nivel do baricentro da armadura de protensdo, devida a carga permanente mobilizada pela protensdo ou simultaneamente aplicada com a protensao op Tensdo de protenséo op Tenséo na armadura ativa imediatamente apés a aplicagdo da protensao pa - Tensdo na armadura ativa correspondente a Pp ope- Tensdo na armadura ativa apés todas as perdas ao longo do tempo AP(x)- Perdas de protensao por atrito, medidas a partir de P,, na segdo de abscissa x AP2(x) - Perda imediata de protensao, medida a partir de P, no tempo t= 0, na segao de abscissa x AP(x) - Perda de protensdo na segao de abscissa x, no tempo t, calculada apés 0 tempo t= 0 Aap « Perda média de protensao por cabo devida ao encurtamento imediato do concreto 9.2. Disposicées gerais 9.21 Generalidades Devem ser obedecidas no projeto as exigéncias estabelecidas nesta seco, no que se referem a aderéncia, ancoragem € emendas das armaduras. As condi¢Ses especificas, relativas @ protegdo das armaduras, situagdes particulares de ancoragens e emendas e suas limitagGes frente a natureza dos esforcos aplicados, fem regides de descontinuidade e em elementos especiais, so tratadas nas segdes 7, 18, 21 € 22, respectivamente. 9.2.2 Nivels de protensdo Os niveis de protensdo estdo relacionadas com os niveis de intensidade da forga de protensdo que, por sua vez, S40 fungao da proporgao de armadura ativa utllizada em relacdo a passiva (ver 3.1.4 ¢ tabela 13.3) 9.3 Verificagao da aderéncia 9.3.1. Posigao da barra durante a concretagem Consideram-se em boa situaco quanto a aderéncia os trechos das barras que estejam em uma das posigdes seguintes: a) com inclinagao maior que 45° sobre a horizontal; ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 31 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 b)_horizontais ou com inclinagéio menor que 45° sobre a horizontal, desde que: — para elementos estruturais com h < 60 cm, localizados no maximo 30 cm acima da face inferior do elemento ou da junta de concretagem mais préxima; — para elementos estruturais com h 2 60 cm, localizados no minimo 30 cm abaixo da face superior do elemento ou da junta de concretagem mais préxima. Os trechos das barras em outras posiges e quando do uso de formas deslizantes devem ser considerados em ma situagao quanto a aderéncia. 9.3.2. Valores das resisténcias de aderéncia 9.3.2.1 Arresisténcia de aderéncia de calculo entre armadura e concreto na ancoragem de armaduras Passivas deve ser obtida pela seguinte expressao: ford = feacind'Ys (Ver 8.2.5); 111= 1,0 para barras lisas (ver tabela 8.2); ni = 1,4 para barras entalhadas (ver tabela 8.2); n= 2,25 para barras nervuradas (ver tabela 8.2); n= 1,0 para situagdes de boa aderéncia (ver 9.3.1); ‘n2= 0,7 para situagdes de ma aderéncia (ver 9.3.1); 3 = 1,0 para $< 32 mm; ns = (132 - 4)/100 , para 6 > 32 mm; onde: 4 0 diémetro da barra, em milimetros. 9.3.2.2 Aresisténcia de aderéncia de cdlculo entre armadura e concreto na ancoragem de armaduras ativas, pré-tracionadas, deve ser obtida pela seguinte expressao: feos = Thor Noa fart onde: fag = fexusle (ver 8.2.5) calculado na idade de — aplicacao da protensdo, para cdlculo do comprimento de transferéncia (ver 9.4.5); — 28 dias, para calculo do comprimento de ancoragem (ver 9.4.8), .0 para fios lisos; ‘ps = 1,2 para cordoalhas de trés e sete fios; 32 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Copia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 1io1= 14 para fios dentados; ise 1,0 para situagdes de boa aderéncia (ver 9.3.1); tye = 0,7 para situagdes de ma aderéncia (ver 9.3.1). 9.3.2.3 No escorregamento da armadura, em elementos estruturais fletidos, devem ser adotados os valores da tensao de aderéncia dados em 9.3.2.1 @ 9.3.2.2, multiplicados por 1,75. 9.4 Ancoragem das armaduras 9.4.1 Condigées ger Todas as barras das armaduras devem ser ancoradas de forma que os esforgos a que estejam submetidas sejam integralmente transmitidos ao concreto, seja por melo de aderéncia ou de dispositivos mecanicos ou ‘combinagao de ambos. 9.4, 1 Ancoragem por aderéncia Dé-se quando os esforgos so ancorados por meio de um comprimento reto ou com grande raio de curvatura, seguido ou nao de gancho. A excecao das regiées situadas sobre apoios diretos, as ancoragens por aderéncia devem ser confinadas por armaduras transversais (ver 9.4.2.6) ou pelo proprio concreto, considerando-se este caso quando o cobrimento da barra ancorada for maior ou igual a 3 } € a distancia entre barras ancoradas for maior ou igual a3, 9.4.1.2 Ancoragem por meio de dispositivos mecanicos Acontece quando os esforgos a ancorar so transmitides ao concreto por meio de dispositivos mecanicos acoplados a barra. 9.4.2 Ancoragem de armaduras passivas por aderéncia 9.4. 1 Prolongamento retilineo da barra ou grande ralo de curvatura As barras tracionadas podem ser ancoradas ao longo de um comprimento retilines ou com grande raio de curvatura em sua extremidade, de acordo com as condigdes a seguir: a) obrigatoriamente com gancho (ver 9.4.2.3) para barras lisas; b) sem gancho nas que tenham alternancia de solicitago, de trado e compressao; ©) com ou sem gancho nos demais casos, ndo sendo recomendado o gancho para barras de > 32 mm ou ara feixes de barras. As barras comprimidas devem ser ancoradas sem ganchos, 9.4.2.2 Barras transversais soldadas Podem ser utilizadas varias barras transversais soldadas para a ancoragem de barras, desde que (ver figura 9.1) a) diametro da barra soldada jy > 0,60 6; b) a distancia da barra transversal ao ponto de inicio da ancoragem seja > 5 4; ‘© ABNT 2004 — Todos os direitos reservados 33 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 ©) a resisténcia ao cisalnamento da solda deve superar a forga minima de 0,3 A, fy (30% da resisténcia da barra ancorada). NOTA Para barra transversal nica, ver 9.4.7.4 259 | Figura 9.1 - Ancoragem com barras transversais soldadas, 9.4.2.3 Ganchos das armaduras de tragdo (Os ganchos das extremidades das barras da armadura longitudinal de tragao podem ser: a) semicirculares, com ponta reta de comprimento nao inferior a 2 4; b)_em Angulo de 45° (interno), com ponta reta de comprimento nao inferior a 4 4; ©) em ngulo reto, com ponta reta de comprimento ndo inferior a 8 6. Para as barras lisas, os ganchos devem ser semicirculares. © diémetro interno da curvatura dos ganchos das armaduras longitudinais de tragao deve ser pelo menos igual ao estabelecido na tabela 9.1 ‘Tabela 9.1 - Diametro dos pinos de dobramento (D) Bitola Tipo de ago mm, CA25 CA-50 CA-60 <20 46 56 6o > 20 56 8 - Para ganchos de estribos, ver 9.4.6.1. Quando houver barra soldada transversal ao gancho e a operacao de dobramento acorrer apés a soldagem, devem ser mantidos os diametros dos pinos de dobramento da tabela 9.1, se 0 ponto de solda situar-se na Parte reta da barra, a uma distancia minima de 4 } do inicio da curva. Caso essa distancia seja menor, ou 0 ponto se situe sobre 0 trecho curvo, o diémetro do pino de dobramento deve ser no minimo igual a 20 6. Quando a operago de soldagem ocorrer apés 0 dobramento, devem ser mantidos os diametros da tabela 9.1 34 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 9.4.24 Comprimento de ancoragem basico Define-se comprimento de ancoragem basico como 0 comprimento reto de uma barra de armadura passiva necessario para ancorar a forga limite A,f,z nessa barra, admitindo, ao longo desse comprimento, resisténcia de aderéncia uniforme e igual a fs, conforme 9.3.2.1 © comprimento de ancoragem basico é dado por: ~ bh ty Wiss 9.4.2.5 Comprimento de ancoragem necessario ‘© comprimento de ancoragem necessério pode ser calculado por: Ascale fonec = 4 fp Eb min leet onde: = 1,0 para barras sem gancho; «= 0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal ao do gancho = 34; = 0,7 quando houver barras transversais soldadas conforme 9.4.2.2; = 0,5 quando houver barras transversais soldadas conforme 9.4.2.2 e gancho, com cobrimento no plano normal ao do gancho 2 34; 4p caleulado conforme 9.4.2.4; fomin 8 0 maior valor entre 0,3 fy, 10 4.@ 100 mm. Permite-se, em casos espet necessario, . considerar outros fatores redutores do comprimento de ancoragem 9.4. .6 Armadura transversal na ancoragem Para os efeitos desta subse¢do, observado o disposto em 9.4.1.1, consideram-se as armaduras transversais existentes ao longo do comprimento de ancoragem, caso a soma das areas dessas armaduras seja maior ou igual as especificadas em 9.4.2.6.1 6 9.4.2.6.2 9.4.2.61 Barras com $< 32mm ‘Ao longo do comprimento de ancoragem deve ser prevista armadura transversal capaz de resistir a 25% da forga longitudinal de uma das barras ancoradas. Se a ancoragem envolver barras diferentes, prevalece para esse efeito, a de maior diametro. 9.4.2.6.2 Barras com > 32mm Deve ser verificada a armadura em duas diregdes transversais ao conjunto de barras ancoradas. Essas armaduras transversais devem suportar os esforgos de fendilhamento segundo os planos criticos, respeitando espacamento maximo de 5 4 (onde $ 6 diametro da barra ancorada). ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 35 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Quando se tratar de barras comprimidas, pelo menos uma das barras constituintes da armadura transversal deve estar situada a uma distancia igual a quatro didmetros (da barra ancorada) além da extremidade da barra, 9.4.3 Ancoragem de feixes de barras por aderéncia Considera-se o feixe como uma barra de diémetro equivalente igual a on = teva ‘As barras constituintes de feixes devem ter ancoragem reta, sem ganchos, e atender as seguintes condicées ) quando 0 diémetro equivalente do feixe for menor ou igual a 25 mm, o feixe pode ser tratado como uma barra tinica, de didmetro igual a é, para a qual vale o estabelecido em 9.4.2; b) quando o diametro equivalente for maior que 25 mm, a ancoragem deve ser calculada para cada barra isolada, distanciando as suas extremidades de forma a minimizar os efeitos de concentragdes de tensdes de aderéncia; a distancia entre as extremidades das barras do feixe nao deve ser menor que 1,2 vez 0 comprimento de ancoragem de cada barra individual; ©) quando, por razSes construtivas, ndo for possivel proceder como recomendado em b), a ancoragem pode ser calculada para o feixe, como se fosse uma barra tinica, com diametro equivalente ,, A armadura transversal adicional deve ser obrigatéria ¢ obedecer ao estabelecido em 9.4.2.6, conforme ¢, ‘seja menor, igual ou maior que 32 mm. 9.4.4 Ancoragem de telas soldadas por aderéncia Aplica-se o disposto em 9.3.1 a 9.4.2. Quando a tela for composta de fios lisos ou com mossas, podem ser adotados os mesmos critérios definidos Para barras nervuradas, desde que o numero de fios transversais soldados ao longo do comprimento de ancoragem necessario seja calculado conforme a expresso’ 9.4.5 Ancoragem de armaduras ativ: (fios e cordoathas pré-tracionadas) por aderénci 9.4.5.1 Comprimento de ancoragem basico (© comprimento de ancoragem basico deve ser obtido por: — para fios isolados: 6 fe 4 hepa fp — para cordoalhas de trés ou sete fios: onde: ugg deve ser calculado conforme 9.3.2, considerando a idade do concreto na data de protensao para 0 cdlculo do comprimento de transferéncia e 28 d para o calculo do comprimento de ancoragem. 36 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 9.4.5.2 Comprimento de transferéncia (/4,:) 0 célculo do comprimento necessario para transferir, por aderéncia, a totalidade da forga de protensio ao fio, no interior da massa de concreto, deve simultaneamente considerar: a) se no ato da protensao, a liberagao do dispositive de tragdo é gradual. Nesse caso, 0 comprimento de transferéncia deve ser calculado pelas expressbes: — para fios dentados ou lisos: S01 ap = OF op — para cordoalhas de trés ou sete fios: b) se no ato da protensdo a liberagao nao é gradual, Nesse caso os valores calculados em a) devem ser multiplicados por 1,25. 9.4.5.3 Comprimento de ancoragem necessario © comprimento de ancoragem necessario deve ser dado pela expresso: ys Copa = Cop + hyp PH “ Soe 9.4.5.4 Armaduras transversais na zona de ancoragem As armaduras transversais na zona de ancoragem podem ser caleuladas de acordo com 21.2. 9.4.6 Ancoragem de estribos A ancoragem dos estribos deve necessariamente ser garantida por meio de ganchos ou barras longitudinals soldadas. 9.4.6.1 Ganchos dos estribos (Os ganchos dos estribos podem ser: a) semicirculares ou em Angulo de 45° (interno), com ponta reta de comprimento igual a 5 @, porém no inferior a 5 cm; b) em Angulo reto, com ponta reta de comprimento maior ou igual a 10 @, porém nao inferior a 7 cm (este tipo de gancho no deve ser ullizado para barras ¢ fios lisos). © diametro interno da curvatura dos estribos deve ser, no minimo, igual ao indice dado na tabela 9.2. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 37 Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 Tabela 9.2 - Didmetro dos 10s de dobramento para estribos Bitola Tipo de ago mm CA25 CASO CA60 <10 36 3h 36 10<§<20 46 Se - > 20 56 8h = 9.4.6.2 Barras transversals soldadas Desde que a resisténcia ao cisalhamento da solda para uma forga minima de A,fys seja comprovada por ensaio, pode ser feita a ancoragem de estribos, por meio de barras transversais soldadas, de acordo com a figura 9.2, obedecendo as condigdes dadas a seguir: a) _duas barras soldadas com diametro > 0,7 6 para estribos constituidos por um ou dois ramos; b) uma barra soldada com diametro } > 1,4 } , para estribos de dois ramos. onde’ Adfs 6 a resistencia da barra ancorada, 25mm jt 25mm 420.760 20mm< 26< 50mm A got4¢ of oo + + Figura 9.2 - Ancoragem de armadura transversal por meio de barras soldadas 9.4.7 Ancoragem por meio de dispositivos mecanicos Quando forem utilizados dispositivos mecanicos acoplados as armaduras a ancorar, a eficiéncia do conjunto deve ser justificada e, quando for o caso, comprovada através de ensaios. O escorregamento entre a barra e o concreto, junto ao dispositive de ancoragem, nao deve exceder 0,1 mm Para 70% da carga limite ultima, nem 0,5 mm para 95% dessa carga Arresisténcia de calculo da ancoragem nao deve exceder 50% da carga limite ensaiada, nos casos em que sejam despreziveis os efeitos de fadiga, nem 70% da carga limite obtida em ensaio de fadiga, em caso contratio. © projeto deve prever os efeitos localizados desses dispositives, através de verificagao da resisténcia do concreto e da disposigao de armaduras adequadas para resistir aos esforgos gerados e manter as aberturas de fissuras nos limites especificados, conforme indicado em 21.2. 9.47.1 Barra transversal Gnica Pode ser usada uma barra transversal soldada como dispositive de ancoragem integral da barra, desde que: 38 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 — $= barra ancorada; — no seja maior que 1/6 da menor dimensao do elemento estrutural na regido da ancoragem ou 25 mm; — oc espagamento entre as barras ancoradas nao seja malor que 20 4; — a ssolda de ligagao das barras seja feita no sentido longitudinal e transversal das barras, contornando completamente a area de contato das barras; — _asolda respeite o prescrito em 9.5.4. 9.5 Emendas das barras 9.5.1. Tipos — por traspasse; — por luvas com preenchimento metalico, rosqueadas ou prensadas; — por solda; — por outros dispositivos devidamente justificados. 9.5.2 Emendas por traspasse Esse tipo de emenda nao 6 permitido para barras de bitola maior que 32 mm, nem para tirantes e pendurais (elementos estruturais lineares de seg4o inteiramente tracionada). No caso de feixes, 0 diémetro do circulo de mesma rea, para cada feixe, ndo deve ser superior a 45 mm, respeltados os critérios estabelecidos em 9.5.2.5 9.5. 1 Proporgao das barras emendadas Consideram-se como na mesma segdo transversal as emendas que se superpdem ou cujas extremidades mais proximas estejam afastadas de menos que 20% do comprimento do trecho de traspasse. ‘Quando as barras tém diémetros diferentes, 0 comprimento de traspasse deve ser calculado pela barra de maior diametro (ver figura 9.3). bo4 > boo ——— — ———— <02%,— | | 2. Figura 9.3 - Emendas supostas como na mesma segdo transversal ‘A proporgao maxima de barras tracionadas da armadura principal emendadas por traspasse na mesma ‘seco transversal do elemento estrutural deve ser a indicada na tabela 9.3. ‘© ABNT 2004 — Todos os direitos reservados 39 Cépia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 ‘A adogao de proporgées maiores que as indicadas deve ser justificada quanto a integridade do concreto na transmissao dos esforgos e da capacidade resistente da emenda, como um conjunto, frente a natureza das aces que a solicitem. Tabela 9.3 - Proporgao maxima de barras tracionadas emendadas Tipo de carregamento Tipo de barra Situagao Estatico Dinamico em uma camada 100% 100% Alta aderéncia ‘em mais de uma camada 50% 50% o< 16mm 50% 25% Lisa 62 16mm 25% 28% Quando se tratar de armadura permanentemente comprimida ou de distribuigao, todas as barras podem ser emendadas na mesma se¢ao. 9.5.22 Comprimento de traspasse de barras tracionadas, isoladas, 9.5.2.2.1 Quando a distancia livre entre barras emendadas estiver compreendida entre 0 ¢ 46, 0 comprimento do trecho de traspasse para barras tracionadas deve ser: Fo = 40 Lan0e 2 Fomin onde’ Founin & © maior valor entre 0,3 a 45, 15 € 200 mm; da) 6 0 coeficiente fungao da porcentagem de barras emendadas na mesma se¢ao, conforme tabela 9.4 95.222 Quando a distancia livre entre barras emendadas for maior que 4 4, ao comprimento calculado em 9.5.2.2.1 deve ser acrescida a distancia live entre barras emendadas. A armadura transversal na emenda deve ser justificada, considerando 0 comportamento conjunto concreto-ago, atendendo ao estabelecido em 9.5.2.4. Tabela 9.4 - Valores do coeficiente an, Barras emendadas na mesma secao <20 25 33 50 >50 % Valores de a 12 14 16 18 2,0 9.5.2.3 Comprimento por traspasse de barras comprimidas, isoladas Quando as barras estiverem comprimidas, adota-se a seguinte expresso para cdlculo do comprimento de traspasse: 200 ~ lone ® foemin onde: Zocmrin & © maior valor entre 0,6 %, 15.4 @ 200 mm. 40 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 9.5.24 Armadura transversal nas emendas por traspasse, em barras isoladas 9.5.2.4.1 Emendas de barras trac nadas da armadura principal (ver ura 9.4) Quando $< 16 mm @ a proporgao de barras emendadas na mesma segdo for menor que 25%, a armadura transversal deve salisfazer 9.4.2.6 Nos casos em que > 16 mm ou quando a proporgao de barras emendadas na mesma segdo for maior ou igual a 25%, a armadura transversal deve’ — ser capaz de resistir a uma forga igual 4 de uma barra emendada, considerando os ramos paralelos a0 plano da emenda; — ser constituida por barras fechadas se a distancia entre as duas barras mais préximas de duas ‘emendas na mesma sego for < 10 ¢ ($= diametro da barra emendada); — concentrar-se nos tergos extremos da emenda. 9.5.2.4.2 Emendas de barras comprimidas (ver figura 9.4) Devem ser mantidos os critérios estabelecidos para o caso anterior, com pelo menos uma barra de armadura transversal posicionada 4 ¢ além das extremidades da emenda LAG/2 LAI 2 LAg/2 LAg/2 4-4 F < 150mm < 150 mm barras tracionadas barras comprimidas Figura 9.4 - Armadura transversal nas emendas 9.5.2.4.3 Emendas de barras de armaduras secundar s ‘A armadura transversal deve obedecer ao estabelecido em 9.4.2.6. 9.5. 5 Emendas por traspasse em feixes de barras. Podem ser feitas emendas por traspasse em feixes de barras quando, respeitado o estabelecido em 9.5.2, as barras constituintes do feixe forem emendadas uma de cada vez, desde que em qualquer seco do feixe ‘emendado nao resultem mais de quatro barras. ‘As emendas das barras do feixe devem ser separadas entre si 1,3 vez 0 comprimento de emenda individual de cada uma 9.5.3 Emendas por luvas rosqueadas Para esse tipo de emenda, as luvas rosqueadas devem ter resisténcia maior que as barras emendadas. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados a Cépia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 9.5.4 Emendas por solda ‘As emendas por solda exigem cuidados especiais quanto as operagdes de soldagem que devem atender a especificagdes de controle do aquecimento e resfriamento da barra, conforme normas especificas. ‘As emendas por solda podem ser: — de topo, por caldeamento, para bitola néo menor que 10 mm; — de topo, com eletrodo, para bitola nao menor que 20 mm; — por traspasse com pelo menos dois cordées de solda longitudinais, cada um deles com comprimento do inferior a 5 4, afastados no minimo 5 4 (ver figura 9.5); — com outras barras justapostas (cobrejuntas), com cordées de solda longitudinais, fazendo-se coincidir 0 eixo baricéntrico do conjunto com 0 eixo longitudinal das barras emendadas, devendo cada cordao ter comprimento de pelo menos 5 $ (ver figura 9.5). De tope por caldeamento f o>10 De topo com etre ste CE] vn 2mm 83mm Portraspasse ' poe! . e 1 Q 1256 26H | 250/a ati 2036 (Com baras justaposias 6 Figura 9.5 - Emendas por solda ‘As emendas por solda podem ser realizadas na totalidade das barras em uma segdo transversal do elemento estrutural 42 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Devem ser consideradas como na mesma secao as emendas que de centro a centro estejam afastadas entre si menos que 15 medidos na dirego do eixo da barra. Aresisténcia de cada barra emendada deve ser considerada sem reduc. Em caso de barra tracionada e havendo preponderancia de carga acidental, a resisténcia deve ser reduzida em 20%, 9.6 Protensao 9.6.1 Forca de protensdo 9.6.1.1 Generalidades A forga média na armadura de protensao na abscissa x e no tempo f 6 dada pela expresso: s(x) = Po (x) AP (x) = Pi~ APa (x) ~ AP. (X) onde: Pa(x) = P,— APo(X) 9.6.1.2 Valores limites da forga na armadura de protensao Durante as operagées de protensdo, a forca de tragdo na armadura ndo deve superar os valores decorrentes da limitagao das tensdes no ago correspondentes a essa situagao transitéria, fornecidos em 9.6.1.21 a 9.6.1.2.3. Apés 0 término das operagdes de protensao, as verificagdes de seguranga devem ser feitas de acordo com 08 estados limites conforme a seco 10. 9.6.1.2.1 Valores li ites por ocasiao da operagao de protenso Para efeito desta Norma deve ser considerado o seguinte: a) armadura pré-tracionada: — por ocasiao da aplicagao da forga P,, a tensdo oy da armadura de protensao na saida do aparelho de tragdo deve respeitar os limites 0,77 fy © 0,90 fy, para agos da classe de relaxacdo normal, € 0,77 fy © 0.85 fay para acos da classe de relaxagao baixa, b) _armadura pés-tracionada: — por ocasiao da aplicagao da forca P,, a tenso o, da armadura de protensao na salda do aparelho de tragéio deve respeitar os limites 0,74 fax € 0,87 fay para agos da classe de relaxagao normal, & 0,74 fon © 0.82 fyyx Para agos da classe de relaxagao baixa; — nos agos CP-85/105, fornecidos em barras, os limites passam a ser 0,72 fy respectivamente, © 0,88 fy. 9.6.1.2.2 Valores limites ao término da operagao de protensdo Ao término da operagdo de protensdo, a tensdo oj9(x) da armadura pré-tracionada ou pés-racionada, decorrente da forga P(x), nao deve superar os limites estabelecidos em 9.6.1.2.1-b).. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 43 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 9.6123 Tolerancia de execugdo Por ocasiao da aplicacao da forca P, se constatadas irregularidades na protensao, decorrentes de falhas executivas nos elementos estruturais com armadura pés-tracionada, a forga de trago em qualquer cabo pode ser elevada, limitando a tenso ap: aos valores estabelecidos em 9.6.1.2.1-b) majorados em até 10%, até o limite de 50% dos cabos, desde que seja garantida a seguranga da estrutura, principalmente nas regides das ancoragens. 9.6.1.3 Valores representativos da forca de protensao Os valores médios, calculados de acordo com 9.6.1.1 podem ser empregados no calculo dos valores caracteristicos dos efeitos hiperestaticos da protensdo. Para as obras em geral admite-se que os valores caracteristicos P.,(x) da forga de protensao possam ser considerados como iguais ao valor médio, exceto quando a perda maxima [APs(X) + AP(X)]nax for maior que 0,35 P,, Neste caso e nas obras especiais que devem ser projetadas de acordo com normas especificas, que considerem os valores caracteristicos superior e inferior da forca de protensdo, devem ser adotados os valores: (Pale [Pad ]er= 0,95 P(x) = 1,05 P(x) 9.6.1.4 Valores de cdlculo da fora de protenséo Os valores de calculo da forga de protensao no tempo f so dados pela expresso: Pol) = Yp Px) sendo o valor de yp estabelecido na segdo 11 9.6.2 Introdugao das forcas de protensao 9.6.2.1 Generalidades As tenses induzidas no concreto pelas ancoragens de protenséo somente podem ser consideradas linearmente distribuidas na segao transversal do elemento estrutural a uma distancia da extremidade dessas armaduras, chamada distancia de regularizacao, determinada com base no que ¢ estabelecido em 9.6.2.2 e 96.2.3. ‘As armaduras passivas nessas zonas de introdugdo de forgas devem ser calculadas de acordo com as disposigdes da segao 21 9.6.2.2 Casos de pés-tragao No caso dos elementos pés-tracionados, a distancia de regularizagdo das tensdes pode ser determinada admitindo-se que a difusdo da forga se faca a partir da ancoragem, no interior de um Angulo de abertura B, tal que tg B = 2/3 (ver figura 9.6). Quando tal difusdo, partindo da alma, atinge 0 plano médio da mesa, pode-se admitir que a difusao ao longo da mesa se faz também conforme o Angulo de abertura . 44 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 mesa t Figura 9.6 - Introdugio da protensao 9.6. 3 Casos de pré-tragao No caso de elementos pré-tracionados, a distancia de regularizagao ¢, deve ser obtida pela expresso Ih? + (O6Foot)? 2 fo onde: h€ a altura do elemento estrutural Para as secées no retangulares, 0 comprimento de regularizagaio pode ser caleulado de forma semelhante & indicada em 9.6.2.2. 9.6.3 Perdas da forga de protenséo 96.31 Generalidades projeto deve prever as perdas da forga de protenso em relagao ao valor inicial aplicado pelo aparelho tensor, ocorridas antes da transferéncia da protensao ao conereto (perdas iniciais, na pré-tragdo), durante essa transferéncia (perdas imediatas) e ao longo do tempo (perdas progressivas). 9.6.3.2 Perdas inicials da forca de protensdo Consideram-se iniciais as perdas ocorridas na pré-tragdo antes da liberagao do dispositive de tragdo e decorrentes de: a) atrito nos pontos de desvio da armadura poligonal, cuja avaliagao deve ser feita experimentalmente, em fungao do tipo de aparetho de desvio empregado; b) escorregamento dos fios na ancoragem, cuja determinagao deve ser experimental ou devem ser adotados os valores indicados pelo fabricante dos dispositivos de ancoragem; ©) _relaxagdo inicial da armadura, fungdo do tempo decorrido entre o alongamento da armadura e a liberago do dispositivo de tragao; ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 45 Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 4)_retragao inicial do concreto, considerado o tempo decorrido entre a concretagem do elemento estrutural a liberago do dispositive de tragao ‘A avaliagao das perdas for curado termicamente, iais deve considerar os efeitos provocados pela temperatura, quando o concreto 9.6.3.3 Perdas imediatas da forca de protensdo 9.6.3.3.1 Caso da pré-tracdo A variagao da forga de protenséo em elementos estruturals com pré-tragdo, por ocasiao da aplicagao da Protensao ao concreto, e em razao do seu encurtamento, deve ser calculada em regime elastico, considerando-se a deformagao da segao homogeneizada. O médulo de elasticidade do concreto a considerar 6 0 correspondente a data de protensdo, corrigido, se houver cura térmica 9.6.3.3.2 Caso de pés-tragao Para os sistemas usuais de protensdo, as perdas imediatas so as devidas ao encurtamento imediato do concreto, ao atrito entre as armaduras e as bainhas ou o concreto, ao deslizamento da armadura junto & ancoragem e a acomodagao dos dispositivos de ancoragem, como detalhado em 9.6.3.3.2.1 a 9.6.3.3.2.3. 96.33.21 — Encurtamento imediato do concreto Nos elementos estruturais com pés-trago, a protensao sucessiva de cada um dos n cabos provoca uma deformacao imediata do concreto e, conseqiientemente, afrouxamento dos cabos anteriormente protendidos. ‘A perda média de protensdo, por cabo, pode ser calculada pela expresso: ul) ho, = 221029 * Sea ° 2n 96.3322 — Perdas poratrito Nos elementos estruturais com pés-tragao, a perda por arto pode ser determinada pela expresséo: ap) = Afr -2="9| onde: P,6 0 valor definido em 9.6.1.2.1; x € a abscissa do ponto onde se calcula AP, medida a partir da ancoragem, em metros; 3a € a soma dos Angulos de desvio entre a ancoragem e o ponto de abscissa x, em radianos; 116 0 coeficiente de atrito aparente entre cabo e bainha. Na falta de dados experimentals, pode ser estimado como segue (valores em 1/radianos): 11= 0,50 entre cabo e concreto (sem bainha); 11= 0,30 entre barras ou fios com mossas ou saliéncias e bainha metalicay 11= 0,20 entre fios lisos ou cordoalhas e bainha metélica; 11 = 0,10 entre ios lisos ou cordoalhas e bainha metélica lubrificada; 11 = 0,05 entre cordoalha e bainha de polipropileno lubrificada; 46 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 k 6 0 coeficiente de perda por metro provocada por curvaturas ndo intencionais do cabo. Na falta de dados experimentais pode ser adotado o valor 0,01, (1/m). 9.6.3.3.2.3 _ Perdas por deslizamonto da armadura na ancoragem e acomodagao da ancoragem Devem ser determinadas experimentalmente ou adotados os valores indicados pelos fabricantes dos dispositivos de ancoragem, 9.6. 4 Perdas progressivas 96.341 Generalidades Os valores parciais e totais das perdas progressivas de protenso, decorrentes da retragdo e da fluéncia do concreto @ da relaxagao do ago de protensaio, deve ser determinados considerando-se a interagao dessas causas, podendo ser utiizados os processos indicados em 9.6.3.4.2 a 9.6.3.4.5. Nesses processos admite-se que exista aderéncia entre a armadura e 0 concreto e que o elemento estrutural permanega no estadio | 9.6.3.42 Processo simplificado para 0 caso de fases tinicas de operacao Esse caso é aplicdvel quando sao satisfeitas as condigdes seguintes: a) a concretagem do elemento estrutural, bem como a protensdo, s4o executadas, cada uma delas, em fases suficientemente préximas para que se desprezem os efeitos reciprocos de uma fase sobre a outra; b) 05 cabos possuem entre si afastamentos suficientemente pequenos em relagao @ altura da segao do elemento estrutural, de modo que seus efeitos possam ser supostos equivalentes ao de um tinico cabo, com segdo transversal de area igual a soma das areas das segdes dos cabos componentes, situado na posigao da resultante dos esforgos neles atuantes (cabo resultante). Nesse caso, admite-se que no tempo f as perdas e deformagoes progressivas do concreto e do ago de protensao, na posigao do cabo resultante, com as tens6es no concreto cso, positivas para compressao e as tenses no ago 0,0 positivas para tracéo, sejam dadas por: Fegllito Ep ~ bpSeoo9 Alito) Spoxllto) op ltt elhte) Up + Xc%p Pp a0 yy Soltit) y= at) tp eg = SSE ta) + pe EO) + ca ttto) onde: -In[1-y (t, te), 4e= 14050 (t,t) p= 1+ x (tito) ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 47 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 fp °° Faas onde’ e309 8 @ tensao no concreto adjacente ao cabo resultante, provocada pela protensdo pela carga permanente mobilizada no instante f, sendo positiva se de compressdo; (th) & 0 coeficiente de fluéncia do concrete no instante t para protensdo e carga permanente, aplicadas no instante fo; Agia 6 a tensdo na armadura ativa devida protensdo e a carga permanente mobilizada no instante fo, positiva se de tragao; ultts) € 0 coeficiente de fluéncia do ago; alto) & a retracao no instante t, descontada a retragao ovorrida até o instante fo, conforme 8.2.11; ‘(lte) 6 0 coeficiente de relaxacao do ago no instante t para protensdo e carga permanente mobilizada no instante to; Ace(t.te) 6 a variagao da tenséo do concreto adjacente ao cabo resultante entre foe t Acsltte) 6 a variagao da tensao no ago de protensao entre ty ¢ t; pp 6 a taxa geométrica da armadura de protensdo; @» 6 a excentricidade do cabo resultante em relagao ao baricentro da segao do concreto; A, 6 a drea da segdo transversal do cabo resultante; ‘Ac 6a érea da segao transversal do concreto; 1. 0 momento central de inércia na sego do concreto. 9.6.3.4.3 Proceso aproximado Esse proceso pode substituir o estabelecido em 9.6.3.4.2, desde que satisfeitas as mesmas condigdes de aplicagao e que a retracao nao difira em mais de 25% do valor [- 8 x 10° o(e.to © valor absoluto da perda de tensao devida a fluéncia, retragao e relaxagdo, com ooo, em megapascal e considerado positivo se de compressdo, é dado por: a) para agos de relaxago normal (RN) (valor em porcentagem): Aap (tanto) =184 Fy loltestoMl"(3 + 2509) m0 b) para agos de relaxagao baixa (RB) (valor em porcentagem): Aopltexta) 74+ 28 | "7346, Sa TA gg ltatoll9” 8+ 859) onde: yo 6 a tensdo na armadura de protensao devida exclusivamente a forga de protensao, no instante fy 48 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 9.6.3.4.4 Método geral de calculo Quando as agdes permanentes (carga permanente ou protenséo) sao aplicadas parceladamente em idades diferentes (portanto nao sao satisfeitas as condiges estabelecidas em 9.6.3.4.2), deve ser considerada a fluéncia de cada uma das camadas de concreto e a relaxagao de cada cabo, separadamente Pode ser considerada a relaxago isolada de cada cabo, independentemente da aplicago posterior de outros esforgos permanentes. 9.6.3.4.5 Relaxagao do aco A intensidade da relaxagao do ago deve ser determinada pelo coeficiente (tf) calculado por: Ape (tito) (tito om onde: ‘Acg, (ff) € a perda de tenséo por relaxagdo pura desde o instante t, do estiramento da armadura até o instante ¢ considerado Os valores médios da relaxagao, medidos apés 1 000 h a temperatura constante de 20°C, para as perdas de tensdo referidas a valores basicos da tensdo inicial de 50% a 80% da resisténcia caracteristica fgx (Vo00), SO reproduzidos na tabela 8.3. Os valores correspondentes a tempos diferentes de 1 000 h, sempre a 20°C, podem ser determinados a partir da seguinte expresso, onde o tempo deve ser expresso em dias: w(tto)= viol Fer) Para tensdes inferiores a 0,5 fyx, admite-se que nao haja perda de tensdo por relaxagao. Para tensdes intermedirias entre os valores fixados na tabela 8.3, pode ser feita interpolagao linear. Pode-se considerar que para o tempo infinito 0 valor de y (tyts) 6 dado por w (tet 5 Woo ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 49 Copia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 410 Seguranga e estados limites 10.1 Cri 1s de seguranca Os critérios de seguranca adotados nesta Norma baseiam-se na ABNT NBR 8681 10.2 Estados limites Para os efeitos desta Norma devem ser considerados os estados limites uillimos @ os estados limites de servigo. 10.3 Estados limites uitimos (ELU) A seguranga das estruturas de concreto deve sempre ser verificada em relacdo aos seguintes estados limites titimos: a) estado limite titimo da perda do equilibrio da estrutura, admitida como corpo rigido b) estado limite uitimo de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte, devido as solictagdes normais e tangenciais, admitindo-se a redistribuigao de esforcos intemos, desde que seja respeitada a capacidade de adaptagao plastica definida na segao 14, ¢ admitindo-se, em geral, a8 verificagdes separadas das solicitagdes normais e tangenciais; todavia, quando a interagao entre elas for importante, ela estara explicitamente indicada nesta Norma; ©) estado limite ultimo de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte, considerando os efeitos de segunda ordem; 4) estado limite iitimo provocado por solicitagdes dinamicas (ver segdo 23); €) estado limite iitimo de colapso progressivo; 4) outros estados limites tiltimos que eventualmente possam ocorrer em casos especiais. 10.4 Estados limites de servico (ELS) Estados limites de servigo sao aqueles relacionados @ durabilidade das estruturas, aparéncia, conforto do Usuario e & boa utilizagao funcional das mesmas, seja em relagdo aos usuarios, seja em relagdo as maquinas, @ aos equipamentos utiizados. A seguranga das estruturas de concreto pode exigir a verificagao de alguns estados limites de servigo conceituados na se¢do 3. Em construgdes especiais pode ser necessario verificar a seguranca em relagdo a outros estados limites de servigo nao definidos nesta Norma. 50 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 11 Agées 11.1 Simbologia especifica desta seco De forma a simplificar a compreensao @, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta seco, os ibolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dividas, encontram-se a seguir definidos. ‘A simbologia apresentada nesta segdo segue a mesma orientagao estabelecida na segdo 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém o mesmo significado apresentado em 4.3, F- Ages (ver tabelas 11.3 11.4) Miienn- Momento total de 12 ordem de célculo minimo que possibilita o atendimento da verificagao das imperfeiges localizadas de um lance de pilar Parte do coeficiente de ponderacao das agdes y,, que considera a variabilidade das agdes ‘yo - Parte do coeficiente de ponderagao das agdes y,, que considera a simultaneidade de atuacao das agdes ‘io - Parle do coeficiente de ponderagao das agées y,, que considera os desvios gerados nas construgées & as aproximagies feitas em projeto do ponto de vista das solicitagoes 1q~ Coeficiente de ponderagéo para as ages variéveis diretas ‘as - Coeficiente de ponderagdo para a agao variavel estabilizante ‘ign- Coeficiente de ponderagéo para as agdes permanentes no estabilzantes, +g Coeficiente de ponderagao para as ages indiretas permanentes (retragao ou fluéncia) ‘iq Coeficiente de ponderagao para as acdes indiretas varidveis (temperatura) Yn Coeficiente de ajuste de y,, que considera o aumento de probabilidade de ocorréncia de desvios relatives significativos na construgdo (aplicado em paredes e pilares com dimensées abaixo de certos valores) @;- Desaprumo de um elemento vertical continuo Wa Fator de redugao de combinacao para as agdes variaveis diretas, Wo.- Fator de redugao de combinagao para as agées variaveis indiretas Wo Fator de redugao de combinagao para ELU ‘v1 Fator de redugao de combinagao freqiiente para ELS ‘ve Fator de redugéio de combinagao quase permanente para ELS 11.2 Agoes a considerar 11.2.1 Generalidades Na andlise estrutural deve ser considerada a influéncia de todas as agdes que possam produzir efeitos significativos para a seguranga da estrutura em exame, levando-se em conta os possiveis estados limites Ultimos @ os de servigo. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 51 Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 11.2.2 Classificagao das agées As agdes a considerar classificam-se, de acordo com a ABNT NBR 8681, em permanentes, variaveis & excepcionais. Para cada tipo de construgao, as acées a considerar devem respeitar suas peculiaridades e as normas a ela aplicéveis. 11.3 Agées permanentes 11.3.1 Generalidades ‘Agbes permanentes so as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida da construgdo. Também so consideradas como permanentes as aces que crescem no tempo, tendendo a um valor limite constante, ‘As agbes permanentes devem ser consideradas com seus valores representativos mais desfavordveis para a seguranca. 11.3.2 Agées permanentes diretas ‘As ages pormanentes dirctas sao constituidas pelo peso proprio da ostrutura © pelos pesos dos elementos construtivos fixos e das instalagées permanentes. 11.3.2. Peso préprio Nas construgées correntes admite-se que 0 peso préprio da estrutura seja avaliado conforme 8.2.2. Concretos especiais devem ter sua massa especifica determinada experimentalmente em cada caso particular (ver ABNT NBR 12654) e o efeito da armadura avaliado conforme 8.2.2. 11.3.2.2 Peso dos elementos construtivos fixos e de instalagées permanentes ‘As massas especificas dos materiais de construgdo correntes podem ser avaliadas com base nos valores indicados na ABNT NBR 6120. Os pesos das instalagdes permanentes so considerados com os valores nominais indicados pelos respectivos fornecedores. 11.323 Empuxos permanentes Consideram-se como permanentes os empuxos de terra e outros materiais granulosos quando forem admitidos nao removiveis. Como representatives devem ser considerados os valores caractoristicos Fis.p OU Fu conforme a ABNT NBR 8681 11.3.3 Agées permanentes indiretas As agdes permanentes indirelas so constituidas pelas deformagées impostas por retragao e fluéncia do concreto, deslocamentos de apoio, imperfeigdes geométricas e protensao. 11.3.3.1 Retragdo do concreto A deformagao especifica de retragao do concreto pode ser calculada conforme indica 0 anexo A. 52 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Na grande maioria dos casos, permite-se que ela seja caloulada simplificadamente através da tabela 8.1, por interpolacdo. Essa tabela fomece o valor caracteristico superior da deformagao especitica de retrago entre 08 instantes th € t., cus (toto), em algumas situagdes usuais (ver segao 8). Nos casos correntes das obras de concreto armado, em fungao da restrigo 4 retragao do concreto, imposta pela armadura, satisfazendo 0 minimo especificado nesta Norma, o valor de ¢..(t., fo) pode ser adotado igual a -15 x 10°. Esse valor admite elementos estruturais de dimensées usuais, entre 10 cm @ 100 cm sujeitos a umidade ambiente ndo inferior a 75%, © valor caracteristico inferior da retragéio do concreto € considerado nulo. Nos elementos estruturais permanentemente submetides a diferentes condigées de umidade em faces opostas, admite-se variagao linear da retragao ao longo da espessura do elemento estrutural entre os dois valores correspondentes a cada uma das faces. 11332 Fi ia do concreto As deformagées decorrentes da fluéncia do concreto podem ser calculadas conforme indicado no anexo A Nos casos em que a tensao «:(t,) nao varia significativamente, permite-se que essas deformagdes sejam calculadas simplificadamente pela expresso: 1, Wteto)| celled sell ey E28) | onde: t (tafe) € 2 deformagdo especffica total do concreto entre os instantes fe «; (le) €a tensBo no concreto devida ao carregamento aplicado em fs; (ta, &) & 0 limite para o qual tende o coeficiente de fluéncia provocado por carregamento aplicado em f valor de o(t., fo) pode ser calculado por interpolacdo dos valores da tabela 8.1. Essa tabela fornece o valor caracteristico superior de g(t, fo) em algumas situagdes usuais (ver secao 8), valor caracteristico inferior de o(t.,to) é considerado nul. 1133.3 Deslocamentos de apoio Os deslocamentos de apoio 6 devem ser considerados quando gerarem esforgos significativos em relagao 0 conjunto das outras agées, isto é, quando a estrutura for hiperestatica © muito rigida (© deslocamento de cada apoio deve ser avaliado em fungao das caracteristicas fisicas do correspondente material de fundagdo. Como representatives desses deslocamentos, devem ser considerados os valores caracteristicos superiores, Bay, calculados com avaliagao pessimista da rigidez do material de fundacao, correspondente, em principio, ao quanti 5% da respectiva distribuigao de probabilidade, 0s valores caracteristicos inferiores podem ser considerados nulos. © conjunto desses deslocamentos constitu-se numa tnica ago, admitindo-se que todos eles sejam majorados pelo mesmo coeficiente de ponderacao. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 53 Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 11.3.3.4 Imperfeigdes geométricas Na verificagao do estado limite ultimo das estruturas reticuladas, devem ser consideradas as imperfeigdes geométricas do eixo dos elementos estruturais da estrutura descarregada. Essas imperfeicées podem ser divididas em dois grupos: imperfeigdes globals e imperfeigdes locais. 11.3.3.4.1 Imperfeig6es globais Na andlise global dessas estruturas, sejam elas contraventadas ou ndo, deve ser considerado um desaprumo dos elementos verticais conforme mostra a figura 11.1 — 1n prumadas de pilares 1/400 para estruturas de nés fxos; 1/300 para estruturas de nés méveis e imperteigdes locals; 200; Hé a altura total da edificagao, em metros 'n€ 0 nimero de prumadas de pilares. Figura 11.1 - Imperfeigdes geométricas globais desaprumo nao deve necessariamente ser superposto ao carregamento de vento. Entre os dois, vento desaprumo, deve ser considerado apenas o mais desfavoravel, que pode ser definido através do que provoca ‘© maior momento total na base de construgao. 11.3.3.4.2. Imperfeigdes locais No caso de elementos que ligam pilares contraventados a pilares de contraventamento, usualmente vigas e lajes, deve ser considerada a tragdo decorrente do desaprumo do pilar contraventado [ver figura 11.2-a)} No caso da verificacao de um lance de pilar, deve ser considerado 0 efeito do desaprumo ou da falta de retilineidade do eixo do pilar [ver figuras 11.2-b) e 11.2-c), respectivamente} 54 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Pilar de Pilar contraventamento _contraventado 8, Elemento de! Ztravamento 5 5 % 9, aw a a a) Elementos de travamento b) Falta de retilineidade c) Desaprumo do pilar (tracionado ou comprimido) no pilar Figura 11.2 - Imperfeiges geométricas locais Admite-se que, nos casos usuais, a consideragao apenas da falta de retiineidade ao longo do lance de pilar soja suficiente, 11.3.3.4.3. Momento minimo efeito das imperfeig6es locais nos pilares pode ser sub: do momento minimo de 1? ordem dado a seguir: (do om estruturas reticuladas pela consideragao Miamin= No (0,015 + 0,03) onde: h 6 a altura total da segao transversal na diregao considerada, em metros. Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que 0 efeito das imperfeigdes locais esteja atendido se for respeitado esse valor de momento total minimo. A este momento devem ser acrescidos os momentos de 2? ordem da segao 15, quando for 0 caso. 11.335 Protensio A ago da protensao deve ser considerada em todas as estruturas protendidas, incluindo, além dos elementos protendidos propriamente ditos, aqueles que sofrem a agdo indireta da protensao, isto é, de esforgos hiperestaticos de protensao. © valor da forga de protensao deve ser calculado considerando a forga inicial e as perdas de protensio conforme estabelecido em 9.6.3. Os esforgos solicitantes gerados pela ago dessa protensdo podem ser calculados diretamente a partir da excentricidade do cabo na segao transversal do elemento estrutural e da forga de protensao ou através de um conjunto de cargas externas equivalentes, ou ainda através da introdugao de deformagdes impostas correspondentes ao pré-alongamento das armaduras. © ABNT 2004 — Todos os direitos reservados 55 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 11.4 Agées varidveis 11.4.1 Agées varidveis diretas ‘As agdes variéveis diretas so constituidas pelas cargas acidentais previstas para 0 uso da construgao, pela ago do vento e da agua, devendo-se respeitar as prescrigées feitas por Normas Brasileiras especificas. 11.4.1.1 Cargas acidentais previstas para o uso da construgao As cargas acidentais correspondem normalmente a: — cargas verticais de uso da construgao; — cargas méveis, considerando 0 impacto vertical; — impacto lateral; — forga longitudinal de frenagao ou aceleragao; — forga centrifuga. Essas cargas devem ser dispostas nas posigées mais desfavordveis para o elemento estudado, ressalvadas as simplificagdes permitidas por Normas Brasileiras especificas, 11.4.1.2 Ago do vento Os esforgos devides @ ago do vento devem ser considerados e recomenda-se que sejam determinados de acordo com o prescrito pela ABNT NBR 6123, permitindo-se o emprego de regras simplificadas previstas em Normas Brasileiras especificas. 11.4.1.3. Agdo da agua © nivel d'agua adotado para calculo de reservatérios, tanques, decantadores @ outros deve ser igual a0 maximo possivel compativel com o sistema de extravasdo, considerando apenas o coeficiente y= yo = 1,2, conforme ABNT NBR 8681 (ver 11,7 e 11.8), Nas estruturas em que a agua de chuva possa ficar retida deve ser considerada a presenga de uma lamina de agua correspondente ao nivel da drenagem efetivamente garantida pela construgao 11.4.1.4 Agées variaveis durante a construgao ‘As estruturas em que todas as fases construtivas ndo tenham sua seguranca garantida pela verificagdo da obra pronta devem ter, incluidas no projeto, as verificagdes das fases construtivas mais significativas e sua influéncia na fase final A verificagao de cada uma dessas fases deve ser feita considerando a parte da estrutura ja executada e as estruturas provisérias auxiliares com os respectivos pesos préprios. Além disso devem ser consideradas as cargas acidentals de execugdo. 11.4.2 Agées variavels indiretas 11.4.2.1 Variagées uniformes de temperatura A variagdo da temperatura da estrutura, causada globalmente pela variago da temperatura da atmosfera e pela insolagao direta, é considerada uniforme. Ela depende do local de implantagao da construcao © das dimensées dos elementos estruturais que a compéem. De maneira genérica podem ser adotados os seguintes valores: 56 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 a) para elementos estruturais cuja menor dimensao nao seja superior a 50 cm, deve ser considerada uma oscilagdo de temperatura em torno da média de 10°C a 15°C; b) para elementos estruturais macigos ou ocos com os espacos vazios inteiramente fechados, cuja menor dimenso seja superior a 70 cm, admite-se que essa oscilagdo seja reduzida respectivamente para 5°C a 10°C; ©) para elementos estruturais cuja menor dimenséo esteja entre 50 cm ¢ 70 om admite-se que seja feita uma interpolacai linear entre os valores acima indicados, A escolha de um valor entre esses dois limites pode ser feita considerando 50% da diferenga entre as temperaturas médias de verdo e inverno, no local da obra. Em edificios de varios andares devem ser respeitadas as exigéncias construtivas prescritas por esta Norma para que sejam minimizados os efeitos das variagdes de temperatura sobre a estrutura da construgao, 11.4.2.2 Variag6es nao uniformes de temperatura Nos elementos estruturais em que a temperatura possa ter distribuicdo significativamente diferente da uniforme, devem ser considerados os efeitos dessa distribuicao. Na falta de dados mais precisos, pode ser admitida’ uma variagao linear entre os valores de temperatura adotados, desde que a variagdo de temperatura considerada entre uma face e outra da estrutura nao seja inferior a 5°C. 1.4.2.3. Agdes dinamicas Quando a estrutura, pelas suas condigdes de uso, esté sujeita a choques ou vibragdes, os respectivos efeitos devem ser considerados na determinacao das solicitagdes e a possibilidade de fadiga deve ser considerada no dimensionamento dos elementos estruturais, de acordo com a segao 23. 11.5 AgGes excepcionais No projeto de estruturas sujeitas a situagdes excepcionais de carregamento, cujos efeitos néo possam ser controlados por outros meios, devem ser consideradas agdes excepcionais com os valores definidos, em cada caso particular, por Normas Brasileiras especificas. 11.6 Valores das acées 11.6.1 Valores caracteristicos Os valores caracteristicos Fi, das agées sao estabele intensidades. fos nesta seco em fungao da variabilidade de suas 1.6.1.1 Agdes permanentes Para as agdes permanentes, os valores caracteristicos devem ser adotados iguals aos valores médios das respectivas distribuigdes de probabilidade, sejam valores caracteristicos superiores ou inferiores. Esses valores esto definidos nesta seao ou em Normas Brasileiras especificas, como a ABNT NBR 6120. 11.6.1.2 Ages variaveis s valores caracteristicos das agdes varidveis, Fy, estabelecidos por consenso e indicados em Normas Brasileiras especificas, correspondem a valores que tém de 25% a 35% de probabilidade de serem ultrapassados no sentido desfavordvel, durante um periodo de 50 anos, o que significa que o valor caracteristico F.x 6 0 valor com periodo médio de retorno de 200 anos a 140 anos respectivamente. Esses valores estdo definidos nesta segao ou em Normas Brasileiras especificas, como a ABNT NBR 6120. © ABNT 2004 — Todos os direitos reservados S7 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 11.6.2 Valores representativos ‘As ages sdo quantificadas por seus valores representativos, que podem ser: a) 08 valores caracteristicos conforme definido em 11.6.1; b) valores convencionais excepcionais, que sao os valores arbitrados para as ages excepcionais; ©) valores reduzidos, em fungao da combinagao de agdes, tais como: — verificagées de estados limites titimos, quando a agao considerada se combina com a agao principal. Os valores reduzidos s40 determinados a partir dos valores caracteristicos pela expresso oF, que considera muito baixa a probabilidade de ocorréncia simultanea dos valores caracteristicos de duas ou mais agdes variéveis de naturezas diferentes (ver 11.7) — verificagées de estados limites de servigo. Estes valores reduzidos s4o determinados a partir dos valores caracteristicos polas expressées wi; © waFk. que estimam valores freqiientes e quase permanentes, respectivamente, de uma ago que acompanha a ago principal. 11.6.3 Valores de calculo Os valores de célculo Fs das agdes séo obtidos a partir dos valores representatives, muttiplicando-os pelos respectivos coeficientes de ponderagao , definidos em 11.7, 11.7 Coeficientes de ponderagao das agées As ages devem ser majoradas pelo coeficiente y, cujos valores encontram-se estabelecidos em 11.7.1, 11.7.2 tabelas 11.1 6 11.2. WE I Te¥8 11.7.4 Coet ientes de ponderagao das agées no estado limite ultimo (ELU) Os valores-base para verificagéo sao os apresentados nas tabelas 11.1 € 11.2, para ys @ respectivamente. Para as paredes estruturais com espessura inferior a 19 cm e nao inferior a 12 cm, ¢ para os pilares com menor dimensao inferior a 19 cm, 0 coeficiente 7; deve ser majorado pelo coeficiente de ajustamento yp (ver 13.2.3). Essa correcdo se deve ao aumento da probabilidade de ocorréncia de desvios relativos e falhas na construgao, 58 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Tabela 11.1 - Coeficiente y= yn-10 Agies Combinagées | Permanentes Variveis Protenséo | Recaiques de apoio de agdes @ @ © e retragao D F G T D F D F Normais 14” | 10 14 12 12 0.9 12 0 Especiais ou de construgo 13 1,0 12 1,0 12 09 12 0 Excepcionais | 1,2 1,0 10 0 1.2 09 0 0 Onde’ Dé desfavordvel, Fé favordvel, G representa as cargas varidvels em geral e Té a temperatura "'Para as cargas permanentes de pequena variabilidade, como 0 peso préprio das estruturas, especialmente as pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido para 1,3 Tabela 11.2 - Valores do coeficiente yx te Agoes ; Ve wa we Locais em que nao ha predominancia de pesos de equipamentos que permanecem 08 o4 03 fixos por longos periados de tempo, nem de : . elevadas concentragdes de pessoas “ Cargas acidentais de | Locais em que ha predominancia de pesos edificios | de equipamentos que permanecem fixos por o7 06 o4 longos periodos de tempo, ou de elevada : : concentragao de pessoas ”” Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens 08 a7 06 Vento | Pressao dinamica do vento nas estruturas 06 03 0 em geral om Variages uniformes de temperatura em Temperatura | relacao & média anual local 96 96 98 Para os valores de ws relatives as pontes @ principalmente aos problemas de fadiga, ver sega 23. 2 Edifcios residenciais >IEditicios comercials, de escritrios, estagdes e edificios pablicos. s valores das tabelas 11.1 © 11.2 podem ser modificados em casos especiais aqui nao contemplados, de acordo com a ABNT NBR 8681 © valor do coeficiente de ponderagao de cargas permanentes de mesma origem, num dado carregamento, deve ser o mesmo ao longo de toda estrutura. A nica excecdo é o caso da verificagdo da estabilidade como corpo rigid, 11.7.2 Coeficientes de ponderacao das acées no estado limite de servigo (ELS) Em geral, 0 coeficiente de ponderagao das agoes para estados limites de servio dado pela expresso: ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 59 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 n= Ye onde’ ‘ye tem valor varidvel conforme a verificagao que se deseja fazer (tabela 11.2) ‘ya = 1 para combinagGes raras; ‘Yo = vi para combinagées freqiientes; ‘y2= yepara combinagdes quase permanentes, 11.8 Combinagées de agées 11.8.1 Generalidades Um carregamento é definido pela combinaao das agdes que tém probabilidades nao despreziveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um periodo preestabelecido, ‘A combinagao das agées deve ser feita de forma que possam ser determinados os efeitos mais desfavordveis para a estrutura; a verificacao da seguranga em relagao aos estados limites titimos e aos estados limites de servigo deve ser realizada em fungao de combinag6es Ultimas e combinagées de servigo, respectivamente. 11.8.2 Combinagées ultimas Uma combinagdo itima pode ser classificada em normal, especial ou de construgao e excepcional. 11.8.2.1 Combinagées ultimas normais Em cada combinagao devem estar incluidas as agdes permanentes e a agao varidvel principal, com seus valores caracteristicos @ as demais ages varidveis, consideradas como secundarias, com seus valores reduzidos de combinagao, conforme ABNT NBR 8681 11.8.2.2. Combinagées ultimas especiais ou de construgdo Em cada combinacdo devem estar presentes as agdes permanentes e a aco variavel especial, quando existir, com seus valores caracteristicos e as demais agdes variaveis com probabilidade néo desprezivel de ocorréncia simultanea, com seus valores reduzidos de combinacao, conforme ABNT NBR 8681. 118.23 Combinagées dltimas excepcionais Em cada combinagao devem figurar as ages permanentes © a agdo varidvel excepcional, quando existir, com seus valores representativos e as demais agdes variaveis com probabilidade nao’ desprezivel de ocorréncia simultanea, com seus valores reduzidos de combinagao, conforme ABNT NBR 8681. Nesse caso se enquadram, entre outras, sismo, incéndio e colapso progressivo. 11.8.2.4 Combinagées dltimas usu: Para facilitar a visualizagao, essas combinagdes estao dispostas na tabela 11.3, 60 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Tabela 11.3 - Combinagées dltimas Combinagées titimas (ELU) Descrigao Céleulo das solicitagées Esgotamento da capacidade resistente para elementos ‘estruturais de concreto Frac YoFinn * Ye (Far + © WoFgn) * Yuu Vou Funk armada" Esgotamento da capacidade | Deve ser considerada, quando necessério, a forga de Normals resistente para elementos _| protenso como carregamento extermo com os valores estruturais de concreto Prix © Prin Para a forga desfavoravel e favoravel, protendido respectivamente, conforme definido na seco 9 S (Fea) > S (Foa) Perda do equilrio como corpo rigido Faa™ Yor Ga + Re Fra = Yon Gre + Yq Qrk— Yes Qe mins ON: Qrk = Qe +E Yoj Qe Especiais ou de construgdio 2 | Fa= te Fix + You Foon + Ya (Farm + © oj Fan) * You Vor Feat Excepcionais” | Fa = Ya Fak * Yos Fisk * Fatoxe * Ya Voi Fak * Yea Wor Fist ‘Onde: Fe 0 valor de calculo das agdes para combinacao iitima: Fx fopresenta as agées permanentes diretas; Fa representa as a¢6es indretas permanentes como a retragdo Fix @ variévels como a temperatura Fa Farepresenta as agbes variaveis diretas das quais Fax 6 escolhida principal; ova Yo t= Ver tabla 11.4 Ve. You Ver tabeta 11.2: Feeropresenta as agdes establlzantes Fa tepresenta as agbes néo estabilzantes; Gx. 0 valor caracteristico da ago permanente establizant; Ra 6 0 esforco resistente considerado como estabilizante, quando houver Gx. 6 0 valor caracterisico da agdo permanente instabiizante; 2 = 04 + SyaOy Qu & 0 valor caracteristico das ages variéveis instabilzantes; Qi 8 0 valor caracteristico da aco variével instablizante considerada como principal We @ Qy 880 as demais agées varidveis instabilizantes, consideradas com seu valor reduzido; san 0 valor caracteristico minimo da agdo vardvel estabilzante que acompanha obrigatoriamente uma aga variével instabilzante No caso geral, devem ser consideradas inclusive combinagdes onde o efelto favordvel das cargas permanentes seja reduzido pela consideragao de ve = 1,0. No caso de estruturas usuais de edificios essas combinagdes que consideram 1 Feduzido (1,0) ndo precisam ser consideradas. ® Quando Fy: 0u Fetes aluarem em tempo muito pequeno ou tiverem probabilidade de ocorréncia muito baixa ya, pode ser substituido por wa, ‘© ABNT 2004 — Todos os direitos reservados 61 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 11.8.3 Combinagées de servigo 11.831 Classificagao na estrutura e devem ser verificadas como estabelecido a Sao classificadas de acordo com sua permanén: seguir: a) quase permanentes: podem atuar durante grande parte do periodo de vida da estrutura e sua consideragéio pode ser necesséria na verificagao do estado limite de deformagdes excessivas, b) freqlentes: se repetem muitas vezes durante o periodo de vida da estrutura e sua consideracao pode ser necessaria na verificagao dos estados limites de formagao de fissuras, de abertura de fissuras e de vibragdes excessivas, Podem também ser consideradas para verificagdes de estados limites de deformagées excessivas decorrentes de vento ou temperatura que podem comprometer as vedacées; ©) raras: ocorrem algumas vezes durante 0 periodo de vida da estrutura e sua consideracao pode ser necessaria na verificacdo do estado limite de formagao de fissuras, 11.8.3.2. Combinagées de servigo usuais Para facilitar a visualizagao, essas combinagbes esto dispostas na tabela 11.4. Tabela 11.4 - Combinagées de servigo Combinagées de servigo (ELS) Descrigéo Calculo das solicitagses Combinagées quase permanentes de servigo (COP) Nas combinagdes quase permanentes de servigo, todas as agées varidveis sao consideradas com seus valores | Fs, si= Fait © Va Fuk quase permanentes W2 Fix Nas combinagées freqiientes de servico, a ago variével principal Fay 6 tomada com seu valor freqiiente 1 Faye € todas as demais agdes variaveis sao tomadas Combinagdes freqiientes de E Fon + ws Fann + 2 Woy Fan servige (CF) | com seus valores quase permanentes vz Fax Combinagées | N88 combinagses raras de servigo, a ago variavel principal F,y 6 tomada com seu valor caracteristico Fay, + Fegt for) de service | ¢ todas as demais ages sao tomadas com seus Fan + Far + © ry Fax valores freqiientes wi Fax ‘Onde: Fasu 6 0 valor de céloulo das agées para combinagées de servigo: Fan 60 valor caracteristico das ages variavels principais diretas; v1 600 fator de redugdo de combinagdo freqiente para ELS: vy26 0 fator de redugao de combinagao quase permanente para ELS. 62 © ASNT 2004 — Todos 08 ciratos reservados Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 12 Resisténcias 12.1 Simbologia especifica desta segao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta seco, os ibolos mais utiizados, ou que poderiam gerar dividas, encontram-se a seguir definidos. A simbologia apresentada nesta segdo segue a mesma orientagao estabelecida na seco 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém o mesmo significado apresentado em 4.3, T- Resisténcia (ver segdo 8) ‘i= Parte do coeficiente de ponderacao das resisténcias y,, que considera a variabilidade da resisténcia dos materials envolvidos ‘no~ Parte do coeficiente de ponderagao das resisténcias ym, que considera a diferenga entre a resisténcia do material no corpo-de-prova e na estrutura 1ins~Parte do coeficiente de ponderacao das resisténcias ym, que considera os desvios gerados na construgdo @ as aproximagées feltas em projeto do ponto de vista das resisténcias 12.2 Valores caracteristicos Os valores caracteristicos f das resisténcias so os que, num lote de material, tm uma determinada probabilidade de serem ultrapassados, no sentido desfavordvel para a seguranga. Usualmente é de interesse a resisténcia caracteristica inferior iy, culo valor 6 menor que a resisténcia média fn, embora por vezes haja interesse na resisténcia caracteristica superior fap, Cujo valor & maior que fy, Para os efeitos desta Norma, a resisténcia caracteristica inferior 6 admitida como sendo o valor que tem apenas 5% de probabilidade de nao ser atingido pelos elementos de um dado lote de material 12.3 Valores de calculo 12.3.1 Resisténcia de célculo Aresisténcia de calculo fy ¢ dada pela expresso’ 12.3.2 Tensées resistentes de calculo As tensées resistentes de calculo cps OU tre Sao estabelecidas para a determinagdo das solicitagées resistentes de célculo que néo dependam diretamente das resisténcias medidas convencionalmente em ensaios de corpos-de-prova padronizados dos materiais empregados. Os valores de aps @ tes SAO estabelecidos, em cada caso particular, a partir das teorias de resisténcia dos elementos estruturais considerados. 12.3.3 Resisténcia de calculo do concreto No caso especifico da resisténcia de calcul do concreto (fs), alguns detalhes adicionais sdo necessérios, conforme a seguir deserito: a) quando a verificagao se faz em data jigual ou superior a 28 dias, adota-se a expresso: ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 63 Cépia no autorizada ABNT NBR 6118:2003 Nesse caso, 0 controle da resisténcia compressao do concreto deve ser feito aos 28 dias, de forma a confirmar 0 valor de fa, adotado no projeto; b) quando a verificagao se faz em data / inferior a 28 dias, adota-se a expresso: sendo fi a relago fuy/fx dada por: Ba = exp (s[1—(28/0"]} onde: £38 para conereto de cimento CPI e IV; 0,25 para concreto de cimento CPI e Il; ,20 para conereto de cimento CPV-ARI; 6a idade efetiva do concreto, em dias. Essa verificagdo deve ser feita aos f dias, para as cargas aplicadas até essa data Ainda deve ser feita a verificagao para a totalidade das cargas aplicadas aos 28 dias. Nesse caso, 0 controle da resisténcia & compressdo do concreto deve ser feito em duas datas: aos t dias 08 28 dias, de forma a confirmar 08 valores de fa € fa, adotados no projeto. 12.4 Coeficientes de ponderacao das resisténcias As resistencias devem ser minoradas pelo coeficiente: = Yt Tra Ys 12.4.1 Coeficientes de ponderacao das resisténclas no estado limite ultimo (ELU) Os valores para verificagao no estado limite ditimo estdo indicados na tabela 12.1 Tabela 12.1 - Valores dos coeficientes y. ¢ ys Conereto ‘Ago Combinagées ye % Normais 14 115 Especiais ou de construgao 12 115 Excepcionais 1.2 1.0 64 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Para a execugao de elementos estruturais nos quais estejam previstas condigdes desfavoraveis (por exemplo, mas condigées de transporte, ou adensamento manual, ou coneretagem deficiente por concentragao de armadura), 0 coeficiente y. deve ser multilicado por 1,1 Para elementos estruturais pré-moldados e pré-fabricados, deve ser consultada a ABNT NBR 9062 Admite-se, no caso de testemunhos extraidos da estrutura, dvidir 0 valor de y. por 1,1 Admite-se, nas obras de pequena importéncia, 0 emprego de ago CA-25 sem a realizagao do controle de qualidade estabelecido na ABNT NBR 7480, desde que 0 coeficiente de ponderagao para 0 ago seja multiplicado por 1,1. 12.42 Coeficientes de ponderagao das resisténcias no estado limite de servico (ELS) Os limites estabelecidos para os estados limites de servigo (ver segdes 17, 19 © 23) nao necessitam de minoragao, portanto, Ym, = 1,0. 12.5 Verificagao da seguranca Na verificagao da seguranca das estruturas de concreto devem ser atendidas as condigdes construtivas e as condigées analiticas de seguranga. 12.5.1 Condigées construtivas de seguranga Devem ser atendidas as exigéncias estabelecidas: — nos critérios de detalhamento constantes das segdes 18 © 20; — nas normas de controle dos materiais, especialmente a ABNT NBR 12655; — no controle de execugao da obra, conforme ABNT NBR 14931 e Normas Brasileiras especificas. 12.5.2 Condigées analiticas de seguranga As condigées anallticas de seguranga estabelecem que as resisténcias nao devem ser menores que as solicitagdes e devem ser verificadas em relagdo a todos os estados limites © todos os carregamentos especificados para o tipo de construgdo considerado, ou seja, em qualquer caso deve ser respellada a condigao: Ra > Se Para a verificagdo do estado limite tltimo de perda de equilibrio como corpo rigid, R, eS, devem assumir os valores de célculo das agées estabilizantes e desestabilizantes respectivamente, 12.5.3 Esforgos resistentes de calculo Os valores de calculo dos esforgos resistentes so determinados a partir dos valores de cdiculo das resisténcias dos materiais adotados no projeto, ou das tensdes resistentes de cdlculo, como definido em 12.3.1 Para aplicagées especificas, ver secdes 17, 19 € 23. 12.5.4 Esforcos solicitantes de célculo As solicitagées de célculo so calculadas, para a combinagdo de agdes considerada, de acordo com a analise estrutural (ver sego 14), ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 65 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 413 Limites para dimensées, deslocamentos e aberturas de fissuras 13.1 Simbologia especifica desta segdo De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta segao, os simbolos mais utiizados, ou que poderiam gerar dividas, encontram-se a seguir definidos, A simbologia apresentada nesta sego segue a mesma orientacdo estabelecida na seco 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém 0 mesmo significado apresentado em 4.3, i, - Abertura caracteristica de fissuras na superficie do concreto 13.2 Dimensées limites 13.2.1 Introdugdo A prescrigo de valores limites minimos para as dimensées de elementos estruturais de concreto tem como objetivo evitar um desempenho inaceitavel para os elementos estruturais e propiciar condigdes de execugao adequadas, 13.2.2 Vigas e vigas-parede A segao transversal das vigas nao deve apresentar largura menor que 12 cm e das vigas-parede, menor que 15 cm. Estes limites podem ser reduzidos, respeitando-se um minimo absoluto de 10 cm em casos excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes condigdes: a) alojamento das armaduras e suas interferéncias com as armaduras de outros elementos estruturais, respeitando os espagamentos e coberturas estabelecidos nesta Norma: b)_langamento e vibragao do concreto de acordo com a ABNT NBR 14931 13.2.3 Pilares e pilares-parede A segao transversal de pilares e pilares-parede macigos, qualquer que seja a sua forma, nao deve apresentar dimensao menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideragao de dimensées entre 19 om © 12 om, desde que se multipiquem as ages a serem consideradas no dimensionamento por um coeficiente adicional y,, de acordo com 0 indicado na tabela 13.1 ena segdo 11. Em qualquer caso, ndo se permite pilar com segao transversal de area inferior a 360 cm’, Tabela 13.1 ~ Valores do coeficiente adicional , efee)« [7] «fs ff» | | 100 | 105 | mo | we | sa [vas | sao | tas One r= 498-0058 b & a menor dimenséo da segao transversal do pilar. NOTA 0 coeficiente y» deve majorar os esforgos solicitantes finais de célculo nos pilares, quando de sou dimensionamento 66 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 13.24 Lajes 13.241 Lal maces Nas lajes macigas devem ser respeitados os seguintes limites minimos para a espessura: a) 5m para lajes de cobertura nao em balango; b) 7 om para lajes de piso ou de cobertura em balango; c) 10 om para lajes que suportem veiculos de peso total menor ou igual a 30 kN; 4). 12m paratees que syportem velcuos de peso ttl maior que 30 kN: 18cm para jes com poten aplades em vias, para aes de po biapoiadas © para aes de pis continuas f) 16 om para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo. 13242 Lajos nervurades A espessura da mesa, quando no houver tubulacées horizontais embutidas, deve ser maior ot da distancia entre nervuras e ndo menor que 3 cm. © valor minimo absoluto deve ser 4 cm, quando existirem tubulagées embutidas de diametro maximo 12,5 mm, ‘A espessura das nervuras no deve ser inferior a 5 cm. Nervuras com espessura menor que 8 cm no devem conter armadura de compresséo. Para o projeto das lajes nervuradas devem ser obedecidas as seguintes condigées: a) para lajes com espacamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 65 cm, pode ser dispensada a verificagdo da flexao da mesa, ¢ para a verificagao do cisalhamento da regido das nervuras, permite-se a consideragao dos crtérios de iaje; b) para lajes com espagamento entre eixos de nervuras entre 65 cm @ 110 cm, exige-se a verificagao da fiexéo da mesa © as nervuras devem ser verificadas ao cisalhamento como vigas; permite-se essa verificacdo como lajes se o espagamento entre eixos de nervuras for até 90 cm e a largura média das nervuras for maior que 12 cm; ©) para lajes nervuradas com espagamento entre eixos de nervuras maior que 110 cm, a mesa deve ser Projetada como laje maciga, apoiada na grelha de vigas, respeitando-se os seus limites minimos de espessura. 13.2.5 Furos e aberturas Quando forem previstos furs © aberturas em elementos estruturais, seu efeito na resisténcia © na deformagao deve ser verificado ¢ ndo devem ser ultrapassados os limites previstos nesta Norma, obedecido o disposto em 213 De maneira geral os furos tém dimensdes pequenas em relagdo ao elemento estrutural enquanto as aberturas nao. Um conjunto de furos muito préximos deve ser tratado como uma abertura. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 67 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 13.2.5.1 Furos que atravessam vigas na diregao de sua largura Em qualquer caso, a distancia minima de um furo a face mais préxima da viga deve ser no minimo igual a 5 cm e duas vezes 0 cobrimento previsto para essa face. A segao remanescente nessa regio, tendo sido descontada a area ocupada pelo furo, deve ser capaz de resistir aos esforcos previstos no céleulo, além de permitir uma boa concretagem. Devem ser respeitadas, simultaneamente, para dispensa da veriicagao, as seguintes condigdes: a) furos em zona de tragdo e a uma distancia da face do apoio de no minimo 2 h, onde h é a altura da viga: b) dimensdo do furo de no maximo 12 em ¢ hi/3; ©) distancia entre faces de furos, num mesmo tramo, de no minimo 2 h; 4) cobrimentos suficientes © ndo seccionamento das armaduras (ver segdo 7), 13.2.5.2 Aberturas que atravessam lajes na direcdo de sua espessura Em lajes lisas ou lajes-cogumelo, a verificagao de resisténcia e deformagao previstas em 13.2.5 deve sempre ser realizada. Outros tipos de lajes podem ser dispensadas dessa verificagéo, devendo ser armadas em duas diregdes e verificadas, simultaneamente, as seguintes condicdes a) _as dimensées da abertura deve corresponder no maximo a 1/10 do vao menor (f,) (ver figura 13.1); b) a distancia entre a face de uma abertura e uma borda livre da laje deve ser igual ou maior que 1/4 do vao, na diregdo considerada; e ©) distancia entre faces de aberturas adjacentes deve ser maior que a metade do menor vo. uy a, | nbn (Gxaje twee | Pestnaeretes® |Coniaio de reson protensao & Nt [oem 2 b, e 2, Li », 18 b, Figura 14.2 - Largura de mesa colaborante 78 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Quando a laje apresentar aberturas ou interrupgées na regiao da mesa colaborante, a variagao da largura efetiva (by) da mesa deve respeitar 0 maximo bye limitacées impostas pelas aberturas conforme mostra a figura 14.3. abertura 2 Su To b, be Figura 14.3 - Largura efetiva com abertura 146.2.3 Misulas e variagées bruscas de segées Na ocorréncia de misula ou vatiagao brusca de segao transversal, s6 deve ser considerada como parte efetiva da segao aquela indicada na figura 14.4. ura 14,4 - Altura e largura efetivas de uma seco transversal 146.24 Vaos efetivos de © vao efetivo pode ser calculado por: bop = to + 4 + 2 com a; igual ao menor valor entre (4/2 @ 0,3h) @ @ igual ao menor valor entre (t/2 e 0,3h), conforme figura 14.5. 79 {© ABNT 2004 — Totos os direitos reservados Cépia no autorizada ABNT NBR 6118:2003 vy Wy a) Apoio de vio extremo ) Apoio de vao intermediario Figura 14.5 - Vio efetivo 14.6.3 Arredondamento do diagrama de momentos fletores diagrama de momentos fletores pode ser arredondado sobre os apoios e pontos de aplicago de forcas consideradas como concentradas e nés de pérticos. Esse arredondamento pode ser feito de maneira aproximada conforme indicado na figura 14.6 au | jam, am Tam, | . L L\ 2 R, Re t aM = Rue AM,= Ryt/4 Figura 14.6 - Arredondamento de diagrama de momentos fletores 80 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 1464 Analise \ear com ou sem redi igdo Aplicam-se as estruturas de elementos lineares as condigdes gerais expressas em 14.5.2 © 14.5.3 @ as condigdes especificas apresentadas em 14.6.4.1 a 14.6.4.3. 14.6.4.1 Valores de rigidez Para o célculo da rigidez dos elementos estruturais permite-se, como aproximagao, tomar 0 médulo de elasticidade secante (E.,) (ver 8.2.8) eo momento de inércia da seeao bruta de concreto. Para verificagao das flechas devem obrigatoriamente ser consideradas a fissuracdo e a fluéncia, usando, por exemplo, o critério de 17.3.2.1 14.6.4.2 Restricdes para a redistribuicao As redistribuigdes de momentos fletores e de torgao em pilares, elementos lineares com preponderaincia de compressio € consolos, s6 podem ser adotadas quando forem decorrentes de redistribuigées de momentos. de vigas que a eles se liguem. Quando forem utilzados procedimentos aproximados, apenas uma pequena redistribuigao € permitida em estruturas de nés méveis (ver 14.6.4.3), As redistribuigdes implicitas em uma andlise de segunda ordem devem ser realizadas de acordo com a segao 15. lade 146.43 Limites para redistribuicao de momentos e condicées de dut A capacidade de rotagao dos elementos estruturais é fungao da posigao da linha neutra no ELU. Quanto menor for x/d, tanto maior serd essa capacidade. Para melhorar a dutiidade das estruturas nas regides de apoio das vigas ou de ligagdes com outros elementos estruturais, mesmo quando nao forem fellas redistribuigdes de esforcos solictantes, a posi¢ao da linha neutra no ELU deve obedecer aos seguintes limites: a) sd <0,50 para concretos com fa, < 35 MPa; ou b) xd < 0,40 para concretos com f > 35 MPa. Esses limites podem ser alterados se forem utllizados detalhes especiais de armaduras, como por exemplo (05 que produzem confinamento nessas regides. Quando for efetuada uma redistribuigéo, reduzindo-se um momento fletor de M para 6M, em uma determinada segao transversal, a relagao entre 0 coeficiente de redistribuigao 6 ¢ a posigao da linha neutra nessa segdo x/d, para o momento reduzido 3M, deve ser dada por: a) 820,44 + 1,25 x/d para concretos com f,<35 MPa; ou b) 820,56 + 1,25 x/d para concretos com f,,> 35 MPa, © coeficiente de redistribuig&o deve, ainda, obedecer aos seguintes limites: a) 820,90 para estruturas de nés méveis; b) 820,75 em qualquer outro caso. Pode ser adotada redistribuig&o fora dos limites estabelecidos nesta Norma, desde que a estrutura seja calculada mediante 0 emprego de andlise ndo-linear ou de andlise plastica, com verificagdo explicita da capacidade de rotacao de rotulas plasticas. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 81 Cépia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 14.8.5 Anilise plastica Para verificagdes de estados limites ultimos pode ser efetuada a andlise plastica da estrutura, com a lulagao de rétulas plasticas localizadas nas segées criticas. E obrigatéria a verificagao das rotacdes nas rétulas plastics, correspondentes aos mecanismos adotados, que ndo podem superar a capacidade de rotagdo plastica das segdes transversals correspondentes. Esse limite, fungao da profundidade relativa x/d da linha neutra na se¢&o para o momento fletor considerado na rétula, pode ser determinado através da figura 14.7, para razo a/d igual a 6 (onde: a é a distancia entre Pontos de momento nulo da regido que contém a segao plastificada). Para outras relagdes a/d, multiplicar os valores extraidos da figura 14.7 por yla/d)/6 1000 0, 30 20 2 \ — ago CA-60 10 = demais agos 1 0 01 02 03 04 05 xId Curvas tracejadas: — Curva t: para xld 20,17 = 1000 05,=2 dix — Curva 2: para xld > 0,18 => 1 000 0,= 3,5 ax Figura 14.7 - Capacidade de rotagao de rétulas plasticas A verificagdo da capacidade de rotagao de rétulas plasticas deve ser feita para cada uma das combinagdes de carregamento consideradas. Atengao especial deve ser dada a verificago da fissuracdo nas rétulas para condigdes de servigo. Anélises nao-lineares s4o permitidas tanto para verificagdes de estados limites ultimos como para verificagdes de estados limites de servico. 14.67 Estruturas usuais de edificios - Aproximagées permitidas 1467.1 Vigas continuas Pode ser utiizado 0 modelo classico de viga continua, simplesmente apoiada nos pilares, para 0 estudo das cargas verticais, observando-se a necessidade das seguintes corregées adicionais. a) no devem ser considerados momentos positives menores que os que se obteriam se houvesse ‘engastamento perfeito da viga nos apoios internos; b) quando a viga for solidéria com o pilar intermediario e a largura do apoio, medida na diregdo do eixo da viga, for maior que a quarta parte da altura do pilar, nao pode ser considerado momento negativo de valor absoluto menor do que 0 de engastamento perfeito nesse apoio; 82 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Copia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 ©) quando nao for realizado o cdlculo exato da influéncia da solidariedade dos pilares com a viga, deve ser considerado, nos apolos extremos, momento fletor igual ao momento de engastamento perfeito multiplicado pelos coeficientes estabelecidos nas seguintes relagoes: — na viga: Fig + Fit oh — no tramo superior do pilar: f, sup 7 vig Fit Fe — no tramo inferior do pilar: sendo: onde: 16 tigidez do elemento i no né considerado, avaliada conforme indicado na figura 14.8. £49 2 t ve Figura 14.8 - Aproximagao em apoios extremos ‘Aiternativamente, o modelo de viga continua pode ser melhorado, considerando-se a solidariedade dos pilares com a viga, mediante a introdugao da rigidez a flexdo dos pilares extremos ¢ intermediarios. A adequabilidade do modelo empregado deve ser verificada mediante anlise culdadosa dos resultados obtidos, Cuidados devem ser tomados para garantir o equilibrio de momentos nos nés viga-pilar, especialmente nos modelos mais simples, como o de vigas continuas, ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 83 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 14.6.7.2 Grelhas e pérticos espaciais Os pavimentos dos edificios podem ser modelados como greihas, para estudo das cargas verticals, considerando-se a rigidez a flexdo dos pilares de maneira andloga a que foi prescrta para as vigas continuas. De maneira aproximada, nas grelhas @ nos pérticos espaciais, pode-se reduzir a rigidez a torcao das vigas Por fissuragao utilizando-se 15% da rigidez eldstica, exceto para os elementos estruturais com protenséo limitada ou completa (niveis 2 ou 3). Perfis abertos de parede fina podem ser modelados considerando o disposto em 17.5. 14.6.7.3 Consideragao de cargas variaveis Para estruturas de edificios em que a carga variavel seja no maximo igual a 20% estrutural pode ser realizada sem a consideragao de alternancia de cargas, da carga total, a andlise 146.74 Estrutura de contraventamento lateral A laje de um pavimento pode ser considerada como uma chapa totalmente rigida em seu plano, desde que do apresente grandes aberturas e cujo lado maior do retangulo circunscrito ao pavimento em planta néo supere em trés vezes o lado menor. 14.7 Estruturas com elementos de placa 14.7.1 Hipéteses basicas Estruturas de placas podem ser analisadas admitindo-se as seguintes hipéteses: a) _manutengao da seco plana apés a deformagao, em faixas suficientemente estreitas; b)_representagio dos elementos por seu plano médio. 14.7.2 Caracterizacao da geometria 14.7.2.1 Misulas e variacées bruscas de espessuras ‘Altura efetiva a ser considerada é mostrada na figura 14.4, 14.7.2.2 Vaos efetivos de lajes ou placas Quando os apoios puderem ser considerados suficientemente rigidos quanto a translago vertical, 0 vo efetivo deve ser calculado pela seguinte expressao: by = bot ay tap Os valores de a; € az, em cada extremidade do vao, podem ser determinados pelos valores apropriados de a na figura 14.5. 14.73 Analise linear com ou sem redistribuigao Aplicam-se as estruturas de placas métodos baseados na teoria da elasticidade, com coeficiente de Poisson igual a 0,2. Dever ser atendidas as condigdes gerais expressas em 14.5.2 e 14.5.3 e as condigées especificas apresentadas em 14.7.3.1 @ 14.7.3.2 84 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 14.73.41 Valores de rigidez Para verificagao do estado limite de deformagéo excessiva podem ser utiizados valores de rigidez do estadio |, considerando © médulo de elasticidade secante do concreto, desde que os momentos fletores sejam menores que o de fissuracao. Os eventuais efeitos de fissuragao @ deformagao lenta devem ser considerados de forma andloga aos procedimentos expostos na se¢ao 17. 14.7.3.2 Redistribuigao de momentos e condigées de dutilidade Quando for efetuada uma redistribuigdio, a relagao entre 0 coeficiente 5 (conforme 14.6.4.3) © a posigao da linha neutra é dada por: a) 820,44 + 1,25 wd para concretos com fix < 35 MPa; b) 8 > 0,56 + 1,25 x/d para concretos com f., > 35 MPa. © coeficiente de redistribuigo deve, ainda, obedecer ao limite 8 > 0,75. 14.7.4 Anélise plastica Para a consideragao do estado limite ltimo, a anélise de esforgos pode ser realizada através da teoria das charneiras plasticas. Para garantia de condigées apropriadas de dutilidade, dispensando a verificago explicita da capacidade de rolagdo plastica, prescrita em 14.6.5, deve-se ter a posigdo da linha neutra limitada em: w/d < 0,30 Na falta de melhores dados experimentais, deve ser adotada, para lajes retangulares, razo minima de 1,5:1 entre momentos de borda (com continuidade e apoio indeslocavel) e momentos no vao. Cuidados especiais devem ser tomados em relagdo a fissurago e verificagao das flechas no ELS, principalmente quando se adota a relagao entre momentos muito diferente da que resulta de uma andlise elastica, 14.7.5 Anélise ndo-linear Andlises ndo-lineares séo permilidas tanto para verificagdes de estados limites tllimos como para verificagdes de estados limites de servigo 14.7.6 Lajes macigas 14.7.6.1 Reagdes de apoio Para o calculo das reagdes de apoio das lajes macigas retangulares com carga uniforme podem ser feitas as seguintes aproximacées: a) as reagdes em cada apoio séo as correspondentes as cargas atuantes nos triéngulos ou trapézios, determinados através das charneiras plasticas correspondentes a analise efetivada com os critérios de 14.7.4, sendo que essas reagdes podem ser, de maneira aproximada, consideradas uniformemente distribuidas sobre os elementos estruturais que thes servem de apoio; b) quando a analise plastica nao for efetuada, as chameiras podem ser aproximadas por retas inclinadas, a partir dos vértices com os seguintes angulos: — 45° entre dois apoios do mesmo tipo; ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 85 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 — 60° a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado simplesmente apoiado; — 90° a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre. 14.7.6.2 Aproximagées para diagramas de momentos fletores Quando houver predominancia de cargas permanentes, as lajes vizinhas podem ser consideradas como isoladas, realizando-se compatibilizagao dos momentos sobre os apoios de forma aproximada No caso de andlise pldstica, a compatibilizagao pode ser realizada mediante alteragdo das razées entre momentos de borda e vao, em procedimento iterativo, até a obtengao de valores equilibrados nas bordas. Permite-se, simplificadamente, a adogao do maior valor de momento negativo ao invés de equilibrar os momentos de lajes diferentes sobre uma borda comum. 14.77 Lajes nervuradas Lajes nervuradas sao as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tragao para momentos positives esta localizada nas nervuras entre as quals pode ser colocado material inerte. As lajes com nervuras pré-moldadas devem atender adicionalmente as prescriges de Normas Brasileiras especificas. Todas as prescricées anteriores relativas as lajes podem ser consideradas validas, desde que sejam obedecidas as condiges de 13.2.4.2 Quando essas hipéteses nao forem verificadas, deve-se analisar a laje nervurada considerando a capa como laje maciga apoiada em grelha de vigas. As lajes nervuradas unidirecionais devem ser calculadas segundo a diregao das nervuras desprezadas a rigidez transversal e a rigidez a torgao. As lajes nervuradas bidirecionais (conforme ABNT NBR 14859-2) podem ser calculadas, para efeito de esforgos solicitantes, como lajes macicas. 14.7.8 Lajes lisas ¢ lajes-cogumelo Lajes-cogumelo so lajes apoladas diretamente em pilares com capitéis, enquanto lajes lisas so as apoiadas nos pilares sem capiteis. A andlise estrutural de lajes lisas e cogumelo deve ser realizada mediante emprego de procedimento numérico adequado, por exemplo, diferencas finitas, elementos finitos e elementos de contorno. Nos casos em que os pilares estiverem dispostos em filas ortogonais, de maneira regular e com vaos pouco diferentes, 0 calculo dos esforgos pode ser realizado pelo processo elastico aproximado, com redistribuigao, que consiste em adotar em cada dirego pérticos milliplos, para obtengao dos esforgos solicitantes. Para cada pértico deve ser considerada a carga total. A distribuigo dos momentos, obtida em cada direco, segundo as faixas indicadas na figura 14.9, deve ser feita da seguinte maneira: a) 45% dos momentos positives para as duas faixas internas; b) 27.5% dos momentos positivos para cada uma das faixas externas; ) 25% dos momentos negatives para as duas faixas internas; 4) 37.5% dos momentos negativos para cada uma das faixas externas. 86 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Devem ser cuidadosamente estudadas as ligagées das lajes com os pilares, com especial atencao aos casos ‘em que no haja simetria de forma ou de carregamento da laje em relago ao apoio. Obrigatoriamente devem ser considerados os momentos de ligagao entre laje e pilares extremos. ‘A pungao deve ser verificada de acordo com 19.5. [esa Faixa externa (f,) Faixas internas (f) Faixa extema (f,) Figura 14.9 - Faixas de laje para distribuigao dos esforcos nos pérticos milltiplos 14.8 Estruturas contendo outros elementos 14.8.1 Vigas-parede e pilares-parede Para vigas-parede ou pilares-parede podem ser utliizadas a analise linear ou a andlise néo-linear. A andlise linear, na maioria dos casos, deve ser realizada com 0 emprego de procedimento numérico adequado, como, por exemplo, diferengas finitas, elementos finitos e elementos de contorno, Para a consideragao de uma viga-parede ou um pilar-parede como componente de um sistema estrutural, permite-se representé-lo por elemento linear, desde que se considere a deformagao por cisalhamento, e um ajuste de sua rigidez a flexao para 0 comportamento real. 14.8.2 Blocos Para os blocos podem ser utilizadas a analise linear, a analise plastica ou a andlise ndo-linear. A anidlise linear, na maioria dos casos, deve ser realizada com 0 emprego de procedimento numérico, adequado, como, por exemplo, diferencas finitas ¢ elementos finitos. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 87 Cépia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 15 Instabilidade e efeitos de 2? ordem 15.1 Simbologia especifica desta segao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta segao, os simbolos mais utiizados, ou que poderiam gerar dividas, encontram-se a seguir definidos. A simbologia apresentada nesta segao segue a mesma orientagao estabelecida na segao 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém 0 mesmo significado apresentado em 4.3. e;- Excentricidade de 1? ordem (ndo inclui a excentricidade acidental) e+ Excentricidade devida ao fendmeno de fluéncia (Etjac- Rigidez secante (Et)eq- Rigidez equivalente Myq- Momento fletor de 18 ordem, de célculo, na faixa i, diregao y a. Parametro de instabllidade ‘1e- Coeficiente de majoracao dos esforeos globais finals de 1? ordem para obtencao dos finals de 2* ordem x Rigidez secante adimensional 2, Valor limite para indice de esbeltez (contempla excentricidade acidental do pilar) @;~Desaprumo de um elemento vertical continuo - Desaprumo em um lance de pilar de altura £ 15.2 Campo de aplicagao e conceitos fundamentais Esta sego se aplica principalmente a estruturas constituidas por barras submetidas a flexdo composta, onde a contribuigao da torcao, nos efeitos de 2? ordem, possa ser desprezada Os principios desta segdo podem ser aplicados a outros tipos de elementos estruturai paredes e vigas-parede. como cascas, Nas estruturas de concreto armado, 0 estado limite ultimo de instabilidade 6 atingido sempre que, ao crescer a intensidade do carregamento e, portanto, das deformagées, ha elementos submetidos a flexo-compressao em que o aumento da capacidade resistente passa a ser inferior ao aumento da solicitagao. Existem nas estruturas trés tipos de instabilidade: a) nas estruturas sem imperfeigdes geométricas iniciais, pode haver (para casos especiais de carregamento) perda de estabilidade por bifurcagdo do equilibrio (flambagem); b) em situagdes particulares (estruturas abatidas), pode haver perda de estabilidade sem bifurcagao do ‘equilibrio por passagem brusca de uma configuragao para outra reversa da anterior (ponto limite com reversio) c) em estruturas de material de comportamento néo-linear, com imperfeig6es geométricas iniciais, nfo ha perda de establlidade por bifurcagao do equilibrio, podendo, no entanto, haver perda de estabilidade quando, ao crescer a intensidade do carregamento, o aumento da capacidade resistente da estrutura passa a ser menor do que 0 aumento da solicitagdo (ponto limite sem reversao) 88 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia no autorizada ABNT NBR 6118:2003 Qs casos a) e b) podem ocorrer para estruturas de material de comportamento linear ou nao-linear, Efeitos de 2* ordem sao aqueles que se somam aos obtidos numa andlise de primeira ordem (em que o ‘equilfbrio da estrutura estudado na configuragao geométrica inicial), quando a andlise do equilibrio passa a ser efetuada considerando a configuracao deformada. Os efeitos de 2 ordem, em cuja determinagao deve ser considerado 0 comportamento néo-linear dos materiais, podem ser desprezados sempre que nao representem acréscimo superior a 10% nas reagdes e nas solicitagdes relevantes da estrutura, 15.3 Pr basico de calculo A analise estrutural com efeitos de 2° ordem deve assegurar que, para as combinagdes mais desfavoraveis das agées de célculo, ndo ocorra perda de estabilidade nem esgotamento da capacidade resistente de célculo. A ndo-tinearidade fisica, presente nas estruturas de concreto armado, deve ser obrigatoriamente considerada A deformabilidade dos elementos deve ser calculada com base nos diagramas tensdo-~leformagao dos materiais definidos na segao 8. A tensao de pico do concreto deve ser igual a 1,10 fu, jA incluido o efeito de carga mantida (Riisch), e a do ago igual a fy, com os valores de y. € 7 utiizados para o ELU, A verificagao da capacidade resistente deve ser feita conforme prescrigdes da segao 17. Possiveis incertezas nas caracteristicas dos apoios da estrutura e na deformabilidade desta devem ser consideradas na analise. 15.3.1 Relagées momento-curvatura © principal efeito da nao-linearidade pode, em geral, ser considerado através da construgao da relagéo momento-curvatura para cada seco, com armadura suposta conhecida, e para o valor da forga normal atuante. Pode ser considerada também a formulagdo de seguranga em que se calculam os efeitos de 2* ordem das cargas majoradas de y4/y;, que posteriormente séo majorados de ys, Com ys = 1,1, com a seguinte equagao: Saiot= 1,10 Ss (F) onde: Para escolha da combinagao de ages e dos coeficientes ye yo, ver a segao 11 Assim, a relaco momento-curvatura apresenta 0 aspecto da figura 15.1 ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 89 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Curva obtida ‘com 1,10 fos Mag ied Me 2 tu Ky Cava obtda oee Ur Figura 15.1 - Relagdo momento-curvatura ‘A curva cheia AB, que, a favor da seguranga, pode ser linearizada pela reta AB, ¢ utllizada no calculo das deformagées. A curva tracejada, obtida com os valores de calculo das resisténcias do conereto e do ago, é utlizada somente para definir os esforgos resistentes Maz € Nag (ponto de maximo). Arreta AB é caracterizada pela rigidez secante (El)z.-, que pode ser utilizada em processos aproximados para flexo composta normal ou obliqua Define-se como rigidez secante adimensional x 0 valor dado por = (Elece WAP?) onde: ‘n6 a altura da segao considerada Esse valor da rigidez secante adimensional pode ser colocado, em conjunto com os valores titimos de Nag ‘Maa, em Abacos de interacao forga normal-momento fletor. 15.3.2 Imperfeigées geométricas As imperfeigdes geométricas (global e local) devem ser consideradas de acordo com o prescrito em 1.3.3.4. icagao das estruturas 15.4.1 Efeitos globais, locais e localizados de 2" ordem Sob a ago das cargas verticais e horizontais, os nés da estrutura deslocam-se horizontalmente. Os esforcos de 2% ordem decorrentes desses deslocamentos so chamados efeitos globais de 2* ordem. Nas barras da estrutura, como um lance de pilar, os respectivos eixos ndo se mantém retilineos, surgindo af efeitos locais de 2? ordem que, em principio, afetam principalmente os esforgos solicitantes ao longo delas. Em pilares-parede (simples ou compostos) pode-se ter uma regiéo que apresenta néo retilinidade maior do que a do eixo do pilar como um todo. Nessas regiées surgem efeitos de 2" ordem maiores, chamados de efeitos de 2? ordem localizados (ver figura 15.2). O efeito de 2% ordem localizado, além de aumentar nessa regido a flexo longitudinal, aumenta também a flexdo transversal, havendo a necessidade de aumentar os estribos nessas regides. 90 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 2! ordem localizado localizado Figura 15.2 - Efeitos de 2° ordem localizados 15.4.2 Estruturas de nés fixos e estruturas de nés méveis As estruturas so consideradas, para efeito de célculo, como de nés fixos, quando os deslocamentos horizontais dos nés so pequenos e, por decorréncia, os efeitos globais de 2* ordem sdo despreziveis {inferiores a 10% dos respectivos esforgos de 1” ordem). Nessas estruturas, basta considerar os efeitos locais e localizados de 2? ordem. As estruturas de nés méveis sao aquelas onde os deslocamentos horizontais nao séo pequenos e, em decorréncia, os efeitos globais de 2? ordem so importantes (superiores a 10% dos respectivos esforgos de 1# ordem). Nessas estruturas devem ser considerados tanto os esforgos de 2 ordem globais como os locais localizados. Todavia, ha estruturas em que os deslocamentos horizontais so grandes e que, no obstante, dispensam a considerago dos efeitos de 2% ordem por serem pequenas as forgas normais e, portanto, pequenos os acréscimos dos deslocamentos produzidos por elas; isso pode acontecer, por exemplo, em postes e em certos pilares de galpées industriais. 15.4.3 Contraventamento Por conveniéncia de analise, é possivel identificar, dentro da estrutura, subestruturas que, devido a sua grande rigidez a agdes horizontais, resistem a maior parte dos esforgos decorrentes dessas agées. Essas subestruturas s4o chamadas subestruturas de contraventamento. Qs elementos que nao participam da subestrutura de contraventamento séo chamados elementos contraventados. As subestruturas de contraventamento podem ser de nés fixos ou de nés méveis, de acorde com as definigdes de 15.4.2. 15.4.4 Elementos Isolados ‘Sao considerados elementos isolados os seguintes: a) 08 elementos estruturais isostaticos; b) 03 elementos contraventados; ©) 08 elementos das estruturas de contraventamento de nés fixo d) os elementos das subestruturas de contraventamento de nés méveis desde que, aos esforgos nas extremidades, obtidos numa andlise de 1° ordem, sejam acrescentados os determinados por analise global de 2? ordem. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados a Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 15.5 Dispensa da consideragao dos esforcos globais de 2* ordem 15.5.1 Generalidades Os processos aproximados, apresentados em 15.5.2 e 15.5.3, podem ser utilizados para verificar a possibilidade de dispensa da consideragao dos esforgos globais de 2” ordem, ou seja, para indicar se a estrutura pode ser classificada como de nés fixos, sem necessidade de calculo rigoroso. 15.5.2 Parametro de instabilidade Uma estrutura reticulada simétrica pode ser considerada como sendo de nés fixos se seu parmetro de instabilidade «for menor que o valor a, conforme a expressao: 1 rae Ml (Evale) onde: a1=0,240,In — sern<3 01= 0,6 sern>4 onde: n 6 0 numero de niveis de barras horizontais (andares) acima da fundagao ou de um nivel pouco deslocavel do subsolo; Ha 6 a altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundagdo ou de um nivel pouco deslocavel do subsolo; N, & 0 somatério de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir do nivel considerado para o cAlculo de H,), com seu valor caracteristico; Ezsle representa o somatério dos valores de rigidez de todos os pilares na diregao considerada, No caso de estruturas de pérticos, de treligas ou mistas, ou com pilares de rigidez variavel ao longo da altura, pode ser considerado o valor da expresso E../. de um pllar equivalente de seco constante. NOTA Na andlise de estabilidade global pode ser adotado 0 valor do médulo de elasticidade ou médulo de deformagao tangente inicial dado em 8.2.8 valor de /, deve ser calculado considerando as segdes brutas dos pilares. A igidez do pilar equivalente deve ser determinada da seguinte forma: — calcular 0 deslocamento do topo da estrutura de contraventamento, sob a agdo do carregamento horizontal; — calcular a rigidez de um pilar equivalente de segao constante, engastado na base e livre no topo, de mesma altura H,. , tal que, sob a ago do mesmo carregamento, sofra o mesmo desiocamento no topo. © valor limite a, = 0,6 prescrito para n > 4 , em geral, aplicével as estruturas usuais de edificios. Pode ser adotado para associagées de pilares-parede © para pérlicos associados a pilares-parede. Pode ser aumentado para a, = 0,7 no caso de contraventamento constituido exclusivamente por pilares-parede e deve ser reduzido para a = 0,5 quando s6 houver pérticos, 92 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 © coeficiente 7, de avaliacao da importancia dos esforgos de segunda ordem globais 6 valido para estruturas reliculadas de no minimo quatro andares. Ele pode ser determinado a parlir dos resultados de uma andlise linear de primeira ordem, para cada caso de carregamento, adotando-se os valores de rigidez dados em 15.7.2. © valor de 7, para cada combinagao de carregamento é dado pela expressao: onde: M.us® © momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as forgas horizontais da combinagao considerada, com seus valores de célculo, em relagao a base da estrutura; AMz.s & a soma dos produtos de todas as forgas verticais atuantes na estrutura, na combinagao considerada, com seus valores de célculo, pelos deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicagao, obtidos da anélise de 1? ordem; Considera-se que a estrutura é de nds fixos se for obedecida a condig&o: 7. 1,1 15.6 Anilise de estruturas de nés fixos Nas estruturas de nés fixos, 0 célculo pode ser realizado considerando cada elemento comprimido isoladamente, como barra vinculada nas extremidades aos demais elementos estruturais que ali concorrem, onde se aplicam os esforgos obtidos pela andlise da estrutura efetuada segundo a teoria de 1? ordem. Aaanalise dos efeitos locais de 2* ordem deve ser realizada de acordo com 0 estabelecido em 15.8. Sob a ago de forgas horizontais, a estrutura é sempre calculada como deslocavel. O fato de a estrutura ser classificada como sendo de nés fixos dispensa apenas a consideragao dos esforgos globais de 2* ordem. © comprimento equivalente /, do elemento comprimido (pilar), suposto vinculado em ambas as extremidades, deve ser o menor dos seguintes valores: fee loth eet onde: fp 6 a distancia entre as faces internas dos elementos estruturais, supostos horizontais, que vinculam 0 pilar; hn é a altura da segao transversal do pilar, medida no plano da estrutura em estudo; £6. distancia entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar esta vinculado. ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 93 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 15.7 Anilise de estruturas de nés méveis 15.7.1 Generalidades Na analise estrutural de estruturas de nés méveis, devem ser obrigatoriamente considerados os efeitos da nao-linearidade geométrica e da néc-linearidade fisica e, portanto, no dimensionamento devem ser Obrigatoriamente considerados os efeitos globais ¢ locais de 2* ordem, 15.7.2 Analise ndo-| inear com 2 ordem Uma solugao aproximada para a determinacao dos esforgos globais de 2* ordem consiste na avaliagao dos esforgos finals (1 ordem + 2" ordem) a partir da majorago adicional dos esforgos horizontais da combinagao de carregamento considerada por 0,95y,, Esse processo s6 ¢ vélido para 7, < 1,3. 15.7.3 Consideragao aproximada da ndo-linearidade fisica Para a andlise dos esforgos globais de 2? ordem, em estruturas reticuladas com no minimo quatro andares, pode ser considerada a ndo-linearidade fisica de maneira aproximada, tomando-se como rigidez dos elementos estruturais os valores seguintes: — lajes: — (ENeac= 0,3Esle — vigas: — (ENesc= 0,4Eufe para AA, e (Exc = 0.5 Eale para AL! = A, — pilares: (ENenc=0,8Esle onde: I, 6 © momento de inércia da segao bruta de concreto, colaborantes. incluindo, quando for 0 caso, as mesas Quando a estrutura de contraventamento for composta exclusivamente por vigas e pilares e y, for menor que 1,3, permite-se calcular a rigidez das vigas e pilares por: (Ese: = 0,7 Ele Os valores de rigidez adotados nesta subse¢do so aproximados e ndo podem ser usados para avaliar esforgos locais de 2? ordem, mesmo com uma discretizagao maior da modelagem. 15.7.4 Anilise dos efeitos locais de 2" ordem A andlise global de 2% ordem fornece apenas os esforgos nas extremidades das barras, devendo ser realizada uma andlise dos efeitos locais de 2® ordem ao longo dos eixos das barras comprimidas, de acordo com o preserito em 15.8 Os elementos isolados, para fins de verificagéo local, devem ser formados pelas barras comprimidas retiradas da estrutura, com comprimento ¢,, de acordo com o estabelecido em 15.6, porém aplicando-se as suas oxtremidades os esforgos obtidos através da andlise global de 2# ordem. 15.8 Anilise de elementos isolados 15.8.1 Generalidades As subsegbes 15.8.2, 15.8.3.2, @ 15.8.4 sao aplicaveis apenas a elementos isolados de seco constante © armadura constante ao longo de seu eixo, submetidos a flexo-compressao. 94 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 s pilares devem ter indice de esbeltez menor ou igual a 200 (7. < 200). Apenas no caso de postes com forga normal menor que 0,10 fas Ac, © indice de esbeltez pode ser maior que 200. 15.8.2 Dispensa da andlise dos ofeitos locals de 2* ordem Os esforgos locais de 2% ordem em elementos isolados podem ser desprezados quando 0 indice de esbeltez for menor que o valor limite &y estabelecido nesta subsecao. indice de esbeltez deve ser calculado pela expressao: a ali No caso de pilar engastado na base e livre no topo, o valor de ¢,,é igual a 2, Nos demais casos, adotar os valores calculados conforme 15.6. © valor de 2; depende de diversos fatores, mas os preponderantes so. — aeexcentricidade relativa de 1° ordem ey/h; — a vinculagao dos extremos da coluna isolada; — a forma do diagrama de momentos de 1? ordem. (© valor de 2; pode ser calculado pela expressao: 25+12,5eJh onde o valor de a, deve ser obtido conforme estabelecido a seguir: a) para pilares biapoiados sem cargas transversais: Me, ay = 060 +0408 > 0.40 ° Mn sendo: 1,0> a> 0,4 onde: My. Mz 880 0s momentos de 1? ordem nos extremos do pilar. Deve ser adotado para My 0 maior valor absoluto ao longo do pilar biapolado e para Ms o sinal positivo, se tracionar a mesma face que Ma, © negativo em caso contrario. b) para pilares biapotados com cargas transversais significativas ao longo da altura y= 1,0 ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 95 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 ©) para pilares em balango; ay =080+0,20M2 > 085 My sendo: 1,0 2 oy 2 0,85 onde: ‘M, 6.0 momento de 1? ordem no engaste ¢ Mc 6 0 momento de 1 ordem no meio do pilar em balango. 4) para pilares biapoiados ou em balango com momentos menores que o momento minimo estabelecido om 11.3.3.4.3: oy = 1,0 15.8.3 Determinagao dos efeitos locais de 2* ordem 15.8.3.1 Barras submetidas a flexo-compressao normal O calculo pode ser feito pelo métado geral ou por métodos aproximados, de acordo com 15.8.3.2 ou 15.8.3.3. A considerago da fluéncia @ obrigatéria para %>90, devendo ser acrescentada a Mig a parcela correspondente a excentricidade e,. definida em 15.8.4 15.8.3.2 Método geral Consiste na andlise néo-tinear de 2 ordem efetuada com discretizago adequada da barra, consideragao da relagéo momento-curvatura real em cada segdo, e consideragdo da nao-linearidade geométrica de maneira no aproximada. © método geral 6 obrigat6rio para 2 >140, 15.8.3.3 Métodos aproximados 15.8.3.3.1 Gonoralidades A determinagao dos esforgos locais de 2" ordem pode ser feita por métodos aproximados como o do pilar padro e o do pilar-padrao melhorado, 15.8.3.3.2 Método do pilar-padrao com curvatura aproximada Pode ser empregado apenas no cAlculo de pilares com 4<90, se¢do constante e armadura simétrica constante ao longo de seu eixo, ‘A ndi-linearidade geométrica ¢ considerada de forma aproximada, supondo-se que a deformagao da barra seja sencidal. ‘A ndo-linearidade fisica 6 considerada através de uma expresso aproximada da curvatura na segao critica. ‘© momento total maximo no pilar deve ser calculado pela expresso: ea Mates = 5 Magy +Ne 242 Mian tor 96 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 sendo 1/ra curvatura na segao critica, que pode ser avaliada pela expresso aproximada: 1__ 0005 _ 0005 Tr hv+05) A onde: v= Noa! (Acfes) Misa > Mian onde: 6 aaltura da segao na diregao considerada; vy 6a forga normal adimensional; ‘Myamntem 0 significado e o valor estabelecidos em 11.3.3.4.3. O momento My, 0 coeficiente ay tm as mesmas definicdes de 15.8.2, sendo M-.,0 valor de calculo de ‘ordem do momento Mp, 15.8.3.3.3 Método do pilar-padrao com rigidez x aproximada Pode ser empregado apenas no calcul de pilares com %<90, sego retangular constante, armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo, A ndo-linearidade geométrica deve ser considerada de forma aproximada, supondo-se que a deformacao da barra seja senoidal, A ndo-linearidade fisica deve ser considerada através de uma expresso aproximada da rigidez. O momento total maximo no pilar deve ser calculado a partir da majorago do momento de 1? ordem pela expressao: As variaveis fh, v, Miga @ a S80 as mesmas definidas na subsegao anterior. Usualmente duas ou trés iterages s4o suficientes quando se optar por um célculo iterativo. 15.8.3.3.4 Método do pllar-padrao acoplado a diagramas M,N, tir A determinaco dos esforgos locais de 2* ordem em pilares com 2. < 140 pode ser feita pelo método do pilar- padrao ou pilar-padréo melhorado, utiizando-se para a curvatura da segao critica valores obtidos de diagramas M, N, t/respecificos para 0 caso. ‘Se i> 90, 6 obrigatéria a considerago dos efeitos da fluéncia, de acordo com 15.8.4. ‘© ABNT 2004 — Todos os direitos reservados 97 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 15.8.3.3.5 Método do pilar-padrao para pilares de secdo retangular submetidos a flexdo composta obliqua Quando a esbeltez de um pilar de segao retangular submetido a flexdo composta obliqua for menor que 90 (2.< 90) nas duas diregdes principais, pode ser aplicado 0 processo aproximado descrito em 15.8.3.3.3 simultaneamente em cada uma das duas diregdes, A amplificagao dos momentos de 1? ordem em cada diregao ¢ diferente, pois depende de valores distintos de rigidez e esbeltez, Uma vez obtida a distribuigao de momentos totais de 1° e 2* ordens, em cada diregao, deve ser verificada, para cada segao ao longo do eixo, se a composi¢ao desses momentos solicitantes fica dentro da envoltéria de momentos resistentes para a armadura escolhida. Essa verificacdo pode ser realizada em apenas trés segdes: nas extremidades A e B e num ponto intermedidrio onde se admite atuar concomitantemente os momentos M\x.nas duas diregoes (x e y) 15.8.4 Consideragao da fluénci A consideragao da fluéncia deve obrigatoriamente ser realizada em pilares com indice de esbeltez 4 pode ser efetuada de maneira aproximada, considerando a excentricidade adicional e,, dada a seguir: e,& excentricidade devida a imperfeig6es locais, conforme figura 11.2; ‘Msc @ Nuc $80 08 esforgos solicitantes devidos & combinago quase permanente; 9 € 0 coeficiente de fluéncia; Eq 6 conforme 8.1; 1, € de acordo com 4.2.3; 4 6 definido em 15.6 A consideragao do efeito de se soma a excentricidade e, ordem deve ser feita conforme 15.8.3, como se fosse um efeito imediato, que 15.9 Andlise de pilares-parede 15.9.1 Generalidades Para que os pilares-parede possam ser incluidos como elementos lineares no conjunto resistente da estrutura, deve-se garantir que sua segao transversal tenha sua forma mantida por travamentos adequados ros diversos pavimentos @ que os efeitos de 22 ordem localizados sejam convenientemente avaliados. 98 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 15.9.2 Dispensa da anilise dos efeitos localizados de 2* ordem s efeitos localizados de 2* ordem de pilares-parede podem ser desprezados se, para cada uma das laminas ‘components do pilar-parede, forem obedecidas as seguintes condigées: a) _abase e 0 topo de cada lémina devem ser convenientemente fixados as lajes do edificio, que conferem 0 todo o efelto de diafragma horizontal; b) a esbeltez 2,de cada lamina deve ser menor que 35, podendo o célculo dessa esbeltez 2, ser efetuado através da expressao dada a seguir: ‘onde, para cada la £416 0 comprimento equivalente; h @ a espessura, valor de #. depende dos vinculos de cada uma das extremidades verticais da lmina, conforme figura 15.3. Topo Topo 4 i toot i Lb bo spo ee ‘ 1 toot 1 toot i toot i 6 tu_y 1 _§ Base Base Topo t sepet 7 b t 1-—t . (= 2b st ne 80> 4 B J Base Base Figura 15.3 - Comprimento equivalente /, Se 0 topo e a base forem engastados ¢ fi < 1, os valores de 2; podem ser multiplicados por 0,85. ‘ado para consideragao do efeito localizado de 2" ordem 15.9.3 Proceso apro» Nos pilares-parede simples ou compostos, onde a esbeltez de cada lamina que o constitui for menor que 90, pode ser adotado o procedimento aproximado descrito a seguir para um pilar-parede simples. © cfeito localizado de 2* ordem deve ser considerado através da decomposigao do pilar-parede em faixas verticais, de largura a, que devem ser analisadas como pilares isolados, submetidos aos esforgos N@ My onde: a,= 3h < 100 em ‘© ABNT 2004 — Todos 08 direitos reservados 99 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Mya = tye a > onde: a6 a largura da faixa i N.éa forga normal na faixa i, calculada a partir de ng (x) conforme figura 15.4; ‘M,a:nntem 0 significado e valor estabelecidos em 11.3.3.4.3; ‘Myaé 0 momento fletor na faixa i mys@ h S80 definidos na figura 15.4. 13 (x) M6 fopo % Faixas & verticais “883 a) Esforgos solicitantes ») Distribuigao aproximada dos esforgos normais n,(x) devidos a N, 6 Myug Figura 15.4 - Avaliagao aproximada do efeito de 2* ordem localizado O efeito de 2? ordem localizado na faixa i 6 assimilado ao efeito de 2? ordem local do pilar isolado equivalente a cada uma dessas faixas. 15.10 Instabi lade lateral de vigas ‘A seguranga a instabilidade lateral de vigas deve ser garantida através de procedimentos apropriados. Como procedimento aproximado pode-se adotar, para vigas de concreto, com armaduras passivas ou ativas, sujeitas a flambagem lateral, as seguintes condicées: be f9 150 be Bah onde 6 a largura da zona comprimida; hé altura total da viga; fp 6 0 comprimento do flange comprimido, medido entre suportes que garantam o contraventamento lateral; Ba 6 © coeficiente que depende da forma da viga (ver tabela 15.1) 100 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Tabela 15.1 - Valores de py, Tipologia da viga Valores de fi, fy [ oF 0,40 » A A 0,20 AA, , ‘Onde: Zona comprimida {© ABNT 2004 — Tots os direitos reservados 101 Copia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 16 Principios gerais de dimensionamento, verificacao e detalhamento 16.1 Objetivo © objetivo dessas trés etapas (dimensionamento, verificacao @ detalhamento), que se desenvolvem logo apés a andlise estrutural, 6 garantir seguranga, em relacdo aos estados limites siltimos (ELU) e de servico (ELS), das estruturas como um todo e de cada uma de suas partes. Essa soguranga exige que sejam respeitadas condigdes analiticas do tipo: S.SRs onde se impde que as solicitagdes de cdlculo sejam inferiores as resisténcias de cdlculo para todos os estados limites considerados importantes para a estrutura em questo. Essa seguranga exige ainda que sejam respeitadas regras construtivas. ‘Além de um arranjo estrutural que garanta seguranga ao conjunto, devem ser aplicadas regras tais como as de dimensdes minimas para a definigao das formas, bem como as regras de detalhamento das armaduras. 16.2 Principios gerais, 16.2.1 Generalidades Essas trés etapas do projeto se norteiam pelos principios gerais estabelecidos em 16.2.2 a 16.2.4. 16.2.2 Visao global e local Essas trés etapas devem estar sempre apoiadas numa visdo global da estrutura, mesmo quando se detalha um nico né (regiao de ligagdo entre dois elementos estruturais). Esse né deve fazer a sua parte para a seguranga do conjunto, Por outro lado, o detalhamento de um elemento particular deve levar em conta que o seu desempenho depende de aspectos locais que nao foram levados em conta na andlise global. Esse 6 0 caso da verificagao da flecha de uma viga, que deve levar em conta rigidez menor que a média da estrutura, bem como a perda de rigidez com a fissuragao. Esse 6 0 caso ainda, quando se verifica 0 ELU do lance de um pilar, devendo-se levar em conta erros locais de construgao e efeitos locais de 2° ordem, que ndo foram considerados na anélise global 16.2.3 Seguranga em relacdo aos ELU Quando se dimensiona ou se verifica uma estrutura € preciso ter em mente se o que se esta verificando efetivamente sao segdes de elementos. E a seguranga dessas seges que pode, usualmente, ser expressa analiticamente. E fundamental que essa seguranga seja estendida ao restante dos elementos através de um detalhamento adequado. O detalhamento adequado permite costurar partes de um mesmo elemento, bem como elementos que chegam no mesmo né. Existem dois tipos de regras de detalhamento, a saber: aquelas de elementos como lajes, vigas, pilares etc., @ aquelas para regides especiais onde existam singularidades geométricas ou estaticas, 102 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 Em relagdo aos ELU, além de se garantir a seguranga adequada, isto 6, uma probabilidade suficientemente pequena de ruina, é necessario garantir uma boa dutilidade, de forma que uma eventual ruina ocorra de forma suficientemente avisada, alertando os usuarios. 16.2.4 Seguranga em relagdo aos ELS (desempenho em servico) Na verificacao da seguranga em relagao aos ELS, devem ser satisfeitas também, analogamente, expressoes analiticas de seguranga e regras construtivas. Os modelos a serem usados nessa verificagao de ELS sao diferentes daqueles usados nos ELU. Além de suportarem cargas menores (de servigo), tém rigidez diferente, usualmente maior. Para garantir 0 bom desempenho de uma estrutura em servigo, deve-se, usualmente, respeitar limitagées de fechas, de abertura de fissuras, ou de vibragdes, mas também é possivel que seja importante pensar na estanqueidade, no conforto térmico ou actstico ete. 16.3 Critérios de projeto Baseando-se nesses principio gerais, esta Norma estabelece crtérios de projeto a serem respeltados no dimensionamento e detalhamento de cada um dos elementos estruturais e das conexdes que viabilizam a construgao da estrutura como um todo, De forma a faciltar a aplicagao em projeto, esses oritérios foram organizados em segdes. Na segao 17, relativa ao dimensionamento e a verificagao de elementos lineares, encontram-se critérios tanto de ELU quanto ELS, considerando tanto solicitagdes normais (forgas normais © momentos fletores) quanto solicitagdes tangenciais (forgas cortantes e torcao). Deve-se observar que esses crilérios so fornecides para o concreto estrutural, indo desde © concreto armado até o concreto protendido. Deve-se observar, também, que nao se aceita o dimensionamento de pilares para carga centrada. Essa sego também estabelece critérios minimos de dutllidade, incluindo as armaduras minimas. Na seco 18, relativa ao detalhamento de elementos lineares, so fornecidos os critérios minimos para o detalhamento dos elementos dimensionados conforme a segao 17. Esto incluidos critérios para o detalhamento das armaduras passivas longitudinais e transversais, bem como das armaduras de protensao. Na segao 19, relativa ao dimensionamento e a verificagao de lajes, encontram-se critérios para ELU e ELS, sejam elas armadas ou protendidas. Esses critérios cobrem tanto as solicitagSes normais quanto as tangenciais, incluindo a pungao. Como se exigiu na segdo 17, 0 dimensionamento de pilares sempre com carga excéntrica, quando nao obliqua, a puncdo, na sego 19, cobre os casos correspondentes de pungao excéntrica. ‘86 em casos parliculares deve ser verificada a punc&o como centrada. Na seco 20, relativa ao detalhamento de lajes, est4o reunidos os critérios minimos para o detalhamento desses elementos estruturais, dimensionados conforme a segao 19, sejam lajes armadas ou protendidas. Na segdo 21, relativa a regiées especiais, encontram-se critérios para verificagao das regises de singularidade, seja geométrica ou estatica, Muitas vezes esses critérios estabelecem apenas exigéncias qualitativas a serem respeitadas nessas regides. {© ABNT 2004 — Tots os direitos reservados 103 Copia ndo autorizada ABNT NBR 6118:2003 A segao 22, relativa a elementos especiais, estabelece apenas a conceituacao dos elementos especiais mais comuns e sugere a utllizagao de bibliografia especializada para o seu dimensionamento e detalhamento. Na segao 23, relativa a agGes dinamicas ¢ fadiga, encontram-se crtérios para avallar os danos gerados nas estruturas por agées cidicas, a serem considerados na verificagao de ELS, e ainda critérios para verficagaio do ELU de fadiga. E abordada a verificagéo da fadiga das armaduras, tanto de flexéo como de cisalhamento, bem como a fadiga do concreto, seja a compressao (na flexdo ou na forga cortante) ou a tragao, especialmente no calculo da parcela de forga cortante suporiada apenas pelo conereto, sem armadura, V. A segao 24, relativa a concreto simples, define os elementos estruturais que podem ser executados em concreto simples e estabelece os critérios a serem respeitados na sua verificagao. 16.4 Durabilidade Para que a seguranga verificada conforme descrito em 16.2.3 e 16.2.4 subsista ao longo de toda a vida util prevista para a estrutura, é fundamental que sejam respeitadas exigéncias de durabilidade que limitam a deterioragao da estrutura provocada pela agressao do meio ambiente em que esta inserida (ver segdes 6 e 7). 16.5 Caso de cargas ciclicas No caso particular de cargas ciclicas significativas, como acontece nas pontes e nos viadutos em geral, ¢ também nas vigas de rolamento de pontes rolantes, deve-se dar especial atengao aos efeitos deletérios gerados por essas cargas. Na verificagao dos ELS, deve-se levar em conta que as cargas ciclicas provocam uma maior microfissuragao do conereto, tornando os elementos estruturais mais deformaveis. Na verificagao dos ELU, é necessatio verificar o ELU de fadiga. © efeito deletério das cargas ciclicas ndo s6 toma os elementos estruturais mais deformaveis, isto 6, relativamente danificados, mas pode ampliar esse dano, provocando ruptura por fadiga. A segao 23 trata dessas duas questées, 104 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia néo autorizada ABNT NBR 6118:2003 17 Dimensionamento e verificagdo de elementos lineares 17.1 Simbologia especifica desta segao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta secdo, os ibolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dividas, encontram-se a seguir definidos. ‘A simbologia apresentada nesta segdo segue a mesma orientagao estabelecida na segdo 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém o mesmo significado apresentado em 4.3, a, - Deslocamento do diagrama de momentos fletores, paralelo ao elxo da pega, para substituir os efeitos provocados pela fissuragao obliqua by Largura da alma de uma viga Distancia entre o eixo da armadura longitudinal do canto e a face lateral do elemento estrutural a’ - Distancia entre o eixo da armadura de compressao e a face mais préxima do elemento h,- Espessura de parede real para segdes vazadas ou equivalente para segdes chelas (estudadas como segdes vazadas equivalentes) s- Espagamento entre eixos dos estribos, medido segundo 0 eixo longitudinal da pega u,- Perimetro de A, A. Area da segao cheia Aug ~ Area da sega transversal do numero de ramos de um estribo, contidas na parede equivalente Acaina~ Area da segdio transversal de alma Ac; Area de concreto de envolvimento de barra 4; da armadura A,- Area limitada pela linha média da parede da segéo vazada, real ou equivalente, incluindo a parte vazada A,~ Area da segdo transversal do cabo resullante ‘A,,~ Soma das areas das segées das barras longitudinais de torgao A= Area da segio transversal dos estribos de forga cortante zn Momento de inércia da sega fissurada de concreto no estédio It 1, Momento de inércia da segéo bruta de concreto Mp - Valor do momento fletor que anula a tensao normal de compressao na borda da segao (tracionada por Mana), provocada pelas forcas normais de diversas origens, concomitantes com Va Meme Momento fletor de calcula minimo que permite calcular a armadura minima de tragao (passiva ou ativa) ‘Msaeq- Momento fletor solicitante de cdlculo equivalente ‘Nsaq~ Forga normal solicitante de célculo equivalente Tra~ Momento resistente de calculo a torgao {© ABNT 2004 — Tots os direitos reservados 105 Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 Taag- Momento resistente de célculo @ torgao, que representa o limite de resisténcia das diagonais comprimidas de concreto Tras = Momento resistente de cdlculo a torgao, que representa o limite para a parcela resistida pelos estribos normais ao eixo da pega Tase~ Momento resistente de célculo torgéo, que representa o limite para a parcela resistida pelas barras longitudinais Ts Momento torgor solicitante de calculo Toa: Parcela de Tsy a ser resistida por cada reténgulo constituinte da se¢do composta por retangulos V_- Parcela de forca cortante resistida por mecanismos complementares ao modelo em treliga Via - Valor de referéncia para V., quando 0 45° Ver Valor de referéncia para V,, quando 30° <0< 45" Vea Forga cortante resistente de célculo Vea - Forga cortante resistente de célculo, relativa a elementos sem armadura para forga cortante Vaue - Forga cortante resistente de célculo, relativa a ruina das diagonais comprimidas de concreto Vas - Forga cortante resistente de calculo, relativa a ruina por tragao diagonal Vss- Forga cortante solicitante de ealculo Vy - Parcela de forga cortante resistida pela armadura transversal ~ Coeficiente fungao de a, (definido em 17.2.5.1) e do tipo da segao transversal analisada (retangular ou circular) dg - Relagao entre os médulos de elasticidade do ago e do concreto p.= Taxa geométrica de armadura longitudinal aderente, a uma distancia 2d da face do apoio, considerando as barras do vao efetivamente ancoradas no apoio Prin~ Taxa geométrica minima de armadura longitudinal de vigas e pllares (Axi/A.) Pm ~ Taxa geométrica de armadura transversal p'~ Taxa geométrica da armadura longitudinal de compressao u- Tensto de tragéo no centro de gravidade da armadura considerada, calculada no estédio I Ap Variagdo da tenso no ago de protensdo entre lye f s1a_~ Tensdo de cisalhamento de torso de célculo ( Asin fy dnin~ Taxa mec&nica minima de armadura longitudinal de flexdo para vigas | «py, ~ festa) 106 © ASNT 2004 — Todos 08 direitos reservados. Cépia nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 17.2 Elementos lineares sujeitos a solicitagées normais - Estado limite ultimo 17.2.1 Introduce Esta sego estabelece critérios para a determinagao dos esforgos resistentes das segdes de vigas, pilares e tirantes, submetidas a forca normal e momentos fletores. 0 dimensionamento das armaduras longitudinais deve conduzir a um conjunto de esforgos resistentes (Naa, Mee) que constituam envoltéria dos esforgos solicitantes (Nee, Ms.) determinados na andlise estrutural (ver segoes 14 e 15). Para o célculo dos esforgos resistentes de vigas T ou L, podem ser adotados os valores de mesa colaborante definidos em 14.6.2.2. 17.2.2 Hipéteses basicas Na anélise dos esforgos resistentes de uma segao de viga ou pilar, devem ser consideradas as seguintes hipéteses basicas: a) as segées transversais se mantém planas apés deformagao; b) a deformagao das barras passivas aderentes ou 0 acréscimo de deformagao das barras ativas aderentes ‘em tragdo ou compressdo deve ser o mesmo do conereto em seu entomno; ©) para armaduras ativas néo aderentes, na falta de valores experimentais © de andlises néo-lineares adequadas, os valores do acréscimo das tensdes para estruturas usuais de edificios estéo apresentados a seguir, devendo ainda ser divididos pelos devidos coeficientes de ponderagao: — para elementos com relagao vao/altura util igual ou menor que 35: Aap= 70 + fa/100p, em megapascal, nao podendo ultrapassar 420 MPa — para elementos com relacao vao/altura til maior que 35: Agp= 70 + fa/300p,, erm megapascal, nao podendo ultrapassar 210 MPa onde Ay Pe bea, onde ‘Ags © fix 880 dados em megapascal; Pp 6 a taxa geométrica da armadura ativa; ba largura da mesa de compressao; d, 6 a altura ttl referida a armadura ativa; d) as _tensées de tragéo no concreto, normais @ segao transversal, podem ser desprezadas, obrigatoriamente no ELU; ©) a distribuicao de tensdes no concreto se faz de acordo com o diagrama parabola-retangulo, definido em 8.2.10, com tensao de pico igual a 0,85 fs, com fy definido em 12.3.3. Esse diagrama pode ser {© ABNT 2004 — Tots os direitos reservados 107 opi a nao autorizada ABNT NBR 6118:2003 substituido pelo retangulo de altura 0,8 x (onde x 6 a profundidade da linha neutra), com a seguinte tensao: — 0,85 fa no caso da largura da seco, medida paralelamente a linha neutra, ndo diminuir a partir desta para a borda comprimida; — 0,80 fog no caso contrario. Asdi liferengas de resultados obtidos com esses dois diagramas sdo pequenas e aceitaveis, sem necessidade de coeficiente de corregao adicional. f) 9) a tensao nas armaduras deve ser obtida a partir dos diagramas tenséo-deformagao, com valores de calcula, definidos em 8.3.6 © 8.4.5. © estado limite tltimo € caracterizado quando a distribuigéo das deformagées na segao transversal pertencer a um dos dominios definides na figura 17.1 Alongamento Encurtamento 2%c0 __ 3,5%oo ~—E. Ruptura convencional por deformacao plastica excessiva: 108 reta a: tragdo uniforme; dominio 1: tragao nao uniforme, sem compressao; dominio 2: flexdo simples ou composta sem ruptura compresso do concreto (c. < 3,6%%e @ com 0 maximo alongamento permitido); uptura convencional por encurtamento limite do concrete: dominio 3: flexdo simples (seq80 subermada) ou composta com ruplura & compress8o do concrete com escoamento do ago (¢s 2 ea); dominio 4: flexao simples (secao superarmada) ou composta com ruptura @ compressao do concreto e ago tracionado sem escoamento (ex “ 3); dominio 4a: flexo composta com armaduras comprimidas; dominio 5: compressao néo uniforme, sem tragéo; reta b: compressao uniforme, Figura 17.1 - Dominios de estado limite ultimo de uma segao transversal © ABNT 2004 — Todos 8 direitos reservados

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